20-06-2017
Revista de Imprensa
1. Entidade Reguladora da Saúde recebeu 59 mil reclamações e nove mil elogios em 2016, Público, 20-06-2017
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2. Barómetro, Correio da Manhã, 20-06-2017 2
3. Serviço de Medicina Interna e Consulta de Diabetes do CHMA reconhecidos com mais um prémio, Jornal deSanto Thyrso, 09-06-2017
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4. DiaeBeTeS e a escola da amizade, Correio da Feira, 12-06-2017 4
5. Exposição de gigantones leva alegria sanjoanina ao hospital, Diário do Minho, 20-06-2017 5
6. Prestação de serviços: Ministério corta valor pago à hora a médicos tarefeiros, Diário de Notícias, 20-06-2017
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7. “Saldos” e “borlas” para atendimento demorado, Público, 20-06-2017 8
8. Diagnósticos tardios para a maioria dos novos casos de VIH, Diário de Leiria, 20-06-2017 9
9. Porto vai lutar pela sede de agência europeia, Destak, 20-06-2017 10
10. Rui Moreira indica nomes para comissão de candidatura à Agência do Medicamento, Público, 20-06-2017 12
11. Rio acusa governo de ter adoptado “medida eleitoralista”, Correio do Minho, 19-06-2017 13
12. E para Braga não há nada, nada, nada???, Correio do Minho, 19-06-2017 14
13. Exame prévio, i, 20-06-2017 15
14. Estado de graça, i, 20-06-2017 16
15. Trissomia 21. Quando o cromossoma extra é o da dança, i, 20-06-2017 17
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Pág: 25
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Corte: 1 de 1ID: 70051229 20-06-2017MARIA JOÃO GALA
Cidadãos queixam-se sobretudo dos tempos de espera e da falta de delicadeza do pessoal clínico
Mais de 59 mil reclamações e queixas
e cerca de 9400 elogios e louvores
foram enviados para a Entidade Re-
guladora da Saúde (ERS) no ano pas-
sado. Os cidadãos queixam-se sobre-
tudo dos tempos de espera, da quali-
dade da informação disponibilizada
e da suposta falta de “delicadeza” e
“urbanidade”, particularmente do
pessoal clínico. Mas também são os
médicos que mais elogios recebem.
Em Abril, ouvida na Comissão
Parlamentar da Saúde, a presiden-
te da ERS, Sofi a Nogueira da Silva,
já tinha apresentado aos deputados
um breve balanço das reclamações
e elogios recebidos em 2016. Mas o
relatório fi nal, divulgado ontem, per-
mite perceber em detalhe que hou-
ve um grande aumento (mais 24,5%)
das exposições registadas (queixas,
elogios e sugestões) no Sistema de
Gestão de Reclamações da ERS, em
2016, face ao ano anterior (mais de
Entidade Reguladora da Saúde recebeu 59 mil reclamações e nove mil elogios em 2016
69 mil processos, contra quase 56
mil em 2015).
Mas isto, ressalva a entidade re-
guladora, não permite concluir que
tenha havido mais queixas. Porquê?
Porque só a partir de Maio de 2015 “é
que as reclamações relativas a todos
os prestadores de cuidados de saúde
dos sectores público, privado e so-
cial passaram a estar efectivamente
centralizadas na ERS”, justifi ca-se no
relatório. Antes disso, era na plata-
forma SIM-Cidadão (da responsabi-
lidade da Direcção-Geral da Saúde)
que eram apresentadas as reclama-
ções do sector público, esclarece
ainda a entidade reguladora.
No total, a ERS analisou 52.642
processos de reclamações, elogios
e sugestões, 62,8% dos quais eram
transitados de anos anteriores. Des-
tes, 844 motivaram intervenção re-
gulatória diferenciada, 15,2% deram
origem a processos de avaliação para
aprofundamento da averiguação e
6% foram objecto de proposta de fi s-
calização. Nas quase 1200 sugestões
apresentadas à ERS, a qualidade das
instalações das unidades de saúde foi
o assunto mais mencionado.
Nas unidades de saúde com inter-
namento do sector público, os hos-
pitais Amadora-Sintra, o São João
(Porto), o Garcia de Orta (Almada)
e o Santa Maria (Lisboa) foram os
que mereceram mais reclamações,
enquanto o hospital de Viseu, o IPO
(Instituto Português de Oncologia)
de Coimbra e o hospital de Castelo
Branco recolheram a maior quanti-
dade de elogios.
Nos hospitais privados, o da Luz,
o da Cuf Descobertas e o dos Lusí-
adas (todos em Lisboa) são os três
primeiros da lista de reclamações,
mas também são dos que merecem
mais elogios, até porque são unida-
des de saúde de grande dimensão,
comparativamente com outras deste
sector. No seu site, a ERS disponibi-
liza um formulário que os cidadãos
podem preencher se pretenderem
apresentar uma reclamação, uma
sugestão ou um elogio. Mas a maior
parte das exposições têm sido efec-
tuadas, até à data, nos livros de re-
clamações dos estabelecimentos de
saúde.
Mas desde 2015 os responsáveis
das unidades de saúde passaram a
ter de inserir na plataforma gerida
pela ERS todas as reclamações, elo-
gios e sugestões que recebem. Atra-
vés desta plataforma, designada de
Sistema de Gestão de Reclamações,
a ERS tem a possibilidade de monito-
rizar o seguimento dado às queixas
e sugestões dos cidadãos.
SaúdeAlexandra Campos
Médicos são o principal alvo das reclamações, mas são também os que mais elogios recebem, segundo o balanço da entidade
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0 SORE LARANJA PONTES PRES. C. A. IPO DO PORTO
O IPO do Porto já faz um exame ao sangue que per-mite que o cancro coiorretal avan-çado seja mais fa-cilmente testado e monitorizado.
o DESCE LUÍS BRITO MORADOR EM ALBERNOA
Foi condenado pelo crime de di-famação de San-dra Margarida, presidente da União de Fregue-sias de Albernoa e Trindade (Beja).
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Tiragem: 2750
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Âmbito: Regional
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Serviço de Medicina Interna e Consulta de Diabetes do CHMA reconhecidos
com mais um prémio Distinção entregue no 23.° Congresso de Medicina Interna
A médica interna Diana Silva Fernandes, do Serviço de Medicina I do Centro Hospitalar do Médio Ave, venceu, exe-quo, o prémio "Jorge Caldeira", atribuído pelo Núcleo de Estudos da Diabetes Me//itus da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna. A distinção, com valor remuneratório de 2.500 euros, premeia o melhor trabalho clínico apresentado nas reuniões do Nú-cleo referen-ciado.
O trabalho desta médica intitu-lou-se "Performance das fórmulas Cockcroft-Gault, MDRD e CKD-EPI", e teve como objetivo validar e com-parar a utilização destas três fórmu-las na estimativa da taxa de filtração glomerular em doentes diabéticos.
É de salientar que este é mais um reconhecimento do trabalho que o CHMA tem desenvolvido nesta área, com resultados comprovados e re-conhecidos nos últimos anos.
De facto, desde a sua constitui-ção, a Unidade Integrada da Diabe-tes, criada sob a égide da Unidade Coordenadora Funcional da Diabe-tes do ACES Famalicão, tem efetua-do um trabalho meritório e louvado na área da diabetes.
Segundo Augusto Duarte, dire-tor do Serviço de Medicina Interna I, "só no ano de 2016, foram realizadas 2.650 consultas, o que representa cerca de 25% do total do Serviço de Medicina. Para além da atuação ao nível dos utentes, a Unidade Coor-
denadora Funcional da Diabetes tem também procurado intervir junto dos profissionais de saúde, dando for-mação prática, por exemplo, na área do Pé Diabético". Por outro lado, "desde a sua abertura, na Consulta do Pé Diabético, observou-se um total de 172 doentes, ou seja, estamos a falar em 764 consultas", acrescentou.
A DIABETES
Segundo os últimos dados da Organização Mundial da Saúde, a diabetes atinge 422 milhões de adul-tos em todo o mundo, sendo respon-sável pela morte de cerca de 1.5 milhões de pessoas por ano. Os nú-meros quadruplicaram desde 1980, em grande parte devido ao
sedentarismo e à obesidade. Portugal é um dos países em que
esta evolução negativa mais se tem notado. De acordo com os números do Relatório Anual do Observatório Nacional da Diabetes, mais de 1 milhão de portugueses estão afeta-dos por esta doença, sendo detetados perto de 200 novos casos todos os dias.
Perante a tendência de aumento da diabetes, a Unidade Coordena-dora Funcional da Diabetes do CHMA continuará a efetuar todos esforços que estiverem ao seu alcance para contrariar e dar resposta a este pro-blema, procurando atuar não só a nível do tratamento, mas cada vez mais a nível da prevenção.
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Corte: 1 de 1ID: 69993321 12-06-2017
FEIRA A médica interna do ACES Feira-Arouca Fátima Manuela escreveu um livro intitulado “Diabetes e a Escola da Amizade”, que será lançado na próxima sexta-feira, às 18h00, na Biblioteca Municipal de Santa Maria da Feira.“Decidi perpetuar em história necessidades sentidas por crianças e jovens com Diabetes tipo 1 e Encarregados de Educação, aquando do Projecto A Diabetes Existe, a Inclusão Persiste – Projeto Local de Inclusão de Crianças e Jovens com Diabetes Mellitus tipo 1, nos concelhos da Feira e Arouca”, diz Fátima Manuela, em comunicado. ‘DIAeBETES e a ESCOLA DA AMIZADE’ tem revisão de Cristina Valadas (Directora do Programa Nacional para a Diabetes) e prefácio escrito por Gregória Von Amann (responsável pela área da Saúde Escolar).
‘DiaeBeTeS e a escola da amizade’
lançamento de livro
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Tiragem: 8500
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Exposição de gigantones levaalegria sanjoanina ao hospital
Carla esteves
Q uem chega ao Hos-pital de Braga não consegue abstrair--se do colorido san-
joanino que por ali reina, em plena entrada princi-pal. Além do festão sus-penso no teto, tão típico desta quadra popular, a atenção dirige-se inevita-velmente para o conjunto de gigantones e cabeçu-dos que ali ocupa um lu-gar de destaque, captan-do os sorrisos dos utentes e do pessoal hospitalar.
A mostra "Gigantones e Cabeçudos do São João de Braga" já tinha "visi-tado" o hospital há dois anos atrás, mas as reações foram tão positivas, que acabou por regressar este ano, embora com alguns gigantes diferentes, todos eles protagonistas do 28.ºEncontro Internacional de Gigantones, que na noi-te de sábado animou o centro histórico de Braga.
As alegres figuras ex-postas, a maioria perten-centes à Ida e Volta – Asso-ciação Cultural e Artística de Braga, além de outros exemplares da Equipa Es-piral e da Bogalha, man-ter-se-ão no Hospital bra-carense pelo menos até ao próximo dia 25 de ju-nho, podendo contudo a mostra prolongar-se por mais alguns dias.
Segundo o presidente da Associação Ida e Volta, Carlos Bonjardim, «é com
muita satisfação que a ex-posição regressa ao hos-pital, tranzendo um pou-co das festas a este local».
«Acredito que o S. João deve chegar a todos os lo-cais e mesmo para quem vem de fora e já sabe o que é um gigante e um cabe-çudo porque viu na tele-visão, estar aqui, com a presença deles, é comple-tamente diferente. E para nós é um orgulho poder, de alguma maneira, ajudar as pessoas nestes locais»,
argumentou, acrescentan-do que «a Ida e Volta quer que o S. João vá a todo o lado e por onde passa es-palha alegria e diversão, chegando ao máximo de público possível».
Também Rui Ferrei-ra, presidente da Asso-ciação de Festas de Braga, salientou a importância de «expôr uma parte do S. João» no Hospital de Braga, já que se trata de «um dos pontos nevrálgi-cos da nossa cidade e um dos sítios onde há mais gente a circular».
«E de certa maneira, trazer o S. João aqui, é uma forma de trazer um bocadinho muito impor-tante da nossa cidade, mas essencialmente trazer um bocadinho de alegria, de boas memórias, no meio da tribulação própria des-te local», afirmou, «embo-
ra às vezes o estado de es-pírito não seja o melhor, a presença da festa con-fere vontade de viver, de estar com os outros e es-sa é precisamente uma das grandes virtudes das festas populares».
Hospital quer "médico gigantone"Da parte da administra-ção do Hospital de Braga a exposição não poderia ser mais bem recebida, tendo inclusivamente o próprio presidente da Co-missão Executiva, João Ferreira, lançado ontem o apelo para que, no próxi-mo ano, a mostra regres-se, mas desta vez, tenha no seu elenco, um médi-co ou enfermeiro, enfim, um profissional de saú-de, que estabeleça uma ligação ainda mais efe-tiva entre o Hospital e o São João de Braga.
«O feedback que temos são os sorrisos dos uten-tes e dos colaboradores. Nós temos que nos sen-tir bem neste espaço, pois trabalhamos cá todos os dias e passamos cá uma grande parte da nossa vi-da. E estas exposições que variam ao longo do ano, animam-nos e ajudam a estabelecer uma ligação efetiva com a cidade lá fora», concluiu.
Mostra encontra-se patente na entrada principal
A inauguração da exposição decorreu ontem, na entrada principal do Hospital de Braga
As alegres figuras prometem captar a atenção de todos
A Ida e Volta quer que o S. João vá a todo o lado, e por onde passa espalha alegria.Carlos Bonjardim | Ida e Volta
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Ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, quer reduzir recurso às prestações de serviços médicos
knowoned.... chá CE 1.W
Por Sua EaWir..... SMax: ~asa ti ~Ia
nr• AdibloW> ~do Ir v.4~
Ministério desce preço pago a tarefeiros mas mantém exceções
Médicos. Nos primeiros três meses do ano o SNS gastou 26,5 milhões de euros com prestações de serviços, mais 3,1 mi-lhões que no período homólogo. Há duas semanas governo impôs a redução trimestral de 35% neste tipo de despesa
ANA MALA
A despesa com prestações de servi-ços continua a subir. Nos primeiros três meses do ano os custos estavam em 26,5 milhões de euros, mais 3,1 milhões que no período homólogo, uma tendência que vai no sentido contrário da intenção do governo, que impôs uma redução trimestral de 35% na despesa com as presta-ções de serviços médicos e que pre-tende compensar o aumento do va-lor pago pelas horas extraordinárias. Entra hoje em vigor um despacho do Ministério da Saúde que deter-mina a redução do preço/hora a pa-gar aos médicos tarefeiros, embora com algumas exceções.
De acordo com os dados no site da Administração Central do Siste-ma de Saúde, foi março que registou a despesa mais elevada: dez milhões de euros. Os custos do primeiro tri-mestre representam 3,68% do total das despesas com pessoal, um au-mento de 0.3 pontos percentuais
em relação ao mesmo período de 2016, ano em que as prestações de serviço custaram perto de cem mi-lhões de euros ao SNS, o valor mais alto dos últimos quatro anos.
A intenção do governo será inver-ter a tendência e ao mesmo tempo reafetar o dinheiro para o aumento do valor das horas extraordinárias. O que levou a que há duas semanas tivesse imposto uma redução tri-mestral de 35% na despesa com as prestações de serviço médicas.
Alexandre Lourenço, presidente daAssociaçãodosAdministradores Hospitalares, diz que a falta de auto-nomia dos hospitais acaba por levar a um comportamento inverso. "Na última semana foram autorizadas mais de 500 contratações de substi-tuição de profissionais que não esta-vam a ser autorizadas pelas finanças. Havia atrasos de meses e a solução foi usar as prestações de serviço. É preciso que as finanças percebam que a falta de autonomia tem conse-quências. Há vontade de reduzir as prestações, mas esta limitação leva
ao comportamento inverso", diz, de-fendendo a criação de equipas fixas nas urgências e mais contratações para os quadros dos hospitais.
Valor pago por hora desce A partir de hoje os valores máximos a pagar por hora aos médicos tare-feiros baixa, tendo como referência "o valor hora mais elevado previsto na tabela remuneratória aplicável aos trabalhadores integrados na carreira médica". Passam a ser 22 eu-ros/hora para médicos não espe-cialistas-antes eram 25 euros- e 26 euros/ hora para especialistas, que até agora podiam receber 30 euros.
Mas é nas exceções que a diferen-ça de valores é mais notória em rela-ção à anterior lei, que permitia que os valores por hora pudessem du-plicar até aos 50 e 60 euros em situa-ções em que o funcionamento dos serviços estivesse em risco. A ressal-va mantém-se, mas o aumento não poderá ir além dos 50%. Ou seja, um médico não especialistas poderá re-ceber até 33 euros/ hora e um espe-
43,81 > euros por hora Valor máximo que pode vir a ser pago a médicos especialistas que estejam em hospitais e especialidades classi-ficadas como carenciadas.
26,5 > milhões de euros Dinheiro gasto em prestações de ser-viço no primeiro trimestre deste ano. Em 2016 este valor foi de 23,4 mi-lhões de euros.
cialista 39. Anova legislação intro-
duz uma outra exceção, esta para as zonas carenciadas e apenas para médicos especialistas. Nestes casos, o valor a pagar por hora pode ser de 29,21 euros e pode aumentar até um máximo de 43,81 euros.
O despacho refere ainda que os médicos prestadores que traba-lhem no SNS têm de declarar que não estão dispensados do trabalho noturno e das urgências. No caso dos contratos com as empresas, es-tes têm de ter cláusulas que definam indemnizações a pagar no caso de não cumprirem o número de médi-cos que prometeram.
"O ministério ainda não perce-beu que sem condições de trabalho aceitáveis, as pessoas preferem tra-balhar noutros sítios. Os números de emigração e saída para os priva-dos são preocupantes", começa por dizer o bastonário dos médicos, Mi-guel Guimarães. Sobre a redução do preço hora, "o hospital deVila Real tem uma deficiência muito grande de anestesistas. Tem de contratar mais de dez e muitos são de fora. Têm de ver se os valores compen-sam. Em locais como este o proble-ma pode agravar-se de forma agu-da. Vamos ver o que vai acontecer".
Alexandre Valentim Lourenço, presidente da secção sul da Ordem dos Médicos, diz que há o risco de os hospitais perderem os melhores médicos que conseguem contratar através de prestações de serviço. E diz que falta uma segunda medida a acompanhar esta: "Nos serviços ca-renciados devia haver uma exceção para que os médicos pudessem ter remunerações semelhantes aos contratados externos. Haveria me-nos contratações e os médicos da casa estariam mais satisfeitos."
Já Jorge Roque da Cunha, do Sin-dicato Independente dos Médicos, teme que "os hospitais periféricos possam vira sofrer ainda mais" com falta de médicos. "Não queremos que paguem menos aos prestado-res, queremos que paguem mais aos médicos do quadro", diz. Mário Jorge Neves, da Federação Nacional dos Médicos, afirma que "a medida é curta e não resolve outra que é de-terminante: a valorização e rentabi-lização dos que estão nos serviços. Têm de abrir concursos para suprir as lacunas graves nos hospitais".
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PEDROGAQ AINDA ARDE Tit
DE3ATEPOLITJC
ADIADO ta I siamos a traliaildr's
• ‘g• 21 horas por dia. 1 prioridade alist dii comissário europeu para gesta° tie crises
"The de dormir de luz aves:il., emita quem tem o fogo gras ado na 111(.111Dria
PÁGS. 4 A 9
ENTREVISTA JOSÉ FORJAZ ARQUITETURA LECHUGA UVA PECA COM 14E4 TEM DE SER SUSTE *1 TAVEL HA MUITA OBRA ESMERALDAS PARA VER \O VUSEU QUE E DESPERDÍCIO DE RECURSOS ...E„ NACIONAL DE ARTE ANTIGA..
TERÇA-FURA20.62017 1 WWW.DN.PT 1 Ano 1.5.3." 1 N.° 54 117 1 1,20f I Diretor Paulo Baldeia Diretor adjunto Paulo Tavares Subdiretores Joana Petiz e Leonldio Paulo Ferreira Diretor de arte Pedro Femandes
iário be Notícias
Rent-a-car fazem subir PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS:
vendas de automoveis MINISTÉRIO CORTA VALOR PAGO À
Compras feitas por empresas de aluguer de carros cresceram 26%, para res- HORA A M EDICOS ponder ao boom do turismo, representando mais de um quarto dos 102 mil automóveis vendidos em Portugal nos primeiros cinco meses deste ano. Lisboa, Porto e Algarve são os que mais sobem no negócio de rent-a-car. Me. n pita i°
AÇÃO SOCIAL EM LISBOA
Câmara vai criar restaurante para formar sem-abrigo PÁG. 14
NEGOCIAÇÃO PARA O BREXIT
Otimismo no primeiro passo para acordo comercial PÁS. 29
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Paulo Sargento
“Saldos” e “borlas” paraatendimento demorado
O Partido Ecologista “Os Verdes”
entregou, no Parlamento,
dois projetos de lei prevendo
o reembolso e a devolução
das taxas moderadoras aos
utentes do Serviço Nacional
de Saúde (SNS), em casos
de demora signifi cativa no
atendimento de urgência e em
casos de desistência por parte
do utente desse mesmo atendimento. A
intenção desta força partidária (em relação
à qual nutro simpatia em muitos aspetos)
parece-me benigna e, em certa medida,
afi gura-se-me defensora dos direitos dos
utentes do SNS.
Em grande parte das unidades de saúde
hospitalares, a gestão dos tempos de
urgência é consubstanciada no Protocolo
de Manchester. Ora, este protocolo
permite que, através de um pequeno,
mas adequadamente validado, rastreio,
se distribuam os utentes por diferentes
categorias a que equivalem diferentes
tempos de espera: de atendimento
imediato (categoria mais urgente) até
quatro horas de espera (para casos de
menor complexidade e sem problemas
recentes, que podem, e devem, ser
atendidos em consulta ambulatória).
Tomando como efi caz o Protocolo de
Manchester e tomando como competentes
os técnicos de saúde que laboram nas
nossas instituições, por que razões os
atendimentos, muitas vezes, ultrapassam
os tempos máximos protocolados? Bom, as
razões são variadas e têm sido largamente
debatidas: carência de recursos humanos
e de tecnologias adequadas em algumas
instituições de saúde com responsabilidade
de atendimento de urgência a zonas
de elevada densidade populacional,
carência de técnicos e meios, bem como
horários diminutos de funcionamento,
nas unidades de prestação de cuidados
primários mais localizadas (vulgo, centros
de saúde) e utilização “inadequada” dos
utentes (que, muitos, nem sequer têm
médico de família designado, constituindo
os utentes portugueses uns dos menores
“frequentadores” europeus das consultas
médicas — “portugueses”: quatro consultas
por ano, em média; europeus: sete
consultas por ano, em média. Dados da
OCDE).
Ora, se a administração pública
começar a fazer umas contas às
“borlas”, tipo “saldo”, por não cobrar os
atendimentos que ultrapassem o tempo
previsto para cada categoria nos serviços
de urgência, rapidamente compreenderá
o seguinte:
— é muito mais barato dar algumas
“borlas” no SNS do que contratar os
técnicos e adquirir os meios necessários
a um funcionamento adequado das
urgências; até porque muitos dos atrasos
serão, de uma forma ou de outra,
“justifi cáveis”;
— é mais fácil incentivar os
técnicos (como já o têm tentado fazer
inúmeras vezes) a trabalharem horas
extraordinárias (ainda que por preços
irrisórios e desvalorizando o risco
relacionados com
o excesso de horas
de trabalho nestas
profi ssões — quer
para o técnico,
quer para o
utente);
— e,
eventualmente,
poderá lançar
concursos públicos
(ou não) para um
novo cargo, uma
espécie de (sub)
provedor do
utente para as
reclamações
relativas ao não
cumprimento dos
tempos máximos
de atendimento
de acordo com
o Protocolo de
Manchester.
Bom, ironias à
parte, reitero o que
disse inicialmente:
a intenção do
PEV parece-me benigna e, em certa
medida, afi gura-se-me defensora dos
direitos dos utentes do SNS. Contudo, o
risco de possibilitar o desenvolvimento
de consequências malignas, quase
neoplásicas, é elevadíssimo. O SNS deve
funcionar de acordo com princípios e
não com exceções. E o princípio é o do
cumprimento dos tempos de atendimento
de acordo com o Protocolo de Manchester
e não se compagina com uns “descontos”,
“saldos” ou “borlas” em casos de mau
atendimento. A saúde é um direito e deve
ser sempre entendida como um bem, mas
um bem infungível!
O SNS deve funcionar de acordo com princípios e não com excepções. E o princípio é o do cumprimento dos tempos de atendimento
A saúde é um direito e deve ser sempre entendida como um bem, mas um bem infungível!
Director da Escola Superior de Saúde Ribeiro Sanches Página 8
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Corte: 1 de 1ID: 70051182 20-06-2017
ALERTA O presidente das Jor-nadas Nacionais do Núcleo deEstudos sobre a Doença VIH,da Sociedade Portuguesa deMedicina Interna, que decor-reram este fim-de-semana naRégua, alertou que existe “umnúmero ainda muito elevadode diagnósticos tardios” dadoença.
Segundo Telmo Faria, “hámenos casos novos de infecçãopelo VIH, menos mortes na se-quência da doença, mas umnúmero ainda muito elevadode diagnósticos tardios”.
“Em 2016, atingiu-se o nú-mero mais baixo de novos ca-sos de infecção VIH desde2000: 841 casos, o que corres-ponde a uma taxa de 8,1 por100 mil habitantes (no ano an-terior tinham sido 1.198)”, disseaquele responsável.
Mas, salientou o especialista,
“do universo dos 841 novosdoentes, 665 casos em que sedispõe do valor dos LinfócitosTCD4, 56% apresentavam va-lor inferior a 350 cells/mm3[células por milímetro cúbico],reunindo os critérios de Diag-nóstico Tardio. Temos assimainda um valor elevado, acimada média europeia. É necessá-rio diagnosticar de um modocélere e vinculá-los aos cuida-dos de saúde”, apontou.
O presidente das JornadasNacionais do Núcleo de Estu-dos sobre a Doença VIH afir-mou que “um dos objectivospara 2017 é aumentar em 15%o número de testes rápidos deVIH realizados nos Centros deAconselhamento e DetecçãoPrecoce da Infecção peloVIH/SIDA (CADs), nos centrosde saúde e nas estruturas debase comunitária”. |
Diagnósticos tardiospara a maioria dos novoscasos de VIH
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REDAÇÃ[email protected]
Invicta de novona ‘corrida’ à EMA
PORTO
Numa carta enviada pelopresidente da Câmara doPorto a todos os vereado-res, a que a Lusa teve on-
tem acesso, o autarca Rui Moreiraafirma ter aceitado «a proposta re-formulada» pelo Governo que prevêa integração do Porto na ComissãoNacional, a quem caberá agora pre-pararacandidaturade Portugalparaacolher a EMA (na sigla inglesa).Aautarquiaportuense nomeou paraessa missão Eurico Castro Alves e overeador Ricardo Valente.
Na carta, o autarca independenteafirma que levará esta sua decisão à
Câmara Municipal do Porto aceitou integrar a comissão nacional de candidaturade Portugal à Agência Europeia do Medicamento (EMA), foi ontem anunciado.
próxima reunião do executivo «pararatificação política», adiantando con-siderar desnecessária a criação deum grupo de trabalho no Porto parapreparar um dossiê de candidatura,tal como foi proposto pelos vereado-res socialistas e votado por unanimi-dade, na última reunião camarária.
Comissão de todosParaMoreira, «o que acidade do Por-to conseguiu garantir junto do senhorministrodaSaúdeedosenhorprimei-ro-ministro (...) é bemmais»do que «aprodução de um dossiê a entregar aoGoverno,promovendoodiálogo,afimde integrar o Porto na Comissão deCandidatura», pois «é já a própria in-clusãodoPortonumacomissãonacio-
«Creio que nos cabereconhecimento aoGoverno pela aberturaagora demonstrada»,afirmou Rui Moreira
nal,queassimdeixadeseracomissãodacidade de Lisboa»–nacarta, o pre-sidente da câmara agradece ainda «ocontributo» que «todas as forças polí-ticaseasociedadecivildoPortoderampara que a decisão inicial do Governopudesse ser revertida».
De relembrar que, nasemanapas-sada, o Governo decidiu reabrir o po-lémico processo de candidatura dePortugal a acolher a EMA para in-cluir também a cidade do Porto.
Moreira destaca que a sua pretensão é que «Portugal apresente amelhor candidatura possível» para que a EMA fique por cá
©MIGUEL
NOGUEIRA
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20.06.2017 Terça-feira PORTUGAL
Diretor: Diogo Torgal Ferreira | Edição nº 2942. Jornal diário gratuito.
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DESPORTO • 10
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Castro Alves foi uma das escolhas de Rui Moreira
Dois dias depois de o Governo ter
aceitado incluir o Porto na comissão
encarregue de preparar uma candi-
datura portuguesa ao acolhimento
da Agência Europeia do Medicamen-
to (AEM), Rui Moreira anunciou ter
nomeado o médico e antigo secretá-
rio de Estado da Saúde Eurico Castro
Alves e o vereador Ricardo Valente,
que tutela a agência InvestPorto,
como representantes do município
nesse grupo de trabalho. Os dois
juntam-se assim à equipa que, num
prazo de um mês, defi nirá, perante
os critérios da União Europeia, qual
a cidade, entre o Porto e Lisboa, com
melhores condições para disputar o
acolhimento daquele organismo in-
ternacional que sairá de Londres.
Rui Moreira decidiu, ontem, con-
vocar para quinta-feira uma reunião
de câmara extraordinária para rati-
fi car estas nomeações, que foram
reveladas e justifi cadas pelo autarca
numa carta aos vereadores da Câ-
mara do Porto, divulgada no site do
município. Nela o autarca indica que
“dada a urgência de uma resposta
e, sobretudo, da necessidade de
encetar de imediato o trabalho de
preparação, já que a candidatura na-
cional terá de estar pronta ainda no
decorrer do mês de Julho”, decidiu
aceitar a proposta formulada pelo
ministro da Saúde.
Moreira lembra que na última reu-
nião de câmara tinha sido aprova-
da uma proposta do PS que visava a
constituição, no Porto, de um grupo
de trabalho para preparar um dos-
sier de candidatura a ser submeti-
do ao Governo. Mas entende, agora,
que essa iniciativa fi ca “prejudica-
da”, ou se tornou “desnecessária”,
tendo em conta os prazos estabeleci-
dos para a constituição desse grupo
de trabalho (um mês) e a mudança
de posição do Governo, que deixou
de considerar Lisboa como a única
localização possível em Portugal, ad-
mitindo avaliar as condições que o
Porto tem para acolher a AEM. “Ou
seja, o mérito relativo da cidade do
Rui Moreira indica nomes para comissão de candidatura à Agência do Medicamento
Porto, que se pretendia — e bem,
sublinhe-se — defender, já está re-
conhecido”, insiste.
“Sublinho e recordo que essa pro-
posta, aprovada na sua versão revista
por unanimidade, visava a produção
de um dossier a entregar ao Gover-
no, promovendo o diálogo, a fi m
de integrar o Porto na Comissão de
Candidatura. Ora, o que a cidade do
Porto conseguiu garantir junto do se-
nhor ministro da Saúde e do senhor
primeiro-ministro e pelos dois me foi
comunicado dia 17 de Junho é bem
mais do que isso, pois é já a própria
inclusão do Porto numa Comissão
Nacional que assim deixa de ser a Co-
missão da Cidade de Lisboa”, explica
Rui Moreira.
Nesta carta aos vereadores, Morei-
ra afi rma que as duas personalidades
RUI GAUDÊNCIO
“Brexit”Abel Coentrão
Eurico Castro Alves, antigo secretário de Estado da Saúde, e Ricardo Valente, vereador, vão representar a cidade do Porto
que vão fazer parte da comissão já
aceitaram o seu convite e justifi ca a
escolha. O autarca refere a “grande
experiência na área da regulação e
da saúde” do médico Eurico Castro
Alves e o papel da InvestPorto, orga-
nismo municipal, tutelado pelo inde-
pendente Ricardo Valente, “que co-
nhece o mapeamento da cidade e de-
tém todos os indicadores necessários
ao trabalho” da comissão. “Levarei à
próxima reunião de executivo, para
ratifi cação política, esta minha deci-
são, agradecendo o contributo que
todas as forças políticas e a sociedade
civil do Porto” deram para reverter a
decisão inicial do Governo.
Ontem, o presidente do Conse-
lho Metropolitano do Porto esteve
reunido em Lisboa com o primeiro-
ministro, num encontro que não
tinha este tema na agenda mas em
que Emídio Sousa aproveitou para
entregar a António Costa um peque-
no dossier sobre as vantagens com-
petitivas da região na candidatura à
AEM. O autarca de Santa Maria da
Feira admitiu que a sua iniciativa foi
“ultrapassada” pelo convite do Go-
verno à participação do Porto na co-
missão, elogiou os nomes indicados
por Rui Moreira, mas não deixou de
assinalar que a área metropolitana
deveria estar também representada
nesse grupo de trabalho. “A candi-
datura do Porto só tem a ganhar se
incluir toda a região Norte e Aveiro”,
insistiu, lembrando a qualidade do
sistema científi co das cidades em
volta do Porto.
O que a cidade do Porto conseguiu foi a sua inclusão numa Comissão Nacional que assim deixa de ser a Comissão da Cidade de LisboaRui MoreiraPresidente da Câmara do Porto
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SAÚDE| Redacção/Lusa |
O presidente da câmara deBraga acusou o governo de teradoptado uma “medida eleito-ralista” ao reabrir o processo decandidatura à Agência Euro-peia do Medicamento de forma aincluir “apenas ao Porto”, paraalém de Lisboa.
Ricardo Rio considerou que o“alargamento” apenas ao Porto“parece uma reacção clara” àsiniciativas do vereador socialistada autarquia portuense, ManuelPizarro, que é também candidatoà presidência da câmara do Por-to nas eleições de Outubro.
O processo de candidatura dePortugal a acolher a Agência Eu-ropeia do Medicamento (EMA,na sigla inglesa) vai ser reabertode forma a incluir também a ci-dade do Porto, segundo fonteoficial do Ministério da Saúde.
“Não podemos deixar de mani-festar essa estranheza por, semcritérios objectivos, sem grandetransparência, ter procedido aeste alargamento apenas ao Por-to. Quase diríamos que depoisde todas as posições públicas as-sumidas do próprio presidente
da câmara do Porto, isto pareceuma reacção clara às iniciativasdo vereador Manuel Pizarro",afirmou Ricardo Rio.
Segundo o autarca bracarense,“não se pode deixar de ver nestadecisão uma medida eleitoralis-ta”, deixando nesse sentido críti-
cas ao PS bracarense.“Também achamos que Braga
não pode ser penalizada por teruma estrutura local do PS ine-xistente”, considerou.
Ricardo Rio voltou a defenderque Braga “têm capacidade pararesponder aos requisitos que já
têm vindo a público, conjunta-mente com todos os agentes daregião” e salientou a importân-cia de receber uma estrutura co-mo a EMA para a região.
“Esta abertura à inclusão doPorto nesta candidatura é disfar-çar aquilo que é a tendência na-tural deste e dos anteriores go-vernos, de não olharem para otodo nacional e não perceberemo impacto que uma opção destegénero poderia ter para o desen-volvimento de um território que,verificados os requisitos, teriamuito a ganhar ao receber umaestrutura destas”, referiu.
De acordo com uma nota doministério, o governo decidiureabrir o processo de candidatu-ra, referindo que só o Porto, apar de Lisboa, “parece reunircondições para uma candidaturamuito exigente e competitiva emtermos europeus”.
“Neste contexto, o governo to-mou a iniciativa de contactar aCâmara Municipal do Porto paraque a cidade se associasse, noâmbito da Comissão de Candi-datura Nacional, ao processo deavaliação que irá decorrer à luzdos critérios oficiais definiti-vos”, lê-se na nota.
Rio acusa governo de ter adoptado “medida eleitoralista”PRESIDENTE da câmara de Braga refere-se ao facto da tutela ter reaberto o processo de candidatura à Agência Europeia do Medicamento de forma a incluir “apenas o Porto” além de Lisboa.
DR
Ricardo Rio diz que medida parece ser uma reacção às posições de Manuel Pizarro
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E para Braga não hánada, nada, nada???O governo fala em descentra-
lização e nós só vemos centra-lização... Vem isto a propósitodo governo ter proposto insta-lar em Lisboa a Agência Euro-peia do Medicamento (EMA,na sigla inglesa) que, por forçado Brexit, terá de deixar Lon-dres. A proposta foi feita emAbril e, inclusivamente, apro-vada pelos deputados na As-sembleia da República. Aquinão se levantou nenhuma vozcontra. Só que a história estavamal contada e os eurodeputa-dos portugueses José ManuelFernandes e Paulo Rangel vie-ram a público contestar a deci-são governamental e lançaramuma petição pública sugerindoPorto ou Braga. O presidenteda câmara do Porto, Rui Mo-reira, também abriu o livro econtou a sua versão. Até que,sábado, uma fonte do Ministé-rio da Saúde veio informar queo processo de candidatura dePortugal para acolher a Agên-cia Europeia do Medicamentoia ser reaberto de forma a in-cluir também a cidade do Por-to. Ricardo Rio reagiu de ime-diato e chamou-lhe “medidaeleitoralista” e voltou a defen-der Braga para sede da EMA.
Afinal onde fica a capital doMinho neste processo? Nãotem toda a legitimidade paraser candidata? O centralismotambém existe no Porto. Por-que não descentralizar verda-deiramente e apostar numacandidatura em Braga?
A cidade não tem os requi-sitos necessários?
Falta-lhe um aeroporto?Mentira. O aeroporto fica a 20,30 minutos (quantas cidadeseuropeias e com Agências têmo aeroporto mais longe? Mui-tas...)
Braga tem o INL. Braga temuma faculdade de Medicina eoutra de Enfermagem. Bragatem uma Universidade do Mi-nho e um Hospital que só elesfazem 30% dos ensaios clíni-cos que se realizam no nossopaís. Braga tem a Bial a 20 mi-nutos. Braga tem o Aveparkmesmo ao lado. E Braga temmuito, muito mais para mos-trar. Porque razão não pode tera Agência Europeia do Medi-camento?
Bom DiaPAULO MONTEIRO
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til Ainda o Brexit não começou e a Europa já se atira aos despojos
EXAME PRÉVIO
Os efeitos da regionalização encapotada A disputa em tomo da candidatura à Agência Europeia do Medicamento mostra quais serão os efeitos da regionalização encapotada que o governo quer impor ao país
Luís Menezes Leitão
As guerras do alecrim c da man-jerona criadas em torno da can-didatura à Agência Europeia do Medicamento (em inglês EMA) demonstram bem o estado dos nossos políticos. Em primeiro lugar, devemos começar por cri-ticar esta corrida aos despojos do Brexit. Ainda nem se inicia-ram as negociações para a saí-da do Reino Unido e os seus pro-clamados parceiros europeus já reclamam cada um para si uma fatia do bolo. Mas em Portugal. pelos vistos, a guerra começa por ser interna, sendo que diver-sas cidades, ainda antes de o país receber sequer uma migalhinha desses despojos, já se guerreiam entre si para saber qual delas se deve candidatar à magnífica agência. E os políticos. minados por solidariedades regionais. par-ticipam furiosamente nessa guer-ra. à qual antes não ligaram abso-lutamente nada.
O assunto começou com o governo dc António Costa a anunciar a candidatura de Lis-boa à EMA, decisão exclusiva-mente do Governo. O Parlamen-to congratulou-se por unanimi-dade com essa iniciativa, no espírito de que quem se solida-riza com causas perdidas, uma vez que a hipótese de a EMA vir para Portugal é mínima. Mas, no Porto. com a disputa autárquica a aquecer. houve logo quem se lembrasse de pro-clamar que esta era a demons-tração do radical centralismo lisboeta. Engolindo em seco. logo houve um deputado do Nor-te que resolveu imitar Egas Moniz de corda ao pescoço, e pedir desculpa pelo seu voto, dizendo que não se tinham aper-cebido bem do que estava a votar. Outro deputado, desta vez no Parlamento Europeu, e que por isso nada tinha votado, resol-veu aproveitar para chamar "cigana" a outra deputada do seu partido, que estaria feita com os centralistas. O líder do partido ameaçou logo com a expulsão desse deputado, indi-cando em antecipação a pena que lhe deveria ser aplicada por um conselho dc jurisdição supos-tamente independente.
Mas o governo, que tem feito
profissão de fé numa descentra-lização, que não passa de uma regionalização encapotada, a qual quer impor contra tudo e contra todos, não aguentou ser acusado de centralista pelas gen-tes do Norte. Em consequência, decidiu ser ainda mais papista do que o papa, e retirou a can-didatura de Lisboa à EMA, a qual passará a ser decidida por um comité composto por iguais representantes de Lisboa e Por-to. Face ao nível que já se atin-giu nesta guerra, duvida-se que esse comité seja capaz de deci-dir o que quer que seja.
Com toda esta brincadeira já se adivinha que não vai haver EMA nenhuma, nem em Lisboa, nem no Porto, que é para aprenderem. A não ser que alguém nas insti-tuições europeias ache que esta é a oportunidade única para se descobrir um medicamento que evite a tentação compulsiva dos nossos políticos para o dispara-te. Se não for para isso, a agência não faz cá falta nenhuma. Mas este episódio serve para demons-trar quais serão os efeitos da regio-nalimr,Ao encapotada que o Gover-no se prepara para impor ao país.
Profecsor da Faculdade de Direito de Lisboa Escrete à terça-feira
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ESTADO DE GRAÇA
GRAÇA CANTO MONIZ
Desprezando o investimento estrangeiro? O movimento "Bring Tesla Gigafactorty to Portugal" resul-
tou de um impulso da socieda-
de civil que foi ganhando força nas redes sociais com o intuito
de trazer uma fábrica daquela empresa norte-americana para o nosso país. Além de um "roadshow" para angariar apoios e divulgar a ideia e da realização de um curto filme
sobre Portugal. em março des-te ano os responsáveis apre-sentaram aqueles que são os "trunfos" que fazem de Portu-gal o país indicado para rece-ber o investimento da empresa americana. Foi também apre-sentado um "Premium Book". reunindo fotografias de 16 fotó-grafos portugueses, para dar a conhecer ao CEO da Testa a nossa portugalidade. Um dos co-fundadores expli-cava numa entrevista de mar-ço que. se Portugal fosse esco-lhido. o investimento repre-sentava metade do PIB português em contrapartidas diretas e indiretas a 20 anos. Vem isto a propósito da dis-cussão que aterrou no país por causa da hipotética vinda da Agência Europeia de Medi-camentos (AEM). cuja princi-pal atribuição é a promoção da saúde pública e animal através da avaliação e supervi-são dos medicamentos para uso humano e veterinário. Segundo dados da Comissão Europeia e do Conselho Euro-peu. esta deslocalização impli-ca a vinda de centenas de pes-soas, incluindo funcionários, o trânsito de 36 mil visitantes cujo destino é aquela Agência e ainda 30 mil dormidas. O Governo candidatou Lisboa e os nossos deputados aprova-ram um "voto de saudação" pelo apoio à candidatura por-tuguesa. O Porto contestou o centralismo refletido na deci-são do Governo que, por seu
turno, se desdobrou numa cartilha de explicações,
nomeadamente a proximida-
de do Infarmed e a criação de uma Escola Europeia. Independentemente da incoe-rência que vem sendo aponta-da aos deputados, eleitos pelo Norte, que louvaram a candida-tura da capital, a importância dada pelas nossas instituições -
comunicação social incluída - a este tema contrasta com o des-prezo que mereceu aquela ini-ciativa da sociedade civil, cujo objetivo era persuadir o CEO de uma gigante norte-america-na a investir, criar empregos e desenvolver competências em Portugal. Em ambos os casos
se trata de escolher Portugal. num caso para o investimento privado, no outro para instalar um organismo da administra-ção pública europeia. Se o entu-siasmo e a escala do debate público em torno desta última opção refletem uma certa dimensão da portugalidade. da preferência pelo público cm detrimento do privado, a verda-de é que não deixa de causar algum espanto a apatia da diplomacia económica e a falta de motivação pública de um governo que prometeu, em 2015. reforçar o investimento em ciência e tecnologia e que entre 2016 e 2018 acolhe uma importante conferência de tec-nologia. Fica a sensação de que este é um governo que se des-dobra em esforços - como explicou o primeiro-ministro "até ao limite" ou "até ao últi-mo momento" - para defender a candidatura de Portugal num determinado processo e que pouco ou nada faz para sindi-car a vinda da Testa para Por-tugal e para captar o investi-mento estrangeiro de que tanto precisamos. Blogger Escreve à terça-feira
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O Mais // Espetáculo
Um desafio que os dez jovens bailarinos
ultrapassam com muita alegria, contagiando todos
os espetadores 10:10 ItIN, \
São dez os bailarinos, todos com trissomia 21, que vão
animar a gala do 55.° aniversário da APPACDM.
O i foi assistir a um dos ensaios e comprovou que a
arte não se mede em cromossomas
MARTA CERQUEIRA marta.cerqueira«Ooniine.pt
Quem cresceu com um primo como o Germano habituou-se a andar devagar na rua para acompanhar os passos mais lentos, habituou-se a festejar cada fra-se dita de forma a que todos na mesa a percebam e, o melhor, habituou-se a receber abraços sem porquês. Quem
cresceu com um primo como o meu sabe o que é trissomia 21 mesmo antes de ser tema de novela da Globo e APPACDM há muito que passou a pala-vra dita sem gaguejar. Para quem não tem a sorte de ter um Germano na vida, damos uma ajuda. Associação Portu-guesa de Pais e Amigos do Cidadão Defi-ciente Mental é a desconstrução da sigla de uma instituição que decidiu come-
morar os 55 anos oferecendo aos miú-dos que apoia a oportunidade de fazer aquilo de que eles mais gostam.
"Temos teatro, temos culinária, temos natação. Mas dançar é o melhor de tudo". explica Marta "Faz bem", acrescenta Cari-na, "ao corpo e à alma." E é por isso que treinam há semanas para a gala de ani-versário que acontece hoje na Fundação Champalimaud. "Nervoso? Não! Vai cor-rer bem". garante Pedro, enquanto arru-ma meticulosamente na caixa de cartão os sapatos que acabou de usar para dan-çar o tango.
Carina é o seu par nesta música e na vida. "Namoramos quase há um ano", conta, puxando-a para mais perto. "Pode-mos fazer só mais uma vez?" Taísia, a professora, ainda tenta pôr um travão no entusiasmo, mas não vale a pena. Pedro volta à caixa de papel e em dois segun-dos já tem os sapatos de verniz calçados novamente. Carina, na outra ponta do palco, posa elegante em cima dos saltos altos pretos. A música começa e serve de embalo para
Trissomia 21. Quando o cromossoma extra é o da dança
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A gala de aniversário é solidária. Os 20 coros
da entrada revertem na totalidade para
a APPACDM
A música acaba e todos se levantam num pulo: "Vês? Conseguimos!", grita a Marta, como se
dúvidas existissem
que, com passos certeiros. se aproximem um do outro e permaneçam juntos até ao fim da canção. Ainda os últimos acor-des se ouvem na sala c já a plateia de cole-gas aplaude de pé a performance. Pedro e Carina lançam-se de peito aberto e não há quem não fique sem um abraço. Daque-les de que falava no inicio.
PÉ DE DANÇA Na APPACDM de I .ishoa. a dança começou como forma dc terapia, mas não demorou muito até que fosse assumida como arte. "Apercebi-me do potencial artístico que eles têm. São miú-dos que gostam de ter público, que gos-tam de mostrar que conseguem", expli-ca Taisia Espadinha, a educadora social que ajudou a criar. em 2005. o grupo Pé de Dança.
Fala cm "miúdos" mesmo que as ida-des vão dos 30 aos 40, disfarçadas em traços que fazem deles miúdos para sem-pre. Ensaiam três vezes por semana, para marcar um ritmo que já lhes é natural. "A dança é uma forma dc expressão e, para eles, que têm dificuldades ao nível
do discurso, acaba por ser também um meio de comunicação", refere.
Para a gala de aniversário, o grupo de dez bailarinos tem quatro músicas pre-paradas e para uma delas contaram com a ajuda de um coreógrafo especial que teve nota positiva da ala feminina da sala. "O Cifrão é lindo", garante Marta "E dan-ça bem", acrescenta Catarina, tentando dar um ar profissional à coisa. até por-que é de dança que estamos a falar.
Vai daí que a próxima coreografia a ser ensaiada é exatamente a idealizada pelo bailarino. "Agora é a dos cogumelos?", pergunta Pedro. Taísia acena afirmativa-mente e todos se põem de cócoras, em posição de cogumelo. Os acordes iniciais dão o mote para se levantarem com leve-za. Os movimentos acompanham a letra e o "Pica do 7" passa a ser traduzido por gestos. António Zambujo canta que quan-do o 7 o apanha até a senha lhe salta da mão, ao mesmo tempo que todos saltam bem alto até cair no chão.
Tudo corre bem, aplaudem-se uns aos outros, a professora elogia, mas aproveita
para lembrar que "amanhã já é a sério". Tão a sério que, cm vez da aparelhagem que toca o CD vezes sem fim, vão dividir o palco com o pianista Adriano Jordão e a percussionista Eliz.abeth Davis. "Mas nós sabemos tudo", garante Marta, que ajeita os óculos que teimam em escorregar com tanto rodopio. Levanta-se num ápice e. depois de um olhar cúmplice ao resto do grupo, avisa: "E preparem-se que temos uma surpresa" Taísia recosta-se no ban-co e espera pela novidade. "Vamos fazer tudo outra vez, mas agora sozinhos." O ar decidido de Marta faz com que os colegas nem tenham tempo para relembrar os pas-sos aprendidos nas últimas semanas. Depois de carregar no play, a música flui e não há falhas nos gestos que acompanham a letra.
A música acaba todos se levantam num pulo. "Vês? Conseguimos!", grita Marta, como se dúvidas ainda existissem. O ensaio acaba com um abraço coletivo, mais um abraço de "até amanhã" e só mais um, só porque sim. Bom saber que os abraços como os do Germano não são um exc lu-sivo meu.
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