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Agrupamento de Escolas de Torre de Moncorvo
Torre de Moncorvo, 10 de Novembro de 2010
A COMUNICAÇÃO E A CONSTRUÇÃO DO SER HUMANO
ALUNO: ALEXANDRE DIAS PIÇARRA
NÚMERO: 2
TURMA: TÉCNICO DE INSTALAÇÕES DE GÁS
PROFESSORA: FILOMENA COSTA
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ÍNDICE:
INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 3 1 - A COMUNICAÇÃO ATRAVÉS DOS SÍMBOLOS ........................................ 4 2 - SOCIEDADE E COMUNICAÇÃO .................................................................. 6 3 - COMUNICAÇÃO .............................................................................................. 7 4 - A COMUNICAÇÃO NÃO VERBAL ............................................................... 9
5 - IMPORTÂNCIA DO COMPORTAMENTO .................................................. 11 CONCLUSÃO ................................................................................................................ 12 BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................ 13
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INTRODUÇÃO
Ao realizar este trabalho para disciplina de Área de Integração pretende-se de uma
maneira geral compreender o processo de comunicação e a construção do Ser Humano.
Deste modo começa-se por abordar de uma forma introdutória o que significa o
processo de comunicar.
Neste processo tem sempre que existir dois indivíduos, um individuo A que será o
Emissor (aquele que inicia a comunicação) e o indivíduo B que será o Receptor (aquele
que interpreta o resultado da acção expressiva), podendo ou não encontrarem-se os dois
no mesmo lugar e ao mesmo tempo.
Comunicar é um veículo de transmissão de cultura para além de ser uma forma de cada
indivíduo adquirir a seu próprio ensinamento cultural.
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1 - A COMUNICAÇÃO ATRAVÉS DOS SÍMBOLOS
Segundo a Psicologia Social a Comunicação é uma ferramenta fundamental da conduta
humana. Os indivíduos para além de serem influenciados pela sociedade que os rege
estão também em constante interacção com outros indivíduos, sejam eles conhecidos ou
não.
Inicialmente segundo “Cooley – 1902”, a comunicação era considerada um mecanismo
através da qual as relações humanas existiam e se desenvolviam. Nos nossos dias a
comunicação é feita através de sistemas técnicos, que tem um papel importante e de
grande crescimento na própria estrutura comunicativa, ou seja através da tecnologia
existente cuja função é transmitir imagens ou signos, criam-se por sua vez uma nova
dinâmica social na forma de comunicar.
Deste modo a forma de comunicar sofreu tremendas transformações, ao mesmo tempo
que se foi evoluindo socialmente.
A revolução tecnológica na comunicação obrigou a uma maior necessidade de
competência no seu exercício, hoje em dia uma das características do desenvolvimento
tecnológico é a obtenção de uma maior confiança nos símbolos e menor confiança nas
coisas, por exemplo:
A geração dos nossos avós ganhavam a vida manipulando coisas em vez de símbolos,
eram considerados fortes e capazes, o homem que melhor soubesse cuidar dos seus
campos agrícolas, o homem que fosse melhor caçador, o homem que melhor combate-
se, o homem que melhor construi-se a sua casa, etc.
Hoje em dia a grande confiança que temos nos símbolos vê-se através das marcas
criadas pelas diversas empresas para produtos idênticos, ou seja: Sabonete é sabonete –
mas Super Pop Limão é totalmente de Fairy Limão.
A revolução tecnológica fez aparecer um novo mercado, denominado de Comunicador
Profissional, que já existia nos jornais, revistas, teatro, etc., mas hoje em dia encontra-se
largamente ampliado através de publicitários, comentadores políticos e jurídicos,
assessores, etc.
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Contudo toda esta revolução tecnológica também nos trouxe um lado mau, porque em
vez de comunicarmos uns com os outros pessoalmente, passamos a comunicar no meio
da confusão das novas tecnologias, perdendo assim a nossa capacidade de comunicação
humana.
Quando a capacidade de comunicação humana é por nós descuidada, a nossa sociedade
entra num abismo de degradação moral e cívica onde a violência ocupa o lugar do
diálogo e da concordância.
Como prova disso temos o mundo confuso e desordenado em que nos encontramos.
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2 - SOCIEDADE E COMUNICAÇÃO
Na sociedade todas as actividades humanas são afectadas pela comunicação, não
comunicarmos uns com os outros é considerado comunicação.
Tudo é comunicação, a linguagem é comunicação, a expressão facial é comunicação, o
modo de nós vestir-mos é comunicação, a personalidade é comunicação, os adornos por
nós utilizados é comunicação. Estamos rodeados de meios de comunicação, podendo
mesmo afirmar que não vivemos sem comunicação.
Na sociedade em que vivemos a personalidade humana consiste na boa ou má qualidade
de comunicação do indivíduo. É através da forma como nós comunica-mos com os
outros que o homem é visto pela sociedade onde vive. Aquilo que pensamos de outra
pessoa depende do que essa pessoa nos consegue comunicar sobre si mesma.
Nesta Sociedade em que nos pisámos uns aos outros é importantíssimo fazermos
sobressair a nossa personalidade, ou seja, sabermos comunicar de forma inteligente
persistente e adequada.
A comunicação baseia-se numa relação onde a troca de mensagens de ambas as partes
“Emissor/Receptor” nos permite atingir um entendimento mútuo.
Esse entendimento a que chamamos informação adquirida não é mais do que o conteúdo
das mensagens enviadas ou em circulação.
Comunicar em sentido unidireccional, ou seja, em sentido único, faz com que o
feedback seja inexistente.
Ao comunicarmos a nossa mensagem deve dizer qualquer coisa em comum tanto para o
emissor como para o receptor, por exemplo: Ao comunicar uma mensagem numa língua
que desconhecemos estamos a enviar uma mensagem totalmente sem sentido. A
linguagem tem que ser compreendida por ambas as partes, tem que ser comum a ambos,
porque é essa linguagem que dá significado à compreensão da mensagem.
Compreendendo a linguagem visualizamos tudo que nos possa servir a uma melhor
compreensão da Comunicação Humana que podem ser gestos, sinais, sons, símbolos,
etc.
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3 - COMUNICAÇÃO
A comunicação pressupõe pelo menos um emissor e um receptor.
Ninguém é capaz de comunicar consigo próprio, ao falar-mos connosco próprios e
ninguém nos está a ouvir, estamos perante um processo de comunicação humana
incompleta, isto porque falta a mensagem transmitida que para ser completa exige
sempre dois elementos – o emissor e o receptor.
Na comunicação é exigida pelo menos a participação de duas pessoas.
Ao tentarmos comunicar connosco próprios não estamos a comunicar mas sim a
fazermos uma auto-análise.
Na comunicação temos que ter o bom senso de escolher uma comunicação adequada
consoante o receptor a quem transmitimos a mensagem. Temos sempre que ter em
atenção se os públicos com quem pretendemos interagir são ou não receptivos à forma
por nós escolhida de comunicar.
Ao estarmos a comunicar com alguém não quer dizer que estamos a comunicar isto
porque só comunicamos quando o destinatário reage à nossa mensagem, isto é, reage a
um estímulo que lhe enviamos.
Por vezes na nossa actividade profissional e no nosso dia-a-dia, e apesar de nos
expressarmos claramente e adequadamente, não conseguimos estabelecer uma
comunicação efectiva.
Há vários factores que nos impedem ou não, de estabelecer uma ligação comunicativa
apesar do uso de uma linguagem adequada. Esses factores podem ser de carácter
pessoal, psicológico e fisiológico.
Os factores pessoais assumem uma grande importância na comunicação oral,
existem pessoas que tem grande facilidade de exporem e defenderem as suas
ideias, ou em as fazer aceitar em relação a outras.
A aparência pessoal, a postura, o movimento corporal, o contacto visual, a
expressão facial, a voz, a fluência, são factores pessoais que podem facilitar ou
dificultar a aceitação da mensagem por parte de quem a está a receber.
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Os factores psicológicos também assume grande importância, isto porque a
sociedade é geradora de preconceitos e faz com que os indivíduos não se
aceitem como eles são, mas sim como a maioria da sociedade os aceita. Como
exemplo temos a deformação profissional, ou seja, cada profissão cria o seu
código e a sua interpretação do universo que o rodeia.
Factores fisiológicos, aqui são considerados mais relevantes a raça, a doença e as
deformidades físicas.
Pessoas fisicamente incapacitadas por vezes criam preconceitos a determinadas
questões; também as pessoas doentes mostram na sua maioria uma menor
perspicácia mental, dificultando a comunicação.
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4 - A COMUNICAÇÃO NÃO VERBAL
Comunicar não significa somente a comunicação verbal.
A maior percentagem da comunicação humana é representada pela comunicação não
verbal, a destacar: atitudes, olhares, gestos, posturas corporais, toques, modos de vestir,
etc.
A linguagem não verbal acompanhada da linguagem verbal torna-a mais autêntica, mais
significativa e mais próxima.
A comunicação não verbal aumenta significativamente o feedback, o que faz com que o
emissor compreenda a maneira com que a sua mensagem é descodificada.
A linguagem não verbal também pode substituir por completo a linguagem verbal.
Ao estarmos completamente em silêncio ou sem nos mexermos, podemos estar a
transmitir informação, não sendo possível dizer que nada comunicamos.
O Rosto: É através do rosto que melhor exprimimos uma mensagem não verbal.
Através do rosto é possível expressar as emoções, os sentimentos e comunicar
atitudes.
Apesar de expressivo o nosso rosto nem sempre mostra aquilo que sentimos, isto
porque temos tendência a controlar as expressões conforme a situação em que
nos encontramos.
Os Gestos: A linguagem gestual é tão precisa e elaborada como a linguagem
verbal.
Em casos mais extremos os gestos podem substituir na totalidade a linguagem
verbal, é o caso da linguagem dos surdos-mudos, que se converteu numa forma
de comunicação não verbal de grande profundidade, versatilidade e
complexidade.
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A Postura e distância pública: A distância entre duas pessoas pode ser
considerada como comunicação não verbal por parte de uma ou duas pessoas, ou
pode ser considerada como um comportamento de troca entre duas pessoas, por
exemplo: pessoas com nível social elevado, por vezes tomam uma atitude de frio
distanciamento, adoptando uma distância adequada à sua categoria, evitando por
vezes o contacto físico.
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5 - IMPORTÂNCIA DO COMPORTAMENTO
Na sociedade em que vivemos a comunicação em grupo (famílias, empresas,
comunidades, clubes, etc.), nem sempre é facilitada.
Geralmente ao interagirmos em grupo geram-se tensões emocionais: simpatia ou
antipatia pela pessoa que está a comunicar ou pelo assunto, geram-se também duvidas
ansiedades, invejas, insegurança, frustrações, conflitos, etc.
Estas tensões favoráveis ou desfavoráveis podem facilitar ou dificultar a comunicação,
podendo também transformarem-se em barreiras impossíveis de ultrapassar a nível da
comunicação.
Na comunicação em grupo a maneira como nós nos comportamos afecta a maneira
como os outros se comportam, ou seja o nosso comportamento afecta positiva ou
negativamente a relação que estabelecemos com os outros.
Para que estas situações de tensão sejam evitadas, o ser humano deve ter a capacidade
de se ajustar em termos comportamentais, às pessoas com que se relaciona.
Para que as pessoas com quem nos relacionamos modifiquem o seu comportamento
porque de qualquer forma este nos afecta prejudicando a nossa relação, somos nós que
devemos tentar modificar o nosso comportamento perante essas pessoas.
As pessoas não se comportando da mesma forma nas diferentes situações, têm que ter a
capacidade de perceber a realidade que as envolve e adaptar-se a essa própria realidade
a nível comportamental para assim facilitar as relações interpessoais.
Todos devemos ter em atenção como nos comportamos e como comunicamos
verbalmente e/ou não verbalmente, pois isso influência de forma significativa a maneira
como os outros se relacionam connosco.
As pessoas devem ter uma boa percepção e um bom senso, para assim se abrirem a
novas formas e modos de comportamento e de comunicação, permitindo-lhes assim um
ajustamento cada vez mais eficaz na sua relação com os outros.
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CONCLUSÃO
Na elaboração deste trabalho fez-se uma pequena abordagem sobre o processo de
comunicação e da necessidade do Ser Humano conseguir comunicar, para assim poder-
mos conhecer como se constrói o Ser Humano .
Em suma comunicar significa partilhar, isto é compartilhar com alguém um certo
conteúdo de informações tais como pensamentos, ideias, intenções, desejos e
conhecimentos.
Através da participação de processos de comunicação experimentamos uma sensação de
comunhão com aqueles a quem nos dirigimos, porque com eles passamos a ter algo em
comum.
A comunicação e a construção do Ser Humano corresponde a uma necessidade vital de
toda a humanidade, adquirindo uma relevância especial na actualidade em que as
condições socioeconómicas, aliadas ao desenvolvimento dos meios técnicos fizeram
com que a comunicação seja um dos conceitos centrais nas preocupações do nosso
tempo.
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BIBLIOGRAFIA
FACHADA, M. Odete, “Psicologia das Relações Interpessoais”, 2º Volume, Edições –
Rumo, Lda.
FISCHER, Gustave-Nicolas, (1996), “Os Conceitos Fundamentais da Psicologia
Social”, Dunod Paris.
MONTEIRO, A. C.; CAETANO, J.; MARQUES, H.; LOURENÇO, J., “Fundamentos
de COMUNICAÇÃO”; 2ª Edição.
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