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7 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica ÀREAS DE CONHECIMENTO 1 - CIÊNCIAS DA SAÚDE

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7 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

ÀREAS DE CONHECIMENTO

1 - CIÊNCIAS DA SAÚDE

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ANÁLISE DA SATISFAÇÃO DOS USUÁRIOS DA REDE PRIVADA DE SAÚDE SOBRE O

ATENDIMENTO FISIOTERAPÊUTICO

Aluna: Lidiane Cristina da Silva

Orientadora: Profa. Ma. Carla Dellabarba Petricelli

Coorientadora: Profa. Ma. Laura Cristina Pereira Maia

Curso: Fisioterapia

INTRODUÇÃO: Segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) de 2010, a rede

privada aposta na mudança do modelo de atenção à saúde, priorizando o acesso rápido e

fácil aos atendimentos de qualidade e principalmente resolutivos, de acordo com as

necessidades e direitos de seus clientes. Perceber a visão dos pacientes se tornou um

grande subsídio para ampliar a qualidade dos serviços de fisioterapia, tendo como foco não

somente o usuário, mas também a evolução dos processos envolvidos (ESPERIDIÃO e

TRAD, 2006; SOUZA, GRIEBELER e GODOY, 2007; MACHADO e NOGUEIRA, 2008). A

satisfação dos pacientes com os cuidados recebidos amplia a chance de o tratamento

evoluir positivamente, acelerando o processo de cura e favorecendo a relação terapeuta-

paciente. O cliente que está satisfeito com o serviço tende a permanecer fiel ao tratamento

(GOLDSTEIN, 2000). OBJETIVO: Analisar a satisfação dos pacientes acerca do

atendimento fisioterapêutico oferecido pela rede privada de saúde, nas cidades de Jundiaí-

SP e Várzea Paulista-SP, através da aplicação de questionário de satisfação. MÉTODO:

Estudo observacional de caráter transversal, com amostragem consecutiva, aprovado pelo

Comitê de Ética e Pesquisa e realizado em dez clínicas de fisioterapia da rede privada.

Todos os voluntários eram pacientes do atendimento fisioterapêutico, de ambos os sexos,

com idade mínima de 18 anos, com capacidade cognitiva para ler e responder o

questionário autoaplicável e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido,

concordando em participar. O questionário autoaplicável utilizado foi extraído da pesquisa

de Moreira, Borba e Mendonça (2007), era validado e adequado socioculturalmente,

contemplava características sociodemográficas e aspectos sobre “satisfação do paciente”,

em que os itens que abordam a satisfação continham escala do tipo intervalar. Foram

apresentadas variáveis qualitativas e quantitativas. Foram analisados componentes fatoriais

para sumarizar as informações do banco de dados. Para a classificação dos autovaloresfoi

utilizado o teste Kaiser-Meyer-Olklin (KMO), que varia entre 0 e 1, tendo 0,50 como patamar

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mínimo de adequabilidade. Também foi realizado o teste de Spearman para análise da

correlação entre a idade, quantidade de sessões de fisioterapia realizadas como fator

formado pelas principais queixas. Foi utilizado o nível de confiança de 95% e programa

Stata versão11.0. RESULTADOS E DISCUSSÃO/ DESENVOLVIMENTO: Predominou-se o

sexo feminino, média de idade de 51,5 anos, nível de escolaridade superior e alta renda

familiar. Em toda amostra as avaliações positivas sobressaíram sobre as negativas. Dentre

as queixas encontradas, relacionadas aos aspectos físicos do ambiente, as que obtiveram

maior número de respostas negativas foram às condições de acesso às pessoas com

deficiência física (13,8%) e o conforto da sala de espera (5,2%). A relação terapeuta-

paciente, a forma como é conduzido o tratamento e a facilidade em realizar as sessões

sempre com o mesmo fisioterapeuta apresentaram alto nível de satisfação, favorecendo a

adesão do paciente ao tratamento. CONCLUSÕES OU CONSIDERAÇÕES FINAIS: Com

base nos resultados obtidos e em relação ao objetivo proposto, a população estudada está

realmente satisfeita com o atendimento recebido. Foram apontadas queixas relacionadas

aos aspectos físicos do ambiente, porém os pacientes encontram-se ainda mais satisfeitos

com a relação terapeuta-paciente. Os achados no presente estudo podem embasar ações e

melhorias para o atendimento fisioterapêutico privado.

PALAVRAS-CHAVE: Fisioterapia; Prática Privada; Participação do paciente.

REFERÊNCIAS:

1. BRASIL. Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Programa de

Qualificação da Saúde Suplementar: Qualificação das Operadoras. Rio de Janeiro,

2010. Disponível em:

<http://www.ans.gov.br/images/stories/A_ANS/Transparencia_Institucional/Indicdores_

de_qualidade/texto_base_aval_des_idss_20090811.pdf>.

2. ESPERIDIÃO, Monique; TRAD, Leny Alves Bomfim. Avaliação de satisfação de

usuários: Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v.10, supl. p. 303-312, 2005.

Acesso em: 28 dez. 2015.

3. GOSDSTEIN, Marc S.; ELLIOTT, Steven D.; GUCCIONE, Andrew A. The

Development of an Instrumentto Measure Satisfaction WithPhysical Therapy: Journal

of the American Physical Therapy Association, [s.l], 2000. Disponível em:

<https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10960933>.

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4. MACHADO, N.P.; NOGUEIRA, L.T. Avaliação da satisfação dos usuários de

serviços de Fisioterapia. Revista Brasileira de Fisioterapia, São Carlos, v.12, n.5,

p.401-408, 2010. Disponível em: .Acesso em: 28 Dez. 2015.

5. SOUZA, Adriano M.; GRIEBELER, Deizi; GODOY, Leoni P. Qualidade na

prestação de serviços fisioterápicos: estudo de caso sobre expectativas e percepções

de clientes. Production, São Paulo, vol. 17, n. 3, 2007. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-65132007000300004&script=sci_arttext>.

AGRADECIMENTO OU SUPORTE FINANCEIRO: Agradecemos às clínicas participantes,

pela confiança e apoio.

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ANÁLISE DA SATISFAÇÃO DOS USUÁRIOS DA REDE PÚBLICA DE SAÚDE SOBRE O

ATENDIMENTO FISIOTERAPÊUTICO

Aluna: Carolina Rosa Boarroli

Orientadora: Profa. Ma. Carla Dellabarba Petricelli

Coorientadora: Profa. Ma. Laura Cristina Pereira Maia

Curso: Fisioterapia

INTRODUÇÃO: A satisfação em relação ao atendimento influencia no tratamento

fisioterapêutico, pois quando satisfeito o usuário tende a permanecer leal e seguir as

orientações profissionais, colaborando com o tratamento (BEATTIE et al, 2002; SUDA,

UEMURA e VELASCO, 2009). Avaliação é um relevante instrumento que agrega

conhecimento através das evidencias coletadas, para que órgãos de saúde embasem

planejamentos e ações na busca por qualidade em saúde, atuando com maior assertividade

nas necessidades dos usuários (BRASIL, 2004; BRASIL, 2009; FRÉZ e NOBRE, 2011). É

relevante verificar se as dificuldades que o Brasil enfrenta na saúde pública afetam o

atendimento fisioterapêutico, avaliando através da satisfação dos usuários, além de poder

proporcionar diretrizes para melhorias, influenciando positivamente na qualidade do

atendimento para o cidadão. OBJETIVOS: Analisar a satisfação dos pacientes acerca do

atendimento fisioterapêutico oferecido pela rede pública de saúde, nas cidades de Jundiaí-

SP e Várzea Paulista-SP, através da aplicação de um questionário de satisfação. MÉTODO:

Estudo observacional de caráter transversal, com amostragem consecutiva, aprovado pelo

Comitê de Ética e Pesquisa (Parecer nº 1.532.631) e realizado em duas clínicas de

fisioterapia da rede pública. Todos os voluntários eram pacientes do atendimento

fisioterapêutico, de ambos os sexos, com idade mínima de 18 anos, com capacidade

cognitiva para ler e responder o questionário autoaplicável e assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido, concordando em participar. O questionário autoaplicável

utilizado foi extraído da pesquisa de Moreira, Borba e Mendonça (2007), era validado e

adequado socioculturalmente, contemplava características sociodemográficas e aspectos

sobre “satisfação do paciente”, em que os itens que abordam a satisfação continham escala

do tipo intervalar. Foram apresentadas variáveis qualitativas e quantitativas. Foram

analisados componentes fatoriais para sumarizar as informações do banco de dados. Para a

classificação dos autovalores foi utilizado o teste de Kaiser-Meyer-Olklin (KMO), que varia

entre 0 e 1, tendo 0,50 como o patamar mínimo de adequabilidade. Também foi realizado o

teste de Spearman para análise da correlação entre a idade, quantidade de sessões de

fisioterapia realizadas com o fator formado pelas principais queixas. Foi utilizado nível de

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confiança de 95% e o programa Stata versão 11.0. RESULTADOS E DISCUSSÃO /

DESENVOLVIMENTO: Predominou-se baixo nível socioeconômico, contudo não interferiu

na avaliação crítica. As insatisfações referem-se a aspectos organizacionais e estruturais,

porém o descontentamento não superou a satisfação, indicando que possíveis esperas

prolongadas e déficits estruturais do SUS não afetam gravemente a satisfação. A principal

queixa foi o transporte para a fisioterapia (19%). Em contrapartida, a localização obteve

apenas 3,5% de insatisfações, sugerindo que o meio de transporte é uma barreira, e não à

distância. A relação terapeuta-paciente apresentou elevados níveis de satisfação, reiterando

à adesão ao tratamento. A satisfação geral foi alta, justificada pela a ausência de respostas

negativas. CONCLUSÕES OU CONSIDERAÇÕES FINAIS: Com base nos objetivos

propostos e resultados alcançados, pode-se dizer que a população analisada está satisfeita

com o atendimento recebido, em que as maiores satisfações relacionam-se ao fisioterapeuta

e paciente. Enquanto as insatisfações referem-se a aspectos organizacionais, estruturais e

dificuldade de transporte. Esses achados podem embasar ações de melhorias ao

atendimento fisioterapêutico.

PALAVRAS-CHAVE: Satisfação do paciente; Fisioterapia; Sistema Único de Saúde (SUS).

REFERÊNCIAS:

1. BEATTIE, Paul F. et al. Patient Satisfaction With Outpatient Physical Therapy:

Instrument Validation. Journal of the American Physical Therapy Association. Jun.

2002. Disponível em: <http://ptjournal.apta.org/content/82/6/557.full>. Acesso em: 22

dez. 2015.

2. BRASIL. Ministério da saúde. Política Nacional de Gestão Estratégica e Participativa

no SUS: ParticipaSUS, Brasília, 2009. Disponível em:

<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_estrategica_participasus_2ed.pdf>

Acesso em: 16 jan. 2016.

3. BRASIL. Ministério da Saúde. Programa Nacional de Avaliação de Serviços de

Saúde (PNASS), Brasília, 2004. Disponível em: <http://www.saude.sp.gov.br/

resources/ses/perfil/gestor/homepage/auditoria/manuais/pnassprograma_nacional_de_

avaliacao_de_servicos_de_saude.pdf> Acesso em: 17 jan. 2016.

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13 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

4. FRÉZ, Andersom Ricardo; NOBRE, Maria Inês Rubo de Souza. Satisfação dos

usuários dos serviços ambulatoriais de fisioterapia da rede pública. Fisioterapia em

Movimento (Impr.), v.24, n.3, p.419-428, Curitiba, 2011. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-5150201100030

0006&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 23 dez. 2015.

5. MOREIRA, Caroline Ferreira; BORBA, Joanna Angélica Marillack; MENDONÇA,

Karla Morganna Pereira Pinto de. Instrumento para aferir a satisfação do paciente com

a assistência fisioterapêutica na rede pública de saúde. Fisioterapia e Pesquisa, p.37-

43, [s,l.] 2007. Disponível em: <http://www.

revistas.usp.br/fpusp/article/view/76095/79846>. Acesso em 30 dez. 2016.

6. SUDA, Eneida Yuri; UEMURA, Missae Dora; VELASCO, Eliane. Avaliação da

satisfação dos pacientes atendidos em uma clínica-escola de fisioterapia de Santo

André, SP. Fisioterapia e Pesquisa, v.16, n.2, p.126-131, São Paulo, 2009. Disponível

em: <http://www. scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-

29502009000200006&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 23 dez. 2015.

AGRADECIMENTO: Agradecemos às clínicas participantes, pela confiança e apoio.

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ANÁLISE DA SATISFAÇÃO DOS USUÁRIOS DE PLANOS DE SAÚDE SOBRE O

ATENDIMENTO FISIOTERAPÊUTICO

Aluna: Anita Franco de Godoy

Orientadora: Profa. Ma. Carla Dellabarba Petricelli

Coorientadora: Profa. Ma. Laura Cristina Pereira Maia

Curso: Fisioterapia

INTRODUÇÃO: A qualidade do serviço de saúde começou a ter maior ênfase com o início

de pesquisas sobre assistência à saúde, sendo de grande importância à participação do

usuário, para avaliar o grau de satisfação sobre o atendimento oferecido (ESPERIDIÃO,

2005; HERCOS, 2006; MACHADO, 2008). Com a grande gama de planos de saúde

disponíveis, o usuário busca por um que atenda suas necessidades e que possa superar

suas expectativas, tornando-lhe satisfeito. Casserley-Feeney et al (2008) em sua pesquisa

sobre a dor musculoesquelética, observou que conhecer a satisfação dos pacientes sobre

os serviços ofertados é importante para os fisioterapeutas poderem melhorar a relação

terapeuta-paciente a fim de elevar o grau de satisfação desse usuário e contudo uma melhor

a adesão ao tratamento proposto. OBJETIVO: Analisar a satisfação dos pacientes acerca

do atendimento fisioterapêutico oferecido pelos planos de saúde, nas cidades de Jundiaí-SP

e Várzea Paulista-SP. MÉTODO: Estudo transversal e observacional, com amostragem

consecutiva, composto por 58 pacientes voluntários de ambos os sexos, com idade mínima

de 18 anos, que utilizavam o atendimento fisioterapêutico nas clínicas participantes da

pesquisa que possuíam cobertura dos planos de saúde. O instrumento utilizado para a

coleta de dados foi um questionário autoaplicável extraído da pesquisa de Moreira et al

(2007), sendo este validado e adequado socioculturalmente pelos autores. Os pacientes

foram abordados na sala de espera das clínicas enquanto aguardavam serem chamados

para o atendimento, após preenchimento do TCLE os usuários respondiam o questionário.

Com os dados coletados, os mesmos foram tabulados no Programa MS Excel 2010 para

posterior análise estatística. As variáveis qualitativas foram apresentadas por frequência

absoluta e relativa, as variáveis quantitativas foram apresentadas por média (desvio

padrão), mínimo e máximo. Foi realizado uma análise de componentes fatoriais com intuito

de sumarizar as informações do banco de dados. Para a classificação dos autovalores foi

utilizado o teste de Kaiser-Meyer-Olklin (KMO), que varia de entre 0 e 1, tendo 0,50 como o

patamar mínimo de adequabilidade. E por fim, foi realizado o teste de Spearman para

analisar se existe correlação entre idade, quantidade de sessões de fisioterapia realizadas

com o fator formado pelas principais queixas. Para todas as análises utilizou-se nível de

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confiança de 95%. O programa utilizado foi o Stata versão 11,0. RESULTADOS E

DISCUSSÃO / DESENVOLVIMENTO: Através dos dados obtidos notou-se predomínio do

sexo feminino 60,3%, idade 47 anos, escolaridade 2º Grau Completo (37,9%) e renda

familiar de 38% equivalente 1 a 3 salários. A oportunidade dada pelo terapeuta para o

paciente expressar opinião atingiu alto grau de satisfação (37,9%) classificada “excelente”.

Sob a forma de condução do tratamento pela equipe, destacou- se avaliações “ótimo” e

“excelente”. O agendamento e atendimento, obtiveram porcentagem superior à 30%

classificada como “ótimo”. Queixas referente ao atendimento e condições da instituição

foram apontadas: Condições de acesso para deficientes, conveniência na localização da

unidade e facilidade para deslocar dentro do serviço. CONCLUSÕES OU

CONSIDERAÇÕES FINAIS: Com base nos resultados obtidos e respondendo ao objetivo

proposto deste estudo, foi possível identificar que os usuários dos planos de saúde estão

satisfeitos com o atendimento recebido, sendo possível através deste estudo a manutenção

dessa satisfação através dos apontamentos relatados pelos usuários e de constantes

avaliações.

PALAVRAS-CHAVE: Satisfação do paciente, Fisioterapia, Prática privada.

REFERÊNCIAS:

1. CASSERLEY-FEENEY, Sarah N. et al. Patient Satisfaction with private

Physiotherapy for musculoskeletal Pain. BMC Musculoskeletal Disorders. [s.l], 2008.

Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2359748/?tool=

pubmed>. Acesso em: 14 jan. 2016.

2. ESPERIDIÃO, Monique; TRAD, Leny Alves Bomfim. Avaliação de satisfação de

usuários. Ciência & Saúde Coletiva, v.10, supl. p. 303-312, Rio de Janeiro, 2005.

Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141381232005000500031&ln

g=en&nrm=iso>. Acesso em: 28 dez. 2015.

3. HERCOS, Benigno Vicente Santos; BEREZOVSKY, Adriana. Qualidade do serviço

oftalmológico prestado aos pacientes ambulatoriais do Sistema Único de Saúde - SUS.

Arquivos Brasileiros de Oftalmologia. v.69, n.2, p.213-219, São Paulo, 2006.

Disponível em:

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16 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S000427492006000200015&ln

g=en&nrm=iso>. Acesso em: 05 fev. 2016.

4. MACHADO, N.P.; NOGUEIRA, L.T. Avaliação da satisfação dos usuários de

serviços de Fisioterapia. Revista Brasileira de Fisioterapia. v.12, n.5, p.401-408, São

Carlos, 2008. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141335552008000500010&ln

g=en&nrm=iso>. Acesso em: 28 dez. 2015.

5. MOREIRA, Caroline Ferreira; BORBA, Joanna Angélica Marillack; MENDONÇA,

Karla Morganna Pereira Pinto de. Instrumento para aferir a satisfação do paciente com

a assistência fisioterapêutica na rede pública de saúde. Fisioterapia e Pesquisa, p.37-

43, [s.l], 2007. Disponível em:

<http://www.revistas.usp.br/fpusp/article/view/76095/79846>. Acesso em 30 dez. 2015.

AGRADECIMENTO OU SUPORTE FINANCEIRO: Gratidão as professoras orientadoras, os

responsáveis pelas clínicas participantes, aos voluntários e as colegas de trabalho pela

elaboração desta pesquisa.

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ANÁLISE DA MODULAÇÃO AUTONÔMICA CARDÍACA EM IDOSOS COM DIABETES

MELLITUS SUBMETIDOS A EXERCÍCIOS

Aluna: Laila Waleska Dos Santos Felipe

Orientadora: Profa. Esp. Laura Cristina Pereira Maia

Coorientadora: Profa. Ma. Juliana Régis da Costa e Oliveira

Curso: Fisioterapia

INTRODUÇÃO: A variabilidade da frequência cardíaca (VFC) que é um marcador

quantitativo da atividade autonômica cardíaca, que compreende as oscilações entre os

intervalos dos batimentos cardíacos consecutivos (intervalos RR), e ainda refletem as

modificações resultantes da atuação do SNA sobre o comportamento da frequência

cardíaca, ou seja, sobre o nódulo sinusal11. Assim, com intuito de promover a saúde e

prevenir complicações provenientes das patologias a disfunção autonômica pode fornecer

explicações alternativas para sintomas comuns observados em indivíduos de doenças

crônicas como a DM8. OBJETIVO: Analisar a modulação autonômica cardíaca em idosos

com DM Tipo II submetidos a exercícios aeróbicos MÉTODO: Após preenchimento do

TCLE, foi colocada a cinta de captação, no tórax dos voluntários, e, no seu punho, o

receptor de frequência cardíaca (RS800CX, Polar). Os indivíduos foram mantidos em

decúbito dorsal e permanecerão em repouso por 10 minutos para a captação basal da

variabilidade da frequência cardíaca (VFC). Após isso, os idosos caminharam em uma

esteira ergométrica RT250pro da marca Movement para o treino aeróbio dividido em: 5

minutos de aquecimento e 20 minutos de treino atingindo 60% da Frequência Cardíaca

máxima(FCmax.). No início e a cada 5 minutos do treino foram colhidas as medidas de

pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD) e frequência cardíaca (FC). Logo após os

25 minutos de treino o paciente foi orientado a deitar-se em decúbito dorsal por 30 minutos

onde o cardiofrequencímetro continuou o registro da VFC para a análise da variabilidade da

frequência cardíaca de recuperação (VFCr). O período de recuperação foi definido

imediatamente após a execução do treino aeróbio. Após a filtragem digital, o sinal foi

dividido em seis momentos: o “M1” período de 10 minutos de repouso; o “M2” os 20 minutos

intermediários do período de exercício, e o “M3” que consistiu no período de recuperação

(pós-exercício) do paciente, porém a VFC neste período de recuperação para análise foi

dividida em três novos momentos. Momento chamado de “Recuperação 1” – (R1)

compreendido nos cinco minutos iniciais da recuperação, a segunda medida (“Recuperação

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2” – R2), compreendendo entre o décimo minuto ao décimo quinto minuto e o terceiro

momento da recuperação (R3) do vigésimo quinto ao trigésimo minuto. Para o período pós

exercício também foram colhidos as medidas de PAS, PAD, FR no primeiro, terceiro e

quinto minuto e a partir do quinto minuto de 5 em 5 minutos até o trigésimo minuto.

RESULTADOS E DISCUSSÃO / DESENVOLVIMENTO: Participara 10 indivíduos, foi

encontrado um aumento da atuação vagal no começo do exercício proposto seguido de uma

queda até a linha basal. Os resultados demostram que durante os momentos da atividade

física do idoso com DM não há diferenças da VFC, não ocorreu significância estatística

entre os estágios do exercício. Porém, foi encontrado um aumento da VFC durante a

atividade física e queda no começo da recuperação seguido de um aumento. Quando se

olha para os índices específicos, o sistema nervoso parassimpático (SNP) através da

atuação vagal apresenta um aumento da VFC e já o sistema nervoso simpático (SNS)

apresentou uma queda da VFC durante todos os estágios da atividade. CONCLUSÕES OU

CONSIDERAÇÕES FINAIS: A modulação autonômica cardíaca de idosos com Diabetes

Mellitus tipo 2 submetidos a exercícios aeróbicos não apresentou alterações significativas

entre os estágios do exercício, não havendo diferença estatística em relação ao domínio do

tempo e da frequência cardíaca. Porém, evidenciou-se que possivelmente a patologia

produz alterações na VFC que associada ao envelhecimento mostram falha crescente

atuação do SNA sobre o coração e que o exercício para indivíduos com essas condições é

de grande valia por oferecer um efeito contrário ao que patologia aplica.

PALAVRAS-CHAVE: idosos, Diabetes Mellitus, Modulação autonômica cardíaca.

REFERÊNCIAS:

1. CEJUDO P.; BAUTISTA J.; MONTEMAYOR T.; et al. Exercise training in

mitochondrial myopathy: a randomized controlled trial. Muscle Nerve, 32:342-50, [s.l],

2005.

2. __________. Comparação entre Três Métodos Diagnósticos. Arq Bras Cardiol. v. 1,

p.85-91, [s.l], 2005.

3. FERREIRA, M.T., MESSIAS M.; VANDERLEI L.C.M.; Caracterização do

comportamento caótico da variabilidade da frequência cardíaca (VFC) em jovens

saudáveis. Tendências em Matemática Aplicada e Computacional, [s.l], 2010.

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19 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

4. JOLDBERGER J.J.; LE F.K.; LAHIRI M.; et al. Assessment of parasympathetic

reactivation after exercise. Am J Physiol Heart Circ Physiol, [s.l], 2006.

5. LONGO, A ; FERREIRA, D.; CORREIA, M. J. Variabilidade da Frequência

Cardíaca. Rev. Port. Cardiol, [s,l], 1995.

6. PARDINI R.; MATSUDO S.; MATSUDO T.A.V.; et. al. Validação do questionário

internacional de nível de atividade física (IPAQ - versão 6): estudo piloto em adultos

jovens brasileiros., Rev. Bras. Ciên. e Mov., 9(3): 45-51, [s.l], 2001.

7. PUMPRLA J.; HOWORKA K.; GROVES D.; et. al. Functional assessment of heart

rate variability: physiological basis and practical applications. Int J Cardiol, [s.l], 2002.

8. RAIMUNDO R.D.; GODLESKI J.J.; Heart rate variability in metabolic syndrome.

Journal of Human Growth and Development. [s.l], 2014.

9. ROCHA R.M.; ALBUQUERQUE D.C.; FILHO F.M.A.; Variabilidade da frequência

cardíaca e ritmo circadiano em pacientes com angina estável. Rev Socerj, [s.l], 2005.

10. RESOLUÇÃO Nº 466, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2012.

11. SCHMIDT M.L.; DUNCAN B.B.; SILVA G.A.; MENEZES A.M.; et al. Doenças

crônicas não transmissíveis no Brasil: Carga e desafios atuais. The Lancet. v.4 p.61 -

74. [s.l], 2001.

12.TÂNIA R.; BENEDETTI B.; ANTUNES P.C.; et. al. Reprodutibilidade e validade do

Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) em homens idosos. Rev Bras

Med Esporte. v.13 p.11-16, [s.l], 2001

13. ___________. Task force of the european society of cardiology and the north

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20 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

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15. WHO. The 10 leading causes of death in the world, 2014 Disponível em:

<http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs310/en/> Acesso em: 18 jul. 2014.

16.WRIGHT N.C.; KILMER D.D.; MCCRORY M.A.; et. al. Aerobic walking in slowly

progressive neuromuscular disease: effect of a 12-week program. Arch Phys Med

Rehabil, v.77, p.64-9, [s.l], 1996.

AGRADECIMENTO OU SUPORTE FINANCEIRO: Agradecemos a direção do Centro

Universitário Padre Anchieta e ao coordenador do curso de fisioterapia Prof. Dr. Danilo

Roberto Xavier de Oliveira Crege por todo apoio e incentivo a pesquisa no curso de

fisioterapia

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21 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

ANÁLISE DE ÍNDICES LINEARES DE VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA

EM IDOSOS COM SÍNDROME METABÓLICA SUBMETIDOS A EXERCÍCIO AERÓBICO

Aluna: Amanda Karine Baptista Coletti

Orientadora: Profa. Esp. Laura Cristina Pereira Maia

Coorientadora: Profa. Ma. Juliana Régis da Costa e Oliveira

Curso: Fisioterapia

INTRODUÇÃO: O processo de envelhecimento considerado um meio natural, dinâmico,

progressivo e inerente a todo ser humano (Perfis dos Idosos Responsáveis pelo Domicílio,

IBGE). Desta maneira, a população brasileira entra em um processo de transformação em

sua estrutura etária, com estreitamento da base e aumento do topo da pirâmide,

consequentemente, envelhecimento da população (Síntese de Indicadores Sociais – Uma

análise das condições de vida da população brasileira. Rio de Janeiro, IBGE, 2010b). Uma

das principais repercussões é a prevalência de doenças crônicas nessa faixa etária acima

de 60 anos que já considera-se o individuo idoso (CARVALHO et al.,2003). Entre estas

doenças temos a síndrome metabólica (SM) que pode ser definida como uma doença

multifatorial, onde o aumento da circunferência abdominal e a hiperinsulinêmica são os

principiais fatores de risco envolvidos (Síntese de Indicadores Sociais,IBGE,2010b).

Segundo a classificação proposta pelas diretrizes do National Cholesterol Education

Program´s Adult Treatment Panel III (NCEP-ATP-III), pode ser considerada SM quando

estão presentes três dos cinco critérios seguintes: Obesidade central (circunferência da

cintura superior a 88 cm na mulher e 102 cm no homem); Hipertensão Arterial (pressão

arterial sistólica igual ou maior que 130mmHg e/ou pressão arterial diastólica igual ou maior

que 85 mmHg); Glicemia alterada (glicemia acima de 110 mg/dl ou diagnóstico de Diabetes);

Triglicerídeos maior que 150 mg/dl e/ou HDL colesterol menor que 40 mg/dl em homens e

50 mg/dl em mulheres) (FILHO, 2008).Pequenas alterações cardíacas podem ocasionar

modificações no sistema nervoso autonômico (SNA) que influência no controle do sistema

cardiovascular por meio da interação das vias parassimpáticas e simpáticas modificando a

frequência cardíaca (FC) através de ajustes de situações e ambientes adversos

(VANDERLEI, 2009). O estudo da Variabilidade da Frequência Cardíaca (VFC) é um

método não invasivo muito utilizado na avaliação do risco de morbidade e mortalidade

cardiovascular, através da verificação do equilíbrio do sistema nervoso autônomo

fornecendo um indicador sensível e antecipado de comprometimentos na saúde

(RAIMUNDO, 2013). Visando a promoção de saúde e prevenção de complicações

provenientes das patologias, a disfunção autonômica pode fornecer outras explicações

Page 16: X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica 7 · apresentadas variáveis qualitativas e quantitativas. Foram analisados componentes fatoriais para sumarizar as informações

22 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

alternativas para sintomas comuns observados nesses indivíduos e doenças associadas

(NAJAS, 2009). OBJETIVOS: Analisar a modulação autonômica cardíaca através dos

índices lineares em idosos com síndrome metabólica submetidos a exercício aeróbico.

MÉTODO Os idosos selecionados foram submetidos a caminhada em esteira ergométrica

por 25 minutos, seguido de 25 minutos de repouso em sedestação. Os dados cardíacos

foram coletados utilizando um monitor cardíaco de frequência (POLAR), e posteriormente

analisados a VFC que é obtida por diversos métodos, sendo que na presente pesquisa foi

abordada apenas o métodos linear no índices domínio de tempo e analise dos índices

geométricos, sendo eles índices: SDNN, rMSSD, pNN50, HF e LF. Após a filtragem digital, o

sinal foi dividido em seis momentos: o “M1” período de 10 minutos de repouso; o “M2” os 20

minutos intermediários do período de exercício, e o “M3” que consistiu no período de

recuperação (pós-exercício) do paciente, porém a VFC neste período de recuperação para

análise foi dividida em três novos momentos. Momento chamado de “Recuperação 1” – (R1)

compreendido nos cinco minutos iniciais da recuperação, a segunda medida (“Recuperação

2” – R2), compreendendo entre o décimo minuto ao décimo quinto minuto e o terceiro

momento da recuperação (R3) do vigésimo quinto ao trigésimo minuto. RESULTADOS E

DISCUSSÃO/DESENVOLVIMENTO: Observa-se uma prevalência do sexo feminino (80%),

grau de escolaridade - ensino fundamental incompleto (60%) e ocupação atual em ambiente

interno (100%). Em relação ao nível de atividade física segundo o IPAQ 60% dos

participantes são considerados irregularmente ativos, porém praticantes de atividade física

(60%). Sendo que nenhum faz uso medicamento. Os resultados supracitados demonstram

que entre os momentos da atividade física do idoso com síndrome metabólica não ha

diferenças, ou seja, não ocorreu significância estatística entre os estágios do exercício.

Porém, de modo geral, foi encontrado um aumento da atuação vagal no começo do

exercício proposto seguido de uma queda até a linha basal. Já o sistema simpático,

apresentou uma queda importante no começo do exercício até a recuperação 3. Sabe-se

que durante o exercício físico tanto o sistema nervoso simpático e parassimpático atuam em

conjunto influenciando a atuação da frequência cardíaca (FC). Deste modo, no começo e

durante a atividade física a tendência da FC é aumentar devido a inibição do reflexo de

vagal e na fase de recuperação há uma atuação conjunta dos dois sistemas, com

predominância do parassimpático (Almeida,2012). Em idosos, devido o processo de

envelhecimento, ocorre algumas mudanças nesse panorama. Após o exercício, há um

declínio na modulação cardíaca, portanto uma redução da VFC, com predomínio do sistema

simpático e diminuição da atividade parassimpática (Boemeke et al, 2011; Pletsch,2008).

Uma das explicações desse processo é que o envelhecimento, sendo parte do processo

natural, pode alterar mecanismos neuro-humorais que controlam o sistema cardiovascular.

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23 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

A redução vagal e FC tem sido observada em indivíduos idosos por diversos motivos como:

alteração da modulação vagal com a influência parassimpática na função do nodo sinoatrial,

disfunções na atividade neural aferente, central ou eferente. Em contrapartida, com a

redução vagal, pode ser visualizado o aumento da atividade simpática (Mostarda, 2009). Em

idosos com SM ocorre, entre outras disfunções, o acometimento do sistema nervoso

autônomo (SNA) com a ativação do componente simpático estando assim associado com

aumento do risco cardiovascular (Lopes,2006). Colombo,2013 cita em seu estudo com

idosos com a SM submetidos a exercicios aerobicos a curto praso a variedade de beneficios

que podem ser alcançados por esses individuos como a mlehora da capcidade fisica,

redução da mortalidade, reduzir pressão sanguinea sitemica, a necessidade de insulina,

alem da dieta e da perda de peso, Colombo comenta que o exercicio fisico torna-se o pilar

na administração da SM, no entando a inatividade fisica pode ser uma caracteristica

prevalente em obesos e sobrepeso. No estudo de Buchheit,2003 relata que atividade

física,a longo prazo, feita em idosos saudáveis pode ser associada a maior VFC.

Albinet,2010 também relatou em seu estudo que idosos saudáveis submetidos a exercícios

aeróbicos ocorre um aumento da VFC. Estudos realizados com praticantes de atividade

físicas regulares, mostra que a pratica regular de atividade física intensa durante 3

semanas, dentre eles LF/HF onde não revelaram mudanças significativas na VFC (Atlaoui

D,2006). Este estudo apresenta algumas limitações que devem ser consideradas ao analisar

os seus resultados entre elas: numero reduzido de participantes e a impossibilidade de

estabelecer relação de causalidade entre as associações encontradas, por se tratar de um

estudo transversal. CONCLUSÕES OU CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que entre

os momentos da atividade física do idoso com SM não houve diferenças, ou seja, não

ocorreu significância estatística entre os estágios do exercício. Porém, de modo geral, foi

encontrado um aumento da atuação vagal no começo do exercício proposto seguido de uma

queda até a linha basal. Sugeri-se a continuidade do trabalho com uma quantidade

maior de voluntários e verificar se haverá alteração nos resultados. PALAVRAS-CHAVE:

idosos, Modulação autonômica cardíaca, exercícios físicos.

REFERÊNCIAS:

1. ALBINET, C.T.; et al. Increased heart rate variability and executive performance

after aerobic training in the elderly. European journal of applied physiology v.109, n.4,

p.617 - 624, [s.l.], 2010.

Page 18: X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica 7 · apresentadas variáveis qualitativas e quantitativas. Foram analisados componentes fatoriais para sumarizar as informações

24 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

2. ALMEIDA, M.B.; SILVA, S.S.; SILVEIRA, A.P.S.; Respostas agudas da variabilidade

da frequência cardíaca ao exercício. EFDesportes,com, Revista Digital. v. 16, n.164,

Buenos Aires, 2012.

3. ATLAOUI, D.; et al. Variabilidade da frequência cardíaca, variação de treinamento e

desempenho em nadadores de elite. International Journal of Sports Medicine, v. 28, n.

05, p. 394-400, 2007.

4. BOEMEKE, Gabriela; et al. Comparação da variabilidade da frequência cardíaca

entre idosos e adultos saudáveis. e-Scientia, v. 4, n. 2, p. 3-10,[s.l.], 2011.

5. BUCHHEIT, M.; SIMON, C.; VIOLA, A.; et. al. Heart rate variability in sportive

elderly: relationship with daily physical activity. Medicine & Science in Sports &

Exercise, v. 36, p. 601-605, [s.l.], 2004.

6. CARVALHO T.D.; PASTRE C.M.; ROSSI R.C.; et. al. Geometric index of heart rate

variability in chronic obstructive pulmonary disease. Rev Port Pneumol. v. 17, n. 3,

[s.l.], 2011

Filho W.J.; Gorzoni M.L.; Geriatria e Gerontologia: O que todos devem saber. São

Paulo: Roca, 2008.

7. IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Síntese de Indicadores Sociais.

Uma análise das condições de vida da população brasileira. Rio de Janeiro, 2010

8. LOPES, H. F.; EGAN, B. M. Desequilíbrio autonômico e síndrome metabólica:

parceiros patológicos em uma pandemia global emergente. Arq Bras Cardiol, v. 874, p.

538-547, [s.l.], 2005.

9. MOSTARDA, Cristiano; et al. Hipertensão e modulação autonômica no idoso: papel

do exercício físico. Rev Bras Hipertens, v. 16, n. 1, p. 55-60, [s.l.],2009.

10. NAJAS, M.S.; Nebuloni, C.C.; Avaliação Nutricional In: Ramos, L.R.; Neto J. T.

Geriatria e Gerontologia. v. 1, p. 299, Barueri: Manole; 2005.

Page 19: X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica 7 · apresentadas variáveis qualitativas e quantitativas. Foram analisados componentes fatoriais para sumarizar as informações

25 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

11. ____________. Perfis dos Idosos Responsáveis pelos Domicílios. Instituto

Brasileiro de Geográfica e Estatística. Disponível em:

<http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/25072002pidoso.shtm>

Acesso em: 07 fev.2017

12. PLETSCH, A. H. M. Estudo comparativo da modulação autonômica da frequência

cardíaca em repouso de idosos hipertensos e diabéticos. [s.l.], 2008.

13. RADHAKRISHNAN, Jeyasundar.; et al. Effect of an IT-supported home-based

exercise programme on metabolic syndrome in India. Journal of telemedicine and

telecare, v. 20, n. 5, p. 250-258, [s.l.], 2014.

14. RAIMUNDO R.D.; et al. Heart Rate Variability in Stroke Patients Submitted to an

Acute Bout of Aerobic Exercise. v. 4 p. 488–499, [s.l.], 2013.

15. VANDERLEI, L.C.; et al. Basic notions of heart rate variability and its clinical

applicability. Rev. Bras. Cir. Cardiovasc. v. 24 p. 205-217 , [s.l.], 2014.

AGRADECIMENTO OU SUPORTE FINANCEIRO: Grata ao meu Deus, porque dEle, por

Ele e para Ele são todas as coisas. Agradeço as minhas orientadoras Juliana Regis e Laura

Pereira a todo o apoio, incentivo e auxilio, aos colaboradores que me auxiliaram Isabele

Abreu e Lauren Morel, ao Programa Institucional de Pesquisa de Iniciação Científica do

UniAnchieta pela oportunidade oferecida e a minha base: Alexandra Elias, minha mãe.

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26 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

ÍNDICES GEOMÉTRICOS DE VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACADA

EM IDOSOS COM SÍNDROME METABÓLICA SUBMETIDOS A EXERCÍCIO AERÓBICO

Aluna: Isabele Cristina Bertolani Abreu

Orientadora: Profa. Esp. Laura Cristina Pereira Maia

Coorientadora: Profa. Ma. Juliana Régis da Costa e Oliveira

Curso: Fisioterapia

INTRODUÇÃO: Dentre as doenças crônicas de maior incidência em idosos está a Síndrome

Metabólica (SM), que pode ser definida como uma doença multifatorial, onde o aumento da

circunferência abdominal e a hiperinsulinemia são os principiais fatores de risco envolvidos,

além de alterações na pressão arterial e nas concentrações de triglicerídios e Colesterol

HDL (FORD, 2005). Desta forma, a taxa de mortalidade é 2,5 vezes maior quando

problemas cardiovasculares estão associados à SM, sendo de primordial importância a

necessidade de detectar o mais precocemente possível sua ocorrência, para que o

tratamento a ser realizado seja o mais eficaz possível (SANTOS et al., 2015). Tendo em

vista que a função cardíaca é regulada pela interação dos ramos simpático e parassimpático

do sistema nervoso autônomo (SNA), a variabilidade da frequência cardíaca (VFC)

possibilita a investigação das oscilações nos intervalos entre batimentos cardíacos

consecutivos (intervalos RR), que estão relacionadas às influências do SNA sobre o nódulo

sinusal. (ACHTEN; JEUKENDRUP, 2003; GREGOIRE et al., 1996). As práticas regulares de

baixa intensidade mostraram-se eficazes para redução dos riscos da Síndrome Metabólica,

tanto quanto treinamento competitivo (DAVINI et al., 2004). A análise da VFC no domínio

tempo pode também ser efetuada utilizando os seguintes métodos geométricos: índice

triangular (RRtri), interpolação triangular de histograma de intervalos NN (TINN) e plot de

Poincaré. A grande maioria dos trabalhos avaliam a VFC utilizando métodos lineares,

havendo poucos trabalhos que utilizem métodos geométricos para avaliar pacientes

acometidos de SM, justificando nossa pesquisa. (VANDERLEI et al., 2010). OBJETIVOS:

Analisar a modulação autonômica cardíaca através dos índices geométricos em idosos com

síndrome metabólica submetidos a exercício aeróbico. MÉTODO: Após preenchimento da

ficha de Anamnese, foi colocada a cinta de captação, no tórax dos voluntários, e, no seu

punho, o receptor de frequência cardíaca (RS800CX, Polar). Os indivíduos, idosos

portadores de Síndrome Metabólica, foram mantidos em sedestação e permaneceram em

repouso por 10 minutos para a captação basal da variabilidade da frequência cardíaca

(VFC). Após isso, os idosos caminharam em uma esteira ergométrica RT250pro (Movement)

para o treino aeróbio dividido em: 5 minutos de aquecimento e 20 minutos de treino

Page 21: X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica 7 · apresentadas variáveis qualitativas e quantitativas. Foram analisados componentes fatoriais para sumarizar as informações

27 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

atingindo 70% da FCmax. No início do treino foram colhidos as medidas de pressão arterial

sistólica (PAS) e diastólica (PAD), frequência cardíaca (FC), respiratória (FR) e saturação de

oxigênio (SO2). Logo após os 25 minutos de treino o paciente foi orientado a sentar-se por

25 minutos onde o cardiofrequencímetro continuou o registro da VFC para a análise da

variabilidade da frequência cardíaca de recuperação (VFCr). O período de recuperação foi

definido imediatamente após a execução do treino aeróbio. Após a filtragem digital, o sinal

foi dividido em seis momentos: o “M1” período de 10 minutos de repouso; o “M2” os 20

minutos intermediários do período de exercício, e o “M3” que consistirá no período de

recuperação (pós-exercício) do paciente, porém a VFC neste período de recuperação para

análise foi dividido em três novos momentos. “Recuperação 1” – (R1) compreendido nos

cinco minutos iniciais da recuperação, a segunda medida (“Recuperação 2” – R2),

compreendendo entre o décimo minuto ao décimo quinto minuto e o terceiro momento da

recuperação (R3) do vigésimo quinto ao trigésimo minuto. Para o período pós-exercício

foram colhidas as medidas de PAS, PAD, FR nos minutos 1, 3, 5, 10, 15, 20 e 25. O RRtri e

o TINN são calculados a partir da construção de um histograma de intervalos RR normais, o

qual mostra, no eixo horizontal (eixo x), o comprimento do intervalo RR, e o eixo vertical

(eixo y), quantas vezes cada ocorreu. A união dos pontos das colunas do histograma forma

uma figura semelhante a um triângulo e a largura da base deste triângulo expressa à

variabilidade dos intervalos RR, um índice de VFC pode ser facilmente calculado a partir de

regras geométricas simples, levando-se em conta a área e a altura do triângulo. O plot de

Poincaré é um método quantitativo baseado nas mudanças da modulação simpática ou

parassimpática da FC sobre os intervalos subsequentes, onde cada intervalo RR é

representado como uma função de RR (i-T), onde i é o intervalo e T é um atraso pré-definido

usado para um sinal RR, e por análise quantitativa pode-se calcular os desvios-padrão das

distâncias dos intervalos RR chamados de SD1 (desvio-padrão da variabilidade instantânea

batimento a batimento em curto prazo), SD2 (desvio-padrão a longo prazo dos intervalos RR

contínuos) e a relação SD1/SD2. Os dados foram analisados no programa EPIINFO e SPSS

13.0, aplicando-se os testes Shapiro-Walk para verificação de normalidade, e o teste

ANOVA one-way para comparação das variáveis numéricas entre os momentos da

atividade. Em todos os testes fixou-se em 5% (p<0,05) o nível para rejeição da hipótese de

nulidade. RESULTADOS E DISCUSSÃO / DESENVOLVIMENTO: PAS média dos

participantes não apresentou diferença significante, mas verificou-se redução numérica

(136±8,94 Antes, 120±12,2 em R3, p=,245). FC e FR apresentaram tendência de melhora

(72,4±8,84 para 69,8±5,89 e de 20±7,03 para 16±1,73, respectivamente), sem significância

estatística (p=,443 e p=,243). Não verificou-se diferença estatística nos índices PAD, SaO2,

TINN, RRtri, SD1, SD2 e SD1/SD2 mas mostraram tendência de melhora, corroborando

Page 22: X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica 7 · apresentadas variáveis qualitativas e quantitativas. Foram analisados componentes fatoriais para sumarizar as informações

28 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

diversos estudos que analisaram os benefícios dos exercícios aeróbicos, de treinos de

resistência com efeito hipotensivo e da dieta em idosos e em pacientes com Síndrome

Metabólica. CONCLUSÕES: O presente estudo concluiu que a atividade aeróbica proposta

não afeta a modulação autonômica e a VFC de idosos com Síndrome Metabólica

imediatamente, entretanto sugerimos a realização de novos estudos para verificação destes

achados, idealmente com uma amostra maior.

PALAVRAS-CHAVE: idosos, síndrome metabólica, exercícios físicos.

REFERÊNCIAS:

1. ACHTEN, J.; JEUKENDRUP, A. E. Heart rate monitoring: applications and

limitations. Sports Med, v. 33, n. 1, p. 517-538, [s.l.], 2003.

2. DAVINI, R.; et al. Frequência cardíaca de repouso e modulação parassimpática

cardíaca em atletas idosos e idosos sedentários, fisicamente ativos. Revista de

Ciências Médicas de Campinas, v. 13, n. 4, p. 307-315, [s.l.], 2004.

3. FORD, E. S. Prevalencce of the metabolic síndrome defined by the International

Diabetes Federation among adults in the U.S. Diabetes Care, v. 28, p. 2745-2749,

[s.l.], 2005.

4. GREGOIRE, J. et al. Heart rate variability at rest and exercise: influence of age,

gender, and physical training. Can J Appl Physiol. v. 21, n. 6, 455-470, [s.l.], 1996.

5. SANTOS, B. M. P.; et al. Metabolic syndrome in elderly from a northeastern

Brazilian city. Int Arch Med, v. 8, n. 20, p. 1-8, [s.l.], 2015.

6. VANDERLEI, L. C.; et al. Noções básicas de variabilidadee da frequência cardíaca e

sua aplicabilidade clínica. Rev Bras Cir Cardiovasc, v. 24, n. 2, p. 205-217, [s.l.], 2009.

AGRADECIMENTO E SUPORTE FINANCEIRO: Agradecemos à Prof. Me. Juliana Régis da

Costa e Oliveira pela orientação adicional, às colegas Amanda Coletti e Lauren Morel pelo

auxílio nas coletas de dados e ao Programa Institucional de Pesquisa de Iniciação Científica

do UniAnchieta pelo suporte financeiro desta pesquisa.

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29 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

RISCO DE TRANSTORNOS DEPRESSIVOS EM CHEFES DE FAMÍLIA

EM SITUAÇÃO DE DESEMPREGO

Aluna: Elisandra Daniele de Lima

Orientadora: Profa. Dra.Lívia Marcia Batista

Curso: Psicologia

INTRODUÇÃO: O trabalho gera no sujeito a sensação de propósito de vida. Desta forma a

ausência dele pode gerar ao trabalhador a falta de sentido para sua vida,

consequentemente ele pode sofrer sintomas como depressão, ansiedade e desesperança.

[...] as consequências psicológicas negativas derivadas do desemprego podem incidir no

risco de sofrer transtornos psiquiátricos. Nessa situação, há um menor nível de bem-estar

psicológico e menor satisfação com a vida presente, o que inclui aspectos como ameaça à

seguridade econômica, perda dos sentidos e do status social, desenvolvimento de

sentimentos de inferioridade e de depressão, pessimismo, vergonha, introversão e

isolamento social. (ESTRAMIANA, 1992 apud BARROS e OLIVEIRA, 2009, p. 91). Com o

aumento de pessoas desempregadas houve desestruturação no âmbito familiar, econômico

e biopsicossocial. Considerando que eventos estressantes podem desencadear alterações

no humor e vários fatores podem estar associados a quadros de transtornos depressivos o

papel da Psicologia é compreender os aspectos subjetivos do indivíduo ao encarar essa

situação. As pesquisas sobre desemprego e suas consequências psicológicas começaram a

ser desenvolvidas após a depressão econômica originada nos Estados Unidos em 1929. Os

estudos realizados neste período concluíram que o desemprego está associado ao aumento

de sintomas psicossomáticos, de ansiedade, depressão, baixa autoestima e redução de

bem-estar psicológico, fortalecendo outros estudos realizados na década de 1970 e que

continuam sendo feitos até hoje (ESTRAMIANA, GONDIM, LUQUE, LUNA E DESSEN,

2012). OBJETIVOS: O objetivo desta pesquisa foi investigar a relação entre: chefes de

família em situação de desemprego e transtornos depressivos, e verificar se o aumento do

tempo de desemprego pode afetar o estado de saúde mental dos desempregados gerando

transtornos depressivos, ou seja, se o tempo de desemprego sendo maior, existiria também

mais risco para o surgimento da depressão. MÉTODO: A metodologia escolhida para o

desenvolvimento do trabalho foi a pesquisa de campo exploratória, sendo qualitativa e

quantitativa. Os instrumentos utilizados foram um dos Inventários da Escala Beck, a Escala

de Depressão (BDI-I), adaptado para o Brasil em 2001 por Jurema Alcides Cunha, composta

por uma folha de respostas que contém 21 grupos de afirmações que medem a intensidade

da depressão, onde o examinando responde de acordo com uma escala de 0 a 3, uma

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30 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

entrevista Semi-estruturada e um Questionário de levantamento Sócio Demográfico,

desenvolvidos pela pesquisadora. Estes foram aplicados pela pesquisadora em

trabalhadores de diferentes profissões, afastados do mercado de trabalho. Participaram da

pesquisa somente as pessoas que não estavam recebendo Seguro Desemprego. Sendo a

amostra, 30 pessoas, entre elas homens e mulheres, de 25 a 45 anos que tem como

característica exercer a função de chefe de família, ou seja, sua renda do último emprego ter

sido a principal da casa, desempregados a mais de seis meses, de diferentes etnias,

religiões, profissões, classes sociais e moradores de diferentes cidades do estado de São

Paulo, visto que a pesquisa foi realizada na cidade de Jundiaí, interior do estado. A

aplicação foi agendada e os participantes foram abordados nos locais pré-estabelecidos

para responderem as questões por livre e espontânea vontade, após o projeto ter sido

aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário Padre Anchieta, através

do protocolo nº 59883716.8.0000.5386 e os participantes assinarem o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), que descrevia as informações sobre a pesquisa.

Após a aplicação dos instrumentos, os dados referentes ao Questionário Sócio Demográfico

e a Escala de Depressão de Beck, foram computados através do programa Statistical

Package for the Social Sciences. Buscou-se considerar frequência, desvio padrão, médias e

possíveis correlações entre as medidas, visando identificar o grau de significância entre

essas variáveis por meio de correlação de Pearson; sendo portanto uma análise

quantitativa. A entrevista Semi-estruturada foi analisada pelo conteúdo através de uma

análise qualitativa. RESULTADOS E DISCUSSÃO / DESENVOLVIMENTO: Dos

entrevistados a maioria apresentou algum índice de depressão, sendo que do total da

amostra (n=30), 16 indivíduos apresentaram o escore mínimo, segundo o inventário de

Beck. O sintoma depressivo mais descrito entre os entrevistados foi o desânimo, sendo

relatado diretamente por 3 dos 30 participantes da pesquisa. Este número se repete na

investigação do Pensamento e Ideação Suicida, ou seja, do total da amostra 10%

descreveram ter Pensamento ou Ideação Suicida. Observou-se três correlações positivas

significativas entre as variáveis investigadas, sendo elas a relação entre Pessimismo e

Escore de Depressão (r=0,682, p<0,001), a relação entre Ideação Suicida e Escore de

Depressão (r=0,708, p<0,001) e a relação entre Ideação Suicida e Pessimismo (r=0.369,

p<0,045). Também identificou-se a relação entre o Histórico de Depressão existente na

família do indivíduo desempregado, que apareceu em 30% dos entrevistados, e os itens:

Escore de Depressão, Pessimismo, Ideação Suicida e Tempo de Desemprego. O histórico

de depressão apresentou correlação positiva com o Escore de Depressão (t [28] = -2,559,

p= 0,016) e o Pessimismo (t [28] = -2,595, p= 0,015), porém não apresentou correlação

positiva com a variável Ideação Suicida e o tempo de desemprego. Para a variável Exclusão

Page 25: X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica 7 · apresentadas variáveis qualitativas e quantitativas. Foram analisados componentes fatoriais para sumarizar as informações

31 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

Social obteve-se correlação positiva com o Escore de depressão (t [27,653] = -2.226, p=

0,034). Com relação aos gêneros, não houve diferença significativa na média das variáveis:

Escore de depressão, ideação suicida e pessimismo. O que contraria os estudos já

realizados, onde verifica-se que mulheres apresentam maior tendência a sintomas

depressivos do que os homens (CUNHA, 2001). De acordo com o post hoc de Tukey,

observa-se que a prevalência da Ideação suicida é maior entre os sujeitos divorciados com

relação aos solteiros, sendo 0,09 a média entre solteiros e 1,5 a média entre os sujeitos

divorciados, considerando alfa= 0,05. Por fim, a variável Exclusão Social demonstrou

prevalência entre os sujeitos do gênero masculino com 75% entre os entrevistados,

apresentando essa percepção apenas 33,3% das pessoas do gênero feminino. Para teste

de qui-quadrado de Pearson (X² [1] = 4,861, p= 0,027), verificou-se a significância entre os

dados obtidos. CONCLUSÕES OU CONSIDERAÇÕES FINAIS: Através da análise dos

dados, pode-se concluir que o desemprego possui grande influência na depressão, no

pessimismo e na ideação de suicida. O histórico de depressão na família do sujeito deve ser

levado em consideração, pois foi um dado relevante entre as correlações de escore de

depressão e pessimismo dos participantes. No entanto o tempo de desemprego não indicou

nenhuma correlação entre as variáveis investigadas, sendo contrário a estudos já realizados

por autores como Barros e Oliveira (2009) que dizem que “(...) o aumento do tempo de

desemprego pode afetar o estado de saúde mental dos trabalhadores desempregados.”

Este trabalho pode contribuir para o desenvolvimento de novas pesquisas, investigando

quais são as possíveis práticas de profissionais da psicologia e de outras áreas da saúde

mental para atuação nesse contexto. Um estudo longitudinal poderia identificar o

agravamento na sintomatologia do transtorno depressivo em chefes de família em situação

de desemprego.

PALAVRAS-CHAVE: Transtorno Depressivo; Desemprego; Chefes de família.

REFERÊNCIAS:

1. BARROS, Celso Aleixo; OLIVEIRA, Tatiane Lacerda. Saúde mental de

trabalhadores desempregados. Revista Psicologia Organizações e Trabalho. v.9

n.1, p. 90. jun. Florianópolis, 2009. Disponível em:

http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-

66572009000100006. Acesso em: jan. 2016.

Page 26: X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica 7 · apresentadas variáveis qualitativas e quantitativas. Foram analisados componentes fatoriais para sumarizar as informações

32 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

2. CHAHAD, Carolina; CHAHAD, José Paulo Zeetano. Os Impactos Psicológicos do

Desemprego e Suas Consequências Sobre Mercado de Trabalho. Revista da

ABET, v. 5, n. 1. São Paulo, 2005. Disponível em:

http://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/abet/article/view/15693/8948. Acesso em: 26

abr. 2017.

3. ESTRAMIANA, José Luis Álvaro; GONDIM, Sonia Maria Guedes; LUQUE, Alicia

Garrido; et. al. Desemprego e Bem-estar Psicológico no Brasil e Espanha: Um

Estudo Comparativo. Revista Psicologia: Organizações e Trabalho, v. 12, n. 1,

[s.l.], 2012. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rpot/v12n1/v12n1a02.pdf.

Acesso em: 26 abr. 2017.

AGRADECIMENTO OU SUPORTE FINANCEIRO: Agradecimento ao Programa

Institucional de Pesquisa de Iniciação Científica do UniAnchieta e a Agência de Empregos

Global e o Posto de Atendimento ao Trabalhador da cidade de Jundiaí por possibilitarem o

desenvolvimento do projeto.

Page 27: X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica 7 · apresentadas variáveis qualitativas e quantitativas. Foram analisados componentes fatoriais para sumarizar as informações

33 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

USO DE MEDICAMENTOS POR IDOSOS

Bolsista: Rosemeire Alves de Matos

Orientador: Prof. Dr. Heder Frank Gianotto Estrela

Curso: Farmácia

INTRODUÇÃO: Os estudos demográficos constatam crescente aumento da população

idosa no Brasil e no mundo. É estimado que a população idosa cresça mundialmente mais

de 80% nos próximos 25 anos. Atualmente, no Brasil, os idosos representam mais de 18

milhões de pessoas, correspondendo a 10,5% da população, sendo que os idosos com mais

de 80 anos alcançaram 1,4% do contingente brasileiro (MEDEIROS et al 2011). O

envelhecimento provoca varias modificações fisiológicas no corpo humano e suas

consequências podem se manifestar como alterações cardiovasculares, metabólicas,

respiratórias, na pele, no sistema digestivo, ósseo, neurológico, geniturinário e muscular.

Sabe-se que este tipo de paciente é caracterizado pela incapacidade progressiva do seu

organismo se adaptar as condições variáveis do ambiente, sendo a pele enrugada e a

diminuição de atividade física os primeiros sinais do envelhecimento (NERI, 2001). Por

apresentar progressiva ocorrência de processos patológicos, o idoso é o grupo etário que

mais utiliza medicamentos (ROZENFELD, 2008) e a utilização de vários medicamentos ao

dia, associados a esquemas posológicos complexos, caracteriza a polifarmácia.

Medicamentos administrados simultaneamente podem interagir comprometendo a resposta

terapêutica e aumentando o risco de intoxicação e reações adversas (SANTOS et al.; 2012).

OBJETIVOS: O objetivo deste trabalho foi avaliar a farmacoterapia utilizada por um grupo

de idosos e identificar a ocorrência de interações medicamentosas e uso de medicamentos

inapropriados. MÉTODO: Foram avaliados os prontuários médicos de 91 idosos

institucionalizados em uma clínica de repouso no município de Jundiaí, estado de São

Paulo. O trabalho foi analisado e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do

Centro Universitário Padre Anchieta, protocolo número 1.674.111. As interações

medicamentosas foram identificadas e classificadas de acordo com a natureza (físico-

química, farmacocinética e farmacodinâmica) e risco ao paciente (A, B, C, D e X). Para tal,

os fármacos prescritos foram inseridos em um programa com acesso “online” e disponível

no site “www.drugs.com”. A identificação de medicamentos inapropriados e inseguros para

idosos foi feita comparando os medicamentos prescritos com as listas Internacionalmente

padronizadas de PRISCUS E BEERS (AMERICAN GERIATRICS SOCIETY, 2012).

RESULTADOS E DISCUSSÃO / DESENVOLVIMENTO: A população de idosos estudada é

constituída predominantemente por mulheres (68%), sendo a maioria na faixa-etária de 81 á

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34 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

90 anos (38,5%). Todos os idosos apresentaram no mínimo uma patologia, sendo as

doenças cardiovasculares (73%) e endócrinas (50%), as mais prevalentes. O uso de

medicamentos pelos idosos foi elevado (655 medicamentos), sendo os vitamínicos (77%) os

mais prescritos, seguidos por anti-hipertensivos (67%). Foram identificadas 651 interações

medicamentosas, sendo 379 farmacodinâmicas (58%) e 272 farmacocinéticas (42%). As

interações de risco C foram as mais prevalentes, porém 31 interações de risco D foram

encontradas. Foram identificadas 68 prescrições de medicamentos potencialmente

inapropriados para idosos. CONCLUSÃO OU CONSIDERAÇÕES FINAIS: conclui-se que a

polifarmácia é uma prática comum na população idosa estudada, o que permite a grande

ocorrência de interações medicamentosas. Porém a maior parte das interações não é

preocupante, havendo apenas a necessidade de monitorar a terapia. A maior preocupação

está no uso de medicamentos inapropriados e inseguros e nas interações de risco D.

PALAVRAS-CHAVE: idosos, interações medicamentosas, polifarmácia.

REFERÊNCIAS:

1. AMERICAN GERIATRICS SOCIETY. Updated Beers Criteria for potentially

inappropriate medication use in older adults. Journal of the American Geriatrics

Society. v.60, p.616-631, [s.l.], 2012.

2. MEDEIROS, F.F.E.; et al. Intervenção interdisciplinar enquanto estratégia para o

uso Racional de Medicamentos em idosos. Revista Ciência e Saúde Coletiva. v.16,

n.7, p.3139 - 3149, [s.l.], 2011.

4. NERI, A. L. Envelhecimento e qualidade de vida na mulher - Congresso Paulista

De Geriatria E Gerontologia, São Paulo, 2001.

5. ROZENFELD, S. et. al. Drug utilization and polypharmacy among the elderly: a

survey in Rio de Janeiro City, Brazil. Pan American Journal of Public Health. v. 23,

n. 1, p. 34-43, 2008.

6. SANTOS, M.D.; et al. Uso racional de fármacos em idosos. Nova: revista

científica. v.1, n.1, [s.l.], 2012.

8. AGRADECIMENTO E SUPORTE FINANCEIRO: PIBIC/CNPq

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35 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

EFEITOS DA ESTIMULAÇÃO TRANSCRANIANA POR CORRENTE CONTÍNUA (ETCC)

NA GENERALIZAÇÃO ENTRE SEQUÊNCIAS DE UMA TAREFA MOTORA

Aluna: Thalyta Silva Martins

Orientadora: Profa. Ma. Andrea Peterson Zomignani

Curso: Fisioterapia

INTRODUÇÃO: A estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC) é uma técnica

que vem sendo explorada e mostra-se muito promissora, pois é de fácil aplicação, é segura,

indolor e não-invasiva (MARTINEZ, 2012). Essa corrente incita o cérebro de forma que seus

efeitos geram modificações nos potenciais neuronais transmembrana, modulando a taxa de

disparo das células neuronais isoladas. Esses efeitos dependem da polaridade dos

eletrodos: a estimulação catódica induz diminuição na excitabilidade cortical, enquanto na

estimulação anódica induz aumento na excitabilidade cortical. (FREGNI F; PASCUAL-

LEONE, 2007, DA SILVA et al, 2011). Um foco para a aplicação do ETCC tem sido o córtex

motor primário (M1) que participa efetivamente no processo de aprendizagem motora.

(MUELLBACHER et al, 2002). A aprendizagem motora é definida como a capacidade de

realizar uma tarefa motora com melhora relativamente permanente no desempenho da

mesma, ou até mesmo a aquisição de uma nova habilidade (TANI, 2005). No que diz

respeito a habilidade motora, consiste em um dos principais conceitos o processo de

aquisição, retenção e transferência (SÁ; MEDALHA, 2001). A transferência é a capacidade

de adaptação em uma diferente tarefa motora. E suas implicações podem ser: positivas,

negativas ou nulas. A transferência positiva ocorre quando a experiência anterior beneficia a

aprendizagem de uma nova habilidade, ao contrário da transferência negativa, já a

transferência nula não tem ação sobre a aprendizagem (SAVION-LEMIEUX, 2005, MAIA et

al, 2007). No processo de aprendizagem de uma habilidade motora são verificadas

mudanças na performance, pois ocorrem alterações morfológicas e funcionais nas sinapses

do sistema nervoso, chamadas plasticidade neural (CAREY; BHATT; NAGPAL, 2005, REIS,

2009). Portanto a neuroplasticidade e o processo da aprendizagem motora podem ser

favorecidas também pelo uso da ETCC, pois seus efeitos vem sendo o foco de inúmeras

pesquisas, podendo levar a implicações promissoras para a elaboração de protocolos.

(PRIORI, 2003, REIS et al, 2009). OBJETIVOS: Esta pesquisa tem como objetivo verificar

os efeitos da ETCC no processo de aprendizagem motora em jovens saudáveis, enfatizando

a fase de generalização entre sequências de movimentos manuais. MÉTODOS:

Participaram dessa pesquisa 31 indivíduos jovens e saudáveis com idade entre 18 à 35

anos. Estes foram divididos em 2 grupos, classificados em GE e GP. Foi explicado para

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36 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

cada participante que a tarefa consistiria em realizar os movimentos de oponência do

polegar com os demais dedos da mão dominante em duas sequências: ST e SNT

memorizados previamente, sendo esta a avaliação inicial. Em seguida realizaram o

treinamento da ST. Ao término e após 48h foram repetidos em ambos os grupos os mesmos

procedimentos da avaliação inicial para efeito de comparação. Para análise estatística foi

utilizado dois testes não-paramétrico equivalente a ANOVA (FRIEDMAN) e Mann-Whitney-

Wilcoxon devido a distribuição não normal para comparação das variáveis, com intuito de

identificar diferenças intra e inter-grupos. O nível de significância adotado foi de ≤ 0,05.

RESULTADOS E DISCUSSÃO / DESENVOLVIMENTO: Foram comparados os resultados

do GE e GP intragrupos durante as avaliações pré, pós treinamento e após 48horas no

membro dominante (direito) com a ST. Na execução da mesma houve melhora significativa

em ambos os grupos em relação ao aumento de acertos, já os erros ocorreu diminuição,

porém o grupo placebo não apresentou uma amostra estatisticamente significante ao

contrário do grupo experimental. Na execução da SNT o GE teve melhora do desempenho,

pois aumentou significativamente o número de acertos (p=0,003). Já o GP ficou muito perto

de alcançar o nível de significância, mas o p foi >0,05. Com relação aos erros, não houve

variância significativa no GP, enquanto o número de erros aumentou no GE. Na comparação

intergrupos não houve dados significativos. O presente estudo mostra que a ETCC

influência positivamente na aprendizagem motora. A corrente quando aplicada por um

tempo suficiente mantém modificada a função cortical para além do período de estimulação

(NITSCHE et al., 2008). A estimulação anódica sobre a região de (M1) e o eletrodo cátodo

sobre a área supra-orbitária contralateral a mão dominante, com a intensidade de 2 mA,

duração de 20 minutos e associada ao treinamento demonstrou resultados satisfatórios

após o treino. Tais resultados são afirmados por Andrade (2015) ressaltando que a prática

motora padronizada, se associada ao ETCC pode orientar os processos de plasticidade em

direção a um resultado funcional, pode também constatar uma melhoria significativa na taxa

de aprendizagem após uma única sessão (NITSCHE et al., 2003). Como observado nos

resultados, a aprendizagem motora foi favorecida, o grau de aprendizado é otimizado com a

prática que envolve alguns processos, ressaltando a transferência como o foco desse

estudo (SCHIMDT, WRISBERG, 2001). Por meio da comparação do desempenho em

ambas tarefas foi verificada essa transferência, já que o grupo experimental ao realizar a

SNT mostrou melhora, enquanto o aumento dos erros pode ser justificado pela semelhança

da tarefa. Podemos dizer que a transferência ocorrida foi positiva pois a experiência com a

habilidade facilitou o desempenho da mesma em uma nova situação. Partindo desse

pressuposto esse estudo preconiza o uso da ETCC, tendo efeito benéfico e tangível sobre a

transferência de aprendizagem entre sequências. CONCLUSÃO E CONSIDERAÇÕES

Page 31: X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica 7 · apresentadas variáveis qualitativas e quantitativas. Foram analisados componentes fatoriais para sumarizar as informações

37 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

FINAIS: Com base nos resultados obtidos neste estudo, concluiu-se que os efeitos da

ETCC foram benéficos sobre o processo de aprendizagem motora enfatizando a fase de

generalização entre sequências.

PALAVRAS-CHAVE: aprendizagem, estimulação elétrica, plasticidade neuronal.

REFERÊNCIAS:

1.ANDRADE, Suellen M; OLIVEIRA, Eliane A. Estimulação transcraniana por

corrente contínua no tratamento do acidente vascular cerebral: Revisão de

Literatura. Rev Neurocienc., v. 23, n. 2, p. 281-290, [s.l.], 2015.

2. CAREY, James R; BHATT, Ela; NAGPAL, Ashima. Neuroplasticity

Promoted by Task Complexity. Exercise and Sport Sciences Reviews, v. 33, n.

1, p. 24-31, [s.l.], 2005.

3. DA SILVA, Alexandre F.; et al. Electrode positioning and montage in

transcranial direct current stimulation. Journal of visualized experiments, v. 51,

[s.l.], 2011.

4. FREGNI, Felipe; PASCUAL-LEONE, Alvaro. Technology insight: noninvasi-

ve brain stimulation in neurology-perspectives on the therapeutic potential of

rTMS and tDCS. Nat Clin Pract Neurol, v. 3, p. 83-93, [s.l.], 2007.

5. KAROK, Sophia; FLETCHER, David; WITNEY, Alice G. Task-specificity of

unilateral anodal and dual-M1 tDCS effects on motor learning.

Neuropsychologia, v. 94, p. 84-95, [s.l.], 2017.

6. MAIA, Raquel F.; et al. Efeitos da transferência de aprendizagem entre

tarefas: saque do voleibol para o saque do tênis. Revista Mackenzie de

Educação Física e Esporte, v. 63, n. 3, p. 135-144, [s.l.], 2007.

7. MARTINEZ, Rodrigo Q. A. Influência da estimulação transcraniana por

corrente contínua na aprendizagem motora de indivíduos saudáveis.

Dissertação – Pós-graduação em distúrbios do desenvolvimento, Universidade

Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2012.

Page 32: X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica 7 · apresentadas variáveis qualitativas e quantitativas. Foram analisados componentes fatoriais para sumarizar as informações

38 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

8. MUELLBACHER, Wolf. et al. Early consolidation in human primary motor

cortex. Nature, v. 415, p. 640-644, 2002.

9. NITSCHE, Michael A. et. al. Transcranial direct current stimulation: State of

the art 2008. Brain Stimulation, v.1, p. 206-223, [s.l.], 2008.

10. Nitsche, Michael A. et al. Facilitation of implicit motor learning by weak

transcranial direct current stimulation of the primary motor cortex in the human.

Journal of Cognitive Neuroscience, v.15, p.619, [s.l.], 2003.

11. REIS, Janine. et al. Noninvasive cortical stimulation enhances motor skill

acquisition over multiple days through an effect on consolidation. PNAS, v.106,

n.5, [s.l], 2009.

12. SÁ, C.S.C.; MEDALHA, C.C. Aprendizagem e memória: contexto Motor.

Rev. Neurociências, v.9, n.3, p.103-110, [s.l.], 2001.

13. SAVION-LEMIEUX, Tal; PENHUNE, Virginia B. The effects of practice and

delay on motor skill learning and retention. Experimental Brain Research,

v.161, p.423–431, [s.l.], 2005.

14. SCHMDIT, R.A.; WRISBERG, C.A. Aprendizagem e performance motora:

uma abordagem da aprendizagem baseada no problema. p.352, Porto Alegre:

Artmed, 2001.

15. TANI, G.O. Aprendizagem motora: tendências, perspectivas e problemas

de investigação in: Tani G. Comportamento Motor: aprendizagem e

desenvolvimento. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.

8. AGRADECIMENTO E SUPORTE FINANCEIRO: PIBIC/CNPQ

Page 33: X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica 7 · apresentadas variáveis qualitativas e quantitativas. Foram analisados componentes fatoriais para sumarizar as informações

39 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

EFEITOS DA ESTIMULAÇÃO TRANSCRANIANA POR CORRENTE CONTÍNUA (ETCC)

NA AQUISIÇÃO E CONSOLIDAÇÃO DE UMA TAREFA MOTORA

Aluna: Mayara Fernanda Menegatti

Orientadora: Profa. Ma.Andrea Peterson Zomignani

Curso: Fisioterapia

INTRODUÇÃO: A estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC) é uma técnica

de neuromodulação que permite o estímulo de uma corrente elétrica em baixa intensidade

para as áreas corticais inibindo ou facilitando a atividade neuronal involuntária (BRUNONI et

al. 2012). De acordo com BRUNONI et al. (2012) a ETCC é considerada como uma terapia

segura para aplicação em humanos devido aos poucos relatos na literatura de efeitos

adversos.SCHESTATSKY et al. (2013) diz que a ETCC dispõe do uso de dois eletrodos, o

cátodo e o ânodo, onde são posicionados sobre o couro cabeludo com a finalidade de

modular uma área específica do cérebro. A corrente anódica foi idealizada para aumentar a

excitabilidade cortical no cérebro de regiões alvo, e a corrente catódica foi idealizada para

diminuir a excitabilidade cortical (LIMA, 2007). De acordo com LINDENBERG et al. (2010) a

ETCC teve relevância pela possibilidade de desenvolver o aprendizado motor. TANI (2005)

define como a possibilidade de realizar uma tarefa motora favorecendo uma melhora

relativamente permanente no seu desempenho, sendo que a prática contribui na aquisição e

no desempenho das habilidades motoras. LIMA (2007) diz que apesar desse tipo de

estimulação favorecer uma corrente de fraca intensidade, quando é aplicada por tempo

prolongado proporciona alterações sinápticas que podem ocasionar em mudança transitória

da rede neuronal. Portanto, essa terapia é uma técnica não invasiva e indolor, mas capaz de

modular a atividade cerebral, e com isso apresentar efeitos terapêuticos. De acordo com

BRUNONI et al. (2012) os parâmetros são oscilatórios, como o tamanho e posicionamento

dos eletrodos, a intensidade, a duração da estimulação, o número de sessões por dia e o

intervalo das sessões. Com isso há uma ampla variabilidade dos estudos publicados nos

dias atuais. Em vista disso, estudos vêm sendo realizados com o objetivo de melhorar a

compreensão quanto aos possíveis mecanismos envolvidos nas modificações induzidas

pela ETCC (MONTENEGRO et al., 2013). OBJETIVOS: Verificar os efeitos da ETCC na

aquisição e consolidação de uma tarefa motora em indivíduos jovens e saudáveis.

MÉTODO: Participaram dessa pesquisa 31 indivíduos saudáveis, de maneira voluntária, de

ambos os sexos, com idades variando entre 18 a 35 anos; 15 deles realizaram a tarefa

motora com a ETCC real e os outros 16 (grupo placebo) realizaram a tarefa com a ETCC

simulada. Os materiais utilizados nesse estudo foram: cadeira e mesa, para acomodar o

Page 34: X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica 7 · apresentadas variáveis qualitativas e quantitativas. Foram analisados componentes fatoriais para sumarizar as informações

40 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

participante de maneira confortável; local silencioso para evitar interferências visuais e

auditivas durante o procedimento; fitas adesivo-metálicas acopladas aos dedos das mãos

dos participantes, para a transmissão dos sinais relativos à execução dos movimentos;

cabos de conexão dedos-computador; computador da marca Panasonic com programação

específica desenvolvida, para registro da velocidade eda acurácia dos movimentos dos

dedos e gerador de corrente contínua alimentado por uma bateria de 12V. A tarefa

motorapraticada foi uma sequência pré-determinada deoponência de dedos. Em seguida foi

realizada a avaliação inicial e logo após, o treino formado por oito blocos de trezentos

movimentos com intervalo de dois minutos em cada bloco. No final do treino realizou-se

aavaliação pós treino. Os voluntários foram reavaliados, novamente, quarenta e oito horas

pós treino. RESULTADOS E DISCUSSÃO/DESENVOLVIMENTO: Ambos os grupos

tiveram valores estatisticamente significantes, mostrando um aumento no número de acertos

tanto no GE quanto no GP, sendo que no GE os valores passaram de 25,5 (17,5; 28,8) para

35,0 (29,4; 42,0), com o valor de p<0,05 E os valores do GP passaram de 20,0 (17,2; 27,5)

para 36,0 (30,5; 38,8), com o valor de p<0,05. Entretanto, os resultados mostraram que o

GE também diminuiu o número de erros, enquanto o GP manteve o mesmo valor. Sendo

que o valor no GE passou de 2,5 (0,11; 4,90) para 1,5 (1,0; 3,90), com o valor de p<0,05 e

os valores do GP passaram de 4,0 (1,36; 4,82) para 2,0 (1,0; 3,0), com o valor de p>0,05.

Neste presente estudo verificou-se que a eletroestimulação por corrente contínua (ETCC)

aplicada na região do córtex motor primário (M1), pode contribuir para a aprendizagem

motora, visto que os resultados mostraram um ganho na quantidade de acertos no GE e

uma diminuição na quantidade de erros, o que sugere que isso é consistente com uma

aprendizagem mais eficaz. Com isso, tivemos como resultado nessa pesquisa mudanças

em desempenho positivas ao realizar a tarefa, tendo em ambos os grupos mais acertos

após a prática da tarefa motora, visto que o desempenho de uma tarefa motora voluntária

pode melhorar com repetição e prática. Entretanto, o grupo submetido à eletroestimulação

de M1 teve menos erros do que o grupo placebo após a tarefa. Ou seja, a ETCC parece ter

proporcionado aprendizagem mais consistente da tarefa motora proposta, embora não tenha

havido diferença entre os grupos para essa amostra. CONCLUSÕES OU

CONSIDERAÇÕES FINAIS: De acordo com os resultados, conclui-se que os efeitos da

ETCC na aquisição e consolidação de uma tarefa motora podem contribuir para uma

melhora no aprendizado motor de indivíduos jovens e saudáveis.

PALAVRAS-CHAVE: Atividade motora, estimulação elétrica e aprendizagem.

Page 35: X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica 7 · apresentadas variáveis qualitativas e quantitativas. Foram analisados componentes fatoriais para sumarizar as informações

41 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

REFERÊNCIAS:

1. BRUNONI, A. R. Clinical Research with Transcranial Direct Current Stimulation

(tDCS): Challenges and Future Directions. Brain Stimulation; v.5, p.175-195, [s.l.],

2012.

2. BRUNONI, A. R. Tratamento do transtorno depressivo maior com estimulação

transcraniana por corrente contínua: ensaio clínico aleatorizado, duplo-cego, fatorial.

Tese – Doutorado: Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo,

2012.

3. CENSOR, N.; BUCH E. R.; NADER, K.; et. al. Altered human memory modification

in the presence of normal consolidation. CerebCortex. v. 26, p.3828–3837, [s.l.], 2016

4. DAYAN, E.; LAOR-MAAYANY R.; CENSOR N. Reward disrupts reactivated human

skill memory. Sci Rep, v.6, p.28270, [s.l], 2016.

5. LIMA, M. C. Estimulação cerebral para o tratamento de dor neuropática. Psicol.

teor.prat. v. 9, n. 2, p. 142-148, São Paulo, 2007.

6. LINDENBERG, R.; et al. Bihemispheric brain stimulation facilitates motor recovery in

chronic stroke patients. Neurology. v. 75, p.2176-2184, [s.l.], 2010.

7.. MONTENEGRO, R. A. Estimulação Transcraniana por corrente contínua: da

aplicação clínica ao desempenho físico. v.12, n.4, p.27-37, Rio de Janeiro: Revista

Hupe, 2013.

8. SCHESTATSKY, P; MORALES-QUEZADA, L; FREGNI, F. Simultaneous EEG

Monitoring During Transcranial Direct Current Stimulation. Journal of Visualized

Experiments. v.76, p. 50426, [s.l.], 2013.

9. WYMBS, N. F.; BASTIAN, A. J.; CELNIK, P. A. Motor skills are strengthened

through reconsolidation. Curr Biol. v. 26, p.338–343, [s.l.], 2016.

Page 36: X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica 7 · apresentadas variáveis qualitativas e quantitativas. Foram analisados componentes fatoriais para sumarizar as informações

42 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

EFEITOS DA ESTIMULAÇÃO TRANSCRANIANA POR CORRENTE CONTINUA (ETCC)

NA RETENÇÃO DE UMA TAREFA MOTORA

Aluna: Juscélia Moreira Santos

Orientadora: Profa. Ma. Andrea Peterson Zomignani

Curso: Fisioterapia

INTRODUÇÃO: A aprendizagem é a mudança de comportamento realizada pela

plasticidade dos processos neurais cognitivos, sendo envolvidas nas áreas corticais

associadas e que fornece bases teóricas para que haja um plano de ensino durante todas

as fases do desenvolvimento (ANDRADE, 2004). Ela também é uma base essencial na

reorganização das conexões entre os neurônios, compreendida através da

neuroplasticidade como capacidade plástica do cérebro de se reorganizar em vários níveis,

quando estimulados a fatores eficientes e frequentes ou após uma agressão. (OLIVEIRA,

2009). Considerando que os mecanismos de neuroplasticidade como centrais em processos

de aprendizagem e memória, a estimulação transcraniana por corrente continua (ETCC),

aparece como uma interessante ferramenta de pesquisa nas áreas da neurociência.

(BOGGIO, 2006). Esse método de estimulação vem sendo usado para vários fins, pois ela é

caracterizada por um método indolor, acessível e de fácil aplicação e os efeitos dependem

de qual corrente será aplicada, que pode ser anódica ou catódida (MARINHEIRO, 2013).

Essas correntes são responsáveis por aumentar ou inibir a substância cortical, a corrente

anódica, aumenta a excitabilidade cortical, tendo uma despolarização da membrana

neuronal e a corrente catódica, diminui a excitabilidade cortical. (MONTENEGRO et al.

2013). Para disfunções primárias ou secundárias o uso dessa ETCC é bem recomendado,

pois os efeitos terapêuticos dessa técnica podem ser posicionados e alcançados por

ativação das estruturas neuronais ou a inibição de estrutura cortical (BERLIM, 2009). A

aplicação de corrente anódica no córtex motor resulta em uma maior eficácia no

desempenho motor, tendo um aumento da excitabilidade em todas as fases da

aprendizagem. (MACHADO, 2009). OBJETIVOS: Verificar como o uso da estimulação

transcraniana por corrente contínua (ETCC) interfere nos processos de retenção da tarefa

motora. MÉTODO: Foram selecionados 31 indivíduos jovens, saudáveis com idade entre 18

e 35 anos, destes foram divididos em 2 grupos: Grupo Experimental (GE) que realizou a

tarefa motora submetido a aplicação da eletroestimulação e o Grupo Placebo (GP) que

realizou a tarefa motora com o aparelho desligado. Os seguintes materiais a seguir foram

utilizados nesse estudo: cadeira e mesa, para acomodar o participante de maneira

confortável; local silencioso para evitar interferências visuais e auditivas durante o

Page 37: X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica 7 · apresentadas variáveis qualitativas e quantitativas. Foram analisados componentes fatoriais para sumarizar as informações

43 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

procedimento; fitas adesivo metálicas acopladas aos dedos das mãos dos participantes,

para a transmissão dos sinais relativos à execução dos movimentos; cabos de conexão

dedos-computador; computador da marca Panasonic com programação específica

desenvolvida, para registro da velocidade e precisão dos movimentos dos dedos e gerador

de corrente contínua alimentado por uma bateria de 12V. A tarefa escolhida para a pesquisa

foi uma tarefa de movimentos sequenciais de dedos. Para esse tipo de abordagem, os

dedos das mãos foram numerados, do dedo indicador (segundo dedo anatômico)

representado pelo número 1 até o dedo mínimo (quinto dedo anatômico) representado pelo

número 4. O polegar não recebeu numeração, pois é quem realizava a oposição e fechava o

circuito registrando a sequência realizada. A tarefa consistia em realizar os movimentos de

oponência do polegar com os demais dedos, em sequências de cinco números

memorizados previamente. A partir daí foi realizada a avaliação inicial, avaliação de

treinamento que foi formado por 8 blocos de 300 movimentos. Após o treinamento realizou

uma avaliação pós treino. Os voluntários foram reavaliados novamente 48horas, 7 dias e 28

dias após o treinamento. Para a análise estatística inicialmente, foi testada a normalidade

dos dados pelo teste de Shapiro-Wilk. Diante da não normalidade encontrada foi utilizado

um teste não paramétrico para comparação dos resultados intra-grupos (Friedman) e um

teste também não paramétrico para comparação dos resultados inter-grupos (Mann-

Whitney-Wilcoxon). O nível de significância adotado foi de p ≤ 0,05, nível de confiança de

95%. O programa utilizado para todos os foi o Stata versão 11.0. RESULTADO E

DISCUSSÃO / DESENVOLVIMENTO Para análise do desempenho do indivíduo na tarefa

proposta foram utilizadas como variáveis o número de acertos e de erros durante os tempos

de avaliação (inicial, pós treinamento, 48 horas pós treinamento, 7 e 28 dias pós

treinamento). O acompanhamento ao longo do tempo mostra a capacidade de retenção, um

dos produtos da aprendizagem motora. No GE houve uma diminuição no número de erros

nos tempos pós treinamento e 48 horas pós treinamento estatisticamente significante

(p=0,03), o que não caracteriza retenção. Já nos períodos de 7 e 28 dias pós treino, o valor

retornou ao tempo pré treinamento. Houve nesse grupo também um aumento no número de

acertos, tendo assim uma melhora no desempenho, estaticamente significante (p<0,001).

No GP a diminuição na quantidade de erros não foi estaticamente significante, houve uma

melhora no número de acertos, entretanto o nível de significância foi inferior quando

comparado ao GE (p=0,001). Não houve diferenças na comparação entre os grupos. O

presente estudo verificou o efeito da ETCC na aprendizagem motora. A ETCC que tem

como característica, corrente com uma baixa intensidade, com fluxo direto e contínuo e com

capacidade de modular a atividade cortical, sem, no entanto, agir diretamente sobre os

neurônios. Esta é uma das várias vantagens que esta técnica possui. E quando os

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44 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

neurônios não são afetados diretamente, minimizam-se os efeitos adversos. Ela também e

uma técnica com polaridade dependente, onde a estimulação anódica geralmente aumenta

a excitabilidade cortical e a catódica resulta em efeitos opostos. De acordo com os

resultados obtidos observou-se uma resposta significativa do desempenho durante as fases

de aquisição e retenção após a estimulação anódica no córtex motor primário. Esses efeitos

adquiridos podem ser compreendidos através do aumento da neuroplasticidade que houve

na área motora, a qual recebeu o estímulo da corrente anódica nessa região. Uma outra

análise comparativa dos resultados obtidos no grupo em relação ao grupo controle,

mostraram que houve uma melhora no desempenho imediato e de longo prazo, porém o seu

nível de significância foi menor. Esta conclusão foi apoiada pelo fato de que no grupo

experimental a repetição de sequências de movimentos realizados durante o treinamento

teve uma elevação de excitabilidade do córtex motor primário que foi induzido pela ETCC e

com isso houve uma melhora o desempenho beneficiando assim a aprendizagem por

favorecer a retenção da informação. Diante disso, a aplicação da corrente anódica no córtex

motor mais especificamente, a estimulação na região do M1, que mesmo tendo prática

constante, é capaz de favorecer a aprendizagem da dimensão absoluta da habilidade, tendo

um aumento da excitabilidade em todas as fases da aprendizagem. CONCLUSÃO OU

CONSIDERAÇÕES FINAIS: Com base nos resultados, conclui-se que o efeito da ETCC na

retenção de uma tarefa motora pode contribuir para uma melhora na aprendizagem motora

de indivíduos jovens saudáveis. Embora tenha havido efeito da ETCC intra-grupo, sugerem-

se mais estudos e maior número de indivíduos na amostra para verificar com maior nível de

confiança os efeitos inter-grupo desse tipo de abordagem em indivíduos jovens e saudáveis.

PALAVRAS-CHAVE: Atividade motora, Estimulação elétrica, Aprendizagem.

REFERÊNCIAS:

1. ANDRADE, A; LUFT, C.B; ROLIM, MB; O desenvolvimento motor, a maturação das

áreas corticais e a atenção na aprendizagem motora. Revista digital, v.10 n.78,

Buenos Buenos Aires, 2004.

2. BERLIM, M.T.; NETO, V.D.; TURECKI, G. Estimulação transcraniana por corrente

direta: uma alternativa promissora para o tratamento da depressão maior. Rev.Bras.

Psiquiatr. v.31 n.1, São Paulo, 2009

Page 39: X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica 7 · apresentadas variáveis qualitativas e quantitativas. Foram analisados componentes fatoriais para sumarizar as informações

45 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

3. BOGGIO, P.S; Efeitos da estimulação transcraniana por corrente contínua sobre

memória operacional e controle motor. p.123, São Paulo 2006.

4. OLIVEIRA, G.G; Andragogia e aprendizagem na modalidade de educação à

distância: contribuições da neurociência, Uberaba, 2009.

5. MACHADO, S.; et. al. Aplicações terapêuticas da estimulação cerebral por corrente

contínua na neuro reabilitação clínica. Rev. Neurocienc, v.17 n.3 p.298-300, Rio de

Janeiro, 2009.

6. MARINHEIRO, R.C. A influência da estimulação transcraniana por corrente contínua

nos parâmetros de dano muscular induzido pelo exercício. Natal, 2013.

7. MONTENEGRO, R.A.; et. al. Estimulação transcraniana por corrente continua: da

aplicação clínica ao desempenho físico. Revista hospital Pedro Ernesto, v.12 n.4, Rio

de Janeiro, 2013.

8. SOUZA, T.A.; Aprendizagem motora: o papel do córtex motor primário. Escola de

Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional. Universidade Federal de Minas

Gerais, Belo Horizonte, 2014.

Page 40: X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica 7 · apresentadas variáveis qualitativas e quantitativas. Foram analisados componentes fatoriais para sumarizar as informações

46 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

ACHADOS NEUROLÓGICOS ANORMAIS EM LACTENTES ACOMETIDOS POR

MICROCEFALIA ENCAMINHADOS PARA O PROGRAMA DE INTERVENÇÃO PROCOCE

DA CLÍNICA DE FISIOTEARIA DO UNIANCHIETA

Aluna: Caroline de Jesus

Orientadora: Profa. Ma. Tathiana Ghisi de Souza

Curso: Fisioterapia

INTRODUÇÃO: O ZIKV foi encontrado em seres humanos em 1954 na África Ocidental. O

primeiro caso da doença no Brasil foi relatado em maio de 2015e, desde então, o vírus se

espalhou rapidamente dentro do Brasil e países próximos. Recentemente o Zika Vírus

(ZIKV) está sendo associado ao aumento dos casos de microcefalia em recém-nascidos. É

considerado microcefalia, aquele que apresenta o perímetro cefálico >2 desvios-padrão

menor que a média, quando comparado a crianças do mesmo sexo e idade. OBJETIVOS:

Identificar as alterações neurológicas presentes em lactentes expostos ao ZIKV com ou sem

microcefalia. MÉTODO: Trata-se de um ensaio clínico que foi conduzido em um período de

seis meses. Foram incluídos no estudo onze lactentes clinicamente estáveis expostos a

infecção pelo Zika vírus no período pré ou pós-natal. O estudo foi baseado em um

questionário sobre o desenvolvimento motor atípico da criança proposto por LOIS BLY

(2000). RESULTADOS E DISCUSSÃO / DESENVOLVIMENTO: Os onze lactentes foram

avaliados no mutirão do Projeto ZIKA – Coorte Jundiaí da FMJ período de março de 2017 a

junho de 2017. Dentre os 11 lactentes avaliados, 3 (27%) foi comprovado o diagnóstico de

microcefalia devido à infecção do ZIKV e 7 (73%) não foram diagnosticados com

microcefalia devido à infecções do zika vírus, mas que no entanto foram expostos ao ZIKV.

A idade média dos lactentes foi de 6 meses, 4 (36%) lactentes eram do sexo masculino e 7

(64%) do sexo feminino. Dentre todos os lactentes avaliados, oito deles (73%) apresentaram

pelo menos uma alteração em seu desenvolvimento motor atípico, estando então, dentro

dos padrões normais de desenvolvimento esperado para a sua idade. Os lactentes

avaliados que obtiveram alguma alteração, foram encaminhados para clínica de reabilitação

fisioterapêutica do UniAnchieta. CONCLUSÕES OU CONSIDERAÇÕES FINAIS: Com a

realização do presente trabalho e aplicação do questionário sobre o desenvolvimento motor

atípico da criança pode-se concluir que, apenas a exposição ao ZIKV pode causar

alterações ao desenvolvimento, não sendo necessária a presença comprovada de

microcefalia.

PALAVRAS-CHAVE: Zika Vírus, Desenvolvimento Motor, Avaliação Neurológica.

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47 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

REFERÊNCIAS:

1. VASCONCELOS, Pedro F.C. Doença pelo vírus Zica: um novo problema emergente

nas Américas? Ver Pan-Amaz Saúde, v. 6, p. 9, 2015.

2. FACCINI, et. al. Possível Associação entre a Infecção pelo Vírus Zica e a

Microcefalia – MorbidityandMortalityWeeklyReport. v. 65, n. 03, p. 1-4. Brasil, 2015.

3. MINISTÉRIO DA SAÚDE, Plano emergencial para vigilância e resposta à ocorrência

de microcefalia relacionada à infecção pelo vírus Zika; Protocolo de vigilância e

resposta à ocorrência de microcefalia relacionada à infecção pelo Vírus Zika, versão

1.2, 2015.

4. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Diretor Geral resume o resultado do Comité

de Emergência sobre casos de microcefalia e síndrome de Guillain-Barré. Disponível

em: <http://www.who.int/mediacentre/news/statements/2016/emergency-commitee-

zika-microcephaly/en/> acesso em: 20 mar. 2016.

5. SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DE PERNAMBUCO. Protocolo Clínico e

Epidemiológico para a investigação de casos de microcefalia no estado de

Pernambuco. 1.ed. Permambuco, 2015.

6. CALVET, et. al. Detection and sequencing of Zika Virus from aminiotic fluido fetuses

with microcephaly in Brazil: a case study. Lancenet Infect, p.2. [s.l.], 2016.

7. BAXTER, et. al. Microcefalia adquirida: causas, patrones, efectos motores, y sobre

el Cl,y alteraciones del crescimiento asociadas, p.3, [s.l.], 2009.

8. ABRAFIN. Parecer sobre Estimulação Precoce e Microcefalia. [s.l.], 2016

9. AGUIAR; ARAUJO. A mídia em meio às emergências do vírus Zica: questões para

o campo da comunicação e saúde. Ver. Eletron Comum Inf Inov Saúde. [s.l.], 2016.

10. PETERSEN, et. al., Rapid Spread of Zika Virus in the Americas: Implications for

Public Health Preparedness for Mass Gatherings at the 2016 Brazil Olympic Games. p

12-13, [s.l.], 2016.

Page 42: X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica 7 · apresentadas variáveis qualitativas e quantitativas. Foram analisados componentes fatoriais para sumarizar as informações

48 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

11. BLY; LOIS. Motor Skills Acquisition Check list: Therapy Skill Builders. [s.l.], 2003.

12. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Zika virus outbreaks in the Americas. Wkly

Epidemiol Rec. V. 9, n.45, p. 609-610. Disponível em:

<http://www.who.int/wer/2015/wer9045.pdf?ua=1/> acesso em: 31 jun. 2016.

13. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Centro de Operações de emergências em saúde pública

sobre microcefalias. Informe epidemiológico: Semana Epidemiológica. Monitoramento

dos casos de microcefalia no Brasil. v. 11, [s.l.], 2016. Disponível em:

<http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2016/fevereiro/03/COES-Microcefalias---

Informe-Epidemiol--gico-11---SE-04-2016---02FEV2016---18h51-VDP.pdf//> acesso

em: 31 jun. 2016.

AGRADECEIMENTO OU SUPORTE FINANCEIRO: Agradecemos à Faculdade de

Medicina de Jundiaí-FMJ pela parceria com a coleta de dados deste trabalho.

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49 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA DE LACTENTES ACOMETIDOS POR MICROCEFALIA NO

MUNICÍPIO DE JUNDIAÍ – SP DEVIDO A INFECÇÃO PELO ZIKA VÍRUS

Aluna: Cristiane Sbrissa Cota

Orientadora: Profa. Ma.Tathiana Ghisi de Souza

Curso: Fisioterapia

INTRODUÇÃO: Estamos vivenciando no Brasil a introdução e um rápido processo de

disseminação do Zika Vírus, possivelmente introduzido no país durante a Copa do Mundo

realizada em 2014, trata-se de um flavivírus, transmitido por Aedes Aegypti que tem

causado doença febril, acompanhada por discreta ocorrência de outros sintomas gerais

(VASCONCELOS, 2015). A microcefalia relacionada ao vírus Zika é uma doença nova que

está sendo descrita pela primeira vez na história e com base no surto que está ocorrendo no

Brasil, ela é uma anomalia congênita que é definida como uma alteração da estrutura ou

função do corpo que estão prestes ao nascimento e são de origem pré-natal e pode ser

acompanhada de epilepsia, paralisia cerebral, retardo no desenvolvimento cognitivo, motor e

fala, além de problemas de visão e audição. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2015). A

Organização Mundial da Saúde (OMS) a caracteriza como uma anomalia que o Perímetro

Cefálico (PC) é menos que dois ou mais desvios-padrão do que a referência para o sexo, a

idade ou tempo de gestação. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2015). É importante ressaltar que

só por si só a ocorrência da microcefalia não significa a existência de alterações

neuropsicomotoras, principalmente se a microcefalia for de origem familiar, no entanto, na

maioria dos casos ela é acompanhada de alterações motoras ou cognitivas de acordo com o

grau de acometimento cerebral. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2015). O presente trabalho visa

avaliar inicialmente dez casos clínicos de microcefalia causados pelo Zika Vírus, pela

Avaliação Neurocomportamental de Dubowitz e assim ter conhecimento do grau de

acometimento neurológico causado pela infecção viral. OBJETIVOS: Descrever a avaliação

neurológica de lactentes acometidos por microcefalia devido à infecção pelo Zika Vírus.

MÉTODO: Desde 2015 o Hospital Universitário de Jundiaí (Hu) vem realizando uma coorte

no qual foram inseridos no projeto todos os lactentes nascidos no HU no momento da

pesquisa, para a realização e coleta de dados do presente projeto foi realizado uma parceria

com o médico responsável da coorte no primeiro semestre de 2017, a fim de ter acesso aos

dados e aos lactentes inseridos na pesquisa, que indicou 445 partos, sendo 10% desses

partos positivos para o Zika Vírus e 47 bebês microcefálicos. A coleta de dados foi realizada

na Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ) LOCALIZADA NA Rua Francisco Tele, n° 250,0

Vila Arens II, Jundiaí/SP, onde quinzenalmente ocorriam consultas de fisioterapia no período

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50 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

de março de 2017 a junho de 2017. Foram incluídos no estudo onze lactentes, como o

diagnóstico de microcefalia devido à contaminação pelo Zika Vírus de qualquer peso e idade

gestacional (IG), nascidos no município de Jundiaí e encaminhados para o Hospital

Universitário de Jundiaí ou aqueles que a mãe obteve algum contato com o Vírus em seu

período gestacional. Foram excluídos os lactentes que não se encaixavam nesses critérios e

que os pais não tenham concordado em participar da pesquisa e realizado a assinatura do

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Foi aplicada a Avaliação Neurológica

de Hamersmith, também chamada de Avaliação Neurocomportamental de Dubowitz versão

neonatal e pediátrica (Anexo 02). A avaliação neonatal possui 29 itens divididos em 6

categorias: tônus, padrões de tônus, reflexos, movimentos, sinais anormais e

comportamento. (SOUZA et al, 2008). E a avaliação pediátrica contém 37 itens divididos em

6 categorias: nervos cranianos, movimentos, tônus, reflexos e reações, marcos motores e

comportamento. A Avaliação Neurocomportamental de Dubowitz Neonatal avalia lactentes

de 40 semanas de idade gestacional e/ou idade gestacional corrigida até 28 dias de vida e a

infantil avalia lactentes de 2 meses a 2 anos de idade, ambas têm o objetivo de avaliar as

funções de nervos cranianos, postura, movimento, tônus, reflexos e reações e o

comportamento. (DOGRA et al., 2010). A avaliação de Dubwitz foi desenvolvida em 1981, e

testada em 500 bebês, utilizando uma escala de 5 pontos para classificar a maturidade

neurológica, é uma avaliação considerada muito simples e com seu uso é possível

documentar toda a evolução do lactente. Sua utilização é viável para recém-nascidos pré-

termo (RNPT) e também para recém-nascido termo (RNT), podendo ser executada em

apenas quinze minutos. (DUBOWITZ, 1999). A análise de dados das avaliações foi

realizada de maneira qualitativa, onde serão descritos os achados neurológicos. A avaliação

de Dubwitz identifica padrões nos lactentes avaliados a partir de um sistema quantitativo de

pontuação onde para cada item é dado uma nota, no entanto, também pode ser descrita de

maneira qualitativa pela coluna assinalada pelo avaliador, forma que será abordada nesse

projeto para melhor descrever os achados neurológicos. Para a realização correta e

fidedigna do exame foi necessário seguir alguns critérios: As avaliações foram efetuadas

entre mamadas, durante o atendimento da fisioterapia, no mutirão da saúde do projeto Zika

Coorte Jundiaí, desenvolvido pela Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ). O teste de cada

item avaliado foi repetido três vezes e registrada a resposta predominante na ficha de

avaliação. Quando o lactente não se encaixava em nenhuma das possibilidades, optou-se

pelo diagrama mais próximo. Todas as crianças avaliadas se encontravam em boas

condições clínicas. RESULTADOS E DISCUSSÃO / DESENVOLVIMENTO: A amostra do

estudo foi composta de uma série de 11 lactentes, avaliados em seis encontros do multirão

no período de março e 2017 a junho de 2017, idade média dos lactentes doi de 6 meses, 4

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51 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

(36%) lactentes eram do sexo masculino e 7 (64%) do sexo feminino, portanto para esse

estudo foi apenas utilizada a Avaliação Neurocomportamental de Hammersmith versão

pediátrica, já que todos os lactentes tinham mais de um mês de vida no momento de sua

avaliação. CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS: Com a realização do presente

trabalho e aplicação da avaliação neurológica de Dubowitz pode-se concluir que dentre

todos os lactentes avaliados, oito deles, ou seja, 73% apresentaram pelo menos uma

alteração em seu desenvolvimento motor de acordo com o esperado para a sua idade e

apenas três dos bebês avaliados, totalizando 27% não apresentaram desenvolvimento

motor atípico, estando então, dentro dos padrões normais de desenvolvimento esperado

para sua idade. PALAVRAS-CHAVE: Zika vírus, Microcefalia, Avaliação Neurológica

REFERÊNCIAS:

1. DOGRA, D. et al, A User Friendly Implementation for Efficiently Conducting

Hammersmith Infant Neurological Examination. Departmentof Computer Sc2010.

Disponível em: <https://arxiv.org/ftp/arxiv/papers/1402/1402.0698.pdf>. Acesso em 12

abr. 2016.

2. DUBOWITZ, L.M.; DUBOWITZ, V.; MERCURI, E. The neurological assessment of

the preterm & full tem newborn infant. London: Cambridge. 1999.

3. MINISTÉRIO DA SAÚDE, Protocolo de Vigilância e Resposta à Ocorrência de

Microcefalia Relacionada à Infecção pelo Vírus Zika. [s.l.], 2015.

4. VASCONCELOS, PEDRO F.C, Doença pelo Vírus Zika: um novo problema

emergente nas Américas? RevPan-Amaz Saúde. 2015. Disponível em:

<http://scielo.iec.pa.gov.br/pdf/rpas/v6n2/v6n2a01.pdf>, Acesso em: 18 mar. 2016.

Page 46: X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica 7 · apresentadas variáveis qualitativas e quantitativas. Foram analisados componentes fatoriais para sumarizar as informações

52 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

ÍNDICES GEOMÉTRICOS DE VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACADA EM

IDOSOS COM DIABETES MELLITUS TIPO II SUBMETIDOS A EXERCÍCIO AERÓBICO.

Aluna: Leonice Moreira dos Reis

Orientadora: Profa. Ma. Juliana Régis da Costa e Oliveira

Coorientadora: Profa. Ma. Laura Cristina Pereira Maia

Curso: Fisioterapia

INTRODUÇÃO: De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a Diabetes

Mellitus (DM) atinge no mundo 347 milhões de pessoas e uma das principais preocupações

é a prevalência de doenças crônicas DM, HAS, Obesidade e outras e sua relação com a

incapacidade funcional. OBJETIVO: Analisar a modulação autonômica cardíaca em idosos

com DM Tipo II submetidos a exercícios aeróbicos através de índices geométricos.

MÉTODO: Após preenchimento do TCLE, foi colocada a cinta de captação, no tórax dos

voluntários, e, no seu punho, o receptor de frequência cardíaca (V800, Polar). Os indivíduos

foram mantidos em decúbito dorsal e permaneceram em repouso por 10 minutos para a

captação basal da variabilidade da frequência cardíaca (VFC). Após isso, os idosos

caminharam em uma esteira ergométrica RT250pro da marca Movement para o treino

aeróbio dividido em: 5 minutos de aquecimento e 20 minutos de treino atingindo 70% da

FCmax. No início e a cada 5 minutos do treino foram colhidos as medidas de pressão

arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD) e frequência cardíaca (FC). Logo após os 25

minutos de treino o paciente foi orientado a deitar-se em decúbito dorsal por 30 minutos

onde o cardiofrequencímetro continuou o registro da VFC para a análise da variabilidade da

frequência cardíaca de recuperação (VFCr). O período de recuperação foi definido

imediatamente após a execução do treino aeróbio. Após a filtragem digital, o sinal foi

dividido em seis momentos: o “M1” período de 10 minutos de repouso; o “M2” os 20 minutos

intermediários do período de exercício, e o “M3” que consistiu no período de recuperação

(pós-exercício) do paciente, porém a VFC neste período de recuperação para análise foi

dividida em três novos momentos. Momento chamado de “Recuperação 1” – (R1)

compreendido nos cinco minutos iniciais da recuperação, a segunda medida (“Recuperação

2” – R2), compreendendo entre o décimo minuto ao décimo quinto minuto e o terceiro

momento da recuperação (R3) do vigésimo quinto ao trigésimo minuto. Para o período pós

exercício também foram colhidos as medidas de PAS, PAD, FR no primeiro, terceiro e

quinto minuto e a partir do quinto minuto de 5 em 5 minutos até o trigésimo minuto.

RESULTADOS E DISCUSSÃO / DESENVOLVIMENTO: a recuperação 2, onde apresenta

um discreto declínio. Foi encontrado uma média de: 66,7 anos, 1,60 anos de tempo de

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53 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

ocupação atual, 76,7 kg em relação ao peso, 1,58 cm em relação à altura, com IMC de

30,40, a circunferência abdominal foi de 103,4cm e a razão cintura quadril de 0,93 cm. Os

resultados desta mostram um aumento da variabilidade da frequência cardíaca no começo

do exercício proposto até a recuperação 1, a partir desse ponto apresenta uma declínio e

um pequeno aumento da VFC. CONCLUSÕES OU CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Concluímos que a pesquisa mostram um aumento da variabilidade da frequência cardíaca

no começo do exercício proposto até a recuperação 1, a partir desse ponto apresenta uma

declínio e uma pequena aumento. Isso é visualizado pelo índice linear SD1, que representa

o sistema parassimpático, com um aumento da atuação vagal no começo do exercício

proposto seguido até a recuperação 2, onde apresenta uma discreto declínio. Porém, não

ocorreu significância estatística entre os estágios do exercício, ou seja, entre os momentos

da atividade física do idoso com DM não há diferenças.

PALAVRAS-CHAVE: idosos, Diabetes Mellitus, Modulação autonômica cardíaca.

REFERÊNCIAS:

1. ACHTEN, J.; JEUKENDRUP, A.E. Heart rate monitoring: applications and

limitations. Sports Med. v. 33, n. 1, p. 517-538. [s.l.], 2003.

2. AUBERT, A.E.; SEPS, B.; BECKERS, F. Heart rate variability in athletes. Sports

Med. v. 33, n.12, p. 889-919. 2003.

3. BITTENCOURT, M.I.; BARBOSA, P.R.B.; DRUMOND NETO, C.; et al. Avaliação da

Função Autonômica na Cardiomiopatia Hipertrófica. Arq Bras Cardiol. v. 85, n.6, p.

388-396. [s.l.], 2005.

4. CARVALHO J.A.M.; GARCIA R.A . O envelhecimento da população brasileira: um

enfoque demográfico. Cad. Saúde pública. v.19, n.3, p. 725-733. [s.l.], 2003.

5. CARVALHO, T.D. Análise dos índices lineares e não lineares de Variabilidade da

Frequência Cardíaca de portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica.

Dissertação: Mestrado – Universidade Estadual Paulista. Presidente Prudente, 2009.

6. CEJUDO, P.; BAUTISTA, J.; MONTEMAYOR, T.; et al. Exercise Training In

Mitochondrial Myopathy: a randomized controlled trial. Muscle Nerve. v. 32, p. 342-

350. [s.l.], 2005.

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7. COSTA, A.G.S.; ARAUJO, T.L.; Oliveira, A.R.S.; et.al. Fatores de risco para quedas

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8. FERREIRA, M.T.; MESSIAS, M.; VANDERLEI, L.C.M. Caracterização do

comportamento caótico da variabilidade da frequência cardíaca (VFC) em jovens

saudáveis: Tendências em Matemática Aplicada e Computacional. v. 11, n. 2, p. 141-

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11. IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Síntese de Indicadores

Sociais. Uma análise das condições de vida da população brasileira. Rio de Janeiro,

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12. IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Organização Mundial de

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14. MALTA, D.C.; SILVA, J.R. O Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento

das Doenças Crônicas Não Transmissíveis no Brasil e a definição das metas globais

para o 49 enfrentamento dessas doenças até 2025: uma revisão. Epidemiologia e

Serviços de Saúde. v. 22, n. 1, p. 151–164. 2013.

15. MANZANO, B.M.; VANDERLEI, L.C.M.; ERCY, M.C.R.; et. al. Acute effects of

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Cardiologia. v. 96, p.154-160. [s.l.], 2011,

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16. NELSON, J.V.; MARTINS, D.M.; REIS M.A.; et. al. Efeitos da frequência do

exercício físico no controle glicêmico e composição corporal de Diabéticos tipo 2.

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17. OBEL, N.; THOMSEN, H.F.; KRONBORG, G.; et al. Ischemic heart disease in HIV-

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18. PNAD. População idosa no Brasil cresce, vive mais e começa a usar a internet.

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em: 16 de abr. 2014

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20. RIBEIRO, J.P.; MORAES FILHO, R.S. Variabilidade da Frequência cardíaca como

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21. ROCHA, R.M.; ALBUQUERQUE, D.C.; ALBANESI FILHO, F.M. Variabilidade da

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v. 18, n. 4, p. 429-442. [s.l.], 2005.

22. SILVA, R.C.P.; SIMÕES, M.J.S.; LEITE, A.A. Departamento de Ciências

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UNESP. Rev. Ciênc. Farm. Básica Apl., v. 28, n.1, p.113-121, 2007 ISSN 1808-4532.

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24. TERATHONGKUM, S.; PICKLER, R.H. Relationships among heart rate variability,

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25. VALADARES, M.O.; VIANNA, L.G.; MORAES, C.F. A temática do envelhecimento

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Acesso em: 22 nov. 2014.

27. WRIGHT, N.C.; KILMER, D.D.; MCCRORY, M.A.; et. al. Aerobic walking in slowly

progressive neuromuscular disease: effect of a 12-week program. Arch Phys Med . v.

77, p. 64-69. [s.l.], 1996.

AGRADECIMENTO OU SUPORTE FINANCEIRO: Agradecemos a direção do Centro

Universitário Padre Anchieta e ao coordenador do curso de fisioterapia Prof. Dr. Danilo

Roberto Xavier de Oliveira Crege por todo apoio e incentivo a pesquisa no curso de

fisioterapia .

Page 51: X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica 7 · apresentadas variáveis qualitativas e quantitativas. Foram analisados componentes fatoriais para sumarizar as informações

57 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

A INFLUÊNCIA DOS ESTILOS PARENTAIS NO COMPORTAMENTO DE

HABILIDADES SOCIAIS DOS FILHOS

Aluna: Joyce M. de Almeida

Orientadora: Ana Paula Lisboa Lima Leopardi

Curso: Psicologia

INTRODUÇÃO: Estilos Parentais é definido como um conjunto de condutas educativas

utilizadas pelos pais ou responsáveis que têm o objetivo de socializar, educar e controlar os

comportamentos dos filhos. São classificados os estilos parentais em quatro tipos, sendo

eles, Autoritativo, Autoritário, Indulgente e Negligente (GOMIDE, 2011). Tais práticas são

importantes para o desenvolvimento infantil dentre eles o repertório de Habilidades Sociais.

Habilidades Sociais é o termo frequentemente utilizado para intitular o conjunto de

capacidades comportamentais aprendidas que abrange as interações sociais do indivíduo

(BOLSONI-SILVA 2002). A questão da socialização tem importância para o

desenvolvimento da criança e para a sua saúde mental. As preocupações com déficits em

Habilidades Sociais nas etapas do desenvolvimento são constructos a serem levados em

consideração, reconhecendo que, esses déficits, podem comprometer fases posteriores do

ciclo vital do indivíduo (VALLE; GARNICA, 2009). OBJETIVOS: A pesquisa teve como

objetivo geral estudar a relação entre as variáveis estilos parentais e os comportamentos de

habilidades sociais das crianças, visando avaliar quais são os estilos parentais que

oferecem mais subsídios para que a criança desenvolva comportamentos socialmente

habilidosos, e os estilos parentais que possam inibir o desenvolvimento dessas habilidades.

Assim, seguindo o raciocínio das referências utilizadas, admite-se a hipótese que exista

simultaneidade dos constructos Estilos Parentais e Habilidades Sociais dos filhos.

Sendo, estilo parental positivo simultâneo ao desenvolvimento de comportamento de

habilidades sociais dos filhos; e estilo parental negativo simultâneo ao déficit dessas

habilidades. MÉTODO: A pesquisa foi exploratória, sendo qualitativa e quantitativa. Foram

utilizados como instrumentos o Inventário de Estilos Parentais (IEP) e a Escala de

Habilidades Sociais e Comportamentos Problemáticos (SSRS-BR). A coleta de dados para a

pesquisa e aplicação dos instrumentos foi realizada de acordo com as regras do Conselho

de Ética em Pesquisa com seres humanos do Centro Universitário Padre Anchieta. A

análise dos resultados foi realizada de forma correlacional, utilizando-se do coeficiente de

Pearson, ou seja, os resultados do Inventário de Estilos Parentais foram comparados com

os resultados da Escala de Habilidades Sociais e Comportamentos Problemáticos (SSRS-

BR) para identificar a possível hipótese de simultaneidade entre os dois. A amostra foi

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58 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

composta por 20 participantes da comunidade acadêmica da instituição de ensino Centro

Universitário Padre Anchieta, localizada em Jundiaí interior de São Paulo. O critério para

respondentes dos instrumentos foram, pais com filhos de seis a treze anos. A aplicação dos

instrumentos e a coleta de dados foi realizada no horário de pré-aula, aula e intervalo do

ambiente acadêmico. RESULTADOS E DISCUSSÃO / DESENVOLVIMENTO: A análise

apresentou correlações entre os escores de Estilo Parental e Habilidades Sociais. Houve

correlação significativa positiva entre o escore bruto do IEP e o escore bruto do SSRS-BR

(r=0.576, P=0.008), ou seja, quanto maior o escore bruto de Estilo Parental, maior o escore

bruto de Habilidades Sociais, apresentando simultaneidade. Considerando a correlação

Estilos Parentais e Habilidades Sociais infantis, no presente estudo, verificou-se que há

correlação entre Estilos Parentais e Comportamento Socialmente Habilidoso. Identificou-se,

que, entre os resultados apresentou-se correlação, pois quanto mais Positivo o Estilo

Parental mais elevado era o resultado de repertório de Habilidades Sociais da criança.

Evidenciando a simultaneidade entre as variáveis. A literatura da área de estilos parentais

salienta que o ambiente social em que a criança está inserida, prioritariamente as Práticas

Educativas adotadas pelos pais são indicadores para as Habilidades Sociais dos filhos.

CONCLUSÕES OU CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que as duas variáveis

estudadas, Estilos Parentais e Habilidades Sociais são de extrema importância para

compreensão de como elas se organizam e se correlacionam. Com a presente pesquisa

verificou-se que crianças necessitam ser guiadas pelas Práticas Parentais, e que em sua

maioria, as Habilidades Sociais estão em simultaneidade com os Estilos Parentais. Para

futuras pesquisas, sugere-se o aprofundamento de estudos a respeito de Habilidades

Sociais e Estilos Parentais.

PALAVRAS-CHAVE: Estilos Parentais; Habilidades Sociais;

REFERÊNCIAS:

1. BOLSONI SILVA, A. T. Habilidades sociais: breve análise da teoria e da prática a

luz da análise do comportamento. Interação em psicologia. v. 6, n. 2, p. 233-242. [s.l.],

2002.

2. GOMIDE, P.I.C. Inventário de estilos parentais IEP: Modelo teórico-manual de

aplicação apuração e interpretação. 2. ed. Petrópolis, Rio de Janeiro : Vozes. 2011.

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59 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

3. VALLE, T.C.M.; GARNICA, K.R.H. Aprendizagem e desenvolvimento humano:

avaliações e intervenções. p. 50 - 72 .São Paulo: Cultura Acadêmica. [s.l.], 2009.

AGRADECIMENTO OU SUPORTE FINANCEIRO: Bolsa Institucional BIC

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60 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

ANÁLISE MOLECULAR DA VARIABILIDADE COMPORTAMENTAL EM

CONTINGÊNCIAS DE ESQUIVA

Aluno: João Gabriel Voltolim

Orientador: Prof. Me. Amilcar Rodrigues Fonseca Júnior.

Curso: Psicologia.

INTRODUÇÃO: A variabilidade comportamental pode ser definida como diferenças ou

mudanças entre unidades comportamentais que compõem dado universo de possibilidades

(HUNZIKER; MORENO, 2000). Nas últimas décadas, alguns trabalhos têm demonstrado

que é possível identificar variabilidade em níveis de análise moleculares (e.g., intrassessão),

ainda que algum grau de estereotipia seja constatado em níveis molares (e.g., entre

sessões) (FONSECA JÚNIOR, 2015; SANTOS, 2010; WARD; KYNASTON; BAILEY;

ODUM, 2008; HUNZIKER; SALDANA; NEURINGER, 1996 apud FONSECA JÚNIOR, 2015).

A literatura atual carece, ainda, de investigações que busquem compreender esse fenômeno

aparentemente paradoxal. OBJETIVO: Identificar se há elementos em nível molecular que

permitam compreender os níveis de estereotipia observados em nível molar. MÉTODO:

Foram realizadas análises moleculares dos dados coletados no estudo de Fonseca Júnior

(2015), no qual a variabilidade comportamental foi reforçada diferencialmente entre dois

operanda sob contingências de esquiva. Em todas as análises, fórmulas de Excel foram

aplicadas sobre os dados brutos de um sujeito experimental a fim de se identificar

regularidades no desempenho. Com o Procedimento I, foi analisado se sequências

contendo diferentes níveis de alternação se repetem sistematicamente ao longo da sessão e

entre sessões. Com o Procedimento II, foi analisado se sequências com diferentes

topografias, organizadas de acordo com o número de respostas necessárias em um dos

operanda para a sua emissão, se repetem sistematicamente ao longo da sessão e entre

sessões. Com o Procedimento III, foi analisado se a probabilidade de emissão das

sequências e de pares de sequências intra e entre sessões depende da frequência de

respostas emitida pelo sujeito nos diferentes operanda e do número de alternações que

compõem cada sequência. O desempenho real do sujeito foi comparado, via inspeção

visual, com o desempenho estimado por um cálculo que determina a probabilidade de

ocorrência das sequências em função da “preferência” do sujeito pelos operanda. Com o

Procedimento IV, foi analisado se a consequência que segue uma sequência (reforço ou

estimulação elétrica) afeta a probabilidade de uma sequência idêntica ser emitida na

tentativa seguinte. RESULTADOS: O Procedimento I indicou que, no que concerne ao

número de alternações, embora tenha sido identificado um grupo de sequências mais

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61 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

frequente ao longo da sessão, esse grupo não alternou com outros grupos igualmente

estáveis. O Procedimento II indicou que, no que concerne a topografia das sequências,

nenhum padrão foi sistematicamente apresentado. O Procedimento III indicou que a

frequência relativa das sequências e dos pares de sequências, similar entre sessões,

resultou da interação entre as variáveis (1) frequência de ocorrência de respostas entre

operanda e (2) número de alternações que compõem as sequências e o efeito selecionador

de variação da contingência de reforçamento. O desempenho observado foi similar ao

revisto pelo cálculo empregado. Por último, o Procedimento IV indicou que não houve

diferenças na probabilidade de emissão de uma sequência repetida em função do resultado

obtido na tentativa anterior. CONCLUSÃO OU CONSIDERAÇÕES FINAIS: Não foram

identificadas evidências robustas de padrões de sequências intrassessão e entre sessões a

partir dos dois critérios de análise selecionados: número de alternações entre operanda e

número de respostas emitidas em cada operandum (topografia). Não foram identificadas,

também, evidências de seleção de configurações específicas de respostas em função do

reforçamento. Todavia, foram identificadas evidências de que a probabilidade de emissão de

uma sequência intra e entre sessões depende do modo como o sujeito experimental aloca

suas respostas entre os operanda e do custo de alternação das sequências. Tais variáveis

aparentemente interagem com o desempenho variável selecionado pela contingência de

reforçamento. Em suma, a estereotipia molar, objeto de interesse da presente investigação,

parece ser fruto do efeito de variáveis moleculares, tais como localização das barras e

número de alternações que compõem as sequências, sobre desempenhos aleatórios

previamente reforçados. Ainda que a presente pesquisa constitua-se como um avanço no

entendimento da estereotipia molar, entende-se que a presente investigação deve ser

estendida, abarcando outros sujeitos e fases experimentais que compõem o estudo de

Fonseca Júnior (2015). Com isso, a confiabilidade dos dados será ampliada e conclusões

mais seguras poderão ser delineadas.

PALAVRAS CHAVES: variabilidade comportamental, análise molecular, análise molar.

REFERÊNCIAS:

1. FONSECA JÚNIOR, A. R. Variabilidade comportamental reforçada negativamente

sob contingência de esquiva. Dissertação Mestrado em Psicologia Experimental -

Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2015.

Page 56: X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica 7 · apresentadas variáveis qualitativas e quantitativas. Foram analisados componentes fatoriais para sumarizar as informações

62 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

2. HUNZIKER, M. H. L.; MORENO, R. Análise da noção de variabilidade

comportamental. Psicologia: Teoria e Pesquisa. v. 16, n. 2, p. 135- 143. Brasília 2000.

3. SANTOS, G. C. V. Efeitos de punição sobreposta ao reforçamento positivo sobre a

aquisição e manutenção da variabilidade comportamental em ratos. Tese Doutorado

em Psicologia Experimental - Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo,

São Paulo, 2010.

4. WARD, R. D.; KYNASTON, A. D.; BAILEY, E. M.; ODUM, A. L. Discriminative

control of variability: effects of successive stimulus reversals. Behavioural Processes,

v. 78, p. 17-24. [s.l.], 2008.

Page 57: X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica 7 · apresentadas variáveis qualitativas e quantitativas. Foram analisados componentes fatoriais para sumarizar as informações

63 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

AVALIAÇÃO FUNCIONAL DOS COMPORTAMENTOS DE PROFESSORES DO ENSINO

FUNDAMENTAL I FRENTE AOS COMPORTAMENTOS INDESEJÁVEIS DE SEUS

ALUNOS

Aluno: Karin Cristina Rizzi

Orientadora: Rita de Cássia de Almeida Marinho

Curso: Psicologia

INTRODUÇÃO: A Análise do Comportamento compreende que os problemas relacionados

à sala de aula devem ser considerados como decorrentes das contingências ambientais e

que a responsabilidade pelo arranjo de tais contingências é do professor (ZANOTTO, 2004),

por isso esse trabalho não poderia ter outro objeto de estudo a não ser o comportamento do

professor. Nosso comportamento é fortemente controlado pelas consequências por ele

produzidas (SIDMAN, 1989/2011) e quanto mais conhecimento tivermos dos eventos que

controlam nosso comportamento, maior será nossa consciência para agirmos sobre eles

(SKINNER, 1953/1989). Essa consciência poderá ser obtida através de uma Avaliação

Funcional cujo objetivo é identificar antecedentes e consequências que controlam um

problema de comportamento (HORNER,1994), ou seja, identificar possíveis contingências

estabelecidas. Pesquisas que abordaram o tema da indisciplina escolar nos permitem supor

que ainda não é claro qual o papel do professor em relação aos comportamentos

indesejáveis de seus alunos, no entanto, Henklain e Carmo (2013) afirmam que a escola

tem o papel fundamental de ensinar para seus alunos comportamentos significativos que

sejam vantajosos no futuro e que o professor tem como um de seus principais papéis a

criação de condições que facilitem e garantam tal aprendizagem, ou seja, a mudança

comportamental do aluno. De acordo com Sidman (1989/2011) muitas vezes agimos para

evitar ou nos livrar de algo ruim e que o sucesso desta ação nos tornará mais propensos a

repeti-la a fim de obter o mesmo resultado. Essa relação que se estabelece entre os eventos

é chamada de contingência de reforço negativo. No entanto, se ao invés de parar o

comportamento inadequado dos alunos utilizando controle coercitivo, os professores

proporcionassem oportunidades para que eles emitissem comportamentos adequados e

oferecessem consequências positivas imediatamente após, estariam estabelecendo a

substituição dos comportamentos indesejados pelos desejados sem a necessidade da

punição (SIDMAN, 1989/2011). OBJETIVOS: Conhecer o repertório de professores em

relação aos comportamentos indesejáveis de seus alunos e avaliar as possíveis

contingências envolvidas, analisando as consequências imediatas e de longo prazo que tais

respostas produzem, cujo resultado poderá colaborar com a tomada de consciência dos

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64 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

professores em relação ao manejo dos comportamentos indesejáveis de seus alunos.

MÉTODO: Esta pesquisa utilizou um método não experimental e teve uma abordagem

qualitativa já que seu interesse esteve na observação, registro e análise crítica de

determinados eventos. Instituição: A pesquisa foi realizada em uma Escola de Ensino

Fundamental I, localizada na periferia da cidade de Jundiaí/SP. Participantes: A observação

foi realizada com duas professoras polivalentes, de duas salas do 3º ano do Ensino

Fundamental, sendo aqui denominadas P1 e P2. Instrumentos: A classificação e o

agrupamento dos comportamentos indesejados foram baseados na pesquisa de Bandeira et

al. (2009) e para a realização da Avaliação Funcional foi utilizado o modelo de observação

descritiva proposto por Martin e Pear (2013). Análise dos dados: A análise da probabilidade

do aumento ou diminuição da ocorrência da resposta do professor, no futuro, em função das

consequências imediatas foi realizada após observação sistemática de três meses dos

professores em interação com seus alunos. Após esse período, as respostas dos

professores foram organizadas de modo que permitisse a visualização da ocorrência de tais

respostas por data, por situação e por consequência imediata, sendo que o filtro permitiu

também a análise combinada entre as variáveis. Procedimentos: Após submissão e

aprovação da pesquisa pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário Padre

Anchieta foi contatado o diretor da instituição e, após assinatura do Termo de Autorização,

definiu-se que a observação seria realizada em duas salas de aula do 3º ano do Ensino

Fundamental, sendo que o critério de inclusão foi o de salas de aula cujos professores

apresentassem queixas a respeito de alunos com comportamentos indesejáveis. Assim que

houve a definição dos dois professores participantes, foram coletadas as assinaturas nos

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.Em seguida, estabeleceu-se, que seria

destinado um dia da semana, com uma hora de observação em cada sala de aula, sendo

que ao todo foram doze horas de observação em cada sala, divididas em doze quintas-

feiras, nos meses de setembro, outubro e novembro de 2016. Ao final da coleta de dados, a

aluna-pesquisadora, juntamente com cada uma das professoras, realizaram a categorização

dos eventos, considerados estímulos antecedentes das respostas dos professores, de

acordo com a Escala de Avaliação de Comportamentos Problemáticos do estudo de

Bandeira et al. (2009). A devolutiva das análises com cada professora foi realizada em data

distintas, sendo que na mesma ocasião, as professoras responderam a um questionário

referente à participação como sujeito da pesquisa. RESULTADOS E DISCUSSÃO /

DESENVOLVIMENTO: Após análise dos dados acima, foi possível identificar que

contingência de reforço negativo, é a que possivelmente mantém a grande maioria dos

comportamentos dos professores diante de comportamentos indesejados dos alunos, aqui

estímulos aversivos, pois diante da emissão de uma determinada resposta do professor,

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65 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

notava-se que o estímulo aversivo era suprimido, mesmo que temporariamente. Também foi

possível identificar um déficit de contingências de reforços positivos na relação entre

professores e alunos, já que nas poucas oportunidades observadas de as professoras

reforçarem comportamentos desejáveis de seus alunos, ambas não responderam.

CONCLUSÕES OU CONSIDERAÇÕES FINAIS: Sabemos que os professores não são

treinados a olharem para os eventos do ambiente que determinam os comportamentos

indesejados dos alunos, desta forma, não reconhecem seus próprios comportamentos como

parte das contingências, o que dificulta na mudança das condições necessárias para

obtenção de alteração comportamental dos alunos (ZANOTTO, 2004). A apresentação das

avaliações realizadas, para ambas as professoras, sinalizou uma nova possibilidade de

olhar para os mesmos eventos em sala de aula, considerando que a alteração dos próprios

comportamentos pode produzir as mudanças comportamentais desejadas e permanentes

nos alunos, principalmente quando forem estabelecidas contingências de reforço positivo

em detrimentos do controle coercitivo já utilizado.

PALAVRAS-CHAVE: problemas de comportamento, Análise do Comportamento, Avaliação

Funcional,

REFERÊNCIAS:

1. BANDEIRA, M.; et al. Validação das Escalas de Habilidades Sociais,

Comportamento Problemáticos e Competência Acadêmica para o Ensino

Fundamental. Psicologia: Teoria e Pesquisa. v. 25, n. 2, p. 271-282. [s.l.], 2009.

2. HENKLAIN, M.H.O.; CARMO, J.S. Contribuições da Análise do Comportamento à

Educação: Um Convite ao Diálogo. Cardernos de Pesquisa. v. 43, n. 149, p. 704-723.

[s.l.], 2013.

3. HORNER, R.H. Functional Assessment: Contribuitons and Future Directions.

Journal of Applied Behavior Analysis. v. 27, n. 2, p. 404, [s.l.], 1994.

4. MARTIN, G.; JOSEF, P. Modificação de Comportamento: O que é e Como fazer.

8.ed. São Paulo: Roca, 2013.

5. SIDMAN, M. Coerção e Suas Implicações. São Paulo: Livro Pleno, 1989/2011.

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66 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

6. SKINER, B.F. Ciência e Comportamento Humano. 7.ed. São Paulo: Martins Fontes,

1953/1989.

7. ZANOTTO, M. de L. B. Subsídios da Análise do Comportamento para formação de

professores. In: HUBNER, M.M.C. (Org.). Análise do Comportamento para a Educação

– Contribuições Recentes. Santo André: ESETec. p. 33 - 47. 2004.

AGRADECIMENTO OU SUPORTE FINANCEIRO: Agradeço pelo Centro Universitário

Padre Anchieta pela concessão da bolsa na modalidade BIC concedida para a realização

desta pesquisa.

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67 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

AVALIAÇÃO DE SUPORTE SOCIAL EM OBESOS INSERIDOS EM GRUPO DE APOIO

Aluna: Luara Aragoni Pereira

Orientador: Prof. Me. Clerison Stelvio Garcia

Curso: Psicologia

INTRODUÇÃO: A obesidade é uma doença complexa e multifatorial e vem crescendo

drasticamente, sendo considerada uma epidemia de grandes proporções. É necessário

desenvolver ações que ofereçam amparo das condições físicas, psicológicas e emocionais,

bem como a diminuição de situações de riscos, como a prevenção de doenças associadas à

obesidade. (Nunes 2006) Além de trazer malefícios à saúde e o desenvolvimento de

comorbidades, a obesidade está associada a prejuízos econômicos com os custos elevados

nos serviços de diagnóstico, prevenção e tratamento da doença, e com os prejuízos sociais,

como a mortalidade precoce, o absenteísmo no trabalho e influenciar significativamente a

longevidade. (Vasconcelos e Neto, 2008). Uma das formas de oferecer uma assistência aos

pacientes obesos é a terapia de grupo, cuja finalidade, além de ser terapêutica, integra os

indivíduos, criando um ambiente de compartilhamento e interação com os demais, sendo um

contato de apoio. (Toledo, 2006) Outro aspecto a ser considerado no processo do

tratamento da obesidade, é o suporte social, pois trata-se de um fator multidimensional em

diferentes níveis, que tem como objetivo um efeito mediador entre o processo saúde e

doença. (Nunes, 2006) Investigar as relações da rede social do indivíduo permitem

identificar os elos de interdependência que favorecem conexões significativas e

diferenciadas. (Canesqui e Barsaglini, 2012) Conforme Garcia (2013) o suporte social é um

dos principais fatores para a psicologia da saúde, e oferece um papel positivo, fazendo o

indivíduo sentir-se pertencente a uma rede de apoio para o tratamento da enfermidade.

OBJETIVOS: Avaliar o Suporte Social de indivíduos obesos, inseridos no Grupo de Apoio a

Pessoas Obesas (GAPO). MÉTODO: É um estudo epidemiológico transversal e descritivo.

Todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE), as

amostras foram pacientes obesos inseridos no GAPO com Índice de Massa Corpórea (IMC)

acima de 35 kg/m², dentro do programa de medicina preventiva do Centro Médico Hospitalar

Sobam, na cidade de Jundiaí - SP. Foram utilizados três instrumentos para a coleta de

dados: 1. ficha de coleta de dados demográficos. 2. ficha de dados clínicos. 3. inventário de

rede de suporte social (SSNI) (De Paula Lima, 2005). A apresentação da caracterização da

amostra foi através de frequência das variáveis categóricas, com valores de frequência

absoluta (n) e percentual (%), e estatísticas descritivas das variáveis contínuas,

apresentadas com mediana e valores mínimo e máximo. A consistência interna do inventário

Page 62: X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica 7 · apresentadas variáveis qualitativas e quantitativas. Foram analisados componentes fatoriais para sumarizar as informações

68 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

da rede de suporte social (SSNI) apresentou o valor do alfa de Cronbach de 0,87. Para

comparação do escore de suporte social entre as variáveis categóricas utilizou-se o teste de

Mann-Whitney (para 2 categorias) e o teste de Kruskal-Wallis (para 3 ou mais categorias). O

nível de significância adotado para os testes estatísticos foi de 5%, ou seja, p<0.05.

RESULTADOS E DISCUSSÃO / DESENVOLVIMENTO: No presente estudo, a amostra

considerada foi de n= 73. A amostra caracterizou-se pelo predomínio do sexo feminino

(84,9%) e do sexo masculino (15%). Na distribuição por faixa etária, a idade média (±DP)

dos indivíduos foi de 13,2 variando entre 20 e 71 anos. Houve maior frequência na faixa

etária entre 40 a 59 anos (52,7%). A maioria dos entrevistados são casados ou com

companheiro (64,4%). Da amostra 85% tinham filhos, 24% dos filhos possuem entre 20 e 29

anos e 21% possuem 30 anos ou mais. A média (±DP) do índice de massa corpórea (IMC)

dos entrevistados foi 41,1±5,3, com mediana de 40,4 pontos, variando entre 34 e 63,5

pontos do IMC. Verificou-se em doenças concomitantes a maior frequência foi à hipertensão

com 43,8% da amostra. Através dos resultados, verificou-se diferença significativa entre

casados e com companheiros (p-valor 0.008), três ou mais filhos (p-valor 0,016), filhos com

idade 20-29 anos (p-valor 0,014) ou 30 ou mais (p-valor 0,041), outras doenças

concomitantes (p-valor 0.024) e motivação (p-valor<0.001) com o suporte social. Pelos

resultados da análise multivariada, verificou-se relação significativa de motivação (p-valor

0,004), estado civil: casados e com companheiros (p-valor 0,006) e outras doenças

concomitantes (p-valor 0,025) com o escore de suporte social. Em estudos de Cunha et al.

(2009) dentre os recrutados, 88,9% foram classificados com o índice de massa corporal

acima de 40,0, e apenas 1,1% na categoria obesidade grau II. Conforme apontam Segal &

Fandino (2002), há uma redução da expectativa de vida e aumento de comorbidades, além

da alta probabilidade de fracassos ao tratamento quando indivíduos possuem IMC acima ou

igual a 40,0. O que corrobora com o este estudo onde 50,6% da amostra se apresentam

com IMC acima ou igual a 40,0 e 46,5% da amostra relataram estar entre 35,0 – 39,9 na

classificação IMC. Word Health Organization (WHO), afirma que a obesidade trás o aumento

da prevalência de outras doenças associadas como a hipertensão. O que é notório na

presente pesquisa, onde 43,8% da amostra apresentaram hipertensão arterial, dados

semelhantes são relatados por Peixoto et al. (2017) apontam que cerca de 70% dos novos

casos de hipertensão arterial poderiam ser atribuídos ao excesso de peso. No item outras

doenças concomitantes, principalmente as doenças respiratórias e dores e inflamações

relacionadas a obesidade tiveram a maior frequência e obteve uma associação significativa

com o suporte social. O fator motivação apresentou uma forte associação com o suporte

social. Quanto maior o suporte social mais motivados os indivíduos estavam para o

tratamento. A motivação do comportamento pode ser interpretada como conjunto de

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69 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

determinantes causas, sendo ambientais e internas. Por ela ser uma doença multicausal, se

faz necessário a capacitação de equipes multidisciplinar para o atendimento e acolhida dos

pacientes e familiares. Acredita-se que o presente estudo tenha colaborado para a maior

compreensão do suporte social em pessoas obesas. CONCLUSÃO OU CONSIDERAÇÕES

FINAIS: O suporte social é maior quando o paciente é casado ou tem um companheiro,

quando possuem três filhos ou mais, quando os filhos têm idade entre vinte a vinte e nove

anos ou trinta ou mais anos e quando a motivação está presente. O suporte social é menor

quando há a presença de doenças concomitantes.

PALAVRAS-CHAVE: Obesidade, Grupo de Apoio e Suporte Social

REFERÊNCIAS:

1. CANESQUI, Ana Maria; BARSAGLINI, Reni Aparecida. Apoio social e saúde:

pontos de vista das ciências sociais e humanas. Ciênc. saúde coletiva, v.17, n. 5, p.

1103 - 1114, Rio de Janeiro, 2012 . Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-

81232012000500002&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 10 jun. 2017.

2. CUNHA, Maria Gabriela Bernardo da. et. al. Caracterização da voz do indivíduo

portador de obesidade mórbida. ABCD, arq. bras. cir. dig. v. 22, n. 2, p. 76 - 81. São

Paulo, 2009. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-

67202009000200003&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 10 jan. 2017.

3. DE PAULA LIMA, Elenice Dias Ribeiro, NORMAN, Elizabeth.M. Translation and

adaptation of the social support network inventory in Brazil. Journal of Nursing

Scholarship. v. 37, n.3, p. 258 - 260, 2005.

4. GARCIA, Clerison Stelvio. O Suporte social e o impacto na família de pacientes

candidatos a transplante de fígado. Dissertação - Mestrado em Cirurgia - Programa de

Pós-graduação em Ciências aplicadas à Cirurgia e à Oftalmologia, Universidade

Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2013.

Page 64: X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica 7 · apresentadas variáveis qualitativas e quantitativas. Foram analisados componentes fatoriais para sumarizar as informações

70 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

5. NUNES, Maria Angélica. et. al. Transtornos Alimentares e obesidade. 2. ed.. Porto

Alegre: Artmed, 2006.

6. PEIXOTO, Maria do Rosário Gondim. et. al. Ganho de peso na vida adulta: preditor

da hipertensão arterial?. Caderno de saúde coletiva. v. 25, n. 1, p. 58 -64, Rio de

Janeiro, 2017. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/cadsc/v25n1/1414-462X-

cadsc-25-1-58> Acesso em: 05 mar. 2017.

7. SEGAL, Adriano; FANDINO, Julia. Indicações e contra-indicações para realização

das operações bariátricas. Rev. Bras. Psiquiatr. v. 24, supl. 3, p. 68-72. São Paulo,

2002. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-

44462002000700015&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 10 maio 2017.

8. TOLEDO, Rose Pompeu de. A experiência de atendimento a um grupo de familiares

em um centro de atenção psicossocial infantil (Capsi). v. 3, n. 3, p. 71 – 78. São Paulo:

Vínculo, 2006. Disponível em

<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-

24902006000300009&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 04 ago. 2017.

9. VASCONCELOS, Patrícia de Oliveira. NETO, Sebastião Benício da Costa.

Qualidade de vida de pacientes obesos em preparo para a cirurgia bariátrica. Revista

Psico. Universidade Católica de Goiás e Universidade Federal de Goiás v. 39, n. 1, p.

58-65. Goiás, 2008. Disponível em:

<http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/revistapsico/article/view/1483>

Acesso em: 04 jul. 2017.

10. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Obesity and overweight Geneva. 2017.

Disponível em: <http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs311/en/>. Acesso em: 20

jul 2017.

AGRADECIMENTO OU SUPORTE FINANCEIRO: Agradecimento ao Centro Universitário

Padre Anchieta e o Centro Médico Hospital SOBAM.

Page 65: X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica 7 · apresentadas variáveis qualitativas e quantitativas. Foram analisados componentes fatoriais para sumarizar as informações

71 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

EFEITOS DA ESTIMULAÇÃO TRANSCRANIANA POR CORRENTE CONTÍNUA

(ETCC) NA GENERALIZAÇÃO INTERMANUAL DE UMA TAREFA MOTORA

Aluna: Rita De Cássia Silva Martins

Orientadora: Profa. Ma. Andrea Peterson Zomignani

Curso: Fisioterapia

INTRODUÇÃO: A Eletroestimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC) é uma

técnica de neuromodulação segura e não invasiva que vem sendo estudada e praticada

como uma forma de alterar a excitabilidade do córtex (DASILVA et al., 2011). Segundo

(MAGILL & HALL, 1990), aprendizagem motora representa uma modificação na capacidade

de um indivíduo em executar uma tarefa motora, que pode ser alcançada por uma evolução

no desempenho, em consequência à prática. A aprendizagem motora consiste em três

fases, sendo aquisição, retenção e transferência ou generalização. A fase de generalização

refere-se a capacidade de transmitir essa melhora do desemprenho para uma situação

similar ou para um membro que não praticou o treinamento (SCHIMDT & WRISBERG, 2001;

KRAKAUER et al., 2006). Neste aspecto, a ETCC tem sido estudada pela sua capacidade

de promover uma aprendizagem motora mais eficaz se destacando entre estratégias que

tem objetivo de alterar a plasticidade no sistema nervoso central (LINDENBERG et al.,

2010). OBJETIVOS: Esta pesquisa teve como objetivo verificar os efeitos da

Eletroestimulação Transcraniana por Corrente Contínua na generalização intermanual de

uma tarefa motora sequencial, processo importante da aprendizagem motora. MÉTODO:

Participaram deste trabalho 31 indivíduos saudáveis, de ambos os sexos, com idades entre

de 18 a 35 anos. Foram utilizados os seguintes materiais para a pesquisa: cadeira e mesa,

para acomodar o participante de maneira confortável; local silencioso para evitar

interferências visuais e auditivas durante o procedimento; fitas adesivo-metálicas acopladas

aos dedos das mãos dos participantes, para a transmissão dos sinais relativos à execução

dos movimentos; cabos de conexão dedos-computador, computador da marca Panasonic

com programação específica desenvolvida, software específico para registro da velocidade

e da acurácia dos movimentos dos dedos e gerador de corrente contínua alimentado por

uma bateria de 12V. A tarefa realizada foi o movimentos de oponência do polegar com os

demais dedos. Os dedos das mãos foram numerados, do dedo mínimo representado pelo

número 4 até o indicador representado pelo número 1. Neste trabalho foi utilizada a

sequência 4-1-3-2-4, a qual foi apresentada aos participantes, para memorização e para

uma breve prática. Foi realizada uma avaliação inicial, na qual o participante realizou a

sequência com a mão dominante, e a seguir com a mão não dominante. Após isso,

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72 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

começou-se o treinamento que foi composto por 8 blocos de 300 movimentos somente com

a mão dominante. Este estudo foi composto por 2 grupos de participantes que foram

divididos aleatoriamente. Os indivíduos do grupo experimental (GE) realizaram o

treinamento com a mão dominante, sendo submetidos a ETCC anódica de M1 contralateral

a mão que estava sendo treinada. Neste tipo de colocação o cátodo localiza-se na região

supra orbital, fechando o circuito elétrico. A estimulação foi aplicada por 20 minutos a uma

intensidade de 2mA. Os indivíduos do grupo placebo (GP) foram submetidos aos mesmos

padrões de treinamento, porém com o equipamento ligado por apenas 30 segundos, o que é

chamado de eletroestimulação simulada. Após o treino, todos os indivíduos foram

submetidos a uma avaliação pós treino em ambas as mãos, e retornaram para reavaliação

após 48 horas. RESULTADOS E DISCUSSÃO /DESENVOLVIMENTO: Inicialmente

identificou-se que na mão treinada houve uma melhora na aquisição da tarefa motora em

ambos os grupos em relação a quantidade de acertos, e uma diminuição na quantidade de

erros. Porém, o GE obteve uma diminuição no número de erros apresentando valor de

p=0,013, enquanto o GP apresentou valor de p=0,070, ou seja, apenas o GE apresentou

uma diminuição do número de erros estatisticamente significante. Isso sugere um

favorecimento da aprendizagem no GE. Os resultados também indicaram que houve efeito

de generalização intermanual para ambos os grupos de prática. Na mão não treinada, não

houve diminuição estatisticamente significante na quantidade de erros em ambos os grupos

(GE obteve diminuição de 3,5 para 3,0 com valor de p=0,172, e GP de 4,0 com valor de

p=0,140). Em contrapartida, em relação a quantidade de acertos, o GE teve vantagem em

relação ao GP. Ambos os grupos obtiveram um aumento na quantidade de acertos, como

esperado, visto que ambos os grupos realizaram o treinamento, entretanto a quantidade de

acertos aumentou de forma mais significativa no GE em relação aos GP (GE obteve

aumento de 20,0 para 30,0 com valor de p=0,004, e GP de 19,0 para 29,0 com valor de

p=0,027). CONCLUSÃO: Os resultados revelaram favorecimento no GE, não tendo sido

observados efeitos na diminuição de erros. Como conclusão, o presente estudo aponta que

a ETCC parece potencializar os efeitos da generalização sobre o aprendizado motor na mão

que não realizou o treino.

PALAVRAS-CHAVE: Aprendizagem, estimulação elétrica, generalização.

REFERÊNCIAS:

1. DASILVA, A. F., et al. Electrode positioning and montage in transcranial direct

current stimulation. Journal of Visualized Experiments, n.51, p.1-12, [s.l.], 2011.

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73 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

2. KRAKAUER, J. W., et al. Generalization of motor learning depends on the history of

prior action. Plos Biology, v.4, n.10, p.1798-1808, [s.l.], 2006.

3. LINDENBERG, R., et al. Bihemispheric brain stimulation facilitates motor recovery in

chronic stroke patients. Neurology, v.75, n.24, p. 2176-2184, [s.l.], 2010.

4. MAGILL, R.A.; HALL, K.G. A review of the contextual interference effect in motor

skill acquisition. Human Movement Science, v.9, p.241-289, [s.l.], 1990.

5. SCHMIDT, R.A.; WRISBERG, C.A. Aprendizagem e performance motora: uma

abordagem da aprendizagem baseada no problema. Porto Alegre: Artmed, 2001.

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74 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

ESTADO NUTRICIONAL DE ADOLESCENTES ANTES E APÓS UM PROGRAMA DE EDUCAÇÃO NUTRICIONAL EM UMA ESCOLA DE JUNDIAÍ-SP

Aluna: Mayara Cristina Faria Reis

Orientadora: Profa. Dra. Júlia Figueiredo Machado

Curso: Nutrição

INTRODUÇÃO: A adolescência é caracterizada pela última fase de aceleração do

crescimento, que leva a uma elevada demanda nutricional (CHIARELLI; ULBRICH; BERTIN,

2011). Dessa forma, a alimentação deve ser apropriada para atender as necessidades

nutricionais desse período da vida. Porém, sabe-se que os hábitos alimentares dos

adolescentes são marcados pela alta ingestão de alimentos calóricos e pobres em

nutrientes (MIGUEL et al., 2011). A alimentação inapropriada nessa fase da vida leva a

instabilidades nutricionais que podem intervir no crescimento e no estado de saúde (VIEIRA

et al., 2008). Os indicadores antropométricos devem ser empregados na determinação do

estado nutricional, sendo importantes no diagnóstico e no acompanhamento da situação

nutricional (SANTOS et al., 2005). A antropometria é um método de baixo custo, não

invasivo, útil e amplamente utilizado para identificar distúrbios nutricionais como obesidade e

déficits nutricionais (LOURENÇO et al., 2011). OBJETIVOS: O objetivo do estudo foi

verificar o estado nutricional de adolescentes antes e após uma intervenção nutricional.

MÉTODO: Foram avaliados estudantes de uma escola da cidade de Jundiaí-SP, com idades

entre 15 e 18 anos. A avaliação antropometrica foi feita por meio da aferição do peso,

estatura e circunferência da cintura. Para classificar o estado nutricional foram utilizadas as

referências da Organização Mundial da Saúde. Os dados foram analisados utilizando o

programa de estatística SPSS 16.0 e o antroplus. O teste de Wilcoxon foi utilizado para as

comparações antes e após a intervenção. A educação nutricional foi feita em forma de

palestras e atividades interativas, abordando diferentes temas. RESULTADOS E

DISCUSSÃO / DESENVOLVIMENTO : Participaram do estudo 95 alunos com média de

idade de 15,5±0,77 anos, sendo que 53,5% dos alunos eram do sexo masculino. As médias

do peso (antes de 63,5±14.4 Kg e depois de 64,0±14,4 Kg) e da estatura (antes de

1,68±0,08 m e depois de 1,89±0,09 m) foram significativamente maiores após a intervenção

(p=0,02 e p<0,001, respectivamente), por outro lado a média da circunferência da cintura

(antes de 73,3±8,7 cm e depois de 71,6±8,3 cm) foi menor após a intervenção (p=0,001). O

excesso de peso estava presente em 31,7% dos alunos na primeira coleta e após a coleta

este percentual caiu para 26,4%. O aumento de peso observado não foi proporcional ao

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75 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

aumento da estatura, desta forma o IMC destes adolescentes reduziu, levando a uma

redução nos casos de sobrepeso e obesidade. Resultados similares foram encontrados no

estudo de CARVALHO et al. (2001), que observaram reduções no sobrepeso e obesidade

em adolescentes após intervenção nutricional, porém neste estudo e no nosso estudo a

porcentagem de adolescentes com excesso de peso permaneceram altas, indicando a

necessidade de uma intervenção nutricional contínua nas escolas. O conhecimento sobre

alimentação saudável, ainda, é muito deficiente na população de adolescentes, desta forma

as intervenções nutricionais devem ser feitas de forma contínua, com a finalidade de

promover mudanças de comportamento alimentar. (TORAL N., 2006). CONCLUSÕES OU

CONSIDERAÇÕES FINAIS: Diante destes resultados, a intervenção nutricional mostrou-se

efetiva na redução do número de casos de alunos com excesso de peso. Porém, mesmo

diante destes resultados positivos, a porcentagem de adolescentes com excesso de peso

permanece altas, indicando a necessidade de uma intervenção nutricional contínua nas

escolas.

PALAVRAS-CHAVE: Adolescente, Estado Nutricional, Educação Nutricional

REFERÊNCIAS:

1. CHIARELLI, G.; ULBRICH, Z.A.; BERTIN, L.R. Composição corporal e consumo

alimentar de adolescentes da rede pública de ensino de Blumenau (Brasil). Revista

Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano, v. 13, n. 4, p. 265-271, 2011.

2. LOURENÇO, A.M.; TAQUETTE, S.R.; HASSELMNN, M.H. Avaliação nutricional:

antropométrica e conduta nutricional na adolescência. Adolescência e Saúde, v. 8, n.

1, p.51-58, [s.l.], 2011.

3.MIGUEL, V.P.; RESENDE, C.M.M.; CIAMPO, L.A.D.; et. al. Dietary Intake,

Anthropometric and Body Composition Assessment of Adolescents Enrolled in a Basic

Health Unit in Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil. Faculdade de Medicina de Ribeirão

Preto, v. 44, n. 3, p. 267-75. São Paulo, 2011.

4.SANTOS, J.S; COSTA, M.C.O; SOBRINHO, C.L.N; et. al. Perfil antropométrico e

consumo alimentar de adolescentes de Teixeira de Freitas – Bahia. Revista de

Nutrição. v.18, n.5, p. 623-632. Campinas, 2005.

Page 70: X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica 7 · apresentadas variáveis qualitativas e quantitativas. Foram analisados componentes fatoriais para sumarizar as informações

76 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

5.VIEIRA, R.C.M.; TEIXEIRA, M.T.B.; LEITE, I.C.G.; et. al. Padrão antropométrico e

consumo alimentar em uma amostra de adolescentes de 15 a 19 anos. Humana

Revista, v.34, n.4, p.249-255, [s.l.], 2008.

6.CARVALHO, C.M.R.G; NOGUEIRA, M.T; TELES, J.B.M; et. al. Consumo alimentar

de adolescentes matriculados em um colégio particular de Teresina, Piauí,

Brasil. Revista de Nutrição. v. 14, n. 2, p. 85-93. Campinas, 2001.

7.TORAL, N; SLATER, B; CINTRA, I.P; et. al. Comportamento alimentar de

adolescentes em relação ao consumo de frutas e verduras. Revista de Nutrição, v. 19,

n. 3, p.331-34, Campinas, 2006.

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77 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

A INFLUÊNCIA DA AUTORREGULAÇÃO DA APRENDIZAGEM NO SUCESSO

ACADÊMICO DOS ALUNOS INGRESSANTES NO ENSINO SUPERIOR

Aluna: Mariana Guimarães Simon

Orientadora: Profa. Dra. Maria Cristina Zago Castelli

Curso: Psicologia

INTRODUÇÃO: O ingresso no Ensino Superior constitui uma importante época de transição

que exige do estudante diversos desafios devido as mudanças de ordem pessoal, social e

acadêmica que se desenrolam nesse período. (SECO e colaboradores, 2008). O aluno

ingressante universitário encontra-se como integrante de uma nova comunidade, onde

precisará encontrar uma nova identidade para configurar-se ao grupo, e ainda verificar por

meio do autoconhecimento se a escolha da área profissional foi realizada com um grau de

maturidade emocional adequado, capaz de levar em consideração seu perfil individual e

gerar um alto nível de satisfação com os estudos e o trabalho (BERTELLI; DUARTE, 2013).

Para Freitas-Salgado (2013) o início do curso (os três primeiros semestres) são os que mais

demandam atenção de um serviço de acompanhamento acadêmico do aluno. Acompanhar

os alunos na fase inicial de sua vida universitária permite que compreendam que eles

mesmos fazem parte do seu processo de aprendizagem. Além de ser importante para seu

desempenho e integração acadêmica as estratégias de aprendizagem são uma forma de

prevenir a evasão universitária. (BERTELLI; DUARTE, 2013). Existem nas universidades

programas disponíveis para promover a autorregulação da aprendizagem, para este projeto

de pesquisa foi selecionado o programa “Cartas do Gervásio ao seu umbigo: comprometer-

se com o estudar na educação superior” (ROSÁRIO; NUÑEZ; CONZALEZ-PIENDA, 2012).

O presente projeto de pesquisa integra-se ao Programa de Serviço de Atendimento

Psicopedagógico Unianchieta, o SAP-Unianchieta, que foi concebido para avaliar, atender e

acompanhar o aluno em suas necessidades acadêmicas. O aluno assim monitorado terá

maior probabilidade de desenvolver-se de forma plena com o objetivo da excelência na sua

formação específica e como cidadão crítico de uma perspectiva social e histórica (LUIS e

CASTELLI, 2013; CASTELLI, 2005). OBJETIVOS: O presente projeto teve por objetivo

apresentar os processos de autorregulação da aprendizagem como meios de obtenção do

sucesso acadêmico, por meio de dois grupos constituídos GE (grupo experimental) e GC

(grupo controle), comparar diversos indicadores do repertório deaprendizagem desses

alunos. MÉTODO: Participaram desta pesquisa interventiva alunos, de ambos os sexos e

idades variadas, regularmente matriculados no semestre 2º. do curso de Psicologia no

Centro Universitário Padre Anchieta. Os participantes foram divididos em dois grupos

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78 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

denominados: Grupo Controle (CC) e Grupo Experimental (GE), participantes do GE

receberam como variável independente oficinas do programa: “Cartas do Gervásio ao seu

umbigo: comprometer-se com o estudar na educação superior”. Foram realizadas 8 oficinas

com ambos os grupos e as medidas comparadas entre os GE e GC foram as seguintes:

Questionário de Expectativas do Ensino Superior; Questionário sobre Organização do

Tempo de Estudo; Material produzido nas Rodas de Conversa; Questionário da Avaliação

das Oficinas e acompanhamento de Notas de todos os participantes no período de janeiro

de 2016 a junho 2017. RESULTADOS E DISCUSSÃO / DESENVOLVIMENTO: Na Fase de

Tratamento os encontros do GC ocorreram com uma variação de frequência de 2 a 9

participantes e os encontros do GE ocorreram com uma variação de frequência de 8 a 9

participantes. Os participantes dos grupos: Controle e Experimental, apresentaram um efeito

de aumento de médias no segundo semestre comparado aos demais. Esse efeito ocorreu

independemente da atividade desenvolvida nos grupos. Isto é, aparentemente a variável

crítica – que seriam as cartas de Gervásio, produziu o mesmo efeito que outras atividades.

Adicionalmente, no GC observou-se a formação de laços de amizade entre os participantes,

podendo ter contribuído para isso o desenvolvimento de temas como: habilidades sociais e

empatia, que conhecidamente contribuem para a autorregulação da aprendizagem. No GE

observou-se o formato de “grupo de estudos” tendo sido introduzido o tema da

autorregulação da aprendizagem, houve predominância dos temas: desenvolvimento da

vida acadêmica, ansiedade frente as provas, notas e formas de estudo. CONCLUSÃO OU

CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os dados obtidos nesse presente trabalho sugerem que o fato

de manejar um grupo de ingressantes com horário estabelecido e atividades especificas do

contexto acadêmico produziu a autorregulação da aprendizagem que pode ser inferida pelo

aumento da frequência de comportamentos relacionados a Estudo, identificado pelas

respostas encontradas nos questionários e pelo aumento de médias observado no semestre

em que as oficinas ocorreram.

PALAVRAS-CHAVE: autorregulação da aprendizagem; ensino superior; behaviorismo.

REFERÊNCIAS:

1. BERTELLI, Sandra Benevento; DUARTE, Walquíria Fonseca. A problemática da

evasão no ensino superior e caminhos em orientação profissional. São Paulo: Casa do

Psicólogo, 2013.

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79 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

2. FREITAS-SALGADO, Fernanda Andrade de. Autorregulação da Aprendizagem:

intervenção com alunos ingressantes do Ensino Superior. Campinas: Unicamp, 2013.

3. LUÍS, Emerson Fernandes, CASTELLI, M.C.Z. Estudo Exploratório dos fatores da

Continuidade e Engajamento dos Alunos Ingressantes no Ensino Superior. Jundiaí:

Unianchieta, 2013.

4. ROSÁRIO, Pedro; NÚNEZ, José C.; GONZÁLEZ-PIENDA, Júlio. Cartas do

Gervásio ao seu umbigo: comprometer-se com o estudar na educação superior.

Versão adaptada para edição brasileira Soely Aparecida Jorge Polydoro, Fernanda

Andrade de Freitas. São Paulo: Almedina, 2012.

5. SECO, Graça Maria; PEREIRA, Ana Patrícia; SANTOS, Irene Cristina; FILIPE, Luís

André; ALVES, Sandra. Promoção de estratégias de estudo: contributos do serviço de

apoio ao estudante (SAPE) do instituto politécnico de Leiria. Leiria: IPL, 2008.

AGRADECIMENTO OU APOIO FINANCEIRO: PIBIC/CNPq

Page 74: X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica 7 · apresentadas variáveis qualitativas e quantitativas. Foram analisados componentes fatoriais para sumarizar as informações

80 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

DESENVOLVIMENTO E AVALIAÇÃO SENSORIAL DE BEBIDA À BASE DE MATCHA E

WHEYPROTEIN

Bolsista: Andressa Morau

Orientadora: Profa. Dra. Juliana Burger Rodrigues

Curso: Nutrição

INTRODUÇÃO: O matcha (Camellia sinensis) é cultivado no sul da Ásia, incluindo vários

países como a China, Índia, Japão, Tailândia, Sri Lanka e Indonésia. A Composição das

folhas do chá depende de uma variedade de fatores, incluindo clima, estação, processo

utilizado na horticultura, além do tipo e idade da planta. É considerada depois da água, a

bebida não alcoólica mais consumida no mundo, amplamente disponível e de baixo custo.

Os benefícios da planta estão relacionados com a diminuição de gordura corporal , riscos de

doenças cardiovasculares e Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) tornando-se

viável o seu uso como um importante coadjuvante nutricional em diversas patologias, devido

às suas propriedades antioxidantes, antiinflamatórias, anti-hipertensivas, antidiabéticas e

antimutagênicas (SENGER; SCHWANKE; GOTTLIEB, 2010). A cafeína e as catequinas

são os principais componentes do chá verde e ambas possuem um efeito sobre as enzimas

em que a noradrenalina é ativada afetando na termogênese. De acordo com a literatura é

importante destacar que o efeito anti-obesidade do chá varia de acordo com a termogênese

podendo mudar o efeito de acordo com a idade, a dose e peso corporal (TURKOZU; TEK,

2016).Um estudo realizado por Dulloo et al. (1999) avaliou, em homens jovens eutróficos,

que o chá verde possui propriedades termogênicas e promove a oxidação de gordura.

Portanto, o extrato de chá verde pode apresentar um controle da composição corporal, via

ativação da termogênese e oxidação de gordura.O presente projeto tem como tema

escolhido o desenvolvimento de um produto alimentício composto por matcha e whey

protein de alto valor nutricional para praticantes de atividade física que leve em sua

formulação ingredientes que auxiliam no emagrecimento de forma natural e adequada,

auxiliando atletas a ter um rendimento maior nos treinos com as propriedades benéficas que

o produto desenvolvido contém. Além dos praticantes de atividade física, o produto

desenvolvido também contribui promovendo saúde para as pessoas através de um

composto natural que possui benefícios e previne doenças como câncer, Hipertensão,

diabetes e auxilia na queima de gordura. Para a nutrição esse produto é de grande

importância, já que a obesidade é uma epidemia mundial e através do estudo podemos

analisar como um composto natural é benéfico para a população.Portanto este assunto

abordado contribui para o conhecimento da população a combater patologias optando pelo

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81 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

produto visto que aliado a um plano alimentar equilibrado e a prática frequente de atividade

física pode acelerar o metabolismo energético auxiliando na queima de gordura,

contribuindo para menor risco de doenças e obesidade. OBJETIVO: Desenvolver um

produto alimentício para praticantes de atividade física que contenha Matcha

(CamelliaSinensis) e whey protein em diferentes concentrações, buscando enriquecê-lo

nutricionalmente e verificar a sua aceitabilidade através da análise sensorial. MÉTODO: A

produção do Whetcha foi realizada utilizando como matéria-prima whey protein, matcha em

pó e água e aroma. Para a produção do Whetcha , foram estudadas diferentes

concentrações de inclusão do matcha e do whey protein. As concentrações foram avaliadas

de acordo com um delineamento composto central rotacional (DCCR), do tipo 22, incluindo

três repetições do ponto central, totalizando 11 ensaios. Esse planejamento objetiva

determinar quais as melhores concentrações dos ingredientes para uma melhor aceitação

do Whetcha. Foram elaboradas 11 formulações de Whetcha, sendo adicionados em um

liquidificador as respectivas quantidades de água, whey protein e matcha e aroma. Foram

calculados os rótulos nutricionais das 11 formulações de Whetcha de acordo com a RDC

360 e 359 (ANVISA,2003). Em Março serão realizadas análises sensoriais nas

dependências do Laboratório de Técnica Dietética do Centro Universitário Padre Anchieta,

Jundiaí - SP. Serão testes afetivos de aceitação com os próprios estudantes da instituição.

As amostras serão avaliadas em relação aos atributos de aparência, aroma, sabor, cor e

impressão global. Esta análise será feita com as amostras na temperatura ambiente (22 ± 2

°C). Os testes de aceitação utilizarão escala não estruturada de nove centímetros, ancorada

nos extremos pelos termos “desgostei muitíssimo” na esquerda e “gostei muitíssimo” na

direita. A equipe será composta por 120 consumidores de Whetcha (HOUGH et al., 2006),

representativos do público alvo (STONE, SIDEL, 2004), selecionados em função do hábito

de consumo regular de produtos whetcha e não ter alergia a lactose e nem proteínas do leite

e não ter sensibilidade a cafeína. As amostras serão apresentadas aos provadores de forma

monádica, em copos plásticos brancos, codificados com algarismos de três dígitos. Também

será analisada a intenção de compra por parte dos provadores, utilizando escala de 5

pontos (1 = certamente não compraria; 5 = certamente compraria). Os resultados das

análises sensoriais, serão avaliados através de Análise de Variância (ANOVA) com posterior

uso do Teste de Tukey, considerando p=0.05. Todas as análises serão realizadas utilizando

o XLSTAT for Windows 2011. RESULTADOS E DISCUSSÃO / DESENVOLVIMENTO: Os

resultados alcançados foram avaliados através do Delineamento Composto Central

Rotacional (DCCR). O modelo ajustado para o componente aparência, aroma, sabor, textura

e impressão global mostrou-se estatisticamente significativo (p < 0,05). Dentre os fatores

estudados, a porcentagem de matcha e whey protein afetaram significativamente esses

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82 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

atributos. As amostras que tiveram os melhores resultados de acordo com as médias foram

as formulações 9, 10 e 11 em relação aos atributos de aparência, aroma, sabor, cor e

impressão global. Observa-se que os valores do ponto central para ambos fatores foram os

que apresentaram maiores notas de aceitação pelos consumidores. CONCLUSÕES OU

CONSIDERAÇÕES FINAIS: Com os resultados obtidos e com a pesquisa elaborada, esse

projeto conclui que as características sensoriais de um produto alimentício são de grande

importância para a sua aceitação pelos consumidores e, consequentemente, para a sua

comercialização, sendo a aparência e sabor decisivos neste processo.

PALAVRAS-CHAVE: Obesidade, Matcha, Chá verde, Whey protein

REFERÊNCIAS:

1. DULLOO, A.G.; DURET, C.; ROHRER, D.; et. al. Efficacy of a green tea extract rich

in catechin polyphenols and caffeine in increasing 24-h energy expenditure and fat

oxidation in humans. Am J Clin Nutr. v. 70, n.6, p.1040-1045. 1999.

2. HARAGUCHI, F K.; ABREU, W, C.; PAULA, H. Proteínas do soro do leite:

composição, propriedades nutricionais, aplicações no esporte e benefícios para a

saúde humana. Rev Nutr, v. 19, n. 4, p. 479-88, 2006.

3. HOUGH, G.; WAKELING, I.; MUCCI, A.; et. al. Number of consumers necessary for

sensory acceptability tests. Food Quality and Preference, v.17, n.6, p.522-526, 2006.

4. SENGER ,V. E. A; SCHWANKE, C. H. A; GOTTLIEB, M,G ,V. Chá verde (Camellia

sinensis) e suas propriedades funcionais nas doenças crônicas não transmissíveis.

Scientia Medica , v. 20, n.4, p. 292-300, 2010.

5. STONE, H.;SIDEL, J. L. Sensory evaluation practices. New York: Academic Press.

2004.

APOIO FINANCEIRO: PIBIC/CNPq

Page 77: X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica 7 · apresentadas variáveis qualitativas e quantitativas. Foram analisados componentes fatoriais para sumarizar as informações

83 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

AVALIAÇÃO DAS ROTULAGENS E INFORMAÇÕES NUTRICIONAIS DE PÃES

INTEGRAIS INDUSTRIALIZADOS: PORÇÃO, FIBRAS E ADEQUAÇÃO COM A

LEGISLAÇÃO VIGENTE

Aluna: Bruna Aprillanti

Orientadora: Profa. Ma. Flávia Noeli de Souza Infante

Curso: Nutrição

INTRODUÇÃO: O pão é um alimento muito consumido pela população brasileira e

amplamente aceito, segundo pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística (IBGE). A substituição de alimentos in natura e minimamente processados por

alimentos industrializados altera o padrão e a qualidade da alimentação, especialmente o

consumo de fibras (IBGE,2011). A rotulagem nutricional é uma das estratégias de combate

da expansão das doenças crônicas não transmissíveis, uma vez que, favorece escolhas de

alimentos mais saudáveis. A informação nutricional contida no rótulo dos alimentos deve

oferecer ao consumidor informações sobre a composição química do alimento, ser de fácil

compreensão, segura e confiável. A resolução nº 360 de 23 de dezembro, vem orientando a

indústria de alimentos, de quais são as informações sobre a composição química do

alimento que devem ser apresentadas no rótulo e de que forma isto deve ser feito (BRASIL,

2003). Estratégias de marketing e embalagens chamativas, além de frases de efeito, podem

levar o consumidor a comprar alimentos que não contém os componentes citados,

enganando-o (IDEC, 2014). OBJETIVO: Avaliar a informação nutricional obrigatória, o teor

de fibras, ingredientes fornecedores de fibras, teor de farinha de trigo integral, uso da

informação nutricional complementar e adequação as resoluções RDC 359/2003, 360/2003

e RDC 54/2012 em pães industrializados comercializados com a alegação de fornecedores

de fibras. MATERIAIS E MÉTODOS: Tratou-se de um estudo descritivo de avaliação das

rotulagens de diferentes marcas de pães industrializados. As informações nutricionais dos

produtos foram obtidas pelo site oficial das empresas e as amostras foram selecionadas nos

meses de agosto e setembro do ano de dois mil e dezesseis. Foram avaliadas os pães da

marca Wickbold, Pulmman e Binco do Brasil os dados coletados no site das empresas foram

tabulados em planilha com base nos objetivos propostos: na lista de ingrediente deveriam

constar ingredientes fontes de fibra, além da farinha de trigo integral; ter a porção de 50g,

como propõe a RDC 359; na rotulagem contivesse alegações como “fonte de fibra”,

“integral” e “rico em fibra”, para adequar quanto à RDC 54. O teor de fibras nas porções foi

analisado, assim como a ordem e presença de farinha de trigo integral e farinha de trigo

branca e os resultados foram analisados e comparados com a recomendação atual de fibras

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84 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

para indivíduos adultos saudáveis, de acordo com as Dietary Reference Intakes.

RESULTADOS E DISCUSSÃO / DESENVOLVIMENTO: Constatou-se que das 55

amostras, todas podem ser classificadas como fonte de fibras, porém apenas 7% como alto

conteúdo de fibras. Quanto à porção, a maioria das amostras utilizou 2 fatias ou 2 fatias e

meia para a porção de 50g (24%; 19%). Quanto a presença de fontes integrais, 89% dos

pães têm na composição a farinha de trigo integral e 67% a farinha de trigo integral é o

primeiro. Há correlação estatística entre o uso de farinha de trigo integral e a quantidade de

fibras do mesmo. No entanto, não é necessário o uso de farinha de trigo integral para se

obter um produto com alto conteúdo de fibras. CONCLUSÃO OU CONSIDERAÇÕES

FINAIS: Os rótulos da maioria dos pães integrais avaliados neste estudo estão de acordo

com às legislações vigentes, no entanto, o uso de porções de fatias pela metada é um tema

controverso que deve ser discutivo. Os pães industrializados tem apresentado uma boa

quantidade de fibras, mesmo não usando farinha de trigo integral ou ela não sendo a farinha

usada em maior quantidade. É importante tornar informações como essa de acesso a

comunidade e aos profissionais da saúde.

PALAVRAS – CHAVE: rotulagem; informação nutricional complementar; integral

REFERÊNCIAS:

1. IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa de orçamentos

familiares 2008-2009: análise do consumo alimentar pessoal no Brasil. Rio de Janeiro,

2011.

2. IDEC, Instituto de Defesa do Consumidor. Testes e pesquisas: Alimentos Bebidas à

base de leite e iogurtes ainda não respeitam novas regras de rotulagem. Pesquisa do

Idec, São Paulo, 2014. Disponível em: <http://www.idec.org.br/consultas/testes-e-

pesquisas/bebidas-a-base-de-leite-e-iogurtes-ainda-no-respeitam-novas-regras-de-

rotulagem> Acesso em: 12 abr. 2017.

3. BRASIL, Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução

nº 360, de 23 de dezembro de 2003. A Diretoria Colegiada da ANVISA/MS aprova o

regulamento técnico sobre rotulagem nutricional de alimentos embalados. Diário

Oficial da União, 26 dez. 2003.

Page 79: X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica 7 · apresentadas variáveis qualitativas e quantitativas. Foram analisados componentes fatoriais para sumarizar as informações

85 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

4. BRASIL, Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução

nº 359, de 23 de dezembro de 2003. Aprova Regulamento Técnico de Porções de

Alimentos Embalados para Fins de Rotulagem Nutricional. Diário Oficial da União, 26

dez. 2003.

5. BRASIL, Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução

nº 54, de 12 de novembro de 2012. Dispõe sobre o Regulamento Técnico sobre

Informação Nutricional Complementar. Diário Oficial da União, 19 nov. 2012.

AGRADECIMENTOS OU SUPORTE FINANCEIRO: Ao Centro Universitário Padre Anchieta

pela concessão da bolsa de Iniciação Científica.

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86 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

AVALIAÇÃO DA INGESTÃO ALIMENTAR DE ADOLESCENTES DO ENSINIO MÉDIO DE

UMA ESCOLA PARTICULAR DE JUNDIÁI ANTES E APÓS INTERVENÇÃO

NUTRICIONAL

Aluna: Jamile Ferian Abou Abbas

Orientadora: Profa. Dra. Taciana Davanço

Coorientadora: Profa. Ma. Júlia Figueiredo Machado

Curso: Nutrição

INTRODUÇÃO: A alimentação é fundamental para garantir ao organismo todos os

nutrientes necessários para seu funcionamento, desenvolvimento e crescimento, para isso

deve conter todos os grupos de alimentos em quantidades adequadas, assegurando, assim

a proteção e promoção da saúde (COUTINHO et al., 2007). Porém, uma alimentação

inadequada rica em gordura saturada e trans, carboidratos simples e pobre em fibras, está

relacionada ao surgimento de doenças crônicas não transmissíveis e obesidade, que estão

atingindo a população cada vez mais jovem (FERREIRA; CHIARA; KUSCHNIR, 2007). Ao

mesmo tempo, a busca por um padrão estético pode resultar em medidas de restrição

alimentar, principalmente, na adolescência, por ser uma fase de vulnerabilidade devido às

transformações psicossociais e biológicas (DUNKER; FERNANDES; CARREIRA FILHO,

2009). Esse cenário resulta em jovens com uma ingestão alimentar com déficit em

nutrientes, pois apresentam excesso de açúcar, sódio e gordura e são pobres em fibras,

vitaminas e minerais (VIANA; SANTOS; GUIMARÃES, 2008). Além do fato, de a

necessidade de alguns nutrientes na adolescência ser maior, devido ao crescimento

acelerado característico desse ciclo da vida, por isso, os adolescentes estão mais

propensos a apresentarem um déficit de nutrientes (VEIGA et al., 2009). Desse modo, é de

suma importância a analise da ingestão alimentar para o estudo da relação entre nutrição e

doenças crônicas não transmissíveis e do padrão alimentar de uma população (ANJOS;

SOUZA; ROSSATO, 2009), para uma conscientização eficaz que resulte na adoção de

hábitos alimentares saudáveis, o que é feito por meio da educação alimentar e nutricional,

sendo importante para a promoção da saúde (CUNHA; 2014). OBJETIVOS: Avaliar a

ingestão alimentar de adolescentes do ensino médio de uma escola particular de Jundiaí,

através do Recordatório 24 horas e Registro Alimentar de 3 dias, antes e após intervenção

nutricional. MÉTODO: Estudo aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa do centro

universitário Padre Anchieta, conforme recomendações para pesquisas envolvendo seres

humanos propostas pela Resolução no 196 de 10 de outubro de 1996 do Conselho Nacional

de Saúde. Todos os participantes e responsáveis assinaram o termo de consentimento livre

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87 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

e esclarecido. Foram avaliados 80 estudantes, cuja ingestão alimentar foi avaliada

Recordatório 24 horas e o Registro Alimentar de 3 dias. Ambos os inquéritos foram

aplicados na população estudada, antes e após intervenção nutricional. A realização dos

cálculos e avaliação de adequação dos nutrientes foi realizada pelo software DietSmart e o

parâmetro de comparação utilizado foi a DRI (2002) e WHO/FAO (2003). Os testes

estatísticos foram realizados através do software (SPSS) e o teste de Wilcoxon.

RESULTADOS E DISCUSSÃO / DESENVOLVIMENTO: Os únicos nutrientes que

apresentaram um aumento na porcentagem de adequação da primeira T(1) para a segunda

T(2) coleta foram a proteína (87,5%), gordura saturada (50%), colesterol (77,5%), fibra

(15%), vitamina D (11,3%), zinco (35%) e sódio (38,8%), porém o único nutriente que

apresentou associação estatisticamente significante (p < 0,05) de forma positiva foi a

gordura saturada. Já a intervenção nutricional apontou que alunos participaram das

atividades e que a maioria possui a vontade de mudar seus hábitos alimentares, sendo

assim o início de um processo de mudança do padrão alimentar que necessita de

continuidade. CONCLUSÕES OU CONSIDERAÇÕES FINAIS: O presente estudo apontou

que uma grande parte dos adolescentes apresenta uma alimentação inadequada, de modo

que a intervenção nutricional, apesar de não ter resultado em mudanças estatísticas

significativas satisfatórias, pode ter significado o início de uma conscientização, que ainda

necessita de uma continuidade para surtir maiores resultados.

PALAVRAS-CHAVE: Adolescência, Ingestão alimentar, educação nutricional.

REFERÊNCIAS:

1. ANJOS, L.A.; SOUZA, D.R.; ROSSATO, S.L. Desafios na medição quantitativa da

ingestão alimentar em estudos populacionais. Rev. Nutr. v.22, n.1, p.151-162.

Campinas, 2009.

2. COUTINHO, N.M.P.; VALÕES, E.M.; LACERDA, N.C.; et. al. Avaliação nutricional e

consumo de alimentos entre adolescentes de risco. Rev. RENE, v.8, n.3, p.9-16

Fortaleza, 2007.

3. CUNHA, L.F. A importância de uma alimentação adequada na educação infantil. p.

31. Monografia. pós-graduação - especialização em ensino de ciências. Universidade

tecnológica do Paraná. Ibaiti, 2014.

Page 82: X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica 7 · apresentadas variáveis qualitativas e quantitativas. Foram analisados componentes fatoriais para sumarizar as informações

88 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

4. DUNKER, K.L.L.; FERNANDES, C.P.B.; CARREIRA FILHO, D. Influência do nível

socioeconômico sobre comportamentos de risco para transtornos alimentares em

adolescentes. J Bras Psiquiatr, v.58, n.3, p.156-161, 2009.

5. FERREIRA, A.; CHIARA, V.L.; KUSCHNIR, M.C.C. Alimentação saudável na

adolescência: consumo de frutas e hortaliças entre adolescentes brasileiros.

Adolescência & Saúde, v.2, n.2, p.48-52, 2007.

6. VEIGA, G.V.; et al. Inadequação do consumo de nutrientes entre adolescentes

brasileiros. Rev Saúde Pública, v.47, n.1, p. 212-221, 2013.

7. VIANA, V.; SANTOS, P.L.; GUIMARÃES, M.J. Comportamento e hábitos

alimentares em crianças e jovens: uma revisão da literatura. Psicologia, saúde e

doença, v. 9, n. 2, p. 209-231, 2008.

AGRADECIMENTO OU SUPORTE FINANCEIRO: Agradecemos ao CNPQ pela bolsa de

Iniciação Científica e ao Unianchieta pelo apoio a Pesquisa.

Page 83: X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica 7 · apresentadas variáveis qualitativas e quantitativas. Foram analisados componentes fatoriais para sumarizar as informações

89 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

ALIENAÇÃO PARENTAL: UM ESTUDO SOBRE SUAS CONSEQUÊNCIAS NO

DESENVOLVIMENTO PSICOLÓGICO INFANTIL

Aluna: Bruna Thais de Oliveira

Orientadora: Profa. Ma. Melissa Picchi Zambom

Curso: Psicologia

INTRODUÇÃO: Em nosso país os divórcios aumentam a cada dia, desse modo aumentam

também as disputas judiciais pela guarda dos filhos. Tal prática, além de envolver questões

jurídicas e sociais, abrange também questões psicológicas. A Alienação Parental consiste

em uma forma de abuso ou maltrato em que um dos genitores educa a criança para que ela

rompa os laços com outro genitor. Este é um fenômeno bastante recente e relaciona-se aos

altos índices de separações judicias na atualidade, no entanto, pouco é pesquisado nas

suas implicações sócio emocionais sobre os filhos. Esse estudo buscou meios de identificá-

la, diagnosticá-la e fomentar possíveis meios de tratá-la. OBJETIVOS: O presente trabalho

teve como finalidade principal investigar quais são as consequências psicológicas da

Síndrome de Alienação Parental no desenvolvimento psicológico infantil. MÉTODO: Esta

pesquisa ocorreu através de uma revisão bibliográfica, abarcando o tema da Síndrome da

Alienação Parental e as consequências no desenvolvimento psicológico infantil. Foram

utilizadas as bases de dados Pepsic (Periódicos Eletrônicos em Psicologia), Scielo e BVS

Saúde. A análise dos resultados foi realizada por meio da leitura metódica, pela avaliação

dentro dos critérios determinados, e se o trabalho já está obsoleto ou não no âmbito

cientifico. O levantamento de bibliografia foi feito de acordo com os autores de mais

relevância no campo dos conceitos estudados neste trabalho, assim como também foi de

grande importância o estudo das contribuições mais recentes na esfera da Psicologia e do

Direito de Família. RESULTADOS E DISCUSSÃO / DESENVOLVIMENTO: Os resultados

desta pesquisa abarcaram quais são as leis brasileiras e estrangeiras no âmbito da

Alienação Parental, qual é a função da família no desenvolvimento da criança, como os

estilos parentais se relacionam com a síndrome da alienação parental (SAP), possíveis

danos e possibilidades de intervenção mediante a ocorrência da SAP. CONCLUSÕES OU

CONSIDERAÇÕES FINAIS: O interesse desta pesquisa foi desmembrar quais são as

consequências psicológicas nos casos acometidos pela síndrome da alienação parental. Os

resultados obtidos através desta pesquisa foram satisfatórios, pois através da revisão

bibliográfica do material cientifico existente até o momento pudemos perceber e sistematizar

quais são as variáveis envolvidas nas consequências desta síndrome e quais são os meios

Page 84: X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica 7 · apresentadas variáveis qualitativas e quantitativas. Foram analisados componentes fatoriais para sumarizar as informações

90 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

de minimizar a ocorrência desta forma tão cruel de manipulação que os genitores submetem

os filhos.

PALAVRAS-CHAVE: Síndrome da Alienação Parental; Desenvolvimento Infantil; Genitores.

REFERÊNCIAS:

1. BENCZIK, Edyleine Bellini Peroni. A importância da figura paterna para o

desenvolvimento infantil. Revista Psicopedagogia, v. 28, n. 85, p. 67-75, 2011.

Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-

84862011000100007&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 14 maio 2017

2. DA CRUZ BENETTI, Silvia Pereira. Conflito conjugal: impacto no desenvolvimento

psicológico da criança e do adolescente. Psicologia: Reflexão e Crítica, v. 19, n. 2, p.

261-268, 2006. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-

79722006000200012&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 14 maio 2017.

3. BRASIL, Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei 8.069/90. Brasília, DF, Senado

Federal, 1990.

4. BRASIL, Constituição. 1988. Artigo 227. Disponível em:

<https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10644116/paragrafo-6-artigo-227-daconstituicao-

federal-de-1988/>. Acesso em: 29 mar. 2017.

5. BRASIL, Decreto Nº 99.710, de 21 de novembro de 1990. Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1990-1994/d99710.htm/>. Acesso em: 25

mar. 2017.

6. BRASIL, Lei Nº 10.406, de janeiro de 2002. Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10406.htm/>. Acesso em: 28 mar.

2017

7. BRASIL, Lei Nº 12.318, de 26 de agosto de 2010. Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12318.htm/>. Acesso

em: 28 mar 2017.

Page 85: X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica 7 · apresentadas variáveis qualitativas e quantitativas. Foram analisados componentes fatoriais para sumarizar as informações

91 X Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

8. CASSONI, Cynthia. Estilos parentais e práticas educativas parentais: revisão

sistemática e crítica da literatura. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo. São

Paulo, 2013.

9. DA CRUZ BENETTI, Silvia Pereira. Conflito conjugal: impacto no desenvolvimento

psicológico da criança e do adolescente. Psicologia: Reflexão e Crítica, v. 19, n. 2, p.

261-268, 2006.

10. DA FONSECA, P. M. P. C. Síndrome de alienação parental. Pediatria. v. 28, n. 3,

p. 162-168. São Paulo, 2008. Disponível em:

<http://www.wilsoncamilo.org/arquivos/alienacao_parental.pdf/>. Acesso em: 04 abr.

2017.

11. DA FONSECA, Priscila Maria Pereira Corrêa. Síndrome de alienação parental.

Pediatria. v. 28, n. 3, p. 162-168. São Paulo, 2006. Disponível em:

<http://www.wilsoncamilo.org/arquivos/alienacao_parental.pdf/>. Acesso em: 04 abr.

2017,

12. DARNALL, D. Parental Alienation Conference. 1999. Disponível em:

<http://www.fact.on.ca/info/pas/darnall.htm/>. Acesso em: 19 jun. 2017.

13. GARDNER, Richard. O DSM-IV tem equivalente para o diagnóstico de Síndrome

de Alienação Parental (SAP). Manuscrito não publicado. Tradução para o Português

por Rita Rafaeli, 2002.

14. GOMIDE. Parenting Style Inventory PSI. Inventário de estilos parentais (IEP)–

Gomide, percurso de padronização e normatização. Psicol. argum, v. 25, n. 48, p. 15-

26, 2007. Disponível em:

<https://www.researchgate.net/profile/Paula_Gomide/publication/37686613_INVENTA

RIO_DE_ESTILOS_PARENTAIS_IEP_Gomide_2006_PERCURSO_DE_PADRONIZA

CAO_E_NORMATIZACAO/links/564263d008aebaaea1f8e40a.pdf/>. Acesso em: 05

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15. LAGO, Vivian de Medeiros; BANDEIRA, Denise Ruschel. A Psicologia e as

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AGRADECIMENTO OU SUPORTE FINANCEIRO: Agradeço a oportunidade de realização

desta pesquisa ao Programa Institucional de Pesquisa de Iniciação Científica do

UniAnchieta, que possibilitou maior conhecimento sobre a psicologia e sobre a ciência.