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CAPÍTULO ESPECIAL VINHOSATÉ 4
VINHOS DEPORTUGAL
2013NOTAS DE PROVAÍNCLUI GUIA DE BOLSO DESTACÁVEL
JOÃO PAULO MARTINS
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JOÃO PAU LO MAR TINS VI NHOS DE POR TU GAL 2013
Título: Vinhos de Portugal 2013© 2012, João Paulo Martins e Oficina do LivroRevisão: Eda Lyra
Capa: Maria Manuel Lacerda
1.a edição: Setembro de 2012
ISBN: 9789895560196Reservados todos os direitos
Oficina do LivroUma editora do Grupo LeyaRua Cidade de Córdova, n.o 22610 -038 Alfragide • Portugalwww.leya.com
Índice
9 APRESENTAÇÃO
11 INTRODUÇÃO 15 Como consultar Vinhos de Portugal 2013 21 Perguntas e respostas sobre os vinhos
37 MELHORES DO ANO 49 Quadro de honra dos produtores
55 VINHOS ATÉ 4 EUROS 121 ESPUMANTES 147 VINHO VERDE 169 DOURO E TRÁS -OS -MONTES 273 DÃO 315 BEIRA 325 BAIRRADA 351 ESTREMADURA E LISBOA 385 RIBATEJO E TEJO 405 SETÚBAL 425 ALENTEJO, ALGARVE E ILHAS 519 VINHOS GENEROSOS 593 A MAGIA DOS VINHOS VELHOS
611 GLOSSÁRIO
621 Índice de Vinhos Provados
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Para a elaboração deste livro e das provas que lhe dão razão de ser,
contámos de novo com a colaboração das Comissões Vitivinícolas Regionais, a
quem agradecemos a disponibilidade e simpatia com que sempre me recebem.
No caso das provas dos vinhos do Douro, agradeço profundamente a colabo-
ração do Hotel Sheraton, onde as provas decorreram em sala disponibilizada
para o efeito, durante mais de uma semana. Melhores condições seria difícil de
imaginar.
Nunca é demais agradecer à Oficina do Livro, ao paginador e à revisora
que tão bem souberam contribuir para ter o livro pronto a tempo e horas, sempre
com o tempo a contar e os prazos a terminarem.
Sem o apoio e compreensão da família a tarefa seria muito mais compli-
cada e sem os amigos que vieram aos «despojos das provas», seria uma catás-
trofe anunciada. A todos agradeço, sinceramente.
Lisboa, 1 de Setembro de 2012.
Para qualquer contacto com o autor:
e-mail: [email protected]
Para ficar a par da actividade do autor consultar:
www.joaopaulomartins.com
APRESENTAÇÃO E AGRADECIMENTOS
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Com esta cumpre-se a 19.ª edição de Vinhos de Portugal. Periodica-
mente temos vindo a introduzir modificações, quando cremos serem úteis para o
consumidor. É dentro deste conceito que esta edição incorpora um novo capítulo
até aqui inexistente: o dos vinhos cujo preço de venda ao público (PVP) se situa
até aos 4 euros. Com os tempos difíceis que atravessamos, torna-se evidente
que os vinhos baratos ganham uma importância acrescida e foi por isso que soli-
citámos aos produtores que nos indicassem o PVP (ainda que por vezes existam
variações de preço conforme o ponto de venda), ficando esses vinhos inseridos
no capítulo especial que introduzimos no livro. O tecto que sugerimos – 4 € –
não tem uma qualquer razão técnica, apenas seguimos aqui o mesmo patamar
de preço que é usado na Revista de Vinhos para os painéis de prova; em boa
verdade poderia ser outro o «tecto», mas cremos que, assim, já ficamos com
um conjunto muito alargado de vinhos à disposição do consumidor. Queremos,
no entanto, chamar a atenção para um pormenor: seguimos as indicações for-
necidas pelos produtores, mas em relação aos que se esqueceram de informar
os preços ou em relação aos que tinham enviado vinhos no ano transacto e que
agora não enviaram, não podemos assegurar que tudo esteja correcto. É mesmo
provável que alguns vinhos estejam notados fora do capítulo abaixo dos 4 euros
quando era mesmo aí que deveriam estar. Naturalmente esperamos que, na pró-
xima edição, tudo saia mais correcto. Solicitamos desde já aos produtores que
nos façam chegar as emendas por e-mail, usando o endereço que é fornecido na
Nota Introdutória.
Com este novo capítulo, diminuiu o volume das notas de prova nas várias
regiões. No global isso não originou uma diminuição do tamanho do livro, apenas
uma nova arrumação, de mais fácil consulta para o leitor. Naturalmente acaba
por ser nesse novo capítulo que mais vinhos estão listados como Aceitáveis, ou
seja, com uma classificação abaixo de 14 valores.
INTRODUÇÃO
12 o VINHOS DE PORTUGAL 2013
Provas especiais e verticaisEsta edição contempla um conjunto muito alargado de provas verticais,
quase todas feitas nas adegas ou casas dos produtores. Com estas provas, em
que se testam as várias colheitas de uma mesma marca ao longo de um período
mais ou menos alargado, conseguimos ter uma perspectiva temporal do perfil
dos vinhos e das suas cambiantes ao longo do tempo. Tal como já tínhamos refe-
rido no ano anterior, estas provas poderão ser úteis para os consumidores que,
tendo vinhos em cave, têm dúvidas sobre o melhor momento para os consumir.
Tal também se pode verificar no capítulo dedicado aos Vinhos Velhos onde se
encontram muitas notas de prova tomadas ao longo do último ano, precisa-
mente desde Setembro do ano passado até Agosto deste ano. Neste capítulo
retemos três momentos que consideramos especialmente importantes: a prova
vertical e integral dos tintos da marca C.R.& F. – verdadeiro ícone dos tintos
portugueses durante décadas –, e duas provas comemorativas: uma dos 200
anos de Dona Antónia Adelaide Ferreira, com uma prova de vinhos do Porto
que recuou até 1815 e outra dos 200 anos da empresa madeirense Blandy’s,
com uma prova de vinhos que recuou até ao mais antigo, o 1811, verdadeira
relíquia com 200 anos de idade. Mais provas verticais se encontram já marcadas,
sendo por isso seguro que na próxima edição teremos mais novidades.
Após dois meses e meio de provas quase diárias, notamos que há uma
certa estabilização do número de intervenientes no mercado; há menos marcas
novas e as que se apresentam aqui pela primeira vez surgem com poucos vinhos,
como que tacteando o mercado. O produtor que elegemos como Revelação do
Ano será uma das poucas excepções. Apesar desta «estabilização» nota-se que
o movimento de entradas e saídas na região dos Vinhos Verdes, Alentejo e Douro
continua enorme, confirmando que muitos produtores não encaram o negócio
com a necessária atenção. Hipótese A, ou têm os e-mails avariados e não rece-
bem as comunicações das Comissões Vitivinícolas a pedir os vinhos para a prova,
ou, hipótese B, não querem mesmo ter nada a ver com a crítica, ou porque se
consideram acima dela ou porque entendem que bons provadores, só mesmo os
estrangeiros. Como diz o ditado: «Cada um sabe de si…!»
Mais qualidade, mais desigualdadeAs provas confirmam também aquilo que é óbvio e sentido por todos os
consumidores: os vinhos estão melhores, a qualidade atinge todos os patama-
res, nomeadamente os vinhos mais baratos (daí também a utilidade do capítulo
dedicado aos vinhos baixo dos 4 €). O negócio continua sobretudo nas mãos das
grandes superfícies, com as desigualdades e distorções do mercado que impli-
cam. Já nos tínhamos referido ao assunto na Introdução de Vinhos de Portugal
2012 e a situação não só não se alterou como se agravou: as grandes superfícies
esmagam as margens até tornarem o negócio quase inviável para os produto-
res e os consumidores, na ilusão do «paga pouco» e do «desconto em cartão»,
acabam por ajudar a cavar a sepultura da produção, principalmente daqueles
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que não têm a força suficiente para enfrentar a potência da grande distribuição.
O silêncio ensurdecedor das associações que deveriam defender os produtores
(com a CAP à cabeça, mas não está sozinha…) mostra até que ponto existe
uma convergência de interesses de grupos em que o elo mais fraco é deixado
ao abandono. Enquanto cada um «tratar da sua vidinha» e «o fracasso do meu
vizinho não me perturba desde que eu possa vender mais umas garrafitas», o
negócio do vinho será sempre desigual e, apesar de ser um dos pilares da nossa
agricultura, não terá grande futuro.
Confirmámos este ano a utilidade da indicação «eliminados por falta de
envio de amostras» que inserimos no final de cada capítulo; longe de ser uma
espécie de índex, a lista acaba por servir para chamar a atenção dos produtores
e é com agrado que verificamos o regresso no ano seguinte da grande maioria
dos excluídos do ano anterior. Veremos se esse movimento de regresso se vai
verificar na próxima edição.
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Os vinhos estão arrumados por grandes regiões, não respeitando em
alguns casos a nomenclatura oficial. Dentro de cada uma, os vinhos estão agru-
pados por ordem alfabética. Em caso de dificuldade na busca, pode sempre
recorrer ao índice remissivo que se encontra no final do livro.
O nome do primeiro vinho de um produtor vem sempre impresso a
negro. Em alguns casos optámos por colocar o nome da empresa em destaque
em vez do nome do vinho. Não há uma solução perfeita para esta indicação; em
alguns casos o nome do produtor é mais conhecido do que o vinho, noutros é o
vinho que é mais facilmente reconhecível.
Tanto quanto possível indicamos os dados do produtor. No caso de estar
disponível, indicamos apenas o web site, onde depois os interessados encontra-
rão todas as informações que desejam.
Na classificação do vinho, o leitor encontrará várias informações:
– uma primeira que informa sobre que tipo de vinho se trata, se branco
(B), tinto (T) ou rosé (R); nos vinhos generosos poderá aparecer a letra A (aloi-
rado) para vinhos envelhecidos em casco;
– seguidamente indica -se se o vinho deverá ser consumido de imediato, se
pode ser bebido, mas também guardado, ou se deverá ser obrigatoriamente guar-
dado, utilizando as garrafas x (para beber), y (beber ou guardar) e z (guardar); – a informação sobre a estrutura do vinho vem a seguir – fica -se a saber
se o vinho é ligeiro ou encorpado, com a classificação de 1 a 5 estrelas;
– finalmente vem a classificação numa escala de 0 a 20. Os vinhos com
classificação inferior a 14 não têm nota de prova nem classificação e são apenas
inseridos, no final de cada região, numa lista de Vinhos Aceitáveis.
Os diversos produtores estão separados por uma vinheta.
Os brancos e os tintos estão juntos, debaixo do «chapéu» de cada pro-
dutor. Pode parecer um pouco mais confuso, mas não é. Desta forma o leitor fica
com uma ideia mais correcta sobre a qualidade dos vários vinhos da casa ou firma
COMO CONSULTAR VINHOS DE PORTUGAL
16 o VINHOS DE PORTUGAL 2013
que está a consultar. Separá -los ia implicar a duplicação da informação que vem
em caixa no final das notas de prova de cada produtor, o que seria desnecessário.
Optámos igualmente por misturar os vinhos, dentro de cada produtor,
independentemente de terem direito à denominação DOC ou Vinho Regional.
A consulta é assim mais fácil e o índice remissivo ajuda quando houver dúvidas.
Procurámos provar em antecipação, sempre que nos foi possível, os
vinhos que só surgirão no mercado após a saída deste livro. Desta forma o leitor
dispõe já de um comentário ao vinho quando ele for posto à venda. Todo o trabalho
foi feito com total independência, sem qualquer tipo de compromissos com as
marcas ou com a publicidade.
Alguns dos vinhos que vêm aqui referenciados já se encontram esgotados
no produtor. São, contudo, vinhos que se podem ainda encontrar quer em lojas da
especialidade e restaurantes quer nas garrafeiras dos próprios consumidores,
pelo que é útil saber se ainda estão bons, se devem ou não ser consumidos a curto
prazo. Mantemos as regras das edições anteriores: apenas são objecto de classi-
ficação os vinhos com indicação da data de colheita; muito pontualmente, e por
razões justificadas, incluímos um ou outro sem data.
No final do livro encontrará um glossário dos termos técnicos usados nas
notas de prova, bem como de alguns termos que, sendo de uso corrente, adquirem
um significado especial quando aplicados ao vinho.
Muitos vinhos não são de acesso fácil. Alguns são inacessíveis e são aqui
referidos porque podem, ou ajudar a compreender as potencialidades de uma região,
ou a perceber a consistência de qualidade de uma determinada marca ou casa.
Se muitos vinhos não se encontram na mercearia do bairro ou no hiper que
frequenta, entenda este Vinhos de Portugal 2013 também como um auxiliar de
viagem. Leve-o nas suas deslocações e procure comprar no local. A maioria dos
produtores não deixa de vender vinho aos visitantes. Viajar para comprar continua
a ser a melhor solução para quem quer vinhos originais.
Onde comprar?A lista que se segue não pretende ser exaustiva. Refere apenas algumas
garrafeiras que nos oferecem garantias. Pensando que poderá estar na disposição
de comprar vinho nas suas viagens ao estrangeiro, aqui lhe deixamos algumas lojas
também por esse mundo fora. Para além das garrafeiras, também os hipermerca-
dos são bons locais de compra.
Desconfie de lojas onde vinhos de alta qualidade estão na montra, ao
sol e sem qualquer cuidado. É muito provável que, com a rotação dos vinhos da
montra, todos os bons vinhos se estraguem e não apenas aqueles que estão na
montra... Conhecemos várias lojas dessas, mas não vale a pena enumerá -las, de
tal forma é evidente ao transeunte que passa na rua. Tenha também o hábito de
entrar e «sentir» o espaço, para tentar perceber se as garrafas se sentirão bem,
se não há fornos de assar frangos ao lado das garrafas e arcas frigoríficas que
libertam imenso calor perto da garrafeira. Se sentir calor a mais no ambiente é
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melhor ir deixar o seu dinheiro noutra garrafeira onde o vinho seja tratado com
mais profissionalismo.
Cada vez é mais frequente que estas garrafeiras sejam também lojas gour-met e, por isso, não estranhe encontrar muitos outros produtos além das suas
garrafas preferidas.
PORTUGAL
AlcobaçaGarrafeira A CasaR. Eng.o Duarte Pacheco, 25
AlgarveGarrafeira Soares(9 lojas no Algarve)R. Alexandre HerculanoAreias de S. João – Albufeira
Adega AlgarviaEstrada Vale de Lobo – Almansilwww.adega-algarvia.com
Apolónia SupermercadosAv. 5 de Outubro, 271 – Almansil
Garrafeira VenezaPaderne
AlmadaGarrafeira de AlmadaAv. Prof. Egas Moniz, 2 A
Arruda dos VinhosCasa CavacoPç. Combatentes da Grande Guerra, 8
AzeitãoTarroR. José Augusto Coelho, 78
BatalhaVinho em Qualquer CircunstânciaEstrada de Fátima, 15 – BatalhaWeb site: www.circunstancia.com.pt
Caldas da RainhaGarrafeira Estado LíquidoZona Industrial – Zona ARua dos Brejinhos, 17
Garrafeira Bago d’OuroR. Sebastião Lima, 43
CaminhaGarrafeira BacoRua S. João, 42
Garrafeira Vino GrandeAv. Santana, 393
CarregadoGarrafeira dos AnjosAv. da Associação Desportiva do
Carregado – Edif. Quinta NovaBloco B1 – Loja 2
CascaisCabaz TintoR. Frederico Arouca, 97
CoimbraGarrafeira de CelasR. Bernardo Albuquerque, 64
Garrafeira do MondegoR. Sargento-Mor, 26
Dom VinhoR. Armando de Sousa, lote 17 – loja Z
ElvasSoc. de Representações FronteiraEstrada da Carvalha (Estrada da Ajuda)Tel. 268 622 516
EriceiraTertúliasR. da Caldeira, 56 [email protected]
EspinhoGavetoRua 62, 457 – Espinhowww.gaveto.com
18 o VINHOS DE PORTUGAL 2013
Estoril/SintraQta. do SaloioAv. Nice, 12 A – Estoril
Sabores IbéricosR. Sto António, 71 – Monte Estoril
Bar do Binho Pr. da República, 2 – Sintrawww.bar-do-binho.com
ÉvoraLouro(também depósito de tabaco
e charutos)R. José Elias Garcia, 32
Divinus Gourmet (junto ao mercado)Praça 1.o de Maio, loja 14 cave
FátimaA Garrafeira de FátimaAv. D. José Alves Correia da Silva
FunchalA Loja do VinhoAv. Arriaga, 28
Paixão do VinhoVia Rápida Cota 200 posto Repsol
Norte Jardim Botânico Tel. 291 010 110
Figueira da FozRótulos & ExpressõesR. da República, 71
GuimarãesCasa GourmetR. Manuel Saraiva Brandão, 217
LisboaAlfaia GarrafeiraR. do Diário de Notícias, 125
Casa MacárioRua Augusta, 272 (Baixa)
Casa dos Sabores de PortugalAeroporto de Lisboa – Partidas
– loja 11
Charcutaria MoyR. D. Pedro V, 111
Coisas do Arco do VinhoCentro Cultural de Belém
Rua Bartolomeu Dias, loja 7
Web site: www.coisasdoarcodovinho.pt
Deli DeluxAv. Infante D. Henrique Armazém B
Loja 8
www.delidelux.pt
El Corte Inglês (loja Gourmet)Av. António Augusto Aguiar
Garrafeira de Campo de OuriqueRua Tomás d’Anunciação, 29
Garrafeira InternacionalRua da Escola Politécnica, 15
Garrafeira NacionalRua Santa Justa, 18 (Baixa)
Living WineCentro Comercial Roma
Av. Roma, 48
LX GourmetR. Gonçalves Zarco, 19 B (Restelo)
Manuel TavaresRua da Betesga, 1 A (Baixa)
NapoleãoRua dos Fanqueiros, 70 (Baixa)
Néctar das AvenidasAv. Luís Bivar, 40
Quinta do Saldanha Garrafeira & Gourmet
Atrium Saldanha, piso 2, loja 86
Wine O’Clock (Amoreiras)www.wineoclock.com.pt
Wine & FlavoursR. Prof. Simões Raposo, 11 (Telheiras)
MatosinhosWine O’ClockR. de Sousa Aroso, 297
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ÓbidosRecordações PerfeitasR. Direita, 66
Oliveira de AzeméisAz GarrafeiraR. Dr. Miguel Castro, 2
PenicheTasca do Joel GourmetR. do Lapadusso, 73
Ponta DelgadaGarrafeira A VinhaAv. Infante D. Henrique, 49
PortalegreGarrafeira CanastreirosR. 31 de Janeiro, 82 – Portalegre
PortoAugusto LeitePasseio Alegre, 914
Garrafeira do Campo AlegreRua do Campo Alegre, 1598
Garrafeira do InfanteR. Infante D. Henrique, 85
Garrafeira Tio PepeRua Eng.o Ferreira Dias, 51
Web site: www.garrafeiratiopepe.pt
Quinta da Foz GourmetR. João de Barros, 313 – loja 35
Rio MaiorGarrafeira MachadoR. do Mercado, 22 – Venda da Costa
Santa Maria da FeiraDom Tinto & CªR. Comendador Sá Couto n.o 39 A
Garrafeira da LageR. do Areal, 1237
SetúbalGarrafeira Casinha do AntónioRua Henry Perron, loja 4 D
ValençaAromas de VinhoR. Apolinário da Fonseca, 55-63
Web site: www.decanteracssorios.com
Vila do CondeGarrafeira Vinho & PrazeresPraça da República, 26
Garrafeira RoqueR. do Lidador n.o 207-209
ViseuDespensa da PraçaR. Dr. Luís Ferreira, 95
Chá & CanelaAdro da Sé, 11
NO ESTRANGEIRO
A lista das lojas por esse mundo
fora é interminável. Aqui ficam
apenas algumas referências que
recomendamos.
ESPANHA
AyamonteEl Rincon del VinoCalle Lusitania, 10
BarcelonaVinitecaAgullers, 7 (vinhos de todo o mundo)
HuelvaTierra NuestraCalle Fernando, el Catolico, 34
MadridLaViniaJosé Ortega y Gasset, 16
SevilhaTierra NuestraCalle Constantia, 41
20 o VINHOS DE PORTUGAL 2013
ValênciaLas Añadas de EspañaJátiva, 3Site: www.lasanadas.es
Bodega Santander Calle Santander, 4 Bajo
OUTRAS CIDADES
Bordéus (só para vinhos da região bordalesa)L’Intendant2, Allées de Tourny (em frente ao
Grand Théâtre)
ColóniaKölner Wein-Depot Josef Wittling www.koelnerweindepot.de
Londres (lojas de vinhos em todos os bairros;
vinhos de todo o mundo)Berry Brothers3, St. James StreetWeb site: www.bbr.com
Justerini & Brooks61, St. James’s StreetWeb site: www.justerinis.com
Oddbin’sCadeia de lojas espalhadas por todos
os bairros.
Fortnum & MasonPiccadily Street, 181Web site: www.fortnumandmason.
com
Harvey NicholsKnightsbridge, 109Web site: www.harveynichols.com
HarrodsBrompton Road, 87Web site: www.harrods.com
Mendoza (Argentina)WineryCalle Chile 898, esq. Montevideu(A garrafeira Winery tem uma dúzia
de lojas em Buenos Aires)
Nova IorqueAstor Wines & Spirits399 Lafayette St. (East 4th St.)
Web site: www.astorwines.com
Crossroads55 West. 14th St.
Web site: www.crossroadswines.com
Garnet Wines & Liquors929 Lexington Av.
Web site: www.garnetwine.com
Sherry Lehmann505, Park Av.
Web site: www.sherry-lehmann.com
ParisFauchonPlace de la Madeleine
HediardPlace de la Madeleine
Lavinia3, Boulevard de la Madeleine
Les Caves Taillevent199, Rue du Faubourg Saint-Honoré
NicolasPlace de la Madeleine
(esta cadeia tem inúmeras lojas
noutras zonas da cidade)
FlorençaCasa del VinoVia dell’Ariento, 16
RomaTrimaniVia Goito, 20
(esquina com a Via Cernaia)
DinamarcaVinport.gammel Brovej 1
3060 Espergærde
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TEMAS VÁRIOS
Os vinhos actuais não têm muitos produtos químicos?Não. Se se comparar com o que acontece com os outros produtos con-
sumidos no quotidiano, desde a carne com hormonas até cereais geneticamente
modificados, alimentos pré -cozinhados, bolos e guloseimas, etc., etc., o vinho é
bastante são. Os produtos que se usam visam a estabilização do vinho e impe-
dem a sua deterioração rápida. Alguns produtos que podem ser adicionados
correspondem àqueles que naturalmente a uva tem e que podem estar em falta
(ácido tartárico, por exemplo). O mais vulgar dos produtos usados – o anidrido sulfu-
roso – é conhecido e utilizado desde sempre; outrora era adicionado sob a forma
de uma mecha de enxofre que se queimava dentro dos cascos.
O vinho à moda antiga era mais puro?Depende do conceito de pureza. Se se entende pureza como ausência
de químicos, então era mais puro. Se se entender que pureza significa melhor
qualidade, então a afirmação não é verdadeira. O vinho tradicional era um vinho
sem aromas, normalmente mais alcoólico para poder sobreviver mais tempo,
e o seu ciclo de vida era muito curto, raramente passando de um ano. Só por
saudosismo bucólico se pode continuar a defender a superior qualidade do vinho
à moda antiga.
Pode-se juntar aguardente ao vinho para aumentar o teor alcoólico?Pode, mas para os vinhos de mesa, não deve. Para se aumentar o teor
alcoólico recorre -se actualmente a dois processos: chaptalização, ou seja, adição
de açúcar ao mosto (nos países onde é permitida a chaptalização usa -se açúcar
de beterraba); ou, como acontece em Portugal, a adição de mosto concentrado,
um derivado do mosto da uva e que não interfere com as características aro-
máticas das castas às quais é adicionado. A aguardente apenas se usa para a
produção de generosos e licorosos (Porto, Moscatel).
PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE OS VINHOSOs termos sublinhados vêm explicados no glossário; agradecemos aos leitores que nos colocaram mais algumas dúvidas, às quais procuramos agora responder
22 o VINHOS DE PORTUGAL 2013
Um bom vinho tem sempre de ter data de colheita?Sim, para os vinhos de mesa e não para o Champagne e Vinho do Porto.
Mesmo nos casos dos vinhos de mesa há excepções, como o Reserva Especial
Vega Sicilia (Espanha) que não tem data por ser lote de várias colheitas. No
caso do Champagne porque tradicionalmente é um blend de vinhos com idades
variadas. O ter data, no caso do Champagne, é já sinónimo de superior qualidade
(e preço!). No caso do Vinho do Porto não é verdade porque também é um vinho
de lote de anos diferentes. Excepção feita para os Vintage, L.B.V. e Colheita, que
são só do ano indicado no rótulo.
Um vinho com o qualificativo DOC (Denominação de Origem Con-trolada) é superior a um que seja Vinho Regional ?
Não. Por vezes os produtores optam por usar castas que não estão pre-
vistas para a denominação DOC e por isso classificam o vinho como Regional.
Esta designação permite também incorporar 15% de vinho de fora da região,
diminuir os tempos de estágio e, por essa razão, há muitos vinhos que são comer-
cializados como Regional. Também os produtores cujas vinhas ficam situa-
das fora das áreas previstas para DOC têm de chamar Regional ao seu vinho.
As indicações de Reserva ou Garrafeira são sinónimos de qualidade?Deveriam ser, a bem da correcta informação do consumidor. Um Reserva
deveria ser feito a partir de um lote especial, de melhor qualidade, engarrafado
à parte. A diferença em relação ao lote «normal» deveria ser óbvia. A legislação
actual contempla as regras de utilização destes termos, mas, para o consu-
midor, nem sempre as diferenças são óbvias. O Garrafeira, termo em desuso,
indica um vinho que estagiou em garrafa antes de ser colocado no mercado.
Pressupõe -se que também tenha boa qualidade porque, de outra forma, não se
justificaria o estágio. Em algumas regiões, como o Dão, a designação Garrafeira
foi recuperada e está contemplada nos Estatutos da região.
O preço é um indicador de qualidade?Se analisarmos os preços de um vinho ao longo de um período mais
ou menos longo (10 a 15 anos consecutivos, por exemplo) um preço alto indica
seguramente um vinho que mantém uma boa qualidade. No curto prazo, há
fenómenos que interferem com o preço, como a moda, alguma especulação,
ou serem novidade. O preço alto ou baixo que se paga por uma garrafa depende
daquilo que para nós é confortável pagar, o que, como se percebe, varia de pes-
soa para pessoa. A regra pode assim enunciar -se: nunca gaste mais do que
aquilo que entende como razoável.
Fazer um vinho de classe mundial está ao alcance de qualquer produtor?
Não. Tal como uma boa educação e as melhores condições para
o desenvolvimento intelectual não fazem de uma pessoa um prémio Nobel,
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também um produtor pode não fazer mais do que um bom vinho, mesmo que
tenha a vinha mais bem tratada, a adega mais bem equipada e o melhor enó-
logo do mundo. Em última instância, um vinho extraordinário é um dom da
Natureza e resulta de múltiplos factores que, também por sorte, se conjugaram
em determinada encosta ou determinada vinha. Resta ao homem transportar
essa qualidade natural para a garrafa, com um mínimo de interferências. Talvez
o exemplo mais célebre que podemos dar é a vinha denominada Montrachet,
na Borgonha. Esta parcela, com pouco mais de 7 hectares, está rodeada por
um mar de vinhas, mas os seus vinhos são justamente considerados como os
melhores vinhos brancos secos do mundo, com uma qualidade muito superior
à dos seus vizinhos.
O rosé é uma mistura de branco com tinto?Não. Por norma o rosé resulta de mosto de uvas tintas que se deixou
algum tempo em contacto com as películas (cascas das uvas) e que por isso
transmitiram uma cor rosada ao vinho. Em seguida fermenta como o branco,
ou seja, só o mosto e sem as películas. Há casos especiais como o Champagne
francês onde a legislação prevê que se possa juntar vinho branco com vinho
tinto.
É mais difícil fazer vinho branco ou tinto?O vinho branco requer mais tecnologia do que o tinto e é por isso mais
difícil. Para um produtor com uma adega pouco equipada é mais fácil fazer
vinho tinto, podendo mesmo reduzir a tecnologia ao mínimo com o recurso aos
lagares. A dificuldade prende-se também com a quantidade e com os objectivos
comerciais que animam o produtor. Quanto mais pequena a quantidade menor
a tecnologia necessária.
Portugal é país de tintos?É. Por razões climáticas Portugal tem melhores condições para produ-
zir vinho tinto. Mas, em virtude deste preconceito, alguns dos grandes brancos
podem injustamente ser postos de lado e ser, pelo consumidor, trocados por
tintos medianos e sem história. As provas mais recentes de vinhos velhos têm-
-nos mostrado que há excelentes vinhos brancos velhos em Portugal. Não serão
muitos, mas não nos restam dúvidas de que, mesmo recuando até aos anos
50 e 60, é possível encontrar vinhos brancos de extraordinária qualidade.
Há, por isso, que evitar juízos apressados e nunca desprezar um branco velho
sem o provar primeiro.
Quando se abre uma garrafa e a rolha se desfaz, o que devo fazer? O vinho vai ficar com cheiro a rolha?
O cheiro a rolha nada tem a ver com o facto de esta se desfazer quando
é retirada. A rolha pode mesmo sair intacta e o vinho ter o tal cheiro a rolha.
Se tiver esse cheiro não há volta a dar: o vinho estará impróprio para ser
24 o VINHOS DE PORTUGAL 2013
consumido. Caso a rolha se desfaça, o que deve fazer é decantar o vinho para
outra garrafa usando um funil próprio, que pode ser adquirido nas lojas da espe-
cialidade, ou um simples pano.
O tamanho da rolha é indicador da qualidade da mesma?Não. A qualidade da cortiça é que vai determinar a qualidade da rolha.
Não está provado que o comprimento seja factor de qualidade ou de longevi-
dade do vinho. As rolhas mais compridas, muito vulgares nos grandes vinhos da
região de Bordéus, são muito caras e por isso não estão ao alcance de qualquer
bolsa. São também todas exportadas, o que faz com que um produtor portu-
guês tenha imensa dificuldade em comprá -las, mesmo que esteja disposto a
pagar qualquer preço.
As rolhas de melhor qualidade estão livres do «cheiro a rolha»?Não. O cheiro a rolha resulta de uma contaminação que pode ocorrer
durante o fabrico das mesmas. No entanto, pelo facto de terem origem nas
melhores pranchas de cortiça, as rolhas de superior qualidade apresentam uma
incidência menor daquele cheiro.
Uma garrafa lacrada conserva melhor o vinho?Não. O lacre pode não evitar que a rolha apodreça com o tempo. Trata-
-se de uma opção do produtor e alguns consumidores têm como boa a ideia de
que o lacre numa garrafa é um indicador de qualidade. Nos vinhos novos o lacre
é particularmente incómodo quando se trata de abrir a garrafa porque provoca
muito «entulho».
O envelhecimento do vinho pode ser prejudicado pelo cheiro a cola, verniz e madeira da caixa onde estão guardadas as garrafas?
Pode. No entanto, as caixas não -envernizadas não terão qualquer pro-
blema. Também não será normal que aconteça qualquer anomalia num vinho
em caixa de madeira envernizada, mas, pelo sim pelo não, retire as garrafas
destas caixas.
Devo deitar fora uma garrafa que esteve muito tempo num local muito quente, tipo mala de um automóvel?
O vinho provavelmente não estará com grande saúde, mas é melhor
tentar primeiro uma hipótese de cura. Deixe a garrafa retomar a temperatura
ambiente e depois coloque -a no frigorífico. De seguida abra -a e prove. Com sorte
pode ser que ainda esteja bom.
O consumo do vinho branco provoca dores de cabeça?Não, se o vinho tiver sido bem feito. Por vezes há consumidores que se
queixam deste mal, mas a razão disso prende -se com o uso excessivo de anidrido