Via Serra nº 13

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Distribuição gratuita nos postos de pedágio da BRITA CHOCOLATE O verdadeiro manjar dos deuses GASTRONOMIA Arroz com pinhão SERRA Ano III - Número 13 - Maio de 2013 CASTELO SAINT GEORGE Um museu medieval na Serra Gaúcha

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Revista Via Serra nº 13 - Maio/2013

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CHOCOLATE

O verdadeiro manjar dos deuses

GASTRONOMIAArroz com pinhão

SERRAAno III - Número 13 - Maio de 2013

CASTELO SAINT GEORGE

Um museu medievalna Serra Gaúcha

Projeto, edição e comercialização:

Rua Felipe Néri, 312/5º andarFone/Fax: (51) 3012-2412CEP 90440-150 - Porto Alegre - RS

PublisherFernando di [email protected](Reg. Prof. 4089/RS)

Editora de ConteúdoMaiana Antunes

DiagramaçãoMariana Muniz

Nossa capaSXC

Departamento Comercial Celso [email protected] (51) 9982-3949

Departamento AdministrativoRoberto Athayde

Distribuição Nos postos de pedágio da BRITA Rodovias na praça de Três Coroas

A revista Via Serra não se responsabiliza por opiniões emitidas em artigos assinados, que não refletem, necessaria mente, a opinião da revista. É permitida a reprodução parcial ou total de reportagens e textos, desde que expressamente citada a fonte.

A palavra manjar que, segundo o dicionário, significa uma iguaria delicada e apetitosa, ou aquilo que pode deleitar, fortalecer ou vigorar o espírito, tem tudo a ver com chocolate! Até porque as histórias que remontam sua origem destacam o cacau como o “manjar dos deuses”, um fruto venerado pelo povo asteca. Da chegada à fábrica até o produto final, o cacau passa por um processo criterioso até se transformar em chocolate. Você vai acompanhar essa transformação em uma seção especial sobre a iguaria mais desejada no mundo! Do doce vamos ao salgado, na seção Gastronomia, com uma receita muito saborosa da culinária gaúcha que mistura arroz com pinhão. Já em Caminhos, voltamos no tempo ao visitar o Castelo Saint George, um museu que abriga centenas de armas medievais e é referência mundial em brasões e heráldica. Você ainda vai aprender sobre os cuidados que deve ter com o jardim para deixá-lo lindo depois que o inverno passar. Um agradável outono e uma ótima leitura!

Até a próxima edição!

Maiana AntunesEditora Executiva

A deliciosa transformação do cacau em chocolate.

A deliciosa transformação do cacau em chocolate.

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App pArA quem AdorA vinho

Tire uma foto de qualquer garrafa de vinho e o Vivino Wine Scanner vai buscar as informações sobre a bebida para você em um banco de dados com mais de 500 mil produtos de 20 mil vinícolas. O aplicativo gratuito reconhece a bebida pelo rótulo e fornece informações como os tipos de uvas utilizadas, localização da vinícola, onde comprar, preço e ranking dos usuários. Por R$ 9,99 a versão Pro permite criar uma adega com uma visão rápida e busca por classificação, preço ou data, além de ter a opção de pesquisar o vinho com texto quando não tiver a garrafa em sua frente.

quem escreveu shAkespeAre?

Professor de Inglês e Literatura Comparada na Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, James Shapiro traça no seu livro Quem escreveu Shakespeare? as origens da controvérsia sobre a autoria de Shakespeare, que há séculos causa intrigas. Shapiro também revisita os trabalhos de duas das figuras mais influentes nesse debate: a americana Delia Bacon, primeira a defender a hipótese de Francis Bacon como verdadeiro autor, e o professor J.T.Looney, primeiro a propor o nome de Edward de Vere, o 17° conde de Oxford.

10 Anos dA Bedding store

Em 2013, a Bedding Store completa 10 anos no Brasil. Com duas lojas anexas e showroom de 2 mil m², em Porto Alegre, a empresa se

destaca como a maior loja-conceito de colchões da América Latina. Entre os produtos, destacam-se as camas articuladas, travesseiros, cabeceiras em diferentes formatos, roupas de cama e uma linha de colchões e sommiers com a tecnologia Bioceramics, que reduz dores e fadiga muscular, previne varizes e melhora a qualidade do sono. A loja fica na Quintino

Bocaiúva, 732. Conheça mais em www.bedding.com.br.

chris cornell no rs em junho

O roqueiro Chris Cornell, que fez história à frente das bandas Soundgarden e Temple of the Dog, nos anos 90, e da politizada e revolucionária Audioslave, nos anos 2000, virá ao Brasil para uma série de apresentações em junho. Já confirmado no Festival Best of Blues em São Paulo, dia 13 de junho, e no Vivo Rio dia 15, o cantor acaba de fechar sua apresentação em Porto Alegre, em 17 de junho, na casa de shows Oi Araujo Vianna. O show, em versão acústica, realça a beleza e potência da voz de artista e a atitude rock and roll pelo modo vibrante de tocar seu violão folk. Os ingressos estão à venda no site www.ingressorapido.com.br.

korvAtunturi novA temporAdA

Visto por mais de 20 mil espectadores em 2012, o espetáculo Korvatunturi iniciou nova temporada em Gramado e segue em exibição até o final do ano. As apresentações ocorrem às quintas-feiras e sábados, sempre às 20h30min, no Teatro da FAURGS – Rua São Pedro, 663. Intimista, interativo e impactante, Korvatunturi é um show mágico que mistura teatro, dança, técnicas circenses e cenários virtuais. Korvatunturi é a manifestação concreta do poder de um sonho. Um espetáculo 100% original e inédito, desde a concepção das músicas, letras, arranjos, figurinos, coreografias, cenários e roteiro. Intimista, interativo e impactante, é uma das mais atraentes e inovadoras atrações culturais surgidas em Gramado, Rio Grande do Sul, nos últimos anos. Os ingressos custam R$ 90, com descontos de 30% para crianças de 4 a 12 anos e de 50% para idosos e estudantes.

Workshop

No dia 23 de maio, a especialista em gestão, marketing e pessoas, Fernanda Zannoni, ministra o workshop “Como gerenciar empresas de eventos e turismo lucrativas”. Destinado a profissionais do setor de turismo, comunicação, marketing, economia, entre outros, o curso ocorre das 9h às 18h, com uma hora de intervalo, na Faurgs, centro de Gramado.

cervejA pArA o outono

No início do mês, começa a circular em todo o Brasil uma cerveja ideal para ser consumida no outono. A Bamberg Maibaum é uma cerveja no estilo Maibock, possui lupulagem um pouco mais perceptível que as bock tradicionais, por isso ela é uma bebida refrescante e ao mesmo tempo confere calor devido ao álcool um pouco mais alto, com teor de 6,5%. Comercializada em garrafas de 600ml e chope, a cerveja harmoniza com comidas apimentadas, camarão, polvo e salsichas.

snoWlAnd terá estAção de trAtAmento de águA

O Parque Snowland, que será inaugurado no segundo semestre, em Gramado, terá uma estação de tratamento de água com capacidade para armazenar mais de 600 mil litros. A água será captada através do telhado e retornará ao meio ambiente com um grau de pureza de 90%. O Snowland terá 7,2 mil metros quadrados dedicados a neve, com mais de 30 atividades recreativas para os mais diferentes gostos das famílias que visitam a região das Hortênsias.

certificAdo no ecogourmet

O Marco’s, em Gramado, foi o primeiro restaurante a obter o certificado 4 estrelas do Programa EcoGourmet, criado pelo grupo Ecofinance Negócios para avaliar e certificar o desempenho dos bares e restaurantes em relação à susten-tabilidade. Entre as ações desenvolvidas pelo estabeleci-mento, os frutos do mar são pescados à linha e a maioria dos componentes das saladas são orgânicos, fornecidos por cooperativas da Serra Gaúcha. Outras práticas sustentáveis do Marco’s incluem uma mini horta orgânica, uma adega que utiliza gases menos poluentes e uma ampla carta de vinhos orgânicos e biodinâmicos. O restaurante fica na Av. das Hortênsias, 1370, e funciona de terça a sábado à noite. Nos sábados e domingos também serve almoço.

CENTRAL DE RESERVAS0800 647 2282

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O Museu Medieval fica na rua Julio Hanke, 94, na estrada entre Gramado e Canela.

um museu medieval na serra gaúcha

O Castelo Saint George, em Gramado, é o primeiro do mundo registrado como museu de brasões e

heráldica. Em três andares, o espaço abriga uma vasta coleção de armas medievais, brasões de

família e cutelaria. Ao se desdobrar em diferentes atividades que remontam à cultura medieval,

o fundador do Saint George, Gilberto Guzenski, é um estudioso da heráldica: a arte que busca

identificar e descrever os elementos dos brasões.

Símbolo de statusBasta o sobrenome para conhecer as origens e a his-

tória de sua família. Há mais de quatro décadas, Gil-berto Guzenski se dedica a estudar antepassados e a confeccionar artesanalmente brasões de família. Seja pintura em pano ou pirografia em madeira e couro, o estudioso domina diferentes técnicas de confecção dos brasões. Entalhe em diferentes materiais, como metais, gesso, madeira e cimento, além de marcheta-ria em couro e até em sola de sapato, são outras técni-cas empregadas pelo artesão.

Um brasão é composto por diversos emblemas, o que permite a identificação de pessoas, famílias, cida-des ou nações. Símbolo de poder e status, essa tradi-ção medieval europeia surgiu como uma homenagem do Rei aos nobres e cavaleiros por sua coragem. Nos campos de batalha era possível distinguir os amigos e inimigos pelos brasões, geralmente representados dentro de um escudo. Hoje eles também são repre-sentados em bandeiras, vestuários, objetos pessoais, entre outros. Os brasões eram criados e registrados em livros pelos Arautos, mensageiros oficiais na épo-ca. Esses livros, chamados Armoriais, podem conter brasões de um único país ou de um grupo de países, pode ainda conter o histórico da origem do sobreno-me. Alguns Armoriais contém os brasões de forma descritiva, que é a linguagem heráldica.

Primeiramente produzidos com cores simples, os brasões foram adquirindo com o tempo cortes e fi-guras de animais, dragões e muitos outros símbolos. Alguns desenhos eram exclusivos da realeza de dife-rentes países. Esse conjunto de emblemas e símbolos resulta em um significado único, que define o brasão não somente visualmente, mas antes por sua descri-ção na linguagem heráldica.

14 Heráldica

História, antropologia e ar-queologia são objetos de es-tudo fundamentais da herál-dica. Para fazer esse trabalho com perfeição, é necessária muita dedicação, pois quando os Armoriais não apresentam o brasão em forma visual, é o heraldista que entra em ação. A partir da leitura da descri-ção do brasão, ele desenha seus elementos. Para se ter a certeza de que os heraldistas, após a leitura das descrições, estão criando brasões precisos e semelhantes entre si, a arte de brasonar segue uma série de regras mais ou menos res-tritas. Essas regras se referem ao escudo – a peça mais im-portante - e aos ornamentos exteriores, como coroa, elmos, mantos e tenentes.

Perseverança de guerreiro

Gilberto construiu o castelo sozinho. Carregou 45 mil pedras para erguer o prédio de 3 anda-res. O projeto arquitetônico foi desenhado por ele e assinado por um engenheiro. “Esse meu traba-lho é um dom, pois ninguém me ensinou. É um conhecimento que carrego de outras vidas”, reflete o artesão que vive praticamente de encomendas. Há 12 anos Gilber-to vem construindo o Saint Geor-ge, que deve ser ampliado assim que conseguir um apoio cultural. À medida que constroi o castelo, cada etapa é filmada, o que está rendendo o documentário “12 anos em 12 minutos”.

Cutelaria

O Museu Medieval recebe co-lecionadores da cutelaria, que abrange instrumentos de corte, como espadas, adagas, facas, fa-cões, machados, punhais, nava-lhas, entre outros utensílios. “O Rio Grande do Sul é um grande centro cuteleiro, então o museu é um espaço para expor o trabalho dos artesãos”, conta Gilberto. O museu possui uma exposição permanen-te dos trabalhos artesanais dos melhores cuteleiros do Brasil e do exterior. Gilberto tem paixão pela cutelaria desde os nove anos de idade, quando frequentava um grupo de escoteiros em Porto Alegre e colecionava facas. São 30 anos dedicados a produção de fa-cas, machados e espadas. No local é possível encontrar diversas répli-cas de armas medievais.

Réplica da espada de Robin Hood

Arroz com pinhão16

Arroz com pinhãoTem coisa mais gostosa do que apreciar um pinhão nos dias frios? Rico em fibras e minerais, essa iguaria que foi alimento dos índios há milhares de anos, pode ser consumida em diferentes refeições. Então, que tal reunir a

família e preparar um almoço onde o prato principal é o pinhão? O arquiteto Pippi da Motta nos ensina como cozinhar um Arroz com Pinhão. A receita integra seu recente livro de culinária “A mesa do gaúcho – Sabor e tradição de um povo apaixonado pela sua terra”, peblicado pela Confraria

da Construção em 2012. Ah, o prato fica muito bem acompanhado com uma carne de panela. Mãos a obra e bom apetite!

Ingredientes

750g de pinhão

3 xícaras de arroz parboilizado

50g de manteiga

Óleo

Azeite

½ cebola picada

½ pimenta dedo-de-moça

Salsa picada

Sal

1 copo de vinho branco

Modo de fazer

Cozinhe os pinhões com bastante água, temperada com um pouco de sal, até ficarem macios. Retire os pinhões e reserve a água de cozimento. Descasque os pinhões e corte em lâminas. Refogue a cebola no óleo e azeite, junte o arroz, frite, coloque o vinho e deixe evaporar. A seguir, coloque a água de cozimento do pinhão até um dedo acima do arroz. Acrescente 1 colher de sal e deixe ferver em fogo baixo até secar.Derreta a manteiga em uma frigideira e frite os pinhões. Em seguida, misture-os com o arroz e junte a salsa picada.

mAnjAr dos deuses

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mAnjAr dos deusesNem é preciso ser um apreciador de doces para saber que Manjar dos Deuses é uma sobremesa. Embora o coco seja o ingrediente principal, esse nome tão majestoso tem origem em uma iguaria

que não consta na receita: o cacau!

Acreditava-se que sua origem era divina. Quan-do tiveram contato com o cacau no século XV, os Maias e Astecas reverenciavam o fruto, cujo cultivo era acompanhado por cerimônias reli-giosas. Quatzalcault, o deus da agricultura aste-ca, fazia uso diário do cacau e ensinou seu povo a cultivá-lo. Ele também estimulou o uso do fruto na ornamentação dos jardins da cidade mexicana de Talzitapec. Inspirado por esse ce-nário de reverência, no século XVIII o botânico sueco Carolus Linneu atribuiu ao cacau o nome de “manjar dos deuses”.

A partir de 1560 o fruto se espalhava pelo mun-do através dos navegadores. Oficialmente, o cultivo do cacau começou no Brasil em 1679, através da Carta Régia, que autorizava os colo-nizadores a plantá-lo em suas terras. Em 1830, a cana-de-açúcar começa a dividir espaço com o cacau que, inicialmente plantado por estrangei-ros, também passa a gerar riquezas.

A Bahia, um dos primeiros territórios a receber as sementes, é responsável por 95% da produ-ção do cacau brasileiro, de acordo com a Comis-são Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira - Ceplac. Em seguida está o Espírito Santo, com 3,5%, e a Amazônia, com 1,5%. Essa condição está diretamente relacionada ao clima quen-te e úmido, já que o cacaueiro se desenvolve melhor em solos ricos e profundos, com tem-peratura média de 25°C e com uma precipita-ção anual entre 1.500 e 2.000 milímetros, sem longos períodos secos. Em frente a esse cenário, o Brasil ocupa a sexta posição no ranking mun-dial dos produtores de cacau, com 248,5 mil toneladas por ano, sendo os produtores brasi-leiros os mais bem pagos, o que significa US$ 1,774 por tonelada.

Da semente do cacau...

No Brasil, se foi no Norte que o cacau nasceu, foi no Sul que ele encontrou o cenário ideal para se transfor-mar. Em 1891, Porto Alegre recebeu as instalações da primeira fábrica de chocolate no País, a Neugebauer, fundada por imigrantes alemães que buscavam no-vas oportunidades de indústria no Rio Grande do Sul. Mas é na Serra Gaúcha que o chocolate se impõe como um forte aliado do cenário turístico. Além de o doce ser a companhia ideal nos dias frios, só em Gra-mado existem 29 fábricas de chocolate! Um número expressivo para uma cidade pequena, com pouco mais de 32 mil habitantes.

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TransformaçãoEm uma dessas fábricas, podemos conferir como é

o processo de transformação do cacau em chocolate. De acordo com a engenheira de alimentos da Caracol Chocolates, Corina Rangel, basicamente, todas as formulas de chocolates são compostas dos mesmos ingredientes: leite em pó integral ou desnatado, açúcar, massa de cacau e manteiga de cacau. Entretanto, os percentuais do tipo de cacau devem ser obedecidos de acordo com a legislação pertinente, que estabelece que, para ser denominado chocolate, o produto deve conter, no mínimo, 25 % (g/100 g) de sólidos totais de cacau. Os chocolates amargos não possuem leite e os meio amargos podem ou não ter leite, em pequena quantidade. Já o chocolate branco não tem a massa de cacau, mas apenas a manteiga.

“A simples mistura dos ingredientes da formulação de um chocolate, por si só, não define o sabor característico de um bom chocolate. Isso somente é

obtido após um trabalho de conchagem, processo em que ocorrem várias e intricadas reações químicas entre os diversos elementos precursores de sabor”, explica Corina. A primeira etapa desse processo é a conchagem a seco, que tem um efeito muito mais efetivo sobre o desenvolvimento do sabor, obtido através de um forte trabalho mecânico. Na segunda fase ocorre a homogeneização e a conchagem a úmido, associada a moagem da massa do chocolate. Na Caracol Chocolates, empresa que atua com fabricação própria desde 1982 na Serra Gaúcha, todo processo dura, no mínimo, 12 horas, o que permite desenvolver o sabor característico de um chocolate de qualidade. Para ficar pronto, o chocolate precisa atingir uma textura fina, em torno de 20 micras – cada micra corresponde a milésima parte de um milímetro! - e então é transferido para o tanque de estocagem.

A matéria-prima do chocolate é a manteiga de cacau, obtida através das sementes do fruto.

Theobroma cacao L é nome científico do cacau. O cacaueiro chega a atingir 6 metros de altura. Os frutos se desenvolvem entre os meses de abril e setembro e dão origem ao chocolate branco, massa de cacau, manteiga de cacau, cacau em pó e cacau solúvel.

E como faz bem!

A procura por chocolates com maior teor de cacau tem crescido – e muito! Isso se deve a seus reconhecidos benefícios, ocasionados pela presença de flavonoides antioxidantes, tais como as catequinas e epicatequinas, responsáveis por desacelerar o envelhecimento celular, e como a feniletilamina, um precursor da serotonina que proporciona a sensação de bem-estar. E que sensação de bem-estar, não é mesmo?

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É hora de cuidar do jardimO frio está chegando, mas para ter o jardim de sua casa bonito e florido na primavera, esse é o momento certo para colocar a mão na massa!

O verão terminou, chegamos ao outono, quando as tempe-raturas estão mais agradáveis, o tempo mais úmido e as fortes chuvas acabaram. Porém, du-rante o verão, os jardins, as flores

e plantas sofreram com as altas temperaturas e agora precisam de

cuidados para se recuperar. “Por esse motivo, esse período pas-sou a ser considerado o ideal para

recuperar plantas danificadas, fazer podas, além de ser o momento certo de preparar o solo onde serão planta-

das as mudas que irão florescer na primavera”, explica Graziela Lou-rensoni, gerente de marketing e produtos da Gardena.

Para deixar o jardim pronto para flo-rir na primavera, é preciso ter alguns

cuidados nessa estação do ano. Confira as dicas de quem entende do assunto!

FAXINA GERAL

O primeiro passo para começar os cuidados com o jardim é fazer uma limpeza geral, elimi-nando os insetos e ervas daninhas. As folhas amareladas e os galhos secos também devem ser retirados, explica Graziela. Use uma tesoura de jardinagem para cortar as flores e ramos e um extrator para remover as ervas daninhas.

PREPARANDO O SOLO

Logo após a limpeza do jardim é preciso fazer a adubação do solo. O empresário Sinécio Klein, da Blumen Garten, em Porto Alegre, explica que a adubação deve ser feita somente no final do inverno. “O ideal é que o solo seja adubado en-tre agosto e setembro porque a brotação chega somente com a primavera, momento em que a planta precisa de adubo e força para brotar com mais vigor e velocidade”, explica.

IRRIGAçãO

Nessa época do ano, as chuvas diminuem e, para que o solo não fique seco e sem nutrien-tes, é importante fazer uma irrigação correta. A especialista lembra que o jardim deve ser irri-gado logo de manhã ou no anoitecer, nunca no período da tarde. Utilize um aspersor adequado ao tamanho do jardim. Mas atenção: como aqui no Sul o frio é mais intenso nessa época do ano, a irrigação não se faz necessária nesse período. Porém, Sinécio salienta que, logo após o plantio, no mesmo dia, é preciso irrigar abundantemente o solo para assentar os poros da terra. “Como a terra recém mexida fica muito aerada, a irrigação vai deixar o solo um pouco mais firme”

HORA DE REPLANTAR

Essa é a época ideal para semear flores como amor-perfeito, boca-de-leão, cravos, miosótis e sempre-vivas. No final do outono, cuide da poda das roseiras que irão florescer no inverno e trans-plante aquelas que costumam florir na primave-ra. Sinécio conta que, nesse período, as plantas normalmente entram em um estágio de hiberna-ção, pois não há um crescimento tão acentuado. Então este é o momento para fazer a limpeza. “Entre o outono e inverno, quando caírem as fo-lhas, é preciso fazer a reformatação dos arbustos. A touceira - que é o arbusto com diâmetro maior, como o lírio amarelo e a moreia - pode ser des-membrada em várias mudas e replantada”, com-plementa o empresário.

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Com a chegada do friozinho vêm também o festival de espirros, coriza e tosse, que normalmente são desencadeados por gripes, resfriados e alergias. Você já deve ter escutado por aí que as mãos costumam ser o principal veículo de contágio dessas doenças. Mas você sabe como é possível se previnir para manter a saúde em dia?

você sabe a importância da higienização

correta das mãos?

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da higienização

As mãos estão diretamente em contato com objetos e lugares que podem estar contaminados, por isso são a porta de entrada para vírus, fungos e bactérias. Por isso, a doutora em saúde pública pela USP e especialista em saúde da pele, pesquisadora da GOJO, Luciana Barbosa, esclarece que é imprescindível higienizar as mãos de maneira correta para evitar doenças. “Lavar as mãos com sabonete comum - sem ser bactericida - previne 80% das doenças transmissíveis pelo contato entre mãos, superfícies e outras pessoas. Já o antisséptico à base de álcool é mais eficaz porque consegue eliminar 99,99% dos germes mais comuns presentes nas mãos, podendo ser bactérias, fungos e vírus”. A principal diferença entre eles é que o antisséptico não tem enxágue e pode ser utilizado em qualquer lugar e possui princípio ativo bactericida mais eficaz do que o sabonete, mas ambos são métodos seguros e indicados para prevenir a transmissão.

Quantas vezes por dia?

Sobre a quantidade de vezes ideal para lavar as mãos, a profissional explica que não é possível especificar um número e que dependerá da rotina de cada um. Para crianças, por exemplo, ela afirma que o indicado é lavar as mãos assim que terminar de brincar em ambientes externos com areia, terra, antes de se alimentar, sempre que chegar da rua e antes e depois de ir ao banheiro. Levar as mãos na boca ou próximo das vias nasais abre caminho para o contato direto com bactérias, fungos ou vírus, se não estiverem limpas. Mas é válido destacar que, para desenvolver a doença, é preciso uma série de outros fatores, como a má alimentação, baixa imunidade, entre outros, que impactam na resistência do organismo.

Em vez da água...Segundo a pesquisadora, em 2002 o Centro de

Controle de Doenças dos EUA recomendou a subs-tituição da lavagem das mãos com água e sabão pela utilização do álcool em gel, espuma ou líqui-do, pois é mais eficaz, mais barato, resseca menos a pele e ainda gasta menos tempo. Ela apenas atenta para o fato de que para garantir a pele saudável, o álcool em gel deve ter o álcool etílico a 70% e com-ponentes que atuem na hidratação da pele, caso contrário pode prejudicar a oleosidade natural e desencadear problemas como ressecamento, irrita-ções, coceiras, rachaduras e, em alguns casos extre-mos, até dermatites e outras doenças de pele.

“Ter um frasco de álcool em gel em sua bolsa é bastante útil, pois nem sempre você encontrará uma pia para lavar as mãos, por exemplo, se for fa-zer uma refeição fora de casa”, explica Luciana. Ela também chama atenção para os cuidados com a alimentação, pois orienta que manter uma rotina de higienização dos alimentos em casa é essencial para o bem-estar, especialmente em alimentos crus. Se for se alimentar fora, escolha locais que apresen-tem segurança na manipulação de alimentos. “Ao tossir ou espirrar perto de outras pessoas, não colo-que suas mãos na frente do nariz ou da boca, use o

antebraço para evitar que as partículas se es-palhem”, frisa Luciana.

Outras doençasGeralmente nem reparamos que muitas doen-

ças estão relacionadas a microrganismos trans-mitidos através das mãos, entre elas, a diarreia, gripe e infecção respiratória, infecções de ouvi-do e de pele. As dores de garganta geralmente são causadas por infecção viral, mas 20% têm como causa a bactéria Streptococcus pyogenesi. Por isso, no dia a dia, você pode optar por sabo-netes antibacterianos, que além de higienizar, contém princípios ativos que eliminam os mi-crorganismos patogênicos.

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Quem faz questão de receber bemsempre procura se superar.

O que mais chama a atenção na nova fase do Laje de Pedra não é o requinte nem a modernidade de seus apartamentos, que estão sendo reestruturados. O que mais surpreende é pensar como um hotel com 30 anos de tradição consegue se reinventar dessa forma e atender ainda melhor. Conheça as novas opções das categorias Grand Suite, Suite Master e Luxo.

Quem já era referência em hospedagem na Serra Gaúcha está se tornando um novo conceito na categoria.

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cAmisAs jeAns

Elas já têm seu lugar garantido nos guarda-roupas masculinos e femininos, independente da estação do ano. Para o verão de 2014, o destaque das camisas jeans é ainda maior, sejam regatas, com mangas curtas ou até as compridas para serem usadas dobradas.

O que chama muito a atenção na análise das coleções internacionais é que as cami-sas femininas se apresentam com lavagens mais diferenciadas. As lavagens acid washed e lightning são os grandes destaques da

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temporada e os degradês podem ser hori-zontais ou diagonais. Além disso, vazados nas costas e amarrações na frente revelam modelagens mais frescas para o nosso clima tropical.

Decorações, como estampas - corridas ou a laser - e adornos aplicados podem traduzir diversos estilos, que vão dos mais românticos - com rendas de aspecto natural -, mantas étnicas (summer blanket) explorando outras culturas e color block, um visual mais moderno causando efeito óptico de sobreposição.

34 não tenhA medo do sucesso

Carlos Wizard Martins é professor, palestrante especializado em gestão empresarial e autor dos livros “Desperte o milionário que há em você”e “Meu presente mais valioso”, publicados pela Editora Gente.

Pode até parecer estranho dizer isso, mas, acredite, existem pessoas com medo de crescer profissional-mente, conquistar uma carreira de sucesso e, até mesmo, de ficar rico. Sabe o porquê de tudo isso? Inconscientemente, o nosso cére-bro sempre buscará os caminhos já conhecidos, evitando o inesperado, pelo puro receio das consequên-cias que essas ações inéditas po-dem trazer. Por isso, quem deseja ir além, precisa descobrir meios de quebrar essas barreiras internas, que causam uma autoderrota.

Render-se ao medo é um dos principais motivos que impede o crescimento pessoal e profissional. Infelizmente, existem muitas pes-soas, que dominadas pelo medo, auto impõem uma condição de fracasso. Geralmente, isso ocorre com quem nutre atitudes mentais negativas e gasta sua energia focada nos problemas e não em possíveis soluções.

Uma tendência natural de se perpetuar uma condição desfa-vorável é pensar “meus avós eram pobres, meus pais eram pobres, nasci pobre e vou morrer pobre”. Se eu tivesse essa mentalidade, por exemplo, dificilmente teria iniciado meu projeto de vida, que acabaria se tornando uma empresa líder no setor de ensino de idiomas e profissionalizante. Ninguém nasce predestinado a ter uma condição financeira positiva ou negativa. Muito menos um futuro desfavo-

rável, cheio de sofrimentos, angús-tias e aflições. Na verdade, muitas vezes, esse é o caminho daqueles que aceitam o caminho do menor empenho, esforço e trabalho.

Há também quem aceita a in-felicidade como uma condição permanente e prefere dizer que a riqueza implicará em diversos desafios, como o risco da exposição e a consequente insegurança. O re-ceio de um cenário de insegurança é tão grande que algumas pessoas, muitas vezes, não conseguem en-xergar nada de positivo no sucesso. Criam assim barreiras para seu êxi-to em projetos que de outra forma poderiam beneficiar a elas mesmas e a sociedade em geral.

Não devemos deixar de fazer planos por conta dos obstáculos que podemos ter pela frente. Pre-cisamos direcionar nossa energia para uma miríade de alternativas que o universo nos apresenta e nos benefícios que nossos projetos trarão futuramente para a coletivi-dade. O medo paralisante impede que as pessoas enxerguem quantas coisas boas o sucesso pode propor-cionar, não somente no aspecto temporal, mas em projetos sociais e de desenvolvimento humano. Ter condições de possuir uma vida confortável, com ca-pacidade de oferecer o maior grau de instrução aos filhos no Brasil e no exterior, são frutos que podemos colher quando

batalhamos para conquistar nossos sonhos.

A decisão de crescer e prosperar é um ato que depende apenas de uma pessoa: você. O sucesso nunca será ruim, porém o caminho certa-mente será trabalhoso, desafiador e exigirá o melhor de você. Para ir longe, é necessário elevar os ideais e cultivar metas elevadas. A penúria tem que ser deixada de lado, afinal, a palavra tem um significado que vai muito além de uma situação financeira, ela afeta o interior do indivíduo e prejudica seu modo de pensar e agir. Quem aceita essa condição como estilo de vida, geralmente, opta por isso por seguir o caminho de menor resistência. Desafie-se, supere seus fantasmas imaginários e siga obje-tivos audaciosos!

Por Carlos Martins

182767-002 - An Via Serra.indd 1 4/11/13 7:15 PM

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