Vodu

17
Vodu Entre as manifestações religiosas da tradição afro-americana -- macumba, candomblé e outros --, o vodu do Haiti transcendeu os círculos em que se desenvolve, uma vez que é explorado como recurso turístico naquele país antilhano. O vodu é um culto religioso popular de caráter sincrético. Incorpora aspectos do ritual católico-romano, datados da colonização francesa e originados de uma interpretação anômala dos ensinamentos derivados de um batismo muitas vezes imposto, assim como elementos religiosos e mágicos africanos trazidos pelos escravos das etnias ioruba, fon e outras. O termo deriva de vodun, "deus" ou "espírito" na língua dos fons. O culto tornou-se espécie de religião oficial da comunidade camponesa do Haiti. Embora os praticantes do vodu professem a crença num distante Deus supremo, as divindades efetivas são grande número de espíritos denominados loa, que podem ser aparentados a santos católicos, ancestrais deificados ou deuses africanos. Muitos

description

Apologhetics (in Portuguese) | Apologética (em português)

Transcript of Vodu

Page 1: Vodu

Vodu

Entre as manifestações religiosas da tradição afro-americana -- macumba, candomblé e

outros --, o vodu do Haiti transcendeu os círculos em que se desenvolve, uma vez que é

explorado como recurso turístico naquele país antilhano.

O vodu é um culto religioso popular de caráter sincrético. Incorpora aspectos do ritual

católico-romano, datados da colonização francesa e originados de uma interpretação

anômala dos ensinamentos derivados de um batismo muitas vezes imposto, assim como

elementos religiosos e mágicos africanos trazidos pelos escravos das etnias ioruba, fon e

outras. O termo deriva de vodun, "deus" ou "espírito" na língua dos fons. O culto tornou-se

espécie de religião oficial da comunidade camponesa do Haiti.

Embora os praticantes do vodu professem a crença num distante Deus supremo, as

divindades efetivas são grande número de espíritos denominados loa, que podem ser

aparentados a santos católicos, ancestrais deificados ou deuses africanos. Muitos adeptos

urbanos acreditam que os loas podem ser benévolos, os loas Rada, os quais se ligam aos

indivíduos ou famílias como anjos da guarda, guias e protetores, ou mesmo malévolos, os

loas Petro. Essas divindades comunicam-se com os fiéis por meio de sonhos ou deles

tomam posse durante cerimônias rituais. A presença do espírito é revelada por um estado de

transe numa dança estilizada ou por certas características especiais. Cada grupo de

praticantes tem seu local para realizar as cerimônias, que envolvem cantos, toque de

tambores, danças, preces, preparo de alimentos e o sacrifício ritual de animais. O santuário

ou houmfo é presidido por um hougan, celebrante masculino, ou mambo, sacerdotisa, que

age como conselheiro, curandeiro e protetor.

Page 2: Vodu

Com o tempo, o vodu perdeu seus traços ancestrais e adotou caráter nacional, com a criação

de formas típicas haitianas. Durante décadas a Igreja Católica condenou o vodu no Haiti,

mas como essa crença se tornou a religião principal da maioria da população, no final do

século XX os católicos resignaram-se à convivência com o culto.

Os Mistérios do Vodu Por Fernando Augusto Bento e Alexandre Farias

Maio é o período do ano mais ativo para os adeptos do vodu, pois é quando se intensifica o

ritual e magias em busca da “felicidade”.

Quando pensamos em vodu, sempre nos vem à mente bonecos sendo espetados por

agulhas. Este conceito pode ser visto até mesmo em um recente comercial de TV, onde uma

garota faz uma magia contra um rapaz lançando mão de uma prática vodu. Contudo, esse

grupo religioso misterioso envolve muito mais que isso.

Nos Estados Unidos, por exemplo, o vodu é praticado há mais de cem anos nos Estados de

Louisiana e Mississipi. No Haiti, quase toda a população se envolve com o vodu – o país

tem o voduísmo como religião oficial. Já no Brasil, o seu exercício foi veiculado com

grande sincretismo, pois se misturou ao catolicismo nordestino e aos cultos afros.

O fascínio pelo oculto

O pesquisador Josh Macdowell atribui a busca pelo oculto à curiosidade humana, que

conduz o homem ao esforço pelo conhecimento das coisas secretas, aquelas que parecem

extrapolar os cinco sentidos. De fato, desde épocas remotas, o homem tem perseguido

desvendar o oculto. Segundo comenta a psicóloga e professora universitária Any Lílian, “a

busca permanente pelo oculto, em geral, é o que todos fazemos ao tentar alargar nossos

conhecimentos, o que pode ser saudável, pois muito do conhecimento filosófico e científico

Page 3: Vodu

construído pela humanidade se originou de ‘mistérios’ tidos como ocultos no passado, mas

que estão desvendados no presente”.

Entretanto, o que temos diante de nós aqui é uma manifestação religiosa rigorosamente

ocultista envolvendo elementos que, para muitos, não passariam de lendas religiosas de

filmes de terror. Serpentes, fetiches, zumbis, cemitérios e outros itens dão conta de atrair a

atenção dos pesquisadores ao “mundo vodu”. O que pretendemos nesta matéria não é

promover o voduísmo, mas reportar seus mistérios e crenças exóticas, esclarecendo e

informando nossos leitores.

O voduísmo no Haiti

O termo vodum ou vodu, como chamamos, teve sua origem no Oeste da África, num reino

chamado Daomé, atualmente conhecido como Benin.Com a escravidão no século 19, os

nativos de Daomé foram capturados e levados para que fossem trocados por armas e

alimentos por mercadores europeus, o que os levou a se estabelecer em muitas partes das

Índias Ocidentais e no Haiti. Como na época a igreja católica demorou a constituir um clero

que pudesse batalhar pela religião cristã no Haiti, esta ausência prolongada deu aos

escravos a oportunidade de combinarem a sua religião, o vodu, com o catolicismo,

formando um denso sincretismo (mistura) religioso. Diz-se que 95% dos haitianos são

católicos e 100%, adeptos do vodu. Tanto é assim que, às vezes, é difícil determinar onde

acaba o catolicismo e começa o voduísmo.

O presidente haitiano, Jean Bertrand Aristides, ex-padre católico, declarou, em abril de

2003, o vodu como religião oficial do país. Com essa posição do governo, os casamentos

realizados no vodu passaram a ser aceitos e considerados oficiais, tendo valor religioso,

como ocorre com as demais religiões ao redor do mundo.

Contudo, apesar da proeminência voduísta no país, existe também um trabalho missionário

cristão que tem incomodado o sossego desse grupo. O fundador da Missão Evangélica do

Norte do Haiti, Jean Berthony, promove anualmente uma campanha evangelística no país, o

que tem gerado bons resultados. Numa dessas ocasiões, as autoridades locais proibiram o

Page 4: Vodu

seu trabalho, declarando que a cruzada evangelística do pastor Berthony teria sido a

responsável por expulsar todos os espíritos vodus do país durante um tempo.

Mas a importância do vodu no Haiti ultrapassa o âmbito religioso. O turismo haitiano tem

explorado o voduísmo com afinco. A ministra do turismo, Martine Deverson, disse: “Hoje

em dia existe uma consciência maior do patrimônio cultural do Haiti, e o vodu, apesar de

freqüentemente ser confundido com magia negra, pode ser fator de atração para os

visitantes”.

A adoração no voduísmo

Como em muitas religiões, o vodu também possui um templo. Mas o que caracteriza o

santuário é uma coluna chamada poteau-mitan. Localizada no centro do templo, essa coluna

é considerada sagrada pelos seguidores e é em sua volta que as cerimônias de comunicação

com as divindades são realizadas. Ao redor da poteau encontram-se desenhos decorativos

chamados vevers. São representações heliográficas de diversas entidades adoradas no vodu.

Aliás, entidades é que não faltam no vodu, que possui um grande panteão.

Os nomes das divindades se alteram, dependendo da região onde o ritual é praticado, mas a

maioria dos adeptos dessa prática considera que o panteão veio do Oeste africano. As

entidades desses panteões, por muitas vezes, são consideradas pelos adeptos como espíritos

de pessoas que já morreram, homens que tiveram importância dentro da comunidade

religiosa, príncipes ou sacerdotes. Esses espíritos levam o nome de loas, e podem ser

classificados em entidades de dois grupos:

Rada:: entidades transmitidas por Daomé.

Petros : entidades que, ao longo do tempo, infiltraram-se na prática religiosa vodu.

Segundo a crença vodu, as manifestações dos grupos petros e rada têm personalidades e

sensibilidades definidas e procuram sempre seguir uma família específica de adeptos.

Outras divindades são públicas, manifestando-se em qualquer pessoa.

Hungans e mambos

Page 5: Vodu

A maioria das religiões possui líderes que conduzem seus cultos e rituais. No vodu isso

também existe, eles são conhecidos por hungans. A mulher também tem a sua participação,

porém, a terminologia a ela conferida é mambo.

Existem algumas informações que apontam o voduísmo como uma religião matriarcal, na

qual a mambo é conhecida também como rainha, porém, é o hungan que preside o hunfort,

o santuário religioso. O sacerdote vodu possui várias posições: atua como curandeiro,

adivinho e exorcista. Nas comunidades em que se observa a falta do sacerdote a mulher

toma a frente, sendo considerada a maior autoridade religiosa.

Cerimoniais vodu

Geralmente, as cerimônias são realizadas no período noturno. Fazem parte do ritual:

bebidas de rum, frutas e jarros de barros. As bebidas e comidas são erguidas e oferecidas

aos loas, para invocá-los. No intuito de alegrar essas entidades, os voduístas lhes oferecem

também sacrifícios de aves, porcos, galinhas, bodes e afins. Após as oferendas com danças,

os loas possuem os corpos de seus súditos. É interessante que nas possessões os indivíduos

não possuem consciência daquilo que fazem e, conseqüentemente, não se lembram de nada

após o término do ritual.

No vodu, mais ou menos como ocorre na Umbanda, as danças em volta da ponteau-mitan

são de suma importância, pois servem para se obter a espiritualidade: as pessoas que

envolvem com a dança são mais rapidamente possuídas. Para cada divindade existe um tipo

de música, instrumento e ritmos específicos, segundo o gosto de cada loa, que exige que

tudo seja purificado e consagrado para o ritual. Na Umbanda, os atabaques também são

consagrados para fazer que os orixás de Aruanda e Orum se manifestem.

As serpentes também fazem parte de alguns cerimoniais. No ritual chamado mambo, o

réptil é retirado de um cesto e posto bem próximo do rosto da sacerdotisa que, ao tocar no

animal, recebe, supostamente, visão especial e poderes sobrenaturais.

Segundo a crença vodu, os primeiros homens criados eram cegos e foi justamente a

serpente que conferiu visão à espécie humana.

Page 6: Vodu

Boneco vodu

Sem dúvida, o boneco vodu é o primeiro elemento que vem à mente dos leigos quando se

fala em voduísmo. Tal objeto é empregado para invocar os poderes dos deuses do vodu e

recebe o nome de fetiche, que significa feitiço. O fetiche é confeccionado por quem irá

realizar o trabalho de magia e, enquanto é feito, a pessoa tem de mentalizar os objetivos que

quer alcançar com o ritual e “transmitir” sua energia ao boneco.

O fetiche deve ser feito com a semelhança anatômica de uma pessoa: cabeça, tronco e

membros. Partes indispensáveis para a “eficácia” da magia são os órgãos genitais

masculinos ou femininos. O boneco precisa ser batizado com o nome da pessoa que irá

representar e, geralmente, é feito de massa de modelar, nunca de pano ou outro material.

Segundo as sacerdotisas, tais bonecos são feitos para realizar o bem, para se alcançar

prosperidade e curas. O que pessoa precisa fazer é perfurá-los com espetos ou alfinetes.

Mas na prática as intenções nem sempre são essas.

Zumbis

Outro elemento do culto vodu é o zumbi. O cinema norte-americano popularizou esses

“personagens” em seus filmes. Todavia, os seguidores do vodu dizem o seguinte: “Aquilo

que o cinema mostra é totalmente diferente do que é feito na prática vodu. Os zumbis não

são pessoas mortas, como divulga o cinema”.

Na verdade, segundo os ensinos vodus, o processo para se chegar a ser um zumbi é feito

por meio de ervas que contêm substâncias capazes de deixar a pessoa em um estado de

“morto-vivo”. Para o médico Carlos Alberto Serafim, especialista em cardiologia, esses

compostos de ervas deixam o batimento cardíaco mais lento. As ervas utilizadas pelos

sacerdotes têm a capacidade de dilatar as pupilas, fazendo a pessoa perder a sensibilidade à

luz e deixando-a em um estado de transe, o que facilita o processo de ritual feito pelo

sacerdote, uma vez que o candidato torna-se totalmente manipulável.

O pesquisador e antropólogo do museu botânico da universidade de Harvard, Estados

Unidos, Wade Davis, que se envolveu com a sociedade secreta do Haiti, foi procurado há

Page 7: Vodu

algum tempo por dois psiquiatras que acreditavam existir uma poderosa droga capaz de

transformar uma pessoa em zumbi. Davis explicou o seguinte:

“O ritual se dá por meio da magia negra [...] a vítima tem todo o indício de morte aparente,

quase não respira, tem a pele fria, quase não tem pulsação e, mesmo assim, está viva”.

Isto se deve ao fato de a pessoa ficar horas sem oxigenação no cérebro, o que reduz o seu

nível de consciência. O curioso é que entre os componentes da fórmula utilizada pelos

feiticeiros podem ser encontrados narcóticos, tetradotoxina, veneno neurotóxico e até

veneno de rãs.

O feitiço do zumbi

Dentro do sistema de crenças vodus, o zumbi é um dos feitiços mais temidos. Muito mais

do que a magia dos bonecos.

O bokor, praticante de magias e feitiços, possuído por uma entidade chamada Baron

Samedi, fornece as diretrizes para a pessoa que deseja praticar a magia. O “cliente” tem de

ir ao cemitério, à meia-noite, e ali apresentar ofertas especiais às divindades. Dali, ele deve

tomar um punhado de terra para cada pessoa que deseja matar (esta é considerada uma

magia negra para a morte). Após pegar a terra, o praticante deve espalhá-la pelos lugares

em que suas vítimas costumam passar. Depois, retira algumas pedras de um túmulo, as

quais servirão como instrumentos para realizar o designo maligno. Quando o praticante

joga a pedra na porta da casa da pessoa para qual a magia foi direcionada, a vítima começa

a adoecer e a emagrecer, chegando à morte em um curto espaço de tempo.

Mas, segundo a crença vodu, o feitiço pode ser desfeito. Se por acaso esta pessoa for

diagnosticada a tempo de que recebeu o tal feitiço, ela deve procurar um hungan

rapidamente para retirar-lhe a magia e expulsar os maus espíritos.

Biblicamente, sabemos que o crente não precisa se preocupar com feitiços de nenhuma

espécie, por mais assustadores que sejam. A palavra de ordem para que o cristão não seja

alvo destes e de outros dardos do diabo é temer a Deus: “O anjo do SENHOR acampa-se ao

Page 8: Vodu

redor dos que o temem, e os livra” (Sl 34.7). Em nossas vidas, a maldição sem causa não se

cumpre (Pv 26.2).

Magia do bem ou do mal?

Apesar de tudo isso, existe uma certa militância por parte de alguns voduístas em insistir

que a magia vodu trabalha para o bem. No vodu, a idéia de distinção entre a magia do bem

e do mal é difundida com esmero, pois a sacerdotisa ou o sacerdote geralmente recusa-se a

realizar magia negra que, segundo eles, se destinaria apenas aos bokors – oficiantes do

ritual com fins maléficos. Assim, hungans e manbos realizam rituais para o “bem” e os

bokors, para o mal.

Analisando algumas manifestações afro-brasileiras, vemos que existe também uma grande

preocupação em não macular sua prática religiosa, a fim de que seus conceitos e propósitos

não sejam confundidos. Os umbandistas, por exemplo, se esforçam em pregar que sua

religião desenvolve magias voltadas para o bem, enquanto que a Quimbanda, para o mal.

Todavia, ao verificarmos as práticas observadas pelos dois segmentos, constatamos que

seus elementos ritualísticos são rigorosamente idênticos. Por exemplo, as oferendas com

sacrifícios de animais e os toques dos tambores e danças são partes peculiares dos cultos

afros. Semelhantemente, isso ocorre também no Candomblé, onde a prática de sacrifícios

de animais é “exigida” pelas entidades por ocasião das possessões dos espíritos.

Rótulo diferente, embalagem igual

Como o leitor pode perceber, o nome vodu, em relação a algumas manifestações afros,

pode até ser diferente, mas os fundamentos principais expressados em suas práticas não são

tão estranhos assim, quando comparados com as práticas exercidas nas macumbas,

independente da linha a que pertencem: Umbanda, Quimbanda, Candomblé... onde os

fetiches do vodu são substituídos pelos patuás.

Até o sincretismo do voduísmo com o catolicismo do Haiti pode ser claramente enxergado

no Brasil por meio dos cultos afros. Podem-se alterar os nomes, mas as castas espirituais

são as mesmas: orixás africanos e santos católicos dividem os mesmos altares. Se no vodu o

Page 9: Vodu

lado da “esquerda” existe, no Brasil temos a Quimbanda. Tal como no voduísmo, nos

cultos afro-brasileiros também são feitos “trabalhos” em cemitérios e oferendas em

cachoeiras, encruzilhadas, etc. Aliás, muitas iniciações da Quimbanda são feitas em

cemitérios. Enquanto no vodu confeccionam-se fetiches batizados com o nome da pessoa

que se almeja atingir, nos cultos afro-brasileiros costuram-se as bocas dos sapos com o

nome da pessoa dentro. O vodu pede um período de preparo para os iniciados, no

Candomblé o iniciado deve se preparar por alguns meses. Os pais e mães-de-santo possuem

os mesmos atributos dos hungans e das mambos.

A herança espiritual muda de nome, mas não muda de senhor. O rótulo é diferente, mas a

embalagem é igual!

Contra o vodu

A prática vodu é feitiçaria sem maquilagem. A Bíblia identifica tais práticas como cultos

demoníacos. A história relata que a igreja primitiva teve de ser submetida a constantes

advertências por parte dos apóstolos porque os cristãos daquele tempo eram seduzidos a

buscar nos feitiços e magias a “felicidade”. Hoje em dia, é isso o que constatamos entre

aqueles que não têm suas vidas regidas pela Palavra de Deus. A Bíblia é expressa em

apresentar sua oposição aos sacrifícios dos cultos afro-brasileiros ou voduístas: “Que digo

pois? Que o sacrificado ao ídolo é alguma coisa? Ou que o próprio ídolo tem algum valor?

Antes, digo que as coisas que eles sacrificam é a demônios que a sacrificam e não a

Deus...” (1Co 10.19,20).

Para que possamos alcançar bênçãos, curas e outros benefícios, seja para nós ou para

nossos amigos, parentes ou irmãos, não precisamos confeccionar nem “energizar” nenhum

objeto, principalmente bonecos. Tampouco devemos ter medo de magias, pois a Bíblia nos

assegura que contra os crentes o encantamento é inválido, não tem eficácia (Nm 23.23).

Quando precisarmos de algo, devemos recorremos ao Senhor nosso Deus, colocando diante

dele nossas necessidades (Mt 21.22; Mc 11.24). Somos purificados pela luz divina e não

por meio de rituais tenebrosos. Para tanto, devemos apenas andar na presença de Deus,

Page 10: Vodu

mantendo comunhão uns com os outros. Agindo assim, o sangue de Jesus nos purifica de

todo o pecado (1Jo 1.7).

Muitos brasileiros (inclusive alguns crentes, infelizmente) possuem certa tendência ao

misticismo, o que os leva a assediar o oculto, e isso, muitas vezes, os torna vítimas de seus

próprios desejos. Aos crentes com essa tendência, devem, a todo custo, resistir a tais

ensinos e seguir a receita básica diária para a sua vida espiritual: leitura bíblica, oração,

testemunho e santificação. Somente assim conseguirão sair vitoriosos diante das setas

inflamadas do diabo.

Um homem com duas almas

Os haitianos praticantes do vodu acreditam que o homem possui duas almas:

Gros bon ange: cuja tradução é: “grande anjo bom”. Essa alma, segundo acreditam os

haitianos, tem a capacidade de sair do corpo enquanto a pessoa dorme. E, se não retornar, a

pessoa morre.

Petit bon ange: traduzido quer dizer “pequeno anjo bom”. Essa alma, segundo crêem,

proteger e guiar o adepto. Quando a pessoa morre, ela permanece por alguns dias

guardando o corpo. Somente após um período de nove dias, contando a partir do

sepultamento, é realizado um ritual para afastá-la.

Como a reencarnação faz parte da crença vodu, seus praticantes acreditam que a petit bon

ange se transforma em algum objeto ou animal, geralmente uma grande serpente. Após a

transformação, se aos rituais de sacrifícios e cerimônias, sob a responsabilidade dos

parentes, forem negligenciados, a vingança da petit bon ange se volta contra eles.

_______________________

Aos interessados em saber mais sobre vodu e crenças ocultas, segue uma relação de obras

interessantes e alguns sites:

Page 11: Vodu

Dicionário de religiões, crenças e ocultismo, de Nichols & Mather, Editora Vida, 2000.

O império das seitas, de Walter Martin, Editora Betânia, 1993.

Entendendo o oculto, de Mcdowell & Stewart, Editora Candeia, 1996.

Os fatos sobre os espíritos guias, de Ankerberg & Weldon, Chamada da Meia-Noite, 1996.

www.icp.com.br – Instituto Cristão de Pesquisas

www.cacp.com.br - Centro Apologético Cristão de Pesquisas.

Gostou desta matéria? Leve até sua igreja os palestrantes do CACP. Para

mais informações acesse o link "Palestras", na página principal ou ligue

para nós.

Adquire também nossas apostilas. Para maiores informações, acesse o link

"Apostilas" na página principal ou ligue para nós.

Faça a assinatura da melhor revista apologética da América Latina,

revista "Defesa da Fé". Quer saber mais? então ligue (17) 225-8002.