UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEB
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO CAMPUS – XIV
Colegiado de Letras com Inglês
ANA CLÉCIA DA SILVA SANTOS
A leitura em sala de aula de Língua Inglesa
Conceição do coité
2012
ANA CLÉCIA DA SILVA SANTOS
A leitura em sala de aula de Língua Inglesa
Monografia apresentada à Universidade do Estado
da Bahia - Campus XIV como requisito final para
conclusão do Curso de Letras com habilitação em
língua Inglesa.
Orientador: Prof. Fernando Sodré.
Conceição do coité
2012
Agradecimentos
Agradeço a Deus pelas oportunidades que me são dadas na vida, principalmente
por ter conhecido pessoas interessantes no decorrer de mais essa caminhada, mas
também por ter vivido fases difíceis, que foram matérias-primas de aprendizado.
Aos meus pais e irmãos pelo apoio e carinho oferecidos em todo momento de minha
vida e principalmente neste.
Ao meu professor orientador Fernando Sodré pela orientação e incentivo a
construção deste trabalho.
Aos meus amigos e colegas de curso, Pela cumplicidade, ajuda e amizade.
Aos demais professores que direta ou indiretamente me ajudaram no decorrer dessa
caminhada.
"A cada vitória o reconhecimento devido ao meu Deus, pois só Ele é digno de toda
honra, glória e louvor" Senhor, obrigada pelo fim de mais essa etapa.
RESUMO
Considerando a leitura um elemento fundamental no processo de aprendizagem, organização e construção do conhecimento, buscou-se através de diversos textos, um apoio teórico para a proposta deste trabalho que se dedica a valorizar a leitura em língua inglesa na formação do estudante. Aliando teoria e pratica, apresenta se um texto objetivo que tem como finalidade levar o professor a compreender melhor como é o processo de leitura e proporcionar a melhoria do desempenho e o gosto pela leitura entre os alunos, criando e despertando o interesse dos mesmos. Foi feita uma pesquisa de campo que teve como objetivo analisar como é a pratica da leitura em sala de aula de LI. Os resultados mostram que foi possível perceber que os professores precisam rever seus conceitos em relação à forma de trabalhar as estratégias de leitura com seus alunos para que estes se motivem a gostar da leitura em LI.
Palavras-chave- Leitura. estratégias de leitura. ensino/aprendizagem.
ABSTRACT Taking into consideration the reading as a fundamental element in the learning process, in the organization and in the knowledge building, we aimed at, based on several readings, providing a theoretical support for the purpose of this work which has as its objective to value the reading in English during the student´s course attendance. By Combining theory and practice, an objective text is presented which intends to help teachers to understand better how the reading process is and to provide the improving of performance and the pleasure for reading among students. Besides, it aims at creating and calling students´ attention to reading. A field research was made and intended to analyse how the practice of reading in English is. The results show that it was possible to notice that teachers need to reflect on their beliefs in relation to how to work with reading with their students so that they get motivated and start enjoying reading in English.
Keywords- Reading. reading strategies. teaching /learning.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO-------------------------------------------------------------------------------------------6
1 ESTRATÉGIAS DE LEITURA NA AULA DE LÍNGUA INGLESA-----------------------8
1.1 Conceitos sobre leitura e estratégias------------------------------------------------------8
1.2 Os PCNs e a leitura na aula de Língua Estrangeira----------------------------------10
1.3 Alguns tipos de estratégias de leitura usualmente aplicadas na aula de
Língua Inglesa------------------------------------------------------------------------------------12
1.4 A variedade de gêneros discursivos e as estratégias de leitura em Língua
Inglesa---------------------------------------------------------------------------------------------------14
2 METODOLOGIA----------------------------------------------------------------------------------17
3 ANÁLISE DE DADOS--------------------------------------------------------------------------19
CONSIDERAÇÕES FINAIS-----------------------------------------------------------------------24
REFERÊNCIAS---------------------------------------------------------------------------------------25
APENDICES-------------------------------------------------------------------------------------------26
6
INTRODUÇÃO
A leitura é uma das habilidades que atende as necessidades educacionais, e
que o aprendiz pode usar em seu próprio meio. É, assim, uma das habilidades que o
aprendiz pode continuar a usar autonomamente ao termino de seu curso de LE.
Uma vez que ela é uma prática indispensável em qualquer meio e constitui um dos
fatores essenciais para aquisição do conhecimento. O desenvolvimento desta
habilidade em língua inglesa oferece a possibilidade de aumentar conhecimentos
através da exposição continuada a textos escritos que facilitem o processo de
aquisição da linguagem. Alem disso, ―uma boa leitura de textos também é capaz de
fornecer bons modelos de escrita, e proporcionar oportunidades para introduzir
novos temas, para estimular o debate e para o estudo da língua, por exemplo, o
vocabulário, gramática e expressões idiomáticas‖ (RICHARDS, 2002, p. 273).
Pensando na importância da leitura em LI buscou-se investigar como ela
acontece a em sala de aula de língua Inglesa, pois apesar da exigência do
oferecimento de uma língua estrangeira no ensino fundamental e médio e das
sugestões apresentadas nas diretrizes dos Parâmetros Curriculares Nacionais –
PCNs (1998), a prática da leitura em língua inglesa nas escolas de ensino
fundamental e médio não tem sido uma atividade prazerosa, participativa e
significativa. O resultado é que os alunos saem do ensino fundamental para o ensino
médio sem noções básicas para a prática de leitura em LE. Diante desta situação, foi
levantada a seguinte questão: Como o professor de língua inglesa vem trabalhando
a habilidade de leitura de textos em sala de aula?
Esse trabalho objetivou identificar as causas do déficit da habilidade de
leitura em sala de aula de língua estrangeira do ensino público, por meio de
questionários para professores e alunos de LI do ensino fundamental II das escolas
publicas da cidade de Retirolândia. Foi feito uma analise de como acontece à prática
da leitura na sala de aula de língua inglesa. Através da analise do o material didático
usado nas aulas de LI, e avaliando o envolvimento dos alunos nas atividades de
leitura em sala de aula.
A leitura em língua inglesa é uma maneira de preparar os alunos para a vida.
Mas, para isso, é preciso realizar um trabalho com textos em língua inglesa capazes
de desenvolver no aluno a capacidade de interpretação e compreensão. Sendo
7
importante ressaltar que o uso de estratégias na leitura desses textos em LE é muito
importante, pois ajudará o aprendiz a se desenvolver com mais facilidade. Desta
forma, esse trabalho se justifica por apresentar uma discussão voltada para a
necessidade de desenvolvimento da habilidade de leitura em língua inglesa, com
foco em suas estratégias, e que seja capaz de despertar o interesse do aluno pela
leitura, pelo material assim como o seu envolvimento nas aulas de LI.
Para este trabalho foi realizada uma revisão bibliográfica que buscou teóricos
conceituados que serviram de base teórica. Esta pesquisa foi feita na forma de
pesquisa de campo. Tendo como participantes professores e alunos do ensino
fundamental II de escolas públicas da cidade de Retirolândia. Para a coleta de
dados foram aplicados questionários. Os dados coletados foram analisados através
de reflexões feitas com base nos teóricos estudados, que ressaltam a importância da
pratica da leitura em Língua Inglesa.
No primeiro capitulo foi tratado teoricamente da leitura em sala de aula de LI com
o referencial de teóricos da área que embasaram esse trabalho mostrando que
realmente é importante trabalhar leitura em LI, e seus benefícios para professores e
alunos que estão envolvidos no processo de ensino/aprendizagem de LI. No
segundo capitulo foi exposta a metodologia usada para esse trabalho e no terceiro
capitulo foram apresentados os dados e sua respectiva analise que mostra os
resultados da pesquisa reafirmando a base teórica sobre o assunto. E no quarto
capitulo são apresentadas as considerações finais apresentando o resultado de todo
o estudo realizado.
8
1 ESTRATÉGIAS DE LEITURA NA AULA DE LÍNGUA INGLESA
A leitura em língua inglesa é muito importante, pois ajuda a preparar os
alunos para a vida. Neste capitulo, serão abordados os conceitos de leitura e
estratégias, bem como o que os PCNs falam sobre a leitura em aula de LI, e
algumas das estratégias que são usadas nessas aulas. Serão também abordados os
gêneros discursivos na aula de LI.
1.1Conceitos sobre leitura e estratégias
Uma das atividades fundamentais desenvolvidas pela escola para a formação
dos alunos é a leitura. Essa por sua vez é uma extensão na vida das pessoas. A
maioria do que se aprende na vida é conseguido por meio da leitura, então se pode
dizer que ela é de fundamental importância na vida de um aprendiz de língua
estrangeira. Já que a mesma proporciona aquisição de vocabulário e
desenvolvimento da habilidade de escrever, e dependendo do objetivo da aula, o
trabalho com pronuncia.
Segundo Ferreira (2007, p. 91); ―a leitura é um ato de compreensão e de
recriação‖. Para que a leitura possa ser assim definida ela precisa passar do simples
fato de decodificação de códigos, ou seja, a leitura vai além de decifrar letras e
formar palavras. Pois a leitura como um ato de compreensão se concretiza no
momento que o leitor consegue entender a mensagem deixada pelo autor. Esse
entendimento é facilitado pelo conhecimento prévio daquele que ler. E com isso
produz a comunicação necessária para a troca de conhecimento. Disso conclui-se
que a recriação citada acima é a formação ou reafirmação da opinião do leitor.
Quando um indivíduo ler e compreende o que foi lido, esse por sua vez, tem
muito que contribuir, pois além de adquirir novas informações ele organiza o seu
conhecimento prévio com base na leitura feita. Mas, se ele não entende o que leu,
não poderá fazer contribuições, já que não saberá dizer nada nem organizar o que já
possui de conhecimento de mundo. Portanto, fica claro que o bom gerenciamento da
experiência empírica fará com que o leitor faça boas contribuições nas suas leituras.
Ainda segundo os PCNs (1998), a leitura é o processo no qual o leitor realiza
um trabalho ativo de compreensão e interpretação do texto, a partir de seus
9
objetivos, de seu conhecimento sobre o assunto, sobre o autor, e de tudo o que
sabe sobre a linguagem, etc.
Com isso, o leitor faz uma leitura participativa, pois ele vai está interagindo
com o texto através do seu entendimento sobre o mesmo. A leitura feita com objetivo
específico faz do leitor um bom construtor, isto é, ele constrói o sentido do texto a
partir de tudo que ele já sabe.
De acordo com os PCNs (1998), é na fase de leitura que o aluno projeta o seu
conhecimento de mundo e a organização textual nos elementos sistêmicos do texto,
isto é, através dos traços lingüísticos que compõem o texto e sua forma de
organização é que o aluno vai projetar seu conhecimento. Com base no nível de
compreensão previamente estabelecido, o professor busca identificar nas
estratégias de leitura o que o aluno tem como leitor em sua língua materna, e os
itens lexicais e gramaticais que permitem uma compreensão melhor do texto.
É claro que para níveis de compreensão mais detalhada, a familiarização com
elementos sistêmicos diferentes da língua materna será necessária. É importante
também que o aluno aprenda a descobrir o significado de palavras que não conhece
por meio de pistas contextuais. Da mesma forma, espera-se que o aprendiz esteja
consciente de que não é obrigatório conhecer todos os itens lexicais para fazer uma
boa leitura. Miller 1978 (apud CORACINI, 2002, p. 14) afirma que:
ao estudar os itens lexicais, considera que a interpretação semântica dos mesmos estaria acoplada à sua representação formal (significado transcendental, imanente no dizer de Derrida, 1967b). Ao leitor caberia, então, a tarefa de decodificar, Isto é de reconhecer os itens lingüísticos lá conhecidos e des-cobrir (tirar as cobertas) o significado dos itens desconhecidos.
São importantes as estratégias de integração de uma informação a outra, que
são mecanismos usados para garantir a compreensão do que está sendo lido. O
estabelecimento dos elos coesivos e a utilização de estratégias de inferência
se dá muitas vezes de modo implícito, baseado em conhecimentos anteriores que o
leitor têm do tema. É importante que o leitor aprenda a distinguir entre informações
centrais na estrutura do texto e os detalhes, ou seja, para o aprendiz entender um
texto ele observa os detalhes estruturais do mesmo para contribuir com a formação
do sentido do texto.
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Podemos perceber que estratégias são meios que o professor ensina, e que o
aprendiz busca para facilitar a sua leitura, quando esta não está muito clara.
Podemos dizer ainda que estratégia é a arte de alcançar resultados. Sendo assim o
aprendiz que usa estratégias de leitura pode ser considerado como um ser
estratégico capaz de analisar e solucionar problemas encontrados em um texto lido
na língua alvo.
Apesar das estratégias de leitura funcionar para o leitor como instrumento que
facilita a compreensão dos dados contidos no texto, os procedimentos adotados por
cada um são diferentes, uma vez que a forma de assimilação do conhecimento nem
sempre é igual para todos. Algumas pessoas possuem dificuldades para ler, pois
elas acham cansativo, monótono e difícil. Isso acontece porque, na maioria das
vezes, o indivíduo ainda não encontrou um meio estratégico para promover sua
leitura de maneira prática.
1.2 Os PCNs e a leitura na aula de Língua Estrangeira
Os PCNs definem o leitor competente como alguém capaz de compreender
aquilo que lê, ultrapassando o nível explícito a ponto de identificar elementos
implícitos. Além disso, estabelecer relações entre os textos que lê e outros já
conhecidos, atribuindo-lhes sentidos e ainda justificando e validando a sua leitura a
partir da localização de elementos discursivos. Portanto, nos PCNs, a concepção de
leitura é interacionista. Trata-se de uma atividade que implica estratégias de seleção,
antecipação, inferência e verificação, sem as quais não é possível proficiência.
(PCN, 1998, p. 68).
Uma leitura interacionista produz bons resultados para o leitor, já que este
participa ativamente da construção do sentido do texto usando de seus artefatos,
como sua estrutura social, familiar, e educacional, pois todos esses itens se
relacionam quando uma leitura é feita tendo como base os conhecimentos prévios
de quem ler.
A aprendizagem da leitura em LE colabora no desenvolvimento de uma
habilidade que é central na escola (MOITA LOPES, 1996). Em outras palavras,
aprender a ler em LE ajuda no desenvolvimento da habilidade de leitura em língua
11
materna, que é uma das fontes de muitos problemas com os quais as crianças se
defrontam na escola em todas as disciplinas.
De acordo com os PCNs, o aprendizado de língua estrangeira através da
leitura acontece por meio de três tipos diferentes de conhecimentos: o conhecimento
sistêmico, que se refere ao conhecimento da organização lingüística: o
conhecimento de mundo, também denominado conhecimento prévio, refere-se ao
conhecimento que o aluno já possui sobre o tópico do texto lido, e o conhecimento
de gêneros textuais. Portanto, é importante que o aprendiz leia diversos tipos de
texto para conhecer as variadas estruturas textuais existentes, sendo que o
significado é atribuído ao texto por meio de quem o lê. A leitura supre a necessidade
da educação formal e ao mesmo tempo é uma habilidade que o aprendiz usa em
seu contexto social fora da sala de aula.
Outro aspecto que deve ser levado em consideração é que se espera que o
professor estimule o seu aprendiz a construir o sentido do texto. Afinal de contas o
construtivismo tem um papel muito relevante no processo de aprendizagem de uma
LE e mais especificamente no desenvolvimento da leitura. A leitura caracteriza-se
como uma habilidade que merece uma atenção especial tanto por parte dos alunos
como do professor, para que ela proporcione um melhoramento pessoal. Um
indivíduo só pode ser considerado um leitor quando passa a compreender o que lê.
Pode- se neste caso afirmar que ler é antes de tudo, compreender, pois não basta
apenas decodificar os signos, mas também se posicionar ante o texto lido deixando
muitas vezes o texto transformar o leitor e o leitor por sua vez transformar o texto
através da sua compreensão. O texto quando lido com intenção de compreendê-lo
tem o poder de transformar o indivíduo em um cidadão crítico e capaz de modificar e
formar conceitos.
Portanto, espera-se uma leitura participativa, ou seja, que haja uma interação
entre o leitor e o autor, pois um pode contribuir com o outro nesse processo de
construção de sentido.
1.3 Alguns tipos de estratégias de leitura usualmente aplicadas na aula de
Língua Inglesa
12
A leitura é um momento onde existe uma troca de intenções entre o leitor e o
autor, e neste processo, tenta-se satisfazer muitos objetivos que guiam essa leitura.
Em um processo de aquisição ou aprendizagem de uma língua estrangeira é
relevante compreender a leitura como objeto de conhecimento.
As estratégias de leitura não são regras que obrigatoriamente devam ser
seguidas e, sim, um conjunto de procedimentos, que podem auxiliar o aluno a atingir
seus objetivos na leitura. Então, é preciso que se ensinem estratégias de leitura para
que haja compreensão do texto lido, já que um dos objetivos é formar leitores
autônomos, capazes de enfrentar de forma inteligente, diversos textos, sobretudo
em Língua Inglesa. O leitor deve ser capaz de relacionar as informações já
existentes com o seu conhecimento prévio durante a leitura de textos que o ajudarão
a formular opiniões, idéias novas e modificar conceitos anteriores.
No entanto, há também, outras estratégias de leitura com as quais o professor
de língua estrangeira pode trabalhar com os alunos. O uso delas favorece, por
exemplo, ao aprendiz um desenvolvimento melhor, sobretudo em relação ao
vocabulário na língua alvo. Neste caso, o desenvolvimento da habilidade de leitura
de textos em língua inglesa, oferece a possibilidade de aumentar o conhecimento do
léxico. Então, a leitura configura-se como uma habilidade que merece receber uma
atenção especial dos alunos, uma vez que estes nem sempre tem como objetivos,
desenvolver uma proficiência na língua-alvo, mas sim se tornarem aptos a ler textos
neste idioma, seja por lazer, trabalho ou estudo.
A leitura é uma das habilidades em língua estrangeira mais trabalhada em
nosso país. Ao apresentar a justificativa social para a inclusão da Língua Estrangeira
no Ensino Fundamental, os Parâmetros Curriculares Nacionais (1998) afirmam que:
o uso de uma língua estrangeira parece estar, em geral, mais vinculado à leitura de literatura técnica ou de lazer. Note-se também que os únicos exames formais em Língua Estrangeira (...) requerem o domínio da habilidade de leitura. Portanto, a leitura atende, por um lado, às necessidades da educação formal e, por outro, é a habilidade que o aluno pode usar em seu contexto social imediato. (p.20)
A leitura é muito importante na nossa vida cotidiana, pois ela nos dá suporte
para um desenvolvimento de leitura intensiva e extensiva, e ao mesmo tempo nos
permite usar esse conhecimento no nosso dia-a-dia fora do contexto escolar e essa
leitura quando feita em outro idioma que não o de origem do leitor abre ainda mais
as fronteiras do conhecimento.
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Sabemos que ler não é uma tarefa fácil, ler é um fator decisivo na vida do
estudante, pois é através da leitura que ele amplia seu conhecimento, busca
informações, organiza o pensamento, amplia o vocabulário. Alem disso, através do
envolvimento com o texto, ele pode ter contato com outras culturas.
Diante desse cenário, aparecem as estratégias de leitura em língua
estrangeira que têm a finalidade de ajudar na leitura de textos, pois fazem com que
os estudantes aumentem o nível de consciência sobre as idéias principais do
mesmo. Existem varias estratégias de leitura. As principais aqui apresentadas serão:
skimming, scanning, leitura intensiva, leitura extensiva.
Scanning - Estratégia de leitura rápida utilizada quando se lê em busca de
informação específica no texto, como procurar uma palavra no dicionário, ver
um artigo num catálogo, procurar um n.º de telefone na agenda, etc.
Clarke e Silberstein (1997 apud TOTIS, 1991, p. 35) definem scanning como
"leitura na qual o leitor busca uma informação bastante específica (por exemplo,
uma data, um nome, um número)".
É uma habilidade que ajuda o leitor a obter informação de um texto sem ler
cada palavra. Scanning envolve mover os olhos de cima para baixo na página,
procurando palavras chaves, frase especifica ou idéias. O processo de scanning é
muito útil para encontrar informações específicas. Sendo assim essa estratégia pode
ajudar bastante o aprendiz de LI.
O leitor que usa o scanning nas suas leituras, principalmente em sala de aula
pode ter o entendimento de um texto com mais rapidez e eficácia, sendo que através
dos pontos específicos que ele observar por meio dessa estratégia ele entenderá do
que se trata o texto e ainda terá seus objetivos de leitura alcançados.
Skimming – Estratégia de leitura rápida em busca da idéia geral do texto.
Permite, por exemplo, perceber se determinado texto nos interessa e se vale
a pena ou não continuar a lê-lo.
Clarke e Silberstein (1997 apud TOTIS, 1991, p.35) definem skimming como
"leitura rápida para a obtenção do sentido global do texto"
O processo de skimming permite ao leitor identificar rapidamente a idéia
principal ou o sentido geral do texto. O uso do skimming é freqüente quando a
pessoa tem muito material para ler em pouco tempo. Geralmente a leitura no
skimming é realizada com a velocidade de três a quatro vezes maior que a leitura
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normal. Diferentemente do scanning, skimming é mais abrangente; exige
conhecimento de organização de texto, a percepção de dicas de vocabulário,
habilidade para inferir idéias e outras habilidades de leitura mais avançadas.
Leitura intensiva— Consiste na intensidade de uma leitura feita com
concentração e muito cuidado, buscando compreender exatamente o
significado do que se lê. Geralmente após esse tipo de leitura o aprendiz tem
que responder a um questionário, em um determinado prazo estabelecido
pelo professor, devido à necessidade da informação que está buscando,
como quando se lê principalmente documentos legais, relatórios acadêmicos
entre ouros.
Esse tipo de leitura é usado na maioria das vezes por estudantes, quando
esses querem perceber do que se trata o texto, observando também as estruturas
do mesmo. Por isso que o leitor ao fazer uma leitura intensiva precisa conhecer os
elementos que compõem o texto lido.
Leitura extensiva— É a leitura feita através da diversidade de livros lidos
principalmente para o prazer, a fim de obter neles a compreensão geral do
conteúdo.
A leitura extensiva pode ser entendida como uma prática de aprendizagem
relevante, já que envolve o desenvolvimento de diversas competências relativas ao
estudo da língua em suas dimensões formal, e sociocultural, que vão além de
atitudes e valores, ao mesmo tempo em que ao desenvolverem a habilidade de ler,
os alunos melhoram a capacidade de aprender a língua estrangeira estudada.
1.4 A variedade de gêneros discursivos e as estratégias de leitura em Língua
Inglesa
Os gêneros discursivos se referem aos vários tipos de textos tais como:
descrição, dissertação, narração, romance, fábula, parábola, notícia, certidão, carta,
tese, artigo, etc. Eles possuem características próprias em relação à forma,
conteúdo entre outros. Esses são os detalhes que determinam a que tipo de gênero
cada texto pertence. São muitos os tipos de textos existentes, portanto o professor
precisa passar para o aluno na aula de leitura as informações necessárias para que
eles percebam os fatores que constituem um enunciado. De acordo com Bakhtin
(1992),
15
para falar, utilizamo-nos sempre dos gêneros do discurso, em outras palavras, todos os nossos enunciados dispõem de uma forma padrão e relativamente estável de estruturação de um todo. Possuímos um rico repertorio dos gêneros do discurso orais (e escritos). (p. 301).
Nessa perspectiva, podemos entender que os gêneros discursivos nos
permitem entender melhor o sentido do texto. Sendo assim os gêneros textuais são
entendidos como ferramentas indispensáveis para compreensão de cada tipo de
socialização, seja ele por meio de texto escrito ou falado. Para Bazerman (2006, p.
76) ―a familiarização com os gêneros e registros, correspondentes aos sistemas de
que as pessoas participam, permite que o indivíduo, de alguma forma, compreenda
a complexidade das interações e equacione seus atos comunicativos em relação às
ações comunicativas de muitas outras pessoas‖.
Toda leitura é feita com um objetivo específico, quem ler, o faz porque quer
algo dessa leitura, como: lemos para obter informações, para adquirirmos idéias
novas, e até mesmo por prazer. Muitas vezes os objetivos da nossa leitura são
inconscientes, mas, o fato é que sempre existe um objetivo para ela, seja para
aplicação prática, aprendizagem, ou entretenimento.
Na aula de leitura pode se usar de acordo com os gêneros textuais diversas
estratégias. Por exemplo, se lemos um texto do gênero receita culinária podemos
usar a estratégia de scanning, já se lemos um texto de gênero literário podemos usar
a estratégia de skimming, como também pode ser usado a leitura intensiva no caso
de um estudo minucioso do texto, ou pode ser usado a leitura extensiva se esta for
como forma de conhecimento geral do texto em questão. O conhecimento dos
gêneros textuais possibilita a realização de leituras mais eficientes, pois permite ao
leitor localizar informações mais rápidas.
Porém, assim como é importante o conhecimento dos gêneros é também
importante o conhecimento das estratégias para que essas possam ser trabalhadas
em conjunto para assim promover um bom resultado na compreensão do leitor ante
o texto. Uma vez que a nossa comunicação seja ela através de texto ou não, é
sempre feita por meio de gêneros discursivos. Precisamos então estar sempre
conectados com os mesmos para podermos distingui-los quando formos fazer
leituras, sejam elas por um motivo ou outro.
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Segundo Coracini (2002, p.15) ―a leitura como processo discursivo se
encontra na interface entre a análise do discurso e a desconstrução que considera o
ato de ler como um processo discursivo no qual se inserem os sujeitos produtores de
sentido‖. Sendo assim esse processo discursivo acontece com a colaboração tanto
do autor como do leitor do texto, pois ambos colocam em questão suas ideologias e
seus aspectos e conhecimentos sócio-cultuais para formação de sentido.
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2 METODOLOGIA
Para a realização desse trabalho foi feito inicialmente uma pesquisa
bibliográfica, por ser a melhor forma de buscar suporte e reflexões a cerca do tema
em questão. Essa investigação foi realizada por meio de um estudo minucioso da
prática de ensino de leitura em sala de aula de língua inglesa, utilizando alguns
teóricos que tratam do assunto como: Campos (2006), Consolo (2004), Harmer
(2007), Leventhal (2007), Moita Lopes (1996), Richards (2002), Bakhtin (1992),
Bazerman (2006). Coracini (2002). Totis ( 1991). Além dos PCNs (1998). Dentre
outros.
Foi feito também uma pesquisa de campo onde foram feitas observações em
salas de aula de língua inglesa do ensino fundamental nas escolas Valdeci Lobão,
Antonio Militão Rodrigues, e Escola Yeda Barradas Carneiro, todas situadas na
cidade de Retirolândia e foi feito também questionários para coletar dados. Das três
escolas foram entrevistados 4 professores e 40 alunos, todos do ensino fundamental
II, pois estes foram vistos como objetos fundamentais neste estudo de campo.
Esse estudo não se caracteriza apenas por informações advindas de material
bibliográfico, mas, também, pela inserção da pesquisa de campo que visa conseguir
informações concretas sobre determinado problema para o qual se procura uma
resposta. O interesse da pesquisa de campo está voltado para o estudo de
indivíduos, grupos, comunidade, instituições e outros campos, visando à
compreensão de vários aspectos da sociedade. É uma investigação empírica, que
se realiza no local onde ocorre um fenômeno, dispondo de elementos, como, por
exemplo, questionários, entrevistas e testes para coletar os dados e desenvolver a
pesquisa, (VERGARA, 1998). Com base nesse contexto esse trabalho visa estudar
como acontece a leitura em sala de aula de LI.
2.1 Dados da pesquisa
A pesquisa de campo foi desenvolvida por meio de observações realizadas no
período do estágio e foram feitos questionários com o objetivo de saber se realmente
os professores estão trabalhando a leitura por meio de estratégias em suas aulas, os
quais foram respondidos por professores e alunos das escolas de ensino
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fundamental, Valdecy Lobão, Antonio Militão Rodrigues e Yêda Barradas Carneiro.
Todos os professores atuam no ensino de língua inglesa alem de outras disciplinas.
A escola Municipal Valdecy Lobão possui em seu ambiente interno, as salas
de aula, uma biblioteca, secretaria, sala de professores, cozinha, sala de vídeo. As
outras escolas possuem as mesmas instalações sendo que as mesmas não
possuem sala de vídeo.
Todas as escolas possuem aparelhos de TV, DVD, microssistem,
computadores com acesso a internet, retroprojetores com data show, TV pen drive.
Dos quatro professores entrevistados um afirma ser formado em Letras com
habilitação em Inglês, um é formado em geografia possuindo experiência no ensino
de inglês, e dois afirmaram serem formados em Letras com habilitação em
português, inglês e literaturas. Foram entrevistados também 40 alunos todos do
ensino fundamental II.
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3 ANÁLISE DE DADOS
Foram analisadas as respostas dos questionários aplicados tanto aos alunos
como aos professores e percebi que por parte dos alunos ainda é muito vago o
interesse pela leitura em língua inglesa, levando em consideração as respostas da
maioria dos alunos entrevistados. Aos alunos foram feitas as seguintes questões:
1- Você consegue fazer a leitura dos textos propostos pelo seu professor de língua
inglesa? 0
Nas turmas 1 e 3, 12 dos 20 alunos responderam que só conseguem fazer a
leitura com a ajuda do professor. Na turma 2, cerca de 6 disseram que só
conseguem ler algumas palavras. Na turma 4, os alunos responderam em sua
maioria que não conseguem fazer a leitura dos textos.
Segundo Ferreira (2007, p. 91); ―a leitura é um ato de compreensão e de
recriação‖. Mas apesar de acreditarmos nessa afirmação podemos perceber que
esses alunos não estão vivenciando essa afirmação já que eles afirmam que não
conseguem compreender os textos apresentados a eles.
2- Como seu professor tem trabalhado os textos nas aulas de leitura?
Em relação à segunda pergunta feita nas quatro turmas pesquisadas os
alunos responderam que os professores trabalham com tradução dos textos.
De acordo com os estudos feitos pode-se perceber que a tradução não e o
melhor método de se trabalhar a leitura em sala de aula para isso os PCNs afirma
que a concepção de leitura é interacionista. Trata-se de uma atividade que implica
estratégias de seleção, antecipação, inferência e verificação, sem as quais não é
possível proficiência. (PCN, 1998, p. 68).
3- O seu professor ensina estratégias de leitura para facilitar o entendimento dos
textos lidos?
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Nas quatro turmas os alunos responderam que os professores usam
estratégias, mas só foi citado o uso de cognatos e de palavras já conhecida no texto.
Ficando claro que os professores estão conscientes de que o uso de estratégias é
importante, apesar de usarem apenas essas citadas acima.
Também não se pode usar apenas um ou dois tipos de estratégias nas aulas
de leitura, pois nem sempre uma estratégia serve para todos os alunos.
4-Os textos trabalhados pelo seu professor de língua inglesa têm alguma relação
com o seu dia-a-dia?
Em relação a este questionamento os alunos das turmas 1 e 2 disseram que
as vezes sim, já os das turmas 3 e 4 disseram que sempre existe relação dos textos
propostos com o seu dia a dia.
Pode se perceber com isso que essa atitude de usar textos que tenham
relação com o dia a dia dos alunos estimule os mesmos a se interessarem pelas
aulas
5-Você gosta de ler textos em inglês?
Em relação a ultima pergunta feita os alunos de todas as turmas pesquisadas
responderam que não gostam de ler textos em inglês porque não conseguem
entender os textos, pois não conhecem o vocabulário dos mesmos.
Com essa afirmação vinda dos alunos pode se perceber que o uso das
estratégias de leitura é fundamental para que haja compreensão dos textos pelos
alunos principalmente por aqueles que não possuem um vocabulário suficiente para
ler.
Quanto aos professores foram feitas as seguintes perguntas:
1-Como você tem trabalhado a leitura em suas aulas?
O professor 1 respondeu que trabalha com atividades de interpretação. O
professor 2 respondeu que trabalha com leitura de imagens e procura fazer uma
leitura dinâmica para melhor compreensão dos alunos. O professor 3 respondeu que
usa textos curtos por causa da dificuldade dos alunos. O professor 4 respondeu que
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trabalha com leitura de imagens, dá prioridade as palavras conhecidas e voltada
sempre para os conteúdos gramaticais.
Foi percebido nesse primeiro questionamentos que existe uma variedade na
forma de trabalhar os textos que os professores propõem aos alunos em sala de
aula.
2- Que tipo de texto você (autêntico ou de livro didático) você tem utilizado em suas
aulas?
O professor 1 respondeu que usa textos de livros didáticos assim como
charges. O professor 2 respondeu que busca textos de fácil vocabulário na internet .
o Professor 3 respondeu que na maioria das vezes usa textos de livros didáticos
mas que também usa textos autênticos. O professor 4 respondeu que usa
principalmente textos de livros didáticos.
Podemos perceber que mesmo variando as fontes de busca para os textos
que os professores utilizam o livro didático ainda continua em alta, mesmo que um
ou dois já estejam abrindo espaço para os textos de internet ou coisa parecida e
para isso podemos citar Bakhtin (1992) quando ele afirma que:
para falar, utilizamo-nos sempre dos gêneros do discurso, em outras palavras, todos os nossos enunciados dispõem de uma forma padrão e relativamente estável de estruturação de um todo. Possuímos um rico repertorio dos gêneros do discurso orais (e escritos). (p. 301).
3-Os alunos tem se envolvido de forma satisfatória nas aulas de leitura?
O professor 1 respondeu que no inicio os alunos tiveram resistência quanto a
leitura em língua inglesa mas com o tempo eles passaram a se envolver melhor nas
aulas. O professor 2 respondeu que sim e ainda disse que os alunos tem
curiosidade quanto a disciplina. O professor 3 respondeu que os alunos não se
envolvem nas aulas e ainda demonstram rejeição quanto a disciplina. O professor 4
respondeu que os alunos não se envolvem nas aulas de leitura e ele acrescenta
que talvez seja por conta da dificuldade que eles tem em relação a disciplina.
4-Quais são os tipos de estratégias de leitura que você tem usado em suas aulas?
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O professor 1 respondeu que usa a repetição de palavras, leitura de imagens,
palavras transparentes e cognatos. O professor 2 respondeu que faz leitura de
imagens, leitura previa para identificar os cognatos. O professor 3 respondeu que
identifica as palavras conhecidas bem como a leitura de imagens. O professor 4
respondeu que usa as técnicas de descobrimento das palavras cognatos, explora o
vocabulário já conhecido, varredura do texto para extração das idéias principais.
Com essas respostas pode se perceber que a variação no uso das
estratégias é muito pouco. Sabemos que as estratégias de leitura não são regras,
porem elas ajuda muito no entendimento dos textos com isso é preciso que se
ensinem estratégias de leitura para que haja compreensão do texto lido, já que um
dos objetivos é formar leitores autônomos, capazes de enfrentar de forma
inteligente, diversos textos, sobretudo em Língua Inglesa. Então é preciso que se
ensinem outras estratégias de leitura com as quais o professor de língua estrangeira
pode trabalhar com os alunos. O uso delas favorece, por exemplo, ao aprendiz um
desenvolvimento melhor, sobretudo em relação ao vocabulário na língua alvo.
Percebe-se que o uso das estratégias de scanning e sakimming não são
ainda usadas pelos professores entrevistados, porem essas estratégias tem a
finalidade de ajudar na leitura de textos, pois fazem com que os estudantes
aumentem o nível de consciência sobre as idéias principais do mesmo. O leitor que
usa o scanning nas suas leituras, principalmente em sala de aula pode ter o
entendimento de um texto com mais rapidez e eficácia, sendo que através dos
pontos específicos que ele observar por meio dessa estratégia ele entenderá do que
se trata o texto e ainda terá seus objetivos de leitura alcançados. Ao mesmo, o
tempo processo de skimming permite ao leitor identificar rapidamente a idéia
principal ou o sentido geral do texto.
5-Você tem percebido que o aprendizado dos seus alunos tem tido bom
desenvolvimento no aprendizado por meio das aulas de leitura?
O professor 1 respondeu que mais ou menos pois os alunos não se
interessam pela disciplina. O professor 2 respondeu que na maioria das vezes sim
ficando assim mais fácil para contextualizar a leitura. O professor 3 respondeu que
uma parte dos alunos sim pois são os que se interessam, ela ainda citou a
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dificuldade por conta da falta de material. O professor 4 respondeu que existe uma
variação nos resultados pois nem todos se envolvem de forma satisfatória.
6- Qual a sua formação acadêmica?
O professor 1 respondeu que é formada em Letras com Inglês. O professor 2
respondeu que é formada em Geografia, mas que possui experiência com o ensino
da língua inglesa. O professor 3 respondeu que é formada em Letras com
habilitação em português, inglês e literatura. O professor 4 respondeu que é formado
em Letras com habilitação em português, inglês e literaturas.
Nenhuns dos professores disseram estar fazendo algum curso de formação
continuada para melhorar o seu trabalho com os alunos.
Ao longo desse estudo foram tidas como base as observações bem como a
revisão bibliográfica para constatar que no processo ensino/aprendizagem deve
haver um comprometimento por parte tanto dos alunos como dos professores.
Sendo que o professor é o mediador entre o aluno e o que ele estiver estudando,
então fica para o professor a responsabilidade de motivar os alunos quanto à leitura
em língua inglesa.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante de tudo que foi mostrado nesta pesquisa fica evidente que já existe
uma preocupação em relação à prática de leitura em sala de aula de língua inglesa.
Apesar de que a prática de leitura em língua inglesa ainda não é suficiente, pois
infelizmente existe uma resistência por parte tanto dos alunos como dos professores
que ainda não se conscientizaram por completo da real importância da leitura na
vida de um estudante de língua inglesa e isso acaba por mostrar que eles ainda
estão desmotivados e muitas vezes se esquecem de que a leitura na sala de aula é
muito alem do que decodificar um texto, pois ela vai muito, além disso, os PCNs
(1998), diz que é na fase de leitura que o aluno projeta o seu conhecimento de
mundo. Então os professores precisam se conscientizar disso para estimular seus
alunos a gostar de ler em LI, porque com essa leitura ele vai ter suas fronteiras do
conhecimento abertas para novas culturas.
Contudo é preciso entender que não se deve atribuir tudo isso a todos os
professores, pois alguns já estão tentando usar de novos conceitos para trabalhar
leitura com seus alunos, como foi visto na analise dos dados coletados nesta
pesquisa. Pode ser percebido também que o professor precisa ter uma formação
continuada, pois com a entrevista feita por meio dos questionários ficou evidente que
alguns professores não tem se preocupado em buscar aprender a usar novas
estratégias de leitura para passar para seus alunos.
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REFERÊNCIAS Brasil. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: língua estrangeira. Secretaria de Educação Fundamental – Brasília: MEC/SEF, 1998. BAKHTIN, M. Estética da Criação Verbal. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
BAZERMAN, C. Escrita, gênero e interação social. São Paulo: Cortez, 2006. CORACINI, Maria José Rodrigues Ferreira. O jogo discursivo na aula de leitura: Língua materna e Língua estrangeira. 2 ed. Campinas, SP:Pontes,2002. CAMPOS, G. P. C. As crenças sobre leitura em língua estrangeira de uma professora e seus alunos: um estudo de Caso. Dissertação (Mestrado em Letras e Lingüística) – Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2006. CONSOLO, Douglas Altamiro, VIEIRA-ABRAHÃO, Maria Helena. Pesquisas em Linguística Aplicada: ensino e aprendizagem de língua estrangeira. São Paulo: Editora UNESP, 2004. HARMER, Jeremy. How to Teach English: an introduction to the practice of English language teaching. 2 ed. Harlow: Longman, Pearson, 2007. HARMER, Jeremy. The Practice of English Language Teaching Book. 4 ed. Harlow: Longman, Pearson 2007. LEVENTHAL, Lilian Itzicovitch; ZAJDENWERG Ruth Bron; SILVÉRIO, Tatiana. Inglês é 11! O ensino de inglês no ensino fundamental I. Barueri, SP: Editora Disal, 2007. MOITA LOPES, L. P. A função da aprendizagem de línguas estrangeiras na escola pública. In: MOITA LOPES, L. P. Oficina de Lingüística Aplicada. Campinas, SP: Mercado de Letras. 1996. RICHARDS, Jack C.; RENANDYA, Willy A. Methodology in Language Teaching: an anthology of current practice. New York: Cambridge University Press, 2002. TOTIS, V. P. Língua Inglesa: leitura. São Paulo: Cortez, 1991. VERGARA, Silvia Constant. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1998.
MARCONI, M. A e LAKATOS, E.M. Técnicas de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
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APÊNDICE A Questionários aplicados para a coleta de dados:
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS XIV – Conceição do Coité
COLEGIADO DO CURSO DE LETRAS
Componente curricular: TCC- Trabalho de conclusão de curso
Discente- Ana Clécia da Silva Santos
Professor orientador: Fernando Sodré
Questionário para coleta de dados
Questionário para professor
1-Como você tem trabalhado a leitura em suas aulas?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________
2- Que tipo de texto você (autêntico ou de livro didático) você tem utilizado em suas
aulas?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________
3-Os alunos tem se envolvido de forma satisfatória nas aulas de leitura?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________
4-Quais são os tipos de estratégias de leitura que você tem usado em suas aulas?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________
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5-Você tem percebido que seus alunos tem tido bom desenvolvimento no
aprendizado por meio das aulas de leitura?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________
6- Qual a sua formação acadêmica?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________
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APÊNDICE B
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS XIV – Conceição do Coité
COLEGIADO DO CURSO DE LETRAS
Componente curricular: TCC- Trabalho de conclusão de curso
Discente- Ana Clécia da Silva Santos
Professor orientador: Fernando Sodré
Questionário para coleta de dados
Questionário para aluno
1- Você consegue fazer a leitura dos textos propostos pelo seu professor de língua
inglesa?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________
2- Como seu professor tem trabalhado os textos nas aulas de leitura?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________
3- O seu professor ensina estratégias de leitura para facilitar o entendimento dos
textos lidos?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
__________________________________________________
4-Os textos trabalhados pelo seu professor de língua inglesa têm alguma relação
com o seu dia-a-dia?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
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___________________________________________________________________
___________________________________________________
5-Você gosta de ler textos em inglês?
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
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