Versão resumida da Tese - Figurações do Ritmo Francisco A…
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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA SOCIAL
FIGURAÇÕES DO RITMO
Da Sala de Cinema ao Salão de Baile Paulista
Francisco A. Rocha
Tese apresentada como exigência parcial ao Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, para a obtenção do título de Doutor em História Social. Orientadora: Prof.a Dr.a MARIA HELENA R. CAPELATO.
São Paulo 2006
Abstract This research concerns the diffusion of a particular repertory and musical
aesthetic related to dance and the balls in the context of São Paulo’s
modernization.
We focus particularly on the moment that a new centrality emerged in the
cityscape, between the 1930’s and 1950’s. In this context, the musicality has
been blended with some representations of the Modern as well as has improved
in the urban imaginary certain ideas related to progress and modernity.
We search for the meanings of this musical repertory in relationship to
the “experience” of the cinema and certain spaces of dancing.
Resumo
Essa investigação analisa a difusão de determinado repertório e estética
musical imbricados ao fenômeno da dança, no contexto de modernização de
São Paulo. A análise apreende o sentido desse repertório no entrecruzamento
da “experiência do cinema” e de certos espaços da dança. Particularmente,
abordamos o momento em que uma nova centralidade redesenhou a
fisionomia urbana da capital paulista – grosso modo, entre meados de 1930 e
1950. Nesse cenário, tal musicalidade, não apenas se mesclou de maneira
singular às representações do moderno, como também fomentou no imaginário
da metrópole emergente certo ideal de progresso e modernidade.
Agradecimentos
Muitas pessoas, direta ou indiretamente, contribuíram na realização
deste trabalho; a todos, minha gratidão.
Em primeiro lugar, agradeço à professora Maria Helena R. Capelato,
pela orientação, confiança, pelo carinho com que me acolheu no Departamento
e por todo apoio recebido, ao longo desses anos. Ao professor Elias Thomé
Saliba, pelas nossas conversas, tão importantes para mim, e pelo seu bom
humor. A professora Tania Regina de Luca, pelo entusiasmo manifestado pelos
meus estudos.
A Tamiko, pela simpatia e boa vontade com que me auxiliou na pesquisa
dos documentos no acervo da Biblioteca Mário de Andrade. Ali, também pude
contar com a colaboração do Sr. Adelício, a quem expresso meus sinceros
agradecimentos. Na Biblioteca da Faculdade de Direito da USP, fui da mesma
forma acolhido pelos funcionários, em especial Luciana.
A todos aqueles que se dispuseram a conversar sobre os bailes e as
orquestras, dançarinos e músicos, sem os quais, dificilmente, teríamos
ensaiado os primeiros passos nessa trilha.
Agradeço, ainda, à minha família e a todos os amigos, entre eles
especialmente aos meus colegas professores Ed, Ed Quarenta, Jair, Nanci e
Rui, com os quais compartilhei alegrias e angústias nesse percurso. A Cleide e
Soraya, pela amizade e valiosa colaboração. Ao Nilton, pela amizade e ajuda
no trabalho de editoração. A todos os colegas da pós-graduação, em especial
ao amigo Marcelo Pedro. Também registro aqui minha eterna gratidão à Dona
Antonieta.
A Cris, todo o meu reconhecimento e carinho.
Índice Apresentação A Descoberta do Salão de Baile e das Orquestras Introdução .................................................................................................... ....5 Capítulo I Do Triângulo ao Quadrilátero do Glamour O Triângulo: o primeiro ato do ensaio sobre o orgulho da estirpe......... Novo Viaduto do Chá: a caminho do Quadrilátero do Glamour............. Plano de Avenidas: a nova fisionomia da cidade................................... Hotel Esplanada..................................................................................... O glamour dos bailes do Hotel Esplanada............................................. Capítulo II O Eclipse do Herói da Velocidade Clássica Chuva de prata no IV Centenário........................................................... O estrondo sônico: a quebra da barreira do som................................... Na era da aviação pelas asas da Panair............................................... Vôo em alta velocidade......................................................................... No cinema: o som dos Cometas de Bill Haley....................................... Voando para o Rio................................................................................. Alegorias da dominação........................................................................ O balé aéreo ao som do foxtrote........................................................... Um monumento ao progresso: a inauguração de Congonhas.............. Capítulo III O Palácio do Cinema e a Onda Sonora No firmamento da cidade: uma super constelação de estrelas............. Os palácios do culto ao prazer.............................................................. A magia da música na tela e nos alto-falantes dos cinemas................. A onda sonora sobre a metrópole moderna........................................... O jazz e o desenho da onda sonora...................................................... O glamour da “América” em ritmo de foxtrote........................................
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122 129 142 157 166 173
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Capítulo IV Dançando o Foxtrote Cheek to Cheek: a dança sensacional que São Paulo irá aprender...... Dançando foxtrote.................................................................................. O glamour do American Way of Life...................................................... Foxtrote no Mappin e avant-première no Art Palácio............................. A Broadway em São Paulo.................................................................... Na Avenida Ipiranga: um monumento ao cinema.................................. Dîner-Dansant junto às estrelas............................................................ Capítulo V Ao Som das Grandes Orquestras A era das big bands............................................................................... Glenn Miller: o mito da era das big bands............................................. A “Música Moça e Moderna”: o culto das big bands no Brasil.............. No estilo de Hollywood: a abertura do I Festival Internacional de Cinema do Brasil ................................................................................... Uma recepção para as estrelas e astros do cinema ............................. Considerações Finais ..........................................................................
Fontes Documentais e Bibliografia ...................................................
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APRESENTAÇÃO
A Descoberta do Salão de Baile e das Orquestras
A cidade e a música passaram a integrar o meu repertório a partir da
pesquisa que realizei sobre o cancionista e radiator Adoniran Barbosa, relativa
à minha dissertação de mestrado (2002). Nesse trabalho, inspirado em textos
teóricos de autores como Michel de Certeau, entre outros, compreendemos a
obra de Adoniran como uma estratégia peculiar de apropriação do moderno.
Assim, consideramos a sua poética a partir de representações que narravam a
metrópole, captando exatamente aquilo que era silenciado pela história oficial.
Essa, construída no contexto de intensa expansão urbana de São Paulo dos
anos 1940-1950, anunciava a cidade como “progresso e trabalho”, um ícone da
modernidade brasileira, enfim a superação do “atraso” do país. Adoniran,
narrador da metrópole, iria retratá-la exatamente na contra-mão desse
discurso. Sua inventividade comportaria, dessa forma, aquilo que Certeau
assinala como microrresistência.
Essa pesquisa suscitou minha sensibilidade em relação a determinados
aspectos do cotidiano que, de outra forma, acredito, passariam despercebidos.
A experiência descrita a seguir contém o espírito dessas descobertas, dirigindo
meu interesse para um determinado repertório musical, ligado às grandes
orquestras de dança. Tais grupos musicais correspondem à voga dançante que
se difundiu em São Paulo, concomitante ao processo que a transfigurou em
uma metrópole.
O fato se passa no ano de 2001. Na época, lecionando numa escola
próxima ao metrô Barra Funda, na Avenida São João, comecei a observar uma
série de cartazes colados nos postes e paredes que anunciavam bailes
animados por orquestras e conjuntos musicais. Um deles me chamou especial
atenção: tratava-se de um baile dos anos dourados, com a fabulosa orquestra
do maestro Osmar Milani. O evento ocorreria no Clube Piratininga, em uma
quarta-feira, a partir das dezoito horas. Além de indicar o endereço, Alameda
Barros, próximo à Avenida Angélica, o cartaz sublinhava uma observação
importante: traje social. Na data anunciada, lá estava eu, na minha desajeitada
elegância, assistindo ao desfile triunfal de inúmeras damas em suas toilettes
3
glamorosas e de cavalheiros distintamente trajados. Uma cena muito
interessante, pois, ainda em plena luz do dia, senhoras e senhores em trajes
de noite adentravam o salão do clube. Por volta das dezoito horas, os músicos
tomaram os seus devidos lugares no palco. Em seguida, entra o maestro
Osmar Milani; ovacionado, ele agradece e deseja a todos uma maravilhosa
noite, como nos bons tempos dos anos dourados, dando início, assim, ao
grande baile. Durante algumas horas, Milani regeu sua orquestra, executando
um repertório variado, composto de sambas, boleros, rumbas e foxtrotes, entre
outros. Os arranjos, cuidadosamente trabalhados, evocavam a sofisticação
harmônica das big bands, compunham a trilha que era coreografada com
esmero e graça pelos casais de dançarinos.
Fig. 01 Sr. Brito, saxofonista, participou
de diversas orquestras nos anos 1950,
entre elas, tocou com Orlando Ferri e Eli
& Sua Orquestra. Formou-se no
Conservatório Municipal de Osasco e
integrou a banda municipal dessa
cidade. Hoje, com seus oitenta anos,
complementa a sua aposentadoria,
tocando esporadicamente em diversos
lugares, inclusive como músico de rua.
O nosso encontro ocorreu na Av. São
João, próximo à Av. Ipiranga.
Sr. Brito – Av. São João – Setembro de 2003
Nessa ocasião, ensaiei os meus primeiros passos nesse universo. Ali,
pude conhecer uma comunidade de aficionados pela dança de salão e velhos
músicos ligados às orquestras. Busquei aproximar-me dessas gerações, pois
meu interesse voltava-se para a compreensão dessa prática nas décadas de
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1940 e 1950. À medida que a rede de contatos se ampliava, a memória social
dos bailes e das orquestras daquele período ganhava profundidade, por meio
das entrevistas que realizei, fazendo emergir aspectos de uma prática social
intensamente difundida na cidade. Ou seja, a cidade de São Paulo, que,
naquele momento, ganhava os contornos de uma grande metrópole, com mais
de um milhão de habitantes, conservaria nos espaços da dança um lugar
importante da instauração e manutenção das relações, enfim, da sociabilidade
pertinente aos diversos grupos que a habitavam.
Fig. 02 Sra Romilda, assídua freqüentadora dos bailes da terceira idade – Abril de 2004
Cabe notar que, para essa geração, saber dançar era um dos requisitos
de sua formação pessoal. Como um dos entrevistados relatou: saber conduzir
uma dama no salão era tão importante quanto ter boa caligrafia. De fato, a
prática da dança, animada pelas orquestras, é marcante no período. Os
depoimentos chamam atenção para o fato de que o cinema e os bailes eram o
entretenimento preferido dos paulistanos, além do futebol, especificamente
para o público masculino. Isso explica os inúmeros salões de baile e pistas de
dança espalhados pela cidade, em clubes como o Pinheiros, o Homms, o
Harmonia, o Paulistano, o Espéria, o Piratininga, o Palmeiras, o Juventus etc.
Mas também, em outros pontos específicos, como o salão do Aeroporto
de Congonhas e o do Trianon, além daqueles que se localizavam no centro, a
5
exemplo do salão do Hotel Esplanada e o do Hotel Excelsior. Cabe sublinhar
que a disseminação dessa prática nos diversos grupos sociais marca a
presença de salões de baile e pista de dança nas inúmeras associações
profissionais, nas boates, em determinados restaurantes e, evidentemente, nos
chamados taxi dancings. Essa modalidade refere-se às casas onde os
cavalheiros, mediante a compra de fichas, podiam dançar com moças que
eram contratadas pelo taxi dancing. Um dos mais famosos foi o Avenida Taxi
Dancing, localizado na Av. Ipiranga, próximo à Avenida São João. Como nos
lembraram alguns depoimentos, essas casas de dança eram espaços
importantes de trabalho para os músicos das orquestras e para as dançarinas.
Se o ponto de partida de nossa pesquisa deu-se com a comunidade dos
dançarinos e dos músicos das grandes orquestras, os seus desdobramentos
nos levaram a pensar a presença do cinema no universo dessa cultura
singular. Trata-se, aqui, de compreendê-la a partir de determinada experiência
de modernidade, relativa ao processo de modernização em curso na cidade de
São Paulo, quando se afirmou uma nova centralidade em sua geografia,
aproximadamente entre meados dos anos 1930 e 1950.
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INTRODUÇÃO
A Onda Sonora
No ano de 1929, a crônica paulistana escreve sobre uma “onda sonora”
apropriando-se da cidade. A imagem tem como pano de fundo a estréia do
“cinema falado” em São Paulo. A “onda sonora”, intuída pelos cronistas,
propagou-se no cenário estruturante da modernização dessa metrópole e da
intensificação de sua expansão urbana. Ela não só aderiu aos signos de
representação do moderno, como alimentou, no imaginário daquela sociedade,
as representações que subscreveram certo ideal de progresso. Espécie de
trilha sonora, adentrou o processo de gestação da metrópole.
Essa vaga sonora teve os seus primeiros contornos delineados ao longo
dos anos 1920, ganha maior impulso nas duas décadas subseqüentes e entra
em declínio em meados dos anos 1950. Sua narrativa corresponde à era de
ouro do cinema, ou seja, aquela protagonizada pelos grandes estúdios de
Hollywood. Também evoluiu concomitante ao momento em que a prática da
dança e dos bailes ganhou a conotação de uma verdadeira instituição. Na
realidade, ela produziu-se em meio ao fenômeno da dança, confundiu-se com a
própria dança. Por isso, o público fruiu esse repertório com movimentos e
passos que compunham seus ritmos. Cabe considerar que as orquestras
existiram como protagonistas de um repertório e uma estética musical
imbricados à pratica da dança.
No entrecruzamento da experiência do cinema e da prática da dança,
identificam-se o repertório e o sentido projetado pelas canções que
compuseram a sonoridade de que nos falam os cronistas. Elas existiram como
uma espécie de ponte entre o mundo imagético construído pela narrativa
fílmica e o salão de baile. É preciso, ainda, dizer que tanto a expansão da
indústria fonográfica quanto a presença do rádio como importante veículo de
comunicação de massa articularam-se ao fluxo impulsionador dessa
musicalidade.
Em linhas gerais, tais aspectos orientam nossa investigação acerca de
determinado repertório musical. O contexto refere-se ao aprofundamento do
processo de modernização e conformação da metrópole de São Paulo.
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Especificamente, buscamos apreender esse processo no momento em que
uma nova centralidade redesenhou a sua fisionomia urbana, grosso modo,
entre meados dos anos 1930 e meados dos anos 1950. A princípio, esse
deslocamento espacial orientou a construção de uma possível periodização. Ao
longo da pesquisa, esse marco temporal revelou-se profícuo, sobretudo por
indicar articulações do repertório musical e da difusão da dança com outras
práticas sociais. Essas também conheceriam o seu apogeu nas décadas em
que o novo centro irradiou-se como o lugar protagonista do cosmopolitismo
paulistano. Aliás, a afirmação desse espaço como um ponto de convergência
das representações da invenção da cidade moderna, onde o progresso
adquiriu uma moldura espetacular, estava relacionada ao fato de que essa
geografia nomeou-se como território dessas práticas.
A Conformação da Metrópole e a Modernidade de São P aulo
Nos anos 1920, localiza-se a transmutação da cidade de São Paulo em
metrópole. Nessa década, aprofundaram-se as marcas de um processo
vertiginoso de crescimento, aceleração, fusão e especulação que configuraram
a fisionomia da metrópole emergente. No cenário de intensa metropolização,
celebram-se a dinâmica da vida moderna e um pretenso ideal cosmopolita. 1
Mas também se explicitam as contradições decorrentes da forma paradoxal de
como a modernidade se propõe, em nossa realidade periférica, aos centros
hegemônicos do capitalismo. Aqui, a modernidade não é só o moderno e,
menos ainda, o modernismo. Ela se constitui simultaneamente por
temporalidades díspares. Espécie de bricolagem, estrutura-se na combinação
de diferentes tempos históricos, incorporando diversas modalidades de ritmo,
relações e práticas sociais. Nesse contexto, estão em jogo estratégias
reveladoras de como os diversos segmentos sociais, inseridos no processo de
modernização, se apropriaram da modernidade.2 Bem como os mecanismos de
1 Ver: SEVCENKO, Nicolau. Orfeu Extático na Metrópole. São Paulo, sociedade e cultura nos frementes anos 20. São Paulo, Cia. das Letras, 1992. e SALIBA, Elias Thomé. “Histórias, Memórias, Tramas e Dramas da Identidade Paulistana.”. In: PORTA, Paula (org.). História da Cidade de São Paulo: a cidade na primeira metade do Século XX. São Paulo, Paz e Terra, 2004, vol. 3. 2 Sobre os impasses da modernidade nas sociedades latino-americanas, ver: CANCLINI, Néstor Garcia. Culturas Híbridas: Estratégias para Entrar e Sair da Modernidade. São Paulo, Edusp, 1998; e MARTINS, José de Souza. A Sociabilidade do Homem Simples. São Paulo, Hucitec, 2000.
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poder, que aí se retraduziram e reproduziram o fenômeno da desigualdade
social, que tem um peso significativo no processo de nossa formação histórica.
Nessa perspectiva, o pano de fundo da modernização explicita sua
singularidade e complexidade em um quadro onde a modernidade se
apresenta de um modo anômalo e inacabado.
No período por nós abordado, a identidade da metrópole de São Paulo
tem como marca o seu crescimento vertiginoso. Sua evolução demográfica
testemunha o ritmo acelerado com que a cidade ganhou os traços de uma
grande metrópole. Entre 1890 e início de 1930, o crescimento populacional
saltou de, aproximadamente, 65.000 mil habitantes para um milhão de
habitantes. Em 1940, sua população atinge um milhão e meio de habitantes.
Chega à casa dos dois milhões e setecentos mil habitantes em meados dos
anos 1950. Alavancada, num primeiro momento, pelo fluxo de riqueza gerada
pela economia cafeeira, no último quartel do século XIX, a cidade tornou-se um
núcleo dinâmico, ampliando o seu poder político como sede da administração –
provincial e depois estadual –, além de suas funções comerciais e financeiras.
Fomentou-se, assim, a demanda crescente do fornecimento de mercadorias e
serviços, bem como investimentos comerciais, industriais, financeiros e,
evidentemente, aqueles ligados à especulação imobiliária, motivada pelo
explosivo crescimento urbano. Progressivamente, na década de 1930, tem sua
expansão ligada direta ou indiretamente à produção industrial. Expandem-se as
atividades comerciais, financeiras, os mais diversos serviços e, em larga
escala, os negócios imobiliários, impulsionados sobretudo pela frenética
verticalização.3 Paulatinamente, a cidade torna-se representativa do mais
importante centro socioeconômico brasileiro. Nos anos 1940, havia se
consolidado como maior centro industrial latino-americano. No início de 1950,
por exemplo, São Paulo gerava sozinha 50% de toda a produção industrial da
nação.
3 O economista Flávio Saes analisa a evolução econômica da metrópole paulista na primeira metade do século XX, relativizando o significado das duas imagens consagradas pela historiografia da “cidade do café” e da “metrópole industrial”. Na realidade, demonstra o autor, essas duas atividades econômicas compunham uma estrutura econômica muito mais complexa. Ver: SAES, Flávio. “São Paulo Republicana: vida econômica.” In: PORTA, Paula (org). História da Cidade de São Paulo – a cidade na primeira metade do século XX. São Paulo, Paz e Terra, 2004.
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A partir de meados dos anos 1930, está em marcha a conformação de
uma sociedade de massa no país. A capital paulista afirma-se como um dos
centros mais dinâmicos das transformações que, articuladas à crescente
urbanização e industrialização e à expansão dos meios de comunicação de
massa – a exemplo do rádio, da indústria fonográfica, do cinema e de outros
meios – reestruturariam a sociedade brasileira. Nesse contexto, apresenta-se
como paradigma do desenvolvimento nacional. Vale lembrar que, durante a
Primeira República, concepções ruralistas têm uma presença marcante na
enunciação do projeto nacional. Com a derrocada do modelo agrário-
exportador nos anos 1930, a ênfase desloca-se para a valorização da
sociedade urbana, plena de dinamismo, em detrimento de um Brasil agrário
“atrasado” material e culturalmente. A partir do Estado Novo, é fortalecida uma
concepção do país identificada com a urbanização. Na década de 1950, a
representação do urbano corresponde à hegemonia de um discurso que
articula modernização, nacionalismo e urbanização no âmbito do pensamento
do Estado brasileiro. A construção de Brasília, no final dessa década,
representa a síntese dessa visão.4
A Onda Dançante na Estética do Jazz
Já na década de 1920, em meio ao processo de metropolização em
curso na cidade, São Paulo é tomada por um fenômeno novo. Articulado à sua
incipiente indústria do lazer, intensificam-se amplamente a difusão da música e
a proliferação dos bailes, além de ambientes de dança. Aí a presença
proeminente do jazz mesclou-se ao clima efusivo do início do cosmopolitismo
paulista. Ao mesmo tempo, a moda organizou um mercado favorável para o
surgimento de inúmeras jazz-bands. A prática da dança embalada pelo som
desses grupos musicais celebrava, assim, a modernidade na metrópole
emergente.
Na realidade, São Paulo, ao ser conquistada pela voga dançante, era
engolfada por uma onda que emergiu nos anos 1910 e acentuou-se no pós-
4 Ver: DINIZ, Luís Lopes Filho & BESSA, Vagner de Carvalho. “Vocação e nacionalismo: as visões do urbano no pensamento do Estado Brasileiro (1930-1961)”. Espaço e Debates, São Paulo, Neru, Ano XI, N. º 34, 1991.
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guerra nos grandes centros dos EUA e da Europa. O fato, que reorganizou o
campo do entretenimento musical, articulou o sucesso de uma música à sua
capacidade de estimular a dança. É nesse cenário que o jazz, identificado
como a música popular dos Estados Unidos, conhece uma expansão
avassaladora e passa a influenciar toda a música ocidental. Nas décadas
seguintes, o swing, das big bands norte-americanas, recompondo traços da
linhagem jazzista, entraria definitivamente para a estética da música
comercializada em larga escala pela indústria do entretenimento.
O jazz sublinhou, assim, matizes do ritmo, da síncopa, dos elementos
melódicos e harmônicos e dos timbres que delinearam o repertório dessa
cultura musical. A fórmula mais duradoura gerada pela infiltração do jazz no
repertório da música dançante foi o foxtrote. Até o advento do rock-and-roll, em
meados dos anos 1950, o foxtrote referenciou a popularidade da música norte-
americana em todo o mundo. Tal musicalidade encarnou os signos da
modernidade simbolizada pelo êxito econômico e militar alcançado pelos EUA
após a Primeira Grande Guerra. Nesses termos, configurou-se a trilha sonora
do contexto histórico no qual a nação norte-americana emergia como modelo
de civilização do mundo moderno. O canto da sereia do mito americano, em
meio à onda dançante, foi embalado por essa estética musical.
As grandes orquestras, espécie de evolução das jazz bands, formaram-
se em meados dos anos 1930, conheceram seu apogeu nos anos da Segunda
Grande Guerra e entraram em declínio logo depois. Durante esse período,
influenciaram, em larga medida, a musicalidade e o repertório propagado
amplamente em todo o mundo ocidental. Mesmo a difusão de ritmos latinos, a
exemplo do bolero, do mambo e do samba, entre outros, que teve presença
marcante na construção desse repertório, foi timbrada pela influência dos
arranjos instrumentais que identificaram as big bands. Tal estampa musical deu
o tom da padronização da música popular intensamente comercializada na
época. Em São Paulo, a expansão de indústria do entretenimento favoreceu
um mercado promissor para as grandes orquestras. Diversos grupos por aqui
se formaram, atuando na animação dos bailes, nas boates, bem como nas
emissoras de rádio e, posteriormente, a partir dos anos 1950, na televisão.
Podemos citar, entre outras, as orquestras de Georges Henry, Osmar Milani,
Sylvio Mazuca, Luís Arruda Pais e Zezinho da TV.
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Se, nos EUA, o mercado das big bands decaiu logo após a guerra, entre
nós, ele ainda se manteve ao longo dos anos de 1950, perdendo espaço na
década de 1960. O advento de uma música mais intimista, a bossa nova, e do
rock-and-roll, com suas guitarras elétricas, prenunciou o desaparecimento
desses grupos musicais. Vale lembrar que a “instituição baile” manteve-se por
mais algumas décadas. Naqueles eventos de caráter “solene”, formaturas e
réveillon, entre outros, a presença das grandes orquestras cumpria as
formalidades da etiqueta. Na atualidade, os chamados “bailes da terceira
idade” ainda agregam grupos de músicos remanescentes das grandes
orquestras.
O Progresso como Espetáculo – O Quadrilátero do Glamour
Se o jazz, em sua roupagem foxtrote, escreveu o espírito da
modernidade na partitura de determinado repertório musical, os filmes de
Hollywood o traduziram nas telas dos cinemas. O advento do filme sonoro no
final da década de 1920, ao mesmo tempo em que corroborou para consolidar
o cinema como o entretenimento mais popular da primeira metade do século
XX, sintetizou em som e imagem o glamour com que se representava o
progresso do mundo moderno inspirado na americanização do pós-guerra.
Em 1929, o “filme falado” chega a São Paulo e passa a configurar uma
nova fase da indústria do entretenimento na cidade. Concomitante ao advento
do filme sonoro, inicia-se a construção de esplendorosas salas de exibição, os
chamados “palácios do cinema”, na capital paulista. Tais empreendimentos
irão, juntamente com os hotéis, restaurantes, comércio de luxo e outros
serviços, promover, ao longo da década de 1930, a configuração de uma nova
centralidade na metrópole, suplantando a região demarcada pelas ruas do
Triângulo (Rua São Bento, Rua XV de Novembro e Rua Direita).
O Triângulo foi palco privilegiado das práticas sociais que gravitaram em
torno do ideal cosmopolita, fomentado pelo processo de metropolização da
cidade nas primeiras décadas do século XX. No entanto, a partir da
inauguração do Novo Viaduto do Chá, em 1938, esse cenário deslocou-se em
direção à Rua Barão de Itapetininga e suas transversais. A ampliação do centro
assinalou, na fisionomia da metrópole, o lugar no qual a modernização
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ganhava uma dimensão espetacular. Expressão de um poder simbólico, esse
território delineia-se como ponto de convergência das representações que,
naquele momento, glamorizaram a invenção da São Paulo moderna.
O desenvolvimento da pesquisa
O primeiro capítulo desenvolve a análise da configuração de uma nova
centralidade da metrópole paulista. Nesse particular contexto histórico,
desenha-se o novo lugar de irradiação das representações da modernidade. A
relocação dos signos do moderno na fisionomia da metrópole emergente é
analisada como moldura de um discurso que afirma a invenção da cidade
moderna, celebrando o progresso como espetáculo. Trata-se de uma estratégia
do exercício do poder simbólico, das classes mais abastadas – aqui, tomamos
esse conceito na acepção que lhe confere Pierre Bourdieu5. Lembramos que,
para Bourdieu, a luta de classes perpassa o estilo de vida e implica a escolha
estética dos indivíduos. A nova territorialidade, identificada por nós como
“Quadrilátero do Glamour”, ao mesmo tempo em que é nomeada como ponto
de convergência da modernização em curso na cidade, será apropriada, pelos
segmentos enriquecidos, como cenário da teatralização dos signos da distinção
social.
Cabe assinalar que a identidade do Quadrilátero articulava-se a uma
série de dispositivos, voltados para o comércio de luxo e serviço da burguesia
paulistana. Mas, também como já mencionamos, destacou-se como endereço
das mais sofisticadas salas de cinema edificadas na capital, quando esse
entretenimento figurava entre os mais populares, ao lado dos bailes e do
futebol. Além disso, o lugar agregava sofisticados salões de dança, entre eles
os mais importantes, o salão do Hotel Esplanada e o do Hotel Excelsior.
Entrecruzam-se nesse território as diversas práticas que passaram a expressar
o estilo de vida pautado pelo ideal cosmopolita em voga. Nesse contexto,
explicita-se a singularidade de como esse processo iria retraduzir os
mecanismos de manutenção de uma sociedade marcada por profundas
desigualdades sociais. Aí, revelava-se a “moderna tradição brasileira”, para 5 BOURDIEU, Pierre. O Poder Simbólico. Lisboa, Difel, 1989.
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evocarmos a análise crítica proposta por Renato Ortiz. Segundo Ortiz, a cultura
massiva em nossa sociedade ordenou-se sob o signo da distinção social. Para
ele, determinados setores da indústria da cultura popular de massa, nas
sociedades periféricas do capitalismo, são vistos como sinal de status, o que
freqüentemente se associa à própria noção de distinção.6
No segundo capítulo, elegemos alguns balizamentos temporais, como
embasamento de uma reflexão que pretende investigar a experiência de
modernidade articulada a música produzida pelas grandes orquestras. Grosso
modo, propomos dois momentos: meados dos anos de 1950 e início dos anos
de 1930. Em 1954, sublinhamos a simbologia da demonstração de uma
esquadra de aviões a jato dos EUA nos céus de São Paulo. Um ano depois
estreava nos cinemas da cidade o filme Sementes da Violência (Blackboard
Jungle, 1955), cuja trilha sonora era composta pelo rock-and-roll de Bill Haley &
His Comets. O filme prenuncia a difusão de uma nova estética musical e uma
nova modalidade de dança. Tomados como indícios do declínio da “era das
grandes orquestras”, os dois acontecimentos são aqui compreendidos como
indicativo de uma nova experiência de modernidade em conformação naquele
momento. Para tecermos as correspondências entre determinada estética
musical, ligada à música dançante, e o cinema, recortamos, no início do filme
sonoro, a estréia de Voando para o Rio – 1933 (Flying Down to Rio). Ainda nos
referindo a essa película da RKO, tal produção é aqui analisada no plano das
relações econômicas, políticas e culturais que se estabeleceram entre o Brasil
e os Estados Unidos no período entre-guerras.
O terceiro capítulo discute a presença do cinema na cidade de São
Paulo, em especial o advento da passagem do cinema mudo para o cinema
sonoro. A análise investiga a conformação de uma nova cultura musical. Tal
cultura irradia-se graças ao avanço da técnica, que irá transformar as salas de
cinema em um espaço cuja sedução articula-se à síntese de ver e ouvir.
Concomitante a esse momento, instala-se na capital paulista o primeiro
“palácio do cinema”, oferecendo à metrópole emergente um índice de distinção
e cosmopolitismo. No quarto capítulo, analisamos o foxtrote como figura
exemplar do glamour do mito norte-americano e de suas derivações na
6 ORTIZ, Renato. A Moderna Tradição Brasileira. Cultura Brasileira e Indústria Cultural. 5º. ed. São Paulo, Brasiliense, 2001.
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periferia do mundo ocidental. Aqui, também nos remetemos à expansão da
construção dos “palácios do cinema” na região que identificamos como
“Quadrilátero do Glamour”.
A estética musical das big bands e a difusão e influência de sua música
entre nós, sobretudo o culto de Glenn Miller, construído nos anos da Segunda
Guerra Mundial, é analisada no quinto capítulo. Finalmente, buscando
referências da história cultural do moderno no Brasil, não poderíamos deixar de
aludir, mesmo que de maneira sucinta, ao símbolo máximo da aspiração de
modernização no Brasil nesse período: a construção de Brasília.
O Jardim de Inverno do Restaurante Fasano. O restaurante, localizado na Av. Brigadeiro Tobias, era apresentado como centro de reunião da elegante sociedade paulistana, graças ao luxo e à distinção de seus jantares dançantes. Na foto, em primeiro plano aparece sua sofisticada pista de dança – “pista de cristal, iluminada, única na América do Sul.”
Fig. 03 Revista Sombra, Nov. Dez. 1952, n º 124, Ano XII, p. 74
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