Voz sobre IP II: A Convergência de Dados e Voz sobre IP II: Introdução Há mais de cem anos, a...

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Voz sobre IP II: A Convergência de Dados e Voz A tecnologia Voz sobre IP (VoIP) permite que o tráfego de uma comunicação telefônica ocorra numa rede de dados, como a Internet. Portanto, as ligações podem ocorrer entre computadores, telefones fixos e celulares, também em aplicações de PABX, com a diferença de não ser utilizada a rede de telefonia, mas a rede de computadores. A VoIP está se expandido no mundo e no Brasil, com milhares de usuários existentes que usufruem das reduções de custos em ligações interurbanas e internacionais. Essa expansão abrange tanto o ambiente doméstico, quanto o ambiente corporativo, pois com a utilização de VoIP, se tornam inexistentes aspectos como as distâncias geográficas e a duração das chamadas, que são tarifadas pelo sistema telefônico tradicional. Ciente da importância da VoIP, esta série de tutoriais visa apresentá-la como um instrumento que está perto de revolucionar o mundo das telecomunicações, tecnologia essa que pode mudar paradigmas, proporcionando recursos adicionais nas redes de computadores que não existiam até então. Os tutoriais foram preparados a partir da monografia “Voz sobre IP: A Convergência de Dados e Voz”, elaborada pela autora, e apresentada à Faculdade de Tecnologia Thereza Porto Marques como requisito parcial para conclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu” em Tecnologia da Informação. Foi orientador do trabalho o Prof. Amarildo Franco Barbosa e co-orientada a Profa. Ms. Teresinha de Jesus de Paula Costa. Este tutorial parte II analisa os aspectos de Qualidade de Serviço (QoS), descreve s aspectos de segurança que envolvem a tecnologia, abordará a difusão da tecnologia no Brasil, relacionada com a regulamentação da VoIP pelos órgãos competentes, tece considerações sobre as expectativas, o crescimento eminente e os desafios de VoIP, e finalmente apresenta as considerações finais sobre a tecnologia VoIP, que pode se tornar cada vez mais presente na vida cotidiana. Glaucia da Silva Ribeiro Tecnóloga em Redes de Computadores pelas Faculdades Integradas de Jacareí – Anhanguera Educacional (2007). Pós-graduada em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Tecnologia Thereza Porto Marques (2010). Atuou como Estágio de Curso Superior em ambiente Windows no Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Jacareí (Prefeitura de Jacareí, como Instrutora de Cursos Profissionalizantes na Escola Sindical São Paulo, ministrando Aulas de Informática em Ambiente Linux (Introdução, Office), e como Instrutora de Informática em Ambiente Linux (Introdução, Office) na Prefeitura Municipal de Jacareí. Atualmente é Auxiliar de TI na UNIFARMA – Gestão e Solução em Saúde Ltda. 1

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Voz sobre IP II: A Convergência de Dados e Voz A tecnologia Voz sobre IP (VoIP) permite que o tráfego de uma comunicação telefônica ocorra numa redede dados, como a Internet. Portanto, as ligações podem ocorrer entre computadores, telefones fixos ecelulares, também em aplicações de PABX, com a diferença de não ser utilizada a rede de telefonia, mas arede de computadores. A VoIP está se expandido no mundo e no Brasil, com milhares de usuários existentesque usufruem das reduções de custos em ligações interurbanas e internacionais. Essa expansão abrangetanto o ambiente doméstico, quanto o ambiente corporativo, pois com a utilização de VoIP, se tornaminexistentes aspectos como as distâncias geográficas e a duração das chamadas, que são tarifadas pelosistema telefônico tradicional. Ciente da importância da VoIP, esta série de tutoriais visa apresentá-la como um instrumento que está pertode revolucionar o mundo das telecomunicações, tecnologia essa que pode mudar paradigmas,proporcionando recursos adicionais nas redes de computadores que não existiam até então. Os tutoriais foram preparados a partir da monografia “Voz sobre IP: A Convergência de Dados e Voz”,elaborada pela autora, e apresentada à Faculdade de Tecnologia Thereza Porto Marques como requisitoparcial para conclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu” em Tecnologia da Informação. Foiorientador do trabalho o Prof. Amarildo Franco Barbosa e co-orientada a Profa. Ms. Teresinha de Jesus dePaula Costa. Este tutorial parte II analisa os aspectos de Qualidade de Serviço (QoS), descreve s aspectos de segurançaque envolvem a tecnologia, abordará a difusão da tecnologia no Brasil, relacionada com a regulamentaçãoda VoIP pelos órgãos competentes, tece considerações sobre as expectativas, o crescimento eminente e osdesafios de VoIP, e finalmente apresenta as considerações finais sobre a tecnologia VoIP, que pode se tornarcada vez mais presente na vida cotidiana.

Glaucia da Silva Ribeiro Tecnóloga em Redes de Computadores pelas Faculdades Integradas de Jacareí – Anhanguera Educacional(2007). Pós-graduada em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Tecnologia Thereza Porto Marques(2010). Atuou como Estágio de Curso Superior em ambiente Windows no Serviço Autônomo de Água e Esgoto deJacareí (Prefeitura de Jacareí, como Instrutora de Cursos Profissionalizantes na Escola Sindical São Paulo,ministrando Aulas de Informática em Ambiente Linux (Introdução, Office), e como Instrutora deInformática em Ambiente Linux (Introdução, Office) na Prefeitura Municipal de Jacareí. Atualmente é Auxiliar de TI na UNIFARMA – Gestão e Solução em Saúde Ltda.

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Email: [email protected]

Categoria: VoIP

Nível: Introdutório Enfoque: Técnico

Duração: 15 minutos Publicado em: 21/11/2011

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Voz sobre IP II: Introdução Há mais de cem anos, a comunicação de voz a longas distâncias ocorre através do sistema de telefoniatradicional. Apesar da rede comutada de telefonia pública ter recebido várias inovações em sua tecnologiadurante esses anos, ainda permanecem no sistema características de funcionamento presentes nos primeirosaparelhos comercializados pela Bell Telephone Company, empresa do inventor Alexander Graham Bell. Mas devido ao surgimento da Internet, o mundo das telecomunicações está sofrendo radicais mudanças deparadigmas e funcionalidades, que nunca haviam ocorrido desde então. A tecnologia de Voz sobre IP (VoIP) pode ser considerada uma revolução no funcionamento atual dastelecomunicações. Com esse tipo de tecnologia, é possível efetuar ligações telefônicas entre computadores,telefones comuns, e demais dispositivos para comunicações de voz existentes. A VoIP possibilita aconvergência de dados e voz numa mesma rede, como a Internet, por exemplo. O tráfego telefônico é levadopara a rede de dados. As companhias telefônicas já transportam boa parte de seu tráfego de voz usandoVoIP, principalmente nas chamadas internacionais. Uns dos maiores atrativos dessa tecnologia é a redução de custos, que pode chegar a zero, e a flexibilidadepara realizar as ligações. Na telefonia tradicional fixa, por exemplo, uma ligação telefônica é feita e recebida na localidade dousuário, não permitindo que seja usado o mesmo número de telefone em locais diferentes, fato que limita amobilidade do usuário, além do custo das tarifas que o usuário paga pelas ligações interurbanas e celulares. Com a tecnologia VoIP, em qualquer local que haja conexão com a Internet é possível fazer e receber asligações por meio do computador ou um telefone IP. Assim, se um usuário viajar para outro país e desejafazer e receber suas ligações telefônicas como se estivesse em casa, basta ele levar seu telefone IP, ou umcomputador portátil devidamente configurado para a viagem, e conectá-lo a Internet. O custo dessasligações pode ser bem reduzido, pois com a Internet não há limites de distância e restrições de tempo, tarifasinterurbanas e internacionais podem se tornar inexistentes. No ambiente corporativo, a VoIP pode ser muito vantajosa, trazendo para as empresas a tão bem-vindaredução de custos, tanto nas ligações quanto na operação e manutenção da rede convergente, que podereceber o PABX IP, sistema de PABX que traz maior mobilidade e produtividade a corporação. Ascomunicações entre matrizes e filiais das empresas não terão mais a distância como barreira em termos decustos adicionais. Portanto, a tecnologia VoIP tem como objetivo prover uma alternativa ao sistema de telefonia tradicional,com a provisão das mesmas funcionalidades e qualidade, querendo também melhorar a eficiência nacomunicação telefônica.

Tutoriais Para o presente trabalho adotou como metodologia a pesquisa bibliográfica, a fim de elaborar uma reflexãosobre o conteúdo específico relacionado com a Voz sobre IP. O tutorial parte I descreveu o funcionamento do sistema de telefonia atual e a possibilidade daimplementação de VoIP em sua presente estrutura, comparou os tipos de comutação de informaçõesanalógicas e digitais para subsequente análise sobre a comutação na telefonia tradicional, e na Voz sobre IP,

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apresentou formalmente a tecnologia VoIP, seu surgimento e exemplos de seu funcionamento em algunscenários de comunicação, discutiu a estreita relação entre a tecnologia VoIP e a telefonia IP, descreveu ecomparou os protocolos usados em VoIP, e finalmente apresentou as diversas aplicações da telefonia IP nouso doméstico e corporativo, como softphones, ATAs, telefones IP, centrais de PABX IP, e telefonia móvel. Este tutorial parte II analisa os aspectos de Qualidade de Serviço (QoS), descreve s aspectos de segurançaque envolvem a tecnologia, abordará a difusão da tecnologia no Brasil, relacionada com a regulamentaçãoda VoIP pelos órgãos competentes, tece considerações sobre as expectativas, o crescimento eminente e osdesafios de VoIP, e finalmente apresenta as considerações finais sobre a tecnologia VoIP, que pode se tornarcada vez mais presente na vida cotidiana.

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Voz sobre IP II: Qualidade de Serviço A tecnologia VoIP permite aplicações de tempo real, como uma ligação telefônica por meio de uma rede IP,podendo ser utilizada a Internet. É importante salientar que uma rede IP não garante Qualidade de Serviço(QoS), ou seja, não garante que os pacotes chegarão no destino e tampouco na ordem correta, mas sãoimplementadas soluções para essa necessidade. E para que a voz seja enviada e recebida pela rede IP combom desempenho, são necessários estes mecanismos para oferecer QoS, a fim de eliminar ou minimizarproblemas críticos da rede, e consequentemente da comunicação em VoIP.

Fatores consideráveis para a qualidade de serviço VoIP Um dos problemas críticos de uma comunicação VoIP é o atraso fim a fim ou latência, que consiste nadiferença de tempo em que é transmitido o primeiro bit do pacote de voz, do tempo que esse mesmo bit érecebido, a diferença não pode ultrapassar 150 milissegundos (ms), de acordo com a recomendação G.114da ITU-T. Caso existam atrasos acima desse patamar, haverá sobreposição das falas nas chamadas, ou seja, aperda de sincronização. A ocorrência de eco nas chamadas telefônicas também acontece devido ao atrasofim a fim. Esse tipo de atraso pode decorrer devido ao atraso de propagação do sinal no meio de transmissão(cabos, fibras ópticas, wireless), e também o tempo gasto com o processamento da digitalização ecompressão de voz, feito pelo codec implementado. No gráfico apresentado a seguir (figura 1), são ilustradas as consequências na qualidade de voz provenientesdo atraso fim a fim:

Figura 1: Consequências do atraso fim a fim numa comunicação VoIP. (ROSS, 2007) Outro atraso a ser considerado é o de empacotamento, que é o tempo necessário de geração de um númerosuficiente dos pacotes de voz para preencher o payload (carga útil) do pacote IP. O atraso de fila já consiste no tempo em que os pacotes são enfileirados entre os nós da rede. Também é inevitável a perda de pacotes, que nem sequer chegam ao destino, ou erros nos mesmos,considerando que não há a retransmissão, por causa da utilização dos protocolos UDP e RTP, até porquesendo a voz um tipo de dado em tempo real, a retransmissão de pacotes não pode ser aplicada. O valormáximo de perdas de pacotes aceitável é de 1%. Ocorrendo uma perda de pacotes acima de 5% do total,uma conversa telefônica usando VoIP já fica comprometida (ROSS, 2007). A largura de banda disponível para o tráfego de voz numa rede IP é de extrema importância, como trafegamtambém dados, informações de tempo real necessitam de prioridade. Como exemplo, uma ligação VoIPconsome em média 8kbit/s de codificação, utilizando o codec G.729, há mais 16kbit/s dos cabeçalhos IP,RTP e UDP, resultando em 24kbit/s em média por ligação. Se não houver prioridade dos pacotes de voz pela

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rede, outros dados consumirão a largura de banda. Outro fator é a supressão de silêncio ou Voice Activity Detection (VAD), como a comunicação entre origeme destino é halfduplex, ocorrem pausas quando um termina e o outro começa. Essas pausas podem sersuprimidas e recriadas na outra extremidade, para manter o tom natural da conversa, evitando a transmissãode pacotes de silêncio pela rede. Numa ligação telefônica, constatou-se que 22% é a comunicaçãopropriamente dita, enquanto que 56% são pausas e outros 22% são padrões repetitivos (JÚNIOR et al,2010). A supressão de silêncio é feita pelos algoritmos de compressão de voz, utilizados pelos codecs. Um último fator a ser considerado, porém não sendo o menos importante, é o jitter. Jitter é o termo quedefine as variações de tempo da chegada do pacote de voz ao destino, ou seja, a variação do atraso fim afim. Numa comunicação telefônica, os fluxos de pacotes de voz devem chegar ao destino numa harmoniaconstante, e de preferência no mesmo ritmo com que foram gerados pela origem. Se o jitter for muitogrande, mesmo o atraso se mantendo dentro dos limites aceitáveis, a qualidade da comunicação vaidecrescer até se tornar impossível. O jitter não pode ultrapassar 20 ms.

Métodos de avaliação de desempenho Existem alguns métodos de avaliação de desempenho da qualidade de voz trafegada por uma rede IP: MOS,PSQM, PAMS e PESQ. O Mean Opinion Score (MOS) é definido pela recomendação ITU-T P.800. Esse método avalia a qualidadeda voz comparando resultados com uma referência bem específica. O MOS é um método subjetivo, baseadona opinião de um grupo de avaliadores sobre a qualidade de uma conversa. Estes avaliadores participam daconversa ou ouvem uma amostra de voz que atribuem uma pontuação. A tabela 1 exibe uma escala de valores do MOS utilizada pela ITU, e a tabela 2 a comparação entre oscodecs de voz utilizados em VoIP e seus respectivos MOS:

Tabela 1: Escala de valores MOS

PONTUAÇÃO (MOS) COMPREENSÃO DA VOZ DISTORÇÃO

5 Excelente Imperceptível

4 Boa Apenas imperceptível, sem incomodar.

3 Regular Perceptível, leve incomodação.

2 Pobre Perturbando, mas audível.

1 Ruim Perturbando muito, inaudível

Tabela 2: MOS, taxas de bits e atrasos de codecs de voz

CODEC E ALGORITMO TAXA DE BITS (KBIT/S) MOS ATRASO (MS)

G.711 PCM 64,0 4,3 0,125

G.726 ADPCM 16 a 40 2,0 a 4,3 0,125

G.723.1 MP-MLQ 5,3 e 6,3 3,7 e 3,8 70

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G.728 LD-CELP 16,0 4,1 2

G.729 CS-ACELP 8,0 4,0 20

Uma pontuação 4 ou maior no MOS, indica o som de voz adequado ao serviço de telefonia. Mas umadesvantagem deste método é submeter inúmeros avaliadores ao teste sempre que novos equipamentos ecodecs de voz são criados. Há outros métodos de avaliação da qualidade de serviço VoIP como o Perceptual Speech Quality Measure(PSQM), da recomendação ITU-T P.861. Ele é um algoritmo baseado num modelo matemático paradeterminar a degradação de qualidade dos sinais de voz, usando uma escala entre 0 (sem degradação) e 6,5(degradação total). Ele compara uma amostra de voz adequada com outra um pouco distorcida. A pontuaçãoda distorção alcançada é bem próxima a reação de pessoas se as mesmas estivessem sido submetidas aoteste. Este mecanismo não foi originalmente desenvolvido para se ter em conta as perturbações típicas dasredes de dados, usadas pelos serviços de VoIP, ele foi desenvolvido para a comutação de circuitos, portantoo algoritmo não leva em consideração o jitter e a perda de pacotes. Para ultrapassar esta limitação, foidesenvolvida a variante PSQM+ e, recentemente, o algoritmo PESQ. O Perceptual Analysis Measurement System (PAMS) é um processo de medição proprietário, que injeta osinal de voz numa terminação da rede e captura o sinal degradado no outro lado. Assim a predição écomputada comparando matematicamente a versão original do sinal com o sinal degradado. Esse algoritmodifere do PSQM na escala de medição de qualidade da voz entre 1 e 5, semelhante a escala MOS. Já o Perceptual Evaluation of Speech Quality (PESQ), da recomendação ITU-T P.862, é combinação dedois mecanismos anteriores (PSQM+ e PAMS) para medir a qualidade fim a fim de uma comunicação devoz, em condições de rede reais. Para realizar uma avaliação de desempenho, há o site www.testyourvoip.com, que simula ligaçõestelefônicas entre uma origem e um destino. Ele avalia e aponta a qualidade da conexão de banda larga. Asimulação se baseia em situações de tráfego por rotas semelhantes tanto no envio quanto na recepção devoz. Este site cria gráficos relacionados aos problemas críticos que a tecnologia VoIP enfrenta para realizar acomunicação: valores de jitter, atraso fim a fim, a rota percorrida pelos pacotes de voz, a perda e descartede pacotes e o MOS. Ele foi desenvolvido pela empresa Brix Networks. Outro site para testar se a conexão de Internet está apta para VoIP, é de endereçowww.qprocura.com.br/voip/teste-de-velocidade-voip.html. Neste site são gerados alguns gráficos eresultados da conexão de Internet. O teste realizado pelo site, citado como exemplo, foi proveniente de ummicrocomputador em uma rede local, com sistema operacional Windows XP, com conexão de InternetADSL de 2 Mbit/s. Após o teste são exibidos alguns resultados como os da figura 2:

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Figura 2: Teste de velocidade de Internet para VoIP Como pode ser observado na figura, foi constatado que a velocidade da Internet para downloads é 1.96Mbit/s e de upload é de 208 kbit/s. Na figura 3 é mostrado um gráfico relacionado a velocidades de transferência e atrasos, em atividades dedownloads. Como se pode observar, o teste revela que a velocidade de transferência fica a maior parte dotempo entre 2000 e 2500 kbit/s, e o atraso dificilmente ultrapassa 10 ms.

Figura 3: Velocidades e atraso da conexão de Internet para downloads A figura 4 ilustra um gráfico com dados sobre a velocidade de transferência e atrasos, em atividades deupload, nesse caso, é revelado que a velocidade fica variável, iniciando-se em 600 kbit/s, chegando a umpico de 1800 kbit/s, e caindo novamente para 600 kbit/s no final do teste. O atraso também varia bastante,com o resultado acima de 3000 ms em um determinado período do teste.

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Figura 4: Velocidades e atraso da conexão de Internet para uploads O site também exibe dados estatísticos relacionados a conexão que podem ser observados na figura 5:

Figura 5: Dados estatísticos de velocidade de conexão com a Internet Neste resultado, são citadas as informações das velocidades de download e upload, assim como aporcentagem de 99% de QoS. Os tipos de testes aplicados para download e upload são indicados e tambéma média de atraso de 5 ms e o tempo de ida e volta da informação Round Trip Time (RTT), de 17 ms. A figura 6 revela o resultado final do teste da conexão de Internet, indicando que a comunicação em VoIPpode ser realizada em três pontos avaliados:

A velocidade de download é alta o suficiente para a comunicação em VoIP, por ser de 1,96 Mbit/s.A velocidade de upload também é o suficiente para a comunicação.E a QoS, foi medida em 99%, indicando que a conexão pode produzir um fluxo constante de dados,sendo a QoS a chave para o provimento de uma conexão de alta qualidade de Voz sobre IP.

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Figura 6: Resultado final do teste de conexão de Internet para VoIP

Provisão de QoS em VoIP Para a provisão de QoS na VoIP, podem ser implementados os mesmos mecanismos utilizados numa rede IPque trafegam os dados. Para fornecer a prioridade dos pacotes em tempo real, como os pacotes de voz, podem ser utilizados osIntegrated Services (IntServ), Differentiated Services (DiffServ), o protocolo RSVP, MPLS e VLAN. A arquitetura IntServ, tem como objetivo otimizar a utilização dos recursos da rede para novas aplicações,como as de multimídia de tempo real, que exigem as garantias de QoS. Os recursos são disponibilizados fima fim, para os fluxos individuais, com controle de tráfego. O IntServ classifica os pacotes, com mapeamentopara uma classe específica, de tal forma que todos os pacotes classificados receberão o mesmo tratamentopelo escalonamento de pacotes, que utiliza mecanismos de filas e algoritmos para este fim, desta forma ospacotes de voz serão encaminhados segunda a sua classificação. (RODRIGUES, 2010). A arquitetura DiffServ, tem como uma das características a classificação dos pacotes de prioridade, essaprioridade é feita com uma marcação relacionada a classes de tráfego a partir do campo Type of Service(ToS) do cabeçalho do pacote IP. Os roteadores de rede que tem a arquitetura DiffServ implementada, vãoencaminhar os pacotes que a marcação de prioridade para as filas adequadas de forma a roteá-los com maiseficiência. Outra característica é o policiamento com a mudança de prioridade dos pacotes, mais aorganização do enfileiramento reservado para cada tipo de classe de tráfego. O protocolo Resource reSerVation Protocol (RSVP), tem como característica pedir uma reserva pararecursos da rede, e pode negar a admissão se os recursos forem insuficientes. Ele aloca parte da largura debanda disponível para a transmissão de voz. O RSVP necessita ser implementado em todos os nós da rede IP,entre a origem e o destino para que funcione com eficiência. Já o Multiprotocol Label Switching (MPLS), encaminha os pacotes de prioridade se baseando em rótulos. Apartir daí os pacotes são encaminhados não somente pelos seus endereços IP, mas pela sua rotulação. Essessão inseridos nos pacotes IP e também nos cabeçalhos dos quadros da camada 2, abaixo da camada em queo protocolo IP se situa. (LAMARÃO; ALVÃO, 2010) Uma Virtual Local Area Network (VLAN) segmenta de forma lógica a rede, dividindo o tráfego para voz epara dados. Dessa forma há maior largura de banda disponível para voz independentemente da quantidade

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do tráfego dos dados. A solução para contornar o problema do jitter, é o armazenamento dos pacotes em buffers o temposuficiente para os pacotes subsequentes chegarem para realizar a compressão natural de voz. O cancelamento de eco pode ser implementado no gateway VoIP, para eliminar o eco resultante da reflexãodo sinal de voz, melhorando assim a qualidade da transmissão. Sendo esses mecanismos implementados nos equipamentos em uma rede IP local, que receberá acomunicação em VoIP, a qualidade de serviço do transporte de voz poderá ser alcançada. Porém, (KELLER,2009) salienta que não é possível garantir que todos os equipamentos em que trafegarem os pacotes de vozterão esses mecanismos implementados, principalmente quando o tráfego passar pela Internet, pois ainfraestrutura da Internet é heterogênea, com equipamentos intermediários, dos quais a informação podetrafegar sem nenhum desses mecanismos implementados. Assim como o desempenho e a QoS são de extrema importância para que uma comunicação em VoIP sejarealizada, a segurança também necessita de atenção, para que haja a provisão da integridade,confidencialidade, disponibilidade e legalidade da informação de voz, que trafega em uma rede IP,principalmente na Internet. A segurança é o próximo tema a ser discutido seção a seguir.

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Voz sobre IP II: Segurança em Redes com VoIP Assim como uma rede de computadores necessita de mecanismos de segurança para se proteger dasameaças provenientes de diversas fontes, a tecnologia VoIP também pode sofrer com essas ameaças enecessitar dessa mesma segurança. A Voice over Internet Protocol Security Alliance (VOIPSA), é uma organização que tem como objetivoatender os implementadores da tecnologia VoIP sobre seus aspectos de segurança. Outra meta da VOIPSA éconduzir a adoção de VoIP promovendo a pesquisa de segurança, a conscientização do uso das medotologiase ferramentas de testes da tecnologia. No site da VOIPSA (www.voipsa.org) há diversos artigos descrevendo ameaças e vulnerabilidades da VoIP,assim como a disponibilidade de ferramentas para detectar essas vulnerabilidades.

Ameaças e Vulnerabilidades em VoIP A infraestrutura que implementa VoIP pode sofrer ataques denominados de Deny of Service (DoS), cujoprincipal objetivo é interromper ou degradar o serviço de VoIP oferecido. É importante observar que há osataques de negação de serviço típicos de uma rede IP e os ataques de negação de serviço específicosdestinados aos protocolos e aos atributos particulares de VoIP. Dentre esses ataques, destacam-se:

Distributed Deny of Service (DDoS): se utiliza de programas maliciosos como vírus e worms capazesde afetar o funcionamento dos equipamentos de VoIP.SIP Flooding – Inundação SIP: esse ataque realiza a inundação de envio de mensagens INVITE doprotocolo SIP ao destino de forma a degradar o desempenho de servidores proxy SIP, impossibilitandoque os terminais façam ligações.SIP Sinalling Loop – Repetição de Sinalizações SIP: registra dois usuários em domínio distintos, deforma que quando o servidor proxy SIP receber mensagens INVITE provenientes desse ataque,ocorrerá a duplicação das mensagens nos domínios, comprometendo o sistema SIP.VoIP Packet Replay Attack – Ataque de Resposta de Pacotes VoIP: consiste na captura e reenvio depacotes de voz fora da sequência, gerando atraso e degradação na qualidade das chamadas.QoS Modification Attack – Ataque de Modificação de QoS: modifica os campos de marcação dospacotes de tempo real que necessitam de prioridade no tráfego da rede anulando o mecanismo deQoS.VoIP Packet Injection – Injeção de Pacotes VoIP: insere na rede pacotes VoIP falsificados, com falas,ruídos e lacunas nas chamadas ativas.Faked Call Teardown Message – Fraude de Mensagem de Término de Chamada: esse ataque terminauma sessão SIP prematuramente. Durante a sessão SIP, o Agente do Usuário recebe uma mensagemBYE para terminar a comunicação. Se um atacante consegue enviar a mensagem SIP BYE, acomunicação será encerrada prematuramente. Esse ataque também pode ser direcionado ao gatewayde sinalização, que gerencia as chamadas telefônicas, se o gateway receber mensagens BYE todo otempo, haverá a negação de serviço para o usuário.

A violação do acesso também pode ocorrer nas aplicações VoIP, devido as vulnerabilidades dos sistemasenvolvidos. Como exemplo, a não mudança de configurações padrões dos dispositivos, como senha e contasque não são modificadas. Outras possibilidades de violação de acesso são:

O ataque Man in the middle - homem-do-meio: intercepta a sessão ativa e se apropria dela apósautenticação. Esse ataque também pode ser chamado de sequestro de chamadas no âmbito da

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tecnologia VoIP.Ataque de dicionário de autenticação SIP: tem como objetivo obter credenciais válidas de um usuáriono sistema SIP realizando o método da força bruta. Ele envia inúmeras mensagens REGISTER comuserids e senha provenientes de um arquivo de dicionário, descobrindo a senha, o atacante pode entãoacessar o serviço.

Os métodos de escuta e análise de tráfego da comunicação VoIP afetam a confidencialidade do serviço. Elesbuscam informações para aperfeiçoar ataques futuros, e ocorrem quando a sinalização e o tráfego de dadosnão estão criptografados. Esses métodos consistem em:

ARP Poisoning ou ARP Spoofing - Envenenamento ARP: um ataque no nível de enlace de rede,onde o atacante tenta publicar um endereço MAC (físico) para o mapeamento com um endereço IP(lógico) na tabela ARP, para interceptar uma comunicação.VLAN Hopping: escuta de tráfego entre segmentos de rede distintos, esse ataque ocorre devido a umamá configuração dos switches de rede.Ataque ao protocolo MGCP: consiste no envio de mensagens de sinalização do protocolo ao gatewayonde o atacante manipula as conexões ativas e desvia o fluxo de dados para um equipamentointermediário, antes que os dados cheguem ao verdadeiro destino.

Os ataques de mascaramento comprometem a confidencialidade, disponibilidade e integridade do serviçoVoIP. O mascaramento envolve a habilidade de um atacante se passar por um usuário legítimo para obteracesso a rede. Além dessa impersonificação do usuário, também há a ilegitimidade de serviços, aplicações edispositivos da rede, resultando na falsificação da identidade, autoridade, direitos de acesso e conteúdo. Um outro ataque de mascaramento e também de violação de acesso é o sequestro de chamada, como jácitado, que altera as informações do IP contidas numa mensagem REGISTER do protocolo SIP enviada aum servidor proxy SIP, desviando a chamada para o dispositivo do atacante (homem-do-meio).

Soluções de segurança para VoIP Devido as vulnerabilidades, ameaças e ataques que uma rede IP e consequentemente um serviço de VoIPpossa sofrer, é necessária a implementação de métodos de segurança para preservar o pleno funcionamentoda comunicação das chamadas telefônicas na rede. Dentre esses métodos encontram-se:

VLAN: com a utilização de uma VLAN, ocorre a segmentação lógica da rede dividindo o tráfego devoz do tráfego de dados, minimizando o efeito de ataques de negação de serviço. É importanteressaltar que o recurso de VLAN deve ser bem configurado, para não resultar na vulnerabilidade daVLAN hopping, citado anteriormente. Outro detalhe é sobre o uso de softphones no computador, ossoftphones usam a mesma interface de rede para dados e voz, anulando a aplicação de VLAN, nessecaso é necessária que haja uma segunda interface de rede configurada para o uso do softphone.Virtual Private Network (VPN): permite o uso de uma rede pública, como a Internet, para a conexãode redes privadas com um alto grau de privacidade para os dados por meio de criptografia. Assim umacomunicação VoIP utilizando-se do recurso de VPN, faz com que a ligação telefônica ocorra de modoseguro, mesmo trafegando pela Internet.Firewall: o equipamento com firewall implementado, visa bloquear todo tráfego proveniente de forada rede de acordo com as políticas e regras de acessos definidas. Esse bloqueio é realizado pelatécnica do filtro de pacotes, que analisa as informações contidas nos pacotes IP que transportamdados de voz, para identificar se eles são legítimos ou não.

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Intrusion Detection System (IDS) e Intrusion Prevention System (IPS): esses sistemas detectampacotes maliciosos mesmo depois de terem passado pelo firewall. O IDS analisa o comportamento darede, buscando indícios de anomalias do funcionamento, gerando alarmes e eventos ao administradorde rede. Já o IPS é proativo, tratando os alertas e realizando ações de bloqueio.Autenticação SIP: fornece segurança no processo da requisição da sessão SIP (mensagens INVITE) eno registro dos terminais (mensagens REGISTER). A autenticação consiste em mensagens de desafio,onde a requisição e o registro não são realizados de imediato, mas com a solicitação de novasmensagens INVITE e REGISTER com MD5 digest, para que o terminal seja devidamente autenticado.IP Security (IPSec): é a extensão do protocolo IP com mecanismos de segurança no tráfego de seuspacotes. O IPSec pode operar de duas maneiras: modo transporte, onde somente a carga útil do pacote(dados de sinalização ou voz) são protegidos, ou modo túnel, em que o pacote todo é protegido porcriptografia.Transpot Layer Security (TLS): esse protocolo pode criptografar mensagens de sinalização dosprotocolos VoIP, como uma URL SIP, que recebendo o mecanismo do TLS passa a ser “sips:”. Mas oTLS não é apropriado para a segurança de mensagens que utilizam o UDP na camada de transporte.Para o tráfego de mídia, é necessário o uso do DTLS.Datagram Transport Layer Security (DTLS): esse protocolo atende as limitações do TLS relacionadasao protocolo UDP. Ele é similar em muitos aspectos ao TLS, porém tem como diferenciais otratamento de perda de pacotes com base num temporizador para retransmissão, e inclui cookies nasrespostas do servidor, verificando se as requisições recebidas são de um cliente legítimo ou não.Secure/Multipurpose Internet Mail Extensions (S/MIME): criptografa mensagens do SIP que utilizamo SDP para definir o tipo de informação a ser transmitida (voz, dados ou vídeo).

Algumas das soluções apresentadas acima são aplicadas diretamente para o serviço VoIP que se utiliza doprotocolo SIP para o seu funcionamento, mas há também mecanismos de segurança que são feitos nautilização da pilha de protocolos H.323. A recomendação H.323 define como padrão o protocolo H.325 para segurança. O H.325 presta suporte aserviços de autenticação e integridade, envolvendo criptografias e algoritmos de chaves simétricas, além douso também de TLS e IPSec. Os protocolos RTP e RTCP que são responsáveis pela transmissão de mídia em tempo real na VoIP, tambémtem suas variantes para fornecer segurança: SRTP e SRTCP. O Secure Realtime Transport Protocol (SRTP) garante a criptografia da carga útil dos pacotes transmitidos.Antes que seja enviado qualquer fluxo de mídia, há uma negociação de chaves criptográficas em ambas asparte envolvidas na comunicação. E o Secure Realtime Transport Control Protocol (SRTCP) tambémfornece criptografia para o controle da entrega dos dados. A implementação da segurança traz uma maior complexidade para o uso da tecnologia VoIP, porém é deextrema importância que haja esta implementação. Algumas das soluções apresentadas já estão presentesnuma rede de computadores IP, (pelo menos se pressupõe isso, já que uma rede vulnerável ficaimpossibilitada de prover qualquer serviço esperado). Portanto, ao implantar VoIP, os mecanismo desegurança serão complementados, e normalmente não implementados de maneira inicial. Como pode ser observado, a tecnologia VoIP pode ser prover de soluções de segurança, qualidade deserviço, aplicações e protocolos padronizados para utilização. Apesar de ser uma tecnologiaconsideravelmente nova, VoIP está se expandindo no mundo e no Brasil. A seção a seguir apresenta asituação da regulamentação e aspectos da contratação de empresas provedoras do serviço no país.

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Voz sobre IP II: VoIP no Brasil A tecnologia VoIP é uma tecnologia que vem amadurecendo cada vez mais ao longo do tempo e oferecediversas aplicações, além de receber mecanismos de QoS e segurança, com essa convergência de dados evoz numa mesma rede de comunicação. Devido a esse amadurecimento da tecnologia, já ocorrem impassessobre a regulamentação do serviço baseado na tecnologia no Brasil.

Regulamentação O serviço baseado em VoIP ainda não é regulamentado pela Agência Nacional de Telecomunicações(ANATEL). A agência define VoIP como uma tecnologia (o que realmente é), não como um serviço detelefonia. A regulamentação não especifica tecnologias, mas o tipo de serviço a ser prestado. O serviço devoz é regulamentado em duas modalidades de licenças:

Licença de Serviço Telefônico Fixo Comutado (STFC): o serviço público de voz, ele exige requisitosde numeração, cobertura, interconexão e qualidade de serviço. A obtenção de uma licença STFC écomplexa devido a esses requisitos rígidos. Ela é voltada para uso geral, público.Licença de Serviço de Comunicação Multimídia (SCM): o serviço multimídia, o uso de numeração einterconexão também é requisitado, porém a obtenção da licença é mais simples. Ela é voltada parauso privado.

Essas modalidades de licença têm públicos distintos, e não devem ser confundidas entre si. Cada tipo delicença oferece ao provedor um público específico e é dentro desse contexto que ele deve operar os seusserviços, seja usando a tecnologia da telefonia tradicional, seja usando a tecnologia VoIP. Como citado, a prestação de serviço em VoIP não está condicionada as leis que regem os serviços detelecomunicações, porém MELCHIOR (2010) cita que em um anexo a resolução n. 272, de 9 de agosto de2001, no que diz respeito ao regulamento do serviço de comunicação multimídia, em seu artigo terceiro, édefinido que: Art. 3º. O Serviço de Comunicação Multimídia é um serviço fixo de telecomunicações de interesse coletivo,prestado em âmbito nacional e internacional, no regime privado, que possibilita a oferta de capacidade detransmissão, emissão e recepção de informações multimídia, utilizando quaisquer meios, a assinantes dentrode uma área de prestação de serviço. Por causa desta definição, a ANATEL acaba enquadrando a empresa provedora de telefonia IP na licençaSCM, que deve requisitar autorização da ANATEL, e fica sujeita as leis que regulam esse tipo de serviço. Portanto somente empresas que já tenham uma licença STFC ou SCM podem oferecer o serviço de telefoniaIP, considerando as limitações impostas para cada tipo de licença. Assim a exploração de VoIP ou telefonia IP, como serviço de interesse coletivo, é permitida via licençaSCM. Uma empresa que possui a licença SCM pode prestar serviço privativo e não exclusivamente de voz.Esse serviço pode ser prestado, por exemplo, num ambiente educacional, como um campus universitário, ouem órgãos públicos, ou ainda para assinantes corporativos para utilizar a telefonia IP. Uma empresa que pretenda implementar VoIP na sua infraestrutura para se comunicar internamente ou comfiliais, não tem a necessidade de obter uma licença, a menos que ela venha prestar o serviço a terceiros.

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Segundo a ANATEL, somente quando os usuários de VoIP chegarem a 15 milhões, é que haverá anecessidade de regulamentação. Para o processo de avaliação, alguns tópicos também precisam serconsiderados: serviços de emergência, contribuição a fundos governamentais, necessidade ou não deuniversalização, garantia de acesso de usuários deficientes, segurança dos usuários e/ ou consumidores,controle sobre o serviço e sobre os usuários, entre outros. Apesar da não regulamentação explícita da VoIP no Brasil, o mercado de telecomunicações distribui oserviço baseado na tecnologia em quatro classes:

Classe 1: oferta de um softphone que possibilite a comunicação de VoIP entre dois ou maiscomputadores (PC a PC), sem necessidade de licença para prestação do serviço.Classe 2: uso de comunicação VoIP em rede interna corporativa ou mesmo dentro da rede de umprestador de serviços de telecomunicações, desde que de forma transparente ao usuário. Neste caso, oprestador do serviço de VoIP deve ter pelo menos a licença SCM.Classe 3: uso de comunicação VoIP irrestrita, com numeração fornecida pelo Órgão Regulador einterconexão com a Rede Pública de Telefonia (Fixa e Móvel). Neste caso o prestador do serviço deVoIP deve ter pelo menos a licença STFC.Classe 4: uso de VoIP somente para fazer chamadas, nacionais ou internacionais. Neste caso anecessidade de licença depende da forma como o serviço é caracterizado, e de onde (Brasil ouexterior) e por qual operadora é feita a interconexão com a rede de telefonia pública.

Contratação de Serviços VoIP Para a contratação de uma empresa prestadora de serviços baseados em VoIP ou também chamada deprovedora de serviço de telefonia IP, há a necessidade de previamente se considerar algumasrecomendações:

Definição clara dos objetivos a serem alcançados pelo serviço a ser contratado: com a elaboração deum documento com as especificações necessárias.Definição clara de alternativas em caso de falhas parciais ou totais dos novos serviços: decidindo separte das linhas de comunicação existentes serão mantidas com objetivo de redundância.Documentação detalhada da situação atual do sistema de voz: incluindo número de linhas existentes,ramais, custo de ligações locais, DDD e DDI, custo de ligações para celulares, manutenção eatualização do sistema.Pesquisas sobre as provedoras de interesse: verificando se possuem licenças, pendências em órgãos deproteção ao consumidor, e clientes ativos dessas provedoras. É importante também verificar aestabilidade da empresa no mercado, de tal maneira que ela seja apta a oferecer o serviço por váriosanos.Análise das propostas: observando o acordo de nível de serviço pretendido e o oferecido pelaprovedora.Levantamento de todos os custos: observando o valor dos pacotes promocionais e não promocionais,se há tarifas diferenciadas ou fixas. O levantamento do custo de novos equipamentos, como telefonesIP e ATAs, também são importantes. A tecnologia VoIP tem como maior atrativo a redução de custos,como a ligação telefônica que pode ser gratuita entre usuários da mesma operadora, mas para destinosdiferentes, como celulares, telefones fixos etc., ainda há custos, mesmo que sejam bem reduzidos.Verificação da provisão da empresa para chamadas de emergência: algumas provedoras não oferecemesse serviço, outras permitem o redirecionamento dessas chamadas com códigos especiais que podemser programados no aparelho do telefone.Após a definição da provedora, é importante a inclusão no contrato de serviço a ser prestado os

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parâmetros do acordo em nível de serviço, reparos e atendimentos de suporte, e cronograma deinstalação.Observar os detalhes sobre a quebra de contrato: quais multas pertinentes, e o tempo do plano defidelidade.Pesquisa periódica de acompanhamento dos serviços prestados: observando se os usuários percebemos benefícios e a necessidade de eventuais alterações.Na renovação do contrato de serviço, é importante a verificação das condições atuais do mercado,buscando incluir novas funcionalidades e alterar os custos.

Como foi citado nesta seção, o mercado oferece possibilidades reais de implementação da tecnologia VoIP,trazendo grandes expectativas para a convergência de dados e voz. O crescimento da telefonia IP só tende aaumentar, porém ainda há alguns desafios que precisam ser superados. Esses itens são abordados a seção aseguir.

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Voz sobre IP II: Expectativas da Tecnologia A tecnologia VoIP, juntamente com a telefonia IP, oferece diversas vantagens e recursos de funcionalidadessomente oferecidas pela rede de telefonia tradicional até então. Com a convergência de dados e voz numaúnica rede de comunicação, benefícios podem ser alcançados, proporcionando o crescimento deimplementações desse tipo. Mas a VoIP também enfrenta desafios, que retardam a sua expansão.

Vantagens A principal vantagem da VoIP sem dúvida é a redução de custos. Escolhendo o tipo de serviço e a provedoraadequada, a redução de custo pode ser bem satisfatória. Segundo ROSS (2007), já é interessante migrar paraa tecnologia VoIP empresas com gastos da conta telefônica acima de 500 reais, trazendo uma redução de30% em seus custos. No ambiente doméstico, o usuário que gasta acima de 150 reais em suas ligações,perceberá o benefício. A maioria das provedoras VoIP permite ligações gratuitas entre seus usuários, ainda mais se as ligaçõesforem de computador para computador. Muitas não cobram taxas iniciais, nem mensais. As tarifas deligações para telefones comuns costumam ser significativamente mais baixas que das companhiastelefônicas, muitas vezes cobrando a mesma tarifa local nas ligações para os destinos mais utilizados. Asligações internacionais também costumam ser baratas. Para o ambiente corporativo, essa redução será bemperceptível nos casos de ligações interurbanas e internacionais. A razão desse menor custo é o uso da Internet, ou outras redes de dados IP privadas, que não estão sujeitasa tarifações das operadoras de telefonia, que são calculadas de acordo com as distâncias geográficas e oshorários de utilização. Uma rede IP é baseada na comutação de pacotes. Redes assim são muito maiseficientes, pois várias ligações telefônicas podem ocupar o mesmo espaço que apenas uma ligação ocuparianuma rede de telefonia tradicional, porque os pacotes podem ser comprimidos, diminuindo ainda mais oespaço ocupado pelas ligações VoIP. A concorrência entre as provedoras VoIP também reduz os custos. Como esse serviço se enquadra comoSMC, as licenças são mais simples de serem obtidas, surgindo várias provedoras, resultando emconcorrência. Outra grande vantagem é a mobilidade, por meio dos números de telefones virtuais. Ao contrário de umnúmero de telefone comum, seja fixo ou celular, não é possível utilizar-se da mesma linha telefônica emqualquer lugar do mundo. Com a telefonia IP, é possível ter acesso em qualquer lugar com acesso a Internet,fazendo com que as ligações sejam enviadas e recebidas como se fossem locais. A oferta de números virtuais até o momento está reduzida a um pequeno número de empresas e a apenasalgumas cidades, pois as empresas no Brasil necessitam de uma licença similar a de telefonia tradicional (alicença STFC), para fornecer esse tipo de serviço, e só podem oferecer números das regiões onde detém essalicença. Além do objetivo de oferecer os mesmos serviços da telefonia tradicional, a telefonia IP oferece tambémfuncionalidades adicionais, como caixa de recados, identificador de chamadas, chamadas em espera,transferência de chamada, reencaminhamento de chamada e conferência, com a integração com outrosserviços, como e-mail, SMS, etc. No ambiente corporativo, uma empresa desfruta de diversos benefícios além dos custos das ligações. Como

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benefício principal se destaca a convergência da rede de comunicação com dados e telefonia. Custos deoperação, e manutenção de um sistema de PABX, por exemplo, são reduzidos, como citado na seçãoAplicações VoIP do tutorial parte I. Um sistema de gerenciamento de rede centralizado baseando-se noprotocolo Simple Network Management Protocol (SNMP) pode trazer esses benefícios. As aplicações multisserviço podem ser realizadas com a tecnologia VoIP. Como por exemplo, soluções dee-commerce (compras pela Internet), podem fornecer atendimentos aos usuários por meio de call center,utilizando-se dos próprios computadores para acesso imediato aos atendentes.

O Crescimento da Telefonia IP Desde o ano de 1995, a telefonia IP passou por cinco estágios de evolução. O primeiro estágio se refere aosoftphone, que permitiu as chamadas telefônicas pela Internet. O segundo estágio foi a possibilidade deligações dentro de uma rede local corporativa. O terceiro estágio se refere a conexão das redes locais com aInternet para a comunicação de voz. No quarto estágio houve a integração ao nível de transporte entre arede IP e a rede de telefonia tradicional, com sistemas de intermediação entre as redes, o sistema dediscagem ocorria em etapas. O quinto estágio teve como destaque a implementação da arquitetura dosoftswitch, proporcionando a interoperabilidade entre as redes distintas, essa integração estava em faseinicial. Atualmente a telefonia IP está em seu sexto estágio, em que a rede IP e de telefonia estãocaminhando para a total interoperabilidade e integração. A adoção da telefonia IP está cada vez mais presente nos ambientes domésticos e corporativos. De acordocom o site Mundo VoIP, nos EUA, há a estimativa do crescimento de 10,3 para 44 milhões de usuários(conforme artigo do site glixvoip, acessado em 20 set. 2010), resultando em 62% das residências americanascom acesso a Internet banda larga que utilizarão a tecnologia em 2010. No mundo, segundo o site FolhaOnline (vide notícia acessada em 17 set. 2010), foram 560 milhões de usuários registrados para utilização doSkype. O site também revela que no último trimestre de 2009 o aplicativo ganhou 39 milhões de usuáriosnovos. Foi constatado que 12% de chamadas telefônicas internacionais em todo o mundo, foram realizadascom o Skype, além de 36% das ligações usando o aplicativo foram feitas com vídeo, e 35% das ligaçõestinham objetivos corporativos. Segundo dados do site Teleco (conforme estatísticas acessadas em 21 ago. 2010), o ano de 2009 terminoucom cerca de 1,8 milhão de assinantes VoIP no Brasil. E o site Jornal Floripa (conforme artigo acessado em:17 set. 2010) também revela que os serviços baseados em VoIP tendem a crescer na América Latina entre2005 e 2011. De acordo com o estudo desenvolvido, o número de linhas com a tecnologia cresce 87,5% aoano, sendo o Brasil o maior responsável por essa adoção. A implementação Asterisk, que possibilita o PABX IP têm um crescimento muito satisfatório no ambientecorporativo. Segundo KELLER (2009), no mundo, são mais de 200 empresas provedoras de VoIP usandoAsterisk, e mais de 4 milhões de servidores instalados com a solução de PABX IP. São muitas as empresas provedoras de VoIP. O crescimento e sucesso dessas empresas devem-se acustomização de serviços que elas oferecem aos clientes de pequenas e médias empresas. COSTA (2010) fazuma analogia entre as grandes operadoras de telefonia tradicional como sendo hipermercados e asprovedoras VoIP, como sendo mercadinhos. A proximidade e o atendimento personalizado em relação aocliente justificam o sucesso dessas provedoras. A telefonia IP está em grande crescimento, mesmo tendo que superar alguns desafios para a sua maiorexpansão. Os desafios são descritos a seguir.

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Desafios O sistema de telefonia tradicional oferece alta confiabilidade, e disponibilidade do serviço de voz a maiorparte do tempo, justificando a sua estabilidade por tantos anos mesmo em meio a tantas tecnologias novas decomunicação. Esses são alguns dos desafios da tecnologia VoIP: disponibilidade e confiabilidade. A tecnologia depende deenergia elétrica. A falta de energia elétrica significa a impossibilidade de fazer e receber ligações telefônicas.A Internet tem uma infraestrutura muito grande, sem gerenciamento centralizado, trazendo maiores risco deinterrupções ocasionais, interrompendo também o uso de VoIP. A qualidade de serviço, deve ser essencial para a comunicação VoIP, pois se a rede IP passar porcongestionamentos, atrasos e perdas de pacotes, a ligação telefônica será impossível. Assim como aimplementação de segurança na rede deve ter extrema eficiência, para que a ligação não seja interceptadaou degradada por um ataque malicioso. Outro desafio está relacionado aos telefones emergenciais, como da polícia ou bombeiros. Várias provedorasVoIP não tem suporte para esses telefones. Os serviços de emergência são encaminhados para as entidadeslocais, e como os terminais VoIP não estão limitados a uma área geográfica, é difícil determinar de onde aligação está sendo feita. Outra impossibilidade são as ligações para números especiais, como 0300 e 0500,tampouco ligações a cobrar. Outro problema a ser enfrentado é a transferência do número do assinante no caso de mudança para umaprovedora VoIP. O usuário necessita adotar um novo número de telefone, caso utilize o serviço para receberligações e cancele seu telefone convencional. Algumas provedoras têm tentado contornar esse problema,permitindo que o usuário escolha um número de telefone com terminação igual ao seu número anterior. As provedoras VoIP também não dispõem de listas telefônicas e nem de serviços como o 102 que possaminformar o telefone de um assinante, de um endereço, ou a mudança de um telefone. Outro aspecto importante é a requalificação dos profissionais envolvidos numa implementação VoIP.Profissionais de telecomunicações necessitam de treinamento para lidar com a rede de dados, assim como osprofissionais de tecnologia da informação, de treinamento para lidar com telecomunicações. Apesar dos desafios mencionados rodearem a telefonia IP, a sua adoção só tende a crescer, pois eles serãocontornados ao longo do tempo, devido ao interesse das próprias companhias telefônicas, na exploraçãodesse novo serviço, seja pela possibilidade de conquistar novos clientes, ou no intuito de não perder osantigos, mesmo que estabelecendo uma tecnologia menos lucrativa.

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Voz sobre IP II: Considerações Finais Mesmo a tecnologia VoIP sendo encarada como jovem (cerca de vinte anos), ela está cada vez maisamadurecendo, diante do gigante sistema telefônico tradicional. Parte das ligações telefônicas atualmentepassam por caminhos intermediários que utilizam VoIP, devido a digitalização da infraestrutura do sistematelefônico. A existência de protocolos padronizados para VoIP, assim como mecanismos de qualidade de serviço esegurança, proporcionam o surgimento crescente de produtos, implementações e empresas provedoras detelefonia IP. VoIP ainda tem alguns desafios a serem superados, que são recompensados pelos benefícios que ela podetrazer ao ambiente doméstico e corporativo. Essa tecnologia veio para revolucionar as telecomunicações,ocorrendo a tão citada convergência de dados e voz, e um gasto a menos com ligações telefônicas para sepreocupar no dia a dia. Portanto, a situação de um usuário que gostaria de se comunicar com outro independente da sua localizaçãoe sem a cobrança das tarifas elevadas das ligações, torna-se possível com a tecnologia VoIP. Assim como outras tecnologias fantásticas que foram criadas, VoIP se enquadra nos requisitos que a ciênciadeve proporcionar ao ser humano: tem como princípio o homem (com a sua necessidade de se comunicar), averdade (é uma tecnologia real) e o bem comum (todas, ou grande parte das pessoas podem usufruir de seusbenefícios). A mudança também ocorre na formação dos profissionais de telecomunicações, e de tecnologia dainformação, que precisarão ampliar seus conhecimentos em ambas as áreas, para a implementação de umarede de dados e voz. A grande expectativa para a VoIP, é que ela venha num futuro não muito distante, ser um alternativa maispresente da qual o usuário possa optar para realizar as suas ligações telefônicas, ou até mesmo que essatecnologia venha a substituir a telefonia tradicional. Nesse último caso, as companhias telefônicas terão deadotar efetivamente a VoIP para não se extinguirem, o que é satisfatório, pois dessa forma o usuário nãosofrerá com adaptações impactantes na usabilidade de seu telefone. Outro ponto satisfatório, é que atelefonia tradicional oferece alta disponibilidade e confiabilidade na comunicação. Se as companhiastelefônicas se dedicarem a otimizar a tecnologia VoIP, grande parte dos desafios citados serão superados.Portanto, se VoIP continuar a se expandir como está acontecendo, essas possibilidades de mudança nastelecomunicações se tornarão cada vez mais próximas. Como sugestões de trabalhos futuros, a tecnologia VoIP pode ser implementada e analisada dentre suasdiversas aplicações, sendo uma delas muito interessante a aplicação de PABX IP, com o software Asterisk,que pode substituir as centrais de PABX analógicas. Baseando-se nesta implementação, pode-se avaliar acomunicação de voz e os serviços de telefonia IP oferecidos.

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Voz sobre IP I: Teste seu entendimento 1. Qual é um dos problemas críticos de uma comunicação VoIP e que influencia na sua qualidade deserviço?

É o atraso fim a fim ou latência, que deve ser menor que 150 ms.

É o atraso interno aos sistema originador da chamada ou latência, que deve ser menor que 1500 ms.

É o atraso provocado pelos Codecs, que deve ser menor que 1,5s.

Nenhuma das anteriores. 2. Como a Anatel define VoIP dentro do arcabouço regulatório brasileiro?

Como tecnologia para fins de transmissão de dados.

Como tecnologia para fins de transmissão de Voz.

Como serviço de telefonia.

Como serviço multimídia. 3. Assinale a alternativa correta:

O serviço classe 1 oferece softphone para comunicação de VoIP PC a PC, e necessita de licença SCM.

O serviço classe 2 refere-se à comunicação VoIP em rede interna corporativa ou dentro da rede daoperadora, desde que de forma transparente ao usuário, e não necessita de licença.

O serviço classe 3 oferece uso de comunicação VoIP irrestrita, com numeração fornecida pelo ÓrgãoRegulador e interconexão com a Rede Pública de Telefonia (Fixa e Móvel), e necessita de licençaSTFC.

O serviço classe 4 oferece o uso de VoIP somente para chamadas nacionais ou internacionais.Nenhuma licença é necessária, independente de como o serviço é caracterizado, e de onde (Brasil ouexterior) e por qual operadora é feita a interconexão com a rede de telefonia pública.

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