Redaccão, escriptorio e officinas- Rua do Hospício N...

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ANNO XVI11 ' RIO DE JANEIRO, 12 DE JUNHO DE 1915 /&''"",; ——+op- NUM. IGõl -***"»>,~~~~S~~~*~~~~H. ÊK¦**¦*¦ OÊBSmf Semanário Humorístico Illustrado = NUMERO AVULSO = cd 200 réis a Redaccão, escriptorio e officinas- Rua do Hospício N. 218 Telephone Norte 3515 -O senhor é muito velho para nós. Eu e minha companheira temos apenas 20 annos, cada uma. - E eu tenho 49. Junto a minha idade com qualquer das duas e faremos sessenta e nove. ELIXIR DE H0G1 Do pharmaceutico e chimico JOÃO DA SILVA SILVEIRA PELOTAS - RIO GRANDE DO SUL Grande depurativo do sangue. Único que cura a "Syphilis" Vende-se em todas as Ptoarmaclas e Drogaria».

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ANNO XVI11' RIO DE JANEIRO, 12 DE JUNHO DE 1915 /&''"",;

—— +o p-NUM. IGõl

-***"»>, ~~~~S~~~*~~~~H. ÊK ¦**¦*¦ OÊBSmfSemanário Humorístico Illustrado

= NUMERO AVULSO =

cd 200 réis a

Redaccão, escriptorio e officinas- Rua do Hospício N. 218 — Telephone Norte 3515

-O senhor é muito velho para nós. Eu e minha companheira temos apenas 20 annos, cada uma.- E eu tenho 49. Junto a minha idade com qualquer das duas e faremos sessenta e nove.

ELIXIR DE H0G1 Do pharmaceutico e chimico JOÃO DA SILVA SILVEIRAPELOTAS - RIO GRANDE DO SUL

Grande depurativo do sangue. Único que cura a "Syphilis"

Vende-se em todas as Ptoarmaclas e Drogaria».

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(-) O RIO NU (-)

r~( O.PÉEHJ.ÍEMTE J

LO KIO NUFUNDADO EM 1S9S

ASSIGNATURAS

Anno . . . 12*000 | Semestre. 7*000

Exterior: Anno 20*000Numero avulso, 200 réis

Nos Estados e no interior, 300 réis

£&'fcrè2

Toda a correspondência, seja deque espécie fôr, deve ser dirigida aogerente desta folha.

ijj©« .le wm

lh'os

deesEIJOS

de frade!... ai quem1 dera á tia Thomazia !Foi por uma bella tarde

primavera...A pedido da velhota, fora o Manoel, um

latagão de dezoito annos, com a Maria, alen-tada cachopa de quinze, apanhar alguns bei-jos de frade para a imagem do Senhor doBom fim.

Já distantes de casa, puzeram-se os doisa dar tantas voltas, que se fatigaram, e nãotiveram outro remédio sinão sentar-se nochão, para descansar á sombra de um pi-nheiro alevantado.

Vai o Manoel, entrou a cantar uma can-tiga nostálgica, com a sua voz fina, de tenor.

E a Maria principiou a elanguecer. Seusolhos negros, muito límpidos, cravaram-senos do rapaz, com expressão dolente de vae-ca presa no curral.

Depois, como vexada das lagrimas, quelhe marejavam os bellos olhos, encobriu como riso o sentimentalismo piegas que lhe iaenchendo aos poucos o coração, o figado, obaço, cabidella, emfim, da sua grande almacompassiva e terna.

E ruborisada, e opprimida por um a.iceio,devido talvez ao ermo e á solidão em que seencontrava a sós com o Manoel, ergueu fa-ceira a barra da saia azul, para mostrar duaspernas fartas, sadias, dois mocotós a valer.

Ai, Mauél, exclamou com ar brejeiro,si foras maldoso!

Nau, que óspois gritas!Estou hoje tan rouca 1Queres-me muito, ó Manél?

Si te quero, Maria ! E tu ?Eu ainda mais, ainda mais do que á

mãi 1E de novo se lhe entrelaçaram as almas

num amplexo continuo, indissolúvel.Mas, súbito, Maria levanta-se muito sé-

ria. Lembrára-se rie que no meio de tantosbeijos não tinha apanhado um só de frade,para a imagem do Senhor do Bomfim.

E agora, Manei ?Agora, é tocar a colher I

E tantas e tão fartas apanhou o rapazque logo se encheu o avental da cachopa deboninas e malmequeres.

Era quasi noite, quando de regresso aopouso, pararam sob o alto pinheiro, á sombrado qual fruiram as delicias do amor cam-pestre.

Ahi nova explosão de beijos e abraços

ouviram os bosques extasiados e trêmulos deluxtirlas.

O reslo todo o mundo sabe.No fim de dez mezes foi chamado o pa-

dre prior da freguezia para baptisar uni ro*chonchudo pimpolho, mais lindo e espertodo que o bezerro da velha tia Thomazia.

BIMBINHA.

Licor TibainaO melhor pariíica--- dor do sangue —

GRANADO & C. - Rua Io de Março, 14

COLLECÇÃO DE FOGO

Consta esta primorosa collecção de cin-co álbuns de vistas, contendophotographias tiradas do natural e porisso mesmo expressivas, instruetivase... aperitivas.A collecção completa representa 40posições diversas, com as respectivasexplicações e constitue o mais prodi-gioso tônico para levantar organismosdepauperados.Os álbuns são numerados de 1 a Se vendem-se em nosso escriptorio a 1$cada um; os pedidos feitos pelo Correiodevem vir acompanhados de mais 500réis para cada álbum, quando encom-mendados isoladamente ; para recebera collecção completa (os cinco álbuns)basta mandar a importância de seismil réis. — Os pedidos de fora, que serão pronipta-mente attendidos, devem ser endereça-dos, com as respectivas importâncias, a

Alfredo Velloso- bm m wmcio i. mbRio de Janeiro

HHtraPUlIDÍSSirJa:

(A um cynico.)

Que vicio mão tens tu de injuriar,Que palavra não dizes mais ligeira,Seja lá a quem fôr, sem que a mofarTodos maltrates só por brincadeira ?

Cumprimento não dás, ó Balthazar,Ao rico, ao titular, á alma sem beira,Sem satyras ! — Ouve cá ; deves pararDe desagrado nessa má carreira...

Sim, obrigado é bom o teu intento.Diz-me, já te casaste? — E' bem verdade;Não te avisei porque... meu casamento..

Foste como teu pai; ambos espertos,Tu e elle ! Mulher, ouro e... castidade...Recebeste-a e... de braços bem abertos..

LEIUQEZE.

Acha-se á venda : O magistral Conto Ra-pido N. 14, intitulado — Roçando...

Scenas verdadeiras e... quentes, conta-das por um escovado.

12 de Junho de 1915 |g—-—

SONHOS E BICHOS...

PALP1TAÇOES NOCTURNAS

Sonhar com sujeito esguio ;Com lingüiça ou com pavioDe vela... que não dá luz;O palpite é... de assobio :

Avestruz...2

Sonhar com gente estradeira,Que leva a mão á algibeira...Sem que a despesa não pague-a,E' palpitona certeira:

A Águia...3

Sonhar com qualquer certo bisconde,Que — num lugar qualquer, ondeSe encontre, é sempre um casmurro,O écho, ao longe, responde :

E' Burro!...

Sonhar com qualquer visinha ;Na qual a gente adivinhaQue qualquer coisa prometta;,.Palpitadella certinha :

— Borboleta...

Sonhar com pérfido amigo ;(Ao qual prestamos soccorroDe residência e mastigo)E agora é nosso inimigo.,.

Cachorro!. ¦ ¦6

Dizer-se, em sonhos: — Mulata,Espero que a porta se abra,Para eu entrar na mamataSem ter resposta da ingrata...

E' Cabral...

Sonhar, a gente, com lãDe kágado... verdadeiro.Com o marido da irmã(Que é manso) Hoje, amanhã :

— Carneiro...

Sonhar com movei curvado ;Com o morro do Corcovado ;Homem, que tem muito pello ;Palpite é, «mais que acertado :

Camello...9

Sonhar com sogra, madrasta ;Veleiro, que o vento afastaPara o mar alto e sossóbra...Não é preciso mais... Basta !...

Cobra!...IO

Sonhando com qualquer matta ;Na qual, dinheiros — em prataSe encontrem ; cobre e ouro velho,Bello arame, a gente cata...

À'0 Coelho...11

Sonhar com... certas feridas...Cujo nome eu não propalo ;Com jockeis, prados... corridasE coisas muito compridas :Cavallo!...

12Sonhar com gente não pecaDe carnes... atraz, adiante...Com Alvarenga Affonseca;Ou manta de carne secca :Elephante!

(Continua).ESCARAVELHO.

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12 de Junho de 1915 (-) 0 RIO NU (-)

~JLw~ ^ ^>\WÚ.r /CiT).1"-, x«3...f«_. _,.»ãm.lA a a>__Í]

Ao que se diz já saiu de Lisboa comdestino ao Apollo do Rio a destinta actrizPalmyra da Fonseca, a nova Viuva Alegre...tendo ficado por lá o dr. Estevão Danillo.

A protagonista da famosa peça Coraçãomanda.. .creará entre nós uma outra intitu-lada.. .mas guarda ns conveniências.. ¦

ar Em automóvel passearam na AvenidaRio Branco a Carmen Martins e o LuizSoares. E iam tão juntinhos, que até pare-cia que davam um passeio de amor!...

ar Está em estaelo de silio a caixa doApollo. Agora é lá prohibida a entrada agente estranha ao serviço da empreza.

Essas medidas foram tomadas por causade um espalhafato que o commendador Vir-gilio ali quiz fazer...

ar o Coelho da Tricana, successor doRocha no coração da Lecticia, tem tido im-mensas saudades da rapariga.

Ha dias quiz partir para S. Paulo, noque foi impedido por seu sócio.

.ta- Quem será a actriz do Apollo porquem está deveras apaixonado o homem dobazar da rua da Carioca ?

ar Depois que o Pintlnho foi para aBahia o Botelho encontrou, finalmente, aber-to para elle o caração da Elvira Martins, doApollo.

Antes tarde...ar Porque razão o Ary não pagou ainda

ao Zé Toureiro a blusa que Ine comproupara dar á sua companheira?

Quererá o pequeno fazer-se caloteiro?«ar Vimos no Cinema Ideal a Violeta.A menina estava sozinha... o que de-

veras nos surprehendeu.ar No Pathé encontramos,em companhia

de um rapaz de bigode louro e da indefecti-vel Mme. Suzanne Castera, a Belmira de Al-meida.

Sem duvida tratava-se de uma nova ca-vação da Belmirinha, auxiliada pela Mme.Suzanne. ,

ar Não obstante ter se dado ao Botelho,a Elvira Martins, do Apollo, entende-se muitobem com o Palmeirim.

Isto de mulheres fogosas...ar A certas horas etn que Venus vela —

dizem as más línguas — o Alberto Ferreira ea Virginia Aço amavam-se em um camarimdo S. Pedro quando de repente chega o Ce-lestino e... o Alberto saiu e o Celestino fi-cou... como si nada tivesse visto.

ar Ha na zona Senado uma manicureque está apaixonada pelo Raul Soares.

Todas as noites se pôde vel-a na pri-meira fila de cadeiras do Apollo, a namoral-oescandalosamente.

ar Não nos dirão porque a Maria Ame-lia, do Apollo, não se sente bem sempre quea Palmyra do Avellar assiste ao espectaculonaquelle theatro?

Com certeza ha coisa...ar Uma italiana do Cattete pretende con-

tratar para a sua companhia o actor-pintor-musico Asdrubal Maxixeiro.

ar Qual será o mysterio que tem o Se-bastião contra-regra na rua V. do Rio Branco?

Amor? Cavações?ar Está melhor de roupas brancas ajuli-

nha Dedo do Anéle.

!--aM@gg@__J_eia^j-sMARCA REUI-TRADA¦

- *~___-______E

Não perca o seu tempo em ler as pavorosasliquidações anininciadas para apanhar os incau-tos e impingir-lhes pechisbeqties por ouro debom quilate; não se deixe enibahir pelos can-tos de sereia dos preços abaixo do custo e,quando precisar de um bom tento de roupa porpouco preço, vá á rua da Carioca n. 34,Alfaiataria Guanabara, que não usade processos coiidemnaveis para attrahir fre-ouezia.

Ali encontrará o mais completo sortimentode roupas feitas c de fazendas para as confec-cionar sob medida e por preços ao alcance detodos.

Enviam-se instrucções e acceitam-se pedi-dos do interior, dando-se agencia.

Para alguma coisa lhe serviu ter sidocontratada da grande empreza Colas.

ar Disse-nos a Coralia que esteve apai-xonada, e muito, pelo José de Castro doPathé, mas que elle... nem deu por isso .

Si a Coralia soubesse que o Castro naogosta de mulheres...

CORRESPONDÊNCIAAlfredo Abranclies - Na nossa casa o

amigo manda, não pede.HOMEM DE FERRO.

Au Bijou de laj^ode- Grande deposito._. ___ __-. _,..,—-™- de calçados, por

at7clid77a~v~a~r*e~jo. Calçado nacional e estretn-geiro para homens, senhoras e crianças. Pre-

ços baratissimos, rua da Carioca n. 80 - le-lephone 3.660.

disse-lhe, a fingir um pouco de cólera: «O'homem, tu, a grifares dessa maneira, e de-mais a mais, levantando um falso dessa or-dem, acabas por desacreditar-me !»

Mas não é meu filho —interrompe omarido. , . ,,Como não é teu filho? grande animal!A quanto tempo me casei comtigo ?— volveuella.

Ha quatro mezes e meio.E ha quanto tempo te casaste com-

migo ?Ha quatro mezes e meio.Então, grande bucephalo, duas vezes

quatro mezes e meio perfazem justamente qtempo preciso, que são nove mezes, ora ahiestá.

Ante aquella explicação tão cabal da es-posa, o marido só teve duas palavras, di-zeudo-lhe : — Tens razão. — E ficou muitosatisfeito e... convencido!

DR. GRELINHO.

BSBLEOTHECADAS

ALCOVAS GALANTES

Acham-se á venda, em nosso escriptorio,os seguintes livros dessa colleccão -.Viciosas,

P...sérias, Virgens Avariadas e Amor por° °Todos

esses livros são muito bem escri-ptos e primorosamente illustrados com pho-toaravitras a cores, tiradas do natural.

Preço: 1.000 cada exemplar; pelo Cor-reio, 1Í500. A colleccão dos quatro, pelo Cot-reio, 5Í000.

Pedidos a

ALFREDO VELLOSOnua «1» Hospício * 1 - - Kio «1c Janeiro

RAZÃO DE ESC ACHA I

ASOU-SE um camarada com uma ra-pariga que fora sempre o seu sonho,e foi tamanha a sua felicidade, que

ao cabo de quatro mezes e meio ella deu aluz um pequeno, forte, robusto, que vinha aser o herdeiro do illustre nome dos recem-ca-sados.

O nosso homem, comtudo, nao pareciamuito contente com aquelle nascimento, queelle julgava um presente muito fora de tempoe exclamava furioso : «Não é possível, nao epossivel! esse pequeno não e meu filho I

E tanto gritou, tanto lastimou a sua des-ventura, que afinal a esposa chamou-o e

% Galeria Artística %Avisamos aos Icitol-cs que tenhamfali:» «le alyuuias eslaaipas «Ia iioss!»Galeria AríistU-si. e queiram comple-lar a collecçào, que em nosso escrip-torio cvisíem exemplares <le Iodosos numeras <1»> ltlO I_lj desde o ini-cio «Ia publicação dessa Galeria; po-dendo sei- adquiridos sem auijmenlo

<le preço.

— Hoje, podes ficar. Já estou boa da tos-se, graças ao Peitoral de Angico Pelotense.

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n (-) O RIO NU (-)

CD

Por força tinha que dar em «droga» apaixão da «Menina das Canções.»

O negocio começou com duas «santas» eagora apparece uma outra «santa» I

Era muita «santidade» junta e por istoos dois «amorosos» não devem escapar!

&& Ella, elegante morena, ex-suburbana,ia serena e calma pela rua S. Luiz Gonzaga,quando lhe surge pela frente um typo sym-pathico e insinuante:

Senhorita, desejo dizer-lhe duas pa-lavras.

Pois não, estou ás suas ordens.Eu vos desejava falar sobre esse

«typo» que teve a audácia suprema de pedira vossa mão, sendo casado.

Pôde falar, mas eu sei de tudo.E' que elle é um bandido. Engana to-

das as mulheres.O que o senhor tem com isto? Enga-

nou alguma vez a sua?Não, senhorita. Sou solteiro.Então o que o senhor tem a vêr com

os actos delle?Nada.Por que razão fala-me mal de quem

estimo e amo com verdadeira paixão, poucose me dando o facto de ser casado?

E' que a amo, senhorita.Ora, vá lamber sabão !

E a galante morena deu as costas ao«intelligente» que falava do «outro,» dei-xando-o em plena rua com cara de burro.Foi bem feito que tal acontecesse, porquequem ama deve usar processos mais decen-tes e aquelle era torpe.

Por que razão o «zinho» não foi dizeraquellas «duras verdades» ao outro?

Necessariamente porque sabe que teriaque engulil-as.

O facto é que a conversa que ouvimosestava no dia seguinte relatada pela morenasuburbana ao seu loiro amado e anda elle nacavação agora para descobrir o «homem dacapa preta» !

Si descobre, temos S. Christovão, obair-ro elegante, conflagrado por um pirata da ca-pitai dos subúrbios !

i»1 O Haller, depois que é um dos «cor-

reclos» e dignos auxiliares da -Auxiliar-, solaz cavação na zona á direita.

O Mocinho saberá dislo ?tw O japonez Samuel já teria conseguido

os «carinhos» da Zizinlia?•mt Seu Rezende continua a ser o maior

pirata do Engenho de Dentro.Por onde andarão os Mocinhos, Lydios,

Lyiios, Migueis, Faustos, Pharaildos e outrosaguias-nióres do Engenho de Dentro ?

-mt O «João das Getulicas Plagas» agorasó tem piedade da filha da pianista. Este Joãosempre nos saiu um bicho I

PIRATA MÓR,

Licor TibainaO melhor purifica-— dor do sangue --

GRANADO & C. - Rua i°.de Março, \k

Ci^n^OFsjnura ibie ES Tira ELOS

Mas d'AziL. — Seja feita a sua vontade.C. Barata. — O seu Quizéra e Visão

estão muito mal metrificados. Desculpe-nosa franqueza, mas verifique a contagem dassyllabas e verá que temos razão.

D. José. —Com outro titulo já foi publi-cado no Rio Nu o conto que nos enviou sobo titulo Querer e não poder.

Innocente. — Essa inchação não querdizer nada, uma vez que a senhora garanteque tudo foi feito por fora; talvez um pur-gaute a ponha boa...

Triste. — E' mesmo caso para entris-tecer, minha senhora! Mas a culpa é sua,porque o que o seu marido não lhe dá deveprocurar fora de casa. Appareça e verá quenão se lia de arrepender: á molleza do seumarido pôde oppor a rijeza (modéstia áparte) do sempre ao seu dispor

JOÃO DURO.

12 de Junho de 1915

Campo Santo

1W. de L.

Valente, qual São Maurício,E sempre um bravo Lacerda:Das eleições do estropicio,Aos «entendidos do officio,»Quasi a morrer. ¦ .manda á.. .fava.

JEREMIAS.

COMO ESTAVA COMO ESTOU

PEITORAL DE ANGICO PELOTENSE

Não ba em todo o mundo medica-mento mais efficaz contra tosses, resfriados,influenza, coqueluches, bronchites, etc, doque o Peitoral de Angico Pelotense, verda-deiro especifico contra a tuberculose nosprimeiros grãos. E' o melhor peitoral domundo. O Peitoral de Angico Pelotensenão exige resguardo. Vende-se em todas aspharmacias e drogarias.

Depósitos: Pelotas, Ed. C. Sequeira;Rio, Drog. Pacheco; S. Paulo, Baruel &C; Santos, Drog. Colombo.

Sonetisando...' — Não queiras mais, bondosa Luzitana,Lavar a minha roupa... A tão velhinhaRoupa :— A que dou tres vezes por semana ;Por ser tão rota; ser tão poiicochin/m...

Também eu vim de lá... Santa terrinha,A nossa terra ; mesmo duma canna...Para as terras da magnífica banana;Do bom café ; da suprior caiininha...

Em paga de uns cobritos, que te devo,Vou dar-teum bom conselho...Aqui o escrevo,Pois, que exprime o Pesar.que em mini concentro:

— Põe, teus freguezes, pela porta fora;A' todos... todos elles, sem demora...Lavando, unicamente .. para dentro...

ESCARAVELHO.

cg %mwÊwimh, p^gJá está á venda o n. 5 da «Collecção

Amorosa», intitulado SANDWICH, minuciosanarrativa de uma recem-casada que, escre-vendo a uma amiga ausente, pinta ao vivotodas as scenas de amor que praticou com omarido desde a noite do casamento.

Preço, 500 réis ; pelo Correio, 800 réis.Os pedidos de fora, que só serão atten

didos quando vierem acompanhados da res-pectiva importância, devem ser dirigidos a

ALFREDO VELLOSO

HÊAmm

Una «Io -.Hospício -Í I 8 -- Itio «le «Jancíri»

UtaP. psuHtMa

sk-w AMOS pregar-lhe uma partida ?¦"* - Está dito !E logo ali combinaram que

na oceasião em que os noivosfossem para a igreja, elles, illudindo as cria-das, as únicas que ficariam em casa, iriam,sorrateiros, collocar no enxergão de aramedo leito dos noivos, uma porção de gtiizos ecampainhas, para, no momento chegado, ha-ver uma baiulhada infernal.

E, realmente, quando, á noite, o Júliocom a sua mulher foram para o leito, não sedescreve o espanto e ao mesmo tempo o de-sespero de ambos com aquella barulhada, aolilintar dos guizos e campainhas.

O Júlio, pacientemente tirou aquelles in-discretos empatas do enxergão, e, mais cal-mo, foi para o leito, já se vê, zarro pelo quede ha muito elle esperava...

Tres dias depois, o Júlio encontra-secom um dos pândegos que lhe haviam prega-do a partida dos guizos, e meio sério, ouantes, bastante aborrecido, diz-lhe : —Vocês,sempre me sahiram uns empatas do diabo,pregaram-me uma peça com que eu mesmonão contava, aquillo não se faz.

O Alfredo, com quem elle se encontrara,diz-lhe a rir: Ora Júlio, uma brincadeira in-nocente, então só por causa dos guizos.— Dos guizos ainda não fiz grande caso,até achei alguma graça na troça, mas o queeu não posso perdoar è o canalha que botouareia na vaselina... Esfolei-me todo...

DR. PINIMA.

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-====^1 12 dc Junho de 1915 |gg§]=

Solo

dM•j/g-r» A neste mundo cada um sujeito/.';','§;f.H. que, si não é idiota, ao menos,féí*-*- _S mostra ser verdadeiro tolo I

^/¦'<. Conheço eu um nessas con-dições, o qual andava procurando seduzirunia rapariguiiiha com o fim de ser o primei-ro a entrar no seu coração... Queria sabercomo é doce a sensação de uma primeira...entrada ,.,„_.

Era elle o Soares, um rapaz intelligente.bem falante e sobretudo possuidor de algunspares de contos de réis que agradavam aqualquer moça 1

Ella tambem não lhe ficava atras.. .prin-cipalmente em belleza, porém, quando oSoares lhe falou na ta! coisa ella fingiu quenão entendia, mesmo porque não lhe convi-nha porquanto sabia bem o estado em quetinha ficado depois que um seu ex-namoradolhe tinha falado da mesma fôrma e consegui-do delia o que o Soares queria conseguir...

Como ninguém soubesse o seu estadopor ella ser nova no logar, pois, quando lhesuecedeu aquella /e/ícídflí/e.mudara-se, vendoque o Soares andava apaixonado por si, pro-curou ver si conseguia casar com elle, pen-sando ella, que, como já era passado muitotempo e como fora uma vez só, aquillo porcerto tinha voltado ao seu estado normal...

De facto, o rapaz vendo que não conse-guia o que desejava de fôrma alguma, resol-veu pedil-a aos pais em casamento, o quefez num domingo á tarde, com grande ale-gria pois dessa fôrma ia conseguir tudo...

Nessa mesma tarde, elle, como ja eranoivo, entendeu que tinha alguns direitos so-bre ella e quiz leval-a ao cinema, não o con-seguindo porque os pais protestaram e ellatambem... _„,.

De maneira que, só depois de se casar,numa noite sublime e cheia de attractivos,elle poude chegar onde tando ambicionava,mas ao ver que não era elle o primeiro sol-

dado que rondava aquella praça, recuou es-lupefacto e frio dizendo :

-Como se explica isso... Como vocêse vestiu de noiva?... De virgem ?.. •

Porque eu era solteira...Como foi que então...Foi como foi. Você suppunha que eu ....Decerto.. ¦ Do contrario não me casa-

va condigo... '.-Como você é tolo!... Pois acredita

que alguma mulher na minha idade, estejaassim?... Si os dedos e os gargalos dasgarrafas falassem... o que não diriam !...

Então você não está?...Eu? nem nos olhos, — disse ella —

uma noite, quando acordei, estava com umoecupado.

BANDEIROLA.

(-) O RIO NU (-) (g—

Ah! Ah! Ah! Ah.

Collecção ColoridaEstá á venda a Collecção Colo-

rida, o maior suecesso da Bibliotheca doRio Nu, trabalho perfeito e caprichado, inl-presso a cores diversas em superior papelcouché. Intitula-se esse volume

DOIS CONTRA UMAe compõe-se de nove lindíssimas photogra-phias tiradas do natural, representando umamulher que dois apaches obrigam a executar,com elles, differentes scenas de amor.

DOIS CONTRA UMAaue é uma delicia para os olhos e para o es-nirito pela nitidez e verdade das scenas querepresenta, custará apenas 1*500 cada exem-piar; pelo Correio, 2Í000. _

Ás encommendas, que so serão attendi-das si vierem acompanhadas das respectivasimportâncias, devem ser dirigidas a

ALFREDO VELLOSO — Rua do Hospício 218

O Manoel, que havia chegado da terra,ao encontrar-se com um irmão que estavaaqui ha muito tempo e que nunca escreveraá familia, exclamou, abraçando-o :

Oh I meu rico irmaosinho ! üa ca umabraço ! Então, como é que te esqueceste de" S '—

Eu não me esqueci... é que como sa-bes, eu não sei escrever, por isso, nao que-rendo oecupar ninguém.. ¦

Olha, nossa mãi e nosso pai mandam-te muitas lembranças....

E as nossas tres irmãs? Como vaoellas? lá se casaram?.. •

Não. As nossas irmãs estão conformetuas deixaste...

Como vai a mais velha ?A mais velha vai indo regularmente.

Acostumou-se aos homens.. .Anda por Ia...Que descarada 1.. .E a do meio ?Essa fugiu ha dois annos com um ta-

dista que a illudiu, e... creio que tambemestá de perfeita saúde...

Oh I Que sem vergonha !. ..ta mais"0Va2

a mais nova, pelo volume do abdo-men, creio que vai dar á luz um nosso so-bnnlio „ .^ _ Ent.o es(ão todag .onforme

eu as deixei quando vim?... ..".,_Estão... Ainda sao todas solteiras...

_?!"" DÚDÚ.

Tônico Japoncx'

Para perfumar o cabello e destruir as

parasitas, evitando com seu uso diário to-

das as enfermidades da cabeça, não ha

como o Tônico Japonez—Ruas : Andra-

das, 43 a 47 e Hospício, 164 e 166.

1=SIllHÈT

— POR ¦

V. DE NOVAES "" \

Ainda te lembras desse biltre ?! Pro-hibo-te que fales nelle !

Com quem, então . _Com um rapaz que gosta muito de

ti.Mas eu conheço-o ?Nem é preciso.

E elle conhece-me ?Sim ; pelo retrato que lhe mostrei.E porque não posso casar com o

primo Mario?Porque elle comeu a isca e cuspiu no

anzol.Não comprehendo.Não comprehendes ? Pois é fac.hmo

O patife do teu primo casou-se no Para !

Quasi tive um desmaio. Meu pai ara-

parou-me para que eu não caísse e tor-

nou-se carinhoso. Disse-me:E' justo que tenhas paixão por

aquelle typinho, mas. . . não se pôde re-

mediar o que elle fez sinão da forma queimaginei.

E que foi que o senhor imaginou ?Casar-te com outro, ímmediata-

mente. . ,E esse outro me acceitara assim mes-

mo ?¦ -¦Decerto. E elle não ignora o que

se passou. Sabe perfeitamente que vai

trilhar por um caminho já aberto. Des-

culpa dizer-te, mas... fiz um negocio

com elle.Negociou a sua filha?!De que te espantas? Havia de con-

servar-te avariada quando encontro quemte dê um nome e repare essa avaria pe-rante a sociedade ?

Mas esse homem é então um mons-

tro! e ATNão é bonito... Lá isso nao e... Mas

tambem não é feio de causar espanto. . .

Depois, éum pouco maduro... Ja pas-sou a idade das illusões. . .

Afinal, quem é?E' o Alonso, empregado no escn-

ptorio de um amigo meu. Falei-lhe fran-

camente e elle está prompto a casar com

tico comtanto que eu lhe monte uma

ca°sa de commodos. O seu ideal é ter uma

grande casa de commodos.° ED. Sinhá terminou:

Ainda quiz appellar para minha mãi,

mas esta já tinha sido catechisada pelovelho e concordara em entregar-me a umsejeito desconhecido. E foi assim que ca-

sei com o Alonso oito dias depois de o

conhecer.E vieste logo para esta casa ?

No mesmo dia do casamento. Dor-

mimos na sala da frente. O velho com-

prára o contracto do prédio e mobiharatodos os commodos, tendo gasto pertode vinte contos.

E. ..na primeira noite, o Alonsonão te disse nada? Não te falou sobre a

tua virgindade?Qual o que ! Atirou-se a mim como

um faminto, sem a menor cerimonia,como quem tinha consciência de que nao

encontraria obstáculo algum, nem moral

nem material. Até parece que, tinha uma

grande reserva, pois não me deixou dor-

mir a noite inteira. ¦'.¦__- _Talvez uma abstinência forçada. . .

(Continua)

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(-) O RIO NU (-)

OGMOG

.HEREZA é uma roliça rapariga,possuidora de um corpo tenta-dor... senhora de um par de

«^gS^ rijos,rosados e volumosos seios,com umas pontinhas marrou muito erectas,a transparecer por entre a alvura de um cor-pinho muito leve; dona também do maisbello e mais bem torneado par_ de alvas eroliças pernas que se possa imaginar...

Não se admirem, pois, si eu disser quecom esses predicados, era ella cortejada porquanto homem de gosto ha neste mundo.Entretanto, um camarada houve, mais feliz,que com geito lhe arrastou a aza, conse-guindo, com promessas de casamento, paparo que, ella possuía de melhor... gozandoaquelle mundo de encantos até fartar-se, paraabando„al-a depois.

Muito religiosa, a rapariga, resistia va-lentemente aos ataques dos que sabiam serella uma praça abordavel... e, apezar de jáestar iniciada nos mysterios do peccado...jamais consentia que qualquer homem afjflr-racasse...

Certo dia, assistia ella, a um sermão,cujo pregador fulminava com palavras, oshomens que com promessas de casamento,enganavam as mulheres, deshonrando-as; edizia que, sendo elles os culpados, tão só-mente sobre elles recahiam os peccados porellas commettidos ; e sendo assim responde-riam perante a justiça divina, por todas asleviandades praticadas pela mulher depoisde...enganada...

Ouvindo aquella historia, a rapariga dis-se com os seus botões: Ah I agora já nãotenho a recear. O patife do João cuspiu-meno anzol, mas si, como disse o pregador,elle responderá daqui por diante, pelas mi-nhas leviandades.. -hei-de pratical-as a miúdosó para vel-o condemnado.

Estou vingada.E.. .naquelle mesmo dia, outro felizardo

penetrava naquella praça que ha muito capi-tulàra.

DR. LASCADA.

Collecção amorosa

12 de Junho de 1915

Composta de cinco romance.cs editados pelo Rh Nu,a saber: n. 1, Amores de um. Frade, pica-resca historia de frei lgnacio, um saiitanao que soubegosar o que de melhor existe neste mundo — o amor jn. 2, Noite de Noivado, cm que são narradasas peripécias de uni noivado em que a noiva é tãoescovada como o noivo; n. 3 Madame Blinet,deliciosa narrativa da vida amorosa de uma mulherviciada, cm que ella, afinal não leva a melhor parte..n. 4, Casta Suzanna, extravagante historiade uma donzella, que só deixou de o ser depois (Jehaver provado o amor por vários modos que nãocompromettiani a sua virgindade ; e n. 5, San ti-wicli !, narração minuciosa de unia recém-cisadaque expõe a unia amiga as peripécia:, das scenas intimasa que a sujeitou o marido.Qualquer desses volumes, que se vendem juntos ouseparados, á razão de 500 réis cada uni, constitueunia leitura amena, muito recommendada aos enfra-queridos de todas as idades, náo só pela linguagem alta-mente excitante cm que elles são escriptos, como Iam-bem pelas lindas e siie.gesi.iyas gravuras que os orname que são mesmo de fazer resuscitar um defunto.Os pedidos do Correio, aos quaes devem acompanharmais HOO réis para o porte de cada livro, devem ser

Alfredo Velloso -m D0 ™° »¦ ™Rio de Janeiro

A collecção completa será enviadaa quem a pedir enviando a |quantia de 3$50O (em dinheiro).

Sarllho musical

Numa noite de luar,Com succulento decoro,Sonhámos fazer um choroNa casa da Conceição.O Rocha solou na Irompa,A' flauta grudou-se o Salles,O Lopes tocou tymbales,E tambor um nuilatiio 1

Os quatro rompendo o choro,Sahiram ruas en, fora.Que rttfos tocava Aurora !Como a trompa soluçava IO povo inteiro gemra,Ouvindo a valsa maguada,E a flauta, muito mammada,De gosto até se espirrava!...

A multidão, vendo AuroraTocar tambor, se arrabata :— Um rufo destes, mulata,E' mesmo de perfeição !E o Lopes, meio fornido.Vendo aquelle engrossamento,Cresceu, num dado momento,Fazendo um roxo esporreão 1!

Para encurtar esta historia :Houve um sarilho de apuro !Da flauta, foram-lhe ao furo,Fugindo o bruto a galopes !A trompa torceu dois chifresE se espetou, que magnata,Na vaqueta da mulata,Sobre os tymbales do Lopes 11!

MALANDRÃO.

LOTERIAS DA CAPITAL FEDERALSabbado, 12 do corrente, ás 3 horas da tarde

309a—27»

Inteiros a 4$ooo Quintos a $800Bilhetes a venda em todas as

casas loterleas

Musa profana

Magra, formosa, esbelta, afidalgada, esguia,Tu me fazes lembrar uma illusão bemdita IA' loucura do gozo, a tua carne incita,O teu sublime olhar ferindo acaricia 1

Quando falas, mulher, escuto a melodiaDe um meigo rouxinol que nessa voz se agita IQuando passas a rir, teu passo febricitaE deixa dentro d'alma um rastro de alegria !...Fujo, si acaso encontro o teu olhar medroso,Esse olhar que me arrasta ás comas mais profundas.Olhar que é só ternura, é soffrimento, é gozo!Porque quando eu te fito, altiva, indifferente,O' lubrica mulher, toda a niinh'aln,a inundas,No delírio sensual de uma emoção recente 1...

P.

Está á venda—A PULGA—Grande sue-cesso da nossa esplendida collecção.

fflfJ1 '^I^C'. - ¦' -—* ——

^é^39 ml O S...CD

...o Sebastião contra-regra saindo do3 da zona Visconde do Rio Branco ás 3 1|2da manhã... .

...a Leontina Vignat entrando nos re-nianos, fantasiada de Pavão...

...no Munclien o commendador Virgíliomuito triste-..

...oThéo Pharol aborrecido por ter vis-to a pince-uez...

...o commendador Virgílio tomando umtaxi con, a estrella...

...aCoralia querendo fazer as pazescom o Villon...

.. .a Lydia italiana num camarote do S.Pedro a fazer signaes para o Alberto Fer-reira...

...o Maneco Chupa Ovo saindo dosTenentes con, uma wesugth...

...agrisette Leontina entrando com oVelloso na casa da Augusta Mulata...

.. .0 Léo ex-identificador, hoje official dejustiça, fazendo combinações com o juiz dojiu-jitsu...

VÊ TUDO.

Pomada Seccaíiva de São LázaroA única que cura toda e qualquer ferida

sem prejudicar o sangue; allivia qualquerdor, como a erysipela e o rheumatismo. Co-nhecida em todo o universo. Ruas dos An-dradas, 43 a 47 e Hospicio, 164 e 166.

Ml©all© de [peiinsani3

a GABRIEL era um rapaz patusco emuito estravagante.

O seu medico assistente, queo tratava de tumores hemorrhoidarios, acon-selhava que elle se alimentasse sobriamente,privando-se de bebidas alcoólicas que só po-deriam aggravar a moléstia.

Elle, porém, abusava constantemente, eum dia metteu-se numa ceiata, toda apimen-tada, em casa de umas bahianas, resultandoser obrigado a recolher-se ao hospital de suaOrdem afim de mais tarde ser operado.

Devido, talvez, á rigorosa dieta e aquantidade de sangue que perdeu durante aoperação, ficaria elle reduzido a pelle e os-sos si um amigo não o levasse para Minas,de onde veiu restabelecido muito nutrido.

Logo que chegou foi visitar e agradecera d. Laudelina, amiga intima de sua fallecidamãi, os cuidados e interesse dispensadospor ella durante a sua enfermidade.

Julinha, que era filha de d. Laudelina eque se achava na oceasião-acompanhada dealgumas amigas, logo que o viu, abraçou-o,muito admirada:

Disseram-me que o sr. estava comoum esqueleto, entretanto, vejo o contrario.

E' verdade, Julinha! Estive muito ma-gro, muito leve no hospital, agora estougordo, pesado...Antes pesado fora do hospital, do queleve dentro.

AMORA.

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_!H 12 de Junho de 1915

2 MV-iltís. JÍSlí^J»__£___} <_|___3a__u * J_M_&-__.

CDAVISO — 0 "/?/o Mi" trao tem repórter ai-

gum nas zonas para dar ou não darnotas nesta secção ; todo aquelle quese apresentar como tal è um intrujãoe deve ser tratado como merece.

Na zona chieContou-nos a Bororó que a Conceição

Cara Manchada deu o desespero quando leua ultima nota do Júlio Pé Espalhado com aMaria José Peruana.

Fique mansa, sua Lara Manchada !sw Porque será que o Major Pharol e

tão assíduo ao 48 da zona Lavradio ?Si você continuar nessa assiduidade, te-

reinos que ver brevemente algumas saiasrasgadas!*_r Prevenimos a Pequenina Catinga deBode que com os 300 fachos com que vai fazerfeitiçaria a certa pessoa que é melhor gtiar-dar para mais tarde fazer uma reforma noseu bibelot.

Tome juizo! ...-s" A Rochinha continua atacada de pai-xonite aguda pelo agaloado...

Cuidado, pois elle é traiçoeiro e vocêtem mesmo de morrer no... fio da espada!

ia1 As vantagens offerecidas pelo velhoteGomes á Marietta desbancaram o seu queri-dinho Oliveira a ponto do zinho passar parteda noite rondando o passeio em frente dacasa da sua ex-Marietta.

Então, seu moço, de nada valem as jurasde amor eterno e a egualdade...

ter Disse-nos alguém que a Clara Fortu-gueza anda deveras desgostosa por ter le-vado os contras em certos caprichos amoro-sos e que tão desgostosa ficou que diz quevai se aposentar indo para a roça criar gal-linhas e pintos !

lá não é sem tempo, sua funecionaria Iirar O menino Asdrubal anda levando

suas vantagens em cima de certa italiana dazona Cattete. Você ainda não tomou juízoseu artista?. ¦ ¦

«r O Mario Fontes anda ranzinza porcertas contrariedades que tem soffrido ulti-mamente. _

Porque você não procura a Clara fona-gueza para lhe consolar, seu maxixeiro ?

*-" A Bet lzabet e a Alice são duas es-brogues já muito batidas na zona Marrecas eagora procuram a todo o transe desencami-nhar a Beatriz mettendo-lhe no corpo o vicioda cocaína.

Porque vocês, suas esbrogues, nao vaopara a Sapucaia '

-s- A Manoela Pote de Vazehna conontiaa fazer uso da pomada de cacáo, apezar doprotesto que ha tempos fez alguém.

lá é ser viciada !KB O Ramiro Pé Espalhado esta ameaça-

do de levar umas taponas de alguém porcausa de uma zinha da zona Marrecas. _

Muito bem ido. Que não cansem as mãosdesse camarada é o que desejamos 1

ter A Julieta B. Quadrada conseguiu ar-raniar alguém para se associar em uma pen-são na zona Avenida Rio Branco.

O diabo foi os cadáveres que ella deixouna zona Cattete e que estão resuscitando dia-riamente na tal pensão I

__ A Margarida da zona Arcos 11, can-çou-se na quinta-feira ultima de esperar ai-gueiu na porta do cinema Lapa, dando o de-sespero por perder tanto tempo sem resul-tado. . ,, ., .

Que boa troça, hein Margarida I...LINGUA DE PRATA.

CONTOS RÁPIDOS_ Linda collecção de contos rápidos a300 réis cada exemplar com uma bellac suggestiva gravura impressa em papelcottché.

Os quinze primeiros desses contos in-titulam-se : O tio empata, A mulher defogo, D. Engracia, Faz tudo..., A ViuvaAlegre, O menino do Gouveia, A Pulga,O Correio do Amor, Dotores, FamiliaModerna, Na Zona..., O brinquedo, OCachorro, Roçanio... e O Consotador,constituindo uma preciosa bibliothecade leitura rápida e estimulante.

Cada exemplar custa, pelo Correio,500 réis; mas quem quizer obter a col;lecção completa dos quinze enviaraapenas a importância de 5f500.

Pedidos, acompanhados das respe-ctivas importâncias a

ALFREDO VELLOSO218, Rua do Hospicio-Rio de Janeiro

_&j|

«O Rio Nu» diverte-se...

A Menina do Chocolate — E' sempre deli-ciosa, representada pela companhia AdelinaAbranches, a bella comedia de Paul üavaultA Menina do Chocolate.

Tivemol-a em reprise, no Recreio, e es-cusado seria dizer que mais tuna vez agradouextraordinariamente.

Delicioso casamento — Sacha üuitry, ofino humorista francez, escreveu uma lindacomedia em tres actos a que deu por tituloUn beatt mariage. Bruno Nunes traduziu-acom o titulo de Delicioso Casamento_e acompanhia da distineta actriz Lucilia Pereslevou-a á scena em premiére a semana pas-sada, no Pathé.

O agrado era fatal.No desempenho dessa bella peça toma-

ram parte Lucilia Peres, Gabriella Montam,Cecilia Neves, Ottilia Amorim, LeopoldoFróes, Eduardo Leite, José de Castro e A.Albuquerque, que se houveram maravilho-saniGntc

Cinema Ideal-E' sempre chie assistir-sea uma sessão no Cinema Ideal. E que esplen-dido programma o que hontem principiou aser exhibido ali!... _

Enguiçou! — Mais tuna revista no b. Pe-dro. Esla, porém, boa.

EnQuiçou é da lavra do conhecido escn-ptor theatral Sr. Alvarenga Fonseca e logrouagradar em cheio a todas as pessoas que ja°'3

A VCaixeirinha - Outra reprise no Recreio.

A da fina comedia A Caixeirinha, que, comoda outra vez que a companhia Adelina ADra-nches a representou aqui, obteve os maisfrancos applausos.

(_) O RIO NU (-) __\= 7 =

GOSTOS...

Mulatinho de geito e de chupeta,Incapaz de metter sem ter licença,Tem-n'o vocês aqui, sem mais delença.Não sou morto sem choro, nem forreta !

Sempre vivi da moda e da roleta,— Bons joguinhos d'azar e sem sabença,Que a gente vai assim, naipe de cheiaE com o cobre se sai, si menos pensa I

Mas quando vejo altiva a divindade,Creoulaça gentil de meus desejos.Vou entrando sem medo, nem maldade,

Num concerto de gritos e de beijosEm seu pescoço negro e avelludadoPara acabar depois... por outro lado!

LUCAS.

Agna .lapoiicza. Não ha outra que torne a pelle mais

macia. Dá ao cabello a côr que se deseja.E' tônico, faz crescer o cabello e extirpaa caspa. — Ruas: Andràdas, 43 a 47 eHospicio, 164 e 166.

Dr. Ubaldo Veiga, *_ SyphillsVias urina-

rias, uai traplio. B flOBiquatlls. Molesttasda mulher, tirrl__.ll. ll- Ap.llta »«*«•, *". •.1116. Cura dis gonorrhéas a. lis e limitasoel.s processos mais modernas. ...... .,

i_n_ Ria Omiihii -ias 13. te 3 is 5. todM 11 dias.

Está á venda o N. 11 dos Contos Rápidosintitulado: Na Zona... Apavorante novellarealista.-Preço 300 rs. Pelo Correio 500 rs.

Simplicio apresenta-se ao escriptoriocentral de meteorologia, pedindo emprego.

«Tens algum titulo ou pergaminho que terecommende?» — pergunta-lhe o director.

«Tenho, sim, senhor, os meus callos,sensibilissimos á menor mudança de tempo.»

Já está a venda«© C.-€ll»BKO"

N. 13 dos Contos Rapidos-300 réis

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iiiiiiwiiiiiiiiir 1iiÍflHÍÍM " xkíçèi

Biotea d'0 RIO HUi) '

DOIS CONTRA UMA — Primorosa sérieimpressa a cinco cores, photographias do na-tural, constituindo um bello volume.

Está á venda. Preço 1Í500; pelo Cor-reio, 2ÍO00.

A CABEÇA DO CARVALHO — Pyrami-dal trabalho do bestunto do incomparavel Va-gabundo, 2JS000; pelo Correio, 2J500.

SCENAS DE ALCOVA — Interessantis-simos episódios da vida de um pobre copei-ro que acaba como patrão da patroa, 1J500;pelo Correio, 2$000.

AMORES DE UM FRADE — (3» edição,n. 1 da «Collecção Amorosa») — Escândalo-sas peripécias de amor prohibido, acompa-nhado de interessantes gravuras. Verdadei-ras scenas dignas da antiga Roma. Preço,500 réis. Pelo Correio, 800 réis.

NOITE DE NOIVADO —(n. 2 da «Col-lecção Amorosa«) — Episódios picantes entreum casal recem-unido pelos laços do matri-monio, contados por Mathusalém, 500 réis;pelo Correio, 800 réis.

MADAME MINET —(n. 3 da «CollecçãoAmorosa») —Historia de uma linda viuvinhapatusca, que para comer exige apperitivos es-peciaes... Custa 500 rs.; pelo Correio, 800 réis"

CASTA SUZANNA - (n. 4 da «Collec-ção Amorosa») — Empolgante descripção descenas amorosas passadas entre uma don-zella e Lúcio d'Amour, que afinal consegueentrar em Barcelona depois de varias invés-tidas pelas redondezas. Preço, 500 rs.; peloCorreio, 800 rs.

SANDWICH — (n. 5 da Collecção Amo-rosa) —Peripécias interessantes dos primei-ros gosos de uma mulher recem-casada,narradas por ella a uma amiga. Preço 500réis ; pelo Correio, 800 réis.

ÁLBUNS DE VISTAS - Collecçãode Fogo, contendo cada um oito gravurastiradas do natural, impressas em papel cou-chá de l» qualidade e acompanhadas de bel-los versos explicativos de cada scena repre-sentada. Estão publicados os ns. 1, 2, 3, 4 e5. Preço de cada um, 1$; pelo Correio 1"500.

CONTOS RÁPIDOS — Estão pu-blicados os seguintes : N. 1, Tio Empa-ta — N. 2, A Mulher de Fogo —N. 3, D. Engracia — N. 4, Faz tudo...

N. 5, A Viuva Alegre—N. 6, OMenino do Gouveia — N. 7, APulga — N. 8, O Correio do Amor

N. 9, Dolores — N. 10, FarniliaModerna — N. 11, Na Zona... — N. 12,O brinquedo — N. 13, O cachorro

N. 14, Roçando... e N. 15, O Con-solador.

Todos esses contos, que são escriptosem linguagem ultra livre, contendo uma gra-vura cada um, narram as mais pittorescasscenas de amor para todos os paladares.

Cada um custa unicamente 300 rs., peloCorreio : 500 rs.

Todos os livros acima citados sãoii lustrados com gravuras tiradas danatural.

UMA CEIA ALEGRE — Engraçadissimaparodia á «Ceia dos Cardeaes», em versosbrejeiros. Tres respeitáveis padres contamsuas aventuras amorosas, numa linguagemde alcova, sem peias... Preço, 500 réis. PeloCorreio, 800 réis.

Os pedidos dirigidos ao nosso escriptorio devem vir acompanhadosda respectiva importância, em vales postaes, ordens commerciaes

ou dinheiro e endereçados a

RUA DO HOSPÍCIO 2-18 — Rio de Janeiro