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UNICAP Resumos Expandidos em 10 de novembro de 2017 WEBQUEST: ALIMENTOS ÁCIDOS E BÁSICOS E USO DOMÉSTICO Alanis Luckwu da Silva 1*,2 , Lúcia Fernanda C. da C. Leite 1 , Robson C. Lins 1 . SUBPROJETO QUÍMICA 1 Universidade Católica de Pernambuco; 2 EREM Ginásio PernambucanoCabugá. Emails: [email protected], [email protected], [email protected] Introdução O desenvolvimento de tecnologias nas mais diversas áreas tem facilitado o acesso à informação e provocado mudanças relevantes em vários ambientes sociais, dentre eles, a escola. Um exemplo prático é o trabalho de pesquisa, antes o aluno se dirigia à biblioteca e buscava em enciclopédias, livros diversos, jornais e revistas. Hoje, além de informações impressas, temos o mundo virtual com uma infinidade de informações, porém pouco aproveitadas ou utilizadas erroneamente no aprendizado. Dessa forma, deve-se fazer uso dessas tecnologias como estratégia para proporcionar maior compreensão dos fenômenos químicos que ocorrem no dia a dia, através da utilização das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC’s) no ensino de Química, para o estudante compreender esses fenômenos com mais facilidade. No entanto, quando se trabalha com tecnologias, em especial com a Internet, corre-se o risco de dispersão dos alunos. Na tentativa de diminuir esta dispersão no momento de trabalho com as ferramentas, Bernie Dodge e Tom March, em 1995, desenvolveram o modelo de estratégia didática WebQuest: Web (rede de hiperligações internet) e Quest (questionário, busca ou pesquisa). Objetivos Nossos objetivos frente a essa estratégia didática foram apresentar o conteúdo estudado na perspectiva de centralizar o aluno através da investigação colaborativa, bem como, criar um ambiente diferenciado da sala de aula no qual é possível estudar em qualquer lugar e a qualquer hora com o uso da internet e, também facilitar o ensino-aprendizagem sobre ácidos e bases de forma contextualizada usando o cotidiano para exemplificar. Referencial Teórico Dodge (1995) define a WQ como “uma investigação orientada na qual algumas ou todas as informações são originadas de recursos da Internet, opcionalmente suplementados por videoconferências”. A utilização de WQ´s em contexto educativo é alvo do interesse crescente por parte de professores e investigadores, que têm publicado diversos estudos sobre esta temática no Brasil, tais como Leão (2005), Silva (2006), Gouvea (2006) e Barros (2005). Segundo, Zuin e Freitas, (2007), Galvão et al. (2011) o objetivo da WQ, é propor a resolução de problemas e o trabalho colaborativo dos estudantes que podem potencializar o aprendizado de conteúdos científicos mais adequados na atualidade. Segundo Cruz et al. (2007) as WQ´s são constituídas

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UNICAP – Resumos Expandidos em 10 de novembro de 2017

WEBQUEST: ALIMENTOS ÁCIDOS E BÁSICOS E USO DOMÉSTICO

Alanis Luckwu da Silva1*,2, Lúcia Fernanda C. da C. Leite1, Robson C. Lins1.

SUBPROJETO QUÍMICA

1Universidade Católica de Pernambuco; 2EREM Ginásio Pernambucano–Cabugá.

Emails: [email protected], [email protected], [email protected]

Introdução

O desenvolvimento de tecnologias nas mais diversas áreas tem facilitado o acesso à informação

e provocado mudanças relevantes em vários ambientes sociais, dentre eles, a escola. Um exemplo

prático é o trabalho de pesquisa, antes o aluno se dirigia à biblioteca e buscava em enciclopédias,

livros diversos, jornais e revistas. Hoje, além de informações impressas, temos o mundo virtual

com uma infinidade de informações, porém pouco aproveitadas ou utilizadas erroneamente no

aprendizado. Dessa forma, deve-se fazer uso dessas tecnologias como estratégia para

proporcionar maior compreensão dos fenômenos químicos que ocorrem no dia a dia, através da

utilização das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC’s) no ensino de Química, para o

estudante compreender esses fenômenos com mais facilidade. No entanto, quando se trabalha

com tecnologias, em especial com a Internet, corre-se o risco de dispersão dos alunos. Na tentativa

de diminuir esta dispersão no momento de trabalho com as ferramentas, Bernie Dodge e Tom

March, em 1995, desenvolveram o modelo de estratégia didática WebQuest: Web (rede de

hiperligações – internet) e Quest (questionário, busca ou pesquisa).

Objetivos

Nossos objetivos frente a essa estratégia didática foram apresentar o conteúdo estudado na

perspectiva de centralizar o aluno através da investigação colaborativa, bem como, criar um

ambiente diferenciado da sala de aula no qual é possível estudar em qualquer lugar e a qualquer

hora com o uso da internet e, também facilitar o ensino-aprendizagem sobre ácidos e bases de

forma contextualizada usando o cotidiano para exemplificar.

Referencial Teórico

Dodge (1995) define a WQ como “uma investigação orientada na qual algumas ou todas as

informações são originadas de recursos da Internet, opcionalmente suplementados por

videoconferências”. A utilização de WQ´s em contexto educativo é alvo do interesse crescente

por parte de professores e investigadores, que têm publicado diversos estudos sobre esta temática

no Brasil, tais como Leão (2005), Silva (2006), Gouvea (2006) e Barros (2005). Segundo, Zuin e

Freitas, (2007), Galvão et al. (2011) o objetivo da WQ, é propor a resolução de problemas e o

trabalho colaborativo dos estudantes que podem potencializar o aprendizado de conteúdos

científicos mais adequados na atualidade. Segundo Cruz et al. (2007) as WQ´s são constituídas

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por seis componentes: Introdução: É um dos componentes mais importantes da WQ, pois através

dela se procura chamar a atenção do aluno bem como desafiá-lo ao assunto a ser ensinado,

proporcionando motivação suficiente para que ele se sinta atraído e curioso em continuar em sua

investigação; Tarefa: É a parte mais importante de uma WQ pois promove atividades nas quais

o aluno venha a produzir algo viável e interessante através da criatividade; Processos e Recursos:

Nesta etapa são dadas instruções de como o aluno deverá executar as tarefas. O processo é a parte

da WQ que fará com que os alunos encontrem as informações necessárias para que os objetivos

da atividade sejam alcançados; Avaliação: É a parte que explica como será realizada a avaliação

ou disponibiliza um questionário ou uma avaliação a ser preenchida; Conclusão: Esta etapa tem

por finalidade fazer um fechamento do trabalho realizado na WQ, onde os professores farão

comentários sobre os objetivos que devem ser cumpridos, e os benefícios que trouxe ao aluno.

Esta estrutura bem delineada é que faz com que uma WQ seja diferente de um site educativo

qualquer.

Metodologia e Resultados

A WebQuest foi desenvolvida em uma plataforma de criação de sites conhecida por

www.wix.com, elaborada e aplicada com 20 alunos do 2º ano do ensino médio, EREM Ginásio

Pernambucano – Cabugá, no mês de agosto do corrente, como uma atividade do PIBID Química.

O site da WQ recebeu o nome de Experimentando Química Ácidos e Bases (Figura 1).

Inicialmente, os alunos leem a etapa introdução para assim poder seguir para as tarefas (Figuras

2 e 3).

Figura 1 – Página inicial do site criado para WQ

Depois de ler as tarefas, os alunos clicam em processo e fontes de informação para tirar suas

dúvidas iniciais e acessar as fontes da rede. Após isso, eles completam as tarefas e seguem para

avaliação, lá foi colocado um questionário em pdf o qual eles devem responder e enviar para o

Email descrito. Para acessar o gabarito, eles tiveram que responder uma pergunta sobre o assunto

visto. Por fim, na conclusão foi colocado a estatística, em percentagem, da maior a menor

Figura 2 – Etapa Introdução da WQ

Figura 3 – Etapa tarefas da WQ

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pontuação, algumas considerações sobre as pontuações e as considerações finais da atividade. A

maioria (80%) dos alunos conseguiu atingir uma pontuação na média (7,0), apenas 20% dos

alunos ficaram fora da média. Eles se sentiram bastante satisfeitos com a atividade diferenciada

proporcionada pela WQ.

Conclusões

A abordagem sobre ácidos e bases na escola pode ser bastante maçante, com muito conteúdo a

ser decorado e poucas informações atrativas, entretanto, através do uso da WebQuest os

estudantes que participaram da atividade se mostraram extremamente interessados e se

comprometeram com o trabalho, nós obtivemos ótimas respostas no questionário. Eles se

envolveram com as tarefas e com toda WQ. Em suma, o estudo revelou uma melhora do

conhecimento e da motivação para o aprendizado pelo uso da ferramenta WebQuest dos ácidos e

bases.

Referências Bibliográficas

CRUZ, S.; BOTTENTUIT Junior, J. B.; COUTINHO, C. P. & CARVALHO, A. A. (2007). O

Blogue e o Podcast como Resultado da Aprendizagem com Webquests. In DIAS, P.; FREITAS,

C.V.; SILVA, B.; OSÓSIO, A. e RAMOS, A. Atlas da V Conferência Internacional de

Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação: Challenges 2007. p. 893-904. Braga,

Universidade do Minho.

DODGE, B. WebQuests: Past, Present and Future. In A. A. Carvalho (org.), Actas do Encontro

sobre WebQuest. Braga: CIEd, 3-7, 1995.

GALVÃO, C.; REIS, P.; FREIRE, S.; FARIA, C. Ensinar ciências, aprender ciências. O

contributo do projeto internacional PARSEL para tornar a Ciência mais relevante para os alunos.

Porto: Porto Editora, 2011.

SILVA, A. C. A., MELLO, I. C. WebQuest no Ensino de Química: a experiência de uma

professora e seus estudantes do Ensino Médio. Instituto de Química da Universidade de Brasília

(IQ/UnB). XV Encontro Nacional de Ensino de Química (XV ENEQ) – Brasília, DF, Brasil – 21

a 24 de julho de 2010.

SILVA, T. E. M., BERNARDINELLI, Sílvia, SOUZA, F. F., MATOS, P. M. e ZUIN, V. G.

Desenvolvimento e Aplicação de Webquest para Ensino de Química Orgânica: Controle

Biorracional da Lagarta-do-Cartucho do Milho. Quím. Nova Esc. – São Paulo-SP, BR. Vol. 38,

N° 1, p. 47-53, fevereiro 2016.

ZUIN, V.G.; FREITAS, D. A utilização de temas controversos: estudo de caso na formação de

licenciandos numa abordagem CTSA. Ciência e Ensino, v. 1, n. 2, p. 1-9, 2007.

PILHAS E BATERIAS:

UMA FORMA SIMPLES DE PRODUZIR ENERGIA ELÉTRICA

Andréa Alves Santos de Souza2, Cássia Carine Morais dos Santos1*,2,

Caroliny Severina da Silva1,2 , Lúcia Fernanda C. da Costa Leite1

1SUBPROJETO QUÍMICA

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Universidade Católica de Pernambuco,

2Escola de Referência Liceu de Artes e Ofícios,

Emails: [email protected], [email protected], [email protected],

Introdução

A realização de aulas experimentais, em Química, representa uma excelente ferramenta para que

o aluno faça a experimentação do conteúdo e possa estabelecer a dinâmica e indissociável relação

entre teoria e prática. A importância da experimentação no processo de aprendizagem é discutida

por vários educadores que, em uma experiência de ensino não formal de Ciências, aposta na maior

significância desta metodologia em relação à simples memorização da informação, método

tradicionalmente empregado nas salas de aula. Um dos grandes desafios no dia de hoje, é produzir

energia elétrica de modo sustentável, sem prejudicar a natureza. As pilhas e baterias são capazes

de fornecer energia elétrica, apesar de trazer um grande benefício para a humanidade, acabam

prejudicando o meio ambiente e os seres humanos. Pensando nisso, realizamos um experimento

para criar um dispositivo que seja capaz de produzir energia elétrica sem causar danos à

humanidade e a natureza. Neste trabalho demonstramos que é possível construir pilhas caseiras

utilizando materiais de fácil acesso e de baixo custo. As pilhas sugeridas em livros didáticos sejam

aquelas com materiais típicos de laboratório, como por exemplo, a pilha de Daniell sejam as

menos clássicas, como aquelas à base de limão e batata se bem exploradas, ilustram conceitos de

indiscutível importância química no campo da termodinâmica (variação da energia de Gibbs,

espontaneidade, e constante de equilíbrio de reações redox), da migração de íons em solução

(papel da ponte salina, difusão e migração nas semi-celas). Essa atividade experimental foi

desenvolvida na escola Liceu de Artes e Ofícios, da rede pública localizada em Recife – PE.

Objetivo

Construir diferentes pilhas utilizando materiais de fácil acesso e de baixo custo para facilitar o

aprendizado e a compreensão dos alunos sobre os conceitos fundamentais de eletroquímica e

corrente elétrica.

Fundamentação Teórica

Aula experimental no ensino de Química tem sido defendida por diversos autores como um

recurso pedagógico que aumenta a capacidade de aprendizado, uma vez que tende a despertar nos

alunos, um grande interesse devido ao caráter motivador, lúdico, essencialmente, vinculado aos

sentidos (BENITE et al, 2009), pois os educandos são envolvidos através de aspectos visuais

como cores, texturas e odores o que faz estreitar o elo entre a motivação e aprendizagem. Portanto

é de fundamental importância desenvolver atividades pedagógicas que objetivem despertar a

curiosidade do educando para buscar o conhecimento (CUNHA, 2012). Neste trabalho a

contextualização do ensino de Química foi realizada por diferentes ferramentas, utilizando como

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tema central eletroquímica.

Período de realização de atividade

O projeto foi iniciado no mês de agosto de 2016 e desenvolvido pelas alunas do PIBID Química

das Universidade Católica de Pernambuco, onde participaram 59 estudantes das turmas do 2º ano

“C” do Ensino Médio da Escola Liceu de Artes e Ofícios.

Metodologia

Inicialmente, foi aplicado um questionário com 10 perguntas relacionadas com tema proposto

para a turma do 2º ano. Em seguida as respostas foram debatidas em sala de aula com o objetivo

de identificar as dificuldades e os conhecimentos prévios dos estudantes. Ao analisar as respostas

dos estudantes, elaborou-se um plano de ensino.

Para a realização da prática foi planejado pelas pibidianas uma experimentação, que seria

realizada em grupos, onde cada grupo tinha o papel de construir uma simples Pilha de Daniell,

utilizando vários materiais encontrados no nosso dia a dia. Um dos materiais escolhidos foi à

batata doce, um simples alimento que é capaz de produzir uma pequena quantidade de energia

elétrica. Nesse experimento nós fatiamos essa batata em dez partes e cada uma dessas partes foi

transformada em uma simples pilha elétrica capaz de gerar aproximadamente 1 volt, mostramos

também que se associarmos essas 10 pilhas em série, esse conjunto de pilhas fornecerá

aproximadamente 10 volts. .

Resultados e Discussões

As pilhas e as baterias fazem parte do dia a dia dos alunos, fazendo com que os conhecimentos

relacionados a esses objetos passem a ser de fundamental importância no contexto escolar. O

assunto Eletroquímica é complexo tem diversos conceitos, equações, cálculos, e o experimento

da construção da pilha facilitou o entendimento desse assunto. Após a apresentação dessa prática

os alunos se mostraram interessados em construir novos modelos de pilha. Com a aplicação do

questionário foi possível identificar as dificuldades e os conhecimentos prévios que dos

estudantes em relação à eletroquímica. Abaixo estão relacionadas as 10 perguntas listadas no

questionário:

1º) você já reprovou o 2ºano do Ensino Médio?; 2º) você já estudou o conteúdo de eletroquímica?

3º) você acha que o sol é um tipo de energia limpa? 4º) você utiliza algum tipo de bateria

diariamente? 5º) você sabe o que é uma corrosão? 6º) você acha que exista algum tipo de bateria

que não agrida o ambiente? 7º) você já descartou algum tipo de bateria em algum lugar

apropriado? 8º) você acha que uma Pilha pode ser feita de frutas ou verduras? 9º) você acha que

algum tipo de indústria no Mercado se utiliza do processo de eletroquímica?10º) você gosta da

disciplina de química? Maioria dos alunos (87%) não tinha estudado e 100% respondeu que o

sol é um tipo de energia limpa.

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Conclusões

Ao realizar essa atividade experimental observamos o quanto é importante utilizar meios simples

para tornar as aulas mais divertidas, os alunos se tornam mais interessados e menos apáticos. É

importante que nós futuros professores tenhamos motivação e força de vontade para levar aos

alunos ideia que instiguem o raciocínio lógico, a criatividade e seu lado crítico como cidadão.

Segundo Jean Piaget (1994, p.96) “O principal objetivo da Educação é criar pessoas capazes de

fazer coisas novas e não simplesmente repetir o que as outras gerações fizeram”, é com essa

concepção que aprendemos o quanto é importante criar possibilidades para que os alunos se

mostrem motivados a querer sempre ir mais além.

Referências

BENITE A. M. C.; BENITE C. R. M. O laboratório didático no ensino de química: uma

experiência no ensino público brasileiro. Revista Iberoamericana de Educación. n.º 48/2, pp. 1-

2, 2009.

CUNHA, M. B. Jogos no ensino de química: considerações teóricas para utilização em sala de

aula. Química Nova na Escola, vol. 34, Nº2, p. 96, 2012.

PIAGET, J. (1994) O juízo moral na criança. São Paulo: Martins Fontes, 1932.

OS IMPACTOS CAUSADOS PELA CHUVA ÁCIDA NO MEIO AMBIENTE

Euclides Garcia da Silva Junior 1,2, Lúcia Fernanda C. da C. Leite1,

Maria Conceição Leôncio Leite1*,2, Maria do Socorro Catão A. Reis2.,

SUBPROJETO QUÍMICA

1Universidade Católica de Pernambuco; 2EREM Oliveira Lima.

E-mails: [email protected]; [email protected].

Introdução

O termo chuva ácida foi usado pela primeira vez pelo químico e climatologista inglês Robert

Angus Smith em 1872 para descrever a precipitação ácida ocorrida em Manchester, logo após a

Revolução Industrial (BRENA, 2002). Mesmo sabendo dos danos causados à saúde humana e ao

meio ambiente, não havia suspeitas de que a poluição pudesse ser transportada para outras regiões.

Em 1881, um cientista norueguês notou um fenômeno que ocorria na costa oeste da Noruega ao

qual ele chamou de precipitação suja (BAINES, 1993). Como no local não havia indústrias que

emitissem poluentes, ele suspeitou que estes proviessem da Grã-Bretanha. E ele tinha razão. A

chuva ácida pode manifestar-se tanto no local de origem, como a centenas de quilômetros de

distância. A chuva, ainda isenta de poluentes gerados pelo homem, pode apresentar-se

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ligeiramente ácida. Simon e DeFries (1992) citam que a chuva natural com valores de pH de 5,4

a 5,2 são comuns, sendo extremos os pH menores que 5. Segundo a teoria de Brönsted – Lowry,

definição de ácidos fracos, estes valores estão enquadrados no equilíbrio global dos ecossistemas,

não constituindo qualquer agressão ao meio ambiente porque ocorrem naturalmente. A chuva

ácida é um dos grandes problemas ambientais de aspecto global com que todos se confrontam. A

ação corrosiva do ácido é impiedosa, causa morte de peixes, destruição de vegetações,

contaminação do solo e água e degradação de monumentos artísticos, estruturas metálicas, de

prédios, edifícios, pontes e outros, além do surgimento de doenças respiratórias. O excesso de

nitrogênio lançado pela chuva ácida em determinados lagos também pode causar crescimento

excessivo de algas, e consequentemente perda de oxigênio, provocando um significativo

empobrecimento da vida aquática (BRENA, 2002). Este trabalho teve como objetivo

conscientizar o aluno de sua participação na emissão de gases poluentes que aumentam a acidez

da atmosfera e consequentemente da chuva, demonstrando a contribuição do SO2 para o aumento

da acidez na chuva e discutir sobre a formação da chuva ácida, seus malefícios na emissão de

SO2, o transporte desse gás pelo vento, os prejuízos causados, e como cada um de nós pode

contribuir para minimizar a acidez da chuva. Tendo em vista a pouca motivação dos educandos

do EREM Oliveira Lima, escola da rede pública de Recife - PE pelas aulas de Química, os

bolsistas do PIBID Química da Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP), realizaram

atividades com aproximadamente 70 estudantes do segundo ano do Ensino Médio, utilizando um

experimento de simulação da chuva ácida, no primeiro semestre de 2017.

Referencial teórico

O grande desinteresse dos alunos pelo estudo da química se deve, em geral, a falta de atividades

experimentais que possam relacionar a teoria e a prática. Os profissionais de ensino, por sua vez,

afirmam que este problema é devido à falta de laboratório ou de equipamentos que permitam a

realização de aulas práticas (QUEIROZ, 2004). É importante que o professor leve para a sala de

aula recursos que estimulem a participação, e despertem a curiosidade dos alunos, levando-os a

participar da aula para aprimorar os conhecimentos científicos já adquiridos. Diante dessas

afirmações planejamos experimentos que facilitem o aprendizado, o entrosamento e diminuir a

apatia dos alunos nas aulas de química.

Metodologia

A proposta apresentada para o conteúdo é tornar o ensino mais prazeroso e atrativo, permitindo

ao aluno o pensamento conceitual e o entendimento de forma integrada e significativa das

transformações químicas que acontecem nos processos naturais em diferentes contextos. Antes

da apresentação do experimento foram levantados alguns questionamentos em interação com os

alunos que a princípio não sabiam sobre a chuva ácida, mas a partir das colocações feitas,

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observaram que em livros e também pela televisão já conheciam seus efeitos maléficos, então foi

interessante descobrirmos juntos algumas atitudes que poderíamos colocar em prática para

diminuir esse problema. Na tampa de um vidro grande de maionese foi posicionado um suporte

onde seria inserido o enxofre em pó. No interior do vidro, com o auxílio de uma pinça, foi

colocada uma flor de hibisco vermelha, dois béqueres de 10 ml contendo solução alcalina de

NaOH, indicador azul de bromotimol em um béquer e fenolftaleína no outro. Utilizando uma

espátula, foi colocada uma porção de enxofre no local indicado, isto é, na haste presa à tampa do

vidro. Com a tampa do vidro suspensa posicionou-se o palito de fósforo aceso, aquecendo

embaixo do local onde estava o enxofre até começar a reação, retornar a tampa para o vidro

rapidamente de forma que a fumaça formada permanecesse em seu interior. Observou-se que o

enxofre continuou reagindo. Aguardando alguns minutos, foi observada uma mudança

significativa na coloração da flor em comparação com a flor que estava fora do vidro. No conteúdo

dos béqueres, em meio ácido, o rosa ficou transparente e o azul tornou-se amarelo.

Resultado e discussão

Os questionamentos levantados antes do experimento em interação com os alunos tinham como

intuito a troca de informações sobre a chuva ácida, o que eles sabiam e sobre a queima de

combustíveis fósseis como o carvão e o petróleo, os gases produzidos por fábricas e motores e o

que liberam para a atmosfera. Em seguida, exploramos o assunto óxidos relacionando com os

óxidos de enxofre (SO2) e óxidos de nitrogênio (NO e NO2), que reagem com o vapor d`água

presente na atmosfera, transformando-se então nos ácidos sulfúrico (H2SO4) e nítrico (HNO3)

diluídos, que dão origem à chuva ácida e trazem muitos efeitos maléficos para o meio ambiente.

Com a atividade prática desenvolvida foi possível a investigação do fenômeno, as causas e

consequências para o ser humano e o meio ambiente. O experimento realizado foi colocado de

maneira inovadora proporcionando melhor assimilação do conteúdo, contrapondo a ênfase da

memorização de informações e conceitos, tendo sido muito bem aceito pelos alunos que se foram

participativos e colaborativos.

Conclusões

Ao analisar os depoimentos constatou-se que os participantes afirmaram que a atividade

contribuiu para o desenvolvimento e o aprendizado. Os alunos entenderam que problemas

socioambientais precisam de medidas drásticas para serem solucionados e que apesar de existir

certa preocupação de autoridades do mundo todo buscando algum tipo de solução, muito pouco

se tem feito. No entanto, com nossas pequenas atitudes podemos contribuir muito para minorar

esses problemas.

Referências

BAINES, J. Chuva ácida. 2. ed. São Paulo: Scipione, 1993.

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BRENA, A.N. A chuva ácida e seus efeitos sobre as florestas. São Paulo: Câmara

Brasileira do Livro, 2002.

QUEIROZ, S. L. Do fazer ao compreender ciências: reflexões sobre o aprendizado de alunos de

iniciação científica em química. Ciência & Educação, Bauru, v. 10, n. 1, 2004.

SIMON, C., DEFRIES, R. S. Uma terra, um futuro, o impacto das mudanças ambientais na

atmosfera, terra e água. São Paulo: Makron Books, 1992.

http://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/experimento-como-demonstracao-

chuva-Acida.htm, Acessado em 14/08/2017.

DOMINÓ DAS FUNÇÕES ORGÂNICAS

Lúcia Fernanda C. da Costa Leite1, Maria Daísa de Jesus da Silva1*,2,

Maria do Socorro Catão de A. Reis2

SUBPROJETO QUÍMICA

1Universidade Católica de Pernambuco; 2EREM Oliveira Lima.

E-mails: [email protected], [email protected],

[email protected]

Introdução

Dentre as ferramentas pedagógicas que dispomos para desenvolvimento de uma prática docente

diferenciada, destacamos os jogos didáticos, os experimentos, as oficinas de teatro, de música, a

elaboração de parodias entre outras. Essas ferramentas quando aplicadas na construção da

aprendizagem se tornam as principais aliadas dos educandos e educadores. Muitas vezes ao

introduzir o conteúdo se faz necessário desafiar os alunos com problemas reais, motivá-los e

ajudá-los a interagirem com a prática, para que construam com autonomia o conhecimento.

Sabendo da importância da prática em sala de aula realizamos um jogo didático visando facilitar

à compreensão das principais funções orgânicas construímos um dominó com essas funções.

Segundo os autores Mortimer e Scott (2002), ‘’O professor é fundamental para o desenvolvimento

de atividades educacionais, portanto ao abordar qualquer prática pedagógica é de grande

importância avaliar o conhecimento prévio que o educando trás consigo, pois esse fator irá

contribuir para um resgate cultural do educando, como também influenciara na sua aprendizagem.

Deve-se sempre proporcionar ao aluno um resgate e o surgimento de novas ideias, pois são essas

que conduzem a construção de nossos objetivos’’. De acordo com Messeder Neto e Moradillo

(2016) as atividades lúdicas na aula de química precisam destacar os conhecimentos científicos

de modo que estes ocupem um lugar central em aulas que tenham elementos lúdicos e que a

prática lúdica deve ser pensada sempre como linha auxiliar no processo de aquisição dos conceitos

científicos na sala de aula de química, e nunca como atividade principal.

Objetivos:

Utilizar na sala de aula dos 3º anos na EREM Oliveira Lima o dominó das funções orgânicas

como um jogo didático de modo que possamos envolver, motivar e despertar o interesse dos

estudantes pelo conteúdo de química, tornando a aula mais dinâmica e mais interessante.

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Referencial teórico

Para Fialho (2007), “jogos devem ser vistos como apoio, auxiliando no processo educativo. A

intenção é criar jogos originais utilizando recursos de custo baixo e muita criatividade para

desenvolver conteúdos de diversas disciplinas, propiciando uma interação entre elas, uma vez que

estas podem ser trabalhadas de forma interdisciplinar”. Conforme Souza e Silva (2012) “O

desenvolvimento de estratégias modernas e simples, utilizando experimentos, jogos e outros

recursos didáticos, é recomendado para dinamizar o processo de aprendizagem em Química”.

Segundo Zanon (2008), os jogos proporcionam ao aluno uma forma prazerosa e divertida de

estudar, além de oferecer ao professor uma maneira diferente de avaliar a assimilação do alunado

em relação aos conteúdos estudados, de revisar conteúdos ou como um meio mais dinâmico de

fixar o conhecimento, permitindo a identificação de erros de aprendizagem.

Metodologia

Antes de dar início à dinâmica do dominó, nos certificamos que os alunos já tinham conhecimento

sobre os conteúdos ensinados no ensino médio referente à química orgânica. Inicialmente,

fizemos uma revisão dos conteúdos abordados no dominó sobre as principais funções orgânicas

e em seguida demonstramos as regras funcionais. Na aula seguinte, iniciamos as atividades, onde

foram atribuídas notas e premiações para os vencedores como uma forma de bonificar os esforços

dos participantes. O dominó das funções orgânicas segue a mesma regra do dominó tradicional,

só que ao invés de se colocar o mesmo número ou a parte do dominó idêntica à parte que está na

mesa, o jogador deverá colocar uma peça que complemente a peça que está a amostra na mesa.

Nesta forma de jogar, é possível que na peça 2, sejam colocadas 4 peças 01, (Figura 1) formando-

se assim o CH4. Note, que ao se colocar a peça 01 na peça 02, outra peça, como o lado direito da

peça 03, pode ser colocada na peça 01 e assim por diante, formando-se vários compostos ao longo

do jogo, desde que formem compostos químicos que obedeçam corretamente à quantidade de

ligações possíveis para cada elemento. É importante salientar que não é possível colocar o lado

esquerdo da peça 03, na peça 02, já que o que está sendo representado é a possibilidade de 1

ligação covalente.

Figura 1 – Representação das peças do dominó.

H H =O FC

Peça 1 Peça 2 Peça 3

Resultados e discussões

O dominó das funções orgânicas tem um preço acessível, pois precisa de três materiais básicos

como: Retângulos de madeira ou cartolina na proporção e quantidade do dominó tradicional,

papel ofício (já com o modelo impresso), Papel contact para plastificação (opcional).

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Os dominós foram confeccionados por estagiários do PIBID e aplicado nas turmas A, B e C dos

3º anos com aproximadamente 35 alunos cada da EREM Oliveira Lima. A turma foi dividida em

equipes com quatro alunos e os dominós foram distribuídos igualmente para os integrantes de

cada equipe, usando as regras semelhantes a do dominó tradicional. Inicialmente os alunos

ficaram fazendo reconhecimento das peças e depois fizemos um campeonato com premiação de

nota para o campeão de cada equipe. Observamos que a aplicação de jogos lúdicos em sala de

aula contribuiu de modo positivo para o aprendizado do educando.

Conclusão

Quando se propõe jogos e atividades lúdicas, propõe-se uma forma de divertimento junto com a

aprendizagem, para também quebrar aquela formalidade entre alunos e professores além de

socializá-los e fazê-los construir conjuntamente o ensino permitindo-os aprender e fixar melhor

o conteúdo de uma forma mais positiva. Salienta-se, ainda, que a proposta aqui contida poderá

ser melhorada e desenvolvida conforme as ideias próprias, ambientes diversos e vontade de

pesquisa-ação do professor responsável por sua aplicação.

Referências bibliográficas

FIALHO, N. N. Jogos no ensino de química e biologia. Curitiba: IBPEX, 2007.

MESSEDER NETO, H. da S., MORADILLO, E. F. de. O Lúdico no Ensino de Química:

considerações a partir da Psicologia Histórico-Cultural. Química Nova na Escola, vol 38, Nº 4,

p 360-368, 2016.

MORTIMER, E.F.; SCOTT, P. Atividade Discursiva nas Salas de Aulas de Ciências: Uma

Ferramenta Sociocultural para Analisar e Planejar o Ensino. Investigação em Ensino de ciências,

Porto Alegre - RS, v.7, n. 3, p. 01-24, 2002.

SOARES, M. H. F. B. Jogos e Atividades Lúdicas no Ensino de Química: Teoria, Métodos

e Aplicações. XIV Encontro Nacional de Ensino de Química (XIV ENEQ), 2008.

Souza, H.Y.S. e Silva,C.K.O. DADOS ORGÂNICOS: UM JOGO DIDÁTICO NO ENSINO

DE QUÍMICA, 2012.

ZANON, D. A. V.; GUERREIRO, M. A. S.; OLIVEIRA, R. C. Jogo didático Ludo Químico para

o ensino de nomenclatura dos compostos orgânicos: projeto, produção, aplicação e avaliação.

Ciências & Cognição, v. 13, n. 1, p. 72-81, 2008.

A IMPORTÂNCIA DE ATIVIDADE PRÁTICA NO ENSINO DE QUÍMICA

Andreza Nascimento da Silva1*,2, Lúcia Fernanda C. da Costa Leite2,

Maria Silene Vilar Schuler2

Subprojeto QUÍMICA

1Universidade Católica de Pernambuco, EREM Governador Barbosa Lima

Emails:[email protected], [email protected], [email protected]

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Introdução

Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio – PCNEM (Brasil, 2002),

os conteúdos do ensino de química que são abordados em sala de aula, devem apresentar relação

com o cotidiano dos alunos, seus interesses e vivências. O professor deve relacionar os novos

conhecimentos com os já existentes na estrutura cognitiva dos alunos, buscando assim, tornar a

aprendizagem do aluno significativa, como afirma Ausubel (2006). Para tanto, se faz necessário

que o professor torne a aula dinâmica visando à motivação dos alunos, indo além do tradicional

quadro e piloto. Pensando nisso, foram realizadas atividades práticas, desenvolvidas pela aluna

do PIBID Química, onde os alunos puderam ser agentes de seu próprio aprendizado, participando

ativamente, despertando um maior interesse pelos estudos e auxiliando na compreensão dos

conceitos teóricos.

Objetivos

De acordo com o PCNEM, esse trabalho teve como objetivo desenvolver atividades

experimentais, com alunos do 2º ano do Ensino médio da EREM Governador Barbosa Lima, em

consonância com os temas e conteúdos de Química, relacionando o conteúdo teórico com o

prático e, fazendo com que o aluno reconheça e compreenda a importância da Química para sua

formação e em seu dia a dia.

Fundamentação Teórica

Fialho (2008) afirma que, muitas vezes, um quadro de giz e “saliva” não consegue atrair a atenção

dos alunos, sendo necessário diversificar as metodologias de ensino. Por isso se faz necessária à

busca por novas ferramentas de ensino, procurando diversificar a aula e torná-la mais interessante

e atraente para os alunos. A experimentação constitui uma situação muito especial, pois através

da atividade experimental os alunos tanto participam dos avanços e de novas descobertas em

química, como contribui decisivamente para que uma correta compreensão do sentido da química

e de seus vários temas seja alcançada pelos estudantes (LEAL, 2010).

Através da experimentação, alia teoria à prática e possibilita o desenvolvimento da pesquisa e da

problematização em sala de aula, despertando a curiosidade e o interesse do aluno.

Metodologia

Os experimentos realizados foram apresentados em sala de aula visto que o Laboratório de

Ciências que a escola possui está fora de uso. Nas atividades práticas foram utilizados produtos

químicos, vidrarias de laboratório, bem como materiais de fácil acesso e baixo custo. O

Experimento Pulo do Fogo, descrito abaixo, foi realizado em turmas de 2º ano, abordando o

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conteúdo de Termoquímica (SALDANHA, 2017, FONSECA, 2013).

Para a realização do experimento Pulo do Fogo, utilizamos um erlenmeyer onde adicionamos

vinagre e bicarbonato de sódio em seguida tampamos o erlenmeyer. Na reação há produção de

CO2, fazendo com que o palito de churrasco inserido com chama se apague, sendo, portanto uma

reação Endotérmica, pois percebemos que a solução ficou fria (Figura 1).

No segundo erlenmeyer, adicionamos água oxigenada e iodeto de potássio, nessa reação há

produção de O2, fazendo com que o palito de churrasco inserido com brasa tenha sua chama acesa,

consequentemente uma reação Exotérmica, visto que percebemos que a solução ficou quente

(Figura 2).

Figura 1: Reação Endotérmica. Fonte: Própria Figura 2: Reação Exotérmica.

Fonte: Própria

Resultados e Discussões

A experimentação desperta um interesse entre alunos nos diversos níveis de escolarização. A

atividade experimental é uma ferramenta valiosa para estimular não só a aprendizagem, mas

também o desenvolvimento do raciocínio e a convivência em grupo, aprendendo habilidades que

geralmente numa aula teórica não se é possível fazer. A disciplina de Química na escola em

questão vem sendo trabalhada apenas com a teoria. Para os alunos, a forma com que o conteúdo

tem sido ministrado, não é suficiente para aprenderem e isso resulta em pouco interesse pela

disciplina. Ao longo das aulas, conciliando teoria e prática, os alunos demostraram maior interesse

pelo conteúdo.

Conclusões

A realização de atividades práticas em sala de aula é de fundamental importância para o ensino

de química, pois facilita o processo de ensino-aprendizagem, conseguindo manter

satisfatoriamente a teoria e prática em total sintonia, além de despertar maior interesse pela

disciplina e melhorar o rendimento acadêmico.

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Referências bibliográficas.

ALVES de OLIVEIRA, M.E., SOUSA, D. A., CARDOSO, F.S., LIMA, F.C. A. A

importância das aulas práticas de química para alunos do 2º ano de ensino médio da Escola

Estadual Gabriel Ferreira - Teresina-PI. Disponível em:

<http://www.abq.org.br/cbq/2014/trabalhos/6/5207-16848.html > Acesso em 05/05/2017.

AUSUBEL, D. P. Aquisição e retenção de conhecimentos: uma perspectiva cognitiva. Lisboa,

Plátano. Edições Técnicas, 2006.

FIALHO, N. N. Os jogos pedagógicos como ferramentas de ensino. Disponível em: <

http://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2008/anais/pdf/293_114. pdf> Acesso em

18/04/2017

FONSECA, M. R. M. da; Química 2; 1ª ed. – São Paulo: Ática, 2013.

LEAL, M. C. Didática da Química – fundamentos e práticas para o Ensino Médio. Belo

Horizonte: Editora Dimensão, 2010.

PCNEM: Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Brasília: MEC, 2002.

SALDANHA, C. O Pulo do Fogo. Disponível em:

http//ww.pontociencia.org.br/experimentos/visualizar/o-pulo-do-fogo/292> Acesso em

27/04/2017.

OS DESAFIOS ATUAIS DA DOCÊNCIA E A APRESENTAÇÃO DE EXERCICIOS

COMPLEMENTARES.

Lúcia Fernanda C. da C. Leite1, Maria Isabel Bezerra de Brito1*,2, Maria Silene Vilar Schuler2

SUBPROJETO QUÍMICA

1Universidade Católica de Pernambuco; 2Escola Governador Barbosa Lima.

Emails: [email protected], [email protected], [email protected]

Introdução

A aplicação do conteúdo de Química na sala de aula tem uma grande importância e, é através da

absorção de tais conhecimentos que passamos a entender o que se passa no cotidiano. O estudo

de química se relaciona a imaginação de atividades laboratoriais e aulas interessantes com

materiais diferenciados e atrativos, porém o que vemos são aulas teóricas e nenhuma prática,

tornando o ensino entediante e de difícil aprendizagem, provocando o desinteresse do educando.

A incorporação de novas tecnologias na educação permite a potencialização do acesso à

informação tanto do educador como do educando, e também aumenta as possibilidades de

interação, de colaboração e de autonomia do aprendiz (MILANI, 2010). Quintino e Ribeiro (2010)

confirmam que a utilização de vídeos apresenta um elevado potencial para associação do conteúdo

ministrado em sala de aula com a realidade dos alunos, permitindo associar várias áreas de

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conhecimento, mostrando-se interdisciplinar. Ciente de tal realidade Corrêa e Ferreira (2008) e

Silva et al. (2012) afirmam que uma das metodologias a serem utilizadas para combater a falta de

interesse do educando seria a utilização de recursos didáticos como vídeo e filmes, pois se

utilizados de maneira correta são mais atraentes, motivadores e estimulantes por intermediar o

assunto abordado nos livros. Visando combater o desinteresse por parte dos alunos, utilizamos o

vídeo com o objetivo de despertar a curiosidade para os assuntos abordados em sala fazendo com

que o aluno participe, questione e perceba a presença da química também no seu cotidiano e não

somente o que está escrito nos livros.

Referencial teórico

A escola é um local responsavél pela divulgação de conhecimento e de transformação.

É interessante destacar que as tecnologias, através dos inúmeros recursos midiáticos, favorecem

na minimização de possíveis problemas de compreensão e desinteresse oportunizando um

aprendizado real e atraente (CORTÊS, 2009). Ainda, segundo Côrtes (2009), atualmente, não

podemos mais adiar o encontro com as tecnologias passíveis de aproveitamento didático, uma vez

que os alunos voluntários e entusiasticamente imersos nesses recursos – já falam outra língua,

pois desenvolveram competências explicitadas para conviver com eles. Vários estudiosos, dentre

eles Cinelli (2003) menciona a utilização de vídeos em sala de aula como uma ferramenta que

pode ser utilizada para reformar a pedagogia tradicional, mantendo uma escola centrada

exclusivamente na transmissão de conhecimento. Miranda (2005) destaca que as mídias podem

ser consideradas excelentes ferramentas de potencialização da educação e da instrução,

principalmente, o cinema explorado na escola, este recurso extrapola o campo da educação

formal. Segundo Anacleto, Otto e Michael (2007), as experiências cinematográficas ou os filmes,

propriamente ditos, favorecem a contextualização das aprendizagens de modo a considerar os

mais diversos aspectos do educando (social, histórico, cultural, entre outros). Diante dessas

afirmativas concluímos que os recursos audiovisuais podem favorecer o processo educativo de

maneira significativa então, escolhemos vídeo intitulado de 13 Coisas do seu dia a dia que são

Radioativas para facilitar o aprendizado do conteúdo radioatividade em uma turma do 3º ano do

ensino médio.

Período de Realização

Entre os meses de Abril e Junho de 2017, foi apresentado um vídeo intitulado de 13 Coisas do

seu dia a dia que são Radioativas e foram desenvolvidas atividades relacionadas ao vídeo para

uma turma de 3° ano do ensino médio, da escola Governador Barbosa Lima, da rede pública,

localizada em Recife – PE.

Metodologia e Resultados

Os alunos do PIBID Química da Universidade Católica de Pernambuco desenvolveram uma

atividade teórica, porém diferenciada abordando o conteúdo de Radioatividade, no mês de abril

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de 2017, onde participaram 30 estudantes do 3° ano do Ensino Médio. Durante a aplicação do

conteúdo de Radioatividade, foi levado para a sala de aula o vídeo “Descubra as 13 coisas do

seu dia a dia que são Radioativas!” junto com o vídeo foram elaboradas 05 questões para serem

resolvidas pelos alunos após assistirem ao vídeo. Durante a execução desta atividade pedimos aos

alunos que respondessem ao questionário relacionado ao vídeo e vários questionamentos foram

levantados pelos estudantes. Observamos uma melhora no interesse e observamos, também, que

a curiosidade foi despertada. Esse tipo de atividade faz com que o aluno relacione seu dia a dia

com o conteúdo dado em sala de aula.

Conclusões

Concluímos que a atividade desenvolvida resultou em um grande aproveitamento para a turma,

de acordo com os exercícios que foram passados em sala sobre o vídeo podemos notar uma

diferença, onde os alunos demonstraram dominar melhor o assunto de radioatividade.

Acreditamos que métodos diferenciados de ensino são importantes para despertar tanto a

curiosidade quanto o interesse dos educandos, e devem ser aplicados por profissionais de ensino

dentro da sala de aula como atividade complementar do conteúdo, a visualização do assunto é tão

importante quanto a teoria, tais métodos são úteis na sala de aula.

Referências Bibliográficas

ANACLETO, A., MICHEL, S. A., OTTO, J. Cinema e Home Vídeo Entertaintnment: o

mercado da magia e a magia do mercado. Np. 2007.

CINELLI, N. P. F. A influência do vídeo no processo de aprendizagem. Florianópolis:

Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção – UFSC, 2003.

CORRÊA, R. G., FERREIRA, L. H. O uso do Filme Didático Cavernas: Sob o Olhar da

Química com Alunos de Ensino Médio. In: ENCONTRO NACIONAL DE ENSINO DE

QUÍMICA, 14, 2008, Curitiba. Anais eletrônicos. Curitiba: UFPR, 2008. Disponível em:

http://www.cienciamao.usp.br/dados/eneq/_ousodofilmedidaticocaver.trabalho.pdf. Acesso em:

10 de Out. 2017

CORTÊS, H. A importância da tecnologia na formação de professores. Revista Mundo Jovem.

Porto Alegre, n. 394, p.18, mar de 2009

MILANI, F.R., MILANI, M.P.C. Utilização de Recursos Tecnológicos no Ensino Superior.

Olhar Científico, Ariquemes, v. 01, n.2, 2010.

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MIRANDA, C. E. A., COPPOLA, D. G. F. A educação pelo cinema. Rev. Educação e

Cinema, Unicamp/SP, p.02, 2005.

SILVA, J. L. A utilização de Vídeos Didáticos nas Aulas de Química do Ensino Médio para

Abordagem Histórica e Contextualizada do Tema Vidros. Química Nova na Escola, v.64, n4, p.

189-200, 2012.

Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=6Cx7VKbPLgQ Acessado em: 03 de Jun.2017

DA ALQUIMIA DAS BRUXAS Á QUÍMICA NA ATUALIDADE

Liderlanio de Almeida Araújo3, Lúcia Fernanda C. da Costa Leite1.

Marcella Estanislau Marinho1,2*, Maria do Socorro Catão Reis2,

SUBPROJETO QUÍMICA

1Universidade Católica de Pernambuco,2EREM Oliveira Lima,

3Centro Universitário Joaquim Nabuco.

Emails:[email protected], [email protected],

[email protected],[email protected]

Introdução:

A Química ao longo dos tempos passa a assumir papel fundamental na vida da sociedade, apesar de

que na maioria das vezes não é compreendida na sua real essência e, antes mesmo de ser caracterizada

nos moldes atuais era pré-concebida como um ritual de bruxaria, fato entrelaçado ao período da

Alquimia (BRANDÃO e ARAÚJO, 2017). Através do movimento histórico que objetivava encontrar

o elixir da longa vida e transformar metais em ouro construiu-se uma série de conhecimentos que

serviram de alicerce para a Química atual. Portanto, para ensinar Química é fundamental que os

temas abordados sejam sempre relacionados com o cotidiano do estudante e com suas implicações

no meio social. Sendo assim, o presente trabalho tem por finalidade relatar uma atividade pedagógica

desenvolvida por um grupo de alunos do PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à

Docência) em formação para atuarem na Educação Básica com alunos do ensino médio da EREM

Oliveira Lima, objetivando despertar nos participantes a curiosidade sobre o percurso dos fatos

históricos que levaram ao conhecimento Químico existente na atualidade.

Referencial Teórico: Trabalhar a Química em sala de aula no contexto educacional é um desafio

para alguns educadores que desenvolvem suas atividades centradas em metodologias tradicionais.

Essa ciência deve ser abordada de forma contextualizada, pois possui um leque variado de

informações que possibilita uma visão ampla do mundo ao nosso redor, “o domínio do conhecimento

químico é condição necessária para o propósito e desenvolvimento de pesquisas no ensino, mas não

é suficiente, dada a complexidade de seu objeto, das interações humanas e sociais que o

caracterizam” (SCHNETZLER, 2004). É preciso, sempre, repensar a prática do ontem para melhorar

a de hoje como frisava Freire (1996). Têm-se hoje muitos professores e alunos que não buscam ir

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além do pequeno mundo da sala de aula, buscam apenas no caso do educador transcrever o que foi

lhe ensinado em seu processo formativo, levando assim, as suas aulas nos moldes tradicionais e, ao

aluno se colocar e aceitar ser o sujeito passivo do seu aprendizado, decorando apenas o que vê em

aula, como se soubesse tudo desta trilha que lhe é direcionado. Rubem Alves (1994) em sua obra “A

alegria de ensinar” destaca que “Acho que a educação frequentemente cria antas: pessoas que não se

atrevem a sair das trilhas aprendidas por medo da onça. De suas trilhas sabem tudo, os mínimos

detalhes, especialistas. Mas o resto da floresta permanece desconhecido”. Assim, é importante o

enlace entre contextualizar as diferentes formas e aplicações dos elementos químicos na vida de todos

de modo a promover a extensão do diálogo para o desenvolvimento de uma educação com

características diferenciadas do modo tradicional.

Metodologia: O grupo de alunas do PIBID de Química sob orientação das professoras formadoras

desenvolveu um projeto intitulado “Da alquimia das bruxas á Química na atualidade” sendo

desenvolvido no período de maio a junho 2017. A metodologia foi delineada levando em

consideração os avanços necessários para que ocorram possíveis mudanças no Ensino de Química

de modo a influenciar na atuação docente do futuro educador de Química e no aprendizado dos alunos

do Ensino Médio de modo a promover a ruptura do tradicional “decoreba”. Desse modo, os

procedimentos metodológicos, adotados compreenderam os seguintes passos: Inicialmente um grupo

composto por duas licenciadas do PIBID elaboraram um projeto para realização de atividades

experimentais para 90 alunos do Ensino Médio (EM) da EREM Oliveira Lima, escola da rede

pública, localizada em Recife – PE. Após o desenvolvimento de cada experimento os alunos foram

convidados a refletir sobre a relação que cada experimento possuía com seu cotidiano. Tal atividade

teve por finalidade promover o resgate do conhecimento prévio que o aluno traz consigo para auxiliá-

lo na aquisição de um saber mais amplo.

Após esta etapa foi proposto à realização de uma culminância para aplicação da atividade, no qual

os alunos do EM sob a supervisão dos pibidianos desenvolveriam a apresentação dos experimentos

em oficinas que retratassem o processo histórico da Química desde a alquimia (movimento visto por

alguns como culto a bruxaria) aos tempos modernos. Foram selecionados três momentos do processo

histórico da Química, onde cada momento foi explicado com dois experimentos, conforme descrito

na Tabela 1.

Tabela 1: Oficinas desenvolvidas na culminância da atividade pedagógica

Oficina Objetivo Prática

História da Química Abordar o misticismo em torno da

Alquimia

Teste das chamas e reações

exotérmicas

Fitoterapia, homeopatia,

florais e alimentação

saudável

Discutir a importância de uma boa

alimentação e métodos terapêuticos

alternativos.

A procura da Vitamina C

Presença do amido nos

alimentos

Medicamentos x venenos Explicitar a evolução dos

medicamentos.

O efeito do cigarro

Radioatividade

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Discutir as contribuições da

radioatividade.

Os alunos foram avaliados durante todo processo por meio de questões discursivas. Ao final da

culminância os bolsistas do PIBID que aplicaram a atividade responderam a um questionário

contendo duas perguntas: i) ao questionar o aluno sobre a relação que os conteúdos possuem com

seu cotidiano o que você pode notar de especial nas respostas apresentadas? ii) Como esta prática

pedagógica influenciou na sua forma de pensar e sua ação como futuro docente?

Resultados: Durante o desenvolvimento das atividades pode-se constatar que os educandos

interagiram significativamente com as atividades experimentais propostas, pesquisaram os materiais

e os apresentaram de modo correto. Ao questionar os estudantes sobre o que acharam da atividade

que estavam desenvolvendo, eles apresentaram com ênfase a afirmação de que as atividades deste

modo são mais interessantes que ficar em sala de aula apenas copiando e respondendo questões

proposta pelo livro didático. Desse modo, ficou evidenciando o quanto o Ensino de Química nos

moldes tradicionais é concebido por um instrumento não muito apreciado. Os alunos também

destacaram que as atividades experimentais são de grande importância a associação da teoria com a

prática, comprovando a importância desse tipo de aula. As alunas do PIBID afirmaram que ao

questionar os alunos em relação ao aprendizado sobre o tema abordado, obtiveram como resposta

que todos gostam de atividades diferenciadas, como já foi evidenciado anteriormente. As bolsistas

do PIBID afirmam que a atividade influenciou de modo a repensar sobre a sua futura atuação docente

e na forma de como desenvolver em suas aulas projetos que estimulem e ajudem ao educando na

construção do aprendizado.

Conclusão: Práticas diferenciadas do simbolismo tradicional proporcionam a interação dos

educandos de modo atuante na construção do seu conhecimento.

Referências Bibliográficas

ALVES, R. A alegria de ensinar. 3. ed. São Paulo: Ars Poética,1994.

BRANDÃO, Y. B.; ARAÚJO, L. A. Química experimental em nossas vidas: Teoria e prática

contribuindo para o aprendizado do aluno. Ed. Universitária da UFRPE - Recife – PE. 2017.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Média e Tecnológica.

FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e

Terra, 1996.

Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN). Ciências da Natureza e suas Tecnologias. Brasília: MEC,

2002.

CHNETZLER, R.P. A Pesquisa no Ensino de Química e a Importância da Química Nova na Escola.

Revista Química Nova na Escola, n. 20, p. 49-54, 2004.

APLICAÇÃO DE UMA WEBQUEST ASSOCIADA AO ENSINO DA

NOMENCLATURA DE HIDROCARBONETOS

Lúcia Fernanda C. da C. Leite1, Marcílio Gonçalves da Silva1*,2 Maria do Socorro Catão A.

Reis2 , Robson C. Lins1.

SUBPROJETO QUÍMICA

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1Universidade Católica de Pernambuco; 2EREM Oliveira Lima.

Emails: [email protected], [email protected], [email protected],

[email protected],

Introdução

As dificuldades de aprendizagem ainda constituem um tema desafiante, em particular para os

professores de química. Pesquisas têm mostrado que o ensino de Química geralmente vem sendo

estruturado em torno de atividades que levam à memorização de informações, fórmulas e

conhecimentos que limitam o aprendizado dos alunos e contribuem para a desmotivação em

aprender e estudar Química (MELO e SANTOS, 2012). A Química é vista como matéria

desinteressante e temida pela maioria dos estudantes do ensino médio e, o que se observa é uma

grande dificuldade de compreensão de grande parte dos conteúdos abordados. Nesse sentido

diversas pesquisas, debates e desenvolvimentos de novas metodologias têm sido realizados

visando tornar mais eficaz a aprendizagem de Química e das Ciências Exatas (SILVA, 2013).

Partindo deste contexto e com o objetivo de facilitar o ensino, a aprendizagem e ao mesmo tempo

despertar o interesse do aluno para o assunto hidrocarbonetos utilizamos a aplicação de uma

WebQuest (WQ) como um recurso pedagógico. A metodologia WQ enquadra-se no processo

educacional para auxiliar os estudantes em ambientes virtuais de aprendizagem, para que esses

possam adquirir e utilizar de forma adequada às informações de qualidade disponíveis na Internet.

Os resultados revelaram que essa metodologia pode contribuir com o ensino de Química, uma

vez que a atividade colabora mediante pesquisa orientada na Web, para a relação teoria e prática

e na intensificação do trabalho coletivo. A atividade proposta na WQ foi sobre hidrocarbonetos,

aplicada e desenvolvida na EREM Oliveira Lima do município de Recife/PE, utilizando o

computador pessoal de 30 alunos do 2º ano E do Ensino Médio. Portanto, nossos objetivos

específicos foram aplicar o uso de uma WebQquest como uma forma de facilitar e auxiliar o

ensino aprendizagem dos alunos acerca da disciplina de química orgânica, com o assunto de

nomenclatura de hidrocarbonetos e verificar através de uma avaliação o nível de aprendizagem

com esse tipo de material didático.

Referencial teórico

Bernie Dodge (1995), professor da Universidade de San Diego e criador da metodologia

denominada WebQuest afirma que essa modalidade de pesquisa orientada pela web, onde quase

todos os recursos utilizados para a pesquisa são provenientes da própria web, vem facilitar o

processo de ensino aprendizagem. Trata-se de uma atividade didática de aprendizagem, que

aproveita a imensa riqueza de informações do mundo virtual para se criar o conhecimento. As

WQs possuem uma base teórica construtivista, pois os próprios alunos vão construindo seu

conhecimento. Através do cumprimento das tarefas eles vão transformando as informações,

compreendendo-as e armazenando-as. Suas estratégias de aprendizagem ajudam os estudantes a

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desenvolver habilidades de cooperação para com o grupo e a entender que aprendemos mais e

melhor com os outros do que sozinhos. Dodge (1995) diz que “O único lugar onde se pode pensar

em educação sem internet é em um monastério, onde se aprende olhando para si mesmo e

meditando”. O objetivo da WQ é propor a resolução de problemas e o trabalho colaborativo dos

estudantes que podem potencializar o aprendizado de conteúdos científicos mais adequados na

atualidade. Esta estrutura bem delineada é que faz com que uma WQ seja diferente de um site

educativo qualquer.

Metodologia e Resultados

A WebQuest foi desenvolvida em uma plataforma de criação de sites conhecida por wix.com,

com nome Nomenclatura de Hidrocarbonetos (Figura 1), com o seguinte domínio:

https://marciliophn.wixsite.com/hidrocarbonetos e aplicada com os alunos do 3° ano do ensino

médio da EREM Oliveira Lima, situada no bairro da Boa Vista – Recife – Pernambuco.

Inicialmente os alunos verificam a Introdução que é um dos componentes mais importantes da

WQ, pois através dela se procura chamar a atenção do aluno. Ela deve ser motivadora e desafiante,

levando-os a empenharem-se na WebQuest. Em seguida verificam a página de tarefa, onde se tem

as tarefas a realizar ou a missão a ser cumprida. Depois a página Processos (Figura 2) e Fontes de

Informações onde são dadas orientações pormenorizadas (passo a passo) de como os

alunos realizam a tarefa e os sites no qual eles devem pesquisar sobre a nomenclatura de

hidrocarbonetos. Na Avaliação é disponibilizado um questionário ou uma avaliação a ser

respondida pelos alunos a fim de verificar o processo de aprendizagem; e por fim a Conclusão,

etapa essa que tem por finalidade fazer um resumo da experiência proporcionada pela WebQuest,

salientando as vantagens de realizar este trabalho.

Fonte: Própria

O resultado se reflete, hoje, nos alunos que demonstraram interesse no desenvolvimento

das tarefas e processos da WQ melhorando seu desempenho na disciplina de química orgânica.

Figura 1 – Página inicial da WebQuest.

Figura 2 – Página de Processo da

WebQuest

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Conclusões

Com a utilização da WQ além dos alunos terem aprendido um pouco mais sobre os

hidrocarbonetos e sua nomenclatura de forma simples através dos links de pesquisa colocados nas

fontes de informação, conseguimos mostrar que o estudo dos hidrocarbonetos e de sua

nomenclatura é algo simples e agradável, fazendo com que o estudante adquira o gosto de estudar

química orgânica. A participação e a colaboração dos alunos foi percebida através das perguntas

e curiosidades apresentadas em sala de aula, bem como conseguimos transmitir para cada um

que a química está e faz parte do meio em que vivemos.

Referências Bibliográficas

DODGE, B. WebQuests: Past, Present and Future. In A. A. Carvalho (org.), Actas do Encontro

sobre WebQuest. Braga: CIEd, 3-7, 1995.

MELO, M. R., SANTOS, A. O. Dificuldades dos licenciandos em química da UFS em entender

estabelecer modelos científicos para equilíbrio químico. In. XVI Encontro Nacional de Ensino

de Química, Salvador, UFBA, 2012.

SILVA, S. G. As Principais Dificuldades na Aprendizagem de Química na Visão dos Alunos do

Ensino Médio. In: IX Congresso de Iniciação Científica do IFRN. 2013.

FILOSOFIA LICEU – ANO II

“ÉTICA EM TEMPOS DE CRISE POLÍTICA”

Bill Clinton, Dara Almeida, Pedro Haibara e Thiago Azevedo

SUBPROJETO FILOSOFIA

Universidade Católica de Pernambuco

Liceu de Artes e Ofícios.

E-mails: [email protected]; [email protected]

Introdução:

Pensando sempre sobre problemáticas atuais e que mostrem relação direta com a vida

cotidiana nos estudantes e de todos os trabalhadores da Escola, o Programa institucional de Bolsa

de Iniciação à docência (PIBID) de Filosofia, considerou por adequado a realização de uma

semana de debates e oficinas que se proponha a discussão de temas que são crucias para a nossa

vivência presente, e que, independentemente, das posições ideológicas individuais, não se podem

negar a necessidade do debate sério.

Pretendemos, portanto, abordar a Crise Política no Brasil, uma crise, que projeta-se além

do campo econômico, além da práxis política, mas que mostra-se como um problema

genuinamente ético, que vai além das justificativas práticas-empíricas mas que parece esta

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arraigado em nossas condutas cotidianas enquanto cidadãos brasileiros. É praticamente

improvável que se passe um dia sem ouvir ou ler sobre corrupção em nossas mídias, que não se

conheça mais um novo personagem “delatado” pela operação Lava Jato, que não se questione

sobre o destino de nossos impostos quando se usa os serviços públicos, etc. Assim, se fossemos

listar todas as novas problemáticas éticas produtos desta crise , que vem se arrastando desde os

primeiros rumores sobre a possibilidade de impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff , nos

faltariam palavras, papeis e tempo.

Tendo em vista a importância do tema para a realidade contemporânea e a

responsabilidade da escola, enquanto a formadora dos cidadãos que vivem nessa realidade e que

provavelmente viverão com os resultados dela, o grupo de pibidianos de filosofia, juntamente

com o professor supervisor da disciplina, resolveu proporcionar aos estudantes uma segunda

semana de oficinas, palestras e debates para que estas questões fossem discutidas de forma mais

ampla entre todo o corpo humano que constitui a escola.

Objetivos:

Geral:

Pretende-se trazer à baila questões políticas atuais e discuti-las de forma ampla e

democrática, partindo da realidade dada e buscando analisar (1) quais as reais motivações das

mudanças propostas?, (2) quais os reais beneficiados e prejudicados?, (3) qual a nossa

responsabilidade ? (4) o que podemos fazer diante desta realidade?

Específicos:

- Proporcionar um ambiente de discursão aos estudantes e trabalhadores da Escola.

- Discutir as mudanças propostas pelo novo governo.

- Buscar compreender a razão para mudanças radicais.

- Oportunizar e estimular a reflexão crítica.

- Criar momentos de oficinas com geração de produtos.

- Analisar a conjuntura do cenário Político brasileiro atual.

Referencial teórico:

Levando em consideração os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) em sua sessão

dedicada às orientações do ensino de Filosofia, reconhece-se abertamente a liberdade que tem

todo filosofo-educador para ministrar suas aulas a partir da perspectiva filosófica que prefere,

sendo assim, têm-se, pelo menos, no campo teórico, uma liberdade para se abordar a filosofia no

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Ensino Médio público a partir da perspectiva individual do professor, neste caso do grupo.

Vejamos:

“... a resposta que cada professor de Filosofia do Ensino Médio dá à

pergunta “que Filosofia?” decorre, naturalmente, da opção por um

modo determinado de filosofar que ele considera justificado. Aliás, é

fundamental para esta proposta que ele tenha feito sua escolha

categorial e axiológica, a partir da qual lê e entende o mundo, pensa e

ensina.”

Tendo feito essa escolha, partimos para o campo ação, realizando assim, o que entende-

se como o papel fundamental da Filosofia como componente para a formação cidadã, qual seja, a

formação crítica. Formação crítica, que busca munir o estudante de conhecimentos diversos para

que este, em um processo autônomo possa criar as bases para o seu pensar e agir individual.

Portanto, para o documento já citado o papel fundamental da filosofia é possibilitar, “uma

reflexão crítica a respeito do conhecimento e da ação, a partir da análise dos pressupostos do

pensar e do agir e, portanto, como fundamentação teórica e crítica dos conhecimentos e das

práticas”

Metodologia:

O formato para cada dia da II Semana de Filosofia Liceu dependem da proposta de cada

convidado, as atividades reversam-se entre palestras, oficinas e debates, onde os palestrantes

escolherão de que forma irão expor seu tema (ex: explanação oral, utilização de recurso

Multimídia).

Conclusão:

Assim sendo, colhemos bons frutos com essa atividade, estudantes que escolheram

livremente participar das atividades durante a semana, que colocaram-se como participantes

ativos, sempre questionando quando não esclarecido, colocando-se quando instigado e engajando-

se em sua própria construção e, sem saber, alegrando a todos nós - estagiários, pibidianos e

professores - com suas evoluções, individuais e coletivas.

Referências

BRASIL. MINISTÈRIO DA EDUCAÇÃO. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA.

Parâmetros nacionais de qualidade para a educação infantil. Ministério da Educação. Secretaria

de Educação Básica: Brasília (DF), 2006

CUNHA, L. A. Educação, estado e democracia no Brasil. São Paulo/Brasília/Niterói:

Cortez/FLACSO/ EDUFF, 1991.

BUFFA, E.; ARROYO, M. e NOSELLA, P. Educação e cidadania: quem educa o cidadão? São

Paulo: Cortez, 1988

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FILOSOFIA HOJE!

Creso Nuno Moraes de Brito, Michael França, Ruhana Berg da Silva Araújo

SUBPROJETO: FILOSOFIA

Universidade Católica de Pernambuco

Escola: Luiz Delgado

E-mails: [email protected], [email protected],

[email protected]

1. Introdução

O pensamento filosófico inaugurado na cultura ocidental por Tales de Mileto e deixado

como um legado para a posteridade trouxe uma nova forma de explicar os acontecimentos no

mundo da physis: o homem buscou se distanciar das explicações mitológicas se aproximando,

através de um novo uso da razão, do pensamento científico.

Séculos se passaram e a contribuição que o filósofo primeiro (Tales de Mileto) deixou

para filosofia fez com que esta, por intermédio de outros importantes pensadores, alcançasse

outros patamares, focando não somente nas explicações metafísicas, como também, nos

problemas relacionados à vida prática do homem.

Com isso, o estudo da filosofia conquistou o seu espaço e no decorrer do tempo ganhou

um caráter interdisciplinar, dialogando com outras áreas do conhecimento, como a matemática e

a história. Sempre levantando questionamentos acerca da realidade e buscando uma explicação

geral para as interferências que nela (na realidade) ocorrem.

Se no início de sua trajetória a filosofia estava destinada aos sábios e aos homens que

podiam desfrutar do ócio, hoje, ela contempla não somente as “grandes mentes”, mas também,

todos aqueles que por meio do uso sistemático da razão procuram entender e esclarecer os

fenômenos decorrentes da dinâmica social.

Esta nova realidade, possibilitada principalmente pelo crescente acesso à informação, não

somente pelas classes abastadas, mas também, pela população de menor poder aquisitivo, foi a

“mola promotora” para que a contemporaneidade cobrasse da filosofia uma maior proximidade

com a realidade social.

Nesta perspectiva, a escola, sendo uma instituição de ensino e aprendizagem, tem o dever

de oferecer aos estudantes um conhecimento filosófico inicial. Mostrando-lhes que o ato de

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filosofar é a ferramenta primordial para o desenvolvimento e modificação do estado cognitivo do

ser humano. Agregando ao seu “estoque de saber” novos conhecimentos.

2. Objetivos

2.1 Objetivo geral

Aproximar alguns estudantes do 3º ano da Escola Luiz Delgado ao estudo da filosofia,

através do diálogo sobre temas da contemporaneidade.

2.2 Objetivos específicos

• Realizar oficinas pedagógicas com 12 estudantes do 3º ano da Escola Luiz Delgado;

• Desenvolver um estudo sobre raça, gênero e desigualdade social, a partir do pensamento

filosófico;

• Elaborar, junto aos estudantes participantes do projeto, uma apresentação para os demais

estudantes da escola para mostrar os resultados adquiridos durante a realização do projeto.

3. Referencial teórico:

A desigualdade é uma realidade na qual afeta milhares de pessoas em todo o mundo. Suas

implicações são de diversos fatores que fazem parte de uma rede complexa, envolvendo distintos

autores da vida social. O sistema econômico mundial somado ao espaço geográfico é o ponto de

toque para a produção de desigualdades. Partindo desse contexto e propondo um cenário de

mudança, faz-se necessária a presença de políticas públicas e entes que as efetue, além de

constantes debates (acadêmicos e na comunidade) com o objetivo de promover a cidadania e

soberania popular.

A temática de gênero talvez seja considerada a mais atual e polêmica, tanto no que tange

às relações de trabalho/emprego entre homens e mulheres, quanto às que dizem respeito aos

direitos e entraves encontrados pela população LGBT. É crescente o número de jovens que

declaram abertamente suas escolhas sexuais, na mesma via dos processos que tramitam na esfera

civil com o objetivo de reconhecer configurações familiares LGBT e suas variações.

A discriminação adquiriu sentidos ainda mais complexos devido à percepção de muitos

indivíduos que são excluídos, e a forma pelas quais há essas exclusões. O auto reconhecimento

de indivíduos afrodescendentes como tal tem sido, em nosso país, um movimento em ascensão

que trouxe à população negra inúmeras conquistas (visibilidade midiática e publicitária, aumento

da adesão às cotas). No entanto, é prematuro falar em “abolição do racismo” no Brasil. Isso ocorre

porque termos, conceitos, estigmas, utilizados de forma pejorativa e ligados à figura do negro

ainda permanecem arraigados à nossa sociedade de maneira inconsciente, o que dificulta a

identificação de condutas racistas.

4. Período de realização da atividade:

O projeto Filosofia HOJE! foi realizado entre os meses de maio/2017 a outubro/2017.

5. Metodologia

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O projeto Filosofia HOJE! está dividido em três temas: desigualdade social, raça e gênero.

Cada um desses temas foi abordado em bimestres distintos. Ficando a seguinte distribuição:

• Desigualdade Social – 2º bimestre ; - Gênero– 3° bimestre; - Racismo – 4° bimestre

Inicialmente foi trabalhado junto aos estudantes o tema desigualdade social. Abordando

a sua dimensão econômica, política e social. Para que o estudo do tema fosse realizado e os

objetivos do projeto alcançados, as atividades do 2° bimestre tiveram as seguintes etapas:

• Durante o mês de maio foram realizadas as leituras e discussões dos textos sobre o tema

desigualdade social;

• Na primeira e segunda semana do mês de junho os estudantes – com o auxílio dos

pibidianos – elaboraram a apresentação do projeto;

6. Resultados

Os resultados obtidos no projeto Filosofia Hoje! foram:

1. A realização de discussões sobre temas que estão presentes no cotidiano dos estudantes,

mas que muitas vezes não são debatidos na comunidade, na escola e nem na família desses

adolescentes que estão em fase de formação.

2. A possibilidade desses estudantes de terem contato com materiais bibliográficos (como

artigos acadêmicos, por exemplo), além do livro didático fornecido pela escola;

3. A constatação, feita pelos pibidianos e supervisor da escola, de que os estudantes

estavam interessados pelo estudo dos temas e que através da realização do projeto puderam tirar

suas dúvidas sobre os temas trabalhados, expor as suas opiniões e ouvir a dos colegas de sala,

trabalhando em equipe e respeitando a concepção filosófica do outro;

4. O entendimento, pelos estudantes, de que os padrões culturais, sociais, políticos e

econômicos da sociedade em que se encontram, tendem a determinar o modo de vida dos sujeitos

que fazem parte deste contexto, incluindo os próprios estudantes.

7. Considerações finais

Podemos considerar, por fim, que o ensino da filosofia deve dialogar sempre com o

contexto social, político e cultural que os estudantes estão inseridos. No âmbito escolar, os temas

filosóficos que são abordados em sala de aula têm que possibilitá-los uma reflexão e compreensão

da realidade que os cerca, entendendo a sua dinâmica, e podendo assim, refletir sobre sua própria

condição como humano.

O projeto Filosofia Hoje!, para alguns dos estudantes que participaram de sua realização,

representou o primeiro momento que estes tiveram para dialogar sobre temas que muitas vezes

não são debatidos na escola, em casa, ou na conversa com os amigos. Foi através das leituras dos

textos, dos depoimentos de experiências pessoais e da reflexão sobre as temáticas, que o projeto

semana a semana foi adquirindo mais importância e reconhecimento.

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Espera-se, que os conteúdos trabalhados neste projeto agucem nos estudantes o interesse

em pesquisar outros temas, assim como, o despertar para levar o diálogo para além dos muros da

escola. Realizando uma filosofia para a vida.

Referências

ALVES, A. C. F.; ALVES, A. K. S. As trajetórias e lutas do movimento feminista no Brasil e o

protagonismo social das mulheres. In: IV Seminário CETROS, 2013, Fortaleza. IV Seminário

CETROS- anais, 2013. Disponível em:

http://www.uece.br/eventos/seminariocetros/anais/trabalhos_completos/69-17225-08072013-

161937.pdf. Acesso em: 18 ago. 2017.

CAMARGO, Orson. Desigualdade Social. Brasil escola. Disponível em:

http://brasilescola.uol.com.br/sociologia/classes-sociais.htm. Acesso em: 25 abr. 2017.

COELHO, Wilma de Nazaré Baía... [et al] (organizadores.). A Lei nº 10.639/2003. Pesquisas e

debates. Coleção Formação de Professores & Relações Étnico-Raciais. São Paulo: Editora

Livraria da Física, 2014.

DORNELLES, João Ricardo Wanderley; CERQUEIRA, Carlos Magno Nazareth. A polícia e os

direitos humanos. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2002. p. 62.

FURTADO, Jorge. Ilha das Flores. Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=e7sD6mdXUyg. Acesso em: 25 abr. 2017.

PRECONCEITO NO DECORRER DOS ANOS

Eliseu Vieira Lourenço Paulo Henrique de França Silva

SUBPROJETO: FILOSOFIA

Universidade Católica de Pernambuco

ESCOLA: Almirante Soares Dutra

E-mails:[email protected],

[email protected]

1. Introdução:

Através de um debate na área de Filosofia/Sociologia em sala de aula, questionamentos

levantados, levou a ideia de preparar uma peça sobre “O Preconceito no Decorrer dos Anos”. A

partir de então, os discentes da turma do Primeiro ano (ND –) começaram a se dividirem em

grupos de trabalho para desenvolverem a peça;

Os discentes se organizaram, dividiram a sala em grupos, onde cada um ficou responsável

por uma parte: Direção, Elenco, Pesquisa, Figurino, Caracterização. Escolheram os preconceitos

em determinadas épocas distintas para apresentarem na peça, levando os discentes dos demais

primeiros anos ND-B; MA-A; MA-B.

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2. Objetivos:

Levar os discentes do Primeiro ano ND-A a discutirem, de uma maneira criativa e bem

aconchegante, temas polêmicos, como as diversas formas de preconceito em suas respectivas

épocas;

3. Referencial teórico:

O preconceito, como objeto de estudos mais apurados, começou a ser aprofundado por

psicólogos na década de 20 (DUCKITT, 1992). A partir de então, as causas e as consequências

dos diversos preconceitos têm sido sistematicamente investigadas.

Podemos, genericamente, definir o preconceito como uma atitude hostil ou negativa

para com “o diferente”, que pode ser, por exemplo, determinado grupo, baseada em

generalizações deformadas ou incompletas.

Percebemos que a sociedade de hoje, em geral, torna-se cada vez mais consciente das

diferenças e multiplicidades sociais, de gênero e etnias que emergem em nosso tempo. Mas nem

sempre foi assim: no decorrer da história, e em particular da nossa história particular, o

preconceito era “a regra” e a tolerância uma rara exceção.

Até bem pouco tempo, como nos diz BANDEIRA (2002): “bater em mulheres, negros

e homossexuais, por exemplo, era uma prática considerada se não corriqueira, mas despercebida

como uma forma de violência na sociedade”.

4. Período de realização da atividade:

De maio de 2017 e a culminância dia 29 de setembro de 2017.

5. Metodologia:

Debates em sala de aula, fazer com quer os discentes delegassem funções e cobrassem

depois, organização e muitos ensaios práticos no horário do almoço já que fazemos parte de uma

escola técnica Estadual e Integral.

6. Resultados esperados:

Que a peça mudasse a visão dos participantes ou que levassem aos mesmos a descoberta

da diversidade cultural, de gênero, de opção sexual, religioso e da importância década uma destas

diferenças e que é preciso num mínimo manter o respeito ao indivíduo.

7. Considerações finais:

O projeto foi um sucesso, tanto que os discentes que participaram já estão elaborando

outras atividades, agora em outros segmentos para o ano letivo de 2018, tais como: quadrinhos

com filósofos e seus respectivos pensamentos trazendo para os dias atuais, documentários e etc.

8. Referências:

NIETZSCHE, Friedrich. Assim falou Zaratustra. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1998.

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----------------------------. Humano, demasiado humano: um livro para espíritos livres. São

Paulo: Companhia das Letras, 2000.

REIS, Elisa. Dossiê Desigualdade: Apresentação. Revista Brasileira de CiÍncias Sociais da

ANPOCS, v. 15, n. 42, p. 73-75, fev. 2000.

SANTOS, Boaventura de Souza. Uma concepção multicultural dos direitos humanos. Lua Nova,

n. 39, 1997.

BANDEIRA, Lourdes & BATISTA, Anália Soria. Preconceito e discriminação como expressões

da violência. Disponível em: < file:///C:/Users/acarlos/Downloads/9549-28455-1-PB.pdf>.

Acesso em: 19.10.2017

JOGO DO DOMINÓ APLICADOS AO CONTEÚDO DE CITOLOGIA: UMA

PROPOSTA DE APRENDIZAGEM LÚDICA

Evandro Muniz da Silva Barbosa, Pedro Thiago Chagas de Souza

SUBPROJETO BIOLOGIA

Universidade Católica de Pernambuco

Escola: Escola Estadual Luiz Delgado

Emails: [email protected]; [email protected]

Introdução

O modelo tradicional de ensino ainda é muito utilizado por parte dos professores que fazem parte

da Rede Estadual de Ensino, o que reflete, em alguns casos, no desinteresse dos alunos. O lúdico

é uma estratégia muito útil, que pode ser usada como estímulo na construção do conhecimento

humano e na progressão das diferentes habilidades operatórias. Além disso, é uma importante

ferramenta de progresso pessoal e de alcance de objetivos institucionais segundo Elia Amaral

(2007). Essas estratégias que motivam, atraem e estimulam o processo de construção do

conhecimento, podendo ser definida, de acordo com Soares (2004), como uma ação divertida,

seja qual for o contexto linguístico, desconsiderando o objeto envolto na ação. Se há regras, essa

atividade lúdica pode ser considerada um jogo.

Segundo Kishimoto (1994), o jogo, considerado um tipo de atividade, possui duas funções: a

lúdica e a educativa. Mas devem estar em equilíbrio, pois se a função lúdica prevalecer, não

passará de um jogo e se a função educativa for predominante será apenas um material didático.

Os jogos se caracterizam por dois elementos que apresentam: o prazer e o esforço espontâneo,

além de integrarem as várias dimensões do aluno, como a afetividade e o trabalho em grupo.

Os jogos são indicados como um tipo de recurso didático educativo que podem ser utilizados em

momentos distintos, como na apresentação de um conteúdo, ilustração de aspectos relevantes ao

conteúdo, como revisão ou síntese de conceitos importantes e avaliação de conteúdos já

desenvolvidos (CUNHA; 2004). O jogo é a atividade lúdica mais trabalhada pelos professores

atualmente, pois ele estimula as várias inteligências, permitindo que o aluno se envolva em tudo

que esteja realizando de forma significativa.

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Objetivo

O presente trabalho teve como objetivo realizar uma prática pedagógica lúdica com estudantes do

1° ano do ensino médio, a partir de jogos bem populares, de forma educativa, como elemento

motivador, aplicado ao tema de citologia.

Referêncial teórico

A atividade lúdica o objetivo de propiciar o meio para que o aluno induza o seu raciocínio, a

reflexão e consequentemente a construção do seu conhecimento. Promove a construção do

conhecimento cognitivo, físico, social e psicomotor o que o leva a memorizar mais facilmente o

assunto abordado (LIMA et al., 2011). De acordo com Melo (2005), o lúdico é um importante

instrumento de trabalho. O mediador, no caso o professor, deve oferecer possibilidades na

construção do conhecimento, respeitando as diversas singularidades.

Como citado por Wadsworth, 1977:

Pelo fato de o jogo ser um meio tão poderoso para a

aprendizagem das crianças, em todo o lugar onde se consegue

transformá-lo em iniciativa de leitura ou ortografia, observa-se

que as crianças se apaixonam por essas ocupações antes tidas

como maçantes.

Como citado por Baquero, 2000:

No processo de educação também cabe ao mestre um papel ativo:

o de cortar, talhar e esculpir os elementos do meio, combiná-los

pelos mais variados modos para que eles realizem a tarefa de que

ele, mestre, necessita. Deste modo, o processo educativo já se

torna trilateralmente ativo: é ativo o aluno, é ativo o mestre, é

ativo o meio criado entre eles.

Período de realização

Inicialização no mês de setembro e com fim entre o final novembro e começo de dezembro do

ano de 2016.

Metodologia

O material usado para confecções do Jogo Lúdico, o Dominó, foi confeccionado com papelão,

cola, fita durex grande, tesouras e figuras das respectivas organelas celulares. A montagem do

Dominó foi feita a partir de combinações previamente calculadas, igual ao dominó original (com

numeração). A princípio o jogo teve aplicação após a aula expositiva dada pela professora de

Biologia, o jogo foi aplicado em quatro grupos com a mesma regra do jogo original, com intuito

de fixar melhor o assunto dado.

Resultados e discussão

Observou-se o interesse dos estudantes em participar das práticas, notadamente com maior

assimilação, compreensão e fixação dos aspectos abordados na Citologia. Ao final do semestre

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foi feito uma observação em relação ao rendimento dos alunos no geral, a maioria dos alunos

mostraram eficiência e assimilação no tema abordado (Citologia), mostrando assim uma certa

eficiência na aplicação do jogo aos alunos.

Conclusões

O lúdico pode trazer à aula um momento de felicidade, seja qual for a etapa de nossas vidas,

acrescentando leveza à rotina escolar e fazendo com que o aluno registre melhor os ensinamentos

que lhe chegam, de forma mais significativa. Observou-se o interesse dos estudantes em participar

das práticas, notadamente com maior assimilação, compreensão e fixação dos aspectos abordados

na Citologia.

Referências bibliográficas

AMARAL, Élia. O Lúdico no Processo Ensino-Aprendizagem. Universidad Tecnológica

Intercontinental (UTIC) Assunción ( Dissertação apresentada em 01/2010).

BAQUERO, Ricardo. Vygotsky e a aprendizagem escolar. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.

FIALHO, Neusa Nogueira. Os Jogos Pedagógicos Como Ferramentas de Ensino. VIII Congresso

Nacional de Educação, 2008.

LIMA, E. et al. O uso de jogos lúdicos como auxilio para o ensino de química. Revista Eletrônica

Educação em Foco, 2011.

MELO,C. M.R. As atividades lúdicas são fundamentais para subsidiar ao processo de construção

do conhecimento. Información Filosófica. V.2 nº1 2005 p.128- 137.

MONTIBELLER, Lílian. O brinquedo na constituição do sujeito e como elemento precursor da

escrita. IN Sérgio Antônio da S. Leite (org.), Alfabetização e LetramentoContribuições para as

Práticas Pedagógicas. Campinas, SP: Editora Komedi, 2003.

KISHIMOTO, Tizuko Morchida. Jogos tradicionais Infantil: O jogo, a criança e a educação.

Petrópolis: Vozes 1993.

KISHIMOTO, Tizuko Morchida. O jogo e a educação infantil. São Paulo: Pioneira, 1994.

SOARES, M.H.F.B. O lúdico em Química: jogos e atividades aplicados ao ensino de

Química.Universidade Federal de São Carlos (tese de doutorado, 2004).

WADSWORTH, Barry. Inteligência e afetividade na teoria de Piaget. São Paulo: Pioneira, 1977.

JOGO LÚDICO COMO FERRAMENTA FACILITADORA DA APRENDIZAGEM DE

ALUNOS DE ESCOLA PÚBLICA DO ENSINO MÉDIO: TABULEIROS DE TECIDOS

HISTOLÓGICOS.

Higor Maciel Pontes da Silva, José Henrique Santoro Filho, Welison Pereira Lopes

SUBPROJETO BIOLOGIA

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Universidade Católica de Pernambuco

Escola: Escola Liceu de Artes e Ofícios

E-mails: [email protected]; [email protected]; [email protected]

Introdução

Nos últimos anos foi necessário reavaliar o currículo do Ensino Médio com a finalidade de discutir

sobre os assuntos: o papel da educação e o ensino significativo, efetivo e contextualizado.

Pensando nestas novas perspectivas foi necessária uma intervenção e, a partir disso, foi

apresentado aos profissionais da educação os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) com o

objetivo de orientar os professores na busca de novas abordagens metodológicas. De acordo com

os PCNs, os jogos lúdicos são atividades desenvolvidas em sala de aula que podem tornar-se

mediadores entre o conteúdo e o cotidiano (TEZANI, 2006). Esse tipo de atividade têm sido uma

assistência para professores e alunos no processo de ensino aprendizagem, pois facilita o

desenvolvimento cognitivo por meio de discussões que promovem as soluções de problemas

encontrados no cotidiano, dando mais sentindo ao significado ou importância do conhecimento

cientifico (SANTANA, 2012,56).

De acordo com Cunha (2012), um jogo pode ser considerado educativo desde que consiga manter

um equilíbrio entre a função lúdica e a educativa. Sendo assim estes podem também mediar

conceitos disciplinares e as situações e problemáticas enfrentadas pelos alunos no dia-a-dia na

escola. Os jogos proporcionam ao aluno uma forma prazerosa e divertida de estudar, além de,

oferecer ao professor uma maneira diferente de avaliar a assimilação dos conteúdos estudados, de

revisar conteúdos e até como um meio mais dinâmico de fixar o conhecimento, permitindo a

identificação de erros de aprendizagem (ZANON et al., 2008).

Objetivo

O objetivo deste trabalho foi incentivar e despertar o desenvolvimento da aprendizagem de forma

interdisciplinar, dinâmica e contextualizada através de jogo lúdico. Pensando nisto, este trabalho

apresenta o desenvolvimento de um jogo lúdico construído e ancorado em conceitos diferentes e

de grande importância na formação de algumas turmas do 1º ano do Ensino Médio da escola de

rede pública da cidade do Recife. O assunto trabalhado de forma interdisciplinar foi: histologia

(tecidos epitelial, conjuntivo, muscular, cartilaginoso, ósseo, nervoso e sanguíneo.

Referêncial teórico

A atividade lúdica é uma estratégia muito boa para ser usada como estímulo na construção do

conhecimento humano e na progressão das diferentes habilidades operatórias, além disso, é uma

importante ferramenta de progresso pessoal e de alcance de objetivos institucionais (Santos e

Jesus, 2010). Esta investigação surge pela necessidade de descrever a incorporação do lúdico na

prática docente e os benefícios para o processo ensino-aprendizagem dos educandos do primeiro

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ano do ensino médio. Limitando-se a identificar as facilidades e dificuldades para a incorporação

do lúdico e quais os benefícios que o lúdico traz para as turmas do primeiro ano do ensino médio

(Santos e Jesus, 2010).

Friedman (1996:41) considera que:

Os jogos lúdicos permitem uma situação educativa

cooperativa e interacional, ou seja, quando alguém está

jogando está executando regras do jogo e ao mesmo

tempo, desenvolvendo ações de cooperação e interação

que estimulam a convivência em grupo.

Período de realização

Inicialização no mês de outubro de 2016 e com o término em novembro de 2016.

Metodologia

O estudo foi realizado na escola Liceu de Artes e Ofício, no município do Recife – PE. Para o

estudo foi proposto foi proposto e avaliado um (Tabuleiro de Tecidos Histológicos), que abordam

alguns dos conteúdos programáticos da Biologia para o Ensino Médio, e aplicado com alunos de

escola. O método utilizado para a avaliação foram palestras e questionários em seguida, durante

e depois da realização do jogo.

Resultados e discussão

O resultado obtido foi um maior interesse proveniente dos alunos para querer estudar os conteúdos

de biologia e um esforço maior para relacionarem o conteúdo com a aula teórica e assim poder

aproveitar bem o jogo. Após aplicação do jogo, os comentários feitos pelos alunos demonstraram

que o jogo serviu para uma melhor compreensão e aprendizagem das funções, características e

composições dos tecidos histológicos, colaborando a eficácia do aspecto lúdico associando ao

cognitivo como importante estratégia de ensino. Além disso, é observado que a diversão e

competitividade oriunda do jogo estimula o aprendizado e que também proporcionam interação e

ajuda mútua entre os jogadores para que todos permaneçam jogando.

Conclusão

Os jogos didáticos favoreceram a aquisição e retenção de conhecimentos de uma maneira simples

e divertida. No entanto, o jogo é um importante aliado no desenvolvimento social e afetivo e

também o desenvolvimento das funções sensório-motoras e a percepção das regras pelos alunos.

Referências

CUNHA, M. B. Jogos no Ensino de Química: Considerações Teóricas para sua Utilização em

Sala de Aula. Química Nova na Escola, São Paulo, v. 2, n. 2, p. 92-98, mai. 2012.

Parâmetros Curriculares Nacionais: Introdução aos parâmetros curriculares nacionais.

Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília : MEC/SEF. p.113. 1997.

SANTANA, E. M. O uso do jogo autódromo alquímica como mediador da aprendizagem no

ensino de química. Dissertação de mestrado - São Paulo. 2012.

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SANTOS, E. A. C.; JESUS, B. C. O lúdico no processo ensino-aprendizagem. Dissertação. P. 2-

3. 2010.

SILVA, M, B. et al. O desenvolvimento de jogos lúdicos como materiais didáticos:

instrumentos facilitadores da aprendizagem de alunos de escolas públicas do ensino médio.

UFAL. p. 2. 2015. Disponível em: <

http://www.seer.ufal.br/index.php/cipar/article/viewFile/1874/1374> Acesso em: 17 de outubro

de 2017.

TEZANI, T. C. R. O Jogo e os Processos de Aprendizagem e Desenvolvimento: aspectos

cognitivos e afetivos. Educação em Revista, v.7, n.1-2. Marília, 2006.

ZANON, D. A. V.; GUERREIRO, M. A. S.; OLIVEIRA, R. C. Jogo didático Ludo Químico

para o ensino de nomenclatura dos compostos orgânicos: projeto, produção, aplicação e

avaliação. Ciências & Cognição. v. 13, n. 1, p. 72-81. 2008.

ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL E QUALIDADE DE VIDA: DESCONSTRUINDO E

RECONSTRUINDO CONCEITOS ALIMENTARES DOS ALUNOS

Reginaldo Lourenço Pereira Júnior, Rickson William de Lima Silva,

Teresa Regina Barreto de Carvalho

SUBPROJETO BIOLOGIA;

Universidade Católica de Pernambuco

Escola de Referência Ensino Médio Oliveira Lima;

E-mails: [email protected],[email protected],

[email protected]

INTRODUÇÃO

O processo biológico de nutrição possibilita aos seres vivos a assimilação de nutrientes oriundos

dos alimentos para a manutenção de seus processos fisiológicos. Assim, uma alimentação

saudável e balanceada fornece os nutrientes necessários para essa manutenção, além de refletir

em um maior bem-estar do indivíduo.

Recentemente no Brasil vem ocorrendo o aumento no consumo de alimentos industrializados,

com alto teor de gordura e pouco valor nutricional, onde os educandos acabam herdando esses

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hábitos muitas vezes dos seus pais. Problemas como a desnutrição, o sobrepeso e a obesidade são

distúrbios marcantes devido a nutrição inadequada da população brasileira.

Deste modo, a escola deve se preocupar em participar ativamente na conscientização, orientação

e na melhoria dos hábitos alimentares de seus estudantes.

OBJETIVOS

• Conscientizar e orientar os estudantes do 1° ano do ensino médio da EREM Oliveira Lima

à prática nutricional adequada e equilibrada;

• Estimular os alunos a bons hábitos que se refletirão na melhora da sua qualidade de vida

e consequentemente da sociedade que os rodeia;

• Promover a autonomia e a originalidade dos educandos por meio da confecção de

documentários.

REFERENCIAL TEÓRICO

A promoção da alimentação saudável é uma medida essencial para a saúde, devendo estar

integrada a um programa de política pública intersetorial (Rodrigues e Roncada, 2008). Para

promover hábitos alimentares mais saudáveis acredita-se que seja importante que as pessoas

tenham conhecimentos de alimentação e nutrição (Triches e Giugliani, 2005). Segundo Ramos et

al. (2013), a escola apresenta um ambiente privilegiado para programas de Educação Alimentar e

Nutricional e essa conjuntura vem sendo considerada na formulação de políticas públicas em

alimentação e nutrição.

Zancul (2008) observou que as noções os alunos trazem para a escola são construídas na família

e influenciadas pelo grupo de amigos e pelos meios de comunicação, sendo que nem sempre essas

noções se traduzem em conhecimentos ou estabelecem comportamentos alimentares saudáveis.

Resende (2016) concluiu que a produção de vídeos de autoria dos alunos pode facilitar a

aprendizagem e despertar a motivação dos mesmos para resolver problemas do cotidiano.

PERÍODO DE REALIZAÇÃO DA ATIVIDADE

Entre os meses de agosto de 2016 a outubro de 2016.

METODOLOGIA

O trabalho foi aplicado nas quatro turmas do primeiro ano de 2016 da EREM Oliveira Lima

quando o assunto abordado se tratava de bioquímica e questões alimentares, onde se possuía cerca

de 30 estudantes por turma.

Inicialmente foram realizadas aulas expositivas e dialogadas sobre o valor nutricional dos

alimentos. Paralelamente às aulas foi exibido o documentário: “Muito além do peso” dirigido por

Estela Renner, onde os estudantes foram instigados a confeccionarem pequenos documentários

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sobre diversos temas no âmbito nutricional podendo realizar entrevistas. Os temas escolhidos

foram: Agrotóxicos x Orgânicos, Água, Bulimia e anorexia, Flora Intestinal, Alimentação

vegetariana, Produtos light e diet, Intolerância ao Glúten e a Lactose, Junk Food e Intolerância

alimentar. Em seguida os documentários foram avaliados e exibidos na íntegra em uma

miniamostra. E por fim foi realizada uma roda de debates no auditório da escola constituída por

nutricionistas convidadas a escola.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A discussão devido aos documentários sobre temas que geralmente não são discutidos em sala de

aula sobre a educação nutricional, foi benéfica, permitindo, assim, a aquisição desses

conhecimentos que muitas vezes se encontram distantes até do livro didático. Além disso, com a

produção desses pequenos documentários os alunos se tornaram bastantes ativos nessa busca pelo

conhecimento. Os vídeos produzidos foram avaliados pelos alunos do PIBID de Biologia, embora

que alguns apresentassem erros de conceitos, em geral, os educandos revelaram pesquisa para

explanação do conteúdo, tornando seus vídeos divertidos e ao mesmo tempo informativos. Após

as avaliações, os documentários foram expostos em uma pequena amostra seguida por debates.

Durante a roda de debates houve um importante contato direto de estudantes com profissionais

nutricionistas que acabou sanando algumas dúvidas sobre a questão alimentar. Os alunos também

receberam pequenas revistas com jogos sobre alimentação e nutrição para fixação da

aprendizagem.

CONCLUSÕES

Com a concretização do projeto, houve uma reflexão dos alunos acerca da melhoria da qualidade

de vida através de hábitos de alimentação saudável, promovendo, também, o estímulo à pesquisa

e interação dos alunos.

Além disso, a produção de documentários se mostrou uma importante metodologia que estimula

a criatividade e o protagonismo do educando, pois o mesmo se torna participativo em sua

aprendizagem, onde foi notado o esforço da maioria dos educandos em tornar seu documentário

atraente e rico em conteúdo.

REFERÊNCIAS

MUITO ALÉM DO PESO. Direção: Estela Renner. Produção: Juliana Borges. São Paulo: Maria

Farinha Filmes, 2012. 1 documentário, 1h23min43s, color, son.

RAMOS, F. P.; SANTOS, L. A. S; REIS, A. B. C. Educação alimentar e nutricional em escolares:

uma revisão de literatura. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 29, n. 11, p. 2147-2161, 2013.

RESENDE, S. G. S. A produção de vídeos por estudantes do ensino médio: um estudo

motivacional da aprendizagem em Química. 145 f. 2016. Dissertação (Mestrado Profissional

em Educação e Docência) - Faculdade de Educação, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo

Horizonte, 2016.

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RODRIGUES, L. P. F.; RONCADA, M. J. Educação nutricional no Brasil: evolução e descrição

de proposta metodológica para escolas. Com. Ciências Saúde, v. 19, n. 4, p. 315-322, 2008.

TRICHES, R; M.; GIUGLIANI, E. R. J. Obesidade, práticas alimentares e conhecimentos de

nutrição em escolares. Rev. Saúde Pública, São Paulo, v. 39, n. 4, p. 541-547, 2005.

ZANCUL, M. S. Orientação nutricional e alimentar dentro da escola: Formação de conceitos

e mudanças de comportamento. 2008. Tese (Doutorado em Ciências Nutricionais) - Departamento

de Alimentos e Nutrição, Universidade Estadual Paulista, Araraquara, 2008.

JOGO DA MEMÓRIA APLICADOS AO CONTEÚDO DE CITOLOGIA: UMA

PROPOSTA DE APRENDIZAGEM LÚDICA

Angéssica Mirelle do Carmo,Tatiane Kelly dos Santos,

SUBPROJETO BIOLOGIA,

Universidade Católica de Pernambuco

Escola Estadual Luiz Delgado

E-mails: [email protected], [email protected]

INTRODUÇÃO

O modelo tradicionalista de ensino ainda é muito utilizado por parte dos professores que fazem

parte da Rede Estadual de Ensino, o que reflete, em alguns casos, no desinteresse dos alunos.

Notadamente, esse modelo de educação tem como atividade principal a transferência de

conhecimentos do professor para o aluno. Em alguns momentos utiliza-se apenas o livro didático,

como instrumento de apoio para aprendizagem.

Buscando uma condição diferenciada do processo de ensino e aprendizagem surge um modelo

onde a descentralização deste processo sai do professor e começa a focar-se mais sobre o aluno.

Esse modelo defende que o ensino deve de estar centrado no formando, ou seja, cada pessoa tem

o seu próprio percurso e tem maior responsabilidade para decidir o que quer aprender, tornando-

o autónomo no seu processo de aprendizagem. Deste modo o aluno procura descobrir o seu

próprio caminho em uma busca de auto-avaliação num processo de descobrir-se como pessoa,

sendo está a chave do processo de aprendizagem. A construção do conhecimento ocorre quando

acontecem ações físicas ou mentais sobre objetos que, provocando o desequilíbrio, resultam

em assimilação ou, acomodação e assimilação dessas ações e, assim, em construção

de esquemas ou conhecimento. Objetivando então esse desequilíbrio, juntamente com atividades

lúdicas que buscam um maior interesse por parte do aluno, descentralizando a atenção do

professor, que surgiu a elaboração deste trabalho.

OBJETIVO

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O presente trabalho teve como objetivo realizar uma prática pedagógica lúdica com estudantes do

1° ano do ensino médio, a partir de jogos bem populares, de forma educativa, como elemento

motivador, aplicado ao tema de citologia.

REFERENCIAL TEÓRICO

Segundo Rousseau (1968), as crianças têm maneira de ver, sentir e pensar que lhe são próprias e

só aprendem através da conquista ativa, ou seja, quando elas participam de um processo que

corresponde à sua alegria natural.

Lima (2003, 2005) enfatiza que o jogo e a brincadeira são elementos da cultura e, ao serem

valorizados e empregados como recursos pedagógicos, podem contribuir para o desenvolvimento

integral do educando.

As brincadeiras, segundo Venguer (1986: 134-135), retratam a variada realidade que cerca as

crianças. Os argumentos vivenciados e os conteúdos da atividade lúdica são retirados das

atividades do trabalho, das relações interpessoais e dos fatos relevantes da época em que vivem.

PERÍODO DE REALIZAÇÃO

O período de realização do presente trabalho teve início em setembro e finalização entre o final

de novembro de 2015 e início de novembro de 2016

METODOLOGIA

O tema foi abordado em aula antes da realização da atividade prática. Foi aplicado o jogo da

memória, como meio facilitador da fixação dos conceitos e conteúdos trabalhados. Foram

formados dois grupos, cada grupo com o conjunto de 20 peças (10-10) do jogo, auxiliado pelos

bolsistas do PIBID.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Observou-se o interesse dos estudantes em participar das práticas, notadamente com maior

assimilação, compreensão e fixação dos aspectos abordados na Citologia. O conteúdo antes

considerado enfadonho, agora passou a ser visto de outra forma. Conceitos tidos como difíceis

passaram a ser compreendidos e até memorizados

CONCLUSÕES

Face ao que foi observado neste trabalho, conclui-se que uma abordagem mais humanista por

parte do professor, assim como a utilização de recursos didáticos lúdicos que estimulem o

interesso do aluno, favorecem imensuravelmente o desenvolvimento do mesmo.

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REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

Fundamental. Araraquara: JM Editora, 2003. LIMA, J. M. A Brincadeira na Teoria Histórico-

Cultural: de prescindível a exigência na Educação Infantil. In: Perspectiva para a Educação

Infantil – 1ª ed. Araraquara: JM Editora, 2005

LIMA, J. M. de. A importância do jogo e da brincadeira para o desenvolvimento das múltiplas

inteligências da criança. In: Atuação de Professores: propostas para ação reflexiva no Ensino

ROUSSEAU, Jean J. Emílio ou da Educação. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1968.

VENGUER, L. Temas de Psicologia Pré-escolar. Havana: Pueblo y Educacion, 1986

JOGO LÚDICO COMO: FERRAMENTA FACILITADORA DA APRENDIZAGEM DE

ALUNOS DE ESCOLA PÚBLICA DO ENSINO MÉDIO - JOGO DE DNA

Bruna Claudia do Santos, Daniela Martins Dos Santos, Edilane Barbosa da Silva

SUBPROJETO BIOLOGIA

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Universidade Católica de Pernambuco

Escola Liceu de Artes e Ofícios

E-mails: [email protected], [email protected],

[email protected]

INTRODUÇÃO

Nos últimos anos foi necessário reavaliar o currículo do Ensino Médio com a finalidade de discutir

sobre os assuntos: o papel da educação e o ensino significativo, efetivo e contextualizado. De

acordo com os PCNs, os jogos lúdicos são atividades desenvolvidas em sala de aula, e podem

tornar-se mediadores entre o conteúdo e o cotidiano. Segundo Tezani (2006), esse tipo de

atividade tem sido útil a professores e alunos no processo de ensino aprendizagem, por facilitar o

desenvolvimento cognitivo através de discussões que apresentam soluções para problemas

encontrados no cotidiano, dando mais sentindo ao significado ou importância do conhecimento

cientifico (SANTANA, 2012, p.56).

O jogo didático apresenta-se como uma ferramenta muito prática para resolver os problemas

apontados pelos educadores e alunos, onde a falta de estímulo, a carência de recursos e aulas

repetitivas, podem ser resolvidas com eficiência, pela associação de brincadeiras e diversão ao

processo de aprendizagem.

Os conhecimentos na área de genética são de natureza interdisciplinar e apresentam relação direta

com o contexto social contemporâneo. A sociedade necessita ter acesso aos conhecimentos

científicos desta área para que possa se engajar em debates e opinar sobre grandes temas que

afligem a humanidade, tais como: as pesquisas em genética e suas aplicações na área da saúde e

ambiente.

OBJETIVO

O trabalho teve como objetivo incentivar e despertar o desenvolvimento da aprendizagem de

forma interdisciplinar, dinâmica e contextualizada através do jogo lúdico, tendo em vista que este,

além de ser incentivado pelos PCNs como mediadores, quando planejados e usados de forma a

unirem o lúdico com o ensino, propiciam processo de ensino-aprendizagem desenvolvendo o

cognitivo a fim de facilitar a construção do conhecimento em torno do tema Código Genético.

Para isso foi proposto e avaliado um (Jogo do DNA), que abordam alguns dos conteúdos

programáticos da Biologia para o Ensino Médio, e aplicado com alunos de escola estadual do

Recife.

REFERÊNCIAL TEÓRICO

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A atividade lúdica é uma estratégia insubstituível para ser usada como estímulo na construção do

conhecimento humano e na progressão das diferentes habilidades operatórias, além disso, é uma

importante ferramenta de progresso pessoal e de alcance de objetivos institucionais (Santos e

Jesus, 2010). Esta investigação surge pela necessidade de descrever a incorporação do lúdico na

prática docente e os benefícios para o processo ensino-aprendizagem dos educandos do primeiro

ano do ensino médio. Limitando-se a identificar as facilidades e dificuldades para a incorporação

do lúdico e quais os benefícios que o lúdico traz para as turmas do primeiro ano do ensino médio

(Santos e Jesus, 2010).

Segundo (Kishimoto, 1996) o jogo em questão é um importante aliado no desenvolvimento social

e afetivo e também o desenvolvimento das funções sensório-motoras e a percepção das regras

pelos alunos. Já (Gomes e Friedrich, 2001) o jogo não é o fim visado, mas o eixo que conduz a

um conteúdo didático determinado.

PERÍODO DE REALIZAÇÃO

Inicialização no mês de setembro de 2016 e com o término em outubro de 2016.

METODOLOGIA E RESULTADOS

O estudo foi realizado na escola Liceu de Artes e Ofício, no município do Recife – PE. Para a

realização da atividade foi feito um jogo de genética (molécula de DNA), que abordam alguns

dos conteúdos programáticos da Biologia para o Ensino Médio, e aplicado com alunos de escola.

O método utilizado para a avaliação foram palestras e questionários em seguida, durante e depois

da realização da atividade.

O resultado observado foi o de um maior interesse proveniente dos alunos para querer estudar os

conteúdos de biologia e um esforço maior para relacionarem o conteúdo com a aula teórica e

assim poder aproveitar bem o jogo. Após aplicação do jogo, os comentários feitos pelos alunos

demonstraram que o jogo serviu para uma melhor compreensão da estrutura da molécula de DNA,

colaborando a eficácia do aspecto lúdico associado ao cognitivo como importante estratégia de

ensino. Além disso, é observado que a diversão e competitividade oriundas do jogo estimulam o

aprendizado. Isso também proporciona interação e ajuda mútua entre os jogadores para que todos

permaneçam jogando. Outro ponto é que também pode possibilitar a conscientização se o jogo

for elaborado para tal propósito

CONCLUSÃO

Os jogos didáticos favorecem a aquisição e retenção de conhecimentos de uma maneira simples

e divertida. No entanto, o jogo é um importante aliado no desenvolvimento social e afetivo e

também o desenvolvimento das funções sensório-motoras e a percepção das regras pelos alunos.

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REFERÊNCIAS

JANN, P. N.; M.F. Leite . Jogo do DNA: um instrumento pedagógico para o ensino de

ciências e biologia. Ciências & Cognição (UFRJ), v. 15, p. 282-293, n. 2010.

NASCIMENTO, M. P. et al. Jogos lúdicos como ferramenta didática para o ensino de

genética e biologia molecular. Revista eletrônica de educação da faculdade araguaia, v.7: p.250-

271. 2015

Parâmetros Curriculares Nacionais: Introdução aos parâmetros curriculares nacionais.

Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília : MEC/SEF. p.113. 1997.

SANTANA, E. M. O uso do jogo autódromo alquímica como mediador da aprendizagem no

ensino de química. Dissertação de mestrado - São Paulo. 2012.

TEZANI, T. C. R. O Jogo e os Processos de Aprendizagem e Desenvolvimento: aspectos

cognitivos e afetivos. Educação em Revista, v.7, n.1-2. Marília, 2006.

KISHIMOTO, T. M. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. São Paulo: Cortez. 1996.

Gomes, R.; Friedrich, M. A. A contribuição dos jogos didáticos de conteúdos de ciências e de

biologia. Em: Faculdade de Educação da UFF, Rio de Janeiro. (pp. 389 – 392). Anais, I Encontro

Regional de Ensino de Biologia da Regional RJ/ES. 2001.

A IMPORTÂNCIA DO PIBID BIOLOGIA: ATIVIDADES PRÁTICAS COMO

ESTRATÉGIA DE CONCIENTIZAÇÃO AMBIENTAL

Edigreice Karoline Gomes Gusmão Muniz, Rodolfo Lucas Bezerra de Almeida,

Wedja Rosalina Soares dos Santos

SUBPROJETO BIOLOGIA

Universidade Católica de Pernambuco

Escola de Referência em Ensino Médio Oliveira Lima;

E-mails: [email protected]; [email protected]; [email protected]

INTRODUÇÃO

É notório a importância de propostas pedagógicas que envolva alunos com o meio ambiente,

ressaltando seu papel dentro dele. Propostas voltadas para Educação Ambiental dentro da Escola

torna-se algo essencial para formação e construção dos educandos. Uma vez que atividades com

esse intuito podem contribuir para a conscientização, com consequente busca da melhoria das

condições ambientais.

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Estimular atividades voltadas para disseminação de atitudes sustentáveis, rompendo maneiras

tradicionais de ensino, principalmente em Educação Ambiental, buscando inserir

verdadeiramente os alunos em ações voltadas para melhoria das condições ambientais.

OBJETIVO

Implantar práticas sustentáveis na EREM Oliveira Lima juntamente com toda a comunidade

escolar, desenvolvendo atividades de respeito ao meio ambiente, com um intuito de promover a

conscientização, bem como a revitalização do ambiente escolar.

REFERÊNCIAL TEÓRICO

Considerando que o papel da escola é formar cidadãos críticos e participativos, capazes de opinar

e participar decisivamente em todos os ambientes torna-se necessário levá-los a reflexão (SILVA,

2003), também sobre as questões ambientais.

Paulo Freire (2002) diz que o papel da educação não é outro se não a de humanizar o homem na

ação consciente e o que este deve fazer para transformar o mundo. Nesse sentido, compete à

escola promover debates acerca dos problemas que afetam a vida do aluno e de sua comunidade

local, o que implica que o educador precisa incentivar os estudantes a produzir, refletir e construir

saberes curriculares de forma participativa e crítica.

Para Silva (2003), a análise dos fundamentos históricos da educação ambiental, acompanhada por

uma reflexão da mesma no contexto social, político e econômico, é de extrema importância para

que esta educação seja efetiva. O Objetivo pedagógico com a questão ambiental deve ser bem

definido, evitando a formação de um evento isolado ao longo do ano letivo, permeados

simplesmente por atividades de reciclagem de lixo, de papel, etc., ou voltado apenas para a

formação de uma consciência conservacionista, relacionada unicamente ao espaço natural.

É imprescindível buscar formas de educar, que provoquem mudanças de atitudes. Como ensina

Leonardo Boff “para cuidar do planeta precisamos todos passar por uma alfabetização ecológica

e rever nossos hábitos de consumo. Importa desenvolver uma ética do cuidado” (1999: 134), e o

ensino formal pode contribuir na reformulação dos comportamentos, das atitudes e na formação

de valores à medida que se tornar um fórum de discussão das questões que envolvem a

responsabilidade individual e coletiva na problemática ambiental.

PERÍODO DE REALIZAÇÃO DA ATIVIDADE

Entre os meses de agosto / 2016 até dezembro / 2016.

METODOLOGIA

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As atividades foram realizadas na EREM-OLIVEIRA LIMA. As atividades foram realizadas por

um grupo de estudantes do 1 º ano, cognominado “De Bem com a Natureza” (DBCN). Os alunos

juntamente com os estagiários do PIBID, ao longo do semestre desenvolveram atividades voltadas

para práticas sustentáveis. O projeto se dividiu em quatro acontecimentos: confecção de sabão,

artesanato de papel, a elaboração de horta e montagem de uma composteira.

Para a produção de sabão o DBCN coletou e utilizou óleo de estabelecimentos do entorno da

escola, bem como da comunidade escolar. Já para a confecção de peças de artesanato empregou

papelão e revistas de descartes. A horta e a composteira foram implantadas em uma área não

usada da escola. Houve limpeza, capinação, fertilização e aeração do solo e o plantio de sementes

de algumas hortaliças como: coentro, couve, pimenta, acelga e tomate. A composteira contou com

baldes de margarina que foram adaptados para abrigar minhocas, e produzir húmus e chorume, a

partir do lixo orgânico da escola, e utilizados para a fertilização da horta.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

O projeto e as atividades desenvolvidas se mostraram bastante produtivas. Os alunos assumiram o

papel de protagonistas, e se mostraram ao longo do semestre bastante participativos

nas atividades. Muitos produtos foram confeccionados, a horta e revitalização da escola se

mostraram algo gerador de bons resultados, uma vez que propostas como esta, permitem um

contato direto do aluno com práticas socioambientais, promove a conscientização ambiental e um

novo olhar para atitudes com o meio ambiente.

Assim, como afirma (Chalita, 2002), a educação deve ser voltada para propostas que estimulem

o senso crítico e que tragam à tona discussões, que despertem os interesses dos alunos. Uma

Educação Ambiental Crítica cujo objetivo é contribuir para uma mudança de valores e atitudes,

contribuindo para a formação de um “sujeito ecológico” (Carvalho, 2004:18-19). Sujeito que

reconheça suas responsabilidades acerca do meio ambiente, compreendendo o mundo e agindo

de forma crítica na busca de mudança de posturas que priorize o bem-estar e o equilíbrio do

ambiente (Santos et.al, 2016).

REFERÊNCIAS

BOFF, Leonardo. Saber Cuidar: ética do humano – compaixão pela terra. Petrópolis: Editora

Vozes, 1999.

CARVALHO, I. C.M. Educação Ambiental Crítica: nomes e endereçamentos da educação. In:

LAYRARGUES, P. P. (coord.). Identidades de educação ambiental brasileira. Ministério do Meio

Ambiente. Diretoria de Educação Ambiental. Brasília, Ministério do Meio Ambiente, 2004.

CHALITA, G. Educação: a solução está no afeto. São Paulo: Gente, 2002.

FREIRE, P. Extensão ou comunicação: Reforma agrária, transformação cultural e o papel do

agrônomo educador. São Paulo, ed. 12ª. Ed. Paz e amor. p. 55-62. 2002.

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SILVA, Ângela dos Santos Maia Nogueira da. Um Olhar sobre a Educação Ambiental no

Ensino Médio: Praticar a Teoria, Refletir a Prática. 2003. 103 f. Tese (Mestrado em

Engenharia de Produção) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.

IDENTIFICAÇÃO DOS ESTILOS DE ENSINO-APRENDIZAGEM EM FÍSICA DO

ENSINO MÉDIO: UM ESTUDO DE CASO

Leonardo Bruno Ferreira de Souza¹, Matheus F. dos Santos¹*, Michell A. de Almeida¹, Thiago

Vicente de Assunção¹

SUBPROJETO FÍSICA

¹Universidade Católica de Pernambuco

Escola Barbosa Lima

E-mails: [email protected] , [email protected],

[email protected], [email protected]

INTRODUÇÃO

No ensino de física é possível perceber que a própria física não se resume mais às abstrações e

experimentos ímprobos feitos em laboratório. O aluno se depara cada vez mais com novos

aparelhos eletrônicos, optoeletrônicos, dispositivos automáticos, sistema de controle e etc. Cada

uma dessas novas tecnologias carrega em si elementos fundamentais para um conhecimento

introdutório a respeito da física moderna (FM), por exemplo.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O método de como as disciplinas são ministradas impacta na forma de como o aluno aprende e

no que se refere ao processo de ensino-aprendizagem é possível ver na literatura que os indivíduos

aprendem de diferentes formas (MORETTO, 2010; TRAVELIN, 2011) e isso reflete na sua

escolha e permanência profissional. De acordo com Moretto (2010), cada aluno carrega em si

uma estrutura cognitiva de acordo com sua própria “história” e isso age na sua forma de aprender,

uns tem maior desenvolvimento na área dos códigos e linguagens já outros na matemática.

As formas de aprender dos indivíduos têm sido objeto de diversos estudos a fim de melhorar o

desempenho do processo de ensino-aprendizagem. Portanto, o objetivo deste trabalho é

identificar o estilo de ensino-aprendizagem em aulas de física do ensino médio utilizando o

inventário de estilos de aprendizagem de David Kolb.

METODOLOGIA

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A pesquisa foi realizada no período de 04 à 05/09/2017 através do PIBID. O público alvo

da aplicação do inventário de Kolb foram alunos do terceiro ano do ensino médio da escola

Estadual Governador Barbosa Lima situada na cidade do Recife que por sua vez está localizada

no estado de Pernambuco. Foram submetidos ao inventário 55 alunos efetivamente matriculados

na instituição de ensino básico regular e dois professores. Os alunos entrevistados na pesquisa

variaram entre indivíduos do sexo masculino e indivíduos do sexo feminino cuja faixa etária

estava entre 16 a 22 anos.

O inventário é composto por 12 afirmações. Cada afirmação tem uma série de 4 opções,

como mostra a figura 1, e o entrevistado deve dá valores de 1 a 4 de acordo com o seu grau de

identificação com a respectiva afirmação, onde o número 4 representa o valor máximo. Em função

dos valores atribuídos são obtidas 4 pontuações que definem o grau de desenvolvimento do aluno

em cada uma das habilidades: EC, OR, CA e EA. Após a obtenção desses valores, é subtraído os

valores dois a dois (OR-CA), (CA-EA), (EC-OR) e (EA-EC), assim é identificado o estilo de

aprendizagem do sujeito que é aquele que predomina.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A princípio foi alavancado um diálogo com os docentes a respeito da educação brasileira

e sobre o que poderia ser feito para a melhoria do ensino de ciências e matemática, mas com o

enfoque no ensino de física até chegarmos no objetivo deste artigo que diz respeito aos estilos de

aprendizagem.

Dá mesma forma que os alunos têm formas de aprender, os docentes têm formas distintas

de ensinar. Essas formas são devido a sua própria história e o impacto dos seus formadores na

instituição de ensino superior. Diante disso, foi perguntado aos educadores com qual estilo de

aprendizagem eles se identificam mais e na sequência,

Assimilador, pela praticidade do raciocínio lógico para compreender

melhor as informações de uma forma organizada. (PROFESSOR 1).

Assimilador. Porque o processo de ensino-aprendizagem exige do

professor mecanismos para analisar o conteúdo a ser aplicado e o

educando. (PROFESSOR 2).

Na figura 1 está representada a predominância dos estilos de aprendizagem segundo o

sexo do informante.

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Figura 1. Estilos de aprendizagem segundo o sexo dos alunos entrevistados.

Fonte: Os autores, 2017.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Um professor que tenha um estilo particular como preferência didática e se essa

preferência tornar sua didática excludente irá prejudicar o desenvolvimento de outros alunos.

Então, para que exista uma aprendizagem significativa em sala de aula é imprescindível que o

professor tenha como meta um ensino universal ou então que esse docente ajude os alunos a

desenvolver outras competências para assim serem flexíveis quanto a forma de aprender. No

ensino de física é importante que o professor mantenha uma postura que contemple as diversas

formas de aprender, pois, além de alguns conteúdos de física ser demasiadas vezes complicado

por não ter uma prática experimental de fácil acesso ao aluno, muitas vezes o aluno não tem

acesso à tecnologia que pode ser associada aquele conteúdo.

A importância de entender como se dá o processo de aprendizagem é bastante

significativa. Além disso, o conhecimento biográfico do aluno pelo próprio sujeito-aprendiz torna

seus métodos de estudo nos conteúdos de física moderna mais eficazes e faz com que o sujeito

passe a concentrar mais tempo e recursos em habilidades que têm a necessidade de serem

evoluídas.

REFERÊNCIAS

MORETTO, Vasco Pedro. Prova: um momento privilegiado de estudo, não um acerto de contas.

ed. 9. Rio de Janeiro: Lamparina, 2010. p. 49-72.

TREVELIN, Ana Teresa Colenci. Estilos de aprendizagem de Kolb: Estratégias para a melhoria

do ensino-aprendizagem. Journal of Learning Styles, v. 4, n. 7, 2011.

CONTEXTUALIZANDO O ENSINO DA FÍSICA COM ASPECTOS DA AVIAÇÃO

Brenda Barros Alves da Silva¹*, Leonardo Bruno Ferreira de Souza¹, Ricardo da Silva Farias²,

Vinícius de Assis Silva¹

F

M

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SUBPROJETO FÍSICA

¹Universidade Católica de Pernambuco, ²Escola Liceu de Artes e Ofícios,

E-mails: [email protected], [email protected], [email protected],

[email protected]

Introdução

As dificuldades no ensino das ciências da natureza, especialmente no ensino de conceitos de

física, são problemas bastante discutidos no meio acadêmico. O uso da instrumentação do ensino

é essencial para a construção do aprendizado significativo do discente. Além disso, a

contextualização dos conteúdos aproxima a vivência dos alunos com o conteúdo científico.

Objetivo

O objetivo do trabalho é apresentar o conteúdo de hidrodinâmica contextualizando esse conteúdo

com a mecânica de voo na aviação. Desta forma, pretende-se abordar apenas os conceitos da

hidrodinâmica com ênfase na equação de Bernoulli interligado ao tema da “aviação”. Não é o

objetivo do trabalho citar os diversos modelos, físicos e matemáticos, que explicam o voo de uma

aeronave, contudo, foi realizado uma demonstração de noções da mecânica do voo.

Referencial Teórico

O desejo do ser humano em poder voar fez com que Leonardo da Vinci sugerisse que para voar

fosse necessário imitar os pássaros, ou seja, o método de “asas batendo”. Posteriormente, George

Cayley, em seus estudos sobre as pipas, mostrou que é possível voar mantendo as asas fixas e

considerando as quatro forças fundamentais: peso, sustentação, arrasto e tração. Dessas quatro

forças, a força de sustentação é a principal, pois permite que uma aeronave se mantenha em voo.

O conjunto de forças exercidas pelo ar sobre uma asa em movimento irá produzir uma força para

cima, capaz de se opor ao peso de um avião. A asa possui comprimentos diferentes na parte

superior (extradorso) e inferior (intradorso). A parte superior tem uma curvatura convexa

enquanto que a parte inferior é mais plana e ligeiramente côncava. Essa estrutura faz com que o

ar percorra um caminho mais longo na parte superior do que na parte inferior. O ar, portanto, se

desloca com mais velocidade no extradorso. A equação de Bernoulli afirma que: “se a velocidade

de um fluido aumenta enquanto fluido se move horizontalmente ao longo de uma linha de fluxo,

a pressão do fluido diminui e vice-versa” (Halliday, David. 2012. Ed. 9, vol 2. p. 75).

Metodologia

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Esse trabalho foi realizado com alunos do terceiro ano da Escola Liceu Nóbrega de Artes e

Ofícios, localizada na cidade do Recife - PE, no mês de setembro de 2017.

Inicialmente, a discussão com os alunos foi aberta com a problematização do assunto

questionando “como voa um avião?”. A partir das respostas se identificou o conhecimento prévio

dos alunos. Posteriormente, foi apresentado um breve resumo da significância dos estudos

realizados por Leonardo Da Vinci, George Cayley, os irmãos Wright e Santos Dummont. Em

seguida, abriu-se a discursão sobre as quatro forças básicas para fazer um avião levantar voo. A

abordagem do conteúdo apresentado ocorreu com o propósito de fazer com que os alunos

assimilassem as suas explicações com as discussões do assunto de hidrodinâmica com ênfase na

equação de Bernoulli com a aviação.

Resultados e Discussão

Segundo David Ausubel, é necessário que o aluno encontre sentido no que está aprendendo, para

que ele possa desenvolver a sua vontade de aprender. É comum no ensino das ciências da natureza

muitos alunos perguntarem quando e onde irão usar determinado assunto. Considerando Ausubel,

observa-se a importância da utilização de métodos que façam com que o aluno crie um interesse

sobre o assunto abordado e uma das opções é desenvolver de maneira dinâmica e didática

possibilitando com que ele utilize sua imaginação para entender como uma lei da física pode

ajudar a fazer um avião decolar e a continuar em voo, exercitando a sua mente para que ele não

apenas questione o porquê de estudar isso, mas para que ele saiba para que está estudando e assim

criar um método de ensino baseado na curiosidade.

Os resultados de que o aluno encontre sentido no que está sendo exposto em sala de aula para que

ele possa desenvolver a sua vontade de aprender foram dentro do esperado. Essa vontade de

aprender fez com que alguns alunos, mesmo após o término da aula, continuassem para assistir

até o final da apresentação.

Conclusão

A importância de saber o conhecimento prévio dos alunos para poder dar iniciação a qualquer

assunto é extremamente relevante. O conteúdo ensinado deve ser potencialmente significativo e

o estudante precisa estar preparado a associar o material de maneira sólida e não casual.

Referências

ANGELUCCI, Enzo. Os aviões: dos primórdios da aviação até os dias atuais: a participação

brasileira na conquista do espaço. 2 ed. [São Paulo: Melhoramentos], 1975.

BERTO, Maj Av Mario Cesar. Como funciona um avião. Disponível em:

http://bit.ly/2wgD4B1 . Acessado em: 19 de jun. 2017.

DOMINGUEZ, Ignacio; Perinat, Santiago. A aviação. 1. ed. Rio de janeiro: Salvat, 1979.

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HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de física. 9. ed. Vol

2. Rio de Janeiro: LTC, 2012.

LITO. Entenda sobre ângulo de ataque, pitch, incidência. Disponível em:

http://bit.ly/2vigZoE . Acessado em: 20 de jul. 2017.

MASINI, Elcie F Salzano; MOREIRA, Marco Antônio. Aprendizagem Significativa: a teoria

de David Ausubel. 2° ed. Centauro, 2006.

RODRIGUES, Luiz Eduardo Miranda José. Fundamentos da Engenharia Aeronáutica com

Aplicações ao Projeto SAE - AeroDesign: Aerodinâmica e Desempenho. Salto - SP:

www.engbrasil.eng.br, 2014.

A FÍSICA NAS PROFISSÕES: UMA ABORGAGEM DO “PRA QUÊ

APRENDER ISSO?”

Leonardo Bruno Ferreira de Souza¹, Matheus F. dos Santos1, Michell A. de Almeida¹ Thiago V.

de Assunção¹

SUBPROJETO FÍSICA 1Universidade Católica de Pernambuco

E-mails: [email protected] , [email protected],

[email protected], [email protected]

Introdução

A idealização desse trabalho surgiu de conversas informais com alunos do terceiro ano de ensino

médio que estavam prestes a fazer opção por cursos superiores. Entre as tantas questões, os alunos

queriam saber como os conteúdos da disciplina de física seriam importantes nas suas futuras

profissões. A busca por boas respostas motivou a realização deste trabalho. Além disso, as

reflexões dos alunos delataram que eles não relacionavam o seu cotidiano com os conteúdos

escolares de física.

Fundamentação Teórica

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As Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (DCNEM) ressaltam a

contextualização como um dos pressupostos centrais para a implementação de um ensino por

competências. Neste documento, afirma-se que “é possível generalizar a contextualização como

recurso para tornar a aprendizagem significativa ao associá-la com experiências da vida

cotidiana ou com os conhecimentos adquiridos espontaneamente”. Por outro lado, os Parâmetros

Curriculares Nacionais (PCN e PCN+) afirmam que “a forma mais direta e natural de se

convocarem temáticas interdisciplinares é simplesmente examinar o objeto de estudo disciplinar

em seu contexto real, não fora dele”. Neste último documento ainda afirma-se que “a

contextualização no ensino de ciências abarca competências de inserção da ciência e de suas

tecnologias em um processo histórico, social e cultural e o reconhecimento e discussão de

aspectos práticos e éticos da ciência no mundo contemporâneo”.

O objetivo desse trabalho é apresentar alguns conceitos de física utilizando para isso algumas

atividades profissionais das engenharias, de áreas médicas, fotografia e arquitetura. Além disso,

objetiva-se apresentar a física como área de conhecimento fundamental para compreensão do dia

a dia. Desta forma, espera-se incentivar nos alunos o interesse pela física.

Metodologia

A execução do projeto foi por meio de uma palestra realizada no auditório da Escola Luís Delgado

no mês de novembro de 2016. Utilizamos para a concretização do projeto um Datashow,

notebook, caixa de som com microfone e um questionário com quatro perguntas a serem

respondidas pelos alunos no final da palestra a fim de termos um feedback dos impactos do nosso

trabalho. Os ID’s prepararam apresentações no Power Point, escolhendo alguns cursos técnicos e

superiores tais como: Eletrotécnica, Eletrônica, Radiologia, Engenharia Elétrica, Engenharia

Mecânica, Engenharia Civil, Engenharia Ambiental, Fotografia, Arquitetura, Medicina

(Especialidade: radioterapeuta) e Física Médica (Diagnóstico por imagem, radioterapia e

medicina nuclear).

Vimos nessas profissões a possibilidade de exemplificar algumas situações na prática desse

profissional o uso do conhecimento em Física. A ideia inicial era apresentar o projeto “A Física

nas Profissões” apenas para as turmas do terceiro ano do ensino médio. Entretanto, nosso trabalho

tomou grandes proporções tomando como público alvo todos os anos do ensino médio. Cada um

dos Pibidianos levou em média quinze minutos com a sua apresentação, que com uma linguagem

simples buscamos ficar o mais próximo da realidade dos alunos.

Resultados e Discussão

Para mostrar as opiniões dos alunos sobre as profissões que requer maior conhecimento em física

colocamos suas respostas em gráfico, onde engenharia, eletrotécnica, eletrônica foram as

profissões mais citadas, respectivamente. A amostra foi composta por 116 alunos para

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levantamento estatístico, onde observamos por classe quais foram suas respostas sobre sua

convivência com a física, onde a maioria descreve o ferver da água como principal fenômeno

físico observado no dia-a-dia, seguido de um exame de radiografia.

Conclusão

Com a aplicação do projeto e tendo percebido a quantidade de alunos participantes, vimos que há

uma necessidade de procurarmos ouvir os estudantes do ensino médio, de mostrá-los que algumas

profissões estão entrelaçadas com a física. Desta forma pudemos esclarecer dúvidas com respeito

às profissões pretendidas por eles.

Este projeto poderia ser tomado como base para a criação de cursos e quantidade de vagas a fim

de ter uma melhor distribuição e controle econômico tanto por parte do governo federal como por

Instituições de Ensino Superior – IES – da rede particular, uma vez que a evasão é um problema

para a manutenção e permanência de IES particular também (ASSIS, 2013). Não adianta abrir

uma enorme quantidade de vagas, atender somente à demanda dos empresários e interesse do

Estado (SAVIANI, 2003), se não houver pessoal suficiente para preencher os cursos, e,

principalmente continuar um dado curso oferecido.

É sabido que há uma grande quantidade de desistência em quaisquer cursos técnicos ou superiores

por justamente os alunos não terem uma boa base de conhecimento necessária para o curso

escolhido e por não terem sido alertados pelo que estaria por vir.

Sendo assim, mostrar aos estudantes os conhecimentos de física (nosso foco) que há nas

profissões, esclarecer-lhes como estas funcionam; é preciso para que haja uma menor desistência

tanto em nível técnico como superior e dessa forma podemos proporcionar um conhecimento ao

qual ele possa aplicar em sua vivência profissional (FREIRE, 1987) e estar sempre em um

processo de construção e aprendizado destes conhecimentos.

Referências

FREIRE, P. Pedagogia do oprimido, 17. ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1987.

FREIRE, P. Política e educação: ensaios/ Paulo Freire. 5. ed. Cortez, São Paulo, 2001.

SAVIANI, D. Escola e democracia: teorias da educação, curvatura da vara, onze teses sobre a

educação política. 36. ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2003.

ASSIS, C. F. Estudo dos fatores de influenciam a evasão de alunos nos cursos superiores de

tecnologia de uma instituição de ensino superior privada. 2013. Disponível em:

<http://www.fpl.edu.br/2013/media/pdfs/mestrado/dissertacoes_2013/dissertacao_cristiano_ferr

eira_de_assis_2013.pdf>

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VISITA PARA O LABORATÓRIO DE FÍSICA DA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE

PERNAMBUCO

Denise Luísa Schio de Araújo¹, Leonardo Bruno Ferreira de Souza, Ricardo da Silva Farias²

SUBPROJETO FÍSICA

¹Universidade Católica de Pernambuco, ²Escola Liceu de Artes e Ofícios,

E-mails: [email protected], [email protected], [email protected]

Introdução

A educação pública passa por um momento complicado; a falta de interesse dos alunos

com as disciplinas em geral é preocupante, principalmente quando se fala em aulas de Física.

Sabemos que o ensino de física não é fácil, tanto para professores quanto para alunos. Para os

alunos parece ser bem mais difícil, pois muitos deles não veem utilidade alguma em se aprender

tal matéria. O professor deve mudar essa ideia, deixando de lado aquelas velhas aulas cheias de

equações matemáticas, buscando inovar e mostrar que física não é de assustar. Para isso o

professor pode utilizar o mecanismo da experimentação, como também a explicação de

fenômenos do cotidiano através dos conceitos aprendidos. Buscar instigar os alunos para que eles

tomem gosto pela ciência é uma boa pedida, uma vez que eles gostam de descobrir novas coisas,

novos horizontes.

Fundamentação teórica

O Curso de licenciatura em Física

O curso de Física objetiva formar professores que dominem os conhecimentos de Física

articulados aos pedagógicos específicos dos ensinos Fundamental e Médio e capacitá-los,

também, para o uso das novas tecnologias da comunicação e informação, bem como formar

professores-pesquisadores que enfrentem os desafios do ensino da Física na realidade da educação

básica e que sejam capazes de continuar seus estudos na pós-graduação: especialização, mestrado

e doutorado.

Perfil profissional

O Licenciado em Física é um profissional cujo perfil caracteriza-se pela sólida e ampla

formação básica que contempla integralmente teoria e prática na construção do conhecimento;

compreensão do significado das ciências para a sociedade e da sua responsabilidade como

educador nos vários contextos de sua atuação; capacidade crítica no cultivo e transmissão dos

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conhecimentos próprios à área; permanente busca do seu aperfeiçoamento profissional; aptidão

investigativa voltada para a pesquisa científica e a sensibilidade e responsabilidade social no

exercício ético de sua profissão.

Outras áreas de atuação uma pessoa formada em Física

O físico estuda a relação entre matéria e energia, suas propriedades e as leis que regem

sua interação. Lida com corpos e fenômenos físicos de todas as dimensões, de partículas

subatômicas à imensidão do cosmo. Pode especializar-se em diversas áreas, como acústica,

astrofísica e física nuclear. Aplica as leis do mundo físico tanto na pesquisa pura quanto na

solução de questões práticas e cotidianas. Na indústria, cria e aperfeiçoa materiais, produtos e

processos. Atua, ainda, na área de física médica, desenvolvendo e aplicando tecnologias e

equipamentos nucleares e radioativos para diagnóstico e tratamento. Para lecionar nos ensinos

Fundamental e Médio é preciso cursar uma licenciatura.

Objetivos

O objetivo deste trabalho é apresentar o curso de Licenciatura Plana em Física da Universidade

Católica de Pernambuco, apresentando a sua história e as suas atividades atuais. Além disso, tem

como objetivo apresentar experimento de qualitativos para explicar conceitos físicos associados

ao cotidiano. Desta forma, motivar alunos a se reconhecerem no magistério e acreditarem que é

possível.

Metodologia

As aulas extraclasse foram realizadas no mês de Maio de 2017, com os alunos da Escola Liceu

Nobrega da turma do 3 ano. Nesta atividade além de alguns exemplos e experimentos que foram

aplicados, falar sobre alguns Físicos e suas histórias como surgiram, explicar que à física é ciência

da natureza e envolverem os discentes de maneira adequada ao conteúdo.

Considerações Finais

Com a realização da atividade extraclasse foi possível esclarecer dúvidas a respeito do curso de

licenciatura plena em Física, especificamente o da UNICAP. Nas discussões com os alunos sobre

essa atividade, verificou-se que eles avaliaram positivamente essa atividade. Por isso, conclui-se

que com essa atividade se conseguiu desmistificar alguns conteúdos de física. Além disso,

incentivar os alunos do Colégio Liceu Nobrega a cursarem o curso de Licenciatura Plena em

Física, na Universidade Católica de Pernambuco.

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Referências

ASSIS, Cristiano Ferreira. Estudo dos fatores que influenciam a evasão dos alunos nos Cursos

Superiores de Tecnologia de uma Instituição de Ensino Superior Privada. 91p. 2013. Tese

de Doutorado. Dissertação Mestrado Profissional em Administração). Fundação Cultural Dr.

Pedro Leopoldo–FPL, Minas Gerais.

FREIRE, P. Pedagogia do oprimido, 17. ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1987.

FREIRE, P. Política e educação: ensaios/ Paulo Freire. 5. ed. Cortez, São Paulo, 2001.

DEBATE SOBRE GERAÇÃO NUCLELÉTRICA NO JÚRI SIMULADO: UM RELATO

DE EXPERIÊNCIA NO ENSINO DE FÍSICA

Leonardo Bruno Ferreira de Souza¹, Matheus F. Santos1; Michell A. Almeida¹; Thiago V.

Assunção¹

SUBPROJETO FÍSICA 1Universidade Católica de Pernambuco,

E-mails: [email protected], [email protected],

[email protected], [email protected]

Introdução

A tendência pedagógica tradicional predomina nas salas de aula, onde o professor adquire a

responsabilidade de transmitir o conhecimento e os alunos de absorvê-lo. Em um mundo de

tecnologia, redes sociais, crescente difusão de informação, o professor não pode mais ser aquele

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que guarda um conteúdo e passa adiante, ele deve exercer um papel de curador. O curador é aquele

que distribui, remete, faz com que as pessoas tenham acesso, portanto, é um papel mais de

colaboração do que de absoluta autoridade [1].

Referencial teórico

O ensino de física nas escolas, sejam elas da rede pública ou particular, é um desafio para os

professores dessa área. Os conteúdos que são previstos no currículo escolar são muitas vezes

trabalhados de forma sistemática, sem variações nas abordagens. Ludovico propõe um jogo de

cartas para abordar o tema física de partículas com alunos do ensino médio como uma estratégia

didática [2].

As dinâmicas de grupo são atrativas e envolventes, por seu caráter motivacional e construtivo,

podendo ser utilizadas como propostas pedagógicas no intuito de auxiliar o desenvolvimento de

um ensino em qualquer disciplina [3;4]. A estratégia abordada nesse trabalho é o júri simulado.

Um pequeno incidente ocorrido no dia 09 de Fevereiro de 2017 na Usina Nuclear de Flamanville,

na França, nos motivou a levar esse tema interessante para ser discutido em sala de aula.

O objetivo desse trabalho é relatar uma experiência vivenciada pelos iniciantes à docência (ID’s)

do PIBID- Programa de Iniciação à Docência do curso de Física da Universidade Católica de

Pernambuco em uma escola da rede estadual de PE vinculada ao Programa. A experiência foi a

proposição e análise de um debate sobre a geração nuclelétrica através de um júri simulado.

Metodologia

Essa estratégia didática foi realizada na Escola Luiz Delgado, localizada no centro da cidade de

Recife, durante o mês de Abril de 2017, com um grupo de 38 alunos do 3º Ano do ensino médio.

A atividade foi dividida nas seguintes etapas: (i) aplicação de um questionário para analisar o

conhecimento prévio; (ii) apresentação imparcial do tema pelo aluno ID; (iii) proposição e

aplicação do júri simulado e (iv) reaplicação do questionário.

Na segunda etapa foi realizada uma apresentação com slides de maneira totalmente imparcial

sobre as Usinas Nucleares, explicando seus princípios Físicos de funcionamento e onde essas

usinas se encontram. A classe de alunos foi dividida em dois grupos: O primeiro (a favor) é o

grupo dos alunos que tem o número par relacionado na caderneta do professor, e o segundo grupo

é o dos alunos com o número ímpar na caderneta, que foram contra essa forma de obtenção de

energia elétrica. O próximo passo foi o auxílio aos alunos nas pesquisas, citamos vários sites de

busca, arquivos e vídeos para consulta.

Cada um dos grupos pesquisou sobre o tema e levantaram argumentos que sustentam sua opinião,

e defendeu sua ideia em frente a um “tribunal”, debatendo seus argumentos junto ao grupo

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contrário. Foi eleito três representantes de cada grupo (acusação e defesa) para expor os seus

argumentos. Aplicou-se novamente o mesmo questionário composto com quatro perguntas, para

comparar com as respostas obtidas inicialmente.

Resultados e discussão

Com a aplicação do primeiro questionário, conseguimos computar a frequência com que os 38

alunos responderam cada questão. Observou-se a evolução das ideias dos alunos referente ao tema

com o início da atividade, onde várias questões éticas, ambientais, sociais e econômicas foram

colocadas em discussão. Os “promotores de acusação” sempre tinham por base dos seus

argumentos as desvantagens do uso dessas usinas. Já o grupo de defesa embasava seus argumentos

nas vantagens oferecidas pela técnica, sempre tentando refutar os argumentos da acusação.

Finalizamos a atividade esclarecendo para os alunos alguns conceitos que ficaram confusos, e

levamos em consideração que todos saíram ganhando nesta atividade, uma vez que eles puderam

pesquisar sobre a temática e usar o senso crítico para tomar uma posição frente a esse tema

controverso. Não conseguimos eleger um grupo ganhador, pois a discussão estava bem

equilibrada. Os alunos puderam perceber a importância de se discutir esses assuntos controversos,

e ter uma opinião formada frente a um debate. Conseguimos de fato comprovar o que o grande

educador brasileiro Paulo Freire defendia, ao afirmar que “ensinar não é transferir conhecimento,

mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção” [5].

Conclusões

O questionário aplicado antes da realização do júri-simulado tinha como objetivo sondar o

conhecimento prévio dos alunos acerca do tema a ser discutido. Constatamos que os alunos

tinham um conhecimento muito superficial sobre as Usinas nucleares, e quase não sabiam os

princípios físicos por trás do funcionamento da técnica. Em nossa avaliação, uma das possíveis

causas desse desconhecimento é a dificuldade de compreender as leis básicas da física, o que

implica diretamente em não entender as aplicações de tais Leis.

Com a nova aplicação do mesmo questionário, logo após o júri simulado, constatamos que houve

um aumento no índice de acerto, e consequentemente, um ganho de conhecimento e uma maior

visão crítica a cerca das Usinas Nucleares e seu funcionamento. A aplicação dessa atividade foi

satisfatória para podermos analisar o nível de conhecimento dos alunos e a realidade da escola

em que atuamos, possibilitando-nos um estudo mais detalhado sobre o aprendizado da física nessa

unidade escolar e o desenvolvimento de trabalhos de pesquisa ligado ao programa PIBID.

Referências

[1] CORTELA, Mário Sérgio; Dimenstein, Gilberto. A era da curadoria. O que importa é saber

o que importa. São Paulo. Editora Papirus 7 mares. 2015.

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[2] LUDOVICO, Merielem Menezes. PROPOSTA DE UM JOGO DIDÁTICO PARA A

ABORDAGEM DO TEMA FÍSICA DE PARTÍCULAS COM ALUNOS DO ENSINO

MÉDIO. UFES. Dissertação, 2017.

[3] MARTINS, Silvana Neumann; DIESEL, Aline; DIESEL, Daniela. O júri simulado como

estratégia de ensino nas aulas de Língua Portuguesa e de Educação Física no ensino

fundamental: um relato de experiências. Revista Educação, Cultura e Sociedade, v. 5, n. 2, 2015.

[4] LAURADES, Francisco Antonio Lopes et al. Instrumentação para o Ensino de Física da

UFRuralRJ: Experiências docentes para a introdução tecnológica. Revista de Formación e

Innovación Educativa Universitária. Vol, v. 7, n. 1, p. 51-58, 2014.

[5] FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia. Saberes necessários à prática educativa. São Paulo:

Editora Paz e Terra, p.52, 1996.

ENSINO DE FÍSICA COM AUXÍLIO DE SIMULADORES DO PHET

Alexandre Antônio Silva de Araújo¹*, André Leonardo da Silva¹, Leonardo Bruno Ferreira de

Souza¹

SUBPROJETO FÍSICA

¹Universidade Católica de Pernambuco

E-mails: [email protected], [email protected],

[email protected]

INTRODUÇÃO

O perfil dos professores atualmente vem sofrendo grandes mudanças devido aos avanços

tecnológicos, essa nova geração de estudante não se contenta apenas com a pedagogia tradicional

onde o professor é o dono da verdade e os alunos apenas aceita sem questionar tudo o que é

proposto pelo professor. Pensando nisso os bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de

Iniciação a Docência (PIBID), sobre a supervisão do Professor de Física Josemar Lino na Escola

Estadual Joaquim Nabuco, resolveu propor a utilização do phet colorado como uma ferramenta

no ensino de física visando proporcionar tanto aos alunos mais também para o professor uma aula

mais dinâmica.

O phet colorado vem suprir a necessidade de demonstrar alguns fenômenos físicos que

antes era apenas rabiscado no quadro e feito de uma forma grosseira e estática. Com as simulações

no phet tudo muda de figura o aluno passa a ver como o conceito visto em sala acontece de uma

forma dinâmica sem falar que o próprio aluno pode interagir com as simulações não só em sala

de aulas mais também na sua casa, já que o programa é disponível na internet.

Desta forma, o objetivo é proporcionar uma vivência experimental dos conceitos físicos

aprendido em sala de aula assim como proporcionar um ensino mais dinâmico.

REFERENCIAL TEÓRICO

O PhET é um projeto fundado em 2002 pelo Prêmio Nobel Carl Wieman, de simulações

interativas da universidade de Colorado Boulder que cria e disponibiliza de forma gratuita as

simulações sobre matemática e ciências. O uso desse tipo de tecnologia na educação e cada vez

Page 60: WEBQUEST: ALIMENTOS ÁCIDOS E BÁSICOS E USO …sespe.unicap.br/wp-content/uploads/2017/11/Resumos-Expandidos-da... · , elaborada e aplicada com 20 alunos do 2º ano do ensino médio,

mais comum sinalizando uma nova direção a ser adotada pelos docentes em suas aulas, onde a

falta de laboratório físico de ciências é uma realidade principalmente nas escolas públicas de

ensino.

A utilização de simulações em sala de aulas proporciona um aprendizado mais

centrado na essência do problema, melhorando o ensino/aprendizado dos conteúdos discutidos.

Esses tipos de recursos virtuais possibilita o estudo de situações que antes seriam em algumas

ocasiões impossíveis de serem realizadas em sala de aula, as simulações quando trabalhadas de

forma eficiente permite uma melhor compreensão dos conteúdos assim como os fenômenos

físicos que o cercam.

As leis de kirchhoff (1824-1887) aplicam-se a circuitos em rede com mais de uma malha.

A primeira lei de kirchhoff ou leis dos nós diz que a soma algébrica da intensidade das correntes

elétricas em um nó é nula. A segunda lei conhecida como leis das malhas diz que a soma algébrica

das variações de potencial elétrico em uma malha é nula. Desta forma podemos obter equações

em números suficientes para determinar a intensidade de todas as corrente elétricas de uma malha.

METODOLOGIA

O desenvolvimento das atividades dos bolsistas do PIBID na Escola Joaquim Nabuco sobre

a supervisão do Prof. Josemar Lino, foi divididas no período entre (2016.2 a 2017.1). Inicialmente

seguindo a programação semestral proposta pelo Professor de física, os bolsistas junto com o

supervisor reformularam algumas aulas que antes eram ofertadas de formar tradicional1. Passando

agora a introduzir o uso de simulações computacionais disponíveis no site PHET Colorado no

intuito de tornar as aulas mais dinâmicas e atrativas tanto para os alunos como para o próprio

professor. As atividades foram desenvolvidas com os alunos do 3º ano.

Após o planejamento das aulas as atividades foram divididas da seguinte formar: a parte

teórica dos assuntos com a responsabilidade do docente e as apresentações das simulações com a

responsabilidade dos bolsistas. No final como forma de avaliar o aprendizado dos alunos foi

proposto uma lista de exercício.

• I Parte – Desenvolvida pelo professor de física.

o Conteúdo trabalhado Leis de Kirchhoff.

o Circuitos elétricos.

• II Parte – Desenvolvida pelos bolsistas.

o Apresentação da simulação e dos recursos que seriam utilizados;

1 Exposição verbal por parte do professor e a preparação do aluno. O foco principal é na resolução de

exercícios e na memorização de fórmulas e conceitos. Desta forma, o professor inicialmente realiza a preparação do aluno, em seguida formula a apresentação do conteúdo, correlacionando-o com outros assuntos e, por último, faz-se a generalização e aplicação de exercícios.

Page 61: WEBQUEST: ALIMENTOS ÁCIDOS E BÁSICOS E USO …sespe.unicap.br/wp-content/uploads/2017/11/Resumos-Expandidos-da... · , elaborada e aplicada com 20 alunos do 2º ano do ensino médio,

o Construção de circuito elétrico no Phet colorado;

o Verificação de medidas de corrente e diferencia de potencial.

• III Parte – Avaliação

o Lista de exercício sobre o conteúdo trabalhado.

RESULTADOS E CONSIDERACÕES FINAIS

Ao finalizar as atividades concluirmos que a utilização do Phet colorado como uma

ferramenta de ensino-aprendizagem proporciona aulas mais dinâmicas tanto no ponto de vista do

professor como para os alunos. Porém a sua utilização exigir que os professores atuais saiam das

suas zonas de conforto e assuma essa nova postura. Atitude essas que não é tão fácil devido a

grande maioria dos professores ainda possuir dificuldades em trabalhar com esse tipo de

ferramenta.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

VALENTE, J. A. (Org) Computadores e conhecimento: repensando a educação. Campinas:

Gráfica da UNICAMP, 1993.

SAMPAIO, José Luiz. FÍSICA: VOLUME ÚNICO/José Luiz Sampaio, Caio Sérgio Calçada. -

2. Ed. – São Paulo: atual, 2005 – (Coleção ensino médio atual)

_____Biografia: Carl Edwin Wieman, Disponível em

<http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/CarlWiem.html> acessado em 13 de outubro de 2017, às

9:28 hs.

MACÊDO, Josué Antunes. Simulações computacionais como ferramenta auxiliar ao ensino

de conceitos básicos de eletromagnetismo: elaboração de um roteiro de atividades para

professores do Ensino Médio / Josué Antunes de Macêdo. – PUC-MINAS, Belo Horizonte,

2009.

ATIVIDADE COMPLEMENTAR DE ELETRICIDADE E ONDULATÓRIA:

CONTRIBUIÇÃO DO PIBID NO PREPARATÓRIO DO ENEM

Déborah Mayara Carvalho Batista¹, Leonardo Bruno Ferreira de Souza¹, Ricardo da Silva

Farias², Thiago Castilho Alfino¹*

SUBPROJETO FÍSICA

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¹Universidade Católica de Pernambuco, ²Supervisor na Escola Liceu de Artes e Ofícios,

Emails: [email protected], [email protected], [email protected],

[email protected]

Introdução

O trabalho apresentado relata experiências vivenciadas no ambiente de sala de aula, que foram

proporcionadas pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) no curso

de Licenciatura Plena em Física da Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP).

Observaram-se queixas dos alunos quanto a baixa carga horária semanal para a quantidade de

conteúdo de física abordado no ENEM. Esse fato motivou os envolvidos com o PIBID na

preparação de aulas expositivas que suprissem essa escassez.

Objetivo

O objetivo deste trabalho é complementar aulas que às vezes não podem ser aprofundadas devido

a grande quantidade de assuntos abordados no ensino médio. Além disso, enriquecer o processo

de ensino-aprendizagem dos alunos envolvidos. A aula de resistores teve como proposito fazer

com que os estudantes compreendessem o que é um resistor elétrico e como a associação destes

interferem no comportamento de um circuito. Por outro lado, a aula de ondulatória objetivou fazer

com que os alunos entendessem os conceitos envolvidos de ondas, identificar em situações do

cotidiano esses fenômenos e caracterizar os tipos de ondas.

Referencial Teórico

Quando ligamos fios condutores diferentes a um mesmo gerador, em geral obtemos correntes

diferentes. Isso significa que esses fios oferecem certo ‘’bloqueio’’ em diferentes passagens da

corrente elétrica. Para medir esse ‘’bloqueio’’ definimos como: a resistência do gerador. Alguns

condutores apresentam uma resistência que depende da tensão que é aplicada neles. Em um

circuito é possível organizar conjuntos de resistores interligados, chamada associação de

resistores. O comportamento desta associação varia conforme a ligação entre os resistores, sendo

seus possíveis tipos: em série, em paralelo e misto. Georg Simon Ohm (1787-1854), foi um físico

alemão que introduziu o conceito de resistência e criou as leis de ohm, que determinam a

resistência elétrica dos condutores. Em sua homenagem no sistema internacional, a unidade da

resistência é o ohm, representado pelo símbolo Ω (uma letra grega chamada ômega).

Na natureza existem diversos fenômenos que são classificados como ondas. Uma onda é um

movimento causado por uma perturbação, na qual se propaga pelo meio. Podemos tomar como

exemplo uma pedra que cai sobre um lago de águas pacificas, onde o impacto da pedra causará

uma perturbação na água, resultando da propagação de ondas circulares na superfície do lago.

Existem diversos tipos de onda, mas o que elas têm em comum é que toda energia recebida é

propagada através de um meio, e este meio não conseguir seguir essa propagação.

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Metodologia

Na aula de resistores, começamos com perguntas que levassem os alunos a refletirem sobre o

tema que vai ser estudado com o intuito de verificar seus conhecimentos prévios sobre o assunto.

Após a problemática, apresentamos aos estudantes com ajuda de slides, as definições formais

sobre resistores elétricos e lei de ohm, logo após, discutimos sobre as maneiras de associar

resistores elétricos, que são duas: em série e paralelo, e analisamos os pontos principais desse

assunto, como características, vantagens e desvantagens desses dois tipos de circuitos. Foi

utilizado as instalações elétricas do auditório como exemplo para um circuito em paralelo. Após

o esclarecimento de dúvidas e exposição oral do conteúdo, realizamos exercícios de vestibulares

para por em pratica o assunto que foi dado. Com a finalização das questões e do conteúdo dado,

resolvemos passar um documentário que abordasse o conteúdo exposto, então trabalhei com um

desenho originalmente francês chamado de “Voyage en electricite” (Viagem na Eletricidade),

onde faz uma pequena abordagem técnica, descontraída e bem-humorada sobre o ramo da

eletrônica e eletricidade.

Na aula de ondulatória, começamos com a exposição oral do conteúdo explicando o que são ondas

e suas naturezas, logo após, apresentamos um slide sobre as maneiras que as ondas se propagam

e suas propriedades físicas. Após a abordagem do conteúdo, avaliamos os alunos com alguns

exercícios que continham as habilidades e competências do ENEM, que no caso é a capacidade

de reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios,

relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.

Resultados e Discussão

Conforme Piaget, Vygotsky não elaborou uma teoria pedagógica, embora o pensamento do

psicólogo russo, com sua ênfase no aprendizado, ressaltou a importância da instituição escolar na

formação do conhecimento do individuo. Para ele, a intervenção pedagógica provoca avanços que

não ocorreriam espontaneamente. Por isso, elaboramos o conteúdo com o objetivo de estimular o

aluno a atingir um nível de entendimento que ainda não domina completamente. Com um

simulado proposto pela escola abordando os assuntos dados, analisamos as respostas e o resultado

não foi como previsto, pois poucos alunos conseguiram realizar e acertar as questões.

Conclusões

Após a finalização da aula percebemos que apenas a minoria dos alunos apresentou um interesse

e entendimento do assunto abordado, enquanto a maioria não tinha uma noção prévia do assunto

a ser tratado. Então concluímos que existem intervenções a serem feitas a respeito dos resultados

obtidos, pois queremos melhorar o desempenho da turma consequentemente o desempenho da

instituição.

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Referências Bibliográficas

Gilberto, N; Antônio, P; Fogo, R. Física Básica-3.ed.-São Paulo :Atual, 2009

Sampaio, José Luiz. Universo da Fisica, 3 : ondulatória, eletromagnetismo, física moderna-

2.ed.-São Paulo : Atual, 2005.-(Coleção universo da física)

ENSINO DE FÍSICA COM AUXÍLIO DE SIMULADORES DO PHET

Alexandre Antônio Silva de Araújo¹*, André Leonardo da Silva¹, Leonardo Bruno Ferreira de

Souza¹

SUBPROJETO FÍSICA

¹Universidade Católica de Pernambuco

E-mails: [email protected], [email protected],

[email protected]

Introdução

O perfil dos professores atualmente vem sofrendo grandes mudanças devido aos avanços

tecnológicos, essa nova geração de estudante não se contenta apenas com a pedagogia tradicional

onde o professor é o dono da verdade e os alunos apenas aceita sem questionar tudo o que é

proposto pelo professor. Pensando nisso os bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de

Iniciação a Docência (PIBID), sobre a supervisão do Professor de Física Josemar Lino na Escola

Estadual Joaquim Nabuco, resolveu propor a utilização do phet colorado como uma ferramenta

no ensino de física visando proporcionar tanto aos alunos mais também para o professor uma aula

mais dinâmica.

O phet colorado vem suprir a necessidade de demonstrar alguns fenômenos físicos que

antes era apenas rabiscado no quadro e feito de uma forma grosseira e estática. Com as simulações

no phet tudo muda de figura o aluno passa a ver como o conceito visto em sala acontece de uma

forma dinâmica sem falar que o próprio aluno pode interagir com as simulações não só em sala

de aulas mais também na sua casa, já que o programa é disponível na internet.

Desta forma, o objetivo é proporcionar uma vivência experimental dos conceitos físicos

aprendido em sala de aula assim como proporcionar um ensino mais dinâmico.

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Referencial teórico

O PhET é um projeto fundado em 2002 pelo Prêmio Nobel Carl Wieman2, de simulações

interativas da universidade de Colorado Boulder que cria e disponibiliza de forma gratuita as

simulações sobre matemática e ciências. O uso desse tipo de tecnologia na educação e cada vez

mais comum sinalizando uma nova direção a ser adotada pelos docentes em suas aulas, onde a

falta de laboratório físico de ciências é uma realidade principalmente nas escolas públicas de

ensino.

A utilização de simulações em sala de aulas proporciona um aprendizado mais centrado

na essência do problema, melhorando o ensino/aprendizado dos conteúdos discutidos. Esses tipos

de recursos virtuais possibilita o estudo de situações que antes seriam em algumas ocasiões

impossíveis de serem realizadas em sala de aula, as simulações quando trabalhadas de forma

eficiente permite uma melhor compreensão dos conteúdos assim como os fenômenos físicos que

o cercam.

As leis de kirchhoff (1824-1887) aplicam-se a circuitos em rede com mais de uma malha.

A primeira lei de kirchhoff ou leis dos nós diz que a soma algébrica da intensidade das correntes

elétricas em um nó é nula. A segunda lei conhecida como leis das malhas diz que a soma algébrica

das variações de potencial elétrico em uma malha é nula. Desta forma podemos obter equações

em números suficientes para determinar a intensidade de todas as corrente elétricas de uma malha.

Metodologia

O desenvolvimento das atividades dos bolsistas do PIBID na Escola Joaquim Nabuco sobre

a supervisão do Prof. Josemar Lino, foi divididas no período entre (2016.2 a 2017.1). Inicialmente

seguindo a programação semestral proposta pelo Professor de física, os bolsistas junto com o

supervisor reformularam algumas aulas que antes eram ofertadas de formar tradicional3. Passando

agora a introduzir o uso de simulações computacionais disponíveis no site PHET Colorado no

intuito de tornar as aulas mais dinâmicas e atrativas tanto para os alunos como para o próprio

professor. As atividades foram desenvolvidas com os alunos do 3º ano.

Após o planejamento das aulas as atividades foram divididas da seguinte formar: a parte

teórica dos assuntos com a responsabilidade do docente e as apresentações das simulações com a

2 Recebeu o Nobel de Física de 2001, juntamente com Eric Allin Cornell, pela criação experimental do condensado de Bose-Einstein: que é uma fase da matéria formada por bósons a uma temperatura muito próxima do zero absoluto. Nestas condições, um grande fracção de átomos atinge o mais baixo estado quântico, e nestas condições os efeitos quânticos podem ser observados à escala macroscópica. 3 Exposição verbal por parte do professor e a preparação do aluno. O foco principal é na resolução de

exercícios e na memorização de fórmulas e conceitos. Desta forma, o professor inicialmente realiza a preparação do aluno, em seguida formula a apresentação do conteúdo, correlacionando-o com outros assuntos e, por último, faz-se a generalização e aplicação de exercícios.

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responsabilidade dos bolsistas. No final como forma de avaliar o aprendizado dos alunos foi

proposto uma lista de exercício.

• I Parte – Desenvolvida pelo professor de física.

o Conteúdo trabalhado Leis de Kirchhoff.

o Circuitos elétricos.

• II Parte – Desenvolvida pelos bolsistas.

o Apresentação da simulação e dos recursos que seriam utilizados;

o Construção de circuito elétrico no Phet colorado;

o Verificação de medidas de corrente e diferencia de potencial.

• III Parte – Avaliação

o Lista de exercício sobre o conteúdo trabalhado.

Resultados e consideracões finais

Ao finalizar as atividades concluirmos que a utilização do Phet colorado como uma

ferramenta de ensino-aprendizagem proporciona aulas mais dinâmicas tanto no ponto de vista do

professor como para os alunos. Porém a sua utilização exigir que os professores atuais saiam das

suas zonas de conforto e assuma essa nova postura. Atitude essas que não é tão fácil devido a

grande maioria dos professores ainda possuir dificuldades em trabalhar com esse tipo de

ferramenta.

Referências bibliográficas

VALENTE, J. A. (Org) Computadores e conhecimento: repensando a educação. Campinas:

Gráfica da UNICAMP, 1993.

SAMPAIO, José Luiz. FÍSICA: VOLUME ÚNICO/José Luiz Sampaio, Caio Sérgio Calçada. -

2. Ed. – São Paulo: atual, 2005 – (Coleção ensino médio atual)

_____Biografia: Carl Edwin Wieman, Disponível em

<http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/CarlWiem.html> acessado em 13 de outubro de 2017, às

9:28 hs.

MACÊDO, Josué Antunes. Simulações computacionais como ferramenta auxiliar ao ensino

de conceitos básicos de eletromagnetismo: elaboração de um roteiro de atividades para

professores do Ensino Médio / Josué Antunes de Macêdo. – PUC-MINAS, Belo Horizonte,

2009.

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PRODUÇÃO DE VÍDEOS DIDÁTICOS COMO ESTRATÉGIA DE ENSINO EM

FÍSICA

Leonardo Bruno Ferreira de Souza¹, Mayrla V. Silva de França¹, Ricardo S Farias², Samuel

Henrique da Silva Andrade¹

SUBPROJETO FÍSICA

¹ Universidade Católica de Pernambuco, ² Escola Liceu de Artes e Ofícios

E-mails: [email protected], [email protected],

[email protected], [email protected],

Introdução

A disciplina de física é considerada umas das mais difíceis de se aprender pois exige

conhecimentos prévios de matemática e compreensão apurada da língua portuguesa. Como o

professor tem um cronograma a cumprir acaba por não individualizar o ensino, mas sim

generalizar, supondo que todos aprendem da mesma forma. Isso acaba sendo um problema para

se chegar a compreensão do conteúdo, pois cada indivíduo tem sua forma de aprendizagem.

Buscando a melhoria no ensino de física a produção de vídeos didáticos vem contribuir para a

compreensão de conceitos físicos, resolução de exercícios e demonstrações de experimentos.

Com o vídeo pode-se abordar conteúdos que provavelmente não seriam estudados em sala de

aula por conta de fatores externos e internos que influenciam o desenvolvimento do mesmo.

Pensando nisso, foram criados vídeos envolvendo conceitos e aplicações físicas que talvez não

fossem trabalhados de forma tradicional pelo professor da disciplina.

Portanto, o objetivo desse trabalho é desenvolver vídeo-aulas de física voltadas para o ensino

médio. Essa iniciativa se justifica pelo fato de que elas não servirão apenas para quem vai assistir

a aula, mas também para os alunos do PIBID (programa de iniciação à docência) praticarem

metodologias de ensino e terem uma aprendizagem significativas sobre os conteúdos abordados

em sala.

Objetivo

O objetivo deste trabalho é produzir vídeos didáticos e utilizar estes vídeos em turmas do ensino

médio como um material complementar as aulas de física.

Referencial teórico

A tecnologia está inserida em nossas vidas, temos fácil acesso a smartphones, computadores e

ipod. Pensando nisso podemos utilizar esse acesso digital para prática de ensino. Uma

possibilidade é a produção de vídeos para as aulas de física, pois sua utilização no processo de

ensino e de aprendizagem é considerada uma metodologia moderna e atual.

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Grandes vantagens do vídeo em sala de aula está no fato do utilizador

poder manuseá-lo, manipulá-lo como se “folheasse um livro”:

avanços, recuos, repetições, pausas, todas essas interferências no

ritmo e norma habitual de apresentação da mensagem audiovisual

que distinguem a televisão do vídeo (CINELLI, 2003, p. 39).

Metodologia

As atividades foram realizadas no mês de setembro de 2017, na escola Liceu Nóbrega de Artes e

Ofícios, onde utilizamos o auditório para reproduzir a vídeo-aula de tema: óptica da visão.

Entretanto novos vídeos didáticos serão produzidos até o mês de dezembro de 2017.

Os materiais utilizados foram: Câmera digital/celular, piloto, caderno, gancho para prender o

celular. O trabalho foi realizado em três etapas: (i) a escolha do tema para a abordagem do

conteúdo estudado em sala de aula. Onde estudamos o conteúdo para melhor aprimoramento dos

conhecimentos prévios; (ii) a produção dos vídeos de curta duração, que apresentam um

experimento prático e das explicações físicas dos conteúdos estudado em sala; e (iii) o processo

de produção: roteirização, captura dos vídeos e edição, em seguida foi feita a divulgação dos

vídeos na sala de aula, e em redes sociais.

Para captação do vídeo utilizamos um smartphone com a capacidade de armazenamento de

imagem e som.

Finalizamos o presente trabalho executando o vídeo em sala de aula, após a aplicação entregamos

um questionário para avaliar os conhecimentos adquiridos.

Resultados e considerações finais

Com o avanço da tecnologia foram criadas novas formas de ensinar e aprender, rompendo a

barreira do espaço/tempo onde o aluno no sertão de Pernambuco pode assistir uma aula que está

sendo oferecida na cidade do Recife em tempo real e com oportunidade de tirar dúvidas junto aos

que estão em sala de aula. A elaboração de vídeos didáticos facilita a aprendizagem do aluno,

uma vez que, os vídeos além de abordar a parte teórica e experimental, oferece aplicações em seu

cotidiano servindo de motivação em aula.

Portanto, devemos utilizar a vídeo-aula como elemento facilitador da aprendizagem, podendo ser

pausadas em caso de dúvidas e explicadas pelo professor de sala, contribuindo assim para

melhoria da educação.

Referências

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CINELLI, N. P. F. A influência do vídeo no processo de aprendizagem. 73 f. Dissertação

– Curso de Engenharia de Produção, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis,

2003.

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: ciências

naturais / Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1997.

MORAN, J. M. Integração das Tecnologias na Educação. Desafios da televisão e do vídeo à

escola. Secretaria de Educação a Distância, SEED. 2005.

HISTORIANDO OS FAMOSOS MATEMÁTICOS

Elaine Mendes dos Santos; Felipe Augusto de Lima e Silva; Letícia Souza de Oliveira, Vicente

Francisco de Sousa Neto, Maria Guadelupe Dourado Rabello.

SUBPROJETO MATEMÁTICA

Universidade Católica de Pernambuco

EREM Governador Barbosa Lima

E-mails: [email protected], [email protected],[email protected],

[email protected], [email protected],

Introdução

A história da matemática começa desde o início da humanidade quando o homem buscava

contabilizar aquilo que lhe pertencia e utilizava a contagem da forma mais simples para facilitar

nos problemas diários. Não podemos dizer o exato aparecimento da matemática, desde do

principio, mesmo que indiretamente ela esteve presente com nossos antepassados. Ao passar dos

anos a sociedade foi evoluindo e com ela a matemática também evoluiu, e essa evolução teve a

contribuição de vários gênios da matemática. Essas contribuições foram triviais para a sociedade,

por isso esses matemáticos são até hoje importantes de ser estudados, dentres eles Pitágoras, Tales

de Mileto, Euclides, Euller e Bhaskara.

Objetivos

Apresentar um outro lado da matemática;

Analisar a história por trás das fórmulas estudadas na sala de aula;

Incentivar os alunos no estudo da matemática;

Apresentar a história do filósofos /matemáticos.

Referencial teórico

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A matemática que conhecemos hoje vem sendo desenvolvida ao longo de vários anos. É

extrema importância mencionar essa evolução da matemática. De acordo com o Professor Wedes

Júnior Gomes de Oliveira, A história da Matemática pode impulsionar o ensino-aprendizagem da

Matemática escolar por meio do entendimento e da interpretação, proporcionando ao aluno o

entendimento do conhecimento matemático que é construído durante toda a história. É

imprescindível destacar que a história da matemática também ajuda na definição do que hoje se

entende por matemática. pois, através dela é possível salientar as origens da matemática nas

culturas passadas. Segundo D’Ambrósio (1996, p.09), “a invenção matemática é acessível a todo

indivíduo e a importância dessa invenção depende do contexto social, político, econômico e

ideológico”. podemos observar que o professor pode utilizar a história da matemática como aliada

na sala de aula.

Metodologia e Resultados

O projeto ocorreu na Escola Governador Barbosa Lima nas aulas de matemática ministrada pela

supervisora do Pibic e os bolsistas. A atividade foi aplicada em 4 turmas (3 turmas do 1°ano do

ensino médio e 1 turma do 2° ano ensino médio).

No primeiro momento, apresentamos de forma resumida a história dos matemáticos: Euler, Tales

de Mileto, Bhaskara, Pitágoras e Euclides, e suas principais contribuições para a matemática por

meio de apresentação com projetor.

Em seguida, dividimos cada turma em 5 grupos e cada grupo ficou responsável de preparar uma

apresentação de um matemático escolhido de forma mais aprofundada.

Por fim. cada grupo apresentou o matemático para o restante da turma, por meio de slides ou

cartaz, fazendo uma ligação da história do matemático ao assunto que eles estudam na sala de

aula.

A atividade durou 3 aulas de 50 minutos, pois uma foi a nossa apresentação, e as duas outras

aulas foram destinadas às apresentações dos 5 grupos.

Os alunos mostraram interesse a atividade proposta, muitos não conheciam os matemáticos,

apenas conheciam a sua contribuição na matemática.

Considerações Finais

Contudo cabe ao professor destacar e proporcionar o melhor método didático para este tema

tão importante e pouco citado, que é a história da matemática, em sua prática pedagógica. É

importante lembrar que o uso da História da Matemática em sala de aula não deve se resumir a

uma simples narração dos acontecimentos históricos: ela deve ir mais além. Ao abordar a História

da Matemática em suas aulas, o professor deve destacar aspectos socioeconômicos e políticos na

criação matemática, procurando relacionar com o espírito da época, relacionando sua disciplina

com as ciências em geral e com a sociedade como um todo.

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Assim, percebe-se que História da Matemática é um recurso didático, que abre um leque de

possibilidades para o trabalho com diferentes conteúdos. Em síntese, utilizando a História da

Matemática em sala de aula o professor pode fazer com seus alunos compreendam a natureza dos

objetos da matemática e como se desenvolveu essa ciência.

A atividade proposta teve um grande êxito na sua aplicação e uma ótima aceitação dos alunos.

ajudou na compreensão dos assuntos e teve um aumento considerável da participação dos alunos.

Referências bibliográficas

D’AMBROSIO, U. A história da matemática: questões historiográficas e políticas e reflexos

na educação matemática. São Paulo, 1999.

OLIVEIRA, Wedes Júnior Gomes de, História da Matemática: Um estudo de seus

significados na Educação Matemática. Disponível em

<http://garimpandopalavras.blogspot.com.br/2009/12/opiniao-professor-destaca-

importancia.html> acessado em: 19 de outubro de 2017

TRABALHANDO PEDAGOGICAMENTE COM A SEMELHANÇA DE TRIÂNGULOS

Vicente Francisco de Sousa Neto¹, Maria Guadelupe Dourado Rabello², Davi Oliveira da Cruz³,

Emanuel Fagundes Bezerra da Silva³, Rafaela Barboza da Silva³.

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SUBPROJETO DE MATEMÁTICA

Universidade Católica de Pernambuco

EREM Governador Barbosa Lima

Emails: [email protected], [email protected],

[email protected],[email protected],[email protected]

INTRODUÇÃO

Essa atividade foi realizada na Escola Estadual Governador Barbosa Lima, com os alunos

do 9º ano do ensino fundamental. Para iniciar o trabalho, foi feito uma abordagem teórica do

conteúdo apresentado pelos bolsistas do PIBID, estudantes do Curso de Licenciatura Plena em

Matemática da Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP), com a proposta de dar mais

dinâmica à atividade e conquistar os interesses dos alunos no conteúdo sugerido, o qual passa em

gral despercebido no seu cotidiano.

Além disso, para ajudar na compreensão do processo do cálculo dos lados semelhantes

de um triângulo, puderam os alunos desenvolver melhor suas habilidades em prol da semelhança

de triângulos. Outro fator favorável ao trabalho foi exibir um pouco do contexto histórico da

matemática, o qual apareceu por mais de seiscentos anos antes de Cristo, e vem se mantendo

atraente até os dias de hoje. Os alunos, também conheceram as formas geométricas, que são

utilizadas na semelhança de triângulos, analisando e aplicando assim na prática do dia a dia.

OBJETIVOS

O objetivo geral dessa atividade foi apresentar aos alunos de forma prática e lúdica o conteúdo

sobre a semelhança de triângulos. Ou seja, destacar que o conteúdo apresentado, não deve apenas

ficar numa folha de papel; e que eles podem utilizar este método no seu cotidiano. Verificando

assim, que quase tudo que é ensinado em sala de aula, pode ser aplicado na vida prática.

¹Coordenador, ²Supervisora, ³Bolsisatas

REFERENCIALTEÓRICO

Cerca de seiscentos anos antes de Cristo no Egito, foi que se teve a primeira aplicação da

Semelhança de Triângulos. A pedido de um mensageiro do faraó, Tales de Mileto - considerado

um dos sete sábios da antiguidade clássica – calculou a altura da pirâmide de Quéops. Para

desenvolver tal cálculo, Tales fincou uma vara verticalmente no chão e aguardou até o momento

em que a sombra e a própria vara tivessem a mesma medida. Quando o esperado ocorreu, Tales

disse “Vá, mede depressa a sombra: o seu comprimento é igual à altura da pirâmide”.

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Para se obter o valor exato da altura da pirâmide, Tales deveria ainda ter pedido que se somasse

metade do lado da base da pirâmide à sombra da mesma, uma vez que, tendo uma base larga, uma

parte da sombra da pirâmide não estava ao chão. Tales imaginou os dois triângulos imaginários

demonstrados abaixo para efetuar seu cálculo.

Com esse feito matemático, Tales ganhou grande apreciação em sua época e ainda hoje, pelo

mesmo motivo somado a outras tantas contribuições, Tales é considerado um dos grandes nomes

da matemática.

Os triângulos são considerados semelhantes quando têm ângulos congruentes e os lados são

proporcionais, ou seja, são aqueles que compartilham uma razão de proporcionalidade. Para

indicar triângulos semelhantes, é utilizada a notação.

Lembramos que os triângulos são figuras geométricas planas que possuem três lados. Quanto aos

ângulos, a soma dos ângulos internos de um triângulo sempre será de 180º. Já a soma dos ângulos

externos sempre será de 360º.

Os critérios de semelhança entre os triângulos obedecem às seguintes características:

• Têm dois ângulos respectivamente iguais (congruentes)

• Dois lados proporcionais e o ângulo entre eles é igual;

• Três lados proporcionais.

Triângulos semelhantes não são triângulos iguais. Os triângulos são considerados iguais quando

coincidem se forem sobrepostos. Dois triângulos são iguais quando têm:

• Um lado e dois ângulos adjacentes

• Dois lados e o ângulo entre eles iguais

• Os três lados são respectivamente iguais

Atenção: Não são considerados iguais se tiverem os três ângulos iguais. Isso ocorre porque os

triângulos só são considerados iguais quando tiverem ângulos adjacentes e lados respectivamente

iguais.

METODOLOGIA E RESULTADOS

Os estudantes bolsistas do PIBID do Curso de Licenciatura Plena em Matemática da Universidade

de Pernambuco apresentaram, através de slides, para os alunos do 9º do Colégio Barbosa Lima,

um conteúdo teórico sobre a semelhança de triângulos. Em seguida, para complementar a parte

teórica aplicou um exercício prático de avaliação.

A parte prática da atividade foi realizada no estacionamento da escola. Utilizando uma trena,

os alunos tiraram as medidas das sombras dos carros, postes e árvores; em seguida foram medidas

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as sombras e alturas de alguns alunos. As medidas foram anotadas e levadas para sala de aula,

logo após, foram calculadas todas as medidas e comprovadas que todas estavam corretas

utilizando a regra de semelhança de triângulos.

A atividade proposta teve um grande êxito na sua aplicação e uma ótima aceitação por parte dos

alunos. Uma vez que ela ajudou na compreensão da semelhança de triângulos e no uso delas.

Tendo, portanto um aumento considerável na participação efetivados alunos.

CONCLUSÕES

A atividade mostrou o quanto é útil o uso da semelhança de triângulos na sociedade; além de

tirar várias dúvidas, mostrou para os alunos que o conteúdo não é utilizado apenas em sala de

aula.

Mas, esse processo só é possível de ser aplicado se o professor estiver disposto não só a apresentar

o conteúdo, pois deve-se estar ciente onde pode ser aplicada a semelhança de triângulos, para que

seja comprovado que o conteúdo é muito essencial em algumas áreas, como na construção de

prédios. Também mostrou que é de muita importância a concentração na realização da atividade

prática, pois qualquer erro pode ser prejudicial para a compreensão do conteúdo e de sua

aplicação.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Toda matéria (25 de novembro de 2016):

http://semelhancadetriangulos.blogspot.com.br/2012/02/historia-da-semelhanca-de-

triangulos.html

Toda Matéria (25 de novembro de 2016):

http://semelhancadetriangulos.blogspot.com.br/2012/02/historia-da-semelhanca-de-

triangulos.html

Iana Fazzioni (3 de fevereiro de 2012):

https://www.todamateria.com.br/semelhanca-de-triangulos/

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GÊNERO DRAMÁTICO: O TEATRO COMO ESTRATÉGIA PARA PRODUÇÃO

TEXTUAL

Amanda Santiago Bomfim1; Bárbara Félix Correia1; Gustavo Filizola2; Iris Cynthia de Souza

Ferreira1; Natália Cristina Barbosa Menezes1; Reginaldo Ferreira1; Robson Teles Gomes1

SUBPROJETO LETRAS

1Universidade Católica de Pernambuco; 2Escola Governador Barbosa Lima

Emails:[email protected];[email protected];íris_cynthia_cristo@hot

mail.com;[email protected]; [email protected];

[email protected]

Introdução

O papel do educador é estimular a criança a novos caminhos, uma vez que, ao chegar à escola, o

indivíduo já conquistou uma grande parcela de conhecimento de mundo. Assim, o educador deve

favorecer a interação entre as ideias que ela traz de seu mundo e as novas possibilidades que a

criança formula para a construção do saber sistematizado. Nesse sentido, algumas ferramentas

didático-pedagógicas podem ser bastante funcionais na promoção desse processo interativo. É o

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caso do teatro, que estimula a produção de textos escritos e orais, além de uma socialização, tão

necessária no mundo de hoje.

Objetivos

O presente projeto foi elaborado com o intuito de trabalhar com alunos do 1ª ano do ensino médio

na Escola Governador Barbosa Lima e tem a finalidade de ampliar os conhecimentos existentes

nas áreas de Língua Portuguesa, principalmente no que diz respeito à produção textual. Aliar

atitudes de desinibição, de expressão e de produção de ideias dialoga diretamente com o objetivo

de promover um ambiente de aprendizagem imensamente interativo.

Referencial Teórico

Segundo Vygotsky (2004), a interação é fundamental no processo de internalização de

conhecimentos do indivíduo, através do contato aluno-aluno e aluno-professor. Partindo desse

princípio, o projeto contemplou a busca pela compreensão da leitura e o desenvolvimento da

escrita pela produção textual dos alunos, através do gênero dramático, utilizando o teatro como

ferramenta para o desenvolvimento da produção textual e das interações interpessoais. De acordo

com Pascolati (2005), é maravilhoso observar a resposta dos alunos aos estímulos do palco. Nos

apontamentos da autora, o apagar das luzes em um palco é como um código secreto, um “abre-te,

sésamo!”, o qual permite a entrada em um universo de magia e de criatividade repleto de sons,

cores, luzes, movimentos e, sobretudo, palavras, que descortinam um mundo transfigurador do

real. Assim, além de utilizar a linguagem teatral como ferramenta, buscou-se, por meio da

linguagem, realizar, no interior de situações sociais, ações linguísticas que modificassem tais

situações. Ou seja, sob a visão de Koch (2010), vislumbrou-se que um ato de linguagem não é

apenas um ato de ‘dizer’ e de ‘querer dizer’, mas, sobretudo, essencialmente um ‘ato social’ pelo

qual os membros da comunidade escolar ‘inter-agem’.

Metodologia

Para incentivar o trabalho em grupo, a produção e a criatividade dos alunos, promoveram-se

debates com temas referentes às vivências da comunidade escolar e uma teorização básica acerca

dos componentes de um texto dramatúrgico. Em seguida, os alunos produziram – individualmente

e em grupo – pequenas composições dramatúrgicas, que foram somadas e adaptadas às demais,

em busca da versão final da peça. A partir de então, buscou-se a montagem e a apresentação do

espetáculo.

Considerações finais

Utilizando a ludicidade do teatro como ferramenta para a aprendizagem do gênero dramático com

o objetivo de desenvolver a criatividade do alunado, constatou-se que se pode conferir à

linguagem teatral total relevância, visto que, por meio dela, ocorreu não apenas o estímulo à

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produção de textos escritos, senão um processo interacional e estimulante de manifestação de

conhecimentos e de expressão dos alunos. Pôde-se perceber que o processo de aprendizagem é

gradativo e que os alunos produziram com maior qualidade, dedicação e competência quando

estavam em conjunto e estimulados a se manifestarem expressivamente.

REFERÊNCIAS

KOCH, Ingedore Villaça. A inter-ação pela linguagem. 10 ed. São Paulo: Contexto, 2010.

PASCOLATI, Sonia. A sedução do teatro infantil. XV Congresso de Leitura do Brasil. 2005.

Disponível em: http://alb.com.br/arquivo-

morto/edicoes_anteiores/anais15/Sem09/soniapascolati.htm - Acesso em 10 de out. de 2017.

VIGOTSKI, LEV S. Teoria e método em psicologia. SP, Martins Fontes, 2004.

ASPECTOS MORFOSSINTÁTICOS, SEMÂNTICOS E LITERÁRIOS A FAVOR DA

PRODUÇÃO DE TEXTOS DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVOS

Caroline Gleyce do N. de Oliveira1; Cícero José da Silva1; Geneses Nunes de Souza1; Júlia

Caroline Vicente Ferreira1; Martha Dayane B. dos Santos2; Robson Teles Gomes1; Vívian F.

Galdino Amorim Bezerra1

SUBPROJETO LETRAS

Emails: [email protected]; [email protected]; [email protected];

[email protected]; [email protected]

Introdução

Este projeto do PIBID foi desenvolvido na escola Liceu Nóbrega de Artes e Ofícios, oferecendo

um suporte na área de produção textual, com foco na redação do ENEM, para os alunos dos

terceiros anos do Ensino Médio. Esses alunos apresentam, em sua maioria, em maior ou menor

grau, carências no que diz respeito à compreensão, interpretação, inferências e ao uso da

modalidade padrão da língua escrita. Assim, é necessário que se busque ajudá-los quanto à

aquisição do conhecimento de mecanismos linguísticos para a construção da argumentação, bem

como outros requisitos relevantes à produção do texto dissertativo-argumentativo solicitados na

redação desse importante exame.

O estímulo à produção de textos em que a intenção central é emitir uma opinião suscita questões

morfossintáticas, especialmente no que diz respeito ao uso de conectores interfrásticos, para uma

melhor coesão, e aspectos semânticos, destacando-se a coerência e a utilização de elementos de

outra área do conhecimento, critério de avaliação do ENEM. Em busca de um resultado mais

satisfatório nessa ambiência textual, o diálogo com a Literatura se constitui não só como

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referência no uso da língua mas também como um suporte para o desenvolvimento da

argumentação, na fricção de ideias e situações de personagens de variadas obras literárias.

Objetivos

Fortalecer os conhecimentos linguísticos, literários e discursivos dos alunos, oferecendo-lhes as

condições necessárias para a sua produção textual pautada na modalidade padrão da língua escrita

e nos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo constitui o objetivo deste projeto.

Ademais, é importante estimular nos produtores de texto a utilização de uma argumentação que

dialogue com outras áreas do conhecimento, especialmente no que diz respeito ao universo

literário.

Referencial Teórico

Segundo Ingedore Villaça Koch (2010), acerca das diferentes concepções de linguagem, ao longo

do tempo, diante das diversas visões que surgiram, conservam-se as concepções de linguagem

“como representação (espelho) do mundo e do pensamento; como instrumento (ferramenta) de

comunicação; como forma (lugar) de ação ou interação” (KOCH, 2010, p. 7). Ou seja, tem-se a

linguagem como forma de reflexão do mundo, numa relação do homem consigo mesmo; como

meio de emitir mensagens, numa relação funcional, em que ela está em função do homem, para

solucionar os conflitos que porventura aparecerem. Além disso, a linguagem é atividade que

possibilita não apenas a comunicação entre seres sociais, mas a interação, o convívio. Assim,

quando se confrontam argumentos dos alunos com criações literárias que abordam o assunto

temático ou similitudes conteudísticas, o resultado é bastante positivo. Aliás, o confronto de ideias

é um excelente caminho para o desenvolvimento de uma argumentação mais sólida e, por isso,

mais funcional. A esse respeito, Carlos Faraco e Cristovão Tezza postulam que o texto

dissertativo-argumentativo “assume um ponto de vista que, é claro, vai se chocar contra outros

pontos de vista. Daí a resposta ativa que a opinião exige: não estamos mais simplesmente

‘absorvendo’ informações, mas pensando sobre elas” (FARACO; TEZZA, 2016, p. 165).

Metodologia

A aplicação deste projeto foi feita de forma dinâmica, por meio de aulas expositivas, atividades

em grupo, que corroboraram o aprendizado a partir da interação aluno-aluno e dois aulões sobre

linguagem – um a cada semestre – que contemplaram os assuntos estudados. Somaram-se a isso

discussões acerca de adequações entre determinadas obras literárias e sugestões de temas para a

produção de texto.

Considerações finais

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A intersecção entre o uso adequado de conectivos interfrásticos, a construção de argumentos e

ideias levantadas pelas sugestões de determinadas obras literárias constituiu-se um eficaz e

funcional recurso para o estímulo da produção de texto. Nessa perspectiva, atingindo os objetivos

deste projeto, espera-se que os alunos ganhem mais segurança e habilidade para escrever sobre a

proposta que o ENEM/2017 estabelecer, satisfazendo os cinco critérios de avaliação, o que

promoverá uma pontuação que, somada à nota da prova objetiva, lhes introduzirá no curso

superior ou técnico desejado, via Prouni, Sisu ou por outras formas de ingresso.

REFERÊNCIAS

FARACO, Carlos Alberto; TEZZA, Cristovão. Oficina de texto. Petrópolis, RJ: Vozes, 2016.

KOCH, Ingedore Villaça. A inter-ação pela linguagem. 10 ed. São Paulo: Contexto, 2010.

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ESCOLA CIDADÃ: EDUCANDO PESSOAS E PRESERVANDO O PATRIMÔNIO PÚBLICO

Edinalva de Lima Silva Melo1*,2, Edna Machado da Silva1*,2, Freddy de Paula Batista Cursino2,

Otovanilda Umbelina de Carvalho Góis1*,2, Yara Maria Leal Heliodoro1

SUBPROJETO PEDAGOGIA

Universidade Católica de Pernambuco

EREM Governador Barbosa Lima

E-mails: [email protected]; [email protected]; [email protected];

[email protected]; [email protected]

Introdução

É sublimemente relevante uma educação que se volte para os valores humanos, englobando

atitudes, como o respeito mútuo, a cidadania e a ética, que se responsabiliza e cuida do patrimônio

público, promovendo a identidade cultural e cidadã. Todavia, percebe-se a falta de preservação e

desvalorização do patrimônio público — sobretudo nas unidades escolares brasileiras, cujas

depredações vêm se tornando um problema constante.

A esse respeito, Simas (2012, p.) afirma que uma estrutura deficiente pode dificultar as

atividades escolares e contribuir com a evasão de estudantes, e alerta “duas em cada dez escolas

brasileiras estão depredadas. Entre os problemas, portas e janelas quebradas, brinquedos mal

conservados e paredes e muros pichados”.

Torres (2015, p. 91) adverte que as escolas públicas estaduais apresentam-se mais degradadas

do que as escolas municipais e que entre as condições físicas e ambientais mais precárias estão

“banheiros com portas empenadas e quebradas, pias danificadas, janelas quebradas, infiltrações pelas

paredes, vazamentos e entupimentos de bebedouros, ventiladores quebrados e faltando proteção,

entulhos expostos pela área interna da escola”.

Sobre causar dano ao patrimônio público, a Lei nº 2848/40 Art. 163 do Código Penal afirma que

destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia é crime com pena de detenção de um a seis meses ou multa.

“De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei Nº 8.069/90), Art. 116 “em se tratando de

ato infracional com reflexos patrimoniais, a autoridade poderá determinar, se for o caso, que o

adolescente restitua a coisa, promova o ressarcimento do dano (...) ”

Perante a realidade da escola estudada, percebemos evidências de desvalorização para com os

profissionais da instituição e ausência de cuidado para com o patrimônio escolar por

Nayane Prudêncio da Silva Freire1*,2 - Graduanda do curso de Pedagogia/UNICAP colaboradora do

projeto e bolsista do Programa Institucional e Bolsa de Iniciação à Docência –PIBID,

[email protected]

Tiane Andrade da Silva1*,2 - Graduanda do curso de Pedagogia/UNICAP colaboradora do projeto e

bolsista do Programa Institucional e Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID, [email protected]

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parte de um número significativo de estudantes, constatando-se a necessidade de uma intervenção

pedagógica interdisciplinar.

Constitui-se, portanto, em um relato de experiência vivenciada por estudantes dos cursos de

licenciatura em Letras, Matemática, Pedagogia, Química e Física, bolsistas, supervisores e

coordenadores do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID, da Universidade

Católica de Pernambuco - UNICAP, em uma escola da rede estadual de ensino do Recife, nos meses de

agosto a novembro de 2017.

Objetivos

Este trabalho teve como objetivo promover a reflexão-ação dos estudantes quanto ao sentimento

de pertencimento e responsabilização pelo patrimônio público, bem como a valorização dos

profissionais da escola e o cuidado ambiental em seus diferentes contextos.

De modo mais estrito, visa refletir com os estudantes acerca do cuidado com o ambiente escolar,

seus bens materiais e didáticos, como exercício efetivo do protagonismo juvenil e da cidadania,

estimulando-os à compreensão de que são agentes mediadores de proteção, que a conservação é um

dever de todos e que a depredação é crime, sensibilizando-os à valorização dos profissionais e

implementação de uma horta na escola.

Metodologia

Foram desenvolvidas ações de conscientização para a conservação do patrimônio público geral

e da escola, através de rodas de diálogo, vídeos, fotografias e textos sobre depredação das escolas,

refletindo sobre as repercussões presentes e futuras, as responsabilidades de cada um e penalidades para

tal crime.

Outra atividade foi dividir os estudantes em dois grupos: o primeiro, para registrar no caderno

tudo quanto estivesse depredado ou pichado na escola. O segundo, coletar o lixo encontrado no chão

nos ambientes mais movimentados da escola. Depois, ambos se reencontraram na sala para discutir,

elencar os prejuízos através de gráficos, avaliar e apresentar alternativa. Realizamos, ainda, conversas

em pequenos grupos com profissionais da escola (merendeira e coordenadora de apoio) a fim de

estimular uma postura empática dos estudantes, um trato mais humano, respeitoso e de valorização.

ESTUDANTES COLETANDO LIXO, JOGADOS FORA DA LIXEIRA. CONVERSA COM

PROFISSIONAIS DA ESCOLA.

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Resultados

Percebemos, de acordo com os registros dos estudantes, que a principal degradação é a quebra

de mesas e cadeiras. Após o trabalho realizado, houve uma melhor compreensão do sentimento de

pertencimento e da responsabilização de cada um na preservação do patrimônio público, cientes de que

sua depredação é um ato criminoso. Houve mudanças comportamentais por parte de alguns alunos, tais

como: respeitar e valorizar os profissionais da escola, colocar o lixo nas lixeiras, manter carteiras nos

lugares, quadra/refeitório/ e banheiros limpos, guardar os materiais após a refeição.

Consideramos que os resultados foram satisfatórios e os objetivos parcialmente alcançados.

Considerações Finais

Muito ainda se tem o que fazer para que os objetivos sejam totalmente atendidos, no que diz

respeito a uma educação que se volte para os valores humanos, tais como, o respeito mútuo, a cidadania

e a ética. Sendo a escola um lugar para educar, para que ela progrida tanto em condições físicas e

ambientais sustentáveis quanto em qualidade de ensino, a fim de facilitar o zelo com os bens públicos

com vistas à ressignificação de modos de vida, requer formar estudantes conscientes. Uma escola que

se encontra em crise requer ação concreta e contínua que envolva toda a comunidade escolar. Vamos

persistir, pois, sabemos que mudança de atitude requer tempo, para que possa redundar em uma nova

postura relacional e de preservação patrimonial em seus diferentes contextos.

Referências Bibliográficas

BRASIL, Lei Federal n. 8069, de 13 de julho de 1990. ECA _ Estatuto da Criança e do Adolescente.

Disponível em: http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10600907/artigo-116-da-lei-n- 8069-de-13-de-

julho-de-1990Acesso em 07 de agosto de 2017.

______. Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Código Penal. Disponível em

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm Acesso em 07 de agosto de 2017.

SIMAS, Anna. Educação: estrutura precária afeta o ensino. Gazeta do Povo. 25/06/2012. Disponível

em:http://www.gazetadopovo.com.br/educacao/estrutura-precaria-afeta-o-ensino-

3fqqdq2npmd0u7ym8mvdgbeq6 Acesso em 17 de agosto de 2017.

TORRES, Maria Betânia Ribeiro. O espaço escolar como uma problemática socioambiental. REMEA

- Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental, [S.l.], v. 32, n. 1, p. 79-100, ago. 2015.

ISSN 1517-1256. Disponível em: <https://www.seer.furg.br/remea/article/view/4957/3262 Acesso em:

07 out. 2017.

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CUIDANDO DE SI, DO OUTRO E DO AMBIENTE ESCOLAR

Julio César da Silva1*,2, Rafael Freire Benevides Moreira1*,2, Natally Evelyn Gomes da Silva1*,2,

Renise Batista de Almeida1*,2, Renata Maria Gonçalves1*,2.

Subprojeto PIBID/UNICAP/PEDAGOGIA 1Universidade Católica de Pernambuco, 2EREM

Oliveira Lima.

Emails: [email protected]; [email protected];

[email protected]; [email protected]; [email protected]

Introdução

O projeto “Cuidando de Si do Outro e do Meio Ambiente” surgiu a partir de queixas e

relatos verbais feitos pelos próprios professores, alunos e funcionários da EREM Oliveira Lima,

assim como da nossa convivência junto aos educandos na instituição. Foi através dessa

convivência que pudemos registrar algumas ações negativas com relação ao comportamento dos

alunos na escola, entre eles: a falta de cuidados com os pertences individuais e com os materiais

da escola e o desrespeito com os professores.

Objetivos Gerais:

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• Discutir com os alunos valores básicos indispensáveis para uma relação de harmonia no

convívio diário com os demais membros da instituição.

• Estimular os alunos a reconhecerem a importância dos cuidados com a saúde pessoal através

da prevenção das doenças sexualmente transmissíveis e demais doenças oriundas da falta de

higiene.

Objetivos Específicos:

• Discutir a importância dos cuidados individuais com o corpo e com a mente;

• Despertar o sentimento de pertença e de responsabilidade (individual e coletiva) a partir dos

espaços, materiais e recursos da EREM Oliveira Lima.

Referencial Teórico:

De acordo com Boff (2012) o cuidado vai além dos muros da escola, daí ser essencial o

desenvolvimento da cultura do cuidado, pela escola. Enfim, o cuidar da amizade diz respeito à

preocupação com a vida, ou seja, é uma forma como a pessoa humana se estrutura e se realiza no

mundo com os outros. O autor também faz alusão à

Coordenadora: Yara Maria Leal Heliodoro1 Professora / Supervisora: Maria de Fátima Tavares Ramos2

necessidade de se oferecer um ombro ao amigo quando a ‘vulnerabilidade o visita e o desconsolo lhe

rouba as estrelas-guia’.

É sabido que os problemas com a conservação do Patrimônio Público (como as

escolas) são provenientes das próprias instituições, que podem ou não objetivar ações de

melhorias em prol de um ambiente conservado e preservado.

Segundo (CREPALDI, 2013) “uma das soluções encontradas pelas escolas para lidar com

problemas que envolvam alunos e professores é envolver, cada vez mais, esses alunos em projetos fora

da sala de aula, que tornem a experiência acadêmica muito mais ampla e prazerosa do que o ensino

tradicional. É preciso que o professor esteja ciente de que, por vezes, se a classe vive situações

conflituosas, vale mais a pena estimular uma conversa do que ministrar uma aula que não será bem

aproveitada. Se o aprendizado do conteúdo é importante, fundamental mesmo é promover a criação de

laços de solidariedade entre a comunidade acadêmica, ou seja, fornecer subsídios para o exercício

pleno da cidadania e preparar os estudantes para uma vivência ética em sociedade.”.

De acordo com Freire:

Não é possível refazer este país, democratizá-lo, humanizá-lo,

torná-lo sério, com adolescentes brincando de matar gente,

ofendendo a vida, destruindo o sonho, inviabilizando o amor.

Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem

ela tampouco a sociedade muda. (FREIRE, 2000, p.31)

Metodologia:

Inicialmente, buscamos diagnosticar os focos e as causas dos problemas, criando espaços para

discussões e reflexões e garantindo que a instituição fosse um local onde todos desejassem estar.

Dessa forma, por volta de um período de dois meses trabalhamos com os alunos dos 1os anos do

ensino médio. Iniciamos com a divulgação do projeto, com comunicado verbal aos professores,

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funcionários e alunos e através da elaboração e exposição de cartazes sobre o projeto, dispondo-os

por todo ambiente escolar: em salas de aula, corredores, sala dos professores, secretaria, biblioteca,

cantina, laboratórios, pátios e coordenação. Desenvolvemos nosso trabalho em três etapas. No

primeiro momento, foi realizada uma palestra com uma enfermeira com o tema “O cuidado

individual – Higiene Pessoal e doenças sexualmente transmissíveis”. Este tema gera muito interesse

por parte dos alunos, na medida em que eles se sentem a vontade para tirar suas dúvidas. No segundo

momento, foi feita outra palestra com uma psicóloga que abordou o tema “O cuidado com o outro –

A empatia e o respeito às diferenças de raça e gênero”. E por fim, no terceiro e último momento,

outra palestra com o Professor Fernando, Gestor da Escola Oliveira Lima, com o tema “O cuidado

com o ambiente escolar – Por que devemos cuidar da escola? Manutenções, custos e dificuldades”.

Paralelamente a essas ações, realizamos rodas de conversas com pequenos grupos, explorando

pequenos textos para gerar reflexões voltadas para nossos objetivos no que diz respeito ao processo

de interação entre as pessoas. E mais, também discutimos a importância dos cuidados individuais

com o corpo e com a mente. Nesse último ponto, constatamos alguns problemas de baixa-estima dos

estudantes, o que tem rebatimento no processo de ensino e de aprendizagem. É outra demanda que

surge e que estamos direcionando nossas ações para esse aspecto. Gostar de si mesmo é uma condição

primeira para que os estudantes sintam-se mais seguros e confiantes. Isso leva tempo e é assunto que

vamos sugerir a coordenadora para abordar na reunião de pais. .

.

Encontro pibidianos, Palestra no auditório

estudantes e supervisosra

Considerações finais

A partir das primeiras ações executadas na EREM Oliveira Lima é visível estudantes e

professores mais motivados a participarem das atividades propostas no projeto político pedagógico

da instituição. Percebemos ainda uma melhora significativa no comportamento dos estudantes com

relação ao ambiente escolar e para com seus professores. Também aconteceram algumas mudanças

no espaço físico da escola. Os professores abraçaram o projeto de forma plausível, contribuindo para

que os estudantes pudessem se envolver de forma ativa e efetiva; auxiliando-os na construção de uma

consciência ampla deste cuidado perante a sociedade. Acreditamos que “cuidar” é um ato de

preservação, aprendido por meio das experiências vividas e dos saberes adquiridos através da cultura

na qual fazemos parte.

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REFERÊNCIAS

BOFF, L. O cuidado necessário: na vida, na saúde, na educação, na ética e na espiritualidade.

Petrópolis, RJ: Vozes. 2012.

CREPALDI, Lideli. Violência no Ambiente escolar: Violência na escola e reflexo na vida docente.

2013. Revista o professor. Disponível em:

<http://www.revistaoprofessor.com.br/wordpress/?p=102>. Acesso em: agosto 2017.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 25ª ed. São

Paulo: Paz e Terra, 2002.

BRASIL, Lei Federal n. 8069, de 13 de julho de 1990. ECA _ Estatuto da Criança e do Adolescente.

Disponível em: http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10600907/artigo-116-da-lei-n- 8069-de-13-de-julho-

de-1990. Acesso em 07 de agosto de 2017.

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ESCOLA EDUCADA: PATRIMÔNIO PRESERVADO

Ana Paula da Silva Trajano *,2; José Irinaldo Rodrigues da Silva1*,2; Mª Rejane Silva do

Nascimento1*,2; Pamela Jaqueline Gomes Souto1*,2; Rayana Mª da Silva Rodrigues Gomes1*,2.

Subprojeto PIBID/UNICAP/PEDAGOGIA,1Universidade Católica de Pernambuco, 2EREM Luiz Delgado

E-mails: [email protected]; [email protected];

[email protected]; [email protected]; [email protected]

Introdução

Os diferentes espaços constituintes de uma escola, tais como sala de aula, pátios, banheiros,

cozinha, quadras esportivas, exigem dos gestores escolares uma atenção especial, para que esses ambientes

ofereçam uma aparência agradável, para os que ai trabalham e estudam. Aparentemente, parece que estamos

discutindo o óbvio. Na prática, esta temática se constitui um desafio para os gestores favorecerem uma

relação harmônica entre as pessoas e o ambiente escolar, sobretudo pela escassez de recursos financeiros,

para esta finalidade. A importância da limpeza no ambiente escolar é inquestionável, e tem tudo a ver com

a temática da cidadania. Desse modo, tomamos como referência os Parâmetros Curriculares de Filosofia e

Sociologia do ensino médio do Governo de Estado de Pernambuco, especificamente o Eixo 3: Relações

sociais e cidadania. Com base neste eixo desenvolvemos o projeto, “Escola Educada, Patrimônio

Preservado”. Nossa intenção, pois, é resgatar valores, como respeito, cuidado, organização e preservação,

ao mesmo tempo, refletir sobre as escolhas, ações e consequências, no percurso da convivência social. Seja

no ambiente familiar, escolar, onde quer que estejamos na interação com o outro, convém evitar qualquer

evento individual, para promover uma relação harmoniosa entre o público e o privado, priorizando-se,

assim, a importância de ser cidadão.

Objetivos:

Geral

● Sensibilizar as práticas sociais dos jovens educandos sobre a importância da preservação do patrimônio

público;

Específicos

● Orientar as ações no cotidiano, conscientizando os estudantes de suas responsabilidades no que tange à

conservação do patrimônio escolar.

● Refletir acerca do alto investimento, para se manter um patrimônio preservado, livre da depredação.

Coordenadora: Yara Maria Leal Heliodoro1 Professora / Supervisora: Maria de Fátima Tavares Ramos2

Referencial teórico

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Segundo (BRASIL, 2008), devemos tomar como ponto de partida os valores tematicamente apresentados

na Lei 9394/96, conforme disposto na Resolução nº03 /98. “I – Os fundamentais ao interesse social, aos direitos

e deveres dos cidadãos, ao respeito ao bem comum e à ordem democrática; II – os que fortalecem os vínculos

de família, os que fortalecem os laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca.”

Tais valores, nucleados a partir do respeito ao bem comum, e guiados pela consciência social, democrática,

solidária e tolerante, permitem identificar mais precisamente a concepção de cidadania que queremos para nós,

e que desejamos difundir para os outros.

Baseados nesses valores fundamenta-se nosso projeto “Escola Educada – Patrimônio Preservado”, pois

acreditamos que, quando preservamos um patrimônio que não só nos pertence, mas a todos os integrantes

daquele espaço, estamos exercendo nosso dever enquanto cidadãos, ao mesmo tempo, respeitando o direito dos

outros, ou seja, de conviverem num ambiente limpo, organizado, com todos os utensílios em estado de uso.

É essa concepção de cidadania que queremos trazer para os alunos participantes, incentivando uma prática

de relações respeitosas, para que eles possam identificar que ambiente querem para si e desejam construir para

os outros. Vem a propósito a citação de Sousa (2003, p. 121): “A luta pela valorização do patrimônio tem seu

início na própria luta pela defesa dos bens que cercam a escola.”

Dessa forma, faz-se necessário que sejam trabalhados com os nossos jovens os valores referentes ao

cuidado e valorização do patrimônio do qual desfrutam nos pequenos espaços onde convivem, a exemplo da

escola. São investimentos desse teor que levam à formação da cidadania, consequentemente, de uma postura

voltada para o respeito e preservação de um ambiente onde se atua coletivamente.

A escola é um espaço de convivência em comum não só para os alunos, mas também docentes, gestores,

funcionários, incluindo nesse público a família do aluno. As histórias vividas nesse espaço ficam marcadas para

o resto da vida, e todos querem guardar boas recordações. Assim confirma Filho (2009, apud ALMEIDA, 2009):

“O patrimônio compõe a identidade e a imagem da escola e, por isso, ele precisa estar sempre em ordem, sob

pena de colocar em risco a segurança das pessoas e o projeto pedagógico”.

Importante lembrar as palavras de Miranda (apud BANAZSESKI e PELOSO, 2012) “Todo ano, o Poder

Executivo destina parte significativa do orçamento para a manutenção das escolas públicas. São gastos com

reformas de instalações, consertos de equipamentos, pinturas, troca de carteiras, entre outras despesas. Esses

recursos poderiam ser economizados e investidos em outros setores da educação, não fossem os atos de

vandalismo e de destruição do patrimônio escolar”.

Diante desse contexto, torna-se imprescindível que todos se sintam pertencentes e responsáveis pelo

espaço. Ajudar a manter a integralidade física e cultural da escola leva o indivíduo a legitimar seu papel na

comunidade bem como valorizar o sentimento de pertença a um grupo, cujos desafios só serão vencidos através

da unidade. Enfim, com essa consciência, reafirmamos valores, e fazemos com que todos vejam a escola como

um patrimônio da comunidade.

Metodologia

Para alcançar esses resultados, desenvolvemos esse projeto, no período de três meses, com alunos de 1º e

2º anos do ensino médio. O projeto foi executado em três etapas, a saber: primeiramente, expusemos nossa

proposta para ser apreciada pela gestão e pelos docentes da instituição e todos abraçaram a ideia, o que foi de

suma importância para o desenvolvimento das tarefas e a garantia dos resultados. Em seguida, envolvemos os

alunos, problematizando sobre o compromisso de cuidar do espaço coletivo. Como observo o ambiente/espaço

em que vivo? Por que risco, sujo e quebro? Como posso melhorar? Dando prosseguimento, apresentamos

imagens dos equipamentos e materiais danificados na escola e paralelamente materiais em bom estado de

conservação e, para reforçar, um vídeo sobre cidadania. Realizamos rodas de conversa com alunos das diversas

turmas, culminando com a confecção de lixeiras.

Resultados

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Podemos afirmar que os resultados esperados foram satisfatórios, levando em conta que é nítida a

mudança de comportamento de grande parte dos educandos da instituição. Essa realidade pode ser comprovada

quando observamos menos lixo jogado no chão das salas e corredores, na medida em que as lixeiras

confeccionadas na sala de aula passaram a ser usadas. Além disso, um percentual considerável de paredes sem

pichação. Após a vivência do projeto, nenhum registro de material quebrado na escola.

Considerações finais

Entendemos que o exercício da cidadania e o resgate dos valores, como respeito, cuidado e, principalmente,

o estímulo ao sentimento de pertença dos educandos, no espaço escolar como parte do cotidiano, é de

fundamental importância para o exercício da cidadania, no processo da aprendizagem.

Com a reflexão orientada e a consequente consciência da relevante missão dentro do espaço coletivo, os

alunos serão portadores de um legado que passarão para as futuras gerações. Ao tirar o projeto do papel, cumprir

todas as etapas, e constatar resultados positivos, estamos contribuindo para uma escola construtiva, como

idealizou Paulo Freire, uma escola que ensina para a vida.

Referências bibliográficas

ALMEIDA, Daniela. Manutenção do patrimônio escolar. IN: Revista Gestão Escolar. junho de 2009.

BANAZSESKI e PELOSO. Depredação do patrimônio público escolar: Considerações a respeito da mudança

de comportamento da comunidade escolar. IN: PARANÁ. O professor PDE e os desafios da escola pública

paranaense, 20012.

BRASIL. Ciências humanas e suas tecnologias. Secretaria de Educação Básica-Brasília: Ministério da

Educação, Secretaria de Educação Básica, 2008). 133 p. (Orientações curriculares para o ensino médio, volume

3..

SOUZA, Djacyr de. Preservação do Ambiente: Uma ação de Cidadania, Fortaleza, Brasil Tropical, 2003. O

professor PDE e os desafios da escola pública paranaense. Disponível em:

https://gestaoescolar.org.br/conteudo/771/manutencao-do-patrimonio-escolar

Acesso em 04 de abril de 2017, ás 15h30.

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HISTÓRIA AMBIENTAL, ARTE E ENSINO EM UMA PERSPECTIVA

INTERDISCIPLINAR

Elivânia Augusta da Silva; Fábio Rocha Carvalho Júnior4; Katherine Cinthia de Santana;

Vamberto Gonçalves da Silva;

SUBPROJETO HISTÓRIA

Universidade Católica de Pernambuco

Liceu de Artes e Ofícios

E-mails: [email protected];[email protected];

[email protected]

Introdução

A História Ambiental é um dos campos de pesquisa que vem se destacando na historiografia nos

últimos tempos pelo seu caráter singular, como afirma José Augusto de Pádua: “não é o caso de

buscar “precursores”. Mas sim de analisar um movimento histórico mais amplo e difuso: a

4 Supervisor de área do PIBID

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construção da sensibilidade ecológica no universo da modernidade” (PÁDUA, 84, 2010). Ao

observar as possibilidades que este campo de investigação proporciona, surgiu a ideia de utilizá-

lo como uma matéria de interdisciplinaridade. Essa inspiração teve influência na conclusão de

José Augusto Drummond:

“A história ambiental é, portanto, um campo que sintetiza muitas

contribuições e cuja prática é inerentemente interdisciplinar. A sua

originalidade está na sua disposição explícita de “colocar a sociedade

na natureza” e no equilíbrio com que busca a interação, a influência

mútua entre sociedade e natureza.” (DRUMMOND, 1991, pg 8).

Partindo disso, a intenção inicial foi unir as possibilidades metodológicas que a História

Ambiental carrega em si para construir uma ponte com outros campos educacionais que tem

similaridades em sua proposta, como aponta a definição de Educação Ambiental que “...

significa aprender a ver o quadro global que cerca um problema específico - sua história, seus

valores, percepções, fatores econômicos e tecnológicos, e os processos naturais ou artificiais

que o causam e que sugerem ações para saná-lo;” (EFFTING, p. 11-12, 2007).

A arte se destacou por sua característica plástica que permitiu a junção entre História Ambiental

e uma Educação Ambiental como descreve Ana Marcela França Que “Nesse contexto, a arte

pode vir a ser uma importante via de compreensão da relação ser humano-natureza em um

determinado período histórico, uma vez que a expressão artística, além de ser uma expressão

individual, é também a manifestação de uma dada cultura. ” (FRANÇA, p. 04, 2013). A

representação artística escolhida para fazer essa transversalidade de temas foi arquitetura grega

com suas icônicas colunas. A intenção era trazer para sala um símbolo dessa importante

civilização do mundo Ocidental e, com isso, como Denise do Rocio Dumsch destacou

“Potencializar é uma capacidade que pode ser manifestada quando há um estímulo. E a

percepção visual realmente necessita desse saber olhar para que haja significados. É o que

chamamos de cultura visual. ” (DUMSCH, p.03, 2012).

Objetivos

Desenvolver nos alunos, através de uma parceria com professores e membros de PIBID, a

capacidade de refletir sobre temas ambientais e o quanto eles estão na pauta de sua realidade

para que no final possam entender a relevância do tema. Também despertar nos adolescentes o

interesse pela arte nas sociedades e o quando elas são um retrato visual de um tempo que

permanecesse em nosso cotidiano. Outro ponto do projeto é permitir aos discentes estudar o

meio que está inserido através de uma produção própria, tornando a aprendizagem um processo

intuitivo de construção pessoal. Desenvolver com os alunos a capacidade de pesquisar temas e

produzir conteúdo a partir de suas descobertas gerando o sujeito autônomo na sua construção do

conhecimento, permitindo a eles adquirir um senso crítico perante a realidade que lhes cerca.

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Referencial teórico

Para trabalharmos com a História Ambiental e interdisciplinaridade os optamos pelos escritos

de José Augusto Drummond e José Augusto de Pádua que assomados com técnica e pesquisas

em jornais ensinados por Daniel Raviolo nos levaram a procurar em Paulo Freire em sua

Pedagogia da Libertação inspirações para a execução do projeto.

Metodologia

O projeto nomeado “A Coluna” de iniciativa do professor supervisor e dos membros do

Programa de Iniciação à Docência (PIBID) da Escola Liceu de Artes de Ofícios partiu da ideia

da construção de uma coluna jônica, para ser colocada na sala construída com materiais

recicláveis e, assim, promover a interdisciplinaridade dos temas, ou campos, sugeridos

anteriormente. No entanto, o título do projeto lembra o gênero texto coluna jornalística, e

repetindo a parceria, surgiu a ideia de criar um jornal escolar e uma plataforma digital (blog).

Neles, os discentes podem desenvolver outras habilidades e ter uma nova perspectiva do

processo ensino aprendizagem, como é sugerido no Guia do Jornal Escolar “As mídias escolares

são qualificadas pelos processos de ensino-aprendizagem dos quais resultam. Um Jornal Escolar

pode tanto permitir a expressão de crianças e adolescentes como reforçar tendências autoritárias.

” (RAVIOLO, p. 05, 2010). Como também ajuda a ter uma postura crítica do sobre a realidade

que está inserido expressa o mesmo periódico “O Jornal Escolar é suporte de uma experiência

de vida da criança, que se mobiliza para comunicar. Nesse engajamento, ela utiliza e desenvolve

seu julgamento e criatividade. Assim, constrói sua autonomia. ” (RAVIOLO, p. 06, 2010).

Portanto, o projeto tem se mostrado bastante produtivo, pois o engajamento dos alunos nele tem

superado as expectativas mais otimistas e, dessa forma, possibilitando uma interdisciplinaridade

mais abrangente porque através dele também estamos trabalhando produção textual, um dos

calcanhares de Aquiles do ENEM.

Metodologia e Resultados

Inicialmente foi construída uma coluna física grega estilo jônico para decoração da sala de aula.

Os alunos auxiliados pelos estagiários construíram a coluna, participando de todas as etapas. O

intuito nessa primeira fase do projeto foi à conscientização para preservação do meio ambiente,

assim como o reaproveitamento dos materiais industrializados. A posteriori nasceu através de

reuniões da equipe do Pibid e alguns alunos, a ideia de construir um jornal escolar que

mantivesse na sua proposta a coluna não física, mas jornalística. Foi criado um blog para

divulgação online das matérias escritas pelos alunos sobre assuntos diversos, assim como o

jornal físico distribuído mensalmente na escola. São os estudantes que participam de toda a

construção do projeto desde a diagramação, correção de textos e divulgação na internet. Sempre

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auxiliados pelos estagiários que ficam responsáveis por cada equipe. No jornal os alunos podem

publicar artigos de opinião como também manifestações culturais de sua autoria. Ao passo que

o projeto vai se desenvolvendo percebemos uma atuação cada vez maior dos alunos no jornal.

Essa produção ajuda os alunos a melhorar seus estudos, aumentar o gosto pela leitura e o mais

importante o ensino de história muda de rumo, não ficando restritas as paredes da sala de aula.

Considerações finais

O projeto A Coluna continua em andamento. Ele tem possibilitado uma maior

aproximação entre professores, equipe do PIBID e Alunos melhorando os relacionamentos

entres os membros envolvidos processo ensino-aprendizagem. A cada edição do Jornal aumenta

quantidade de adolescentes envolvidos na inciativa. Entretanto, A coluna pretende expandir.

Está em curso a criação de um canal no Youtube com o mesmo nome do projeto. Lá serão

postadas dicas educacionais produzidas pelos próprios alunos sobre temas que eles estão vendo

em sala de aula; também será um espaço para trabalhos jornalísticos, além de possibilitar a

divulgação de produções culturais desenvolvidas por eles e pela escola. A Coluna nasceu com o

intuito de união entre temas transversais da educação, mas com o interesse dos alunos e a ação

do PIBID, tem tomado rumos inimagináveis no seu início e mostrando que a educação pode sim

transformar a sociedade.

REFERÊNCIAS

DUMSCH, Denise do Rocio. A POTENCIALIZAÇÃO DA PERCEPÇÃO VISUAL ATRAVÉS

DA ARQUITETURA E DA HISTÓRIA DA ARTE. Disponível em: <

http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2010/2010

_embap_arte_artigo_denise_do_rocio_dumsch.pdf> Acesso em: 14/10/2017.

DRUMMOND, José Augusto. A HISTÓRIA AMBIENTAL: temas, fontes e linhas de pesquisa.

Estudos Históricos, Rio de Janeiro. Vol. 4, n. 8, 1991, p. 177-197.

PÁDUA, José Augusto. As bases teóricas da história ambiental. Estudos Avançados, São Paulo,

v. 24, n.68, p. 81-101, jan. 2010.

RAVIOLO, Daniel. GUIA DO JORNAL ESCOLAR NO PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO.

Fortaleza, 2010. Disponível em: < http://comcultura.org.br/wp-content/uploads/2010/04/guia-

do-jornal-escolar-versaoweb.pdf> acesso em: 14/10/2017

EFFTING, Tânia Regina. Educação Ambiental Nas Escolas Públicas: Realidade E Desafios. 90

f. Monografia Pós Graduação, Centro de Ciências Agrárias, Universidade Estadual do Oeste Do

Paraná, 2007.

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PROJETO ARRUANDO: ENSINO DE HISTÓRIA SOBRE AS ÁGUAS DO RECIFE

Camilla Fernandes; Vinícius Castro

SUBPROJETO HISTÓRIA

Liceu de Artes e Ofícios

E-mails: [email protected]; [email protected]

Introdução

A LDB 9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional explica, em seu artigo 1º, que

“A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na

convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais

e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais (LDBEN, art. 1º). ” Entendemos

desta forma sobre a necessidade de promover oportunidades de interação dos discentes com o

patrimônio material e imaterial, realizando o processo educativo a partir da extensão da sala de

aula para o campo, transformando este um momento de investigação e constatação do saber

histórico.

O projeto é aplicado na escola Liceu de Artes e Ofícios, com os estudantes do Ensino Médio.

Aproveitamos a localização privilegiada da escola, que fica no bairro da Boa Vista, para explorar

os pontos estratégicos por onde perpassam a história da capital pernambucana. Desse modo, o

“arruando” ganhou forma, pois as aulas de campo aconteceram a partir das caminhas com os

grupos de alunos, pelas ruas do Recife. A fim de nos reconhecermos na história, o conhecimento

da nossa localidade, e consequentemente dos nossos costumes e cultura, enaltece um cidadão cada

vez mais consciente de seu papel nos afazeres para o melhoramento da vida em sociedade.

Objetivos

Com o objetivo de conhecer a história local a partir da observação dos espaços urbanos o “Projeto

Arruando” que teve início em 2012, se inspira na obra “Arruar: história pitoresca do Recife

antigo”, do cronista Mário Sette (1886-1950), que busca privilegiar a história local através de

visitas nos espaços urbanos, trazendo o reconhecimento das histórias que se movimentam pelas

ruas do Recife e transformando tais espaços em sala de aula. Os objetivos do projeto é privilegiar

o estudo da História, aproximando o alunado do caráter transdisciplinar presente na história local,

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oferecendo ao estudante, por meio de suas próprias experiências, reflexões acerca das

transformações ocorridas na cidade e fomentar debates sobre diversos aspectos da História Social.

Metodologia

Nossa metodologia foi desenvolvida juntamente com o professor supervisor, pois se fez

necessário articular os conteúdos vistos em sala de aula com a prática de campo que seria

abordada. Precisamos da ajuda do professor também para solicitar as autorizações, nas quais os

estudantes estariam habilitados para participarem do projeto. Entendemos que a sala de aula vai

além das paredes de concreto. Onde existir processo de ensino-aprendizagem, ali se fez uma sala

de aula. Portanto, transformamos cantos diversos da nossa cidade em sala de aula. Os alunos são

motivados a conhecer a história local por intermédio de textos e aulas expositivas em seguida são

acompanhados a diversos locais, entre ruas e praças, pontes e rios, sem perder de vista a dinâmica

da história, uma vez que ambas- as ruas e a história se articulam.

Referencial teórico

“Não existe docência sem discência”, afirma Paulo Freire, e defende a ideia de que o trabalho do

professor não é de passar o conteúdo, mas é de criar caminhos e condições para a formação do

sujeito. O professor é responsável pela formação dos alunos, e os alunos atuam na formação do

professor. A prática docente é constante, e é necessário para o entendimento do professor, a

experiência em sala de aula. É no campo que se aprende a ser professor. E cada experiência é

única, visto que em cada conjunto de alunos temos um perfil de sala de aula diferenciado, e com

isso o professor aprende pelos alunos a prática docente.

Só se aprende a cozinhar, cozinhando. Só se aprende a nadar, nadando. Só se aprende ensinar,

ensinado. A docência é resultado da prática, e não isoladamente de conhecimentos adquiridos ao

longo de uma formação acadêmica. Por isso, na formação docente é necessário para que se forme

um professor, a prática.

Considerações finais

O projeto tem como tarefa principal utilizar as ruas como campo de trabalho. Ou melhor,

transformá-las em campo de ação e lugar privilegiado onde se passa a história. Achamos

necessário, portanto, intencionamos perspectivas de pesquisa de campo, na qual pressupõem

pesquisa, ação e reflexão, a fim de relacionar os conhecimentos teóricos aprendidos em sala de

aula com o cotidiano dos sujeitos em formação, que por sua vez estão também integrados no

ensejo da cidade. Assim, o estudo de campo integra no estudo perspicácia e sentidos acerca do

espaço vivido. Buscamos assim desenvolver noções históricas dos espações vividos, concepções

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acerca do que seria patrimônio, tanto material quanto imaterial. Constamos também

paralelamente com difundir noções quanto à sustentabilidade, visto que o natural e o urbano

residem no mesmo espaço. No caso de Recife, por ser uma cidade ligada por pontes e cortada por

rios, a presença de elementos ambientais se tornam presentes no cotidiano de todos. Dentre essa

perspectiva, a parti do ano de 2016, começamos o Arruando sobre as aguas, utilizando o catamarã

passando pelos rios que cortam o Recife vendo a nossa cidade de outro ângulo e com uma nova

perspectiva.

Referências

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo:

Paz e Terra, 1996.

SETTE, Mário. “Arruar”: história pitoresca do Recife antigo. Rio de Janeiro: Livraria-Editora

da Casa do Estudante do Brasil, 1948.

BRASIL. Lei de Diretrizes e bases da educação nacional – 1996. Disponível em:

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm

VIVÊNCIAS DA CULTURA AFRO-INDÍGENA NO ENSINO MÉDIO: UMA BUSCA

PELA IDENTIDADE NACIONAL

Ariane Ingrid da Silva Botelho, João Filipe Santos da Silva Xavier, Vinicius Lima Pazos

Subprojeto – História

Universidade Católica de Pernambuco

EREM Aníbal Fernandes

E-mails: [email protected], [email protected], [email protected]

Introdução

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Segundo o patrono da educação Paulo Freire, o ensino deve está atrelado à prática, pois

é necessário que o ser humano conheça o seu lugar, a fim de se tornar um protagonista da sua

história. “Dessa forma, entendemos que não é possível fazer ensino desvinculado da pesquisa,

pois ambos estão articulados num movimento intrínseco, permanente e interligado, em que o

ensino realimenta a pesquisa e esta, da mesma forma, aquele” (DANATONI; COELHO, 2007, p.

74). Na realidade o grande papel da escola não é apenas transmitir informações, mas procurar

“ensinar a aprender” e seguindo por esse caminho procurar criar novas oportunidades, orientando

o educando a enxergar o mundo com olhar crítico.

Objetivos:

Com o intuito de levar aos alunos do Ensino Médio da Escola de Referência Aníbal

Fernandes, o projeto do Pibid teve como principais objetivos: construir um pensamento crítico a

partir de documentação bibliográfica, debates e das vivências antropológicas para garantir a

construção da consciência nacional.

Período de Realização da Atividade de Referência do Relato

Comprometidos com a temática afro-indígena buscou-se por em experiência um roteiro

construído a partir de fatos e narrativas. A primeira saída de campo teve como propósito a

interação com o grupo de capoeira Chapéu de Couro - Mestre Corisco, com uma das sedes

presentes na Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP), como reconhecimento do valor

cultural e social da manifestação genuinamente brasileira, reconhecida Patrimônio nacional pelo

IPHAN desde 2014.

A posteriori, o roteiro trilhou o caminho do "amém ao axé" no sítio histórico de Olinda,

contemplando desde a Igreja de Nossa Senhora de Guadalupe (construída por negros e índios no

período colonial), a Igreja de São João Batista dos Militares, (responsável por abrigar os

holandeses no período das revoltas), Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos,

(guardiã de santos pretos e objetos do período da escravidão), e por fim, o Palácio de Iemanjá -

Terreiro de Pai Edu (em processo de patrimonialização pelo IPHAN).

Posteriormente, o arruando atingiu o Museu da Abolição, com a intenção de contarem a

história do casarão por meio de sua estrutura arquitetônica, que remete a casa-grande, como

também aos atores abolicionistas. Questões como racismo foram desconstruídas e de políticas

públicas reconstruídas

Com a finalidade de abordar o campo das religiões de matriz africana, de modo especial

o candomblé, e as danças populares, como o coco foram realizados debates com historiadores na

escola e visita ao Terreiro de Xambá - Pai Ivo de Oxum (primeiro quilombo urbano do Recife).

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Conclusão

O projeto foi marcado por desconstrução e construção, o que sinaliza o êxito nos objetivos

específicos previamente estabelecidos, bem como a satisfação da equipe de pibidianos, alunos,

responsáveis, equipe gestora, professores e profissionais envolvidos nos debates.

BIBLIOGRAFIA

DANATONI, Alaíde Rita; COELHO, Maria Cândida de Pádua. Reflexões sobre o ensino,

pesquisa e formação de professores na sociedade contemporânea. Cadernos de Educação,

FaE/PPGE/UFPel, Pelotas [29]: 73 - 88, julho/dezembro 2007.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 25ª ed. São

Paulo: Paz e Terra, 2002.

Glayci Kelli Reis da Silva Xavier; Aline Pinto de Brito, Keilla da Fonseca Casimiro. A pesquisa

no ensino fundamental: fonte para construção de conhecimento.

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ORIGENS: ROMPENDO AS FRONTEIRAS DA CULTURA5

Alvino de Morais; David Borges Mattos6; Eduardo Ribeiro Xavier; Thayanne Emanuele Lima de

Melo

SUBPROJETO HISTÓRIA

Universidade Católica de Pernambuco

Almirante Soares Dutra

E-mails: [email protected]; [email protected];

[email protected]; [email protected]

Introdução

Ao elaborar este trabalho, conseguimos observar claramente e entender a dificuldade

existente dos estudantes em se reconhecer enquanto cidadãos latino-americanos e enxergar os

países vizinhos como nações semelhantes. Notamos, na verdade, o enorme distanciamento que

faz com que vejam esses países como praticamente inexistentes dentro do campo de identificação

cultural. Percebendo que muitas vezes países que, geográfica e economicamente, mais

distanciados do Brasil, exercem a influência e estabelecem uma identificação maior que os já

citados países vizinhos. Dentro dessas dificuldades explicitadas, elaboramos o projeto intitulado

“Origens: rompendo as fronteiras da cultura” para que os alunos possam identificar as

semelhanças entre os países latino-americanos, criando uma ideia de irmandade que pode ser

eficaz também como desmistificador de preceitos criados por desconhecimento da cultura desses

países.

Durante a pesquisa foram descobertas, também, similaridades históricas com Curaçao, já que

tanto a ilha citada, quanto o território que hoje em dia se entende como pernambucano, fora

colonizado pelos Holandeses durante o mesmo período. O projeto contou com diversas salas

temáticas, montadas a partir de pontos referenciais do país, como aspectos climáticos,

populacionais, aspectos históricos contendo uma delas decoração especifica de Curaçao,

explicitando as similaridades históricas entre as colonizações, falando um pouco sobre a cultura

da ilha e seu atual estado. Outra atividade interessante que vale a pena ser descrita foi a confecção

5 Durante a aplicabilidade do projeto foi importante à participação dos professores Eliseu Vieira

Lourenço (supervisor do PIBID, área de Filosofia) e de Daniella Sheila da silva Santos que não

mediram esforços para se integrarem ao grupo. O sucesso do projeto se deveu também aos dois

por isso registramos aqui nossos agradecimentos.

6 Supervisor da área de História.

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e execução de um desfile de moda, com roupas inspiradas em paisagens venezuelanas que foi

concebido e executado pelos próprios alunos e apresentados durante o dia na escola.

Objetivos

O trabalho realizado na Escola Técnica Estadual Almirante Soares Dutra, intitulado “Origens:

rompendo as fronteiras da cultura”, teve como objetivo geral a compreensão da importância e

exercida pelo Brasil dentro da América Latina, a compreensão das diferenças culturais do nosso

país para com os vizinhos de continente e o aprofundamento nessas características para criação

de uma identidade latino-americana mais forte.

Referencial teórico

Como discutido por Aquino, no livro já citado, uma nova forma de convivência entre os países

da América latina fora trabalhada durante o século XX. Compreendendo a imposição dos Estados

Unidos e a necessidade de se organizar perante os interesses deles envolvidos se organizaram em

formas de conferencias “a fim de discutir questões de interesses continental, especialmente as

relativas medidas de defesa contra agressões” (AQUINO, 1990). Além das conferencias, também

fora instalada uma política de cooperação desses países, que perduram até a contemporaneidade,

citando como exemplo a criação e manutenção do Mercosul.

Metodologia

No mês de novembro de 2016 o projeto foi executado. No seu decorrer, contamos com o apoio

do consulado da Venezuela, que compreendeu nossos objetivos e nos permitiu ampliar ainda mais

nosso olhar para as relações entre os dois países, que na contemporaneidade se firma por meio de

ligações entre as figuras políticas governamentais: os presidentes Venezuelanos Hugo Chávez e

Nicolas Maduro e os presidentes do Brasil: Luís Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Não

explicitando só as semelhanças culturais da contemporaneidade e os aspectos políticos, mas o

trabalho também contou com estudos sobre figuras brasileiras históricas, mais precisamente um

pernambucano, que lutou pela independência da Venezuela e de uma boa parte da América

Espanhola, que foi o General Abreu e Lima, que inclusive tem seus restos mortais no cemitério

dos Ingleses, que está situado ao lado da escola.

Considerações finais

Sabemos, graças aos estudos históricos, que o percurso do continente da América do Sul esteve

sempre entrelaçado. Mesmo tendo dois países como colonizadores, que, aliás, durante os séculos

XVI e XVII se uniram durante a conhecida União Ibérica, as características de modo geral de

vida não foram tão diferentes assim. Claro que, com o passar dos séculos, também relacionado

aos seus processos de independência, bem discutidos no livro “História das Sociedades

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Americanas” de Aquino, eles foram tomando formas diferentes para além da língua, mas de

costumes culturais e pensamento social, e citando como exemplo Cuba, até de um distanciamento

de modelo econômico. Apesar das disparidades linguísticas e territoriais, do Brasil em relação

aos países vizinhos, o projeto visava justamente mostrar ao aluno todas essas ligações históricas

e os mesclados dentro dessa perspectiva histórica de apoio e ajuda no continente, para que não

fosse mais percebido como um país distante e sim, de forma análoga, criando um sentimento não

só de percepção, mas como já citado antes, de pertencimento latino-americano, com o eixo

também nessa identidade pernambucana, tendo em vista as relações já citadas entre os dois

territórios.

Referências

AQUINO, Rubim Santos. História das Sociedade. Rio de Janeiro: Ao livro técnico, 1990.

IDENTIDADE E PERTENCIMENTO: UM CAMINHO PARA CONSCIÊNCIA

CRITICA

Andrio José dos Santos; David Borges Matos7; Deivid França da Silva; Sara Cristina Francelina

de Lima

SUBPROJETO HISTÓRIA

Universidade Católica de Pernambuco

Almirante Soares Dutra

7 Supervisor da Escola Técnica Estadual Almirante Soares Dutra.

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Emails: [email protected]; [email protected];

[email protected]; [email protected]

Introdução

A Escola Técnica Estadual Almirante Soares Dutra está localizada no bairro de Santo

Amaro. Em seu entorno podemos encontrar a centenária Igreja de Santo Amaro das Salinas, o

Cemitério dos Ingleses e o Forte do Brum. A escola foi inaugurada no início da década de 1970,

durante o período da ditadura militar.

Segundo o Sistema de Informações da Educação de Pernambuco (SIEPE), atualmente, a

Escola abrange o ensino nas modalidades integral/integrado aos cursos técnicos de meio ambiente

e nutrição e dietética, subsequente e EAD. A Almirante Soares Dutra comporta 404 alunos, sendo

o corpo docente formado por 56 professores.

Através de uma atividade realizada com os educandos, na qual eles deveriam escrever um resumo

sobre a história da instituição, perceberam-se dificuldades quanto à obtenção de informações

sobre a escola, devido à escassez de fontes, e a falta de uma tradição oral, que não conservou

momentos marcantes da história da instituição.

Um dos exemplos disso: o esquecimento de que foi nas dependências da Escola que faleceu, em

1974, o matemático, pedagogo e escrito de fama mundial, Júlio César de Mello e Souza (1895 –

1974), mais conhecido pelo pseudônimo de Malba Tahan, que esteve ministrando dois de seus

cursos, o de “Jogos e Recreações” e o “A Arte de Contar Histórias”. Sendo assim, surgiu a ideia

do projeto " Identidade e Pertencimento: Um Caminho Para Consciência Crítica".

Objetivos

O objetivo central almeja o resgate da memória institucional da Escola, para a

construção/reconstrução de sua identidade, e reforço da autoestima de professores, alunos e

funcionários, propondo, com esse fim, a recuperação de arquivos, a preservação do ambiente e a

criação de um sentimento de pertencimento por parte da comunidade escolar.

Referencial Teórico

Como já citamos acima, nossa missão com o trabalho "Identidade e Pertencimento: Um Caminho

Para Consciência Crítica" é a afirmação do sentimento de pertencimento a instituição de ensino

através da legitimação das memórias. Para Le Goff em seu livro História e Memória “A memória

onde cresce a história, que por sua vez a alimenta, procura salvar o passado para servir o presente

e futuro. Devemos trabalhar de forma a que a memória coletiva sirva para a libertação e não para

a servidão dos homens” (LE GOFF, 1988, p. 477). Pierre Bourdieu em A Economia das Trocas

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Simbólicas " todo ato de produção cultural implica na afirmação de pretensão a legitimidade

cultural" (BOURDIEU, 2007, p.108).

Metodologia

No início do mês de junho, começamos a buscar uma sala que pudesse abrigar o memorial da

escola. A sala de humanas foi à escolhida nesse processo por ser ela designada a essas disciplinas.

Após a volta às aulas começou a ser organizado um ciclo de palestras com ex-alunos da instituição

que hoje já estão inseridos no mercado de trabalho para falar de suas experiências na escola e a

importância que a mesma teve em sua formação, pessoal e educacional. No mês de outubro

começou a organização do espaço. Primeiro precisamos desocupar a sala dos objetos estranhos

ao projeto, após esse processo a sala foi higienizada. Alocamos estantes e livros das áreas a fins.

O segundo passo foi a ambientação do recinto e acomodação dos documentos. Precisamos

ressaltar que esse projeto é em longo prazo. O resgate histórico envolve várias etapas.

Considerações finais

O trabalho foi muito importante para a dinamização das aulas havendo intensa participação da

comunidade escolar que se mostrou interessada em reunir a documentação que estava arquivada

na escola. Esse processo durou em torno de um mês devido às burocracias internas para conseguir

acessar os documentos, analisá-los e catalogá-los. Nesse processo os educandos participaram

ativamente, sendo eles os responsáveis, com a orientação do professor e dos pibidianos, por reunir

o material.

REFERÊNCIAS

BOURDIEU, Pierre. A economia das trocas simbólicas. São Paulo: Perspectiva, 2007.

LE GOFF, Jacques. História e Memória. Campinas: Editora da Unicamp, 1988.

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O JOGO LÚDICO DO MANCALA

Vicente Francisco de Sousa Neto¹ , Maria Guadelupe Dourado Rabello² , Isabel Maria Leite³, José

Wildemar dos Anjos³, Maria Vitória Carvalho Gomes³.

SUBPROJETO MATEMATICA

Universidade Católica de Pernambuco

Escola Governador Barbosa Lima

Emails:[email protected], [email protected], [email protected],

[email protected].

INTRODUÇÃO

O presente trabalho objetiva apresentar o jogo do Mancala como estratégia de ensino e

aprendizagem aos estudantes de uma escola pública da rede estadual de ensino vinculado ao

PIBID. A metodologia pedagógica envolveu jovens que comumente apresentavam pouco interesse

pelo estudo da matemática, em particular o trabalho foi dirigido principalmente aos estudantes

portadores de deficiência auditiva. Promovendo e favorecendo assim, numa buscar por uma

melhor didática de aprendizagem. De maneira geral, sabe-se que os jogos lúdicos, contribuem

sobremaneira como uma ferramenta auxiliar ao desenvolvimento cognitivo de trabalho.

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De maneira geral, jogo é uma atividade livre, exercida em limites de tempo e de espaço, segundo

regras livremente consentidas e absolutamente obrigatórias, com sentimentos de tensão e

diferente da vida cotidiana. O jogo ultrapassa os limites físicos e biológicos, estando presente em

tudo o que acontece no mundo (HUIZINGA, 2010).

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O método de como as disciplinas são ministradas impacta na forma de como o aluno aprende e

no que se refere ao processo de ensino-aprendizagem é possível ver na literatura que os indivíduos

aprendem de diferentes formas (MORETTO, 2010; TRAVELIN, 2011).

Em nosso caso específico o jogo do Mancala na educação matemática, tem como objetivo geral

verificar como são apropriados os conceitos matemáticos, e funciona como desafios de

aprendizagem escolar. Estes, são basicamente fundamentados nas contribuições metodológicas

dos teóricos Piaget, Kishimoto e Vygostsky.

O jogo desempenha um papel importantíssimo na Educação Matemática. "Ao permitir a

manifestação do imaginário infantil, por meio de objetos simbólicos dispostos intencionalmente,

a função pedagógica subsidia o desenvolvimento integral da criança" (Kishimoto, 1994, p. 22).

METODOLOGIA E RESULTADOS

Mancala é um jogo de estratégia relacionado à semeadura. Tem origem na palavra árabe nagaala

que significa “mover”. Simula o ato de semear, a germinação das sementes na terra, o

desenvolvimento e a colheita. O movimento das sementes pelo tabuleiro era associado ao

movimento celeste das estrelas, e o próprio tabuleiro simbolizava o Arco Sagrado.

Os objetivos do Mancala são indispensáveis para o aprendizado; estes podem ser descritos da

seguinte forma:

• Número de participantes: 02

• Objetivo do jogo: o qual é capturar o maior número de sementes.

• Preparação do Jogo: distribuir 4 ou 5 sementes em cada casa e sortear quem iniciará a

partida.

• Cada jogador fica com uma fileira de 6 casas, que será considerada seu “campo” e um

oásis a sua direita, onde deposita as sementes capturadas.

• Movimentação do jogo: os jogadores se alternam fazendo um lance cada vez. Em cada

jogada ele deve escolher uma casa de seu campo e pegar todas as sementes desta casa,

semeando-as pelas casas seguintes, uma semente em cada casa de seu campo e/ou do

campo do seu adversário. As 12 casas do tabuleiro são consideradas como se fosse um

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circuito que deve ser percorrido no sentido anti-horário. Se o número de sementes a ser

semeado for maior que onze, dá-se uma volta completa pelo tabuleiro sem deixar no oásis

do adversário nenhuma semente e prossegue-se repartindo as restantes pelas casas

seguintes.

O Mancala foi levado pra dentro da sala de aula, pois nas pesquisas dos pibidianos, constatou que

o jogo tem uma grande importância pedagógica, ricas histórias e estratégias capazes de ultrapassar

o xadrez. O Mancala foi desenvolvido para os alunos dos 9° anos do ensino fundamental da Escola

Governador Barbosa Lima.

O material utilizado para a fabricação do jogo foram bandejas de ovos, copos descartáveis e

sementes (milhos, feijões, etc). Este fato, como o intuito de ter a consciência de reciclar matérias

descartáveis.

Os objetivos dos jogos matemáticos são para fazer junção da teoria com a prática. Os jogos lúdicos

favorecem ao crescimento intelectual tendo um olhar diferente para o ensino.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

No Mancala os alunos do Barbosa Lima, puderam ver que um simples jogo de estratégia,

despertava paciência e habilidades. Ao aplicar o jogo, os pibidianos introduziram a parte

histórica, suas regras, o funcionamento, e os objetivos do jogo. Depois dessa etapa dividimos as

matérias e formamos duplas. A professora supervisora, junto com os pibidianos sugeriram que se

fizesse um campeonato onde o vencedor era considerado o rei do Mancala. Ao longo da semana

tivemos os campeonatos e cada uma das sala dos 9° anos tiveram seu rei do Mancala.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] HUIZINGA, J. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. 5 ed. São Paulo: Perspectiva,

2010.

[2] TREVELIN, Ana Teresa Colenci. Estilos de aprendizagem de Kolb: Estratégias para a

melhoria do ensino-aprendizagem. Journal of Learning Styles, v. 4, n. 7, 2011.

[3] VYGOTSKI, L.S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes,

1998.

[4] KISHIMOTO, T.M. Jogos infantis. Petrópolis: Vozes, 1999.