Vozdaigreja junho2015

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Voz da Igreja - junho 2015

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Agenda Mensal dos Bispos

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.... . 15151515 15

A revista Voz da Igreja é uma publicação da Arquidiocese de Curitiba sob a orientação da Assessoria de ComunicaçãoCONSELHO EDITORIAL - Arcebispo da Arquidiocese de Curitiba Dom José Antônio Peruzzo | Bispos da Arquidi-ocese de Curitiba: Dom Rafael Biernaski e Dom José Mário Angonese . Chanceler: Élio José Dall'Agnol |Ecônomo da Mitra: Pe. José Aparecido Pinto. | Coordenador da Ação Evangelizadora: Pe. Alexsander CordeiroLopes | Coordenador geral do clero: Pe. Marcos Honório da Silva | Assessora de Comunicação: StephanyBravos | Jornalista responsável: Stephany Bravos | Revisão: Stephany Bravos - Ana Paula Mira |Colabora-ção voluntária: 12 Comissões Pastorais| Apoio: Centro Pastoral Projeto gráfico e diagramação: Editora Exceuni- Aldemir Batista - [email protected] - (41) 3657-2864. Impressão: Infante - Tiragem: 10 mil exemplares.

Expediente

Arquidiocese de Curitiba | Junho 20152

02 - Hora Santa do Clero Na Igreja da Ordem- Expediente na Cúria

03 - Expediente na Cúria04 - Missa na Paróquia Santíssimo Sacramento

- Missa e Procissão de Corpus Christi, na Catedral06 - Ordenação Diaconal do Frei Jean, na Paróquia Senhor Bom Jesus dos

Perdões07 - Atualização Teológica para os Diáconos Permanentes09 - Reunião da Comissão Episcopal de Pastoral do Regional Sul II

- Reunião da APAC- Visita no Seminário Rainha dos Apóstolos

10 - Reunião do Conselho Diretor da Pastoral da Pessoa Idosa- Reunião do Fundo Diocesano de Solidariedade, na Cúria- Visita no Seminário Propedêutico

11 - Expediente na Cúria- Reunião do Conselho Arquidiocesano de Pastoral, na Cúria- Visita no Seminário Bom Pastor

12 - Expediente na Cúria- Missa no Seminário São José- Posse de Dom Agenor Girardi em União da Vitória (Retirar o expediente

deste dia)13 - Missa no Santuário da Divina Misericórdia

- Missa da Festa na Paróquia Santo Antonio- Missa será no Santuário Nossa Senhora do Sagrado Coração e não no

Santuário da Divina Misericórdia14 - Missa de Abertura da Semana do Migrante

- Missa no Santuário Nossa Senhora de Guadalupe, pelos 100 anos deFundação das Irmãs Paulinas

15 a 17 - Reunião do Conselho Permanente, em Brasília- DF18 - Abertura da Novena no Santuário N. Sra. Do Perpétuo Socorro20 - Formação no Encontro do CPP, na Paróquia São José, Vilas Oficinas

- Crismas na Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora21 - Missa No Seminário São José28 - Recebimento do Pálio - Roma

02 - Hora Santa do Clero, na Igreja da Ordem03 - Missa da Trezena na Paróquia Santo Antonio, no

Boa Vista04 - Missa e Procissão de Corpus Christi, na Catedral05 - Crisma na paróquia Santíssima Trindade06 - Crisma na Paróquia São Miguel07 - Crisma na Paróquia São Pedro e São Paulo

- Crisma na Paróquia São João Batista, em Almirante Tamandaré09 - Reunião da APAC09 - Missa no Hospital Nossa Senhora da Luz10 - Expediente na Cúria10 - Reunião do Fundo Diocesano de Solidariedade, na Cúria11 - Reunião do Conselho Arquidiocesano de Pastoral, na Cúria

- Reunião do Setor Cajuru, na Paróquia Santíssima Trindade12 - Posse de Dom Agenor Girardi, em União da Vitória

- Crisma na Paróquia Santa Cândida13 - Crisma na Paróquia Santa Cândida

- Crisma na Paróquia São José Operário, em Pinhais14 - Crismas na Paróquia São José Operário, em Pinhais19 - Crisma na Paróquia Menino Jesus de Praga20 - Ordenação Diaconal na Paróquia Nossa Senhora do Rosário, em Co-

lombo21 - Crisma na Paróquia São João Batista, no Tingui

- Crisma na Paróquia Santa Madalena Sofia, na Capela São Francisco25 - Reunião do Setor Pinhais, paróquia a definir

- Missa no Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro26 - Missa do 1º ano de falecimento de Dom Moacyr

- Crisma na Paróquia São Rafael27 - Crisma na Paróquia Santana, em Campo de Santana

- Ordenação Diaconal, no Santuário Nossa Senhora do Carmo28 - Crismas na Paróquia Santana, em Campo de Santana30 - Reunião da Pastoral Presbiteral, na Casa do Clero

Durante os quatro primeiros meses de 2015, testemunhamoshorrorizados os desencontros entre o governo do Estado do Paranáe o funcionalismo público – especialmente os professores – acercadas mudanças na Paraná Previdência e que culminaram em atos degrave violência no coração de nossa cidade de Curitiba. Graves fo-ram as cenas por nós testemunhadas. Do alto São Francisco, ondeestá a sede da Mitra da Arquidiocese, a Cúria e o Centro de Pastoral,as bombas podiam ser ouvidas. Alguns colaboradores e religiososdesceram até o Centro Cívico e foram testemunhas oculares de umaverdadeira guerra.

Como igreja defensora da vida e da paz, nossa Arquidiocese to-mou posição. Não podemos coadunar com nenhum gesto violento,seja de quem for. Nesta edição de nossa revista Voz da Igreja, algunsartigos apresentam reflexões sobre o assunto e lançam a seguintepergunta direcionada ao povo cristão e para toda a sociedade: afi-nal, depois de tanta guerra, como fica a educação de nossos filhos?

Apesar de tantas dores testemunhadas no Centro Cívico, nestemesmo local, no próximo dia 04 de junho, nossa Arquidiocese seencontrará ao redor do Santo Corpo de Cristo, levando o Senhor atéeste local de conflito – local aonde Ele mesmo quer ir! Somos igrejaem saída para as periferias existenciais na Solenidade de Corpus Chris-ti! Por isso o Corpo de Cristo, que é a Igreja, estará expresso aquinesta revista em matérias de diversos assuntos! Destacamos os dezanos de um novo caminhar da Comissão Bíblico-Catequética, a Pas-toral da Pessoa Idosa – num artigo escrito por nosso Arcebispo Emé-rito Dom Pedro Fedalto, as atividades formativas da PASCOM, e ou-tros comunicados de diversas pastorais e movimentos.

Como igreja em estado permanente de missão, apresentaremosdiversas matérias que nos fazem refletir sobre nossas práticas missi-onárias: o sentido missionário da Liturgia, a experiência da Paró-quia N. Sra. da Visitação, o impacto do Ano Missionário em nossospresbíteros, experiências diversas da criação de Pequenas Comuni-dades de Fé, nossa missão em Guiné-Bissau, destaque da ParóquiaSanto Antônio de Orleans.

Que Deus nos abençoe neste mês do Sagrado Coração de Jesus.Peçamos a Ele que faça de nossos corações semelhantes ao seu.

E a educação, como fica?E a educação, como fica?E a educação, como fica?E a educação, como fica?E a educação, como fica?

02 - Hora Santa do Clero, na Igreja da Ordem04 - Missa e Procissão de Corpus Christi, na Catedral06 - Crisma na Paróquia Nossa Senhora de Lourdes,

no Jardim Botânico07 - Crisma na Paróquia Santa Maria Goretti09 - Reunião da APAC10 - Reunião do Fundo Diocesano de Solidariedade, na Cúria11 - Reunião do Conselho Arquidiocesano de Pastoral, na Cúria12 - Posse de Dom Agenor Girardi, em União da Vitória13 - Crisma no Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

- Crisma na Paróquia Senhor Bom Jesus, na Ferraria14 - Crisma na Paróquia São Paulo Apóstolo

- Crisma na Paróquia Nossa Senhora da Anunciação, na Colônia Dom Pedro II18 - Missa no Santuário de Schoenstatt19 - Reunião do Setor Centro, na Catedral19 - Crisma na Paróquia São Rafael20 - Crisma na Paróquia Imaculada Conceição21 - Crisma na Paróquia São Sebastião, em Bateias

- Crisma no Santuário do Sagrado Coração de Jesus, na Água Verde24 - Missa para o Apostolado da Oração, no Santuário do Sagrado Coração de

Jesus, na Água Verde- Missa da Páscoa dos Militares, no Santuário São José

26 - Missa do 1º ano de falecimento de Dom Moacyr- Bênção do Novo Altar da Capela Nossa Senhora da Paz, da Paróquia

Santa Quitéria27 - Crisma na Paróquia Imaculado Coração de Maria28 - Crisma na Paróquia Menino Jesus, em Porto Amazonas

- Missa de encerramento da Semana do Migrante, na Paróquia São José-Sta. Felicidade

Ação Evangelizadora PADRE ALEXSANDERCORDEIRO LOPES

Coordenador da AçãoEvangelizadora

Rua Jaime Reis, 369 - São Francisco80510-010 - Curitiba (PR)

Responsável: Stephany Bravos

Fones / Fax: (41) 2105-6343 ou (41) 8700-4752E-mail: [email protected]

Site: www.arquidiocesedecuritiba.org.brApoio e Colaboração: Fone: (41) 2105-6342

Responsável: Aline TozoE-mail: [email protected]

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

Dom Rafael BiernaskiBispo Auxiliar da Arquidiocese de Curitiba

Região Episcopal Centro-Oeste

Dom José Antônio PeruzzoArcebispo da Arquidiocese

de Curitiba

Dom José Mário AngoneseBispo Auxiliar da Arquidiocese de Curitiba

Região Episcopal Norte

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Arcebispo da Arquidiocese de Curitiba

DOM JOSÉ ANTÔNIOPERUZZO

Arquidiocese de Curitiba | Junho 2015 3

Hoje em dia quem volta suas atenções para algum noticiário, qualquernoticiário, surpreende-se com o elevado número de manchetes e notíciasque informam sobre fatos e/ou situações de violência. As causas se multi-plicam e as críticas se enumeram. Mais ainda as explicações. Claro, as aná-lises nunca podem faltar. Sem elas jamais se pode combater as causas daviolência. Entretanto, parece que se esqueceu que combater a violêncianão necessariamente equivale a buscar a paz.

No primeiro caso as atenções se firmam em medidas de segurança, emdebates e soluções práticas e pragmáticas, em projetos de programas so-ciais... Ademais, o temor de ser vítima pede por respostas cujos resul-tados não podem esperar. E sempre são os “outros” os culpados. Jáno segundo caso, o da busca pela paz, supõe uma mudança quecomeça desde dentro das pessoas. Empenha a participação detodos. Mais do que análises, este caminho pede por experiênci-as de valores testemunhados.

Para um cristão o caminho da busca pela paz faz lembraruma palavra muito cara no vocabulário da espiritualidade: aconversão para a paz. Para tanto é preciso fazer uma escolha;é necessário tomar a paz como um princípio unificador queinspira, modela e/ou freia as minhas reações. Em termos con-cretos isso significa que em qualquer situação delicada e com-plexa, os interlocutores optam por palavras, atitudes e deci-sões que favoreçam sempre a cultura do encontro,como diz o Papa Francisco. Infelizmente, é freqüen-te observar que se denomina “diálogo” a simplestroca de palavras; ou de adjetiva de “pacífico”o direito de pronunciar palavras ofensivas.

Quando Jesus falou de paz com seus dis-cípulos (“Deixo-vos a minha paz”, Jo 14,27),o contexto era de profunda tensão. Comeles o ambiente era de uma refeição, erade paz; até lhes lavara os pés. Mas um otraía. Desde fora os adversários projeta-vam a violência. Mas Ele, por ser Senhor,nunca quis ser forte sobre ninguém. Nãoexiste paz entre os que escolhem ser ini-migos. É preciso rever as opções.

PPPPPaz, az, az, az, az, um dom do Senhor do Senhor do Senhor do Senhor do Senhor

Voz do Pastor

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Arcebispo Emérito de Curitiba

A PA PA PA PA Pastoral da astoral da astoral da astoral da astoral da PPPPPessoa Idosaessoa Idosaessoa Idosaessoa Idosaessoa Idosa

DOM PEDRO ANTÔNIOMARCHETTI FEDALTO

Palavra de Dom

PedroA Igreja Católica, depois do Concílio

Vaticano II de 1962 a 1965, procurou exe-cutar as Diretrizes Pastorais dos 16 do-cumentos estudados pelos participantesdo Concílio, de modo especial os bispose aprovados pelo Papa Beato Paulo VI.

Para dar uma resposta adequada eeficiente a todas as classes eclesiais, edu-cacionais e sociais, foram fundadas no-vas pastorais e movimentos católicos.

Uma das mais recentes pastorais é daPessoa Idosa, fundada em Curitiba poriniciativa da dra. Zilda Arns Neumann, a05 de dezembro de 2004.

Dra. Zilda foi a fundadora da Pasto-ral da Criança, tão aceita em todo o Bra-sil e até em outros países, entre os quaiso Haiti, onde ela veio a falecer no terre-moto.

A CNBB aprovou as 12 ComissõesEpiscopais Pastorais, organizadas comuma comissão de três a seis bispos deacordo com a menor ou maior abran-gência de cada uma.

Além dessas doze, há muitas outraspastorais.

Em cada uma, um bispo é responsá-vel. O bispo responsável pela Pastoral daPessoa Idosa é o Arcebispo de CuritibaDom José Antônio Peruzzo e a Coorde-nadora Nacional, Irmã Terezinha Torte-lli, Filha da Caridade, de Curitiba.

É preciso distinguir a Pastoral da Pes-soa Idosa, aprovada pelos Bispos do Bra-sil da Terceira Idade.

A Terceira Idade abrange as pessoasidosas geralmente com saúde, que se re-únem para confraternizações, bingos,danças e excursões. Merecem apoio e ébom que exista a Terceira Idade.

A Pastoral da Pessoa Idosa tem o ob-jetivo de visitar as pessoas idosas mui-tas vezes acamadas, doentes. Tambémcapacita líderes, por meio de seis encon-tros, sempre com uma espiritualidade,durante cada capacitação com duraçãode três a quatro horas, chegando atédezoito horas, ou encontros prolongan-do-se a vinte e quatro horas.

O líder da Pessoa Idosa visita a pes-soa para confortá-la, animá-la a aceitara velhice com mais ou menos saúde.

Os líderes voluntários procuram, comas aulas da capacitação, orientar os fa-

miliares da pessoa idosa para que o tra-

tem com carinho, respeito, dignidade, va-lorizando tudo o que cada um fez na vidafamiliar.

Quando encontra a pessoa idosa comdificuldade financeira, o líder vai procu-rar o pároco para que este providencieuma ajuda por meio da ação social daparóquia e, até se for possível, doe umacadeira de rodas, quando necessário.

O líder deve recomendar que a pes-soa idosa não venha a cair, fraturando ofêmur ou a bacia. Igualmente, alerta so-bre a necessidade da vacinação contra apneumonia, que deve ser gratuita.

Na Arquidiocese de Curitiba, nos pri-meiros anos da coordenadora Dona Dul-ce Binder e hoje Dona Zélia Chimentão,tanto a primeira como a atual agirammuito bem.

Em Curitiba, a Pastoral da Pessoa Ido-sa está em 40 paróquias com um númerorazoável de líderes voluntários muito de-dicados. A Coordenadora Nacional da Pes-soa Idosa age muito à frente desta Pasto-ral. Apresentou a seguinte estatística noBrasil.

São 140.976 pessoas idosas acompa-nhadas pela PPI no Brasil, além de 112.132famílias. Ao todo, são 18.176 líderes co-munitários fazendo esse trabalho em4.688 comunidades, tendo ainda o envol-vimento de 1.338 paróquias, 189 dioce-ses e 842 municípios.

Espero agora com o Arcebispo respon-sável no Brasil pela Pastoral da PessoaIdosa que aumentem os líderes, apoiadospelos párocos.

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Liturgia PE. MAURÍCIO GOMES DOS ANJOSReitor do Seminário Propedêutico São João Maria Vianney

Coordenador da Comissão de Liturgia

O Sentido Missionário da LiturgiaO Sentido Missionário da LiturgiaO Sentido Missionário da LiturgiaO Sentido Missionário da LiturgiaO Sentido Missionário da LiturgiaMane Nobiscum DomineMane Nobiscum DomineMane Nobiscum DomineMane Nobiscum DomineMane Nobiscum Domine

COMISSÃO LITÚRGICA:[email protected] / (41) 2105-6363./ Coordenação: Pe. Maurício Gomes dos Anjos.

A inspiração para este artigo está emum dos últimos textos do Papa São JoãoPaulo II, intitulado Mane Nobiscum Domi-ne (Fica Conosco, Senhor).

Trata-se de uma carta apostólica data-da de 7 de outubro de 2004, sobre o anoda Eucaristia. Para muitos é um verdadeirotestamento deste grande Papa, revelandoo sentido da Eucaristia como fonte e ápiceda vida e da missão da Igreja.

A escolha do título desse artigo baseia-se tanto na carta apostólica citada anteri-ormente, como no próprio texto de Lc24,13-35, que refere-se aos discípulos deEmaús.

Essa passagem contém elementos es-senciais para uma verdadeira celebração li-túrgica. Trata-se de um texto bíblico funda-mental para entendermos o esquema pro-to-litúrgico: palavra – banquete.

Afirmou João Paulo II que os dois discí-pulos que se dirigiam a Emaús no dia da res-surreição estavam “carregados de tristespensamentos, não imaginavam que aqueledesconhecido fosse precisamente o seuMestre, já ressuscitado. Mas sentiam ‘ar-der’ o seu íntimo (cf. Lc 24,32), quando Elelhes falava explicando as escrituras. A luzda palavra ia dissipando a dureza do seucoração e ‘abria-lhes os olhos’ (Mane No-biscum Domine, 1).

Observemos alguns elementos impor-tantes a serem destacados neste texto:

1. São dois os discípulos que estão a ca-minho, o mínimo para se constituir uma ver-dadeira comunidade. “Onde dois ou três es-tiverem reunidos em meu nome eu estareino meio deles” (Mt 18,20). Portanto, háuma comunidade reunida a caminho.

2. Eles saem de Jerusalém sem crer quelá é o lugar da vitória de Cristo. Caminhamsem rumo, sem sentido, abandonam o pro-jeto de Deus. “Ao longo do caminho dasnossas dúvidas, inquietações e, às vezes,amargas desilusões, o divino viajante con-tinua a fazer-se nosso companheiro paranos introduzir, com a interpretação das Es-crituras, na compreensão dos mistérios deDeus” (Mane Nobiscum Domine, 2).

3. Conversavam e, cegos, não perce-bem que Jesus passa a caminhar com eles.Jesus pergunta: o que ides conversandopelo caminho? O texto bíblico diz que elespararam. Por que não respondem ao Se-nhor caminhando? Porque o encontro comCristo exige tempo de escuta e de atençãoao Senhor.

4. O tema central da conversa é a mor-te de Jesus e a resposta dos discípulos é umverdadeiro Kerigma – palavra de origemgrega que significa anúncio gracioso queproduz alegria, tanto para quem anunciaquanto para quem escuta.

5. Elementos principais de um Kerig-ma: 1º Jesus é o enviado, o filho de Deus;2º Jesus padeceu com sua morte, pagounossos pecados; 3º Jesus ressuscitou dosmortos e nos convida a passar da mortepara a vida.

6. No anúncio dos discípulos de Emaús,estão presentes todos os elementos ante-riores, mas falta algo para que se constituaum verdadeiro kerigma: a alegria e a fé. Osdiscípulos até falaram da ressurreição, masnão acreditaram. Assim, aprende-se que,por mais belo que seja o discurso sobre Je-sus, caso não se creia Nele, não produz umaverdadeira conversão.

7. Mais tarde irão perceber que a pró-pria mudança física já era um sinal: “Não esta-va ardendo o nosso coração...” (Lc 24, 32).

8. Como se dá o reconhecimento do Se-nhor? Como ocorre? 1º Apresenta-se uminstrumento para suscitar a fé na ressurrei-ção: a Sagrada Escritura; 2º Apresenta-seoutro instrumento: o pão. Aqui está o es-quema proto-litúrgico: palavra – banquete,já referido anteriormente. “Por entre assombras do dia, que findava e a obscurida-de que pairava na alma, aquele viajante eraum raio de luz que fazia despertar a espe-rança e abria os seus ânimos ao desejo deluz plena. ‘Fica conosco’ – suplicaram. E eleaceitou. Pouco depois, o rosto de Jesus te-ria desaparecido, mas o Mestre ‘permane-ceria’ sob o véu do ‘pão partido’, à vista doqual seus olhos se abriram” (Mane Nobis-cum Domine, 1).

9. Depois que parte o pão, Jesus desa-parece para a comunidade, para os dois dis-cípulos, pois agora ele está presente em doissinais: na Palavra e na Eucaristia. Basta mer-gulhar neste mistério, no véu do sacramen-to para sentir o Cristo presente em nossomeio. “Quando o encontro se torna pleno,a luz da Palavra segue-se à luz que brotado ‘Pão da Vida’, pelo qual Cristo cumprede modo supremo sua promessa de ‘estarconosco todos os dias até o fim do mundo’(cf. Mt 28, 20)” (Mane Nobiscum Domine,2).

Quais são as consequências do encon-tro com Jesus?

Algumas consequências são eviden-tes, seguindo o próprio texto bíblico.

1. A Palavra e a Eucaristia mudaramcompletamente a direção e a vida dos dis-cípulos. Diz o texto que eles imediatamen-te se levantaram e voltaram correndo paraJerusalém (Lc 24, 33). O encontro com Cris-to, continuamente aprofundado na Palavrae na Eucaristia, suscita na Igreja e em cadacristão a urgência de testemunhar e evan-gelizar.

2. Para tal missão, a Eucaristia oferecenão apenas a força interior, mas também oprojeto salvífico de: a) dar graças; b) do ca-minho da solidariedade; c) e do serviço aosúltimos.

a) Dar graçasA Eucaristia é ação de graças que lem-

bra que a realidade humana não se justifi-ca sem a referência ao Criador. Em Jesus,no seu “sim”, está o “sim”, o “obrigado” e o“amém” da humanidade inteira. A Igreja échamada a recordar aos homens essa gran-de verdade. A Eucaristia é remédio contraa autossuficiência do ser humano.

b) O caminho da solidariedadeA Igreja renova continuamente na ce-

lebração eucarística a sua consciência de ser“sinal e instrumento” não só da íntima uniãocom Deus mas também da unidade de todoo gênero humano (LG 1). A Eucaristia é umagrande escola de paz, onde se formam ho-mens e mulheres que, em variados níveisde responsabilidade na vida social, cultural,política, se fazem tecedores de diálogo e decomunhão.

c) O serviço aos últimosNa Eucaristia, o nosso Deus manifestou

a forma extrema do amor, invertendo to-dos os critérios de domínio que muitas ve-zes regem as relações humanas e afirman-do de modo radical o critério do serviço.

Ao inclinar-se para lavar os pés dos seusdiscípulos, Jesus explica de forma inequívo-ca o sentido da Eucaristia, enquanto servi-ço aqueles que mais necessitam. Com baseno critério do amor mútuo e, em particular,da solicitude por quem passa necessidade,será comprovada a autenticidade das nos-sas celebrações eucarísticas.

3. De uma crise de fé, vivida pelos dis-cípulos, e mesmo diante do medo da escu-ridão e da noite, dos caminhos perigosos,agora com a força interior do encontro como Cristo ressuscitado, eles voltam para Je-rusalém. Ensinam-nos que é preciso ven-cer os medos, as crises, por meio dos si-nais (Palavra e Eucaristia) para irmos paraJerusalém, nossa casa, nossa vida, nossamissão.

4. A missão conduz à Eucaristia e a Eu-caristia alimenta e reenvia o cristão para amissão evangelizadora.

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Arquidiocese de Curitiba | Junho 20156

Animação Bíblico-Catequética PE. LUCIANO TOKARSKICoordenador da Pastoral Catequética

A INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ NAA INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ NAA INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ NAA INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ NAA INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ NAARQUIDIOCESE DE CURITIBAARQUIDIOCESE DE CURITIBAARQUIDIOCESE DE CURITIBAARQUIDIOCESE DE CURITIBAARQUIDIOCESE DE CURITIBA

10 ANOS DE ESTUDO10 ANOS DE ESTUDO10 ANOS DE ESTUDO10 ANOS DE ESTUDO10 ANOS DE ESTUDO, REFLEXÃO E AÇÃO!, REFLEXÃO E AÇÃO!, REFLEXÃO E AÇÃO!, REFLEXÃO E AÇÃO!, REFLEXÃO E AÇÃO!Os documentos magisteriais, ao longo do caminhar pós-conciliar, pe-

diram uma nova metodologia para a iniciação à vida cristã. Uma inicia-ção mais celebrativa e bíblica, menos sacramentalista e instrutiva. Oessencial é proporcionar no interlocutor a experiência do mistério deJesus Cristo para que ele acolha e encante-se na firme adesão ao Mestre.

Ao longo dos anos, todos os elementos dos documentos eclesiaisforam pensados e inseridos no itinerário catequético da arquidiocesede Curitiba. Hoje temos um itinerário definido: gradual, querigmático,vivencial, celebrativo e essencialmente bíblico.

ORIENTAÇÕES DOS DOCUMENTOS MAGISTERIAIS SOBRE A INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃConcílio Vaticano II

“Restaure-se o catecumenato dosadultos, com vários graus, a praticar se-gundo o critério do Ordinário do lugar,de modo que se possa dar a conveni-ente instrução a que se destina o cate-cumenato e santificar este tempo pormeio de ritos sagrados que se hão decelebrar em ocasiões sucessivas” (SC64).

“Aqueles que receberam de Deuspor meio da Igreja a fé em Cristo sejamadmitidos ao catecumenato, mediantea celebração de cerimônias litúrgicas”(AG 14).

“Esforcem-se também por estabele-cer ou organizar melhor a formação doscatecúmenos adultos” (CD 14).

Documento de Aparecida“ N e n h u m a

comunidade deveisentar-se de en-trar decididamen-te, com todas asforças, nos pro-cessos constantesde renovaçãomissionária e deabandonar as ul-

trapassadas estruturas que já não fa-voreçam a transmissão da fé” (DAp365). A Igreja deve colocar-se em “esta-do permanente de missão” (DAp 551).

“Uma comunidade que assume ainiciação cristã renova a sua vida comu-nitária e desperta seu caráter missio-nário” (DAp 291).

“A paróquia precisa ser lugar ondese assegure a iniciação cristã” (DAp293).

Diretório Nacional de Catequese“É a inspiração

catecumenal quedeve iluminarqualquer proces-so catequético”(DNC 45).

“Diante da im-portância de seassumir uma ca-tequese de feição

catecumenal, é necessário rever, profun-damente, não apenas os ‘cursos de Ba-tismo e de noivos’ e outros semelhan-tes, mas todo o processo de catequeseem nossa Igreja, para que se pautempelo modelo do catecumenato” (DNC50).

“A coordenação diocesana da cate-quese, formada por uma equipe (bis-pos, padres, diáconos, religiosos e ca-tequistas) assume a tarefa de efetivaros compromissos assumidos em nívelnacional e aprovados pela CNBB, entreeles a elaboração ou renovação do Dire-tório Diocesano de Catequese” (DNC 327).

Comunidade de Comunidades:uma nova paróquia

“Para que ascomunidades se-jam renovadas,devem ser casade Iniciação à vidacristã, onde a ca-tequese há de seruma prioridade.(...) Um dos gran-des desafios da

pastoral paroquial é fazer com que osmembros das comunidades cristãs per-

cebam o estreito vínculo que há entreBatismo, Confirmação e Eucaristia”(CNBB 100,268).

“Pretende-se passar da catequesecomo mera instrução e adotar a meto-dologia ou processo catecumenal, con-forme a orientação do Ritual da Inicia-ção Cristã de Adultos e do DiretórioNacional de Catequese. Nesse sentido,padres, catequistas e a própria comu-nidade precisam de uma conversão pas-toral para rever a catequese de adul-tos, jovens, adolescentes e crianças. Éindispensável seguir os tempos e as eta-pas do catecumenato e propor, mesmopara os membros da comunidade, umaformação catecumenal que percorra osprocessos da iniciação, desde o querig-ma e conversão, até o discipulado, acomunhão e a missão” (CNBB 100, 269)

O eixo norteador que conduz o itinerárioarquidiocesano de iniciação à fé é a “inspira-ção catecumenal” (DNC 45). Trata-se de umcaminho percorrido com etapas, metas, cele-brações, ritos de passagem, momentos cele-brativos, atividades evangélico-transforma-doras e experiência com a Palavra de Deus. Éum processo de “preparação e acolhimentodos mistérios da fé” (DNC 37).

Diretório Arquidiocesanoda Iniciação à Vida Cristã

Após 10 anos de um processo parti-cipativo de reflexão, foi promulgado oDiretório com um itinerário permanen-te de inspiração catecumenal e orien-tações pastorais preciosas, motivandoe convocando a todos para a implanta-ção das propostas ali contidas, a fim deconsolidar um processo de conversãopastoral.

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COMISSÃO DA ANIMAÇÃO BÍBLICO-CATEQUÉTICA: [email protected]

Fones: 2105-6318./ Coordenação: Pe. Luciano Tokarski. Assessoria: Regina Fátima Menon.

ESCOLA DE AGENTES DESCOLA DE AGENTES DESCOLA DE AGENTES DESCOLA DE AGENTES DESCOLA DE AGENTES DA PA PA PA PA PASTORAL DO BAASTORAL DO BAASTORAL DO BAASTORAL DO BAASTORAL DO BATISMOTISMOTISMOTISMOTISMO

Parafraseando Martin Luther King, se a Iniciação à Vida Cristã que a Comissão Bíblico-Catequética sonha forum ideal só dela, será apenas um sonho; mas se for também o sonho de muitos, será o começo da realidade.

Os recentes documentos da Igreja e a nova evangeli-zação pedem uma nova postura eclesial na preparaçãode pais e padrinhos. Uma proposta que vai além de uni-camente expor elementos doutrinais aos interlocutores,mas conduzi-los, de forma acolhedora e celebrativa, àintimidade com o Senhor, despertando o desejo de parti-lhar, orar e viver a fé batismal em comunidade.

Nestas últimas décadas, como Igreja, percebemos quegeramos muitos cristãos batizados e poucos cristãos evan-gelizados, com uma proposta de pastoral estritamentesacramentalista. O Papa Francisco nos interpela que comoestá não pode ficar: cresceu o número de pais que nãomais batizam os seus filhos nem os ensinam a rezar (cf.EG 70).

Por isso as reflexões da arquidiocese de Curitiba fo-ram centradas na preocupação em estabelecer uma novametodologia na preparação de pais e padrinhos: gradu-al, mística, com acolhida diferenciada, visitas às famílias,além de encontros celebrativos e personalizados. Essanova metodologia vem sendo estudada e consolidada emnossas comunidades.

Nestes anos de reflexão, algumas ações se destacam:a realização de um plenário formativo para esclarecer dú-vidas da nova metodologia, cursos de formação no IAFFEpara os agentes da Pastoral do Batismo, visitas nos seto-res pastorais e paróquias e, no último dia 09 de maio, aprimeira etapa da Escola de agentes da Pastoral do Ba-tismo.

Essa Escola de agentes pretende:* Despertar nos agentes da Pastoral do Batismo a mís-

tica da catequese batismal e a consciência de que sãodiscípulos missionários e anunciadores do Reino.

* Fornecer os fundamentos teológicos e pastorais paraos agentes na preparação de pais e padrinhos, emvista de maior vivencialidade, criatividade e dinamici-dade na prática pastoral.

* Consolidar a personalização na preparação de pais epadrinhos para o batismo de crianças, com agentesbem preparados para a missionariedade desse minis-tério.Podemos afirmar que nossos objetivos foram alcan-

çados no dia 09 de maio, com 120 agentes participandode momentos orantes, momentos com a Palavra, mo-mentos de trabalhos em equipe, momentos formativos.Esses mesmos agentes participarão da segunda etapa nodia 08 de agosto.

A Escola de agentes será repetida anualmente, sem-pre em duas etapas, em datas divulgadas previamente.

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Especial

E A E A E A E A E A EDUCAÇÃOEDUCAÇÃOEDUCAÇÃOEDUCAÇÃOEDUCAÇÃO,,,,,“Amo a escola, porque ela é sinônimo de abertura à

realidade, porque é um ponto de encontro e porque educa deverdade. Na escola aprendemos não só conhecimento, mastambém hábitos e valores. A educação não pode ser neutra

porque enriquece ou empobrece”Papa Francisco

Pensando nas palavras do nossoPapa, no fato de que estamos no ANODA PAZ e que precisamos nos posicio-nar tanto como Igreja, quanto comocidadãos, é impossível não refletir so-bre o ocorrido em 29 de abril na Capi-tal do Paraná. O confronto entre pro-fessores, alunos, funcionários (e talvezpessoas “infiltradas”) com a PolíciaMilitar assustou muita gente, causoucomoção e medo.

Não é possível julgar o certo ou oerrado, não somos, juízes, não somosDEUS, mas é possível dizer que violên-cia não. Na escola e em casa costumodizer para as crianças: quem bate per-de a razão, então, controle-se!

Claro que uma Secretaria de Esta-do de Educação não é nem um poucofácil administrar. No Paraná são maisde 150 000 funções docentes e dessas,em torno de 80 000 estão na Rede Es-tadual, além de todos os funcionáriosnecessários para manutenção da infra-estrutura de cada unidade. Leve-se emconta ainda as peculiaridades dos ní-veis de ensino e das diversas regiõescom características muito próprias.

Qualquer mudança toma proporçõesenormes. Conversar com tanta genteexige muita abertura e organização,mas o verdadeiro diálogo, que emborase desenvolva a partir de pontos de vis-ta diferentes, supõe um clima de boavontade e compreensão recíproca.

A educação precisa ser um proces-so contínuo que possibilite aos indiví-duos alcançarem suas potencialidadesao longo da vida, precisa formar inte-gralmente e desenvolver o espírito re-flexivo da criança e do jovem para quepossam conviver na sociedade comosujeitos conscientes e participativos.

A tensão criada entre o magistérioestadual e o governo faz parecer queestão em lados opostos quando na ver-dade estamos todos no mesmo lugar,buscando o mesmo caminho e queren-do cada vez mais condições de exce-lência e qualidade para nossos alunos.

Está na hora da sociedade dar pas-sos no sentido de buscar uma harmo-nia maior no relacionamento huma-no. Somos todos filhos do mesmoPAI que nos quer em comunhão comos irmãos.

Voz da Igreja - O fato de 20 deputa-dos terem votado contra o governo,não seria um indicativo de revisão doprojeto?

Beto Richa - O projeto da Previdên-cia enviado e aprovado pela Assembleiaé fruto de ampla discussão com servi-dores, entidades da sociedade civil ecom outros poderes. Houve máximatransparência sobre o tema nesses de-bates, com cálculos e todas as infor-

mações sobre o sistema previdenciáriodo estado à disposição da comunida-de. Diversas reuniões foram realizadas.Portanto, houve, sim, uma revisão doprojeto original, no sentido de aperfei-çoá-lo, sem perder a responsabilidade.O que há é apenas uma alteração noplano de custeio de aposentados e pen-sionistas. E o estado continua sendo oresponsável maior pelo pagamento des-ses benefícios. Mesmo com a mudan-

ça, o estado continuará gastando R$380 milhões por mês com o pagamen-to de 106 mil aposentados e pensionis-tas. E a contribuição dos servidores con-tinuará sendo de R$ 75 milhões pormês.

Voz da Igreja - Segundo depoimen-tos, a mudança aplicada pelo governo“não é a ideal”, porque gasta “recursosque deveriam ser absolutamente pre-

A Revista Voz da Igreja foi ouvir o Governador Beto Richae a presidente do APP-Sindicato, Marlei Fernandes

para saber: E a educação, como fica?

GOVERNADOR BETO RICHA

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COMOCOMOCOMOCOMOCOMO FICA? FICA? FICA? FICA? FICA?

ELAINE ESMANHOTTO BARETAPsicopedagoga

www.elaine.educa.inf.br

Arquidiocese de Curitiba | Junho 2015 9

protestando, o que é saudável para ademocracia. Mas, havia uma minoria,pessoas estranhas ao movimento dosprofessores, disposta à provocação, aoconfronte, ao conflito, ao quanto pior,melhor. Isto é lamentável. O que a Polí-cia fez foi proteger uma instituição de-mocrática, para que não acontecessecomo da outra vez, com deputados im-pedidos de cumprir suas funções, devotar projetos, o que é básico da de-mocracia. O que assisti não faz partede meu estilo de governo, e todos sa-bem disto. O governo, os sindicalistase inclusive esses grupos de infiltradosdevem um pedido de desculpa à socie-dade brasileira. Mas, não se podetransgredir em relação a ameaças con-tra a democracia, contra o funciona-mento dos poderes instituídos. A ver-dade é que o confronto nunca é dese-jável. Principalmente para quem, comoeu, cultiva valores éticos e cristãos. Sem-pre acreditei que o respeito às ideiasdivergentes é um dos pilares da demo-cracia e não posso concordar jamaiscom atitudes que coloquem em risco avida de alguém. Venham de onde vier,

a violência e a intolerân-cia são sempre condená-veis.

Voz da Igreja - E aeducação, como fica?

Beto Richa - Não hou-ve e não há um motivoclaro, objetivo, para agreve dos professores anão ser o político/parti-dário de suas lideranças.Sempre demonstrei omeu respeito pela cate-goria e assim continua-rei. Nos primeiros quatroanos de governo, alémda contratação de milha-res de profissionais, dei63,6% de aumento paraa categoria (pagamosum salário de R$ R$3.194,71, bem acima doPiso Nacional do Magis-tério, de R$1.917,78,para uma jornada de 40

horas por semana de trabalho). Nossosalário médio é de R$ 4,6 mil. Além dis-so, ampliamos a hora-atividade em 75%(professor do padrão de 20 horas fica-va quatro horas fora da sala corrigindoprovas e preparando aulas. Hoje, ficasete horas fora da sala). Em 2014, in-vestimos 37,6% das nossas receitas emeducação básica e superior, quando aConstituição Estadual nos impõe um ín-

servados”. Diante disso, o governo nãoprevia uma situação de desconforto degestão, pessoal e política?

Beto Richa - Parece que há pessoas,equivocadas ou mal intencionadas, quenão querem ouvir o que vou repetir pelaenésima vez: o projeto aprovado nãoaltera em nada o pagamento dos pro-ventos para aposentados e pensionis-tas. Ele garante recursos e a sustenta-bilidade da previdência, além de uma

gestão democrática. Esta nova previ-dência faz parte de um pacote de pro-jetos que estamos propondo para equi-librar as finanças e recuperar a capaci-dade de investimento do estado. Nãovejo problema em desconforto pessoalou político. Eu sabia do risco que esta-va correndo de colocar minha imagem po-lítica nessa situação. Algumas medidas po-dem ser impopulares, mas são fundamen-tais, imprescindíveis e inadiáveis para onosso estado. Por isto, peço compre-ensão dos paranaenses. O Paraná pre-cisa do esforço e do compromisso decada um de nós para seguir adiante.

Voz da Igreja - O Papa Francisco dizque “Entre a indiferença egoísta e o pro-testo violento, há sempre uma opçãopossível: o diálogo”. Diante destas pa-lavras, o diálogo não seria o melhor ca-minho para resolução do problema? Oque está sendo feito após a aprovaçãodo projeto Paranaprevidência?

Beto Richa - Sempre fui um homemcristão, do diálogo e do respeito às pes-soas, e concordo absolutamente com oPapa Francisco. E gostaria de deixarmuito claro que meu go-verno, em todas as instân-cias, nunca se negou aodiálogo, à ponderação,que seriam, sim, o melhorcaminho para a resoluçãodo problema. Porém, o di-álogo pressupõe disposi-ção de seu interlocutor, oque nunca houve por par-te das lideranças sindicaise partidárias inseridas nomovimento dos professo-res. Depois da aprovaçãodo projeto da Previdênciacontinuamos abertos aodiálogo. Mas, friso, as li-deranças sindicais de-monstram aversão ao di-álogo, mesmo sabendo dasituação financeira difícilde todos os estados e dogoverno federal, provoca-da, aliás, pela má condu-ção da política econômi-ca pelas autoridades fede-rais.

Voz da Igreja - Ao todo 213 pessoassaíram feridas do confronto. A grandemaioria estava protestando pacifica-mente. O que o governo tem a dizerpara essas pessoas?

Beto Richa - Repito o que falei deoutras vezes: o mais ferido sou eu, feri-do na alma. Nada apagará da minhaalma a tristeza que sinto com este epi-sódio lamentável. Havia uma maioria

“Falar bem deeducação, deprofessor, todosfalam. É bonito,dá votos. Mas nósefetivamentefizemos umgrande esforçofinanceiro paravalorizar nossosprofessores,funcionários e a

educação...”

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dice mínimo de 30%. Esse investimen-to adicional representou mais R$ 1,8 bi-lhão aplicados na educação no ano pas-sado. Falar bem de educação, de pro-fessor, todos falam. É bonito, dá votos.Mas nós efetivamente fizemos um gran-de esforço financeiro para valorizar nos-sos professores, funcionários e a edu-cação como um todo. Eu confio emDeus que um dia este esforço será re-conhecido não só pelos professores,mas por todas as pessoas de bem.

PROFESSORA MARLEIFERNANDES - PRESIDENTA

DA APP-SINDICATOVoz da Igreja - O APP alegou diver-

sas vezes que a mudança no Parana-previdência era inconstitucional. Por-que então, o Sindicato não buscou me-didas legais ao invés de correr o riscode um confronto?

APP-Sindicato - Todas as medidas jáestão sendo tomadas. Primeiro nós fi-zemos todo um acompanhamento, in-dicamos ao Governo que havia incons-titucionalidade, por isso nós fizemostodas as tentativas de que o Governoretirasse a proposta. Fomos impedidosnesse segundo momento, nos dias 27,28 e 29 por todo o aparato policial, nãoconseguimos nem conversar com osdeputados da Assembleia Legislativa, oque era um direito nosso. Agora há nanossa avaliação dois motivos de incons-titucionalidade:

1 – Nulidade da seção que aconte-ceu sob o forte aparato policial e sobpressão;

2 – Próprio projeto de lei, que em-bora o próprio Governo descaracteri-ze, nós sabemos que ele tem tecnicamen-te, indícios de inconstitucionalidade.

Essas providências estão sendo to-madas pelo Comitê 29 de Abril, que é ocomitê criado por várias comissões dedireitos humanos, advogados, movimen-tos sociais e também pelo Fórum das Enti-dades Sindicais. Nós vamos ingressar najustiça, tanto no Tribunal de Justiçaquanto no Supremo Tribunal Federal.

Voz da Igreja - Antes da aprovaçãodo projeto do Paranaprevidência, oAPP-Sindicato dos Trabalhadores emEducação Pública do Paraná, foi chama-do diversas vezes para o diálogo. OPapa Francisco diz que “Entre a indife-rença egoísta e o protesto violento, hásempre uma opção possível: o diálogo”.Diante destas palavras, o diálogo nãoseria o melhor caminho para evitar osconfrontos ocorridos no dia 29 de abril?

APP-Sindicato - Nós temos que con-cordar com o Papa Francisco que defato, o diálogo é o melhor caminho. Nósencerramos a primeira greve no dia 9de março e retornamos às escolas. OGoverno se comprometeu em fazer umamplo debate conosco, antes de man-dar qualquer proposta, o que ele já nãofez. No dia 19 de março ele apresentouà imprensa e apresentou ao Fórum de

Servidores o que ele pensava em fazer.Não apresentou a proposta de lei. Tan-to que nós dissemos “o que vocês es-tão apresentando, nós não concorda-mos”. Na semana seguinte, no final demarço, nós continuamos dizendo “nãoconcordamos com a proposta do Go-verno”. Fomos em duas reuniões com odeputado Romanelli e reafirmamos“não concordamos com a proposta doGoverno”, apresentamos uma série depropostas que nós sem-pre defendemos, desde1998. O Governo entãoinsistiu em caminharpara a Assembleia Legis-lativa. O que rompeu de-finitivamente com todoo processo de negocia-ção foi o chamado “pe-dido de urgência”. Na úl-tima semana de abril oGoverno pediu que sevotasse em regime de ur-gência, não nos deu maiscondições de fazer o pro-cesso de negociação, dis-se que havia chegado aoseu limite. O desrespeito eo diálogo foi quebrado porparte do Governo do Es-tado.

Voz da Igreja - Quaisas orientações passadasaos professores pelo APP durante oconfronto com a polícia, já que houvemais de 200 feridos?

APP-Sindicato - Nós fizemos todosos esforços, nós protocolamos um ofí-cio ao Governo do Estado no dia 27,tanto ao Governador quanto ao Presi-dente da Assembleia Legislativa, paraque reabrissem o diálogo e não votas-sem naquela semana, para que nós pu-déssemos voltar a conversar. Nada dis-so foi possível.

No momento então que iniciou oconfronto, a nossa orientação foi sem-pre de recuo, o que era praticamenteimpossível. As pessoas já estavam al-vejadas, com spray de pimenta nosolhos. O policiamento foi muito osten-sivo, pois ninguém atirava da cinturapra baixo como é indicado. Havia mui-tas pessoas feridas nos olhos, na cabe-ça e tórax. Foi um massacre total. Hou-ve mais 240 pessoas atendidas na Pre-feitura e pelas ambulâncias que chega-vam. Mas muitas pessoas foram embo-ra de ônibus completamente machuca-das, queria voltar às suas casas. As pes-soas não estavam feridas somente nocorpo, as pessoas ficaram feridas na suaalma e estão até hoje. Estamos come-çando, inclusive um trabalho de aten-dimento psicológico através do Sindi-cato de Psicologia, da Cáritas e de vári-os outros movimentos que irão nos aju-dar nesse período de recuperação.

Voz da Igreja - Com a nomeação danova Secretaria de Educação, já é pos-sível perceber mudanças? Em relação

aos alunos, quais as medidas que se-rão tomadas ao final da greve e o quevocês têm a dizer?

APP- Sindicato - A troca pela pro-fessora Ana Seres, ela mostrou inicial-mente, uma abertura ao diálogo, masno último dia 12, quando ela tambémestava na reunião de negociação com asecretária da Administração Dinorá,mostrou-se que nenhuma das duas ti-nha poder de decisão. Isso causa um

estranhamento total, por-que o Governo coloca namesa de negociação pesso-as que não têm hoje, detrazer nenhuma propostaefetiva para o movimento.Por isso retornamos numato no dia 19, solicitandoa reabertura das negocia-ções, diante das medidasdo Governo, para que pos-samos chegar a um enten-dimento.

Nós temos conversadomuito com pais e mães.Nós fizemos várias reuni-ões nessa última semana,diante das colocações doGoverno que nós não va-mos cumprir o calendário.Nós queremos voltas paraas escolas, estamos bastan-te preocupados com o pe-ríodo letivo. Temos certe-

za de que ainda há tempo para se re-solver e ter um calendário que se pos-sa ter uma aula há mais por dia, quevocê possa equacionar até a véspera doNatal para que se consiga fechar o anoletivo com todos os conteúdos sem ne-nhum prejuízo. O ensinamento que ti-ramos dessas duas greves são os depo-imentos de alunos dizendo que estãoaprendendo a lutar. Acho que isso subs-titui qualquer conteúdo de sala de aula.

Voz da Igreja - E a educação, como fica?APP- Sindicato- Historicamente, nós sempre tive-

mos dificuldades na educação pública.É a condição de você ter um Brasil me-lhor, de você dar um futuro para essasgerações. A educação é uma condição,é um direito. Uma condição de você terum ensino fundamental e médio comqualidade. Então essa luta, não é ape-nas uma luta de salários. Porque se nósnão vemos as pessoas querendo serprofessores, é porque eles não veemperspectivas na carreira, porque elesveem uma sala de aula superlotada, umdesajuste social. O trabalho da educa-ção nesse sentido é a longo prazo. Fa-zer nossos meninos e meninas teremmais solidariedade, mais amor, mais ca-rinho. Nós temos que pensar então nes-sas gerações. A educação no nosso paísmelhorou no aspecto da oferta, doatendimento, mas ainda tem muita coi-sa pra ser feita. Nós queremos de fato,estar na escola e desempenhar nossopapel que é a perspectiva de um mun-do melhor para todo mundo.

“O ensinamentoque tiramosdessas duasgreves são osdepoimentos dealunos dizendoque estãoaprendendo alutar. Acho queisso substituiqualquer conteúdo

de sala de aula.”

As entrevistas na íntegra estão disponíveis em: http://arquidiocesedecuritiba.soprodiocesano.com.br/?p=1713

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Arquidiocese de Curitiba | Junho 2015 11

Juventude

“T“T“T“T“Toma e Lê” – oma e Lê” – oma e Lê” – oma e Lê” – oma e Lê” – Educação e Fé CristãEducação e Fé CristãEducação e Fé CristãEducação e Fé CristãEducação e Fé Cristã

MATHEUS CEDRIC GODINHO Professor e coordenador da Pastoral Universitária

da Arquidiocese de Curitiba.

SETOR JUVENTUDE: [email protected](41) 2105-6364 / 2105-6368 / Assessor Eclesiástico: Pe. Waldir Zanon Junior.

Frequentemente o tema “educação”reassume as manchetes dos noticiári-os. Infelizmente, em geral, o assunto éenvolto por ares de frustração e desâ-nimo. A crise das estruturas educacio-nais, bem como da função de educa-dor, parece ter se tornado um proble-ma crônico muito complexo, onde so-bram opiniões, mas falta verdadeiravontade política e engajamento paramudanças concretas.

Diante de tantas realidades depri-mentes que envolvem a escola parece-nos que educação é privilégio de pou-cos e vocação para alguns. No entanto,uma visão mais ampla do que seja oprocesso educativo pode nos ajudar aencontrar algumas possíveis saídas paraesse problema. Neste aspecto, a fé cristãpode ser um farol importante para ailuminação das consciências.

O título deste texto “Toma e Lê” serefere ao famoso relato da conversãode Santo Agostinho de Hipona. Em seulivro “Confissões”, Agostinho narra queestando um dia no jardim de sua casaouviu como que um coro de criançasque repetia: “Toma e Lê!”. Ele não hesi-tou em interpretar esta fala como umamensagem do próprio Deus e procu-rando o texto bíblico que lhe esta-va mais acessível, leu com atençãoum versículo de uma das Cartas dePaulo. Este momento foi um marcono seu encontro com Cristo e determi-

nou todo o processo de sua conversão.Quando ouvimos esta história, em ge-

ral nos focamos no poder de Vida quepossuem os textos da Sagrada Escritura.Mas se nos propomos a olhar sob outraótica este mesmo relato, podemos ressal-tar na vida de Agostinho o papel essenci-al que teve o simples ato de ler. A leiturafoi o principal meio utilizado por Deuspara que a graça da Palavra penetrassena vida daquele homem e o tornasse umdos maiores pensadores (e santos!) quea humanidade já conheceu.

O processo educacional, portanto, nãose limita a ser uma antessala do mercadode trabalho. Educar, embora também en-volva a capacitação profissional, transcen-de nossas necessidades materiais, pois éum longo processo de construção huma-na, de desenvolvimento das virtudes, deabrir-se às necessidades dos outros e decompreender qual nosso lugar e missãono mundo. Para nós, cristãos, o campoda educação é também espaço para oencontro com Deus, pois é nessa relaçãoque nos compreendemos verdadeiramen-te enquanto humanos.

Mas então, voltamos ao ponto inicial:conseguimos entender a importância daeducação, mas como podemos, de fato,melhorá-la? Não seria isso atribuição ex-clusiva dos governos? Ora, dentro da pers-pectiva da fé, obviamente não! Cristo nosmotiva a assumirmos à luz do Evangelho,todas as dimensões que dizem respeito à

nossa dignidade e a dos irmãos. As-sim, comecemos por nós a resgatar-mos no processo educativo o valor ea transcendência que lhe são ineren-tes.

Aos que são responsáveis pelascrianças e pelos jovens cabe estimu-lar neles a capacidade de ver a esco-la como este espaço de “encontro”com Deus, com o próximo e consigomesmo. Façam com que eles perce-bam o valor de cada disciplina estu-dada. Participem das reuniões esco-lares de seus filhos. Não abram mãode eventos e debates que falem so-bre a educação. Valorizem, defendame promovam os professores. Enfim,leiam! Permitam-se crescer intelectu-almente e busquem se aprofundarna fé e em tudo o que é verdadeiro,bom e belo. Isso também é ser cris-tão!

Cada um de nós é responsávelpela herança intelectual deixada porAgostinho e por tantos outros ho-mens e mulheres de fé, que soube-ram encontrar no dom da razão overdadeiro espaço para a vivência deuma espiritualidade madura. Ecoahoje, também em nossos ouvidos,aquela ordem dada ao santo de Hi-pona. Porém, ainda com mais desdo-bramentos que antes: Toma e lê! Lêe educa! Educa e transforma... Pede-nos o Senhor!

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Arquidiocese de Curitiba | Junho 201512

Arquidiocese em Missão EQUIPE DO ANO MISSIONÁRIO

Um Um Um Um Um presbitériopresbitériopresbitériopresbitériopresbitério em saída em saída em saída em saída em saída

Durante o feriado de 01 demaio e o fim de semana que seseguiu a ele, a Paróquia Nossa Se-nhora da Visitação realizou ativi-dades missionárias, visitando inú-meras famílias do bairro Boquei-rão.

Com essa atividade, os missi-onários deram continuidade às di-versas ações que têm provocadotoda a comunidade paroquial a secolocar em saída, convertendosuas estruturas. A intenção primei-ra é a de ir ao encontro de todosos moradores, procurando viven-ciar com eles experiências deaprofundamento da Palavra de

Deus, criando as pequenas co-munidades de fé.

MissõesMissõesMissõesMissõesMissões em andamento em andamento em andamento em andamento em andamentoFotos: Paróquia Nossa Senhora da Visitação

“““““As missõesAs missõesAs missõesAs missõesAs missõesnos desinstalamnos desinstalamnos desinstalamnos desinstalamnos desinstalame nos colocame nos colocame nos colocame nos colocame nos colocammais próximosmais próximosmais próximosmais próximosmais próximos

do povo”do povo”do povo”do povo”do povo”

As atividades missionárias da Arqui-diocese de Curitiba têm ajudado os pa-dres a exercer seu ministério e viver suavocação? Essa pergunta foi feita pesso-almente a um grupo de presbíteros reu-nidos na Cúria Metropolitana para a reu-nião dos 15 coordenadores dos SetoresPastorais. Ali se encontravam os repre-sentantes das diversas comunidades pa-

roquiais de nossa Igreja Particular.As respostas foram as mais variadas,

e todas giraram em torno de de trêsverbos: redescobrir, refazer, reencon-trar. Com as missões, nos colocamos emsaída, conforme desejo de Nosso Se-nhor Jesus Cristo, que por diversas ve-zes ordenou aos seus apóstolos quefossem anunciar o que dEle mesmo ha-

viam recebido. A missão é um movi-mento constituinte do ser presbítero.Ser padre implica colocar-se com os pésna estrada e ir ao encontro daquelesque mais precisam. Essa postura revi-gora o sacerdócio, dá novas forças, ali-menta a fé e nos coloca de novo emsintonia com o Cristo Cabeça, do qualsomos chamados a ser presença.

“““““As atividadesAs atividadesAs atividadesAs atividadesAs atividadesdo Ano Missionáriodo Ano Missionáriodo Ano Missionáriodo Ano Missionáriodo Ano Missionário

nos convertemnos convertemnos convertemnos convertemnos convertempara a culturapara a culturapara a culturapara a culturapara a cultura

missionária – umamissionária – umamissionária – umamissionária – umamissionária – umaIgreja em Saída”Igreja em Saída”Igreja em Saída”Igreja em Saída”Igreja em Saída”

“““““As missões nosAs missões nosAs missões nosAs missões nosAs missões nostêm edificado comotêm edificado comotêm edificado comotêm edificado comotêm edificado como

padres. Estar empadres. Estar empadres. Estar empadres. Estar empadres. Estar empostura de saída nospostura de saída nospostura de saída nospostura de saída nospostura de saída nos

ajuda em nossoajuda em nossoajuda em nossoajuda em nossoajuda em nossoministério”ministério”ministério”ministério”ministério”

“Neste Ano“Neste Ano“Neste Ano“Neste Ano“Neste AnoMissionárioMissionárioMissionárioMissionárioMissionário

eu estoueu estoueu estoueu estoueu estourezandorezandorezandorezandorezando

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a ser maisa ser maisa ser maisa ser maisa ser maispadre, a estarpadre, a estarpadre, a estarpadre, a estarpadre, a estarmais próximomais próximomais próximomais próximomais próximodas pessoas”das pessoas”das pessoas”das pessoas”das pessoas”

“O povo está“O povo está“O povo está“O povo está“O povo estáredescobrindo a Predescobrindo a Predescobrindo a Predescobrindo a Predescobrindo a Palavraalavraalavraalavraalavra

e a está buscando”e a está buscando”e a está buscando”e a está buscando”e a está buscando”(Dom José P(Dom José P(Dom José P(Dom José P(Dom José Peruzzo)eruzzo)eruzzo)eruzzo)eruzzo)

ALGUMAS FRASESALGUMAS FRASESALGUMAS FRASESALGUMAS FRASESALGUMAS FRASESDITDITDITDITDITAS PELAS PELAS PELAS PELAS PELOS POS POS POS POS PADRES:ADRES:ADRES:ADRES:ADRES:

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DOM PEDRO LUIZ STRINGHINIFonte: site da CNBB

COMUNIDADE DE COMUNIDADES:COMUNIDADE DE COMUNIDADES:COMUNIDADE DE COMUNIDADES:COMUNIDADE DE COMUNIDADES:COMUNIDADE DE COMUNIDADES:UMA UMA UMA UMA UMA NONONONONOVVVVVA PA PA PA PA PARÓQUIAARÓQUIAARÓQUIAARÓQUIAARÓQUIA

Arquidiocese de Curitiba | Junho 2015 13

Dimensão Missionária

“É urgente que a paróquia se torne, cada vez mais,comunidade de comunidades vivas e dinâmicas dediscípulos missionários de Jesus Cristo” Doc.100 CNBB

“Saiamos, saiamos, para oferecer a todos a vida de JesusCristo” (Papa Francisco). É urgente uma conversão pastoraldas realidades de nossas paróquias, não se pode ficar esperan-

do que o rebanho vá ao pastor, é preciso sair de dentro dasacristia ao encontro das ovelhas mais perdidas.

1. O desafio da vida urbana. As paróquias hoje são, geralmente,

demograficamente densas, territorial-mente grandes. Vê-se, dessa forma, anecessidade de outras unidades eclesi-ais, além daquela que se reúne na igre-ja matriz.

2. O desafio da identidade. Uma comunidade eclesial será sem-

pre constituída levando em conta astrês dimensões fundamentais da vidada Igreja: palavra – liturgia – carida-de. A Palavra de Deus chega peloanúncio do evangelho e pela cate-quese em todos os níveis, na igreja.A caridade é o testemunho visívelde amor ao próximo, especialmen-te aos pobres. A vida litúrgica e de-mais aspectos da vida da Igreja têmseu centro na Eucaristia.

3. O protagonismo dos leigos. Cada cristão, isto é, cada

batizado, é a presença viva da Igre-ja no ambiente da sociedade ondeele vive, trabalha, se relaciona.Através do leigo, a Igreja se fazpresente nas realidades secula-res (presença do mundo no cora-ção da Igreja e presença da Igrejano coração do mundo).

4. Novas expressões.A Paróquia – com seu páro-

co, suas comunidades, pastorais e con-selhos – deve ser o lugar de acolhidadas novas realidades ou novas expres-sões da vida eclesial, como os movimen-tos, as novas comunidades, as comuni-dades de vida, as associações.

5. Novos métodos. Novo ardor e novas expres-

sões, no dizer de São João Pau-lo II, requerem novos métodos.A conversão pastoral requerabertura a realidades novas ea coragem de inovar e não fa-zer sempre as mesmas coisas,utilizando-se das mesmas es-truturas, muitas vezes ultra-passadas. Supõe também, eantes de tudo, conversão pes-soal, mudança de coração e devida, para, depois, sair de si eir ao encontro dos irmãos, es-pecialmente os afastados,dando-lhes acolhida, propon-do um retorno.

6. Novo ardor (Família e missão).A igreja, família dos discípulos de

Jesus Cristo, é formada pelas famílias.A igreja ajudará as famílias a educaremseus filhos na fé, na piedade, na frequ-ência aos sacramentos, numa condutaexemplar. Do novo ardor cristão nas fa-mílias decorre um novo ardor vocacio-nal e missionário.

7. Anúncio e Catequese.Não se descuide da transmissão da

fé (católica), a partir de um processocontínuo de iniciação cristã (catecume-nato) e formação catequética e doutri-nal em todos os âmbitos e para todasas idades.

Suscitar na Igreja uma nova missio-nariedade, um novo esforço, um novoentusiasmo evangelizador: “Ide portodo o mundo, proclamai o Evangelhoa toda criatura” (Mc 16,15). Tambémprometer e anunciar a vinda do Espíri-to Santo: “vós sois testemunhas disso”(Lc 24,48).

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Dimensão Missionária ODARIL JOSÉ DA ROSACoordenador COMIRE Sul 2

Tempo atrás, a igreja do Paraná semoveu por meio da Infância e Adoles-cência Missionária (IAM), num belo tra-balho missionário de conscientizaçãoe arrecadação de fundos para a perfu-ração de um poço artesiano na MissãoCatólica Beato Paulo VI na Comunida-de de Quebo, Diocese de Bafatá, no paísGuiné Bissau, na África. Além da Infân-cia e Adolescência Missionária, outrosbenfeitores do Paraná colaborarampara que essa ação fosse concretizada.

Em Guiné Bissau, a cada ano é co-mum não chover durante oito mesesseguidos. Também, agora, as últimaschuvas caíram em novembro de 2014e a previsão é de que só voltará a cho-ver em junho de 2015. Estamos no iní-cio de maio e, nesses meses de calorintenso (às vezes mais de 40 graus), to-dos os poços cavados já secaram. Opovo todo e especialmente as criançassofrem muito pela falta de água.

Nós, da Missão Católica, graças aodinheiro que foi arrecadado no Para-ná, pudemos pagar uma empresa paraperfurar o poço artesiano. Contratamos

A A A A A ÁGUÁGUÁGUÁGUÁGUA QUE JORRAA QUE JORRAA QUE JORRAA QUE JORRAA QUE JORRA::::: FONTE DE VID FONTE DE VID FONTE DE VID FONTE DE VID FONTE DE VIDAAAAAA graça de Deus sempre é abundante para aqueles que acreditam e nele esperam

a empresa, que veio com um caminhão.Começamos a perfurar o poço e leva-mos um susto: o subsolo apresentouuma camada de minerais que contêmferro e a água que saiu, além de pou-ca, é suja, e por isso não serve para osanimais e nem sequer para a horta.

Então nos unimos em oração pedin-do a Deus a graça da água. Naquelesdias, o Bispo da Diocese, Dom PedroZilli e o Pe. Sebastiano Sanna, Secretá-rio do Núncio Apostólico, vieram nosvisitar. Falamos a eles do problema quetivemos com o poço. E junto deles saí-mos caminhando pelo terreno, entreos pés de caju, tentando entender ondeDeus havia preparado para nós um veiode água para perfurar o segundo poço.Sim, tínhamos certeza de que Deus noslevaria ao lugar exato. E assim aconte-ceu.

Com 36 metros de profundidade, osegundo poço deu água boa e em gran-de quantidade para a região (2.500 li-tros / hora). Essa água é suficiente paraa Missão e também para partilhar comos vizinhos. Compraremos os painéis

para captar energia solar e, em segui-da, instalaremos uma bomba elétrica.

Além da água boa, Deus tocou ocoração do engenheiro e da empresa eeles decidiram não cobrar a perfuraçãodo primeiro poço. Eles se dedicaramcom afinco, pois queriam que a Mis-são tivesse água. Somos gratos a elespor este gesto tão grande e bonito;mais do que receber por um serviçoprestado, isso mostra envolvimentocom a obra de Deus.

Então, sentimos em nosso coraçãoquanto Deus é generoso e providente.Agora temos dois poços com água paraa Missão e também para as famílias vi-zinhas. Deus, obrigado! A todas as cri-anças e adolescentes do Paraná (IAM),nosso carinhoso e fraterno muito obri-gado! Deus os abençoe.

Enfim, queremos noticiar que aconstrução da casa dos missionáriosestá bem adiantada. As paredes foramlevantadas até a altura para receber alaje e, depois, a estrutura do telhadoque chegará no container. Duas fossassépticas também já estão prontas.

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1º1º1º1º1º

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COMISSÃO DIMENSÃO MISSIONÁRIA: [email protected](41) 2105-6376 – Ir. Patrícia / (41) 2105-6375 - Jeferson

Na evangelização, acontecemtrês fatos três fatos três fatos três fatos três fatos importantes:

Escrevemos isso para podermos partilhar da nossaalegria em ver tudo o que Deus faz todos os dias nestaterra de missão.

Também é surpreendente o que tem acontecido naspoucas semanas que estamos aqui: em cada celebra-ção na comunidade, vemos aumentar o número dos par-ticipantes. Em cada rosto, vemos impressa a alegria departicipar. As celebrações são cada vez mais vivas. Deusseja louvado!

Somos felizes e gratos a Deus por estarmos aqui; porrecebermos o carinho e o amor das crianças, um amorgratuito e puro; pela manifestação plena de Deus.

Com a graça de Deus e as orações de todos, esta-mos superando com serenidade todas as dificuldadesque se apresentam, sabemos que a ressureição passanecessariamente pela Cruz.

Deus, obrigado! Missionários Pedro, Salete e Be-nedito

A visita dos missionários nasA visita dos missionários nasA visita dos missionários nasA visita dos missionários nasA visita dos missionários nascasas das famílias, comcasas das famílias, comcasas das famílias, comcasas das famílias, comcasas das famílias, comobjetivo de conhecê-las,objetivo de conhecê-las,objetivo de conhecê-las,objetivo de conhecê-las,objetivo de conhecê-las,saber quem são e ondesaber quem são e ondesaber quem são e ondesaber quem são e ondesaber quem são e onde

moram, e poder chamar asmoram, e poder chamar asmoram, e poder chamar asmoram, e poder chamar asmoram, e poder chamar aspessoas pelo nome. Aspessoas pelo nome. Aspessoas pelo nome. Aspessoas pelo nome. Aspessoas pelo nome. As

visitas estão acontecendovisitas estão acontecendovisitas estão acontecendovisitas estão acontecendovisitas estão acontecendosempre acompanhadassempre acompanhadassempre acompanhadassempre acompanhadassempre acompanhadas

pelos animadores dapelos animadores dapelos animadores dapelos animadores dapelos animadores dacomunidade.comunidade.comunidade.comunidade.comunidade.

2º2º2º2º2ºA implantação doA implantação doA implantação doA implantação doA implantação do

Conselho daConselho daConselho daConselho daConselho daComunidade (CPC).Comunidade (CPC).Comunidade (CPC).Comunidade (CPC).Comunidade (CPC).

Para eles, isso é umaPara eles, isso é umaPara eles, isso é umaPara eles, isso é umaPara eles, isso é umanovidade, quenovidade, quenovidade, quenovidade, quenovidade, queacolheram comacolheram comacolheram comacolheram comacolheram comgrande alegria.grande alegria.grande alegria.grande alegria.grande alegria.

3º3º3º3º3ºA implantação doA implantação doA implantação doA implantação doA implantação doPlano DiocesanoPlano DiocesanoPlano DiocesanoPlano DiocesanoPlano Diocesano

para a Pastoral dopara a Pastoral dopara a Pastoral dopara a Pastoral dopara a Pastoral doDízimo. É pura graçaDízimo. É pura graçaDízimo. É pura graçaDízimo. É pura graçaDízimo. É pura graça

de Deus poderde Deus poderde Deus poderde Deus poderde Deus podertestemunhar essestestemunhar essestestemunhar essestestemunhar essestestemunhar essesmomentos vividosmomentos vividosmomentos vividosmomentos vividosmomentos vividospelo povo destapelo povo destapelo povo destapelo povo destapelo povo desta

comunidade.comunidade.comunidade.comunidade.comunidade.

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O assunto é...

Arquidiocese de Curitiba | Junho 201516

Exigências para o Exigências para o Exigências para o Exigências para o Exigências para o protagonismoprotagonismoprotagonismoprotagonismoprotagonismoO protagonismo dos leigos tem

seu fundamento no próprio Jesus,que foi leigo e jamais exerceu car-gos ou funções eclesiais. É uma ca-racterística marcante na igreja nas-cente, inclusive o protagonismo dasmulheres1, mas o secularismo cleri-calizante o exilou por muito temponos porões da culpa e do pecado.Usando a sombra das impurezas, obenefício das indulgências e dos sa-crifícios naturalizou na igreja a exis-tência de duas categorias de seres:o clero, feito de seres plenos, e osleigos, uma segunda categoria deseres. O primeiro é dito superior esanto, os segundos são inferiores epecadores. Essa relação entre desi-guais foi legitimada na prática como nome de hierarquia. O ConcílioEcumênico Vaticano II (1962-1965),no entanto, com a Igreja Povo deDeus, tem no batismo o laço que nosune a Cristo2. Diz que somos todos/as membros do mesmo e único cor-po e proclama o fim das desigual-dades3. Assim, com as transforma-ções ocorridas na igreja e no mun-do, o protagonismo leigo foi se to-nando uma necessidade na igreja ehoje é uma exigência de nosso tem-po.

Acontece que, mesmo conquis-tando o status conciliador de “tes-temunhas de Cristo4”, quem tem ahonra tem também o fardo. Urge aconsolidação de uma teologia leiga,que nasça da sua realidade social,irrigada com o seu suor e escritacom os seus pés. Não mais uma te-ologia para o leigo, como ainda ve-mos, mas uma teologia do leigo.Para que a igreja seja “fermento ealma da sociedade humana5”, os lei-gos precisarão assumir as exigênci-as batismais, entrar na primeiraclasse e fazer da Igreja uma casa de

diálogo. Para que haja uma legítimaevolução6 na liturgia e nas relações,que sejam cada vez mais humanas ehumanizantes, é preciso criar umacultura de estudo. Em duas dimen-sões: estudo sistemático da Palavrade Deus, que nos dê “uma sólidacompreensão teológica e uma ade-quada sensibilidade para os ambien-tes de sua missão7”, e uma formaçãocatequética séria, que saiba desper-tar para novos métodos, novas lin-guagens e ensine mais a pensar quea repetir ou transmitir pensamentos.

O protagonismo leigo exige queentendamos que títulos eclesiásticose indumentários litúrgicos não ga-rantem ciência e nem consciênciapara ninguém. Antes, conforme nosmostra a realidade, leva à tentaçãodo poder, da dominação e do medo.A ciência vem do estudo, da pesqui-sa e da dedicação. Mesmo que astestemunhas precedam os mestres8,aqueles, em nosso tempo, tambémprecisam estudar. Ou atualizam asua mensagem ou o seu testemunhoentra em descrédito. O conceito deservir, por exemplo, precisa ser alar-gado e aprofundado. Parece que es-tamos confundindo serviço com ta-refa. Será que nossos adolescentes

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Arquidiocese de Curitiba | Junho 2015 17

JOÃO SANTIAGOTeólogo, Poeta e Militante. Coordenador da Campanha da

Fraternidade na Arquidiocese de Curitiba

do leigo do leigo do leigo do leigo do leigo na igrejana igrejana igrejana igrejana igrejanão estão aprendendo que servir ésimplesmente cumprir o plantão nasmissas dominicais? Comparemos afrase “Eu vim para servir”9 com aprática de Jesus.

Resta-nos continuar alimentan-do a fé com as boas obras. Mesmosabendo por meio de Paulo que épor graça que servimos. “E se é porgraça, já não é por obras; do contrá-rio, a graça já não seria graça10”, por

isso com o diálogo e com a esperan-ça que nos fazem ser mais! Vivemosum tempo de exigências e temos umclero que, por muitas vezes, “Deusdeu a eles um espírito de torpor, olhosque não veem, ouvidos que não ou-vem...11”. Essas buscas e essas des-cobertas devem nos levar à liberda-de de Cristo, pois “É para a liberda-de que Cristo nos libertou12”. Quan-do nos deparamos com uma igreja

demasiada sacramentalista, maisdoutrinária que servidora, saibamosque “vocês, que buscam a justiça nalei, romperam com Cristo e caírampara fora da graça13”. Fiquemos coma mensagem do Reino dos céus queé como um proprietário, que nosdiz: “Assim os últimos serão os pri-meiros, e os primeiros serão os últi-mos14”. Talvez seja essa a hora doprotagonismo leigo.

NOTAS1 CNBB, Documento 100, nº 93.

2 LUMEN GENTIUM nº 31.3 IBIDEM nº 32.4 GAUDIUM ET SPES nº 43.5 IBIDEM, nº 40.6 SACROSSANTO CONCÍLIO nº 23.7 VERBUM DOMINI nº 75.8 PAULO VI9 Marcos 10,45.

10 ROMANOS 11, 6.11 IBIDEM, verso 8.12 GÁLATAS, 5,1.13 IBIDEM, verso 4.14 MATEUS 20,12 Ver TORRES, 2005 p.48.

REFERÊNCIAS:- BÍBLIA Sagrada. Nova Bíblia Pastoral. São Paulo: Paulus, 2014.- CNBB, Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Documento 100. Comunidade de Comu-

nidades: Uma Nova Paróquia. A Conversão Pastoral da Paróquia.- PAPA Paulo VI. Exortação Apostólica Pós-Sinodal VERBUM DOMINI do Santo Padre Bento

XVI. Sobre a Palavra de Deus na Vida e na Missão da Igreja. São Paulo: Paulinas, 3ª ed. 2010.- VATICANO II. Concílio Ecumênico Vaticano II. Constituição Dogmática do Concílio Ecumêni-

co Vaticano II Sobre a Igreja. LUMEN GENTIUM. São Paulo Paulinas, 13ª ed. 1999.- VATICANO II. Concílio Ecumênico Vaticano II. Constituição Pastoral do Concílio Vaticano II

Sobre a Igreja no Mundo de Hoje. GAUDIUM ET SPES. São Paulo: Paulinas, 10ª ed. 1998.- VATICANO II. Concílio Ecumênico Vaticano II. Constituição SACROSSANCTUM CONCULUIUM

Sobre a Sagrada Liturgia. São Paulo: Paulinas, 6ª ed. 2004.Curitiba, 08 de Maio de 2015.

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Dízimo

Mensagem da EquipeMensagem da EquipeMensagem da EquipeMensagem da EquipeMensagem da EquipeArquidiocesana da PArquidiocesana da PArquidiocesana da PArquidiocesana da PArquidiocesana da Pastoral do Dízimoastoral do Dízimoastoral do Dízimoastoral do Dízimoastoral do Dízimo

CLOVIS VENÂNCIOMembro da Pastoral Arquidiocesana do Dízimo

COMISSÃO DA DIMENSÃO ECONÔMICA E DÍZIMO -Coordenador da Comissão: João Coraiola Filho; Coordenador da Pastoral do Dízimo: William Michon.

JUNHO: Mês consagrado ao Sagrado Coração de JesusEmbora liturgicamente todo mês de junho se insira no

chamado “Tempo Comum”, a Igreja Católica consagra-o demodo especial ao Sagrado Coração de Jesus. Além disso,neste ano, já na quinta-feira, dia 4 de junho, ocorre, tam-bém, a festa de Corpus Christi, ou o Corpo de Cristo, quetem por objetivo celebrar o mistério da Eucaristia, o sacra-mento do corpo e do sangue de Jesus Cristo. Saliente-se que,nos textos bíblicos, bem como mesmo para muitos povosnão cristãos, o coração é o órgão do corpo humano em quetudo se origina, especialmente, o que é bom e positivo parauma vida amorosa e plena de virtudes.

Com essa breve introdução, visamos levar nossos leito-res a pensar que foi o amor incomensurável de Deus pornós, suas criaturas, que O levou a enviar seu filho unigênito,Jesus Cristo, a este mundo para, através de suas palavrase suas atitudes concretas, revelar-nos qual é a sua von-tade relativamente a nós e ao meio em que vivemos.Assim, pela fé em Deus, contribuiremos para a edifi-cação de Seu Reino que pode ter início já nesta Terra.

Portanto, ter fé é acreditar em Deus Criador etudo o que ele significa para nós, suas criaturas.E, sendo Deus a expressão concreta do verdadei-ro amor, logicamente, ama suas criaturas e, re-almente, quer o seu bem. Logo, fazer a Sua von-tade é, para o ser humano, uma atitude real-mente coerente e prova de autenticidade de suacrença.

É essa coerência que se espera do cristão ca-tólico ao compreender que, dentre os ensina-mentos de Jesus, ressalta-se sempre o desapegoaos bens puramente materiais, que vence o ego-ísmo humano, levando-o a tudo partilhar comuni-tariamente, como filhos de um mesmo Pai. É pôrem prática no dia a dia a verdadeira caridade, isto é,o amor evangélico sintetizado na célebre frase de Je-sus: “amai-vos uns aos outros como eu vos amei”.

Nesse contexto, para o cristão católico autêntico, oDÍZIMO, sendo uma expressão concreta de partilha, de par-ticipação, expressa também sua fé e confiança em Deus edecorre de um processo de verdadeira conversão pessoalque, num gesto de amor recíproco a Deus, assume sua res-ponsabilidade para com o Seu Reino, devolvendo a parte

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que lhe cabe de seus dons e bens pessoais, para a manuten-ção do culto a Deus e de tudo o que é necessário para que avontade d’Ele se realize entre nós. Como consequência, po-demos afirmar que, sem fé e amor, o dízimo como expressãode partilha e participação não existe, é apenas mais um pa-gamento.

Por isso, Jesus deixa claro que, para Deus, nada deve serfeito simplesmente para cumprir uma legislação, mas poramor.

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STEPHANY BRAVOSAssessoria de ImprensaComunicação

Solenidade deSolenidade deSolenidade deSolenidade deSolenidade de Corpus ChristiCorpus ChristiCorpus ChristiCorpus ChristiCorpus Christiaguarda mais de 20 mil pessoasaguarda mais de 20 mil pessoasaguarda mais de 20 mil pessoasaguarda mais de 20 mil pessoasaguarda mais de 20 mil pessoas

Tradicional confecção dos tapetes tem início às 6 horas da manhã

A festa de CorpusChristi tem por objeti-vo celebrar solenemen-te o mistério da Euca-ristia – o Sacramentodo Corpo e do Sanguede Jesus Cristo. Atravésda Eucaristia, Jesus nosmostra que está pre-sente ao nosso lado, ese faz alimento paranos dar força para con-tinuar. Jesus nos comu-nica seu amor e se en-trega por nós. Por meiodo tema “Fraternidade:Igreja e Sociedade”,busca promover o diá-logo e a colaboraçãoentre a Igreja e a socie-dade, propostos peloConcílio Ecumênico Va-ticano II, como serviçoao povo brasileiro.Além de manter a tra-dição da confecção dostapetes, por gerações.

Os resultados sãoverificados através daadesão de mais de 20mil pessoas que partici-pam anualmente. A artedos tapetes atrai tam-bém milhares de pesso-as todos os anos paraa cidade, oferecendopromoção cultural.

Neste ano, a cele-bração acontecerá nodia 04 de junho a par-tir das 14h00 com aanimação do Pe. Regi-naldo Manzotti numpalco montado emfrente à Catedral Basí-lica; às 15 horas a San-ta Missa e às 16h30 atradicional Procissãocom o Santíssimo Sa-cramento pela Av. Cân-dido de Abreu até oPalácio Iguaçu, com abênção eucarística peloarcebispo Dom JoséAntônio Peruzzo, porvolta das 18 horas.

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Pascom ALINE VONSOVICZJornalista e voluntária da Pascom

PASTORAL DA COMUNICAÇÃO: [email protected]

(41) 9999 - 0121 / Coordenador: Antonio Kayser.

ATIVIDADES FORMATIVAS DE JUNHOPainel - Comunicação:Eixo da Ação Pastoral da IgrejaAssessores: Joana T. Puntel, é jornalista, dou-tora em Ciências da Comunicação pela SimonFraser University (Canadá).Tema: Comunicação: eixo da ação pastoral daIgrejaPe. Agenor Brighenti Doutor em Ciências Teo-lógicas e Religiosas na Universidade Católicade Louvain (Bélgica) e atualmente é professorPUC-PR.Tema: Itinerário da Pastoral nos últimos cemanos: de Alberione a AparecidaData: 13 (sábado)Horário: das 9h às 12hLocal: Auditório Paulinas Livraria. Gratuito

PALESTRACultura midiática e Igreja – uma nova ambiênciaAssessora: Joana T. Puntel, pertence à Congre-gação das Irmãs Paulinas, jornalista, doutoraem Ciências da Comunicação pela Simon Fra-ser University (Canadá).Objetivo: Explorar a interconexão entre mídia ecultura, reenfocando a atuação da Igreja a par-tir dessa nova ambiência, que convida a umamudança de paradigmas, linguagens e méto-dos pastorais.Data: 13 (sábado)Horário: das 14h às 17hLocal: Auditório Irmãs Paulinas - Rua Comen-dador Lustosa de Andrade, 120 – Bom Retiro -Curitiba-PRGratuito e levar lanche para partilhar

OFICINA• Tema: FotografiaAssessores: Lennon Schneider França, Forma-do em Publicidade e Propaganda pela PUC/PRe mestrado em Comunicação e Jornalismo pelaUniversidade de Coimbra (Portugal). É Desig-ner Instrucional do Grupo Bom Jesus.Objetivo: Apresentar as técnicas para elabora-ção e publicação de texto jornalístico e forma-ção básica de fotografia.Datas: 20 de junho (teórica/prática)Horário: 8h às 12hLocal: FAE – Centro Universitário - Rua 24 demaio, 135 - Centro (Sala 507 - 5° andar)Taxa: R$ 20,00 (e levar lanche para partilhar)

OFICINA• Tema: Jornalismo e redação onlineAssessores: Juliano Franco Zemuner, formadoem jornalismo pela ESEEI, assessor de comuni-cação do Colégio Bom Jesus.Daniella Biselli S. Clivatti, jornalista, mestran-da em educação, atua no departamento de Tec-nologia da Informação do Grupo Bom Jesus.Datas: 27 de junho (teórica/prática)Horário: 8h às 12hLocal: FAE – Centro Universitário - Rua 24 demaio, 135 - Centro (Sala 507 - 5° andar)Taxa: R$ 20,00 (e levar lanche para partilhar)

ComunicarComunicarComunicarComunicarComunicar-se em família: -se em família: -se em família: -se em família: -se em família: umaumaumaumaumavirtude nos temposvirtude nos temposvirtude nos temposvirtude nos temposvirtude nos tempos atuais atuais atuais atuais atuais

Fotos: Geovanni C. de Luca

Comemorando o 49º Dia Mundial dasComunicações Sociais, promulgado peloPapa Francisco, cujo tema é “Comunicar afamília: ambiente privilegiado do encontrona gratuidade do amor”, a PASCOM - Pas-toral da Comunicação, juntamente com asIrmãs Paulinas, promoveram entre os dias12, 14 e 15 de maio, o Simpósio da Famíliae Comunicação, em Curitiba.

Com o apoio da FAE Centro Universitá-rio, da Comissão Familiar da Arquidiocesede Curitiba e da Pastoral da Educação, cir-cularam durante o evento cerca de 150 pes-soas dispostas a debater este tema tão im-portante para a Igreja.

“É muito bom estar com pessoas quese preocupam com a nossa família, com aescala de valores. Afinal, tudo é questão deatitude; muitas vezes nos falta atitude parauma Igreja em saída, já que a família comu-nica por si própria. Por isso, o nosso dese-jo é de que organizemos uma pastoral in-tegrada a fim de nos desafiarmos cada vezmais”, afirmou Dom José Mario Angonese,bispo referencial da Comunicação da Arqui-diocese logo na abertura do encontro.

No primeiro dia, o casal Mara e Marce-lo Avelino, membros do Movimento dosFocolares - Setor Famílias Novas, que tra-balham há mais de 25 na formação huma-na e espiritual de casais jovens e adultos ePe. Gilberto Bordini, Doutor em TeologiaMoral e professor no Studium Teologicumde Curitiba, foram os assessores convida-dos a falar sobre as relações das famíliasem transformação.

Ambos partiram do princípio de queDeus se revela por amor ao homem e que afamília deve ser considerada um espaçopara comunicar-se com as palavras certas,criando momentos para se cultivar o rela-cionamento.

Já no dia 14, o assunto debatido foi omundo das comunicações e crianças, com

as presenças de Priamo Marratzu, Doutorem Políticas midiáticas e gestor da Comu-nicação no Colégio Padre João Bagozzi e daDrª Adriana Potexki, terapeuta clínica eapresentadora do programa Psicologia eArte, da TV Evangelizar é Preciso. Os pro-fissionais enfatizaram a importância de de-senvolver uma comunicação familiar, apre-sentando bons exemplos a fim de promo-vermos sempre a autêntica cultura do encon-tro tão comentada pelo Papa Francisco.

AMBIENTE DIGITAL X REALNas palavras do Santo Padre, na men-

sagem destinada ao IV Encontro Nacionalda PASCOM, realizado em 2014 em Apare-cida - SP, a internet passa a ser um local deencontro para também evangelizar. “O con-tinente digital, antes de ser uma mera rea-lidade tecnológica, é um lugar de encontroentre homens e mulheres, cujas aspiraçõese desafios não são virtuais, mas reais, e tema necessidade de uma resposta concreta”.

No terceiro e último dia, Daniela Schrei-ber, comunicadora e membro da Pastoralda Juventude da Paróquia Santo Agostinho,em Curitiba, Bruno Manoel Socher, inte-grante do Setor Pastoral do Grupo Maristae o secretário do Setor Juventude da Arqui-diocese de Curitiba, João Guilherme deMello Simão, conversaram com os presen-tes sobre o tema “Comunicação e família:mundo digital e os jovens”.

Segundo os assessores, para aproxi-mar os jovens e suas famílias, usando a con-tribuição das redes digitais, é preciso per-ceber as atuais relações familiares, enten-dendo a certa dificuldade dos jovens emreceber a mensagem. Ou seja, é dentro dafamília que aprendemos as primeiras expe-riências comunicativas, já que somos mo-vidos pela vontade e inteligência que Deusnos presenteou, pois é com ela que apren-demos as nossas virtudes.

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Arquidiocese de Curitiba | Junho 2015 21

FDS E DÍZIMOFDS E DÍZIMOFDS E DÍZIMOFDS E DÍZIMOFDS E DÍZIMO: UMA: UMA: UMA: UMA: UMAAAAAATITUDE MISTITUDE MISTITUDE MISTITUDE MISTITUDE MISSIONÁRIASIONÁRIASIONÁRIASIONÁRIASIONÁRIA

Dimensão Social ROBERTA KISY GUIMARÃES LOURENÇO Assistente social, colaboradora da equipe de articulação missionária e do

conselho gestor do FDS, assessora técnica das pastorais sociais.

COMISSÃO DIMENSÃO SOCIAL: [email protected] / (41) 2105-6326.Coordenadores: Pe. Antônio Fabris, Diácono Gilberto Félix e Diácono Antônio Carlos Bez.

Como é bom perceber agenerosidade de cada cris-tão em cada oferta-doaçãoe partilha do dízimo. Com aalegria do Evangelho e como ardor missionário, cadaum de nós é chamado a serigreja por meio dos gestosconcretos, como nos direci-ona a Palavra de Deus: “Émaior felicidade dar que re-ceber” (Atos 20, 35b).

No último Domingo deRamos, aconteceu a Coletade Solidariedade, a fim decompor os recursos do Fun-do Diocesano de Solidarie-dade. Dessa forma, todas ascomunidades contribuíram para o fi-nanciamento dos projetos sociais, esomos gratos pela participação de cadaum.

Nós, do Conselho Gestor do FundoDiocesano de Solidariedade, estamosmuito felizes com o recebimento decada projeto, encaminhados pelas pa-róquias, pastorais e organizações soci-ais, gerando um total de 45 projetos,neste ano de 2015.

Nas diretrizes do Ano Missionárioda Arquidiocese de Curitiba, temoscomo uma das linhas de ação o convi-te como missionários a testemunhar acomunhão. Sendo assim, nasce a opor-tunidade da partilha por meio do dízi-mo e de diferentes ofertas como o FDS-Fundo Diocesano de Solidariedade,passando a ser este natural ao proces-so de conversão, gerando em nós per-tença à vida missionária da Igreja.

É papel de cada um motivar e pro-

mover a Ação Evangelizadora no outrocom uma atitude de partilha, poden-do esta ser manifestada de várias for-mas. Resgatar o sentido de comunhãoe de acolhida nos faz viver cada vezmais unidos enquanto Igreja, promo-vendo um estado permanente de mis-são.

Ser missionário é fazer parte e opor-tunizar que o outro faça parte também,para que, com a construção coletiva,nos aproximemos dos propósitos damissão evangelizadora,que é integral, humana esocial.

Como participante daequipe de articulaçãomissionária de nossa Ar-quidiocese, fui convidadaa estar no Seminário doDízimo, e ao ver tantosagentes da pastoral emformação percebi quão

peculiar é a tarefa de cada um, que vaialém da arrecadação financeira, masque busca sobretudo atingir de formaacolhedora cada fiel, possibilitando-osserem mais missionários.

Concluo este artigo com a certeza,cada vez mais viva, de que “a missãose concretiza com os joelhos dos querezam, os pés dos que caminham ecom as mãos dos que contribuem”.(Documento - Sancta Dei Civitas, dePapa Leão XIII de 1880.

14º Seminário do Dízimo

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Arquidiocese de Curitiba | Junho 201522

Paróquia em destaque

PPPPPARÓQUIA DE SANTO ANTONIO – ARÓQUIA DE SANTO ANTONIO – ARÓQUIA DE SANTO ANTONIO – ARÓQUIA DE SANTO ANTONIO – ARÓQUIA DE SANTO ANTONIO – ORLEANS:ORLEANS:ORLEANS:ORLEANS:ORLEANS:Cultura presente em 140 anos de históriaCultura presente em 140 anos de históriaCultura presente em 140 anos de históriaCultura presente em 140 anos de históriaCultura presente em 140 anos de história

HORÁRIODAS MISSAS

Domingo:08:00, 10:00

e 19:00Quarta-feira:

19:00Quinta-feira:

19:00Sexta-feira:

19:00Sábado:19:30

Todo dia 13:19:00

LEONAN NOVAES

Foto de 1932, em frente à primeira escola dirigida pelas irmãs.

Foto de 1928.IGREJA, TORREDE MADEIRA ECEMITÉRIO. Nelaaparece apequena capelado cemitério, oprédio maisantigo daparóquiaconservado atéhoje.

Na segunda metade do século XVIII,o presidente da então província do Pa-raná, Adolfo Lamenha Lins, criou diver-sas colônias, para assentar imigranteseuropeus, próximo ao centro da capi-tal Curitiba. A PARÓQUIA SANTO ANTO-NIO – ORLEANS surgiu a partir da colô-nia Orleans, criada em Dezembro de1875, tendo os primeiros imigrantes re-gistrado chegada no ano seguinte, to-talizando 239 poloneses e 68 de outrasnacionalidades.

A primeira capela de Santo Antoniofoi construída logo na chegada dos co-lonos, e junto a ela o pequeno cemité-rio paroquial, mas, já em 1878 inicia-ram as obras para uma igreja maior.Construída próximo à divisa com a co-lônia Santo Inácio, para atender às duaspopulações, e concluída em 1880, anoem que o imperador Dom Pedro II diri-gia-se à Ponta Grossa. Quando então,ele e sua esposa, foram recebidos pe-los antigos colonos. Ao seguir viagem ocasal imperial prometeu presentes à co-munidade que chegaram meses depois.São eles dois sinos, que até hoje repi-cam antes das missas, e uma imagemdo padroeiro Santo Antonio, curiosa-mente reencontrada após 90 anos per-dida.

Impossível contar a história da pa-róquia sem mencionar as Irmãs Fran-ciscanas da Sagrada Família. A con-gregação chegou da Áustria em 07/03/1906, instalou-se em Orleans fun-dando uma escola e até hoje traba-lha na comunidade com o InstitutoSão Zygmunt Felinski, bem como,

dirigindo a Escola Estadual Santo An-tonio.

Aos 04 de janeiro de 1907, a cape-lania fora elevada a curato, desligan-do-se da “paróquia de Curitiba”. E em1908 o curato fora entregue aos cuida-dos dos padres Vicentinos da Congre-gação da Missão, que também servemà comunidade até os dias de hoje.

Em 1930, a antiga igreja e torre demadeira tiveram de ser demolidas paradar espaço ao novo templo.

Em 08/02/1933 foi dedicada a SantoAntonio a igreja matriz que hoje se en-contra, e a data, todos os anos, é cele-brada com a devida solenidadepela comunidade.

Por fim, em 15/12/1936 o anti-go curato fora elevado à Paróquiade Santo Antonio. Hoje conta coma igreja matriz e mais seis cape-las, com seus devidos conselhos,de pastorais e econômicos, e quesomam mais de 20 pastorais emovimentos que realizam o ser-

viço de apostolado à Igreja. Sobretudoneste ano missionário em que realiza-mos o segundo retiro anual para for-mação e espiritualidade de todos os co-ordenadores de toda a paróquia. Mo-mento que promove unidade, conver-são e seguimento a Jesus Cristo.

Neste mês de junho comemoramosnosso padroeiro com trezena, solenida-de no dia 13, procissão de carros, quer-messe, bolo, almoço festivo dia 14 emuito mais...

---É uma comunidade de muita his-tória, muita cultura e quase 140 anosde graça de Deus e muito trabalho!

Foto igreja atual

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Arquidiocese de Curitiba | Junho 2015 23

Painel do Leitor

Dom PDom PDom PDom PDom Peruzzo preside, pela primeira vezeruzzo preside, pela primeira vezeruzzo preside, pela primeira vezeruzzo preside, pela primeira vezeruzzo preside, pela primeira vezem Curitiba,em Curitiba,em Curitiba,em Curitiba,em Curitiba, ordenação diaconalordenação diaconalordenação diaconalordenação diaconalordenação diaconal

Coral Santa CecíliaCoral Santa CecíliaCoral Santa CecíliaCoral Santa CecíliaCoral Santa Cecília esteve no esteve no esteve no esteve no esteve noFFFFFestival de Corais em Testival de Corais em Testival de Corais em Testival de Corais em Testival de Corais em Treze Tíliasreze Tíliasreze Tíliasreze Tíliasreze Tílias

Casa Pró-Casa Pró-Casa Pró-Casa Pró-Casa Pró-Vida Vida Vida Vida Vida Mãe ImaculadaMãe ImaculadaMãe ImaculadaMãe ImaculadaMãe Imaculadade Curitiba ganha programa de TVde Curitiba ganha programa de TVde Curitiba ganha programa de TVde Curitiba ganha programa de TVde Curitiba ganha programa de TV

No dia 16, quatro se-minaristas: Fagner, Fran-cismar, Luiz Francisco eMichael foram ordena-dos diáconos pela impo-sição das mãos do arce-bispo metropolitano deCuritiba, Dom José Antô-nio Peruzzo. A celebraçãofoi presidida na Paró-quia Imaculado Coraçãode Maria, que recebeufiéis e familiares de to-dos os lugares do Brasil.

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Estreou no dia 17, o Pro-grama “Sim à Vida” apresen-tado pelo padre Sílvio Rober-to da Casa Pró-Vida Mãe Ima-culada de Curitiba. O progra-ma que trata de temas liga-dos à valorização da vida, éexibido aos domingos às 22horas, com reprises às quar-tas 13 horas e sábado às 15hna TV Evangelizar É Preciso.

Sintonize:NET, canal 13;

Parabólicas: canal 33no satélite C2

frequência 1380 MHzpolaridade vertical

18 MHz

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aA simpática e aco-lhedora cidade de Tre-ze Tílias, localizada noOeste catarinense, todosos anos promove o con-curso de corais, que em2015 atingiu sua 6ª edi-ção. O encontro, que foirealizado entre 26 a 29 demarço, contou com apresença do Coral San-ta Cecília, da paróquiade Nossa Senhora das Dores (Igreja dosPassarinhos), de Curitiba, que partici-pou pela primeira vez do encontro. De-dicado a entoar cânticos em celebrações

religiosas, o Coral Santa Cecília, debu-tando em apresentações dessa nature-za, saiu-se muito bem, trazendo para Cu-ritiba uma honrosa 3ª colocação. As músi-

cas entoadas pelo coral foram todas sacras:Pai Nosso de Glauco Velasque, Justus utPalma de Guesbacher e Homenagem à Vir-gem (arranjo de Sueli Raulik).

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