X Semana de Biologia e I Jornada de Meio Ambiente · enzima extracelular como da intracelular, com...

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X SEMANA de BIOLOGIA I JORNADA de MEIO AMBIENTE De 23 a 27 de OUTUBRO de 2000 CASCAVEL - PARANÁ CIÊNCIAS BIOLÓGICAS UNIOESTE

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X SEMANA de BIOLOGIA I JORNADA de MEIO AMBIENTE

De 23 a 27 de OUTUBRO de 2000CASCAVEL - PARANÁ

CIÊNCIAS

BIOLÓGICAS

UNIOESTE

UNIOESTE

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE

CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

X SEMANA DE BIOLOGIA

I JORNADA DE MEIO AMBIENTE

23 A 27 DE OUTUBRO DE 2000

CASCAVEL - PR.

X SEMANA DE BIOLOGIA I JORNADA DE MEIO AMBIENTE

23 a 27 de outubro de 2000

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ

Reitora: Liana Fátima FugaVice-Reitor: Wilson Luis Iscuissati

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE

Diretora: Ana Carla Marques da Silva

COLEGIADO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

Coordenadora: Irene Carniatto de OliveiraVice-Coordenador: Luis Francisco Angeli Alves

COMISSÃO ORGANIZADORA:

Breno Leitão Waichel (Coordenador)Rogerio Cassio CatelanElio Cesar Guzzo Caren Cristina DalmolinAna Luiza Vivan

COLABORAÇÃO NESTE VOLUME:

Capa - Rogerio Cassio Catelan, Marcos Roberto Cochack e Elio Cesar Guzzo;Diagramação e Composição - Elio Cesar Guzzo e Rogerio Cassio Catelan;Seleção dos Resumos - Breno Leitão Waichel e Gleomar Fabiano Maschio;Revisão Final - Breno Leitão Waichel, Elio Cesar Guzzo e Rogerio Cassio Catelan.

Bioquímica e Microbiologia .............................................................5Botânica ..........................................................................................14Genética...........................................................................................22Morfofisiologia ...............................................................................28Parasitologia ...................................................................................35Zoologia...........................................................................................37Diversos ...........................................................................................40Índice dos Autores ..........................................................................57

SUMÁRIO

Bioquímica e Microbiologia

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INTOXICAÇÃO DIGITÁLICA POR PLANTAS ORNAMENTAIS: Nerium oleander E Thevetia 1 2

peruviana. GUERRERO , P. & CORTEZ , D. A. 1 - UNIOESTE; 2 UEM.

A utilização de plantas com finalidades terapêuticas é uma prática comum em todo mundo. No entanto, a maioria das pessoas desconhecem os efeitos tóxicos que muitas plantas podem produzir. Nerium oleander L. e Thevetia peruviana J. são plantas extremamente atrativas, sendo cultivadas em vasos, jardins e praças; popularmente conhecidas como espirradeira e chapéu-de-napoleão, respectivamente. Ambas apresentam em seus tecidos substâncias conhecidas como glicosídeos cardíacos, que têm estrutura química semelhante à digoxina. Desta forma, o mecanismo de ação

+ +destes compostos é similar ao da digoxina, sendo baseado na inibição da enzima Na -K -ATPase. A manifestação clínica mais preocupante está relacionada ao bloqueio cardíaco. Por serem plantas ornamentais, o fácil acesso aliado à falta de informação, têm possibilitado a ocorrência de inúmeras intoxicações.

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INFLUÊNCIA DAS FONTES DE CARBONO NA PRODUÇÃO DAS ENZIMAS XILANASES, AMILASES E INVERTASES DO FUNGO Sphaceloma ampelinum. BREDA, A. E.; MARESE, A. C. M.; SILVA, S. A. V.; KADOWAKI, M. K. UNIOESTE/ CCBS/ Cascavel PR.

O potencial industrial dos fungos filamentosos tem estimulado pesquisas para o desenvolvimento de processos de fermentação em larga escala, purificação de enzimas e métodos para melhoramento de linhagens, resulta em uma melhor contribuição do uso dos fungos na indústria atual. A escolha das condições de cultivo, tais como substrato a ser utilizado como fonte de carbono, e a otimização de outras condições de cultivo é de grande importância para a produção das enzimas pelos microrganismos. O objetivo deste trabalho foi verificar a influência de diferentes fontes de carbono na produção das enzimas xilanases, amilases e invertases pelo fungo S. ampelinum. As culturas foram desenvolvidas com inóculo dos esporos do fungo S. ampelinum em culturas líquidas suplementadas com 1% de carbono e crescidas em condições estacionárias à temperatura de 25ºC por 5 dias. Em seguida, as culturas foram filtradas e as atividades enzimáticas dosadas no filtrado e no extrato micelial pelo método de DNS (ácido 3,5 dinitrosalicílico) e as proteínas pelo método de LOWRY e col. (1951). Foram testadas 11 diferentes fontes de carbono (amido, maltose, dextrose, xilose, frutose, sacarose, papel de filtro, germe de trigo, sabugo de milho, farelo de aveia e bagaço de cana). Dessas fontes de carbono testadas, o germe de trigo com 4,99 U/Totais e farelo de aveia com 3,45 U/Totais foram os melhores indutores na produção das xilanases extracelulares e intracelulares, respectivamente. Para a amilase, o farelo de aveia induziu a produção tanto da enzima extracelular como da intracelular, com 5,67 U/Totais e 1,13 U/Totais, respectivamente. E a atividade da invertase foi de 5,90 U/Totais para enzima extracelular e 7,91 U/Totais na invertase intracelular, induzida pelo germe de trigo.

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INFLUÊNCIA DE DIFERENTES CONCENTRAÇÕES DE FUNGICIDAS NO CONTROLE IN VITRO DO FUNGO FITOPATOLÓGICO Sphaceloma ampelinum. JOHANN, S.; KADOWAKI, M. K. Universidade Estadual do Oeste do Paraná-Campus Cascavel.

A uva Itália foi obtida por Pirovano, pelo cruzamento entre Bicane e Moscatel de Hamburgo e ela foi selecionada como Pirovano-65, sendo a mais importante variedade de uvas finas do Brasil. Várias doenças fúngicas podem atacá-las, diminuindo suas produções. Entre estas doenças destaca-se a antracnose, causada pelo fungo Sphaceloma ampelinum. A antracnose causa nas folhas manchas pardas que posteriormente necrosam formando perfurações no limbo, nos frutos podendo até fendilhá-los. O objetivo deste trabalho foi testar as concentrações mínimas necessárias para inibir o desenvolvimento in vitro do fungo Sphaceloma ampelinum. O fungo foi desenvolvido em meio sólido contendo ágar-batata-dextrose (BDA), à temperatura de aproximadamente 26C por 7 dias com fotoperíodo adequado. Foram utilizados 14 fungicidas, testando-se até 7 concentrações diferentes das recomendadas pelo fabricante. Nas curvas de inibição realizadas com os fungicidas foram eficazes na inibição do crescimento in vitro do fungo: Flutiafol, Difeconazole, Carbedazim, Propiconazole, Cimoxanyl, Hidróxido de trifenil estanho, Tebuconazole e Fenarimol, Thiophane methyl (líq.), Metalasxyl, Oxicloreto de Cobre, Captam e Benomyl, todos atingiram inibição de pelo menos 50% em concentração 4 vezes inferior ao recomendado pelo fabricante destes fungicidas. Somente o fungicida Thiophane methyl (pó) mostrou uma inibição no crescimento vegetativo de 51% na concentração recomendada pelo fabricante.

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ESTUDOS PRELIMINARES DE OTIMIZAÇÃO DAS CULTURAS PARA A PRODUÇÃO DA XILANASE INTRACELULAR DO FUNGO Plasmopara viticola. KRONBAUER, E. A. W.; KADOWAKI, M. K. - UNIOESTE / CCBS / Cascavel / PR

Um largo número de microrganismos encontrados em diversos habitats naturais produzem xilanases, estas são enzimas comumente isoladas de linhagens de fungos e bactérias que colonizam ambientes aeróbicos e anaeróbicos sendo responsáveis, na natureza, pela despolimerização do xilano (hemicelulose encontrada na parede dos vegetais). O interesse em xilanases tem aumentado nas últimas duas décadas devido ao seu potencial de aplicação biotecnológica, especialmente na industria do papel. A aplicação destas enzimas esta relacionado ao clareamento de polpa de papel, recuperação de fibras têxteis e bioconversão da biomassa em combustíveis e substâncias químicas (PRADE 1995). Um estudo na otimização das condições de cultivo para aumentar a produção de xilanase intracelular do fungo Plasmopara viticola foi o objetivo deste trabalho. Para o desenvolvimento das culturas os esporos do fungo P. vitcola foram inoculados em meios líquidos suplementados com 1% de fonte de carbono e crescidos a 25C em condições estacionárias, por cinco dias, em seguida as culturas foram filtradas e as atividades xilanásicas dosadas no extrato micelial pelo método de DNS (ácido 3,5 dinitrosalicílico) e as dosagens de proteína pelo método de LOWRY e col. (1951). Os meios líquidos utilizados foram Khouvine, Klausen e Czapeck, destas as melhores atividades xilanásicas intracelulares foram obtidas com o meio Czapeck. As fontes de carbono que melhor induziram a produção desta enzima em meio Czapeck foram as fontes lignocelulósicas sabugo de milho, bagaço de cana e germe de trigo. Quanto ao efeito do tempo de crescimento as maiores atividades xilanásicas intracelulares foram encontradas nas culturas de 8 dias para as fontes de sabugo de milho e bagaço de cana, com atividade especifica de 0,09 e 0,06 U/mg respectivamente, e para germe de trigo a atividade xilanásica foi maior nas culturas de 9 dias com atividade especifica de 0,12 U/mg de proteína. A temperatura ótima da xilanase intracelular obtida foi 45C.com atividade específica de 0,08 U/mg de proteína.

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ESTUDOS PRELIMINARES DE ALGUNS FATORES QUÍMICOS E FISIOLÓGICOS QUE INFLUENCIAM NA PRODUÇÃO DA ENZIMA XILANASE EXTRACELULAR DO FUNGO Plasmopara viticola. COSTA, A. M.; KADOWAKI, M. K. UNIOESTE/ CCBS/ CASCAVEL/ PR.

As xilanases desempenham um papel importante na velocidade de decomposição das plantas no solo pelos microrganismos, sendo importantes para a manutenção do fluxo de carbono e turnover da biomassa na natureza (DEKKER, 1979; WONG et al., 1988). A xilanase tem aplicação comercial como clareamento de polpa de papel, recuperação de fibras têxteis e a bioconversão de biomassa em combustíveis e substâncias químicas (PRADE, 1995). Este trabalho teve como objetivo testar diferentes condições químicas e fisiológicas para aumentar a produção da enzima xilanase extracelular pelo fungo Plasmopara viticola. Para o desenvolvimento das culturas, os esporos do fungo P. viticola foram inoculados em meio líquido suplementado com 1% de fonte de carbono e crescidos à 25ºC em condições estacionárias por 5 dias, em seguida, as culturas foram filtradas e a atividade xilanásica extracelular dosada no filtrado pelo método de DNS (ácido 3,5 dinitrosalicílico) e a dosagem de proteína pelo método de LOWRY e col. (1951). Foram testados meios líquidos Khouvine, Klausen e Czapeck, destas culturas, a melhor atividade xilanásica extracelular foi obtida com o meio Czapeck, os valores variaram de 0,02 a 1,05 U/totais. A atividade específica também foi melhor no meio czapeck. Das diferentes fontes de carbono testadas (amido, germe de trigo, sabugo de milho, glicose, farelo de aveia, bagaço de cana e maltose) a que induziu maior produção da xilanase extracelular foi a fonte lignocelulósica bagaço de cana, nos três meios líquidos. Para a curva de crescimento utilizando bagaço de cana como fonte de carbono, verificou-se melhor atividade específica da xilanase extracelular no sétimo dia. O efeito da fonte de carbono testado em concentrações que variaram de 0 a 6%, a melhor atividade específica da xilanase foi encontrada na cultura de 0,5%. A temperatura ótima de atividade desta enzima foi de 45ºC.

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ESTUDOS PRELIMINARES DA PRODUÇÃO DAS AMILASES EXTRA E INTRACELULARES PELO FUNGO PLASMOPARA VITICOLA. SANTANA, A. V.; KADOWAKI, M. K. CCBS/ UNIOESTE/ CASCAVEL.

Os fungos desempenham um papel muito importante nas modificações lentas, porém constantes, que ocorrem na natureza. Constituem a base de muitos processos industriais de fermentação, transformações químicas de compostos orgânicos, com atuações de seus sistemas enzimáticos. As transformações catalizadas por enzimas apresentam várias vantagens sobre as conversões, uma vez que as enzimas são específicas. As amilases são enzimas responsáveis pela degradação do amido, sendo quatro tipos principais: as -amilases, -amilases, glucoamilases e as -glucosidases. O amido tem um grande potencial como matéria-prima na industria química (bebidas, alimentos, etc.) e como fonte de energia, uma vez que glicose, o mais importante dos produtos de sua hidrólise pode ser convertida em outros produtos tais como etanol, antibióticos, frutose e sorbital ( KENNEDY et al, 1988). Este trabalho teve como objetivo investigar a influência de fontes de carbono e meios de cultivo na produção das amilases pelo fungo P. viticola. As culturas foram desenvolvidas em meios líquidos suplementados com 1% de fonte de carbono, e crescidos a 25ºC em condições estacionárias por 5 dias. Em seguida, as culturas eram filtradas, as atividades amilásicas extracelulares dosadas no filtrado e as intracelulares no extrato bruto micelial pelo método de DNS e as proteínas pelo método de LOWRY e col. (1951). Foram testados três diferentes meios líquidos: czapeck, klausen e khouvine sendo, as melhores atividades amilásicas tanto intracelulares quanto extracelulares, em meio líquido khouvine. Das onze fontes de carbono testadas (frutose, xilose, dextrose, sacarose, maltose, amido, papel filtro, sabugo de milho, farelo de aveia, germe de trigo e bagaço de cana), as maiores atividades extra e intracelulares foram induzidas pelas fontes xilose com 7,88 U/Totais e germe de trigo com 1,83 U/Totais no meio líquido khouvine. No entanto, em meio líquido czapeck a frutose e germe de trigo induziram as amilases extra e intracelulares com 5,40 e 1,10 U/Totais, respectivamente. E no meio líquido klausen as fontes de carbono que induziram maiores atividades extra e intracelulares foram, dextrose e sacarose com 5,51 e 8,33 U/Totais.

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AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE LINGÜIÇA TIPO FRESCAL - PRODUTO 1

ARTESANAL - COMERCIALIZADO NO MUNICÍPIO DE CASCAVEL - PR. HENSEL, C. F. ; 1 2 2 2

SPACKI, V. ; MARCONDES, N. R. ; GIOPPO, N. M. R. & PINTO, F. G. S. 1-Alunas de graduação Ciências Biológicas/ 2- Microbiologia / CCBS / UNIOESTE /Cascavel - PR.

O controle de qualidade microbiológica dos alimentos é uma necessidade para prevenir e controlar surtos de toxinfecções produzidos pela ingestão de alimentos contaminados com agentes patogênicos e /ou suas toxinas. O objetivo deste trabalho foi avaliar a qualidade microbiológica de 25 amostras de lingüiça tipo frescal comercializadas nos principais supermercados e feiras livres no município de Cascavel-PR, focalizando os seguintes aspectos: determinação de NMP de coliformes totais e fecais; contagem de Staphylococcus aureus e pesquisa de Salmonella e Clostridium sp. Das 25 amostras analisadas, todas (100%) apresentaram coliformes totais em diferentes números. A

2 presença de coliformes fecais acima de 10 NMP /g foi verificado em 44% das amostras e em 56%

3 das amostras foram isolados S. aureus, sendo que 28,6% delas apresentaram nº superior a 10 /g. Nas amostras não foram isolados Salmonella sp nem Clostridium sp. Os valores altos encontrados para coliformes totais, fecais e S. aureus indicam que os produtos apresentavam precárias condições higiênico-sanitárias de manipulação, armazenamento e comercialização.

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PREVALÊNCIA DE Escherichia coli ENTEROTOXIGÊNICA EM LINGÜIÇA TIPO FRESCAL PRODUTO ARTESANAL, COMERCIALIZADA NO MUNICÍPIO DE

1 1 2CASCAVEL PARANÁ. FERRARI, A. C. ; SPACKI, V. ; MARCONDES, N. R. ; PINTO, F. G. 2 3 2

S. ; VIDOTTO, M. C. & GIOPPO, N. M. R. . 1-Alunas de graduação Ciências Biológicas/ 2- Microbiologia / CCBS / UNIOESTE / Cascavel - PR. 3 Departamento de Microbiologia / UEL / Londrina PR.

A linguiça tipo frescal é um derivado cárneo produzida industrialmente ou artesanalmente por pequenos produtores rurais. Quando produzidas artesanalmente acabam sendo submetidas a intensa manipulação e portanto, podem ser consideradas como um dos alimentos mais suscetíveis à contaminação bacteriana, o que prejudica sua qualidade e pode colocar em risco a saúde do consumidor. Entre as bactérias causadoras de toxinfecções alimentares a Escherichia coli, um membro comum da microbiota intestinal e indicador de contaminação fecal em água e alimentos, tem recebido maior atenção desde seu reconhecimento como um importante patógeno em doenças diarréicas. Amostras de E. coli que causam diarréia em humanos formam um grupo heterogêneo de organismos atualmente classificados em 5 categorias: Escherichia coli enterotoxigênica (ETEC), Escherichia coli enteropatogênica (EPEC), Escherichia coli enteroinvasora (EIEC), Escherichia coli enterohemorrágica (EHEC) e Escherichia coli enteroagregativa (EAEC). E. coli produzem uma ou mais enterotoxinas, citotoxinas, fatores de colonização e adesinas e diferem uma das outras em suas patogenicidade, epidemiologia e tipos antigênicos. Este trabalho teve como objetivo detectar a presença das toxinas termoestável (ST) e termolábil (LT) de ETEC, a qual está associada a diarréia em crianças até 5 anos, diarréia do viajante e frequentemente encontrada contaminando alimentos de origem animal. Foram analisadas 25 amostras de linguiça do tipo frescal preparadas artesanalmente por produtores rurais e, comercializadas no município de Cascavel, PR. Deste total 12 amostras com características bioquímicas de E. coli foram isoladas, estocadas e posteriormente submetidas à Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) para detecção das toxinas LT e ST. Das 12 amostras analisadas por PCR, 3 amostras amplificaram para o gene da toxina LT e 11 amostras amplificaram para o gene da toxina ST, o que torna este derivado cárneo possível de causar intoxicação alimentar.

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Botânica

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LEVANTAMENTO DA FLORA BRIOFITICA DA CIDADE DE CASCAVEL PR. 1 2SLUSARSKI, S. R. ; BUENO, N. C. 1 - Acadêmica do Curso de Ciências Biológicas da

UNIOESTE Universidade Estadual do Oeste do Paraná. 2 - Professora do Centro de Ciências Biológicas UNIOESTE. [email protected]

As briófitas são plantas de pequeno porte, habitam locais úmidos, troncos de árvores e interiores de mata, são consideradas as mais primitivas plantas terrestres tendo evoluído provavelmente de algas clorofíceas. A divisão BRYOPHYTA apresenta ciclo biológico característico dependente da água para sua fecundação, neste caso o esporófito é dependente do gametófito para sua fixação e nutrição. Atualmente a divisão é dividida em 3 classes: Hepaticae (240 gêneros e 900 espécies), Anthocerathae (5 gêneros e 100 espécies) e Musci (670 gêneros e 14.500 espécies). Considerando que a flora sempre foi de grande interesse para a humanidade, o levantamento da flora briofítica é de grande importância o conhecimento das espécies bem como para a manutenção das relações ecológicas entre algas, fungos, líquens, pequenos animais e vegetais superiores, além de se conhecer melhor as espécies tolerantes e sensíveis a poluentes. O presente trabalho tem como objetivo realizar um levantamento da flora briofítica da cidade de Cascavel - PR. A técnica de coleta, preservação e identificação estão de acordo com a metodologia de YANO (1984). Para a identificação das espécies foram consultados YANO & COSTA (1992), YANO & SILVA (1998), YANO, MARINHO & MARIZ (1987), SCHUSTER (1979) e SILVA & FEITOSA (1997). As coletas foram realizadas em vários pontos do município de Cascavel no período de fevereiro a junho de 2000, resultando em aproximadamente 100 exemplares. As amostras estão incorporadas no Herbário HUNOP da UNIOESTE. Até o momento foram identificadas 12 espécies, quais sejam: Bryum renauldii, Brachymenium hornschuchianum, Chiloscyphae flagellifera, Entodon hampeanus, Fissidens intramarginatus, Helicophyllum torquatum, Lejeunea caespitosa, Lepodopilum pringlei, Marcrocoma frigidum, Pireella cymbifolia e Radula marginata.

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A FAMÍLIA BIGNONIACEAE NO MUNICÍPIO DE CASCAVEL, PR. FERRARI, S. L.; BUENO, N. C. (OR) - Universidade Estadual do Oeste do Paraná.

A Família Bignoniaceae é representada principalmente por espécies lenhosas, constituídas por árvores e arbustos, raramente ervas ou trepadeiras. Os representantes da Família Bignoniaceae são predominantemente pantropicais com poucos representantes na regiões neotropicais. Atualmente são conhecidos 120 gêneros e 650 espécies a família esta representada por três Tribos: Crescentiae, Tecomae e Bignonieae. As três Tribos ocorrem nas Américas Central e do Sul, sendo que a tribo Bignonieae apresenta maior difusão de espécies na América do Sul. De um modo geral as espécies da Família Bignoniaceae apresentam folhas opostas, filotaxia oposta, inflorescência racemosa, axilares, terminais ou reduzidas a uma única flor. As flores são andróginas, diclamídeas e simpétalas, o androceu é constituído por quatro estames férteis e um estaminódio. Fruto capsular seco loculicida, às vezes cápsula septifraga, sementes aladas. As espécies de Bignoniaceae são cultivadas como ornamentais, tem importância medicinal e como madeireira. O objetivo do presente trabalho consiste em realizar um levantamento da família Bignoniaceae em diferentes pontos no município de Cascavel, bem como conhecer a fenologia das espécies. Foram realizadas coletas mensalmente durante o período de abril a setembro de 2000 em diferentes pontos no município de Cascavel. As coletas estão depositadas no herbário UNIOESTE / HUNOP. A identificação foi baseada no maior número de amostras possíveis a fim de se conhecer a variabilidade morfológica de cada táxon. As espécies encontradas foram Tabebuia impetiginosa (floração de maio a novembro ), Tabebuia aurea (floração de agosto a outubro) Tabebuia heptaphylla (floração de setembro a outubro ), Pyrostegia venusta (floração de abril à julho), Podranea ricasoliana (floração de abril a maio), Jacaranda cuspidifolia (floração de setembro a dezembro), Pithecoctenium crucigerum (floração de novembro a maio).

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DETERMINAÇÃO DO TEOR DE ÁGUA EM DIFERENTES ESTRUTURAS VEGETAIS. 1 2 1 2BARRADAS, C. M.; SILVA, C. T. A. C. ( Acadêmica do Curso de Ciências Biológicas, Centro de

Ciências Biológicas e da Saúde)

A água é o principal constituinte das células vegetais, podendo chegar até 96%. Ela possui uma série de características que a tornam o meio fundamental para a manifestação de todos os fenômenos físicos, químicos e biológicos essenciais para o desenvolvimento da planta. Nas plantas em crescimento normal existe uma continuidade de água desde o solo até a atmosfera, onde são também transportados os nutrientes minerais e os produtos orgânicos da fotossíntese. O conteúdo de água nas diferentes partes da planta podem variar enormemente. Em certas sementes, pode chegar de um mínimo de 4%, alcançando o máximo de 96% (FERRI, 1979). A planta necessita de um total de dezesseis nutrientes inorgânicos para viver; desses, carbono, hidrogênio e oxigênio são derivados do ar e da água. Os restantes são absorvidos pelas raízes sob a forma de íons, onde se dividem em macro e micronutrientes, onde na ausência de qualquer um desses elementos, as plantas exibem anomalias, não completando seu ciclo de vida (RAVEN, 1996). O presente trabalho determina a quantidade de água e componentes orgânicos em diferentes estruturas dos vegetais, bem como identifica a presença de alguns minerais nas cinzas. A amostra coletada foi imediatamente pesada para a obtenção do peso fresco, sendo posteriormente desidratada em estufa a

o60 e 105 C, onde praticamente toda a água do tecido foi eliminada, restando a matéria seca, a qual foi

oincinerada a temperatura em torno de 500 C, onde os componentes orgânicos volatizam, permanecendo nas cinzas os elementos minerais. A presença de alguns destes elementos foram comprovadas através de reações químicas específicas. Conclui-se que a porcentagem de água varia de estrutura para estrutura em decorrência das diferentes funções e processos fisiológicos que ocorrem ao longo do vegetal. Foram também identificados alguns minerais presentes no tecido vegetal (ferro, cloro, fósforo, cálcio, enxofre), os quais em quantidades menores ou ausentes provocam anomalias nas plantas.

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ANÁLISE QUALITATIVA DA COMUNIDADE FITOPLANCTÔNICA DE AMBIENTES LÊNTICOS E LÓTICOS DO MUNICÍPIO DE SANTA HELENA, PARANÁ - PORTINHO, D.; BUENO, N. C.

A comunidade fitoplanctônica inclui algas normalmente unicelulares, isoladas ou organizadas em colônias filamentosas, que representam a base da cadeia alimentar no ambiente pelágico dos ecossistemas aquáticos. As algas ocorrem abundantemente em todos os ecossistemas, com exceção de ambientes desérticos e regiões permanentemente cobertas por neve e gelo. Os ambientes lênticos e lóticos foram o objetivo do presente trabalho. Descrevendo como ambientes lênticos as lagoas e os riachos e como lóticos os empoçados e tanques artificiais. O estudo fitoplanctônico sob o ponto de vista qualitativo, aborda os aspectos taxonômicos e da estrutura populacional. Para a realização do trabalho foram realizadas coletas por meio de raspagem ou passagem de frasco de vidro aberto sobre o material, o frasco foi completado com água do próprio local e tampado para ser transportado até o laboratório. Uma parte da amostra foi preservada em solução Transeau (6:3:1) (PARRA & BICUDO, 1995) em proporção 6:1, conforme figura 4 e incorporada no Herbário da Universidade do Oeste do Paraná (HUNOP). A outra parte foi mantida in vivo no laboratório de Botânica da UNIOESTE. As análises preliminares realizadas no período de setembro de 2000 resultaram na identificação de 29 táxons: Anabaena sp, Bulbochete sp, Closterium sp, Cymbella sp, Gomphonema sp, Micrasterias sp1, Micrasterias sp2, Microcystis sp, Oedogonium sp, Oscillatoria sp1, Oscillatoria sp2, Pediatrum sp1, Pediatrum sp2, Phacus sp, Penium sp, Pinularia sp, Pseudanabaena sp, Scenedesmus sp1, Scenedesmus sp2, Scenedesmus sp3, Scenedesmus sp4, Scenedesmus sp5, Spirogyra sp1, Spirogyra sp2, Strombomonas sp, Synura sp, Tetraedrum sp, Trachelomonas sp1, Trachelomonas sp2.

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AMPLIAÇÃO DO ACERVO DA COLEÇÃO DE BOTÂNICA NO LABORATÓRIO DE 1

BIOLOGIA DO NEI NÚCLEO DE ESTUDOS INTERDISCIPLINARES. BORTOLINI, M. F.; 1 1 2 1KÜHN, G. C.; TONI D.; SILVA, C. T. A. C. ( Acadêmicas do Curso de Ciências Biológicas,

2UNIOESTE, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, UNIOESTE). [email protected]

A diversidade de organismos vegetais criou no homem a necessidade de classificação, com o fim de poder acumular conhecimentos sobre eles (OLIVEIRA, 1997). As semelhanças entre as plantas permitem que classifiquemos os indivíduos e os agrupemos em táxons (Reino, Divisão, Classe, Ordem, Família, Gênero e Espécies). Certas características especiais permitem a identificação do material botânico, mesmo quando separadas do restante da planta. A diversidade no formato das estruturas (raízes, caules, folhas, frutos, flores e as próprias sementes) sugere a implementação do nosso acervo. As plantas apresentam uma importância fundamental na vida do homem, tanto econômica no sentido de fornecer matéria-prima para inúmeros produtos, incluindo os medicamentos, como vital por fornecer o alimento e participar da produção de oxigênio. O laboratório de biologia do NEI, recebe aproximadamente 2300 visitas anuais de escolas do Ensino fundamental e Médio públicas e particulares de Cascavel e região, as quais utilizam esse laboratório para aprimoramento das aulas recebidas em suas escolas. Foi ampliada a parte dos mostruários permanentes e implantado o jardim, que é utilizado como mostruário vivo das diversas classes vegetais (Briófitas, Pteridófitas, Gimnospermas, Angiospermas). As espécies inseridas no jardim foram fornecidas pela direção do Campus ou doadas por entidades competentes. Conclui-se que tal mostruário tem fundamental importância por favorecer e tornar atrativo o aprendizado dos alunos, bem como servir de sugestão para os professores organizarem a mesma área no laboratório de sua escola.

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IMPLANTAÇÃO DA COLEÇÃO DE BOTÂNICA PARA EXPOSIÇÃO NO LABORATÓRIO 1DE BIOLOGIA DO NEI NÚCLEO DE ESTUDOS INTERDISCIPLINARES. ALEXANDRE, T.

1 1 1 1 2M.; BONIATTI, R.; GLUZEZAK, R. M.; MORESCO, C.; SANCHES, A. M. M.; SILVA, C. T. A. 1 2C. ( Acadêmicas do Curso de Ciências Biológicas, UNIOESTE, Centro de Ciências Biológicas e da

Saúde, UNIOESTE, Cascavel. PR) [email protected].

O laboratório de Biologia do NEI, é visitado todo o mês por aproximadamente 250 alunos do Ensino Fundamental e Médio das escolas públicas e particulares de Cascavel e região, os quais utilizam esse laboratório para aprimoramento das aulas de Ciências e Biologia ministradas em suas escolas e que carecem de material para as referidas aulas práticas, encontrando no laboratório, subsídios para compensar tal deficiência Um mostruário bem montado tem a possibilidade de preservar materiais difíceis de serem encontrados na natureza, no momento do estudo do assunto. Além do que, materiais colhidos em outras regiões poderão enriquecer o acervo, valorizando a diversidade, que facilitará a compreensão da interdependência entre vegetação, clima e solo. Com objetivo de atender estudantes das escolas e acadêmicos, pelo NEI, este projeto implantou a coleção de Botânica necessária ao desenvolvimento dos parâmetros curriculares. Os métodos de coleta variaram de acordo com a finalidade da coleta. Para confecção de exsicatas se coleta o material, devendo ser o mais completo possível para facilitar identificação (folhas, flores ou frutos). Terminada a secagem fez-se a montagem em cartolina, seguida da identificação pelo menos à nível de família, sendo catalogado em fichas de registros. Em ocasiões determinadas foram realizadas atividades de coletas a campo, de ordem geral, os exemplares foram devidamente acondicionados em recipientes apropriados para sua conservação e posterior exposição, seja em meios líquido ou a seco. Os materiais expostos auxiliaram as aulas recebidas pelos alunos que visitaram o NEI, propiciando a estes o conhecimento de estruturas vistas apenas em aulas teóricas. Conclui-se que tal mostruário tem fundamental importância para preencher a lacuna da falta de laboratórios nas escolas da região, facilitando e tornando atrativa a aprendizagem para tais alunos.

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IMPLANTAÇÃO DO HORTO DE PLANTAS MEDICINAIS NA UNIVERSIDADE ESTADUAL 1

DO OESTE DO PARANÁ (UNIOESTE) CAMPUS DE CASCAVEL. ANDRADE, E. C.; 2 1 1 1 2GUERRERO, P.; MEDEIROS, E. A.; MINETTO, A.; PALUDO, D. J.; SILVA, C. T. A. C.

1 2( Alunos do Curso de Farmácia, UNIOESTE, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, UNIOESTE)

As plantas medicinais, desde os tempos mais remotos, têm sido utilizadas para a obtenção de cura pela população em geral. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), cerca de 80% da população mundial fez uso de algum tipo de erva para fins terapêuticos. Porém o uso da plantas medicinais não está livre de falsas idéias e preconceitos devido principalmente ao uso incorreto e indiscriminado. Cabe às instituições voltadas à pesquisa desenvolver trabalhos de conscientização e sensibilização para que a comunidade venha a utilizar a fitoterapia de forma racional, aproveitando assim grande potencial das plantas, onde a natureza oferece matéria-prima sem nada cobrar. O projeto propõe-se a implantar um Horto Medicinal no Campus de Cascavel da UNIOESTE, disponibilizando aos acadêmicos material de fácil acesso para aulas práticas, bem como, preparar os acadêmicos do curso de Farmácia na utilização e reconhecimento das Plantas Medicinais. As atividades desenvolvidas iniciaram-se com a obtenção de mudas junto à órgãos competentes, as quais foram plantadas pelos acadêmicos colaboradores, de acordo com a exigência de cada espécie. Posteriormente ao desenvolvimento e produção de flores, estão sendo coletadas amostras para a confecção de exsicatas, a fim de proceder a identificação botânica da espécie. Paralelamente às atividades citadas, está sendo feito um levantamento bibliográfico, onde as informações referentes a família, composição química, parte utilizada, formas de preparo, uso popular, experimentos realizados, efeitos colaterais, cultivo, entre outros, estará disponível no site da UNIOESTE. Assim, este projeto viabilizará as informações referentes a plantas medicinais à comunidade acadêmica e local, disponibilizando matéria-prima para realização de aulas práticas e proporcionará aos acadêmicos um aprimoramento em relação a utilização racional de plantas medicinais.

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Genética

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ESTUDOS CITOGENÉTICOS EM TRÊS GÊNEROS SILURIFORMES (PISCES) COLETADOS NO RIO IGUAÇU - QUEDAS DO IGUAÇU PARANÁ. ROMAN, M. P. e MARGARIDO, V. P.

A Ordem Siluriformes é a mais diversa e mais amplamente distribuída do grupo dos Ostariophysi, compreendendo mais de 30 famílias, 412 gêneros e aproximadamente 2400 espécies em todos os continentes. Na bacia do Iguaçu os Siluriformes estão representados por 5 famílias, 11 gêneros e cerca de 24 espécies. No presente trabalho são analisadas 3 espécies pertencentes a 2 famílias: Glanidium ribeiroi (Auchenipteridae), Pariolius sp. e Rhamdia voulezi (Pimelodidae) através da coloração convencional por Giemsa, determinação das regiões organizadoras de nucléolos (RONs) pela impregnação por prata e coloração pelo fluorocromo GC-específico mitramicina. Os números diplóides (2n) e as fórmulas cromossômicas (M = metacêntrico; SM = submetacêntrico; ST = subtelocêntrico; A = acrocêntrico) obtidos para as 3 espécies foram: Glanidium ribeiroi 2n = 58 cromossomos (24M + 14SM + 12ST + 8A); Pariolius sp. 2n = 42 cromossomos (22M + 10SM + 4ST + 6A) e Rhamdia voulezi 2n = 58 cromossomos (30M + 10SM + 14ST + 4A). As três espécies apresentaram RONs simples: em Glanidium ribeiroi localizadas na região pericentromérica do braço maior do maior par de cromossomos metacêntricos (par 1); Pariolius sp. localizadas na região telomérica do braço maior do maior par de cromossomos metacêntricos (par 13) e em Rhamdia voulezi localizadas na região telomérica do braço maior do maior par de cromossomos metacêntricos (par 28). A coloração pela mitramicina evidenciou apenas um par portador de regiões GC-ricas, sendo estas coincidentes com as RONs nas 3 espécies estudadas. Pode-se concluir que apesar das 3 espécies apresentarem RONs simples e riqueza de cromossomos M SM característicos destas 2 famílias estudadas, diferenças cariotípicas acompanharam a divergência morfológica concernente ao grupo. Cabe-se ressaltar que enquanto o número diploíde encontrado para Glanidium ribeiroi e Rhamdia voulezi está entre o mais freqüentemente encontrado para os Siluriformes (especialmente em Pimelodidae e Auchenipteridae), o número diplóide encontrado para Pariolius sp. é o menor já descrito para a família Pimelodidae, devendo o estudo citogenético neste gênero ser de grande importância para a compreensão dos mecanismos que acompanharam a evolução cariotípica do grupo.

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HETEROCROMATINA CONSTTUTIVA E REGIÕES G-C RICAS EM Ancistrus sp., (PISCES, LORICARIIDAE, ANCISTRINAE) DO RIO ALTO ALEGRE, BOA VISTA DA APARECIDA-PR. TCHAICKA, L.; MARGARIDO, V. P. Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE, Cascavel/PR. [email protected]

A família Loricariidae é, depois dos Characidae, a que engloba o maior número de espécies de peixes de águas doces do Brasil, sendo seus representantes popularmente conhecidos como cascudos. Do ponto de vista citogenético, uma das subfamílias menos estudadas é Ancistrinae. Um total de 15 exemplares (9 machos e 6 fêmeas) de Ancistrus sp., uma espécie não descrita, foram coletados no Rio Alto Alegre- Bacia do Rio Iguaçu (Boa Vista da Aparecida - Paraná). A análise citogenética foi realizada pela coloração convencional por Giemsa, impregnação pelo nitrato de prata, bandamento C e coloração com mitramicina. Os resultados obtidos revelaram um número diplóide de 50 cromossomos (6 pares de cromossomos metacêntricos, 7 pares de cromossomos submetacêntricos, 6 pares de cromossomos subtelocêntricos e 6 pares de cromossomos acrocêntricos) para todos os indivíduos analisados. A técnica de impregnação pela prata revelou a presença de um único par portando as Regiões Organizadoras do Nucléolo (RONs), estando localizadas na região telomérica do braço curto de um par de cromossomos acrocêntricos, o par 21. Um heteromorfismo de tamanho das RONs foi verificado. O padrão de bandamento C detectou a presença de heterocromatina constitutiva associada as RONs e aos centrômeros da maior parte dos cromossomos, principalmente os pares: 01, 05, 10, 15, 17, 18, 21, 24 e 25. A utilização do fluorocromo GC-específico demonstrou coloração coincidente com a região das RONs. Padrões similares de distribuição da heterocromatina e regiões G-C ricas foram relatados para representantes desta família, indicando alta conservação cariotípica no grupo.

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ANÁLISE CARIOTÍPICA DE DOIS GÊNEROS DE PEIXES: Erythrinus E Hopleryhtrinus COLETADOS NO RIO PARANÁ NA REGIÃO DE GUAÍRA-PR. SILVESTRO, M. G.*; MARGARIDO, V. P.**. * Acadêmica do Curso de Ciências Biológicas. ** Professor Orientador do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde.

Os peixes pertencentes à família Erythrinidae ( ordem Chlaraciformes ) são carnívoros, com comportamento sedentário, podendo ser encontrados em ambientes fluviais e lacustres. Os Erythrinidae compreendem três gêneros: Hoplias, Hoplerythinus e Erytrinus. Geralmente formam populações fechadas, por não serem migradores, o que facilita a fixação de rearranjos cromossômicos. Este ponto de vista pode ser confirmado com dados existentes na literatura, onde para Hoplias malabaricus ( traíra ) a variação do número diplóide encontrada é 2n 39 à 42, para Hoplerythrinus unitaeniatus ( jeju ), 2n48 à 52 cromossomos e para Erythrinus erythrinus ( jeju ) 2n52 cromossomos com populações apresentando sistema de cromossomos sexuais e/ou com ausência deste tipo de sistema, a grande maioria das espécies é cariotipicamente única, formando a citogenética uma ferramenta extremamente importante para a citotaxonomia e citossistemática. No presente trabalho, foram coletados 8 exemplares de H. unitaeniatus ( três fêmeas e cinco machos ) e dois exemplares de E. erythrinus ( um macho e uma fêmea ), no rio Paraná, na região de Guaíra, submetidos a analise citogenética pela coloração convencional por Giemsa e impregnação por prata. Os resultados obtidos revelaram um número diplóide de 48 cromossomos ( metacentricos e submetacentricos ) para a espécie E. unitaeniatus. Em machos e fêmeas, não tem sido evidenciado presença de cromossomos sexuais diferenciados. Em E. erythrinus um número diplóide de 54 cromossomos na fêmea e 53 cromossomos no macho ( metacêntricos, submetacêntricos, subtelocêntricos e acrocêntricos ). Esta diferença numérica indica possivelmente a presença de um sistema de cromossomos sexuais do tipo X X Y e X X X X Os dados encontrados nesse trabalho 1 2 1 1 2 2.

para o H. unitaeniatus está entre os mais comumente encontrados para essa espécie em outras localidades, enquanto os dados encontrados para E. erythrinus são semelhantes a dados encontrados para uma população estudada em Natal-RN.

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ESTUDO CITOGENÉTICO DE Callichthys callichthys E Hoplosternum littorale (PISCES, SILURIFORMES, CALLICHTHYIDAE) DA REGIÃO DE GUAÍRA/PR, BACIA DO RIO PARANÁ. KAVALCO, K. F. e MARGARIDO, V. P. UNIOESTE Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Cascavel/PR. [email protected]

Hoplosternum littorale e Callichthys callichthys são peixes que habitam toda a região neotropical, sendo H. littorale encontrado em bacias cis-andinas de toda América do Sul, principalmente na região norte, e C. callichthys tendo distribuição desde as Guianas até a bacia do Prata. Foram coletados 27 exemplares para análise, sendo 20 H. littorale e 7 C. callichthys, da região de Guaíra/PR, bacia do rio Paraná. Para os estudos citogenéticos utilizou-se coloração convencional com Giemsa, impregnação pelo nitrato de prata, bandamento C e fluorocromo GC-específico cromomicina. Foi determinado um número diplóide de 2n=60 cromossomos para H. littorale enquanto que para C. callichthys verificou-se 2n=56 cromossomos. As Regiões Organizadoras de Nucléolos (RONs) apresentaram-se simples em ambos, aparecendo no braço menor de um par de cromossomos acrocêntricos (par 7 em H. littorale e par 25 em C. callichthys). A heterocromatina constitutiva mostrou-se abundante e presente em quase todos os cromossomos, principalmente nas

+regiões pericentroméricas. As regiões GC-ricas foram evidenciadas como blocos CMA nos 3

cromossomos portadores das RONs, coincidindo com as marcações pela impregnação por prata em +

ambas as espécies estudadas. Além destas, em H. littorale observaram-se blocos CMA intersticiais 3

no braço maior do primeiro par de cromossomos acrocêntricos, que coincidem com regiões +heterocromáticas; em C. callichthys, blocos CMA podem ser também observados em um par de 3

cromossomos metacêntricos medianos. Observou-se em H. littorale uma conservação do cariótipo em relação à C. callichthys, a despeito da grande variabilidade encontrada nos vários citótipos de C. callichthys descritos.

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DADOS CARIOTÍPICOS DE UMA POPULAÇÃO DE Corydoras cf. paleatus (PISCES: SILURIFORMES: CALLICHTHYIDAE) DA REGIÃO DE QUEDAS DO IGUAÇU/PR, BACIA DO RIO IGUAÇU. KAVALCO, K. F. e MARGARIDO, V. P. Universidade Estadual do Oeste do Paraná UNIOESTE. [email protected]

O gênero Corydoras compreende cerca de 115 espécies, tendo distribuição do Norte da Argentina até a Colômbia, incluindo a ilha de Trindade e todo o Brasil. Destas, apenas 30 têm cariótipos descritos consistentemente. Os estudos citogenéticos neste gênero mostram grande variabilidade cariótipica, supondo que eventos como poliploidias com posterior perda de DNA tenham contribuindo para a especiação no grupo. Foram coletados e analisados preliminarmente 10 exemplares de Corydoras cf. paleatus (6 fêmeas e 4 machos), da região de Salto Osório Quedas do Iguaçu/PR, bacia do rio Iguaçu. Os cromossomos mitóticos foram obtidos pela técnica de extração cromossômica a partir de tecido renal. A preparação foi submetida à coloração pelo Giemsa, para estudos cariotípicos, e pelo nitrato de prata, para identificação das Regiões Organizadoras de Nucléolos. Os estudos preliminares indicam um número diplóide de 44 cromossomos meta e submetacêntricos. O nitrato de prata evidenciou até 4 marcações, que ocorrem na região telomérica em 2 cromossomos metacêntricos pequenos e em 1 cromossomo submetacêntrico grande. Os resultados até então obtidos corroboram os estudos realizados nesta espécie na cabeceira do rio Iguaçu, onde os mesmos resultados foram observados, o que caracteriza um estado cariotípico relativamente conservado entre estas populações.

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Morfofisiologia

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VARIZES. MENDES, C. A.*; MELLO, J. M.**. * Docente de Histologia e Embriologia - UNIOESTE - Cascavel Paraná. ** Docente de Anatomia - UNIOESTE Cascavel - Paraná

Para que o organismo funcione, é necessário que o sangue circule normalmente e que todos os órgãos do corpo sejam irrigados de maneira adequada. A circulação do sangue em nosso organismo é feita por meio de artérias, responsáveis pelo transporte do sangue aos tecidos, e pelas veias, por onde o sangue volta ao coração. A maior parte da circulação arterial, num indivíduo em pé, é facilitada pela força da gravidade. Porém, o retorno do sangue ao coração, ocorre contra a ação da gravidade. Assim, o sangue no interior das veias dos membros inferiores possui pouca energia cinética e precisa dispor de mecanismos que o auxiliem. Os principais mecanismos são: presença de válvulas, contração da musculatura estriada esquelética e contribuição da “esponja venosa” da planta dos pés. Estes elementos, atuam em conjunto impedindo o refluxo do sangue e o forçam em direção ao coração. Alterações na musculatura estriada esquelética ou na estrutura das válvulas das veias, podem determinar a drenagem deficiente do sangue, que em lugar de retornar ao coração, tende a ficar acumulado no interior das veias dos membros inferiores. Assim, o sangue estagnado, provoca elevação da pressão no interior do vaso venoso, podendo com isso, provocar a sua dilatação. A dilatação permanente da veia prejudica a estrutura de suas paredes que se tornam gradativamente enfraquecidas e acabam possibilitando o refluxo do sangue aos membros inferiores. Também as válvulas, localizadas nas paredes destes vasos, tornam-se insuficientes e suas paredes finas e rígidas. O resultado estético deste fenômeno aparece superficialmente nos membros inferiores e é denominado de varizes. Várias são as causas que alteram as paredes de uma veia: hereditariedade, obesidade, gravidez, atividades profissionais (nos indivíduos que permanecem em pé por muito tempo) e vida sedentária. Além do problema estético, podem surgir sintomas desagradáveis tais como: cansaço e dor (DONADI, 1982; MOORE, 1994; SILVA et al., 1995). A abordagem deste trabalho baseia-se em revisão da literatura, como forma de auxílio na conscientização popular contribuindo no processo saúde/doença.

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ESTRUTURA DA AORTA DESCENDENTE ABDOMINAL DE GALINHA. MELLO, J. M.*; TORREJAIS, M. M.*; HAAS, J. **; SOARES, A. **; AMARAL, J. *** / *Docente Anatomia- UNIOESTE - Cascavel - Paraná. **Discente do Curso de Ciências Biológicas- UNIOESTE - Cascavel - Paraná. ***Técnico em Morfologia- UNESP - Botucatu - São Paulo.

O presente trabalho visa descrever em nível de microscopia óptica e eletrônica de varredura a estrutura mural da aorta descendente abdominal de galinha. A estrutura das camadas aórticas foram estudadas histologicamente e analisadas histomorfometricamente, em nível de espessura das túnicas íntima, média e adventícia, diâmetro vascular e número de lâminas elásticas na túnica média. Utilizando-se os processamentos histológicos rotineiros para microscopia óptica e eletrônica de varredura, fragmentos da aorta de 10 galinhas foram coletados em nível do segmento descendente abdominal, sendo previamente fixados por perfusão arterial através do ventrículo esquerdo, com solução de formalina neutra, os cortes histológicos foram corados com tricrômicos de Masson e Calleja. A parede da aorta de galinha apresentou-se como um vaso do tipo transicional ou misto com predomínio de células musculares lisas na túnica média, entremeados por lâminas elásticas delgadas e por algumas fibras colágenas. A túnica íntima apresentou-se composta por fibras elásticas circulares, que constituem a membrana limitante elástica interna. Em nível de microscopia eletrônica de varredura a túnica íntima, mostrou-se ligeiramente ondulada com aspecto de pregas e sulcos. A lâmina elástica externa também, apresentou-se evidente neste segmento arterial. A túnica adventícia mostrou-se contituída preponderantemente por fibras colágenas. Observou-se maior espessura na túnica média da aorta descendente abdominal de galinha. A disposição estrutural mural da aorta descendente abdominal descrita, assegura as propriedades visco-elásticas deste vaso. Estes achados foram discutidos comparativamente, com estudos similares em estrutura de aorta de diferentes mamíferos, incluindo o próprio rato.

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EFEITO DE FATORES NEUROTRÓFICOS NO TRATAMENTO DE ACIDENTES LESIVOS NO SISTEMA VISUAL DE RATOS. RUARO, L. (IC); NAKATANI, M. (OR). Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE).

Vários acidentes lesivos levam as células ganglionares (RGCs) da retina à apoptose. Isso diminui as respostas aos estímulos visuais externos. Este quadro até o momento é irreversível. O nervo óptico formado por axônios das RGCs conecta-se principalmente com os colículos superiores. As RGCS podem ser identificadas através de traçadores injetados no colículo superior e transportados retrogradamente para o corpo celular delas. Alguns acidentes lesivos ocasionam a axotomia das RGCs, o que as leva fatalmente à morte. O colículo superior é responsável pelo suporte trófico das RGCs em desenvolvimento e no animal adulto. Uma lesão no colículo superior axotomiza as RGCs, desconectando-as de seu alvo. Os fatores tróficos, entre eles as neurotrofinas, são moléculas fundamentais ao desenvolvimento e manutenção dos neurônios. A família de neurotrofinas é composta pelo fator de crescimento do nervo (NGF), fator de crescimento derivado de cérebro (BDNF), neurotrofinas 3, e 4/5 (NT-3, NT-4/5) entre outras. O objetivo deste trabalho é testar o efeito de neurotrofinas recombinantes e medicamentos utilizados em pacientes após eventos lesivos no resgate de RGCs da apoptose. Os experimentos foram feitos em ratos neonatos pigmentados da variedade Lister. Testamos o efeito das neurotrofinas in vivo e em explantes de retina in vitro. As RGCs foram marcadas retrogradamente com peroxidase (HRP 30% em DMSO 2%), através de injeções no colículo superior no primeiro dia pós-natal (P0). Os explantes foram feitos segundo o protocolo descrito por Rehen (Rehen et al., 1993). Nos experimentos in vivo, os animais foram submetidos a duas cirurgias. A primeira para receber as injeções de peroxidase e a segunda para aspiração do colículo superior para receber os implantes de Gel foam neurotrofinas diluídas em soro fisiológico. Após os animais permanecerem 2 dias com as mães, foram sacrificados e as retinas fixadas para posterior análise. A quantificação dos resultados foi feita através da contagem do total de células marcadas retrogradamente em cada grupo experimental em relação ao controle. Os resultados preliminares mostraram que o gangliosídio GM1(50nM) potencializa o efeito de BDNF(100ng/ml) aumentando a sobrevida de RGCs após a axotomia em explantes mantidos por 24 horas in vitro. O tratamento com BDNF (300ng/ml) in vivo, sugere aumento da regeneração e sobrevivência das RGCs.

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EFEITO DA ESTIMULAÇÃO NEONATAL SOBRE A APOPTOSE NEURONAL NA 1 1,2

AMÍGDALA MEDIAL EM RATOS COM 5 DIAS DE IDADE. JORGI, M.; PADOIN, M. J.; 1 2 2 1 SIMON, S. P.; PEREIRA, F. M. e LUCION, A. B. Centro de Ciências Biológicas e da Saúde,

2Curso de Ciências Biológicas, UNIOESTE, Cascavel, Paraná; Instituto de Biociências, Departamento de Fisiologia, UFRGS, Porto Alegre, RS.

As duas primeiras semanas após o nascimento são consideradas um período crítico para o desenvolvimento neural dos ratos. Nesse período, ocorrem processos vitais como a migração, divisão, diferenciação, crescimento e morte. A estimulação precoce aciona o desenvolvimento do cérebro, induzindo a uma variedade de mudanças neuroquímicas e comportamentais no rato adulto. Este trabalho investigou a apoptose neuronal na amígdala medial em ratos com 5 dias de idade submetidos a estimulação precoce. Analisou-se 2 grupos, intactos ( n= 6 machos e 6 fêmeas) e manipulados ( n= 6 machos e 6 fêmeas), animais que sofreram estimulação por 1 minuto 1 vez ao dia, durante os 5 primeiros dias de vida. Os cérebros passaram pelo processo histológico e posterior realização da técnica de imunohistoquímica para a marcação da apoptose. Cada animal teve 5 cortes analisados através da contagem em microscópio óptico com lente reticulada. Após análise pelo teste T de Student verificou-se que o grupo de machos manipulados ( 2,54 0,17) mostraram um aumento da apoptose neuronal quando comparadas ao grupo de machos intactos (1,52 0,09). O grupo de fêmeas manipuladas ( 2,44 0,13) da mesma forma mostraram um aumento da apoptose neuronal na amígdala medial quando comparadas ao grupo de fêmeas intactas ( 1,70 0,15) analisadas aos 5 dias de idade.

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ALTERAÇÕES NA ATIVIDADE COLINÉRGICA CEREBRAL DE RATOS SUBMETIDOS À NATAÇÃO. KLEINUBING, S. A.; SAGAE, S. C.; RAINEKI, C.; OLIVEIRA, V. P.; GRASSIOLLI, S.; BALBO, S. L.; BONFLEUR, M. L.; SILVA, A. C. M. Universidade Estadual do Oeste do Paraná.

Objetivo: administração de glutamato monossódico à ratos neonatos produz lesões no Núcleo Arqueado e Eminência Mediana, provocando distúrbios metabólicos e endócrinos, levando à obesidade. O EF, produz aumento do gasto energético, sendo utilizado para se estudar a obesidade em modelos experimentais. Nosso objetivo foi avaliar o efeito do EF sob a AChE de áreas cerebrais de ratos, aos 60 dias de idade. Métodos e resultados: ratos machos e fêmeas receberam durante os cinco primeiros dias de vida injeções diárias de glutamato monossódico -4mg/kg/peso corporal ( grupo MSG) ou salina hiperosmótica (grupo CON). Ao desmame, os ratos foram agrupados por sexo e tratamento. Metade de cada grupo foi submetido ao EF, na forma de natação, 30 minutos por dia, 5 dias por semana, com sobrecarga de 5% do peso corporal preso à cauda, com água a 31 2C. Aos 60 dias, os animais foram sacrificados. O córtex, hipotálamo e tálamo foram separados e utilizados para determinação da AChE, expressa em nanomoles de substrato hidrolizado/min/mg de tecido. O tratamento provocou aumento do índice de Lee, o que não foi alterado pelo EF. O grupo MSG apresentou maior atividade acetilcolinesterasica que os CON, no córtex (machos MSG= 9,36 0,35, CON =7,4554; fêmeas MSG= 19,261,46, CON =7,690,6); Tálamo (machos MSG= 18,510,5, CON =16,780,13; fêmeas MSG= 18,961,22, CON =8,130,21); Hipotálamo (machos MSG= 16,70,45, CON =13,840,28; fêmeas MSG= 18,091,36, CON =10,440,57), p<0,05. Conclusões: O efeito do EF agiu de forma diferente sob a AChE, em cada grupo, havendo resultados sexualmente dimórficos. As diferenças podem ser atribuídas à própria lesão MSG, e as consequências endócrinas do desarranjo do eixo hipotálamo-hipófise-gônadas, específicas para machos e fêmeas.

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EFEITO DO EF SOBRE A GORDURA EPIDIDIMAL E PESO CORPORAL DE RATOS OBESOS-MSG. KLEINUBING, S. A.; SAGAE, S. C.; RAINEKI, C.; OLIVEIRA, V. P.; GRASSIOLLI, S.; SOUZA, F. C.; MELO, O.; BALBO, S. L.; BONFLEUR, M. L.; SILVA, A. C. M. Universidade Estadual do Oeste do Paraná.

Objetivo: drogas específicas podem lesar regiões hipotalâmicas e induzir a obesidade em roedores. Entre essas drogas está o glutamato monossódico (MSG), que administrado no período neonatal leva à obesidade na idade adulta. A prática regular do EF determina maior gasto energético e vêm sendo estudado em diversos modelos de obesidade animal. Nosso objetivo foi avaliar o efeito do EF sob o consumo alimentar, peso corporal e gordura em ratos MSG-tratados aos 90 dias de idade. Métodos e resultados: durante os cinco primeiros dias de vida, ratos Wistar receberam injeções diárias de glutamato monossódico-4mg/Kg/peso corporal (grupo MSG) ou salina hiperosmótica (grupo controle- CON). Ao desmame os ratos foram agrupados por sexo e tratamento, sendo a metade de cada grupo, submetido à natação, compondo os grupos exercitados (Ex) e sedentários (Sd). Os animais foram pesados individualmente em dias alternados. A natação foi realizada 30 min/dia, 5 dias por semana, com sobrecarga de 5% do peso corporal preso a cauda, com água a 312C.O O índice de Lee foi maior nos animais MSG quando comparados com os controles (CON =3192,09, MSG=3362,91), p<0,05.Entretanto, o índice de Lee não foi alterado pelo EF.. O peso da gordura periepididimal foi 44,87%, maior em MSG do que em controle. Os animais CONex tiveram uma redução no peso da gordura epididimal de 32,32% em relação aos CONsd. O mesmo não foi observado nos animais MSGex. Apesar dos ratos obesos-MSG apresentaram um aumento no peso da gordura, eles tem uma redução no peso corporal quando comparado com os CON (CON = 29015, n=19; MSG=2309, n=7); p<0,001. Conclusões: O EF não alterou o peso da gordura epididimal nos animais obesos-MSG, bem como, não ocorreu alteração no peso corporal.

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Parasitologia

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CROPOSCOPIA NO DIAGNÓSTICO DAS ENTEROPARASITOSES. MIORANZA, S. L. (OR); BONINI, A. K.; SILVA, J.; TAKIZAWA, M. G. M. H.; SILVA, S. P.; MARIOT, S.; GALLI, S. UNIOESTE: Universidade Estadual do Oeste do Paraná.

As enteroparasitoses são infecções intestinais de ampla distribuição mundial, que ocorrem principalmente em crianças. A frequência dos parasitos em nossos meio é alta e relaciona-se diretamente com hábitos higiênicos e condições socioeconômicas da população. O objetivo deste trabalho foi verificar a prevalência de enteroparasitoses em crianças de ambos os sexos, com faixa etária entre 05 a 16 anos das escolas municipais e estaduais do Município de Cascavel Paraná. Foram realizados exames coproparasitológicos pelos métodos de Holffmam, Pons e Janner e Ritchie em 1131 amostras fecais, sendo que 576 (50,93%) foram positivos e 555 (49,07%) foram negativas. A incidência maior de parasito foi no sexo feminino com 331 (57,46%) e menor no sexo masculino com 245 (42,53%). Nos exames foram identificados uma ou mais espécies de parasitos por amostra. Diante dos fatos concluiu-se que a ocorrência de parasitos intestinais em crianças foi elevada, refletindo as condições da população.

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Zoologia

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ASPECTOS DA BIOLOGIA DO ÁCARO VERMELHO DA ERVA-MATE (Oligonychus yothersi). SPONGOSKI, S.; SILVA, F. N.; ALVES, L. F. A. (OR). Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE); OLIVEIRA, R. C. (UEL).

Diversas espécies de ácaros podem causar prejuízos em diferentes tipos de cultivos, ocasionando significativas reduções nas colheitas. A erva-mate (Ilex paraguariensis) é cultivada principalmente na região sul do Brasil e sofre constantes ataques de ácaros, entre eles o ácaro vermelho (Oligonychus yothersi), que se alimenta exclusivamente da seiva das folhas da erva-mate que é a parte da planta que possui importância econômica, causando perdas consideráveis na qualidade e quantidade destas. Desta forma é de grande importância o estudo da biologia do O. yothersi, para avaliar desde a viabilidade de criação em laboratório, até informações sobre seu ciclo de vida. Inicialmente manteve-se uma criação estoque de ácaros em folha de erva-mate, os quais foram coletados aleatoriamente no campo. A partir desta criação separou-se fêmeas que foram

2transferidas para discos foliares de 2,6 cm em caixas de acrílico com água. Os discos com as fêmeas foram mantidos em temperatura de 25 ± 2ºC e U.R. de 70 ± 10%. Foram utilizadas cinco fêmeas adultas, que foram deixadas no disco por 24 horas e após retiradas. Dos ovos postos apenas um foi mantido para avaliação que foi realizada duas vezes ao dia. Foi analisada a duração ciclo total de vida destes indivíduos, avaliando-se a duração dos períodos de incubação, da fase larval, ninfal e fase adulta, até a morte dos indivíduos. Como resultado obteve-se a média de 16 dias para o ciclo total tanto para machos como para fêmeas, não havendo praticamente diferença neste e em outros parâmetros biológicos, entre os sexos. Comprovou-se também que as fêmeas reproduziram-se por partenogênese arrenótoca, além de se evidenciar a viabilidade de se manter a criação de O. yothersi em condições de laboratório.

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MANUTENÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DA COLEÇÃO ZOOLÓGICA DE INTERESSE PARA EXPOSIÇÃO NO LABORATÓRIO DE BIOLOGIA DO NEI NÚCLEO DE ESTUDOS INTERDISCIPLINARES. MASCHIO, G. F.; AGUIAR, D. H.; ROHDE, E.; PAIVA, C. R.; ROMAN, M. P.; SANTANA, A. V.; SILVESTRO, M. UNIOESTE Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Campus de Cascavel-PR

O Núcleo de Estudos Interdisciplinares da UNIOESTE Universidade Estadual do Oeste do Paraná recebe mensalmente, uma média de 750 alunos do ensino fundamental e médio das escolas públicas e particulares de Cascavel e região, que utilizam o laboratório de Biologia para aprimoramento das aulas de Ciências e Biologia ministradas em suas escolas, as quais carecem de material para as referidas aulas práticas, encontrando nesse laboratório, subsídios para compensar tal deficiência. Nesse sentido, é de suma importância que estejam disponíveis a estes alunos, para um melhor aprendizado, exemplares de diferentes filos animais, a fim de que seja possível o conhecimento das características gerais e específicas (internas e externas) dos mesmos. Dessa forma, faz-se necessário que os mostruários estejam em perfeito estado de conservação, além de tê-los organizados dentro da escala evolutiva animal, para uma melhor compreensão dos mesmos. Embora o laboratório possua uma boa quantidade de exemplares, faz-se necessário também, além do incremento do número de indivíduos disponíveis, uma maior diversidade dos mesmos, para que a maioria dos filos seja contemplada nas aulas e nas visitas. Em ocasiões determinadas são realizadas atividades de coletas em campo, de ordem geral, em áreas ou regiões próximas a cidade de Cascavel, naturais ou agrícolas e também em outras regiões mais distantes, como no litoral. Para efeito de coleção, os animais capturados são devidamente sacrificados, fixados e acondicionados em recipientes apropriados para sua conservação e posterior utilização, seja em meios líquido ou seco. Todo material selecionado está sendo identificado, pelo menos até o nível “ordem” e catalogado em livro de registros apropriado, o qual deverá ser arquivado para consultas futuras. As tarefas de coleta, organização e identificação estão sendo realizadas por acadêmicos do curso de Ciências Biológicas, os quais foram previamente selecionados e treinados nas diferentes técnicas de coleta, dissecação e preparo de espécimes, atividades estas úteis na carreira do biólogo em formação sejam na pesquisa como na docência.

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Diversos

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ÍNDICE DE CASOS DE AIDS, EM PESSOAS DE 30 A 49 ANOS EM CASCAVEL, NO PERÍODO DE JANEIRO DE 1990 A SETEMBRO DE 2000. FRASSON, D. *; PEREIRA, P. M. *; PADOIN, M. J. **. * acadêmicas ** orientadora

O estudo dos vírus se faz importante pois são causadores de muitas doenças, não só no homem, como em outros organismos. As doenças causadas por vírus são denominadas viroses, incluindo a AIDS que é causada pelo vírus, HIV. Este vírus ataca os linfócitos T4 impedindo que estes se transformam em linfócitos B e em plasmócitos, bloqueando assim a produção de anticorpos. Sua ação provoca no organismo uma grave deficiência imunológica da qual se aproveitam outros microorganismos patogênicos que causam infecções, podendo tornar-se generalizadas. Tendo como objetivo detectar o índice de aidéticos na cidade de Cascavel, com faixa etária de 30 a 49 anos, analisando o período de janeiro de 1990 a setembro de 2000, foram coletados dados em postos de saúde (confirmados pela secretaria de Saúde de Cascavel). Entre o período de janeiro de 1990 a setembro de 2000 foram registrados 103 casos, entre esta faixa etária, sendo que 77 são do sexo masculino e 26 são femininos. Analisando esses índices, podemos observar a luta contra a propagação da doença na cidade tem sido válida, pois há indícios que os casos estão diminuindo. Entretanto tratando-se de doença viral, é necessário mais divulgação, além da que é feita, e orientação de como se previne e como é em si a doença, pois hoje ela é controlável, porém continua incurável.

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ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM ENSINO DE CIÊNCIAS - CENTRO DE INTERESSE RELACIONADO AO ESTUDO DA POLUIÇÃO DA ÁGUA E DO AR. HUBER, D. A.; POVH, J. A. e MELO, N. A. ( Depto. de Biologia, UEM. Maringá PR). [email protected]

Realizamos o estágio supervisionado em ensino de ciências, numa escola pública, o Centro de Aplicação pedagógica da UEM, regendo a classe de 5ª série do ensino fundamental. É parte da disciplina “Prática de Ensino de Ciências e Biológicas I”, oferecida no 3º ano do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas. Foi antecedido pelos estágios de observação e participação. Objetivamos iniciar, em situação real de ensino, nossos primeiros passos como professoras educadoras em ciências no ensino fundamental e aprender a ensinar, ensinando a aprender. Nosso projeto de estágio teve como eixo temático “Poluição da água e do ar”. A metodologia fundamentou-se na teoria histórico crítica, partindo da prática social inicial do aluno, passando à organização do conteúdo problematizado seguido da instrumentalização na qual trabalhamos com os alunos, a construção do conhecimento formal. Levamos à possibilidade de catarse ou mudança conceitual, e a uma nova postura, tendo em vista a prática social final. Considerando os resultados, observados e registrados, pudemos verificar a possibilidade de levar ao início de uma nova postura no que se referiu à necessidade de preservação da água e do ar. Ressaltamos o efeito significativo obtido ao dirigirmos os alunos a se prepararem para levar aos colegas do 1º e 2º ciclos, os saberes construídos em sala de aula. Alunos aprendendo com alunos pareceu-nos uma prática interessante e viável, sob a orientação do professor. Concluímos que a maioria dos alunos, compartilhando seus conhecimentos e dúvidas em sala de aula, chegaram a uma nova postura em relação a poluição da água e do ar, adquirindo uma atitude mais consciente com relação a preservação destes elementos. No que se refere a nós estagiárias, julgamos o resultado de grande significação, pois desenvolvemos uma prática pedagógica própria, que em situação real de ensino, foi de grande valia tanto para os alunos quanto para nós alunos-mestres.

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PESQUISA SOBRE O GRAU DE CONHECIMENTO SOBRE ALIMENTOS TRANSGÊNICOS ENTRE ALUNOS DO ENSINO MÉDIO DA REDE PÚBLICA DE CASCAVEL REALIZADA ENTRE OS DIAS 11 A 15 DE SETEMBRO DE 2000. BLOOT, R. E.; DE COL, V.; MACHADO, R. E.; MOURA, C.; SILVA, S. A. V.; - UNIOESTE/ CCBS/ CASCAVEL - PR.

Os alimentos transgênicos são alimentos modificados geneticamente, que estão promovendo uma revolução na indústria alimentícia e biotecnológica. Apesar do grande avanço da tecnologia mundial, ainda existem grandes controvérsias sobre o consumo destes alimentos. Este trabalho tem por objetivo avaliar o nível de conhecimento sobre este assunto entre os alunos do ensino médio das escolas da rede pública e se os professores da área de ciências biológicas de Cascavel alguma vez já promoveram alguma discussão com seus alunos sobre este tema. Das 400 pessoas entrevistadas, 61,11% obtiveram conhecimento através da televisão, 2,21% do rádio, 14,4% de jornais e revistas e 23,28% através de outros; 52,99% dos entrevistados disseram que seus professores alguma vez direcionaram aulas para este assunto; 63,71% acham que o consumo de alimentos transgênicos podem trazer alterações genéticas nos organismos consumidores; 62,98% concordam com a proibição da comercialização de alimentos transgênicos no Brasil e 69% dizem que os alimentos transgênicos não trarão benefícios para a humanidade. Com esses dados concluímos que os alunos do ensino médio da rede pública de Cascavel estão informados, conforme os conceitos dos meios de comunicação, e que os professores estão se adequando aos novos conceitos e inovações nas áreas biológicas.

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ESTUDO DE REGISTROS ELETROCARDIOGRÁFICOS REALIZADOS NA COMUNIDADE DE CASCAVEL. MALHEIROS, A. R. S.; MOLINA, A. S.; KLOS, A. L.; MILANEZ, C. B.; SENTINELLO, D. A.; GALLES, M. H. L.; VIEIRA, R. R. I.; JAJAH, R. T.; BASTOS, R. R.; ISHISATO, V. C. F.; ROSOLEM, W. R.; BASTOS, L. C.; SILVA, H. M. V. CCBS/ UNIOESTE/ Cascavel.

O eletrocardiograma (ECG) é o registro gráfico da atividade elétrica das câmaras cardíacas (átrios e ventrículos), a qual pode ser captada por eletrodos sobre a superfície corporal. O fenômeno elétrico que representa a ativação miocárdica é conseqüência do automatismo do coração, que tem origem no nodo sinusal. A partir do marcapasso cardíaco (nodo sinusal), o estímulo elétrico propaga-se pelo miocárdio levando à contração cardíaca. O ECG é uma técnica de exame de uso freqüente para o diagnóstico de várias disfunções cardíacas, entre elas, pode-se citar: arritmias cardíacas, estenose aórtica, insuficiência coronariana, bloqueio atrioventricular e infarto do miocárdio. Apesar do ECG ser um método de investigação cuja prática é relativamente simples e rápida, para sua interpretação e avaliação_ no intuito de melhor fundamentar o diagnóstico clínico e o esquema terapêutico_ faz-se necessário um conhecimento científico sobre as bases que regem a eletrocardiografia. O presente trabalho teve como objetivo a capacitação dos acadêmicos da área de saúde na realização e interpretação do ECG em servidores da UNIOESTE e indivíduos da comunidade de Cascavel. Durante os exames, foram obtidas informações sobre o estado geral do paciente, ao realizar-se a anamnese, sendo posteriormente, avaliados os sinais vitais através de exame físico. A seguir, iniciou-se o exame eletrocardiográfico utilizando-se o eletrocardiógrafo Ecafix-6 constituído por um registrador, eletrodos e amplificador. O laudo-médico era emitido por um cardiologista o qual auxiliava os acadêmicos na interpretação dos registros eletrocardiográficos. Foram atendidos 113 pacientes sendo 69 mulheres (61%) e 44 homens (39%). Os laudos foram divididos em três categorias: normais (64%), alteração I (ADRV) (8%) e alteração II (arritmia sinusal, hipertrofia ventricular e outros) (28%). Nos casos de alteração que mereciam melhor avaliação, os pacientes foram orientados a procurar assistência médica especializada.

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ESTUDO DO COMPORTAMENTO DE VIGÍLIA DURANTE O FORRAGEIO PELA ESPÉCIE HUMANA. BENETTI, F.; CASALE, V. C.; D'AMICO, A. R.; GARCIA, A. P.; MADEIRA, W. D.; SILVA, E. R. L.; PADOIN, M. J. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ

Um grupo de indivíduos é mais perceptível do que um indivíduo com hábitos solitários, sendo assim é mais facilmente identificado por um predador, mas como os grupos são mais incomuns, os predadores os encontram com mais dificuldade do que um único animal. Além disso, um animal em grupo sente-se mais seguro, dividindo o tempo de vigília entre seus integrantes; logo, vigia menos. Sabe-se que todos os animais são suscetíveis ao ataque de predadores, e que durante o forrageio (alimentação) estes estão mais “desprotegidos”, então todo animal apresenta um comportamento de vigilância para detectar; o ser humano, mesmo o que vive em ambientes urbanos, também mantém um comportamento de vigília durante o forrageio, em um comportamento que pode ser considerado remanescente do período anterior à civilização moderna. Este trabalho tem por objetivo avaliar o comportamento de vigília do ser humano, durante períodos de forrageio diferenciando-o quanto ao tamanho do grupo que esta presente. Nesse sentido, foi desenvolvida a pesquisa em quatro restaurantes distintos, tomados ao acaso na cidade de Cascavel, durante um período de 5 dias. Para tal, foram avaliados grupos de 1, 2, 3 e 4 indivíduos se alimentando, sendo que todos foram tomados ao acaso independentes de sexo. Foram utilizados 15 repetições para as mesas com 1 e 2 indivíduos e 11 repetições para as mesas com 3 e 4 indivíduos, anotando-se o tempo de alimentação e o número de vigílias de cada um. Os dados foram analisados estatisticamente quanto a variância, e as médias foram comparadas através do teste de Tukey a 5% de significância. Verificou-se que os indivíduos, independentes do sexo e do tempo de alimentação, variaram a quantidade de vezes que pararam de comer para fazer a vigília conforme o grupo em que estavam presentes, sendo que nos grupos com 1 indivíduo a média de vigílias foi de 23,7, diferenciando dos demais grupos com 2, 3 e 4 indivíduos, que obtiveram 17,2; 9,27; 8,63; médias de vigília respectivamente. Estes resultados concordam com outras observações feitas com indivíduos da mesma espécie e desta maneira conclui-se que quanto maior o grupo de alimentação dos indivíduos, ocorre uma divisão maior do tempo de vigília entre cada indivíduo do grupo.

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PROJETO INTERDISCIPLINAR DE URBANIZAÇÃO DO JARDIM COLONIAL CASCAVEL. PAGLIOSA, L. A.¹; CARNIATTO, I.

O presente projeto visa proporcionar uma melhor qualidade de vida para a comunidade do Jardim Colonial, em Cascavel o qual está sendo desenvolvido pelo Colégio Estadual Jardim Consolata Ensino Fundamental e Médio, em parceria com a UNIOESTE, bairro novo ao qual será beneficiado com a arborização com o objetivo de sanar os problemas de erosão e contribuir com o planejamento urbano do bairro. Ao longo da história, sempre houve preocupações ligadas ao relacionamento sociedade natureza e aos prejuízos causados pelo homem ao meio ambiente natural. O homem desconhece que da preservação dos ambientes naturais e espécies vivas depende também o bem-estar e, mesmo a sobrevivência da espécie humana. Que planeta deixaremos para os nossos descendentes? Não terão eles direito de conhecer, pelo menos, substanciais amostras da Natureza original da terra? É dever do Estado e é direito do cidadão ter a prestação deste serviço na organização da vida urbana, este porém deve participar deste processo ativamente. O homem não criou e não pode recriar a mais simples da espécies vivas. Portanto não deveria destrui-las. Devemos reconhecer que, tal como nós, todos os seres vivos têm direito à vida e não existem apenas para serem utilizadas em benefício da humanidade. A cada espécie eliminada o mundo se empobrece irreversivelmente. Hoje a matéria verde tornouse um instrumento da guerra econômica, reconhecido elo essencial de cadeia alimentar, uma fonte receptora de CO² liberada pelos automóveis e chaminés das indústrias, que através do verde são devolvidos para o meio ambiente em forma de oxigênio. Buscando a conscientização e envolvimento da comunidade, foram desenvolvidas as seguintes atividades: Planificação do terreno contendo área e perímetro (células geométricas), reuniões com a comunidade e órgãos competentes (Prefeitura Municipal, SANEPAR, TELEPAR e IAP), concurso de textos e poemas, reuniões como integrantes do projeto, relatórios, reconhecimento de área com o engenheiro da Prefeitura analisando espaçamento, tipo de espécie de mudas e monitoramento da cova. Nesta exposição serão apresentados pelas professoras e alunos da Escola: painéis demonstrativos dos alunos com fotos, planificações, textos e poemas produzidos em atividades interdisciplinares (Biologia, Química, Geografia e Português).

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LEVANTAMENTO DAS CONDIÇÕES SÓCIO-ECONÔMICAS, CULTURAIS E DE SANEAMENTO BÁSICO DA REGIÃO OESTE DO BAIRRO JARDIM UNIÃO, NO

1MUNICÍPIO DE CASCAVEL-PR, VISANDO A EDUCAÇÃO AMBIENTAL. HACKBARTH , 1 1 1 2 1

D.; KRONBAUER , E. A. W.; POLETTO , F.; SILVA , F. N.; MASCHIO , G. F.; MELO , K. C. C.; 1 1 1 1

PASINATO , R.; SPONGOSKI , S.; SCHMITZ , S. L.; MEDEIROS , T. A. 1 Acadêmicas do Curso de Ciências Biológicas, disciplina de Educação Ambiental. 2 Docente da disciplina de Educação Ambiental - UNIOESTE, Campus de Cascavel.

A Educação Ambiental se caracteriza por incorporar as dimensões sócio-econômica, política, cultural e histórica, não podendo basear-se em pautas rígidas e de aplicação universal, devendo considerar as condições e estágio de cada país, região e comunidade sob uma perspectiva histórica. Assim sendo, a Educação Ambiental deve permitir a compreensão da natureza complexa do meio ambiente e interpretar a interdependência entre os diversos elementos que conformam o ambiente, com vistas a utilizar racionalmente os recursos do meio na satisfação material da sociedade no presente e no futuro Nossa geração tem testemunhado um crescimento econômico e um progresso tecnológico sem precedentes, os quais, ao tempo em que trouxeram benefícios para muitas pessoas, produziram também sérias consequências ambientais e sociais. Sabendo dessa problemática, objetivou-se levantar as condições sócio-econômica, cultural e de saneamento da região Oeste do Bairro Jardim União, no município de Cascavel-PR. para, a partir dos resultados deste levantamento, promover a Educação Ambiental in loco. Para tanto foram realizadas 35 (N=35) entrevistas em residências escolhidas aleatoriamente, utilizando-se um questionário contendo 21 (vinte e uma) perguntas onde foram abordadas questões sociais, econômicas, culturais e de saneamento básico. Constatou-se, a partir da análise dos questionários, que grande parte das moradias (65,71%) apresentam famílias com 1 (uma) a 3 (três) crianças, sendo a renda familiar não mais do que 2 (dois) salários mínimos (57,14%). Possuem água canalizada (91,42%), sanitários sépticos (85,71%), mesmo que algumas (14,28%) apresentem fossas como destino final do esgoto. Todas as moradias visitadas apresentam rede elétrica própria e 97,14% delas são beneficiadas pelo serviço de coleta pública de lixo. Quando questionadas a respeito de prevenção de doenças, citaram principalmente o uso de chás, “lavagens” ou banhos e limpeza dos ambientes. 77,17% dos entrevistados demonstraram não ter conhecimento a respeito das profilaxias de doenças comuns como verminoses e dengue. Este questionário é a primeira parte de um trabalho de Educação Ambiental onde, a partir da análise dos resultados obtidos com o questionamento, atuaremos diretamente nas escolas, promovendo, através de palestras educativas, a Educação Ambiental, tendo como público alvo principalmente as crianças e adolescentes moradoras do bairro pesquisado.

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LEVANTAMENTO DAS CONDIÇÕES SÓCIO-ECONÔMICAS, CULTURAIS E DE SANEAMENTO BÁSICO DO BAIRRO FACULDADE, CASCAVEL-PR, VISANDO A

1 1 1 2EDUCAÇÃO AMBIENTAL. FERRARI , A. C.; SCHADECK , A.; SILVA , E. B.; MASCHIO , G. 1 1 1 1 1

F.; KAVALCO , K. F.; SLUSARSKI , S. R.; SIMON , S. P.; JOHANN , S.; HACHMANN , T. 1 Acadêmica do Curso de Ciências Biológicas, disciplina de Educação Ambiental. 2 Docente da disciplina de Educação Ambiental - UNIOESTE, Campus de Cascavel.

A Educação Ambiental pode ser entendida como sendo a aplicação do conhecimento e compreensão das inter-relações que geram equilíbrio dinâmico dos diversos meios com todas as formas de vida. Ela estuda os laços que unem os seres vivos com o seu ambiente, o produto das interações recíprocas entre a vida e seu meio. O homem, através do progresso econômico e do avanço tecnológico, possui uma posição de destaque nos demais subsistemas. Isso acarreta, de certa forma, uma melhoria no seu bem estar social mas, por outro lado, muitas vezes coloca em risco sua própria sobrevivência devido ao desrespeito às leis fundamentais da natureza, ao deteriorar a qualidade de seu ambiente à níveis próximos do intolerável. O objetivo deste trabalho foi levantar as condições sociais, econômicas, culturais e de saneamento básico do Bairro Faculdade, Cascavel-PR para, a partir dos resultados deste levantamento, promover a Educação Ambiental in loco. Para tanto foram realizadas 32 (N=32) entrevistas em residências escolhidas aleatoriamente, utilizando-se um questionário contendo 21 (vinte e uma) perguntas onde foram abordadas questões sociais, econômicas, culturais e de saneamento básico. Constatou-se, a partir da análise dos questionários, que grande parte das moradias (62,5%) apresentam famílias com 1 (uma) a 3 (três) crianças, sendo a renda familiar não mais do que 2 (dois) salários mínimos (68,75%). Possuem água canalizada (97%), sanitários sépticos (88%), mesmo que algumas (6%) apresentem fossas como destino final do esgoto. Todas as moradias visitadas apresentam rede elétrica própria e são beneficiadas pelo serviço de coleta pública de lixo. Quando questionadas a respeito de prevenção de doenças, citaram principalmente o uso de chás, “lavagens” ou banhos e limpeza dos ambientes. Este questionário é a primeira parte de um trabalho de Educação Ambiental onde, a partir da análise dos resultados obtidos com o questionamento, atuaremos diretamente nas escolas, promovendo, através de palestras educativas, a Educação Ambiental, tendo como público alvo principalmente as crianças e adolescentes moradoras do bairro pesquisado.

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INCIDÊNCIA DAS DOENÇAS DE REGISTRO OBRIGATÓRIO NA CIDADE DE CASCAVEL NO PERÍODO DE 1990 ATÉ JULHO DE 2000. BUSARELLO, G. D.; CAETANO, L. C.; DARTORA, L.; KOPPER, A. C.; ROHDE, C.; UNIOESTE/ CCBS/ CASCAVEL - PR.

Dentre as doenças de registro obrigatório, as que ocorrem com maior frequência na cidade de Cascavel são: AIDS, DST, hepatite, meningite, sífilis e as ocorrências toxicológicas. O objetivo deste trabalho é verificar dentre estas doenças, as que apresentaram maior variação, desde 1990 até Julho de 2000 e analisar as possíveis causas destas variações. Para isso, fizemos uma coleta de dados em hospitais, clínicas, Unidade Básica de Saúde e na Secretaria Municipal da Saúde. A partir destes dados foi feita uma análise comparativa entre os anos, na forma de porcentagens. Através da comparação dos dados percebeu-se um aumento gradativo no número de casos de AIDS, DST e sífilis, sendo que os casos de meningite, hepatite e ocorrências toxicológicas tiveram uma grande oscilação, variando de ano para ano. Conclui-se então, que a variação e o aumento significativo de casos estão relacionados ao fator sócio-econômico, pois o maior número de casos foram registrados em hospitais públicos e Unidade Básica de Saúde. Também pode estar relacionado a despreocupação da sociedade quanto a prevenção destas doenças.

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ANÁLISE DO PERFIL DA POPULAÇÃO DO BAIRRO FACULDADE/ CASCAVEL/ (1)PARANÁ, QUANTO A CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE A HIGIENE RESIDENCIAL.

(1) (1) (1) (2) (1)BARRADAS, C. M.; RIPPEL, J. L.; TURECK, S. V. Z.; WOLF, R.; PADOIN, M. J. (2)

Acadêmicos do Curso de Ciências Biológicas da Unioeste. Docente da Unioeste.

Talvez um dos mais graves problemas que a humanidade vem enfrentando é a destruição do meio ambiente. Muito se discute sobre a poluição da água, do ar, do solo e sobre a devastação das florestas, porém poucos estão cientes de que a preservação do meio ambiente deve começar em casa. O objetivo deste trabalho é analisar a influência do nível cultural e sócio-econômico da população a respeito da conscientização sobre a higiene do quintal de suas residências. Para isso, foram analisadas cinqüenta residências do Bairro Faculdade/Cascavel/Paraná, que responderam a um questionário, com perguntas que visavam analisar o perfil social e cultural da população sobre a conscientização do tema. Os resultados mostraram que todos os fatores abordados, tem importante influência na consciência da população sobre a limpeza de seus lotes, sendo que os dois fatores de maior influência são, respectivamente, o grau de escolaridade e a renda mensal. Conclui-se que a educação é a principal fonte da conscientização e também de sensibilização da população a respeito da manutenção do quintal das residências, visto que essa não higienização pode acarretar outros males indesejados pela população.

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LEVANTAMENTO E COMPARAÇÃO DE CÃES DOMÉSTICOS COM OS CÃES DE RUA DO JARDIM UNIÃO E JARDIM SANTA CATARINA X JARDIM MARIA LUÍZA DE CASCAVEL

(1) (1) (1) (1) (2)PR. BAZANELLA , C.; PUERARI , I. F.; BULLA , M.; CRUZ , M. L.; PADOIN , M. J. 1.Acadêmicos do Curso de Ciências Biológicas da UNIOESTE. 2.Professora do Departamento de Ciências Biológicas da UNIOESTE. Cascavel PR.

Nas últimas décadas, houve um aumento da população nas grandes cidades e percebeu-se que a quantidade de cães nas ruas acompanhou esse aumento. Conseqüentemente, as doenças geradas por esses animais proliferam-se com maior intensidade. O objetivo do presente trabalho é comparar a proporção entre cães domésticos (machos, fêmeas e filhotes) e cães de rua (machos, fêmeas e filhotes sadios ou doentes) em dois bairros da cidade de Cascavel e relacionar com as condições socioeconômicas das famílias para manter os cães domésticos, bem como os cuidados com a higiene e com a alimentação dos mesmos. Foi feita a coleta das informações em dois bairros de Cascavel de condições sociais médias (Jardim União e Jardim Santa Catarina) e estas foram comparadas com os resultados obtidos em um bairro de condição social alta (Jardim Maria Luiza). Os dados foram coletados em 50 residências no Jardim União em conjunto com o Jardim Santa Catarina, bem como em 50 residências no Jardim Maria Luiza. Foram escolhidas 10 ruas de cada bairro e analisadas 5 casas aleatoriamente por rua. Nas residências do Jardim União e Sta. Catarina, encontrou-se 65 cães, sendo 39 machos adultos, 19 fêmeas adultas e 7 filhotes (com menos de um ano de vida); 12 ausências de animais nas casas (nulo). As condições das famílias para criar o animal foram 16% boas, 16% ótimas, 40% médias, 4% péssimas e 24% nulos (as casas com ausência de cães foram incluídas). Na rua encontrou-se 23 cães, sendo 4% fêmeas doentes, 17,4% machos doentes, 21,7% fêmeas sadias e 56,5% machos sadios. Identificou-se a ausência de filhotes na rua. Nas residências do Jardim Maria Luiza, encontrou-se 61 cães, sendo 24 machos, 35 fêmeas, 2 filhotes e 16 ausências. As condições das famílias foram 2% péssimas, 8% boas, 8% ótimas, 52% médias e 30% nulos (ausências de cães). Na rua encontrou-se apenas 2 cães machos sadios. Notou-se que em bairro de classe média, nas residências, há maior proporção de machos e filhotes e menor de fêmeas, quando comparado com bairro de classe alta. Ambos os bairros estabelecem um certo equilíbrio no cuidado com os animais (estes são alimentados de duas a três vezes por dia e limpos). Nas ruas, notou-se que não há sobrevivência de filhotes ou os filhotes estão em local protegido. Em bairro de classe média ocorre a maior proporção de cães, com incidência de saudáveis predominando sobre doentes. Pode-se entender que existem cães nas ruas devido ao fato destes serem adultos e machos saudáveis em maior proporção (possuem maior resistência física). Como as ruas dos bairros de classe alta são mais limpas e contêm menos restos de comida, percebe-se que a maior concentração dos cães de rua situa-se em bairro de classe média.

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INCIDÊNCIA DO USO DE ETANOL E DROGAS POR ESTUDANTES DA 1ª SÉRIE DOS CURSOS DO CCBS DA UNIOESTE UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ CAMPUS DE CASCAVEL. LARSEN, I.; ZANIN, J.; GILIO, J.; ROSA, R.; SANTOS, T. C.

Este trabalho apresenta dados sobre o uso de etanol e drogas entre os alunos da primeira série dos cursos do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS): Ciências Biológicas, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Medicina e Odontologia; matriculados no ano 2000. Tem como objetivo avaliar a ocorrência do uso de drogas por estes alunos, já que acredita-se que a maioria dos acadêmicos tem consciência das conseqüências do uso das mesmas. Foi utilizado um questionário anônimo de auto preenchimento (N=161). Em relação ao tipo de substância utilizada pelo aluno, observou-se a prevalência em ordem decrescente das seguintes substâncias: etanol, tabaco, solventes, maconha, tranqüilizantes e cocaína. Dentre os entrevistados 67,08% freqüentemente ou ocasionalmente ingerem bebida alcoólica, 27,9% são fumantes, 20,5% usam ou já usaram algum tipo de droga diferente das citadas anteriormente e 93,7% afirmaram ter consciência dos males que o uso de drogas pode causar. Constatou-se que embora a maior parte dos entrevistados tenham consciência dos efeitos maléficos causados por todos os tipos de drogas, ainda há uma grande incidência do uso das mesmas, principalmente do álcool e do tabaco.

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ÍNDICE DE NATALIDADE DO HOSPITAL POLICLÍNICA DE CASCAVEL, REFERENTE AO PERÍODO DE JANEIRO/1995 à AGOSTO/2000. SOARES, A.; KIEL, G. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ.

De acordo com a literatura, durante o período onde a taxa fotoperiódica está num alto grau, verão e início da primavera, quando os dias são mais longos, ocorre um aumento do libido. Porém, esse fato não foi observado na pesquisa realizada, na qual o período de maior atividade sexual foi o mês de junho, tendo como conseqüência então um maior índice de nascimento no mês de março. Essa pesquisa teve como objetivo observar a incidência de partos e cesarianas, de gêmeos e óbitos, assim como o sexo dos bebês, ocorridos no Hospital Policlínica de Cascavel, no período de janeiro/1995 à agosto/2000. Os dados obtidos foram analisados estatisticamente, relacionando as informações mês à mês e a incidência total dos últimos 5 anos. As informações foram obtidas através dos arquivos do Hospital Policlínica de Cascavel. Foi então observado que o nascimento de meninas é pouco superior ao de meninos, o que pode ser dado pelo pouco hábito das pessoas consumirem verduras, o que pode causar um aumento na acidez da secreção vaginal. Isso acarreta na morte de espermatozóides que carregam em sua carga genética o cromossomo sexual Y. Verificamos também que a incidência de gêmeos é relativamente baixa, mas excede o índice de mortalidade fetal. Analisando-se a quantidade de partos normais e cesarianas realizadas neste período e local, conclui-se que a cesariana é um método ainda muito procurado pelas gestantes que possuem planos de saúde particular, visto que estas podem optar pelo método de parto desejado. Apesar disso, há uma conscientização de grande parte das gestantes, de modo que a quantidade de partos normais realizados ainda é maior que o número de cesarianas.

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MOSTRA DE PARTE DA COLEÇÃO DE BOTÂNICA E ZOOLOGIA DO NÚCLEO DE ESTUDOS INTERDISCIPLINARES NEI. MELLO, J. M.*; PAIVA, C. R.** ,MASCHIO, G. F.***; CÂNDIDO, J. F.***; SILVA, C. T. A. C.*** / *Docente de Anatomia e Chefe da Divisão da Ciência da Vida- NEI- UNIOESTE - Cascavel Paraná. **Técnica de Biologia do NEI - UNIOESTE - Cascavel Paraná. ***Docente da UNIOESTE - Cascavel - Paraná

A falta de material para aulas práticas para o desenvolvimento de alguns conteúdos da Biologia, muitas vezes desestimula Professores do Ensino Fundamental e Médio a ministrarem tais assuntos, ignorando que sem estes conhecimentos práticos, os alunos têm dificuldades em desenvolver um raciocínio lógico e completo para a compreensão da Biologia. Desta forma, o Núcleo de Estudos Interdisciplinares (NEI) tem entre seus objetivos tornar os conteúdos relacionados as Ciências mais fáceis e acessíveis, através de aulas na forma de visitas, com apresentação de conteúdos teóricos e práticos desenvolvidos nos laboratórios do NEI, visando fornecer dados e informações que subsidiem os estudantes e professores na aquisição dos conhecimentos científicos relacionados a Biologia. Desta forma, o material do Museu do NEI, construídos por acadêmicos e docentes do Curso de Ciências Biológicas da Unioeste Campus Cascavel, em projetos de extensão, possibilita que professores e estudantes do Ensino Fundamental e Médio tenham acesso a Ciência de maneira atrativa e dinâmica, superando barreiras para o completo entendimento dos assuntos relacionados às Ciências da Vida.

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PROGRAMA ESPECIAL PARA MONTAGEM DA VIDEOTECA DE ANATOMIA HUMANA - TORREJAIS, M. M.; MELLO, J. M.; PORTINHO, D.; PUTRICK, L.; AVELINO, C. E.

Um fator importante na aprendizagem da anatomia é a estratégia de ensino, que deve ser de maneira bastante diversificada para se evitar a cansativa repetição dos meios. Sendo assim, a montagem de uma videoteca bem equipada e organizada poderá, não substituir, mas aumentar o interesse e participação dos alunos com relação ao tema explanado em sala de aula, pois o ensino-aprendizagem depende entre outros fatores do interesse do aluno e este interesse pode ser reforçado através de mecanismos suplementares. A utilização das fitas de vídeo auxilia na condução do estudante para o conhecimento geral e, em alguns casos específicos, dos diferentes órgãos e sistemas que constituem o corpo humano, estimulando o estudante no seu aprendizado, que depende muito da sua capacidade de observar, raciocinar, comparar, discutir e deduzir. Dessa forma, o material audiovisual vem justamente para complementar este aprendizado. Pretende-se portanto estimular as aulas através de recursos audiovisuais esperando que os acadêmicos tenham maior interesse pelo assunto em questão, relacionando os conteúdos de Anatomia Humana com casos patológicos, além do esclarecimento a professores do ensino fundamental, médio e superior e alunos no sentido de reconhecer a importância deste material de apoio didático para auxiliar no processo ensino-aprendizagem. Desse modo, pretende-se ao fim deste projeto catalogar os diferentes assuntos de Anatomia Humana dos diversos setores da Unioeste, além de ampliar nossa videoteca com aquisições de outras Instituições, a fim de contribuirmos com um material de boa qualidade que possa ser utilizado como uma metodologia para facilitar o processo de ensino-aprendizagem possibilitando empréstimo desse material aos acadêmicos, professores, e funcionários da Unioeste, como forma de beneficiar toda comunidade universitária na utilização de um material com temas do corpo humano.

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ANÁLISE ESTATÍSTICA DO CONSUMO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS BEM COMO DAS CONSEQUÊNCIAS AMBIENTAIS RELACIONADAS COM SEU USO NO TERRITÓRIO BRASILEIRO. KNOB, A.; MORESCO, C.; PALMA, P. e OLIVEIRA, R. T. UNIOESTE. Cascavel Pr.

Ao longo do desenvolvimento da agricultura, o homem tem convivido com plantas invasoras (daninhas), por meio da aplicação de defensivos químicos, cujo objetivo é controle econômico de doenças, insetos, ácaros e plantas invasoras. O uso abusivo destes defensivos acarreta grandes e irreversíveis danos ao meio ambiente e conseqüentemente ao Homem. Objetivou-se com este trabalho verificar o crescente consumo de defensivos agrícolas, bem como o impacto ambiental causado pelos mesmos no território brasileiro. A análise foi realizada a partir dos dados do Anuário Estatístico do IBGE da década de 90 evidenciando seu consumo em toneladas (t) e 1000U$, respectivamente. Usou-se como variável qualitativa nominal o aumento do consumo individual de Inseticidas, Fungicidas e Herbicidas, obtendo como resultado: U$ 296835,5, U$ 212506,125 e U$ 751894,75 relacionando-os a média da área plantada no Brasil na década de 90 que foi de 5682282 hectares. Observou-se um crescente aumento no uso destes defensivos, sendo que na área plantada ocorreram pequenas variações em relação a média, gerando assim, preocupações por parte dos ambientalistas. Devido o aumento do uso dos defensivos agrícolas ser significativo pode-se constar que seu uso tem sido abusivo, sendo este um dos fatores, nos dias atuais, de degradação do meio ambiente.

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Índice dos Autores

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AAGUIAR, D. H..................................................................................................................................................39ALEXANDRE, T. M.........................................................................................................................................20ALVES, L. F. A. ................................................................................................................................................38AMARAL, J. .....................................................................................................................................................30ANDRADE, E. C. .............................................................................................................................................21AVELINO, C. E.................................................................................................................................................55

BBALBO, S. L...............................................................................................................................................33, 34BARRADAS, C. M. ....................................................................................................................................17, 50BASTOS, L. C...................................................................................................................................................44BASTOS, R. R. .................................................................................................................................................44BAZANELLA, C. .............................................................................................................................................51BENETTI, F.......................................................................................................................................................45BLOOT, R. E.....................................................................................................................................................43BONFLEUR, M. L. .....................................................................................................................................33, 34BONIATTI, R. ...................................................................................................................................................20BONINI, A. K. ..................................................................................................................................................36BORTOLINI, M. F. ...........................................................................................................................................19BREDA, A. E. .....................................................................................................................................................7BUENO, N. C........................................................................................................................................15, 16, 18BULLA, M. .......................................................................................................................................................51BUSARELLO, G. D..........................................................................................................................................49

CCAETANO, L. C...............................................................................................................................................49CÂNDIDO, J. F.................................................................................................................................................54CARNIATTO, I. ................................................................................................................................................46CASALE, V. C. .................................................................................................................................................45CORTEZ, D. A....................................................................................................................................................6COSTA, A. M....................................................................................................................................................10CRUZ, M. L. .....................................................................................................................................................51

DD'AMICO, A. R.................................................................................................................................................45DARTORA, L....................................................................................................................................................49DE COL, V. .......................................................................................................................................................43

FFERRARI, A. C...........................................................................................................................................13, 48FERRARI, S. L..................................................................................................................................................16FRASSON, D. ...................................................................................................................................................41

GGALLES, M. H. L.............................................................................................................................................44GALLI, S...........................................................................................................................................................36GARCIA, A. P. ..................................................................................................................................................45GILIO, J.............................................................................................................................................................52GIOPPO, N. M. R........................................................................................................................................12, 13GLUZEZAK, R. M............................................................................................................................................20GRASSIOLLI, S..........................................................................................................................................33, 34GUERRERO, P..............................................................................................................................................6, 21

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HHAAS, J.............................................................................................................................................................30HACHMANN, T. ..............................................................................................................................................48HACKBARTH, D..............................................................................................................................................47HENSEL, C. F...................................................................................................................................................12HUBER, D. A....................................................................................................................................................42

IISHISATO, V. C. F. ...........................................................................................................................................44

JJAJAH, R. T. .....................................................................................................................................................44JOHANN, S...................................................................................................................................................8, 48JORGI, M. .........................................................................................................................................................32

KKADOWAKI, M. K.........................................................................................................................7, 8, 9, 10, 11KAVALCO, K. F....................................................................................................................................26, 27, 48KIEL, G. ............................................................................................................................................................53KLEINUBING, S. A. ..................................................................................................................................33, 34KLOS, A. L. ......................................................................................................................................................44KNOB, A...........................................................................................................................................................56KOPPER, A. C. .................................................................................................................................................49KRONBAUER, E. A. W. ..............................................................................................................................9, 47KÜHN, G. C. .....................................................................................................................................................19

LLARSEN, I. .......................................................................................................................................................52LUCION, A. B. .................................................................................................................................................32

MMACHADO, R. E. ............................................................................................................................................43MADEIRA, W. D..............................................................................................................................................45MALHEIROS, A. R. S. .....................................................................................................................................44MARCONDES, N. R. .................................................................................................................................12, 13MARESE, A. C. M..............................................................................................................................................7MARGARIDO, V. P. .................................................................................................................23, 24, 25, 26, 27MARIOT, S. ......................................................................................................................................................36MASCHIO, G. F..............................................................................................................................39, 47, 48, 54MEDEIROS, E. A. ............................................................................................................................................21MEDEIROS, T. A..............................................................................................................................................47MELLO, J. M. .................................................................................................................................29, 30, 54, 55MELO, K. C. C..................................................................................................................................................47MELO, N. A. .....................................................................................................................................................42MELO, O...........................................................................................................................................................34MENDES, C. A. ................................................................................................................................................29MILANEZ, C. B................................................................................................................................................44MINETTO, A. ...................................................................................................................................................21MIORANZA, S. L.............................................................................................................................................36MOLINA, A. S. .................................................................................................................................................44MORESCO, C. ............................................................................................................................................20, 56MOURA, C. 43

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NNAKATANI, M.................................................................................................................................................31

OOLIVEIRA, R. C...............................................................................................................................................38OLIVEIRA, R. T. ..............................................................................................................................................56OLIVEIRA, V. P. .........................................................................................................................................33, 34

PPADOIN, M. J...........................................................................................................................32, 41, 45, 50, 51PAGLIOSA, L. A. .............................................................................................................................................46PAIVA, C. R. ...............................................................................................................................................39, 54PALMA, P..........................................................................................................................................................56PALUDO, D. J...................................................................................................................................................21PASINATO, R....................................................................................................................................................47PEREIRA, F. M.................................................................................................................................................32PEREIRA, P. M. ................................................................................................................................................41PINTO, F. G. S. ...........................................................................................................................................12, 13POLETTO, F. ....................................................................................................................................................47PORTINHO, D. ...........................................................................................................................................18, 55POVH, J. A........................................................................................................................................................42PUERARI, I. F...................................................................................................................................................51PUTRICK, L......................................................................................................................................................55

RRAINEKI, C. ...............................................................................................................................................33, 34RIPPEL, J. L......................................................................................................................................................50ROHDE, C.........................................................................................................................................................49ROHDE, E.........................................................................................................................................................39ROMAN, M. P.............................................................................................................................................23, 39ROSA, R............................................................................................................................................................52ROSOLEM, W. R..............................................................................................................................................44RUARO, L.........................................................................................................................................................31

SSAGAE, S. C...............................................................................................................................................33, 34SANCHES, A. M. M.........................................................................................................................................20SANTANA, A. V. ........................................................................................................................................11, 39SANTOS, T. C...................................................................................................................................................52SCHADECK, A.................................................................................................................................................48SCHMITZ, S. L.................................................................................................................................................47SENTINELLO, D. A.........................................................................................................................................44SILVA, A. C. M. ..........................................................................................................................................33, 34SILVA, C. T. A. C......................................................................................................................17, 19, 20, 21, 54SILVA, E. B. ......................................................................................................................................................48SILVA, E. R. L...................................................................................................................................................45SILVA, F. N. ................................................................................................................................................38, 47SILVA, H. M. V. ................................................................................................................................................44SILVA, J.............................................................................................................................................................36SILVA, S. A. V...............................................................................................................................................7, 43SILVA, S. P. .......................................................................................................................................................36SILVESTRO, M. G. ....................................................................................................................................25, 39SIMON, S. P. ...............................................................................................................................................32, 48SLUSARSKI, S. R. .....................................................................................................................................15, 48SOARES, A.................................................................................................................................................30, 53SOUZA, F. C.....................................................................................................................................................34SPACKI, V...................................................................................................................................................12, 13SPONGOSKI, S. 38, 47

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TTAKIZAWA, M. G. M. H..................................................................................................................................36TCHAICKA, L. .................................................................................................................................................24TONI, D.............................................................................................................................................................19TORREJAIS, M. M.....................................................................................................................................30, 55TURECK, S. V. Z. .............................................................................................................................................50

VVIDOTTO, M. C. ..............................................................................................................................................13VIEIRA, R. R. I.................................................................................................................................................44

WWOLF, R. ..........................................................................................................................................................50

ZZANIN, J...........................................................................................................................................................52

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