w w w . c a c h o e i r o . e s . g o v . b...

4
FATORES COMPORTAMENTAIS DE ACIDENTES DE TRABALHO USO DOS E QUIPAMENTOS DE P ROTEÇÃO I NDIVIDUAL EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL A MATERIAL BIOLÓGICO DE RISCO Secretaria Municipal de Administração e Serviços Internos Escola do Servidor [email protected] (28) 3155-5601 w w w . c a c h o e i r o . e s . g o v . b r

Transcript of w w w . c a c h o e i r o . e s . g o v . b...

FATORES COMPORTAMENTAIS DE ACIDENTES DE TRABALHO

USO DOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL A MATERIAL BIOLÓGICO DE RISCO

Secretaria Municipal de Administração e Serviços InternosEscola do Servidor

[email protected](28) 3155-5601

w w w . c a c h o e i r o . e s . g o v . b r

Fatores Comportamentais de Acidente de Trabalho - Uso do E. P. I. - Exposição Ocupacional a Material Biológico de Risco Página 2

Escola do ServidorSecretaria Municipal de Administração e Serviços Internos - SEMASI

E.P.I. Equipamento de Proteção Individual

A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:

a) Sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;

b) Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas;

c) Para atender a situações de emergência.

Cabe ao empregador quanto ao EPI :

a) Adquirir o adequado ao risco de cada atividade;

b) Exigir seu uso;

c) Fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho;

d) Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;

e) Substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;

f) Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica;

g) Comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada;

h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico.

Cabe ao empregado quanto ao EPI:

a) Usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;

b) Responsabilizar-se pela guarda e conservação;

c) Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso;

d) Cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.

FATORES COMPORTAMENTAIS DE ACIDENTE DE TRABALHO

Atos inseguros ou ações fora do padrão

Se referem a:

• Excesso de confiança• Imperícia• Ideias preconcebidas• Exibicionismo• Vontade de revelar-se corajoso

Condições inseguras

Se referem a:

• Condições físicas e de estrutura precárias no local de trabalho, tais como má iluminação, má ventilação, falta de sinalização, falta de E.P.I. entre outros.

Fator pessoal de insegurança, tais como:

• Problemas de saúde não tratados• Conflitos familiares• Falta de interesse pela atividade que desempenha• Alcoolismo• Uso de substâncias tóxicas• Problemas diversos de ordem social/ psicológica

Consequências:

• Riscos psicológicos• Afetam a qualidade de vida e o bem-estar.

Riscos Psicossociais

Decorrem de interações sociais, tais como:

• Stress ocupacional• Síndrome de Burnout• Violência no trabalho• Assédio Moral• Assédio Sexual• Adição ao trabalho• Fadiga, sub ou sobrecarga mental

Fatores Comportamentais de Acidente de Trabalho - Uso do E. P. I. - Exposição Ocupacional a Material Biológico de Risco Página 3

Escola do ServidorSecretaria Municipal de Administração e Serviços Internos - SEMASI

EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL A MATERIAL BIOLÓGICO DE RISCO

TIPOS DE EXPOSIÇÃO

• Exposição percutânea lesões provocadas por instrumentos perfurantes e cortantes

• Exposição em mucosas quando há respingos na face envolvendo olho, nariz, boca ;

• Exposição cutânea pele não íntegra;

• Mordeduras humanas considerada como exposição quando envolve presença de sangue.

MATERIAIS BIOLÓGICOSCONSIDERADOS DE RISCO

• Sangue, outros materiais contendo sangue, sêmen e secreções vaginais

• Líquidos de serosas (peritoneal, pleural, pericárdio),liquido amniótico, líquor e liquido articular

NÃO SÃO CONSIDERADOS MATERIAIS BIOLÓGICOS DE RISCO

• Suor, lágrima, fezes, urina, vômitos, secreções nasais e saliva (exceto em ambientes odontológicos)

OBS : A presença de sangue nestes líquidos torna-os materiais infectantes

POR QUE PREVENIR?

1984

1º Caso reportado de profissional da saúde infectado por hiv, através de picada de agulha

EXPOSIÇÃO OCUPACIONALA MATERIAL BIOLÓGICO

RISCO APÓS EXPOSIÇÃO PERCUTÂNEA (sangue):

HIV 0,3 % 3 :1000

Hepatite B 6 a 40% 3 : 10

Hepatite C 1,8 a 10% 3 : 100

HIV

• Risco de transmissão após acidente percutâneo = 0,3%

• Risco após exposição mucocutânea = 0,09%

• Principais caminhos para prevenir a transmissão: evitar a exposição ocupacional, e a administração de quimioprofilaxia antiretroviral quando indicada. Não há vacina disponível até o momento.

• A QP deve ser iniciada o mais precocemente possível(ideal ate 2h)

• O teste rápido está indicado apenas para o paciente fonte/agressor

HEPATITE B

• Risco de transmissão após acidente percutâneo = 30%

• Principais caminhos para prevenir a transmissão: evitar a exposição ocupacional, e a imunização contra a hepatite b

• Profilaxia pós acidente, quando indicada – imunoglobulina e vacinação

HEPATITE C

• Risco de transmissão após acidente percutâneo = 3%

• Principal caminho para prevenir a transmissão é evitar a exposição ocupacional. A melhor prevenção é não se acidentar, pois não há vacina não e não há profilaxia medicamentosa.

EXPOSIÇÃO OCUPACIONALA MATERIAL BIOLÓGICO

• Nenhuma quimioprofilaxia absolutamente segura – necessidade de estabelecimento rigoroso de normas universais de biossegurança para diminuir o risco de exposição

Fatores Comportamentais de Acidente de Trabalho - Uso do E. P. I. - Exposição Ocupacional a Material Biológico de Risco Página 4

Escola do ServidorSecretaria Municipal de Administração e Serviços Internos - SEMASI

RECOMENDAÇÕES DURANTE A REALIZAÇÃO DE PROCEDIMENTOS

QUE ENVOLVAM MATERIAL PERFUROCORTANTE

• Ter a máxima atenção durante a realização do procedimento

• Todo o material perfurocortante deve ser desprezado em recipiente resistente e com tampa

• Os coletores para descarte não devem ser preenchidos acima do limite de 2/3 de sua capacidade

ANTES DO INÍCIO DE UM PROCEDIMENTO QUE ENVOLVA O USO DE UMA AGULHA OU OUTRO

PERFUROCORTANTE:

• Assegurar que todo o material necessário para a realização de um procedimento esteja disponível e ao alcance das mãos,

• Avaliar se o ambiente de trabalho possui espaço suficiente e adequado e se está adequadamente iluminado

• Identificar a localização do coletor de descarte dos perfurocortantes; favorecendo o descarte imediato

• Avaliar o potencial de um paciente ser não-cooperativo, relutante ou confuso.

• Informar ao paciente qual é o procedimento que será executado e explicar a importância de evitar qualquer movimento brusco que possa mover ou desalojar o perfurocortante

CUIDADOS IMEDIATOS PÓS EXPOSIÇÃO

• Lavagem exaustiva do local exposto com água e sabão. Nos casos de mucosas, apenas água ou soro fisiológico.

• Procedimentos que aumentam a área exposta(cortes,injeções locais) e a utilização de soluções irritantes como éter, hipoclorito ou álcool são contra indicados.

TERMOS DE CONSENTIMENTO

• Termo de Consentimento Informado

para o paciente-fonte, autorizando a realização dos exames.

SEGUIMENTO pós acidente

• Cuidados locais imediato

• Comunicar chefia imediata

• Coleta exame acidentado e paciente fonte – imediato

• Dias utéis/horário comercial – CRIAS

• Outros : Laboratório do Hospital Evangélico

• Avaliar necessidade de quimioprofilaxia

• Na data da exposição: coletar sorologias (HIV, HBV e HCV)

• Comunicar ao técnico de segurança, medicina do trabalho – CAT 1dia útil

• Repetir as sorologias após 6 semanas, 3, 6 e 12 meses.

SEGUIMENTO

• Risco variável - depende do tipo de acidente e de outros fatores, como:

• Gravidade do acidente;

• Tamanho da lesão;

• Presença e volume de sangue envolvido;

• Condições clínicas e Status sorológico do paciente-fonte;

• Uso correto da profilaxia pós exposição (HIV 28 dias), quando indicado;

• Acompanhamento ambulatorial no CRIAS (12 meses) .

Facilitadores:

Drª Andressa Monteiro Braconi Grilo

Drª Patrícia Vivyanne da Gama Cotta e Silva

Drª Manoela de Souza Moreno