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7 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
ÀREAS DE CONHECIMENTO
1 - CIÊNCIAS DA SAÚDE
8 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
ANÁLISE DA SATISFAÇÃO DOS USUÁRIOS DA REDE PRIVADA DE SAÚDE SOBRE O
ATENDIMENTO FISIOTERAPÊUTICO
Aluna: Lidiane Cristina da Silva
Orientadora: Profa. Ma. Carla Dellabarba Petricelli
Coorientadora: Profa. Ma. Laura Cristina Pereira Maia
Curso: Fisioterapia
INTRODUÇÃO: Segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) de 2010, a rede
privada aposta na mudança do modelo de atenção à saúde, priorizando o acesso rápido e
fácil aos atendimentos de qualidade e principalmente resolutivos, de acordo com as
necessidades e direitos de seus clientes. Perceber a visão dos pacientes se tornou um
grande subsídio para ampliar a qualidade dos serviços de fisioterapia, tendo como foco não
somente o usuário, mas também a evolução dos processos envolvidos (ESPERIDIÃO e
TRAD, 2006; SOUZA, GRIEBELER e GODOY, 2007; MACHADO e NOGUEIRA, 2008). A
satisfação dos pacientes com os cuidados recebidos amplia a chance de o tratamento
evoluir positivamente, acelerando o processo de cura e favorecendo a relação terapeuta-
paciente. O cliente que está satisfeito com o serviço tende a permanecer fiel ao tratamento
(GOLDSTEIN, 2000). OBJETIVO: Analisar a satisfação dos pacientes acerca do
atendimento fisioterapêutico oferecido pela rede privada de saúde, nas cidades de Jundiaí-
SP e Várzea Paulista-SP, através da aplicação de questionário de satisfação. MÉTODO:
Estudo observacional de caráter transversal, com amostragem consecutiva, aprovado pelo
Comitê de Ética e Pesquisa e realizado em dez clínicas de fisioterapia da rede privada.
Todos os voluntários eram pacientes do atendimento fisioterapêutico, de ambos os sexos,
com idade mínima de 18 anos, com capacidade cognitiva para ler e responder o
questionário autoaplicável e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido,
concordando em participar. O questionário autoaplicável utilizado foi extraído da pesquisa
de Moreira, Borba e Mendonça (2007), era validado e adequado socioculturalmente,
contemplava características sociodemográficas e aspectos sobre “satisfação do paciente”,
em que os itens que abordam a satisfação continham escala do tipo intervalar. Foram
apresentadas variáveis qualitativas e quantitativas. Foram analisados componentes fatoriais
para sumarizar as informações do banco de dados. Para a classificação dos autovaloresfoi
utilizado o teste Kaiser-Meyer-Olklin (KMO), que varia entre 0 e 1, tendo 0,50 como patamar
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mínimo de adequabilidade. Também foi realizado o teste de Spearman para análise da
correlação entre a idade, quantidade de sessões de fisioterapia realizadas como fator
formado pelas principais queixas. Foi utilizado o nível de confiança de 95% e programa
Stata versão11.0. RESULTADOS E DISCUSSÃO/ DESENVOLVIMENTO: Predominou-se o
sexo feminino, média de idade de 51,5 anos, nível de escolaridade superior e alta renda
familiar. Em toda amostra as avaliações positivas sobressaíram sobre as negativas. Dentre
as queixas encontradas, relacionadas aos aspectos físicos do ambiente, as que obtiveram
maior número de respostas negativas foram às condições de acesso às pessoas com
deficiência física (13,8%) e o conforto da sala de espera (5,2%). A relação terapeuta-
paciente, a forma como é conduzido o tratamento e a facilidade em realizar as sessões
sempre com o mesmo fisioterapeuta apresentaram alto nível de satisfação, favorecendo a
adesão do paciente ao tratamento. CONCLUSÕES OU CONSIDERAÇÕES FINAIS: Com
base nos resultados obtidos e em relação ao objetivo proposto, a população estudada está
realmente satisfeita com o atendimento recebido. Foram apontadas queixas relacionadas
aos aspectos físicos do ambiente, porém os pacientes encontram-se ainda mais satisfeitos
com a relação terapeuta-paciente. Os achados no presente estudo podem embasar ações e
melhorias para o atendimento fisioterapêutico privado.
PALAVRAS-CHAVE: Fisioterapia; Prática Privada; Participação do paciente.
REFERÊNCIAS:
1. BRASIL. Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Programa de
Qualificação da Saúde Suplementar: Qualificação das Operadoras. Rio de Janeiro,
2010. Disponível em:
<http://www.ans.gov.br/images/stories/A_ANS/Transparencia_Institucional/Indicdores_
de_qualidade/texto_base_aval_des_idss_20090811.pdf>.
2. ESPERIDIÃO, Monique; TRAD, Leny Alves Bomfim. Avaliação de satisfação de
usuários: Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v.10, supl. p. 303-312, 2005.
Acesso em: 28 dez. 2015.
3. GOSDSTEIN, Marc S.; ELLIOTT, Steven D.; GUCCIONE, Andrew A. The
Development of an Instrumentto Measure Satisfaction WithPhysical Therapy: Journal
of the American Physical Therapy Association, [s.l], 2000. Disponível em:
<https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10960933>.
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4. MACHADO, N.P.; NOGUEIRA, L.T. Avaliação da satisfação dos usuários de
serviços de Fisioterapia. Revista Brasileira de Fisioterapia, São Carlos, v.12, n.5,
p.401-408, 2010. Disponível em: .Acesso em: 28 Dez. 2015.
5. SOUZA, Adriano M.; GRIEBELER, Deizi; GODOY, Leoni P. Qualidade na
prestação de serviços fisioterápicos: estudo de caso sobre expectativas e percepções
de clientes. Production, São Paulo, vol. 17, n. 3, 2007. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-65132007000300004&script=sci_arttext>.
AGRADECIMENTO OU SUPORTE FINANCEIRO: Agradecemos às clínicas participantes,
pela confiança e apoio.
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ANÁLISE DA SATISFAÇÃO DOS USUÁRIOS DA REDE PÚBLICA DE SAÚDE SOBRE O
ATENDIMENTO FISIOTERAPÊUTICO
Aluna: Carolina Rosa Boarroli
Orientadora: Profa. Ma. Carla Dellabarba Petricelli
Coorientadora: Profa. Ma. Laura Cristina Pereira Maia
Curso: Fisioterapia
INTRODUÇÃO: A satisfação em relação ao atendimento influencia no tratamento
fisioterapêutico, pois quando satisfeito o usuário tende a permanecer leal e seguir as
orientações profissionais, colaborando com o tratamento (BEATTIE et al, 2002; SUDA,
UEMURA e VELASCO, 2009). Avaliação é um relevante instrumento que agrega
conhecimento através das evidencias coletadas, para que órgãos de saúde embasem
planejamentos e ações na busca por qualidade em saúde, atuando com maior assertividade
nas necessidades dos usuários (BRASIL, 2004; BRASIL, 2009; FRÉZ e NOBRE, 2011). É
relevante verificar se as dificuldades que o Brasil enfrenta na saúde pública afetam o
atendimento fisioterapêutico, avaliando através da satisfação dos usuários, além de poder
proporcionar diretrizes para melhorias, influenciando positivamente na qualidade do
atendimento para o cidadão. OBJETIVOS: Analisar a satisfação dos pacientes acerca do
atendimento fisioterapêutico oferecido pela rede pública de saúde, nas cidades de Jundiaí-
SP e Várzea Paulista-SP, através da aplicação de um questionário de satisfação. MÉTODO:
Estudo observacional de caráter transversal, com amostragem consecutiva, aprovado pelo
Comitê de Ética e Pesquisa (Parecer nº 1.532.631) e realizado em duas clínicas de
fisioterapia da rede pública. Todos os voluntários eram pacientes do atendimento
fisioterapêutico, de ambos os sexos, com idade mínima de 18 anos, com capacidade
cognitiva para ler e responder o questionário autoaplicável e assinaram o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido, concordando em participar. O questionário autoaplicável
utilizado foi extraído da pesquisa de Moreira, Borba e Mendonça (2007), era validado e
adequado socioculturalmente, contemplava características sociodemográficas e aspectos
sobre “satisfação do paciente”, em que os itens que abordam a satisfação continham escala
do tipo intervalar. Foram apresentadas variáveis qualitativas e quantitativas. Foram
analisados componentes fatoriais para sumarizar as informações do banco de dados. Para a
classificação dos autovalores foi utilizado o teste de Kaiser-Meyer-Olklin (KMO), que varia
entre 0 e 1, tendo 0,50 como o patamar mínimo de adequabilidade. Também foi realizado o
teste de Spearman para análise da correlação entre a idade, quantidade de sessões de
fisioterapia realizadas com o fator formado pelas principais queixas. Foi utilizado nível de
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confiança de 95% e o programa Stata versão 11.0. RESULTADOS E DISCUSSÃO /
DESENVOLVIMENTO: Predominou-se baixo nível socioeconômico, contudo não interferiu
na avaliação crítica. As insatisfações referem-se a aspectos organizacionais e estruturais,
porém o descontentamento não superou a satisfação, indicando que possíveis esperas
prolongadas e déficits estruturais do SUS não afetam gravemente a satisfação. A principal
queixa foi o transporte para a fisioterapia (19%). Em contrapartida, a localização obteve
apenas 3,5% de insatisfações, sugerindo que o meio de transporte é uma barreira, e não à
distância. A relação terapeuta-paciente apresentou elevados níveis de satisfação, reiterando
à adesão ao tratamento. A satisfação geral foi alta, justificada pela a ausência de respostas
negativas. CONCLUSÕES OU CONSIDERAÇÕES FINAIS: Com base nos objetivos
propostos e resultados alcançados, pode-se dizer que a população analisada está satisfeita
com o atendimento recebido, em que as maiores satisfações relacionam-se ao fisioterapeuta
e paciente. Enquanto as insatisfações referem-se a aspectos organizacionais, estruturais e
dificuldade de transporte. Esses achados podem embasar ações de melhorias ao
atendimento fisioterapêutico.
PALAVRAS-CHAVE: Satisfação do paciente; Fisioterapia; Sistema Único de Saúde (SUS).
REFERÊNCIAS:
1. BEATTIE, Paul F. et al. Patient Satisfaction With Outpatient Physical Therapy:
Instrument Validation. Journal of the American Physical Therapy Association. Jun.
2002. Disponível em: <http://ptjournal.apta.org/content/82/6/557.full>. Acesso em: 22
dez. 2015.
2. BRASIL. Ministério da saúde. Política Nacional de Gestão Estratégica e Participativa
no SUS: ParticipaSUS, Brasília, 2009. Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_estrategica_participasus_2ed.pdf>
Acesso em: 16 jan. 2016.
3. BRASIL. Ministério da Saúde. Programa Nacional de Avaliação de Serviços de
Saúde (PNASS), Brasília, 2004. Disponível em: <http://www.saude.sp.gov.br/
resources/ses/perfil/gestor/homepage/auditoria/manuais/pnassprograma_nacional_de_
avaliacao_de_servicos_de_saude.pdf> Acesso em: 17 jan. 2016.
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4. FRÉZ, Andersom Ricardo; NOBRE, Maria Inês Rubo de Souza. Satisfação dos
usuários dos serviços ambulatoriais de fisioterapia da rede pública. Fisioterapia em
Movimento (Impr.), v.24, n.3, p.419-428, Curitiba, 2011. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-5150201100030
0006&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 23 dez. 2015.
5. MOREIRA, Caroline Ferreira; BORBA, Joanna Angélica Marillack; MENDONÇA,
Karla Morganna Pereira Pinto de. Instrumento para aferir a satisfação do paciente com
a assistência fisioterapêutica na rede pública de saúde. Fisioterapia e Pesquisa, p.37-
43, [s,l.] 2007. Disponível em: <http://www.
revistas.usp.br/fpusp/article/view/76095/79846>. Acesso em 30 dez. 2016.
6. SUDA, Eneida Yuri; UEMURA, Missae Dora; VELASCO, Eliane. Avaliação da
satisfação dos pacientes atendidos em uma clínica-escola de fisioterapia de Santo
André, SP. Fisioterapia e Pesquisa, v.16, n.2, p.126-131, São Paulo, 2009. Disponível
em: <http://www. scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-
29502009000200006&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 23 dez. 2015.
AGRADECIMENTO: Agradecemos às clínicas participantes, pela confiança e apoio.
14 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
ANÁLISE DA SATISFAÇÃO DOS USUÁRIOS DE PLANOS DE SAÚDE SOBRE O
ATENDIMENTO FISIOTERAPÊUTICO
Aluna: Anita Franco de Godoy
Orientadora: Profa. Ma. Carla Dellabarba Petricelli
Coorientadora: Profa. Ma. Laura Cristina Pereira Maia
Curso: Fisioterapia
INTRODUÇÃO: A qualidade do serviço de saúde começou a ter maior ênfase com o início
de pesquisas sobre assistência à saúde, sendo de grande importância à participação do
usuário, para avaliar o grau de satisfação sobre o atendimento oferecido (ESPERIDIÃO,
2005; HERCOS, 2006; MACHADO, 2008). Com a grande gama de planos de saúde
disponíveis, o usuário busca por um que atenda suas necessidades e que possa superar
suas expectativas, tornando-lhe satisfeito. Casserley-Feeney et al (2008) em sua pesquisa
sobre a dor musculoesquelética, observou que conhecer a satisfação dos pacientes sobre
os serviços ofertados é importante para os fisioterapeutas poderem melhorar a relação
terapeuta-paciente a fim de elevar o grau de satisfação desse usuário e contudo uma melhor
a adesão ao tratamento proposto. OBJETIVO: Analisar a satisfação dos pacientes acerca
do atendimento fisioterapêutico oferecido pelos planos de saúde, nas cidades de Jundiaí-SP
e Várzea Paulista-SP. MÉTODO: Estudo transversal e observacional, com amostragem
consecutiva, composto por 58 pacientes voluntários de ambos os sexos, com idade mínima
de 18 anos, que utilizavam o atendimento fisioterapêutico nas clínicas participantes da
pesquisa que possuíam cobertura dos planos de saúde. O instrumento utilizado para a
coleta de dados foi um questionário autoaplicável extraído da pesquisa de Moreira et al
(2007), sendo este validado e adequado socioculturalmente pelos autores. Os pacientes
foram abordados na sala de espera das clínicas enquanto aguardavam serem chamados
para o atendimento, após preenchimento do TCLE os usuários respondiam o questionário.
Com os dados coletados, os mesmos foram tabulados no Programa MS Excel 2010 para
posterior análise estatística. As variáveis qualitativas foram apresentadas por frequência
absoluta e relativa, as variáveis quantitativas foram apresentadas por média (desvio
padrão), mínimo e máximo. Foi realizado uma análise de componentes fatoriais com intuito
de sumarizar as informações do banco de dados. Para a classificação dos autovalores foi
utilizado o teste de Kaiser-Meyer-Olklin (KMO), que varia de entre 0 e 1, tendo 0,50 como o
patamar mínimo de adequabilidade. E por fim, foi realizado o teste de Spearman para
analisar se existe correlação entre idade, quantidade de sessões de fisioterapia realizadas
com o fator formado pelas principais queixas. Para todas as análises utilizou-se nível de
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confiança de 95%. O programa utilizado foi o Stata versão 11,0. RESULTADOS E
DISCUSSÃO / DESENVOLVIMENTO: Através dos dados obtidos notou-se predomínio do
sexo feminino 60,3%, idade 47 anos, escolaridade 2º Grau Completo (37,9%) e renda
familiar de 38% equivalente 1 a 3 salários. A oportunidade dada pelo terapeuta para o
paciente expressar opinião atingiu alto grau de satisfação (37,9%) classificada “excelente”.
Sob a forma de condução do tratamento pela equipe, destacou- se avaliações “ótimo” e
“excelente”. O agendamento e atendimento, obtiveram porcentagem superior à 30%
classificada como “ótimo”. Queixas referente ao atendimento e condições da instituição
foram apontadas: Condições de acesso para deficientes, conveniência na localização da
unidade e facilidade para deslocar dentro do serviço. CONCLUSÕES OU
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Com base nos resultados obtidos e respondendo ao objetivo
proposto deste estudo, foi possível identificar que os usuários dos planos de saúde estão
satisfeitos com o atendimento recebido, sendo possível através deste estudo a manutenção
dessa satisfação através dos apontamentos relatados pelos usuários e de constantes
avaliações.
PALAVRAS-CHAVE: Satisfação do paciente, Fisioterapia, Prática privada.
REFERÊNCIAS:
1. CASSERLEY-FEENEY, Sarah N. et al. Patient Satisfaction with private
Physiotherapy for musculoskeletal Pain. BMC Musculoskeletal Disorders. [s.l], 2008.
Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2359748/?tool=
pubmed>. Acesso em: 14 jan. 2016.
2. ESPERIDIÃO, Monique; TRAD, Leny Alves Bomfim. Avaliação de satisfação de
usuários. Ciência & Saúde Coletiva, v.10, supl. p. 303-312, Rio de Janeiro, 2005.
Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141381232005000500031&ln
g=en&nrm=iso>. Acesso em: 28 dez. 2015.
3. HERCOS, Benigno Vicente Santos; BEREZOVSKY, Adriana. Qualidade do serviço
oftalmológico prestado aos pacientes ambulatoriais do Sistema Único de Saúde - SUS.
Arquivos Brasileiros de Oftalmologia. v.69, n.2, p.213-219, São Paulo, 2006.
Disponível em:
16 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S000427492006000200015&ln
g=en&nrm=iso>. Acesso em: 05 fev. 2016.
4. MACHADO, N.P.; NOGUEIRA, L.T. Avaliação da satisfação dos usuários de
serviços de Fisioterapia. Revista Brasileira de Fisioterapia. v.12, n.5, p.401-408, São
Carlos, 2008. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141335552008000500010&ln
g=en&nrm=iso>. Acesso em: 28 dez. 2015.
5. MOREIRA, Caroline Ferreira; BORBA, Joanna Angélica Marillack; MENDONÇA,
Karla Morganna Pereira Pinto de. Instrumento para aferir a satisfação do paciente com
a assistência fisioterapêutica na rede pública de saúde. Fisioterapia e Pesquisa, p.37-
43, [s.l], 2007. Disponível em:
<http://www.revistas.usp.br/fpusp/article/view/76095/79846>. Acesso em 30 dez. 2015.
AGRADECIMENTO OU SUPORTE FINANCEIRO: Gratidão as professoras orientadoras, os
responsáveis pelas clínicas participantes, aos voluntários e as colegas de trabalho pela
elaboração desta pesquisa.
17 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
ANÁLISE DA MODULAÇÃO AUTONÔMICA CARDÍACA EM IDOSOS COM DIABETES
MELLITUS SUBMETIDOS A EXERCÍCIOS
Aluna: Laila Waleska Dos Santos Felipe
Orientadora: Profa. Esp. Laura Cristina Pereira Maia
Coorientadora: Profa. Ma. Juliana Régis da Costa e Oliveira
Curso: Fisioterapia
INTRODUÇÃO: A variabilidade da frequência cardíaca (VFC) que é um marcador
quantitativo da atividade autonômica cardíaca, que compreende as oscilações entre os
intervalos dos batimentos cardíacos consecutivos (intervalos RR), e ainda refletem as
modificações resultantes da atuação do SNA sobre o comportamento da frequência
cardíaca, ou seja, sobre o nódulo sinusal11. Assim, com intuito de promover a saúde e
prevenir complicações provenientes das patologias a disfunção autonômica pode fornecer
explicações alternativas para sintomas comuns observados em indivíduos de doenças
crônicas como a DM8. OBJETIVO: Analisar a modulação autonômica cardíaca em idosos
com DM Tipo II submetidos a exercícios aeróbicos MÉTODO: Após preenchimento do
TCLE, foi colocada a cinta de captação, no tórax dos voluntários, e, no seu punho, o
receptor de frequência cardíaca (RS800CX, Polar). Os indivíduos foram mantidos em
decúbito dorsal e permanecerão em repouso por 10 minutos para a captação basal da
variabilidade da frequência cardíaca (VFC). Após isso, os idosos caminharam em uma
esteira ergométrica RT250pro da marca Movement para o treino aeróbio dividido em: 5
minutos de aquecimento e 20 minutos de treino atingindo 60% da Frequência Cardíaca
máxima(FCmax.). No início e a cada 5 minutos do treino foram colhidas as medidas de
pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD) e frequência cardíaca (FC). Logo após os
25 minutos de treino o paciente foi orientado a deitar-se em decúbito dorsal por 30 minutos
onde o cardiofrequencímetro continuou o registro da VFC para a análise da variabilidade da
frequência cardíaca de recuperação (VFCr). O período de recuperação foi definido
imediatamente após a execução do treino aeróbio. Após a filtragem digital, o sinal foi
dividido em seis momentos: o “M1” período de 10 minutos de repouso; o “M2” os 20 minutos
intermediários do período de exercício, e o “M3” que consistiu no período de recuperação
(pós-exercício) do paciente, porém a VFC neste período de recuperação para análise foi
dividida em três novos momentos. Momento chamado de “Recuperação 1” – (R1)
compreendido nos cinco minutos iniciais da recuperação, a segunda medida (“Recuperação
18 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
2” – R2), compreendendo entre o décimo minuto ao décimo quinto minuto e o terceiro
momento da recuperação (R3) do vigésimo quinto ao trigésimo minuto. Para o período pós
exercício também foram colhidos as medidas de PAS, PAD, FR no primeiro, terceiro e
quinto minuto e a partir do quinto minuto de 5 em 5 minutos até o trigésimo minuto.
RESULTADOS E DISCUSSÃO / DESENVOLVIMENTO: Participara 10 indivíduos, foi
encontrado um aumento da atuação vagal no começo do exercício proposto seguido de uma
queda até a linha basal. Os resultados demostram que durante os momentos da atividade
física do idoso com DM não há diferenças da VFC, não ocorreu significância estatística
entre os estágios do exercício. Porém, foi encontrado um aumento da VFC durante a
atividade física e queda no começo da recuperação seguido de um aumento. Quando se
olha para os índices específicos, o sistema nervoso parassimpático (SNP) através da
atuação vagal apresenta um aumento da VFC e já o sistema nervoso simpático (SNS)
apresentou uma queda da VFC durante todos os estágios da atividade. CONCLUSÕES OU
CONSIDERAÇÕES FINAIS: A modulação autonômica cardíaca de idosos com Diabetes
Mellitus tipo 2 submetidos a exercícios aeróbicos não apresentou alterações significativas
entre os estágios do exercício, não havendo diferença estatística em relação ao domínio do
tempo e da frequência cardíaca. Porém, evidenciou-se que possivelmente a patologia
produz alterações na VFC que associada ao envelhecimento mostram falha crescente
atuação do SNA sobre o coração e que o exercício para indivíduos com essas condições é
de grande valia por oferecer um efeito contrário ao que patologia aplica.
PALAVRAS-CHAVE: idosos, Diabetes Mellitus, Modulação autonômica cardíaca.
REFERÊNCIAS:
1. CEJUDO P.; BAUTISTA J.; MONTEMAYOR T.; et al. Exercise training in
mitochondrial myopathy: a randomized controlled trial. Muscle Nerve, 32:342-50, [s.l],
2005.
2. __________. Comparação entre Três Métodos Diagnósticos. Arq Bras Cardiol. v. 1,
p.85-91, [s.l], 2005.
3. FERREIRA, M.T., MESSIAS M.; VANDERLEI L.C.M.; Caracterização do
comportamento caótico da variabilidade da frequência cardíaca (VFC) em jovens
saudáveis. Tendências em Matemática Aplicada e Computacional, [s.l], 2010.
19 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
4. JOLDBERGER J.J.; LE F.K.; LAHIRI M.; et al. Assessment of parasympathetic
reactivation after exercise. Am J Physiol Heart Circ Physiol, [s.l], 2006.
5. LONGO, A ; FERREIRA, D.; CORREIA, M. J. Variabilidade da Frequência
Cardíaca. Rev. Port. Cardiol, [s,l], 1995.
6. PARDINI R.; MATSUDO S.; MATSUDO T.A.V.; et. al. Validação do questionário
internacional de nível de atividade física (IPAQ - versão 6): estudo piloto em adultos
jovens brasileiros., Rev. Bras. Ciên. e Mov., 9(3): 45-51, [s.l], 2001.
7. PUMPRLA J.; HOWORKA K.; GROVES D.; et. al. Functional assessment of heart
rate variability: physiological basis and practical applications. Int J Cardiol, [s.l], 2002.
8. RAIMUNDO R.D.; GODLESKI J.J.; Heart rate variability in metabolic syndrome.
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9. ROCHA R.M.; ALBUQUERQUE D.C.; FILHO F.M.A.; Variabilidade da frequência
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11. SCHMIDT M.L.; DUNCAN B.B.; SILVA G.A.; MENEZES A.M.; et al. Doenças
crônicas não transmissíveis no Brasil: Carga e desafios atuais. The Lancet. v.4 p.61 -
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12.TÂNIA R.; BENEDETTI B.; ANTUNES P.C.; et. al. Reprodutibilidade e validade do
Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) em homens idosos. Rev Bras
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13. ___________. Task force of the european society of cardiology and the north
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20 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
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progressive neuromuscular disease: effect of a 12-week program. Arch Phys Med
Rehabil, v.77, p.64-9, [s.l], 1996.
AGRADECIMENTO OU SUPORTE FINANCEIRO: Agradecemos a direção do Centro
Universitário Padre Anchieta e ao coordenador do curso de fisioterapia Prof. Dr. Danilo
Roberto Xavier de Oliveira Crege por todo apoio e incentivo a pesquisa no curso de
fisioterapia
21 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
ANÁLISE DE ÍNDICES LINEARES DE VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA
EM IDOSOS COM SÍNDROME METABÓLICA SUBMETIDOS A EXERCÍCIO AERÓBICO
Aluna: Amanda Karine Baptista Coletti
Orientadora: Profa. Esp. Laura Cristina Pereira Maia
Coorientadora: Profa. Ma. Juliana Régis da Costa e Oliveira
Curso: Fisioterapia
INTRODUÇÃO: O processo de envelhecimento considerado um meio natural, dinâmico,
progressivo e inerente a todo ser humano (Perfis dos Idosos Responsáveis pelo Domicílio,
IBGE). Desta maneira, a população brasileira entra em um processo de transformação em
sua estrutura etária, com estreitamento da base e aumento do topo da pirâmide,
consequentemente, envelhecimento da população (Síntese de Indicadores Sociais – Uma
análise das condições de vida da população brasileira. Rio de Janeiro, IBGE, 2010b). Uma
das principais repercussões é a prevalência de doenças crônicas nessa faixa etária acima
de 60 anos que já considera-se o individuo idoso (CARVALHO et al.,2003). Entre estas
doenças temos a síndrome metabólica (SM) que pode ser definida como uma doença
multifatorial, onde o aumento da circunferência abdominal e a hiperinsulinêmica são os
principiais fatores de risco envolvidos (Síntese de Indicadores Sociais,IBGE,2010b).
Segundo a classificação proposta pelas diretrizes do National Cholesterol Education
Program´s Adult Treatment Panel III (NCEP-ATP-III), pode ser considerada SM quando
estão presentes três dos cinco critérios seguintes: Obesidade central (circunferência da
cintura superior a 88 cm na mulher e 102 cm no homem); Hipertensão Arterial (pressão
arterial sistólica igual ou maior que 130mmHg e/ou pressão arterial diastólica igual ou maior
que 85 mmHg); Glicemia alterada (glicemia acima de 110 mg/dl ou diagnóstico de Diabetes);
Triglicerídeos maior que 150 mg/dl e/ou HDL colesterol menor que 40 mg/dl em homens e
50 mg/dl em mulheres) (FILHO, 2008).Pequenas alterações cardíacas podem ocasionar
modificações no sistema nervoso autonômico (SNA) que influência no controle do sistema
cardiovascular por meio da interação das vias parassimpáticas e simpáticas modificando a
frequência cardíaca (FC) através de ajustes de situações e ambientes adversos
(VANDERLEI, 2009). O estudo da Variabilidade da Frequência Cardíaca (VFC) é um
método não invasivo muito utilizado na avaliação do risco de morbidade e mortalidade
cardiovascular, através da verificação do equilíbrio do sistema nervoso autônomo
fornecendo um indicador sensível e antecipado de comprometimentos na saúde
(RAIMUNDO, 2013). Visando a promoção de saúde e prevenção de complicações
provenientes das patologias, a disfunção autonômica pode fornecer outras explicações
22 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
alternativas para sintomas comuns observados nesses indivíduos e doenças associadas
(NAJAS, 2009). OBJETIVOS: Analisar a modulação autonômica cardíaca através dos
índices lineares em idosos com síndrome metabólica submetidos a exercício aeróbico.
MÉTODO Os idosos selecionados foram submetidos a caminhada em esteira ergométrica
por 25 minutos, seguido de 25 minutos de repouso em sedestação. Os dados cardíacos
foram coletados utilizando um monitor cardíaco de frequência (POLAR), e posteriormente
analisados a VFC que é obtida por diversos métodos, sendo que na presente pesquisa foi
abordada apenas o métodos linear no índices domínio de tempo e analise dos índices
geométricos, sendo eles índices: SDNN, rMSSD, pNN50, HF e LF. Após a filtragem digital, o
sinal foi dividido em seis momentos: o “M1” período de 10 minutos de repouso; o “M2” os 20
minutos intermediários do período de exercício, e o “M3” que consistiu no período de
recuperação (pós-exercício) do paciente, porém a VFC neste período de recuperação para
análise foi dividida em três novos momentos. Momento chamado de “Recuperação 1” – (R1)
compreendido nos cinco minutos iniciais da recuperação, a segunda medida (“Recuperação
2” – R2), compreendendo entre o décimo minuto ao décimo quinto minuto e o terceiro
momento da recuperação (R3) do vigésimo quinto ao trigésimo minuto. RESULTADOS E
DISCUSSÃO/DESENVOLVIMENTO: Observa-se uma prevalência do sexo feminino (80%),
grau de escolaridade - ensino fundamental incompleto (60%) e ocupação atual em ambiente
interno (100%). Em relação ao nível de atividade física segundo o IPAQ 60% dos
participantes são considerados irregularmente ativos, porém praticantes de atividade física
(60%). Sendo que nenhum faz uso medicamento. Os resultados supracitados demonstram
que entre os momentos da atividade física do idoso com síndrome metabólica não ha
diferenças, ou seja, não ocorreu significância estatística entre os estágios do exercício.
Porém, de modo geral, foi encontrado um aumento da atuação vagal no começo do
exercício proposto seguido de uma queda até a linha basal. Já o sistema simpático,
apresentou uma queda importante no começo do exercício até a recuperação 3. Sabe-se
que durante o exercício físico tanto o sistema nervoso simpático e parassimpático atuam em
conjunto influenciando a atuação da frequência cardíaca (FC). Deste modo, no começo e
durante a atividade física a tendência da FC é aumentar devido a inibição do reflexo de
vagal e na fase de recuperação há uma atuação conjunta dos dois sistemas, com
predominância do parassimpático (Almeida,2012). Em idosos, devido o processo de
envelhecimento, ocorre algumas mudanças nesse panorama. Após o exercício, há um
declínio na modulação cardíaca, portanto uma redução da VFC, com predomínio do sistema
simpático e diminuição da atividade parassimpática (Boemeke et al, 2011; Pletsch,2008).
Uma das explicações desse processo é que o envelhecimento, sendo parte do processo
natural, pode alterar mecanismos neuro-humorais que controlam o sistema cardiovascular.
23 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
A redução vagal e FC tem sido observada em indivíduos idosos por diversos motivos como:
alteração da modulação vagal com a influência parassimpática na função do nodo sinoatrial,
disfunções na atividade neural aferente, central ou eferente. Em contrapartida, com a
redução vagal, pode ser visualizado o aumento da atividade simpática (Mostarda, 2009). Em
idosos com SM ocorre, entre outras disfunções, o acometimento do sistema nervoso
autônomo (SNA) com a ativação do componente simpático estando assim associado com
aumento do risco cardiovascular (Lopes,2006). Colombo,2013 cita em seu estudo com
idosos com a SM submetidos a exercicios aerobicos a curto praso a variedade de beneficios
que podem ser alcançados por esses individuos como a mlehora da capcidade fisica,
redução da mortalidade, reduzir pressão sanguinea sitemica, a necessidade de insulina,
alem da dieta e da perda de peso, Colombo comenta que o exercicio fisico torna-se o pilar
na administração da SM, no entando a inatividade fisica pode ser uma caracteristica
prevalente em obesos e sobrepeso. No estudo de Buchheit,2003 relata que atividade
física,a longo prazo, feita em idosos saudáveis pode ser associada a maior VFC.
Albinet,2010 também relatou em seu estudo que idosos saudáveis submetidos a exercícios
aeróbicos ocorre um aumento da VFC. Estudos realizados com praticantes de atividade
físicas regulares, mostra que a pratica regular de atividade física intensa durante 3
semanas, dentre eles LF/HF onde não revelaram mudanças significativas na VFC (Atlaoui
D,2006). Este estudo apresenta algumas limitações que devem ser consideradas ao analisar
os seus resultados entre elas: numero reduzido de participantes e a impossibilidade de
estabelecer relação de causalidade entre as associações encontradas, por se tratar de um
estudo transversal. CONCLUSÕES OU CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que entre
os momentos da atividade física do idoso com SM não houve diferenças, ou seja, não
ocorreu significância estatística entre os estágios do exercício. Porém, de modo geral, foi
encontrado um aumento da atuação vagal no começo do exercício proposto seguido de uma
queda até a linha basal. Sugeri-se a continuidade do trabalho com uma quantidade
maior de voluntários e verificar se haverá alteração nos resultados. PALAVRAS-CHAVE:
idosos, Modulação autonômica cardíaca, exercícios físicos.
REFERÊNCIAS:
1. ALBINET, C.T.; et al. Increased heart rate variability and executive performance
after aerobic training in the elderly. European journal of applied physiology v.109, n.4,
p.617 - 624, [s.l.], 2010.
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2. ALMEIDA, M.B.; SILVA, S.S.; SILVEIRA, A.P.S.; Respostas agudas da variabilidade
da frequência cardíaca ao exercício. EFDesportes,com, Revista Digital. v. 16, n.164,
Buenos Aires, 2012.
3. ATLAOUI, D.; et al. Variabilidade da frequência cardíaca, variação de treinamento e
desempenho em nadadores de elite. International Journal of Sports Medicine, v. 28, n.
05, p. 394-400, 2007.
4. BOEMEKE, Gabriela; et al. Comparação da variabilidade da frequência cardíaca
entre idosos e adultos saudáveis. e-Scientia, v. 4, n. 2, p. 3-10,[s.l.], 2011.
5. BUCHHEIT, M.; SIMON, C.; VIOLA, A.; et. al. Heart rate variability in sportive
elderly: relationship with daily physical activity. Medicine & Science in Sports &
Exercise, v. 36, p. 601-605, [s.l.], 2004.
6. CARVALHO T.D.; PASTRE C.M.; ROSSI R.C.; et. al. Geometric index of heart rate
variability in chronic obstructive pulmonary disease. Rev Port Pneumol. v. 17, n. 3,
[s.l.], 2011
Filho W.J.; Gorzoni M.L.; Geriatria e Gerontologia: O que todos devem saber. São
Paulo: Roca, 2008.
7. IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Síntese de Indicadores Sociais.
Uma análise das condições de vida da população brasileira. Rio de Janeiro, 2010
8. LOPES, H. F.; EGAN, B. M. Desequilíbrio autonômico e síndrome metabólica:
parceiros patológicos em uma pandemia global emergente. Arq Bras Cardiol, v. 874, p.
538-547, [s.l.], 2005.
9. MOSTARDA, Cristiano; et al. Hipertensão e modulação autonômica no idoso: papel
do exercício físico. Rev Bras Hipertens, v. 16, n. 1, p. 55-60, [s.l.],2009.
10. NAJAS, M.S.; Nebuloni, C.C.; Avaliação Nutricional In: Ramos, L.R.; Neto J. T.
Geriatria e Gerontologia. v. 1, p. 299, Barueri: Manole; 2005.
25 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
11. ____________. Perfis dos Idosos Responsáveis pelos Domicílios. Instituto
Brasileiro de Geográfica e Estatística. Disponível em:
<http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/25072002pidoso.shtm>
Acesso em: 07 fev.2017
12. PLETSCH, A. H. M. Estudo comparativo da modulação autonômica da frequência
cardíaca em repouso de idosos hipertensos e diabéticos. [s.l.], 2008.
13. RADHAKRISHNAN, Jeyasundar.; et al. Effect of an IT-supported home-based
exercise programme on metabolic syndrome in India. Journal of telemedicine and
telecare, v. 20, n. 5, p. 250-258, [s.l.], 2014.
14. RAIMUNDO R.D.; et al. Heart Rate Variability in Stroke Patients Submitted to an
Acute Bout of Aerobic Exercise. v. 4 p. 488–499, [s.l.], 2013.
15. VANDERLEI, L.C.; et al. Basic notions of heart rate variability and its clinical
applicability. Rev. Bras. Cir. Cardiovasc. v. 24 p. 205-217 , [s.l.], 2014.
AGRADECIMENTO OU SUPORTE FINANCEIRO: Grata ao meu Deus, porque dEle, por
Ele e para Ele são todas as coisas. Agradeço as minhas orientadoras Juliana Regis e Laura
Pereira a todo o apoio, incentivo e auxilio, aos colaboradores que me auxiliaram Isabele
Abreu e Lauren Morel, ao Programa Institucional de Pesquisa de Iniciação Científica do
UniAnchieta pela oportunidade oferecida e a minha base: Alexandra Elias, minha mãe.
26 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
ÍNDICES GEOMÉTRICOS DE VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACADA
EM IDOSOS COM SÍNDROME METABÓLICA SUBMETIDOS A EXERCÍCIO AERÓBICO
Aluna: Isabele Cristina Bertolani Abreu
Orientadora: Profa. Esp. Laura Cristina Pereira Maia
Coorientadora: Profa. Ma. Juliana Régis da Costa e Oliveira
Curso: Fisioterapia
INTRODUÇÃO: Dentre as doenças crônicas de maior incidência em idosos está a Síndrome
Metabólica (SM), que pode ser definida como uma doença multifatorial, onde o aumento da
circunferência abdominal e a hiperinsulinemia são os principiais fatores de risco envolvidos,
além de alterações na pressão arterial e nas concentrações de triglicerídios e Colesterol
HDL (FORD, 2005). Desta forma, a taxa de mortalidade é 2,5 vezes maior quando
problemas cardiovasculares estão associados à SM, sendo de primordial importância a
necessidade de detectar o mais precocemente possível sua ocorrência, para que o
tratamento a ser realizado seja o mais eficaz possível (SANTOS et al., 2015). Tendo em
vista que a função cardíaca é regulada pela interação dos ramos simpático e parassimpático
do sistema nervoso autônomo (SNA), a variabilidade da frequência cardíaca (VFC)
possibilita a investigação das oscilações nos intervalos entre batimentos cardíacos
consecutivos (intervalos RR), que estão relacionadas às influências do SNA sobre o nódulo
sinusal. (ACHTEN; JEUKENDRUP, 2003; GREGOIRE et al., 1996). As práticas regulares de
baixa intensidade mostraram-se eficazes para redução dos riscos da Síndrome Metabólica,
tanto quanto treinamento competitivo (DAVINI et al., 2004). A análise da VFC no domínio
tempo pode também ser efetuada utilizando os seguintes métodos geométricos: índice
triangular (RRtri), interpolação triangular de histograma de intervalos NN (TINN) e plot de
Poincaré. A grande maioria dos trabalhos avaliam a VFC utilizando métodos lineares,
havendo poucos trabalhos que utilizem métodos geométricos para avaliar pacientes
acometidos de SM, justificando nossa pesquisa. (VANDERLEI et al., 2010). OBJETIVOS:
Analisar a modulação autonômica cardíaca através dos índices geométricos em idosos com
síndrome metabólica submetidos a exercício aeróbico. MÉTODO: Após preenchimento da
ficha de Anamnese, foi colocada a cinta de captação, no tórax dos voluntários, e, no seu
punho, o receptor de frequência cardíaca (RS800CX, Polar). Os indivíduos, idosos
portadores de Síndrome Metabólica, foram mantidos em sedestação e permaneceram em
repouso por 10 minutos para a captação basal da variabilidade da frequência cardíaca
(VFC). Após isso, os idosos caminharam em uma esteira ergométrica RT250pro (Movement)
para o treino aeróbio dividido em: 5 minutos de aquecimento e 20 minutos de treino
27 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
atingindo 70% da FCmax. No início do treino foram colhidos as medidas de pressão arterial
sistólica (PAS) e diastólica (PAD), frequência cardíaca (FC), respiratória (FR) e saturação de
oxigênio (SO2). Logo após os 25 minutos de treino o paciente foi orientado a sentar-se por
25 minutos onde o cardiofrequencímetro continuou o registro da VFC para a análise da
variabilidade da frequência cardíaca de recuperação (VFCr). O período de recuperação foi
definido imediatamente após a execução do treino aeróbio. Após a filtragem digital, o sinal
foi dividido em seis momentos: o “M1” período de 10 minutos de repouso; o “M2” os 20
minutos intermediários do período de exercício, e o “M3” que consistirá no período de
recuperação (pós-exercício) do paciente, porém a VFC neste período de recuperação para
análise foi dividido em três novos momentos. “Recuperação 1” – (R1) compreendido nos
cinco minutos iniciais da recuperação, a segunda medida (“Recuperação 2” – R2),
compreendendo entre o décimo minuto ao décimo quinto minuto e o terceiro momento da
recuperação (R3) do vigésimo quinto ao trigésimo minuto. Para o período pós-exercício
foram colhidas as medidas de PAS, PAD, FR nos minutos 1, 3, 5, 10, 15, 20 e 25. O RRtri e
o TINN são calculados a partir da construção de um histograma de intervalos RR normais, o
qual mostra, no eixo horizontal (eixo x), o comprimento do intervalo RR, e o eixo vertical
(eixo y), quantas vezes cada ocorreu. A união dos pontos das colunas do histograma forma
uma figura semelhante a um triângulo e a largura da base deste triângulo expressa à
variabilidade dos intervalos RR, um índice de VFC pode ser facilmente calculado a partir de
regras geométricas simples, levando-se em conta a área e a altura do triângulo. O plot de
Poincaré é um método quantitativo baseado nas mudanças da modulação simpática ou
parassimpática da FC sobre os intervalos subsequentes, onde cada intervalo RR é
representado como uma função de RR (i-T), onde i é o intervalo e T é um atraso pré-definido
usado para um sinal RR, e por análise quantitativa pode-se calcular os desvios-padrão das
distâncias dos intervalos RR chamados de SD1 (desvio-padrão da variabilidade instantânea
batimento a batimento em curto prazo), SD2 (desvio-padrão a longo prazo dos intervalos RR
contínuos) e a relação SD1/SD2. Os dados foram analisados no programa EPIINFO e SPSS
13.0, aplicando-se os testes Shapiro-Walk para verificação de normalidade, e o teste
ANOVA one-way para comparação das variáveis numéricas entre os momentos da
atividade. Em todos os testes fixou-se em 5% (p<0,05) o nível para rejeição da hipótese de
nulidade. RESULTADOS E DISCUSSÃO / DESENVOLVIMENTO: PAS média dos
participantes não apresentou diferença significante, mas verificou-se redução numérica
(136±8,94 Antes, 120±12,2 em R3, p=,245). FC e FR apresentaram tendência de melhora
(72,4±8,84 para 69,8±5,89 e de 20±7,03 para 16±1,73, respectivamente), sem significância
estatística (p=,443 e p=,243). Não verificou-se diferença estatística nos índices PAD, SaO2,
TINN, RRtri, SD1, SD2 e SD1/SD2 mas mostraram tendência de melhora, corroborando
28 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
diversos estudos que analisaram os benefícios dos exercícios aeróbicos, de treinos de
resistência com efeito hipotensivo e da dieta em idosos e em pacientes com Síndrome
Metabólica. CONCLUSÕES: O presente estudo concluiu que a atividade aeróbica proposta
não afeta a modulação autonômica e a VFC de idosos com Síndrome Metabólica
imediatamente, entretanto sugerimos a realização de novos estudos para verificação destes
achados, idealmente com uma amostra maior.
PALAVRAS-CHAVE: idosos, síndrome metabólica, exercícios físicos.
REFERÊNCIAS:
1. ACHTEN, J.; JEUKENDRUP, A. E. Heart rate monitoring: applications and
limitations. Sports Med, v. 33, n. 1, p. 517-538, [s.l.], 2003.
2. DAVINI, R.; et al. Frequência cardíaca de repouso e modulação parassimpática
cardíaca em atletas idosos e idosos sedentários, fisicamente ativos. Revista de
Ciências Médicas de Campinas, v. 13, n. 4, p. 307-315, [s.l.], 2004.
3. FORD, E. S. Prevalencce of the metabolic síndrome defined by the International
Diabetes Federation among adults in the U.S. Diabetes Care, v. 28, p. 2745-2749,
[s.l.], 2005.
4. GREGOIRE, J. et al. Heart rate variability at rest and exercise: influence of age,
gender, and physical training. Can J Appl Physiol. v. 21, n. 6, 455-470, [s.l.], 1996.
5. SANTOS, B. M. P.; et al. Metabolic syndrome in elderly from a northeastern
Brazilian city. Int Arch Med, v. 8, n. 20, p. 1-8, [s.l.], 2015.
6. VANDERLEI, L. C.; et al. Noções básicas de variabilidadee da frequência cardíaca e
sua aplicabilidade clínica. Rev Bras Cir Cardiovasc, v. 24, n. 2, p. 205-217, [s.l.], 2009.
AGRADECIMENTO E SUPORTE FINANCEIRO: Agradecemos à Prof. Me. Juliana Régis da
Costa e Oliveira pela orientação adicional, às colegas Amanda Coletti e Lauren Morel pelo
auxílio nas coletas de dados e ao Programa Institucional de Pesquisa de Iniciação Científica
do UniAnchieta pelo suporte financeiro desta pesquisa.
29 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
RISCO DE TRANSTORNOS DEPRESSIVOS EM CHEFES DE FAMÍLIA
EM SITUAÇÃO DE DESEMPREGO
Aluna: Elisandra Daniele de Lima
Orientadora: Profa. Dra.Lívia Marcia Batista
Curso: Psicologia
INTRODUÇÃO: O trabalho gera no sujeito a sensação de propósito de vida. Desta forma a
ausência dele pode gerar ao trabalhador a falta de sentido para sua vida,
consequentemente ele pode sofrer sintomas como depressão, ansiedade e desesperança.
[...] as consequências psicológicas negativas derivadas do desemprego podem incidir no
risco de sofrer transtornos psiquiátricos. Nessa situação, há um menor nível de bem-estar
psicológico e menor satisfação com a vida presente, o que inclui aspectos como ameaça à
seguridade econômica, perda dos sentidos e do status social, desenvolvimento de
sentimentos de inferioridade e de depressão, pessimismo, vergonha, introversão e
isolamento social. (ESTRAMIANA, 1992 apud BARROS e OLIVEIRA, 2009, p. 91). Com o
aumento de pessoas desempregadas houve desestruturação no âmbito familiar, econômico
e biopsicossocial. Considerando que eventos estressantes podem desencadear alterações
no humor e vários fatores podem estar associados a quadros de transtornos depressivos o
papel da Psicologia é compreender os aspectos subjetivos do indivíduo ao encarar essa
situação. As pesquisas sobre desemprego e suas consequências psicológicas começaram a
ser desenvolvidas após a depressão econômica originada nos Estados Unidos em 1929. Os
estudos realizados neste período concluíram que o desemprego está associado ao aumento
de sintomas psicossomáticos, de ansiedade, depressão, baixa autoestima e redução de
bem-estar psicológico, fortalecendo outros estudos realizados na década de 1970 e que
continuam sendo feitos até hoje (ESTRAMIANA, GONDIM, LUQUE, LUNA E DESSEN,
2012). OBJETIVOS: O objetivo desta pesquisa foi investigar a relação entre: chefes de
família em situação de desemprego e transtornos depressivos, e verificar se o aumento do
tempo de desemprego pode afetar o estado de saúde mental dos desempregados gerando
transtornos depressivos, ou seja, se o tempo de desemprego sendo maior, existiria também
mais risco para o surgimento da depressão. MÉTODO: A metodologia escolhida para o
desenvolvimento do trabalho foi a pesquisa de campo exploratória, sendo qualitativa e
quantitativa. Os instrumentos utilizados foram um dos Inventários da Escala Beck, a Escala
de Depressão (BDI-I), adaptado para o Brasil em 2001 por Jurema Alcides Cunha, composta
por uma folha de respostas que contém 21 grupos de afirmações que medem a intensidade
da depressão, onde o examinando responde de acordo com uma escala de 0 a 3, uma
30 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
entrevista Semi-estruturada e um Questionário de levantamento Sócio Demográfico,
desenvolvidos pela pesquisadora. Estes foram aplicados pela pesquisadora em
trabalhadores de diferentes profissões, afastados do mercado de trabalho. Participaram da
pesquisa somente as pessoas que não estavam recebendo Seguro Desemprego. Sendo a
amostra, 30 pessoas, entre elas homens e mulheres, de 25 a 45 anos que tem como
característica exercer a função de chefe de família, ou seja, sua renda do último emprego ter
sido a principal da casa, desempregados a mais de seis meses, de diferentes etnias,
religiões, profissões, classes sociais e moradores de diferentes cidades do estado de São
Paulo, visto que a pesquisa foi realizada na cidade de Jundiaí, interior do estado. A
aplicação foi agendada e os participantes foram abordados nos locais pré-estabelecidos
para responderem as questões por livre e espontânea vontade, após o projeto ter sido
aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário Padre Anchieta, através
do protocolo nº 59883716.8.0000.5386 e os participantes assinarem o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), que descrevia as informações sobre a pesquisa.
Após a aplicação dos instrumentos, os dados referentes ao Questionário Sócio Demográfico
e a Escala de Depressão de Beck, foram computados através do programa Statistical
Package for the Social Sciences. Buscou-se considerar frequência, desvio padrão, médias e
possíveis correlações entre as medidas, visando identificar o grau de significância entre
essas variáveis por meio de correlação de Pearson; sendo portanto uma análise
quantitativa. A entrevista Semi-estruturada foi analisada pelo conteúdo através de uma
análise qualitativa. RESULTADOS E DISCUSSÃO / DESENVOLVIMENTO: Dos
entrevistados a maioria apresentou algum índice de depressão, sendo que do total da
amostra (n=30), 16 indivíduos apresentaram o escore mínimo, segundo o inventário de
Beck. O sintoma depressivo mais descrito entre os entrevistados foi o desânimo, sendo
relatado diretamente por 3 dos 30 participantes da pesquisa. Este número se repete na
investigação do Pensamento e Ideação Suicida, ou seja, do total da amostra 10%
descreveram ter Pensamento ou Ideação Suicida. Observou-se três correlações positivas
significativas entre as variáveis investigadas, sendo elas a relação entre Pessimismo e
Escore de Depressão (r=0,682, p<0,001), a relação entre Ideação Suicida e Escore de
Depressão (r=0,708, p<0,001) e a relação entre Ideação Suicida e Pessimismo (r=0.369,
p<0,045). Também identificou-se a relação entre o Histórico de Depressão existente na
família do indivíduo desempregado, que apareceu em 30% dos entrevistados, e os itens:
Escore de Depressão, Pessimismo, Ideação Suicida e Tempo de Desemprego. O histórico
de depressão apresentou correlação positiva com o Escore de Depressão (t [28] = -2,559,
p= 0,016) e o Pessimismo (t [28] = -2,595, p= 0,015), porém não apresentou correlação
positiva com a variável Ideação Suicida e o tempo de desemprego. Para a variável Exclusão
31 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
Social obteve-se correlação positiva com o Escore de depressão (t [27,653] = -2.226, p=
0,034). Com relação aos gêneros, não houve diferença significativa na média das variáveis:
Escore de depressão, ideação suicida e pessimismo. O que contraria os estudos já
realizados, onde verifica-se que mulheres apresentam maior tendência a sintomas
depressivos do que os homens (CUNHA, 2001). De acordo com o post hoc de Tukey,
observa-se que a prevalência da Ideação suicida é maior entre os sujeitos divorciados com
relação aos solteiros, sendo 0,09 a média entre solteiros e 1,5 a média entre os sujeitos
divorciados, considerando alfa= 0,05. Por fim, a variável Exclusão Social demonstrou
prevalência entre os sujeitos do gênero masculino com 75% entre os entrevistados,
apresentando essa percepção apenas 33,3% das pessoas do gênero feminino. Para teste
de qui-quadrado de Pearson (X² [1] = 4,861, p= 0,027), verificou-se a significância entre os
dados obtidos. CONCLUSÕES OU CONSIDERAÇÕES FINAIS: Através da análise dos
dados, pode-se concluir que o desemprego possui grande influência na depressão, no
pessimismo e na ideação de suicida. O histórico de depressão na família do sujeito deve ser
levado em consideração, pois foi um dado relevante entre as correlações de escore de
depressão e pessimismo dos participantes. No entanto o tempo de desemprego não indicou
nenhuma correlação entre as variáveis investigadas, sendo contrário a estudos já realizados
por autores como Barros e Oliveira (2009) que dizem que “(...) o aumento do tempo de
desemprego pode afetar o estado de saúde mental dos trabalhadores desempregados.”
Este trabalho pode contribuir para o desenvolvimento de novas pesquisas, investigando
quais são as possíveis práticas de profissionais da psicologia e de outras áreas da saúde
mental para atuação nesse contexto. Um estudo longitudinal poderia identificar o
agravamento na sintomatologia do transtorno depressivo em chefes de família em situação
de desemprego.
PALAVRAS-CHAVE: Transtorno Depressivo; Desemprego; Chefes de família.
REFERÊNCIAS:
1. BARROS, Celso Aleixo; OLIVEIRA, Tatiane Lacerda. Saúde mental de
trabalhadores desempregados. Revista Psicologia Organizações e Trabalho. v.9
n.1, p. 90. jun. Florianópolis, 2009. Disponível em:
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-
66572009000100006. Acesso em: jan. 2016.
32 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
2. CHAHAD, Carolina; CHAHAD, José Paulo Zeetano. Os Impactos Psicológicos do
Desemprego e Suas Consequências Sobre Mercado de Trabalho. Revista da
ABET, v. 5, n. 1. São Paulo, 2005. Disponível em:
http://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/abet/article/view/15693/8948. Acesso em: 26
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3. ESTRAMIANA, José Luis Álvaro; GONDIM, Sonia Maria Guedes; LUQUE, Alicia
Garrido; et. al. Desemprego e Bem-estar Psicológico no Brasil e Espanha: Um
Estudo Comparativo. Revista Psicologia: Organizações e Trabalho, v. 12, n. 1,
[s.l.], 2012. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rpot/v12n1/v12n1a02.pdf.
Acesso em: 26 abr. 2017.
AGRADECIMENTO OU SUPORTE FINANCEIRO: Agradecimento ao Programa
Institucional de Pesquisa de Iniciação Científica do UniAnchieta e a Agência de Empregos
Global e o Posto de Atendimento ao Trabalhador da cidade de Jundiaí por possibilitarem o
desenvolvimento do projeto.
33 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
USO DE MEDICAMENTOS POR IDOSOS
Bolsista: Rosemeire Alves de Matos
Orientador: Prof. Dr. Heder Frank Gianotto Estrela
Curso: Farmácia
INTRODUÇÃO: Os estudos demográficos constatam crescente aumento da população
idosa no Brasil e no mundo. É estimado que a população idosa cresça mundialmente mais
de 80% nos próximos 25 anos. Atualmente, no Brasil, os idosos representam mais de 18
milhões de pessoas, correspondendo a 10,5% da população, sendo que os idosos com mais
de 80 anos alcançaram 1,4% do contingente brasileiro (MEDEIROS et al 2011). O
envelhecimento provoca varias modificações fisiológicas no corpo humano e suas
consequências podem se manifestar como alterações cardiovasculares, metabólicas,
respiratórias, na pele, no sistema digestivo, ósseo, neurológico, geniturinário e muscular.
Sabe-se que este tipo de paciente é caracterizado pela incapacidade progressiva do seu
organismo se adaptar as condições variáveis do ambiente, sendo a pele enrugada e a
diminuição de atividade física os primeiros sinais do envelhecimento (NERI, 2001). Por
apresentar progressiva ocorrência de processos patológicos, o idoso é o grupo etário que
mais utiliza medicamentos (ROZENFELD, 2008) e a utilização de vários medicamentos ao
dia, associados a esquemas posológicos complexos, caracteriza a polifarmácia.
Medicamentos administrados simultaneamente podem interagir comprometendo a resposta
terapêutica e aumentando o risco de intoxicação e reações adversas (SANTOS et al.; 2012).
OBJETIVOS: O objetivo deste trabalho foi avaliar a farmacoterapia utilizada por um grupo
de idosos e identificar a ocorrência de interações medicamentosas e uso de medicamentos
inapropriados. MÉTODO: Foram avaliados os prontuários médicos de 91 idosos
institucionalizados em uma clínica de repouso no município de Jundiaí, estado de São
Paulo. O trabalho foi analisado e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do
Centro Universitário Padre Anchieta, protocolo número 1.674.111. As interações
medicamentosas foram identificadas e classificadas de acordo com a natureza (físico-
química, farmacocinética e farmacodinâmica) e risco ao paciente (A, B, C, D e X). Para tal,
os fármacos prescritos foram inseridos em um programa com acesso “online” e disponível
no site “www.drugs.com”. A identificação de medicamentos inapropriados e inseguros para
idosos foi feita comparando os medicamentos prescritos com as listas Internacionalmente
padronizadas de PRISCUS E BEERS (AMERICAN GERIATRICS SOCIETY, 2012).
RESULTADOS E DISCUSSÃO / DESENVOLVIMENTO: A população de idosos estudada é
constituída predominantemente por mulheres (68%), sendo a maioria na faixa-etária de 81 á
34 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
90 anos (38,5%). Todos os idosos apresentaram no mínimo uma patologia, sendo as
doenças cardiovasculares (73%) e endócrinas (50%), as mais prevalentes. O uso de
medicamentos pelos idosos foi elevado (655 medicamentos), sendo os vitamínicos (77%) os
mais prescritos, seguidos por anti-hipertensivos (67%). Foram identificadas 651 interações
medicamentosas, sendo 379 farmacodinâmicas (58%) e 272 farmacocinéticas (42%). As
interações de risco C foram as mais prevalentes, porém 31 interações de risco D foram
encontradas. Foram identificadas 68 prescrições de medicamentos potencialmente
inapropriados para idosos. CONCLUSÃO OU CONSIDERAÇÕES FINAIS: conclui-se que a
polifarmácia é uma prática comum na população idosa estudada, o que permite a grande
ocorrência de interações medicamentosas. Porém a maior parte das interações não é
preocupante, havendo apenas a necessidade de monitorar a terapia. A maior preocupação
está no uso de medicamentos inapropriados e inseguros e nas interações de risco D.
PALAVRAS-CHAVE: idosos, interações medicamentosas, polifarmácia.
REFERÊNCIAS:
1. AMERICAN GERIATRICS SOCIETY. Updated Beers Criteria for potentially
inappropriate medication use in older adults. Journal of the American Geriatrics
Society. v.60, p.616-631, [s.l.], 2012.
2. MEDEIROS, F.F.E.; et al. Intervenção interdisciplinar enquanto estratégia para o
uso Racional de Medicamentos em idosos. Revista Ciência e Saúde Coletiva. v.16,
n.7, p.3139 - 3149, [s.l.], 2011.
4. NERI, A. L. Envelhecimento e qualidade de vida na mulher - Congresso Paulista
De Geriatria E Gerontologia, São Paulo, 2001.
5. ROZENFELD, S. et. al. Drug utilization and polypharmacy among the elderly: a
survey in Rio de Janeiro City, Brazil. Pan American Journal of Public Health. v. 23,
n. 1, p. 34-43, 2008.
6. SANTOS, M.D.; et al. Uso racional de fármacos em idosos. Nova: revista
científica. v.1, n.1, [s.l.], 2012.
8. AGRADECIMENTO E SUPORTE FINANCEIRO: PIBIC/CNPq
35 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
EFEITOS DA ESTIMULAÇÃO TRANSCRANIANA POR CORRENTE CONTÍNUA (ETCC)
NA GENERALIZAÇÃO ENTRE SEQUÊNCIAS DE UMA TAREFA MOTORA
Aluna: Thalyta Silva Martins
Orientadora: Profa. Ma. Andrea Peterson Zomignani
Curso: Fisioterapia
INTRODUÇÃO: A estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC) é uma técnica
que vem sendo explorada e mostra-se muito promissora, pois é de fácil aplicação, é segura,
indolor e não-invasiva (MARTINEZ, 2012). Essa corrente incita o cérebro de forma que seus
efeitos geram modificações nos potenciais neuronais transmembrana, modulando a taxa de
disparo das células neuronais isoladas. Esses efeitos dependem da polaridade dos
eletrodos: a estimulação catódica induz diminuição na excitabilidade cortical, enquanto na
estimulação anódica induz aumento na excitabilidade cortical. (FREGNI F; PASCUAL-
LEONE, 2007, DA SILVA et al, 2011). Um foco para a aplicação do ETCC tem sido o córtex
motor primário (M1) que participa efetivamente no processo de aprendizagem motora.
(MUELLBACHER et al, 2002). A aprendizagem motora é definida como a capacidade de
realizar uma tarefa motora com melhora relativamente permanente no desempenho da
mesma, ou até mesmo a aquisição de uma nova habilidade (TANI, 2005). No que diz
respeito a habilidade motora, consiste em um dos principais conceitos o processo de
aquisição, retenção e transferência (SÁ; MEDALHA, 2001). A transferência é a capacidade
de adaptação em uma diferente tarefa motora. E suas implicações podem ser: positivas,
negativas ou nulas. A transferência positiva ocorre quando a experiência anterior beneficia a
aprendizagem de uma nova habilidade, ao contrário da transferência negativa, já a
transferência nula não tem ação sobre a aprendizagem (SAVION-LEMIEUX, 2005, MAIA et
al, 2007). No processo de aprendizagem de uma habilidade motora são verificadas
mudanças na performance, pois ocorrem alterações morfológicas e funcionais nas sinapses
do sistema nervoso, chamadas plasticidade neural (CAREY; BHATT; NAGPAL, 2005, REIS,
2009). Portanto a neuroplasticidade e o processo da aprendizagem motora podem ser
favorecidas também pelo uso da ETCC, pois seus efeitos vem sendo o foco de inúmeras
pesquisas, podendo levar a implicações promissoras para a elaboração de protocolos.
(PRIORI, 2003, REIS et al, 2009). OBJETIVOS: Esta pesquisa tem como objetivo verificar
os efeitos da ETCC no processo de aprendizagem motora em jovens saudáveis, enfatizando
a fase de generalização entre sequências de movimentos manuais. MÉTODOS:
Participaram dessa pesquisa 31 indivíduos jovens e saudáveis com idade entre 18 à 35
anos. Estes foram divididos em 2 grupos, classificados em GE e GP. Foi explicado para
36 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
cada participante que a tarefa consistiria em realizar os movimentos de oponência do
polegar com os demais dedos da mão dominante em duas sequências: ST e SNT
memorizados previamente, sendo esta a avaliação inicial. Em seguida realizaram o
treinamento da ST. Ao término e após 48h foram repetidos em ambos os grupos os mesmos
procedimentos da avaliação inicial para efeito de comparação. Para análise estatística foi
utilizado dois testes não-paramétrico equivalente a ANOVA (FRIEDMAN) e Mann-Whitney-
Wilcoxon devido a distribuição não normal para comparação das variáveis, com intuito de
identificar diferenças intra e inter-grupos. O nível de significância adotado foi de ≤ 0,05.
RESULTADOS E DISCUSSÃO / DESENVOLVIMENTO: Foram comparados os resultados
do GE e GP intragrupos durante as avaliações pré, pós treinamento e após 48horas no
membro dominante (direito) com a ST. Na execução da mesma houve melhora significativa
em ambos os grupos em relação ao aumento de acertos, já os erros ocorreu diminuição,
porém o grupo placebo não apresentou uma amostra estatisticamente significante ao
contrário do grupo experimental. Na execução da SNT o GE teve melhora do desempenho,
pois aumentou significativamente o número de acertos (p=0,003). Já o GP ficou muito perto
de alcançar o nível de significância, mas o p foi >0,05. Com relação aos erros, não houve
variância significativa no GP, enquanto o número de erros aumentou no GE. Na comparação
intergrupos não houve dados significativos. O presente estudo mostra que a ETCC
influência positivamente na aprendizagem motora. A corrente quando aplicada por um
tempo suficiente mantém modificada a função cortical para além do período de estimulação
(NITSCHE et al., 2008). A estimulação anódica sobre a região de (M1) e o eletrodo cátodo
sobre a área supra-orbitária contralateral a mão dominante, com a intensidade de 2 mA,
duração de 20 minutos e associada ao treinamento demonstrou resultados satisfatórios
após o treino. Tais resultados são afirmados por Andrade (2015) ressaltando que a prática
motora padronizada, se associada ao ETCC pode orientar os processos de plasticidade em
direção a um resultado funcional, pode também constatar uma melhoria significativa na taxa
de aprendizagem após uma única sessão (NITSCHE et al., 2003). Como observado nos
resultados, a aprendizagem motora foi favorecida, o grau de aprendizado é otimizado com a
prática que envolve alguns processos, ressaltando a transferência como o foco desse
estudo (SCHIMDT, WRISBERG, 2001). Por meio da comparação do desempenho em
ambas tarefas foi verificada essa transferência, já que o grupo experimental ao realizar a
SNT mostrou melhora, enquanto o aumento dos erros pode ser justificado pela semelhança
da tarefa. Podemos dizer que a transferência ocorrida foi positiva pois a experiência com a
habilidade facilitou o desempenho da mesma em uma nova situação. Partindo desse
pressuposto esse estudo preconiza o uso da ETCC, tendo efeito benéfico e tangível sobre a
transferência de aprendizagem entre sequências. CONCLUSÃO E CONSIDERAÇÕES
37 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
FINAIS: Com base nos resultados obtidos neste estudo, concluiu-se que os efeitos da
ETCC foram benéficos sobre o processo de aprendizagem motora enfatizando a fase de
generalização entre sequências.
PALAVRAS-CHAVE: aprendizagem, estimulação elétrica, plasticidade neuronal.
REFERÊNCIAS:
1.ANDRADE, Suellen M; OLIVEIRA, Eliane A. Estimulação transcraniana por
corrente contínua no tratamento do acidente vascular cerebral: Revisão de
Literatura. Rev Neurocienc., v. 23, n. 2, p. 281-290, [s.l.], 2015.
2. CAREY, James R; BHATT, Ela; NAGPAL, Ashima. Neuroplasticity
Promoted by Task Complexity. Exercise and Sport Sciences Reviews, v. 33, n.
1, p. 24-31, [s.l.], 2005.
3. DA SILVA, Alexandre F.; et al. Electrode positioning and montage in
transcranial direct current stimulation. Journal of visualized experiments, v. 51,
[s.l.], 2011.
4. FREGNI, Felipe; PASCUAL-LEONE, Alvaro. Technology insight: noninvasi-
ve brain stimulation in neurology-perspectives on the therapeutic potential of
rTMS and tDCS. Nat Clin Pract Neurol, v. 3, p. 83-93, [s.l.], 2007.
5. KAROK, Sophia; FLETCHER, David; WITNEY, Alice G. Task-specificity of
unilateral anodal and dual-M1 tDCS effects on motor learning.
Neuropsychologia, v. 94, p. 84-95, [s.l.], 2017.
6. MAIA, Raquel F.; et al. Efeitos da transferência de aprendizagem entre
tarefas: saque do voleibol para o saque do tênis. Revista Mackenzie de
Educação Física e Esporte, v. 63, n. 3, p. 135-144, [s.l.], 2007.
7. MARTINEZ, Rodrigo Q. A. Influência da estimulação transcraniana por
corrente contínua na aprendizagem motora de indivíduos saudáveis.
Dissertação – Pós-graduação em distúrbios do desenvolvimento, Universidade
Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2012.
38 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
8. MUELLBACHER, Wolf. et al. Early consolidation in human primary motor
cortex. Nature, v. 415, p. 640-644, 2002.
9. NITSCHE, Michael A. et. al. Transcranial direct current stimulation: State of
the art 2008. Brain Stimulation, v.1, p. 206-223, [s.l.], 2008.
10. Nitsche, Michael A. et al. Facilitation of implicit motor learning by weak
transcranial direct current stimulation of the primary motor cortex in the human.
Journal of Cognitive Neuroscience, v.15, p.619, [s.l.], 2003.
11. REIS, Janine. et al. Noninvasive cortical stimulation enhances motor skill
acquisition over multiple days through an effect on consolidation. PNAS, v.106,
n.5, [s.l], 2009.
12. SÁ, C.S.C.; MEDALHA, C.C. Aprendizagem e memória: contexto Motor.
Rev. Neurociências, v.9, n.3, p.103-110, [s.l.], 2001.
13. SAVION-LEMIEUX, Tal; PENHUNE, Virginia B. The effects of practice and
delay on motor skill learning and retention. Experimental Brain Research,
v.161, p.423–431, [s.l.], 2005.
14. SCHMDIT, R.A.; WRISBERG, C.A. Aprendizagem e performance motora:
uma abordagem da aprendizagem baseada no problema. p.352, Porto Alegre:
Artmed, 2001.
15. TANI, G.O. Aprendizagem motora: tendências, perspectivas e problemas
de investigação in: Tani G. Comportamento Motor: aprendizagem e
desenvolvimento. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
8. AGRADECIMENTO E SUPORTE FINANCEIRO: PIBIC/CNPQ
39 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
EFEITOS DA ESTIMULAÇÃO TRANSCRANIANA POR CORRENTE CONTÍNUA (ETCC)
NA AQUISIÇÃO E CONSOLIDAÇÃO DE UMA TAREFA MOTORA
Aluna: Mayara Fernanda Menegatti
Orientadora: Profa. Ma.Andrea Peterson Zomignani
Curso: Fisioterapia
INTRODUÇÃO: A estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC) é uma técnica
de neuromodulação que permite o estímulo de uma corrente elétrica em baixa intensidade
para as áreas corticais inibindo ou facilitando a atividade neuronal involuntária (BRUNONI et
al. 2012). De acordo com BRUNONI et al. (2012) a ETCC é considerada como uma terapia
segura para aplicação em humanos devido aos poucos relatos na literatura de efeitos
adversos.SCHESTATSKY et al. (2013) diz que a ETCC dispõe do uso de dois eletrodos, o
cátodo e o ânodo, onde são posicionados sobre o couro cabeludo com a finalidade de
modular uma área específica do cérebro. A corrente anódica foi idealizada para aumentar a
excitabilidade cortical no cérebro de regiões alvo, e a corrente catódica foi idealizada para
diminuir a excitabilidade cortical (LIMA, 2007). De acordo com LINDENBERG et al. (2010) a
ETCC teve relevância pela possibilidade de desenvolver o aprendizado motor. TANI (2005)
define como a possibilidade de realizar uma tarefa motora favorecendo uma melhora
relativamente permanente no seu desempenho, sendo que a prática contribui na aquisição e
no desempenho das habilidades motoras. LIMA (2007) diz que apesar desse tipo de
estimulação favorecer uma corrente de fraca intensidade, quando é aplicada por tempo
prolongado proporciona alterações sinápticas que podem ocasionar em mudança transitória
da rede neuronal. Portanto, essa terapia é uma técnica não invasiva e indolor, mas capaz de
modular a atividade cerebral, e com isso apresentar efeitos terapêuticos. De acordo com
BRUNONI et al. (2012) os parâmetros são oscilatórios, como o tamanho e posicionamento
dos eletrodos, a intensidade, a duração da estimulação, o número de sessões por dia e o
intervalo das sessões. Com isso há uma ampla variabilidade dos estudos publicados nos
dias atuais. Em vista disso, estudos vêm sendo realizados com o objetivo de melhorar a
compreensão quanto aos possíveis mecanismos envolvidos nas modificações induzidas
pela ETCC (MONTENEGRO et al., 2013). OBJETIVOS: Verificar os efeitos da ETCC na
aquisição e consolidação de uma tarefa motora em indivíduos jovens e saudáveis.
MÉTODO: Participaram dessa pesquisa 31 indivíduos saudáveis, de maneira voluntária, de
ambos os sexos, com idades variando entre 18 a 35 anos; 15 deles realizaram a tarefa
motora com a ETCC real e os outros 16 (grupo placebo) realizaram a tarefa com a ETCC
simulada. Os materiais utilizados nesse estudo foram: cadeira e mesa, para acomodar o
40 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
participante de maneira confortável; local silencioso para evitar interferências visuais e
auditivas durante o procedimento; fitas adesivo-metálicas acopladas aos dedos das mãos
dos participantes, para a transmissão dos sinais relativos à execução dos movimentos;
cabos de conexão dedos-computador; computador da marca Panasonic com programação
específica desenvolvida, para registro da velocidade eda acurácia dos movimentos dos
dedos e gerador de corrente contínua alimentado por uma bateria de 12V. A tarefa
motorapraticada foi uma sequência pré-determinada deoponência de dedos. Em seguida foi
realizada a avaliação inicial e logo após, o treino formado por oito blocos de trezentos
movimentos com intervalo de dois minutos em cada bloco. No final do treino realizou-se
aavaliação pós treino. Os voluntários foram reavaliados, novamente, quarenta e oito horas
pós treino. RESULTADOS E DISCUSSÃO/DESENVOLVIMENTO: Ambos os grupos
tiveram valores estatisticamente significantes, mostrando um aumento no número de acertos
tanto no GE quanto no GP, sendo que no GE os valores passaram de 25,5 (17,5; 28,8) para
35,0 (29,4; 42,0), com o valor de p<0,05 E os valores do GP passaram de 20,0 (17,2; 27,5)
para 36,0 (30,5; 38,8), com o valor de p<0,05. Entretanto, os resultados mostraram que o
GE também diminuiu o número de erros, enquanto o GP manteve o mesmo valor. Sendo
que o valor no GE passou de 2,5 (0,11; 4,90) para 1,5 (1,0; 3,90), com o valor de p<0,05 e
os valores do GP passaram de 4,0 (1,36; 4,82) para 2,0 (1,0; 3,0), com o valor de p>0,05.
Neste presente estudo verificou-se que a eletroestimulação por corrente contínua (ETCC)
aplicada na região do córtex motor primário (M1), pode contribuir para a aprendizagem
motora, visto que os resultados mostraram um ganho na quantidade de acertos no GE e
uma diminuição na quantidade de erros, o que sugere que isso é consistente com uma
aprendizagem mais eficaz. Com isso, tivemos como resultado nessa pesquisa mudanças
em desempenho positivas ao realizar a tarefa, tendo em ambos os grupos mais acertos
após a prática da tarefa motora, visto que o desempenho de uma tarefa motora voluntária
pode melhorar com repetição e prática. Entretanto, o grupo submetido à eletroestimulação
de M1 teve menos erros do que o grupo placebo após a tarefa. Ou seja, a ETCC parece ter
proporcionado aprendizagem mais consistente da tarefa motora proposta, embora não tenha
havido diferença entre os grupos para essa amostra. CONCLUSÕES OU
CONSIDERAÇÕES FINAIS: De acordo com os resultados, conclui-se que os efeitos da
ETCC na aquisição e consolidação de uma tarefa motora podem contribuir para uma
melhora no aprendizado motor de indivíduos jovens e saudáveis.
PALAVRAS-CHAVE: Atividade motora, estimulação elétrica e aprendizagem.
41 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
REFERÊNCIAS:
1. BRUNONI, A. R. Clinical Research with Transcranial Direct Current Stimulation
(tDCS): Challenges and Future Directions. Brain Stimulation; v.5, p.175-195, [s.l.],
2012.
2. BRUNONI, A. R. Tratamento do transtorno depressivo maior com estimulação
transcraniana por corrente contínua: ensaio clínico aleatorizado, duplo-cego, fatorial.
Tese – Doutorado: Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo,
2012.
3. CENSOR, N.; BUCH E. R.; NADER, K.; et. al. Altered human memory modification
in the presence of normal consolidation. CerebCortex. v. 26, p.3828–3837, [s.l.], 2016
4. DAYAN, E.; LAOR-MAAYANY R.; CENSOR N. Reward disrupts reactivated human
skill memory. Sci Rep, v.6, p.28270, [s.l], 2016.
5. LIMA, M. C. Estimulação cerebral para o tratamento de dor neuropática. Psicol.
teor.prat. v. 9, n. 2, p. 142-148, São Paulo, 2007.
6. LINDENBERG, R.; et al. Bihemispheric brain stimulation facilitates motor recovery in
chronic stroke patients. Neurology. v. 75, p.2176-2184, [s.l.], 2010.
7.. MONTENEGRO, R. A. Estimulação Transcraniana por corrente contínua: da
aplicação clínica ao desempenho físico. v.12, n.4, p.27-37, Rio de Janeiro: Revista
Hupe, 2013.
8. SCHESTATSKY, P; MORALES-QUEZADA, L; FREGNI, F. Simultaneous EEG
Monitoring During Transcranial Direct Current Stimulation. Journal of Visualized
Experiments. v.76, p. 50426, [s.l.], 2013.
9. WYMBS, N. F.; BASTIAN, A. J.; CELNIK, P. A. Motor skills are strengthened
through reconsolidation. Curr Biol. v. 26, p.338–343, [s.l.], 2016.
42 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
EFEITOS DA ESTIMULAÇÃO TRANSCRANIANA POR CORRENTE CONTINUA (ETCC)
NA RETENÇÃO DE UMA TAREFA MOTORA
Aluna: Juscélia Moreira Santos
Orientadora: Profa. Ma. Andrea Peterson Zomignani
Curso: Fisioterapia
INTRODUÇÃO: A aprendizagem é a mudança de comportamento realizada pela
plasticidade dos processos neurais cognitivos, sendo envolvidas nas áreas corticais
associadas e que fornece bases teóricas para que haja um plano de ensino durante todas
as fases do desenvolvimento (ANDRADE, 2004). Ela também é uma base essencial na
reorganização das conexões entre os neurônios, compreendida através da
neuroplasticidade como capacidade plástica do cérebro de se reorganizar em vários níveis,
quando estimulados a fatores eficientes e frequentes ou após uma agressão. (OLIVEIRA,
2009). Considerando que os mecanismos de neuroplasticidade como centrais em processos
de aprendizagem e memória, a estimulação transcraniana por corrente continua (ETCC),
aparece como uma interessante ferramenta de pesquisa nas áreas da neurociência.
(BOGGIO, 2006). Esse método de estimulação vem sendo usado para vários fins, pois ela é
caracterizada por um método indolor, acessível e de fácil aplicação e os efeitos dependem
de qual corrente será aplicada, que pode ser anódica ou catódida (MARINHEIRO, 2013).
Essas correntes são responsáveis por aumentar ou inibir a substância cortical, a corrente
anódica, aumenta a excitabilidade cortical, tendo uma despolarização da membrana
neuronal e a corrente catódica, diminui a excitabilidade cortical. (MONTENEGRO et al.
2013). Para disfunções primárias ou secundárias o uso dessa ETCC é bem recomendado,
pois os efeitos terapêuticos dessa técnica podem ser posicionados e alcançados por
ativação das estruturas neuronais ou a inibição de estrutura cortical (BERLIM, 2009). A
aplicação de corrente anódica no córtex motor resulta em uma maior eficácia no
desempenho motor, tendo um aumento da excitabilidade em todas as fases da
aprendizagem. (MACHADO, 2009). OBJETIVOS: Verificar como o uso da estimulação
transcraniana por corrente contínua (ETCC) interfere nos processos de retenção da tarefa
motora. MÉTODO: Foram selecionados 31 indivíduos jovens, saudáveis com idade entre 18
e 35 anos, destes foram divididos em 2 grupos: Grupo Experimental (GE) que realizou a
tarefa motora submetido a aplicação da eletroestimulação e o Grupo Placebo (GP) que
realizou a tarefa motora com o aparelho desligado. Os seguintes materiais a seguir foram
utilizados nesse estudo: cadeira e mesa, para acomodar o participante de maneira
confortável; local silencioso para evitar interferências visuais e auditivas durante o
43 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
procedimento; fitas adesivo metálicas acopladas aos dedos das mãos dos participantes,
para a transmissão dos sinais relativos à execução dos movimentos; cabos de conexão
dedos-computador; computador da marca Panasonic com programação específica
desenvolvida, para registro da velocidade e precisão dos movimentos dos dedos e gerador
de corrente contínua alimentado por uma bateria de 12V. A tarefa escolhida para a pesquisa
foi uma tarefa de movimentos sequenciais de dedos. Para esse tipo de abordagem, os
dedos das mãos foram numerados, do dedo indicador (segundo dedo anatômico)
representado pelo número 1 até o dedo mínimo (quinto dedo anatômico) representado pelo
número 4. O polegar não recebeu numeração, pois é quem realizava a oposição e fechava o
circuito registrando a sequência realizada. A tarefa consistia em realizar os movimentos de
oponência do polegar com os demais dedos, em sequências de cinco números
memorizados previamente. A partir daí foi realizada a avaliação inicial, avaliação de
treinamento que foi formado por 8 blocos de 300 movimentos. Após o treinamento realizou
uma avaliação pós treino. Os voluntários foram reavaliados novamente 48horas, 7 dias e 28
dias após o treinamento. Para a análise estatística inicialmente, foi testada a normalidade
dos dados pelo teste de Shapiro-Wilk. Diante da não normalidade encontrada foi utilizado
um teste não paramétrico para comparação dos resultados intra-grupos (Friedman) e um
teste também não paramétrico para comparação dos resultados inter-grupos (Mann-
Whitney-Wilcoxon). O nível de significância adotado foi de p ≤ 0,05, nível de confiança de
95%. O programa utilizado para todos os foi o Stata versão 11.0. RESULTADO E
DISCUSSÃO / DESENVOLVIMENTO Para análise do desempenho do indivíduo na tarefa
proposta foram utilizadas como variáveis o número de acertos e de erros durante os tempos
de avaliação (inicial, pós treinamento, 48 horas pós treinamento, 7 e 28 dias pós
treinamento). O acompanhamento ao longo do tempo mostra a capacidade de retenção, um
dos produtos da aprendizagem motora. No GE houve uma diminuição no número de erros
nos tempos pós treinamento e 48 horas pós treinamento estatisticamente significante
(p=0,03), o que não caracteriza retenção. Já nos períodos de 7 e 28 dias pós treino, o valor
retornou ao tempo pré treinamento. Houve nesse grupo também um aumento no número de
acertos, tendo assim uma melhora no desempenho, estaticamente significante (p<0,001).
No GP a diminuição na quantidade de erros não foi estaticamente significante, houve uma
melhora no número de acertos, entretanto o nível de significância foi inferior quando
comparado ao GE (p=0,001). Não houve diferenças na comparação entre os grupos. O
presente estudo verificou o efeito da ETCC na aprendizagem motora. A ETCC que tem
como característica, corrente com uma baixa intensidade, com fluxo direto e contínuo e com
capacidade de modular a atividade cortical, sem, no entanto, agir diretamente sobre os
neurônios. Esta é uma das várias vantagens que esta técnica possui. E quando os
44 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
neurônios não são afetados diretamente, minimizam-se os efeitos adversos. Ela também e
uma técnica com polaridade dependente, onde a estimulação anódica geralmente aumenta
a excitabilidade cortical e a catódica resulta em efeitos opostos. De acordo com os
resultados obtidos observou-se uma resposta significativa do desempenho durante as fases
de aquisição e retenção após a estimulação anódica no córtex motor primário. Esses efeitos
adquiridos podem ser compreendidos através do aumento da neuroplasticidade que houve
na área motora, a qual recebeu o estímulo da corrente anódica nessa região. Uma outra
análise comparativa dos resultados obtidos no grupo em relação ao grupo controle,
mostraram que houve uma melhora no desempenho imediato e de longo prazo, porém o seu
nível de significância foi menor. Esta conclusão foi apoiada pelo fato de que no grupo
experimental a repetição de sequências de movimentos realizados durante o treinamento
teve uma elevação de excitabilidade do córtex motor primário que foi induzido pela ETCC e
com isso houve uma melhora o desempenho beneficiando assim a aprendizagem por
favorecer a retenção da informação. Diante disso, a aplicação da corrente anódica no córtex
motor mais especificamente, a estimulação na região do M1, que mesmo tendo prática
constante, é capaz de favorecer a aprendizagem da dimensão absoluta da habilidade, tendo
um aumento da excitabilidade em todas as fases da aprendizagem. CONCLUSÃO OU
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Com base nos resultados, conclui-se que o efeito da ETCC na
retenção de uma tarefa motora pode contribuir para uma melhora na aprendizagem motora
de indivíduos jovens saudáveis. Embora tenha havido efeito da ETCC intra-grupo, sugerem-
se mais estudos e maior número de indivíduos na amostra para verificar com maior nível de
confiança os efeitos inter-grupo desse tipo de abordagem em indivíduos jovens e saudáveis.
PALAVRAS-CHAVE: Atividade motora, Estimulação elétrica, Aprendizagem.
REFERÊNCIAS:
1. ANDRADE, A; LUFT, C.B; ROLIM, MB; O desenvolvimento motor, a maturação das
áreas corticais e a atenção na aprendizagem motora. Revista digital, v.10 n.78,
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2. BERLIM, M.T.; NETO, V.D.; TURECKI, G. Estimulação transcraniana por corrente
direta: uma alternativa promissora para o tratamento da depressão maior. Rev.Bras.
Psiquiatr. v.31 n.1, São Paulo, 2009
45 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
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Gerais, Belo Horizonte, 2014.
46 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
ACHADOS NEUROLÓGICOS ANORMAIS EM LACTENTES ACOMETIDOS POR
MICROCEFALIA ENCAMINHADOS PARA O PROGRAMA DE INTERVENÇÃO PROCOCE
DA CLÍNICA DE FISIOTEARIA DO UNIANCHIETA
Aluna: Caroline de Jesus
Orientadora: Profa. Ma. Tathiana Ghisi de Souza
Curso: Fisioterapia
INTRODUÇÃO: O ZIKV foi encontrado em seres humanos em 1954 na África Ocidental. O
primeiro caso da doença no Brasil foi relatado em maio de 2015e, desde então, o vírus se
espalhou rapidamente dentro do Brasil e países próximos. Recentemente o Zika Vírus
(ZIKV) está sendo associado ao aumento dos casos de microcefalia em recém-nascidos. É
considerado microcefalia, aquele que apresenta o perímetro cefálico >2 desvios-padrão
menor que a média, quando comparado a crianças do mesmo sexo e idade. OBJETIVOS:
Identificar as alterações neurológicas presentes em lactentes expostos ao ZIKV com ou sem
microcefalia. MÉTODO: Trata-se de um ensaio clínico que foi conduzido em um período de
seis meses. Foram incluídos no estudo onze lactentes clinicamente estáveis expostos a
infecção pelo Zika vírus no período pré ou pós-natal. O estudo foi baseado em um
questionário sobre o desenvolvimento motor atípico da criança proposto por LOIS BLY
(2000). RESULTADOS E DISCUSSÃO / DESENVOLVIMENTO: Os onze lactentes foram
avaliados no mutirão do Projeto ZIKA – Coorte Jundiaí da FMJ período de março de 2017 a
junho de 2017. Dentre os 11 lactentes avaliados, 3 (27%) foi comprovado o diagnóstico de
microcefalia devido à infecção do ZIKV e 7 (73%) não foram diagnosticados com
microcefalia devido à infecções do zika vírus, mas que no entanto foram expostos ao ZIKV.
A idade média dos lactentes foi de 6 meses, 4 (36%) lactentes eram do sexo masculino e 7
(64%) do sexo feminino. Dentre todos os lactentes avaliados, oito deles (73%) apresentaram
pelo menos uma alteração em seu desenvolvimento motor atípico, estando então, dentro
dos padrões normais de desenvolvimento esperado para a sua idade. Os lactentes
avaliados que obtiveram alguma alteração, foram encaminhados para clínica de reabilitação
fisioterapêutica do UniAnchieta. CONCLUSÕES OU CONSIDERAÇÕES FINAIS: Com a
realização do presente trabalho e aplicação do questionário sobre o desenvolvimento motor
atípico da criança pode-se concluir que, apenas a exposição ao ZIKV pode causar
alterações ao desenvolvimento, não sendo necessária a presença comprovada de
microcefalia.
PALAVRAS-CHAVE: Zika Vírus, Desenvolvimento Motor, Avaliação Neurológica.
47 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
REFERÊNCIAS:
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<http://www.who.int/wer/2015/wer9045.pdf?ua=1/> acesso em: 31 jun. 2016.
13. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Centro de Operações de emergências em saúde pública
sobre microcefalias. Informe epidemiológico: Semana Epidemiológica. Monitoramento
dos casos de microcefalia no Brasil. v. 11, [s.l.], 2016. Disponível em:
<http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2016/fevereiro/03/COES-Microcefalias---
Informe-Epidemiol--gico-11---SE-04-2016---02FEV2016---18h51-VDP.pdf//> acesso
em: 31 jun. 2016.
AGRADECEIMENTO OU SUPORTE FINANCEIRO: Agradecemos à Faculdade de
Medicina de Jundiaí-FMJ pela parceria com a coleta de dados deste trabalho.
49 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA DE LACTENTES ACOMETIDOS POR MICROCEFALIA NO
MUNICÍPIO DE JUNDIAÍ – SP DEVIDO A INFECÇÃO PELO ZIKA VÍRUS
Aluna: Cristiane Sbrissa Cota
Orientadora: Profa. Ma.Tathiana Ghisi de Souza
Curso: Fisioterapia
INTRODUÇÃO: Estamos vivenciando no Brasil a introdução e um rápido processo de
disseminação do Zika Vírus, possivelmente introduzido no país durante a Copa do Mundo
realizada em 2014, trata-se de um flavivírus, transmitido por Aedes Aegypti que tem
causado doença febril, acompanhada por discreta ocorrência de outros sintomas gerais
(VASCONCELOS, 2015). A microcefalia relacionada ao vírus Zika é uma doença nova que
está sendo descrita pela primeira vez na história e com base no surto que está ocorrendo no
Brasil, ela é uma anomalia congênita que é definida como uma alteração da estrutura ou
função do corpo que estão prestes ao nascimento e são de origem pré-natal e pode ser
acompanhada de epilepsia, paralisia cerebral, retardo no desenvolvimento cognitivo, motor e
fala, além de problemas de visão e audição. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2015). A
Organização Mundial da Saúde (OMS) a caracteriza como uma anomalia que o Perímetro
Cefálico (PC) é menos que dois ou mais desvios-padrão do que a referência para o sexo, a
idade ou tempo de gestação. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2015). É importante ressaltar que
só por si só a ocorrência da microcefalia não significa a existência de alterações
neuropsicomotoras, principalmente se a microcefalia for de origem familiar, no entanto, na
maioria dos casos ela é acompanhada de alterações motoras ou cognitivas de acordo com o
grau de acometimento cerebral. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2015). O presente trabalho visa
avaliar inicialmente dez casos clínicos de microcefalia causados pelo Zika Vírus, pela
Avaliação Neurocomportamental de Dubowitz e assim ter conhecimento do grau de
acometimento neurológico causado pela infecção viral. OBJETIVOS: Descrever a avaliação
neurológica de lactentes acometidos por microcefalia devido à infecção pelo Zika Vírus.
MÉTODO: Desde 2015 o Hospital Universitário de Jundiaí (Hu) vem realizando uma coorte
no qual foram inseridos no projeto todos os lactentes nascidos no HU no momento da
pesquisa, para a realização e coleta de dados do presente projeto foi realizado uma parceria
com o médico responsável da coorte no primeiro semestre de 2017, a fim de ter acesso aos
dados e aos lactentes inseridos na pesquisa, que indicou 445 partos, sendo 10% desses
partos positivos para o Zika Vírus e 47 bebês microcefálicos. A coleta de dados foi realizada
na Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ) LOCALIZADA NA Rua Francisco Tele, n° 250,0
Vila Arens II, Jundiaí/SP, onde quinzenalmente ocorriam consultas de fisioterapia no período
50 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
de março de 2017 a junho de 2017. Foram incluídos no estudo onze lactentes, como o
diagnóstico de microcefalia devido à contaminação pelo Zika Vírus de qualquer peso e idade
gestacional (IG), nascidos no município de Jundiaí e encaminhados para o Hospital
Universitário de Jundiaí ou aqueles que a mãe obteve algum contato com o Vírus em seu
período gestacional. Foram excluídos os lactentes que não se encaixavam nesses critérios e
que os pais não tenham concordado em participar da pesquisa e realizado a assinatura do
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Foi aplicada a Avaliação Neurológica
de Hamersmith, também chamada de Avaliação Neurocomportamental de Dubowitz versão
neonatal e pediátrica (Anexo 02). A avaliação neonatal possui 29 itens divididos em 6
categorias: tônus, padrões de tônus, reflexos, movimentos, sinais anormais e
comportamento. (SOUZA et al, 2008). E a avaliação pediátrica contém 37 itens divididos em
6 categorias: nervos cranianos, movimentos, tônus, reflexos e reações, marcos motores e
comportamento. A Avaliação Neurocomportamental de Dubowitz Neonatal avalia lactentes
de 40 semanas de idade gestacional e/ou idade gestacional corrigida até 28 dias de vida e a
infantil avalia lactentes de 2 meses a 2 anos de idade, ambas têm o objetivo de avaliar as
funções de nervos cranianos, postura, movimento, tônus, reflexos e reações e o
comportamento. (DOGRA et al., 2010). A avaliação de Dubwitz foi desenvolvida em 1981, e
testada em 500 bebês, utilizando uma escala de 5 pontos para classificar a maturidade
neurológica, é uma avaliação considerada muito simples e com seu uso é possível
documentar toda a evolução do lactente. Sua utilização é viável para recém-nascidos pré-
termo (RNPT) e também para recém-nascido termo (RNT), podendo ser executada em
apenas quinze minutos. (DUBOWITZ, 1999). A análise de dados das avaliações foi
realizada de maneira qualitativa, onde serão descritos os achados neurológicos. A avaliação
de Dubwitz identifica padrões nos lactentes avaliados a partir de um sistema quantitativo de
pontuação onde para cada item é dado uma nota, no entanto, também pode ser descrita de
maneira qualitativa pela coluna assinalada pelo avaliador, forma que será abordada nesse
projeto para melhor descrever os achados neurológicos. Para a realização correta e
fidedigna do exame foi necessário seguir alguns critérios: As avaliações foram efetuadas
entre mamadas, durante o atendimento da fisioterapia, no mutirão da saúde do projeto Zika
Coorte Jundiaí, desenvolvido pela Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ). O teste de cada
item avaliado foi repetido três vezes e registrada a resposta predominante na ficha de
avaliação. Quando o lactente não se encaixava em nenhuma das possibilidades, optou-se
pelo diagrama mais próximo. Todas as crianças avaliadas se encontravam em boas
condições clínicas. RESULTADOS E DISCUSSÃO / DESENVOLVIMENTO: A amostra do
estudo foi composta de uma série de 11 lactentes, avaliados em seis encontros do multirão
no período de março e 2017 a junho de 2017, idade média dos lactentes doi de 6 meses, 4
51 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
(36%) lactentes eram do sexo masculino e 7 (64%) do sexo feminino, portanto para esse
estudo foi apenas utilizada a Avaliação Neurocomportamental de Hammersmith versão
pediátrica, já que todos os lactentes tinham mais de um mês de vida no momento de sua
avaliação. CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS: Com a realização do presente
trabalho e aplicação da avaliação neurológica de Dubowitz pode-se concluir que dentre
todos os lactentes avaliados, oito deles, ou seja, 73% apresentaram pelo menos uma
alteração em seu desenvolvimento motor de acordo com o esperado para a sua idade e
apenas três dos bebês avaliados, totalizando 27% não apresentaram desenvolvimento
motor atípico, estando então, dentro dos padrões normais de desenvolvimento esperado
para sua idade. PALAVRAS-CHAVE: Zika vírus, Microcefalia, Avaliação Neurológica
REFERÊNCIAS:
1. DOGRA, D. et al, A User Friendly Implementation for Efficiently Conducting
Hammersmith Infant Neurological Examination. Departmentof Computer Sc2010.
Disponível em: <https://arxiv.org/ftp/arxiv/papers/1402/1402.0698.pdf>. Acesso em 12
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2. DUBOWITZ, L.M.; DUBOWITZ, V.; MERCURI, E. The neurological assessment of
the preterm & full tem newborn infant. London: Cambridge. 1999.
3. MINISTÉRIO DA SAÚDE, Protocolo de Vigilância e Resposta à Ocorrência de
Microcefalia Relacionada à Infecção pelo Vírus Zika. [s.l.], 2015.
4. VASCONCELOS, PEDRO F.C, Doença pelo Vírus Zika: um novo problema
emergente nas Américas? RevPan-Amaz Saúde. 2015. Disponível em:
<http://scielo.iec.pa.gov.br/pdf/rpas/v6n2/v6n2a01.pdf>, Acesso em: 18 mar. 2016.
52 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
ÍNDICES GEOMÉTRICOS DE VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACADA EM
IDOSOS COM DIABETES MELLITUS TIPO II SUBMETIDOS A EXERCÍCIO AERÓBICO.
Aluna: Leonice Moreira dos Reis
Orientadora: Profa. Ma. Juliana Régis da Costa e Oliveira
Coorientadora: Profa. Ma. Laura Cristina Pereira Maia
Curso: Fisioterapia
INTRODUÇÃO: De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a Diabetes
Mellitus (DM) atinge no mundo 347 milhões de pessoas e uma das principais preocupações
é a prevalência de doenças crônicas DM, HAS, Obesidade e outras e sua relação com a
incapacidade funcional. OBJETIVO: Analisar a modulação autonômica cardíaca em idosos
com DM Tipo II submetidos a exercícios aeróbicos através de índices geométricos.
MÉTODO: Após preenchimento do TCLE, foi colocada a cinta de captação, no tórax dos
voluntários, e, no seu punho, o receptor de frequência cardíaca (V800, Polar). Os indivíduos
foram mantidos em decúbito dorsal e permaneceram em repouso por 10 minutos para a
captação basal da variabilidade da frequência cardíaca (VFC). Após isso, os idosos
caminharam em uma esteira ergométrica RT250pro da marca Movement para o treino
aeróbio dividido em: 5 minutos de aquecimento e 20 minutos de treino atingindo 70% da
FCmax. No início e a cada 5 minutos do treino foram colhidos as medidas de pressão
arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD) e frequência cardíaca (FC). Logo após os 25
minutos de treino o paciente foi orientado a deitar-se em decúbito dorsal por 30 minutos
onde o cardiofrequencímetro continuou o registro da VFC para a análise da variabilidade da
frequência cardíaca de recuperação (VFCr). O período de recuperação foi definido
imediatamente após a execução do treino aeróbio. Após a filtragem digital, o sinal foi
dividido em seis momentos: o “M1” período de 10 minutos de repouso; o “M2” os 20 minutos
intermediários do período de exercício, e o “M3” que consistiu no período de recuperação
(pós-exercício) do paciente, porém a VFC neste período de recuperação para análise foi
dividida em três novos momentos. Momento chamado de “Recuperação 1” – (R1)
compreendido nos cinco minutos iniciais da recuperação, a segunda medida (“Recuperação
2” – R2), compreendendo entre o décimo minuto ao décimo quinto minuto e o terceiro
momento da recuperação (R3) do vigésimo quinto ao trigésimo minuto. Para o período pós
exercício também foram colhidos as medidas de PAS, PAD, FR no primeiro, terceiro e
quinto minuto e a partir do quinto minuto de 5 em 5 minutos até o trigésimo minuto.
RESULTADOS E DISCUSSÃO / DESENVOLVIMENTO: a recuperação 2, onde apresenta
um discreto declínio. Foi encontrado uma média de: 66,7 anos, 1,60 anos de tempo de
53 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
ocupação atual, 76,7 kg em relação ao peso, 1,58 cm em relação à altura, com IMC de
30,40, a circunferência abdominal foi de 103,4cm e a razão cintura quadril de 0,93 cm. Os
resultados desta mostram um aumento da variabilidade da frequência cardíaca no começo
do exercício proposto até a recuperação 1, a partir desse ponto apresenta uma declínio e
um pequeno aumento da VFC. CONCLUSÕES OU CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Concluímos que a pesquisa mostram um aumento da variabilidade da frequência cardíaca
no começo do exercício proposto até a recuperação 1, a partir desse ponto apresenta uma
declínio e uma pequena aumento. Isso é visualizado pelo índice linear SD1, que representa
o sistema parassimpático, com um aumento da atuação vagal no começo do exercício
proposto seguido até a recuperação 2, onde apresenta uma discreto declínio. Porém, não
ocorreu significância estatística entre os estágios do exercício, ou seja, entre os momentos
da atividade física do idoso com DM não há diferenças.
PALAVRAS-CHAVE: idosos, Diabetes Mellitus, Modulação autonômica cardíaca.
REFERÊNCIAS:
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77, p. 64-69. [s.l.], 1996.
AGRADECIMENTO OU SUPORTE FINANCEIRO: Agradecemos a direção do Centro
Universitário Padre Anchieta e ao coordenador do curso de fisioterapia Prof. Dr. Danilo
Roberto Xavier de Oliveira Crege por todo apoio e incentivo a pesquisa no curso de
fisioterapia .
57 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
A INFLUÊNCIA DOS ESTILOS PARENTAIS NO COMPORTAMENTO DE
HABILIDADES SOCIAIS DOS FILHOS
Aluna: Joyce M. de Almeida
Orientadora: Ana Paula Lisboa Lima Leopardi
Curso: Psicologia
INTRODUÇÃO: Estilos Parentais é definido como um conjunto de condutas educativas
utilizadas pelos pais ou responsáveis que têm o objetivo de socializar, educar e controlar os
comportamentos dos filhos. São classificados os estilos parentais em quatro tipos, sendo
eles, Autoritativo, Autoritário, Indulgente e Negligente (GOMIDE, 2011). Tais práticas são
importantes para o desenvolvimento infantil dentre eles o repertório de Habilidades Sociais.
Habilidades Sociais é o termo frequentemente utilizado para intitular o conjunto de
capacidades comportamentais aprendidas que abrange as interações sociais do indivíduo
(BOLSONI-SILVA 2002). A questão da socialização tem importância para o
desenvolvimento da criança e para a sua saúde mental. As preocupações com déficits em
Habilidades Sociais nas etapas do desenvolvimento são constructos a serem levados em
consideração, reconhecendo que, esses déficits, podem comprometer fases posteriores do
ciclo vital do indivíduo (VALLE; GARNICA, 2009). OBJETIVOS: A pesquisa teve como
objetivo geral estudar a relação entre as variáveis estilos parentais e os comportamentos de
habilidades sociais das crianças, visando avaliar quais são os estilos parentais que
oferecem mais subsídios para que a criança desenvolva comportamentos socialmente
habilidosos, e os estilos parentais que possam inibir o desenvolvimento dessas habilidades.
Assim, seguindo o raciocínio das referências utilizadas, admite-se a hipótese que exista
simultaneidade dos constructos Estilos Parentais e Habilidades Sociais dos filhos.
Sendo, estilo parental positivo simultâneo ao desenvolvimento de comportamento de
habilidades sociais dos filhos; e estilo parental negativo simultâneo ao déficit dessas
habilidades. MÉTODO: A pesquisa foi exploratória, sendo qualitativa e quantitativa. Foram
utilizados como instrumentos o Inventário de Estilos Parentais (IEP) e a Escala de
Habilidades Sociais e Comportamentos Problemáticos (SSRS-BR). A coleta de dados para a
pesquisa e aplicação dos instrumentos foi realizada de acordo com as regras do Conselho
de Ética em Pesquisa com seres humanos do Centro Universitário Padre Anchieta. A
análise dos resultados foi realizada de forma correlacional, utilizando-se do coeficiente de
Pearson, ou seja, os resultados do Inventário de Estilos Parentais foram comparados com
os resultados da Escala de Habilidades Sociais e Comportamentos Problemáticos (SSRS-
BR) para identificar a possível hipótese de simultaneidade entre os dois. A amostra foi
58 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
composta por 20 participantes da comunidade acadêmica da instituição de ensino Centro
Universitário Padre Anchieta, localizada em Jundiaí interior de São Paulo. O critério para
respondentes dos instrumentos foram, pais com filhos de seis a treze anos. A aplicação dos
instrumentos e a coleta de dados foi realizada no horário de pré-aula, aula e intervalo do
ambiente acadêmico. RESULTADOS E DISCUSSÃO / DESENVOLVIMENTO: A análise
apresentou correlações entre os escores de Estilo Parental e Habilidades Sociais. Houve
correlação significativa positiva entre o escore bruto do IEP e o escore bruto do SSRS-BR
(r=0.576, P=0.008), ou seja, quanto maior o escore bruto de Estilo Parental, maior o escore
bruto de Habilidades Sociais, apresentando simultaneidade. Considerando a correlação
Estilos Parentais e Habilidades Sociais infantis, no presente estudo, verificou-se que há
correlação entre Estilos Parentais e Comportamento Socialmente Habilidoso. Identificou-se,
que, entre os resultados apresentou-se correlação, pois quanto mais Positivo o Estilo
Parental mais elevado era o resultado de repertório de Habilidades Sociais da criança.
Evidenciando a simultaneidade entre as variáveis. A literatura da área de estilos parentais
salienta que o ambiente social em que a criança está inserida, prioritariamente as Práticas
Educativas adotadas pelos pais são indicadores para as Habilidades Sociais dos filhos.
CONCLUSÕES OU CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que as duas variáveis
estudadas, Estilos Parentais e Habilidades Sociais são de extrema importância para
compreensão de como elas se organizam e se correlacionam. Com a presente pesquisa
verificou-se que crianças necessitam ser guiadas pelas Práticas Parentais, e que em sua
maioria, as Habilidades Sociais estão em simultaneidade com os Estilos Parentais. Para
futuras pesquisas, sugere-se o aprofundamento de estudos a respeito de Habilidades
Sociais e Estilos Parentais.
PALAVRAS-CHAVE: Estilos Parentais; Habilidades Sociais;
REFERÊNCIAS:
1. BOLSONI SILVA, A. T. Habilidades sociais: breve análise da teoria e da prática a
luz da análise do comportamento. Interação em psicologia. v. 6, n. 2, p. 233-242. [s.l.],
2002.
2. GOMIDE, P.I.C. Inventário de estilos parentais IEP: Modelo teórico-manual de
aplicação apuração e interpretação. 2. ed. Petrópolis, Rio de Janeiro : Vozes. 2011.
59 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
3. VALLE, T.C.M.; GARNICA, K.R.H. Aprendizagem e desenvolvimento humano:
avaliações e intervenções. p. 50 - 72 .São Paulo: Cultura Acadêmica. [s.l.], 2009.
AGRADECIMENTO OU SUPORTE FINANCEIRO: Bolsa Institucional BIC
60 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
ANÁLISE MOLECULAR DA VARIABILIDADE COMPORTAMENTAL EM
CONTINGÊNCIAS DE ESQUIVA
Aluno: João Gabriel Voltolim
Orientador: Prof. Me. Amilcar Rodrigues Fonseca Júnior.
Curso: Psicologia.
INTRODUÇÃO: A variabilidade comportamental pode ser definida como diferenças ou
mudanças entre unidades comportamentais que compõem dado universo de possibilidades
(HUNZIKER; MORENO, 2000). Nas últimas décadas, alguns trabalhos têm demonstrado
que é possível identificar variabilidade em níveis de análise moleculares (e.g., intrassessão),
ainda que algum grau de estereotipia seja constatado em níveis molares (e.g., entre
sessões) (FONSECA JÚNIOR, 2015; SANTOS, 2010; WARD; KYNASTON; BAILEY;
ODUM, 2008; HUNZIKER; SALDANA; NEURINGER, 1996 apud FONSECA JÚNIOR, 2015).
A literatura atual carece, ainda, de investigações que busquem compreender esse fenômeno
aparentemente paradoxal. OBJETIVO: Identificar se há elementos em nível molecular que
permitam compreender os níveis de estereotipia observados em nível molar. MÉTODO:
Foram realizadas análises moleculares dos dados coletados no estudo de Fonseca Júnior
(2015), no qual a variabilidade comportamental foi reforçada diferencialmente entre dois
operanda sob contingências de esquiva. Em todas as análises, fórmulas de Excel foram
aplicadas sobre os dados brutos de um sujeito experimental a fim de se identificar
regularidades no desempenho. Com o Procedimento I, foi analisado se sequências
contendo diferentes níveis de alternação se repetem sistematicamente ao longo da sessão e
entre sessões. Com o Procedimento II, foi analisado se sequências com diferentes
topografias, organizadas de acordo com o número de respostas necessárias em um dos
operanda para a sua emissão, se repetem sistematicamente ao longo da sessão e entre
sessões. Com o Procedimento III, foi analisado se a probabilidade de emissão das
sequências e de pares de sequências intra e entre sessões depende da frequência de
respostas emitida pelo sujeito nos diferentes operanda e do número de alternações que
compõem cada sequência. O desempenho real do sujeito foi comparado, via inspeção
visual, com o desempenho estimado por um cálculo que determina a probabilidade de
ocorrência das sequências em função da “preferência” do sujeito pelos operanda. Com o
Procedimento IV, foi analisado se a consequência que segue uma sequência (reforço ou
estimulação elétrica) afeta a probabilidade de uma sequência idêntica ser emitida na
tentativa seguinte. RESULTADOS: O Procedimento I indicou que, no que concerne ao
número de alternações, embora tenha sido identificado um grupo de sequências mais
61 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
frequente ao longo da sessão, esse grupo não alternou com outros grupos igualmente
estáveis. O Procedimento II indicou que, no que concerne a topografia das sequências,
nenhum padrão foi sistematicamente apresentado. O Procedimento III indicou que a
frequência relativa das sequências e dos pares de sequências, similar entre sessões,
resultou da interação entre as variáveis (1) frequência de ocorrência de respostas entre
operanda e (2) número de alternações que compõem as sequências e o efeito selecionador
de variação da contingência de reforçamento. O desempenho observado foi similar ao
revisto pelo cálculo empregado. Por último, o Procedimento IV indicou que não houve
diferenças na probabilidade de emissão de uma sequência repetida em função do resultado
obtido na tentativa anterior. CONCLUSÃO OU CONSIDERAÇÕES FINAIS: Não foram
identificadas evidências robustas de padrões de sequências intrassessão e entre sessões a
partir dos dois critérios de análise selecionados: número de alternações entre operanda e
número de respostas emitidas em cada operandum (topografia). Não foram identificadas,
também, evidências de seleção de configurações específicas de respostas em função do
reforçamento. Todavia, foram identificadas evidências de que a probabilidade de emissão de
uma sequência intra e entre sessões depende do modo como o sujeito experimental aloca
suas respostas entre os operanda e do custo de alternação das sequências. Tais variáveis
aparentemente interagem com o desempenho variável selecionado pela contingência de
reforçamento. Em suma, a estereotipia molar, objeto de interesse da presente investigação,
parece ser fruto do efeito de variáveis moleculares, tais como localização das barras e
número de alternações que compõem as sequências, sobre desempenhos aleatórios
previamente reforçados. Ainda que a presente pesquisa constitua-se como um avanço no
entendimento da estereotipia molar, entende-se que a presente investigação deve ser
estendida, abarcando outros sujeitos e fases experimentais que compõem o estudo de
Fonseca Júnior (2015). Com isso, a confiabilidade dos dados será ampliada e conclusões
mais seguras poderão ser delineadas.
PALAVRAS CHAVES: variabilidade comportamental, análise molecular, análise molar.
REFERÊNCIAS:
1. FONSECA JÚNIOR, A. R. Variabilidade comportamental reforçada negativamente
sob contingência de esquiva. Dissertação Mestrado em Psicologia Experimental -
Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2015.
62 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
2. HUNZIKER, M. H. L.; MORENO, R. Análise da noção de variabilidade
comportamental. Psicologia: Teoria e Pesquisa. v. 16, n. 2, p. 135- 143. Brasília 2000.
3. SANTOS, G. C. V. Efeitos de punição sobreposta ao reforçamento positivo sobre a
aquisição e manutenção da variabilidade comportamental em ratos. Tese Doutorado
em Psicologia Experimental - Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo,
São Paulo, 2010.
4. WARD, R. D.; KYNASTON, A. D.; BAILEY, E. M.; ODUM, A. L. Discriminative
control of variability: effects of successive stimulus reversals. Behavioural Processes,
v. 78, p. 17-24. [s.l.], 2008.
63 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
AVALIAÇÃO FUNCIONAL DOS COMPORTAMENTOS DE PROFESSORES DO ENSINO
FUNDAMENTAL I FRENTE AOS COMPORTAMENTOS INDESEJÁVEIS DE SEUS
ALUNOS
Aluno: Karin Cristina Rizzi
Orientadora: Rita de Cássia de Almeida Marinho
Curso: Psicologia
INTRODUÇÃO: A Análise do Comportamento compreende que os problemas relacionados
à sala de aula devem ser considerados como decorrentes das contingências ambientais e
que a responsabilidade pelo arranjo de tais contingências é do professor (ZANOTTO, 2004),
por isso esse trabalho não poderia ter outro objeto de estudo a não ser o comportamento do
professor. Nosso comportamento é fortemente controlado pelas consequências por ele
produzidas (SIDMAN, 1989/2011) e quanto mais conhecimento tivermos dos eventos que
controlam nosso comportamento, maior será nossa consciência para agirmos sobre eles
(SKINNER, 1953/1989). Essa consciência poderá ser obtida através de uma Avaliação
Funcional cujo objetivo é identificar antecedentes e consequências que controlam um
problema de comportamento (HORNER,1994), ou seja, identificar possíveis contingências
estabelecidas. Pesquisas que abordaram o tema da indisciplina escolar nos permitem supor
que ainda não é claro qual o papel do professor em relação aos comportamentos
indesejáveis de seus alunos, no entanto, Henklain e Carmo (2013) afirmam que a escola
tem o papel fundamental de ensinar para seus alunos comportamentos significativos que
sejam vantajosos no futuro e que o professor tem como um de seus principais papéis a
criação de condições que facilitem e garantam tal aprendizagem, ou seja, a mudança
comportamental do aluno. De acordo com Sidman (1989/2011) muitas vezes agimos para
evitar ou nos livrar de algo ruim e que o sucesso desta ação nos tornará mais propensos a
repeti-la a fim de obter o mesmo resultado. Essa relação que se estabelece entre os eventos
é chamada de contingência de reforço negativo. No entanto, se ao invés de parar o
comportamento inadequado dos alunos utilizando controle coercitivo, os professores
proporcionassem oportunidades para que eles emitissem comportamentos adequados e
oferecessem consequências positivas imediatamente após, estariam estabelecendo a
substituição dos comportamentos indesejados pelos desejados sem a necessidade da
punição (SIDMAN, 1989/2011). OBJETIVOS: Conhecer o repertório de professores em
relação aos comportamentos indesejáveis de seus alunos e avaliar as possíveis
contingências envolvidas, analisando as consequências imediatas e de longo prazo que tais
respostas produzem, cujo resultado poderá colaborar com a tomada de consciência dos
64 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
professores em relação ao manejo dos comportamentos indesejáveis de seus alunos.
MÉTODO: Esta pesquisa utilizou um método não experimental e teve uma abordagem
qualitativa já que seu interesse esteve na observação, registro e análise crítica de
determinados eventos. Instituição: A pesquisa foi realizada em uma Escola de Ensino
Fundamental I, localizada na periferia da cidade de Jundiaí/SP. Participantes: A observação
foi realizada com duas professoras polivalentes, de duas salas do 3º ano do Ensino
Fundamental, sendo aqui denominadas P1 e P2. Instrumentos: A classificação e o
agrupamento dos comportamentos indesejados foram baseados na pesquisa de Bandeira et
al. (2009) e para a realização da Avaliação Funcional foi utilizado o modelo de observação
descritiva proposto por Martin e Pear (2013). Análise dos dados: A análise da probabilidade
do aumento ou diminuição da ocorrência da resposta do professor, no futuro, em função das
consequências imediatas foi realizada após observação sistemática de três meses dos
professores em interação com seus alunos. Após esse período, as respostas dos
professores foram organizadas de modo que permitisse a visualização da ocorrência de tais
respostas por data, por situação e por consequência imediata, sendo que o filtro permitiu
também a análise combinada entre as variáveis. Procedimentos: Após submissão e
aprovação da pesquisa pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário Padre
Anchieta foi contatado o diretor da instituição e, após assinatura do Termo de Autorização,
definiu-se que a observação seria realizada em duas salas de aula do 3º ano do Ensino
Fundamental, sendo que o critério de inclusão foi o de salas de aula cujos professores
apresentassem queixas a respeito de alunos com comportamentos indesejáveis. Assim que
houve a definição dos dois professores participantes, foram coletadas as assinaturas nos
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.Em seguida, estabeleceu-se, que seria
destinado um dia da semana, com uma hora de observação em cada sala de aula, sendo
que ao todo foram doze horas de observação em cada sala, divididas em doze quintas-
feiras, nos meses de setembro, outubro e novembro de 2016. Ao final da coleta de dados, a
aluna-pesquisadora, juntamente com cada uma das professoras, realizaram a categorização
dos eventos, considerados estímulos antecedentes das respostas dos professores, de
acordo com a Escala de Avaliação de Comportamentos Problemáticos do estudo de
Bandeira et al. (2009). A devolutiva das análises com cada professora foi realizada em data
distintas, sendo que na mesma ocasião, as professoras responderam a um questionário
referente à participação como sujeito da pesquisa. RESULTADOS E DISCUSSÃO /
DESENVOLVIMENTO: Após análise dos dados acima, foi possível identificar que
contingência de reforço negativo, é a que possivelmente mantém a grande maioria dos
comportamentos dos professores diante de comportamentos indesejados dos alunos, aqui
estímulos aversivos, pois diante da emissão de uma determinada resposta do professor,
65 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
notava-se que o estímulo aversivo era suprimido, mesmo que temporariamente. Também foi
possível identificar um déficit de contingências de reforços positivos na relação entre
professores e alunos, já que nas poucas oportunidades observadas de as professoras
reforçarem comportamentos desejáveis de seus alunos, ambas não responderam.
CONCLUSÕES OU CONSIDERAÇÕES FINAIS: Sabemos que os professores não são
treinados a olharem para os eventos do ambiente que determinam os comportamentos
indesejados dos alunos, desta forma, não reconhecem seus próprios comportamentos como
parte das contingências, o que dificulta na mudança das condições necessárias para
obtenção de alteração comportamental dos alunos (ZANOTTO, 2004). A apresentação das
avaliações realizadas, para ambas as professoras, sinalizou uma nova possibilidade de
olhar para os mesmos eventos em sala de aula, considerando que a alteração dos próprios
comportamentos pode produzir as mudanças comportamentais desejadas e permanentes
nos alunos, principalmente quando forem estabelecidas contingências de reforço positivo
em detrimentos do controle coercitivo já utilizado.
PALAVRAS-CHAVE: problemas de comportamento, Análise do Comportamento, Avaliação
Funcional,
REFERÊNCIAS:
1. BANDEIRA, M.; et al. Validação das Escalas de Habilidades Sociais,
Comportamento Problemáticos e Competência Acadêmica para o Ensino
Fundamental. Psicologia: Teoria e Pesquisa. v. 25, n. 2, p. 271-282. [s.l.], 2009.
2. HENKLAIN, M.H.O.; CARMO, J.S. Contribuições da Análise do Comportamento à
Educação: Um Convite ao Diálogo. Cardernos de Pesquisa. v. 43, n. 149, p. 704-723.
[s.l.], 2013.
3. HORNER, R.H. Functional Assessment: Contribuitons and Future Directions.
Journal of Applied Behavior Analysis. v. 27, n. 2, p. 404, [s.l.], 1994.
4. MARTIN, G.; JOSEF, P. Modificação de Comportamento: O que é e Como fazer.
8.ed. São Paulo: Roca, 2013.
5. SIDMAN, M. Coerção e Suas Implicações. São Paulo: Livro Pleno, 1989/2011.
66 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
6. SKINER, B.F. Ciência e Comportamento Humano. 7.ed. São Paulo: Martins Fontes,
1953/1989.
7. ZANOTTO, M. de L. B. Subsídios da Análise do Comportamento para formação de
professores. In: HUBNER, M.M.C. (Org.). Análise do Comportamento para a Educação
– Contribuições Recentes. Santo André: ESETec. p. 33 - 47. 2004.
AGRADECIMENTO OU SUPORTE FINANCEIRO: Agradeço pelo Centro Universitário
Padre Anchieta pela concessão da bolsa na modalidade BIC concedida para a realização
desta pesquisa.
67 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
AVALIAÇÃO DE SUPORTE SOCIAL EM OBESOS INSERIDOS EM GRUPO DE APOIO
Aluna: Luara Aragoni Pereira
Orientador: Prof. Me. Clerison Stelvio Garcia
Curso: Psicologia
INTRODUÇÃO: A obesidade é uma doença complexa e multifatorial e vem crescendo
drasticamente, sendo considerada uma epidemia de grandes proporções. É necessário
desenvolver ações que ofereçam amparo das condições físicas, psicológicas e emocionais,
bem como a diminuição de situações de riscos, como a prevenção de doenças associadas à
obesidade. (Nunes 2006) Além de trazer malefícios à saúde e o desenvolvimento de
comorbidades, a obesidade está associada a prejuízos econômicos com os custos elevados
nos serviços de diagnóstico, prevenção e tratamento da doença, e com os prejuízos sociais,
como a mortalidade precoce, o absenteísmo no trabalho e influenciar significativamente a
longevidade. (Vasconcelos e Neto, 2008). Uma das formas de oferecer uma assistência aos
pacientes obesos é a terapia de grupo, cuja finalidade, além de ser terapêutica, integra os
indivíduos, criando um ambiente de compartilhamento e interação com os demais, sendo um
contato de apoio. (Toledo, 2006) Outro aspecto a ser considerado no processo do
tratamento da obesidade, é o suporte social, pois trata-se de um fator multidimensional em
diferentes níveis, que tem como objetivo um efeito mediador entre o processo saúde e
doença. (Nunes, 2006) Investigar as relações da rede social do indivíduo permitem
identificar os elos de interdependência que favorecem conexões significativas e
diferenciadas. (Canesqui e Barsaglini, 2012) Conforme Garcia (2013) o suporte social é um
dos principais fatores para a psicologia da saúde, e oferece um papel positivo, fazendo o
indivíduo sentir-se pertencente a uma rede de apoio para o tratamento da enfermidade.
OBJETIVOS: Avaliar o Suporte Social de indivíduos obesos, inseridos no Grupo de Apoio a
Pessoas Obesas (GAPO). MÉTODO: É um estudo epidemiológico transversal e descritivo.
Todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE), as
amostras foram pacientes obesos inseridos no GAPO com Índice de Massa Corpórea (IMC)
acima de 35 kg/m², dentro do programa de medicina preventiva do Centro Médico Hospitalar
Sobam, na cidade de Jundiaí - SP. Foram utilizados três instrumentos para a coleta de
dados: 1. ficha de coleta de dados demográficos. 2. ficha de dados clínicos. 3. inventário de
rede de suporte social (SSNI) (De Paula Lima, 2005). A apresentação da caracterização da
amostra foi através de frequência das variáveis categóricas, com valores de frequência
absoluta (n) e percentual (%), e estatísticas descritivas das variáveis contínuas,
apresentadas com mediana e valores mínimo e máximo. A consistência interna do inventário
68 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
da rede de suporte social (SSNI) apresentou o valor do alfa de Cronbach de 0,87. Para
comparação do escore de suporte social entre as variáveis categóricas utilizou-se o teste de
Mann-Whitney (para 2 categorias) e o teste de Kruskal-Wallis (para 3 ou mais categorias). O
nível de significância adotado para os testes estatísticos foi de 5%, ou seja, p<0.05.
RESULTADOS E DISCUSSÃO / DESENVOLVIMENTO: No presente estudo, a amostra
considerada foi de n= 73. A amostra caracterizou-se pelo predomínio do sexo feminino
(84,9%) e do sexo masculino (15%). Na distribuição por faixa etária, a idade média (±DP)
dos indivíduos foi de 13,2 variando entre 20 e 71 anos. Houve maior frequência na faixa
etária entre 40 a 59 anos (52,7%). A maioria dos entrevistados são casados ou com
companheiro (64,4%). Da amostra 85% tinham filhos, 24% dos filhos possuem entre 20 e 29
anos e 21% possuem 30 anos ou mais. A média (±DP) do índice de massa corpórea (IMC)
dos entrevistados foi 41,1±5,3, com mediana de 40,4 pontos, variando entre 34 e 63,5
pontos do IMC. Verificou-se em doenças concomitantes a maior frequência foi à hipertensão
com 43,8% da amostra. Através dos resultados, verificou-se diferença significativa entre
casados e com companheiros (p-valor 0.008), três ou mais filhos (p-valor 0,016), filhos com
idade 20-29 anos (p-valor 0,014) ou 30 ou mais (p-valor 0,041), outras doenças
concomitantes (p-valor 0.024) e motivação (p-valor<0.001) com o suporte social. Pelos
resultados da análise multivariada, verificou-se relação significativa de motivação (p-valor
0,004), estado civil: casados e com companheiros (p-valor 0,006) e outras doenças
concomitantes (p-valor 0,025) com o escore de suporte social. Em estudos de Cunha et al.
(2009) dentre os recrutados, 88,9% foram classificados com o índice de massa corporal
acima de 40,0, e apenas 1,1% na categoria obesidade grau II. Conforme apontam Segal &
Fandino (2002), há uma redução da expectativa de vida e aumento de comorbidades, além
da alta probabilidade de fracassos ao tratamento quando indivíduos possuem IMC acima ou
igual a 40,0. O que corrobora com o este estudo onde 50,6% da amostra se apresentam
com IMC acima ou igual a 40,0 e 46,5% da amostra relataram estar entre 35,0 – 39,9 na
classificação IMC. Word Health Organization (WHO), afirma que a obesidade trás o aumento
da prevalência de outras doenças associadas como a hipertensão. O que é notório na
presente pesquisa, onde 43,8% da amostra apresentaram hipertensão arterial, dados
semelhantes são relatados por Peixoto et al. (2017) apontam que cerca de 70% dos novos
casos de hipertensão arterial poderiam ser atribuídos ao excesso de peso. No item outras
doenças concomitantes, principalmente as doenças respiratórias e dores e inflamações
relacionadas a obesidade tiveram a maior frequência e obteve uma associação significativa
com o suporte social. O fator motivação apresentou uma forte associação com o suporte
social. Quanto maior o suporte social mais motivados os indivíduos estavam para o
tratamento. A motivação do comportamento pode ser interpretada como conjunto de
69 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
determinantes causas, sendo ambientais e internas. Por ela ser uma doença multicausal, se
faz necessário a capacitação de equipes multidisciplinar para o atendimento e acolhida dos
pacientes e familiares. Acredita-se que o presente estudo tenha colaborado para a maior
compreensão do suporte social em pessoas obesas. CONCLUSÃO OU CONSIDERAÇÕES
FINAIS: O suporte social é maior quando o paciente é casado ou tem um companheiro,
quando possuem três filhos ou mais, quando os filhos têm idade entre vinte a vinte e nove
anos ou trinta ou mais anos e quando a motivação está presente. O suporte social é menor
quando há a presença de doenças concomitantes.
PALAVRAS-CHAVE: Obesidade, Grupo de Apoio e Suporte Social
REFERÊNCIAS:
1. CANESQUI, Ana Maria; BARSAGLINI, Reni Aparecida. Apoio social e saúde:
pontos de vista das ciências sociais e humanas. Ciênc. saúde coletiva, v.17, n. 5, p.
1103 - 1114, Rio de Janeiro, 2012 . Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
81232012000500002&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 10 jun. 2017.
2. CUNHA, Maria Gabriela Bernardo da. et. al. Caracterização da voz do indivíduo
portador de obesidade mórbida. ABCD, arq. bras. cir. dig. v. 22, n. 2, p. 76 - 81. São
Paulo, 2009. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
67202009000200003&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 10 jan. 2017.
3. DE PAULA LIMA, Elenice Dias Ribeiro, NORMAN, Elizabeth.M. Translation and
adaptation of the social support network inventory in Brazil. Journal of Nursing
Scholarship. v. 37, n.3, p. 258 - 260, 2005.
4. GARCIA, Clerison Stelvio. O Suporte social e o impacto na família de pacientes
candidatos a transplante de fígado. Dissertação - Mestrado em Cirurgia - Programa de
Pós-graduação em Ciências aplicadas à Cirurgia e à Oftalmologia, Universidade
Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2013.
70 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
5. NUNES, Maria Angélica. et. al. Transtornos Alimentares e obesidade. 2. ed.. Porto
Alegre: Artmed, 2006.
6. PEIXOTO, Maria do Rosário Gondim. et. al. Ganho de peso na vida adulta: preditor
da hipertensão arterial?. Caderno de saúde coletiva. v. 25, n. 1, p. 58 -64, Rio de
Janeiro, 2017. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/cadsc/v25n1/1414-462X-
cadsc-25-1-58> Acesso em: 05 mar. 2017.
7. SEGAL, Adriano; FANDINO, Julia. Indicações e contra-indicações para realização
das operações bariátricas. Rev. Bras. Psiquiatr. v. 24, supl. 3, p. 68-72. São Paulo,
2002. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-
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8. TOLEDO, Rose Pompeu de. A experiência de atendimento a um grupo de familiares
em um centro de atenção psicossocial infantil (Capsi). v. 3, n. 3, p. 71 – 78. São Paulo:
Vínculo, 2006. Disponível em
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-
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9. VASCONCELOS, Patrícia de Oliveira. NETO, Sebastião Benício da Costa.
Qualidade de vida de pacientes obesos em preparo para a cirurgia bariátrica. Revista
Psico. Universidade Católica de Goiás e Universidade Federal de Goiás v. 39, n. 1, p.
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10. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Obesity and overweight Geneva. 2017.
Disponível em: <http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs311/en/>. Acesso em: 20
jul 2017.
AGRADECIMENTO OU SUPORTE FINANCEIRO: Agradecimento ao Centro Universitário
Padre Anchieta e o Centro Médico Hospital SOBAM.
71 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
EFEITOS DA ESTIMULAÇÃO TRANSCRANIANA POR CORRENTE CONTÍNUA
(ETCC) NA GENERALIZAÇÃO INTERMANUAL DE UMA TAREFA MOTORA
Aluna: Rita De Cássia Silva Martins
Orientadora: Profa. Ma. Andrea Peterson Zomignani
Curso: Fisioterapia
INTRODUÇÃO: A Eletroestimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC) é uma
técnica de neuromodulação segura e não invasiva que vem sendo estudada e praticada
como uma forma de alterar a excitabilidade do córtex (DASILVA et al., 2011). Segundo
(MAGILL & HALL, 1990), aprendizagem motora representa uma modificação na capacidade
de um indivíduo em executar uma tarefa motora, que pode ser alcançada por uma evolução
no desempenho, em consequência à prática. A aprendizagem motora consiste em três
fases, sendo aquisição, retenção e transferência ou generalização. A fase de generalização
refere-se a capacidade de transmitir essa melhora do desemprenho para uma situação
similar ou para um membro que não praticou o treinamento (SCHIMDT & WRISBERG, 2001;
KRAKAUER et al., 2006). Neste aspecto, a ETCC tem sido estudada pela sua capacidade
de promover uma aprendizagem motora mais eficaz se destacando entre estratégias que
tem objetivo de alterar a plasticidade no sistema nervoso central (LINDENBERG et al.,
2010). OBJETIVOS: Esta pesquisa teve como objetivo verificar os efeitos da
Eletroestimulação Transcraniana por Corrente Contínua na generalização intermanual de
uma tarefa motora sequencial, processo importante da aprendizagem motora. MÉTODO:
Participaram deste trabalho 31 indivíduos saudáveis, de ambos os sexos, com idades entre
de 18 a 35 anos. Foram utilizados os seguintes materiais para a pesquisa: cadeira e mesa,
para acomodar o participante de maneira confortável; local silencioso para evitar
interferências visuais e auditivas durante o procedimento; fitas adesivo-metálicas acopladas
aos dedos das mãos dos participantes, para a transmissão dos sinais relativos à execução
dos movimentos; cabos de conexão dedos-computador, computador da marca Panasonic
com programação específica desenvolvida, software específico para registro da velocidade
e da acurácia dos movimentos dos dedos e gerador de corrente contínua alimentado por
uma bateria de 12V. A tarefa realizada foi o movimentos de oponência do polegar com os
demais dedos. Os dedos das mãos foram numerados, do dedo mínimo representado pelo
número 4 até o indicador representado pelo número 1. Neste trabalho foi utilizada a
sequência 4-1-3-2-4, a qual foi apresentada aos participantes, para memorização e para
uma breve prática. Foi realizada uma avaliação inicial, na qual o participante realizou a
sequência com a mão dominante, e a seguir com a mão não dominante. Após isso,
72 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
começou-se o treinamento que foi composto por 8 blocos de 300 movimentos somente com
a mão dominante. Este estudo foi composto por 2 grupos de participantes que foram
divididos aleatoriamente. Os indivíduos do grupo experimental (GE) realizaram o
treinamento com a mão dominante, sendo submetidos a ETCC anódica de M1 contralateral
a mão que estava sendo treinada. Neste tipo de colocação o cátodo localiza-se na região
supra orbital, fechando o circuito elétrico. A estimulação foi aplicada por 20 minutos a uma
intensidade de 2mA. Os indivíduos do grupo placebo (GP) foram submetidos aos mesmos
padrões de treinamento, porém com o equipamento ligado por apenas 30 segundos, o que é
chamado de eletroestimulação simulada. Após o treino, todos os indivíduos foram
submetidos a uma avaliação pós treino em ambas as mãos, e retornaram para reavaliação
após 48 horas. RESULTADOS E DISCUSSÃO /DESENVOLVIMENTO: Inicialmente
identificou-se que na mão treinada houve uma melhora na aquisição da tarefa motora em
ambos os grupos em relação a quantidade de acertos, e uma diminuição na quantidade de
erros. Porém, o GE obteve uma diminuição no número de erros apresentando valor de
p=0,013, enquanto o GP apresentou valor de p=0,070, ou seja, apenas o GE apresentou
uma diminuição do número de erros estatisticamente significante. Isso sugere um
favorecimento da aprendizagem no GE. Os resultados também indicaram que houve efeito
de generalização intermanual para ambos os grupos de prática. Na mão não treinada, não
houve diminuição estatisticamente significante na quantidade de erros em ambos os grupos
(GE obteve diminuição de 3,5 para 3,0 com valor de p=0,172, e GP de 4,0 com valor de
p=0,140). Em contrapartida, em relação a quantidade de acertos, o GE teve vantagem em
relação ao GP. Ambos os grupos obtiveram um aumento na quantidade de acertos, como
esperado, visto que ambos os grupos realizaram o treinamento, entretanto a quantidade de
acertos aumentou de forma mais significativa no GE em relação aos GP (GE obteve
aumento de 20,0 para 30,0 com valor de p=0,004, e GP de 19,0 para 29,0 com valor de
p=0,027). CONCLUSÃO: Os resultados revelaram favorecimento no GE, não tendo sido
observados efeitos na diminuição de erros. Como conclusão, o presente estudo aponta que
a ETCC parece potencializar os efeitos da generalização sobre o aprendizado motor na mão
que não realizou o treino.
PALAVRAS-CHAVE: Aprendizagem, estimulação elétrica, generalização.
REFERÊNCIAS:
1. DASILVA, A. F., et al. Electrode positioning and montage in transcranial direct
current stimulation. Journal of Visualized Experiments, n.51, p.1-12, [s.l.], 2011.
73 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
2. KRAKAUER, J. W., et al. Generalization of motor learning depends on the history of
prior action. Plos Biology, v.4, n.10, p.1798-1808, [s.l.], 2006.
3. LINDENBERG, R., et al. Bihemispheric brain stimulation facilitates motor recovery in
chronic stroke patients. Neurology, v.75, n.24, p. 2176-2184, [s.l.], 2010.
4. MAGILL, R.A.; HALL, K.G. A review of the contextual interference effect in motor
skill acquisition. Human Movement Science, v.9, p.241-289, [s.l.], 1990.
5. SCHMIDT, R.A.; WRISBERG, C.A. Aprendizagem e performance motora: uma
abordagem da aprendizagem baseada no problema. Porto Alegre: Artmed, 2001.
74 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
ESTADO NUTRICIONAL DE ADOLESCENTES ANTES E APÓS UM PROGRAMA DE EDUCAÇÃO NUTRICIONAL EM UMA ESCOLA DE JUNDIAÍ-SP
Aluna: Mayara Cristina Faria Reis
Orientadora: Profa. Dra. Júlia Figueiredo Machado
Curso: Nutrição
INTRODUÇÃO: A adolescência é caracterizada pela última fase de aceleração do
crescimento, que leva a uma elevada demanda nutricional (CHIARELLI; ULBRICH; BERTIN,
2011). Dessa forma, a alimentação deve ser apropriada para atender as necessidades
nutricionais desse período da vida. Porém, sabe-se que os hábitos alimentares dos
adolescentes são marcados pela alta ingestão de alimentos calóricos e pobres em
nutrientes (MIGUEL et al., 2011). A alimentação inapropriada nessa fase da vida leva a
instabilidades nutricionais que podem intervir no crescimento e no estado de saúde (VIEIRA
et al., 2008). Os indicadores antropométricos devem ser empregados na determinação do
estado nutricional, sendo importantes no diagnóstico e no acompanhamento da situação
nutricional (SANTOS et al., 2005). A antropometria é um método de baixo custo, não
invasivo, útil e amplamente utilizado para identificar distúrbios nutricionais como obesidade e
déficits nutricionais (LOURENÇO et al., 2011). OBJETIVOS: O objetivo do estudo foi
verificar o estado nutricional de adolescentes antes e após uma intervenção nutricional.
MÉTODO: Foram avaliados estudantes de uma escola da cidade de Jundiaí-SP, com idades
entre 15 e 18 anos. A avaliação antropometrica foi feita por meio da aferição do peso,
estatura e circunferência da cintura. Para classificar o estado nutricional foram utilizadas as
referências da Organização Mundial da Saúde. Os dados foram analisados utilizando o
programa de estatística SPSS 16.0 e o antroplus. O teste de Wilcoxon foi utilizado para as
comparações antes e após a intervenção. A educação nutricional foi feita em forma de
palestras e atividades interativas, abordando diferentes temas. RESULTADOS E
DISCUSSÃO / DESENVOLVIMENTO : Participaram do estudo 95 alunos com média de
idade de 15,5±0,77 anos, sendo que 53,5% dos alunos eram do sexo masculino. As médias
do peso (antes de 63,5±14.4 Kg e depois de 64,0±14,4 Kg) e da estatura (antes de
1,68±0,08 m e depois de 1,89±0,09 m) foram significativamente maiores após a intervenção
(p=0,02 e p<0,001, respectivamente), por outro lado a média da circunferência da cintura
(antes de 73,3±8,7 cm e depois de 71,6±8,3 cm) foi menor após a intervenção (p=0,001). O
excesso de peso estava presente em 31,7% dos alunos na primeira coleta e após a coleta
este percentual caiu para 26,4%. O aumento de peso observado não foi proporcional ao
75 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
aumento da estatura, desta forma o IMC destes adolescentes reduziu, levando a uma
redução nos casos de sobrepeso e obesidade. Resultados similares foram encontrados no
estudo de CARVALHO et al. (2001), que observaram reduções no sobrepeso e obesidade
em adolescentes após intervenção nutricional, porém neste estudo e no nosso estudo a
porcentagem de adolescentes com excesso de peso permaneceram altas, indicando a
necessidade de uma intervenção nutricional contínua nas escolas. O conhecimento sobre
alimentação saudável, ainda, é muito deficiente na população de adolescentes, desta forma
as intervenções nutricionais devem ser feitas de forma contínua, com a finalidade de
promover mudanças de comportamento alimentar. (TORAL N., 2006). CONCLUSÕES OU
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Diante destes resultados, a intervenção nutricional mostrou-se
efetiva na redução do número de casos de alunos com excesso de peso. Porém, mesmo
diante destes resultados positivos, a porcentagem de adolescentes com excesso de peso
permanece altas, indicando a necessidade de uma intervenção nutricional contínua nas
escolas.
PALAVRAS-CHAVE: Adolescente, Estado Nutricional, Educação Nutricional
REFERÊNCIAS:
1. CHIARELLI, G.; ULBRICH, Z.A.; BERTIN, L.R. Composição corporal e consumo
alimentar de adolescentes da rede pública de ensino de Blumenau (Brasil). Revista
Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano, v. 13, n. 4, p. 265-271, 2011.
2. LOURENÇO, A.M.; TAQUETTE, S.R.; HASSELMNN, M.H. Avaliação nutricional:
antropométrica e conduta nutricional na adolescência. Adolescência e Saúde, v. 8, n.
1, p.51-58, [s.l.], 2011.
3.MIGUEL, V.P.; RESENDE, C.M.M.; CIAMPO, L.A.D.; et. al. Dietary Intake,
Anthropometric and Body Composition Assessment of Adolescents Enrolled in a Basic
Health Unit in Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil. Faculdade de Medicina de Ribeirão
Preto, v. 44, n. 3, p. 267-75. São Paulo, 2011.
4.SANTOS, J.S; COSTA, M.C.O; SOBRINHO, C.L.N; et. al. Perfil antropométrico e
consumo alimentar de adolescentes de Teixeira de Freitas – Bahia. Revista de
Nutrição. v.18, n.5, p. 623-632. Campinas, 2005.
76 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
5.VIEIRA, R.C.M.; TEIXEIRA, M.T.B.; LEITE, I.C.G.; et. al. Padrão antropométrico e
consumo alimentar em uma amostra de adolescentes de 15 a 19 anos. Humana
Revista, v.34, n.4, p.249-255, [s.l.], 2008.
6.CARVALHO, C.M.R.G; NOGUEIRA, M.T; TELES, J.B.M; et. al. Consumo alimentar
de adolescentes matriculados em um colégio particular de Teresina, Piauí,
Brasil. Revista de Nutrição. v. 14, n. 2, p. 85-93. Campinas, 2001.
7.TORAL, N; SLATER, B; CINTRA, I.P; et. al. Comportamento alimentar de
adolescentes em relação ao consumo de frutas e verduras. Revista de Nutrição, v. 19,
n. 3, p.331-34, Campinas, 2006.
77 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
A INFLUÊNCIA DA AUTORREGULAÇÃO DA APRENDIZAGEM NO SUCESSO
ACADÊMICO DOS ALUNOS INGRESSANTES NO ENSINO SUPERIOR
Aluna: Mariana Guimarães Simon
Orientadora: Profa. Dra. Maria Cristina Zago Castelli
Curso: Psicologia
INTRODUÇÃO: O ingresso no Ensino Superior constitui uma importante época de transição
que exige do estudante diversos desafios devido as mudanças de ordem pessoal, social e
acadêmica que se desenrolam nesse período. (SECO e colaboradores, 2008). O aluno
ingressante universitário encontra-se como integrante de uma nova comunidade, onde
precisará encontrar uma nova identidade para configurar-se ao grupo, e ainda verificar por
meio do autoconhecimento se a escolha da área profissional foi realizada com um grau de
maturidade emocional adequado, capaz de levar em consideração seu perfil individual e
gerar um alto nível de satisfação com os estudos e o trabalho (BERTELLI; DUARTE, 2013).
Para Freitas-Salgado (2013) o início do curso (os três primeiros semestres) são os que mais
demandam atenção de um serviço de acompanhamento acadêmico do aluno. Acompanhar
os alunos na fase inicial de sua vida universitária permite que compreendam que eles
mesmos fazem parte do seu processo de aprendizagem. Além de ser importante para seu
desempenho e integração acadêmica as estratégias de aprendizagem são uma forma de
prevenir a evasão universitária. (BERTELLI; DUARTE, 2013). Existem nas universidades
programas disponíveis para promover a autorregulação da aprendizagem, para este projeto
de pesquisa foi selecionado o programa “Cartas do Gervásio ao seu umbigo: comprometer-
se com o estudar na educação superior” (ROSÁRIO; NUÑEZ; CONZALEZ-PIENDA, 2012).
O presente projeto de pesquisa integra-se ao Programa de Serviço de Atendimento
Psicopedagógico Unianchieta, o SAP-Unianchieta, que foi concebido para avaliar, atender e
acompanhar o aluno em suas necessidades acadêmicas. O aluno assim monitorado terá
maior probabilidade de desenvolver-se de forma plena com o objetivo da excelência na sua
formação específica e como cidadão crítico de uma perspectiva social e histórica (LUIS e
CASTELLI, 2013; CASTELLI, 2005). OBJETIVOS: O presente projeto teve por objetivo
apresentar os processos de autorregulação da aprendizagem como meios de obtenção do
sucesso acadêmico, por meio de dois grupos constituídos GE (grupo experimental) e GC
(grupo controle), comparar diversos indicadores do repertório deaprendizagem desses
alunos. MÉTODO: Participaram desta pesquisa interventiva alunos, de ambos os sexos e
idades variadas, regularmente matriculados no semestre 2º. do curso de Psicologia no
Centro Universitário Padre Anchieta. Os participantes foram divididos em dois grupos
78 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
denominados: Grupo Controle (CC) e Grupo Experimental (GE), participantes do GE
receberam como variável independente oficinas do programa: “Cartas do Gervásio ao seu
umbigo: comprometer-se com o estudar na educação superior”. Foram realizadas 8 oficinas
com ambos os grupos e as medidas comparadas entre os GE e GC foram as seguintes:
Questionário de Expectativas do Ensino Superior; Questionário sobre Organização do
Tempo de Estudo; Material produzido nas Rodas de Conversa; Questionário da Avaliação
das Oficinas e acompanhamento de Notas de todos os participantes no período de janeiro
de 2016 a junho 2017. RESULTADOS E DISCUSSÃO / DESENVOLVIMENTO: Na Fase de
Tratamento os encontros do GC ocorreram com uma variação de frequência de 2 a 9
participantes e os encontros do GE ocorreram com uma variação de frequência de 8 a 9
participantes. Os participantes dos grupos: Controle e Experimental, apresentaram um efeito
de aumento de médias no segundo semestre comparado aos demais. Esse efeito ocorreu
independemente da atividade desenvolvida nos grupos. Isto é, aparentemente a variável
crítica – que seriam as cartas de Gervásio, produziu o mesmo efeito que outras atividades.
Adicionalmente, no GC observou-se a formação de laços de amizade entre os participantes,
podendo ter contribuído para isso o desenvolvimento de temas como: habilidades sociais e
empatia, que conhecidamente contribuem para a autorregulação da aprendizagem. No GE
observou-se o formato de “grupo de estudos” tendo sido introduzido o tema da
autorregulação da aprendizagem, houve predominância dos temas: desenvolvimento da
vida acadêmica, ansiedade frente as provas, notas e formas de estudo. CONCLUSÃO OU
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os dados obtidos nesse presente trabalho sugerem que o fato
de manejar um grupo de ingressantes com horário estabelecido e atividades especificas do
contexto acadêmico produziu a autorregulação da aprendizagem que pode ser inferida pelo
aumento da frequência de comportamentos relacionados a Estudo, identificado pelas
respostas encontradas nos questionários e pelo aumento de médias observado no semestre
em que as oficinas ocorreram.
PALAVRAS-CHAVE: autorregulação da aprendizagem; ensino superior; behaviorismo.
REFERÊNCIAS:
1. BERTELLI, Sandra Benevento; DUARTE, Walquíria Fonseca. A problemática da
evasão no ensino superior e caminhos em orientação profissional. São Paulo: Casa do
Psicólogo, 2013.
79 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
2. FREITAS-SALGADO, Fernanda Andrade de. Autorregulação da Aprendizagem:
intervenção com alunos ingressantes do Ensino Superior. Campinas: Unicamp, 2013.
3. LUÍS, Emerson Fernandes, CASTELLI, M.C.Z. Estudo Exploratório dos fatores da
Continuidade e Engajamento dos Alunos Ingressantes no Ensino Superior. Jundiaí:
Unianchieta, 2013.
4. ROSÁRIO, Pedro; NÚNEZ, José C.; GONZÁLEZ-PIENDA, Júlio. Cartas do
Gervásio ao seu umbigo: comprometer-se com o estudar na educação superior.
Versão adaptada para edição brasileira Soely Aparecida Jorge Polydoro, Fernanda
Andrade de Freitas. São Paulo: Almedina, 2012.
5. SECO, Graça Maria; PEREIRA, Ana Patrícia; SANTOS, Irene Cristina; FILIPE, Luís
André; ALVES, Sandra. Promoção de estratégias de estudo: contributos do serviço de
apoio ao estudante (SAPE) do instituto politécnico de Leiria. Leiria: IPL, 2008.
AGRADECIMENTO OU APOIO FINANCEIRO: PIBIC/CNPq
80 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
DESENVOLVIMENTO E AVALIAÇÃO SENSORIAL DE BEBIDA À BASE DE MATCHA E
WHEYPROTEIN
Bolsista: Andressa Morau
Orientadora: Profa. Dra. Juliana Burger Rodrigues
Curso: Nutrição
INTRODUÇÃO: O matcha (Camellia sinensis) é cultivado no sul da Ásia, incluindo vários
países como a China, Índia, Japão, Tailândia, Sri Lanka e Indonésia. A Composição das
folhas do chá depende de uma variedade de fatores, incluindo clima, estação, processo
utilizado na horticultura, além do tipo e idade da planta. É considerada depois da água, a
bebida não alcoólica mais consumida no mundo, amplamente disponível e de baixo custo.
Os benefícios da planta estão relacionados com a diminuição de gordura corporal , riscos de
doenças cardiovasculares e Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) tornando-se
viável o seu uso como um importante coadjuvante nutricional em diversas patologias, devido
às suas propriedades antioxidantes, antiinflamatórias, anti-hipertensivas, antidiabéticas e
antimutagênicas (SENGER; SCHWANKE; GOTTLIEB, 2010). A cafeína e as catequinas
são os principais componentes do chá verde e ambas possuem um efeito sobre as enzimas
em que a noradrenalina é ativada afetando na termogênese. De acordo com a literatura é
importante destacar que o efeito anti-obesidade do chá varia de acordo com a termogênese
podendo mudar o efeito de acordo com a idade, a dose e peso corporal (TURKOZU; TEK,
2016).Um estudo realizado por Dulloo et al. (1999) avaliou, em homens jovens eutróficos,
que o chá verde possui propriedades termogênicas e promove a oxidação de gordura.
Portanto, o extrato de chá verde pode apresentar um controle da composição corporal, via
ativação da termogênese e oxidação de gordura.O presente projeto tem como tema
escolhido o desenvolvimento de um produto alimentício composto por matcha e whey
protein de alto valor nutricional para praticantes de atividade física que leve em sua
formulação ingredientes que auxiliam no emagrecimento de forma natural e adequada,
auxiliando atletas a ter um rendimento maior nos treinos com as propriedades benéficas que
o produto desenvolvido contém. Além dos praticantes de atividade física, o produto
desenvolvido também contribui promovendo saúde para as pessoas através de um
composto natural que possui benefícios e previne doenças como câncer, Hipertensão,
diabetes e auxilia na queima de gordura. Para a nutrição esse produto é de grande
importância, já que a obesidade é uma epidemia mundial e através do estudo podemos
analisar como um composto natural é benéfico para a população.Portanto este assunto
abordado contribui para o conhecimento da população a combater patologias optando pelo
81 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
produto visto que aliado a um plano alimentar equilibrado e a prática frequente de atividade
física pode acelerar o metabolismo energético auxiliando na queima de gordura,
contribuindo para menor risco de doenças e obesidade. OBJETIVO: Desenvolver um
produto alimentício para praticantes de atividade física que contenha Matcha
(CamelliaSinensis) e whey protein em diferentes concentrações, buscando enriquecê-lo
nutricionalmente e verificar a sua aceitabilidade através da análise sensorial. MÉTODO: A
produção do Whetcha foi realizada utilizando como matéria-prima whey protein, matcha em
pó e água e aroma. Para a produção do Whetcha , foram estudadas diferentes
concentrações de inclusão do matcha e do whey protein. As concentrações foram avaliadas
de acordo com um delineamento composto central rotacional (DCCR), do tipo 22, incluindo
três repetições do ponto central, totalizando 11 ensaios. Esse planejamento objetiva
determinar quais as melhores concentrações dos ingredientes para uma melhor aceitação
do Whetcha. Foram elaboradas 11 formulações de Whetcha, sendo adicionados em um
liquidificador as respectivas quantidades de água, whey protein e matcha e aroma. Foram
calculados os rótulos nutricionais das 11 formulações de Whetcha de acordo com a RDC
360 e 359 (ANVISA,2003). Em Março serão realizadas análises sensoriais nas
dependências do Laboratório de Técnica Dietética do Centro Universitário Padre Anchieta,
Jundiaí - SP. Serão testes afetivos de aceitação com os próprios estudantes da instituição.
As amostras serão avaliadas em relação aos atributos de aparência, aroma, sabor, cor e
impressão global. Esta análise será feita com as amostras na temperatura ambiente (22 ± 2
°C). Os testes de aceitação utilizarão escala não estruturada de nove centímetros, ancorada
nos extremos pelos termos “desgostei muitíssimo” na esquerda e “gostei muitíssimo” na
direita. A equipe será composta por 120 consumidores de Whetcha (HOUGH et al., 2006),
representativos do público alvo (STONE, SIDEL, 2004), selecionados em função do hábito
de consumo regular de produtos whetcha e não ter alergia a lactose e nem proteínas do leite
e não ter sensibilidade a cafeína. As amostras serão apresentadas aos provadores de forma
monádica, em copos plásticos brancos, codificados com algarismos de três dígitos. Também
será analisada a intenção de compra por parte dos provadores, utilizando escala de 5
pontos (1 = certamente não compraria; 5 = certamente compraria). Os resultados das
análises sensoriais, serão avaliados através de Análise de Variância (ANOVA) com posterior
uso do Teste de Tukey, considerando p=0.05. Todas as análises serão realizadas utilizando
o XLSTAT for Windows 2011. RESULTADOS E DISCUSSÃO / DESENVOLVIMENTO: Os
resultados alcançados foram avaliados através do Delineamento Composto Central
Rotacional (DCCR). O modelo ajustado para o componente aparência, aroma, sabor, textura
e impressão global mostrou-se estatisticamente significativo (p < 0,05). Dentre os fatores
estudados, a porcentagem de matcha e whey protein afetaram significativamente esses
82 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
atributos. As amostras que tiveram os melhores resultados de acordo com as médias foram
as formulações 9, 10 e 11 em relação aos atributos de aparência, aroma, sabor, cor e
impressão global. Observa-se que os valores do ponto central para ambos fatores foram os
que apresentaram maiores notas de aceitação pelos consumidores. CONCLUSÕES OU
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Com os resultados obtidos e com a pesquisa elaborada, esse
projeto conclui que as características sensoriais de um produto alimentício são de grande
importância para a sua aceitação pelos consumidores e, consequentemente, para a sua
comercialização, sendo a aparência e sabor decisivos neste processo.
PALAVRAS-CHAVE: Obesidade, Matcha, Chá verde, Whey protein
REFERÊNCIAS:
1. DULLOO, A.G.; DURET, C.; ROHRER, D.; et. al. Efficacy of a green tea extract rich
in catechin polyphenols and caffeine in increasing 24-h energy expenditure and fat
oxidation in humans. Am J Clin Nutr. v. 70, n.6, p.1040-1045. 1999.
2. HARAGUCHI, F K.; ABREU, W, C.; PAULA, H. Proteínas do soro do leite:
composição, propriedades nutricionais, aplicações no esporte e benefícios para a
saúde humana. Rev Nutr, v. 19, n. 4, p. 479-88, 2006.
3. HOUGH, G.; WAKELING, I.; MUCCI, A.; et. al. Number of consumers necessary for
sensory acceptability tests. Food Quality and Preference, v.17, n.6, p.522-526, 2006.
4. SENGER ,V. E. A; SCHWANKE, C. H. A; GOTTLIEB, M,G ,V. Chá verde (Camellia
sinensis) e suas propriedades funcionais nas doenças crônicas não transmissíveis.
Scientia Medica , v. 20, n.4, p. 292-300, 2010.
5. STONE, H.;SIDEL, J. L. Sensory evaluation practices. New York: Academic Press.
2004.
APOIO FINANCEIRO: PIBIC/CNPq
83 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
AVALIAÇÃO DAS ROTULAGENS E INFORMAÇÕES NUTRICIONAIS DE PÃES
INTEGRAIS INDUSTRIALIZADOS: PORÇÃO, FIBRAS E ADEQUAÇÃO COM A
LEGISLAÇÃO VIGENTE
Aluna: Bruna Aprillanti
Orientadora: Profa. Ma. Flávia Noeli de Souza Infante
Curso: Nutrição
INTRODUÇÃO: O pão é um alimento muito consumido pela população brasileira e
amplamente aceito, segundo pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). A substituição de alimentos in natura e minimamente processados por
alimentos industrializados altera o padrão e a qualidade da alimentação, especialmente o
consumo de fibras (IBGE,2011). A rotulagem nutricional é uma das estratégias de combate
da expansão das doenças crônicas não transmissíveis, uma vez que, favorece escolhas de
alimentos mais saudáveis. A informação nutricional contida no rótulo dos alimentos deve
oferecer ao consumidor informações sobre a composição química do alimento, ser de fácil
compreensão, segura e confiável. A resolução nº 360 de 23 de dezembro, vem orientando a
indústria de alimentos, de quais são as informações sobre a composição química do
alimento que devem ser apresentadas no rótulo e de que forma isto deve ser feito (BRASIL,
2003). Estratégias de marketing e embalagens chamativas, além de frases de efeito, podem
levar o consumidor a comprar alimentos que não contém os componentes citados,
enganando-o (IDEC, 2014). OBJETIVO: Avaliar a informação nutricional obrigatória, o teor
de fibras, ingredientes fornecedores de fibras, teor de farinha de trigo integral, uso da
informação nutricional complementar e adequação as resoluções RDC 359/2003, 360/2003
e RDC 54/2012 em pães industrializados comercializados com a alegação de fornecedores
de fibras. MATERIAIS E MÉTODOS: Tratou-se de um estudo descritivo de avaliação das
rotulagens de diferentes marcas de pães industrializados. As informações nutricionais dos
produtos foram obtidas pelo site oficial das empresas e as amostras foram selecionadas nos
meses de agosto e setembro do ano de dois mil e dezesseis. Foram avaliadas os pães da
marca Wickbold, Pulmman e Binco do Brasil os dados coletados no site das empresas foram
tabulados em planilha com base nos objetivos propostos: na lista de ingrediente deveriam
constar ingredientes fontes de fibra, além da farinha de trigo integral; ter a porção de 50g,
como propõe a RDC 359; na rotulagem contivesse alegações como “fonte de fibra”,
“integral” e “rico em fibra”, para adequar quanto à RDC 54. O teor de fibras nas porções foi
analisado, assim como a ordem e presença de farinha de trigo integral e farinha de trigo
branca e os resultados foram analisados e comparados com a recomendação atual de fibras
84 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
para indivíduos adultos saudáveis, de acordo com as Dietary Reference Intakes.
RESULTADOS E DISCUSSÃO / DESENVOLVIMENTO: Constatou-se que das 55
amostras, todas podem ser classificadas como fonte de fibras, porém apenas 7% como alto
conteúdo de fibras. Quanto à porção, a maioria das amostras utilizou 2 fatias ou 2 fatias e
meia para a porção de 50g (24%; 19%). Quanto a presença de fontes integrais, 89% dos
pães têm na composição a farinha de trigo integral e 67% a farinha de trigo integral é o
primeiro. Há correlação estatística entre o uso de farinha de trigo integral e a quantidade de
fibras do mesmo. No entanto, não é necessário o uso de farinha de trigo integral para se
obter um produto com alto conteúdo de fibras. CONCLUSÃO OU CONSIDERAÇÕES
FINAIS: Os rótulos da maioria dos pães integrais avaliados neste estudo estão de acordo
com às legislações vigentes, no entanto, o uso de porções de fatias pela metada é um tema
controverso que deve ser discutivo. Os pães industrializados tem apresentado uma boa
quantidade de fibras, mesmo não usando farinha de trigo integral ou ela não sendo a farinha
usada em maior quantidade. É importante tornar informações como essa de acesso a
comunidade e aos profissionais da saúde.
PALAVRAS – CHAVE: rotulagem; informação nutricional complementar; integral
REFERÊNCIAS:
1. IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa de orçamentos
familiares 2008-2009: análise do consumo alimentar pessoal no Brasil. Rio de Janeiro,
2011.
2. IDEC, Instituto de Defesa do Consumidor. Testes e pesquisas: Alimentos Bebidas à
base de leite e iogurtes ainda não respeitam novas regras de rotulagem. Pesquisa do
Idec, São Paulo, 2014. Disponível em: <http://www.idec.org.br/consultas/testes-e-
pesquisas/bebidas-a-base-de-leite-e-iogurtes-ainda-no-respeitam-novas-regras-de-
rotulagem> Acesso em: 12 abr. 2017.
3. BRASIL, Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução
nº 360, de 23 de dezembro de 2003. A Diretoria Colegiada da ANVISA/MS aprova o
regulamento técnico sobre rotulagem nutricional de alimentos embalados. Diário
Oficial da União, 26 dez. 2003.
85 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
4. BRASIL, Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução
nº 359, de 23 de dezembro de 2003. Aprova Regulamento Técnico de Porções de
Alimentos Embalados para Fins de Rotulagem Nutricional. Diário Oficial da União, 26
dez. 2003.
5. BRASIL, Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução
nº 54, de 12 de novembro de 2012. Dispõe sobre o Regulamento Técnico sobre
Informação Nutricional Complementar. Diário Oficial da União, 19 nov. 2012.
AGRADECIMENTOS OU SUPORTE FINANCEIRO: Ao Centro Universitário Padre Anchieta
pela concessão da bolsa de Iniciação Científica.
86 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
AVALIAÇÃO DA INGESTÃO ALIMENTAR DE ADOLESCENTES DO ENSINIO MÉDIO DE
UMA ESCOLA PARTICULAR DE JUNDIÁI ANTES E APÓS INTERVENÇÃO
NUTRICIONAL
Aluna: Jamile Ferian Abou Abbas
Orientadora: Profa. Dra. Taciana Davanço
Coorientadora: Profa. Ma. Júlia Figueiredo Machado
Curso: Nutrição
INTRODUÇÃO: A alimentação é fundamental para garantir ao organismo todos os
nutrientes necessários para seu funcionamento, desenvolvimento e crescimento, para isso
deve conter todos os grupos de alimentos em quantidades adequadas, assegurando, assim
a proteção e promoção da saúde (COUTINHO et al., 2007). Porém, uma alimentação
inadequada rica em gordura saturada e trans, carboidratos simples e pobre em fibras, está
relacionada ao surgimento de doenças crônicas não transmissíveis e obesidade, que estão
atingindo a população cada vez mais jovem (FERREIRA; CHIARA; KUSCHNIR, 2007). Ao
mesmo tempo, a busca por um padrão estético pode resultar em medidas de restrição
alimentar, principalmente, na adolescência, por ser uma fase de vulnerabilidade devido às
transformações psicossociais e biológicas (DUNKER; FERNANDES; CARREIRA FILHO,
2009). Esse cenário resulta em jovens com uma ingestão alimentar com déficit em
nutrientes, pois apresentam excesso de açúcar, sódio e gordura e são pobres em fibras,
vitaminas e minerais (VIANA; SANTOS; GUIMARÃES, 2008). Além do fato, de a
necessidade de alguns nutrientes na adolescência ser maior, devido ao crescimento
acelerado característico desse ciclo da vida, por isso, os adolescentes estão mais
propensos a apresentarem um déficit de nutrientes (VEIGA et al., 2009). Desse modo, é de
suma importância a analise da ingestão alimentar para o estudo da relação entre nutrição e
doenças crônicas não transmissíveis e do padrão alimentar de uma população (ANJOS;
SOUZA; ROSSATO, 2009), para uma conscientização eficaz que resulte na adoção de
hábitos alimentares saudáveis, o que é feito por meio da educação alimentar e nutricional,
sendo importante para a promoção da saúde (CUNHA; 2014). OBJETIVOS: Avaliar a
ingestão alimentar de adolescentes do ensino médio de uma escola particular de Jundiaí,
através do Recordatório 24 horas e Registro Alimentar de 3 dias, antes e após intervenção
nutricional. MÉTODO: Estudo aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa do centro
universitário Padre Anchieta, conforme recomendações para pesquisas envolvendo seres
humanos propostas pela Resolução no 196 de 10 de outubro de 1996 do Conselho Nacional
de Saúde. Todos os participantes e responsáveis assinaram o termo de consentimento livre
87 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
e esclarecido. Foram avaliados 80 estudantes, cuja ingestão alimentar foi avaliada
Recordatório 24 horas e o Registro Alimentar de 3 dias. Ambos os inquéritos foram
aplicados na população estudada, antes e após intervenção nutricional. A realização dos
cálculos e avaliação de adequação dos nutrientes foi realizada pelo software DietSmart e o
parâmetro de comparação utilizado foi a DRI (2002) e WHO/FAO (2003). Os testes
estatísticos foram realizados através do software (SPSS) e o teste de Wilcoxon.
RESULTADOS E DISCUSSÃO / DESENVOLVIMENTO: Os únicos nutrientes que
apresentaram um aumento na porcentagem de adequação da primeira T(1) para a segunda
T(2) coleta foram a proteína (87,5%), gordura saturada (50%), colesterol (77,5%), fibra
(15%), vitamina D (11,3%), zinco (35%) e sódio (38,8%), porém o único nutriente que
apresentou associação estatisticamente significante (p < 0,05) de forma positiva foi a
gordura saturada. Já a intervenção nutricional apontou que alunos participaram das
atividades e que a maioria possui a vontade de mudar seus hábitos alimentares, sendo
assim o início de um processo de mudança do padrão alimentar que necessita de
continuidade. CONCLUSÕES OU CONSIDERAÇÕES FINAIS: O presente estudo apontou
que uma grande parte dos adolescentes apresenta uma alimentação inadequada, de modo
que a intervenção nutricional, apesar de não ter resultado em mudanças estatísticas
significativas satisfatórias, pode ter significado o início de uma conscientização, que ainda
necessita de uma continuidade para surtir maiores resultados.
PALAVRAS-CHAVE: Adolescência, Ingestão alimentar, educação nutricional.
REFERÊNCIAS:
1. ANJOS, L.A.; SOUZA, D.R.; ROSSATO, S.L. Desafios na medição quantitativa da
ingestão alimentar em estudos populacionais. Rev. Nutr. v.22, n.1, p.151-162.
Campinas, 2009.
2. COUTINHO, N.M.P.; VALÕES, E.M.; LACERDA, N.C.; et. al. Avaliação nutricional e
consumo de alimentos entre adolescentes de risco. Rev. RENE, v.8, n.3, p.9-16
Fortaleza, 2007.
3. CUNHA, L.F. A importância de uma alimentação adequada na educação infantil. p.
31. Monografia. pós-graduação - especialização em ensino de ciências. Universidade
tecnológica do Paraná. Ibaiti, 2014.
88 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
4. DUNKER, K.L.L.; FERNANDES, C.P.B.; CARREIRA FILHO, D. Influência do nível
socioeconômico sobre comportamentos de risco para transtornos alimentares em
adolescentes. J Bras Psiquiatr, v.58, n.3, p.156-161, 2009.
5. FERREIRA, A.; CHIARA, V.L.; KUSCHNIR, M.C.C. Alimentação saudável na
adolescência: consumo de frutas e hortaliças entre adolescentes brasileiros.
Adolescência & Saúde, v.2, n.2, p.48-52, 2007.
6. VEIGA, G.V.; et al. Inadequação do consumo de nutrientes entre adolescentes
brasileiros. Rev Saúde Pública, v.47, n.1, p. 212-221, 2013.
7. VIANA, V.; SANTOS, P.L.; GUIMARÃES, M.J. Comportamento e hábitos
alimentares em crianças e jovens: uma revisão da literatura. Psicologia, saúde e
doença, v. 9, n. 2, p. 209-231, 2008.
AGRADECIMENTO OU SUPORTE FINANCEIRO: Agradecemos ao CNPQ pela bolsa de
Iniciação Científica e ao Unianchieta pelo apoio a Pesquisa.
89 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
ALIENAÇÃO PARENTAL: UM ESTUDO SOBRE SUAS CONSEQUÊNCIAS NO
DESENVOLVIMENTO PSICOLÓGICO INFANTIL
Aluna: Bruna Thais de Oliveira
Orientadora: Profa. Ma. Melissa Picchi Zambom
Curso: Psicologia
INTRODUÇÃO: Em nosso país os divórcios aumentam a cada dia, desse modo aumentam
também as disputas judiciais pela guarda dos filhos. Tal prática, além de envolver questões
jurídicas e sociais, abrange também questões psicológicas. A Alienação Parental consiste
em uma forma de abuso ou maltrato em que um dos genitores educa a criança para que ela
rompa os laços com outro genitor. Este é um fenômeno bastante recente e relaciona-se aos
altos índices de separações judicias na atualidade, no entanto, pouco é pesquisado nas
suas implicações sócio emocionais sobre os filhos. Esse estudo buscou meios de identificá-
la, diagnosticá-la e fomentar possíveis meios de tratá-la. OBJETIVOS: O presente trabalho
teve como finalidade principal investigar quais são as consequências psicológicas da
Síndrome de Alienação Parental no desenvolvimento psicológico infantil. MÉTODO: Esta
pesquisa ocorreu através de uma revisão bibliográfica, abarcando o tema da Síndrome da
Alienação Parental e as consequências no desenvolvimento psicológico infantil. Foram
utilizadas as bases de dados Pepsic (Periódicos Eletrônicos em Psicologia), Scielo e BVS
Saúde. A análise dos resultados foi realizada por meio da leitura metódica, pela avaliação
dentro dos critérios determinados, e se o trabalho já está obsoleto ou não no âmbito
cientifico. O levantamento de bibliografia foi feito de acordo com os autores de mais
relevância no campo dos conceitos estudados neste trabalho, assim como também foi de
grande importância o estudo das contribuições mais recentes na esfera da Psicologia e do
Direito de Família. RESULTADOS E DISCUSSÃO / DESENVOLVIMENTO: Os resultados
desta pesquisa abarcaram quais são as leis brasileiras e estrangeiras no âmbito da
Alienação Parental, qual é a função da família no desenvolvimento da criança, como os
estilos parentais se relacionam com a síndrome da alienação parental (SAP), possíveis
danos e possibilidades de intervenção mediante a ocorrência da SAP. CONCLUSÕES OU
CONSIDERAÇÕES FINAIS: O interesse desta pesquisa foi desmembrar quais são as
consequências psicológicas nos casos acometidos pela síndrome da alienação parental. Os
resultados obtidos através desta pesquisa foram satisfatórios, pois através da revisão
bibliográfica do material cientifico existente até o momento pudemos perceber e sistematizar
quais são as variáveis envolvidas nas consequências desta síndrome e quais são os meios
90 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
de minimizar a ocorrência desta forma tão cruel de manipulação que os genitores submetem
os filhos.
PALAVRAS-CHAVE: Síndrome da Alienação Parental; Desenvolvimento Infantil; Genitores.
REFERÊNCIAS:
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desenvolvimento infantil. Revista Psicopedagogia, v. 28, n. 85, p. 67-75, 2011.
Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
84862011000100007&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 14 maio 2017
2. DA CRUZ BENETTI, Silvia Pereira. Conflito conjugal: impacto no desenvolvimento
psicológico da criança e do adolescente. Psicologia: Reflexão e Crítica, v. 19, n. 2, p.
261-268, 2006. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
79722006000200012&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 14 maio 2017.
3. BRASIL, Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei 8.069/90. Brasília, DF, Senado
Federal, 1990.
4. BRASIL, Constituição. 1988. Artigo 227. Disponível em:
<https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10644116/paragrafo-6-artigo-227-daconstituicao-
federal-de-1988/>. Acesso em: 29 mar. 2017.
5. BRASIL, Decreto Nº 99.710, de 21 de novembro de 1990. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1990-1994/d99710.htm/>. Acesso em: 25
mar. 2017.
6. BRASIL, Lei Nº 10.406, de janeiro de 2002. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10406.htm/>. Acesso em: 28 mar.
2017
7. BRASIL, Lei Nº 12.318, de 26 de agosto de 2010. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12318.htm/>. Acesso
em: 28 mar 2017.
91 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
8. CASSONI, Cynthia. Estilos parentais e práticas educativas parentais: revisão
sistemática e crítica da literatura. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo. São
Paulo, 2013.
9. DA CRUZ BENETTI, Silvia Pereira. Conflito conjugal: impacto no desenvolvimento
psicológico da criança e do adolescente. Psicologia: Reflexão e Crítica, v. 19, n. 2, p.
261-268, 2006.
10. DA FONSECA, P. M. P. C. Síndrome de alienação parental. Pediatria. v. 28, n. 3,
p. 162-168. São Paulo, 2008. Disponível em:
<http://www.wilsoncamilo.org/arquivos/alienacao_parental.pdf/>. Acesso em: 04 abr.
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11. DA FONSECA, Priscila Maria Pereira Corrêa. Síndrome de alienação parental.
Pediatria. v. 28, n. 3, p. 162-168. São Paulo, 2006. Disponível em:
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12. DARNALL, D. Parental Alienation Conference. 1999. Disponível em:
<http://www.fact.on.ca/info/pas/darnall.htm/>. Acesso em: 19 jun. 2017.
13. GARDNER, Richard. O DSM-IV tem equivalente para o diagnóstico de Síndrome
de Alienação Parental (SAP). Manuscrito não publicado. Tradução para o Português
por Rita Rafaeli, 2002.
14. GOMIDE. Parenting Style Inventory PSI. Inventário de estilos parentais (IEP)–
Gomide, percurso de padronização e normatização. Psicol. argum, v. 25, n. 48, p. 15-
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<https://www.researchgate.net/profile/Paula_Gomide/publication/37686613_INVENTA
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15. LAGO, Vivian de Medeiros; BANDEIRA, Denise Ruschel. A Psicologia e as
demandas atuais do direito de família. Psicologia: ciência e profissão, v. 29, n. 2, p.
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16. MASTEN, Ann; GEWIRTZ, Abigail H. Resiliência no desenvolvimento: a
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Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
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lembramos de coisas que não aconteceram?. Arquivos de Ciências da Saúde da
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25. VELLY, Ana Maria Frota. A síndrome de alienação parental: uma visão jurídica e
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Mercosul–IBDFAM. Porto Alegre. 2010. Disponível em:
<http://www.vnaa.adv.br/artigos/ibdfam.pdf/>. Acesso em: 10 jun. 2017.
AGRADECIMENTO OU SUPORTE FINANCEIRO: Agradeço a oportunidade de realização
desta pesquisa ao Programa Institucional de Pesquisa de Iniciação Científica do
UniAnchieta, que possibilitou maior conhecimento sobre a psicologia e sobre a ciência.