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ANNO XVII RIO DE JANEIRO, 20 DE AGOSTO DE 1914 NUM. 1QI0 (E:. Vs. (*^§!íS-SS£__^- XwJwS.-*-<7*;-»'<;>s^ n ) _______________mbbw ^m ______________'¦L VT V W «===== SEMANÁRIO HUMORÍSTICO lLI_USTI$__4»0<fc-^==% lj^NUIIISK© AVULSO - 300 vitiy | J>V^ SEMANÁRIO HUMORÍSTICO 1LLÜSTI, íyuii__<_ii© avulso -- ao© réis1 Redacção, escriptorio e officinas - Rua do Hospicio N. 21&^r..télep_ione N. 3515 __________________S _______^^*4Í^_______________r' ;V^l^i' ' ^33S_____ ________________¦ Hkv%ív( __________¦// / ^t ^B^F_______________ srW^^^E^tW^^Z^'''a «ffiE* f f *"Á. \ ^lr í ' ^V" X. j^k^ 119_f__^dÉÍ________s9__________r Vt \.i / \ V ~ hHV\ 10K«e1ÍP^«^-'':-"-'^^__. 81 I" *" ^ \ V, V^^L\«' '-''¦¦¦ ¦-:'...•?;'¦ ^^\*i____É^k^^^^^__/ 1- \ \ ' W^Jr ¦ 1':'¦ ", ~ ' ¦¦ ¦"':¦''.'¦¦ ,'¦,.'.-._..,;..:¦-...-., .'*«.-- .', ,; ,•-'..' æ_f ²O' minha bella menina, o buraco do seu cofrezinho é muito apertado para a minha moeda.. ²Experimente, sem susto, pois sempre ouvi dizer que com cuspe e geito tudo se arranja.. I ELIXIR DE NOGUEIRA Do pharmaceutico e chimico JOÃO DA SILVA SILVEIRA PELOTAS RIO GRANDE DO SUL Grande depurativo do sangue. Único que cura a "Syphilis" Vende-se em todas as Pharmacia» e Drogarias.

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ANNO XVII RIO DE JANEIRO, 20 DE AGOSTO DE 1914 NUM. 1QI0

(E:. Vs. (*^§!íS-SS£__^- XwJwS.-*-<7*;-»'<;> s^ n

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«===== SEMANÁRIO HUMORÍSTICO lLI_USTI$__4»0<fc-^==%

lj^ NUIIISK© AVULSO - 300 vitiy | J>V^SEMANÁRIO HUMORÍSTICO 1LLÜSTI,

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O' minha bella menina, o buraco do seu cofrezinho é muito apertado para a minha moeda..Experimente, sem susto, pois sempre ouvi dizer que com cuspe e geito tudo se arranja..

I

ELIXIR DE NOGUEIRA Do pharmaceutico e chimico JOÃO DA SILVA SILVEIRAPELOTAS — RIO GRANDE DO SUL

Grande depurativo do sangue. Único que cura a "Syphilis"Vende-se em todas as Pharmacia» e Drogarias.

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; 2 =g§] (-) ° RI" NU (-) _M~ =gg 2!) de Agoslo de 1914 [ !'

C lE2gPEEB5BEH¥Eã f2 do r~" y

O B3S(J6 WFUNDADO EM 1S9S

ASS10NATURASAnno . . . 125000 | Semestre.

Exterior: Anno 205000Numero avulso, 200 réis

Nos Estados e no interior, 300 réis

Toda a correspondência, seja deque espécie fôr, deve ser dirigida aogerente desta folha.

75000

OToS ÍODO

K?''':'íPSí" AQUELLE dia eu sahira muito""¦ ''rvl'-. ccl1° cla cas:l cta baroneza de¦0%^í\T Cascanella. Negócios urgentes

^^Jjláa* chamavam-me ao Pio e, ás pres-sas, despedi-me delia que, ainda somnolenta,me disse :

Até logo, queridinho!Foi preciso muito sangue frio e lembrar-

me da hora da passagem do trem, para nãoresponder-lhecom umasérie de beijos naquellarosea boquinha.

Deixei-a, mollemeute estendida no leito,á espera do primeiro raio do sol, que, entrandopela janella entre-aberta, viesse brincar nosnegros cabéllos e aquecer aquelle organismo,exliatisto pelos tremendos combates noctur-nos. Quando cheguei á porta do quarto vol-tei-me, ainda uma vez, para contemplar afigura graciosa da baroneza. Sobre o almofa-dào espalhava-se, como uma auréola, a cabel-lei ia a emmoldurar-lhe a carnaçào mate deum collo, cujo cinzelado Phidias não desde-nharia assignar. Sob a camisinha rendada, decustosa baptistc, duas saliências rígidas entu-mesciam o tecido e através das malhas darenda, á luz mortiça da vela, via dois vérticesrubros que pediam beijos a cada instante.

O resto do corpo perdia-se sob as mys-teriosas dobras dos lençóes.

Um dos braços circumdava a bella cabeçae, nú, desafiava os instinctos de animal car-nivoro que todos nós possuímos em maiorou menor escala.

Precipitei-me pela porta fora, sequioso jápela volta e repetição das scenas das noitesprecedentes, mas ainda ouvi a baronezadizer-me:

Joga hoje na cobra; sonhei e sabesque sou infallivel.

Realmente, em contradicção ao apliorismopopular —feliz nos amores, infeliz no jogo —até aquelle dia, sempre os sonhos da baronezaforam magníficos palpites. Muitas vezes nãovia, claramente, cm sonhos, o animal ven-cedor do dia, porém deducções lógicas davamcomo resultado certeiro palpite.

Joguei e joguei muito na cobra, mas, átarde, os banqueiros pagavam as pontes doavestruz... A baroneza enganara-se.

Quando, no silencio da noite, recolhidosao quarto, lhe perguntei porque me deraaquelle palpite, contou-me o seguinte :

Sonhei que estava passeando nas mat-tas da fazenda, e que vi um grosso cipó,com movimentos ondulatarios, sahindo dosopé de uma pedra, coberta de musgo rasteiro,já ennegrecido pela acçâo do tempo. Pare-ceu-me ser uma cobra, e mais augmentou aminha certeza quando percebi ao lado doréptil, em larga folha de tayoba, a babapeçonhenta que alli havia vertido, sem duvida

para atravessar o rio, como quer a crendicepopular.

Sabendo que assim era inoíiensiva, agar-rei-a e forcejei pornrrancal-a daquelle logar;não o consegui e segurei-a, com uma dasmãos, pela cabeça, emquanto corri a outrapor sobre o corpo do ophidio, até encontrara pedra; nesta oceasião distendeu-se, gradual-mente, como si tivesse sido hypnotlsadapor um fakir, lu acordaste e... sabes o resto.Quando hoje te vi, lembrei-me do sonho epedi que jogasses na cobra.

Pois si me tivesses contado logo quedespertamos teríamos ganho muito dinheiro!

Como assim ? Pois não jogarias nacobra ?

Não. Estudemos o sonho e verás queo teu palpite não foi bem. Era grande apedra ?

Sim, era volumosa e aliectava a fôrmade uma bola.

Náo haveria um risco escuro a meioda pedra ?

Agora, lembro-me, existia um signalao longo da pedra, parecendo unia costuracom lã de bordar.

E não ptldeste remover a pedra ?Nào. Era demasiado grande.Pois, filliinha, erraste no teu prognos-

tico. Era o avestruz o bicho em que deviaster palpitado!Por que ?

Porque apenas seguraste o longopescoço do avestruz e não pudeste agarral-opelo corpo, grande para tuas pequeninasmãos.

E aquella substancia sobre a folha detayoba não era a peçonha de uma cobra ?

Não, querida, era a bilis que o pobreanimal, enraivecido, vertera quando forcejavapara escapar-se de tuas mãos e procuravarefugiar-se na toca...

DHOLMICIO MAUREL.

Licor TibainaO melhor pitriíica.-

•— dor do sangue —

GRANADO & C. - Rua Io de Março, 14

Então, tomaste o remédio que o me-dico te receitou V

Não ; preferi tomar o Peitoral de An-gleo Pelotense, que é mais efficaz para a tosse.

1'ara o MOTTE n. 9 da 4« serie

Tenho esperanças, Rosinlta,De ser cotntlgo feliz

recebemos as seguiu les glosas :

Nunca vivi descontenteCo'o teu desprezo, prlniinha,Porque, sendo eu insistente,Tenho esperanças, Rosinha,De que um dia serás minha.Creio no Grande Juiz...Pelas promessas que fiz,Beijando-te a rosea faceNa noite do nosso enlace,De ser condigo feliz...

DONA üUASCA.

Firme estou sempre na minha. ..Deixa de dengues, de luxo...De aguentares o repuxoTenho esperanças, Rosinha.Tens medo?.. . De que, tolinha ?Desta mão de almofariz ?...Mas isso apenas me diz,Sem forçar a natureza,Que eu posso ter a certezaDc ser condigo feliz...

MAR SAL.

Dizia o primo á priininha :Eu hei dc casar comtigo!

E sabes porque é que o digo ? I7'c/í/ío esperanças, Rosinha.E nào te faças tolinha,Que hei de te dar um petizMandado vir de Paris 1

Também tenho pela certa,Tendo tu a bolsa aberta,Dc ser comtigo feliz !

ZEDORIO.

Dizia o Thomaz CaminhaA' filha do Braz Maduro :

Tu serás o meu futuro,Tenho esperanças, Rosinha,E quero ver-te sosinlia,De noite no chafariz,P'ra te mostrar a raiz...Dum amor sincero e puro...Espero, mesmo no escuroDe ser comtigo feliz.. ¦

H. RAMON.

Quando passar á tardinhaCom leu immenso fulgor,Fico morrendo de amor,Tenho esperanças Rosinha,De beijar tua florsinhaDe amor, o que eu sempre quiz...A consciência me dizQue não irei só na frenteE que não fique descrenteDc ser comtigo feliz...

MOREL1NO.

Fora da religião/cc Alem das tres irmãs que

chamou para Roma, a mais velhadas quaes falleceu agora, Pio Xtem outras irmãs casadas comum hospedeiro de Riesse, etc.»

(Do Eslndo de S. Paulo.)

«Outras irmãs casadas com um hospe-deiro !»

Com certeza o noticiarista, ao escrever,esqueceu-se de que S.S. Pio X.como todos ospapas, professava a religião catholica, após-tolica, romana, e botou a coisa no plural !

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=jg§] 29 de Agosto de 1914 3jg|==11 M ° lílü NU (_)

Na Paulicéa...Encontramos ha dias na rua 15 o Cama-

eho sobraçaudo uma caixa com uni par desapatos de mulher. Ia ao Correio, ieinettel-ospara Campinas, á Sulia.

E ainda o moço nos dizia que náo queriamais saber da gabiráu. .

.t .' Vocês já tiveram oceasião de ver comoficou u Radainés depois da barracão que lhepespegou a lanetli?

Anda triste, desconsolado.. .E' natural. Sem mulher chie faltam-lhe

também... as vantagens que delia sempreativem.

ae Causou-nos verdadeira surpresa a idado Méco ao Lyrico, de casaca e de cartola.

Com certeza é a influencia da zona Ypi-ranga. Desde que se mudou para lá o inele-fectivel gigolo tem gosado novos ares muitomelhores do que os antigos.

it-a' O' sen Albuquerque, aquelia (ita daconquista da inulaliiilia da zona transversalá Tymbiras é verdadeira?

Você sempre nos sahiu um garganta !...'«ar A frauceza da Pensão Borboleta tem

trazido pelo beicinho, ultimamente,oCamachc.Ah ! que si a Sofia chega a descobrir...ar Voltou a freqüentar a casa da Lola a

Celeste, ex-querida do Moreno.E' o caso de se dizer que tem a Lola a

encrenca de portas a dentro.ar Até á ultima hora o Mario do Estudo

continuava a esperar a carta da Jeiiny, doRio. . ,Essa paixão tão avaccalhada ainda matao pobre rapaz !. . .

.ti' Conhecendo que a paixão do Danielé verdadeira, a Emilia da praça da Republicadecidiu pensar, afim de ver si pôde ou naodar-lhe attenção.

Já pôde dizer o Daniel que esta commelhor sorte.

ar AJaueth, da praça da Republica, naose tem fartado de provar ao Costabile quantogosta de vel-o ao seu lado.

Ha quem diga, porém, que a bella derni-moiiduinc faz isso somente paia ver o Rada-més ainda mais desesperado.

E' muito cruel !ar Já se installou na zona Tymbiras a

wesugth do Manéco. .Ò Camargo é que não está nada satisfeito

com isso.ae Desesperado com as notas qae demos

sobre elle, o Barros do íris jurou por todosos seus deuses não freqüentar mais a zonados seus amores.

Mas é fita do moço lodo familiar-Então as paixões avaccalhadassüo coisas

que se botem para fora do coração tão fácil-mente como se adquire ?

E depois. . . como compensar o dinheirojá gasto ?

Tem cada uma, o Barros!ZE' PAULISTA.

Au Bijou de Ia Mode ¦

MASCA REOI8TRAD»'

Quando se consegue popularidade e admi-ração pelos próprios actos, tem-se um futuro

garantido, porque tal sagração cnnslitiie a provairrefutável do aliei merecimento tle quem recebea homenagem espontânea,

E' por isso que a popular AlfaiatariaGuanabara vê a sua freguc/.ia aiigmentada,o que prova que cumpre á risca o que promette:servir bem, fazer bem feito e pelo menor preçoque é possível levar ao freguez.

Enviam-se instrucções e acceitam-se pedidosdo interior, dando-se agencia.

F..ra fR©Ç?fl1

Grande depositode calçados, por

atacado e a varejo. Calçado nacional e esiran-aeiro para homens, senhoras c crianças. Pre-ços baratissimos, rua da Carioca n. SO — Te-lephone 3.660.

Attende e verás

Si commigo, minha Fina,Nào te mostrar's zangadinha,Eu dar-te-ei uma coisinhaComo tu quer's — pequenina.

ZÉ.

José - tomatesEm vão plantava ;Rosa — uma pombaLinda criava.

II

E assim viviamNa paz mais doce,Como si a vidaDe flores fosse.

III

Porém brigaramUm certo dia...li foi-se a paz,Foi-se a alegria.

IV

José, entãoCabra de arromba,Vendo que a causaFora a tal pomba,

Cheio de raivaE por pirraça,Pegando a pombaQuasi a espedaça.

VI

Porém a Rosa,Que tudo vira,Oi ita bem altoCheia de ira :

Vil

Deixa-me a pomba, Jose,Nâo mais assim a maltrates,Sinão piso sem demoraEm cima dos teus tomates 1...

PHIDIAS.

% Galeria Artística %..visamos uns leilnros i|in- te-nliamfali:, ile- i.l-iunias i-s««iiipiis ela nossaGaleria ArtlMCic». <¦ «iticli-mii comple-

, ,.,,ll,-i-,.-_.o. qiil-.n, nosso l'seTÍ|l-«orlo i-xislcm .¦v.-ii-plai-rs «le- Iodosos oiiiu. r..'- <le> '*'<» *• «l.-s.le- o ini-rio «Ia pu.lllicU-.-An «le-ssa «alci-ia. po-ll.-.i.lo s.-r a.l.iiiiiielos sem aunm.-iKo

de preço.

PERFIS SUBURBANOSM. P. B.

E' o «ainondrongado» Manoel da vendado Cachamby, -

Alimenta ha muito tempo a esperança vade possuir uma formosa «boneca de biscuit»de luto, que não lhe liga a menor impor-taucia. , ,

E' que o «moudrongo» e cynico e estaacostumado com a facilidade das «Mias» e danoiva do ex-socio, e dnhi pensar que todasas mulheres são... avaecalhadas '.

Estraiwu a «ventura., do ex-socio que javivia «i tão perto da felicidade com a suaZut . (mira teve elle ua pequena), e bar-roti-o na sociedade, sem ser a «Machado» !

Embora seja capiáo, o Manoel é pirata eatira-se a uma... Cecília!

^ ^^

A MA\MMA\ID>EIIEÁ\D. Esquentina, solteirinha de seus insi-

gnificantes e ingênuos 19 annos, alimentousempre a esperança de não abandonar ospredilectos antecedentes, isto é, emquantovivessem os seus progenitores, ella não seuniria a homem nenhum.

üozava de dotes inteüectuaes; sabiacomo raras o nosso idioma vernáculo, o ila-liano, o francez, etc, e também era prepa-rada em trabalhos manuaes...

A' D. Esquentina pela sua educação, ele-gancia e attrativos, muito concorreram essasprendas para em breve tempo captar os laçosde amisade do Sr. Araçá, abonado negociantedesta capital, abastado capitalista e muitoconsiderado pelos seus dotes cavalheirescos,tanto assim que fora agraciado pelo governoportuguez (ia me esquecendo de dizer que oAraçá nascera nas plagas lusitanas) com acommenda da Ordem de Christo.

Este congraçamento de fraternal affectoentre D. Esquentina e o Araçá constituiu oenlace do intellecto com o dinheiro.

Em pouco tempo, em curtos períodos deconhecimento, o erário do negociante estavaum tanto escoado das lindas notas que ata-petavam as gavetinhas do seu thesouro,fechado a sete chaves para qualquer indi-gente, mas aberto de par em par sempre quese tratasse dos seus desvarios libidinosos edos seus caprichos sensuaes.

Dos amores do Araçá com a Esquentinanasceu um rechoncluido pimpolho.

Devido á escassez do seu leite. D.Esquentina alimentava a criança com leite devacca. Punha-o em uma mammadeira e davaá criança.

Certa vez, alta noite, a criança começoua chorar e sua mãi procurou na cama amammadeira e como estava no escuro custoumuito a encontrar.

Afinal pegou numa coisa, julgou quefosse o bico da mammadeira e ia dar ácriança.

Ella, porém, havia se enganado eo Araça,sentindo-se oilendido no seu amor próprio,reclamou.

Esquentina, não comprehendendo a recla-inação, disse :

— Eslá aqui, peguei no gargalo da mam-madeira. Está tão cheia que o leite estápingando. . .

H1RU' E I. Z1DRO.

Bole... bole...

Bole, bole, Josephinha 1

(Dizia o Romeu á prima)Vai bulindo na coisinha'Té a coisa vir acima 1

ZÉ.

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="--!S! 29 de Agosto de 191-1 -IrS M ° R1° NU (~} EM-

Regras de civilidade|S,

CDA colossal guerra ettropéa otlerece innii-

meras occasiòos dos nossos elegantes homense mulheres se tornarem notáveis pelas phrasesde fino espirito e requintada graça.

Ans mais acanhados dos nossos simirlsfornecemos alguns exemplos de ttltra-chlcopporttiuidade. Devemos dizer:

CDA uma senhora casada com um francez

não reservista:V. lix. deve andar bem cansada.Porque, cavalheiro ?Ora, porque ! Para conservar seu

marido sempre armado I...CD

A outra, cujo esposo partiu para a lucta:Meus pezamesl Emquanto seu marido

andar pela guerra, V. Ex. aqui sosinha ha dever o russo, principalmente á noite.

Esta elegantíssima phrase pôde ser assimconcluída ,

Olhe; não seja arara! Chame a reserva'.CD

E' iimifo fácil que se seja chamado paradar opinião sobre qual o vencedor, numadiscussão entre senhoras.

Vé-se qual a mais geitosa e espera-sepacientemente que a mesma nos interpelle:

_ Vamos, seu Aquelle, qual a sua opinião?A minha?! Ah! V. Ex. está com a

minha e pôde contar com ella emquantodurai' a guerra.

CDTambem é muito possivel que nos peçam

para decidir qual a arma de guerra superior.Um cavalheiro correcto dirá logo :

— De cavailaria nadai Nem cheiro!Tenho medo de cavallos que me pêlo. Só otratal-os é horroroso ! Não ê, minhas senho-ras 1 De artilharia nem falemos: bastam oscanhões que aturamos todos os dias. Nada !Francamente, sou pela infantaria. Não lianada melhor que unia boa espada !

li digam: as senhoras todas não preferiamenfiarem-se numa bôa espada a terem meiadúzia dc cavallos em cima V

PETRONIO.

Folhetim do "Rio Nu" (7)

Licor TibainaO melhor pzzriiiczt--- dor do sttngae --

GRANADO & C. - Rua i" de Março, U

À\ s DimlhisiiPo

A MULHER — O' Jucá, tu me picaste estanoite ?

O MARIDO — Não. Porque? Sentiste ai-guina picadura ?

A MULHER— Senti, sim. Estava sonlian-do corntigo, sabes? Sonhei que segurava nastuas pernas, que te fazia cócegas, que tedava cafunés...

O MARIDO— Cafunés nas pernas?!A MULHER —Então? A gente sonha tanta

bobagem !... ¦',6 AlARIDO — Sim. E efepois ? ...A mulher—Depois.-!., .'quando me clie-

guei bem para junto de ti, senti uma pi-ca d ura... • í.^,»

O AlARIDO — Pois olha: si te dei alguma,estava tambem a sonhar...

HERODES.

Está á venda o N. 11 dos Contos Rápidosintitulado: Na Zona... Apavorante novellarealista. — Preço 300 rs. Pelo Correio 500 rs.

CKB""&BN[1H?"S id;i: ESTKCOS

Caramnda — Vimos logo na assignatiirada sua porqulssima carta que havia troca de11111 d por um h. Faça a emenda e sente-se IQuanto ao resto, pode se... fumar á vontade.

JUCÁ ATRAPALHADO — Atrapalhado não ;burro, sim I E' o que é ! Que diabo de faltaspoderá você sentir nessa longa viagem quandoconfessa que na sua turma tem tres gtirys etanto ? Quem não tem gato caça com cachorro;logo, é lógico, intuitivo, que você tem sortep'ra... allemão. Deixe-se de tremeliques evá tocando o páo para dentro.

Um senhor — Que patusco I Sim senhor,pode gabar-se de nos ter provocado boasgargalhadas. Quer então saber, depois daguerra, para que paiz deve ir ? Onde haveráfalta de homens ?

Em todos elles, meu caro senhor, porémcom a differença que será falta de homensvalidos e nâo inválidos como você com osseus 69 no cangote. De braços robustos enão de lingua i que os paizes em guerra vãoprecisar.

Que patusco é você !...Bilú — O melhor é deixar esse negocio

com o Leão. Cão de fila é grande como o diabo,pôde haver um descuido e depois é um nópavoroso. Essas coisinhas só muito superfi-ciaes, sinão, adeus aquillo !

Troque o Leão por um totózinho felpudo,de focinho comprido, que é mais própriopara guardar o quarto de uma... donzella.

JOÃO DURO.

raCiTS(G[ü)Uirra

Não sejas louca, Julinha,O meu amor és só tu...E podes estar certinhaDe que sempre serás minhaEmquanto me dér's o... tempo.

ZÉ.

Memóriasd'uma colcha

§1 Por PORTOS H

IV

Ainda não experimentei; si amenina quizesse. . .

Anda, João !. . .Elle não esperou por segunda ordem;

atirou-me um violento pontapé que meestendeu no meio do quarto e com todaa sua força entrou em serviço. . .

Nesse ponto da sua narrativa a colcha

parou commovida. . .Pela segunda vez notou que eu a

estava espetando, dando-lhe golpes inter-niittentcs.

Arrel —disse ella. Você pareceque anda bastante atrazadonasuaí!.renp/fl...Si com a simples narração que estoufazendo, você fica com essa dureza toda,imagine si visse o que estou contando e omais que se lhe seguiu. . .

Procurei dominar os ímpetos domeu . . . dedo grande e indaguei curioso :

Viste então coisas admiráveis,linda colcha?

De fazer levantar um defunto !...Conta I. . . Conta o resto !Ora ! Pois não pôde fazer uma

idéa ?. . . Depois que João me atirou aosolo atirou-se por sua vez sobre a meninaLaura e. . . não calcula que lucta terrívelhouve entre os dois.

Devia ser interessantíssimo esseducllo. . . E quem venceu ?

Parece que ambos amaram asarmas ao mesmo tempo, completamenteexhaustos. A principio suppuz que orapaz levava vantagem, porque a meninacomeçou a soltar uns ais abafados... Masdepois creio que ella reagiu contra a sua fra-queza e virou valente, pois ouvi-a dizerao João : «Mais!... Mais!... Quero pro-var-te que sou melhor do que as outras!...»

E provou ?Isso só quem lhe pôde dizer é

o próprio João. O que sei é que o combatedurou umas duas horas. Findo esse tempo,o rapaz apanhou-me do chão, estendeu-me sobre a menina Laura, que jazia esta-telada na cama, os olhos brilhantes, os

lábios humidos, o rosto afogueado, aspernas abertas em compasso. . .

E depois ?Depois. . . elle foi-se embora.

E como deixaste a companhia,ou antes, a cama de Laura ?

A menina abandonou-me novemezes depois, porque eu era pequena demais para cobril-a e mais ao João, comquem se casou, e mais ao filho que lhenasceu. . .

E a colcha assim terminou as suasmemórias:

E foi assim que vim parar ás suasmãos, meu caro amigo. . .

FIM

No próximo numero :

Uma aventura na praiaPOR

JOÃO NINGUÉM

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4=.._SI (-)ORIONU(-. g =m 20 de Agosto de 191. |;íj]j£lys==

i\>,

Havia terminado o fastidioso curso depreparatórios e ia descansar ;í sombra dosmeus louros verdejantes na fazenda de minhaboa tia, no Rio Bonito, rodeado por tres pri-minhas adoráveis, tres graças seduetoras egentis e um priminho travesso e levado dabreca.

Chegara á tarde, trazido por um incoiii-modativo comboio e esperado anciosamentepor toda aquella familia.

Em caminho para a fazenda, enlabolciconversa com as primas, que mostravam serbem educadas c, diga-se de passagem, umtanto satyricas.

Depois de mil perguntas sobre os meusestudos, as minhas ultimas victorias, e dasdiabruras do meu travesso priminho, queemquanto me abraçava as pernas ferrava-memeia duzia de beliscões, por mera perversi-dade, chegámos á casa.

Como já fosse tarde e eu estivesse unitanto fatigado pela viagem, recolhi-me depoisde uma leve ceia, proniettendo dar, no diaseguinte noticias mais amplas, sobre as bel-lezas da capital.

Havia um único quarto disponível: aquelleonde dormia o meu priminho.

Tive, portanto, de dormir nesse quarto,onde já se achava deitado o Nequinlio (assimse chamava o endiabrado pequeno). Sup-pondo que Morpheu já o tivesse acolhido sobas azas hospitaleiras, despi-me, e, como Adãono Paraiso, resolvi eiitregar-nie igualmenteao soninolento deus, que em poucos minutosapoderou-se de mim.

IIA's 6 horas da manhã estava de pé,

lavando o rosto, e notei ao espelho que aminha pouca barba estava um tanto crescida.

Ao entrar na sala encontrei as minhasadoráveis primas; dando-lhes os bons dias,perguntei si não havia em casa uma navalha.

Para que?— perguntarani-iiie em coro.Para fazer a barba, respondi.

Ah ! ah ! ah ! — e as primas riam-se abandeiras despregadas, saíyrisando as minhasbarbas e negando a sua existência.

De repente, uma voz muito fina se ouviuna sala.

Era o priminho que sorria maliciosa-mente :

Não tem ? Si as manas vissem o queeu vi quando elle estava dormindo, não diziamisso...

JOB ZEPHA.

mMê£^ \Mmè£âCONTOS RÁPIDOS

Linda collecção de contos rápidos a1300 réis cada exemplar com uma bellae suggestiva gravura impressa em papelconclui.

Os onze primeiros desses conlos in-titulam-se : O tio empe.ta, A mulher defogo, D. Engracia, Faz tudo..., A ViuvaAlegre, O menino do'Gouveia, A Pulga,O Correio do Amohj^ãolorcs. FamiliaModerna e Na ZohiC^'., constituindounia preciosa bibliotheca de leitura ra-pida e... estimulante.

Cada exemplar custa, pelo Correio,500 réis; mas quem quizer obterá col-Iecção completa dos onze enviará ape-nas a importância de 4J000.

Pedidos, acompanhados das respe-ctivas importâncias a

ALFREDO VELLOSO218, Rua do Hospício - Rio de Janeiro

i»y. BaÇana,

CDPor que será que o Machado (mecânico)

anda cheio de ciúmes do Barroso?Será porque o Barroso leve um «sonho

venturoso» com o «menino» Nestor em que omatava com piedade ?

Pelo menos, c o que julga o Vascon-cellos !

_-"0cynesiplwroGilberto, queandaa fazerfitas com a Santa da travessa D. Rita, (zonaEngenho Novo), tem precisão de cuidar maisda fáiriilia-qtie da «santa» de sua devoção 1

j; ainda mais: abra o olho, seu motorista,eoin (.'Guai/ai-a-, porque elle tem gênio !'-',*•» O aiçhi-celubie «capitão do Porto»,comóvé ..uni''« viciado » de marca, entendeque todos" õs rapazes hão de ser «paladinos»da sua doutrina, e dahi não tolerar o namorode galante menina com elegante rapaz mey-erense, tornando a vida da graciosa criançanum vai. ¦ ¦ d'Homero\

já é ser ranzinza !•ia' Houve ha dias no «Maison Modeiue»

formidável «lucla» entre os «meninos» Nes-tor, («manequim do Meyer'») e Agenor.

A «lucla» foi igual, sahindo ambos oscontendores com diversas «avarias» no «fron-tispicio» !

Estes «meninos» sabem coisas !,®' Qual a razão por que no Meyer os

piratas chamam certos rapazes de... «fru-ctiuhas» ?

Será porque «elles» sejam... comidos?x<n~0 Fausto «cem noivas», nos affirinou

que o Nelson tinha levado vantagens da«Dentiiiho de ouro».

O rapaz do pinguelin, que estava pre-sente, fez a sua defesa, mas... etnbalucoti,quando o Fausto affirmou que no mez deJunho, na rua Borges Monteiro, elle tinhasido pegado em «flagrante gostoso» com apequena! Ora, seu Nelson !

rtar O «anioiidrongado» Manoel, da vendado Cacliamby, não criou vergonha ainda,apezar de todos os pezares. Não é que o«inondrotigo» teve o cynismo de perguntar á«boneca de biscuit» si ia morar sósinha e sipoderia visital-a ?!

Mas tu já não sabes, ó «Mondrongo»,que a «boneca de biscuit» tem no coração a«imagem» dum loiro rapaz da Viação, que jános informou que em breve te cnra...scaráV.

*-" O.Vasconcellos tem uma «sede roxa»numa «ainarradinha« da rua Imperial.

O diabo é que a garota, que é «esmolér»e «caridosa», não liga ao Vasconcellos !

,-w Continuam as famosas fitas do Al-fredo com a Juracy da rua Pernambuco !

*«*¦ A Dtichinlia, a Lili... Em breve con-taremos, porque a «scena» foi importante 1

,-_i' Já teria soflrido o «castigo» a meninado. 5.30 da Central ?

it-f Porque será que chamam um elegantee perfumado barbeirinho do Meyer de...«aborto da natureza» ?

Pois olhem, o rapaz poderá ser nomáximo : uni aborto... de sorte !

.tu' Uiii «capitão do porto» atirado a...feiiichulla dá o desespero quando o chamamde «Capitão Carestia» !

Por que ?<*3r O dr. V. I. e E. N. atira-se aos

amores duma galante Lolóta. Será esta arazão por que o dr. recambiou a familia p'raFriburgo ?

PIRATA MOR.

UM N.^.AiMK.vn.Aqui tenho espalmado sobre a mesaO leu leque mimoso e perfumado,Esse primor artístico importadoDa derradeira exposição franceza.Que obra-prima que elle é! que perfeição !Co'as vaietinhas frágeis lão polidasE as folhas encrespacas, retorcidas,Ostentando a pintura feita á mão!Está cheio de máximas bonitas,De românticas phrases de poeta,Ou seja cm prosa lyrica e conecta,Ou seja em rimas raras, inauditas.«Do amor o crime é o tetrico veneno»,Reza uma dellas, e outra «A vida é um sonho»;Isso a prosa, que o verso eu me condemnoAo lêl-o, e do que faço me envergonho.E sendo assim, como é que cumprimentoHei de dar á promessa que te fiz,Num momento deveras infeliz,De escrever neste leque um pensamento ?Eu bem me recusei eu bem fugi !., .Mas a um sorriso doce quem resiste?E tu, meiga e gentil tanto insististe,Insististe, insististe, que eu cedi...E agora um trapo quente ! alli, no duro,Eu algo hei de escrever, por/ns ou nefas'.Seja embora a mais rija das tarefas,Ha de sahir o pensamento a furo 1Pois vamos de uma vez, que náo se apertaEm contingências destas um poeta,E eu sou capaz até de uma selectaDe máximas fazer, co'a Musa esperta!Ahi vai, menina, ailamo currente,O pensamento tal que me pediste :Si te não satisfaz, si ficas triste,E' que és então muitíssimo exigente:«Romântica donzella que mendigaA tolos rapazotes pctisamcnfos,E' victima de horríveis soffrimentosSemelhantes ás dores de barriga».

ARNOLD.

® ®Tonie» J.igioiic-:

Para perfumar o cabello e destruir asparasitas, evitando com seu uso diário to-das as enfermidades da cabeça, não hacomo o Tônico Japonez—Ruas: Andra-das, 43 a 47 e Hospicio, 164 e 166.

c^ilelesstss»Uni sujeito, ao sahir de um mictorio,

cumprimenta outro que sai ao mesmo tempo :Bom dia, collega !Collega?! Eu não o conheço, como

é que somos collegas ?Pois não acabámos de exercer as mes-

mas funeções ?...

Bolas trocadas

Em certo jornal da terra,encontramos a seguinte du-vidosa phrase :

«V. Exa. é brocha como aflor que desabella...»

(De um jornal do interior doEstado de S. Paulo).

A coisa está tão boa, que dispensa com-mentarios.

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= C = gg (-) O RIO NU (-) zjglg 29 de Agosto de 1014 gg-.

A GUERRA EUROPEACD

(Telegranimas vindos pelo cabo subterrâneo.— Serviço especial para O Rio Nu).

Roma, 27 —Noticias officiaes transmit-titlas de Berlim informam que a Allenianhacontinua em poder das tropas do kaiscr.

TOKIO, 27 — As tropas japonezas ves-tem-se todas com o fardamento próprio doásoldados do Japão. Nem outra coisa seriaadmittida.

Bruxei.I-AS, 27—Até agora não se pondedescobrir si os militares inglezes são alie-mães, austríacos, fraucezes, turcos ou russos.Ha quem desconfie de que são filhos daInglaterra e que estão ao serviço da mesmanação.

NEW-YORK, 27- Os americanos do norteaffiimam que os americanos do sul não sãoamericanos do norte e que os americanos donorte não são americanos do sul e ainda queos americanos de sul e os americanos do nortenunca deixarão de ser americanos do norte eamericanos do sul e, por isso nada têm quever com a encrenca europea, que, por sereuropea, não obstante ter chegado já á Ásia,não diz absolutamente respeito aos ameri-canos do sul, nem aos americanos do norte.

S. Petersburgo, 27—Despacho de Mos-cow, aqui recebido, relala que o czar entrouesta noite em combate... com as pulgas,num quarto do hotel onde se hospedou. Saiuvictoiioso, tendo tirado a vida a sete. .. queesmagou debaixo dos dedos.

Paris, 27 — 0 ministro da guerra diz quetem razões paia affirmar que está imminenteum grande combate entre os exércitos belgae allemão, em pleno Oceano Pacifico.

As tropas marcharão a pé para o localda cataslrciphe.

Paris, 27 — Um navio de guerra inglezesieve hontem parado durante meia hora emfrente ao theatro Antoine e de lá despejou osseus canhões sobre Berlim. Os allemães,porém, estavam com sorte, pois que, devidoao máo tempo, as balas, granadas etc,voltavam para trás apenas tinham chegado ameio da viagem.

Londres, 27 — Alguns camponezes avis-taram uni aeroplano que levava sobre si tres

vasos de guerra da marinha alleinà e cincodivisões do exercito da Turquia.

No aeroplano via-se também a bandeirafranceza, o que faz suppor não pertencei'elle ii Áustria, nem ao Polo Norte.

LOTERIAS DA CAPITAL FIDERAL

Sabbado, 5 de Setembro, ás 3 horas da tarde

100:000.000

SandwichJá eslá á venda o n. 5 da «Collecção

Amorosa», intitulado SANDWICH, minuciosanarrativa de uma recem-casada que, escre-vendo a uma amiga ausente, pinta ao vivotodas as scenas de amor que praticou com omarido desde a noite do casamento.

Preço, 500 réis ; pelo Correio, 800 réis.Os pedidos de fora, que só serão atten-

.lidos quando vierem acompanhados da res-pecliva importância, devem ser dirigidos a

ALFREDO VELLOSO

ICna riu Hospício í IS Kio «le alaiieir

Bilhete inteiro 6J400 oitavos a ísoo Pomada Seccaliva de São Lázaro

Bilhetes á vendia em todas aseasa*^ lotericas

A\ nnuíiiiMai

Era dia de festa em S. Gonçalo : o bis-po tinha ido chrismar algumas ovelhas dorebanho do conego Pereira, o vigário da fre-guezia.

Acabada a cerimonia religiosa e depoisda cerimonia culinária, representada por umsucculento almoço, preparado pelas brancasmãos da Rosa, a caseira do conego, este,para terminar a festa, foi mostrar ao bispo asua excellente casa de morada.

Eis a cozinha, a sala de jantar, a salade visitas, o meu quarto, a despensa...

Diga-me cá, Revmo., perguntou o bis-po, a Rosa onde dorme ?

O conego ffcou embatucado : tinha sidoapanhado na ratoeira. Timidamente confes-sou que Rosa dormia no seu quarto.E na mesma cama?

Sim... é verdade... Mas collocamosentre nós uma taboa e 'combinámos que oprimeiro que a transpuzesse pagaria a multade 3ÍO0O.

Rosa, que tudo ouvira por detrás daporia, mettendo a ponta do nariz na sala,exclamou :

Por signal que o Sr. conego ainda medeve 21J000 da semana passada !...

ZE' CODEA.

^Lj^^SM^^^CStí|§Í7

PEITORAL DE ANGICO PELOTENSE

Não ha em todo o mundo medica-mento mais efficaz contra tosses, resfriados,infiuenza, coqueluches, bronchites, etc, doque o Peitoral de Angico Pelotense, verda-deiro especifico contra a tuberculose nosprimeiros gráos. E' o melhor peitoral doinundo. O Peitoral de Angico Peloten.enão exige resguardo. Vende-se em todas aspharmacias e drogarias.

Depósitos: Pelotas, Ed. C. Sequeira;Rio, Drog. Pacheco; S. Paulo, Baruel &C; Santos, Drog. Colombo.

COMO ESTAVA COMO ESTOU

A única que cura toda e qualquer feridasem prejudicar o sangue; allivia qualquerdor, como a erysipela e o rheumatismo. Conhecida em todo o universo. Ruas dos An-dradas, 43 a 47 e Hospício, 164 e 166.

Beato vingativo

De uma doçura mystica, de uma linhaoriginal, com umas formas que provocavamdesejos a qualquer mortal, era a mulher deBonifácio da Natividade, homem grave, cir-cumspecto e excessivamente religioso.

Em toda a conversação, que era semprerepassada de uma piedade e de uma piau-gencia claustral, elle emittia conceitos evan-gelicos com uma tal proficiência, que quem oouvisse julgaria falar com um sacerdote,para o que só lhe faltava envergar a sotainapreta. Sua iniillier, por seu turno, não lheficava nada a dever em matéria de religião.

Aos domingos fazia á sua e ás famíliasamigas, que iam á sua residência, uma cos-tumeira homelia coiiventual, á guisa do viga-rio da parochia, que quasi sempre tinhacomo thenia as virtudes theologaes e os dezmandamentos.

— Cumpri strictamente os mandamentosdecalogaes do Senhor, dizia elle, que certa-mente obtereis o reino celeste !...

Da iniillier de Bonifácio diziam umastantas coisinhas de que teve conhecimento omarido.

Uni dia, este chegou inopinadamente emcasa e—oh! fatalidade!- transido de espanto,viu a sua formosa mulher nos braços do con-fessor. Nada fez, limitou-se a ficar calado.

Com toda a sua compostura beatificaatirou-se ás conquistas amorosas. Não podiaver uma senhora casada que não ficassezarro; e dava por páos e por pedras atéobter uma entrevista.

Ia em bom caminho uma nova conquistacom uma senhora, mulher de um dos fre-quentadores das suas predicas, encetada compouco escrúpulo, o que dava logar a suspeitasdo marido, que resolveu ir fazer a Bonifácioalgumas adtnoestações :

O senhor está seduzindo uma mulhercasada, isto iiào lhe fica bem !...

Eu tenho as minhas razões...Esquece-se do que prega; esquece-se

do que manda o nono mandamento, não?—Já lhe disse que tenho as minhas razões.Qual! o senhor é um grande hypocrita IMeu amigo, disse Bonifácio já muito

contrariado, em tal conjectura eu abandonoo mandamento de Deus para cumprir o doshomens : fazer o que nos fazem não é pec-cado, é uma obrigação !

MAGES.

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-il 20 de Agosto de 1914 -•ii- .'ii=g§| (-) O RIO NU (-) g§== 7

iSàssfe^iâCD

/IV7S0- O "Rio Nu" não tem repórter ai-

gum nus zonas para dar ou não darnotas nesta secção ; todo aquelle quese apresentar como tal c um inlrujãoc deve ser tratado como merece.

reformada funccionaria só gosla de contrariarroças.

«'¦:¦ A Catita pisou na... trouxa por ler-mos publicado no ultimo numero a celebrequadrinha cantada por um dos seus pre-feridos.

Tenha paciência, dona aquella, aguente-atoda, pois muita gente boa tem agüentado I

J-'p A Olympia, depois que passou amorar na zona Marrecas, mio faz niysterioem chamar qualquer transeunte para rece-ber festinhas do seu bibelot, comtanto quesejam bem recompensadas essas festinhas.

Carestia da vida a isso obriga, não éassim, sua funccionaria?

LÍNGUA DE PRATA.

Na zona chieDisse-nos a Isabel Geitosa que o Agenor

passa as noites ua zona Lavradio, esperandoa sua mâizinhii Maria Rosa do 151, emquantoella está estragando o bibelot.

Quem anda furioso com isso e o clumjjcttre quem pode tudo informar é o Oitenta.

Cuidado, sen Agenor !*«r Conforme promettemos no nosso ul-

limo numero, vamos coutar a fita de suicídiofeita por um responsável da zona Rio Com-prido. , . ,

O caso foi o seguinte: um conhecidoagaloado, que em tempos foi obrigado a darum passeio a Pirapora, cavou uma compro-mettida naquella zona e muilo escandalosa-mente viajava com a dita cuja em um bondelinha Estrella; o responsável, sabendo disso,fez uma scena dc ciúmes e suicídio acabandotudo na doce paz conjugai.

Edificante!sw A Alice Treme Treme, devido a crise,

baixou a cotação dos preços que impunhaaos seus apreciadores.

Agora as caricias ao seu bibelot foramtaxadas a cinco fachos.

Nào é caro, não acham?a- A Ricardina Cascalho, depois que

arranjou o seu novo chauffcttr, já comprouum par de sapatos, mas a Laura Pao d Aguadiz que esses sapatos são sabidos.

Metra-lhe o páo, dona Cascalho !m A loanninha ainda não perdeu a

scisma de conquistar o Moreno, prometten-do-lhe deixar o mesmo fazer festinhas ao seubibelot, com a condição delle abandonar agringa.

Olhe, seu moço, que a diária da gringaé certa e a Joanninlia não lhe pode fazeressas vantagens '. .

.rar Na casa de rendez-vous da Beatriz uazona Theophilo Oltonl têm estado animadasas conferências cu.. Justas. .

O melhor conferencista é o secretarioFonseca Florista.

Que o diga a Maioral'..ti)- A Orminda, apezar de toda a sua

ventura, anda com uma urucubaca medonha.Conseguiu fingir de maioral da espelunca dazona Luiz de Camões, mas ao que consta omatadouro vai fechar e a funccionaria temque cahir na rua.

Já é pouca sorte !'JT A Altiva anda numa altivez medonha,

depois que resolveu receber todas as festi-nhas ao seu bibelot. .

Pudera não ! São tantos os viciados daszonas que a funccionaria não tem um mo-mento de folga. .

Cave, sua funccionaria, olhe que a vidaestá difficil p'ra burro !

irar Então, dona Odette Bem.. .gallinha,a cavação tem sido roxa ?

Duvidamos, pois o camarada victimadonão é nenhum paca nem marinheiro de pn-meira viagem, mesmo porque elle diz quenão gosta de mulher velha !

*3*Á velha Euphemia pretende tirar roçacom um nwndrongo da zona Mem de Sá.

Perca as esperanças, seu Zé, pois essa

ÍO>_)fE EQXuBHS

liavia dois maridos que sovavamAs tristes companheiras de seus dias.Miseráveis! Que máo exemplo davam!Covardes, que têm dessas valentias !

Depois de um acto tal inda coutavamBravuras...Semvergonhas I Almas frias!Também por homens vis elles passavam,Merecedores só de antipathias.

Disse um delles ao outro : —Vai tomandoA minha companheira e se calando...Muitas vezes de raiva é que ella treme...

O outro lhe bradou incontinenti :— E's mais feliz, ditoso, certamente!Pois olha: a minha, quando toma, geme..

J. C.

Collecção do "Rio Nu"COMPLETA

Uma pessoa que possue a collecção d'0Rio Nu desde o 1" numero offerece-a ávenda.

Nesta redacção, por especial favor, ac-ceitam-se propostas das pessoas que desejemadquiril-a.

COLLECÇÃO DE FOGO

Consta esta primorosa collecção de cin-co álbuns de vistas, contendophotographias tiradas do natural e porisso mesmo expressivas, instruetivase... aperitivas. A collecção completa representa 40posições diversas, com as respectivasexplicações e constitue o mais prodi-gioso tônico para levantar organismosdepauperados. — — — — — — —Os álbuns são numerados de 1 a 5e vendem-se em nosso escriptorio a 1S8cada um; os pedidos feitos pelo Correiodevem vir acompanhados de mais 500réis para cada álbum, quando encom-mendados isoladamente ; para recebera collecção completa (os cinco álbuns)basta mandar a importância de seismil réis. — — ___Os pedidos de fora, que serão prompta-mente attendidos, devem ser endereça-dos, com as respectivas importâncias, a

A|frp„n Vpllnsn RUA D0 H0SFIC10 **¦21BHIUIUU numa» R|0 ___, janei,.0

Aj"tji- £__-"_".".-. 1 —— 1\F~^~~' I' '

jJIMmos..... .na zona Carioca a Iracema toda afou-

bada acompanhada por wm zinho......na zona Avenida «Rio Branco» o

menino Mario chorando as suas misérias porler levado o lalão da Marcoliiia. . .

.. .na praça da Republica o Enrico chauf-feur avuccalhando-sc com uma gringa da zonaestragada.. .

.. .na rua da Lapa a Julieta, furiosa como seu chauffcttr por não ter o mesmo abarra-cado ua noite de sabbado ultimo. ..

.. .na zona Ouvidor a Emilia corista do«S. José» cavando a vida...

...no theatro S. José a Beth izabet...

.. .a Emilia do S. José dizendo a alguémque não sahia á rua com o cantador de mo-dinhas avaccalhadas porque linha vergonhado tamanho delle...

.. .na zona Senador Euzebio a Margaridaacompanhada do menino Fonseca, ás 22 ho-ras de domingo ultimo...

.. .avaccalhando-se com a ignez a MariaPequena...

...a Orminda, desapontada com o Ven-tura por pretender esse cara acabar com aespelunca da zona Luiz de Camões...

...na zona Avenida Passos, o Vieirafazendo reclame dos seus lábios mimosos...

...na praça Tiradentes a Tira Botinalastimando a sua actual magreza devido aandar doente...

. ..na zona Lavradio a Rolinha pegandoa pulso os infelizes que passavam...

... na zona Constituição a Esther de bra-ço dado com o menino da pharmacia dessazona...

VE TUDO.

BOLSA DE OURO

CHAPA SEMANAL

298-99-100 763-62-464 070-69-671

809-10-912 268-66-765 549-50—651DEZENAS

88-17-05-80-21—57-43-33—90-04—75CENTENAS

076-790-7S6-607-717—060DON FELICIO.

Agua Japoneza

Não ha outra que torne a pelle mais

macia. Dá ao cabello a côr que se deseja.

E' tônico, faz crescer o cabello e extirpa

a caspa. — Ruas : Andradas, 43 a 47 e

Hospicio, 164 e 166. . _... \"~

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29 dc Agosto de 1914 g_g=

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Biolcca _ RIO NU

A CABEÇA DO CARVALHO — Pyrami-dal trabalho do bestunto do incomparavel Va-gabundo, 21000; pelo Correio, 2*500.

SCENAS DE ALCOVA — Interessantis-simos episódios da vida de um pobre copei-ro que acaba como patrão da patroa, 1 í500;pelo Correio, 2|000.

AMORES DE UM FRADE - (3» edição,n. 1 da «Collecção Amorosa») — Escândalo-sas peripécias de amor prohibido, acompa-nhado de interessantes gravuras. Verdadei-ras scenas dignas da antiga Roma. Preço,500 réis. Pelo Correio, 800 réis.

NOITE DE NOIVADO — (n. 2 da «Col-lecção Amorosa») — Episódios picantes entreum casal recem-unido pelos laços do matri-monio, contados por Mathusalem, 500 réis;pelo Correio, 800 réis.

MADAME MINET — (n. 3 da «CollecçãoAmorosa») — Historia de uma linda viuvinhapatusca, que para comer exige apperitivos es-peciaes... Custa 500 rs.; pelo Correio, 800 réis-

CASTA SUZANNA — (n. 4 da «Collec-ção Amorosa») — Empolgante descripção descenas amorosas passadas entre uma don-zella e Lúcio d'Amour, que afinal consegueentrar em Barcelona depois de varias invés-tidas pelas redondezas. Preço, 500 rs.; peloCorreio, 800 rs.

SANDWICH — (n. 5 da Collecção Amo-rosa) — Peripécias interessantes dos primei-ros gosos de uma mulher recem-casada,narradas por ella a uma amiga. Preço 500réis; pelo Correio, 800 réis.

ÁLBUNS DE VISTAS — Collecçôode Fogo, contendo cada um oito gravurastiradas do natural, impressas em papel cou-ché de 1» qualidade e acompanhadas de bel-los versos explicativos de cada scena repre-sentada. Estão publicados os ns. 1, 2. 3, 4 e5. Preço de cada um, 1$000; pelo Correio1*500.

CONTOS RÁPIDOS-Estão pu-bücados os seguintes : N. 1, Tio Empa-ta — N. 2, A Mulher de Fogo —N. 3, D. Engracia — N. 4, Faz tudo...

N. 5, A Viuva Alegre —N. 6, Omenino do Gouveia — N. 7, APulga — N. 8, O Correio do Amor

N. 9, Dolores, N. 10, FamiliaModerna e N. 11, Na Zona...

Todos esses contos, que são escriptosem linguagem ultra livre, contendo uma gra-vura cada um, narram as mais pittorescasscenas de amor para todos os paladares.

Cada um custa unicamente 300 rs., peloCorreio: 500 rs.

Todos os livros acima citados sãoillustrados com gravuras tiradas donatural.

UMA CEIA ALEGRE — Engraçadissimaparodia á «Ceia dos Cardeaes», em versosbrejeiros. Tres respeitáveis padres contamsuas aventuras amorosas, numa linguagemde alcova, sem peias... Preço, 500 réis. PeloCorreio, 800 réis.

Os pedidos dirigidos ao nosso escriptoriô devem vir acompanhadosda respectiva importância, em vales postaes, ordens commerciaes

ou dinheiro e endereçados a

jÉJfrsd© Wslton®RUA DO HOSPÍCIO 2 .8 — Rio de Janeiro

l__ffirè__íi;•'.:. F_ü_l

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