Zona Cultural #4
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harley davidson vânia braga teatro de bonecosliteratura nove ora comédia dell’arte prêmio multishow de cagadas camden town leandro ferrari
guitarras que mudaram o
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A Assembleia
de Minas está
presente no seu
dia a dia.
Lei 18721. RastReamento de ceLuLaRes.Essa lei, aprovada pela Assembleia Legislativa, obriga as operadoras de celular arastrearem e informarem a localização ou trajetória de um aparelho quando as autoridades policiais solicitarem. Ela foi criada para trazer mais segurança para os mineiros.
Conheça todas as leis no www.almg.gov.br e assista à TV Assembleia.
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A Assembleia
de Minas está
presente no seu
dia a dia.
Lei 18721. RastReamento de ceLuLaRes.Essa lei, aprovada pela Assembleia Legislativa, obriga as operadoras de celular arastrearem e informarem a localização ou trajetória de um aparelho quando as autoridades policiais solicitarem. Ela foi criada para trazer mais segurança para os mineiros.
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A difícil arte de fazer arte.
Como se torna cada dia mais difícil fazer arte, em todas as áreas.
Na música, o fácil e sem qualidade vira “hit”, Malu Magalhães que
o diga. Nas artes plásticas, uma vassoura, meia dúzia de cores de
tinta suvinil e um pano barato são suficientes para se criar uma obra
abstrata. No cinema, filmes chatíssimos, endeusando especialistas
norte americanos em bombas, ganham oscars. Na televisão, as
coisas nunca andaram tão ruins. Na TV aberta só “talk shows”, tem
“talk show” de tudo, de briga doméstica à celebridade instantânea.
Na TV fechada, 80% são canais religiosos e o resto da programação
vai-se repetindo exaustivamente. Somente a TV Minas (TV Cultura)
escapa disso. Os jornais televisivos detonam nossas cabeças com
crimes, acidentes e corrupção. Vendem o caos, o caos dá retorno, dá
patrocinadores, dá Ibope. Aonde, pacificamente, poderemos buscar
hoje uma programação cultural? Aonde estão escondidos os artistas
de verdade? Cadê Belchior? Cadê Lenine, Luiz Melodia, Cadê Siron
Franco? Por onde andará Antônio Poteiro? Cadê as peças de teatro
com Fernanda Montenegro? Os espaços culturais decentes em Minas
Gerais estão ocupados com arte mentirosa de paulistas, cariocas e
estrangeiros. Por que não tem nada de mineiros? Quando tem é aquela
mesmice de sempre, figurinhas bem relacionadas que se impuseram
“artistas”. E literatura cultural, cadê? Não existe, não dá grana fazer
revista de cultura. Ninguém quer anunciar, por quê? Por que ninguém
quer ler? Mentira, milhões querem ler, mas os anunciantes têm retorno
bem mais rápido com a bunda de Carla Perez. O povão quer sangue,
bunda e axé? Ora, na falta do que ler por que não saber que o ator
X “comeu” a atriz Y, afinal é o sonho de todos nós esse troca troca
de come daqui come dali, não é mesmo? A juventude tá vazia, não
faz porra nenhuma, não cria nada. Os espaços culturais contribuem
para isso, os possíveis patrocinadores idem, o governo nem se fala,
os empresários querem retorno, não qualidade, e por ai vai. O mundo
tá realmente muito esquisito. O Lenine já não aparece mais por aqui
em Minas, o Luiz Melodia nem se fala, o Belchior se escondeu, e eu,
que quero ouvir boa música, tenho que me contentar em de vez em
quando contar com o bom senso de dono de boteco para ouvir um
blues, um jazz ou algo parecido. Tá tudo muito esquisito mesmo. Mas
enquanto novos ricos se contentarem em passar os fins de semana
em seus sítios, dando gargalhadas com a boca aberta cuspindo farofa
pra todo o lado, as coisas vão ficando assim. Muita farofa, bunda
pra tudo que é lado e muito axé, afinal nossos ouvidos podem servir
de penico. Vai Falabella, continue nos agraciando com seus textos,
quem sabe você é o último a se cansar. Quero muito que você nunca
se canse, pelo menos ainda temos você pra nos dar arte e cultura de
qualidade. Quanto a nós aqui da revista, lá vamos indo também. Se
pelo menos duas pessoas lerem A ZONA já tá bom. Estamos na teoria
dos evangélicos, um de cada vez, mas aumentando o rebanho. Se você
conseguiu chegar ao final deste texto, então está apto a trocar axé por
cultura, afinal bunda é tudo igual. Experimente trocar, é indolor, é bom,
faz bem à saúde, no mínimo você para de vegetar um pouco.
— — Rui Alves, Editor
RedaçãoEditor chefeRui Alves
JornalistaJoão Paulo Oliveira
DiagramaçãoVitor Carvalho
CorrespondentesJohn Heringer
Mário Pessanha
Pesquisa musicalLucas Luis
LiteraturaGerusa Maya
ComercialMara Nascimento
AdministraçãoTeresa Cristina
Acompanhamento gráficoSimone Goulart
Gabriel Aguiar
Paulo Groeff
FotografiaGugu Lois
Angelo Paulinno
ColaboradoresKleber Hermont
Rodrigo Reis
Cleber Tadeu
Lucas Machado
RevisãoPedro Giuliari
Pauta e ProduçãoAna Meyer
Rafael Mira
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CorrespondênciaAlameda dos Pequis 390Bela Vista, CEP 33400-000Lagoa Santa - MGBrasil
ContatoFone (31) 3681-3044Editor [email protected]úvidas e sugestõ[email protected]
PublicidadeFone (31) 8775-5374E-mail [email protected]
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www.illustrationmundo.comO Illustration Mundo é uma enorme galeria de arte. Possui diferentes artistas dos mais modernos e diferentes estilos. Site interessante para quem gosta de novas tendências e ideias.
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até bizarros, mas que, na verdade, valem mais como
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www.recantodasletras.com.br/autores/juniorlealNatural de Formiga, região centro oeste de Minas Gerais, Júnior Leal se mudou para Lagoa Santa antes de completar seu primeiro ano de vida. A paixão pela poesia começou cedo. Diria até que já nasceu apaixonado por esta arte mas derramou esta paixão, através de palavras em um papel, pela primeira vez quando tinha nove anos de idade, em 1994. Na ocasião escreveu dois poemas ao chegar de um lançamento do livro de poesias “Esquina dos Sonhos” do poeta “Magno Siqueira Dias”. Um deles foi publicado em um jornal da empresa onde seu pai trabalhava. A partir daí a poesia ficou adormecida durante um bom tempo pois voltou a escrever somente quando tinha 15 anos. Como não divulgava os textos, guardando-os para si e, em poucos casos mostrando apenas a alguns parentes, vários deles foram perdidos. Até que, aos dezenove anos, começou a escrever e publicar suas poesias na internet. Desde então sua página guarda um acervo de quase 800 textos que demonstram os mais diversos sentimentos , de críticas à sociedade, até política e estilo de vida. Formado em Gestão Ambiental com especialização em Análise
Ambiental, leva além da música (baterista, tocou com algumas bandas de Lagoa Santa e Belo Horizonte), a poesia como uma forma de expressar situações vividas ou não. “A poesia pode ser sonho. Posso escrever sobre o impossível, mas a poesia será real! A poesia não permite limites! Perderia o seu encanto...”. É como um vício. Júnior sente necessidade de escrever, ainda que ninguém leia, ainda que ninguém goste; está sempre publicando novos textos em sua página pessoal. No começo, escrevia seus versos inspirados apenas em suas ideias, que começavam a surgir
a partir de seus pensamentos rápidos, se divertindo entre uma rima e outra. Só então no fim de sua juventude começou a descobrir o mundo da poesia em poetas consagrados de todas as épocas, vertentes e lugares do mundo. Seus escritos podem se dividir cronologicamente em duas partes. A primeira, totalmente voltada ao romantismo, com nítidas influências de poetas como Edgar Allan Poe, Casimiro de Abreu, Manuel Du Bocage, Charles Baudelaire, Fagundes Varela e Cruz e Souza, entre outros. Poemas fortes, negros, bucólicos, carregados de uma descrença, uma total fuga da realidade que, em sua maioria tendia ao principal fim do romantismo: o sofrimento, a descrença e, por fim, a morte. Já na segunda parte, podemos destacar uma poesia mais leve, mais alegre, voltada a situações cotidianas, sociais. Algo mais influenciada por poetas como Carlos Drummond de Andrade, Pablo Neruda, Ariano Suassuna, Adélia Prado, entre outros. Uma poesia que não busca um fim, não busca um sentido amplo. Busca somente um desejo de estar ali, impressa, representando algum sentimento, seja espontâneo ou
vomitado, como se estivesse entalado ali, sem ser visto, e que de uma hora para outra, juntam-se letras, versos, rimas e cai no papel em seu formato original. “A inspiração vem de toda parte. De uma história de amor a uma simples pedra que chuto do chão. O barulho do vento pode me inspirar a escrever sobre o pudor que enxergo em minha geração. Enfim... não há mesmo um limite. Sou dos que passa a maior parte do tempo calado, enquanto a imaginação funciona a mil. É dessa impaciência que deve sair... Não há explicação que seja fiel.” De onde vem não sabemos (tampouco saberemos). Fato é que está ai mais um grande poeta desta geração multimídia, onde ver um jovem com um livro em suas mãos adentrando o mundo mágico da poesia é tão raro, como saber o que é que se passa na mente de Júnior Leal enquanto ele digita em dedos ágeis seus versos descompromissados, disponibilizados no endereço www.recantodasletras.com.br/autores/juniorleal. Mergulhem no mundo louco deste jovem, submerso em euforia e sentimentalismo!
Júnior Leal
Fotos David LaChapelle
David LaChapelleA temática de LaChapelle
além de única é de tal forma peculiar que é fácil reconhecer o seu trabalho em qualquer parte. O absurdo e o exagero de cores, formas, pessoas e situações são constantes. O fotógrafo cria um mundo estático onde tudo tem brilho e o que compõe a imagem está posando e servindo à foto, desde os próprios modelos até um acessório aparentemente sem importância como uma cadeira ou a sebe de um jardim. Tudo, até o mais ínfimo pormenor, é pensado num enquadramento de David LaChapelle. Praticamente todas as suas fotografias contam uma história, visto que falam através
de personagens que se encontram em situações muito peculiares. Todas essas personagens têm algo de não humano, como se fosse ascendência à perfeição através dos seus corpos incrivelmente brilhantes, poses e figuras perfeitamente esculpíveis, à semelhança das representações olímpicas da antiga Grécia. As suas imagens estão carregadas de humor, ironia e surrealismo. Uma pessoa nua no meio de um campo verde, um glamouroso transplante facial, ou um castiçal de diamantes numa sala toda pintada de uma só cor berrante, são lugares comuns no trabalho do norte americano. LaChapelle tem o invulgar hábito de colocar pessoas deslocadas
no tempo e espaço, em situações opostas as do mundo real, ou no mínimo opostas àquelas a que nos habituamos a ver. Para isso, coloca uma Naomi Campbell nua com um astronauta num vaivém espacial, uma Missy Elliott a tomar o café da manhã vestida num luxuoso casaco de peles, duas bailarinas vestidas com um tutu cor-de-rosa numa velha casa destruída, ou Jesus Cristo recebendo uma massagem nos pés. No entanto, apesar de por si só a temática ser extremamente sugestiva, o que torna as imagens poderosas é a pose, a compostura, o brilho, e o glamour, que nem Jesus Cristo perde. O sexo é também uma constante
no trabalho do artista, mas não da forma explicitamente gratuita como a de Terry Richardson. Ele subentende constantemente o sexo nas suas imagens, sem no entanto vulgarizá-lo. Mesmo a nudez, sendo amiúde explícita, tem sempre um sentido estético extremamente apurado e uma razão de ser muito forte. A temática de LaChapelle resume-se pois em mostrar imagens inéditas ao nosso cérebro. Imagens que apesar de chegarem até nós com referências de imagens anteriores, trazem um frescor transportado pela habilidade desse artista em tornar perfeita a imperfeição de pessoas e objetos.
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“Eu chego lá”Pegue um opalão das antigas,
entre e feche a porta. Ponha a chave na ignição e dá um soco só para incomodar. Depois da partida, acelere tudo no último. Você pode até não gostar, mas a sensação é muito foda. Essa historinha tem uma trilha sonora perfeita e o som só poderia ser do 9ora.
Depois de dividir o palco com grandes nomes do Brasil como Cpm
22, Plebe Rude, Los Hermanos, Pato Fu e Tianastácia, a banda completa 10 anos e se consagra como um dos maiores fenômenos do meio cultural independente de Minas Gerais. Os caras são adeptos do gênero “faça você mesmo”. Isso identifica e caracteriza a sua sonoridade, através da atividade coletiva, letras fortes, cultura marginal, e, claro, muito rock’n roll e punk rock.
Porra! O grupo lança o seu terceiro CD, ‘’Tá rolando o movimento’’ e nessa atual cena nacional de bandas independentes, isso é motivo de muita festa. Mas como é que eles conseguiram caminhar diante de tantas dificuldades? São jogos vividos e jogos vencidos, basta saber de que lado da rua você quer ficar.
A banda, que toca em todos os lugares, nas ruas e nos bares, com
muita atitude, vem só colecionando olhares. Entre a boemia e as altas rodas é o assunto principal das mesas da primeira divisão, mostrando que não tem medo de mais um dia na vida. E não se esqueça: boemia é coisa séria. É isso, para tudo que eu quero descer. Com vocês, na íntegra, 9ora.›
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Nome de todos os integrantes da banda.Júlio na batera, Rafael Paulista, guitarra, Jamaica no baixo e Matheus nos vocais.
Por que 9ora?Por que as coisas nunca acontecem na hora, não é verdade?
O 9ora passou por algumas mudanças, inclusive de formação. Isso alterou alguma coisa na musicalidade?Não. Quem ouviu os outros discos e o último sabe que o som é nosso.
Quantos cd’s a banda já lançou?São três com o último.
Como foi que rolou o clipe?Foi uma aposta da Brókolis
produtora, eles compraram a nossa ideia. Fizemos na raça.
O novo cd tem alguma diferença de outros trabalhos?O último cd tem mais qualidade na gravação. A pré produção no estúdio do Jamaica, que além de músico da banda é produtor em BH, foi perfeita. A gravação foi rápida, a mixagem é que demorou um pouco mais. Cara, uma coisa é ao vivo, no estúdio é bem diferente.
Nos shows tem sempre um repertório já preparado?Priorizamos sempre as nossas músicas autorais, independente do lugar.
As composições ‘Batmera’ e ‘Carol’ foram referenciadas
em especial para pessoas? Existem outras composições que foram feitas para alguém ou situações?A maioria das músicas
tem um significado, falamos de relacionamento. Na realidade, estamos vivendo uma fase romântica [risos].
Existe alguma inspiração para compor?Não tem regra e não tem norma. A música ‘A garota’ é um exemplo disso.
Como vocês definem esse último trabalho?Lançamos um disco novo cheio de clássicos, punk rock com baladas, rock sem frescura.
Com o fenômeno do pop rock mineiro nos anos 1980 e 1990, de alguma forma influenciou a cena independente?O sucesso dessas bandas não foi por serem daqui, mas, sim, porque
eles saíram de BH para tocar fora. Sempre teve uma cena interessante em BH, mas o mercado é bem diferente. Eles ralaram muito para chegar lá. O único lugar onde sucesso vem antes do trabalho é no dicionário.
Como vocês enxergam a cena atual das bandas independentes em BH?A internet veio com tudo. Ficou mais fácil mostrar as músicas e mais difícil de tocar. Tivemos que ter um projeto paralelo diante desse cenário.
Em quais cidades o 9ora já tocou?Poxa, demoramos duas horas para lembrar uma. [risos] Ganhamos o festival de música de Lagoa Santa, foi bem legal.
Qual o melhor show do 9ora?A gente estava falando nisso outro dia, é cada um melhor do que o outro. Acho que no Chevrolet [Hall], com o Tianastácia, foi o melhor.
Como foi a parceria com o Nabor em ‘Led Na Esquina’?Foi um convite do Prêmio Mineiro de Música Independente. Fomos convidados para fazer uma homenagem ao Clube da Esquina e convidamos o Nabor, que é parceiro. Tocamos ‘Fé cega, faca amolada’. Foi muito bom.
Quais os planos para 2010?Continuar compondo, fazer uma festa de 10 anos e um novo clipe.
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Vânia Braga iniciou sua formação como artista plástica recebendo aulas do seu pai, o saudoso pintor Alberto Braga. Estudou ainda com o mestre e companheiro de pintura de seu pai, o pintor Edgar Walter. Depois fez diversos cursos de pintura,escultura e participou de grandes leilões, exposições coletivas e individuais. Sua obra foi exposta algumas vezes no exterior. A artista também recebeu menção honrosa internacional em solenidade realizada no Museu de Arte da Pampulha, em Belo Horizonte, no ano de 2003.
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Quando conheci Vânia Braga, há pelo menos 20 anos atrás, logo fiquei com a certeza de que estava diante de uma das maiores artistas plásticas do Brasil. Pouco tempo depois, tive o privilégio de levar seus trabalhos, na época pintura, para uma exposição em Portugal.Alguns anos depois, reencontro a mesma Vânia Braga, contudo o seu trabalho não é mais o mesmo, saiu da pintura e aventurou-se pela escultura. De novo, tenho certeza e absoluta que estou diante de uma das maiores escultoras brasileiras. As fotos nestas páginas ilustram só um pouco do trabalho espetacular de Vânia Braga. Não é à toa que gregos e troianos estão adquirindo suas belas obras e em breve, novamente, os portugueses também. E serei eu o privilegiado de apresentá-la em Portugal, agora como escultora.”
— — Rui Alves, Fotógrafo e Editor
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““ Os primeiros estudos da artista, ainda adolescente, foram forjados em ateliê e in loco na paisagem. Ela obteve isto com as aulas de desenho e iniciação à pintura com o pai Alberto Braga, artista desde os anos quarenta, e
o mestre da paisagem Edgar Walter. A base acadêmica propiciou um traço seguro, solto, que permitiu à artista a própria mudança, tão natural, para a arte abstracionista. E neste momento de Vânia Braga o trabalho de escultura feminina e da figura animal, faz valer a segurança de quem domina o desenho com maestria, isto porque teve uma base totalmente sólida, trazendo para estas
esculturas um ar de movimento, de força, de vida.”
— — Vitor Braga, Marchand
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Texto Lucas LuisFoto Divulgação
Steve Gene Wold, também conhecido como Seasick Steve, é um blueseiro americano, apesar de preferir ser chamado de um “homem de dança e música”. Steve toca guitarra e canta, vivendo uma vida dura e fazendo trabalhos casuais.
InfânciaWold nasceu em Oakland,
California. Quando tinha quatro anos de idade, seus pais se separaram. Seu pai tocava piano Boogie-Woogie e, aos cinco ou seis anos, Wold tentou aprender mas não conseguiu. Aos oito anos, aprendeu a tocar guitarra com K.C. Douglas, que trabalhava na
garagem de seu avô. Mais tarde, descobriu que era blues. Douglas escreveu a música “Mercury Blues” e costumava tocá-la com Tommy Johnson. Wold saiu de casa aos 13 anos para evitar abusos de seu padrasto, vivendo duramente nas ruas do Tennessee, Mississippi e outros lugares até 1973. Ele pretendia viajar por longas distâncias, pegando carona em trens, procurando trabalhos temporários ou vivendo como um andarilho. Por várias vezes, trabalhou como vendedor de barraquinha e vaqueiro.
Carreira musicalNos anos 60, começou
a fazer “tour” e a tocar com vários músicos, virando amigo de pessoas da cena musical como Janis Joplin e Joni Mitchell. Desde então, Wold começou a alternar a rotina de trabalho entre músico e engenheiro de estúdio. No final dos anos 80, enquanto vivia em Olympia, perto de Seattle, ele trabalhou com vários artistas da cena Indie, inclusive com Kurt Cobain que era também seu amigo. Ainda nos anos 80, continuou a trabalhar como engenheiro de gravação e produtor, produzindo vários lançamentos pela Modest Mouse, incluindo seu álbum de estreia (como produtor) “This Is a Long
Drive for Someone with Nothing to Think About”.
Posteriorente, em Paris, Wold viveu de fazer espetáculos na rua, a maioria deles no metrô. Em 2001, após se mudar para a Noruega, lançou seu primeiro álbum intitulado “Cheap”, gravado com os The Level Devils (Jo Husmo no baixo e Kai Christoffersen na bateria). Seu álbum de estreia solo, “Dog House Music”, foi lançado pela Bronzerat Records em 26 de novembro de 2006, após Wold ser colocado em primeiro lugar pelo seu velho amigo DJ Joe Cushley da estação de rádio londrina - Resonance FM.
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Rage Against The MachineRage Against The MachineEpic Records1992
Rage Against the Machine é o álbum
de estreia da banda de rapcore norte-
americana Rage Against the Machine,
tendo sido lançado em 3 de Novembro
de 1992. Por ter sido uma das primeiras
bandas a fundirem gêneros tão díspares
como o funk e o heavy metal, Rage
Against the Machine é um álbum
marcante, abrindo caminho para “boom”
de bandas que surgiram no final da
década de 90. Além disso, o disco
também se destaca por dar uma forte
ênfase aos comentários políticos. As
músicas de Rage Against the Machine
juntam os temas políticos com vozes
similares ao estilo hip hop. A capa
representa Thích Quảng Đức, um monge
Budista do Vietname que se imolou
até à morte, em Saigon, em 1963.
Thích protestava contra a opressão
que os Budistas sofriam por parte da
administração do então Primeiro Ministro
Ngô Đình Diệm. O álbum chegou ao 1º
lugar no top Heatseekers da Billboard,
e ao 45º posto do Top 200. Em 2003, o
álbum ficou colocado em 368º na lista
dos 500 melhores álbuns de sempre da
revista Rolling Stone.
Gênero: Rap/Rock
Número de músicas: 10
AlfagamabetizadoCarlinhos BrownBlue Note Records1997
Alfagamabetizado é o primeiro álbum
lançado por Carlinhos Brown. O álbum
de 16 faixas foi produzido por Wally
Badarou, Arto Lindsay e pelo próprio
Carlinhos Brown. Entre as músicas
se destaca “Quixabeira”, que reuniu
novamente os Doces Bárbaros Caetano
Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa e Maria
Bethânia. Na faixa “Seo Zé” participam
Marisa Monte e Nando Reis. Durante
todo o álbum existem participações
de artistas de outros países como em
“Angel’s Robot List”, na qual a grega
Alexandra Teodoropoulou recita o
alfabeto grego. Ao fundo, o violiono
de Kouider Berkane (Mauritânia); é
mesclada a percussão instrumental
composta por surdos e gravada na
Concha Acústica de Salvador. Durante o
lançamento do álbum, Carlinhos Brown
fez mais de 150 shows pelo Brasil,
Estados Unidos, Japão e Europa.
Gênero: MPB
Número de músicas: 16
Vital Tech TonesVital Tech Tones
Tone Center Records1998
Formada em meados dos anos 90, a
Vital Tech Tones é um projeto Fusion
Instrumental composta pelo baterista
Steve Smith (Vital Information), pelo
guitarrista Scott Henderson (Tribal Tech)
e pelo baixista Victor Wooten (Béla
Fleck and the Flecktones). O grupo
lançou dois álbuns antes da separação
(Vital Tech Tones ‘1998’ e Vital Tech
Tones 2 ‘2000’), devido às limitações de
disponibilidade e tempo. Há rumores
de que um dia o grupo volte à ativa,
mas nada foi anunciado oficialmente.
A banda nunca chegou a tocar ao vivo
embora Smith já tenha se apresentado
separadamente com Henderson e
Wooten. Para os que gostam de música
instrumental este álbum é uma ótima
pedida. Excelentes arranjos, virtuosismo
na medida, ritmos complexos e ótimos
improvisos.
Gênero: Fusion
Número de músicas: 09
PARA POUCOS!
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O Berço do Brit PopCamden Town já foi uma
zona de comércio, repleta de armazéns e estábulos militares, mas atualmente é conhecida por seu mercado, pubs e clubes onde nos finais de semana turistas e descolados em geral disputam as ruas em busca de novidades. Divertimento certo para todos, você ainda pode se deliciar nas inúmeras barracas de alimentação com iguarias de várias partes do mundo. Saindo da estação de Camden Town dá pra sentir que existe algo diferente, inclusive alguma semelhança com Amsterdam, primeiro por que existe um canal (o Regent's Canal), segundo por que existem opções de produtos ligados à cannabis por toda a rua, não o produto ilegal em si, mas calças, calçados, camisetas, entre outros, fabricados com a fibra da planta.
Em algumas lojinhas encontra-se pirulitos e até chá de maconha (que não tem o mesmo efeito do cigarro). Pelas ruas de Camden, punks da velha guarda dividem a atenção com clubbers e góticos, numa mistura de gente vestida diferente o que, à primeira vista, é muito divertido. Toda esta vocação para a vanguarda e diversidade não poderia estar separada da música, que desde os anos 30, tem feito parte do estilo de vida deste bairro. Inicialmente, devido à imigração irlandesa (que é conhecida por gostar de uma boa festa, cerveja e música), surgiram muitos pubs e dancing clubs para entretenimento dos imigrantes e residentes locais. Mas foi a partir dos anos 60 que o Rock N’ Roll começou a atrair a atenção de pessoas de outras partes de Londres para o que estava acontecendo naquela pequena
região, que transformou-se desde então em um dos centros da música londrina. O primeiro grande evento de Rock em Camden Town aconteceu em outubro de 1966 no Roundhouse, um antigo armazém de locomotivas localizado em Chalk Farm Road, onde o Pink Floyd junto a outras bandas de rock da época fizeram uma performance psicodélica. Nos anos 70, na onda do que estava acontecendo, surgiram importantes clubes que dominaram a cena do Rock, o Dingwalls, (1973), Camden Palace (antigo Music Machine 1977) e o eclético Eletric Ballroom (1978). Ao mesmo tempo muitos pubs introduziram música ao vivo: The Monarch, o Devonshire Arms, Falcon, Underworld (geralmente o Sepultura toca lá quando vem para Londres e é considerado o maior pub do mundo), Dublin Castle entre outros. Pouca gente
sabe mas Camden é também o local de nascimento do Britpop, muito antes deste termo fazer parte do mainstream. Membros do Blur, Pulp, The Stone Roses, Bluetones e Oasis viveram ou se apresentaram em Camden no início de suas carreiras e, em 1995, no auge destas bandas, adolescentes ingleses invadiam os clubes e pubs da região para ouvirem o som que estava rolando. O sucesso foi tão grande que a MTV se instalou em um prédio de Camden Lock. Recentemente, o Jazz Cafe introduziu uma nova cor ao bairro trazendo sempre ícones da música negra, blues, jazz e hip hop. Tem também investido com sucesso de público em músicos brasileiros como Ed Motta, que já se apresentou duas vezes no local, Alcione, Cibele, Bebel Gilberto.
Camden Town é música, liberdade e muita, muita diversão.
CamdenTown Fotos DivulgaçãoTexto John Heringer
inglaterra
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PARA TOdOS!
Estômago é a história da ascensão e queda de Raimundo Nonato, um cozinheiro com dotes muito especiais. Trata de dois temas universais: a comida e o poder. Mais especificamente, a comida como meio de adquirir poder. E pode ser definido como “uma fábula nada infantil sobre poder, sexo e culinária”.
EstômagoDiretor: Marcos JorgeRoteiro: Fabrizio Donvito, Marcos JorgeCategoria: ComédiaAno: 2007Duração: 113 minutosEstrelando: João Miguel, Fabiula Nascimento, Babu Santana, Carlo Briani e Zeca Cenovicz
Ele revolucionou o mundo das artes como um cometa, dançando sobre as mesas, embriagado de paixão pela vida, inspirado pelo amor e consumido pela obsessão. Ele é o famoso pintor italiano Amedeo Modigliani, um gênio criativo que viveu e absorveu a charmosa Paris do início do século 20, com uma atração incontrolável pela beleza. Sempre com a mesma intensidade, o judeu Modigliani amou a católica Jeanne Hébuterne e odiou o genial Pablo Picasso. Sua obra inesquecível e sua vida atribulada são retratadas neste filme imperdível.
Modigliani - Paixão pela VidaDiretor: Mick Davis Roteiro: Mick DavisCategoria: DramaAno: 2008Duração: 128 minutosEstrelando: Andy Garcia, Elsa Zylberstein, Omid Djalili e Hippolyte Girardot
Crash - No Limite mostra uma visão agressiva e perturbadora das complexidades que envolvem as questões raciais na América contemporânea. Ao mergulhar de cabeça nas confusões ideológicas nascidas no pós 11 de setembro, este drama urbano desenha as inconstantes interseções entre personagens pertencentes a diferentes etnias, que lutam para superar seus medos enquanto suas vidas se cruzam. Uma dona de casa e seu marido, um promotor público, uma lojista de origem árabe, dois detetives da polícia, um diretor de televisão afro-americano e sua esposa, dois policiais, um chaveiro mexicano, dois ladrões de carro e um casal coreano de meia idade. Todos veem suas vidas colidindo após uma série de eventos inevitáveis no período de 36 horas, com consequências surpreendentes.
Crash - No LimiteDiretor: Paul HaggisRoteiro: Paul HaggisCategoria: DramaAno: 2005Duração: 100 minutosEstrelando: Brendan Fraser, Don Cheadle, Sandra Bullock, Chris “Ludacris” e Bridges
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Uma sucessão de cagadas na 17ª edição do Prêmio Multishow.
Para início de conversa qual a exata importância desse prêmio? Se estou bem esclarecido parece-me que essa premiação vem, via voto, de “internautas” que, por si só, já é uma cagada fenomenal.
Se quem vota são “internautas” do nível dos que votaram para a melhor música do ano num tal de Restart, logo a gente suspeita de todo o resto.
Abro aqui um parêntese para dizer alguma coisa proveitosa sobre essa bandinha de merda que surgiu sabe lá Deus de onde. Aliás, sabemos sim, surgiu da MTV. Esse tal de Restart é simplesmente uma bandinha que qualquer demente não pode acreditar que vá surgir nada pior que isso. Esses garotos são tão escalabrosamente escrotos e ruins de serviço que nem deveríamos chamar aquilo de música, muito menos de banda. Quando surgiu o KLB achei que era o limite da ruindade mas me enganei, o limite nem o diabo sabe onde está. Incrível mesmo é
que dá para perceber nitidamente que hoje para se eleger o melhor tem-se que procurar muito o que há de pior. Conselho para qualquer aspirante a artista: “seja ruim que você vencerá”. Que lástima anda nossa juventude. O que se passa na cabeça dessa moçada que idolatra a mediocridade total?
Premiar como melhor instrumentista um Fresno, e pondo no mesmo rol Haroldo Ferreti (Skank) é uma putaria sem igual. Putaria não é eleger um Fresno como melhor instrumentista, afinal esse prêmio é altamente duvidoso. Putaria é colocar, lado a lado, músicos como Haroldo Ferreti como se houvesse uma comparação possível de voto. Ou será este prêmio uma coisa “arranjada” por gravadoras? Pagou levou?
Enfim, merdas como esse Prêmio Multishow é que nos levam a reflexões surreais.
Essa nova safra de artistasinhos de momento é o que nos resta?
Cadê a galera com coisa boa pra mostrar? Não existe?
Lógico que existe, o problema é que essa galera anda cagando e andando para prêmios. Essa galera tá pouco se fudendo para a garagem do Faustão ou para prêmios Multishow, menos ainda para MTV. Esta última então é a cara do Restart, toneladas de bosta
a cada segundo. Ouvi dizer inclusive
que quem anda se confessando com alguns padres pretensos cantores, leva como penitência assistir 2 horas de MTV seguidas. Porra por isso é que não me confesso. Prefiro ir para o inferno a assistir MTV. Quero que um caminhão
de bosta caia sobre mim mas não quero nem ver esse tal de Restart.
Aos fãs de Restart, Justin Bieber e semelhantes, a minha escarrada pergunta: - O que há com vocês? Vocês são retardados? Quero acreditar que não, nem retardado mental gosta dessa porcaria. O que vocês são é MUITO retardados. Tristemente confesso que sei que adolescentes que gostam de toda esta porcaria citada acima não são leitores desta revista, e tristemente digo porque se o contrário fosse, hoje eu não teria que ficar nervoso ao ter que me indignar.
de cagadas!Foto Rui Alves Texto Rui Alves
prêmio
O que há cOm vOcês? vOcês sãO retardadOs?
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L i t e r a t u r a Liberdade e Compromisso,seu nome é Leitura.
Texto Gerusa Maya
É possível que você duvide, mas
arrisco dizer que talvez a literatura
possa ser o meio de comunicação
mais íntimo entre os seres humanos.
Uma intimidade silenciosa, pessoal e
impessoal ao mesmo tempo, assim como
as outras vertentes da arte que dela
partilham, como a música, o teatro e
o cinema, por exemplo, onde se pode
dizer o que quer sem se preocupar com
interpretações avessas ou leais. Ao
pensar dessa maneira quis ilustrar meu
discurso fazendo uma analogia com a
obra de Milan Kundera, o best-seller “A
insustentável leveza do ser”.
No romance, que se passa em
Praga e em Zurique na década de 60, o
autor narra os amores e os desamores
de quatro pessoas onde o clima de
tensão política devido à invasão russa à
Tchecoslováquia é constante.
Embora a representação histórica
esteja presente nesta brilhante
narrativa, ela não é ponto mais alto
do romance, mas sim a forma como o
autor aborda a condição humana. Lendo
o livro ou assistindo ao filme percebe-
se que a liberdade do personagem,
Tomas, despe totalmente a vida de
seu sentido ao mesmo tempo em que
o convida a ela com todos os seus
comprometimentos, tornando então essa
leveza insustentável.
Se nos aprofundarmos um pouco
mais nesse pensamento, de forma ainda
análoga, podemos entender que a leitura
nos permite exercer a vida através das
palavras, pois ao ler estabelecemos uma
relação de liberdade e de compromisso
simultâneos.
Ao ler ampliamos o vocabulário,
adquirimos conhecimento, nos
capacitamos de senso crítico, e então,
nos tornamos pouco a pouco capazes
de desenhar o mundo e perceber a
fundo suas mais diversas mazelas e
maravilhas.
Ao ler praticamos nossa liberdade
de pensamento, e ao interpretarmos
as ideias passamos automaticamente
a nos comprometer com elas,
discordando ou não. Esta interpretação
e este entendimento, no entanto,
obrigatoriamente necessitam da
liberdade para se presenciarem em
nossas vidas. Há que ser livre para
conseguir se inteirar de todo o processo.
Sentir, perceber, entender. Há que ser
livre para se expor e a partir disso há
que se comprometer para se viver. Viver
a própria vida e outras vidas além.
Em outros mundos, de outras cores,
sabores, cheiros e sons, mesmo que com
certo afastamento ou estranhamento, ou
até quem sabe certo espelhamento.
A escolha de estarmos inseridos
ou não na história também é nossa.
Podemos ser protagonistas ou simples
espectadores, tal como na vida real.
Podemos rever nossa história escrita por
outros, podemos mudá-la ou podemos
simplesmente admirar as ideias dos
pensadores que jamais construiríamos
e, dessa forma, podemos estar em
lugares como num café em Paris com
seus burburinhos ao fundo, misturados
aos sons das xícaras prestes a pousar e
cheiros de croissants, ou vivenciarmos
a experiência de um povo desconhecido
com seus misteriosos costumes no mais
ermo ponto do planeta, ou ainda, nos
angustiarmos com os horrores de uma
estúpida guerra.
Ao ler nos tornamos perfeitamente
capazes de duvidar da existência das
leis do universo, ao imaginarmos um céu
coberto de elefantes ou um mar feito de
algodões doces. Mas, para isso é preciso
ser leve. Para isso é preciso ser livre e
se comprometer.
Para ser leve vá além.
Em 2008 descobri o internacional
BOOKCROSSING, um projeto fantástico
em prol da leitura mundial a custo zero.
Funciona assim: Você se cadastra pega
um livro e depois de ler você fala sobre
ele e o “esquece” em uma área livre,
pública, para que outros possam fazer o
mesmo. Isso mesmo, em qualquer área.
Simples assim. Democrático e livre,
mas com o comprometimento de se
desprender dele para ampliar a rede de
pensadores.
O projeto está alçando voos cada
vez maiores, e tem inspirado outros
como uma rede brasileira de postos
de gasolina nas cidades de Natal,
Belo Horizonte, São Paulo, Curitiba,
Vitória e Rio de Janeiro, que com essa
iniciativa colocou o Brasil no segundo
lugar do ranking de livros emprestados,
desbancando o Reino Unido e perdendo
somente para os Estados Unidos.
Quer se libertar? então se comprometa e acesse:
www.bookcrossing.com (em inglês)
www.l ivroparavoar.com.br (em
português)
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Indicaçõesde Livros
TOPS dO BIMESTRE
Os livros indicados nesta seção não são, necessariamente, títulos recém lançados ou que se encontram divulgados nas listas dos mais vendidos, mas sim, obras que merecem atenção particular, independente de gênero literário e data de suas primeiras edições.
Uma professora universitária portuguesa, Clara, retorna ao Brasil para seguir as pegadas do Pe. Antônio Vieira, depois de ter sofrido um
acidente que a deixa cega, ao tentar salvar seu amor, outro Antônio, que estranhamente só se relacionava com mulheres de nome Clara. As palavras de Vieira norteiam Clara em seu percurso, enquanto um amigo, Sebastião, cujo amor nutrido por Clara não é correspondido,
lhe empresta a visão. Clara está em busca de si mesma e de seu verdadeiro amor, quando encontra Emmanuel. “Se eu tivesse olhos,
Emmanuel, poderia trair as imagens, poderia esquecê-las, acumulá-las, confundí-las. Não vendo, só te vejo a ti...”. O romance é uma sucessão de descobrimentos e acontecimentos sedutores e poéticos, até mesmo
quando a autora se refere a religiosidade em Salvador, BA, mas a busca pelo verdadeiro amor é o ponto principal da obra.
Do escritor indiano Aravind Adiga, vencedor do Man Booker Prize 2008, o narrador relata com muito bom humor as relações entre diferentes classes sociais e seus princípios morais. Nascido na extrema pobreza de uma India que mantém suas tradições familiares e religiosas, o Tigre Branco, como é considerada, por ela própria, a personagem principal desta obra, descortina o cenário místico e exótico indiano e conta, através de uma longa carta enviada ao primeiro ministro chinês, Wen Jiabao, como se tornou um empreendedor de sucesso passando por cima das leis dos homens e dos deuses, inclusive cometendo o assassinato de seu patrão. Munna, Balram ou Ashok Sharma, são a mesma pessoa, mas cada uma a seu tempo, embora com o mesmo objetivo: fugir da escuridão do modo de vida da sociedade indiana, ou metaforicamente, da grande “gaiola dos galos”.
O Tigre Branco
Autor: Adiga, ARAVIND
Categoria: Ficção
Editora: Nova Fronteira
Número de Páginas: 264
Entre tantos momentos conturbados da vida, a personagem de “Explicação dos Pássaros”, Rui S. tenta alterar seu destino. Em meio a
crises familiares e entrelaçado numa trama recheada de desencontros e relações de insatisfação, o professor universitário parte para uma viagem
com a intenção de se separar de sua segunda esposa com quem se casou apenas para fugir da solidão. Assim é construída a trajetória do romance do autor português Lobo Antunes. No início, parecemos nos perder, pois o narrador por vezes se mistura à personagem, mas aos
poucos nos acostumamos com os longos pensamentos truncados. “As asas batiam num ruído de folhas agitadas pelo vento, folhas miúdas,
fininhas, múltiplas, de dicionário, eu estava de mão dada contigo e pedi-te de repente Explica-me os pássaros.” Um livro denso que merece
atenção do início ao fim.
Explicação dos Pássaros
Autor: Antunes Lobo, ANTÔNIO
Categoria: Ficção
Editora: Alfagarra
Número de Páginas: 252
A Eternidade e o Desejo
Autor: Pedrosa, INÊS
Categoria: Ficção
Editora: Alfagarra
Número de Páginas: 178
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guitarras que mudaram o mundo
De tempos em tempos o mundo muda radicalmente. A calça jeans, não existe quem não tenha uma, a coca-cola, não existe quem não experimentou, mais longe ainda fica o telefone, não dá pra viver sem um, a televisão, enfim, mudanças radicais na vida do ser humano. Não dá pra imaginar a música nos dias de hoje sem a guitarra elétrica. Do puro blues, do rock, do metal, do chatíssimo sertanejo ao bregão, a guitarra elétrica mudou o mundo. A guitarra se popularizou após a Segunda Guerra Mundial, nos anos 50 e 60, período em que ganhou enorme espaço no mundo da música. Hoje em dia, estima-se que existam cerca de 50 milhões de guitarristas em todo o mundo. Nesta edição apresentamos três marcas de guitarras que são o sonho de consumo de muitos. Com certeza com estas três marcas, gênios da música fizeram grandes obras primas tanto no rock quanto no blues. Claro que estas guitarras também estão nas mãos de muitos hereges, tocadores de gêneros que não levaram a humanidade a lugar algum.
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cut.
nós acreditamos em seguir nosso próprio caminho,e não interessa qual caminho o resto do mundo segue. nós acreditamos em resistir a esse sistema que foi construido para
esmagar indivíduos como insetos em um para-brisa. alguns de nós acreditam no cara lá em cima, todos nós acreditamos no
homem que somos aqui embaixo... nós acreditamos no céu e não acreditamos em tetos solares. nós acreditamos na liberdade.
nós acreditamos na poeira, nos búfalos, nos vales montanhosos, na vegetação rasteira e em pilotar em direção ao pôr do sol. nós
acreditamos em bolsas laterais e acreditamos que os cowboys tinham razão. nós nos recusamos a abaixar a cabeça para quem
quer que seja. nós acreditamos em roupas pretas porque elas não demonstram sujeira ou fraqueza. nós acreditamos que o mundo
está ficando muito monótono. nós acreditamos em pegar a moto e viajar por uma semana inteira. nós acreditamos em atrações de
beira de estrada, em hot dogs de posto de gasolina e em descobrir o que existe depois da próxima montanha. nós acreditamos em
motores trepidantes e pistões do tamanho de latas de lixo, tanques de combustível desenhados em 1936, faróis do tamanho dos
de uma locomotiva, cromo e pintura customizada. nós acreditamos em chamas e em caveiras. nós acreditamos que a vida é o que
você faz, e nós fazemos dela uma puta viagem. nós acreditamos que a máquina onde você senta pode dizer ao mundo exatamente
quem você é. nós não estamos nem ai para o que os outros acreditam. amém.”
“
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m i t o e c u l t u r a
34 zonacultural
A história da Harley-Davidson começou com uma ideia no ano de 1901. Os donos dessa ideia eram dois jovens: Willian S. Harley, de vinte e um anos, e seu amigo de infância Arthur Davidson, de vinte anos. Ambos trabalhavam para a mesma firma de automotivos manufaturados. Willian, como desenhista de esboços e Arthur, como criador de padrões. Assim, como os pioneiros dos automóveis, eles eram desenhistas por hobby e tinham seus próprios projetos, com o enorme desejo de colocá-los em prática.
Na mesma fábrica em que trabalhavam havia um projetista alemão que tinha alguns conhecimentos sobre as novas fábricas de motocicletas europeias. Esses conhecimentos levaram Harley à primeira experiência em construção de motocicletas, com o projeto de um pequeno motor à gasolina refrigerado a ar, no qual ele gastou várias tardes experimentando em uma oficina na garagem. Com pouco dinheiro e ferramentas não muito boas, o projeto foi progredindo e ele viu que não poderia fazê-lo sem a ajuda de um bom mecânico.
Arthur Davidson tinha um irmão chamado Walter, um mecânico treinado que viajava pelo país com seu trabalho de mecânico de estrada de ferro. Walter foi a Milwaukee para o casamento de seu 3º irmão, Willian Davidson, quando foi convidado por ele e
por Bill Harley a dirigir sua nova motocicleta assim que estivesse pronta, mas com a condição de ajudá-los a construí-la. Assim, compartilhando do entusiasmo dos dois, Walter permaneceu em Milwaukee. Não demorou muito até William Davidson juntar-se ao grupo, ajudando-os com suas habilidades de fabricante de peças.
Então, no ano de 1903, Harley e os irmãos Davidson estavam prontos para colocar a velha ideia em prática. 1903 foi um ano de grandes revoluções no mundo dos transportes pois enquanto Harley e Davidson estavam iniciando a produção de sua motocicleta, algumas montadoras de automóveis surgiram como, por exemplo, Henry Ford e seu pioneiro “modelo - T”, ao tempo que os irmãos Wright faziam o voo motorizado. A assistência para resolver vários problemas mecânicos veio de um projetista alemão. Um amigo emprestou sua loja para servir de oficina, onde eles começaram a construir o motor. Semanas depois, a primeira Harley-Davidson começou a tomar forma. O maior problema era a falta de peças, obrigando-os a construí-las a partir de materiais preexistentes. O carburador foi feito de uma lata de molho de tomate, e a primeira vela, disse Bill Harley, “era maior que uma maçaneta de porta”. O primeiro motor foi acoplado a uma bicicleta e era de 21/8 X 27/8 polegadas, 25 cilindradas e 3 cavalos de potência.
Alguns testes revelaram que o motor era um pouco
fraco pois em subidas o motorista tinha
que pedalar
para ajudá-lo. Além disso, uma bicicleta comum era muito frágil, obrigando-os a voltar para a prancheta.
O novo motor foi ampliado para 3 X 31/2 polegadas. Muito tempo foi gasto na procura de um carburador satisfatório. Um quadro circular foi desenvolvido para substituir o quadro “diamante” da bicicleta para acrescentar mais força. Em Milwaukee a produção de motocicletas precisava de mais espaço pois a loja do amigo não mais comportava a produção. Com a ajuda do pai de Willian, que era carpinteiro e trabalhava para Davidson, uma “fábrica” de 3,3 X 4,95 metros foi erguida no quintal da casa de Davidson. E, com a pintura do nome “Harley - Davidson Motor Co.” na porta, nascia a lenda. Dessa modesta fábrica, os quatro homens e seus empregados triplicaram a sua produção total em somente um ano, e em 1908, 450 motos deixaram a pequena fábrica, todas elas desenvolvidas através do motor original de um clindro de Bill Harley.
Em 1909, a Harley-Davidson Motor Company, então com seis anos de vida, apresenta a sua primeira grande evolução tecnológica no mercado de duas rodas. O mundo assistiu ao nascimento do primeiro motor V-Twin montado em motocicletas,
um propulsor capaz de desenvolver 7 cv – uma
potência considerável para aquela época. Em pouco tempo, a imagem de um propulsor com dois cilindros dispostos num ângulo de 45 graus tornou-se um dos ícones da história da Harley.
Em 1912, foi iniciada a construção definitiva da fábrica localizada na Juneau Avenue e inaugurada uma área exclusiva para peças e acessórios.
Em 1919, a firma Harley-Davidson, que como vimos fez do desporto motociclista um dos seus primeiros esforços, propôs pela primeira vez um modelo de caráter desportivo. Para justificar esta designação, a máquina foi dotada com uma caixa de velocidades colocada sobre o motor, uma embreagem em banho de óleo com uma guia de válvulas inferior e com uma correia de transmissão integrada no motor. Nesta época, a firma de Milwaukee ocupava uma fábrica de volume respeitável: mais de 50 mil m². Mas os quatro exageraram e a produção estimada em trinta e cinco mil máquinas por ano é de tal modo otimista que, em 1921, a empresa fecha sob os efeitos conjugados de superprodução e da quebra das vendas. Longe de baixar os braços, os dirigentes da
a história
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Harley vão se virar para o estrangeiro para tentar encontrar novos clientes. Através das suas viagens, eles descobrem as novas técnicas da concorrência, e em especial as Indians. O que, levando mais longe as suas investigações mecânicas, vai provocar em bloco a chegada de um quadro, depósito e selins inéditos.
De fato, mais do que a quebra de entusiasmo por este tipo de máquinas, é a chegada de veículos de duas e quatro rodas em 2ª mão que vai fazer baixar a procura de motos novas. Em face de tal situação, apenas duas marcas subsistem nos EUA.: a Harley-Davidson e Indian. Como sempre sucede em situações semelhantes, o mercado dirige-se para baixo e a Harley vai agarrar rapidamente esta oportunidade para relançar máquinas equipadas com motores monocilíndricos de 350 cm³ vendidas a menos de 200 dólares, na época um bom negócio. Vinte anos depois dos intensos trabalhos
práticos dos pioneiros Harley-Davidson, os americanos
seguiram o gosto da época em matéria de
circulação destinada às maquinas com motor: multiplicaram-se as estradas asfaltadas, os painéis rodoviários começaram a invadir a paisagem e as estações de serviço começaram a assegurar eficazmente o abastecimento de combustível
Em 1936, a empresa introduziu o modelo EL, conhecido como “Knucklehead”, equipado com válvulas laterais. Esta moto foi considerada uma das mais importantes lançadas pela Harley-Davidson em sua história. No ano seguinte, morreu William A. Davidson. Os outros dois fundadores – Walter Davidson e Bill Harley – morreriam nos próximos cinco anos.
Entre 1941 e 1945, período que durou a 2a Grande Guerra Mundial, a empresa voltou a fornecer suas motocicletas para o exército norte-americano e seus aliados. Quase toda a sua produção foi enviada para as forças norte-americanas neste período. Um dos modelos desenvolvidos especialmente para a guerra foi o XA 750, que era equipado com um propulsor horizontal com cilindros opostos, destinado principalmente para uso no deserto.
A festa em homenagem aos 50 anos da marca, em 1953, não contou com três dos seus fundadores. Nas festividades, em grande estilo, foi criada uma nova logo em homenagem ao motor disposto em “V”, marca registrada da empresa. Neste ano, com o
fechamento da marca Indian, a Harley-Davidson se tornaria
a única fabricante de motocicletas
dos
Estados Unidos pelos próximos 46 anos. O então jovem astro Elvis Presley posou para a edição de maio de 1956 da revista “Enthusiast” com uma Harley modelo KH. Um dos modelos mais tradicionais da história da Harley-Davidson, o Sportster, foi introduzido em 1957. Até hoje, este nome desperta paixões entre os fãs da marca. Outra legenda da marca foi lançada em 1965: a Electra-Glide, substituindo o modelo Duo-Glide, e trazendo como inovação a partida elétrica – recurso que pouco tempo depois chegaria também à linha Sportster.
Em 1973, com a demanda novamente em ascensão, a Harley tomou a decisão estratégica de ampliar sua produção, deixando a planta de Milwaukee exclusivamente para a fabricação de motores. A linha de montagem das motocicletas foi transferida para uma nova planta maior e mais moderna em York, na Pensilvânia. O modelo FXRS Low Rider juntou-se à linha de produtos em 1977.
Outro momento decisivo na história ocorreu no dia 26 de fevereiro de 1981, quando 13 executivos seniores da empresa assinaram uma carta de intenção para comprar as ações da Harley-Davidson que pertenciam à AMF. Em junho do mesmo ano, a compra foi concretizada e a frase “The eagle soars alone” (A águia voa sozinha) se popularizava. Imediatamente, os novos proprietários da empresa implementaram novos métodos de produção e gerenciamento de qualidade na fabricação das motocicletas da marca.
Em 1982, a Harley solicitou ao governo federal dos Estados Unidos a criação de uma tarifa de importação para motos com motores acima de 700 cc, com o objetivo de conter a verdadeira “invasão” de motocicletas japonesas no mercado norte-americano. O pedido foi atendido. No entanto, cinco anos depois, a empresa surpreendeu o mercado. Confiante na sua capacidade de competir com as motocicletas estrangeiras, a Harley solicitou novamente ao governo federal que retirasse a tarifa de importação das motos importadas um ano antes do que estava programado.
Foi uma medida absolutamente inédita no país até então. A repercussão deste ato foi tão forte que levou o presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan, a realizar um tour pelas instalações da marca e declarar publicamente que era um fã da Harley-Davidson. Foi o suficiente para dar novo fôlego à marca.
Antes disso, porém, em 1983, foi criado o Harley Owners Group (H.O.G.), grupo de proprietários de motocicletas da marca que reúne atualmente cerca de 750 mil associados em todo o mundo. É o maior clube deste tipo do mercado de duas rodas do planeta. No ano seguinte, foi apresentado o novo motor Evolution V-Twin, com 1.340 cc, que exigiu sete anos de pesquisa e desenvolvimento dos engenheiros da Harley-Davidson.
Em 1998, a Harley-Davidson adquiriu a Buell Motorcycle Company, abriu uma nova fábrica de motores fora de Milwaukee, na cidade de Menomonee Falls, em Wisconsin, e construiu uma nova linha de montagem em Kansas City, no Missouri. No mesmo ano, a empresa comemorou em Milwaukee seu aniversário de 95 anos, com a presença de mais de 140 mil fãs da marca na cidade. Em 2001, a Harley apresentava ao mundo um modelo revolucionário: a V-Rod. Além do design futurístico, o modelo foi o primeiro da história da marca norte-americana a ser equipado com motor refrigerado a água.
A habilidade da companhia de se sustentar foi alimentada pela combinação de ousadia
e de valores tradicionais, uma mão mantendo a imagem e natureza de seus motores com novos parâmetros tecnológicos e a outra expandindo o mercado para abraçar uma nova geração de consumidores, com um marketing inteligente, uma linha de costumização de fábrica, roupas e merchandise. Hoje, com as vendas excendendo a 100 mil unidades por ano, os motociclistas de Harley-Davidson aproveitam a camaradagem de uma irmandade mundial, seguros em suas mentes que suas motos são únicas, nos dois sentidos da palavra.
A Commedia dell’arte é um movimento teatral do século XVI. Alguns indícios apontam sua fundação pelos anos de 1545, em Pádua, na Itália. Este é o primeiro registro encontrado. Ele fala da formação de uma trupe de Commedia dell’arte, onde oito atores se comprometem a atuarem juntos por um determinado período – até a quaresma de 1546 – fixando direitos e deveres entre eles, caracterizando um contrato profissional. Desse modo, pela primeira vez na Europa com a Commedia dell’arte, uma companhia teatral era caracterizada por constituir um grupo de atores que viviam exclusivamente de sua arte. Era estabelecido assim uma organização nova, com atores especializados e bem treinados, para exercer o seu ofício.
Segundo o escritor Victor Civita a comédia alegrava aos gregos e romanos nos tempos primitivos, que ao passar pela Idade Média se expandiu na Europa Ocidental. A comédia era representada, agora, pela figura do menestrel, misto de cantor da corte primitiva e do antigo jogral dos tempos clássicos. Entretanto mesmo sendo tempos clássicos, o menestrel devido à impressionante versatilidade ocupou o lugar do poeta culto. Logo, o menestrel era em um só tempo: músico, dançarino, dramaturgo, ator, palhaço e acrobata, executando divertimentos de todos os gêneros, desde as canções de baile às histórias de fadas e lendas de santos.
Desde o final da Idade Média, CIVITA diz que as grandes casas senhoriais contratavam seus próprios atores em substituição aos antigos menestréis. Os atores domésticos são herdeiros dos menestréis e bobos da corte, e estabelecem o elo com os artistas profissionais da Renascença, do Barroco e da Idade Moderna. Por consequência disto, os personagens da Commedia dell’arte possuem traços dos antigos menestréis e ainda o uso de máscaras.
Na Itália, com as premissas do desenvolvimento capitalista do Ocidente, a nova cultura artística aflorou rapidamente. Assim, em meados do século XVI, os atores e as companhias se profissionalizaram através da Commedia Dell’Arte, forma de teatro popular surgida em oposição à comédia literária e erudita de Ludovico
Ariosto (1474-1533), Pietro Aretino (1492-1556) e Nicolau Maquiavel (1469-1527), autores renascentistas que seguiam os modelos clássicos de Plauto e Terêncio. Segundo RUDLIN (1994, p.13) a commedia dell’arte se aproxima da “comédia do artista” que implica em performances profissionais distinguindo-se dos amadores da corte.
Embora os intérpretes devessem seguir os achados cômicos (lazzi) e respeitar os roteiros básicos (canovacci), havia extrema liberdade de variações. A Commedia dell’arte era representada por atores profissionais e teve várias denominações como Commedia all’improviso – comédia fundamentada sobre o improviso; Commedia a soggeto – comédia desenvolvida através de um canovaccio (roteiro) e ainda Commedia delle Maschere – comédia de máscaras.
As trupes da Commedia dell’arte eram formadas, geralmente, por oito ou doze atores. Os personagens representados eram divididos em três categorias: os enamorados, os velhos e os criados chamados zannis, que provavelmente deriva de Giovanni, nome
típico do ambiente camponês italiano. Os personagens eram
interpretados por atores usando máscaras, embora os innamorati (ou enamorados) não as usassem. Assim como os da mesma época
(Shakespeare), os italianos vestiam atores homens en travesti – com roupas
de mulheres e perucas. Ao contrário dos atores do Teatro Renascentista Inglês, no caso deles era por propósitos humorísticos, mais do que
por proibição social. Entretanto, em 1578
aparece a primeira mulher citada na commedia dell’arte.
Era Isabella Andreini esposa do também ator Francesco Andreini,
que foi contratada para trupe do nobre Flaminio Scala, dei Comici Gelosi.
Os principais personagens da Commedia dell’arte são: o zanni, Arlecchino, proveniente de Bergamo, era a máscara mais popular. Inicialmente segundo zanni, transformou-se pouco a pouco em primeiro, encarnava uma mistura de esperteza com ingenuidade, estando sempre no centro das intrigas. Usava inicialmente uma roupa
branca e um cinturão, onde carregava um bastonete de madeira, calças brancas, chinelos de couro e gorro branco. Supõe-se que, com o tempo, essa roupa foi ganhando remendos coloridos e dispersos, de onde provém sua atual roupa de losangos. Ao Arlequim poderia ser atribuído tais nomes: Trufaldim, Trivélia, Scapim, Francatrippa Tabarim, Tartaglia, O Gago, Buratino, Pasquim, Farfanicchio, Grandelin, Tracagnin.
O companheiro mais frequente de Arlecchino era Brighella, um criado libidinoso e cinicamente astuto, também proveniente de Bergamo. Ao Brighella poderia ser atribuídos tais nomes também: Scapim, Fenocchio. Outro zanni que já existia do carnaval de Nápoles e passou a fazer parte da commedia dell’arte foi Pulcinella. Sua corcunda e ventre são proeminentes, sua máscara traz um nariz em forma de bico e sua voz era estridente, lembrando uma ave. Eram atribuídos outros nomes ao mesmo personagem, tais como: Polichinela e Punch (Inglaterra).
Os personagens patrões são: Pantalone ou Pantaleão, um rico mercador veneziano, geralmente avarento e conservador. Falava em dialeto veneziano, era apaixonado por provérbios e, apesar de sua idade, cortejava uma das donzelas da comédia. Sua máscara era negra e se caracterizava por seu nariz adunco, o que remetia aos hebreus, e sua barbicha pontuda. Pantalone, com sua figura esguia, contrastava e complementava no jogo cênico com a figura redonda do outro velho, o Dottore, que podia aparecer como amigo ou rival de Pantalone.
O Dottore era pedante, normalmente advogado ou médico, falava em dialeto bolonhês intercalado por palavras ou frases em latim. Gostava de ostentar a sua falsa erudição, mas era enganado pelos outros por ser extremamente ingênuo. Era um marido ciumento e geralmente cornudo. Sua máscara era um acento que só marca a testa e o nariz.
Entre outros personagens importantes encontra-se o Capitano, que descende do Miles Gloriosus, de Plauto. Era um covarde que contava vantagens de suas proezas em batalhas e no amor, para depois ser completamente desmentido. Mostrava-se um valente, embora fosse um grande covarde. O Capitano fazia uma sátira aos soldados espanhóis. A espada e a capa eram acessórios fundamentais de seu figurino. A este personagem davam vários nomes: Matamoros, Zerbino, Fracasso, Spessa
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Ferri, Spavento, Cocodrillo, Rinoceronte, Spacamento e Scaramouche (maior de todos). As suas derrotas constituíam um dos momentos marcantes da comédia. Usa uniforme militar com medalhas e espada, ressaltando sempre seu porte físico.
As criadas não usavam máscaras. Elas geralmente ficavam a serviço da enamorada. Normalmente eram jovens, de espírito rude e sempre prontas a criar intrigas. Outras vezes, eram mais velhas e podiam ser donas de uma taberna, a mulher de um criado ou objeto de interesse de um velho.
Entre as mulheres destaca-se a Colombina ou Alercchina – A contrapartida feminina do Arlecchino. Usualmente retratada como inteligente e habilidosa fantesca. É uma das servas, uma zanni. Algumas vezes, utiliza roupas com as mesmas cores do Arlecchino. Na commedia dell’arte poderia aparecer com nomes variados: Colombina, Esmeraldina, Coralina, Franceschina, Lúcia, etc.
PIERRÔ (Pierrot) – Originalmente italiano, sua tolice é francesa e quase sempre no delicado terreno do amor. Envolto em devaneios e suspiros, perde todas. É alvo das zombarias gerais porque espera demais da fidelidade feminina. É o símbolo do amor incompreendido. Romântico, ingênuo, ama a todos a sua volta. Seu ideal amoroso é a Colombina. Usa calças e camisas largas/folgadas de cor branca. Em seu blusão existem grandes botões. Geralmente usa uma touca sobre a cabeça. Poderia aparecer com o nome de Pedrolino também.
Todos os personagens eram reconhecidos pelas máscaras que podiam variar de nomes mas não de sentindo. O Pantalão falava dialeto veneziano, o Doutor, o bolonhês, Arlequim e Brighella, o bergamasco, Polichinelo e Tartaglia, o napolitano; os Enamorados e o Capitão falavam o toscano.
É preciso ressaltar que a Commedia dell’arte teve dois momentos na história do teatro europeu; um no período Renascentista e outro no Iluminista, em que as características e segmentos sofrem reformulações da parte de Carlo Goldoni (1707-1793), um dos maiores autores europeus de teatro e um dos escritores italianos mais conhecidos fora da Itália.
De acordo com Boiadzhiev, no periodo Renascentista na commedia dell’arte os atores improvisam os textos e especializam-se em personagens fixos, entre eles a Colombina, o Polichinelo, o Arlequim, o capitão Matamoros e o Pantalone. As encenações baseiam-se na criação coletiva e os cenários eram simples, geralmente um
telão pintado com a perspectiva de uma rua. A novidade
era que as mulheres passam a representar personagens femininos e os atores são todos profissionais. As peças são baseadas na improvisação e no uso de máscaras. É um gênero rigorosamente antinaturalista e antiemocionalista.
Já no período Iluminista, segundo Boiadzhiev, a commedia dell’arte mantinha a supremacia do teatro italiano, entretanto Goldoni há um tempo havia pensado na necessidade de renovação da comédia junto às máscaras já tão conhecidas. Era um novo momento na história da Europa, o Iluminismo. O tempo das luzes exigia novas ideias e reformulações. Por isso Goldoni, em cada peça que realizava, tentava incutir nos atores a ideia de que se impunha passar a comédia improvisada para a escrita, mas mantinha o seu fundo teatral, cheio de sensibilidade e dinamismo. Goldoni, por fim, acabou por completo com a improvisação, conservou parcialmente as máscaras com intenção de ir prescindindo delas gradualmente; mas o príncipio cênico fundamental da comédia de máscaras, a sua dinâmica ação, mantiveram-se na íntegra.
Este gênero teatral exerceu grande fascínio na Europa e influenciou muitos atores, dramaturgos e diretores tais como Shakespeare, Molière, Dario Fo, Marcelo Moretti e continua influenciando várias gerações através de obras recentes. No Brasil, o grande referencial da commedia dell’arte é o autor do “Auto da Compadecida”, Ariano Suassuna.
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Leandro Ferrari leciona seu curso de harmônica (gaita) desde 1995, também é o idealizador do “Minas Harp/ Encontro de Gaitistas” e atualmente colunista do portal “O Debate” onde escreve sobre blues, jazz e aulas de gaita.
Comemorando 20 anos de carreira em 2010, Ferrari já marcou presença em importantes eventos musicais, como Pop Rock Brasil (Belo Horizonte – 2000/2003), Planeta Atlântida (Santa Catarina – 2000 / Palco B), Rock’ n Halls (São Paulo – 2003), 5o Harmônica e Blues Project (São Paulo – 2003), Garimpo (Belo Horizonte – 2007), Conexão Vivo (Gov.
Valadares/MG – 2009), Fórum Harmônicas Brasil (Fortaleza – 2009), Tagima Convention (São Paulo – 2009). Abriu o show dos americanos Kim Wilson & The Fabulous Thunderbirds (Belo Horizonte – 1996) e Larry McCray (Belo Horizonte – 2010). Foi uma das atrações do 4o Encontro Internacional de Gaitistas realizado em 2005 no Sesc Pompéia/SP. Já recebeu elogios de Jason Ricci (USA), Greg Zlap (FRA), PT Gazell (USA), Frederic Yonnet (FRA), Joe Filisko (USA) e de outros renomados gaitistas. Também gravou e tocou com Skank, Sideral, Cartoon, Bauxita, Living Colour
(USA), Maurinho Nastácia, além de outros importantes trabalhos.
Uma das principais características do músico é explorar através de filtros e pedais, normalmente utilizados por guitarristas, novas texturas para a gaita diatônica.
Em 2005 criou o projeto Compadres com o objetivo de produzir novas sonoridades sobre variados gêneros musicais. Ferrari trabalhou em parceria com Cubanito (Black Sonora), Glauco (Tianastácia), Rafael Carneiro (Paralaxe), Lord Pow MX
(Lealsoundsystem) e outros grandes músicos de diferentes estilos e bandas. O primeiro CD que reuniu elementos como Hip Hop e Eletrônica foi lançado em 2006, produzido pelo guitarrista Augusto Nogueira, seguido dos singles Saliva (2007) e Sk8 Dub (2008).
Na página seguinte começaremos uma série de aulas ministradas por Leandro Ferrari, em cada edição uma nova aula.
leandro Ferrari
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AULA DE GAITA (1ª)A História da Gaita Existem várias versões para
o surgimento da Gaita de Boca (Harmônica), uma delas é que sua origem seja chinesa, mas não na forma que conhecemos hoje. Ela é, na verdade, um aperfeiçoamento do Sheng (Voz Sublime), um instrumento milenar de aproximadamente 4.500 anos inventado pelo imperador chinês Huang Ti, mas de origem controvertida e pouco conhecida. Até hoje a paternidade da Harmônica é disputada entre Inglaterra, Áustria, França e Alemanha. A história registra que um fabricante de órgãos, o alemão Christian Friedrich Ludwig, detém o direito maior de ser o inventor da Harmônica. Ocorreu por volta de 1820, Ludwig viajava pelos diversos países da Europa como afinador de órgãos e pianos. Para realizar o seu trabalho necessitava de um diapasão prático e de fácil transporte. Christian então idealizou um pequeno instrumento composto por uma placa metálica onde estavam aplicadas 12 palhetas metálicas, de diferentes comprimentos e afinadas de maneira que pudessem reproduzir os 12 sons da escala cromática. Ele chamou seu instrumento de Aura. Logo depois passou a ser chamada de Harmônica em razão da possibilidade de reproduzir também grupos de 2, 3 ou 4 vozes, simultaneamente, formando acordes.
No Brasil recebeu o apelido Gaita, além de Acordeom de Queixo, Gaitinha de Boca, Realejo, Harp, etc. Na Europa durante muito tempo este instrumento foi moda em Viena, onde senhoras a usavam como pingente no pescoço e os cavalheiros a adaptavam ao Castão (cabo) da bengala. Mas a verdadeira paixão pela gaita teve início quando um viajante levou um destes instrumentos de Buschmann para a pequena cidade de Trossingen na orla da Floresta Negra, na Alemanha. Nessa cidade um relojoeiro, Mathias Hohner, iniciou a produção em escala maior, distinguindo o seu produto dos outros pela alta qualidade e o seu nome estampado em cada instrumento. Desde então, em 1862 o Hohner passou a exportar
para América do norte e mais tarde, em 1890, as gaitas Hohner podiam ser encontradas em todo o mundo. São diversos os tipos de gaitas e entre essa enorme diversidade as mais conhecidas são as gaitas diatônicas e cromáticas.
Hoje existem várias fábricas espalhadas pelo mundo e eu recomendo para alunos iniciantes começarem seus estudos com os modelos diatônicos Prima ou Anima da marca Bends (www.bends.com.br) em C, fábrica brasileira que oferece qualidade, ótimos preços e durabilidade. Posteriormente adquira os kits com as 7 harmônicas mais usadas (C, D, E, F, G, A e Bb).
As principais posições na harmônica diatônica
A gaita diatônica foi desenvolvida primeiramente para a execução de músicas apenas sobre a escala fundamental (tônica) e sua relativa menor. Hoje com a utilização de técnicas como o “bend” e “over bend” os gaitistas já exploram outras tonalidades em uma mesma harmônica. Podemos executar qualquer tom (12 posições) em uma só gaita, ou seja, existe uma posição para cada nota da escala cromática de doze tons.
Essas novas técnicas facilitam a utilização da gaita diatônica em gêneros musicais como jazz, samba, bossa nova e outros. Duas posições fundamentais são as mais usadas pelos harmonicistas:
1ª posição (Straight Harp): As melodias tocadas nesta
posição sempre serão adequadas à tonalidade da gaita. Sendo a mais fácil e a posição original do instrumento, é com ela que começaremos nossos estudos.
2ª posição (Cross Harp): Praticamente todas as melodias
de blues, rock e country são executadas nesta posição. Ela deve ser dominada por qualquer gaitista que queira atingir o típico som da gaita blues.
Embocadura de Bico: O princípio básico para se tocar
uma harmônica consiste em emitir com clareza as diferentes notas do instrumento (individualizadas). Soprando e aspirando um só orifício de cada vez.
Podemos tocar a gaita de diferentes maneiras: solo e
acompanhamento simultâneo, notas simples (individualizadas), solos em oitavas e intervalos de 3ª, 5ª, 7ª e acordes. Iniciaremos nossos estudos usando notas individualizadas através da técnica do sopro de bico (embocadura de bico). Una os lábios como se fosse beber água no bebedouro, assobiar ou chupar um canudinho e sopre ou aspire cada um dos orifícios do bocal.
Repita esse estudo pelo menos um pouco todos os dias até sentir-se seguro e conseguir movimentar os lábios de um orifício para outro sem desfazer a máscara, mantendo sempre as notas individualizadas.
Uma outra maneira de se obter notas perfeitas na gaita é através da “U Block”. Dobre a língua em forma U e direcione o ar para cada orifício. Além de ter um fundamento genético que talvez não permita sua utilização, essa embocadura “dificultará” o estudo das bends (notas fabricadas) e o aprimoramento de um timbre (a cor do som) satisfatório. Em outro momento estudaremos também a Tongue Block.
Dicas importantesPor não trabalharmos com a
memória visual nos estudos da harmônica estamos sujeitos a criar muitos vícios no início. Por isso use sempre um espelho para auxiliar seus estudos e observe alguns detalhes: 1 - Movimente os lábios sobre a gaita sem perder a máscara (embocadura de bico). 2 - Evite o atrito. Não empurre a gaita na boca e nem a boca na gaita. 3 - A saliva é seu lubrificante natural, deve ser usada para lubrificar a gaita e seus lábios. Uma postura incorreta ao tocar o instrumento pode causar uma salivação excessiva, podendo entupir suas palhetas, criando certo desconforto durante a execução dos exercícios (Lei da Gravidade). Você deve tocar sempre com o corpo ereto e a cabeça levemente inclinada para trás. 4 - Mantenha sempre os lábios em contato com a gaita, evitando retirá-los ao passar de um orifício para outro.
5 - Ao terminar de tocar bata a gaita “suavemente” na palma da mão para tirar o excesso de saliva e principalmente, se for de madeira, espere alguns minutos antes de guardá-la no estojo. Limpe sua gaita sempre que possível com um pano (que não solte fiapos) umedecido levemente no álcool e retire com algum objeto pontiagudo os resíduos de saliva que se solidificam e ficam nas bordas dos orifícios e no bocal. Vire a gaita para baixo para não cair nada dentro dela e não enfie esse objeto totalmente nos orifícios, pois pode prejudicar as palhetas. 6 - Utilize uma toalha de rosto ou algo parecido e bloqueie totalmente a saída de ar de sua gaita. Desta forma abafará o som do instrumento quase que por completo, diminuindo muito a intensidade do som. Esse macete pode facilitar o estudo da harmônica em locais e horários alternativos. Afinal de contas ouvir alguém aprendendo e aperfeiçoando seus estudos musicais, nem sempre é agradável! Boa sorte!
Manejo da harmônicaMantenha a gaita entre o dedo
indicador e polegar de sua mão esquerda e forme uma concha com o restante.
As notas graves devem estar voltadas para dentro da concha. Não aperte a gaita e não invada o bocal, respeitando o espaço que seus lábios necessitam (por isso é um instrumento anatômico). Posicione a mão direita “sob” a gaita completando a “concha acústica”. Se for canhoto toque a gaita de cabeça para baixo mantendo sempre as notas graves dentro da concha (mão direita). A gaita diatônica é um dos poucos instrumentos musicais, talvez o único, em que não é necessário o uso das mãos para tocar e por isso é indicada para portadores de necessidades especiais. Usando um suporte específico também é possível executar a gaita e outros instrumentos ao mesmo tempo.
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A Cia. Navegante - Teatro de Marionetes, criada em 1994 e sediada na cidade de Mariana - MG, realiza pesquisas, criação e produção de marionetes de fios, oficinas, montagens teatrais, publicidade, intervenções e produções televisivas com bonecos.
Seu diretor, o marionetista e ator manipulador, Catin Nardi, dedica-se integralmente a essa arte desde 1981.›
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Alê Magalhães George IsraelLuiz Gustavo & Alessandro Nasi Tianastácia
EstEs são alguns artistas da vitrinE núclEo dE produção
Rua Barão do Rio Branco, 44 Sala 301 Tel.: 3681 1713
Dentro de um único espaço cultural é possível presenciar o processo de criação de bonecos e cenários desse fabuloso artista, ver exposições de suas obras globais como “As filhas da mãe”, os patos da minissérie “Hoje é dia de Maria”, entre outras, e também assistir a um espetáculo de teatro de marionetes.
A Cia., com frequência, se apresenta e ministra oficinas em festivais, teatros, circuitos culturais, tvs e também em seu próprio “Espaço da Cultura Navegante - Ateliê Catin Nardi”.
Desfrute de um passeio inesquecível no epicentro histórico da cidade de Mariana à Rua do Seminário, 290 - Centro e conheça também um pouco mais sobre o seu admirável trabalho no endereço
www.cianavegante.com
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Alê Magalhães George IsraelLuiz Gustavo & Alessandro Nasi Tianastácia
EstEs são alguns artistas da vitrinE núclEo dE produção
Rua Barão do Rio Branco, 44 Sala 301 Tel.: 3681 1713