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FATORES COMPORTAMENTAIS DE ACIDENTES DE TRABALHO
USO DOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL A MATERIAL BIOLÓGICO DE RISCO
Secretaria Municipal de Administração e Serviços InternosEscola do Servidor
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Fatores Comportamentais de Acidente de Trabalho - Uso do E. P. I. - Exposição Ocupacional a Material Biológico de Risco Página 2
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E.P.I. Equipamento de Proteção Individual
A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:
a) Sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;
b) Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas;
c) Para atender a situações de emergência.
Cabe ao empregador quanto ao EPI :
a) Adquirir o adequado ao risco de cada atividade;
b) Exigir seu uso;
c) Fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho;
d) Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;
e) Substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
f) Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica;
g) Comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada;
h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico.
Cabe ao empregado quanto ao EPI:
a) Usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;
b) Responsabilizar-se pela guarda e conservação;
c) Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso;
d) Cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.
FATORES COMPORTAMENTAIS DE ACIDENTE DE TRABALHO
Atos inseguros ou ações fora do padrão
Se referem a:
• Excesso de confiança• Imperícia• Ideias preconcebidas• Exibicionismo• Vontade de revelar-se corajoso
Condições inseguras
Se referem a:
• Condições físicas e de estrutura precárias no local de trabalho, tais como má iluminação, má ventilação, falta de sinalização, falta de E.P.I. entre outros.
Fator pessoal de insegurança, tais como:
• Problemas de saúde não tratados• Conflitos familiares• Falta de interesse pela atividade que desempenha• Alcoolismo• Uso de substâncias tóxicas• Problemas diversos de ordem social/ psicológica
Consequências:
• Riscos psicológicos• Afetam a qualidade de vida e o bem-estar.
Riscos Psicossociais
Decorrem de interações sociais, tais como:
• Stress ocupacional• Síndrome de Burnout• Violência no trabalho• Assédio Moral• Assédio Sexual• Adição ao trabalho• Fadiga, sub ou sobrecarga mental
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EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL A MATERIAL BIOLÓGICO DE RISCO
TIPOS DE EXPOSIÇÃO
• Exposição percutânea lesões provocadas por instrumentos perfurantes e cortantes
• Exposição em mucosas quando há respingos na face envolvendo olho, nariz, boca ;
• Exposição cutânea pele não íntegra;
• Mordeduras humanas considerada como exposição quando envolve presença de sangue.
MATERIAIS BIOLÓGICOSCONSIDERADOS DE RISCO
• Sangue, outros materiais contendo sangue, sêmen e secreções vaginais
• Líquidos de serosas (peritoneal, pleural, pericárdio),liquido amniótico, líquor e liquido articular
NÃO SÃO CONSIDERADOS MATERIAIS BIOLÓGICOS DE RISCO
• Suor, lágrima, fezes, urina, vômitos, secreções nasais e saliva (exceto em ambientes odontológicos)
OBS : A presença de sangue nestes líquidos torna-os materiais infectantes
POR QUE PREVENIR?
1984
1º Caso reportado de profissional da saúde infectado por hiv, através de picada de agulha
EXPOSIÇÃO OCUPACIONALA MATERIAL BIOLÓGICO
RISCO APÓS EXPOSIÇÃO PERCUTÂNEA (sangue):
HIV 0,3 % 3 :1000
Hepatite B 6 a 40% 3 : 10
Hepatite C 1,8 a 10% 3 : 100
HIV
• Risco de transmissão após acidente percutâneo = 0,3%
• Risco após exposição mucocutânea = 0,09%
• Principais caminhos para prevenir a transmissão: evitar a exposição ocupacional, e a administração de quimioprofilaxia antiretroviral quando indicada. Não há vacina disponível até o momento.
• A QP deve ser iniciada o mais precocemente possível(ideal ate 2h)
• O teste rápido está indicado apenas para o paciente fonte/agressor
HEPATITE B
• Risco de transmissão após acidente percutâneo = 30%
• Principais caminhos para prevenir a transmissão: evitar a exposição ocupacional, e a imunização contra a hepatite b
• Profilaxia pós acidente, quando indicada – imunoglobulina e vacinação
HEPATITE C
• Risco de transmissão após acidente percutâneo = 3%
• Principal caminho para prevenir a transmissão é evitar a exposição ocupacional. A melhor prevenção é não se acidentar, pois não há vacina não e não há profilaxia medicamentosa.
EXPOSIÇÃO OCUPACIONALA MATERIAL BIOLÓGICO
• Nenhuma quimioprofilaxia absolutamente segura – necessidade de estabelecimento rigoroso de normas universais de biossegurança para diminuir o risco de exposição
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RECOMENDAÇÕES DURANTE A REALIZAÇÃO DE PROCEDIMENTOS
QUE ENVOLVAM MATERIAL PERFUROCORTANTE
• Ter a máxima atenção durante a realização do procedimento
• Todo o material perfurocortante deve ser desprezado em recipiente resistente e com tampa
• Os coletores para descarte não devem ser preenchidos acima do limite de 2/3 de sua capacidade
ANTES DO INÍCIO DE UM PROCEDIMENTO QUE ENVOLVA O USO DE UMA AGULHA OU OUTRO
PERFUROCORTANTE:
• Assegurar que todo o material necessário para a realização de um procedimento esteja disponível e ao alcance das mãos,
• Avaliar se o ambiente de trabalho possui espaço suficiente e adequado e se está adequadamente iluminado
• Identificar a localização do coletor de descarte dos perfurocortantes; favorecendo o descarte imediato
• Avaliar o potencial de um paciente ser não-cooperativo, relutante ou confuso.
• Informar ao paciente qual é o procedimento que será executado e explicar a importância de evitar qualquer movimento brusco que possa mover ou desalojar o perfurocortante
CUIDADOS IMEDIATOS PÓS EXPOSIÇÃO
• Lavagem exaustiva do local exposto com água e sabão. Nos casos de mucosas, apenas água ou soro fisiológico.
• Procedimentos que aumentam a área exposta(cortes,injeções locais) e a utilização de soluções irritantes como éter, hipoclorito ou álcool são contra indicados.
TERMOS DE CONSENTIMENTO
• Termo de Consentimento Informado
para o paciente-fonte, autorizando a realização dos exames.
SEGUIMENTO pós acidente
• Cuidados locais imediato
• Comunicar chefia imediata
• Coleta exame acidentado e paciente fonte – imediato
• Dias utéis/horário comercial – CRIAS
• Outros : Laboratório do Hospital Evangélico
• Avaliar necessidade de quimioprofilaxia
• Na data da exposição: coletar sorologias (HIV, HBV e HCV)
• Comunicar ao técnico de segurança, medicina do trabalho – CAT 1dia útil
• Repetir as sorologias após 6 semanas, 3, 6 e 12 meses.
SEGUIMENTO
• Risco variável - depende do tipo de acidente e de outros fatores, como:
• Gravidade do acidente;
• Tamanho da lesão;
• Presença e volume de sangue envolvido;
• Condições clínicas e Status sorológico do paciente-fonte;
• Uso correto da profilaxia pós exposição (HIV 28 dias), quando indicado;
• Acompanhamento ambulatorial no CRIAS (12 meses) .
Facilitadores:
Drª Andressa Monteiro Braconi Grilo
Drª Patrícia Vivyanne da Gama Cotta e Silva
Drª Manoela de Souza Moreno