Walter becker
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SISTEMA DE PRODUÇÃO INTEGRADA DE TOMATE TUTORADO
SISPIT
EPAGRI – ESTAÇÃO EXPERIMENTAL DE CAÇADOR Walter Ferreira Becker
Eng. Agr. D.S. Fitopatologia
Coordenador do Projeto SISPIT
EQUIPE TÉCNICA - SISPIT Coordenação: Eng. Agr. DS. Walter F. Becker Pesquisa: Eng. Agr. MS. Anderson Wamser Eng. Agr. DS Anderson Feltrim Eng. Agr. MS Atsuo Suzuki Enga. Agra DS Janice Valmorbida Enga. Agra MS Janaína P. Santos Eng. Agr. DS Leandro Marcuzzo Eng. Agr. DS Siegfried Mueller Extensão: Eng. Agr. Esp. Amador Tomazelli Téc. Agric. Sadi Zilli
Cenário da Produção Convencional – Caçador SC Expansão da área 150 ha (1992) ha 1.000 (2012)
Produtividade média (75 t/ha)
Produção na entressafra do Brasil
Alta inversão de insumos agrícolas (adubação (?) 5 sacos/mil pés)
Conservação do solo (52% não usam)
Período de cultivo favorável a pragas e doenças (set – mar)
Sistema de condução “V” em 70% dos cultivos
Análise do solo ( somente na correção do pH) 65% casos
Fertirrigação (72% utilizam)
Pulverização (2 ou + vezes/semana) 40% casos.
SAPI - Sistema Agropecuário de Produção Integrada
Produção Integrada de
Tomate Tutorado
SISPIT
Monitoramento e controle de doenças Monitoramento e controle de pragas
Sistemas de cultivo
Cursos e capacitações técnicas
Adubação e nutrição vegetal
Manejo e conservação do solo
Produção ambientalmente correta, socialmente justa e
economicamente viável que resulta na obtenção de tomates
como um alimento seguro e saudável.
Metas do SISPIT:
Organização da propriedade
Racionalização de insumos
Segurança para o produtor e
consumidor
Produção sustentável
Organização da cadeia produtiva
Padrão para mercado interno e
externo
Rastreabilidade
Metas do SISPIT:
Adotar Boas Práticas Agrícolas
Minimizar efeito secundário inconveniente
Reciclar o conhecimento sobre a cultura
Preservar e melhorar a fertilidade do solo
Fomentar a diversidade biológica
Avaliação por critério ecológico + clássico na
produção e produtividade.
Proteção da planta dentro da orientação integrada.
CONSTRUÇÃO DO SISPIT FASE I – Instalação e avaliação: área PI x PC FASE II – Regulamentação das normas técnicas Elaboração do Caderno de Campo FASE III – Capacitação e Difusão da tecnologia FASE IV – Certificação e Divulgação do SISPIT
Reuniões de sensibilização com produtores de tomate
Constituir grupos multidisciplinares de trabalho;
Definir metas e metodologia do trabalho do projeto PI;
Escolher áreas experimentais PI – PC;
Definir parâmetros de avaliação;
Comparar os dois sistemas de produção;
FASE I
Discussões técnicas no grupo multidisciplinar
Elaborar o caderno de campo e listas de verificação;
Elaborar lista de agrotóxicos para a cultura;
Elaboração das Normas Técnicas Específicas;
Reuniões técnicas para difusão da tecnologia PI.
FASE II
Criação da Comissão Técnica Específica;
Capacitação de técnicos e produtores em PI (16 horas);
Publicação das normas técnicas específicas (diário oficial)
e demais documentos;
Capacitação específica para técnicos e auditores;
Difusão de tecnologias pelos extensionistas;
Programas para a conscientização de produtores e consumidores
.
FASE III
Adequação da propriedade as normas;
Definir produtores e/ou cooperativas interessados na
certificação;
Definição do responsável técnico;
Implementação do sistema de rastreabilidade;
Quarentena; Análise de resíduos;
Certificação;
Divulgação da PI no mercado interno.
FASE IV
Organização de Parcerias
Produtores agrícolas (Tomaticultores )
Extensionistas
Instituições de pesquisa e desenvolvimento
Instituições de créditos e finanças
Empacotadoras/ Transportadoras/Distribuidoras
Laboratórios de análises (resíduos / microrganismos / solos )
Instituições de avaliação da conformidade
Grupo multidisciplinar
Manejo de Solos
Manejo de pragas e doenças
Manejo e tratos culturais
Qualidade Pós Colheita
Análise Econômica
Extensão Rural
Definição das áreas de Produção Integrada e Produção Convencional
Áreas na região produtora
Uniformidade entre as áreas de comparação: solo, topografia, localização etc.
Tamanho de propriedade Cultivar Clima
Produtores motivados Técnicos motivados
Apoio técnico na propriedade
Escolha de locais e cultivares representativas
Área experimental
Convencional SISPIT Bordaduras Bordaduras Bordaduras
Plantas marcadas para avaliações: - Danos de pragas - Doenças foliares
- Colheita Armadilha para brocas
Armadilha para traça
Normas Técnicas Específicas
• 15 áreas temáticas,
• Grade de agroquímicos,
• Cadernos de campo e pós-colheita;
• Lista de verificação para certificação.
NORMAS TÉCNICAS ESPECÍFICAS DO TOMATE TUTORADO
Áreas temáticas Obrigatória Recomendada Proibida
1. Capacitação 2. Organização 3. Material propagativo 4. Recursos naturais 5. Implantação da cultura 6. Nutrição 7. Manejo e conservação do solo 8. Manejo da parte aérea 9. Recursos hídricos e irrigação 10.Proteção integrada da planta 11.Colheita e Pós-colheita 12.Análise de resíduos 13.Processo de classificadora / encaixotadora 14.Sistema de Rastreabilidade e Caderno de Campo 15.Assistência Técnica
ÁREAS
TEMÁTICAS NORMAS TÉCNICAS ESPECÍFICAS PARA A PRODUÇÃO INTEGRADA
OBRIGATÓRIAS RECOMENDADAS PROIBIDAS
6. Nutrição de
plantas
6.2 Escolha de
corretivos e
fertilizantes
Escolher corretivos e
fertilizantes com base no
custo e benefício do
nutriente, que atendam às
necessidades, conforme
recomendação.
Utilizar adubação orgânica compostada em substituição parcial à adubação química desde que, indicado por cálculo de equivalência de teores de nutrientes.
Utilizar fontes de
nutrientes de
origem industrial ou
de resíduos
urbanos sem a
prévia análise de
metais pesados e
sem higienização.
NORMAS TÉCNICAS – NTE Toamate Tutorado
SECÇÃO 1 ANO:...............................
SISTEMA DE PRODUÇÃO INTEGRADA DE TOMATE - SISPIT - DADOS GERAIS PARA USO DO PRODUTOR
Caderno de Campo
Caderno de campo: PLANILHA DOS DADOS DE IMPLANTAÇÃO
Talhão
no Data
Atividade / Produto
Qtdade Valor Atividade H/M -HH
Observação Talhão
no
Talhão no Cultivar No Plantas Distância (metros)
Entre filas – Entre plantas
Área (ha)
Método de Tutoramento
Responsável pela área (meeiro,
arrendatário
Talhão no
Adubação Base/cobertura
Quantidade (kg.ha-1 ) Nitrogênio Fósforo Potássio Boro
Observações
Caderno de campo: Informações Gerais
Intensidade das Doenças Ocorridas Talhão
no Data Pinta Preta Septoriose Requeima Estenfílio Oídio
Mofo Cinzento
H/H
Talhão no
Data Murchadeira Cancro Talo ôco Mancha B. Queima M. Verticillium
Talhão no
Data
Fusarium
Mosaico Virus Y Geminiv. Nematóide Fundo
Preto
Caderno de campo: Informações Gerais
Levantamento de Pragas & Inimigos naturais
Ponto 1 Ponto 2 Ponto 3 Ponto 4 %
data Ta-lhão 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5
X X X X X 0 X X X X 0 X X X X 0 X 0 X X
PRAGAS
Pulgões
Tripes
Mosca minadora
Brocas (grande & pequena)
Traça
Mede-palmos
Mosca branca
Vaquinha
Inimigos Naturais
Crisopídeos
Sirfideos
Aranhas
Vespinhas
Percevejo
Joaninhas
Rastreabilidade: Como implantar?
• Parceria entre a cooperativa e associados;
• Assistência técnica aos produtores;
• Registros no caderno de campo;
• Manter um sistema de boas práticas agrícolas no campo;
Divisão área talhões
• Talhões ou parcelas em ha
• Uso de caderneta de campo
• Identificação de caixas e bins
• Código de barras (preferência)
RASTREABILIDADE
Plantio Convencional
Não usa análise químico-física
Forte ação da erosão
Controle mato + herbicidas
SISPIT = Manejo do Solo análise química-física/correção pH/plantio direto na
palha de aveia
SISPIT - Manejo do solo & Condução de plantas
TRANSPLANTE
CONDUÇÃO
Facilidade de plantio Proteção contra erosão Controle de plantas invasoras Facilidade tratos culturais Tutoramento vertical das plantas
SISPIT - Adubação de Base e Cobertura
Adubação de base no sulco de plantio
% da dose total
Adubação de cobertura em fertirrigação % da dose total
N 10 90
P2O5 100 0
K2O 5 95
Bórax 100 0
Fonte: EPAGRI – EECD, 1ª aproximação em construção das porcentagens de adubação na base e em cobertura.
Teor no
Solo
Fósforo Potássio
----kg P2O5 ha-1-
--
----kg K2O ha-1-
---
Muito baixo 1000 1100
Baixo 800 900
Médio 600 700
Alto 400 500
Muito alto 300 400
Tabela 3 - Recomendações de adubação fosfatada e potássica, de acordo com o potencial máximo de produção a partir da interpretação da análise de solo na cultura do tomate para o Rio
Grande do Sul e Santa Catarina.
Fonte: EPAGRI – EECD, 1ª aproximação em construção para a recomendação da adubação Fosfatada e Potássica
(2010).
Figura 1 – Curva de cálculo da porcentagem de nutrientes: Nitrogênio e Potássio a ser aplicado ao longo do ciclo da cultura do tomate de acordo com a curva de absorção. Fonte: EPAGRI-EECD – 1ª aproximação em construção (2010).
0
2
4
6
8
10
12
0 5 10 15 20
% d
e N
e K
2O
Época de aplicação
K2O … N …
BROCA-GRANDE - Helicoverpa zea LAGARTA DO CARTUCHO - Spodoptera frugiperda
(Lepidoptera: Noctuidae)
DANOS EM TOMATE
Nivel de dano
Incidência Frutos e folhas = 3%
5 frutos e 5 folhas / 5 plantas / ponto
Primeiros danos em frutos: Início de
janeiro
Pico de lagartas: Vários picos
Presente desde a formação dos frutos
BROCA-PEQUENA - Neuleucinodes elegantalis (Lep.: Crambidae)
Primeiros danos em frutos: Início de
janeiro
Pico de adultos: Final de fevereiro e final
de março
Presente desde a formação dos frutos
Nível de dano:
3 % frutos e sépalas com presença de ovos
5 frutos e sépalas / 5 plantas ponto
SISPIT - Manejo de Pragas TRAÇA-DO-TOMATEIRO - Tuta absoluta (Lepidoptera: Gelechiidae)
ADULTO
DANOS EM FRUTOS
Primeiros adultos: Final de janeiro/início de
fevereiro
Primeiros danos em frutos: Início de janeiro
Pico de adultos: Final de março Nível de dano: 20% folíolos com ovos
JPS
VAQUINHA Diabrotica speciosa, Diabrotica spp. (Coleoptera: Chrysomelidae)
Primeiros adultos: Início de novembro
Primeiros danos em frutos: Início de
janeiro
Pico de adultos: Início de fevereiro
Presente o ciclo todo JPS
MOSCA-MINADORA Liriomyza spp. (Diptera: Agromyzidae)
DANOS DA LARVA EM FOLHAS DE TOMATEIRO
ADULTOS
Nivel de dano: 10% das plantas atacadas
Primeiros adultos: Início de janeiro
Primeiros danos em folhas: Início de janeiro
Pico de adultos: Não ocorreram picos
JPS
LAGARTA MEDE PALMO Tricloplusia ni; Chrysodeixis includens (Lepidoptera: Noctuidae)
LAGARTAS NAS FOLHAS DANOS EM FOLHAS DE TOMATEIRO
Primeiros danos em folhas: Final de janeiro
Pico de lagartas: Início de março
Ocorrência esporádica
JPS
TRIPES
Frankliniella shultzei
(Thysanoptera: Thripidae)
ADULTOS
Primeiros adultos: Início de
novembro
Primeiros danos em frutos: Final
de janeiro
Nível de dano: 10% plantas
Pico de adultos: Início de
fevereiro- Presente o ciclo todo
MOSCA-BRANCA
Bemisia argentifolii ?
(Hemiptera: Aleyrodidae)
Primeiros adultos: Final de
dezembro
Pico de adultos: Não ocorreram
picos
Baixa ocorrência JPS
Feromônio sexual sintético específico (Bio Neo®) na
captura de machos da broca pequena
Armadilha Delta + feromônio + piso adesivo Adulto da broca-
pequena
JPS
Feromônio sexual sintético específico (Bio Tuta®) na
captura de machos da traça-do-tomateiro
Armadilha Delta + feromônio + piso adesivo Adulto da traça
PICO POPULACIONAL: Final de março
JPS
SISPIT – Manejo de Pragas
Isca de tajujá e plantas de girassol no controle de vaquinhas.
Armadilha PET Raiz de tajujá
(Cayaponia tayuya)
Girassol na bordadura
JPS
SISPIT – Manejo de Pragas
Armadilhas adesivas para tripes e pulgões
ARMADILHAS BIOTRAP® (Bio Controle)
JPS
CONTROLE QUÍMICO / BIOLÓGICO Escolha do produto: a) Patógeno b) Eficiência c) Classe toxicológica d) Carência e) Custo/benefício f) Dosagem g) Misturas de tanque h) pH da solução
W.F.
B
FITÓFTORA OU REQUEIMA (Phytophthora infestans) Sintomatologia: Lesões verde-oliva em folhas, pecíolos, caule e frutos. Hospedeiro alternativo: Batatinha silvestre
W.F.B
SISTERMA DE ALERTA
DE DOENÇAS
Monitoramento da
temperatura, umidade
relativa, molhamento
foliar e chuva.
WFB
WFB
WFB
SISPIT
PrevReq
Previsão da Requeima
Condição da Primeira Pulverização:
Ocorrência de 10 dias consecutivos favoráveis (CR).
Data Tmín Tméd 5d PP 10d CR
10/11/06 4 0 0
11/11/06 6 0 0
12/11/06 14 0 0
13/11/06 11 0 0
14/11/06 12 16,85 0 0
15/11/06 16 18,25 0 0
16/11/06 23 20,9 0 0
17/11/06 18 22,3 0 0
18/11/06 18,5 23 0 0
19/11/06 18 23,1 66,6 1
20/11/06 15 22,4 69 1
21/11/06 15 21,1 69 1
22/11/06 18 21 69 1
23/11/06 15,5 21,45 69 1
24/11/06 22 22,95 71,2 1
25/11/06 20 23,95 75,3 1
26/11/06 22 24,65 95,3 1
27/11/06 22 24,35 97,3 1
28/11/06 18 23,7 81,1 1
WFB
29 dias DAT
(SISPIT)
Primeira Pulverização para a Requeima Método de McHardy (modificado por Becker & Mondardo, 2005)
Convencional: 3 DAT
(Clorotalonil).
SISPIT: 29 DAT
(Metiram+Calda
bordalesa)
Condição de Requeima:
Tmin: 7,2oC ( Ø )
Tmin: 7,2oC
Tm 5d 25,5oC; 10 dias PP 30mm ( + )
Tm 5d 25,5oC ( - )
10 dias PP 30mm ( - )
WFB
3 DAT
Data PMF (H) Tmed CR VSD Σ VSD
28/11/06 24 20 1 4 4
29/11/06 6 20,7 1 0 0
30/11/06 6 21 1 0 0
01/12/06 8 16,5 1 0 0
02/12/06 4 17,5 1 0 0
03/12/06 9 19,5 1 0 0
04/12/06 6 22,5 1 0 0
05/12/06 11 23,1 1 1 1
06/12/06 18 22 0 0 1
07/12/06 12 19,2 0 3 4
08/12/06 8 19 0 0 4
09/12/06 6 20 0 0 4
10/12/06 14 20,5 0 2 6
11/12/06 10 20 0 1 7
12/12/06 2 19 0 0 7
13/12/06 4 15,2 0 0 7
14/12/06 0 0 0 0 7
15/12/06 16 24 1 2 9
MONITORAMENTO do VSD para PULVERIZAÇÕES SUBSEQUUENTES (VSD=8)
WFB
Mancha de Alternaria ou Pinta-Preta (Alternaria spp)
Hosp. alternativo: Batatinha silvestre
Tomate cv. Paron
Sintomas: Lesões necróticas com anéis concêntricos no centro da lesão. A maior incidência ocorre nas folhas mais velhas.
W.F.B
Custo Produção - Pequena Escala (1,25 ha - Safra 2011/12 – 2012/13). Caçador, SC
Fonte: Cepea
Aumento no custo de produção/cx = 15,77%
Custo de Produção – Pequena Escala Safra 2011-2012. Caçador -SC
Descrição Convencional SISPIT
Custo Variável (CV) 49.673,79 39.509,36 Custo Fixo1 (CF) 7.468,98 7.468,98 Custo Total1 (CT) 57.142,77 46.978,34 Preço de Venda2 (PV) 17,00 17,00 Produção (caixas)1 (P) 3.300 3120 Renda Bruta (RB) 56.100,00 53.040,00 Preço de custo (R$/Caixas) (PC) 17,32 15,06 Lucro (R$/Caixas) (L) -0,32 1,94 Retorno da atividade (%) (RA) -1,82 12,90 Área (ha) 1 1
Agradeço pela Atenção
EPAGRI – ESTAÇÃO EXPERIMENTAL DE
CAÇADOR
Equipe do S.I.S.P.I.T