Watson e o comportamento

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“Dêem-me uma dúzia de crianças sadias,

bem constituídas e a espécie do mundo que preciso para as educar, e eu garanto que, tomando qualquer uma delas ao acaso, prepará-la-ei para se tornar num especialista que eu seleccione: um médico, um comerciante, um advogado e sim, até um pedinte ou ladrão, independentemente dos seus talentos, inclinações, tendências, aptidões, assim como da profissão e da raça dos seus ancestrais”.

WATSON, J., Behaviorism, Norton, 1925, p. 85

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John Watson 1878-1958

Este psicólogo pretendia transformar a Psicologia numa ciência aplicável não só aos animais, mas também aos seres humanos, pois considerava que todas as espécies tinham evoluído, por seleção natural, partindo de uma origem comum, à semelhança do que defendia Darwin.

Segundo Watson, não faria qualquer sentido a divisão entre a psicologia humana e a psicologia animal, dado que existia uma continuidade entre ambos.

Assim, a Psicologia cingir-se-ia ao mero estudo dos comportamentos observáveis (behaviorismo), directa ou indirectamente, constituindo-se uma ciência autónoma, objectiva e, sobretudo, experimental

Deste modo, podiam ser medidas as respostas, seguindo um determinado método experimental, obtendo-se um grau de objectividade superior ao método introspectivo, ou seja, através de várias experiências conseguir-se-ia adquirir um conhecimento mais alargado acerca do comportamento humano do que utilizando, por exemplo, o método da psicanálise de Freud.

Cabia à Psicologia observar, quantificar, descrever o comportamento enquanto relação causa/efeito, mas nunca interpretá-lo.

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De acordo com a teoria de

Watson, estes comportamentos constituiriam então a resposta de um indivíduo a um determinado estímulo, sendo este último representado por um E (objectos exteriores) e a resposta por um R (reacções físicas). A um conjunto de estímulos designava-se por S (situação).

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Por estímulo entende-se o

conjunto de excitações que agem sobre um indivíduo de forma a ser provocada uma resposta. É claro que todo o estímulo tem um limiar e um limite, por exemplo: o nosso organismo não reage a ultra-sons, apenas a sons dentro da gama de frequências apropriadas ao ser humano.

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Quanto às respostas,

podemos dizer que são tudo o que um indivíduo faz.

É o conjunto de reações concretas e observáveis no indivíduo, que derivam da relação complexa entre diferentes estímulos provenientes do meio físico em que está inserido o sujeito, dando-se em função da situação.

Seria possível então ao psicólogo, através do estímulo, prever o comportamento que lhe estaria associado.

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Neste contexto, os

comportamentos são nada mais, nada menos, que aprendizagens condicionadas pelo ambiente à sua volta.

A base do behaviorismo na qual Watson se apoiou, é a de que um mesmo estímulo – ou estímulo semelhante – provoca sempre a mesma reação, a mesma resposta nessa pessoa ou animal. A mesma causa conduz sempre ao mesmo efeito, pelo que não só seria possível prever os comportamentos, mas igualmente controlar a sua produção, i é, condicioná-los (leis do comportamento).

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A hereditariedade é, assim,

posta de lado, valorizando-se unicamente a influência do meio, do contexto social, ou seja, a educação. O indivíduo é passivo no processo de conhecimento e desenvolvimento. Ao estudar aquilo que é meramente observável, o estudo dos processos cognitivos torna-se deveras limitado. Ele chega mesmo a afirmar que “O homem não nasce, constrói-se”.

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Em conclusão:

- O comportamento é composto por respostas e pode ser analisado em cada detalhe da sua constituição, a partir dos estímulos que lhe são adjacentes;

O comportamento é constituído por alterações do nosso corpo cingindo-se a processos físico-químicos;

 Para todo e qualquer estímulo, existe sempre uma reposta, que será semelhante em indivíduos inserido no mesmo meio;

 É a partir de comportamentos mais simples que se conseguirá entender os mais complexos;

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WATSON: CRÍTICAS

O comportamento não é influenciado somente por estímulos, também a história da aprendizagem e até a representação do meio do sujeito são importantes.

As nossas ações não têm forçosamente de estar associadas a um estímulo. Há certas propriedades da nossa mente, como a dor, em que é inviável descrevê-las em termos comportamentais;

A corrente behaviorista não explica a ocorrência de determinados fenómenos: “Eu não bebo água quando a vejo, apenas quando tenho sede.”

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Watson/Piaget

Piaget foi outro autor que se demarcou da teoria de Watson.

Perante situações idênticas (S), diferentes indivíduos – educados no mesmo meio – têm reacções diferentes (R). Por exemplo, quando várias pessoas presenciam um acidente de viação, não agem todas da mesma forma. Umas correm para o local e chamam a ambulância, enquanto que outras, muito provavelmente entram em pânico ou fogem.

Perante esta realidade, Piaget propôs uma interpretação mais alargada do comportamento, defendendo que este é, nada mais, nada menos, que uma manifestação de um personalidade (P), perante um acontecimento específico (S).

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Evolução do conceito de comportamento

O comportamento está dependente da interacção entre a situação (S) e a personalidade do sujeito (P), aquilo que o caracteriza e que por várias razões o tornam único e independente.

O Homem é produto de um processo complexo entre os factores interiores e exteriores a si, dispondo de um grande capacidade de se moldar e de se adaptar ao meio que o rodeia.

A personalidade constrói-se de acordo com as características herdadas e aquelas que vai adquirindo nas experiências que testemunha e vivência.

John B. Watson, a godfather of American behaviorist psychology, tests the grasp reflex in a baby, circa 1916-20.