Walkscapes IV Transurbância

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WALKSCAPESO CAMINHAR COMO PRTICA ESTTICAIV TRANSURBNCIAAutor: Francisco CareriCOM OS PS DESCALOS NO CAOSAo mesmo tempo que Smithson andava por espaos vazios de periferias estadunidenses os arquitetos tambm procuravam entender o que acontecia.Sem pensar nos centros histricos sobre as relaes tipomorfolgicas e sobre traados tecendo algo a que se tinham recusado olhar e que no se encaixava nas suas categorias interpretativas. (p. 154).Viam como se fosse um cncer que crescia em torno da cidade. Definiram como no cidade ou caos urbano. Que para eles era considerado uma desordem e para entender era preciso compreender fragmentos de ordem justapostos causalmente sobre o territrio. (p. 154).O ponto de vista a partir do qual se olhava para esse tipo de cidade catica estava situado dentro da cidade histrica.(p.155).E segundo eles tinham que fazer como os mdicos: curar este cncer. Ou seja, pr ordem , requalificar a fim de preencher grandes vazios que se formaram, que no eram mais utilizados Proceder grande operao de cirurgia territorial. Estes lugares pela sua dimenso, foram denominados vazios urbanos. (p.154).Diz que os arquitetos ainda hoje procuram levar esta ordem ao caos, como chamam.Daquele momento em diante comearam a pensar na cidade contempornea suscitando categorias interpretativas. (p. 155).1. passo: compreender que esse sistema de desmoronamento ia bem alm da cidade e que tinha o prprio sistema territorial, a cidade difusa.os difusos eram pessoas (...) margem [de] regras civis e urbanas, habitavam unicamente os espaos privados da casa do automvel e concebiam como espaos pblicos somente os centros de comrcio, os restaurantes de estrada, os postos de gasolina e as estaes ferrovirias, destruam todo espao projetado para a sua vida social.Aqueles que invadiram as cidades, os novos brbaros (...) queriam transform-la na Patpolis Global, que vive nas casinhas unifamiliares e que prolonga o prprio hbitat pelas autoestradas reais e pelas redes virtuais da internet. (p. 156).O modelo da cidade difusa descrevia efetivamente aquilo que formara espontaneamente em torno das nossas cidades, mas dentro dos vazios.Estes espaos vazios voltam-se para si, procurando organizar (...) uma vida autnoma e paralela, mas so habitados. (p. 156). onde vo cultivar a horta ilegal, levar o cachorro, fazer um piquenique, enfim, so os espaos de liberdade e de socializao. (p.157).So tambm sistemas de assentamento, dos traados , das ruas e das casas. Enfim: praas, bulevares, jardins, parques (...) uma enorme poro de territrio no construdo (...) e s vezes absolutamente impenetrvel. (p. 157).E conclui: Os vazios so parte fundamental do sistema urbano e so espaos que habitam a cidade de modo nmade. So realidades crescidas fora e contra aquele projeto moderno que ainda incapaz de reconhecer os seus valores e, por isso, de associar-se a eles. (p.157).