A Plêiade – Tributo A Paz
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Antologia Poética
A Plêiade Tributo a Paz
Org: Carlos Conrado e Talita Fontes
A Plêiade – Tributo A Paz
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Ficha Técnica
Título: Antologia Poética – A Plêiade
Organização: Carlos Conrado e Talita Fontes
Revisão: Talita Fontes
Capa: Carlos Conrado
Edição e Editoração Eletrônica:
Portal do Escritor
Impressão: Editora Portal do Escritor
“Todos os direitos reservados ao autor. Nenhuma parte desta
publicação pode ser reproduzida ou transmitida por meio
eletrônico, mecânico, fotocópia, ou de outra forma sem a
autorização do autor.”
A Plêiade – Tributo A Paz
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Comentando a proposta desta publicação
A Principio, procuramos fazer um projeto de antologia
visando somente à publicação dos autores aqui presentes. Com o
passar do tempo, em meio as nossas reuniões sobre o projeto,
vimos à necessidade de passar uma mensagem construtiva aos
leitores!... Uma vez procurei saber quais são os sonhos que tomam as
mentes dos jovens como eu, das crianças e daqueles veteranos que
deixaram certos tempos de glória e crença em um futuro,
trancados nos cofres do passado. Sobre as crianças, pude perceber
que existe mais que o papel do pai, da mãe e dos mestres na
escola, em suas formações. A televisão os ensina a serem filhos
revoltosos, medíocres, alienados a um padrão que os leva somente
a destruição. Mas não posso generalizar!... ainda há aqueles
profissionais que acreditam num porvir de paz.
Os jovens, em sua maioria não aspiram dos mesmos ideais
que os meus, que os nossos. Muitos nem sabem o significado da
palavra ideal. Por quê? Devo dizer que, a meu ver, o que
plantamos hoje são as sementes deixadas pelos nossos pais!... Um
dia seremos pais. E se quisermos que os nossos filhos dêem valor
as suas vidas e a Terra que lhes acolhem apesar de tanto ser
ferida, devemos passar com afinco as lições chaves para o
exercício das virtudes, edificadoras do bom caráter e da pureza de
espírito.
Para aqueles que já possuem seus herdeiros, favor
repensar sobre os valores que estão plantando em vossos
corações.
Esta antologia reúne textos com o intuito de promover a
paz.
Nós organizadores deste trabalho, acreditamos no poder da
poesia como uma força transformadora, uma força construtora do
bem. Acreditamos que um dia a humanidade sentirá falta dos
conhecimentos mais bem vistos e aprovados pelos olhos do nosso
A Plêiade – Tributo A Paz
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Grande Criador. Quando este dia chegar, nossas contribuições
estarão aqui! Grafadas num livro útil a qualquer geração.
El Movimiento Cultural La Pleiade en su trabajo primero,
lleva un sueño hasta los corazons del los hombres famintos del la
paz. Un sueño despierta la esperanza. La poesía habla fuerte,
grita, cargando la voz del poeta mirando un día hacer la
transformacion del los hijos del hoy.
Carlos Conrado
Embaixador Universal da Paz em Aracaju do Cercle Universelle dês
Ambassadeurs de la Paix (Orange, França) – Genebra/Suiça. Cônsul Z.C
Aracaju do Movimento Poetas Del Mundo - Santiago/ Chile, Vice-Presidente
da Casa do Poeta Brasileiro em Aracaju, Artista Plástico, Diagramador,
membro da Colméia Literária e autor dos livros: “Poesia Condenada” e “O
Aeronauta – Entre a Razão e a Loucura”, é editor da revista Locozines – Revista da Cultura Emergente. Fundador e Presidente do Movimento Cultural
A Plêiade e Árcade Imortal da Arcádia Literária.
Blog: www.conradoemtextos.blogspot.com
e-mail: [email protected]
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Talita Emily Fontes
Presidente da Arcádia Literária desde 2008. Nasceu em Aracaju- SE, é membro da Casa do Poeta Brasileiro de Aracaju. Foi vencedora da
primeira edição do Prêmio Literário para os estudantes secundaristas,
organizado pela a Academia Sergipana de Letras. Apresentou um
trabalho sobre o também sergipano, Tobias Barreto – seu patrono. É colaboradora da Revista Locozines – Revista da Cultura Emergente.
Organizou 3 concursos de poesias e diversos saraus pela Arcádia.
A Plêiade – Tributo A Paz
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Movimento Cultural A Plêiade Por: Talita Emily Fontes
Enquanto o poder público propõe a investir em uma
cultura de massa depravada e distorcida, e os movimentos
culturais existentes por sua vez preferem agir como velhas
máquinas apáticas, A Plêiade surge como uma luz para todos
aqueles que cultivam a arte, seja ela qual for, e deseja
compartilhá-la de uma de uma forma não-burocrática, aonde
sempre irá existir espaço, tanto para os mais renomados, como
também para os novatos.
Em nosso primeiro trabalho, voltado especialmente
para os poetas, fizemos questão de abordar um tema de
extrema importância, mas que o mundo moderno faz questão
de deixar de lado: a paz.
A Antologia Poética A Plêiade – Tributo A Paz,
conseguiu recolher textos de diversos autores de excelente
qualidade, de várias partes do Brasil que em seus trabalhos
não transpassam somente os sentimentos de seu âmago, mas
se preocupam também em relatar as questões sociais.
O Movimento Cultural A Plêiade reconhece que este
nosso primeiro projeto concluído é somente um broto, se
formos comparar as nossas futuras intenções. Se realmente
estamos decididos em trabalhar em prol da cultura e da
coletividade, temos muito trabalho a fazer. Mas de uma coisa
eu tenho absoluta certeza. Se nos unirmos seremos fortes.
Porém, se estivermos unidos por uma boa causa e tivermos
paixão pelo o que fazemos, não haverá quem nos segure.
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Julçara Cavalcante Cruz de Almeida, 38 anos, Licenciada em
Filosofia e Letras. Atua como Professora e reside em Fortaleza – CE. Gosta de escrever e ama literatura.
Contato: [email protected]
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Julçara Cavalcante C. de Almeida
Transfiguração
Sou um fluido deformado
Afetado pela prática covarde
Da tensão de cisalhamento
causada por ti.
Sou líquida,
gasosa,
plasmática,
e sólida.
E não tente me deter
porque continuo sendo fluido
e tomo corpo no teu corpo
e tomo a forma da tua forma
transfiguro-me em ti.
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Leandro de Assis, poeta visionário, natural de Salvador-Ba, é bombeiro
militar e professor de Literatura. Autor dos livros: Inquietações e Eu Sou Todo Poema. Organiza o evento cultural Fala Escritor na Livraria Mega
Store Saraiva do Salvador Shopping. Trabalha com afinco pelas causas
sociais. É membro honorário da Arcádia Literária.
Seu blog: www.malungopoeta.blogspot.com
A Plêiade – Tributo A Paz
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Leandro de Assis
O Baleiro
O Balde para uma criança
Já foi usado com alegria
Quando música cantarolava
Enquanto nele batia
Hoje, ao vermos uma criança
Andando com balde na mão
Com certeza ela não canta
Nem uma única canção
A mochila vai às costas
Mas o livro nele não há
Está cheia é de balas
Para ele trabalhar
Com mochila, balde e balas
A criança vai à cidade
Perdendo sua juventude
Trabalhando com pouca idade.
A Plêiade – Tributo A Paz
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Leandro de Assis
Assim caminha a nossa nação
A Violência está em todo lugar
Na escola, nas ruas, no trânsito.
Em algumas famílias até mesmo no lar
O seqüestro agora pode sr relâmpago
Culpam o Estado e a política
Culpam as leis e o Congresso
Culpam o político e a política
Culpam o juiz e a justiça
Os pais culpam professores e escolas
Professores culpam família e Estado
O Governo pede ajuda da sociedade
A sociedade aguarda solução do Governo
Assim caminha a nossa nação
De desinteressados que votam em branco
Que gritam e berram cobrando solução
Mas quando ao seu alcance, não levantam
Do banco.
A Plêiade – Tributo A Paz
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Herbert Sena Silva, natural da cidade Mariana, em Minas Gerais, têm apenas 18 anos. É o vencedor da XIII edição do Concurso de
Poesias da Arcádia Literária. Pretende criar na cidade Monte
Belvede, onde reside atualmente, uma célula da Arcádia a fins de
promover a cultura em sua cidade.
A Plêiade – Tributo A Paz
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Herbert Sena Silva
VELHO JORNAL DE AMANHÃ
Noticia moldada e implacável,
Chega feito embrulho especial,
Disfarçando aroma insuportável,
Camuflando distorção da vida real...
Este preto e branco sempre desleal,
Trata vida e morte sempre em jeito tão banal.
Tiros de chumbo ganham ouro em folhas,
Seus receptores sempre tristes funerais,
Jamais divulgados em sequer algumas notas.
Serão o passado e a lembrança em dias imortais.
Aquele humilde que parte, fica abaixo dos classificados,
Possuindo fortuna,na primeira página pêsames são dados.
Dias passam e negro embornal nunca muda,
Traz sempre a manipulação de gente dita sã.
Vidas inteiras imprimidas em máquinas sem marca
Aparecem no folhear do meu velho jornal de amanhã.
A Plêiade – Tributo A Paz
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Ilma Mendes Fontes. Natural de Aracaju – SE, é cineasta,
psicóloga, Jornalista, Escritora, editora do Jornal O Capital – De Resistência ao Ordinário. Participa de diversas antologias a nível
nacional e internacional. É sócia da IWA – Internacional Writers
and Artists Association /Ohio/ USA , Presidente da Casa do Poeta
Brasileiro de Aracaju, Membro Honorário da Arcádia Literária. Organiza em Aracaju diversas exposições e saraus com os artistas
sergipanos.
A Plêiade – Tributo A Paz
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Ilma Fontes
Aracaju by Night
A noite é magra e alta
Traz no peito um broche de lua
Um colar de luzes na rua da frente
E poços de petróleo no ventre
Anda descalça e dorme
No ponto de encontro entre
O sereno e a brisa
Guarda nos becos o cheiro
De urina e derrama o orvalho
Da moringa no momento exato
Do encontro entre dois braços
De rio num doido abraço de águas
-doces, salobras,salgadas.
Das plataformas da Petrobrás
Refletem submarinas catedrais
Que ondulam no mar das atalaias
Sem donos, sem dólares, imateriais.
Até quando finda – a noite é linda!
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Delaniesve Daspet, Embaixadora da Paz pelo Cercle Universelle dês Ambassadeurs de la Paix (Orange, França) – Genebra/Suiça. È
também Embaixadora para as Américas do Movimento Poetas Del
Mundo – Santiago/ Chile. Autora de diversos livros, têm textos publicados em antologias de nível nacional e internacional.
A Plêiade – Tributo A Paz
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Delaniesve Daspet
Assim como as folhas que tremem
Assim como o sol que se curva a cada manhã;
Assim como as folhas que tremem
Com a brisa refrescante;
Assim como um pássaro a céu aberto,
Numa ânsia que toma,
Assim, no meu silêncio, este lamento.
Escrevo no pó da estrada
A profunda dor de minha mágoa.
E na aridez de minha saudade,
Com o canto preso na garganta,
Sou a lágrima triste
Que pinga sobre tua lembrança!
Assim sou, assim sigo
Um mero reflexo na janela...
Esta mentira é tão real que dá pena,
Sem perceber, sou eu mesma, quem vaga,
Na multidão que não passa.
A Plêiade – Tributo A Paz
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Luiz Lyrio, natural de BH – Minas Gerais, atualmente reside em Aracaju. Poeta, escritor, professor de História, Embaixador
Universal da Paz pelo Cercle Universelle dês Ambassadeurs de la
Paix (Orange, França) – Genebra/Suiça. Membro do Movimento Poetas Del Mundo e Colméia Literária. Árcade Honorário – Arcádia
Literária e representante do Movimento Abrace em Aracaju.
Publicou diversos livros solos. Entre eles: Nos Idos de 68 e Marcas de Batom. Editor da Revista Estalo. Tem textos publicados em
diversas antologias. E-mail: [email protected]
A Plêiade – Tributo A Paz
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Luiz Lyrio
Balas Comunistas
Balas, quando estão perdidas
Não escolhem vitimas.
Balas perdidas também não costumam
Perguntar a profissão de quem matam.
E são implacáveis:
Atingem tanto professores
Quanto alunos dentro das escolas.
Atingem médicos em postos de saúde,
Padres celebrando missas,
Freiras fazendo caridade.
Balas perdidas atingem pastores
Que pastoreiam seus rebanhos,
Pedreiros que quebram uma pedreira por dia,
Catadores de papel
Que acabam cantando a morte,
Caixas de supermercados
Que acabam em caixões de funerárias,
Bancários que encerram seus expedientes mais cedo,
Comissários de bordo que passam a voar sem aviões,
Cozinheiros que vão cozinhar para São Pedro,
Vagabundos que vão vagabundear no Paraíso
E até crianças, que mal chegaram e daqui são expulsas.
Balas perdidas não escolhem suas vítimas.
Democráticas e metidas a comunistas,
Matam indiscriminadamente
Ricos, médicos e pobres.
Um simples cachorro vira-latas
Pode ser vítima de uma bala perdida.
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Luiz Lyrio
Guerras Santas
Oh, Cruzadas do século XXI!
Um bando de almas perdidas
Contra fanáticos suicidas!...
Rapunzel Século XXI
Lembra que tuas tranças são apliques,
Oh Rapunzel, minha doce amada!
Por isto, para que comigo fiques,
Esquece as tranças, põe a escada!
A Plêiade – Tributo A Paz
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Felipe Bernardo, natural de Aracaju – SE, é membro da Arcádia Literária, sócio da Casa do Poeta de Aracaju e do Consulado
Sergipano do Movimento Poetas Del Mundo. É autor do livro
“Lágrimas de Pandora” com lançamento previsto para dezembro de
2009.
A Plêiade – Tributo A Paz
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Felipe Bernardo
Vozes urbanas
ecoaram pelos ares
semeando a pura paz
cantando a liberdade.
Roucas vozes
ébrios pensamentos
aliviando almas
apenas num momento.
Agora em pluma leve
inexiste desespero
o inverso de outr'ora.
Por um sagrado conselho:
Conhecerás a mensagem
apenas pelo mensageiro.
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Renata Rimet é paulistana de nascimento, mas radicou-se para
Salvador na a adolescencia, é graduada em Administração de Empresas, Educadora Social, atualmente cursando Licenciatura em
Letras. É colaboradora da Revista Artpoesia, Projeto Fala Escritor,
Tertúlia no Mirante - Aracaju-SE e Projeto Alma Brasileira;obteve
o 15º lugar no XXV Concurso Literário Internacional Categoria Poesia em 2008 e 6º lugar na Categoria Conto no XXIX Concurso
Internacional Literário 2009 - Edições AG, integra a coletânea
Valdeck Almeida de Jesus 2009, a Antologia Poética "VERSATILAVRA" promovida pela Fundação Òmnira e participa
também de diversas coletâneas através da Câmara Brasileira de
Jovens Escritores, com participações em conto e poesia. É
Chanceler em Salvador do Movimento Cultural A Plêiade. www.vicioemversos.blogspot.com [email protected]
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Renata Rimet
Lama
Lindas lendas ocultas
sucumbem em metáforas
engano e disfarce.
meninos e meninas
andam descalços
pisam na lama.
homem e mulher
lutam na cama
batalham noites urbanas.
trocadilho falso
dinheiro roubado
sujo de lama.
criança linda
barriga vazia,
falsa lembrança.
é quase dia
a cama esvazia
metáforas de lama
enchem pratos
disfarça, engana.
A Plêiade – Tributo A Paz
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Renata Rimet
Despir o corpo,
trocar por pouco
ração do dia
lendas ocultas
noites urbanas
vergonha e lama.
A Plêiade – Tributo A Paz
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Emerson Maciel, natural de Laranjeiras – SE, é Jornalista e
Funcionário Público. Cônsul em Laranjeiras do Movimento Poetas Del Mundo – Santiago/ Chile, Membro da IWA - Internacional
Writers and Artists Association /Ohio/ USA, Sócio da Casa do
Poeta de Aracaju e Árcade Honorário da Arcádia Literária. Tem
textos publicados em diversos jornais brasileiros e alternativos variados. É autor do livro “Tempos de Mim” com lançamento
marcado para dezembro de 2009. Seu contato: E-mail:
[email protected]. Site: www.emersonmaciel.com.br. End: Rua D, 70. Conjunto Pedro Diniz. 49170-000. Laranjeiras - SE
A Plêiade – Tributo A Paz
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Emerson Maciel
Teu olhar
Para Rafaela
Teu olhar é um mistério
Que me atrai
Para uma trilha não percorrida...
É a órbita habitada pelo sol
Que me queima
E faz de mim uma fênix...
Teu olhar é tão singelo
Que mesmo sendo adulto
Desejo ser criança...
É a sina predestinada
Que aguça com brilho
A inspiração deste poeta.
A Plêiade – Tributo A Paz
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Emerson Maciel
Callosum
Á amiga Teresinka Pereira, Ohio – USA
Como Drummond,
Não aceitei a subordinação mental.
Cantei achando que chorava
E chorei achando que sorria.
Estava cansado de escrever,
Produzir fartamente,
E no final tudo perdido:
Ilusão de óptica banal!
Fui o maior opressor
De minha própria intuição.
Muitos me aplaudiram,
Mas por não ter „pecado‟
Atirei a primeira pedra:
Em mim mesmo.
A Plêiade – Tributo A Paz
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Giselle Nathaly, natural de Aracaju- SE, é formada em Letras –
Português/Espanhol pela UNIT – Universidade Tiradentes. É
Conselheira Fiscal da Casa do Poeta Brasileiro de Aracaju, sócia do Movimento Poetas Del Mundo em Aracaju, Árcade Honorária –
Arcádia Literária. Participou de diversos concursos de poesias
promovidos pelo CEFET. Publicou a obra “Olhar do Infinito – lançada na 3º Feira do Livro de Sergipe.” Pretende lançar em 2010 o
seu segundo livro intitulado “Pruébame.” Recitou poemas para o
Embaixador da Espanha no Brasil – José Codech Planas em sua
vinda a capital sergipana para um evento da Arcádia.
A Plêiade – Tributo A Paz
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Giselle Nathaly
Guerra e Misericórdia
Olhando para o nada,
Notamos que o todo,
Engloba nossa essência abafada
Inerente a este globo.
Palco da insanidade dos seus.
De uma mesma raça,
De um mesmo Deus
Perpetuam vidas inocentes de graça.
Quem aperta o gatilho da discórdia,
São os que querem paz
E acabam fazendo guerra.
Anjos e ninfas pedem misericórdia
Os soldados não ouvem da trincheira mordaz.
Bombas e tiros ensurdecem o equilíbrio da Terra.
A Plêiade – Tributo A Paz
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Lorena Vieira Ribeiro, 25 anos, nascida e criada em Aracaju. Vencedora na Categoria Regional do XIII Concurso de Poesias da
Arcádia Literária. Formada em Biologia licenciatura pela UFS.
Começou a interessar-se pela literatura no seio familiar. Seu pai
possui um livro de poesias não publicado e seus tios costumavam declamar poesias nas festas familiares. A literatura de cordel sempre
obteve destaque nas estantes de seu pai. Começou a escrever na
adolescência e hoje em dia possui uma série de poesias e contos não publicados. Atualmente, tem escrito esquetes com os companheiros
do grupo de teatro “Urucubaca” e colabora com a Colméia Literária
(http://www.colmeialiteraria.com.br/).
A Plêiade – Tributo A Paz
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Lorena Ribeiro
Cubículo
Ah!Bobo o ser humano
Que não se deixa sentir plenamente
Que se contém, que se sufoca
Que se poda, que se mente
Que tudo quer entender
Que tudo quer definir
E tudo quer conceituar
Abrir o próprio cérebro
Esmiuçar as entranhas
Analisar o coração
Pois, da emoção eu lhe digo:
Que não se analisa, se deixa
Que não se entende, se sente
Eis que a queixa é puro instrumento de castração
E para quem se apaixona
O pior medo é não agarrar a oportunidade
E para quem ama
O verdadeiro pecado é o de desperdiçar a felicidade.
A Plêiade – Tributo A Paz
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Abílio Pacheco: - Sou professor de Literatura Brasileira da
Universidade Federal do Pará – Campus de Bragança.
Trabalhei por 5 anos no Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia do Pará – IFPA (antes Centro Federal de
Educação Tecnológica – CEFETPa), onde ajudei a instalar o
curso de Licenciatura em Letras e fui coordenador do mesmo.
Faço parte do grupo de pesquisa Investigações em Narrativa
Contemporânea de Língua Portuguesa.
Tenho mestrado em Letras – Estudos Literários pela UFPa,
algumas pós-graduações intermediárias, Graduação em Letras
pela UFPa – Campus de Marabá e curso técnico de Magistério
pela Escola Estadual Dr. Gaspar Vianna (Marabá).
Atualmente moro em Belém, mas nasci em Juazeiro/Ba,
passei minha primeira infância em Coroatá/Ma e morei por
mais de 20 anos em Marabá. Tenho um livro de poemas
publicado: „mosaico primevo„ (2008) e outro em formato
semi-artesanal: „poemia‟ (1998). Alguns poemas e contos
foram publicados em sites, blogs, revistas virtuais, livros e
antologias.
Recebi algumas outorgas resultantes de concursos literários,
sendo a mais importante delas o 1º lugar „Estilo Moderno‟ no
IX Concurso Nacional de Poesias – Irene Santini, organizado
pela Casa do Poeta Brasileiro de Praia Grande, quando eu
tinha 17 anos.
A Plêiade – Tributo A Paz
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Abílio Pacheco
LAVRADURA
a palavra me fere a alma.
a pá lavra, me fere a alma. a pá – lavra-me – fere a alma. a palavra me sangra o corpo.
a pá lavra, me sangra o corpo. a pá – lavra-me – sangra o corpo.
A Plêiade – Tributo A Paz
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Enne Ferreira:- Eu sou uma pessoa muito difícil e simultaneamente muito fácil de lidar. Encontre o caminho e terás
uma amiga até a morte. Erre-o e até que essa morte chegue, terás
uma inimiga. O melhor é estar neutro: Keep out!
Essencial sobre mim:
Árcade Imortal Augusto dos Anjos – Arcádia Literária.
Licenciada em Letras – Português/Inglês. UFS – Universidade Federal de Sergipe.
[email protected] Windows Live:
A Plêiade – Tributo A Paz
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Enne Ferreira
YIN YANG
A negrura de minh‟alma
Contrasta com a palidez da tua,
Que, de tão pura, me acalma
E aplaca a dor mais crua
Que se alojar em meu peito;
Mas que não mais me dá o direito
De querer me apossar dela;
Ainda que eu lhes desse tons de aquarela,
Seria apenas tua, ela
E com a mesma lividez de uma vela.
Que, pálida, adentra-me com jeito,
Alumiando qualquer defeito,
Sem, contudo, deixar de ser bela...
A brancura de tu‟alma
Contrasta com a escuridão da minha,
A Plêiade – Tributo A Paz
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Enne Ferreira
Que, de tão suja, te alarma
E sabe que fenecerá sozinha
Quando chegar o momento;
Mas há de cumprir o seu intento,
De com a tua se aglutinar;
Ainda que tu possas relutar,
Seria apenas o arfar
De nossos corpos a se tocar.
Que, escura, serve-te de alento,
Trazendo qualquer tormento,
Sem, contudo, deixar de amar.
A Plêiade – Tributo A Paz
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Daufen Bach, Paranaense, reside no município de Novo Mundo,
extremo norte de MT, na região do Portal da Amazônia. É professor, Redator, Diagramador. Publicou textos em alguns sites de
literatura, na revista Locozines – Revista da Cultura Emergente, e
participou da Antologia Planeta em Versos da Editora Letras e
Cores.
A Plêiade – Tributo A Paz
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Daufen Bach
Oração para a amada
Benditos sejam os caminhos
Que sempre nos levam além,
Benditas sejam todas as preces
Que os anjos entoam o amém,
Bendito esse desejo peregrino
Que desconhece fronteiras e dor.
Bendita, tu, mulher amada,
Em tua nudez escancarada
Em teu ventre de muito ardor,
Bendito teus pomos maduros
A tua língua... e o teu sabor.
Bendito o teu gozo de desespero,
Bendita a tua ânsia e aflição,
Tua entrega e teu olhar de paixão
... tua loucura sem exageros.
Bendito o teu corpo sobre o meu
E o teu galope de orgia,
Bendito esse fascínio ateu,
Bendito orgasmo em agonia,
Bendito, bendito, bendito sempre,
Esse querer em romaria,
Benditos teus lábios ardentes
A envolverem-me todos os dias.
A Plêiade – Tributo A Paz
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Danielle Santos, natural do Rio de Janeiro – RJ. Formada em Letras português/Inglês, desenvolveu como tese de conclusão de
curso, um estudo sobre o Romantismo, em especial a sua segunda
geração. É roteirista, tem textos publicados no Recanto das Letras
em outros sites relacionados à literatura.
A Plêiade – Tributo A Paz
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Danielle Santos
Doença Incurável
Paixão,doença incurável que
atinge o coração.
Sentimento que mais
parece convulsão.
Mundo cruel em que estou só,
Trituraram os meus sonhos e sentimentos
E os transformaram em pó.
Amor escorre de meu pulso junto
com meu sangue vermelho e brilhante
como lamina de punhal cintilante.
Sonhos e sentimentos dilacerados
e em pó transformados.
Doença terrível que não tem cura
Paixão que tanto me procura.
A Plêiade – Tributo A Paz
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Thiago Amorim nasceu a 15 de Setembro de 1981 em Jacobina- BA. Radicou-se para São Paulo aos 8 anos de idade, foi lá que ele
descobriu sua poesia... estimulado por uma professora, ele escreveu
seus primeiros versos aos 15 anos. Membro Correspondente da Arcádia Literária, Casa do Poeta de Aracaju e Movimento Poetas
Del Mundo. Publica seus textos no Recanto das Letras e em
diversos blogs.
A Plêiade – Tributo A Paz
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Thiago Amorim
Gratidão
Para livrar-me só de um mau estado
puseste sobre ti minha sentença
e, desde que puseste, em dor intensa
sofreste tudo por Amor... calado.
Mal sustentando aquela cruz imensa
pelo teu povo hostil foste ultrajado...
e eu via em cada açoite a minha ofensa,
em cada zombaria o meu pecado!
E esta alma vil, perdida e condenada,
por teus nobres intentos sua sorte
ali viu se tornar afortunada:
porque naquela cruz, que era só minha,
pagaste em dobro com teu sangue à Morte
o alto valor da dívida que eu tinha.
A Plêiade – Tributo A Paz
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Adriano Eysen Rego (1976), poeta, contista e critico literário, é
natural de Salvador- BA, graduado em Letras Vernáculas pela
UEFS, Especialista em Estudos Literários pela UEB. Mestre em Literatura e Diversidade Cultural pela UEFS, Professor de
Literatura Portuguesa e Brasileira da UNEB – Campos XXII –
Elclides da Cunha e Membro do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia. Autor dos livros: Suspiros das Existências, Crepúsculo das
Almas, diário de um Louco, Cicatriz do Silêncio e outros tantos. E-
mail: [email protected]
A Plêiade – Tributo A Paz
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Adriano Eysen
Cicatriz do Silêncio
Um fósforo dentro da noite
Risca o rosto
Obscuro do homem
E um morcego
Cicatriza o silêncio
Que se retorce dentro do menino.
O homem e o menino
São dois punhais
Que cortam minha pele.
A Plêiade – Tributo A Paz
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Pedro Estevão Filho, natural de Jacobina – BA, tem apenas 16 anos e já apresenta um dom para a literatura. Além de escrever
poemas, Pedro está preparando o seu primeiro romance a ser
lançado em 2010. Apaixonado por cinema mantém um blog com suas breves criticas, a saber: www.cinematdb.blogspot.com
e-mail: [email protected]
A Plêiade – Tributo A Paz
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Pedro Estevão Filho
A natureza pede socorro
A natureza pede socorro,
mas não conseguimos ouvi-la
pois as serras abafam seus gritos de desespero.
A natureza pede socorro,
mas como conseguir ouvi-la
com todas essas máquinas
ensurdecedoras por toda parte?
A natureza pede socorro,
Uns dizem que o fim está próximo
outros dizem que é a condenação divina, mas não,
é simplesmente um grande apelo
e uma forma de chamar a atenção
dos hipócritas que não conseguem ver
o que está acontecendo com o mundo.
Os ventos de não sei quantos km/h,
suas enormes e avassaladoras ondas
e seus destruidores tremores de terras,
é esse enorme apelo e essa inteligente forma de chamar
atenção.
A Plêiade – Tributo A Paz
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Benedita Loiola Praxedes (Bena Loyola) nasceu em Sobral-Ce, em 01/06/55 é economista, artista plástica e poetisa. Membro da Academia de Cultura da Bahia; Membro da Academia Internacional de Letras, Artes e Ciências de Argentina, com sede em Buenos Aires; atualmente, postulante a uma cadeira de confreira na Academia de Letras e Artes de Feira de Santana. Lançou seu Livro de poesias “Construção de Sonhos” em 2002 e participou de antologia do livro “Memorial Poético de Feira de Santana”, Lançado por Lélia Vitor Fernandes.
A Plêiade – Tributo A Paz
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Bena Loyola
“Vida Traçada”
Vida traçada...
Lutar, sobreviver... violar
Assédio moral, sexual...
Conflitos erguidos
Transgressão, medo, dor, morte...
Coragem!
Faz a mágica nascer
Do sorriso.
A Plêiade – Tributo A Paz
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Lívia Freire Cardoso Ferreira , nascida em Aracaju-Se no
dia 22 de outubro de 1989, , Árcade Fausto Cardoso – Arcádia Literária, conhecida pelas suas excelentes redações e grande talento
literário. Descobriu o dom para a poesia na Arcádia Literária
Estudantil - instituição localizada em uma das salas do Atheneu e
aberta aos jovens estudantes da rede publica de ensino, lugar onde se revelam grandes artistas e intelectuais, ocupou seu lugar como
árcade Fausto Cardoso, defendeu sua monografia sobre o mesmo,
conhecido como o Mito Sergipano. Concluiu o ensino médio, casou-se, teve uma filha, cursou até o segundo período de
pedagogia desistiu por falta de vocação. passou em um concurso
público em 2009, com 20 anos de idade, pretende cursar uma
faculdade de Direito e trabalhar na área.
A Plêiade – Tributo A Paz
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Lívia Freire
Roleta - Russa
Deitado na cova em que cavei
Ponho-me a repousar,
Deixando-me acreditar que minha morte eu causei.
Num entanto, lembro a roleta –russa a girar,
Minha mente desabou no momento em que cavei.
Indicador no gatilho, engatilhar.
Estampido oculto, desatinei.
Para as sombras, destemida cambaleei.
Ressaltando das trevas a vagar
Pelo mundo que um dia neguei
Recusando-me a aceitar
As trevas as quais me entreguei.
A Plêiade – Tributo A Paz
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Gilda Costa, poeta, declamadora e funcionaria publica. Formou-se
em Letras pela Universidade Federal de Sergipe. Foi Menção Honrosa no Prêmio Poeta João Sapateiro. É Conselheira Fiscal da
Casa do Poeta de Aracaju e membro do Movimento Cultural A
Plêiade.
A Plêiade – Tributo A Paz
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Gilda Costa
AS TELAS DA AURORA
Folhas e lagos refletem
Reluzentemente,
O toque,
O canto melodioso dos pássaros.
Gotinhas de orvalho que se evaporam
Ao sol da manhã...
...E lá se vão tons,
novas cores
inebriando de sonhos
as telas da aurora.
A Plêiade – Tributo A Paz
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Sandra Luzia Stabile de Queiroz, Nasceu em 18 de julho
de 1960, em Salvador – BA. Formada em Administração, sempre se interessou por Literatura e Arte. Coordena o PAABRA - Projeto
Antologia Alma Brasileira e o Projeto Polinesco, direcionado a
todos os estudantes das escolas públicas. Participou das antologias:
Coração de poeta I e II - Projeto 48 horas; 1º Concurso Internacional de Poesias Latinidade Poética – Coordenação
Marcelo Púglia; Antologia Poetas Virtuais – Poesias e Contos;
Poemas A Flor da Pele – Coordenada por Sônia Porto. 1º Antologia Casa dos Poetas de Praia Grande. Publica seus textos no
Recanto das Letras e em diversos sites de Literatura. Participa do
Movimento Poetas Del Mundo e do Movimento Cultural A Plêiade.
Contato: [email protected]
A Plêiade – Tributo A Paz
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Sandra L. Stabile
Criança Abandonada
Eu vivo em um orfanato
Mas lá não quero viver
Grito ao mundo por socorro
Venham daqui me tirar!.
Não tenho ninguém para me
Amar, mamãe me abandonou
Quando eu nasci.
Por favor, meu Deus manda
Um casal me adotar,
Mamãe não me ama,
Papai nem sei onde estar!
A Plêiade – Tributo A Paz
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Sandra L. Stabile
Eu quero
Eu quero e posso mudar, as tristezas
Da minha vida alegrar, quero da vingança
Me livrar e a todos do Universo saber amar
E respeitar...
Quero sonhar e ao acordar viver a realidade
Do dia anterior, ter um amor, com ele a vida
Compartilhar e utilizar a razão e o coração
Viver com liberdade...
Quero ser feliz conhecer o mundo inteiro
Meus desânimos transformar em energia
E a minha vida iluminar.
Fazer cada célula do meu Ser vibrar...
Dá razão a minha existência, transformar
Meus sonhos em realidade.
Quero gritar ao mundo que sou um Ser
Humano em busca da verdadeira FELICIDADE.
A Plêiade – Tributo A Paz
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Chiko Só, natural de Aracaju- Sergipe. Escreve desde a adolescência. Seus textos variam entre a poesia, prosa e o teatro. Foi
diretor de vários espetáculos teatrais. Atualmente é Coordenador
Geral da AAPLASA – Associação dos Artistas Plásticos de Aracaju e membro da Casa do Poeta de Aracaju e do Movimento
Cultural A Plêiade.
A Plêiade – Tributo A Paz
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Chiko Só
Montanha de Saudades
São 6 horas da tarde
O sino toca de leve,
De bem longe vem o canto dos ventos.
O sol se põe aos poucos em agonia
Entre montanhas verdejantes...
E longe, bem longe,
Entre lagos de saudades
Estou só,
O silêncio é total,
Apesar dos cantos maleáveis dos pássaros
A procurar seus ninhos.
São cantos tristes e de murmúrio,
O dia está no fim,
É mais um que passa,
Que morre...
Uma brisa de saudades
Toca de leve, meu rosto
E meus olhos,
Enchem-se de lágrimas.
Lágrimas de saudades
E de solidão.
O céu escurece
Tudo entristece,
E sinto um grande vazio
De solidão e amargura.
A brisa da noite calada
A cantar em meus ouvidos.
Sinto frio
A Plêiade – Tributo A Paz
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Chiko Só
Queria estar em teus braços
E te beijar...
Mas tu estás tão longe
Tão distante,
Que grito as montanhas
Eu te amo,
Voltes.
Só escuto o eco,
Um eco de tristeza,
E assim são todas as tardes
Entre as montanhas
Estou sempre a tua espera.
A Plêiade – Tributo A Paz
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Josué Ramiro Ramalho é filósofo, escritor e poeta nascido
na cidade de Penedo - Alagoas, e residente em Salvador a mais de 35 anos. autor dos livros:VOO LIVRE VERSO &
PROSA-82 págs.2006 Poesia e contos: autor do romance
ESTRANHO AMOR que participa do Prêmio Sesc de
literatura 2010 com 138 pags. participa do Dicionário dos Autores Baianos 2006; Participa das coletaneas: VÔO DAS
FLORES que homenageia o poeta das flores Wagner
Americo 2009-84 pags; alem da ANTOLOGIA PÒRTICO 1999-113 pag Poesia e Prosa; RELEASE POESIA e
PROSA 108 pag.-1998. e IANDÉ NHEENGA 180 pag
Editoração O'mnira 2000. alem das REVISTAS O'mnira e
Art Poesia. publicou tambem nos jornais A Ilha e A Barra em Aracaju Se.
participa de recitais e escreve contos, poesias e
romances. tambem no prelo seu mais novo livro DIVERSIDADE POÉTICA (pura poesia) com 90páginas.
A Plêiade – Tributo A Paz
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Josué Ramiro
FRAGMENTOS
Sou apenas restos de fragmentos
Não tenho virtudes nem viagens
Perdi meus sonhos, minha vida
Já não sou estradas nem flores
Não tenho mulheres, ninguém
Apenas uma cama
Um colchão duro
A lembrança de Adriana
Quase nua no escuro!
Meu capital foi subtraído
Meu barzin também fechou
A noite ainda será tardia
Não haverá mais ilusão nem amor
Inda encontro no farfalhar desta dúbia escuridão
Um pedacinho de esperança em sol
Mas a lua execrável me sorriu
Enchendo esta decrépta noite
De toda maledicência vil.
A Plêiade – Tributo A Paz
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Teresinka Pereira: poeta brasileira radicada nos Estados Unidos,
atualmente reside em Ohio. presidente da Associação Internacional
de Escritores e Artistas (IWA), presidente do Congresso Internacional da Sociedade de Cultura Latina. Ela recebeu os
Cavaleiros de Malta Sovereigh Ordem de S. João de Jerusalém, o
título hereditário de "Dama de Graça", assinado pelo Grão Prior SOSJ Dom K. Vella Haber (Malta, 8 de janeiro de 1997). January
1999 she was appointed Senator of the International Parliament for
Safety and Peace. Janeiro de 1999 foi nomeado senador do Parlamento Internacional de Segurança e Paz ". Dr. Teresinka
Pereira received, in 1985, the noble title of Dame of Magistral
Grace from Dom Waldemar Baroni Santos, Prince of Brazil, for her
literary merits. Dr. Teresinka Pereira recebeu, em 1985, o título nobre de Dame de Graça Magistral de Dom Waldemar Baroni
Santos, Príncipe do Brasil, por seus méritos literários.
Teresinka received a Ph.D. Teresinka recebeu um Ph.D. in
Romance Languages from the University of New Mexico, USA,
and in 1997 received the Doctor Honoris Causa degree from the University Simon Bolivar, in Colombia. em Línguas Românicas da
Universidade do Novo México, E.U.A., e em 1997 recebeu o grau
de Doutor Honoris Causa da Universidade Simon Bolívar, na
Colômbia.Possui diversos livros publicados e várias participações em revistas e antologias de nível internacional.
A Plêiade – Tributo A Paz
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Teresinka Pereira
BYE, BYE, MICHAEL JACKSON
25 de junho, 2009
Encheste de musica
quarenta anos de nossa vida.
Re-inventaste tudo de novo
na arte do show,
desde a estética do corpo
ate a coreografia
do baile cantado
a caminho da lua...
Foste o mistério
de uma vida
aspirante da perfeição.
Os que te amaram
ficam pensando
que talvez hoje
chegaste definitivamente
'a cumplicidade
do futuro eterno
aqui na terra.
Adeus, Michael Jackson,
outros cantarão por ti
com tua própria musica.
A Plêiade – Tributo A Paz
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VALDECK ALMEIDA DE JESUS é jornalista, escritor, poeta e
funcionário público federal. Nasceu a 15 de fevereiro de 1966 em
Jequié/BA. Ingressou nas Faculdades de Enfermagem e de Letras,
da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia em 1990; na Faculdade de Turismo, na Faculdade São Salvador, não concluindo
os cursos. Reside em Salvador, desde fevereiro de 1993. Atualmente
faz o curso de Jornalismo na Faculdade Social da Bahia. Possui diversos livros publicados. Entre eles destacam-se: “Memorial do
Inferno” – com edição traduzida para o inglês e espanhol e contra
capa comentada pelo ator Lazaro Ramos; “Feitiço contra o
Feiticeiro – Poesia”; “30 Anos de Poesia” e outros tantos. Organiza o Premio literário Valdeck Almeida de Jesus e organizador de várias
antologias poéticas.
A Plêiade – Tributo A Paz
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Valdeck Almeida de Jesus
Coração de Pedra
Vivi traições e mentiras,
Alegrias e tristezas.
Com você, surge no horizonte
O amor que me tira da torpeza.
Sensação boa, gratificante,
Vivifica o corpo e a alma,
Desperta o humano,
Revive o poeta.
Os versos retornam,
A sensibilidade aflora,
Quando a paixão me devora.
O amor faz rir ao triste,
Dá sorriso a quem chora
E quebra o coração de pedra.
A Plêiade – Tributo A Paz
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Valdeck Almeida de Jesus
A Vida Pulsa
Moro no mesmo lugar
Há mais de dez anos
E todos os dias vejo
Ouço, Sinto, Respiro
Todas as manhã
Os mesmos movimentos.
Não há mais árvores
Não há mais sombras
Tampouco água corrente.
Só o canto mavioso
Das aves diurnas
Ecoa de alegria
Pelo nascer do dia.
Comemoram a chegada
Do sol que vivifica
No entanto, eu não via
Nem mesmo percebia
Que a vida mágica e frágil
Em se mostrar insistia.
Com o passar do tempo
Do alto da soberbia
Através de um olhar
A vida passando eu via
Sem que nada daquilo
Me fizesse ter alegria.
A Plêiade – Tributo A Paz
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Lucas Livingstone é: Poeta, Ator, Escritor, Tradutor, Graduando
em Web Designer. Estudou Teologia e Estatística. É Editor de livros
e Membro do Movimento Cultural A Plêiade. Escreveu os livros:
Bin Laden Ataca Aracaju e Jaspion Visita Aracaju.
A Plêiade – Tributo A Paz
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Lucas Livingstone
Poema Casual de Terceiro Ano 8
Anda, Anda, Ande, nesse instante
Eterna e mal vista, malfadada
Veja, Veja, Veja, nesse instante
A vida de história mal contada
Queira, queira, queira uma fala
Queira, queira, queira ir pra farra
Queira, queira, queira, não se queira
Mate, Mate, Mate, por chá mate
Tente, tente, tente, não consiga
Mate, Mate, Mate, por chá mate
Viva, viva, viva, essa intriga
Fale, fale e esqueça a verdade
Viva, viva, vida sem sentido
Queira, queira, queira, se perder
Veja onde, onde foi parar
Note, Note o que você quer ser
E tente
A Plêiade – Tributo A Paz
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Helder Leite, nascido no dia 21 de março de 1989 em
Aracaju-Se, Filho de Professora e de um Motorista, Cresceu em um
lar católico e teve uma infância tranquila, estudou até o ginásio em
escola particular, na Cidade Chamada Propriá, voltou a Capital aos 15 anos, Concluir o 2° grau, estudando no Atheneu Sergipense, e foi
onde teve um contato mais direto com a Literatura, entrou como
aspirante na Arcádia – Literária, e foi defender a cadeira de Raul
Bope, deste então desenvolveu uma paixão pela poesia, e escreve até hoje.
Atualmente mora no Estado de Alagoas na Cidade de
Arapiraca, Cursa Serviço Social na UBRA, e se converteu ao Cristianismo Protestante.
A Plêiade – Tributo A Paz
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Helder Leite
O Clamor da Lucidez
O silencio da natureza penetra em minha alma
A brisa que me deixa lúcido
Na tranqüilidade do rio que desce sua correnteza e purifica
meu coração
O choro da criança indefesa que esta pronta para ser
massacrada
O grito de dor da mãe desesperada por perde seu filho
A lagrima do apaixonado que perdeu sua amada
Quero fica lúcido, Quero fica lúcido
Mais me falta à natureza que um dia existiu no meu lugar
chamado Terra
Falta-me a pura brisa, que foi substituída por gás tóxico
Falta o rio que purifica, estão poluídos e enche meu coração
de ódio, tristeza, angustia e desespero
Quero fica lúcido quero fica lúcido
Não tenho mais condições
Quero fica lúcido quero fica lúcido.
A Plêiade – Tributo A Paz
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Luciana Tannus é mineira de Belo Horizonte, terra das montanhas, do pão de queijo e da broa de fubá. Formou-se em Letras pela PUC
– Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Lecionou por
três anos, Língua Portuguêsa e Literatura na capital mineira, deparando-se com um cenário desolador pelo descaso das
autoridades públicas no âmbito da educação.
Neta de ex-promotor de justiça da cidade do Prata (MG), herdou do
avô o gosto pela literatura e pela arte e, não menos, pela justiça e pelos direitos iguais.
Hoje, dedica-se aos seus poemas e às suas imaginações férteis e,
também representa com esmero gosto a CAPPAZ – Confraria
Artistas e Poetas pela Paz – em Sergipe. Foi poeta premiada pela
Confraria dos Poetas Brasil em Porto Alegre/RS em 2000 e pela
Academia Itapemense de Letras de Santa Catarina em 2009, no
Concurso Literário – O Pensador III – poema intitulado „Real-idade
Árida‟.
Em 11 de setembro de 2009, lançou a sua primeira participação no
Livro “Nós da Poesia”, na Bienal Internacional do Livro no Rio de
Janeiro, ocasião em que prestaram uma homenagem às vítimas do
ataque terrorista nos EUA.
Site pessoal: WWW.lucianatannus.com.br
Blog pessoal: http://www.expressopoesias.blogspot.com/
Participações:
http://www.poetasdelmundo.com/verInfo_america.asp?ID=4145 http://muraldosescritores.ning.com/profile/Luciana http://www.cappaz.com.br/ http://www.cappaz.com.br/luciana.htm http://www.joaquimevonio.com/espaco/luciana_tannus/luciana_tannus.html http://www.caestamosnos.org/Autores/Luciana_Tannus_de_Andrade.html
A Plêiade – Tributo A Paz
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Luciana Tannus
Desilusão
Cravei as unhas
E rompi com as fibras
Do meu coração velho e cansado
Já vivi tantas coisas e me deparei
Com outras tantas...
Que a tristeza aliou-se ao desencanto
E na trajetória dessa vida mal vivida
Não sei ainda
Se há perspectivas
Sonhos e amores...
O que resta a um poeta
A não ser,
Tecer versos
Para aquecer a alma
E romper com a certidão
Essa falsa carta de alforria?
A Plêiade – Tributo A Paz
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Luiza Leon, natural de Aracaju – SE, Artista Plástica e Poetisa. É
sócia da AAPLASA – Associação de Artistas Plásticos de Aracaju.
È também da Casa do Poeta Brasileiro de Aracaju e do Consulado Sergipano do Movimento Poetas Del mundo – Santiago/ Chile.
A Plêiade – Tributo A Paz
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Luiza Leon
Chuvas de Abril
As chuvas de abril que surgem
No meu caminho, são tão frias.
As chuvas de abril trazem flores,
Trazem alegria aos pássaros.
Elas trazem tantas coisas,
Só não trazem você pra mim.
Minha vida mudou depois que você se foi.
Tudo está parado, só as flores crescem,
Só os pássaros cantam,
Eu nunca fiquei tão só assim
Com tanto de mim para dar.
Se eu fosse como as árvores
Que mesmo cortando seus galhos,
Elas crescem e florescem.
Se eu fosse como os rios
Que correm para o mar, o quem sabe o sol,
Que mesmo nos dias tristes
Brilha com a mesma intensidade,
Mas eu sou apenas um ser frágil.
A Plêiade – Tributo A Paz
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Luiza Leon
Acaso
Sabe! Numa volta ao caminho da vida
A gente se conheceu.
Um primeiro olhar, um favor depois
Uma palavra ali, outra aqui.
Amigos primeiro, então veio,
A descoberta que nos gostamos
E daí, veio à esperança e por fim a certeza.
Sim, estamos namorando
Mesmo que esse namoro fosse mútuo,
Tínhamos muita atração no olhar
No sorriso, nas palavras.
Um toque de mãos aqui
Outro ali, então a gente resolveu
Viver este tempo de namoro.
Viver o primeiro encontro,
O primeiro beijo, e depois outro encontro
Outro beijo.
Duas vidas se encontram, corações a bater forte...
Bem forte. Espero
Podermos caminhar juntos pela vida
Em todos os momentos
Que iremos um ao encontro do outro
Ultrapassando tempo e espaço
Penetrando na eternidade.
A Plêiade – Tributo A Paz
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Monique Jagersbacher, Nascida em Salvador, descendente de
família alemã, Monique Jagersbacher começou a escrever pequenos contos já na infância e aos 12 anos iniciou-se na arte poética. Criou
em 2007 o blog Poesias de Calliope, através do qual vem
publicando periodicamente seus poemas sob o pseudônimo de
Delirium. Organiza, em conjunto com outros poetas, o projeto Fala Escritor, um espaço criado para que novos talentos possam
expressar sua arte.
Endereços eletrônicos:
www.poesiasdecalliope.blogspot.com
www.cronicasdecalliope.blogspot.com
www.falaescritor.blogspot.com
http://twitter.com/nickiejager
A Plêiade – Tributo A Paz
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Monique Jagersbacher
Máscaras
Às Provocações
No baile de máscaras
Todos estão nús
E ainda assim,
Escondem sua vergonha
Com sorrisos dissimulados.
Minha máscara é de tecido
Tecido celular, epiderme,
A minha máscara derrete
Com o fulgor dos meus amores
E das minhas dores.
Minha máscara se descola
Quando o suor desaba dos meus olhos.
Minha máscara cora e descora,
É toda palidez, toda rubor.
A Plêiade – Tributo A Paz
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Monique Jagersbacher
Questionamentos à Luz da Lua
Lua temperamental
Misteriosa e atemporal
De noites tão caídas
Tua caveira calva
Já foi cabeleira alva
Em eras idas?
Que estranha metamorfose
Se opera em sua orbe
Para formar essa face transitória?
Quantas tardes findas
E quantas noites decaídas
Foram necessárias para traçar sua trajetória?
Seus alvos fulgores
Inspiraram amores
E também tragédias ancestrais?
O seu tempo é agora e eternamente
E mesmo sem deixar semente,
Não se acaba jamais?
A Plêiade – Tributo A Paz
92
João Estevão , nasceu em 02 de março de 1950. Natural de
Jacobina – BA, passou vários anos trabalhando como agricultor e motorista. Foi Presidente de uma Organização Não Governamental
– ONG. Começou a escrever na época de 60, compondo musicas
para políticos. Logo despertou interesse para a poesia e o cordel. Foi
vereador em São Gabriel – Bahia no ano de 1992.
A Plêiade – Tributo A Paz
93
João Estevão
Mulher moderna
Elas já sabem
Isso não é mais surpresa
A mulher já tem certeza
Dos direitos adquiridos
A igualdade,
É o seu primeiro plano
A chapa está esquentando
Pra o coitado do marido.
Muitas mulheres
São chefes da família
Ficam bem longe da pia
Não lavam mais um talher.
E os maridos,
Cuidam das crianças
Logo cedo se levantam
Pra cuidar do café.
Arrumam a casa
Levam os filhos pra a escola
As mulheres dizem: - não demore,
Vou sair pra trabalhar.
No marido, dá um beijinho na testa e
Fala: - Amor não se esqueça
Que tem roupa pra lavar.
.
A Plêiade – Tributo A Paz
95
Carlos Conrado
Oração de uma criança abandonada
Querido Papai do Céu,
Não sei se o senhor tem barba
Mas sei que não é igual a eu.
Queria estar contigo agora
Pois aí deve ter pão de sobra
E um lugar coberto neste céu,
Para eu me deitar quando estiver cansado,
Nestas nuvens parecidas com algodão.
Senhor por ti junto minhas mãos
E peço sabedoria de gente grande.
Papai do Céu eu quero
Que eu e meus irmãos possamos
Ir a escola e deixar
De pedir esmola para sempre.
Dizem que o senhor
Ama todo mundo, que não rouba e nem mente,
Por isto vou te amar.
Não tenho muito a te oferecer,
Mas mesmo que eu continue nas ruas,
Eu vou te honrar e agradecer
Pois tu és o meu super-herói!...
Senhor se eu me comportar
Talvez eu ganhe mais
Que uma bicicleta, talvez
Eu ganhe um lar.
Querido Papai do Céu
Abençoa todo mundo.