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Colégio Estadual do Campo Adélia Rossi Arnaldi. E.F.M.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULARENSINO MÉDIO
PARANAVAÍ – PARANÁ
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO....................................................................................................... 3
IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA................................................................................... 5
ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR.............................................................. 6
ENSINO MÉDIO: Características............................................................................... 8
MATRIZ CURRICULAR ESCOLAR DO ENSINO MÉDIO: Matutino..........................10
MATRIZ CURRICULAR ESCOLAR DO ENSINO MÉDIO: Noturno...........................11
CURRÍCULO DAS DISCIPLINAS DO ENSINO MÉDIO
BASE NACIONAL COMUM
- Arte...........................................................................................................................12
- Biologia.....................................................................................................................25
- Educação Física.......................................................................................................41
- Filosofia....................................................................................................................53
- Física........................................................................................................................67
- Geografia .................................................................................................................79
- História ....................................................................................................................91
- Língua Portuguesa.................................................................................................106
- Matemática.............................................................................................................122
- Química .................................................................................................................137
- Sociologia...............................................................................................................147
PARTE DIVERSIFICADA
- CELEM - Língua Estrangeira Moderna – Espanhol...............................................160
- Língua Estrangeira Moderna – Inglês....................................................................172
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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
1 APRESENTAÇÃO
Uma análise da conjuntura mundial e brasileira revela a necessidade de
construção de uma educação básica voltada para a cidadania.
Isso não se resolve apenas garantindo a oferta de vagas, mas sim oferecendo
um ensino de qualidade, ministrado por professores capazes de incorporar ao seu
trabalho os avanços das pesquisas nas diferentes áreas de conhecimento e de estar
atentos às dinâmicas sociais e suas implicações no âmbito escolar.
A proposta foi desenvolvida a partir da necessidade de apontar e desenvolver
indicativos que pudessem oferecer alternativas didáticas pedagógicas para a
organização do trabalho pedagógico, a fim de atender às necessidades e às
expectativas das escolas e dos professores na estruturação do currículo. Consiste
na possibilidade objetiva de pensar a escola a partir de sua própria realidade,
privilegiando o trabalho coletivo.
Conceber o processo de aprendizagem como propriedade do sujeito, implica
valorizar o papel determinante da interação com o meio social e, particularmente,
com a escola. Situações escolares de ensino-aprendizagem são situações
comunicativas, nas quais os alunos e professores participam, com uma influência
decisiva para o êxito do processo.
A escola preza pela ação prioritária de trabalho com o conhecimento para o
exercício pleno da cidadania, um instrumento que contribui para a transformação
social. Uma escola em que, ao se trabalhar os saberes, por meio do processo de
ensino e aprendizagem, promovam quem aprende e quem ensine e, nessa
simbiose, seja produzida as bases de uma nova sociedade que se contraponha ao
modelo gerador de desigualdades e exclusão social que impera nas políticas
educacionais de inspiração neoliberal.
A proposta curricular terá a base disciplinar, ou seja, a ênfase é nos
conteúdos científicos, nos saberes escolares das disciplinas que compõem a grade
curricular.
É fundamental que os problemas da prática social sejam enfrentados e
passem de uma ação assistemática para a da sistematização, com a clareza e
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transparência necessária à compreensão de todos os sujeitos envolvidos na
dinâmica escolar.
Como orientações gerais ficaram estabelecidas o compromisso com a
redução das desigualdades sociais; a articulação das propostas educacionais com o
desenvolvimento econômico, social, político e cultural da sociedade; a defesa da
educação básica e da escola pública, gratuita de qualidade como direito fundamental
do cidadão; a articulação de todos os níveis e modalidades de ensino; e a
compreensão dos profissionais da educação como sujeitos epistêmicos. A velha
dicotomia entre fazer e pensar precisa ser rompida com ações efetivas. Reconhecer
que o professor é o sujeito que pensa, cria, produz e trabalha com o conhecimento,
é valorizar a sua ação reflexiva e sua prática.
Nos últimos anos o Brasil tem avançado em direção à democratização do
acesso e da permanência dos alunos na escola. A aprovação da lei 11.274/06 faz a
alteração do ensino fundamental de oito para nove anos, transformando o último ano
da educação infantil no primeiro ano do ensino fundamental com matrícula
obrigatória aos seis anos.
Neste contexto, é essencial a (re) organização da escola, para isso, rever a sua estrutura, as formas de gestão, os ambientes, os espaços, os tempos, os materiais, os conteúdos, as metodologias, os objetivos, o planejamento e a avaliação, para que os educandos se sintam inseridos e acolhidos num ambiente propício à aprendizagem. É assegurar que a transição para os diferentes sistemas de ensino ocorra da forma mais natural possível, não provocando rupturas e impactos negativos no seu processo de escolarização.
Assim, caberá ao conjunto da comunidade escolar, impulsionado pelos sistemas, a sistematização do comprometimento de todos com aquilo que é relevante para orientar as ações da escola em busca de um ensino de qualidade.
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2 IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA
2.1 - Colégio Estadual do Campo Adélia Rossi Arnaldi. E.F.M.
Código: 0943
2.2 - Município: Paranavaí
Código: 1860
2.3 - Dependência Administrativa
Estadual
Código: 0943
2.4- N R E: Paranavaí
Código: 22
2.5- Entidade Mantenedora
Governo do Estado do Paraná
2.6 Ato de Autorização de Funcionamento da Escola/Colégio
Resolução nº. 3.892/77 de 15/09/1977
2.7 Ato de Reconhecimento da Escola/Colégio
Resolução: 2.812/81 de 30/12/1981
2.8 Parecer do NRE de Aprovação do Regimento Escolar
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Nº. 195/05 de 01/02/2005
3 ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR
3.1 – Níveis e Modalidades de Ensino
Ensino Fundamental Anos Finais- 6ª/9ª anos
Ensino Médio: Anual
Educação Especial - Sala de Recursos
3.2– Quadro Geral de Pessoal
N° de Turmas: 18
N° de Alunos: 490
N° de Professores: 60
N° de Pedagogos: 03
N° de Funcionários: Agente Educacional I: 08
Agente Educacional II: 03
N° de Diretores Auxiliares: 0
3.3- Turnos de Funcionamento
Manhã, Tarde e Noite.
3.4- Ambientes Pedagógicos
Sala de Recursos
Sala de Apoio
Laboratório de Ciências, Física, Química e Biologia.
Biblioteca
CELEM
Laboratório de Informática
3.5– Organização do Tempo Escolar
Ensino fundamental: ano
Ensino Médio: 1º ano anual – 2º e 3º ano - Organização por Blocos de Disciplinas
Semestrais
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3.6– Organização Curricular
Disciplina
3.7– Como são ofertados os estudos sobre o Paraná
Interdisciplinarmente
3.8– Avaliação: Formas de Registro
Notas
3.9– Periodicidade da Avaliação
Ensino fundamental: Trimestral
Ensino Médio: trimestral
3.10 – Intervenções Pedagógicas
Recuperação de Estudos
Sala de Apoio
Atendimento Individualizado
Sala de Recursos
Atividade Complementar Curricular em Contraturno
Aulas Especializadas de Treinamento Esportivo
3.11 - Estratégias para articulação escola/família/comunidade
Reuniões de acompanhamento
Bimestral/Trimestral
Atendimento Individualizado
Palestras
Festividades
3.12 – Instâncias Colegiadas
Grêmio Estudantil
Conselho Escolar
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APMF
Conselho de Classe
4 ENSINO MÉDIO: CARACTERÍSTICAS
O Ensino Médio é a etapa final da Educação Básica, responsável pela
formação de jovens alunos que buscam a integração ao mundo contemporâneo, nas
dimensões fundamentais da cidadania e do trabalho por meio do conhecimento
científico.
(...) é preciso que o ensino médio defina sua identidade como última etapa da educação básica mediante um projeto que, conquanto seja unitário em seus princípios e objetivos, desenvolva possibilidades formativas, contemplem as múltiplas necessidades socioculturais e econômicas dos sujeitos que o constituem – adolescentes jovens e adultos, reconhecendo-os não como cidadãos e trabalhadores de um futuro indefinido, mas como sujeitos de direitos no momento em que cursam o ensino médio. (RAMOS apud CIAVATA, 2004, p. 41).
Será necessário, então, considerar as dimensões formadoras do sujeito: a
complexidade histórica, social e a singularidade. Ou seja, o estudante do Ensino
Médio é uma pessoa de tempo histórico específico, que sofre as influências dos
movimentos e das determinações deste tempo vivido. É uma pessoa que tem uma
origem social, que marca sua constituição enquanto sujeito. Porém, não se reduz a
estas circunstâncias históricas e sociais porque é, também, um ser singular, alguém
que interpreta e dá um sentido ao mundo, à sua vida e à sua história. (CHARLOT,
2000).
Assegurar a valorização da cultura dos povos para que o aluno possa
compreender o mundo e sua relação com ele. Neste contexto, a escola atende uma
parcela diferenciada de educandos do Ensino Médio que moram em conjuntos
habitacionais, bairros novos, em sítios, vilas rurais e no próprio distrito, e por essa
demanda de alunos a escola passou a ser denominada de Escola de Campo, pela
referência à identidade, cultura e os valores relacionados à vida na terra, fator
marcante na comunidade onde se encontram assalariados rurais, boias-frias,
arrendatários, vileiros rurais, pequenos proprietários, sitiantes.
Assim, construir uma identidade para o Ensino Médio pressupõe levar em
consideração a complexidade desses sujeitos e pensar num currículo que contribua
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para sua formação crítica. Para isso, um começo fosse apresentar-lhes os saberes
escolares de um ponto de vista questionador, contextualizados, numa perspectiva
interdisciplinar, quebrando a rigidez que a legitimidade social e o estatuto de verdade
dão a eles.
Os atuais marcos legais para oferta do ensino médio, consubstanciados na
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (nº. 9394/96), representam um
divisor na construção da identidade da terceira etapa da educação básica brasileira.
Dois aspectos merecem destaque. O primeiro diz respeito às finalidades
atribuídas ao ensino médio: o aprimoramento do educando como ser humano, sua
formação ética, desenvolvimento de sua autonomia intelectual e de seu pensamento
crítico, sua preparação para o mundo do trabalho e o desenvolvimento de
competências para continuar seu aprendizado. (Art. 35). O segundo propõe a
organização curricular com os seguintes componentes:
Base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e
estabelecimento escolar, por uma parte diversificada que atenda a especificidades
regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e do próprio aluno (Art. 26);
Planejamento e desenvolvimento orgânico do currículo, superando a
organização por disciplinas estanques;
Integração e articulação dos conhecimentos em processo permanente de
interdisciplinaridade e contextualização;
Proposta pedagógica elaborada e executada pelos estabelecimentos de
ensino, respeitadas as normas comuns e as de seu sistema de ensino;
Participação dos docentes na elaboração da proposta pedagógica do
estabelecimento de ensino.
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5 MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO - MATUTINO
NRE: 22 – PARANAVAÍ MUNICÍPIO: 1860 - PARANAVAÍ
ESTABELECIMENTO: 00943 - ADÉLIA R. ARNALDI, C. E. C.– E. FUND E MÉDIO
ENDEREÇO: RUA EGÍDIO DANELUTI, 100
TELEFONE: (44) 3424 – 2099
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: ENSINOMÉDIO TURNO: MANHÃ
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2015 FORMA: GRADATIVA
COMPOSIÇÃO CURRICULAR DISCIPLINA
SÉRIE /CARGA HORÁRIA SEMANAL
BASE NACIONAL COMUM
1º 2º 3º
0704 - ARTE 2
1001 - BIOLOGIA 2 2 2
0601 - EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2
2201 - FILOSOFIA 2 2 2
0901 - FÍSICA 2 2 2
0401 - GEOGRAFIA 2 2 2
0501 - HISTÓRIA 2 2 2
0106 - LÍNGUA PORTUGUESA 2 4 4
0201 - MATEMÁTICA 3 3 3
0801 - QUÍMICA 2 2 2
2301 - SOCIOLOGIA 2 2 2
PARTE DIVERSIFICADA
1108 - L. E. M. –ESPANHOL * 4 4 4
1107 - L. E. M. - INGLÊS 2 2 2
TOTAL GERAL 29 29 29
Matriz Curricular de acordo com a LDBN. 9394/96.*Opcional para o aluno e computada na carga horária da matriz curricular.
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6 MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO - NOTURNO
NRE: 22 – PARANAVAÍ MUNICÍPIO: 1860 - PARANAVAÍ
ESTABELECIMENTO: 00943 - ADÉLIA R. ARNALDI, C. E. C.– E. FUND E MÉDIO
ENDEREÇO: RUA EGÍDIO DANELUTI, 100
TELEFONE: (44) 3424 - 2099
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: ENSINOMÉDIO TURNO: NOITE
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2015 FORMA: GRADATIVA
COMPOSIÇÃO CURRICULAR DISCIPLINA
SÉRIE /CARGA HORÁRIA SEMANAL
BASE NACIONAL COMUM
1º 2º 3º
0704 - ARTE 2
1001 - BIOLOGIA 2 2 2
0601 - EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2
2201 - FILOSOFIA 2 2 2
0901 - FÍSICA 2 2 2
0401 - GEOGRAFIA 2 2 2
0501 - HISTÓRIA 2 2 2
0106 - LÍNGUA PORTUGUESA 2 4 4
0201 - MATEMÁTICA 3 3 3
0801 - QUÍMICA 2 2 2
2301 - SOCIOLOGIA 2 2 2
PARTE DIVERSIFICADA
1108 - L. E. M. –ESPANHOL * 4 4 4
1107 - L. E. M. - INGLÊS 2 2 2
TOTAL GERAL 29 29 29
Matriz Curricular de acordo com a LDBN. 9394/96.*Opcional para o aluno e computada na carga horária da matriz curricular.
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ARTE
A-APRESENTAÇÃO DOS FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS
A arte é produto do trabalho do humano, historicamente construída pelas
diversas culturas. Pois, o homem transformou o mundo e a si próprio pelo trabalho,
transforma a natureza e por ela é transformado e, assim tornou-se capaz de abstrair,
simbolizar e criar arte. Em todas as culturas, constata-se a presença de diversas
formas daquilo que hoje se denomina arte, tanto em objetos utilitários quanto nos
ritualísticos, muitos dos quais vieram a serem considerados objetos artísticos. Por
meio da arte, o ser humano torna-se consciente da sua existência individual e
coletiva e se relaciona com diferentes culturas e formas de conhecimento. Sendo
assim, a arte é um processo de humanização e transformação.
Com relação ao ensino de Arte, os saberes específicos das diferentes
linguagens artísticas, organizadas no contexto do tempo e do espaço escolar,
possibilitam a ampliação do horizonte perceptivo do raciocínio, da sensibilidade, do
senso crítico, da criatividade, alterando as relações que os sujeitos estabelecem
com o seu meio. Por meio das aulas, pretende-se que os alunos adquiram
conhecimentos sobre a diversidade de pensamento e de criação artística para
expandir sua capacidade de criação e desenvolver o pensamento crítico. Por essa
razão se faz necessário a mediação do professor sobre os conteúdos historicamente
consolidados, aprimorando a capacidade do educando de analisar e compreender
os signos verbais e não verbais que as artes são constituídas nas diferentes
realidades culturais e tempos históricos.
Sendo assim, o objeto de estudo da disciplina de Arte é o Conhecimento Estético e o Conhecimento da Produção Artística. Em Arte, a prática pedagógica
contemplará as Artes Visuais, a Dança, a Música e o Teatro; tendo uma organização
semelhante entre os níveis e modalidades da educação básica adotando como
referência às relações estabelecidas entre a arte e a sociedade. Dessa maneira, os
conteúdos estruturantes da disciplina de Arte são eles: Elementos formais, Composição, Movimentos e períodos.
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No conteúdo estruturante “Elementos formais”, o sentido da palavra formal
está relacionado à forma propriamente dita, ou seja, os recursos empregados numa
obra. São elementos da cultura presentes nas produções humanas e na natureza,
são matéria prima para a produção artística e o conhecimento em arte. Esses
elementos são usados para organizar todas as áreas artísticas e são diferentes em
cada uma delas. São exemplos: o timbre na Música, a cor em Artes Visuais, a
personagem no Teatro e o movimento corporal na Dança.
O conteúdo “Composição” é um desdobramento dos elementos formais que
constituem uma produção artística. Um elemento formal isolado não é uma produção
artística, devem estar configurados de maneira organizada. Com a organização dos
elementos formais, por meio dos conhecimentos de composição de cada área de
Arte, formulam-se todas as obras, sejam elas visuais, teatrais, musicais ou de
dança, com toda sua variedade de técnicas ou estilos.
No conteúdo “movimentos e períodos” deve ser trabalhado o contexto
histórico, relacionado ao conhecimento em Arte. Nele, se revela aspectos sociais,
culturais e econômicos presentes numa composição artística e demonstra as
relações de um movimento artísticos em suas especificidades, gêneros, estilos e
correntes artísticas.
Os conteúdos estruturantes, apesar de terem as suas especificidades, são
interdependentes e de mutua determinação. O trabalho com esses conteúdos deve
ser feito de modo simultâneo, pois os elementos formais, organizados por meio da
técnica, do estilo e do conhecimento em arte, constituirão a composição que
materializa com obra de arte nos diferentes movimentos e períodos.
B - OBJETIVO GERAIS
Fornecer aos alunos a apreensão de “conhecimentos sobre a diversidade de
pensamento e de criação artística para expandir sua capacidade de criação e
desenvolver pensamento crítico”.
Interferir e expandir os sentidos, a visão de mundo, aguçar o espírito crítico, para
que o aluno possa situar-se como sujeito de sua realidade histórica.
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Apropriar-se do conhecimento em Arte, que produz novas maneiras de perceber e
interpretar tanto os produtos artísticos quanto o próprio mundo.
Possibilitar um novo olhar, um ouvir mais crítico, um interpretar da realidade além
das aparências, com a criação de uma nova realidade.
Realizar produções artísticas individuais e/ou coletivas, nas linguagens da arte
(visual, musical, dança, teatro) analisando, refletindo e compreendendo os diferentes
processos produtivos com seus diferentes instrumentos de ordem material e ideal,
como manifestações socioculturais e históricas;
Expressar as qualidades estéticas dos objetos e da realidade através da linguagem
visual, musical, cênica e corporal;
C- CONTEÚDOS1ª SÉRIE
1º TRIMESTRECONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS E PERÍODOS CONTEÚDOS
Artes Visuais Ponto Linha Textura Forma Superfície Volume Cor Luz
Musica Altura Duração Timbre Intensidade Densidade
Teatro Personagem:
expressões corporais,
Artes Visuais Bidimensional Tridimensional Figura fundo Figurativa Abstrato Perspectiva Semelhanças Contrastes Ritmo visual Simetria Deformação Estilização Geométrica, simetria
Técnicas: Pintura Desenho Modelagem Instalação Performance Fotografia
Artes Visuais Definição de arte(Linha do tempo na arte) Arte conceitual Arte contemporânea
Música Arte contemporânea
Teatro Teatro de vanguarda
Dança Dança contemporânea Dança de vanguarda
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vocais, gestuais e faciais
Ação Espaço
Dança Movimento Corporal Tempo Espaço
Gravura Escultura
Arquitetura Instalação Intervenção urbana Headymade Happening
Gênero: Paisagem
Música Ritmo Melodia Improvisação Beat box Repente
Teatro Enredo, roteiro Espaço
Cênico, adereços Técnicas: jogos
teatrais, teatro indireto e direto, improvisação, manipulação, máscara
Gênero: Tragédia, Comédia e Circo.
Dança Kinesfera Eixo Ponto de Apoio
Movimentos articulares Fluxo (livre e
interrompido) Rápido e lento
FormaçãoNíveis (alto, médio e baixo)
Deslocamento (direto e indireto)
Dimensões (pequeno e grande)
Técnica: Improvisação Gênero: Circular
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2º TRIMESTRECONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS CONTEÚDOS
Artes Visuais Ponto Linha Textura Forma Superfície Volume
Cor Luz
Música Altura Duração Timbre Intensidade Densidade
Teatro Personagem:
expressões corporais, vocais, gestuais e faciais
Ação Espaço
Dança Movimento
Corporal Tempo Espaço
Artes Visuais Bidimensional Tridimensional Figura fundo Figurativa Abstrato Perspectiva
Semelhanças Contrastes
Ritmo visual Simetria Deformação Estilização Geométrica, simetria
Técnicas: Pintura Desenho Modelagem Instalação Performance Fotografia Gravura Escultura Arquitetura Instalação Intervenção urbana Headymade Happening
Gênero: Paisagem
Musica Ritmo Melodia Escalas: diatônica,
pentatônica cromática
Artes Visuais Arte ocidental Arte indígena Arte popular
Música Musica ocidental Musica popular
Teatro Teatro popular
Dança Dança popular Dança indígena Dança moderna
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Improvisação
Teatro Enredo, roteiro Espaço Cênico, adereços Técnicas: jogos teatrais,
teatroindireto e direto, improvisação, manipulação, máscara
Gênero: Tragédia, Comédia e Circo.
Dança Kinesfera Eixo Ponto de Apoio Movimentos articulares Fluxo (livre e interrompido)
Rápido e lento Formação Níveis (alto, médio e baixo)
Deslocamento (direto e indireto)
Dimensões (pequeno e grande)
Técnica: Improvisação
Gênero: Circular
3º TRIMESTRECONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS CONTEÚDOS
Artes Visuais Ponto Linha Textura Forma Superfície Volume Cor Luz
Artes Visuais Bidimensional Tridimensional Figura fundo Figurativa Abstrato Perspectiva Semelhanças Contrastes Ritmo visual Simetria Deformação
Artes Visuais Arte paranaense
Musica Musica africana MPB
Teatro Teatro brasileiro Teatro africano
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Musica Altura Duração Timbre Intensidade Densidade
Teatro Personagem:
expressões corporais, vocais, gestuais e faciais
Ação Espaço
Dança Movimento
Corporal Tempo Espaço
Estilização Geométrica, simetria
Técnicas: Pintura Desenho Modelagem Instalação Performance Fotografia Gravura Escultura Arquitetura Instalação Intervenção urbana Headymade Happening
Gênero: Paisagem
Musica Ritmo Melodia Escalas: diatônica
pentatônica cromática Improvisação
Teatro Enredo, roteiro. Espaço
Cênico, adereços Técnicas: jogos teatrais,
teatro indireto e direto, improvisação, manipulação, máscara
Gênero: Tragédia, Comédia e Circo.
Dança Kinesfera Eixo Ponto de Apoio Movimentos articulares
Fluxo (livre e interrompido) Rápido e lento Formação Níveis (alto, médio e baixo)
Deslocamento (direto e
Dança Dança africana Indústria cultural
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indireto) Dimensões (pequeno e
grande) Técnica: Improvisação
Gênero: Circular
D- ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Nas aulas de Arte é necessária a unidade de abordagem dos conteúdos
estruturantes, onde conhecimento, as práticas e a fruição artística estejam presentes
em todos os momentos da prática pedagógica, em todas as séries da Educação
Básica.
Para preparar as aulas, é preciso considerar para quem elas serão ministradas,
como, por que, e o que será trabalhado. Dessa forma, devem-se contemplar, na
metodologia do ensino da arte, três momentos da organização pedagógica:
• Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a obra
artística, bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos
artísticos.
• Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à obra
de arte.
• Trabalho artístico: é a prática criativa, o exercício com os elementos que compõe
uma obra de arte.
O trabalho em sala poderá iniciar por qualquer um desses momentos, ou pelos
três simultaneamente. Ao final das atividades, em uma ou várias aulas, espera-se
que o aluno tenha vivenciado cada um deles. O encaminhamento dos conteúdos
deverá considerar alguns pontos norteadores da prática do ensino de arte como as
produções e manifestações artísticas presentes na comunidade e demais dimensões
da cultura em seus bens materiais e imateriais, contemplando a História Cultura
Afro-brasileira (Lei federal n°10.639/03), Cultura Indígena (Lei federal n°11.645/08),
Obrigatoriedade do ensino de música na Educação Básica (Lei federal nº 11769/08).
As legislações obrigatórias serão incorporadas à organização do trabalho
pedagógico da escola e trabalhadas em momentos oportunos dentro das aulas na
disciplina, são elas: História do Paraná (Lei n°13.381/01), Educação Ambiental (Lei
n° 9.795/99), Programa Nacional de Educação Fiscal (Portaria 413/2002), Estatuto
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do Idoso (Lei 10741/03) e Enfrentamento a violência contra a criança e o
adolescente (Lei 11525/07), Prevenção do uso indevido de drogas (Lei Federal
11343/06), Educação em direitos humanos (decreto nº 7037/09), Educação para o
transito (lei federal nº 9503/97), gênero e diversidade sexual, programa de combate
ao bullying, educação alimentar e nutricional, dia estadual de combate à homofobia,
semana estadual Maria da Penha.
Por meio de práticas sensíveis de produção e apreciação artística e de
reflexões sobre as mesmas nas aulas de Arte, os alunos podem desenvolver
saberes que os levam a compreender e envolver-se com decisões estéticas,
apropriando-se, nessa área, de saberes culturais e contextualizados referentes ao
conhecer e comunicar em arte e seus códigos. Nas aulas de Arte, há diversos
modos de aprender sobre as elaborações estéticas presentes nos produtos artísticos
de música, artes visuais, dança, teatro, artes audiovisuais e sobre as possibilidades
de apreciação desses produtos artísticos nas diferentes linguagens. Sendo assim, é
importante o trabalho com as mídias, que fazem parte do cotidiano das crianças,
adolescentes e jovens, alunos da escola pública, bem como o uso de recursos
didático-pedagógicos e tecnológicos como: imagens, áudio visuais, TV Multimídia,
revistas, rádio, informática, aplicativos, smartphones, internet, música, cinema.
A organização dos conteúdos de forma horizontal também é uma indicação de
encaminhamento metodológico, em toda ação planejada devem estar presentes os
conteúdos específicos dos três conteúdos estruturantes, ou seja, dos elementos
formais, composição e movimento e períodos, superando uma fragmentação dos
conhecimentos na disciplina, que propicie ao aluno uma compreensão mais próxima
da totalidade da arte. Somente abordando metodologicamente, de forma horizontal
os elementos, relacionando-os entre si e mostrando que são interdependentes,
possibilita-se ao aluno a compreensão da arte como forma de conhecimento como
ideologia e como trabalho criador.
Os conteúdos permearão a prática pedagógica em todas as linguagens
artísticas, no mesmo tempo que constrói uma possível relação entre elas e permite
uma melhor compreensão dos conteúdos em Arte. Para melhor entendimento,
pontuam-se os encaminhamentos para cada uma das áreas:
Artes Visuais: devem-se abordar, além da produção pictórica, de conhecimento
universal e artistas consagrados, também formas e imagens de diferentes aspectos
presentes nas sociedades contemporâneas. Por isso, a prática pedagógica deve
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partir da análise e produção de trabalhos artísticos relacionados a conteúdos de
composição em artes visuais, tais como: imagens bidimensionais: desenho, pinturas,
gravuras, fotografias, colagem, animações, vitrais, etc.
Imagens tridimensionais: esculturas, instalações, modelagens, maquetes, entre
outras. O ensino de Artes Visuais deve ser pautado não só ao simples fazer, na
técnica e reprodução dos trabalhos, mas sim na experimentação, contextualização
com diferentes movimentos e períodos da arte.
Dança: Para o ensino da dança na escola, é fundamental buscar no
encaminhamento das aulas a relação dos conteúdos próprios da dança com
elementos culturais que a compõem. O elemento central da dança é o movimento
corporal, por isso o trabalho pedagógico pode basear-se em atividades de
experimentação do movimento, improvisação, em composições coreográficas e
processos de criação (trabalho artístico), tornando o conhecimento significativo para
o aluno, conferindo-lhe sentido a aprendizagem, por articularem os conteúdos da
dança.
É importante ressaltar que o ensino de dança nas aulas de Arte não deve ser
pautado no mero fazer, como elaborar danças para momentos específicos (festas
temáticas, eventos, etc), mas sim voltado para construção do conhecimento artístico
e estético, valorizando a expressão corporal, a socialização e a importância da
dança na sociedade nos mais variados tempos e espaços.
Música: Para se entender melhor a música, é necessário desenvolver o hábito de
ouvir os sons com mais atenção, de modo que se possa identificar os seus
elementos formadores, as variações e as maneiras como esses sons são
distribuídos e organizados em uma composição musical.
Para o desenvolvimento do trabalho é importante que ocorram os três
momentos na organização pedagógica: o sentir e perceber nas obras musicais, o
trabalho artístico que está relacionado à seleção de músicas em vários gêneros, a
construção de instrumentos musicais com diversos arranjos e o teorizar em arte que
contempla todos os itens.
Faz-se necessário que os alunos entendam a música como manifestação
artística, percebendo seus elementos formais, modos de composição e a produção
histórica. Deve-se aliar o conhecimento musical que os alunos já possuem com as
diversas produções musicais existentes.
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Teatro: Dentre as possibilidades de aprendizagem oferecidas pelo teatro na
educação, destacam-se: criatividade, socialização, improvisação, memorização
expressão corporal e coordenação.
Dentre os encaminhamentos metodológicos possíveis para o ensino de teatro
se faz necessário proporcionar momentos para teorizar, sentir e perceber o trabalho
artístico. Não o reduzindo a um mero fazer, usando o teatro para ilustrar datas
comemorativas ou projetos afins, mas sim como área de conhecimento, enraizada
nos movimentos artísticos e nos modos de compor cenicamente. O teatro deve
oportunizar aos alunos, a análise, a investigação e a composição de personagem,
formas dramáticas, de enredos e de espaços de cena, permitindo a interação crítica
dos conhecimentos trabalhados com outras realidades socioculturais.
E – AVALIAÇÃO
A concepção de avaliação para a disciplina de Arte deve ser diagnóstica e
processual. É diagnóstica por ser a referência do professor para planejar as aulas e
avaliar os alunos, é processual por pertencer a todos os momentos da prática
pedagógica. A avaliação processual deve incluir formas de avaliação da
aprendizagem, do ensino (desenvolvimento das aulas) bem como a autoavaliação
dos alunos.
A avaliação visa contribuir para a compreensão das dificuldades de
aprendizagem dos alunos, valorizando o desenvolvimento do educando. Dessa
forma é diagnóstica e não voltada para a seleção e exclusão. Sendo, inclusiva,
democrática e construtiva, deve sempre ser caminho na busca de melhorias. Dentro
da arte a avaliação deve ser um instrumento flexível, diversificado e adequado a
exploração da prática significativa em todas as linguagens.
É necessário que se entenda que os alunos apresentam uma vivência cultural
própria, constituída em outros espaços sociais além da escola, como a família,
grupos, associações, igrejas entre outros. Além disso, têm um percurso próprio em
relação a cada uma das linguagens. Dessa maneira, se faz necessário levar em
consideração as habilidades que os alunos já possuem, como tocar um instrumento
musical, desenhar ou representar em teatro. Durante as aulas, essas habilidades
devem ser detectadas para um melhor desempenho dos alunos, como um caráter
diagnóstico.
23
Portanto, o conhecimento que o aluno já traz para a sala de aula e o
conhecimento que ele adquiriu durante o percurso das aulas devem ser socializados
entre os colegas e, ao mesmo tempo, constitui-se como referência para o professor
propor abordagens diferenciadas.
A avaliação será trimestral, sendo composta pela somatória das notas obtidas
pelo aluno em cada conteúdo específico e/ou bloco de conteúdos afins, atendendo
as especificidades da disciplina.
Para uma efetiva aprendizagem em Arte, leva-se em consideração alguns
critérios específicos, tais como:
A capacidade de compreender os elementos que estruturam e organizam a
arte e sua relação com a sociedade contemporânea.
A capacidade de produção de trabalhos em arte, visando à atuação do
sujeito em sua realidade singular e social;
A capacidade de apropriação prática e teórica dos modos de composição da
arte nas diversas culturas e mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo.
A fim de se obter uma avaliação efetiva individual e do grupo, são necessários vários
instrumentos de verificação como: trabalhos artísticos individuais e em grupo,
pesquisas bibliográficas individuais e em grupo, debates em forma de seminários;
provas teóricas e práticas, registros em forma de relatórios, portfólio, audiovisual e
outros; apresentações para públicos como números musicais, danças e teatros,
exposições de obras em artes visuais: pinturas, desenhos, esculturas e outros.
A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao
processo ensino e aprendizagem a todos os alunos, independente do nível de
apropriação dos conhecimentos, garantindo a todos nova oportunidade de
aprendizagem e avaliação com a retomada dos conteúdos específicos. Será
organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-
metodológicos diversificados e pela somatória das melhores notas obtidas pelo
aluno em cada conteúdo específico e/ou bloco de conteúdos afins.
F - REFERÊNCIAS
24
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Caderno de Expectativas de Aprendizagem - Arte. Curitiba: SEED-PR, 2010.
________, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares de Artes da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Curitiba: SEED-PR, 2008.
________, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. LDP: Livro didático público de Arte. Curitiba: SEED-PR, 2006.
BIOLOGIA
25
A-APRESENTAÇÃO DOS FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS
A Biologia é um ramo do conhecimento que exerce grande fascínio em todos
que nela se aprofundam, pois tenta explicar os fenômenos ligados à vida e à sua
origem.
A disciplina de Biologia tem como objeto de estudo o fenômeno da VIDA,
insere-se no Currículo do Ensino Médio com a finalidade de propiciar aos estudantes
formação cientifica por meio de conceitos específicos da biologia. A organização
curricular seguirá as Diretrizes Curriculares da disciplina, que relaciona quatro
conteúdos estruturantes, a partir dos quais se estabelecem os conteúdos básicos da
disciplina, e constituem o conhecimento mínimo necessário na formação do
estudante do ensino médio.
Na trajetória histórica da Biologia, percebe-se que o objeto de estudo
disciplinar sempre esteve pautado pelo fenômeno VIDA, influenciado pelo
pensamento historicamente construído, correspondente à concepção de ciência de
cada época e à maneira de conhecer a natureza (método).
Desde a antiguidade até a contemporaneidade, esse fenômeno foi entendido
de diversas maneiras, conceituado tanto pela filosofia natural quanto pelas ciências
naturais, de modo que se tornou referencial na construção do conhecimento
biológico e na construção de modelos interpretativos do fenômeno VIDA.
O conhecimento do campo da Biologia deve subsidiar a análise e reflexão de
questões polêmicas que dizem respeito ao desenvolvimento ao aproveitamento de
recursos naturais e a utilização de tecnologias que implicam em intensa intervenção
humana no ambiente, levando-se em conta a dinâmica dos ecossistemas dos
organismos, enfim, o modo como a natureza se comporta e a vida se processa.
Neste contexto, deve contribuir para formar sujeitos críticos e atuantes, por meio de
conteúdos que ampliem seu entendimento acerca do objeto de estudo, ou seja:
na organização dos seres vivos;
no funcionamento dos mecanismos biológicos;
no estudo da biodiversidade em processos biológicos de variabilidade
genética, hereditariedade e relações ecológicas,
na análise da manipulação genética.
Segundo Libâneo (1997), os conhecimentos biológicos, se compreendidos
26
como produtos históricos indispensáveis à compreensão da prática social, podem
contribuir para revelar a realidade concreta de forma crítica e explicitar as
possibilidades de atuação dos sujeitos no processo de transformação da realidade.
Para o ensino da disciplina de Biologia, constituída como conhecimento, os
conteúdos estruturantes propostos, evidenciam de que modo a ciência biológica tem
influenciado a construção e a apropriação de uma concepção de mundo em suas
implicações sociais, políticas, econômicas, culturais e ambientais.
Os conteúdos estruturantes de Biologia estão relacionados à sua historicidade
para que se perceba a não neutralidade da construção do pensamento científico e o
caráter transitório do conhecimento elaborado, são os saberes, conhecimentos de
grande amplitude, que identificam e organizam os campos de estudo de uma
disciplina escolar, considerados basilares e fundamentais para a compreensão de
seu objeto de estudo/ensino e , quando for o caso, de suas áreas de estudo.
Desta forma, a abordagem dos conteúdos deve permitir a integração dos
quatro conteúdos estruturantes: Organização dos Seres Vivos, Mecanismos Biológicos, Biodiversidade, Manipulação Genética.
O conteúdo estruturante Organização dos Seres Vivos, deve ser permeado
por uma concepção metodológica que permita abordar a classificação dos seres
vivos como uma das tentativas de conhecer e compreender a diversidade biológica
considerando, inclusive, a história biológica da VIDA. Os Mecanismos Biológicos
possibilitam a compreensão dos sistemas vivos como fruto da interação entre seus
elementos constituintes e da interação destes com os demais componentes do meio.
O Conteúdo Biodiversidade relaciona os conceitos da genética, da evolução e
da ecologia, como forma de explicar a diversidade dos seres vivos.
Enquanto o conteúdo Manipulação Genética permitirá o conhecimento das
implicações dos avanços biológicos que se valem das técnicas de manipulação do
material genético para o desenvolvimento da sociedade.
Estes conteúdos foram estabelecidos buscando-se sua historicidade da
construção do pensamento científico e o caráter transitório do conhecimento
elaborado.
Compreendida assim, é mais uma das formas de conhecimento produzidas
pelo desenvolvimento do homem e determinada pelas necessidades materiais deste
em cada momento histórico.
B- OBJETIVOS GERAIS
27
Discutir o processo de construção do pensamento biológico presente na história
da ciência e reconhecê-la como uma construção humana;
Conhecer, compreender e analisar a diversidade biológica existente e as
características e fatores que determinaram o aparecimento e/ou extinção das
mesmas;
Ampliar a discussão sobre a organização dos seres vivos, analisando o
funcionamento dos sistemas orgânicos nos diferentes níveis, do celular ao sistêmico;
Discutir os processos pelos quais os seres vivos sofrem modificações perpetuam
uma variabilidade genética e estabelecem relações ecológicas, garantindo a
diversidade;
Compreender a interferência do ser humano na diversidade biológica;
Discutir como a aplicação do conhecimento biológico interfere e modifica o
contexto de vida da humanidade, e como requer a participação crítica de cidadãos
responsáveis pela vida.
C- CONTEÚDOS 1ª SÉRIE
1º TRIMESTRE
Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos
Conteúdos Específicos
Organização dos Seres Vivos
Mecanismos Biológicos
Biodiversidade
Manipulação Genética
Classificação dos Seres Vivos: Critérios taxonômicos e filogenéticos
Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e interdependência com o ambiente
Teoria celular: mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos
Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e
Características gerais dos seres vivos: Metabolismo, tipos celulares, reação e movimento, ciclo vital, reprodução, nutrição e evolução
Níveis de organização
Teorias: Origem da Vida
Teoria CelularMundo microscópicoPartes fundamentais da célula
Composição química da
28
fisiologia célula:- Água- Sais minerais- Vitaminas- Carboidratos- Lipídios- Proteínas- Ácidos nucléicos
2º TRIMESTREConteúdos
EstruturantesConteúdos
Básicos Conteúdos Específicos
Organização dos Seres Vivos
Mecanismos Biológicos
Biodiversidade
Manipulação Genética
Teoria celular: mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos
Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia
CitologiaComponentes celulares: Membrana; Citoplasma eorganelas (Plastos-Mitocôndrias-Retículo Endoplasmático-Complexo de Golgi-Ribossomos-Lisossomos-Peroxissomos-Centríolos)
Metabolismo: Fotossíntese, Quimiossíntese, Respiração celular, Fermentação
Núcleo: Número e forma.-Carioteca, Cromatina, cromossomos, Nucleoplasma-Nucléolos
Ação gênica: Síntese de proteína (DNA e RNA)
Divisão Celular: interfase, mitose e meiose
29
3º TRIMESTREConteúdos
EstruturantesConteúdos
Básicos Conteúdos Específicos
Organização dos Seres Vivos
Mecanismos Biológicos
Biodiversidade
Manipulação Genética
Mecanismos de desenvolvimento embriológico
Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia
Gametogênese: espermatozóide e óvulo
Sistema genital masculino e feminino
Embriologia humana:-Fecundação-Desenvolvimento Embrionário- Fases do desenvolvimento- Anexos embrionários-Nascimento na espécie humana-Sexualidade e contraceptivos
Prevenções de DST e vacinas. Lei 11.364/96, Lei 11.733/97, Lei 11.734/97.
Histologia animal
-Tecido epitelial- Sistema endócrino-Tecido conjuntivo: denso, frouxo, ósseo, adiposo, sanguíneo e cartilaginoso;-Tecido muscular; Sistema locomotor-Tecido nervoso; Sistema nervoso
Lei 11.343/06
30
2ª SÉRIE
1º TRIMESTREConteúdos
EstruturantesConteúdos
Básicos Conteúdos
Específicos
Organização dos Seres Vivos
Mecanismos Biológicos
Biodiversidade
Manipulação Genética
Classificação dos Seres Vivos: Critérios taxonômicos e filogenéticos
Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia
Classificação biológica dos seres vivos-A sistemática moderna-Categorias taxonômicas-Regras de nomenclatura de Lineu- Taxonomia, Domínios e Filogenia-Conceito de espécie- Classificação dos seres vivos em reinos (características gerais)-Monera- Protista- Fungi- Vegetal- Animal
Vírus-Características gerais-Estrutura-Ciclo Reprodutivo-Doenças virais. * Lei 12235/10 Lei 17.675/03
REINO MONERA-Características Gerais-Nutrição;-Reprodução-Classificação-Doenças Bacterianas-Importância ecológica e econômica
REINO PROTOCTISTA-Características Gerais-Algas Protoctistas (reprodução, nutrição e modo de vida)-Protozoário (Reprodução e nutrição, doenças e modo de vida)-Importância ecológica e
31
econômica
REINO FUNGI-Características gerais-Principais grupos de fungos-Reprodução-Doenças-Importância ecológica e econômica
2º TRIMESTREConteúdos
EstruturantesConteúdos
Básicos ConteúdosEspecíficos
Organização dos Seres Vivos
Mecanismos Biológicos
Biodiversidade
Manipulação Genética
Classificação dos Seres Vivos: Critérios taxonômicos e filogenéticos
Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia
REINO VEGETAL-Características gerais, divisão dos grandes grupos, ciclos de vida, desenvolvimento:-Briófitas-Pteridófitas-Gimnospermas-Angiospermas
Morfologia das Angiospermas:-Raiz-Caule-Folha-Flores: Diferenças das estruturas reprodutoras- Tipos de polinização-Semente: Germinação de sementes-Frutos
Fisiologia Vegetal:-Nutrição mineral-Condução de seiva-Hormônios vegetais-Controle de movimento das plantas
3º TRIMESTRE
32
Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos
ConteúdosEspecíficos
Organização dos Seres Vivos
Mecanismos Biológicos
Biodiversidade
Manipulação Genética
Classificação dos Seres Vivos: Critérios taxonômicos e filogenéticos
Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia
REINO ANIMAL-Características gerais dos animais-Classificação
REINO ANIMALCaracterísticas gerais, importância ecológica e econômica e classificação:-Filo Porífera-Filo Cnidária-Filo Platelminto-Filo Nematelminto-Filo Molusco -Filo Anellida-Filo Artrópode -Filo Equinodermo -Filo dos Cordados
Anatomia e Fisiologia Humana:- Sistema Respiratório- Sistema Cardiovascular- Sistema Digestório- Sistema Excretor
3ª SÉRIE
33
1º TRIMESTREConteúdos
EstruturantesConteúdos
BásicosConteúdosEspecíficos
Organização dos Seres Vivos
Mecanismos Biológicos
Biodiversidade
Manipulação Genética
Transmissão das características hereditárias
Fundamentos da hereditariedade:-Divisão celular (revisão): Meiose e mitose- Terminologia da genética
Primeira lei de Mendel-Heredograma-Dominância incompleta-Co-dominância-Alelos letais-Alelos múltiplos: Sistema ABO e Rh
Segunda Lei de Mendel
34
2º TRIMESTREConteúdos
EstruturantesConteúdos
Básicos ConteúdosEspecíficos
Organização dos Seres Vivos
Mecanismos Biológicos
Biodiversidade
Manipulação Genética
Transmissão das características hereditárias
Organismos geneticamente modificados
Teorias Evolutivas
Sexo e herança:-Determinação cromossômica do sexo-Herança ligada ao sexo-Herança restrita ao sexo-Expressão gênica influenciada pelo sexo
Interação gênica; epistasia, herança quantitativaLei 10.639/03, Lei 11.645/08
Alterações Cromossômicas
Melhoramento genético e transgênicos
Evolução-Teorias evolutivas-Ideias de Lamarck-Ideias de Darwin-A moderna teoria da evolução-Genética das populações-Evidências da evolução-Irradiação adaptativa convergência e divergência-Especiação-Eras Geológicas, evolução das espécies e humana
3º TRIMESTRE
Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos
ConteúdosEspecíficos
Organização dos Seres Vivos
Mecanismos Biológicos
Biodiversidade
Manipulação Genética
Dinâmica dos ecossistemas: relação entre os seres vivos e interdependência com o ambiente
Ecologia:-Os componentes estruturais de um ecossistema: fatores bióticos e abióticos-Cadeia e teia alimentar- Pirâmides ecológicas-Níveis tróficos-Habitat e nicho ecológico-Ciclos biogeoquímicos: água, oxigênio, carbono e nitrogênio-Impactos ambientais- Aquecimento global- Desenvolvimento sustentável-Relações entre os seres vivos: intra-específicas e interespecíficas-Biomas do Brasil e do mundo-Principais ecossistemas terrestres e aquáticos-Dinâmicas das comunidades-Ecologia das populações e Sucessão ecológica
Lei 9.795/99 Resolução 02/15 Lei 17.505/13 e Deliberação 04/13.
D – ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Como proposta metodológica para a Disciplina de Biologia no Ensino Médio,
propõe-se a utilização do método da prática social que parte da pedagogia histórico-
crítica centrada na valorização e socialização dos conhecimentos da Biologia às
camadas populares, estendendo a apropriação e crítica e histórica do conhecimento
enquanto instrumento de compreensão da realidade social e atuação crítica para
transformação da realidade (Saviani 1997, Libâneo 1983). Significa analisar uma
ciência em transformação, cujo caráter provisório permite a reavaliação dos seus
36
resultados e possibilita repensar, mudar conceitos e teorias elaborados em cada
momento histórico, social, político, econômico e cultural.
Abrangendo os conteúdos estruturantes, propõe-se a utilização de recursos
metodológicos diferenciados vinculados à experimentação, pesquisa do meio, aulas
dialogadas, recursos audiovisuais, informática, jogos didáticos, estudo de casos,
relatórios, pesquisas, seminários, debates, trabalhos em grupo, entre outros sem
esquecer os saberes do “senso comum”, acumulado pelo aluno, como estímulo para
a discussão do tema proposto.
Relacionar os diversos conhecimentos específicos entre si e com outras áreas
de conhecimento, propiciando reflexão constante sobre as mudanças conceituais em
decorrência de questões emergentes.
Os conteúdos serão tratados de forma contextualizada, é essencial o
desenvolvimento de posturas e valores pertinentes às relações entre os seres
humanos, entre eles e o meio, entre o ser humano e o conhecimento, contribuindo
para uma educação que formará pessoas sensíveis e solidárias, cidadãos
conscientes dos processos e regularidades de mundo e vida, capazes assim de
realizar ações práticas, de fazer julgamentos e de tomar decisões.
A escolha de diferentes estratégias, privilegiando-se aquelas que permitam
diversas e significativas atividades propostas ao estudante, nos quais se explicitam
relações que permitem ao estudante identificar como o objeto do conhecimento se
constitui. Acredita-se que a reorganização do espaço-tempo escolar permitirá ao
professor acompanhar, analisar e reestruturar a aprendizagem dos seus alunos
obtendo mais informações sobre o desenvolvimento dos processos cognitivos.
Saviani (1997) e Gasparin (2002) apontam que o ensino dos conteúdos, neste
caso conteúdos específicos de Biologia, necessita apoiar-se num processo
pedagógico em que: o ponto de partida seja a prática social; a problematização
ofereça desafios, situações-problema a serem resolvidas; a instrumentalização seja
o momento de apresentar os conhecimentos científicos de forma contextualizada,
para que possam assimilá-los e transformá-los, em um processo de construção,
tanto pessoal quanto profissional; a catarse seja o momento de aproximação entre o
conhecimento adquirido pelo aluno e a situação- problema em questão; o retorno à
prática social se caracterize pela apropriação do saber concreto, os conhecimentos
dos alunos e a estratégias utilizadas por ele, para atuar e transformar as relações de
produção que impedem a construção de uma sociedade mais igualitária.
37
Ao adotar esta estratégia e ao retomar as metodologias que favoreceram a
determinação dos marcos conceituais apresentados para o ensino de Biologia,
propõe-se que sejam considerados os princípios metodológicos usados naqueles
momentos históricos, porém, adequados ao ensino da atualidade.
Quanto à abordagem das leis abaixo relacionadas, deverão ocorrer de forma
contextualizada, em relação aos conteúdos estruturantes e básicos, para o
desenvolvimento dos conteúdos específicos, de forma que, não sejam trabalhados
isoladamente na disciplina: - História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena –
Lei Federal 10639/03 e Lei Federal 11645/08 e Deliberação 04/06 (Constituição
genética de população brasileira); Política Nacional de Educação Ambiental – Lei nº
9.795/99, Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental – Resolução
nº 2/15 do CNE, Política Estadual de Educação Ambiental - Lei nº 17.505/13,
Deliberação nº 04/13 do CEE/Pr Normas Estaduais para a Educação Ambiental
(Deve ser uma prática educativa integrada, contínua e permanente no
desenvolvimento dos conteúdos específicos); Sistema Nacional de Políticas sobre
Drogas – Lei nº 11343/06 Fisiologia do Sistema sensorial e nervoso); Educação
Sexual e Prevenção à AIDS e DST – Lei nº 11.364/96, 11.733/97 e 11.734/97
(Fisiologia do sistema reprodutor; Lei nº 12.235/10 – Dia Nacional de Combate a
Dengue e Lei 17.675/13 – Dia Estadual de Mobilização contra a Dengue
(Características específicas dos Vírus).
As demais leis deverão ser desenvolvidas por meio de ações e práticas
educativas contextualizadas e integradas com toda comunidade escolar: -
Enfrentamento à Violência contra Crianças e Adolescentes – Lei nº 11.525/2007;
Programa de Combate ao Bullyng – Lei nº 17.335/2012, Educação em Direitos
Humanos – Lei Federal nº 7.037/2009; Estatuto do Idoso Lei 10.741/2003; Educação
para o trânsito Lei 9503/97; Resolução nº 07/2010 – CNE/CEB Educação para o
consumo, educação fiscal, trabalho, ciência e tecnologia e diversidade cultural; Lei
Federal nº 13.006/2014 – Exibição de filmes de produção nacional; – Lei Estadual nº
18.447/2015 - Semana Estadual Maria da Penha nas Escolas; Decreto nº 1.143/99 e
Portaria nº 413/2002 – Educação Tributária; Lei Estadual nº 18424/2015 – Brigada
Escolar.
38
E – AVALIAÇÃOUma análise crítica da própria avaliação é uma necessidade por parte dos
professores no sentido de utilizá-la como um instrumento de aprendizagem que
forneça um feedback adequado para promover o avanço dos alunos e a reflexão
sobre sua própria prática, ou seja, uma intervenção adequada de reorientação do
trabalho pedagógico.
A avaliação é um momento do processo ensino aprendizagem, abandona a
ideia de que o erro e a dúvida constituem obstáculos impostos à continuidade do
processo. Ao contrário, o aparecimento de erros e dúvidas dos alunos constituem
importantes elementos para avaliar o processo de mediação desencadeado pelo
professor entre o conhecimento e o aluno. A ação docente também estará sujeita a
avaliação e exigirá observação e investigação visando à melhoria da qualidade do
ensino.
A avaliação deve ser, portanto, formativa, diagnóstica e contínua, um
processo cuja finalidade é obter informações necessárias sobre o desenvolvimento
da prática pedagógica para nela intervir e reformular os processos de aprendizagem.
Pressupõe-se uma tomada de decisão, em que o aluno tome conhecimento
dos resultados de sua aprendizagem e organize-se para as mudanças necessárias.
Deve atuar também como instrumento analítico do processo de ensino
aprendizagem que se configura em um conjunto de ações pedagógicas pensadas e
realizadas ao longo do ano letivo, de modo que possa observar os avanços e as
dificuldades a fim se superar barreiras existentes.
Em Biologia, alguns critérios gerais deverão ser considerados no processo de
avaliação. Neste contexto, espera-se que os alunos: discuta o processo de
construção do pensamento biológico presente na história da ciência
e a reconheça como uma construção humana; conheça, compreenda e analise a
diversidade biológica existente, as características e fatores que determinaram o
aparecimento e/ou extinção das mesmas; amplia a discussão sobre a organização
dos seres vivos e analisa o funcionamento dos sistemas orgânicos nos diferentes
níveis, do celular ao sistêmico; discute os processos pelos quais os seres vivos
sofrem modificações, perpetuam uma variabilidade genética e estabelecem relações
ecológicas, garantindo a diversidade; Compreenda a interferência do ser humano na
diversidade biológica; discutem como a aplicação do conhecimento biológico
interfere e modifica o contexto de vida da humanidade, e como requer a participação
39
crítica de cidadãos responsáveis pela vida,entre outros.
Para isso, ao avaliar, o professor pode usar técnicas e instrumentos que
possibilitem várias formas de expressão dos alunos como: atividades experimentais,
relatórios, produção de textos, provas objetivas, provas subjetivas, trabalhos em
grupo, atividades com recursos audiovisuais e debates, instrumentos que possibilita
avaliar o processo de aprendizagem e, acima de tudo estabelecer o necessário
diálogo com os estudantes para que eles aprendam a expressar suas opiniões e se
efetive a construção do conhecimento, significa preparar uma avaliação intencional e
bem planejada.
A recuperação de estudos dar-se-á de forma paralela, permanente e
concomitante ao processo ensino e aprendizagem a todos os alunos, independente
do nível de apropriação dos conhecimentos, garantindo a todos nova oportunidade
de aprendizagem e avaliação com a retomada dos conteúdos específicos. Será
organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-
metodológicos diversificados e pela somatória das melhores notas obtidas pelo
aluno em cada conteúdo específico e/ou bloco de conteúdos afins.
Assim, a avaliação oferece subsídios para que tanto o aluno quanto o
professor acompanhem o processo de ensino-aprendizagem. Para o professor, a
avaliação deve ser vista como um ato educativo essencial para a condução de um
trabalho pedagógico inclusivo, no qual a aprendizagem seja um direito de todos e a
escola pública o espaço onde a há uma educação democrática, e para o aluno, é o
momento de refletir sobre seu desempenho e participação no processo de
aprendizagem.
F- REFERÊNCIAS
AMABIS, José Mariano e Martho, Gilberto Rodrigues. Fundamentos da Biologia Moderna - São Paulo; Moderna, 1991.
JÚNIOR, César da Silva. Biologia, Vol. 1,2,3. 8ª Ed. São Paulo; EditoraSaraiva,2006.
LIBÂNEO, J.C. Tendências pedagógicas na prática escolar, In: Revista a Ande, nº6, p.1-19, 1997.
MELLO, R. de. A Embriologia Comparada e Humana. São Paulo: Atheneu, 1989.PAULINO,W.R. Biologia, Vol. 1,2,3- 1ª Ed.-São Paulo; Editora Ática, 2005.
40
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas de Aprendizagem. Curitiba: Seed/DEB, 2012.
________. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Biologia para a Educação Básica. Curitiba, 2009-SEED- Superintendência da Educação.
________. Secretaria de Estado da Educação. Livro Didático Público de Biologia.Curitiba. 2006. SEED.
SAVIANI, D. Pedagogia Histórico-crítica: primeiras aproximações. Campinas/SP: Autores associados, 1997.
41
EDUCAÇÃO FÍSICA
A – APRESENTAÇÃO DOS FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS
A disciplina Educação Física iniciou-se nos currículos escolares a partir do
parecer do então deputado do Império Rui Barbosa com o projeto denominado
“Reforma do ensino Primário” e várias instituições complementares da instituição
Pública de 1882.
Nas décadas seguintes a Educação Física sofre a influência de diferentes
seguimentos tais como militar, higienista, médica, científica e esportiva, chegando a
atualidade com uma perspectiva da formação do professor e do profissional, com a
licenciatura e o bacharel, buscando assim ter na escola um professor capaz de
desenvolver os conteúdos da Educação Física de uma forma, reflexiva, ética e
permanente no educando. Desta forma a Educação Física se propõe no Ensino,
integrar o aluno na cultura corporal do movimento com as finalidades de lazer, de
expressão de sentimento, afetos e emoções, de manutenção e melhoria da saúde.
Buscando o desenvolvimento da autonomia, da cooperação e da participação social,
considerando o tipo de sociedade onde este saber foi produzido e proporcionando-
lhes condições de análise e reflexão para reelaboração do seu saber e
consequentemente reelaboração da sua cultura corporal, objeto de estudo da
disciplina. Viabilizando assim a construção de uma postura de responsabilidade
perante si e o outro, visando uma construção de valores e atividades para a
construção de sua autonomia.
Educação Física Escolar é o elemento educacional caracterizado pelo ensino
de conceitos, princípios, valores, atitudes e conhecimentos das dimensões
biodinâmica, comportamental e sócio-cultural do movimentar-se humano e da
corporeidade no sentido de propiciar ao aluno, através da prática reflexiva de atividades fisiocorporais, a otimização de possibilidades e potencialidades do
desenvolvimento e da movimentação corporal harmoniosa e eficaz, objetivando
desenvolver consciência corporal e a capacitação para atingir objetivos em relação à
educação, saúde, trabalho, prática esportiva e expressão artística e corporal,
orientados para a conquista de um estilo de vida ativo e pleno exercício da
cidadania.
42
Observa-se, então, que a Educação Física possui uma especificidade própria
no processo de educação no ensino básico. Sua responsabilidade exclusiva, que
mais a diferencia das outras disciplinas, é caracterizada pela prática reflexiva de
atividades fisiocorporais através das quais o educando adquire os conhecimentos
elaboram seus conceitos, princípios, valores e atitudes sobre o movimentar-se
humano.
É esta vivência prática de atividades fisiocorporais que caracteriza e dá a
especificidade da Educação Física no processo educacional. Ela não é
simplesmente ensinada, mas fundamentalmente praticada, vivida pelo educando, e,
só através dessa prática cumpre as suas finalidades educativas. Isto, também,
singulariza a intervenção do professor de Educação Física em relação aos demais
professores do ensino básico.
Todavia, a Educação Física, incluída no processo educativo do ensino básico,
também, apresenta conteúdo da educação geral, como por exemplo, a difusão de
valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos,
respeito ao bem comum e à ordem democrática; promoção do desporto educacional
e apóio as práticas desportivas não-formais que devem estar incluídos em todas as
ações educativas do ensino básico (Art. 27, Lei 9394/96).
Com uma abordagem que contempla os fundamentos da disciplina, os
Conteúdos Estruturantes serão tratados em articulação com aspectos políticos,
históricos, sociais, econômicos, culturais, bem como elementos da subjetividade
representados na valorização do trabalho coletivo, na convivência com as
diferenças, na formação social crítica e autônoma. Os Conteúdos Estruturantes
propostos para a Educação Física na Educação Básica são os seguintes: Esporte, Jogos e brincadeiras, Ginástica, Lutas e Dança.
B – OBJETIVOS GERAIS Formar atitude crítica perante a Cultura Corporal.
Desmistificar formas arraigadas e não refletidas em relação ás diversas práticas e
manifestações corporais historicamente produzidas e acumuladas pelo ser humano.
43
Desenvolver atividades de caráter formativo corporal e estimular o gosto pela
prática da Educação Física.
Possibilitar aos alunos uma vivência sistematizada de conhecimentos, habilidades
da cultura corporal batizada por uma postura reflexiva, no sentido da aquisição da
autonomia necessária a uma prática intencional que considere os processos sócio-
comunicativos na perspectiva do lazer e da formação cultural.
C – CONTEÚDOS
Os elementos articuladores alargam a compreensão das práticas corporais,
indicam múltiplas possibilidades de intervenção pedagógica, devem transitar pelos
conteúdos Estruturantes e específicos de modo articulá-los o tempo todo.
Propõem-se os seguintes Elementos Articuladores:
Cultura Corporal e Corpo;
Cultura Corporal e Ludicidade;
Cultura Corporal e Saúde;
Cultura Corporal e Mundo do Trabalho;
Cultura Corporal e Desportivização;
Cultura Corporal – Técnica e Tática;
Cultura Corporal e Lazer;
Cultura Corporal e Diversidade;
Cultural Corporal e Mídia.
1ª SÉRIE
44
1º TRIMESTRE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Esportes Coletivos Voleibol
Jogos e Brincadeiras Jogos cooperativos
Volençol Pega-pega e suas
variações Dança das cadeiras
cooperativas Bola queimada e suas
variações.
Jogos dramáticos Improvisação Imitação Mímica
Ginástica
Ginástica geral Movimentos Gimnicos
Ginástica de condicionamento físico
Atividades físicas e qualidade de vida
Dopping, recursos ergogenicos utilizados e questões relacionadas a nutrição.
2º TRIMESTRE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Esportes Coletivos Radicais
Futsal Skate Slackline Le Parkour
Lutas Capoeira Capoeira
45
Danças Danças folclóricas Quadrilha e suas variações
3º TRIMESTRE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Esportes Coletivos Handebol Basquete
Jogos e Brincadeiras
Jogos de Tabuleiro Xadrez Dama Uno
Jogos e brincadeiras populares
Stop Bets Bandeira
Lutas Lutas de aproximação
Quadrilha e suas variações
2ª SÉRIE
1º TRIMESTRE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Esportes Coletivos Basquetebol Rugby
Ginástica Ginástica Circense Malabares
Ginástica Artística Salto Salto sobre o cavalo Barra fixa Argolas
46
Paralelas assimétricas Trave de equilíbrio
Danças Danças de salão Forró Sertanejo Samba
2º TRIMESTRE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Esportes Coletivos
Individual
Futsal Prática Corporal Lesões Primeiros Socorros
Tênis de Mesa
Jogos e Brincadeiras Brincadeiras Cantigas de Roda
Gato e rato Escravos de Jó
Jogos Cooperativos Futpar Nunca Três Jogos de estafeta Jogo da velha
3º TRIMESTRE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Esportes Individual Atletismo
Coletivo GolBall Futebol de 5 Voleibol sentado
Lutas Lutas com instrumento mediador
Esgrima
47
Danças Danças de Rua Break, Funk
3ª SÉRIE
1º TRIMESTRE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Lutas Lutas que mantém a distância
Karatê Boxe Muay Thai Taekwondo
Esportes Coletivos Voleibol
Danças Danças Criativas Elemento de movimento Qualidade de movimento
2º TRIMESTRE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Esportes Coletivos Futsal
Ginástica Ginástica Rítmica Corda Arco Bola Maça Fita
Danças Danças Circulares Contemporâneas
3º TRIMESTRE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
48
Esportes Coletivos Basquetebol 3x3 Futevôlei
Individuais Atletismo
Jogos e Brincadeiras Jogos eBrincadeiras Populares
Amarelinha Elástico 5 Marias Bets Queimada Polícia e ladrão
D – ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Considerando como objeto de estudos a Cultura Corporal e por meio dos
Conteúdos Estruturantes propostos – esporte, dança, ginástica, lutas, jogos e
brincadeiras, a Educação Física tem a função social de contribuir para que os alunos
se tornem sujeitos capazes de reconhecer o próprio corpo, adquirir uma
expressividade corporal consciente e refletir criticamente sobre as práticas corporais.
O professor tem a responsabilidade de organizar e sistematizar o
conhecimento sobre as práticas corporais, o que possibilita a comunicação e o
diálogo com as diferentes culturas. No processo pedagógico, o senso de
investigação e de pesquisa pode transformar as aulas de Educação Física e ampliar
o conjunto de conhecimentos que não se esgotam nos conteúdos, nas
metodologias, nas práticas e nas reflexões. Cabe ressaltar que tratar o
conhecimento não significa abordar o conteúdo ‘teórico’, mas, sobretudo,
desenvolver uma metodologia que tenha como eixo central a construção do
conhecimento pela práxis, isto é, proporcionar, ao mesmo tempo, a expressão
corporal, o aprendizado das técnicas próprias dos conteúdos
A educação pelo movimento deverá propiciar ao educando uma tomada de
consciência de seu corpo e a partir daí, dar condições de promover através de uma
ação pedagógica o desenvolvimento de suas possibilidades de aprendizagem.
Deverá permitir á criança à exploração motora, a descoberta da sua
realização, vivendo através das atitudes propostas, momentos que lhe dê condições
49
de criar novos caminhos a partir das experiências adquiridas criando novas formas
de atividades podendo assim, atingir os objetivos propostos.
Perceber que seu corpo se relaciona, cria, sofre repressões, vibra, percebe
seus ritmos íntimos e possibilita a realizar movimentos naturais utilizando todo o seu
ser como veiculo de expressão.
A atividade física deverá ser levada ao aluno como uma contribuição para
ampliação da consciência corporal. Trabalhando assim em uma perspectiva histórico
crítica com uma metodologia investigativa e em alguns momentos diretiva com aulas
práticas sustentadas com a teoria que a acompanha.
Para que isso ocorra o encaminhamento metodológico deve ser desenvolvido
com base nas diretrizes curriculares. Nesse sentido, todos os conteúdos trabalhados
em aula devem partir de uma prática social inicial, passando pelos momentos de
problematização, instrumentalização e catarse para no final de um conjunto de aulas
ou do bloco observar o retorno à prática social.
Ao pensar em encaminhamento metodológico para aulas de Educação Física
na Educação Básica, é preciso levar em conta, aquilo que o aluno traz como
referência acerca do conteúdo proposto, ou seja, é uma primeira leitura da realidade.
Esse momento caracteriza-se como preparação e mobilização do aluno para a
construção do conhecimento escolar, utilizando-se também de recursos didáticos e
tecnológicos como: Quadra poliesportiva, material para a prática da educação física
(bolas, arcos, cordas, redes, tabelas, etc.) exposição de vídeos e slides na TV Pen-
drive, caixa de som, lousa digital, laboratório de informática.
Algumas legislações que tratam dos desafios sociais contemporâneos
conferem ações específicas no campo da educação escolar e devem permear a
disciplina. Ao elaborar seu Plano de Trabalho Docente, o professor deve abordar a
cultura e história afro-brasileira e indígena (Leis no. 10.639/03 e no. 11.645/08) e
também a Educação Ambiental (Lei no. 9795/99, que institui a Política Nacional de
Educação Ambiental). Tais temáticas obrigatórias, deverão ser trabalhadas de forma
contextualizada e relacionadas aos conteúdos de ensino de Educação Física. As
demais legislações obrigatórias poderão ser abordadas quando os conteúdos
específicos, permitirem o estabelecimento de relações, quando não forem possíveis,
elas serão atendidas em Atividades incorporadas à organização do trabalho
pedagógico da escola.
50
Portanto, para a efetivação do processo pedagógico na disciplina de
Educação Física, propõe-se que seja destacado o conhecimento de bases teóricas
que compõem o universo das diferentes culturas, associando ao contexto histórico,
político e social, estabelecendo relações entre o que ocorre na sociedade e o objeto
de estudo da disciplina, neste caso, a Cultura Corporal.
E – AVALIAÇÃO
A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e
aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do
conhecimento pelo aluno. Sendo esta contínua, cumulativa e processual devendo
refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais
deste no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos
aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e
instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades educativas
expressas no Projeto Político-Pedagógico da escola. Utilizando procedimentos que
assegurem o acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno, evitando-se a
comparação dos mesmos entre si.
O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a reflexão
sobre a ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar
conteúdos/instrumentos/métodos de ensino.
Portanto, a avaliação do rendimento escolar será pautada numa concepção
diagnóstica
Avaliação consiste em atribuir aspectos relevantes de conhecimento e da
aprendizagem do aluno, visando uma tomada de decisão. A avaliação da
aprendizagem orienta a situação didática que envolve o educando e professor, com
a pretensão de servir de base para a reflexão e tomada de consciência sobre a
prática educativa.
Assim sendo, auxilia os educadores e o educando na sua viagem comum de
crescimento e a escola na sua responsabilidade social. Deve ser democrática,
favorecendo o desenvolvimento da capacidade do educando em aprimorar-se de
conhecimentos científicos, sociais e tecnológicos produzidos historicamente.
Os critérios de avaliação do aproveitamento escolar serão elaborados em
51
consonância com a organização curricular e descritos no Projeto Político-
Pedagógico. Devem ser estabelecidos, considerando o comprometimento e
envolvimento dos alunos no processo pedagógico:
- Compromentimento e envolvimento: se os alunos entregam as atividades
propostas pelo professor; se houve assimilação dos conteúdos propostos, por meio
da recriação de jogos e regras; se o aluno consegue resolver, de maneira criativa,
situações problemas sem desconsiderar a opinião do outro, respeitando o
posicionamento do grupo e propondo soluções para as divergências; se o aluno se
mostra envolvido nas atividades, seja através de participação nas atividades práticas
ou realizando relatórios.
A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao
processo ensino e aprendizagem a todos os alunos, independente do nível de
apropriação dos conhecimentos, garantindo a todos nova oportunidade de
aprendizagem e avaliação com a retomada dos conteúdos específicos. Será
organizado com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-
metodológicos diversificados e pela somatória das melhores notas obtidas pelo
aluno em cada conteúdo específico e/ou bloco de conteúdos afins.
F – REFERÊNCIAS
BREGOLATO, R. A. Cultura corporal do jogo. Coleção educação física escolar, noprincípio da totalidade e na concepção histórico - critica. São Paulo: Ícone, 2005.
_____ Cultura corporal da ginástica. Coleção educação física escolar, no princípio da totalidade e na concepção histórico - critica. São Paulo: Ícone, 2005.
_____ Cultura corporal da dança. Coleção educação física escolar, no princípio da totalidade e na concepção histórico - critica. São Paulo: Ícone, 2005.
_____ Cultura corporal do esporte. Coleção educação física escolar, no princípio da totalidade e na concepção histórico - critica. São Paulo: Ícone, 2005.
PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Educação Física. Curitiba. 2008
________. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas de Aprendizagem. Curitiba: Seed/DEB, 2012.
REGIMENTO ESCOLAR. Colégio Estadual do Campo Adélia Rossi Arnaldi. E.F.M. Paranavaí, Paraná, 2016
52
PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO. Colégio Estadual do Campo Adélia Rossi Arnaldi. E.F.M. Paranavaí, Paraná, 2016
FILOSOFIA
A-APRESENTAÇÃO DOS FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS
53
A Filosofia, enquanto conjunto de conhecimentos construídos historicamente
reúne grande parte dos temas que influenciam a vida de nossos estudantes, seja no
campo de política, da ética, da ciência, da arte, os conhecimentos filosóficos estão
presentes, mesmo que inconscientemente, no modo e no sentido segundo no qual
as pessoas interagem com o mundo.
Assim, a Filosofia como disciplina escolar é uma área de conhecimento que
envolve toda forma de abordagem e interpretação da realidade que nos cerca, seja
investigativa, analítica, reflexiva de ideias em um nível geral, abstrato ou empírico.
Nessa linha de pensamento, considera-se que as interpretações da realidade
realizadas no seu cotidiano pelo ser humano em geral constituem inicialmente o
embasamento de todo o conhecimento.
As interpretações e as reflexões foram adquiridas, enriquecidas e repassadas
de geração em geração. Ocorreram inicialmente através da observação dos
fenômenos naturais e sofreram influência das relações humanas estabelecidas ante
a formação da sociedade, isto em conformidade com os padrões de comportamento
ético-morais tidos como aceitáveis em determinada época por um determinado
grupo ou determinada relação humana.
A Filosofia contemporânea é resultado da preocupação com o homem,
principalmente no tocante à sua historicidade, sociabilidade, secularização da
consciência, o que se constata pelas inúmeras correntes de pensamento que vêm
constituindo esse período.
A partir do final do século XIX, a Filosofia é marcada pelo pluralismo de
ideias, o que permite pensar de maneira específica cada um dos conteúdos
estruturantes. Ainda que os problemas pensados hoje também tenham se
apresentado, anteriormente, como problemas, a atividade filosófica deve considerar
as características e perspectivas do pensamento que marcam cada período da
história da Filosofia.
A Filosofia não tem um objeto de estudo definido. A especificidade da Filosofia
se expressa pelas características singulares do pensamento e da produção
filosófica.
O trabalho com conteúdos estruturantes, tomados como conhecimentos
basilares, que se constituíram ao longo da história da Filosofia e de seu ensino, em
épocas, contextos e sociedades diferentes e que, tendo em vista o estudante do
Ensino Médio, ganham especial sentido e significado político, social e educacional. A
54
amplitude da Filosofia, de sua história e de seus textos desautoriza a falsa pretensão
do esgotamento de sua produção, seus problemas, sua especificidade e
complexidade.
Por reconhecer essa condição, as Diretrizes fazem a opção pelos seguintes
conteúdos estruturantes: Mito e Filosofia; Teoria do Conhecimento; Ética; Filosofia
Política; Filosofia da Ciência e Estética.
No conteúdo Mito e Filosofia, o homem pode ser identificado e caracterizado
como um ser que pensa e cria explicações. Ao criar explicações, cria pensamentos,
processo em que estão presentes tanto o mito como a racionalidade. Ou seja, a
base mitológica, como pensamento por figuras, e a base racional, como pensamento
por conceitos, são constituintes do conhecimento filosófico. Esse fato não pode
deixar de ser considerado porque, a partir dele, o homem desenvolve ideias, inventa
sistemas, cria conceitos, elabora leis, códigos e práticas.
A Teoria do Conhecimento se ocupa de modo sistemático com a origem, a
essência e a certeza do conhecimento humano. Basicamente, aborda questões
como:
• Critérios de verdade – O que permite reconhecer o verdadeiro?
• Possibilidade do conhecimento – Pode o sujeito apreender o objeto?
• Âmbito do conhecimento – Abrange ele a amplitude do real ou se restringe
ao sujeito que conhece?
• Origem do conhecimento – Qual é a fonte do conhecimento?
O estudante do Ensino Médio pode exercer a atividade filosófica ao tentar
encontrar caminhos e respostas diferentes para elas, percebendo fatores históricos
e temporais que influíram na sua elaboração e assim retomar problemáticas já
pensadas na perspectiva de novas soluções relativas a seu tempo.
A Ética é o estudo dos fundamentos da ação humana. Um dos grandes
problemas do campo da ética é o da relação entre o sujeito e a norma. Essa relação
é eminentemente tensa e conflituosa, uma vez que todo estabelecimento de norma
implica cerceamento da liberdade.
A ética possibilita análise crítica para atribuição de valores. Pode ser ao
mesmo tempo especulativa e normativa, crítica da heteronomia e da anomia e
propositiva na busca da autonomia. Tem por foco a reflexão da ação individual ou
coletiva na perspectiva da Filosofia. Mais que ensinar valores específicos trata-se de
mostrar que o agir fundamentado propicia consequências melhores e mais racionais
55
que o agir sem razão ou justificativas e ao trabalhar este conteúdo no Ensino Médio,
chamar a atenção para os novos desafios da ética na vida contemporânea.
O conteúdo Filosofia Política busca compreender os mecanismos que
estruturam e legitimam os diversos sistemas políticos, discute relações de poder e
concebe novas potencialidades para a vida em sociedade. As questões
fundamentais da política perpassam a História da Filosofia, nas obras de grandes
pensadores, da antiguidade à contemporaneidade, de maneira a preparar o
estudante para uma ação política consciente e efetiva.
A Filosofia da Ciência é o estudo crítico dos princípios, das hipóteses e dos
resultados das diversas ciências. Sua importância consiste em refletir criticamente
Filosofia sobre o conhecimento científico, para conhecer e analisar o processo de
construção da ciência do ponto de vista lógico, linguístico, sociológico, político,
filosófico e histórico.
O conteúdo Estética compreende a sensibilidade, a representação criativa, a
apreensão intuitiva do mundo concreto e a forma como elas determinam as relações
do homem com o mundo e consigo mesmo. Voltada para a beleza e à arte, está
intimamente ligada à realidade e às pretensões humanas de dominar, moldar,
representar, reproduzir, completar, alterar, apropriar-se do mundo como realidade
humanizada, percebendo assim, que o conhecimento não é apenas resultado da
atividade intelectual, mas também da imaginação, da intuição e da fruição, que
contribuem para constituir sujeitos críticos e criativos.
Ao pensar o ensino de Filosofia, as Diretrizes Curriculares de Filosofia para o
Ensino Médio, que norteiam este documento, fazem ver, a partir da compreensão
expressa por Appel (1999), que não há propriamente ofício filosófico sem sujeitos
democráticos e não há como atuar no campo político e cultural, avançar e consolidar
a democracia quando se perde o direito de pensar, a capacidade de discernimento e
o uso autônomo da razão.
B – OBJETIVOS GERAIS
Formação pluridimensional e democrática, capaz de oferecer aos estudantes a
possibilidade de compreender a complexidade do mundo contemporâneo, suas
múltiplas particularidades e especificidades.
56
Compreender que nesse mundo, que se manifesta quase sempre de forma
fragmentada, o estudante não pode prescindir de um saber que opere por
questionamentos, conceitos e categorias e que busque articular o espaço-temporal e
sócio-histórico em que se dá o pensamento e a experiência humana.
C - CONTEÚDOS1ª Série
1º TrimestreConteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos
Conteúdos Específicos
Mito e Filosofia
Saber mítico
Saber mítico e atualidade do mito
Relação mito e Filosofia
Consciência mítica, Características gerais e funções sociais dos mitos e da mitologia clássica
Sentido e papel dos mitos na Antiguidade Clássica, na modernidade e na Contemporaneidade
Linguagem mítica e linguagem filosófica
Relações de conflito e de aproximação entre as concepções míticas e racionais
Mito e Filosofia O que é Filosofia?
Condições sócio-históricas para o surgimento da Filosofia
As especulações dos pensadores pré- socráticos
A Filosofia como referencial teórico do conhecimento sistematizado
Características do pensamento filosófico
A Filosofia Primeira ou Cosmológica
2º TrimestreConteúdos Conteúdos Conteúdos
57
Estruturantes Básicos Específicos
Teoria do Conhecimento
Possibilidade do conhecimento
As formas do conhecimento
O problema da verdade
As diferentes perspectivas filosóficas do conhecimento
Conceitos e argumentos relacionados às possibilidades do conhecimento
O conhecimento científico, o conhecimento técnico e o conhecimento vulgar
O senso comum e o pensamento filosófico
A relação entre o sujeito e objeto bem como as teorias e discursos que caracterizam o conhecimento como realista, idealista e dialéticos
A busca filosófica da verdade
Os conceitos de verdade e falsidade, verdade absoluta e verdade relativa, conhecimento perene e provisório
Os problemas filosóficos do conhecimento da verdade e a desconstrução desse conceito
3º TrimestreConteúdos Estruturantes
ConteúdosBásicos
Conteúdos Específicos
58
Teoria do Conhecimento
A questão do método
Conhecimento e lógica, conhecimento e método.
Concepções da Ciência e da Filosofia quanto ao conhecimento
Concepções de método para elaboração de conceitos e teorias
O método como instrumento para elaboração e expressão de discursos e argumentações
Lógica; elementos da lógica; a lógica aristotélica
O método dialético
2ª série
1º TrimestreConteúdos
EstruturantesConteúdos
Básicos Conteúdos Específicos
Ética
Ética e Moral
Ética e violência
Pluralidade ética
Razão, desejo e vontade
Conceito e definição da Ética e da Moral
Elementos constituintes do campo ético
Autonomia e heteronomia
Formação ética e formação moral
A ética presente e a construção de novas identidades
Construção e desconstrução da ética na modernidade e na contemporaneidade
Pluralidade ética e identidades sociais e culturais
Relação entre desejo, vontade e razão no agir moral
Ética Liberdade,
autonomia do sujeito e a
Os fundamentos éticos nas relações políticas
59
necessidade das normas
Interligações e contradições entre autonomia e liberdade dos sujeitos; o problema da liberdade
2º TrimestreConteúdos
EstruturantesConteúdos
Básicos Conteúdos Específicos
Filosofia Política
Política e ideologia
Relação entre comunidade e
poder, política e ideologia
Liberdade e igualdade política
O conceito de política
As relações de poder e mecanismos que legitimam os sistemas políticos
Concepções filosóficas acerca da política
Os modelos tradicionais de organização política
Política e ideologia
O fenômeno e as formas de poder
A importância da política e sua relação com exercício do poder
As relações de poder nos campos da ideologia, da economia, familiares e comunitárias
Conceito de igualdade, liberdade e justiça
3º TrimestreConteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos
Filosofia Política
Esferas pública e privada
Cidadania formal e/ou participativa
Estruturas e relações presentes nas esferas pública e privada
Constituição da consciência social
Democracia formal e democracia substantiva
60
Limites e possibilidades de participação política dos diversos grupos sociais
Conceitos e sentidos do termo cidadania
Os elementos que configuram a política no Estado Contemporâneo
3ª série
1º TrimestreConteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos
Conteúdos Específicos
Filosofia da Ciência
Concepção de Ciência
A questão do método científico
Contribuições e limites da Ciência
O Que é ciência? E concepções de ciência?
O problema da demarcação entre filosofia e ciência; o que é filosofia da ciência
Ciência e técnica; discursos científicos e discursos filosóficos
O problema do conhecimento cientifico para os filósofos clássicos e contemporâneos
O problema do método e da pesquisa científica
A epistemologia e a evolução da ciência
Os avanços científicos e tecnológicos e suas conseqüências
O processo de construção e especialização da Ciência
2º TrimestreConteúdos
EstruturantesConteúdos
BásicosConteúdos Específicos
61
Filosofia da Ciência
Ciência e Ideologia
Ciência e Ética
O conhecimento científico e sua relação com o poder, a ideologia e a Ética
A produção científica em relação à ética, à política e à ecologia
Bioética
Os interesses econômicos, sociais e políticos no campo da ciência
3º TrimestreConteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos
Conteúdos Específicos
Estética Natureza da Arte
Estética e sociedade
Filosofia e Arte
Conceitos e concepções de Arte historicamente
Meios de comunicação e concepções estéticas
Conceitos e categorias estéticas
A função da Arte
Estética Categorias estéticas
O conceito de belo e de juízo de gosto
Padrões estéticos e ideologias dominantes
Massificação da Arte (Indústria Cultural)
O padrão de beleza difundido nos meios de comunicação social
As discussões filosóficas contemporâneas
Acerca da cultura erudita, popular, de massa e indústria cultural
D – ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A metodologia desta Proposta Pedagógica Curricular está pautada nas
Diretrizes Curriculares de Filosofia do Ensino Médio do Estado do Paraná.
62
O trabalho com os conteúdos estruturantes da Filosofia e seus conteúdos
básicos dar-se-á em quatro momentos:
• A mobilização para o conhecimento;
• A problematização;
• A investigação;
• A criação de conceitos.
O ensino da Filosofia pode começar, por exemplo, pela exibição de um filme
ou de uma imagem, da leitura de um texto jornalístico ou literário ou da audição de
uma música. São inúmeras as possibilidades de atividades conduzidas pelo
professor para instigar e motivar possíveis relações entre o cotidiano do estudante e
o conteúdo filosófico a ser desenvolvido. A isso se denomina, nestas Diretrizes,
mobilização para o conhecimento.
A seguir, inicia-se o trabalho propriamente filosófico: a problematização, a
investigação e a criação de conceitos, o que não significa dizer que a mobilização
não possa ocorrer diretamente a partir do conteúdo filosófico.
A partir do conteúdo em discussão, a problematização ocorre quando
professor e estudantes levantam questões, identificam problemas e investigam o
conteúdo. É importante ressaltar que os recursos escolhidos para tal mobilização −
filme, música, texto e outros − podem ser retomados a qualquer momento do
processo de aprendizagem.
Ao problematizar, o professor convida o estudante a analisar o problema, o
qual se faz por meio da investigação, que pode ser o primeiro passo para possibilitar
a experiência filosófica. É imprescindível recorrer à história da Filosofia e aos textos
clássicos dos filósofos, pois neles o estudante se defronta com o pensamento
filosófico, com diferentes maneiras de enfrentar o problema e, com as possíveis
soluções já elaboradas, as quais orientam e dão qualidade à discussão.
O ensino de Filosofia deve estar na perspectiva de quem dialoga com a vida,
por isso é importante que, na busca da resolução do problema, haja preocupação
também com uma análise da atualidade, com uma abordagem que remeta o
estudante à sua própria realidade.
Dessa forma, a partir de problemas atuais estudados da História da Filosofia,
do estudo dos textos clássicos e de sua abordagem contemporânea, o estudante do
Ensino Médio pode formular conceitos e construir seu discurso filosófico. O texto
filosófico que ajudou os pensadores a entender e analisar filosoficamente o
63
problema em questão será trazido para o presente com o objetivo de entender o que
ocorre hoje e como podemos, a partir da Filosofia, atuar sobre os problemas de
nossa sociedade.
Após esse exercício, o estudante poderá perceber o que está e o que não
está implícito nas ideias, como elas se tornam conhecimento e, por vezes, discurso
ideológico, de modo que ele desenvolva a possibilidade de argumentar
filosoficamente, por meio de raciocínios lógicos, num pensar coerente e crítico.
É imprescindível que o ensino de Filosofia seja permeado por atividades
investigativas individuais e coletivas que organizem e orientem o debate filosófico,
dando-lhe um caráter dinâmico e participativo.
Ao articular vários elementos, o ensino de Filosofia pressupõe um
planejamento que inclua leitura, debate, produção de textos, entre outras
estratégias, a fim de que a investigação seja fundamento do processo de criação de
conceitos.
O Livro Didático Público de Filosofia, disponibilizado em meio impresso e
eletrônico a todos os professores e estudantes, desenvolve conteúdos básicos a
partir de recortes dos conteúdos estruturantes propostos por estas Diretrizes, e
possibilita o trabalho com os quatro momentos do ensino de Filosofia: a mobilização
para o conhecimento, a problematização, a investigação e a criação de conceitos.
Esse livro, que tem como objetivo auxiliar professores e estudantes para que o
ensino de Filosofia se faça com conteúdo filosófico, foi concebido para ser um ponto
de partida e nunca um fim em si mesmo.
Além dele, muitos outros recursos poderão ser aproveitados para enriquecer a
investigação filosófica, como, por exemplo, a consulta ao acervo da Biblioteca do
Professor e à Antologia de Textos Filosóficos, disponíveis em todas as escolas de
Ensino Médio do Estado do Paraná, além de outras fontes. Ou, ainda, o professor
poderá pesquisar e explorar os recursos de estudo e pesquisa disponíveis no Portal
Dia-a-dia Educação.
Algumas legislações que tratam dos desafios sociais contemporâneos
conferem ações específicas no campo da educação escolar e devem permear a
disciplina, a Lei Federal nº 10.639/03: História e Cultura Afro-Brasileira, Lei Federal
nº 11.645/08: História e Cultura Afro-brasileira e Indígena, Lei nº 9795/99: Política
Nacional de Educação Ambiental, Lei Federal nº 11.343/06: Prevenção ao Uso
Indevido de Drogas/Lei Estadual nº 17.650/13: Programa de Resistência às Drogas
64
e à Violência, Lei Federal nº 11.340/06: Cria mecanismos para coibir a violência
doméstica e familiar contra a mulher/Lei Federal nº 18.447/15: Semana Estadual
Maria da Penha nas Escolas, Lei Estadual nº 16.454/10 de 17 de maio de 2010 /
Resolução nº. 12, de 16 de janeiro de 2016 Dia Estadual de Combate a Homofobia,
Lei Federal: nº 9.503/97 Código de Trânsito Brasileiro – educação para o trânsito,
Lei Federal nº 11.947/09: Educação alimentar e nutricional, e outras, serão
atendidas em atividades incorporadas à organização do trabalho pedagógico da
escola de acordo com o Projeto Político Pedagógico.
E- AVALIAÇÃO
Conforme a LDB n. 9394/96, no seu artigo 24, avaliação deve ser concebida
na sua função diagnóstica e processual, isto é, tem o objetivo de subsidiar e mesmo
redirecionar o curso da ação no processo ensino-aprendizagem. Apesar de sua
inequívoca importância individual, no ensino de Filosofia, avaliação não se resumiria
a perceber o quanto o estudante assimilou do conteúdo presente na história da
Filosofia, ou nos problemas filosóficos, nem a examinar sua capacidade de tratar
deste ou daquele tema.
Para Kohan e Waksman (2002), o ensino de Filosofia tem uma especificidade
que deve ser levada em conta no processo de avaliação. A Filosofia como prática,
como discussão com o outro e como construção de conceitos encontra seu sentido
na experiência de pensamento filosófico. Entendemos por experiência esse
acontecimento inusitado que o educador pode propiciar e preparar, porém não
determinar e, menos ainda, avaliar ou medir.
Ao avaliar, o professor deve ter profundo respeito pelas posições do
estudante, mesmo que não concorde com elas, pois o que está em questão é a
capacidade de argumentar e de identificar os limites dessas posições. O que deve
ser levado em conta é a atividade com conceitos, a capacidade de construir e tomar
posições, de detectar os princípios e interesses subjacentes aos temas e discursos.
Assim, torna-se relevante avaliar a capacidade do estudante do Ensino Médio
de trabalhar e criar conceitos, sob os seguintes pressupostos:
• qual discurso tinha antes;
• qual conceito trabalhou;
• qual discurso tem após;
65
• qual conceito trabalhou.
A avaliação de Filosofia se inicia com a mobilização para o conhecimento, por
meio da análise comparativa do que o estudante pensava antes e do que pensa
após o estudo.
Os instrumentos de avaliação são para a construção da autonomia do
educando, acompanham as próprias práticas de ensino e aprendizagem da
disciplina e podem ser registros de reflexões críticas em debates, que acompanham
os textos ou filmes; participação nas pesquisas de campo; produção de textos que
demonstrem capacidade de articulação entre teoria e prática, relatórios, provas
objetivas, provas subjetivas, trabalhos em grupo, atividades com recursos
audiovisuais dentre outras possibilidades, desde que se tenha como perspectiva ao
selecioná-las, a clareza dos objetivos que se pretende atingir, no sentido da
apreensão, compreensão, reflexão dos conteúdos pelo aluno e, sobretudo,
expressão oral ou escrita da sua percepção de mundo.
A avaliação e a recuperação de estudos constituem-se parte integrante do
processo de transmissão e assimilação do conhecimento e, que tem como princípios
básicos a análise de aspectos qualitativos, o respeito à diversidade de
características, de ritmos de aprendizagem dos alunos. Há necessidade de
assegurar condições e práticas que favoreçam a implementação de atividades de
recuperação, por meio de ações significativas e instrumentos diversificados.
Dar-se-á de forma paralela, permanente e concomitante ao processo ensino e
aprendizagem a todos os alunos, independente do nível de apropriação dos
conhecimentos, garantindo a todos nova oportunidade de aprendizagem e avaliação
com a retomada dos conteúdos específicos. Será organizada com atividades
significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados e
pela somatória das melhores notas obtidas pelo aluno em cada conteúdo específico
e/ou bloco de conteúdos afins.
Para isso, ao avaliar, o professor deve usar técnicas e instrumentos que
possibilitem várias formas de expressão dos alunos como: relatórios, produção de
textos, provas objetivas, provas subjetivas, trabalhos em grupo, atividades com
recursos audiovisuais e debates são instrumentos que possibilita avaliar o processo
de aprendizagem e, acima de tudo estabelecer o necessário diálogo com os
estudantes para que eles aprendam a expressar suas opiniões e se efetive a
construção do conhecimento.
66
E- REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei n. 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, DF. n. 248,1996.
________. Secretaria de Educação Básica. Orientações Curriculares do Ensino Médio. Brasília: MEC/SEB, 2004.
KOHAN; WAKSMAN. Perspectivas atuais do ensino de filosofia no Brasil. In: FÁVERO, A; KOHAN, W.O.; RAUBER, J.J. Um olhar sobre o ensino de filosofia. Ijuí: Ed. da UNUJUÍ, 2002.
PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública da Educação Básica do Estado do Paraná- Física. Curitiba: SEED, 2008
________. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas de Aprendizagem. Curitiba: Seed/DEB, 2012.
FÍSICA
A- APRESENTAÇÃO DOS FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS
A Física incorporada à cultura e integrada como instrumento tecnológico
67
tornou-se indispensável à formação da cidadania contemporânea. É um
conhecimento que permite elaborar modelos de evolução cósmica, investiga os
mistérios do mundo sub-microscópio, das partículas que compõe a matéria, ao
mesmo tempo, que permite desenvolver novas fontes de energia e criar novos
materiais produtos e tecnologias.
Espera-se que o ensino de Física, no Ensino Médio, contribua para a formação
de uma cultura científica efetiva que permita ao indivíduo a interpretação dos fatos,
fenômenos e processos naturais situando e dimensionando a interação do ser
humano com a natureza como parte da própria natureza em transformação. Para
tanto, ao propor um currículo para esse curso é preciso considerar que a educação
científica é indispensável à participação política e capacita os estudantes para uma
atuação social e crítica com vistas à transformação de sua vida e do meio que o
cerca. Dessa perspectiva, o ensino vai além da mera compreensão do
funcionamento dos aparatos tecnológicos.
Assim, essa proposta pedagógica implica que o ensino de Física aborde os
fenômenos físicos lembrando que suas ferramentas conceituais são as de uma
ciência em construção, porém com uma respeitável consistência teórica. É
importante compreender, também, a evolução dos sistemas físicos, suas aplicações
e suas influências na sociedade, destacando-se a não neutralidade da produção
científica.
De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do
Paraná, a Física tem como objeto de estudo o Universo em toda sua complexidade
e, por isso, como disciplina escolar, propõe aos estudantes o estudo da natureza
entendida, segundo Menezes (2005), como realidade material sensível, desta forma,
a disciplina de Física tem como base o estudo e a descrição dos fenômenos
naturais, os componentes da matéria e suas interações mútuas.
Os conteúdos estruturantes são os conhecimentos e as teorias que hoje
compõem os campos de estudo da Física e servem de referência para a disciplina
escolar. Esses conteúdos fundamentam a abordagem pedagógica dos conteúdos
escolares, de modo que o estudante compreenda o objeto de estudo. Os conteúdos
estruturantes são Movimento, Termodinâmica e Eletromagnetismo e neles estão
presentes ideias, conceitos e definições, princípios, leis e modelos físicos, que o
constituem como uma teoria.
No estudo dos movimentos, é indispensável trabalhar as ideias de
68
conservação de momentum e energia, pois elas pressupõem o estudo de simetrias e
leis de conservação, em particular da Lei da Conservação da Energia.
No campo da Termodinâmica, os estudos podem ser desdobrados a partir das
Leis da Termodinâmica, em que aparecem conceitos como temperatura, calor
(entendido como energia em trânsito) e as primeiras formulações da conservação de
energia, sobretudo os trabalhos de Mayer, Helmholtz, Maxwell e Gibbs.
Estudar o Eletromagnetismo possibilita compreender carga elétrica, o que
pode conduzir a um conceito geral de carga no contexto da física de partículas, ao
estudo de campo elétrico e magnético. A variação da quantidade de carga no tempo
leva à ideia de corrente elétrica e a variação da corrente no tempo produz campo
magnético, o que leva às equações de Maxwell.
B-OBJETIVOS GERAIS
- Educar para a cidadania considerando a dimensão crítica do conhecimento
científico sobre o Universo de fenômenos e a não-neutralidade da produção desse
conhecimento, mas seu comprometimento e envolvimento com aspectos sociais,
políticos, econômicos e culturais.
- Compartilhar significados, professor e estudantes na busca da aprendizagem que
ocorre quando novas informações interagem com o conhecimento prévio do sujeito
e, simultaneamente, adicionam, diferenciam, integram, modificam e enriquecem o
saber já existente, inclusiva com a possibilidade de substituí-lo.
C-CONTEÚDOS1ª SÉRIE
1º TRIMESTRE
69
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
CONTEÚDOS BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Movimentos
Momentum e Inércia
Conservação de quantidade de movimento (momentum)
Intervalo de tempo Deslocamento Referenciais 1ª Lei de Newton: Princípio da
Inércia; Conceito de velocidade
Variação da quantidade de movimento = Impulso
Grandezas Físicas Vetores: direção e sentido de
uma grandeza física
2º TRIMESTRE
Movimentos
2ª Lei de Newton
3ª Lei de Newton e condições de equilíbrio
Centro de gravidade Equilíbrio estático Força Aceleração de uma
grandeza física Gravitação Massa gravitacional e
inercial Lei da gravitação de
Newton Leis de Kepler
3º TRIMESTRE
Movimentos
Energia e o Princípio da Conservação da Energia
Variação da energia de um sistema – trabalho e potência
Energia Trabalho Potência Impulso
2ª SÉRIE
1º TRIMESTRE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
CONTEÚDOS BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
70
Termodinâmica Lei Zero da Termodinâmica
Temperatura Termômetros e Escalas
Termométricas Equilíbrio térmico Dilatação térmica
(processo) Coeficiente de dilatação
térmica (propriedade) Transferência de energia
térmica: condução convecção e radiação
2º TRIMESTRE
Termodinâmica
1ª Lei da Termodinâmica
Capacidade calorífica dos sólidos e dos gases
Calor específico Mudança de fase Calor latente Energia interna de um gás
ideal Calor como energia
2ª Lei da Termodinâmica
Lei dos gases ideiais Teoria cinética dos gases Máquinas térmicas Eficiência das máquinas
térmica – rendimento Máquina de Carnot – ciclo
de Carnot Processos reversíveis e
irreversíveis Entropia
3º TRIMESTRE
Eletromagnetismo A natureza da luz e suas propriedades
Fenômenos luminosos: Refração, difração, reflexão, interferência, polarização
Formação de imagens e instrumentos óticos
3ª SÉRIE
1º TRIMESTRE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
CONTEÚDOS BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Propriedades elétricas dos
71
Eletromagnetismo Carga elétrica
materiais (condutividade e resistividade)
Processos de eletrização Força de cargas elétricas
(Lei de Coulomb) Corrente elétrica Capacitores Resistores e combinação Leis de Ohm Diferença de potencial Geradores
2º TRIMESTRE
Eletromagnetismo Força Magnética
Propriedades magnéticas dos materiais – ímãs naturais
Efeito magnético da corrente elétrica e os demais efeitos
Lei de Ampère Lei de Gauss
3º TRIMESTRE
Eletromagnetismo Equações de
Maxwell
Lei de Faraday Lei de Lenz Força de Lorentz Indução Eletromagnética FEM e FCEM Transformação de Energia Campo Eletromagnético Ondas eletromagnéticas
A natureza da luz e suas propriedades
Dualidade onda-partícula
D- ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
É importante que o processo pedagógico, na disciplina de Física, parta do
conhecimento prévio dos estudantes. No trabalho com os conteúdos de ensino, seja
qual for a metodologia escolhida, é importante que o professor considere o que os
72
estudantes conhecem a respeito do tema para que ocorra uma aprendizagem
significativa num processo organizado e sistematizado pelo professor.
O professor deve mostrar ao estudante que o seu conhecimento não está
pronto e acabado, mas que deve ser superado. Muitas das ideias dos estudantes já
foram consideradas pelos cientistas, pois também o conhecimento científico não se
constitui, originalmente, em uma verdade absoluta e definitiva.
Tem-se por objetivo que professor e estudantes compartilhem significados na
busca da aprendizagem que ocorre quando novas informações interagem com o
conhecimento prévio do sujeito e, simultaneamente, adicionam, diferenciam,
integram, modificam e enriquecem o saber já existente, inclusive com a possibilidade
de substituí-lo.
Para Tavares (2004), a partir do conhecimento físico, o estudante deve ser
capaz de perceber e aprender, em outras circunstâncias semelhantes às trabalhadas
em aula, para transformar a nova informação em conhecimento. Então, qualquer que
seja a metodologia, o professor deve buscar uma avaliação cujo sentido seja
verificar a apropriação do respectivo conteúdo, para posteriores intervenções ou
mudança de postura metodológica.
Para tanto, utilizar-se-á de aulas teórico-expositivas: leitura e análise de
textos históricos, de divulgação científica ou literária; apresentação e análise de
filmes de curta duração (recortes de filmes) e documentários na TV Pendrive;
atividades práticas experimentais ou de pesquisa.
Entende-se que o “professor deve ensinar ciências, na perspectiva da
ciência, destacando o modelo de formulação do saber” (Carvalho Filho, 2006, p. 8).
Assim, propõe-se partir do cotidiano do estudante, porém através de metodologias
que propiciem condições para que os estudantes distanciem-se dos seus
conhecimentos empíricos e se apropriem do conhecimento científico, sem, no
entanto, estipular uma escala de valor entre ambos. Assim, o trabalho com os
conteúdos buscará mostrar a necessidade de superação do senso comum para
adentrar o mundo da ciência.
Buscou-se na História e na Epistemologia da Física o caminho para
elaboração desta proposta curricular. Esta busca também contribui para a escolha
da metodologia mais adequada ao conteúdo físico, pois conforme já dissemos, o
encaminhamento metodológico depende do conteúdo, embora não seja um fator
determinante uma vez que é preciso considerar o contexto social no qual a escola
73
está inserida e o que os estudantes já sabem.
Assim, o processo pedagógico, na disciplina de Física, deve partir do
conhecimento prévio dos estudantes, no qual se incluem as concepções alternativas
ou concepções espontâneas. O estudante desenvolve suas concepções
espontâneas sobre os fenômenos físicos no dia-a-dia, na interação com os diversos
objetos no seu espaço de convivência e as traz para a escola quando inicia seu
processo de aprendizagem. Por sua vez, a concepção científica envolve um saber
socialmente construído e sistematizado, que requer metodologias específicas no
ambiente escolar. A escola é, por excelência, o lugar onde se lida com esse
conhecimento científico, historicamente produzido.
O livro didático é uma importante ferramenta pedagógica a serviço do
professor como é o computador, a televisão, a rede web, etc. Mas, sua eficiência,
assim como a de outras ferramentas, está associada ao controle do trabalho
pedagógico, responsabilidade do professor. Em outras palavras, o pedagogo do livro
deve ser o professor e não o contrário. O professor é quem sabe quando e como
utilizar o livro didático.
Os modelos científicos buscam representar o real, sob a forma de conceitos e
definições. Para descrever e explicar os objetos de estudo a comunidade científica
formula leis universais, amparadas em teorias aceitas, mediante rigoroso processo
de validação em que se estabelece “uma verdade” sobre o objeto.
A ciência não revela a verdade, mas propõe modelos explicativos construídos
a partir da aplicabilidade de método(s) científico(s). Assim, os modelos científicos
são construções humanas que permitem interpretações a respeito de fenômenos
resultantes das relações entre os elementos fundamentais que compõem a
Natureza.
O fazer ciência está, em geral, associado a dois tipos de trabalhos: um teórico
e um experimental. Em ambos, o objetivo é estabelecer um modelo de
representação da natureza ou de um fenômeno. No teórico, é formulado um
conjunto de hipóteses, acompanhadas de um formalismo matemático, cujo conjunto
de equações deve permitir que se façam previsões, podendo, às vezes, receber o
apoio de experimentos em que se confrontam os dados coletados com os previstos
pela teoria.
O professor pode e deve utilizar problemas matemáticos no ensino de física,
mas entende-se que a resolução de problemas deve permitir que o estudante
74
elabore hipóteses além das solicitadas pelo exercício e que extrapole a simples
substituição de um valor para obter um valor numérico de grandeza. Esse
encaminhamento pode contribuir para que o estudante não disponha apenas de
fórmulas matemáticas, mas que perceba nelas uma teoria física, permitindo um
envolvimento maior com essas teorias e, por consequência, uma aprendizagem
muito mais significativa.
A História da Ciência faz parte de um quadro amplo que é a História da
Humanidade e, por isso, é capaz de mostrar a evolução das ideias e conceitos nas
diversas áreas do conhecimento. Essa história deve, também, mostrar a não-
neutralidade da produção científica, suas relações externas, sua interdependência
com os sistemas produtivos, enfim, os aspectos sociais, políticos, econômicos e
culturais desta ciência. O que se propõe é agregar ao planejamento das aulas, a
História da Ciência, para contextualizar a produção do conhecimento em estudo.
As atividades experimentais são muito importantes para uma melhor
compreensão acerca dos fenômenos físicos. É fundamental que o professor
compreenda o papel dos experimentos na ciência, no processo de construção do
conhecimento científico. Essa compreensão determina a necessidade (ou não) das
atividades experimentais nas aulas de física.
Ao adotar a experimentação e propor atividades experimentais, o professor,
mais do que explicar um fenômeno físico, deve assumir uma postura questionadora
de quem lança dúvidas para o aluno e permite que ele explicite suas ideias, as
quais, por sua vez, serão problematizadas pelo professor.
A problematização de situações que envolvam um conteúdo físico possibilita
aos estudantes levantarem hipóteses na tentativa de explicar as questões propostas
pelo professor. Observem-se os seguintes passos:
• Iniciar um conteúdo a partir de uma problematização exige do professor
muito mais uma postura questionadora, como citado acima, do que a do professor
que responde as questões ou fornece explicações;
• Na sequência, cabe ao professor a organização do conhecimento para a
compreensão do conteúdo problematizado, através do encaminhamento
metodológico mais apropriado escolhido também por ele;
• O encaminhamento dado pelo professor, através de diversas estratégias de
ensino, deve possibilitar, ao estudante, analisar e interpretar as situações iniciais
propostas e outras que são explicadas pelo mesmo conhecimento (DELIZOICOV e
75
ANGOTTI, 2000, p. 54-55).
O uso de textos no ensino de Física colabora para a formação do leitor crítico,
por meio da História da evolução das ideias e conceitos. O texto não deve ser visto
como se todo o conteúdo do processo pedagógico estivesse presente nele, mas
como instrumento de mediação entre aluno-aluno e aluno-professor, a fim de que
surjam novas questões e discussões.
Quando se faz a opção por tais textos, aconselha-se buscar aquele que se
aproxime do fazer científico, ainda que com linguagem mais simplificada, nos quais
os processos de produção dos saberes divulgados contenham aprofundamento
suficiente para permitir um diálogo com o conhecimento científico.
Eis algumas contribuições:
• Ler o texto e apresentá-lo por escrito, com questões e dúvidas ou, ainda, lê-
lo para ser discutido em outro momento;
• Solicitar aos alunos que tragam textos de sua preferência, de qualquer
natureza (jornal, revista, história em quadrinho, etc.) que contemplem um conteúdo
definido pelo professor;
• Assistir a um filme (exemplo: Apollo 13) de ficção científica e, depois, ler um
texto de divulgação científica que aborde o mesmo tema. Esta é uma maneira de
estimular o aluno para a leitura;
• Fazer uma leitura acompanhada da resolução de problemas qualitativos ou
quantitativos.
As tecnologias no Ensino de Física deve ser um recurso tecnológico em
função do conteúdo a ser ministrado e da realidade escolar, desse modo, faz-se
necessário uma reflexão crítica quanto ao seu uso e a forma de incorporação à ação
pedagógica, planejar o uso do recurso tecnológico conforme a necessidade, a
serviço de uma formação integral dos sujeitos, de modo a permitir o acesso, a
interação e, também, o controle das tecnologias e de seus efeitos.
A presença de laboratórios de informática com acesso à internet, nas escolas,
bem como a chegada de aparelhos de televisão com porta USB para entrada de
dados via pendrive, abrem muitas perspectivas para o trabalho docente no ensino de
Física.
O uso da internet, por exemplo, implica selecionar, escolher, enfim, tomar
decisões sobre o que é relevante didatizar. Por isso, sempre que o estudante
navegar na Internet, o professor deve auxiliá-lo, mostrar caminhos para selecionar
76
uma informação considerada segura, pois nem todos os textos encontrados nos
diversos sítios da web podem ser utilizados em sala de aula. Ao navegar na rede,
encontram-se, também, excelentes imagens para o ensino de Física.
Qualquer que seja o recurso tecnológico utilizado é preciso que esteja de
acordo com o plano de trabalho docente feito pelo professor. O computador, o livro,
TV, o filme, são meramente instrumentos e recursos para o ensino e não substituem
o professor.
Algumas legislações que tratam dos desafios sociais contemporâneos
conferem ações específicas no campo da educação escolar e devem permear a
disciplina, a Educação alimentar e nutricional (Lei 11.947/2009), Estatuto do Idoso
(Lei 10.741/2003), Educação Ambiental (Lei 9.795/99), Educação para o trânsito (Lei
9503/97), Educação em direitos humanos (Lei 7.037/2009) e outras serão atendidas
em atividades incorporadas à organização do trabalho pedagógico da escola de
acordo com o Projeto Político Pedagógico.
E- AVALIAÇÃO
É preciso um planejamento do que ensinar, para que ensinar e o que se
espera do aluno ao final de cada unidade de conteúdo, a cada ano, ao final do
ensino médio e qual é o resultado esperado desse ensino.
Assim, a avaliação deve levar em conta os pressupostos teóricos adotados,
ou seja, a apropriação dos conceitos, leis e teorias que compõem o quadro teórico
da Física pelos estudantes. Isso pressupõe o acompanhamento constante do
progresso do estudante quanto à compreensão dos aspectos históricos, filosóficos e
culturais, da evolução das ideias em Física e da não-neutralidade da ciência.
Considerando sua dimensão diagnóstica, a avaliação é um instrumento tanto
para que o professor conheça o seu aluno, antes que se inicie o trabalho com os
conteúdos escolares, quanto para o desenvolvimento das outras etapas do processo
educativo.
Inicialmente, é preciso identificar os conhecimentos dos estudantes, sejam
eles espontâneos ou científicos, pois ambos interferem na aprendizagem, no
desenvolvimento dos trabalhos e nas possibilidades de revisão do planejamento
pedagógico.
77
Assim, a avaliação oferece subsídios para que tanto o aluno quanto o
professor acompanhem o processo de ensino-aprendizagem. Para o professor, a
avaliação deve ser vista como um ato educativo essencial para a condução de um
trabalho pedagógico inclusivo, no qual a aprendizagem seja um direito de todos e a
escola pública o espaço onde a educação democrática deve acontecer.
Quanto aos critérios de avaliação em Física, deve-se verificar:
A compreensão dos conceitos físicos essenciais a cada unidade de ensino
e a aprendizagem planejada;
A compreensão do conteúdo físico expressado em textos científicos;
A compreensão de conceitos físicos presentes em textos não científicos;
A capacidade de elaborar relatórios tendo como referência os conceitos, as
leis e as teorias físicas sobre um experimento ou qualquer outro evento que envolva
os conhecimentos da Física.
Assim, o professor terá subsídios para verificar a aprendizagem dos
estudantes e, se for o caso, poderá interferir no processo pedagógico revendo seu
planejamento.
A avaliação dar-se-á ao longo do processo de ensino e aprendizagem dos
estudantes, visto que ela é um instrumento para acompanhamento do trabalho do
professor e do processo de aprendizagem dos estudantes.
A função principal da avaliação é acompanhar o processo e, a partir daí,
prever a continuidade ou não desse processo e apontar caminhos para que se
efetive a aprendizagem dos estudantes.
Para isso, ao avaliar, o professor pode usar técnicas e instrumentos que
possibilitem várias formas de expressão dos alunos como: atividades experimentais,
relatórios, produção de textos, provas objetivas, provas subjetivas, trabalhos em
grupo, atividades com recursos audiovisuais e debates são instrumentos que
possibilita avaliar o processo de aprendizagem e, acima de tudo estabelecer o
necessário diálogo com os estudantes para que eles aprendam a expressar suas
opiniões e se efetive a construção do conhecimento.
A recuperação de estudos dar-se-á de forma paralela, permanente e
concomitante ao processo ensino e aprendizagem, a todos os alunos independente
do nível de apropriação dos conhecimentos, através da retomada dos conteúdos
específicos e do uso de metodologias, estratégias e instrumentos diversificados. . A
nota será composta pela somatória das melhores notas obtidas pelo aluno em cada
78
conteúdo específico e/ou bloco de conteúdos afins.
F- REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei n. 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, DF. n. 248,1996.
GASPAR, A. Física. Vol. 1, 2 e 3. Ed. Ática, São Paulo – SP, 2002.
H. MOYSÉS NUSSENZVEIG. Curso de Física Básica. Vol. 1 e 2. Ed. Edgard Blucher, SP, 1997.
KUHN, T. S. A estrutura das revoluções científicas. Perspectiva, São Paulo – SP, 2001.
PACCA, J. L. A. O ENSINO DA LEI DA INÉRCIA: DIFICULDADES DO PLANEJAMENTO. In: Caderno Catarinense de Ensino de Física, Florianópolis, v. 8, n. 2: 99-105, ago. 1991.
PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública da Educação Básica do Estado do Paraná- Física. Curitiba: SEED, 2008
____________. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas de Aprendizagem. Curitiba: Seed/DEB, 2012.
GEOGRAFIA
A – APRESENTAÇÃO DOS FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS
79
A Geografia é uma ciência que compreende o espaço de vida dos homens
como produto histórico, uma ação da sociedade na sua relação com a natureza. Os
acontecimentos no mundo têm uma dimensão espacial onde se materializa no
tempo e no espaço a vida social, sendo uma forma de compreender o mundo em
que vivemos. Assim, a importância de estudar, a disciplina de Geografia na
Educação Básica está no acesso ao conhecimento produzido pela humanidade que,
na escola, é veiculado pelos conteúdos das disciplinas escolares, um ensino capaz
de fornecer aos alunos conhecimentos específicos com os quais possam ler e
interpretar criticamente o espaço.
A Geografia tem a função de preparar o aluno para a leitura crítica da
produção social do espaço, sua participação consciente e responsável no processo
social, e a interligação entre todas as partes do globo terrestre. O objeto de estudo
da Geografia é o espaço geográfico, entendido como o espaço produzido e
apropriado pela sociedade, composto por objetos (naturais, culturais e técnicos) e
ações (relações sociais, culturais, políticas e econômicas) inter-relacionados.
Apoiado na geografia crítica, o espaço geográfico hoje deve ser entendido em sua
composição conceitual básica: lugar, paisagem, região, território, natureza,
sociedade, entre outros.
O conceito de lugar pode ser compreendido de diferentes enfoques. Por um
lado, é no lugar que a globalização acontece, mas por outro lado, o lugar é o espaço
onde o particular, o histórico, o cultural e a identidade permanecem presentes.
O conceito de paisagem deve ser entendido como domínio do visível, aquilo
que a vista abarca. Já que o domínio do visível está ligado à percepção e a
seletividade, mas acredita que seu significado real é alcançado pela compreensão
de sua objetividade. A paisagem é percebida sensorialmente, empiricamente e a
materialização de um o momento histórico.
No mundo globalizado, onde as trocas são intensas e constantes, a forma e o
conteúdo das regiões mudam rapidamente. Ainda dentro da perspectiva crítica da
geografia, as análises economicistas tratam da relação entre regionalização e
globalização, considerando a escala global e a formação dos blocos econômicos
(regionais) como um importante viés de análise do espaço geográfico.
O território está ligado à normalização das ações tanto globais quanto locais.
No território, portanto, seja ele nacional regional ou local é que acontecerá a relação
80
dialética de associação e confronto entre o lugar e o mundo (Santos, 1996).
Conceito de natureza deve ser visto como conjunto de elementos naturais que
possuem em sua origem uma dinâmica própria e que independente da ação
humana, mas que na atual fase histórica do capitalismo, acaba sendo reduzida
apenas a recursos. Isso se deve em grande parte ao avanço dos meios técnicos e
científicos, os quais causam uma falsa idéia de domínio do homem sobre a
natureza.
No conceito de sociedade, as teorias críticas da geografia, procuram entender
a sociedade em sua relação com a natureza em seus aspectos culturais, políticos,
econômicos e socioambientais.
Os conteúdos estruturantes são conhecimentos de grande amplitude que
identificam e organizam os campos de estudos da disciplina, considerados
fundamentais para a compreensão de seu objeto de estudo e ensino. São, neste
caso, dimensões geográficas da realidade a partir das quais os conteúdos
específicos devem ser abordados.
São eles: Dimensão Econômica do Espaço Geográfico, Dimensão Política do
Espaço Geográfico, Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico e Dimensão
Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico.
A Dimensão Econômica do Espaço Geográfico enfatiza a apropriação do
meio natural pela sociedade, por meio das relações sociais e de trabalho, para a
construção de objetos técnicos que compõem as redes de produção e circulação de
mercadorias, pessoas, informações e capitais, o que tem causado uma intensa
mudança na construção do espaço.
A Dimensão Política do Espaço Geográfico engloba os interesses relativos
aos territórios e às relações de poder, que os envolvem. É o conteúdo estruturante
originalmente constitutivo de um dos principais campos do conhecimento da
Geografia e está relacionado de forma mais direta ao conceito de território.
A Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico perpassa outros
campos do conhecimento, o que remete à necessidade de situá-lo de modo a
especificar qual seja o olhar geográfico de que se trata. A questão socioambiental é
um sub-campo da Geografia e, como tal, não constitui mais uma linha teórica dessa
ciência/disciplina. Permite abordagem complexa do temário geográfico, porque não
se restringe aos estudos da flora e da fauna, mas à interdependência das relações
entre sociedade, elementos naturais, aspectos econômicos, sociais e culturais.
81
A Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico permite a
análise do Espaço Geográfico sob a ótica das relações culturais, bem como da
constituição, distribuição e mobilidade demográfica. A abordagem cultural do espaço
geográfico é entendida como um campo de estudo da Geografia.
Considerando o objeto de estudo, os conceitos geográficos e os conteúdos
estruturantes, cabe à Geografia, preparar o aluno para uma leitura crítica da
produção social do espaço, negando a "neutralidade’’ dos fenômenos que imprimem
certa passividade aos indivíduos, tornando-os agentes ativos na construção do
espaço.
Sendo assim, o ensino de Geografia oportuniza ao aluno, diversas
possibilidades interpretativas do espaço geográfico, para nele interagir criticamente
e de forma consciente.
B- OBJETIVOS GERAIS
Conhecer o espaço geográfico como uma construção histórica e seu uso nos
diferentes tempos e espaços, assim compreendendo a natureza e a sociedade como
conceitos fundamentais para a construção do espaço geográfico, mantendo a
relação homem- natureza.
Entender as construções humanas como documento importante que as
sociedades, em diferentes momentos imprimem sobre a base natural.
C- CONTEÚDOS
1ª SÉRIEConteúdo
EstruturanteConteúdo
BásicoConteúdo Específico
82
PRIMEIRO TRIMESTRE
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico
Dimensão socioambiental do espaço geográfico
Formação e transformação das paisagens naturais e culturais
A formação das paisagens e suas transformações nas diferentes escalas geográficas.
Os principais fatores que contribuem para a transformação das paisagens.
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção
As diferentes dinâmicas naturais e as ações antrópicas.
As diferentes tecnologias e suas influências na alteração da dinâmica da natureza e na organização das atividades produtivas.
A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do espaço geográfico
A distribuição das atividades brasileiras e internacionais.
A agropecuária e sua atuação na organização do espaço geográfico.
O papel do comércio, indústria e serviços na organização do espaço geográfico.
As guerras fiscais e sua atuação na reorganização espacial das regiões onde as indústrias se instalam.
SEGUNDO TRIMESTRE
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico
A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais
As principais regiões que concentram e exploram os diferentes recursos naturais.
O processo de formação dos recursos naturais e sua importância nas atividades produtivas.
A exploração dos recursos naturais e o uso de fontes de energia pela sociedade.
Os problemas ambientais decorrentes das formas de exploração e do uso dos recursos naturais em diferentes escalas.
As ações internacionais e nacionais de proteção aos recursos naturais em diferentes escalas.
O espaço rural e a modernização da agricultura
As diferentes formas de modernização presentes no espaço rural e suas contradições.
As novas tecnologias utilizadas na produção industrial e agropecuária e a transformação do espaço geográfico.
83
Dimensão socioambiental do espaço geográfico
O processo de transformação da estrutura fundiária brasileira e sua atual configuração.
Os movimentos sociais no campo e suas influências na configuração espacial.
TERCEIRO TRIMESTRE
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico
Dimensão socioambiental do espaço geográfico
As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista
A expansão das fronteiras agrícolas, o uso das tecnologias e suas consequências ambientais.
A produção industrial e a agropecuária e as transformações socioambientais.
As interdependências econômicas e culturais entre o campo e a cidade e suas implicações socioespaciais.
As relações de trabalho presentes nos espaços produtivos do campo e cidade.
2ª SÉRIEConteúdo
EstruturanteConteúdo
BásicoConteúdos
EspecíficosPRIMEIRO TRIMESTRE
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico
Dimensão
Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios
A formação de territórios e suas fronteiras pelas diferentes sociedades em diferentes escalas espaciais.
A mobilidade de fronteiras e os principais interesses que produzem essa transformação.
As possibilidades de reconfiguração territorial estabelecida pela relação de diferentes sujeitos e interesses.
As diversas regionalizações do espaço geográfico
As formas de regionalização do espaço mundial: a divisão norte-sul e a formação dos blocos econômicos.
Os fatores que influenciam o desenvolvimento do processo de subdivisão regional.
A regionalização do espaço mundial e as
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socioambiental do espaço geográfico
relações de poder na configuração das fronteiras e territórios.
As manifestações socioespaciais da diversidade cultural
As influências das manifestações culturais dos diferentes grupos étnicos e sociais no processo de configuração do espaço geográfico.
As marcas culturais deixadas nos diferentes lugares pelos diversos grupos sociais.
SEGUNDO TRIMESTRE
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico
Dimensão socioambiental do espaço geográfico
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população
A formação, a estrutura e a dinâmica populacional do Brasil.
A reorganização espacial da população decorrente de questões econômicas e políticas.
A espacialização das desigualdades evidenciadas nos indicadores sociais do Brasil em relação a outros países.
Os movimentos migratórios e suas motivações
Os diferentes movimentos migratórios e suas motivações nos diferentes espaços.
Os fluxos migratórios e os impactos gerados na reorganização espacial.
TERCEIRO TRIMESTRE
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão cultural e demográfica do
A formação e o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos
e a urbanização recente
O processo de urbanização e as atividades econômicas.
O processo de urbanização e as áreas de segregação, os espaços de consumo e de lazer e a ocupação das áreas de risco.
O processo de crescimento urbano e as implicações socioambientais.
Os movimentos sociais urbanos e suas influências na configuração espacial.
85
espaço geográfico
Dimensão socioambiental do espaço geográfico
3º SÉRIEConteúdo
EstruturanteConteúdo
BásicoConteúdos
EspecíficosPRIMEIRO TRIMESTRE
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico
Dimensão socioambiental do espaço geográfico
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado
Os conflitos étnicos e religiosos existentes e a repercussão na configuração do espaço mundial. O papel das organizações supranacionais na resolução de conflitos, crises econômicas e suas contradições. A formação dos territórios supranacionais decorrentes das relações culturais, econômicas e de poder na nova ordem mundial.
As implicações socioespaciais do processo de mundialização
As ações adotadas pelas organizações econômicas internacionais FMI e Banco Mundial e suas implicações na organização do espaço geográfico mundial. O processo de mundialização e suas repercussões nas diferentes escalas do espaço geográfico. As relações de poder em seus aspectos econômicos, políticos e culturais no mundo globalizado. O papel das novas potências e dos países emergentes na configuração do espaço geográfico mundializado.
SEGUNDO TRIMESTRE
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do
A revolução técnico-científico-informacional e os novos arranjos no espaço da produção
A transformação técnico-científico-informacional em sua relação com os espaços de produção e circulação de mercadorias, e nas formas de consumo. A tecnologia na produção econômica, nas comunicações, nas relações de trabalho e na transformação do espaço geográfico.
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espaço geográfico
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico
Dimensão socioambiental do espaço geográfico
O comércio e as implicações socioespaciais
O processo de territorialização e desterritorialização do comércio na organização do espaço urbano. Os principais impactos gerados pelo fluxo comercial nos espaços urbano e rural. As ações protecionistas na abertura econômica e da OMC para o comércio mundial.
O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração territorial
As redes de comunicação, informação, produção e transporte na configuração dos espaços mundiais. O processo de exclusão gerado pelas redes em diferentes espaços e setores da sociedade.
TERCEIRO TRIMESTRE Dimensão
econômica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico
Dimensão socioambiental do espaço geográfico
A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações
Os principais agentes responsáveis pela circulação de capital, mercadorias e informações. A circulação de mercadorias, da mão-de-obra, do capital e das informações na organização do espaço mundial. A influência dos avanços tecnológicos na distribuição das atividades produtivas, as alterações no mercado de trabalho e os deslocamentos e a distribuição da população.
D-ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A metodologia proposta pelas Diretrizes Curriculares Estaduais considera que
o ensino da disciplina de Geografia deve permitir que os alunos se apropriem dos
conceitos fundamentais da Geografia e compreendam o processo de produção e
transformação do espaço geográfico.
Para isso, os conteúdos da Geografia devem ser trabalhados de forma crítica
e dinâmica, interligados com a realidade próxima e distante dos alunos,
87
comparando situações cotidianas local com situações cotidianas globais,
considerando o conhecimento espacial prévio dos alunos para relacioná-lo ao
conhecimento científico no sentido de superar o senso comum.
Recomenda-se que o professor crie uma situação problema, instigante e
provocativa. Essa problematização inicial tem por objetivo mobilizar o aluno para o
conhecimento, por isso, deve se constituir de questões que estimulem o raciocínio, a
reflexão e a crítica.
Outro pressuposto metodológico para a construção do conhecimento em sala
de aula é a contextualização do conteúdo. Contextualizar o conteúdo é mais do que
relacioná-lo à realidade vivida do aluno, é, principalmente, situá-lo historicamente e
nas relações políticas, sociais, econômicas, culturais, em manifestações espaciais
concretas, nas diversas escalas geográficas.
Sempre que possível, o professor deverá estabelecer relações
interdisciplinares dos conteúdos geográficos em estudo, porém, sem perder a
especificidade da Geografia. Nas relações interdisciplinares, as ferramentas
teóricas próprias de cada disciplina escolar devem fundamentar a abordagem do
conteúdo em estudo, de modo que o aluno perceba que o conhecimento sobre esse
assunto ultrapasse os campos de estudo das diversas disciplinas, mas que cada
uma delas tem um foco de análise próprio.
O professor deve, ainda, conduzir o processo de aprendizagem de forma
dialogada, possibilitando o questionamento e a participação dos alunos para que a
compreensão dos conteúdos e a aprendizagem crítica aconteçam. Todo esse
procedimento tem por finalidade que o ensino de Geografia contribua para a
formação de um sujeito capaz de interferir na realidade de maneira consciente e
crítica.
Algumas práticas pedagógicas para a disciplina de Geografia atrelada aos
fundamentos teóricos tornam-se importantes instrumentos para compreensão do
espaço geográfico, dos conceitos e das relações socioespaciais nas diversas
escalas geográficas.
A aula de campo é importante encaminhamento metodológico para analisar a
área em estudo (urbana ou rural) de modo que o aluno poderá diferenciar, por
exemplo, paisagem de espaço geográfico. Jamais será apenas um passeio, porque
terá importante papel pedagógico no ensino de Geografia, onde o professor
delimitará previamente o trajeto, de acordo com os objetivos a serem alcançados.
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A utilização de recursos audiovisuais como filmes, trechos de filmes,
programas de reportagem e imagens em geral (fotografias, slides, charges,
ilustrações) podem ser utilizados para a problematização dos conteúdos da
Geografia, desde que sejam explorados à luz de seus fundamentos teórico-
conceituais.
O uso de recursos audiovisuais como mobilização para a pesquisa, precisa
levar o aluno a duvidar das verdades anunciadas e das paisagens exibidas. Essa
suspeita instigará a busca de outras fontes de pesquisa para investigação das raízes
da configuração socioespacial exibida, necessária para uma análise crítica
(VASCONCELOS, 1993).
Para a cartografia propõe-se que os mapas e seus conteúdos sejam lidos
pelos estudantes como se fossem textos, passíveis de interpretação,
problematização e análise crítica, jamais como meros instrumentos de localização
dos eventos e acidentes geográficos.
A prática docente no ensino de Geografia também pode ser viabilizada por
instrumentos menos convencionais no cotidiano escolar que podem enriquecer o
processo de ensino e aprendizagem como, por exemplo, as obras de arte e a
literatura, em seus diversos gêneros, pode ser instrumento mediador para a
compreensão dos processos de produção e organização espacial; dos conceitos
fundamentais à abordagem geográfica e, também, instrumento de problematização
dos conteúdos (BASTOS, 1998).
As legislações obrigatórias contempladas na DCE de Geografia são: a cultura
e história afro-brasileira e indígena (Leis no. 10.639/03 e no. 11.645/08) e também a
Educação Ambiental (Lei no. 9795/99, que institui a Política Nacional de Educação
Ambiental). As demais legislações deverão ser trabalhadas de forma contextualizada
e relacionadas aos conteúdos de ensino da Geografia.
E - AVALIAÇÃO
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional Nº 9.394/96 determina que
a avaliação do processo de ensino-aprendizagem seja formativa, diagnóstica e
processual. As Diretrizes Curriculares Estaduais propõem que a avaliação deve tanto
acompanhar a aprendizagem dos alunos quanto nortear o trabalho do professor.
89
Para isso, deve se constituir numa contínua ação reflexiva sobre o fazer
pedagógico.
Ainda segundo as Diretrizes, considera-se que os alunos têm diferentes
ritmos de aprendizagem, identificam-se dificuldades e isso possibilita a intervenção
pedagógica a todo o tempo.
Para isso, destacam-se como os principais critérios de avaliação em
Geografia a formação dos conceitos geográficos básicos e o entendimento das
relações socioespaciais para compreensão e intervenção na realidade.
O professor deve observar se os alunos formaram os conceitos geográficos
e assimilaram as relações Espaço ↔ Temporais e Sociedade ↔ Natureza para
compreender o espaço nas diversas escalas geográficas.
Para tanto, se faz necessário diversificar as técnicas e os instrumentos de
avaliação. Ao invés de avaliar apenas por meio de provas, o professor pode usar
técnicas e instrumentos que possibilitem várias formas de expressão dos alunos,
como:
• interpretação e produção de textos de Geografia;
• interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas;
• pesquisas bibliográficas;
• relatórios de aulas de campo;
• apresentação e discussão de temas em seminários;
• construção, representação e análise do espaço através de maquetes, entre
outros.
A avaliação e a recuperação de estudos constituem-se parte integrante do
processo de transmissão e assimilação do conhecimento e, que tem como princípios
básicos a análise de aspectos qualitativos, o respeito à diversidade de
características e de ritmos de aprendizagem dos alunos.
Dar-se-á de forma paralela, permanente e concomitante ao processo ensino
e aprendizagem a todos os alunos, independente do nível de apropriação dos
conhecimentos, garantindo a todos nova oportunidade de aprendizagem e avaliação
com a retomada dos conteúdos específicos. Será organizada com atividades
significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados e
pela somatória das melhores notas obtidas pelo aluno em cada conteúdo específico
e/ou bloco de conteúdos afins.
Por tudo que foi exposto, destaca-se ainda, que a proposta avaliativa deve
90
estar bem clara para os alunos, ou seja, que saibam como eles serão avaliados em
cada atividade proposta. Além disso, a avaliação deve ser um processo não-linear
de construções e reconstruções, assentando na interação e na relação dialógica que
acontece entre os sujeitos do processo: professor e aluno.
F – REFERÊNCIAS
BASTOS, A .R.V.R. Espaço e Literatura: algumas reflexões teóricas. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ, 1998.
BRASIL. Lei n. 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, DF. n. 248,1996.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas de Aprendizagem. Curitiba: Seed/DEB, 2012.
_______. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública da Educação Básica do Estado do Paraná–Geografia. Curitiba: SEED, 2008.
SANTOS, M. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: Hucitec, 1996.
VASCONCELOS, C. dos S. Construção do conhecimento em sala de aula. São Paulo: Libertad - Centro de Formação e Assessoria Pedagógica, 1993.
HISTÓRIA
A – APRESENTAÇÃO DOS FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS
A finalidade da disciplina de História é expressa no processo de produção do
conhecimento humano sob a forma da consciência histórica dos sujeitos. É voltada
para a interpretação dos sentidos do pensar histórico dos mesmos, por meio da
91
compreensão da provisoriedade deste conhecimento.
O ensino de História deve se beneficiar da diversificação dos documentos
(imagens, canções, objetos arqueológicos, entre outros), na construção do
conhecimento histórico, permitindo também relações interdisciplinares com outras
áreas do conhecimento.
Da mesma forma, a abordagem local, assim como os conceitos de
representação, prática cultural, secularidade cultural, possibilitam aos alunos e aos
professores, tratarem esses documentos através de problematizações mais
complexas em relação à História tradicional, desenvolvendo uma consciência
histórica que leve em conta a diversidade das práticas culturais dos sujeitos.
Entende-se que a consciência histórica é uma condição da existência do
pensamento humano, pois sob esta perspectiva os sujeitos se constituem a partir de
suas relações sociais, em qualquer período e local do processo histórico.
Vale ressaltar que o ensino de História contribui para a formação de uma
consciência histórica crítica dos alunos, uma vez que o estudo das experiências do
passado permite formar pontos de vista históricos e abrindo inúmeras possibilidades
de reflexão e superação de uma visão unilateral dos fatos históricos, que se tornam
mais abrangentes, permitindo também que o aluno elabore conceitos que o
permitam pensar historicamente, superando também a ideia de História como algo
dado, como verdade absoluta.
A disciplina de História tem como objeto de estudos os processos históricos
relativos às ações e às relações humanas praticadas no tempo, bem como os
sentidos que os sujeitos deram às mesmas, tendo ou não consciência dessas ações.
Dessa forma, o Ensino de História será pautado nas experiências passadas
dos seres humanos, investigadas por historiadores, professores e alunos, sendo
baseada no tempo e no espaço; através de sua percepção do passado e sua ação
no processo histórico.
Diante dessa perspectiva o processo ensino-aprendizagem se dará através
de procedimentos metodológicos articulados aos conteúdos estruturantes. Assim, o
processo de ensino aprendizagem se compõe através de um procedimento
metodológico, atrelados a uma concepção crítica da educação através das Relações
de Trabalho, Relações de Poder e Relações Culturais.
Relações de trabalho: articulados aos demais conteúdos estruturantes,
reconhecer as contradições de cada época, os impasses sociais da atualidade e
92
dispor-se a analisá-los, a partir de suas causas, permite entender como as relações
de trabalho foram construídas no processo histórico e como determinam a condição
de vida em conjunto da população. Nas relações de trabalho encontramos diversas
formas de organização social. Assim busca-se a leitura de todas as relações de
trabalho possíveis e suas características nos diversos contextos espaços temporais.
Relações de poder: entender que as relações de poder são exercidas nas
diversas instâncias sócio-históricas, como o mundo do trabalho, as políticas públicas
e as diversas instituições, permite ao aluno perceber que tais relações estão em seu
cotidiano. Assim, ele poderá identificar onde estão as arenas decisórias, por que
determinada decisão foi tomada; de que forma foi executada ou implementada, e
como, quando e onde reagir a ela. As relações de poder se forma através das
relações sociais e ideológicas criadas entre quem exerce o poder e quem se
submete a elas. Quando nos referimos a relação de poder, pensamos na ideia de
um poder político, englobando as relações de trabalho e culturais. No entanto, as
relações de poder se formam por diversas instâncias sócio-históricas através de um
mundo de trabalho, pela política a as diversas instituições, levando o aluno a
perceber tais relações com seu cotidiano.
Relações culturais: o estudo das relações culturais deve considerar a
especificidade de cada sociedade e as relações entre elas. O processo histórico
constituído nessa relação pode ser chamado de cultura comum, o que permite aos
historiadores construírem narrativas históricas que incorporam olhares alternativos
quanto às ações dos sujeitos. Nas relações culturais, entende-se a cultura como
aquela que permite conhecer os conjuntos de significados que os homens
conferiram a sua realidade para explicar o mundo. O estudo das relações culturais
deve estar voltado para as especificidades de cada sociedade e as relações entre
elas. Assim, o estudo das relações culturais deve se voltar para as necessidades e
características de cada sociedade, respeitando sua formação cultural, política, social
e econômica.
Diante de todas as informações acima mencionadas destaca-se que o ensino
da disciplina de História no currículo dos cursos de Ensino Fundamental e Médio é
primordial, pois a História é a ciência que busca o estudo do passado para a
compreensão do presente. Por essa razão, o historiador, em seu trabalho de
investigação, deve utilizar o método do duplo movimento: conhecer o passado
através do presente e conhecer o presente através do passado.
93
Tendo em vista a globalização da economia e o rápido avanço tecnológico,
faz com que a velocidade da vida contemporânea, tudo envelheça muito
rapidamente e pareça sem valor para as novas gerações. Diante do domínio do
tempo presente, o passado é desqualificado como experiência digna de
conhecimento e interesse e condenado ao esquecimento. Assim sendo, o
movimento pela destruição do passado coloca para toda a sociedade, e em
particular para nós, historiadores, a difícil tarefa de combater o esquecimento e
preservar a memória coletiva, base para a afirmação da identidade cultural de todos
os povos.
B- OBJETIVOS GERAIS
Ampliar a compreensão da realidade do aluno, especialmente confrontando-a e
relacionando-a com outras realidades históricas, e assim, possam fazer suas
escolhas e estabelecer critérios para orientar suas ações.
Buscar a superação das carências humanas fundamentadas por meio de um
conhecimento construído por interpretações históricas.
Contribuir para a formação da consciência histórica dos alunos a partir da
produção do conhecimento.
C- CONTEÚDOS
1ª SÉRIE
Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos
Conteúdos Específicos
Relações de poder Trabalho escravo,
servil, assalariado e o 1º TRIMESTRE Teoria da Evolução e da
94
Relações de trabalho
Relações culturais
trabalho livre
Urbanização e industrialização
O Estado e as relações de poder
Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções
Cultura e religiosidade
Criação Concepção de Tempo e
História Pré-história As primeiras sociedades Os primeiros povos da América Antiguidade Oriental Povos da Mesopotâmia
2º TRIMESTRE Egípcios Hebreus Antiguidade Clássica Gregos Romanos Império Bizantino
3º TRIMESTRE Mundo Islâmico Povos Africanos Transição Feudalismo para o
Capitalismo O Estado Nacional Expansionismo Marítimo O Absolutismo O Mercantilismo
2ª SÉRIE
Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos
Conteúdos Específicos
Relações de poder
Relações de trabalho
Trabalho escravo, servil, assalariado e o trabalho livre
Urbanização e industrialização
1º TRIMESTRE Renascimento Cultural e
Científico Reforma e Contra Reforma Os povos pré colombianos A América Espanhola e
Portuguesa
95
Relações culturais
O Estado e as relações de poder
Os sujeitos, as revoltas e as guerras
Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções
Cultura e religiosidade
Início da Colonização Administração Portuguesa e a
Igreja Católica Economia Açucareira
2º TRIMESTRE Condição de Escravidão
Africana e Indígena Expansão territorial e seus
conflitos Mineração Antigo Regime e Revolução
Inglesa Iluminismo e Despotismo
Esclarecido Revolução Francesa Revolução Industrial
3º TRIMESTRE Estados Unidos da
colonização a independência Expansão do Imperialismo. A América no século XIX Primeiro Reinado Período Regencial Segundo Reinado A crise do Império
3ª SÉRIE
Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos
Conteúdos Específicos
Relações de poder
Relações de trabalho
Trabalho escravo, servil, assalariado e o trabalho livre
Urbanização e industrialização
1º TRIMESTRE A instituição da República Movimentos Messiânicos:
Canudos e Contestado Movimentos Urbanos e Rurais:
Revolta da Vacina, Revolta da Chibata, República Velha.
O Imperialismo no século XIX A 1ª Guerra Mundial
96
Relações culturais O Estado e as relações
de poder
Os sujeitos, as revoltas e as guerras
Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções
Cultura e religiosidade
Revolução Russa Crise do Capitalismo e
Regimes Totalitários 2ª Guerra Mundial
2º TRIMESTRE Pós Guerra O Brasil Moderno e
Contemporâneo Revolução de 30 A Era Vargas; O governo Dutra 2º Governo de Vargas Dos Governos JK a Jango O Golpe de 64 Ditadura Militar
3º TRIMESTRE Transformações Econômicas Diretas Já Governo José Sarney Redemocratização do país A Constituição de 88 Collor Governo Itamar Franco Criação do plano Real Governo Fernando Henrique As privatizações Governo Lula e as questões
sociais
D- ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A proposta é um ensino por temas históricos, ou seja, os conteúdos terão
como finalidade a discussão e a busca de solução para um tema/problema
previamente proposto, tendo como finalidade a formação do pensamento histórico
dos estudantes. .
Nesse sentido, o trabalho pedagógico com os conteúdos históricos deve ser
fundamentado em vários autores e suas respectivas interpretações, seja por meio
dos manuais didáticos disponíveis ou por meio de textos historiográficos
referenciais.
97
Para o aluno compreender como se dá a construção do conhecimento
histórico, o professor deve organizar seu trabalho pedagógico por meio:
• do trabalho com vestígios e fontes históricas diversos;
• da fundamentação na historiografia;
• da problematização do conteúdo;
• essa organização deve ser estruturada por narrativas históricas produzidas
pelos sujeitos.
Recorrer ao uso de vestígios e fontes históricas nas aulas de História pode
favorecer o pensamento histórico e a iniciação aos métodos de trabalho do
historiador, para isso, é indispensável ir além dos documentos escritos, trabalhando
com os iconográficos, os registros orais, os testemunhos de história local, além de
documentos contemporâneos, como: fotografia, cinema, quadrinhos, literatura e
informática. Outro fator a ser observado é a identificação das especificidades do uso
desses documentos, bem como entender a sua utilização para superar as meras
ilustrações das aulas de História. Quanto à identificação do documento, a sugestão
é determinar sua origem, natureza, autor ou autores, datação e pontos importantes
do mesmo.
Para fazer análise e comentários dos documentos, Bittencourt (2004)
estabeleceu a seguinte metodologia:
• descrever o documento, ou seja, destacar e indicar as informações que ele
contém;
• mobilizar os saberes e conhecimentos prévios dos alunos para que eles
possam explicá-los, associá-los às informações dadas;
• situar o documento no contexto e em relação ao autor;
• identificar sua natureza e também explorar esta característica para chegar a
identificar os seus limites e interesses.
O trabalho com documentos e fontes históricas pode levar a uma análise
crítica sobre o processo de construção do conhecimento histórico e dos limites de
sua compreensão. Tal abordagem é fundamental para que os alunos entendam:
• os limites do livro didático;
• as diferentes interpretações de um mesmo acontecimento histórico;
• a necessidade de ampliar o universo de consultas para entender melhor
diferentes contextos;
98
• a importância do trabalho do historiador e da produção do conhecimento
histórico para compreensão do passado;
• que o conhecimento histórico é uma explicação sobre o passado que pode
ser complementada com novas pesquisas e pode ser refutada ou validada pelo
trabalho de investigação do historiador.
O uso do livro didático deve ser problematizado junto aos alunos, de modo
que se identifiquem seus limites e possibilidades, buscando outros referenciais que
complementem o conteúdo tratado em sala de aula. Sugestão de alguns
encaminhamentos metodológicos para seu uso que permitam a sua transformação
em uma fonte histórica:
• ler o texto;
• construir uma enunciação da ideia principal de cada parágrafo;
• identificar e analisar as imagens e as ilustrações, os mapas e os gráficos;
• relacionar as ideias do texto com as imagens, os mapas e os gráficos;
• explicar as relações feitas;
• estabelecer relações de causalidade e significado sobre o que aparece no
texto e nas imagens, imagens, mapas e gráficos;
• identificar as ideias principais e secundárias do texto;
• registrar, de forma organizada e hierarquizada, as ideias principais e as
secundárias do texto (TREPAT, 1995, p. 1994-220; atividades adaptadas por
SCHMIDT e CAINELLI. 2004, p. 140).
Fundamentar o conhecimento na historiografia significa compreendê-lo em
suas práticas, suas relações e pela multiplicidade de leituras e interpretações
históricas possíveis. Para isso, algumas questões poderão ser propostas aos
estudantes:
• Como o historiador chegou a essa interpretação?
• Que documentos/fontes o ajudaram a chegar a essas conclusões?
• Existem outras pesquisas a esse respeito?
• Que relações o historiador contemplou em sua análise?
• No conteúdo trabalhado, como podem ser identificados os aspectos
políticos, sócio-econômicos e culturais?
• Existem aspectos que ainda podem ser pesquisados? Quais?
• Estas ideias historiográficas têm relação com as ideias históricas produzidas
pelos estudantes?
99
• Como os estudantes desenvolvem essas ideias históricas?
O trabalho pedagógico com os diversos documentos e fontes exige que o
professor esteja atento à rica produção historiográfica que tem sido publicada em
livros, revistas especializadas e outras voltadas ao público em geral, muitas das
quais disponíveis também nos meios eletrônicos.
O estudo das histórias locais é uma opção metodológica que enriquece e
inova a relação de conteúdos a serem abordados, além de promover a busca de
produções historiográficas diversas. Alguns caminhos para o estudo das histórias
locais:
• a importância da dimensão local na construção do conhecimento do
passado e que há fenômenos que devem ser analisados em uma pequena escala;
• a relação entre os fatos de dimensão local e os de dimensão nacional,
continental ou mundial;
• o estudo e a compreensão das histórias locais do Outro (como as histórias
dos indígenas, dos latino-americanos, dos africanos e dos povos do Oriente);
• o respeito pelo patrimônio que testemunha o passado local;
• os termos das questões relativas à administração e gestão do território em
que vivem;
• a função e o valor histórico-social das instituições incumbidas da
conservação do patrimônio e do estudo do passado;
• a utilização e divulgação pública de narrativas históricas das histórias locais.
É importante, também, problematizar o conteúdo a ser trabalhado, partindo do
pressuposto de que ensinar História é construir um diálogo entre o presente e o
passado, e não reproduzir conhecimentos neutros e acabados sobre fatos que
ocorreram em outras sociedades e outras épocas
As noções de tempo ou temporalidade – quais sejam: sucessão ou
ordenação, duração, simultaneidade, semelhanças, diferenças, mudanças,
permanências para que os alunos as compreendam, será necessário trabalhá-las
por meio de atividades didáticas diversas, como, por exemplo, o gráfico da linha do
tempo conectado ao contexto histórico estudado e levar em conta datas,
interpretações e explicações históricas a partir de evidências tendo se contribuir para
que os alunos construam e apreendam as noções de temporalidade a partir dos
conceitos históricos.
100
Quanto à noção de periodização, a construção de um quadro sinótico, por
exemplo, poderá levar os alunos a perceberem como se organiza a periodização da
História de outros povos com marcos referenciais diferentes do europeu, tais como
os indígenas, africanos, arborígenes, polinésios e chineses, bem como a construção
de novas periodizações dos temas históricos para a identificação de mudanças e
permanências nos hábitos, costumes, regimes políticos e sistemas econômicos das
sociedades estudadas e propor o estudo de calendários de diferentes culturas.
Ao trabalhar as noções de temporalidade, o professor deve tomar as ideias
históricas do aluno como ponto de partida para o trabalho com os conteúdos. O
contato com outras ideias históricas mais elaboradas permite que os estudantes as
relacionem com suas ideias históricas prévias, para estabelecer uma cognição
histórica situada, ou seja, um conhecimento histórico reelaborado em seu contexto e
com experiências do tempo significativas para eles.
A organização do trabalho pedagógico por meio de temas históricos
possibilita ao professor ampliar a percepção dos estudantes sobre um determinado
contexto histórico, sua ação e relações de distinção entre passado e presente.
O historiador Ivo Mattozzi (2004) estabeleceu uma metodologia para o
trabalho temático, sob três dimensões:
• primeira: deve-se focalizar o acontecimento, processo ou sujeito que se
quer representar do ponto de vista historiográfico;
• segunda: é preciso delimitar o tema histórico em referências temporais fixas
e estabelecer uma separação entre seu início e seu final;
• terceira: o professor e os alunos devem definir um espaço ou território de
observação do conteúdo tematizado.
Depois de selecionado o tema, o professor adotará três formas para construir
uma narrativa histórica:
• narração: é uma forma de discurso em que se ordenam os fatos históricos
de um período. Essa reconstrução representa o processo histórico relativo às
mudanças e transformações por meio de acontecimentos que levem de um contexto
inicial a um final;
• descrição: é a forma de representar um contexto histórico. É um recurso
para representar as permanências que ocorrem entre diferentes contextos. A
descrição permite, também, o uso de narrações como exemplos ou provas do
contexto histórico abordado;
101
• argumentação, explicação e problematização: a problematização
fundamenta a explicação e a argumentação histórica. A narrativa histórica é a
construção de uma resposta para a problemática focalizada. A explicação é a
reconstrução de determinadas ações e relações humanas, e a argumentação é a
resposta à problemática, a qual é construída pela narração e descrição.
O trabalho com diferentes documentos requer que o professor conheça a
especificidade de sua linguagem e a sua natureza, bem como seus limites e
possibilidades para o trato pedagógico. Para tanto, é necessário observar três níveis
de indagação:
• sobre a existência em si do documento: o que vem a ser o documento? O
que é capaz de dizer? Como podemos recuperar o sentido de seu dizer? Por que tal
documento existe? Quem fez, em que circunstâncias e para que finalidade foi feito?
• sobre o significado do documento como objeto: o que significa o
documento como simples objeto? Como e por quem foi produzido? Qual é a relação
do documento, como objeto singular, no universo da produção? Qual a finalidade e o
caráter necessário que comanda sua existência?
• sobre o significado do documento como sujeito: por quem fala tal
documento? De que história particular participou? Que ação de pensamento está
contida em seu significado? Em que consiste seu ato de poder? (MARSON, apud
BITTENCOURT, p. 332).
As imagens, livros, jornais, histórias em quadrinhos, fotografias, pinturas,
gravuras, museus, filmes, músicas são documentos que podem ser transformados
em materiais didáticos de grande valia na constituição do conhecimento histórico.
Podem ser aproveitados de diferentes maneiras em aula, como exemplificam
Schmidt e Cainelli (2004): na elaboração de biografias, na confecção de dossiês,
representação de danças folclóricas, exposição de objetos sobre o passado que
estejam ao alcance do aluno, com a descrição de cada objeto exposto e o contexto
em que foram produzidos, de modo a estabelecer relações entre as fontes.
A proposta da seleção de temas é também pautada em relações
interdisciplinares considerando que é na disciplina de História que ocorre a
articulação dos conceitos e metodologias entre as diversas áreas do conhecimento.
Assim, narrativas, imagens, sons de outras disciplinas devem ser tratados como
documentos a serem abordados historiograficamente.
Algumas legislações que tratam dos desafios sociais contemporâneos
102
conferem ações específicas no campo da educação escolar e devem permear a
disciplina. Ao elaborar seu Plano de Trabalho Docente, o professor deve abordar a
cultura e história afro-brasileira e indígena (Leis no. 10.639/03 e no. 11.645/08) e
também a Educação Ambiental (Lei no. 9795/99, que institui a Política Nacional de
Educação Ambiental). Tais temáticas obrigatórias, deverão ser trabalhadas de forma
contextualizada e relacionadas aos conteúdos de ensino de História. As demais
legislações obrigatórias poderão ser abordadas quando os conteúdos específicos,
permitirem o estabelecimento de relações, quando não forem possíveis, elas serão
atendidas em Atividades incorporadas à organização do trabalho pedagógico da
escola.
E- AVALIAÇÃO
A avaliação no ensino de História objetiva-se favorecer a busca da coerência
entre a concepção de História defendida e as práticas avaliativas que integram o
processo de ensino e de aprendizagem. A avaliação deve estar colocada a serviço
da aprendizagem de todos os alunos, de modo que permeie o conjunto das ações
pedagógicas, e não como um elemento externo a este processo.
Para que a avaliação sirva à democratização do ensino, é preciso modificar a
sua utilização de classificatória para diagnóstica. A partir da avaliação diagnóstica,
tanto o professor quanto os alunos poderão revisar as práticas desenvolvidas até
então para identificar lacunas no processo de ensino e aprendizagem, bem como
planejar e propor outros encaminhamentos que visem à superação das dificuldades
constatadas.
A fim de que as decisões tomadas a partir da avaliação diagnóstica sejam
melhor implementadas na continuidade do processo de ensino e aprendizagem, faz-
se necessário que sejam realizadas a partir do diálogo entre alunos e professores,
envolvendo questões relativas aos critérios adotados, a função da avaliação e a
necessidade de tomada de decisões a partir do que foi constatado, seja de forma
individual ou coletiva. Assim, o aprendizado e a avaliação poderão ser
compreendidos como um fenômeno compartilhado, que se dará de modo contínuo,
processual e diversificado, permitindo uma análise crítica das práticas que podem
ser constantemente retomadas e reorganizadas pelo professor e pelos alunos, como
103
por exemplo, atividades associativas:
• Atividades que possibilitem a apreensão das ideias históricas dos
estudantes em relação ao tema abordado;
• Atividades que permitam desenvolver a capacidade de síntese e redação de
uma narrativa histórica;
• Atividades que permitam ao aluno expressar o desenvolvimento de ideias e
conceitos históricos;
• Atividades que revelem se o educando se apropriou da capacidade de
leitura de documentos com linguagens contemporâneas, como: cinema, fotografia,
histórias em quadrinhos, músicas e televisão, relativos ao conhecimento histórico.
Schmidt e Cainelli (2006) apontam duas sugestões de avaliações de documentos
de naturezas diferentes: textos e imagens.
Textos: • Identificação: identificar o tema, o tipo de texto, a data de publicação, a época de
produção, o autor e o contexto em que foi produzido;
• Leitura: sublinhar as palavras e expressões-chave, resgatar e reagrupar as ideias
principais e os temas secundários, e buscar o ponto de vista do autor;
• Explicação: compreender o sentido das palavras e expressões e esclarecer as
alusões contidas no texto;
• Interpretação: analisar a perspectiva do texto, comparar a outros fatos e pontos de
vista e verificar em que medida o texto permite o conhecimento do passado.
Imagens: • Identificação: identificar o tema, a natureza da imagem, a data, o autor, a função
da imagem e o contexto;
• Leitura: observar a construção da imagem – o enquadramento, o ponto de vista,
os planos. Distinguir os personagens, os lugares e outros elementos contidos na
imagem;
• Explicação: explicitar a atuação do autor de acordo com o suporte e contexto de
produção da imagem;
• Interpretação: compreender a perspectiva da imagem, o valor do testemunho
sobre a época e os símbolos apresentados.
Tais critérios não esgotam o processo de avaliação pelo professor de História.
104
São indicativos a serem enriquecidos para orientar o planejamento das práticas
avaliativas. Devem, também, estar articulados à investigação de como as ideias
históricas dos estudantes organizam essas estratégias de interpretação das fontes a
partir da construção de narrativas históricas e principalmente se os alunos tenham
condições de identificar processos históricos, reconhecer criticamente as relações
de poder neles existentes, bem como intervirem no mundo histórico em que vivem,
de modo a se fazerem sujeitos da própria História.
Os instrumentos de avaliação, devem atentar para a construção da autonomia
do educando, acompanham as próprias práticas de ensino e aprendizagem da
disciplina e podem ser registros de reflexões críticas em debates, leitura,
interpretação e análise de narrativas historiográficas, mapas e documentos
históricos; produção de narrativas históricas, pesquisas bibliográficas,
sistematização de conceitos históricos, apresentação de seminários, provas
objetivas, provas subjetivas, dentre outras possibilidades.
A avaliação e a recuperação de estudos constituem-se parte integrante do
processo de transmissão e assimilação do conhecimento e, que tem como princípios
básicos a análise de aspectos qualitativos, o respeito à diversidade de
características e de ritmos de aprendizagem dos alunos.
A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao
processo ensino e aprendizagem a todos os alunos, independente do nível de
apropriação dos conhecimentos, garantindo a todos nova oportunidade de
aprendizagem e avaliação com a retomada dos conteúdos específicos. Será
organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-
metodológicos diversificados e pela somatória das melhores notas obtidas pelo
aluno em cada conteúdo específico e/ou bloco de conteúdos afins.
F- REFERÊNCIAS
BITTENCOURT, M. C. Ensino de história: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2004.
Luckesi Cipriano Carlos. Avaliação da Aprendizagem Escolar. 14 ed. São Paulo: Cortez. 2002.
MATTOZZI, I. A História ensinada: educação cívica, educação social ou formação cognitiva? Revista Estudo da História. Associação dos Professores de História (APH), n.3, out. 1998. Dossiê: O Ensino de História: problemas da didática e do
105
saber histórico.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Caderno de Expectativas de Aprendizagem - História. Curitiba: SEED-PR, 2010.
________, Secretaria de Estado de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica de História. Curitiba.2008
SCHMIDT, M. A.; CAINELLI, M. Ensinar história. São Paulo: Scipione, 2004. (Pensamento e ação no magistério).
LÍNGUA PORTUGUESA
A-APRESENTAÇÃO DOS FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS
A linguagem é prática social, ou seja, se realiza como ação conjunta e
106
partilhada entre sujeito e o mundo. Sua manifestação se dá no discurso, que se
constrói em contextos sociais e históricos, por sujeitos reais, que usam a linguagem
para promover diferentes ações: contar causos, dar opinião, dar conselhos,
convencer, etc.
Desse modo, pensar o ensino de Língua Portuguesa no ensino médio
significa pensar numa realidade que norteia todos os nossos atos cotidianos e a
linguagem assume um papel de extrema importância na estruturação do
pensamento.
O trabalho pedagógico com a Língua Portuguesa e Literatura é um processo
dinâmico e histórico dos agentes na interação verbal, tanto na constituição social da
linguagem quanto dos sujeitos que por meio delas interagem. É vista como ação
entre os sujeitos históricos e socialmente situada que se constituem uns aos outros
e suas relações dialógicas. Os conceitos de textos e de leitura não se restringem à
linguagem escrita, eles abrangem além dos textos escritos e falados, a interação da
linguagem verbal com as outras linguagens.
Sendo assim, quanto às práticas discursivas no processo de ensino-
aprendizagem da língua, assume-se o texto verbal (oral ou escrito) e também as
outras linguagens, comunidade básica como prática discursiva, que se manifesta
concretamente e cujas formas são estabelecidas na dinamicidade que caracteriza o
trabalho com experiências reais de uso da língua.
Desse modo, é tarefa da escola possibilitar que seus alunos participem de
diferentes práticas sociais que utilizem a leitura, a escrita e a oralidade, com a
finalidade de inseri-los nas diversas esferas de interação. Assim, é nas aulas de
Língua Portuguesa que o estudante pode aperfeiçoar a sua competência linguística
e inserir-se na sociedade, mas é no ambiente escolar, sobretudo, que o aluno
aprende a lidar com as palavras e fazer uso dela.
Diante do exposto a respeito da importância do estudo da disciplina é preciso
salientar que em Língua Portuguesa o objeto de estudo da disciplina é a língua,
instrumento de poder e que o acesso ao poder, ou sua crítica, é legítimo e é direito
para todos os cidadãos. Na disciplina de Língua Portuguesa, assume-se a
concepção de linguagem como prática que se efetiva nas diferentes instâncias
sociais, sendo assim, o Conteúdo Estruturante da disciplina que atende a essa
perspectiva é o discurso como prática social.
107
B - OBJETIVOS GERAIS
Empregar a língua oral e escrita em diferentes situações de uso, saber adequá-la a
cada contexto e interlocutores.
Reconhecer as intenções implícitas nos discursos e propiciar a possibilidade de um
posicionamento diante deles.
Produzir e analisar textos e ampliar conhecimentos linguísticos- discursivos.
Aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de pensamento
crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da oralidade, da
leitura e da escrita.
Aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às
ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos,
proporcionando ao aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes
contextos sociais, apropriando-se, também, da norma padrão.
C - CONTEÚDOS
1ª SÉRIE
ORALIDADE ESCRITA LEITURA/LITERATURA
108
1º Tri
Exposição oral de relato pessoal
Relato pessoal
Carta pessoal
Relato Carta pessoal Tiras História em Quadrinhos
LITERATURA Romance (Literatura infantojuvenil) Cantiga (Trovadorismo)Poema (Humanismo)
2º Tri
Contação de histórias (crônicas)
Resumo
Crônica
Resumos História em Quadrinhos Pinturas Placas Cartum
LITERATURA Romance (Literatura infantojuvenil) Poema (Classicismo) Carta (Pero Vaz de caminha - Literatura Informativa sobre o Brasil) Crônica (Olimpíadas de Língua Portuguesa)
3º Tri
Discussão Argumentativa
Respostaargumentativa
Texto instrucional
Anúncio Charge Pinturas Texto argumentativo (resposta
argumentativa) Texto de opinião Texto instrucional: receita
culinária, manual de instruções, rótulo e bula de remédio.
LITERATURA Romance (Literatura
infantojuvenil) Poema (Barroco) Texto dramático (Teatro de Gil
Vicente)
109
Sermão (Padre Antônio Vieira) Poema (Arcadismo)
2ª SÉRIE
ORALIDADE ESCRITA LEITURA/ LITERATURA
1º Tri
Seminário Roteiro (para o seminário)
Resenha crítica
Resenha crítica Tiras Pinturas História em Quadrinhos Anúncio
LITERATURA Poema (1ª 2ª e 3ª fases do
Romantismo) Romance (Literatura clássica -
Romantismo)
2º Tri
Debate de fundo controverso
Artigo de Opinião (tema polêmico)
Charge Artigo de Opinião Texto de opinião Pinturas Manchete Notícia
LITERATURA Romance (Literatura clássica-
Romantismo e Realismo) Poema (Romantismo) Paródia
3º Tri
MesaRedonda
Cartade reclamação
Carta aberta
Carta de reclamação Carta aberta Cartum Pinturas Anúncio Texto argumentativo e
expositivo
LITERATURA Romance (Literatura clássica -
Realismo) Conto (Machadianos e outros) Poema (Parnasianismo e
Simbolismo)
110
3ª SÉRIE
ORALIDADE ESCRITA LEITURA
1º Tri
Discurso político “de palanque”
Carta de solicitação
Carta do leitor
Discurso político “de palanque” Carta de solicitação Carta do leitor Tiras Pinturas
LITERATURA Romance (Literatura clássica-
Pré-Modernismo) Conto (Pré-Modernismo) Poema (Pré-modernismo)
2º Tri
Palestra Texto dissertativo-argumentativo (ENEM)
Texto argumentativo História em Quadrinhos Notícia Reportagem Pinturas Charge
LITERATURA Romance (Literatura clássica -
Modernismo) Poema (1ª, 2ª, e 3ª fases do
Modernismo)
3º Tri
Júri Simulado Resposta interpretativa
Artigo de opinião (revisão)
Resposta interpretativa Artigo de opinião Texto de opinião Charge Tiras Cartum
LITERATURA Romance (Literatura clássica
(Pós-modernismo e
Contemporâneo) Conto (Literatura
Contemporânea) Crônica (Literatura
Contemporânea) Poema (Literatura
Contemporânea)
111
LeituraConteúdo temático;Interlocutor;Finalidade do texto;Intencionalidade;Argumentos do texto;Contexto de produção;Intertextualidade;Vozes sociais presentes no texto;Discurso ideológico presente no texto;Elementos composicionais do gênero;Contexto de produção da obra literária;Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito; Progressão referencial;Partículas conectivas do texto;Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto;Semântica:- operadores argumentativos;- modalizadores;- figuras de linguagem.
EscritaConteúdo temático;Interlocutor;Finalidade do texto;Intencionalidade;Informatividade;Contexto de produção;Intertextualidade;Referência textual;Vozes sociais presentes no texto;Ideologia presente no texto;Elementos composicionais do gênero;Progressão referencial;Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto Semântica:- operadores argumentativos;- modalizadores;- figuras de linguagem;Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, conectores, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.;Vícios de linguagem;Sintaxe de concordância;Sintaxe de regência
112
OralidadeConteúdo temático; Finalidade;Intencionalidade;Argumentos;Papel do locutor e interlocutor;Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas ;Adequação do discurso ao gênero;Turnos de fala;Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;Elementos semânticos;Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.); Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
D - ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
No processo de ensino-aprendizagem é importante ter claro que quanto maior
o contato com a linguagem nas diferentes esferas sociais, mais possibilidades se
tem de entender o texto, seus sentidos, suas intenções e visões de mundo. A ação
pedagógica referente à linguagem, portanto, precisa pautar-se na interlocução, em
atividades planejadas que possibilitem ao aluno a leitura e a produção oral e escrita,
bem como a reflexão e o uso da linguagem em diferentes situações. Desse modo,
sugere-se um trabalho pedagógico que priorize as práticas discursivas: oralidade,
escrita, leitura, análise linguística e literatura.
PRÁTICA DA ORALIDADE
Tanto no Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio as possibilidades de
trabalho com os gêneros orais são diversos e apontam diferentes caminhos, como:
apresentação de temas variados ( histórias de família, da comunidade, um filme, um
livro ); depoimentos sobre situações significativas vivenciadas pelo aluno ou pessoas
113
do seu convívio; dramatização; recado, explicação; contação de histórias;
declamação de poemas; troca de opiniões; debates; seminários; júris-simulados e
outras atividades que possibilitem o desenvolvimento da argumentação.
O trabalho com os gêneros orais deve ser consistente, isso significa que as
atividades propostas não podem ter como objetivo simplesmente ensinar o aluno a
fala, emitindo opiniões ou em conversas com os colegas de sala de aula. O que é
necessário avaliar, juntamente com o falante, por meio da reflexão sobre os usos da
linguagem, é o conteúdo de sua participação oral.
O trabalho com os gêneros orais visa ao aprimoramento linguístico, bem
como a argumentação. Nas propostas de atividades orais, o aluno refletirá tanto a
partir da sua fala quanto da fala do outro, sobre:
1- O conteúdo temático do texto oral;
2- Elementos composicionais, formas e estruturas dos diversos gêneros
usados em diferentes esferas sociais;
3- A unidade de sentido do texto oral;
4- Os argumentos utilizados;
5- O papel do locutor e do interlocutor na prática da oralidade; observância da
relação entre os participantes, para adequar o discurso ao interlocutor;
6- As marcas linguístico-enunciativas do gênero oral selecionado para estudo.
PRÁTICA DA ESCRITA
A prática da escrita é uma das práticas discursivas utilizadas pelo falante de
língua portuguesa, mas não deve ser a única a ser valorizada. O educando precisa
compreender o funcionamento de um texto escrito que se faz a partir de elementos
como organização, unidade temática, coerência, coesão, intenções, interlocutor,
dentre outros.
A maneira de propor atividades com a escrita interfere de modo significativo
nos resultados alcançados. Diante de uma folha repleta de linhas a serem
preenchidas sobre um tema, os alunos podem recorrer somente ao que ( Pécora
1983, p. 68 ) chama “estratégia de preenchimento”.
É desejável que as atividades com a escrita se realizem de modo
interlocutivo, que elas possam relacionar o dizer escrito às circunstâncias de
produção. Isso implica o produtor do texto assumir-se como locutor, conforme
114
propõe Geraldi (1997) e, dessa forma, ter o que dizer; razão para dizer, como dizer,
interlocutores para quem dizer.
As propostas de produção textual precisam “corresponder àquilo que, na
verdade, se escreve fora da escola – e assim, sejam textos de gêneros que têm uma
função social determinada, conforme as práticas vigentes na sociedade”( ANTUNES,
2003, P. 62-63 ).
A seguir, citam-se alguns; contudo, ressalta-se que os gêneros escritos não
se reduzem a esses exemplos: convite, bilhete, carta, cartaz, notícia, editorial, artigo
de opinião, carta do leitor, relatórios, resultados de pesquisa, resumos, resenhas,
solicitações, requerimentos, crônica, conto, poema, relatos de experiência, receitas.
Destaca-se, também, a importância de realizar atividades com os gêneros digitais,
como: e-mail, blog, chat, lista de discussão, fórum de discussão, dentre outros,
experienciando usos efetivos da linguagem escrita na esfera digital.
Na prática da escrita, há três etapas interdependentes e intercomplementares
sugeridas por Antunes (2003) e adaptadas às propostas das Diretrizes, que podem
ser ampliadas e adequadas de acordo com o contexto:
Inicialmente, essa prática requer que tanto o professor quanto o aluno
planejem o que será produzido: é o momento de ampliar as leituras sobre a temática
proposta; ler vários textos do gênero solicitado para a escrita, a fim de melhor
compreender a esfera social em que este circula; delimitar o tema da produção;
definir o objetivo e a intenção com que escreverá; prever os possíveis interlocutores;
pensar sobre a situação em que o texto irá circular; organizar as ideias;
Em seguida, o aluno escreverá a primeira versão sobre a proposta
apresentada, levando em conta a temática, o gênero e o interlocutor, selecionará
seus argumentos, suas ideias; enfim, tudo que fora antes planejado, uma vez que
essa etapa prevê a anterior (planejar) e a posterior (rever o texto);
Depois, é hora de reescrever o texto, levando em conta a intenção que se
teve ao produzi-lo: nessa etapa, o aluno irá rever o que escreveu refletir sobre seus
argumentos, suas ideias, verificar se os objetivos foram alcançados; observar a
continuidade temática; analisar se o texto está claro, se atende à finalidade, ao
gênero e ao contexto de circulação; avaliar se a linguagem está adequada às
condições de produção, aos interlocutores; rever as normas de sintaxe, bem como a
pontuação, ortografia, paragrafação.
Além de todas essas metodologias, o professor ainda pode lançar mão de
115
apresentar o que foi trabalhado em sala afixando os textos dos alunos no mural da
escola, enviar cartas produzidas pelos alunos aos pais ou colegas entre si, organizar
uma coletânea, enviar cartas do leitor a um determinado jornal ou revista, enfim,
uma infinidade de propostas pode ser atribuída às produções escritas.
Quanto à análise linguística, deve ser observado o gênero a ser trabalhado
e como ele é construído linguisticamente, trabalhando verbos, pontuação,
acentuação, concordância verbal e nominal, organização dos períodos, tipos de
discursos e outros conteúdos que se fazem necessários na construção do texto.
PRÁTICA DA LEITURA
Ler é familiarizar-se com diferentes textos produzidos em diversas esferas
sociais: jornalísticas, artística, judiciária, científica, didático-pedagógica, cotidiana,
midiática, literária, publicitária, etc. No processo de leitura, também é preciso
considerar as linguagens não-verbais. A leitura de imagens, como: fotos, cartazes,
propagandas, imagens digitais e virtuais, figuras que povoam com intensidade
crescente nosso universo cotidiano, deve contemplar os multiletramentos
mencionados nestas Diretrizes.
É importante ponderar a pluralidade de leituras que alguns textos permitem o
que é diferente de afirmar que qualquer leitura é aceitável. Deve-se considerar o
contexto de produção sócio-histórico, a finalidade do texto, o interlocutor, o gênero.
Do ponto de vista pedagógico, não se trata de ter no horizonte a leitura do
professor ou a leitura historicamente privilegiada como parâmetro de ação; importa,
diante de uma leitura do aluno, recuperar sua caminhada interpretativa, ou seja, que
pistas do texto o fizeram acionar outros conhecimentos para que ele produzisse o
sentido que produziu; é na recuperação desta caminhada que cabe ao professor
mostrar que alguns dos mecanismos acionados pelo aluno podem ser irrelevantes
para o texto que se lê, e, portanto, sua “inadequada leitura” é consequência deste
processo e não porque se coaduna com a leitura desejada pelo professor
(GERALDI, 1997, p.188).
Dependendo da esfera social e do gênero discursivo, as possibilidades de
leitura são mais restritas. Por exemplo, na esfera literária, o gênero poema permite
uma ampla variedade de leituras, já na esfera burocrática, um formulário não
possibilita tal liberdade de interpretação.
116
Desse modo, para o encaminhamento da prática da leitura, é preciso
considerar o texto que se quer trabalhar e, então, planejar as atividades. Antunes
(2003) salienta que conforme variem os gêneros (reportagem, propaganda, poemas,
crônicas, história em quadrinhos, entrevistas, blog), conforme variem a finalidade
pretendida com a leitura (leitura informativa, instrumental, entretenimento...), e,
ainda, conforme variem o suporte (jornal, televisão, revista, livro, computador...),
variam também as estratégias a serem usadas.
Nesse sentido, não se lê da mesma forma uma crônica que está divulgada no
suporte de um jornal e uma crônica publicada em um livro, tendo em vista a
finalidade de cada uma delas. Na crônica do jornal, é importante considerar a data
de publicação, a fonte, os acontecimentos dessa data, o diálogo entre a crônica e
outras notícias veiculadas nesse suporte. Já a leitura da crônica do livro representa
um fato cotidiano independente dos interesses deste ou daquele jornal.
Também a leitura de um poema difere da leitura de um artigo de opinião.
Numa atividade de leitura com o texto poético, é preciso observar o seu valor
estético, o seu conteúdo temático, dialogar com os sentimentos revelados, as suas
figuras de linguagem, as intenções. Diferente de um artigo de opinião, que tem outro
objetivo, e nele é importante destacar o local e a data de publicação, contextualizar a
temática, dialogar com os argumentos apresentados se posicionando, atentar para
os operadores argumentativos, modalizadores, ou seja, as marcas enunciativas
desse discurso que revelam a posição do autor.
O educador deve atentar-se, também, aos textos não-verbais, ou ainda,
aqueles em que predomina o não-verbal, como: a charge, a caricatura, as imagens,
as telas de pintura, os símbolos, como possibilidades de leitura em sala de aula; os
quais exigirão de seu aluno-leitor colaborações diferentes daquelas necessárias aos
textos verbais. Nesses, o leitor deverá estar muito atento aos detalhes oferecidos
nos traços, cores, formas, desenhos. No caso de infográficos, tabelas, esquemas, a
preocupação estará em associar/corresponder o verbal ao não-verbal, uma vez que
este está posto para corroborar com a leitura daquele.
Não se pode excluir, ainda, a leitura da esfera digital, que também é diferente
se comparada a outros gêneros e suportes. Os processos cognitivos e o modo de ler
nessa esfera também mudam. O hipertexto - texto no suporte digital/computador -
representa uma oportunidade para ampliar a prática de leitura. Através do hipertexto
inaugura-se uma nova maneira de ler. No ambiente digital, o tempo, o ritmo e a
117
velocidade de leitura mudam. Além dos hiperlinks, no hipertexto há movimento, som,
diálogo com outras linguagens.
A leitura do texto digital exige, diante de tantos suportes eletrônicos, um leitor
dinâmico, ativo e que selecione quantitativa e qualitativamente as informações, visto
que ele escolhe o caminho, o percurso da leitura, os supostos, início, meio e fim,
porque seleciona os hiperlinks que vai ler antes ou depois (LÉVY, 1996). A leitura de
hipertextos exige que o leitor tenha ou crie intimidade com diferentes linguagens na
composição do texto eletrônico, bem como os aparatos tecnológicos.
No que concerne ao trabalho com diferentes gêneros, Silva (2005, p. 66)
assinala que a escola deve se apresentar “como um ambiente rico em textos e
suportes de textos para que o aluno experimente, de forma concreta e ativa, as
múltiplas possibilidades de interlocução com os textos.” Dito isso, é essencial
considerar o contexto de produção e circulação do texto para planejar as atividades
de leitura.
Na sala de aula, é necessário analisar, nas atividades de interpretação e
compreensão de um texto: os conhecimentos de mundo do aluno, os conhecimentos
linguísticos, o conhecimento da situação comunicativa, dos interlocutores
envolvidos, dos gêneros e suas esferas, do suporte em que o gênero está publicado,
de outros textos (intertextualidade).
Os conteúdos serão apresentados levando em consideração a faixa etária e o
conhecimento prévio dos educandos, estabelecidos de acordo com as necessidades
e interesses dos mesmos e estarão articulados com as outras disciplinas e também
ao Projeto Político-Pedagógico da escola. Serão também inseridas questões
referentes à História e Cultura Afro-Brasileira e Africana (Lei Federal Nº 10.639/08),
Indígena (Lei Federal Nº 11.645/03), Educação Ambiental (Lei Federal Nº 9597/99 e
Decreto Nº 4201/02) tendo em vista a necessidade de contemplá-las, pois tratam-se
de legislações obrigatórias que visam lançar um olhar a questões primordiais a
serem discutidas na atualidade. Além delas, compreendendo que a disciplina é
efetivada a partir do discurso enquanto prática social procuraremos abordar as
legislações: Enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente (Lei Federal
Nº 11.525/07), Lei Federal nº 9503/97: Código de Trânsito Brasileiro/ educação para
o trânsito; Lei Federal nº 10741/03 - Estatuto do Idoso;Lei Estadual nº 17858/13 -
Política de proteção ao Idoso;Lei Federal nº 11.343/06 - Prevenção ao Uso Indevido
de Drogas; Lei Estadual nº 17650/13 - Programa de Resistência às Drogas e à
118
Violência; Gênero e Diversidade Sexual; Lei Federal nº 11340/06 - Cria mecanismos
para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher;Lei Federal nº 18447/15 -
Semana Estadual Maria da Penha nas Escolas;Lei Estadual nº 16.454/10 de 17 de
maio de 2010, Resolução nº. 12, de 16 de janeiro de 2016 - Dia Estadual de
Combate a Homofobia; Lei Federal 11525/07 - Enfrentamento à Violência Contra a
Criança e o Adolescente; Lei Estadual nº 17335/12 - Programa de Combate ao
Bullying; Lei Federal nº 11769/08 - inclui parágrafo no art. 26, sobre a música como
conteúdo obrigatório;Lei Federal nº 11947/09 - Educação alimentar e nutricional;Lei
Estadual nº 13381/01 - História do Paraná;Decreto nº 7037/09: Programa Nacional
de Direitos Humanos (PNDH 3) - educação em direitos humanos;Plano Nacional de
Educação em Direitos Humanos 2006 - Ministério da Educação;Portaria
Interministerial 413/02 MF/MEC e Decreto Estadual 5739/12- Educação Fiscal,
LITERATURA
A literatura, como produção humana, está intrinsecamente ligada à vida
social. O entendimento do que seja o produto literário está sujeito a modificações
históricas, portanto, não pode ser apreensível somente em sua constituição com
outros campos: o contexto de produção, a critica literária, a linguagem, a cultura, a
histórica, a economia, entre outros.
O texto literário permite múltiplas interpretações, uma vez que é na recepção
que ele significa. No entanto, não está aberto a qualquer interpretação. O texto é
carregado de pistas/estruturas de apelo, as quais direcionam o leitor, orientando-o
para uma leitura coerente. Além disso, o texto traz lacunas, vazios, que serão
preenchidos conforme o conhecimento de mundo, as experiências de vida, as
ideologias, as crenças, os valores, etc., que o leitor carrega consigo.
Feitas essas considerações, é importante pensar em que sentido a Estética da
Recepção e a Teoria do Efeito podem servir como suporte teórico para construir uma
reflexão válida no que concerne à literatura, levando em conta o papel do leitor e a
sua formação.
O trabalho com a literatura no ensino médio deverá ser voltado também para
os livros clássicos, mas não somente. Isso quer dizer que uma infinidade de
possibilidade se abre para o trabalho quando se refere à literatura. Assim, dentro da
prática da leitura, a literatura é naturalmente discutida e interpretada segundo
119
contexto próprio, linguagem, costumes, visões de mundo, da sociedade local e
outros fatores importantes que não devem ser negligenciados.
E- AVALIAÇÃO
A avaliação torna-se um instrumento não só de verificação, na medida em que
é significativa para o aluno. Sendo assim, para que ela aconteça em sua plenitude,
precisa ser contínua, formativa, diagnóstica e transformadora.
Quando o sujeito reconhece a linguagem como sendo tal instrumento,
aprimora a capacidade linguística e discursiva em práticas de oralidade, leitura e
escrita. Sob essa perspectiva, as diretrizes recomendam:
Oralidade: será avaliada em função da adequação do discurso aos diferentes
interlocutores situações. Num seminário, num debate, numa troca informal de ideias,
numa entrevista, num relato de história, as exigências de adequação da fala são
diferentes e isso deve considerada uma análise da produção oral. Assim, o professor
verificará a participação do aluno nos diálogos, relatos e discussões, a clareza que
ele mostra ao expor suas ideias, a fluência da sua fala, a argumentação que
apresenta ao defender seus pontos de vista.
Leitura: Serão avaliadas as estratégias que os estudantes empregam para a
compreensão do texto lido, o sentido construído, as relações dialógicas entre textos,
relações de causa e consequência entre as partes do texto, o reconhecimento de
posicionamentos ideológicos no texto, a identificação dos efeitos de ironia e humor
em textos variados, a localização das informações tanto explícitas quanto implícitas,
com argumento principal, entre outros. Também é importante avaliar se o aluno
ativou seus conhecimentos prévios; se compreende o significado das palavras
desconhecidas. O professor pode propor questões abertas, discussões, debates e
outras atividades que lhe permitam avaliar a reflexão que o aluno faz a partir do
texto.
Escrita: é preciso ver o texto do aluno como uma fase do processo de
produção, nunca como produto final. O que determina a adequação do texto escrito
são as circunstâncias de sua produção e o resultado dessa ação. É a partir daí que
o texto escrito será avaliado nos seus aspectos discursivos-textuais, verificando: a
adequação à proposta e ao gênero solicitado, se a linguagem está de acordo com o
120
contexto exigido, a elaboração de argumentos consistentes, a coesão e a coerência
textual, a organização dos parágrafos. No momento da refacção textual é importante
observar se os objetivos do texto foram alcançados, se a intenção do texto foi
alcançada, se há relação entre as partes do texto, se há necessidade de cortes, se é
necessário substituir parágrafos.
Análise linguística: é no texto que a língua se manifesta em todos os seus
aspectos discursivos, textuais e gramaticais. Por isso, nessa prática pedagógica, os
elementos linguísticos usados nos diferentes gêneros precisam ser avaliados sob
uma prática reflexiva e contextualizada que lhes possibilitem compreender esses
elementos no interior do texto. Dessa forma, o professor poderá avaliar o uso da
linguagem formal e informal, a ampliação lexical, a percepção dos efeitos de sentido
causados pelo uso de recursos linguísticos e estilísticos, as relações estabelecidas
pelo uso de operadores argumentativos e modalizadores, bem como as relações
semânticas entre as partes do texto.
Assim sendo, a avaliação estará articulada com os objetivos e conteúdos
selecionados para cada série de acordo com a presente Proposta Pedagógica
Curricular de Língua Portuguesa e será diagnóstica, contínua, e processual,
contemplando as práticas de oralidade, leitura e escrita e a aferição das notas será
por meio de avaliações escritas e orais que contemplem a compreensão de texto e
análise linguística. Além disso, serão realizadas dramatizações, declamações de
poemas, apresentações orais, seminários, confecção de painéis, cartazes,
maquetes, trabalhos com recorte e colagem além de ser levado em consideração o
posicionamento crítico dos alunos em decorrência das várias leituras a serem
realizadas em todo o decurso do ano letivo.
A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao
processo ensino e aprendizagem independente do nível de apropriação dos
conhecimentos através da retomada dos conteúdos específicos e do uso de
metodologias, estratégias e instrumentos diversificados. A nota será composta pela
somatória das melhores notas obtidas pelo aluno em cada conteúdo específico e/ou
bloco de conteúdos afins.
F-REFERÊNCIAS
121
____________. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas de Aprendizagem. Curitiba: Seed /DEB, 2012.
_____________. Secretaria de Estado da Educação – SEED. Diretrizes curriculares de Língua Portuguesa. Curitiba: SEED, 2006.
____________. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica para a Rede Pública Estadual do Paraná.
MATEMÁTICA
A – APRESENTAÇÃO DOS FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLOGICOS
Após discussões entre estudiosos matemáticos para a educação escolar de
um ensino da Matemática diferente daquele proveniente das engenharias que
prescrevia métodos puramente sintéticos, pautados no rigor das demonstrações,
propuseram um ensino baseado nas explorações indutivas e intuitivas, o que
configurou o campo de estudo da Educação Matemática (SCHUBRING, 2003).
A Educação Matemática é uma área que engloba inúmeros saberes, em que
apenas o conhecimento da Matemática e a experiência de magistério não são
122
considerados suficientes para atuação profissional (FIORENTINI & LORENZATO,
2001), pois envolve o estudo dos fatores que influem, direta ou indiretamente, sobre
os processos de ensino e de aprendizagem em Matemática (CARVALHO, 1991).
O objeto de estudo desse conhecimento ainda está em construção, porém,
está centrado na prática pedagógica e engloba as relações entre o ensino, a
aprendizagem e o conhecimento matemático (FIORENTINI & LORENZATO, 2001), e
envolve o estudo de processos que investigam como o estudante compreende e se
apropria da própria Matemática “concebida como um conjunto de resultados,
métodos, procedimentos, algoritmos etc.” (MIGUEL & MIORIM, 2004, p. 70).
Investiga, também, como o aluno, por intermédio do conhecimento matemático,
desenvolve valores e atitudes de natureza diversa, visando a sua formação integral
como cidadão. Aborda o conhecimento matemático sob uma visão histórica, de
modo que os conceitos são apresentados, discutidos, construídos e reconstruídos,
influenciando na formação do pensamento do aluno.
A disciplina é organizada por meio dos Conteúdos Estruturantes, os
conhecimentos de grande amplitude, os conceitos e as práticas que identificam e
organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar, considerados
fundamentais para a sua compreensão, constituem-se historicamente e são
legitimados nas relações sociais.
Os Conteúdos Estruturantes propostos são:
• Números e Álgebra
• Grandezas e Medidas
• Geometrias
• Funções
• Tratamento da Informação
O conteúdo estruturante Números e Álgebra estabelecem as relações entre
os desdobramentos possíveis, o pensamento algébrico enquanto linguagem “pensar
algebricamente é produzir significado para situações em termos de números e
operações aritméticas e, com base nisso, transformar as expressões obtidas” (LINS,
1997, p.151).
O Conteúdo Estruturante Geometrias não deve ser trabalhada rigidamente
separada da aritmética e da Álgebra. Ao contrário, por ser a Geometria rica em
elementos que favorecem a percepção espacial e a visualização, ela constitui um
conhecimento relevante, inclusive para outras disciplinas do conhecimento.
123
O Conteúdo de Grandezas e Medidas favorece o diálogo entre as pessoas,
Estados e diferentes países, deve ser abordada no contexto dos demais conteúdos
matemáticos. “A ação de medir é uma faculdade inerente ao homem, faz parte de
seus atributos de inteligência” (SILVA, 2004, p. 35). Para Machado, “a necessidade
de medir é quase tão antiga quanto à necessidade de contar” (2000, p. 08).
No mesmo sentido, o estudo das Funções deve ser visto como um importante
instrumento que permeia as diversas áreas do conhecimento, modelando
matematicamente situações que a partir de resoluções de problemas possam
auxiliar nas atividades humanas. Enquanto conteúdo da disciplina de matemática
deve ser visto como uma construção histórica e dinâmica capaz de provocar, por
conta da noção de variabilidade e possibilidade de leituras do seu objeto de estudo e
atuação em outros conteúdos específicos da matemática.
O Tratamento da Informação é instituído como Conteúdo Estruturante diante
da necessidade do estudante dominar um conhecimento que lhe dê condições de
realizar leituras críticas dos fatos que ocorrem à sua volta; interpretando informações
que se expressam por meio de tabelas, gráficos, dados, percentuais, indicadores e
conhecimento das possibilidades e chances de ocorrência de eventos. Isso se revela
necessário, pois vivemos num momento histórico, caracterizado pela facilidade e
rapidez no acesso às informações, o que exigem o desenvolvimento do espírito
crítico, e a capacidade de analisar e tomar decisões rápidas, porém conscientes,
diante de diversas situações da vida em sociedade.
O aprendizado da Matemática é parte essencial na formação de cidadãos em
sentido universal e não apenas no sentido profissionalizante. É um aprendizado útil
à vida e ao trabalho. Os conceitos matemáticos devem se transformar em
instrumentos de compreensão, intervenção, mudança e previsão da realidade. A
matemática deve assumir o papel que a sociedade espera dela: estar ao alcance
dos alunos e tornar-se prática em suas vidas, ajudando-os em suas relações com o
meio social em que vivem e fazendo interdisciplinaridade com as demais disciplinas.
Para isso deve ser contextualizado, inserindo aplicações dos conceitos matemáticos
da vida real.
B – OBJETIVOS GERAIS
124
Reconhecer a disciplina enquanto campo de investigação e de produção do
conhecimento teórico e prático da matemática para que o estudante construa
valores e atitudes de natureza diversa, propiciando a formação do cidadão,
enquanto Ser Humano público, crítico, criativo e capaz de agir com autonomia nas
suas relações sociais, superando preconceitos e discriminações e convivendo com a
diversidade e com a pluralidade em todas as dimensões humanas.
Perceber o valor da matemática como construção humana, reconhecendo sua
contribuição para a compreensão e a resolução de problemas da humanidade
através do tempo.
Possibilitar aos estudantes análises, discussões, conjecturas, apropriação de
conceitos e formulação de ideias.
Contribuir para que o estudante tenha condições de constatar regularidades,
generalizações e apropriação de linguagem adequada para descrever e interpretar
fenômenos matemáticos e de outras áreas do conhecimento.
C - CONTEÚDOS
1ª SÉRIECONTEÚDOS
ESTRUTURANTESCONTEÚDOS
BÁSICOSCONTEÚDOS ESPECÍFICOS
125
1o TR
IMES
TRE
Números e Álgebra
Números reais
ConjuntosNoções básicas e representaçãoIgualdade de conjuntosConjunto vazio, unitário e universoSubconjuntos de um conjuntoOperações com conjuntosComplementar de um conjunto
Conjuntos numéricos Conjunto dos números
naturais Conjunto dos números
inteiros Conjunto dos números
racionais Conjunto dos números
irracionais Conjunto dos números
reais
IntervalosRepresentação de subconjuntos por intervalosOperações com intervalos
Funções Funções Conceito de função
Definição de função Domínio contradomínio e conjunto imagem de uma função Zero de uma função Gráfico de uma função Estudo do sinal de uma função Função inversa Função sobrejetora, injetora e bijetora.
126
2o TR
IMES
TRE
Funções Função afim
Definição de função afim Gráfico da função afim Função crescente e
decrescente Raiz ou zero da função afim Domínio, contradomínio e
imagem da função afim
Funções Função quadrática
Definição de função quadrática
Gráfico da função quadráticaDomínio, contradomínio e imagem da função quadrática
Raízes e vértices de uma função quadrática
Máximos e mínimos da função quadrática
3o TR
IMES
TRE
Funções
Números e Álgebra
Funções
Função exponencial
Logaritmo
Função logarítmica
Função modular
Definição de função exponencial
Gráfico da função exponencial
O conceito de logaritmoPropriedades dos logaritmosMudança de baseDefinição de função logarítmica
Gráfico da função logarítmicaDefinição de função modularGráfico da função modular
Funções Progressão aritmética
Progressão geométrica
A lei de formação de progressões aritméticas
O termo geral de uma progressão aritmética
A soma dos termos de uma progressão aritmética
A lei de formação de progressões geométricas
A razão de uma progressão geométrica
Sequência crescente decrescente ou constante
A soma dos termos de uma
127
progressão geométrica
2ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1o TR
IMES
TRE
Grandezas e Medidas
Trigonometria
Arcos e ângulos O ciclo trigonométrico Seno, cosseno e tangente Trigonometria em um triângulo qualquer Lei dos senos Lei dos cossenos Área de superfície triangular
Funções Função trigonométrica
A função seno A função cosseno A função tangente
2o TR
IMES
TRE
Números e Álgebra
Matrizes e determinantes
Definição de matriz Algumas matrizes especiais Adição e subtração de
matrizes Multiplicação de um número
real por uma matriz Multiplicação de matrizes Matriz inversa Determinante de uma matriz
Determinante de matriz de ordem 1 Determinante de matriz de ordem 2 Determinante de matriz de ordem 3
Simplificação do cálculo de determinantes
Números e Álgebra
Sistemas lineares Equações lineares Sistema de equações
linearesDefiniçãoSolução
128
ClassificaçãoSistemas lineares
homogêneosMatrizes associadas a um
sistema
Regra de Cramer Escalonamento de sistemas
lineares Discussão de um sistema
linear
3o TR
IMES
TRE
Tratamento da Informação
Análise combinatória
Binômio de Newton
Contagem Permutações Arranjo simples Combinação simples Coeficiente binomial Somatório Binômio de Newton
Tratamento da Informação
Estudo das probabilidades
Probabilidade Probabilidade condicional O método binomial
3ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
129
1o TR
IMES
TRE
Tratamento da Informação
Matemática Financeira
Taxa percentual Juro simples Juro composto Financiamento com
prestações fixas
Tratamento da Informação
Estatística Noções de estatística Distribuição de frequências Representações gráficas Frequência relativa e
probabilidade Medidas de tendência
central: moda, média e mediana
Medidas de dispersão variância e desvio padrão
Medidas de tendência central e de dispersão para dados agrupados
2o TR
IMES
TRE
Geometrias Geometria plana Áreas: medidas de
superfície Ideia intuitiva de área Área da região quadrada Área da região retangular Área da região limitada por um paralelogramo
Área da região triangular Área da região limitada por um trapézio
Área da região limitada por um losango
Área da região limitada por um hexágono regular
Área do círculo
Área do setor circular
Geometrias Geometria espacial Os poliedrosRelação de EulerPoliedros regularesPrismasÁrea e volume do prisma
130
PirâmidesÁrea e volume de pirâmides
Corpos redondos CilindroCone
Esfera
3o TR
IMES
TRE
Geometrias Geometria Analítica O ponto A reta Posição relativa entre duas
retas no plano Distância entre dois pontos Condição de alinhamento
de três pontos Área de uma superfície
triangular Distância entre ponto e reta Equações de circunferência Posições relativas entre
circunferências Secções cônicas A elipse A hipérbole A parábola
Números e Álgebra Números complexos
Polinômios
Os números complexos Operações com números
complexos Representação geométrica
de um número complexo A forma trigonométrica de
um número complexo Operações na forma
trigonométrica Os polinômios
Valor numérico de um polinômio
Raiz de um polinômio Operações entre
polinômios Raízes reais e complexas
de polinômios
131
D – ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Os Conteúdos Estruturantes articulados com os conteúdos específicos em
relações de interdependências enriqueçam o processo pedagógico de forma a
abandonar abordagens fragmentadas, como se os conteúdos de ensino existissem
em patamares distintos e sem vínculos.
Os conteúdos propostos devem ser abordados por meio de tendências
metodológicas da Educação Matemática que fundamentam a prática docente, das
quais destacamos:
• resolução de problemas;
• modelagem matemática;
• mídias tecnológicas;
• etnomatemática;
• história da Matemática;
• investigações matemáticas.
Estas apontadas com grau de importância similar entre si e complementam-se
uma às outras.
A resolução de problemas, uma metodologia pela qual o estudante tem
oportunidade de aplicar conhecimentos matemáticos adquiridos em novas situações,
de modo a resolver a questão proposta (DANTE, 2003). Assim, o professor deve
fazer uso de práticas metodológicas para a resolução de problemas, como
exposição oral e resolução de exercícios.
As etapas da resolução de problemas são: compreender o problema; destacar
informações, dados importantes do problema, para a sua resolução; elaborar um
plano de resolução; executar o plano; conferir resultados; estabelecer nova
estratégia, se necessário, até chegar a uma solução aceitável (POLYA, 2006).
A modelagem matemática tem como pressuposto a problematização de
situações do cotidiano. Ao mesmo tempo em que propõe a valorização do aluno no
contexto social, procura levantar problemas que sugerem questionamentos sobre
situações de vida.
O trabalho pedagógico com a modelagem matemática possibilita a
intervenção do estudante nos problemas reais do meio social e cultural em que vive,
132
por isso, contribui para sua formação crítica.
O uso de mídias tecnológicas no contexto da Educação Matemática dinamiza
os conteúdos curriculares e potencializam o processo pedagógico. Os recursos
tecnológicos, como o software, a televisão, as calculadoras, os aplicativos da
Internet, entre outros, têm favorecido as experimentações matemáticas e
potencializado formas de resolução de problemas.
Aplicativos de modelagem e simulação têm auxiliado estudantes e
professores a visualizarem, generalizarem e representarem o fazer matemático de
uma maneira passível de manipulação, pois permitem construção, interação,
trabalho colaborativo, processos de descoberta de forma dinâmica e o confronto
entre a teoria e a prática.
Os recursos tecnológicos, como software, televisão, calculadoras, aplicativos
de internet, a TV Paulo Freire e o Portal Dia-a-dia Educação, entre outros favorecem
as experimentações e potencializam formas de resolução de problemas
matemáticos. As ferramentas tecnológicas são interfaces importantes no
desenvolvimento de ações em Educação Matemática, diversificam formas de
ensinar e aprender e valoriza o processo de produção do conhecimento.
A etnomatemática é uma importante fonte de investigação da Educação
Matemática com o papel de conhecer e registrar questões de relevância social que
reproduzem conhecimento matemático, valorizando a história dos estudantes pelo
reconhecimento às suas raízes culturais. O trabalho pedagógico deverá relacionar o
conteúdo matemático com a questão maior, fazendo com que o aluno seja capaz de
reunir situações novas com experiências anteriores, adaptando essas a novas
circunstancias e aplicando a seus fazeres e saberes.
Entender a História da Matemática no contexto da prática escolar como
componente necessário de um dos objetivos primordiais da disciplina, qual seja, que
os estudantes compreendam a natureza da Matemática e sua relevância na vida da
humanidade.
A abordagem histórica deve vincular as descobertas matemáticas aos fatos
sociais e políticos, às circunstâncias históricas e às correntes filosóficas que
determinaram o pensamento e influenciaram o avanço científico de cada época.
A história da Matemática é um elemento orientador na elaboração de
atividades, na criação das situações-problema, na busca de referências para
compreender melhor os conceitos matemáticos. Possibilita ao aluno analisar e
133
discutir razões para aceitação de determinados fatos, raciocínios e procedimentos.
A prática pedagógica de investigações matemáticas apresenta-se como forma
de contribuir para uma melhor compreensão da matemática, semelhante à realizada
pelos matemáticos podem ser desencadeadas a partir da resolução de simples
exercícios e se relacionam com a resolução de problemas. Um problema é uma
questão para a qual o aluno precisa estabelecer uma estratégia heurística, isto é, ele
não dispõe de um método que permita a sua resolução imediata; enquanto que um
exercício é uma questão que pode ser resolvida usando um método já conhecido.
Assim, há uma expectativa do professor de que o aluno recorra a conteúdos
já desenvolvidos em sala de aula. Além disso, exercícios e problemas são expressos
por meio de enunciados que devem ser claros e não darem margem a dúvidas. A
solução de ambos e a resposta do aluno, esteja ela certa ou errada, são conhecidas
e esperadas pelo professor, investigar significa procurar conhecer o que não se
sabe, que é o objetivo maior de toda ação pedagógica.
Nesse contexto, demonstrar que a matemática é uma ciência em movimento,
em constante construção.
Ao elaborar seu Plano de Trabalho Docente, nos anos finais do Ensino
Fundamental e do Ensino Médio, o professor deve abordar a cultura e história afro-
brasileira e indígena (Leis no. 10.639/03 e no. 11.645/08) e também a Educação
Ambiental (Lei no. 9795/99, que institui a Política Nacional de Educação Ambiental).
Tais temáticas obrigatórias, deverão ser trabalhadas de forma contextualizada e
relacionadas aos conteúdos de ensino de Matemática. As demais legislações
obrigatórias poderão ser abordadas quando os conteúdos específicos, permitirem o
estabelecimento de relações, quando não forem possíveis, elas serão atendidas em
Atividades incorporadas à organização do trabalho pedagógico da escola.
E – AVALIAÇÃO
A avaliação deve acontecer ao longo do processo do ensino-aprendizagem,
ancorada em encaminhamentos metodológicos que abram espaço para a
interpretação e discussão, que considerem a relação do aluno com o conteúdo
trabalhado, o significado desse conteúdo e a compreensão alcançada por ele.
134
Para que isso aconteça, é preciso que o professor estabeleça critérios de
avaliação claros e que os resultados sirvam para intervenções no processo ensino-
aprendizagem, quando necessárias. Assim, a finalidade da avaliação é proporcionar
aos alunos novas oportunidades para aprender e possibilitar ao professor refletir
sobre seu próprio trabalho, bem como fornecer dados sobre as dificuldades de cada
aluno (ABRANTES, 1994, p. 15).
No processo avaliativo, é necessário que o professor faça uso da observação
sistemática para diagnosticar as dificuldades dos alunos e criar oportunidades
diversificadas para que possam expressar seu conhecimento. Tais oportunidades
devem incluir manifestação escritas, orais e de demonstração, inclusive por meio de
ferramentas e equipamentos, tais como materiais manipuláveis, computador e
calculadora.
Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas pelo
professor. Essas práticas devem possibilitar ao professor verificar se o aluno:
• comunica-se matematicamente, oral ou por escrito (BURIASCO, 2004);
• compreende, por meio da leitura, o problema matemático;
• elabora um plano que possibilite a solução do problema;
• encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático;
• realiza o retrospecto da solução de um problema.
Dessa forma, no processo pedagógico, o aluno deve ser estimulado a:
• partir de situações-problema internas ou externas à matemática;
• pesquisar acerca de conhecimentos que possam auxiliar na solução dos
problemas;
• elaborar conjecturas, fazer afirmações sobre elas e testá-las;
• perseverar na busca de soluções, mesmo diante de dificuldades;
• sistematizar o conhecimento construído a partir da solução encontrada,
generalizando, abstraindo e desvinculando-o de todas as condições particulares;
• socializar os resultados obtidos, utilizando, para isso, uma linguagem
adequada;
• argumentar a favor ou contra os resultados (PAVANELLO & NOGUEIRA,
2006, p. 29).
Para a avaliação dos conteúdos será utilizados instrumentos avaliativos
diversificados como prova objetiva, prova subjetiva, maquetes, relatórios, gincanas,
pesquisas, construções geométricas e listas de atividades resolvidas em equipes.
135
A recuperação de estudos dar-se-á de forma paralela, permanente e
concomitante ao processo ensino e aprendizagem independente do nível de
apropriação dos conhecimentos através da retomada dos conteúdos específicos e
do uso de metodologias, estratégias e instrumentos diversificados. A nota será
composta pela somatória das melhores notas obtidas pelo aluno em cada conteúdo
específico e/ou bloco de conteúdos afins.
F – REFERÊNCIAS
ABRANTES, P. Avaliação e educação matemática. Série reflexões em educação matemática. Rio de Janeiro:MEM/USU/GEPEM, 1994.
BURIASCO, R. L. C. de. Análise da produção escrita: a busca do conhecimento escondido. In: ROMANOWSKI, J. P.; MARTINS, P. L. O.;JUNQUEIRA, S. R. A. (orgs.) Conhecimento local e conhecimento universal: a aula, aulas nas ciências naturais e exatas, aulas nas letras e nas artes. Curitiba: Champagnat, 2004.
CARVALHO, J.B.P.F. O que é Educação Matemática. Temas e Debates, Rio Claro, v. 4, n.3, p.17-26, 1991.
D`AMBRÓSIO, Ubiratan. Da Realidade à Ação – Reflexões sobre Educação e Matemática. 4. Ed. Campinas: Summus Editorial, 1986.
DANTE, L. R. Didática da Resolução de Problemas de Matemática. São Paulo: Editora Ática, 2003.
FIORENTINI, D.; LORENZATO, S. O profissional em educação matemática. Universidade Santa Cecília, 2001. Disponível em: <http://sites.unisanta.br/ teiadosaber/apostila/matematica, acesso em: 23 mar. de 2006.
LINS, R. C.; GIMENEZ, J. Perspectivas em aritmética e álgebra para o século XXI. Campinas: Papirus, 1997.
LONGEN, Adilson. Coleção Nova Didática Matemática, Ensino Médio, Volumes I,II e III, editora Positivo, edição.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas de Aprendizagem. Curitiba: Seed/DEB, 2012.
________. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública da Educação Básica do Estado do Paraná - Matemática. Curitiba: SEED, 2008.
POLYA, G. A Arte de Resolver Problemas. Rio de Janeiro: Editora Interciência, 2006.
136
SCHUBRING, G. O primeiro movimento internacional de reforma curricular em matemática e o papel da Alemanha. In: VALENTE, W. R. (Org.). Euclides Roxo e a modernização do ensino de matemática no Brasil. São Paulo: SBEM, 2003, p. 11 - 45.
QUÍMICA
A – APRESENTAÇÃO DOS FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS
Uma das principais características do ser humano é a curiosidade, a
necessidade de descobrir os segredos da natureza. Para alcançar esse objetivo,
137
nem sempre a simples observação é eficiente. Por isso, há séculos, o homem vem
criando experimentos que simulam os fenômenos naturais. Esse processo de
elaboração e transformação do conhecimento ocorre em função das necessidades
humanas, uma vez que a química é construída por homens e mulheres, portanto,
falível e inseparável dos processos sociais, políticos e econômicos. “A ciência já não
é mais considerada objetiva e nem neutra, mas preparada e orientada por teorias
e/ou modelos que, por serem construções humanas com propósitos explicativos e
previstos, são provisórios” (CHASSOT, 1995, p. 68).
Acredita-se numa abordagem de ensino de Química voltada à construção e
reconstrução de significados dos conceitos científicos nas atividades em sala de
aula (MALDANER, 2003, p. 144). O ensino de Química, na perspectiva conceitual,
retoma a cada passo o conceito estudado, na intenção de construí-lo com a ajuda de
outros conceitos envolvidos, dando-lhe significado em diferentes contextos.
Isso ocorre por meio da inserção do aluno na cultura científica, seja no
desenvolvimento de práticas experimentais, na análise de situações cotidianas, e
ainda na busca de relações da Química com a sociedade e a tecnologia. Isso implica
compreender o conhecimento científico e tecnológico para além do domínio estrito
dos conceitos de Química.
Propõe-se que a compreensão e a apropriação do conhecimento químico
aconteçam por meio do contato do aluno com o objeto de estudo da Química: as
substâncias e os materiais. Esse processo deve ser planejado, organizado e dirigido
pelo professor numa relação dialógica, em que a aprendizagem dos conceitos
químicos constitua apropriação de parte do conhecimento científico, o qual, segundo
Oliveira (2001), deve contribuir para a formação de sujeitos que compreendam e
questionem a ciência do seu tempo.
O ponto de partida para a organização dos conteúdos curriculares são os
conteúdos estruturantes e seus respectivos conceitos e categorias de análise. A
partir dos conteúdos estruturantes: Matéria e sua natureza, Biogeoquímica e
Química Sintética o professor poderá desenvolver com os alunos os conceitos que
perpassam o fenômeno em estudo, possibilitando o uso de representações e da
linguagem química no entendimento das questões que devem ser compreendidas na
sociedade.
O conteúdo estruturante Matéria e sua natureza identificam a disciplina de
química, por se tratar da essência da matéria, é ele que abre caminho para um
138
melhor entendimento dos demais conteúdos da disciplina.
A Biogeoquímica estuda a influência dos seres vivos sobre a composição
química da Terra, caracterizada pelas interações existentes entre a hidrosfera,
Litosfera e Atmosfera e pode ser bem explorada a partir dos ciclos biogeoquímicos
(RUSSEL, 1986, p. 02).
A Química Sintética tem sua origem na síntese de novos produtos e
materiais químicos e permite os estudos dos produtos farmacêuticos, da indústria
alimentícia, dos fertilizantes e dos agrotóxicos.
O conhecimento químico, assim como todos os demais saberes, não é algo
pronto, acabado e inquestionável, mas em constante transformação.
B – OBETIVOS GERAIS
-Compreender os conceitos científicos da química para entender algumas
dinâmicas do mundo e mudar sua atitude em relação a ele.
- Criar no educando interesse pelos fatos químicos que ocorrem no dia a dia,
bem como, fazê-lo entender, interpretar, avaliar e concluir conceitos básicos,
aplicando uma visão crítica e construtiva, para respaldar a formação de um mundo
melhor.
C - CONTEÚDOS1ª SÉRIE
1º TRIMESTRECONTEÚDO
ESTRUTURANTECONTEÚDOS
BÁSICOSCONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Matéria e sua Matéria
Constituição da matéria Estados de agregação Natureza elétrica da matéria
139
Natureza Modelosatômicos (Rutherford, Thomson, Dalton, Bohr, ...) Estudos do Metais Transformaçõesquímicas TabelaPeríódica
2º TRIMESTRECONTEÚDO
ESTRUTURANTECONTEÚDOS
BÁSICOSCONTEÚDOS
ESPECÍFICOS
Matéria e sua Natureza
Solução Substância: simples e composta Misturas Métodos de separação Tabela periódica
3º TRIMESTRECONTEÚDO
ESTRUTURANTECONTEÚDOS
BÁSICOSCONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Matéria e sua Natureza
Ligação Química
Tabela periódica Propriedade dos materiais Tipos de ligações químicas em relação às propriedades dos materiais Solubilidade e as ligações químicas Interações intermoleculares e as propriedades das substâncias moleculares Ligações de Hidrogênio Ligação metálica (elétrons semi-livres) Ligações sigma e PI Ligações polares e apolares Alotropia
2ª SÉRIE
1º TRIMESTRECONTEÚDO
ESTRUTURANTECONTEÚDOS
BÁSICOSCONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Matéria e sua Natureza
Funções Químicas
Funções inorgânicas Tabela periódica
140
Química Sintética Solução
Solubilidade Concentração Forças intermoleculares Temperatura e pressão Densidade Dispersão e suspensão
2º TRIMESTRECONTEÚDO
ESTRUTURANTECONTEÚDOS
BÁSICOSCONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Biogeoquímica Velocidade das reações
Reações químicas Lei das reações químicas Representação das reações químicas Condições fundamentais para ocorrência das reações químicas (natureza dos reagentes, contato entre os reagentes, teoria de colisão) Fatores que interferem na velocidade das reações (superfície de contato, temperatura, catalisador, concentração dos reagentes, inibidores) Lei da velocidade das reações químicas Tabela Periódica
Química Sintética Gases Estados físicos da matéria Tabela periódica Propriedades dos gases
(densidade/difusão e efusão, pressão x temperatura, pressão x volume e temperatura x volume)
Modelo de partículas para os materiais gasosos
Misturas gasosas Diferença entre gás e vapor Lei dos gases
Química Sintética EquilíbrioQuímico
Reações químicas reversíveis Concentração Relações matemáticas e o
equilíbrio químico (constante de equilíbrio)
141
Deslocamento de equilíbrio (princípio de Le Chatelier): concentração, pressão, temperatura e efeito dos catalizadores
Equilíbrio químico em meio aquoso (pH, constante de ionização, Ks)
Tabela periódica
3º TRIMESTRECONTEÚDO
ESTRUTURANTECONTEÚDOS
BÁSICOSCONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Matéria e sua Natureza
Reações Químicas
Reações de Oxi-redução Reações exotérmicas e
endotérmicas Diagramas das reações
exotérmicas e endotérmicas Variação de entalpia Calorias Equações termoquímicas Princípios da termodinâmica Lei de Hess Entropia e energia livre Calorimetria Tabela Periódica
3º SÉRIE
1º TRIMESTRECONTEÚDO
ESTRUTURANTECONTEÚDOS
BÁSICOSCONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Química Sintética Funções Químicas
Funções Orgânicas Propriedades do Carbono e
hidrocarbonetos
142
2º TRIMESTRECONTEÚDO
ESTRUTURANTECONTEÚDOS
BÁSICOSCONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Química Sintética Funções Químicas
Funções Orgânicas: funções oxigenadas e nitrogenadas e suas aplicações
Haletos orgânicos Polímeros Isomeria plana, geométrica e
óptica
3º TRIMESTRECONTEÚDO
ESTRUTURANTECONTEÚDOS
BÁSICOSCONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Biogeoquímica Radioatividade
Modelos Atômicos (Rutherford) Elementos químicos (radioativos) Tabela periódica Reações químicas Velocidade das reações Emissões radioativas Leis da radioatividade Cinética das reações químicas Fenômenos radiativos (fusão e
fissão nuclear)
D- ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A química deve ser tratada de forma clara e objetiva, mostrando
principalmente os aspectos sociais que a envolve. Levando em consideração que os
fenômenos químicos estão presentes o tempo todo à nossa volta, e não devem ser
ignorados, mas entendidos.
Para tanto, deve-se desenvolver uma dinâmica de aula capaz de estimular o
interesse dos alunos, relacionando cada conteúdo trabalhado com situações
143
concretas vivenciadas por eles, buscando o conhecimento já adquirido, visando o
seu aprimoramento através de textos e pesquisas. Matérias jornalísticas, embora
não tratem de conceitos de química, podem servir como ponto de partida para
discussões, explicações e reflexões várias de questões inerentes a esta área do
conhecimento.
É importante que o processo pedagógico parta do conhecimento prévio dos
estudantes, no qual se incluem as ideias pré-concebidas sobre o conhecimento da
Química, ou as concepções espontâneas, a partir das quais será elaborado um
conceito científico.
A concepção espontânea sobre os conceitos que o estudante adquire no seu
dia-a-dia, na interação com os diversos objetos no seu espaço de convivência, faz-
se presente no início do processo de ensino-aprendizagem. Por sua vez, a
concepção científica envolve um saber socialmente construído e sistematizado, que
requer metodologias específicas no ambiente escolar. A escola é, por excelência, o
lugar onde se lida com esse conhecimento científico, historicamente produzido.
Entretanto, quando os estudantes chegam à escola, não estão desprovidos
de conhecimento. Uma sala de aula reúne pessoas com diferentes costumes,
tradições e ideias que dependem também de suas origens, isso dificulta a adoção de
um único encaminhamento metodológico para todos os alunos.
A utilização de modelos no ensino de Química para descrever
comportamentos microscópicos, não palpáveis, é um dos fundamentos dessa
ciência, ainda, que os modelos são válidos para alguns contextos e não para todos,
ou seja, são localizados e seus limites são determinados quando a teoria não
consegue explicar fatos novos que eventualmente surjam, portanto, propostas
provisórias para explicar determinados fenômenos, exigindo que os docentes
possuam conhecimentos epistemológicos a respeito do que sejam os modelos, sua
função na ciência, seus objetivos, suas limitações, e em que contexto histórico foram
elaborados.
A experimentação no ensino de Química é importante para uma melhor
compreensão dos fenômenos químicos. No entanto, a maioria dos cursos que adota
essa metodologia aplica uma espécie de receituário composto de uma breve
introdução sobre o assunto, os objetivos do experimento, os procedimentos e
material necessário para realizá-lo, porém, considera-se que esse tipo de
encaminhamento metodológico não contribui para a compreensão da atitude
144
científica e deve ser superado. Espera-se que, no uso do laboratório, o professor
considere também os encaminhamentos realizados numa aula teórica, assim, os
estudantes estabelecem relações entre a teoria e a prática e, ao mesmo tempo,
expressam ao professor suas dúvidas.
Recomendam-se também, leituras científicas no ensino de Química, pois, ao
propor essas leituras, elas contribuem para a sua formação e identificação cultural,
podem constituir, elemento motivador para a aprendizagem da disciplina e contribuir,
eventualmente, para a criação do hábito de leitura. A utilização destes textos requer
alguns critérios, tais como: linguagem, conteúdo, o aluno a quem se destina o texto
e, principalmente, o que pretende o professor atingir ao propor a atividade de leitura.
Textos de Literatura e Arte podem se tornar ótimos instrumentos de abordagens
interdisciplinares no ensino de Química. Exemplo disso é um fragmento da música
Rosa de Hiroshima, de Vinícius de Morais e Gerson Conrad: “Da rosa da rosa / da
rosa de Hiroshima / a rosa hereditária/ a rosa radioativa, estúpida, inválida”.
Como então trabalhar com textos? Sugere-se:
• fazer a leitura do texto e apresentação por escrito com questões e dúvidas ou a
leitura do texto para discussão em outro momento;
• solicitar que os alunos tragam textos de sua preferência, de qualquer natureza
(jornal, revista, rótulos de vidros de remédios, etc.) e relacioná-los com o conteúdo
químico a ser trabalhado;
• assistir a um filme, por exemplo, Óleo de Lorenzo e relacionar a produção e o
acúmulo de ácidos graxos no organismo com as doenças degenerativas. Na
sequência, fazer a leitura de um texto de divulgação científica sobre o mesmo
assunto. É uma maneira de motivar o aluno para a leitura e um recurso que favorece
questionamentos.
Algumas legislações que tratam dos desafios sociais contemporâneos
conferem ações específicas no campo da educação escolar e devem permear a
disciplina, a Educação alimentar e nutricional (Lei 11.947/2009),Estatuto do Idoso
(Lei 10.741/2003),Educação Ambiental (Lei 9.795/99),Educação para o trânsito (Lei
9503/97),Educação em direitos humanos (Lei 7.037/2009)e outras serão atendidas
em atividades incorporadas à organização do trabalho pedagógico da escola de
acordo com o Projeto Político Pedagógico.
E – AVALIAÇÃO
145
A avaliação deve ser concebida de forma processual e formativa, sob os
condicionantes do diagnóstico e da continuidade. Esse processo ocorre em
interações recíprocas, no dia-a-dia, no transcorrer da própria aula e não apenas de
modo pontual, portanto, está sujeita a alterações no seu desenvolvimento.
Esse tipo de avaliação leva em conta o conhecimento prévio do aluno e
valoriza o processo de construção e reconstrução de conceitos, além de orientar e
facilitar a aprendizagem. A avaliação não tem finalidade em si, mas deve subsidiar e
mesmo redirecionar o curso da ação do professor, em busca de assegurar a
qualidade do processo educacional no coletivo da escola.
O aluno deve posicionar-se criticamente nos debates conceituais, articular o
conhecimento químico às questões sociais, econômicas e políticas, ou seja, deve
tornar-se capaz de construir o conhecimento a partir do ensino, da aprendizagem e
da avaliação. É preciso ter clareza também de que o ensino da Química está sob o
foco da atividade humana, portanto, não é portador de verdades absolutas.
A avaliação dar-se-á ao longo do processo de ensino e aprendizagem dos
estudantes, visto que ela é um instrumento para acompanhamento do trabalho do
professor e do processo de aprendizagem dos estudantes.
A função principal da avaliação é acompanhar o processo e, a partir daí,
prever a continuidade ou não desse processo e apontar caminhos para que se
efetive a aprendizagem dos estudantes.
Em Química, o principal critério de avaliação é a formação de conceitos
científicos. É necessário que os critérios e instrumentos de avaliação fiquem bem
claros também para os alunos, de modo que se apropriem efetivamente de
conhecimentos que contribuam para uma compreensão ampla do mundo em que
vivem.
Por isso, ao invés de avaliar apenas por meio de provas, o professor deve
usar instrumentos que possibilitem várias formas de expressão dos alunos, como:
leitura e interpretação de textos, produção de textos, leitura e interpretação da
Tabela Periódica, pesquisas bibliográficas, relatórios de aulas em laboratório,
apresentação de seminários, entre outras. Esses instrumentos devem ser
selecionados de acordo com cada conteúdo e objetivo de ensino.
A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao
processo ensino e aprendizagem independente do nível de apropriação dos
146
conhecimentos através da retomada dos conteúdos específicos e do uso de
metodologias, estratégias e instrumentos diversificados. A nota será composta pela
somatória das melhores notas obtidas pelo aluno em cada conteúdo específico e/ou
bloco de conteúdos afins.
F- REFERÊNCIAS
AXT, R. O papel da experimentação no ensino de ciências. In: MOREIRA, M. A; AXT,R. Tópicos em ensino de ciências. Porto Alegre:Sagra, 1991.
CHASSOT, A. Para que(m) é útil o ensino. Canoas: Ed. Da Ulbra, 1995.
MALDANER, O. A. A formação inicial e continuada de professores de química: Professores/ Pesquisadores. 2. ed. Ijuí:EditoraUnijuí, 2003.
MORTIMER, E. F. , MACHADO, A . H., ROMANELLI, L. I. A proposta curricular de química do Estado de Minas Gerais: fundamentos e pressupostos. Química Nova [online]. São Paulo, v.23, n.2, abr 2000.
PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública da Educação Básica do Estado do Paraná- Química. Curitiba: SEED, 2008.
____________. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas de Aprendizagem. Curitiba: Seed/DEB, 2012.
SARDELA, A. Curso completo de Química, v. único, São Paulo: Ática, 1999.
SOCIOLOGIA
A – APRESENTAÇÃO DOS FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS
Compreender as características das sociedades capitalistas tem sido a
preocupação da Sociologia desde o início da sua consolidação como ciência da
sociedade no final do século XIX. Nesse período, o capitalismo se configurava como
uma nova forma de organização da sociedade caracterizada por novas relações de
147
trabalho. Desde então, essa tem sido a principal preocupação dessa ciência, qual
seja, entender, explicar e questionar os mecanismos de produção, organização,
domínio, controle e poder, institucionalizados ou não, que resultam em relações
sociais de maior ou menor exploração ou igualdade.
A Sociologia no presente tem o papel histórico que vai além da leitura e
explicações teóricas da sociedade. Não cabem mais as explicações e
compreensões das normas sociais e institucionais para a melhor adequação social,
ou mesmo para a mera crítica social, mas sim a desconstrução e a desnaturalização
do social no sentido de sua transformação. È tarefa inadiável da escola e da
Sociologia a formação de novos valores, de uma nova ética e de novas práticas
sociais que apontem para a possibilidade de construção de novas relações sociais.
Os conteúdos estruturantes identificam grandes campos de estudos, onde as
categorias conceituais básicas da Sociologia – ação social, relação social, estrutura
social e outras eleitas como unidades de análise pelos teóricos fundamentam a
explicação científica. O desenvolvimento destes conteúdos não descarta a
necessidade da constante retomada do histórico do surgimento da Sociologia, bem
como dos pressupostos básicos das teorias clássicas. Os conteúdos estruturantes
da disciplina de Sociologia propostos são:
O processo de socialização e as instituições sociais: socialização é o
processo que persiste ao longo da vida do indivíduo em sociedade e exige que seus
membros conheçam e internalizem as expectativas de comportamentos sociais
estabelecidos por valores, regras e normas, pela linguagem e pelas ideias, o que
ocorre, fundamentalmente, por meio das instituições sociais vinculadas a contextos
históricos, econômicos, políticos e culturais.
Cultura e indústria cultural: a cultura é um fenômeno amplo no campo da
experiência existencial do homem em sociedade, inclui os conhecimentos, as
crenças, a arte, a moral, as leis, os costumes e todas as demais disposições e
hábitos adquiridos pelo homem enquanto membro de uma sociedade.
Trabalho, produção e classes sociais: o trabalho é a condição de
sobrevivência humana, o homem desenvolve habilidades e obtém domínio sobre a
natureza modificando o meio natural e adequando métodos para alcançar o
resultado buscado. Para produzir a subsistência, os homens se associam o que faz
o trabalho ser uma atividade social por excelência. O trabalho é, então, uma relação
social que pode ser organizada de várias formas, a partir da divisão do trabalho.
148
Poder, política e ideologia: o poder é concebido como a capacidade, a
habilidade, o potencial de realizar, obter algo; implica a tendência a condicionar,
guiar, oprimir a vontade de outro. Ele é um exercício e o poder exercitado é a
política. A Ideologia é um fenômeno social de concomitância de significações, usos e
desusos.
Direitos, cidadania e movimentos sociais: os direitos sociais devem ser
pensados como construções históricas dos sujeitos desses próprios direitos. A
cidadania é pensada como um conjunto de direitos, que englobam deveres na
medida da convivência coletiva, conquistados ao longo da história por diferentes
atores sociais. Os movimentos sociais são práticas civis de confronto que
desempenham o papel de criar, reformar, manter ou resgatar políticas públicas,
provocando impacto no desenvolvimento das coletividades onde ocorrem.
È necessário assim, compreender as modificações nas relações sociais,
decorrentes das mudanças estruturais impostas pela formação de um novo modelo
de produção econômica; perceber a construção da sociedade, com suas conquistas,
lutas de forma histórica, verificando a realidade social; questionar “as verdades
absolutas” (conceitos, visões, “verdades”, pré-conceitos ou pré-definições), priorizar
a inserção do aluno como sujeito social que compreende a sua realidade imediata,
como também perceber o que se estabelece além dela, seja elas na compreensão
do cotidiano como na constituição da ciência, elencar problemáticas sociais
concretas e contextualizadas, desconstruindo pré-conceitos, percebendo assim que
a realidade social é histórica e socialmente constituída.
B - OBJETIVOS GERAIS
Desenvolver nos alunos o domínio de uma linguagem específica, a linguagem
científica, no caso a sociológica, no tratamento das questões sociais.
Inserir o estudante como Sujeito Social que compreende a sua realidade imediata,
mas que também percebe o que se estabelece além dela.
Explicitar e explicar problemáticas sociais concretas e contextualizadas,
desconstruindo pré-noções e pré-conceitos;
149
Desnaturalizar as ações que se estabelecem na sociedade;
Perceber que a realidade social é histórica e socialmente construída;
Explanar acerca das mudanças e/ou permanências que ocorrem historicamente
nas sociedades humanas.
C - CONTEÚDOS1ª Série
ConteúdoEstruturante
ConteúdoBásico
ConteúdoEspecíficos
1º TRIMESTRE
O Processo de Socialização e as Instituições Sociais
Surgimento da Sociologia
Conhecimento: as diferentes formas de conhecimento produzido pelas sociedades humanas Ciência e Senso comum: O debate entre as diferentes concepções sobre a relação entre ciência e o senso comum e as consequências para a compreensão da realidade social Métodos de Investigação científica nas Ciências Sociais A contribuição da Sociologia Brasileira A contribuição da sociologia para a construção de uma intepretação científica da sociedade contemporânea O contexto histórico em que é criada a Sociologia e os métodos de análise da realidade social Os métodos de investigação científica mais utilizada nas Ciências Sociais Algumas interpretações da Sociologia Contemporânea sobre a realidade do século XXI e os fenômenos sociais que nela se desenvolvem
2º TRIMESTRE
O Processo de Socialização e as Instituições Sociais
Processo de Socialização
Organização estrutural e funcionamento da sociedade: Conflitos, contradições, considerando a consolidação do capitalismo Organização e função das instituições no processo de socialização dos indivíduos, baseado nas teorias sociológicas clássicas brasileiras Conceitos e teorias: Funcionalista (Durkheim)Compreensiva (Weber)Materialista Dialética (Marx) Formação da Identidade Individual e Social:
150
influência das instituições e grupos sociais Características identitárias dos grupos sociais local e a interdependência das ações nas relações sociais A Sociologia no Brasil As mudanças na sociedade brasileira e as comparações com demais revoluções pelo mundo
3º TRIMESTRE
O Processo de Socialização e as Instituições Sociais
Instituições Sociais: Familiares, Escolares e Religiosas
Instituições de Reinserção (prisões, manicômios, educandários, asilos, etc)
Relação das Instituições Sociais com a manutenção e/ou transformação da sociedade Relações de poder que determinam grupo social ou posição que o indivíduo ocupa Transformação das Instituições Sociais Instituições de Reinserção: processo histórico alcance de suas práticas, objetivando a ressocialização e reintegração dos indivíduos à sociedade Instituições familiares: perspectivas teóricas sobre a família, diversidade familiar, novos arranjos familiares, papeis de gênero e família, violência e abuso na vida familiar Instituições Escolares: perspectivas teóricas sobre a escola em Durkheim, Marx, Weber, Boudieu, Gramisci, dentre outros Teorias sobre a educação escolar e a desigualdade social, educação e industrialização, educação e novas tecnologias, privatização da educação Instituições Religiosas: definição de religião, diversidade religiosa Perspectivas teóricas sobre a religião em Durkheim, Max Weber, Marx Instituições de Reinserção: conceitos, perspectivas teóricas
LEGISLAÇÃO OBRIGATÓRIA: Neste Conteúdo estruturante é possível trazer o trabalho com: Lei Federal nº 11.343/06 Prevenção ao Uso Indevido de Drogas / Lei Estadual nº 17.650/13 Programa de Resistência às Drogas e à Violência / Lei Federal nº 11.343/06 Prevenção ao Uso Indevido de Drogas / Lei Federal nº 11.340/06 Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher / Lei Federal nº 18.447/15 Semana Estadual Maria da Penha nas Escolas / Lei Estadual nº 16.454/10 de 17 de maio de 2010 / Resolução nº. 12, de 16 de janeiro de 2016 Dia Estadual de Combate a Homofobia.
2ª Série
ConteúdoEstruturante
ConteúdoBásico
ConteúdoEspecíficos
151
1º TRIMESTRE
Cultura e Indústria Cultural
Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na analise das diferentes sociedades
Diversidade cultural
Identidade
Culturas afro brasileiras e africanas
Culturas indígenas
Questões de gênero
Pensamento Social: Contexto de surgimento e objeto de estudo da Sociologia Construção de diferentes conceitos de cultura, por meio das teorias clássicas e contemporâneas; (evolucionismo, funcionalismo, culturalismo e estruturalismo) Processo de formação e transformação da cultura Diferentes culturas como processo de mudanças e adaptações para compreensão do mundo Processo de formação da cultura brasileira: herança matrizes étnicas (indígena, europeia e africana Análise da diversidade cultural, étnica e religiosa da sociedade brasileira (etnocentrismo, alteridade) Influência da diversidade cultural, étnica, religiosa, gênero e de orientação sexual para a construção da identidade e consciência de pertencimento
2º TRIMESTRE
Cultura e Indústria Cultural
Trabalho, produção e
Sociedade de consumo
Indústria cultural
Indústria cultural no Brasil
Meios de comunicação de massa
Conceito de Indústria cultural, Cultura de Massa, Cultura popular, cultura erudita e a influencia de cada uma delas na transformação da sociedade Tecnologias da informação e comunicação: impacto nos diversos campos da sociedade Posicionamento crítico as atitudes consumidoras influenciadas pelos meios de comunicação Desconstrução de ideologias preconceituosas e discriminatórias, a fim de valorizar uma sociedade pluralista
152
Classes Sociais Desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais
A relação entre Consumo e Trânsito A Influência dos meios de comunicação e o aumento das frotas de carro Processo de formação do sujeito com vistas a transformação da cultura em relação a educação para o trânsito Indústria alimentícia e o processo de consumismo Desigualdades Sociais: analise e questionamento sobre as condições de trabalho na sociedade capitalista
3º TRIMESTRE
Trabalho, produção e Classes Sociais
O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições Globalização e Neoliberalismo Relações de trabalho Trabalho no Brasil
Pensamento social e objeto de estudo da Sociologia: contexto de seu surgimento Conceito de trabalho segundo Sociologia Clássica O trabalho na atualidade: conceito, sentido, e transformação ao longo do tempo; Transformações no mundo do trabalho: mudanças de ordem econômica, social e política O Trabalho: suas especificidades e contradições na sociedade capitalista; Fordismo e Toyotismo; Cooperativismo, Empregabilidade e produtividade O desemprego: interpretação de seus fenômenos e consequências Desemprego conjuntural e estrutural, informalidade Subemprego e trabalho escravo: identificar e interpretar a realidade de cada um e suas consequências; (Lei Federal nº 11.645/08) Mercado de trabalho: mudanças ocorridas e sua relação com a escolaridade, etnia e ao gênero; (Lei Federal nº 11.645/08) Nova organização do trabalho: relação com o fenômeno da globalização na contemporaneidade Relações entre profissionalização e mercado de trabalho Condições de vida da população: campos socioeconômicos educacionais
LEGISLAÇÕES OBRIGATÓRIAS: Lei Federal nº 10.639/03 - História e Cultura Afro-Brasileira Lei Federal nº 11.645/08 - História e Cultura Afro-brasileira e Indígena.LEGISLAÇÕES OBRIGATÓRIAS: * Lei Federal nº 9.503/97 Código de Trânsito
153
Brasileiro – educação para o trânsito / Lei Federal nº 10.639/03 - História e Cultura Afro-Brasileira Lei Federal nº 11.645/08 - História e Cultura Afro-brasileira e Indígena / Lei Estadual nº 16.454/10 de 17 de maio de 2010, Resolução nº. 12, de 16 de janeiro de 2016 - Dia Estadual de Combate a Homofobia / * Lei Federal nº 11.947/09 – Educação alimentar e nutricional. Lei Federal nº 11.947/09 – Educação alimentar e nutricional.
3ª Série
ConteúdoEstruturante
ConteúdoBásico
ConteúdoEspecíficos
1º TRIMESTRE
Poder, Política e Ideologia.
Formação e desenvolvimento do Estado Moderno
Democracia, autoritarismo, totalitarismo
Estado no Brasil
Pensamento social e objeto de estudo da Sociologia: contexto de seu surgimento Estado Moderno: processo de formação O papel do Estado Moderno segundo teorias sociológicas clássicas e contemporâneas As transformações do Estado Brasileiro Formação dos diferentes estados contemporâneos Organização do Estado (absolutismo, liberal, bem estar social, socialismo) Pressupostos teóricos do regime democrático Organização do sistema político-partidário brasileiro Participação política: ações práticas coletivas e individuais Estrutura e princípios da política contemporânea Meios midiáticos: influencia na formação política do indivíduo Formação do capitalismo O Processo de politização e esvaziamento das democracias contemporâneas
2º TRIMESTRE
Poder, Política e Ideologia
Conceitos de Ideologia
Conceitos de poder
Conceitos de dominação e legitimidade
Conceito de Política e alienação Expressão de poder presentes na sociedade Concepções ideológicas que permeiam as relações de poder O poder e as relações sociais; (nº 11.343/06 e nº 17.650/13) Relação entre manifestações das ideologias e as ações cotidianas; (nº 11.343/06 e nº 17.650/13)
154
As expressões da violência nas sociedades contemporâneas
Violência: conceitos e significados; (nº 11.343/06 e nº 17.650/13). Violência legitima, violência urbana, violência contra “minorias”, violência simbólica, criminalidade, narcotráfico, crime organizado Relação entre estrutura social e manifestações de violência; (nº 11.343/06 e nº 17.650/13) Formas que a violência se apresenta na sociedade brasileira. (nº 11.343/06 e nº 17.650/13)
3º TRIMESTRE
Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais
Direitos civis, políticos e sociais Direitos Humanos Conceito de cidadania Movimentos Sociais Movimentos Sociais no Brasil A questão ambiental e os movimentos ambientalistas A questão das ONG’s
Cidadania: processo histórico de sua construção Conquista de direitos: contexto histórico e sua relação com a cidadania Histórico dos direitos humanos: alcances e limites, cidadania, políticas afirmativas, políticas de inclusão Garantia dos direitos básicos de grupos que se encontram em situação de vulnerabilidade na sociedade Espaços de atuação dos sujeitos como responsáveis pela garantia de seus direitos O Papel da comunicação social na formação do cidadão: relação entre discursos produzidos pelos atores dos movimentos sociais e os veiculados pela mídia Questões étnico-raciais, de gênero, de sexualidade: contexto que possibilitou ampliação de debates Definição de movimentos sociais: urbanos, rurais, conservadores, neoliberalismo e redefinição das funções do estado Movimentos Ambientalistas: sua importância e princípios norteadores no Brasil e no Mundo Importância da sociedade civil organizada na conquista de políticas públicas
LEGISLAÇÕES OBRIGATÓRIAS: Lei Federal nº 9795/99 Dec. 4201/02 Educação Ambiental Lei Estadual nº 17505/13 Educação Ambiental. / Lei Federal nº 18.447/15 Semana Estadual Maria da Penha nas Escolas Lei Estadual nº 16.454/10 de 17 de maio de 2010, Resolução nº. 12, de 16 de janeiro de 2016 - Dia Estadual de Combate a Homofobia.LEGISLAÇÃO OBRIGATÓRIA: Lei Federal nº 11.343/06 Prevenção ao Uso
155
Indevido de Drogas Lei Estadual nº 17.650/13 Programa de Resistência às Drogas e à Violência / Lei Federal nº 11.340/06 Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher .
D- ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Para o desenvolvimento da disciplina de Sociologia no Ensino Médio, os
Conteúdos Estruturantes e os Conteúdos Básicos devem ser tratados de forma
articulada, ressaltando que esses se desdobram em conteúdos específicos, próprios
da contextualização dos fenômenos estudados.
Considera-se relevante no exercício pedagógico da Sociologia, manter no
horizonte de análise tanto o contexto histórico do seu aparecimento e a contribuição
dos clássicos tradicionais, quanto teorias sociológicas mais recentes.
A Sociologia crítica deve contrastar tradições diversas de pensamento,
avaliando-lhes os limites e potencialidades de explicação para os dias de hoje. Ao
mesmo tempo, o ensino da disciplina deve recusar qualquer espécie de síntese
teórica ou reducionismo sociológico, ou seja, deve tratar pedagogicamente a
contextualização histórica e política das teorias, seguindo o rigor metodológico que a
ciência requer. O professor deve propiciar aos alunos os conhecimentos
sociológicos, de maneira que alcance um nível de compreensão mais elaborado em
relação às determinações históricas nas quais se situa e, também, fornecendo-lhe
elementos para pensar possíveis mudanças sociais. Pelo tratamento crítico dos
conteúdos da Sociologia clássica e da contemporânea, professores e alunos são
pesquisadores, no sentido de que estarão buscando fontes seguras para esclarecer
questões acerca de desigualdades sociais, políticas e culturais, podendo alterar
qualitativamente sua prática social.
A abordagem dada aos conteúdos bem como a avaliação do processo de
ensino-aprendizagem estarão relacionadas à Sociologia crítica, caracterizada por
posições teóricas e práticas que permitam compreender as problemáticas sociais
concretas e contextualizadas em suas contradições e conflitos, possibilitando uma
ação transformadora do real.
Neste contexto, o professor no trabalho com a disciplina pode e deve ensinar
o aluno a fazer perguntas e a buscar respostas no seu entorno, na realidade social
que se apresenta no bairro, na própria escola, na família, nos programas de
156
televisão, nos noticiários, nos livros de História etc. O professor deve despertar no
aluno o sentimento de estar integrado à realidade que lhe cerca, desenvolvendo
certa sensibilidade para com os problemas brasileiros de forma analítica e cogitando
possíveis soluções para problemas diagnosticados.
As aulas devem ser atraentes e despertar nos alunos processos de
identificação de problemas sociais que estão de forma jornalística presentes nos
meios de comunicação. Como encaminhamentos metodológicos básicos para o
ensino são propostos:
Aulas expositivas dialogadas; aulas em visitas guiadas a instituições e museus,
quando possível;
Exercícios escritos e oralmente apresentados e discutidos;
Leituras de textos: clássico-teóricos, teórico-contemporâneos, temáticos,
didáticos, literários, jornalísticos;
Debates e seminários de temas relevantes fundamentados em leituras e
pesquisa: pesquisa de campo, pesquisa bibliográfica;
Análises críticas: de filmes, documentários, músicas, propagandas de TV; análise
crítica de imagens (fotografias, charges, tiras, publicidade), entre outros.
O Livro Didático Público de Sociologia é outro importante suporte teórico e
metodológico e constitui um ponto de partida para professores e alunos. Assim como
qualquer material pedagógico, o livro didático não esgota ou supre todas as
necessidades que o ensino da Sociologia requer no Ensino Médio
O aluno de Ensino Médio deve ser considerado em sua especificidade etária
e em sua diversidade cultural, ou seja, além de importantes aspectos como a
linguagem, interesses pessoais e profissionais, e necessidades materiais, deve-se
ter em vista as peculiaridades da região em que a escola está inserida e a origem
social do aluno, para que os conteúdos trabalhados e a metodologia utilizada
possam responder a necessidades desses grupos sociais.
Aprender a pensar sobre a sociedade em que vivemos, e consequentemente
a agir nas diversas instâncias sociais, implica antes de tudo numa atitude ativa e
participativa. O ensino de Sociologia pressupõe metodologias que coloquem o aluno
como sujeito de seu aprendizado e que seja constantemente provocado a relacionar
a teoria como o vivido, a rever conhecimentos e a reconstruir coletivamente novos
saberes.
Algumas legislações que tratam dos desafios sociais contemporâneos
157
conferem ações específicas no campo da educação escolar e devem permear a
disciplina, a Educação alimentar e nutricional (Lei 11.947/2009), Estatuto do Idoso
(Lei 10.741/2003), Educação Ambiental (Lei 9.795/99), Educação para o trânsito (Lei
9503/97), Educação em direitos humanos (Lei 7.037/2009) e outras serão atendidas
em atividades incorporadas à organização do trabalho pedagógico da escola de
acordo com o Projeto Político Pedagógico, sendo elas: História e Cultura Afro-
brasileira, África e Indígena – Lei Federal nº 10.639/03 e Lei Federal nº 11.645/08 e
Deliberação 04/06; História do Paraná – Lei nº 13.381/01; Sistema Nacional de
Políticas sobre Drogas – Lei nº 11.343/06; Educação Sexual e prevenção à AIDS e
DST – Lei nº 11.733/97 e nº 11.734/97; Enfrentamento à Violência contra Crianças e
Adolescentes – Lei nº 11.525/2007; Programa de Combate ao Bullyng – Lei nº
17.335/2012, Educação Tributária – Decreto nº 1.143/99 e Portaria nº 413/2002;
Educação em Direitos Humanos – Lei Federal nº 7.037/2009; Musicalização – Lei nº
11.769/08; Brigada Escolar – Lei Estadual nº 18.424/2015, Educação para o
consumo, educação fiscal, trabalho, ciência e tecnologia e diversidade cultural –
Resolução nº 07/2010 – CNE/CEB, Exibição de filmes de produção nacional – Lei
Federal nº 13.006/2014, Semana Estadual Maria da Penha nas Escolas – Lei
Estadual nº 18.447/2015.
E – AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser pautada numa concepção formativa e continuada, onde
os objetivos da disciplina estejam afinados com os critérios de avaliação propostos
pelo professor em sala de aula. Concebendo a avaliação como mecanismo de
transformação social e articulando-a aos objetivos da disciplina, pretende-se a
efetivação de uma prática avaliativa que vise “desnaturalizar” conceitos tomados
historicamente como irrefutáveis e propicie o melhoramento do senso crítico e a
conquista de uma maior participação na sociedade.
De maneira diagnóstica, a avaliação formativa deve acontecer identificando
aprendizagens que foram satisfatoriamente efetuadas e também as que
apresentaram dificuldades, para que o trabalho docente possa ser reorientado. A
avaliação também se pretende continuada, processual, por estar presente em todos
158
os momentos da prática pedagógica e possibilitar a constante intervenção para a
melhoria do processo de ensino e aprendizagem.
Assim, deve ser pensada e elaborada de forma transparente, com critérios
estabelecidos a saber:
Apreensão de alguns conceitos básicos da ciência, articulados com a
prática social;
A capacidade de argumentação fundamentada teoricamente;
A clareza e a coerência na exposição das ideias sociológicas;
A mudança na forma de olhar e compreender os problemas sociais.
Neste contexto, que a autonomia e iniciativas para tomar atitudes
diferenciadas e criativas, rompam com a acomodação e o senso comum, dados que
informarão aos professores, o alcance e a importância de seu trabalho no cotidiano
de seus alunos.
Os instrumentos de avaliação em Sociologia, atentando para a construção da
autonomia do educando, acompanham as próprias práticas de ensino e
aprendizagem da disciplina e podem ser registros de reflexões críticas em debates,
que acompanham os textos ou filmes; participação nas pesquisas de campo;
produção de textos que demonstrem capacidade de articulação entre teoria e
prática, dentre outras possibilidades. Várias podem ser as formas, desde que se
tenha como perspectiva ao selecioná-las, a clareza dos objetivos que se pretende
atingir, no sentido da apreensão, compreensão, reflexão dos conteúdos pelo aluno
e, sobretudo, expressão oral ou escrita da sua percepção de mundo.
Para isso, ao avaliar, o professor pode usar técnicas e instrumentos que
possibilitem várias formas de expressão dos alunos como: relatórios, produção de
textos, provas objetivas, provas subjetivas, trabalhos em grupo, atividades com
recursos audiovisuais e debates são instrumentos que possibilita avaliar o processo
de aprendizagem e, acima de tudo estabelecer o necessário diálogo com os
estudantes para que eles aprendam a expressar suas opiniões e se efetive a
construção do conhecimento.
A avaliação e a recuperação de estudos constituem-se parte integrante do
processo de transmissão e assimilação do conhecimento e, que tem como princípios
básicos a análise de aspectos qualitativos, o respeito à diversidade de
características, de ritmos de aprendizagem dos alunos. Há necessidade de
159
assegurar condições e práticas que favoreçam a implementação de atividades de
recuperação, por meio de ações significativas e diversificadas.
A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao
processo ensino e aprendizagem independente do nível de apropriação dos
conhecimentos através da retomada dos conteúdos específicos e do uso de
metodologias, estratégias e instrumentos diversificados. A nota será composta pela
somatória das melhores notas obtidas pelo aluno em cada conteúdo específico e/ou
bloco de conteúdos afins.
F – REFERÊNCIAS
ARAÚJO, Silvia Maria de Sociologia: vol. Único: Ensino Médio/ Silvia Maria de Araújo, Maria Aparecida Bridi, Benilde Lenzi Motin – 1 ed. – São Paulo: Scipione, 2013.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas de Aprendizagem. Curitiba: Seed/DEB, 2012.
_______. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública da Educação Básica do Estado do Paraná– Sociologia. Curitiba: SEED, 2008.
TOMAZI, N. D. Sociologia para o Ensino Médio. Vol. Único- 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
LINGUA ESTRANGEIRA MODERNA - ESPANHOL
A – APRESENTAÇÃO DOS FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS
Uma das descobertas na metodologia do ensino de idiomas modernos é a
concepção da língua como instrumento (sócio – cultural) e não como um fim em si
mesmo (regras memorizadas).
A escola tem o papel de preparar o aluno para exercer sua cidadania
plenamente. Isto quer dizer, tem que fazê-lo compreender que faz parte de uma
sociedade globalizada e que preparar-se para a vida moderna, requer o
conhecimento de outras culturas e consequentemente outras línguas.
Por que estudar Espanhol? É importante ter presente que o relacionamento
do Brasil com países latino-americanos não deve ser considerado apenas do ponto
160
de vista da integração econômica, mas social, além de estar em cumprimento com a
Lei nº 11.161/2005 que estabelece nacionalmente o ensino da língua espanhola, de
oferta obrigatória pela escola e de matrícula facultativa para o aluno, ofertada em
contraturno através do CELEM.
A integração promovida pelo Mercosul tem avançado muito além da esfera
econômica. Ela envolve, de forma crescente, um conjunto de pessoas com
profissões distintas, como: empresários, educadores, trabalhadores, jornalistas,
estudantes, pesquisadores, políticos, etc. Estar capacitado para os desafios no que
tange ao estudo da língua, certamente trará benefícios aos falantes de espanhol.
As perspectivas são imensas, por esse motivo, faz-se necessário o
envolvimento ativo da escola na incorporação crescente dessa dimensão – idioma
espanhol – de integração, cujo desfecho será o ressurgimento da identidade latino-
americana e a própria elaboração da consciência da própria identidade (sujeito
histórico e socialmente constituído).
O conteúdo estruturante de Língua Espanhola é o discurso como prática
social e o objeto de estudo, a língua. Dentro da perspectiva de partir de conteúdos
básicos e específicos, elencando diversos gêneros das variadas esferas de
circulação.
B - OBJETIVOS GERAIS
Tendo em vista a concepção de linguagem como discurso que se efetiva nas
diferentes práticas sociais, o processo de ensino-aprendizagem na disciplina de
Espanhol, busca:
Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a cada
contexto e interlocutor(a).
Reconhecer as intenções implícitas nos discursos do cotidiano e propiciar a
possibilidade de um posicionamento diante deles.
Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de práticas
sociais que considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto tratado, além do
161
contexto de produção.
Analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno amplie
seus conhecimentos linguístico-discursivos.
Aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de pensamento
crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da oralidade, da
leitura e da escrita.
Aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às
ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos, proporcionando
ao aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes contextos sociais.
162
C - CONTEÚDOS
1º Ano
ORALIDADE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
CONTEÚDOS BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Discurso Como Prática Social
Gêneros DiscursivosLeituraEscrita
Oralidade
1º TRIMESTRE *Diálogo Álbum de família Bilhete *Música Tiras
2º TRIMESTRE Receita Lista de compras Cartaz Mapas / * Direções Diálogo Fábulas
3º TRIMESTRE Cartão postal Contos *Mensagens Vídeo clipe *Diálogo
Elementos extralingüísticos
entonação, pausas, gestos, etc
Adequação do discurso ao gênero
Turnos de fala Variações linguísticas Marcas linguísticas:
coesão, coerência, gírias, repetição
Pronúncia
163
LEITURA
Conteúdo Estruturante
Conteúdos Básicos
Conteúdos Específicos
Discurso Como Prática Social
1º TRIMESTRE* DiálogoÁlbum de famíliaBilhete* MúsicaTiras
2º TRIMESTREReceita Lista de comprasCartazMapas / * Direções DiálogoFábulas
3º TRIMESTRECartão postal Contos* MensagensVídeo clipe* Diálogo
Identificação do tema Intertextualidade Intencionalidade Léxico Coesão e coerência Funções das classes
gramaticais no texto Elementos semânticos Recursos estilísticos
(figuras de linguagem) Marcas linguísticas:
particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito)
Variedade linguística Acentuação gráfica Ortografia
ESCRITAConteúdo
EstruturanteConteúdos
BásicosConteúdos Específicos
Discurso Como Prática Social
Gêneros DiscursivosLeituraEscritaOralidade
1º TRIMESTRE * Diálogo Álbum de família Bilhete * Música Tiras
Tema do texto Interlocutor Finalidade do texto Intencionalidade do texto Intertextualidade Condições de produção Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto)
Léxico Coesão e coerência Funções das classes gramaticais no texto
Elementos semânticos
Recursos estilísticos (figuras
164
2º TRIMESTRE - Receita - Lista de compras - Cartaz - Mapas / * Direções - * Diálogo Fábulas
3º TRIMESTRE Cartão postal Contos * Mensagens Vídeo clipe Diálogo
de linguagem) Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito)
Variedade linguística Ortografia Acentuação gráfica
* Caso seja necessário, o professor poderá incluir outros gêneros, das diferentes esferas sociais de circulação, para atender as especificidades da instituição.* Os conteúdos específicos de leitura, escrita e oralidade serão trabalhados em todos os trimestres, de acordo com a necessidade de cada gênero. Os conteúdos de análise linguística serão trabalhados conforme a necessidade da turma, visto que a análise linguística não é uma prática discursiva e sim didático-pedagógica, a qual perpassa as três práticas mencionadas.* Os gêneros discursivos marcados com (*) serão avaliados especificamente na oralidade.
2º Ano ORALIDADE
Conteúdo Estruturante
Conteúdos Básicos
Conteúdos Específicos
Discurso como prática Social
Gêneros DiscursivosLeitura EscritaOralidade
1º TRIMESTRE Sinopse Filmes( recortes) Biografias *Autobiografia Cartaz *Anúncio publicitário
2º TRIMESTRE Notícia Reportagem * Entrevista Música
3º TRIMESTRE Fábula
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc
Adequação do discurso ao gênero
Turnos de fala Variações linguísticasMarcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição
Pronúncia
165
Contos Carta pessoal HQ E-mail
LEITURA
Conteúdo Estruturante
Conteúdos Básicos
Conteúdos Específicos
Discurso Como Prática Social
1º TRIMESTRE Sinopse Filmes( recortes) Biografias * Autobiografia Cartaz *Anúncio publicitário
2º TRIMESTRE Manchete Reportagem * Entrevista Música
3º TRIMESTRE Fábula Contos Carta pessoal HQ E-mail
Identificação do tema Intertextualidade Intencionalidade Léxico Coesão e coerência Funções das classes
gramaticais no texto Elementos semânticos Recursos estilísticos (figuras
de linguagem) Marcas linguísticas:
particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito)
Variedade linguística Acentuação gráfica Ortografia
EscritaConteúdo
EstruturanteConteúdos Básicos Conteúdos Específicos
Discurso Como Prática Social
Gêneros DiscursivosLeitura Escrita
Oralidade
1º TRIMESTRESinopseFilmes (recortes)Biografias
Tema do texto Interlocutor Finalidade do texto Intencionalidade do texto Intertextualidade Condições de produção
Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto)
Léxico Coesão e coerência
166
AutobiografiaCartazAnúncio publicitário
2º TRIMESTRENotíciaReportagem* EntrevistaMúsica
3º TRIMESTREFábulaContosCarta pessoalHQE-mail
Funções das classes gramaticais no texto
Elementos semânticos Recursos estilísticos (figuras de linguagem)
Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito)
Variedade linguística Ortografia
Acentuação gráfica
* Caso seja necessário, o professor poderá incluir outros gêneros, das diferentes esferas sociais de circulação, para atender as especificidades da instituição.* Os conteúdos específicos de leitura, escrita e oralidade serão trabalhados em todos os trimestres, de acordo com a necessidade de cada gênero. Os conteúdos de análise linguística serão trabalhados conforme a necessidade da turma, visto que a análise linguística não é uma prática discursiva e sim didático-pedagógica, a qual perpassa as três práticas mencionadas.* Os gêneros discursivos marcados com (*) serão avaliados especificamente na oralidade.
D – ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Oralidade A prática discursiva é sem dúvida a mais utilizada na comunicação humana,
nesse sentido, as atividades orais precisam oferecer condições ao aluno de
reconhecer a língua em situações do cotidiano; adequar a linguagem conforme as
circunstâncias (interlocutores, assunto, intenções); aproveitar os imensos recursos
expressivos da língua e, principalmente, praticar e aprender a convivência
democrática que supõe respeitar o turno da fala. Ao contrário do que se julga, a
prática oral realiza-se por meio de operações linguísticas complexas, relacionadas a
recursos expressivos como a entonação.
A disciplina de Espanhol deve ser orientada por práticas de oralidade, leitura,
e escrita, vivenciando experiências com a língua em uso, concretizadas em
atividades de leitura, produção de textos orais, visuais, escritos e reflexões com e
sobre a língua, norteada por uma concepção teórica que vê a língua em permanente
167
construção na interação entre sujeitos histórica e socialmente situados. Diante do
exposto serão propostas atividades que possibilitem:
Desenvolver e aprimorar habilidades de falar e ouvir, promover atividade de
compreensão auditiva; desenvolver diálogos, em que ocorram discussões e
reflexões de vários ângulos sobre o conteúdo proposto; uso do discurso adequado a
cada situação, por isso simular situações hipotéticas em que o aluno possa
diferenciar o tipo de linguagem a ser usada; depoimentos de situações marcantes e
vivenciada pelo aluno; realizar leitura e interpretar oralmente com temas de
diferentes contextos, observando as diferenças do discurso; oportunizar momentos
em que os alunos possam expor ideias e opiniões sobre diferentes temas e essas
propostas serão possíveis com o uso de diversos instrumentos tecnológicos, como
data show, vídeos, laboratório de informática para pesquisas, principalmente em
dias de exposição oral para o grande grupo.
LeituraA leitura proporciona o desenvolvimento de uma atitude crítica que leva o
aluno a perceber o sujeito presente nos textos e, ainda, tomar uma atitude
responsiva diante deles. Sob esse ponto de vista, o professor atuará como
mediador, provocando os alunos a realizar leituras significativas. Assim, deve ofertar
condições para que o aluno atribua sentidos a sua leitura, visando um sujeito crítico
e atuante nas práticas de letramento da sociedade.
Tendo em vista a afirmação acima sobre o papel da leitura, serão propostas
atividades que visem:
Promover a leitura, em sua integralidade e não através de meros resumos ou
trechos, ler também textos visuais como fotos, outdoors, propagandas, anúncios
imagens digitais e virtuais; Desenvolver o multiletramento no que diz respeito aos
textos midiáticos (emissão via TV, rádio e computadores); Interpretar não só
buscando distinguir as funções dos textos; Oportunizar por meio do ato de ler a
ampliação da visão de mundo do estudante, fazendo com que ele recorde seus
sonhos, suas opiniões, assim convocando-o ao ato de pensar.
Para melhor acompanhamento da leitura, cabe ao professor, oportunizar
aulas de leitura, assim como utilizar os espaços como biblioteca e cobrar do aluno
trabalhos atrelados à leitura e principalmente perceber a diferença de ler para
168
estudar, para se colocar como cidadão capaz de interagir sobre diversos assuntos e
ler por prazer.
EscritaPara dar oportunidade de socializar a experiência da produção textual, o
professor utilizará diversas estratégias, como: afixar os textos dos alunos no mural
da escola, promovendo um rodízio dos mesmos; enviar cartas pessoais (no caso
dos alunos) para determinado público como outros alunos do CELEM. Dessa forma,
além de enfatizar o caráter interlocutivo dos sujeitos do fazer linguístico, essa prática
orientará não apenas a produção de textos significativos, como incentivará a prática
da leitura. E também é necessário através dessa prática de escrita: promover e
valorizar a experiência linguística do estudante em situações específicas; produzir
textos, descritivos, informativos, narrativos, cartas considerando uma determinada
circunstância;
Por meio da reestruturação textual, aprimorar a competência da escrita.
Algumas legislações que tratam dos desafios sociais contemporâneos conferem
ações específicas no campo da educação escolar e devem permear a disciplina, a
Educação alimentar e nutricional (Lei 11.947/2009), Estatuto do Idoso (Lei
10.741/2003), Educação Ambiental (Lei 9.795/99), Educação para o trânsito (Lei
9503/97), Educação em direitos humanos (Lei 7.037/2009), Lei Federal nº 10.639/03
- História e Cultura Afro-Brasileira; Lei Federal nº 11.645/08 - História e Cultura Afro-
brasileira e Indígena. As demais serão atendidas em atividades incorporadas à
organização do trabalho pedagógico da escola de acordo com o Projeto Político
Pedagógico.
E – AVALIAÇÃO
OralidadeSerá avaliada em função da adequação do discurso/texto aos diferentes
interlocutores e situações, numa troca informal de ideias, numa entrevista, num
relato de história, as exigências de adequação da fala são diferentes e isso deve ser
considerado numa análise da produção oral. Assim, o professor verificará a
participação do aluno nos diálogos, relatos e discussões, a clareza que ele mostra
ao expor suas ideias, a fluência da sua fala, a argumentação que apresenta ao
169
defender seus pontos de vista. O aluno também deve se posicionar como avaliador
de textos orais com os quais convive, como: noticiários, discursos políticos,
programas televisivos, e de suas próprias falas, formais ou informais, tendo em vista
o resultado esperado. Os critérios de avaliação pautados no caderno de
expectativas como: Apresente suas ideias com clareza, nas discussões em língua
materna. Aproprie-se da pronúncia das palavras, considerando as variações
linguísticas. Reconheça a diferença entre a linguagem formal e informal presente
nos gêneros discursivos orais. Respeite os turnos de fala Perceba e compreenda os
recursos extralinguísticos (entonação, pausas, gestos, etc.), presentes nos gêneros
orais.
Leitura A avaliação da leitura deverá considerar as estratégias que os estudantes
empregaram no decorrer da Leitura, a compreensão do texto lido, o sentido
construído para o texto, suas reflexões e sua resposta ao texto, considerando as
diferenças de leituras de mundo e repertório dos alunos.
Algumas práticas de leitura poderão ser elencadas como instrumentos
avaliativos: debate sobre o tema/ assunto lido, resenha crítica, resumo, teatro,
painel, mural, ou questões subjetivas sobre o tema.
EscritaO texto escrito será avaliado através da produção do aluno, e por outros
textos onde os aspectos textuais e gramaticais possam ser evidenciados.
O posicionamento do aluno como avaliador de seus textos orais e escritos é
essencial para que ele adquira autonomia, sendo propostos instrumentos variados
como diálogos escritos, convites, manchetes, receitas de família, exercícios onde a
prática da escrita fique evidenciada e possa ser avaliada como parte do processo
formativo do aluno.
A avaliação formativa, na sua condição de contínua e diagnóstica, será
utilizada considerando ritmos e processos de aprendizagens diferentes do
estudante, possibilitando que a intervenção pedagógica aconteça a tempo,
informando os sujeitos do processo, ajudando-os a refletirem e tomarem decisões.
A avaliação será trimestral, sendo composta pela somatória das notas obtidas
pelo educando em cada conteúdo específico e/ou bloco de conteúdos afins,
170
atendendo as especificidades da disciplina. Utilizando-se critérios claros e, também,
a diversificação dos instrumentos levado em consideração o posicionamento crítico
dos alunos.
A recuperação de estudos dar-se-á de forma paralela, permanente e
concomitante ao processo ensino e aprendizagem a todos os alunos, independente
do nível de apropriação dos conhecimentos, garantindo a todos nova oportunidade
de aprendizagem e avaliação com a retomada dos conteúdos específicos. Será
organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-
metodológicos diversificados.
LEGISLAÇÕES OBRIGATÓRIASLei Federal nº 9795/99, Dec. 4201/02 - Educação Ambiental;
Lei Estadual nº 17505/13 - Educação Ambiental;
Lei Federal nº 10.639/03 - História e Cultura Afro-Brasileira;
Lei Federal nº 11.645/08 - História e Cultura Afro-brasileira e Indígena;
Instrução nº 17/16 SUED/SEED - História e Cultura Afro-brasileira;
Lei Federal nº 10741/03 - Estatuto do Idoso;
Lei Estadual nº 17858/13 - Política de proteção ao Idoso;
Lei Federal nº 11.343/06 - Prevenção ao Uso Indevido de Drogas.
F- REFERÊNCIAS
Alves, A.N.M, Mello, A. Vale, avanzamos: 1/2/3/4/Adda – Nari M. Alves, Angélica Melo 2ª ed.,São Paulo, moderna. 2002.
Ballestro, M.E., Balbás, A.M.S., Dicionário Espanhol – Português/ Português – Espanhol, São Paulo, FTD.
Hermoso, A. G. Conjugar es fácil: en español de España y de América, Madrid< Edelsa, 2ª ed, 4 imp., 2000, pg 293.
Canale, M. De la competencia comunicativa a la pedagogia comunicativa a la pedagogia comunicativa del linguaje. In. Competência Comunicativa – documentos básicas para la ensenánza de linguas estrangeiras. Madrid, Edilsa, 2000.
PARANA. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Espanhol. Curitiba.2008.
171
________. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas de Aprendizagem. Curitiba: Seed/DEB, 2012
Santa-Cecília, A.G. La ensinãnza del español en el siglo XXI, In: Giovannini,A. Martín Peris,E. Rodriguez, M. Simon, F. Professor en accón, Madrid, edelson, 1999.
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS
172
A-APRESENTAÇÃO DOS FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGIOS
O ensino da Língua Estrangeira, bem como, a estrutura Curricular, a
metodologia empregada para ensiná-la na escola, recebe influências política,
econômicas, sociais, culturais e educacionais, o que implica superar a visão de
ensino apenas como meio para atingir fins comunicativos, mas sim proporcionar um
espaço para o educando reconhecer e compreender a diversidade linguística e
cultural, de modo que se envolva discursivamente e perceba possibilidades de
construção de significados em relação ao mundo em que se vive resgatando dessa
forma a função social e educacional desta disciplina para Ensino Médio.
Sua relevância se faz presente quando permite que o estudante elabore a
sua própria identidade, tendo em vista que na medida em que se aproxima de outra
língua e de outra cultura, o educando perceba a língua como algo que se constrói e
é construído por uma determinada comunidade, apercebendo-se também como um
sujeito histórico e social.
Portanto, o discurso entendido como prática social, sob os seus vários
gêneros textuais por meio da leitura, escrita e oralidade, constituirá o eixo central do
ensino de Língua Estrangeira Moderna – Inglês.
Partindo dessas reflexões críticas a respeito do Ensino de Língua
Estrangeira, entendemos que o idioma a ser ensinado na escola e a opção
metodológica não são neutros, mas marcados por questões político-econômicas e
ideológicas e refletem muitas vezes o imperialismo de uma língua.
Sendo o Inglês a língua mundialmente usada nas comunicações entre
povos, seja por intermédio da mídia, da internet ou nos meios de produções
tecnológicas e científicas, faz-se necessária a compreensão da utilidade da mesma
por parte dos educandos. É papel do professor de Língua Estrangeira promover
esse entendimento para que o aluno compreenda que deve utilizar as diferentes
possibilidades que este instrumento de comunicação oferece.
Porém, há uma pergunta que deve permear o estudo da língua. Por que o
conhecimento da língua estrangeira é importante como saber escolar? O aluno deve
entender sua importância no ato de conhecer outra cultura e outros costumes, para
se incluir socialmente num mundo cada vez mais globalizado. Descartar esse direito
é insensatez.
173
Desta forma, devemos contribuir para o aprendizado do educando
oportunizando diálogos e textos autênticos sobre assuntos diversos, apresentando-
os de forma a permitir a expansão do seu vocabulário, o domínio da estrutura
gramatical e o aprimoramento de seu espírito crítico, além de desenvolver sua
fluência na conversação e na leitura, preparando o educando para enfrentar
situações reais do cotidiano.
Assume-se dessa forma, como conteúdo estruturante os saberes mais
amplos da disciplina e que podem ser desdobrados nos conteúdos que fazem parte
de um corpo estruturante de conhecimentos constituídos e acumulados
historicamente.
Também se assume como conteúdo estruturante da Língua Estrangeira
Moderna o discurso como prática social empregando estratégias como: classificar,
inferir, aplicar conhecimentos prévios, tirar conclusões, selecionar e organizar
informações.
Com esta visão temos a concepção de Língua Estrangeira como prática que
se efetiva nas diferentes instâncias sociais, notando-se que o objeto de estudo da
disciplina é a língua e o conteúdo estruturante é o discurso concebido como prática
social.
B- OBJETIVOS GERAIS
Usar a Língua Inglesa em situações de comunicação por meio da oralidade, leitura
e escrita, reconhecendo e compreendendo a diversidade cultural e linguística que
envolve seu estudo.
Vivenciar, na aula de Língua Estrangeira, formas de participação que lhe
possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas.
Compreender que os significados são sociais e historicamente construídos e,
portanto, passíveis de transformação na prática social.
Conscientizar sobre o papel das línguas na sociedade.
Reconhecer e compreenda a diversidade linguística e cultural, bem como
seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país.
174
C-CONTEÚDOS1ª SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIALCONTEÚDO
BÁSICOCONTEÚDO ESPECÍFICO
CONTEÚDO ESPECÍFICO
CONTEÚDO ESPECÍFICO
Gêneros Discursivos:
LeituraEscrita
Oralidade
1º TRIMESTRE
Infográficos Cartum
2º TRIMESTRE
Receita Menu
3º TRIMESTRE
Blog Entrevista
LEITURA
Identificação do tema Intertextualidade Intencionalidade Léxico Coesão e coerência Funções das classes gramaticais no texto Elementos semânticos Recursos estilísticos (figuras de linguagem) Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito) Variedade linguística
Acentuação gráfica Ortografia
ESCRITA
Tema do texto Interlocutor Finalidade do texto Intencionalidade do texto Intertextualidade; Condições de produção Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto) Léxico Coesão e coerência Funções das classes gramaticais no texto Elementos semânticos Recursos estilísticos (figuras de linguagem) Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito) Variedade linguística Ortografia Acentuação gráfica
ORALIDADE
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc
Adequação do discurso ao gênero
Turnos de falaVariações linguísticasMarcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetiçãoPronúncia
* Caso seja necessário, o professor poderá incluir outros gêneros, das diferentes esferas sociais de circulação, para atender as especificidades da instituição.
* Os conteúdos específicos de leitura, escrita e oralidade serão trabalhados em todos os trimestres, de acordo com a necessidade de cada gênero. Os conteúdos de análise linguística serão trabalhados conforme a necessidade da turma, visto que a análise linguística não é uma prática discursiva e sim didático-pedagógica, a qual perpassa as três práticas mencionadas.
175
2ª SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIALCONTEÚDO
BÁSICOCONTEÚDO ESPECÍFICO
CONTEÚDO ESPECÍFICO
CONTEÚDO ESPECÍFICO
Gêneros Discursivos:
LeituraEscrita
Oralidade
1º TRIMESTRE
Sinopse de filme
Crítica
2º TRIMESTRE
Biografia Música
3º TRIMESTRE
Carta Pessoal
E-mail ou carta de pedido de conselho
LEITURA
Identificação do tema Intertextualidade Intencionalidade; Léxico Coesão e coerência Funções das classes gramaticais no texto Elementos semânticos Recursos estilísticos (figuras de linguagem) Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito) Variedade linguística
Acentuação gráfica Ortografia
ESCRITA
Tema do texto Interlocutor Finalidade do texto Intencionalidade do texto Intertextualidade Condições de produção Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto) Léxico Coesão e coerência Funções das classes gramaticais no texto Elementos semânticos Recursos estilísticos (figuras de linguagem) Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito) Variedade linguística Ortografia Acentuação gráfica
ORALIDADE
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc
Adequação do discurso ao gênero
Turnos de falaVariações linguísticasMarcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetiçãoPronúncia
* Caso seja necessário, o professor poderá incluir outros gêneros, das diferentes esferas sociais de circulação, para atender as especificidades da instituição.
*Os conteúdos específicos de leitura, escrita e oralidade serão trabalhados em todos os trimestres, de acordo com a necessidade de cada gênero. Os conteúdos de análise linguística serão trabalhados conforme a necessidade da turma, visto que a análise linguística não é uma prática discursiva e sim didático-pedagógica, a qual perpassa as três práticas mencionadas.
176
3ª SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIALCONTEÚDO
BÁSICOCONTEÚDO ESPECÍFICO
CONTEÚDO ESPECÍFICO
CONTEÚDO ESPECÍFICO
Gêneros Discursivos:
LeituraEscrita
Oralidade
1º TRIMESTRE
Folder Anúncio publicitário
2º TRIMESTRE
Artigo Relato
3º TRIMESTRE
Notícia Poema
(Questões do ENEM e Vestibular)
LEITURA
Identificação do tema Intertextualidade Intencionalidade Léxico Coesão e coerência Funções das classes gramaticais no texto Elementos semânticos Recursos estilísticos (figuras de linguagem) Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito) Variedade linguística
Acentuação gráfica Ortografia
ESCRITA
Tema do texto Interlocutor Finalidade do texto Intencionalidade do texto Intertextualidade; Condições de produção Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto); Léxico Coesão e coerência Funções das classes gramaticais no texto Elementos semânticos Recursos estilísticos (figuras de linguagem) Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); Variedade linguística Ortografia Acentuação gráfica
ORALIDADE
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc
Adequação do discurso ao gênero
Turnos de falaVariações linguísticasMarcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição. Pronúncia
* Caso seja necessário, o professor poderá incluir outros gêneros, das diferentes esferas sociais de circulação, para atender as especificidades da instituição.
*Os conteúdos específicos de leitura, escrita e oralidade serão trabalhados em todos os trimestres, de acordo com a necessidade de cada gênero. Os conteúdos de análise linguística serão trabalhados conforme a necessidade da turma, visto que a análise linguística não é uma prática discursiva e sim didático-pedagógica, a qual perpassa as três práticas mencionadas.
177
D- ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
O educando é um ser em constante construção. Esse reconhecimento
aumenta a responsabilidade dos educadores, uma vez que a concepção
sociointeracionista das Diretrizes considera que a língua só existe em situações da
interação e por intermédio das práticas discursivas esses aspectos corroboram o
pressuposto de que não é coerente no ensino de língua a fragmentação desta em
conteúdos estanques determinados em séries.
A seleção desses conteúdos deve considerar o aluno como sujeito de um
processo histórico, social e detentor de um repertório linguístico singular que precisa
ser considerado na busca da ampliação de sua competência comunicativa nas
práticas sociais que é efetivada por meio de práticas discursivas que envolvem
leitura, oralidade e escrita.
O trabalho com a língua estrangeira na escola não deve ser entendido
apenas como um instrumento para que o aluno tenha acesso a novas informações,
mas como uma nova possibilidade de ver e entender o mundo e de construir
significados. O professor trabalhará de maneira a incentivar o aluno a interagir na
língua-alvo de modo que ele aprenda e sistematize conscientemente aspectos
escolhidos da nova língua. Apresentar situações reais com as quais o aluno possa
interagir de uma forma significativa como textos jornalísticos, entrevistas, filmes,
textos científicos, apresentando assuntos que ele conhece, e a que pode atribuir
significados, através de comparações e deduções possíveis devido ao conhecimento
de mundo que ele já tem.
O professor mostrará ao aluno que em inglês, bem como em português, a
palavra pode assumir diferentes significados, de acordo com o contexto, por isso é
importante a contextualização, contrariando antigos métodos de tradução e
estruturalização como forma de ensino/aprendizagem de uma língua. É importante
também que o professor auxilie o aluno durante esse processo e que os alunos
trabalhem em duplas/grupos, para uma interação mais efetiva.
A partir do Conteúdo Estruturante Discurso como prática social serão
trabalhadas questões linguísticas, sociopragmáticas, culturais e discursivas, bem
como as práticas do uso da língua: leitura, oralidade e escrita. O ponto de partida da
aula de Língua Estrangeira Moderna será o texto, verbal e não-verbal, como unidade
de linguagem em uso.
178
Propõe-se que, nas aulas de Língua Estrangeira, o professor aborde os
vários gêneros textuais, em atividades diversificadas, analisando a função do gênero
estudado, sua composição, a distribuição de informações, o grau de informação
presente ali, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência e somente depois
de tudo isso, a gramática em si. Sendo assim, o ensino deixa de priorizar a
gramática para trabalhar com o texto, sem, no entanto, abandoná-la.
O trabalho em sala de aula precisa partir de um texto, cuja linguagem esteja
presente num contexto em uso, tendo em vista que o objetivo do trabalho em sala de
aula é a construção do significado, ou seja, os alunos interagem ativamente com o
discurso, sendo capazes de comunicar-se com e em diferentes formas discursivas
em diferentes tipos de texto e situações.
Sendo a língua heterogênea pode-se dizer que um texto apresenta várias
possibilidades de leitura, que traz em si um pré requisito pelo autor, desta forma o
importante papel pedagógico a ser desenvolvido em sala de aula dentro da leitura é
a não linearidade, por permitir o estabelecimento das relações com o conhecimento
já adquirido, o reconhecimento das suas opções linguísticas, a intertextualidade e a
reflexão, o que possibilita a reconstrução da argumentação.
Na medida em que os educandos reconheçam que os textos são
representações da realidade, são construções sociais, eles terão uma posição mais
crítica em relação a tais textos. Poderão rejeitá-lo ou reconstruí-lo a partir de seu
universo de sentido, o qual lhes atribui coerência pela construção de significados.
As estratégias específicas da oralidade têm como objetivo expor os alunos
a textos orais, pertencentes aos diferentes discursos, lembrando que na abordagem
discursiva a oralidade é muito mais do que o uso funcional da língua, é aprender a
expressar ideias em Língua Estrangeira mesmo que com limitações e é relevante
também que o educando se familiarize com os sons específicos da língua que está
aprendendo.
Com relação à escrita, não se pode esquecer que ela deve ser vista como
uma atividade sociointencional, direcionada nas atividades de produção textual, o
objetivo da produção e para quem se escreve em situações reais de uso para o
sujeito sócio-histórico-ideológico, com quem o educando produz um diálogo
imaginário, fundamental para a construção do seu texto e de sua coerência. A
finalidade e o gênero discursivo são explicitados ao aluno no momento de orientá-lo
para produção, assim com a necessidade de adequação ao gênero, planejamento,
179
articulação das partes, seleção de variedades linguísticas adequadas- formal ou
informal, porque perante suas escolhas o aluno se constitui como sujeito crítico.
O papel do estudo gramatical relaciona-se ao entendimento, quando
necessário, de procedimentos para construção de significados usados na Língua
Estrangeira. Portanto, o trabalho com a análise linguística torna-se importante na
medida em que permite o entendimento dos significados possíveis das estruturas
apresentadas. Ela deve estar subordinada ao conhecimento discursivo, ou seja, as
reflexões linguísticas devem ser decorrentes das necessidades específicas dos
alunos, a fim de que se expressem ou construam sentidos aos textos.
Conhecer novas culturas implica constatar que uma cultura não é
necessariamente melhor nem pior que outra, mas sim diferente. É reconhecer que
as novas palavras são simplesmente novos rótulos para os velhos conceitos. A
análise não é apenas uma nova maneira de arrumar e ordenar as palavras, e as
novas pronúncias são somente as distintas maneiras de articular sons, mas
representam um universo sócio histórico e ideologicamente marcado.
Além disso, uma abordagem do discurso em sua totalidade será realizada e
garantida através de atividades significativas em língua estrangeira nas quais as
práticas de leitura escrita e oralidade, interajam entre si e constituam uma prática
sócio-cultural.
As leis nº. 10639/03 e nº. 11645/08 que se referem à Cultura e História Afro-
brasileira, Africana e Indígena serão contempladas nas diferentes séries sendo
relacionadas, quando conveniente, aos conteúdos que serão trabalhados levantando
questões referentes ao tema e ao cotidiano dos educandos na memória do leitor, os
quais são ativados e relacionados às informações materializadas no texto. Com isso,
as experiências dos alunos e o conhecimento de mundo serão valorizados.
Em suma, levando-se em conta que a língua é concebida como discurso,
não como estrutura ou código que deva ser decodificado, é indispensável que esses
33discursos sejam apresentados ao educando em forma de textos pertencentes a
diferentes gêneros e que os mesmos sejam efetivados nas práticas discursivas.
Desse modo, como afirma BAKHTIN (1998), as aulas de Língua Inglesa tornar-se-ão
um espaço de
“[...] acesso a diversos discursos que circulam globalmente, para construir outros discursos alternativos que possam colaborar na luta política contra a hegemonia, pela diversidade, pela multiplicidade
180
da experiência humana, e ao mesmo tempo, colaborar na inclusão de grande parte dos brasileiros que estão excluídos dos tipos de [...] (conhecimentos necessários) para a vida contemporânea, estando entre eles os conhecimentos (em língua estrangeira) (MOITA LOPES, 2003, p. 43).
Portanto, a Língua Inglesa será abordada em sala de aula de maneira
dinâmica de tal modo que as práticas de leitura, escrita e oralidade, que tornam o
discurso efetivo, sejam contempladas. Trabalhar-se-á a leitura e a escrita sob os
aspectos da identificação dos temas dos gêneros discursivos apresentados, sua
informatividade, a intenção do autor ao produzir esse texto, bem como o léxico e
questão de coesão e coerência, função das classes gramaticais e alguns outros
aspectos que possam emergir em decorrência do trabalho com o texto. A oralidade
será trabalhada pelo professor de tal forma que sejam enfocadas as variações
linguísticas como gírias e expressões idiomáticas, questões de pronúncia,
entonação dentre outros elementos inerentes à comunicação oral.
Os conteúdos serão apresentados levando em consideração a faixa etária e o
conhecimento prévio dos educandos, estabelecidos de acordo com as necessidades
e interesses dos mesmos e estarão articulados com as outras disciplinas e também
ao Projeto Político-Pedagógico da escola. Serão também inseridas questões
referentes à História e Cultura Afro-Brasileira e Africana (Lei Federal Nº 10.639/08),
Indígena (Lei Federal Nº 11.645/03), Educação Ambiental (Lei Federal Nº 9597/99 e
Decreto Nº 4201/02) tendo em vista a necessidade de contemplá-las, pois tratam-se
de legislações obrigatórias que visam lançar um olhar a questões primordiais a
serem discutidas na atualidade.Além delas, compreendendo que a disciplina é
efetivada a partir do discurso enquanto prática social procuraremos abordaras
legislações: Enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente (Lei Federal
Nº 11.525/07), Lei Federal nº 9503/97: Código de Trânsito Brasileiro/ educação para
o trânsito; Lei Federal nº 10741/03 - Estatuto do Idoso;Lei Estadual nº 17858/13 -
Política de proteção ao Idoso;Lei Federal nº 11.343/06 - Prevenção ao Uso Indevido
de Drogas; Lei Estadual nº 17650/13 - Programa de Resistência às Drogas e à
Violência; Gênero e Diversidade Sexual; Lei Federal nº 11340/06 - Cria mecanismos
para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher;Lei Federal nº 18447/15 -
Semana Estadual Maria da Penha nas Escolas;Lei Estadual nº 16.454/10 de 17 de
maio de 2010, Resolução nº. 12, de 16 de janeiro de 2016 - Dia Estadual de
Combate a Homofobia; Lei Federal 11525/07 - Enfrentamento à Violência Contra a
181
Criança e o Adolescente; Lei Estadual nº 17335/12 - Programa de Combate ao
Bullying;Lei Federal nº 11769/08 - inclui parágrafo no art. 26, sobre a música como
conteúdo obrigatório;Lei Federal nº 11947/09 - Educação alimentar e nutricional;Lei
Estadual nº 13381/01 - História do Paraná;Decreto nº 7037/09: Programa Nacional
de Direitos Humanos (PNDH 3) - educação em direitos humanos;Plano Nacional de
Educação em Direitos Humanos 2006 - Ministério da Educação;Portaria
Interministerial 413/02 MF/MEC e Decreto Estadual 5739/12- Educação Fiscal.
Dentro das práticas de leitura, escrita, oralidade e audição serão trabalhadas
as diversas modalidades de gêneros textuais, sendo os conteúdos desenvolvidos
através de textos verbais e não verbais, de diferentes tipos que definirão os
conteúdos linguísticos e discursivos a serem desenvolvidos.
Serão trabalhados textos como, por exemplo, os informativos de jornais e revistas e
Internet, textos de instrução como receitas, bulas de remédios e manuais de
aparelhos eletrônicos, e ainda textos poéticos e letras de músicas.
Os textos serão analisados observando-se em primeira mão o vocabulário
conhecido, as palavras cognatas, os aspectos gerais e específicos do assunto
abordado, a fonte, os papéis sociais representados, a diversidade cultural e a
intencionalidade do autor. Os conhecimentos linguísticos envolvendo as estruturas
fonéticas, sintáticas e morfológicas, como a ortografia e a gramática, abrangendo os
artigos, verbos, pronomes, adjetivos, etc; estarão contemplados em todas as séries
e serão trabalhados de forma gradativa e sempre inseridos dentro dos textos
apresentados.
E – AVALIAÇÃO
A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e
aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do
conhecimento pelo educando. Na avaliação devem ser considerados os resultados
obtidos durante todo o período letivo, num processo contínuo, expressando o seu
desenvolvimento escolar, tomado na sua melhor forma.
O ato de avaliar sugere que o professor deve apreciar e atribuir valor á aquilo
que foi produzido pelo educando. Desse modo o processo de ensino/ aprendizagem
está diretamente envolvido na avaliação. A avaliação de aprendizagem em L.E.M.
Inglês está articulada aos fundamentos teóricos explicitados nas Diretrizes
182
Curriculares de Língua Estrangeira Moderna e na LDB Nº. 9394/96. A finalidade,
portanto, de se avaliar o educando é dar um norte ao trabalho do professor e ao
mesmo tempo possibilitar ao aluno perceber o ponto do percurso pedagógico em
que se encontra. Esse é o verdadeiro papel da avaliação dentro do processo de
ensino.
O educando envolvido no processo de avaliação é também construtor do seu
conhecimento e deve entender seus erros como parte desta (auto avaliação). Ao
professor cabe auxiliá-lo nessa construção, mediando, acompanhando e orientando-
o bem como, planejar e propor outros encaminhamentos para a superação de
dificuldades.
A avaliação não visa apenas à simples verificação de conhecimentos
linguístico-discursivos, mas a construção de significados na interação com os textos
e nas produções textuais.
Dentro da leitura, espera-se que o educando: realize leitura compreensiva do
texto, localize informações explicitas e implícitas no texto, posicione-se
argumentativa mente, amplie seus horizontes de expectativas, amplie seu léxico,
perceba o ambiente no qual circula o gênero, identifique a ideia principal do texto,
analise as intenções do autor, identifique o tema, reconheça palavras e/ou
expressões que denotem ironia e humor no texto, compreenda as diferenças
decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo,
identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto.
Na escrita espera-se que o educando: expresse suas ideias com clareza,
elabore textos atendendo as situações de produção propostas (gêneros, interlocutor,
finalidade...), à continuidade temática, diferencie o contexto de uso da linguagem
forma e informal, utilize recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade,
etc., utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do
artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, etc, empregue palavras e/ ou
expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que
indicam ironia e humor, em conformidade com o gênero proposto.
No tocante a oralidade espera-se que o aluno: utilize o discurso de acordo
com a situação de produção (formal/informal), apresente ideias com clareza, explore
a oralidade, em adequação ao gênero proposto, compreenda os argumentos no
discurso do outro, exponha seus argumentos, organize a sequência da fala, respeite
os turno de fala, analise os argumentos apresentados pelos colegas em suas
183
apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados, participe ativamente de diálogos,
relatos, discussões, etc, mesmo que em língua materna, utilize conscientemente
expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais,
entre outros elementos extralinguísticos, análise recursos da oralidade em cenas de
desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagens, entre outros.
A avaliação será trimestral, sendo composta pela somatória das notas obtidas
pelo educando em cada conteúdo específico e/ou bloco de conteúdos afins,
atendendo as especificidades da disciplina. Utilizando-se critérios claros e, também,
a diversificação dos instrumentos levado em consideração o posicionamento crítico
dos alunos.
A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao
processo ensino e aprendizagem a todos os alunos, independente do nível de
apropriação dos conhecimentos, garantindo a todos nova oportunidade de
aprendizagem e avaliação com a retomada dos conteúdos específicos. Será
organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-
metodológicos diversificados e pela somatória das melhores notas obtidas pelo
aluno em cada conteúdo específico e/ou bloco de conteúdos afins.
F- REFERÊNCIAS
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas de Aprendizagem. Curitiba: Seed/DEB, 2012.
________. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica para a Rede Pública Estadual do Paraná- Língua Estrangeira Moderna. Curitiba: Seed/DEB, 2008.