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VII Seminário da Pós-graduação em Engenharia Mecânica ESTUDO DO COMPORTAMENTO DINÂMICO DE UM SISTEMA VOBRATÓRIO DE SUSPENSÃO COM UM MOTOR COM DESBALANCEAMENTO NÃO IDEAL Joel da Silva Teodoro Aluno do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica Unesp Bauru Prof. Dr. José Manoel Balthazar Orientador Depto de Engenharia Mecânica Unesp Bauru RESUMO Suspensões são muito importantes em vários sistemas mecânicos, minimizando impactos que vibrações de motores e outras máquinas causam em certas superfícies, desse modo proporcionando conforto aos operadores dessas máquinas. Nesse trabalho propôs se um modelo matemático de um sistema de suspensão, o qual é composto de uma barra rígida, duas molas, uma em cada extremidade e um motor que excita o sistema, através de um rotor desbalanceado. O sistema contém três graus de liberdade. Uma aproximação Lagrangiana foi usada para derivar as equações do movimento. O torque do motor depende da velocidade angular do rotor, caracterizando uma excitação não ideal. A adimensionalização de parâmetros valoriza a geometria do problema físico, então determinados tais parâmetros adimensionais, possibilitou-se a obtenção das equações na forma de estados, assim, o comportamento dinâmico do sistema pode ser estudado. PALAVRAS-CHAVE: Suspensão, Excitação não ideal, Rotor desbalanceado. 1 INTRODUÇÃO Suspensão é um mecanismo cuja finalidade é dar estabilidade e dirigibilidade nos carros, em pouso de aviões e entre outros sistemas, além disso, proporcionar conforto aos passageiros. Historicamente, os vagões e carruagens do século XVI tentaram solucionar o problema de sentir as irregularidades do caminho. Surgiu a ideia de se elevar a carruagem em amarras de couro fixadas a quatro colunas do chassi. Na época, ele parecia uma mesa de cabeça para baixo. Uma vez que a carruagem estava suspensa do chassi, o sistema veio a ser conhecido como "suspensão" - termo usado até hoje para descrever o conjunto completo de soluções. A suspensão do tipo carruagem levantada não foi um verdadeiro sistema de molas, mas possibilitou que a carruagem e que as rodas se movessem independentemente. Assim que os veículos motorizados tornaram-se frequentes na vida das pessoas, outros sistemas mais eficientes de molas foram sendo desenvolvidos para aumentar o conforto dos passageiros. Portanto, a suspensão é responsável por absorver energia proveniente das irregularidades no solo. Uma ondulação, por exemplo, faz com que a roda se mova para cima e para baixo sem alterar drasticamente a movimentação da carroceria. Uma suspensão, em sua composição básica contém três componentes fundamentais de qualquer suspensão: molas, amortecedores e barras estabilizadoras.

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VII Seminário da Pós-graduação em Engenharia Mecânica

ESTUDO DO COMPORTAMENTO DINÂMICO DE UM SISTEMA VOBRATÓRIO

DE SUSPENSÃO COM UM MOTOR COM DESBALANCEAMENTO NÃO IDEAL

Joel da Silva Teodoro

Aluno do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica – Unesp – Bauru

Prof. Dr. José Manoel Balthazar

Orientador – Depto de Engenharia Mecânica – Unesp – Bauru

RESUMO

Suspensões são muito importantes em vários sistemas mecânicos, minimizando impactos que

vibrações de motores e outras máquinas causam em certas superfícies, desse modo

proporcionando conforto aos operadores dessas máquinas. Nesse trabalho propôs se um

modelo matemático de um sistema de suspensão, o qual é composto de uma barra rígida, duas

molas, uma em cada extremidade e um motor que excita o sistema, através de um rotor

desbalanceado. O sistema contém três graus de liberdade. Uma aproximação Lagrangiana foi

usada para derivar as equações do movimento. O torque do motor depende da velocidade

angular do rotor, caracterizando uma excitação não ideal. A adimensionalização de

parâmetros valoriza a geometria do problema físico, então determinados tais parâmetros

adimensionais, possibilitou-se a obtenção das equações na forma de estados, assim, o

comportamento dinâmico do sistema pode ser estudado.

PALAVRAS-CHAVE: Suspensão, Excitação não ideal, Rotor desbalanceado.

1 INTRODUÇÃO

Suspensão é um mecanismo cuja finalidade é dar estabilidade e dirigibilidade nos

carros, em pouso de aviões e entre outros sistemas, além disso, proporcionar conforto aos

passageiros.

Historicamente, os vagões e carruagens do século XVI tentaram solucionar o problema

de sentir as irregularidades do caminho. Surgiu a ideia de se elevar a carruagem em amarras

de couro fixadas a quatro colunas do chassi. Na época, ele parecia uma mesa de cabeça para

baixo. Uma vez que a carruagem estava suspensa do chassi, o sistema veio a ser conhecido

como "suspensão" - termo usado até hoje para descrever o conjunto completo de soluções. A

suspensão do tipo carruagem levantada não foi um verdadeiro sistema de molas, mas

possibilitou que a carruagem e que as rodas se movessem independentemente.

Assim que os veículos motorizados tornaram-se frequentes na vida das pessoas, outros

sistemas mais eficientes de molas foram sendo desenvolvidos para aumentar o conforto dos

passageiros.

Portanto, a suspensão é responsável por absorver energia proveniente das

irregularidades no solo. Uma ondulação, por exemplo, faz com que a roda se mova para cima

e para baixo sem alterar drasticamente a movimentação da carroceria. Uma suspensão, em sua

composição básica contém três componentes fundamentais de qualquer suspensão: molas,

amortecedores e barras estabilizadoras.

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Neste artigo o sistema estudado corresponde a um sistema vibratório de suspensão. Os

estudos que levam em conta a excitação não estacionária podem ser divididos em três linhas

de pesquisa:

1-Considerando-se uma vibração estacionária de um sistema linear quando, um rotor

passa pela velocidade crítica com aceleração constante;

2- Considerando-se as vibrações não estacionárias de sistemas não lineares e,

3- Considerando-se sistemas que possuam iteração entre o sistema vibratório e o

movimento de um motor.

Pesquisando-se a vasta bibliografia disponível, constata-se, contudo, que a terceira classe

de vibração, aludida, logo acima, carece de abordagem mais profunda. Este tipo corresponde

aos sistemas não ideais, ou sistemas com excitação não ideal.

Segundo Nayfeh e Mook (1979)[1], quando a excitação não é influenciada pela resposta,

é dita uma excitação ideal ou uma fonte ideal de energia. Por outro lado, quando uma

excitação é influenciada pela resposta do sistema, é dita não ideal. Assim, dependendo da

excitação, refere-se a um sistema vibratório como ideal ou não ideal. Geralmente, sistemas

vibratórios não ideais são aqueles para os quais a potência disponível é limitada.

Neste trabalho, também se aborda o torque, que representa a força exercida em um braço

de alavanca acoplado a um eixo para provocar sua rotação. Dito em palavras soa estranho,

mas podemos visualizar isso com uma chave de roda colocada em um parafuso perfeitamente

apertado: A força que fazemos na chave de roda, multiplicada pelo comprimento desta chave,

representa, no parafuso o torque que exercemos no sentido de virar este parafuso. Se este

parafuso não oferecer resistência ao movimento torcional, teremos um torque zero; se a

resistência for alta, teremos um elevado torque.

O torque está estritamente ligado com a potência, pois motores com elevado valor de

torque em rotação baixa representam um excelente indício de excelente disponibilidade de

potência nesta faixa de rotação, implicando elasticidade no motor e esta elasticidade vem em

decorrência da potência disponível em baixa rotação.

2 Modelagem do Sistema Vibratório de Suspensão

O modelo que foi estudado nesse artigo é representa uma suspensão que contém uma

massa m1 e duas molas lineares de rigidez k1 e k2, sem amortecimento conforme a Figura 1.

A massa m1 é uma barra, supostamente rígida que sofre um deslocamento vertical x e

sofre rotação em torno de seu centro de gravidade (CG) que é denotado por θ e possui

momento de inércia J, um deslocamento angular, um rotor é acoplado à massa m1 girando

uma massa desbalanceada m0 e possui momento de inércia J0 e cuja frequência é denotada

por ω e seu deslocamento angular φ. A tabela 1 fornece detalhadamente os parâmetros

adotados para o sistema.

Considera-se que o sistema opera com potência limitada, portanto é sistema não ideal. As

equações de movimento para o sistema da Figura 1 foram obtidas utilizando-se as equações de

Lagrange e por se tratar de um sistema com três graus de liberdade temos três equações

ordinárias de segunda ordem, assim, inicialmente obtemos a energias do sistema.

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Figura 1 – Suspensão excitada por desbalanceamento rotativo

Considera-se que o sistema opera com potência limitada, portanto é sistema não ideal. As

equações de movimento para o sistema da Figura 1 foram obtidas utilizando-se as equações de

Lagrange e por se tratar de um sistema com três graus de liberdade temos três equações ordinárias

de segunda ordem, assim, inicialmente obtemos a energias do sistema.

Tabela 1 – Descrição dos parâmetros do modelo

Parâmetros Descrição

m1 Massa da barra rígida

m0 Massa da massa rotativa

k1 e k2 Rigidez das molas 1 e 2

l1 e l2 Distancias das extremidades ao centro de massa

x Deslocamento vertical do centro de massa

ϴ Deslocamento angular da barra em torno do centro de massa

φ Deslocamento angular da massa rotativa em torno do eixo do motor

r Excentricidade do motor

A contribuição energética por parte dos deslocamentos lineares e angulares do sistema:

2

0

2

0

2

0

2

012

1

2

1cos

2

1

JJrxmrmxmmT (1)

E a contribuição por parte das molas e também da gravidade a que o sistema fica

submetido

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rgsenmgxmm

senlklkxsenLklkxkkV

001

2211221121

)(

²²)²(2

1)()(

2

1

(2)

Dessa maneira é possível obter o lagragiano (L), o qual obtém fazendo:

CNWWVTL /

Então, para o sistema estudado, o lagrangiano será dada por:

2

00102

2

1)cos(²²

2

1²)(

2

1

oJJxrmrmxmmL

grsenmmgxsenlklkxsenLklkxkk 02211221121 ²²)²(

2

1)()(

2

1 (3)

Obtido o Lagrangiano, o passo seguinte é a obtenção das equações do movimento, para

que se possa entender sua dinâmica. Segundo Craig, as equações podem ser obtidas por:

No caso do modelo a ser estudado, devido à rotação da massa rotativa, que descreve

em torno do eixo do motor um deslocamento angular φ, existe um torque M, dado pela

expressão acima.

Daí as equações de movimento são:

0)(²cos)( 1122210010

senlklkxkksenrmrmxmm (4)

0)cos(cos 222111

senlxlksenlxlkJ (5)

MsenxrmxrmrmJ

00

2

00 cos)( (6)

A Eq. (6) é a equação que descreve a dinâmica do motor, em que M(ω) é o torque

resultante do motor. Na próxima secção há a dedução desse torque que neste caso, não foram

consideradas as características do motor, então, o torque se reduz a uma função linear .

Nota-se que o sistema de equações (4), (5) e (6) é autônomo e não linear, contendo

não-linearidades devido à interação entre . As funções mcos0m r && e m rsen2

0

& são as funções de inércia provocadas pelo motor e cosm0rx&& representa o momento

desta força de inércia.

2.1 Torque do Motor

niMq

L

q

L

dt

d

ii

,...,2,1;

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Vamos considerar um sistema mecânico rotacional na Figura 2, em que podemos

observar a existência de uma carga de inércia e um torque (T) gerado, devido à frequência do

motor ω. Segundo Ogatta, 1970, a Lei de Newon estabelece que:

TJ

(7)

Onde:

J – momento de inércia em kg/m²;

- aceleração angular em rad/s²;

T – torque

Dessa forma, para o sistema mecânico apresentado, a Lei de Newton será:

TfJ

0 (8)

Em que f é uma força de fricção-viscosa de um amortecedor apresentado no sistema.

Figura 3 - Sistema Rotacional.

Em um motor elétrico, quando uma determinada tensão é aplicada ao motor, este

produz um torque. Desde que, a tensão de controle (Ec) aplicada seja constante, o torque será

proporcional à o torque e a velocidade angular serão funções desta tensão de controle. Dessa

forma, se as variações da tensão de controle (Ec) são lentas em relação à frequência da fonte, o

torque produzido será proporcional a esta tensão, conforme a Fig.3.

Segundo Ogatta, 1970, geralmente, as curvas torque-velocidade são paralelas para uma

faixa de velocidades ampla, porém podem não ser equidistantes, isto é, para uma dada

velocidade, o torque pode não variar linearmente em relação à tensão de controle.

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Figura 4 – Curvas características do motor

Na Figura 3 observamos ainda, que o torque é função da velocidade angular do eixo do

motor e da tensão de controle. Além disso, quando o referido torque é linear, de acordo com a

inclinação decrescente das curvas, concluímos então, que essas grandezas obedecerão a uma

função linear de acordo com equação (10), o que deixa mais explicita a dependência entre o

torque e a velocidade angular do eixo do motor.

A dedução que segundo Dorf e Bishop (1997), o motor CC controlado pela armadura

utiliza uma corrente de campo constante e a relação eletro - mecânica do torque magnético Tm

desenvolvido pelo motor é dada por

amm IKT (9)

onde

Tm – torque do magnético ou motriz desenvolvido pelo motor;

Km – constante de torque;

Ia – intensidade de corrente.

Admite – se motores de corrente contínua esquematizada, através da figura 4 cujas

equações de controle representativas de seus circuitos elétricos, são dadas pela equação,

desejável abaixo:

dt

dILIReU a

aaaa (10)

onde

Ua - é a tensão elétrica aplicada aos terminais do motor;

ea - é a força contra – eletromotriz;

Ra - é a resistência elétrica do motor;

La - sua indutância elétrica do motor;

Figura 4 - Modelo de Armadura do Motor

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A tensão relativa à força contraeletromotriz a e é proporcional a velocidade angular do

motor e é expressa como

ba Ke (11)

Onde

Kb – é a constante de tensão elétrica do motor;

- velocidade angular do motor.

Substituindo as equações (9) e (11) na equação (10) obtemos:

dt

dT

K

LT

K

RKU m

m

am

m

ab

(12)

A equação (10) relaciona as seguintes grandezas: a velocidade angular do motor, a

tensão elétrica aplicada, o torque magnético e a variação do torque.

Em regime estacionário, e desprezando a indutância ( La = 0 ), a variação do torque é

zero e a equação (12) é reduzida para:

a

bm

a

mm

R

KKU

R

KT (13)

Daí:

a

m

R

Ka e

a

bm

R

KKb

Finalmente temos:

baTm (14)

2.2 Sistemas de equações adimensionais

A vantagem do estudo de um sistema com variáveis adimensionais é que nele trabalha-

se com números puros, sem considerar a dimensão de suas variáveis. Tornar um sistema

adimensional não altera suas características dinâmicas. Além disso, possibilita uma melhor

compreensão física do problema.

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Considerando as equações do movimento (4), (5) e (6) é possível torná-las

adimensionais utilizando as seguintes variáveis adimensionais:

;'''';'';

;'''';'';

;'';'';

2

2

2

mm

mm

mm

m

trxXrxrXx

t

(15)

Substituindo essas variáveis no sistema de equações do movimento obtemos:

0'²cos")()(

"2

01

0

2

01

1122

2

01

21

mmm r

gsen

mm

msen

rmm

lklkX

mm

kkX

(16)

0cos"

2

2

22

2

11

2

2211

senJ

lklkX

J

rlklk

mm (17)

0'''cos""

22

00

2

22

00

1

2

00

2

0

2

00

2

0

mm rmJ

u

rmJ

usenX

rmJ

rmX

rmJ

rm (18)

A seguir, foram definidos os parâmetros adimensionais:

2

00

2222

00

112

00

2

0

2

2

22

2

1122

22111

22

01

112222

01

211

01

0

;;

;;

;;;;

rmJ

u

rmJ

u

rmJ

rm

J

lklk

J

rlklk

r

g

rmm

lklk

mm

kk

mm

m

m

mm

mmm

(19)

Então, foi obtido o seguinte sistema adimensional:

)'''cos"("

0cos"

0'cos""

21

21

2

21

senXX

senX

sensenXX

(20)

Note que µ1 é o parâmetro de controle (relativo à tensão de alimentação na armadura

do motor elétrico ou torque constante) e µ2 é o valor escolhido para um determinado tipo de

motor.

Usando novas variáveis definidas por ;1 XX ;'2 XX ;3 X ;'4 X ;5 X

'6 X e realizando algumas manipulações algébricas, obtém-se o seguinte sistema de

equações diferenciais de primeira ordem:

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5325115

2

6

2

562621

5

226

65

323114

43

32115

2

6

5626215

2

5

222

21

coscos

...cos1

1'

;'

;cos'

;'

...coscos1

1'

;'

XsenXXXsenXX

senXXXXX

X

XX

senXXXX

XX

senXXsenXX

senXXXXXX

X

XX

(21)

O sistema de equações diferenciais ordinárias de primeira ordem (21), obtido

anteriormente, pode ser escrito na forma matricial como:

xAx '' (22)

isso possibilita a determinação dos autovalores (frequências) e autovetores (modos normais)

da matriz fundamental (A), considerada simétrica e positiva definida, onde x é o vetor de

deslocamentos e x’ indicação sua variação temporal.

O sistema (21) permite a simulação numérica do sistema dinâmico, para sua compreensão.

Fixando valores para os parâmetros, obtemos valores para o parâmetros adimensionais,

conforma a Tabela 2.

Tabela 2 - Valores dos parâmetros adimensionais utilizados nas simulações do

modelo simplificado

Parâmetros do

sistema

Valores

ε 0.1

α1 0.3

α2 0.2

β 3

λ 2.1

δ1 0.3

δ2 0.4

µ1 controle

µ2 15

é o parâmetro de acoplamento adimensional entre a estrutura principal e o

motor CC.

é o parâmetro de acoplamento adimensional entre motor CC e a estrutura

principal.

µ1 é o parâmetro de controle adimensional (relativo à tensão de alimentação na

armadura do motor elétrico – torque constante).

µ2 é o parâmetro adimensional relacionado à característica do motor CC –

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torque constante.

Dessa forma, através de programação com o software adequado pode se obter respostas do

sistema, conforme a Figuras 6 e a figura 7. Nota –se que, ainda depois de várias simulações

que o sistema é bem sensível às condições iniciais.

Figura 6 – Histórico do sistema

Figura 7 – Plano de fase

A seguir as respotas do deslocamento angular do desbalanceamento

Figura 8 – Histórico do deslocamento angular

Figura 9 – Plano de Fase

O objetivo deste trabalho é investigar as propriedades dinâmicas de um sistema não

ideal(Figura 1) constituído por duas massas, sustentadas por molas e amortecedores, sendo

excitado por um motor elétrico de corrente contínua que está acoplado a uma das massas.

Embora a ideia inicial fosse realizar uma análise estritamente numérica, observou-se que a

complexidade do sistema, devido ao grande número de parâmetros que influenciam o

comportamento do sistema de três graus de liberdade, exigia um estudo analítico preliminar

que pudesse propiciar um estudo das regiões de estabilidade e também de perda da

estabilidade.

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Encontrar a solução numérica tem a desvantagem de que esta solução é apenas

particular, para alguns valores paramétricos pré-determinados. Por esse motivo interessa-se

também por uma solução analítica, a qual permitirá uma vasta variabilidade dos parâmetros

físicos do problema e, quando aplicado um estudo de estabilidade sobre ela, permitirá que

essa escolha seja conveniente ao estudo realizado

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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1995.

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1979.

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Duffing nonlinearity. Ph.D. Thesis, University of Abomey-Calavi, Bénin, 2003.

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