VCars 01
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VOLKSWAGEN DO
BRASIL
FAÇA VOCÊ MESMO
HISTÓRIA
VIP
W W W . S T R E E T M O T O R S . C O M . B R
Golf Cabriolet: um raríssimomodelo 1997 impecável
Parati LS: um dos maiores sucessos da década de 80
Gol G4: preparação de pontapara render 430 cavalos
HoodRide: estilo e rebeldianos clássicos Volkswagen
KOMBI: A TRADICIONAL PERUA COMPLETA CINQÜENTA ANOS DE HISTÓRIA
TROCA DE MAÇANETASMelhore o visual de seu velho Gol G1adicionando maçanetas do Santana
Investimento em rodasaro 18", motor preparadoe sistema multimídia deúltima geraçãotornaram o sedan VW ainda mais exclusivo!
Os primeiros passosda fábrica na América
TECNOLOGIAEntenda como funcionam as
novas tecnologias de frenagemdesenvolvidas pela Volkswagen
A R
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AIX
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Untitled-1 1Untitled-1 1 6/11/2007 15:12:586/11/2007 15:12:58
EDITORIAL
Presidente: Alessandro Gerardi
Conselho editorial: Alessandro Gerardi, Luís Afonso G. Neira, Alessio Fon Melozo e William Nakamura
STREET MOTORS É UM SELO DO GRUPO DOMO
REVISTA Vcars é uma publicação do Grupo Domo. Distribuidor exclusivo para todo o Brasil: Fernando Chinaglia Distribuidora S.A. Tel.: (21) 3879-7766.Impressão: Araguaia Indústrias Gráfi cas Ltda.
Diretor editorial: Alessio Fon MelozoEditor-executivo: Roberto Cardinale
REDAÇÃOEditor Assistente: Rodolfo ParisiArte: Fabio AugustoEstagiário de arte: Luiz PellegriniEstagiário de redação: Eric Inafuku Colaboração: Claudia Cardinale, Fernando Garcia e Fernando CappelliRevisão e checagem: Elisabete Pereira
FOTOSMarcello Garcia
MULTIMÍDIAElder Giangrossi
PUBLICIDADE [email protected]
ATENDIMENTO AO LEITOR – SUPORTEHorário de atendimento das 9 às 21he-mail: [email protected], [email protected], tel.:11 3217-2626
EDIÇÕES ANTERIORESAtendimento a jornaleiros: (11) 3648-9090Canais de vendas: (11) 3648-9090e-mail: [email protected], fax: (11) 3217-2616Site: www.streetmotors.com.br
CONTATORedação: R. Haddock Lobo, 347, 12º andar, São Paulo - SP, CEP 01414-001, tel.: (11) 3217-2600, fax (11) 3217-2617 Publicidade: (11) 3217-2627e-mail: [email protected], Representante comercial em Salvador: Aura Representações, tel.: (71) 345-5600, cel.: 9129-7792, Representante comercial nos EUA: USA-Multimedia, tel.: +1-407-903-50000, Ramal: 222 e-mail: [email protected]: (11) 3217-2600 e-mail: [email protected] Circulação: (11) 3217-2719 e-mail: [email protected]
A REVISTA Vcars não tem vínculo algum com a Volkswagen do Brasil ou a sua matriz na Alemanha. Esta é uma publicação totalmente independente da fábrica e voltada para os apaixonados pelos veículos desta marca.
AOS VOLKSMANÍACOS!Com o objetivo de criar uma publicação que abordasse toda a gama de ve-
ículos fabricados pela Volkswagen desde o lançamento do Fusca, seu maior sucesso de vendas, até os carros atuais, nossa equipe decidiu publicar a revista Vcars. Não foi por menos – nas próximas páginas, você verá que, as-sim como você, nós aqui da Redação somos aficionados por esses incríveis automóveis. Eu, por exemplo, sempre tive Fusca, desde quando tirei minha carteira de motorista. Fui o feliz proprietário de um exemplar do ano de 1952 e até já me acidentei com um outro Fusca, 67. O carro, apesar de ter ficado totalmente destruído, ainda serviu como doador para que eu montasse um bug com o as peças restantes.
Paixões à parte, a Redação não respira apenas os clássicos da marca. Um dos nossos redatores, por exemplo, é um fanático pelo Volkswagen Gol, mas não de qualquer modelo, e sim dos “quadrados”. Nós brincamos aqui que cada um puxa a sardinha para o seu lado, ou seja, eu para produzirmos ma-térias sobre os Fusca e ele para os Gol G1.
Esse tipo de mistura de gostos não é coisa apenas da Redação. O fenôme-no também é visto entre nossos leitores, afinal a revista Vcars é o resultado das inúmeras mensagens que recebemos de vocês por nossa outra publi-cação: a Street Motors. Quando produzíamos matérias em vídeo com auto-móveis Volkswagen nessa revista, na semana seguinte recebíamos diversos e-mails pedindo ainda mais conteúdo sobre eles. Foi por isso que pensamos em criar esta publicação que você tem em mãos. Uma coisa era certa: nosso principal objetivo era o de produzir uma publicação que abordasse todo o universo dos automóveis da linha Volkswagen, caso dos Fusca desta edição e do sedan Volkswagen Jetta que ilustra a capa.
Se você é marinheiro de primeira viagem e está iniciando o processo de leitura de um dos produtos produzidos por nós, gostaria primeiramente de agradecer por prestigiar nosso trabalho e deixar claro que esta revista é sua e você tem um canal aberto comigo, o meu e-mail, para enviar sugestões ou mesmo críticas. Portanto, sinta-se a vontade em escrever a sua opinião sobre a sua revista Vcars.
Aproveitando este espaço, caso você ainda não tenha acessado nosso site, saiba que nele estamos adicionando, quase que diariamente, conteúdos exclusivos com matérias inéditas, vídeos, fotos... Tudo voltado para você, que é um aficionado por automóveis. O melhor de tudo isso é que todo esse conteúdo é totalmente gratuito. Logo, não perca tempo, acesse www.street-motors.com.br e veja as novidades que preparamos para você.
Gostaria, ainda, de informar que estamos fazendo algumas parcerias com clubes para darmos vantagens a seus associados. Muito em breve, você terá várias surpresas.
Espero que goste do que irá ler nas próximas páginas e que continue a nos prestigiar e participar da produção de sua Vcars enviando sugestões para a Redação.
Boa leitura e até a próxima edição.
Roberto Cardinale
Editor Executivo
3REVISTA Vcars
03 Expediente.indd 303 Expediente.indd 3 6/11/2007 15:44:056/11/2007 15:44:05
ÍNDICE
O luxuoso sedan da Volkswagen recebeu upgrade visual com rodas aro 18” e detalhes pintados em grafi te para desfi lar pelas ruas de São Paulo. Por dentro, kit multimídia com equipamentos de ponta garantem um áudio espetacular
Capa - Jetta
44
16 34Conceitos - Eco Racer Hands On - Polo GTi
20
32 34Ícones - Parati LS Ícones - Kombi
36
Projeto esportivo desenvolvido pelo departamento de enge-nharia da montadora mostra muita ousadia por parte da VW
Com preço mais em conta que o irmão Golf GTi, o Polo, em sua roupagem esportiva, esbanha fôlego e potência
Queridinha dos anos 80 a clássica wagon Volkswagen mos-tra como conquistou o coração dos brasileiros
Primeiro carro montado pela VW do Brasil, a Kombi comple-ta 50 anos de história. Saiba como tudo começou
4 REVISTA Vcars
04-05 Indice2.indd 404-05 Indice2.indd 4 6/11/2007 14:11:316/11/2007 14:11:31
52 34
60 68
56
Na década de 50, época em que o país ganhava fôlego para se expandir, a Volkswagen abria sua primeira fi lial, em São Paulo
Um dos poucos modelos em perfeito estado do esportivo de 1997 ganha vida nas mãos de um colecionador
Equipado com um motor capaz de render 530 cavalos, este “popular” é utilizado tanto nas pistas, quanto no dia-a-dia
Surrados, sujos e matratados – assim são os carros da cultura HoodRide, uma mania que chega ao país com muita força e vários seguidores
História da Volkswagen do Brasil Golf Cabriolet
Gol G4 Arrancada Life Style - HoodRide
Entenda como funciona o processo de troca das maçanetas tradicionais dos Gol G1 para os modelos modernos do Santana
76 FVM - Troca de Maçanetas
Deixe sua mensagem, reclamação, crítica ou, se possível, alguns elogios para a equipe que faz a VWorld.
06 Espaço do leitor
Encontre os melhores acessórios e equipamentos disponíveis no mercado para o seu carro
08 Vitrine
Acompanhe as últimas notícias que envolvem os carros e as personalidades do universo Volkswagen
12 News
Carro conceito apresentado pela montadora recebe rodas aro 19” e design esportivo
14 Beetle Regster
No litoral paulista, um fanático colecionador de automóveis apre-senta seu acervo pessoal com mais de 20 Fuscas raríssimos
24 Ofi cina dos Sonhos
Conheça a história de um paulistano que cria miniaturas de Volkswagen Fuscas há mais de 20 anos
28 Entrevista - Beto Giglio
Criado em 1985 por um grupo de amigos, clube de admirado-res do clássico sedan é referência nacional
30 Fusca Clube do Brasil
Tire todas as suas dúvidas quanto às novas tecnologias de fre-nagem implementadas pela Volkswagen em seus automóveis
40 Tecnologia - Freios
Descubra se esta tecnologia realmente vale a pena e aprenda a fazer do MP3 um aliado para acompanhar você em viagens, mas com qualidade!
64 Técnica - MP3
80 Dicas de manutençãoDicas importantes e efi cientes que farão, com pouco esforço, seu carro durar muito mais do que o esperado
Momentos únicos durante alguns ensaios e matérias que a revistaVcars publica para seus leitores
82 A última impressão é a que fi ca
Descubra o que a Volkswagen lançou no mercado e saiba tudo sobre essas máquinas inovadoras
18 Lançamentos
Envie suas sugestões e críticas para o e-mail da redação no seguinte endereço: [email protected] em contato com a redação!
5REVISTA Vcars
04-05 Indice2.indd 504-05 Indice2.indd 5 6/11/2007 14:11:376/11/2007 14:11:37
Você, leitor da revista Vcars que está conhecendo nosso trabalho agora, informa-
mos que este espaço é seu e estamos aguardando suas sugestões e possíveis críti-
cas. Esperamos realmente que você participe. Saiba que estamos preparando diver-
sas surpresas e algumas promoções exclusivas para as próximas edições. Você, que
assim como nós, é um aficionado pelos automóveis produzidos pela Volkswagen,
pode nos ajudar enviando suas mensagens para [email protected].
Caso queira, também pode enviar cartas para o seguinte endereço: Rua Haddock Lobo,
347, 12º andar, São Paulo - SP, CEP 01414-001.
6 REVISTA Vcars
ESPAÇO DO LEITOR
06 Leitor.indd 606 Leitor.indd 6 1/11/2007 18:35:541/11/2007 18:35:54
VIAGENS ANIMADASAs viagens em família ficam mais di-
vertidas com esse aparelho da Tectoy.
Além de oferecer todos os recursos e
acessórios do T600, ele contém um ex-
clusivo display adicional de 7” no for-
mato widescreen.
Preço sugerido: R$1.132,00.
Informações: (11) 3672-3551
LOCALIZADOSeguindo a tendência de aparelhos GPS
disponíveis no mercado, a Nokia apresenta
o N330. O equipamento promete oferecer
aos usuários rotas curtas e rápidas através
do sistema touch screen. Além do sistema
de localização, o aparelho reproduz músi-
cas e vídeos e possibilita visualização de
imagens. Mais detalhes ligue na ATW Mo-
torsports: (11) 2159-4000.
MULTIFUNCIONALA LG apresenta ao mercado de
Car Áudio o DVD Player LAD-
9600 com tela de 7” e sistema
de manuseio touch screen. O
aparelho da fabricante japo-
nesa ainda vem com conexão
USB frontal para reproduzir
músicas em MP3/WMA ou fil-
mes em DivX, diretamente de
um pendrive. É equipado com
função Bluetooth para que o
condutor possa conversar di-
reto da tela. Detalhes no site:
www.lge.com.br
8 REVISTA Vcars
VITRINE VW
08-11 Vitrine.indd 808-11 Vitrine.indd 8 1/11/2007 16:59:011/11/2007 16:59:01
UPGRADE VISUALA GT Racing, loja especializada em acessórios importados, traz
ao Brasil as grades dianteiras da empresa alemã FK. Confec-
cionadas em plástico ABS e de fácil fixação, o acessório é item
indispensável em qualquer automóvel da linha Volkswagen. Ou-
tras informações: (11) 4581-3602.
VISIBILIDADE TOTALA importadora nacional ATW Motorsports
abastece sua linha de acessórios com a che-
ga dos faróis de xênon de 6.500K Brights-
tar TW. O equipamento promete ter uma
vida útil de 2.500 horas e é à prova d’água.
Como diferencial, o farol apresenta reator
blindado, que possibilita uma maior durabi-
lidade. Dúvidas ligue para: (11) 2159-4000.
BRILHO TOTALA 3M, tradicional fabricante de produtos de
alta qualidade, apresenta seu novo lançamen-
to para automóveis: a Cera Rápida. O produto
é indicado para proteção e conservação de
pinturas automotivas e proporciona brilho in-
tenso.
Como diferencial, a Cera Rápida apresenta uma
embalagem com borrifador de fácil manipulação.
Mais informações acesse o site: www.3m.com.br
ou 0800 0132333
9REVISTA Vcars
08-11 Vitrine.indd 908-11 Vitrine.indd 9 1/11/2007 16:59:141/11/2007 16:59:14
APELO VISUALA Shutt, fabricantes de acessórios esportivos para automóveis, traz
seu novo lançamento, a coifa S-quared. Segundo a fabricante, o lan-
çamento aumenta a gama de aplicação das coifas Shutt para auto-
móveis com base quadrada. Sua base é de PVC cromado e a coifa é
produzida com couro natural costurado à mão.
A S-quared tem como preço sugerido R$ 159,00 reais. Acesse: www.
shutt.com.br para mais informações.
TOQUE DE ESPORTIVIDADEDirigir com volante original em alguns momentos torna-
se cansativo. Apesar de todo o projeto de engenharia,
os modelos nem de longe oferecem o mesmo confor-
to que os esportivos. Por esse motivo, empresas como
a italiana Momo desenvolvem modelos especiais, caso
do Race 3000, com design exclusivo e revestimento de
couro. Gostou? Então acesse: www.canvas.art.br
10 REVISTA Vcars
VITRINE VW
08-11 Vitrine.indd 1008-11 Vitrine.indd 10 1/11/2007 16:59:331/11/2007 16:59:33
AMPLIFICANDO HORIZONTESPrecisando de mais potência sonora no seu carro? En-
tão não perca tempo e adquira um módulo amplifica-
dor Boog HPA-4375. Com potência de 3.000W PMPO
e quatro canais de saída do tipo Power Mosfet, o equi-
pamento garante um trabalho árduo em parceria com
subwoofers. Compre agora no: (11) 6914-6759.
ESTILO DE SOBRAA TSW promete revolucionar o mer-
cado com as rodas Estoril. O modelo
pode ser encontrado em dois tipos
de acabamento, Chrome e Hyper Bla-
ck, e está disponível em medidas que
variam do aro 17 até o 22, com cinco
furos. Ideal para quem quer dar um
upgrade visual no automóvel, o aces-
sório pode ser encontrado no site:
www.tsw.com.br
TECNOLOGIA SONORANovo lançamento da Falcon, o HS 200 CD é um
dor automotivo de dois canais estéreos de alt
(60WRMS ou 240 WPMPO) para ligação de
alto-falantes com impedância de 4 ohms.
O equipamento ainda oferece entrada in line (R
vel baixo, para conexão direta de IPOD, MP3 o
O HS 200 CD ainda acompanha cabo adaptad
pode ser encontrado no site: www.falcon.com.b
7026005.
11REVISTA Vcars
08-11 Vitrine.indd 1108-11 Vitrine.indd 11 1/11/2007 16:59:521/11/2007 16:59:52
A Volkswagen apresentou na se-
gunda quinzena de setembro o novo
sedan Bora. Com design renovado e es-
tilo marcante, o irmão menor do luxuo-
so Jetta promete reforçar ainda mais o
concorrido segmento que já conta com
o Honda Civic, o Chevrolet Vectra e o
Toyota Corolla.
Dotado da nova identidade que já
povoa a maior parte da linha VW com
sua grade em V, o Bora ganhou mais
agressividade e imponência na dian-
teira, passando a contar ainda com um
novo conjunto óptico agora aprimorado
com faróis circulares duplos e amplas
entradas de ar.
Já na traseira o destaque fica por
conta do sistema de abertura do por-
ta-malas, agora desenvolvido através
de um movimento no logotipo da VW.
Complementa o conjunto da traseira re-
modelada um par de lanternas duplas
com acabamento vermelho.
Produzido na planta da fábrica de
Puebla, no México, o Bora passa a ser
Um dos principais eventos automo-
bilísticos do mundo, o Salão de Frank-
furt de 2007, ocorrido em setembro
teve na Volkswagen um dos seus prin-
cipais personagens. Aproveitando-se
do fato de estar em seu país de origem,
a montadora alemã não perdeu a opor-
tunidade de arrasar seus concorrentes
com nada menos que cinqüenta mo-
delos de automóveis, sendo que, entre
eles, oito faziam sua estréia.
Dos modelos apresentados, o maior
destaque foi para o conceito UP!, um
carro interessante e que tem tudo para
ganhar as ruas nos próximos anos. Pro-
vável sucessor da família de populares
que abastecem o planeta, o “carrinho”
tem design irretocável, pode transpor-
equipado com um propulsor 2.0 litros
que gera 116 cv de potência e um torque
máximo de 17,3 kgfm. O desempenho
é exemplar em relação ao de seus con-
correntes e ainda tem um consumo de
combustível baixo para os padrões: 16,4
km/l em estradas na versão manual e 16,1
km/h com o câmbio automático de seis
velocidades Tiptronic. Na cidade o carro
corresponde com 8,9 km/l e 8 km/l, res-
pectivamente.
Completo, o novo Bora conta com
diversos equipamentos de série como
bancos exclusivos, painel de instrumen-
tos com detalhes em prata, CD Player
com MP3 e entrada auxiliar USB, direção
hidráulica, ar-condicionado Climatronic e
muito mais.
Disponível em todas as lojas do país,
o Bora é oferecido em diversas cores
sólidas ou perolizadas e tem um preço
sugerido a partir de R$ 59.790 na ver-
são com câmbio manual e R$ 63.880 no
modelo equipado com transmissão au-
tomática Tiptronic de seis velocidades.
tar quatro pessoas com total conforto
e tem a promessa de vir equipado com
um motor traseiro econômico e menos
poluente. O interior é composto por di-
versos acessórios tecnológicos, entre os
quais os que mais chamam atenção são
dois monitores no painel central, em que
um oferece informações com relação à
velocidade, nível e duração de combus-
tível e emissão de CO2, enquanto que o
outro monitor apresenta uma interface
com tela touch screen.
SHOW DE DESIGNEM FRANKFURTMontadora bateu recorde e apresentou
cinqüenta automóveis num dos maio-
res salões automotivos do mundo
Além do UP!, a montadora também fez
a estréia mundial do SUV Tiguan e de mais
oito modelos da série BlueMotion, veículos
estes desenvolvidos especialmente para
proteger o meio ambiente e economizar o
bolso do consumidor, já que se tratam de
veículos extremamente econômicos.
O sucesso da montadora no Salão de
Frankfurt foi grande, e a expectativa para
os próximos meses fica por conta do lan-
çamento do Caddy BlueMotion, no início
de 2008, e também do aclamado UP!.
CHEGOU QUEM FALTAVASedan Bora é apresentado ao mercado com um novo design e câmbio automático
Tiptronic de seis velocidades para disputar o concorrido segmento de sedans
12 REVISTA Vcars
NEWS
12 News.indd 1212 News.indd 12 1/11/2007 17:29:351/11/2007 17:29:35
Com estilo esportivo e visual marcante, este conceito da VW tem tudo para ganhar as ruasRAGSTER
oSalão do Automóvel de Detroit,
nos Estados Unidos, é conside-
rado o evento mais importante
do mundo nesse setor. Nele, as monta-
doras costumam lançar suas grandes
novidades para o futuro, e algumas
máquinas acabam ganhando grande
destaque na feira norte-americana.
Prova disso foi o carro-conceito
apresentado pela Volkswagen há dois
anos que, segundo a grande mídia, dei-
xou os amantes e apreciadores da mar-
ca com água na boca.
O Ragster – versão apimentada do
New Beetle, como ficou conhecido – já
chegou fazendo sucesso e agradando
ao público, no que lembrou o irmão
New Beetle Cabriolet.
Inspirado nos carros conversíveis, o
Ragster recebeu diversas modificações
que garantiram destaque ao modelo.
Inicialmente, a coluna dianteira foi re-
baixada em 90 milímetros, dando um
visual mais agressivo, enquanto que
uma abertura em “U”, com acabamen-
to em aço escovado, foi realizada em
cima do capô, o que lhe proporcionou
um moderno teto solar panorâmico, de
lona e com acionamento elétrico.
Outras alterações sutis fizeram toda
a diferença e exibiram o estilo mais futu-
rista do Ragster: as janelas, por exemplo,
são retráteis enquanto que os faróis re-
ceberam uma remodelação completa e,
nessa versão, ganharam contornos mais
ovais. O conjunto luminoso recebeu ain-
da alterações nas lanternas, que passa-
ram a ser integradas ao pára-choque, ga-
rantindo-lhes, assim, um visual inovador.
As rodas aro 19” são em alumínio e os
pneus adotados no conjunto são espor-
tivos nas medidas BF Goodrich 235/60
R19 com um detalhe exclusivo: listas ver-
melhas em suas bordas. O toque final na
parte externa ficou por conta da pintura,
em tonalidade branca, que recebeu duas
faixas “pratas” por toda a carroceria, re-
sultando num Beetle cheio de atitude.
NEW BEETLE
14 REVISTA Vcars
CONCEITOS NEW BEETLE RAGSTER
14-15 Conceitos Beetle_REV.indd 1414-15 Conceitos Beetle_REV.indd 14 30/10/2007 17:48:5930/10/2007 17:48:59
Apesar de ser equipado com discos
perfurados de 12” e pinças de freio de
quatro pistões Brembo, o motor que
moverá o esportivo ainda não foi defi-
nido, sabe-se apenas que utilizará die-
sel ou gasolina.
FICÇÃO CIENTÍFICAAssim como nos melhores filmes do
diretor de cinema Steven Spielberg, o
cockpit do Ragster apresenta carac-
terísticas esportivas e modernas. O
volante e bancos revestidos em couro
dão o toque de luxo, aliados com o tom
marrom escuro da forração das portas
e interior do veículo. O retrovisor é um
dos destaques e, diferentemente do
que acontece na grande maioria dos
carros, o equipamento foi removido do
pára-brisa e instalado acima do painel:
uma forma prática de oferecer boa vi-
sibilidade ao condutor, visto que o teto
foi rebaixado.
O automóvel dispõe ainda de um
amplo porta-malas e uma grande parti-
cularidade: dois bancos dobráveis que,
quando não utilizados, possibilitam mais
espaço para as bagagens. A montadora
afirma que o carro foi feito na medida
certa para duas pessoas, mas sem dis-
pensar a praticidade.
Em fase de estudos, o protótipo volta-
se principalmente para o prazer de guiar
e aguarda o comentário dos fãs, afinal,
especula-se que a aparência do próximo
Beetle pode sair justamente do reformu-
lado Ragster e manterá viva a lembrança
daquele que marcou para sempre a histó-
ria automotiva: o Fusca.
O modelo recebeu rodas e pneus especiais, além de uma identidade visual renovada
15REVISTA Vcars
Por Claudia Cardinale Fotos Divulgação
14-15 Conceitos Beetle_REV.indd 1514-15 Conceitos Beetle_REV.indd 15 30/10/2007 17:49:0730/10/2007 17:49:07
Design ousado e economia de combustível são as promessas de um estiloso carro conceitual, o VW EcoRacer
MUTANTE
ESTILOSOO
EcoRacer foi apresentado no
salão de Tóquio em 2005 pela
Volkswagen Alemã. Marcou
presença, e até hoje é lembrado como
um mutante da categoria automotiva.
Misto de cupê, roadster e speedster,
tudo ao mesmo tempo, o protótipo
roubou a cena e aguçou a vontade dos
visitantes para pilotá-lo.
O carro é versátil. Na primeira
versão (cupê), quando as portas se
abrem, as extremidades do teto so-
bem e formam uma espécie de asa
que facilita o acesso ao interior do ve-
ículo, algo como é utilizado nas Lam-
borghini há muitos anos.
Um dos diferenciais, o teto, cha-
ma atenção por ser removível. Quan-
do retirado, o carro adquire o estilo
roadster conversível. Sua mudança
para speedster, segundo a montado-
ra, é bem simples e o detalhe fica no
pára-brisa inteiramente substituído
por outro de proporções minúsculas.
Perfeito para quem gosta de viver
grandes emoções.
Diante da boa receptividade, a em-
presa resolveu convidar alguns jornalistas
especializados para testarem a desenvol-
tura do célebre modelo. O local escolhido
foi o autódromo de Pau, no sul da França.
Em três dias de adrenalina pura, foram
percorridos 1.200 quilômetros, claro, com
muito abuso de velocidade.
O desempenho apresentado nas
pistas também agradou, suprindo as
expectativas da VW ao criar um pro-
jeto com tecnologia avançada que
unisse economia, desempenho e li-
nhas poderosas.
ESTILO ÚNICOA máquinas é composta por um “jogo”
de tecnologia capaz de invejar qualquer
concorrente. A carroceria e chassi, por
exemplo, são confeccionados com fibra
de carbono: um material extremamen-
te leve e seguro que proporcionou um
carro de apenas 850 kg perfeitamente
bem distribuídos. A cor dispensa co-
mentários. O amarelo utilizado destaca
16 REVISTA Vcars
CONCEITOS ECO RACER
16-17 Conceitos Eco Racer_REV.in16 1616-17 Conceitos Eco Racer_REV.in16 16 30/10/2007 17:53:2430/10/2007 17:53:24
Promessa de um interior moderno é o grande diferencial do esportivo Eco Racer
ainda mais a ousadia dos projetistas.
Assim como os faróis duplos e as lan-
ternas traseiras com leds de iluminação
ajudam a compor o visual inovador. Os
pára-choques são de alumínio e a gra-
de do radiador garante um ar agressi-
vo ao mutante.
Compacto, o EcoRacer possui 3,77
metros de comprimento, 1,74 metros de
largura e 1,21 de altura. A distância en-
tre eixos é de 2,48 metros, o que garan-
te um bom espaço interno apesar das
dimensões. As rodas, por fim, são de 17
polegadas e utilizam pneus mais largos
225/45 R17 na traseira e 175/55 R17 na
dianteira. Um autêntico esportivo!
Equipado com motor da nova ge-
ração VW, o 1.5 litros, turbodiesel,
atinge 136 cv de potência e 25,5 kgfm
de torque a 3.750 rpm e acelera de 0
a 100 km/h em apenas 6,3 segundos.
Sua velocidade final chega na casa dos
230km/h, com um consumo médio de
apenas 3,4 litros por cada 100km.
Entradas de ar, estrategicamen-
te colocadas nas laterais das portas,
auxiliam a refrigeração do motor que,
nesse conceito, está localizado na
parte traseira central.
ESSENCIALAlguns detalhes internos demonstram
criatividade e garantem inovação. O
painel de instrumentos, por exemplo,
foi instalado na coluna de direção e o
retrovisor foi adaptado ao painel. O
câmbio DSG é semi-automático e dis-
pensa o uso do pedal da embreagem.
Um dos grandes diferenciais é a opção
de trocas de marchas pelo volante, o
que proporciona a sensação de pilota-
gem de um Fórmula 1.
O EcoRacer foi desenvolvido para
acomodar duas pessoas com o máximo
de conforto e provar que, quando o as-
sunto é tecnologia automotiva, alguns
mitos podem se tornar realidade.
A escolha do nome não poderia ter
sido outra. Eco de econômico e Racer de
desempenho. Duas fortes características
que marcaram o veículo como um ina-
creditável mutante econômico.
17REVISTA Vcars
Por Claudia Cardinale Fotos Divulgação
16-17 Conceitos Eco Racer_REV.in17 1716-17 Conceitos Eco Racer_REV.in17 17 30/10/2007 17:53:2730/10/2007 17:53:27
18 REVISTA Vcars
LANÇAMENTOS
Se já existiam especulações
quanto ao lançamento do novo
VW Gol no primeiro semestre
de 2008, com a reedição do Gol Rallye,
sucesso em sua passagem inicial, em
2004, parece que a “história” tem um
fundo de verdade, afinal, é comum na
indústria automotiva, quando um carro
vem chegando ao fim de sua produção,
serem lançadas séries especiais para
poder “desovar” o estoque de fábrica.
Assim, se tudo tocar conforme a mú-
sica, podemos esperar um novo popular
para 2008. No entanto, independente-
mente disso, o Gol Rallye, apresentado
pela montadora, traz algumas novida-
des que podem atrair o desejo de ex-
clusividade dos consumidores – serão
apenas 3.000 unidades produzidas.
Montadora resgata o modelo robusto criado pela primeira vez em 2004 e produz uma série limitada em 3.000 exemplares
Na parte externa, onde se concen-
tra a maior parte das modificações do
carro, foram adicionados pára-choques
novos com faróis de máscara negra
e lanternas de neblina, grade frontal
– que oferece um visual off road – mol-
duras nas caixas de rodas e rodas aro
15 de liga leve, equipadas com pneus
195/55 R15 e suspensão elevada.
O toque final da parte externa fica
por conta de um aerofólio e inscrições
Rallye nas laterais. A Volkswagen dis-
ponibiliza o carro na cores Amare-
lo Solaris, Branco Cristal, Vermelho
Flash, Preto Ninja, Cinza Cosmos e
Prata Light. Delas, apenas a amarela
é novidade, já que as outras fazem
parte da gama de cores dos veículos
da marca.
Por dentro o carro ganhou poucas
modificações que justificam o preço
cobrado. Como diferenciais, apenas di-
reção hidráulica no volante esportivo,
desembaçador e limpador de vidro tra-
seiro, falantes nas portas, rede no por-
ta-malas, manopla de câmbio, pedais
esportivos e banco com inscrição Rallye
e ajuste de altura para o motorista.
A mecânica adotada pela montado-
ra é o já popular motor 1.6 litros capaz
de render até 99 cavalos. Quem quiser
opcionais de conforto, a Volkswagen
ainda oferece ar-condicionado, alarme
Keyless, travamento elétrico de portas
e vidros com acionamento elétrico.
O modelo já pode ser encontra-
do nas revendas autorizadas por
R$36.375.
GOL RALLYE
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19REVISTA Vcars
AVolkswagen divulgou no fim
do mês de outubro dessa
ano, o lançamento da série
especial da picape Saveiro, denomi-
nada de Titan, um modelo com apelo
aventureiro e esportivo, que, segun-
do a montadora tem como foco prin-
cipal os jovens e pessoas clientes
com espírito atrevido.
O modelo vem equipado com o
propulsor 1.6 Total Flex, capaz de
render 103 cv com um torque de 14,5
kgfm. Essa mecânica, inclusive, é a
mesma que já equipa as versões City
e a consagrada Super Surf. Mas, ape-
sar das semelhanças com outros mo-
delos, a Titan tem como diferenciais
alguns acessórios e equipamentos.
Na parte externa, por exemplo,
Picape off road, chega para completar à família e agradar os jovens com espírito aventureiro
ela vem equipada com faróis de
máscara negra, grade frontal dota-
do do já tradicional formato em “V”,
santo-antônio, protetor e iluminação
de caçamba.
A picape ainda oferece uma me-
lhoria no quesito segurança, com a a
instação de um brake light de série.
Por fim, a Saveiro aventureira ga-
nhou a escrita “Titan” nas laterais e
tampa traseira, além de rodas de aço
aro 14” pintadas de cinza.
Assim como o Gol Rallye, a pica-
pe tem a opção de diversas cores,
entre elas o Branco Cristal, Verme-
lho Flash, Preto Ninja (sólidas) e Pra-
ta Light, Azul Místico, Cinza Cosmos,
Verde Highway (metálicas). Comple-
mentam a linha de opções de colora-
ção o Vemelho Sirah e Bege Gold.
Já a parte interna da picape con-
ta com o tradicional acabamento Tear
Brésil Cinza, o mesmo que equipa a
versão City, controle interno para es-
pelhos retrovisores, banco do moto-
rista com ajuste de altura, painel de
instrumentos com hodômetro total e
pára-sóis bi-articulados com espelhos.
Ao que parece, o modelo atende
a proposta inicial da montadora, mas
peca nos equipamentos. Talvez se
fossem instalados mais itens e aces-
sórios, o carro atendesse a idéia de
uma versão exclusiva.
A Saveiro Titan pode ser adqui-
rida por R$32.475 e não tem pre-
visão de quantidade de veículos a
serem produzidos.
SAVEIRO TITAN
Por Rodolfo Parisi Fotos Volkswagen
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Hatchback ganha visual apimentado e motor 1.8 turbo de fábrica
GTIA
presentado ao público no
Salão de Tóquio, em 2005, o
esportivo Polo GTI apresenta
predicados que o credenciam como
uma verdadeira coqueluche sobre
rodas, a começar pelo design desen-
volvido na parte externa, com toques
modernos e carregado de agressivi-
dade. A grade em “V”, característica
dos automóveis Volks, foi implemen-
tada ganhando o adereço de uma
leve faixa vermelha, mais marcante
nas versões com tonalidade cinza (há
ainda a opção de o carro ser verme-
lho). Outro fator determinante para
as características esportivas do Pólo
GTI é a utilização de máscaras negras
nos faróis, o que garante um espírito
mais “jovem” ao modelo.
Ainda na parte externa, o hatch-
back recebeu um novo conjunto de
rodagem composto por rodas de 16”,
equipadas com pneus Dunlop 205/45
R16. O componente ainda conta com
POLO
20 REVISTA Vcars
HANDS ON POLO GTI
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21REVISTA Vcars
Por Rodolfo Parisi Fotos Divulgação
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um detalhe especial: o nome gravado
na banda de rodagem.
Tanta exclusividade tem um motivo,
ou seja, a aparência esportiva externa é
correspondida em todos os sentidos. O
sistema de suspensão, por exemplo, re-
cebeu acertos específicos na dianteira,
onde é composta pelo sistema McPher-
son, responsável por garantir uma óti-
ma tração em saídas de curva. Já a tra-
seira é dotada de eixo de torção, o que
se traduz em maior firmeza durante as
pilotagens.
O resultado é um carro firme e
confiável nas curvas e estradas. Isso
sem falar no sistema de controle de
estabilidade (ESP) que também equi-
pa o veículo e conta com a opção de
sua utilização (ou não) dependendo
do “espírito” do condutor.
Ainda pensando em conforto, alia-
do à esportividade, a equipe de en-
genharia da Volks produziu uma car-
roceria rígida que pouco inclina nas
curvas mais apimentadas. Um traba-
lho perfeito e que dá gosto ao pro-
prietário da máquina.
POTÊNCIA PURA Um dos grandes diferenciais do Polo
é a relação peso/potência: cerca
de 7,76 kg/cv que, aliados ao bom
torque de 22,4 kgfm a 4.500 rpm,
proporcionam uma potência final
beirando os 150 cv. O propulsor res-
ponsável por essa performance é
o mesmo que equipava o Audi A3
nacional, ou seja, um 1.8 litros - 20
válvulas, com cabeçote de alumínio
de duplo comando e bloco de ferro
fundido. O câmbio manual de cinco
marchas recebeu modificações na
relação de marchas para se enqua-
drar com o torque aprimorado.
A resposta da potência é rápida e,
mantendo velocidades constantes com
giros em torno dos 3.000 rpm, nota-se
que, a cada pisada, o turbocompressor
enche e oferece força suficiente para
ultrapassagens. O resultado final é um
carro que chega dos 0 aos 100 km/h
22 REVISTA Vcars
20-23 Hand On Polo GTI_REV.indd 2220-23 Hand On Polo GTI_REV.indd 22 30/10/2007 18:20:0630/10/2007 18:20:06
O interior luxuoso recebeu revestimento de couro e bancos esportivos
em cerca de 8,2 segundos. Nada mal
para o irmão mais novo do Golf GTI,
que faz o mesmo percurso em 7,5 se-
gundos, mas com 193 cv.
Para parar o “apressadinho” a
Volkswagen desenvolveu discos de
freio de maior dimensão (288 mm dian-
teiros e 232 mm traseiros), com pinças
pintadas de vermelho. O sistema de
frenagem ainda conta com as tecnolo-
gias ABS e EBD, esta última responsá-
vel por distribuir a frenagem em cada
roda numa situação de emergência.
Aos que pensam em economia, se é
que isso é possível num carro esporti-
vo, o Polo tem bons resultados. Segun-
do a montadora, ele consome 15,1 litros
na estrada e 7,8 km/l na cidade. Nada
mal para um esportivo turboalimenta-
do movido exclusivamente a gasolina.
BONS TEMPOSPor dentro o que chama atenção incial-
mente são os bancos. Com costura qua-
driculada, bordas laterais e grafia em bai-
xo relevo GTI, os componentes lembram
os antigos Recaros, que equipavam o ir-
retocável Gol GTI. Além desse diferencial,
o volante ganhou forração de couro com
costura vermelha e uma placa de alumí-
nio com a insígnia GTI. No painel, apenas
o acabamento em alumínio mostra que
se trata de uma versão especial, assim
como o toque de couro nas manoplas
O carro é importado da Volkswa-
gen espanhola, por isso tem o pre-
ço final baseado em euro, mais os
impostos tradicionais. Assim, ele
acaba tendo valor comercial acima
do Golf GTI produzido no Brasil.
A sigla GTI nasceu na década de
1970 para denominar os carros
com injeção eletrônica, conheci-
dos como Gran Tourism Injection.
Hoje convencionalmente a deno-
minação é utilizada em todos os
veículos esportivos da Volkswa-
gen.
O antigo Polo GTI disponível por
aqui até o ano de 2001 vinha equi-
pado com um motor capaz de ren-
der 125 cavalos.
Caso você não tenha bala para
bancar um Polo GTI (que custa em
torno de R$ 98 mil), o Gol GTI é
uma opção de mercado com preço
mais baixo e eficiência no quesito
potência. O irmão Golf GTI também
é uma escolha excelente, mas tem
no preço um possível inibidor.
de câmbio e freio de mão. No cockpit, há
também o botão ESP para acionamento
(ou não) do controle de tração e cintos
de segurança com filetes vermelhos.
O espaço interno é o mesmo da
versão convencional e sofre do mesmo
aperto do irmão, porém aqui é ainda
pior devido ao fato de o GTI ter apenas
duas portas. Logo, se quiser desfrutar
ao máximo do carro, trate de escolher
apenas uma companhia para andar ao
seu lado no banco do passageiro. Use
os assentos traseiros para deixar pe-
quenos acessórios, afinal o porta-ma-
las também não é dos melhores – conta
com apenas 281 litros de capacidade.
No mais o carro é uma boa opção
para quem quer esportividade e discri-
ção, afinal o Polo GTI não chama tan-
to a atenção quanto outros veículos
dessa classe. Isso sem falar da exclu-
sividade, afinal a Volks promete que
trará apenas 50 unidades do modelo
por ano. Está esperando o que para
encontrar o seu?
Curiosidades
23REVISTA Vcars
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24 REVISTA Vcars
FANÁTICOS GARAGEM
24-27 Oficina dos Sonhos_REV.ind24 2424-27 Oficina dos Sonhos_REV.ind24 24 30/10/2007 18:21:2230/10/2007 18:21:22
OFICINA
Marco Antonio Pereira Alonso
nunca imaginou que pudes-
se se apaixonar por Fusca.
Freqüentador assíduo de encontros
de carros antigos, ele percebeu que
em todos os eventos havia sempre
uma epidemia do modelo. O fato aca-
bou chamando sua atenção e acabou
também despertando nele uma com-
pulsão por comprar o sedan alemão.
Empolgado, Alonso lembra no co-
meço que seu primeiro Fusca, ano
DOS SONHOS1954, foi adquirido após efetuar a troca
por um Karmann Guia. “O Fusca ficou
preso na alfândega durante 30 anos.
Adquirido em um leilão, o carro foi en-
tregue a um pedreiro como forma de
pagamento por um serviço. Como o
automóvel não funcionava, ele resolveu
vendê-lo para um amigo, que por fim
negociou comigo”, comenta Alonso.
Adquirido como um carro comum e
não uma raridade, o veículo com ape-
nas 3.000 km rodados era praticamen-
Em um verdadeiro santuário caseiro, vinte e dois VW Fuscas descansam sob o olhar de um colecionador
25REVISTA Vcars
Por Claudia Cardinale Fotos Marcello Garcia
24-27 Oficina dos Sonhos_REV.ind25 2524-27 Oficina dos Sonhos_REV.ind25 25 30/10/2007 18:21:3030/10/2007 18:21:30
te zero, entretanto, devido à falta de
uso, o motor não funcionava. Isso não
foi motivo para que Alonso desistisse.
Dez anos se passaram desde a pri-
meira compra. Atualmente, ele possui 22
besouros. Nove encontram-se abrigados
em uma garagem. Os outros ainda não
foram restaurados, mas logo estarão
disputando espaço ao lado dos demais.
No local é possível encontrar mo-
delos variados, principalmente dos
anos 50. Raridades suficientes para
transformar a garagem no sonho de
muito “fuscamaníaco”.
RELÍQUIASLogo na entrada nos deparamos com o
apelidado “esfria saco”. O modelo 1951,
fabricado por um pequeno período,
vem com uma entrada de ar localizada
à frente da coluna dianteira, que é res-
ponsável por fazer a refrigeração inter-
na do veículo. Com o forte frio da Euro-
pa, o acessório não teve muito sucesso
e foi retirado da linha de produção.
Em seguida avistamos o Zwitter,
ano 1953. Na tonalidade verde, o “car-
ro” apresenta vidro traseiro bipartido e
sinaleiras laterais intituladas de banani-
nhas, que acompanharam os modelos
até 1960. Seu irmão, desenvolvido logo
em seguida, também faz parte da cole-
ção. O grande diferencial entre os dois
fica por conta do vidro traseiro, que nes-
sa versão se apresenta no formato oval.
O 1954, primeiro habitante da gara-
gem, apresenta vidro traseiro oval, teto
solar de três dobras e uma curiosidade:
o carro desembarcou no Brasil pintado
de marrom metálico, uma cor exclusiva
e que não fazia parte das disponíveis
pela montadora na época. Quem o im-
portou fez um pedido especial de pin-
tura, tornando-o ainda mais exclusivo.
Entre todos os Fuscas, existe um
que nunca é lavado. Coisa de colecio-
nador. Apelidado de sujinho, o Sedan
1955 na cor azul e vidro oval foi ad-
quirido em Santos. O veículo, dado de
presente aos filhos de seu antigo dono,
não agradou e foi colocado à venda.
Logo, Alonso não perdeu tempo e
comprou o carro, arrumando-lhe um
espaço na garagem.
Vindo de Anápolis, um outro se-
dan, este de 1966, possui vidros com
medidas maiores que o nosso nacio-
nal. Além disso, o pára-brisa dianteiro
é abaulado, ou seja, foi confeccionado
com uma ligeira curva, diferente dos
nacionais fabricados com vidros retos.
Abandonado, servia de abrigo a roe-
dores e, ao contrário do Fusca ante-
rior, sempre passa por boas lavadas.
Já um conversível 1959, totalmen-
te original alemão, antes de chegar
ao seu novo endereço demorou três
anos para ser restaurado. Sua grande
característica é que ele disponibiliza
as bananinhas, localizadas em sua
coluna, item que na época não foi au-
torizado pelo nosso país para veícu-
los do mesmo modelo que chegaram
via exportação.
Fechando a apresentação, daque-
les que já estão prontos, existe ainda o
1986, cuja empresa Sulan, sob licença
da Volkswagen, transformou em um
belo conversível.
Ao lado: peças e acessórios não faltam no santuário
dos VW Fuscas
26 REVISTA Vcars
24-27 Oficina dos Sonhos_REV.ind26 2624-27 Oficina dos Sonhos_REV.ind26 26 30/10/2007 18:21:3330/10/2007 18:21:33
No aguardo para fazer parte desse lu-
gar cheio de histórias estão alguns mode-
los dos anos 50, 51, 53, 56, 59, 63 e 64.
ORIGINALIDADEDurante todo esse tempo, Alonso apren-
deu a respeitar cada detalhe da vida de
seus carros e hoje é grande admirador
da aparência desgastada que alguns
apresentam. Segundo ele, existem tra-
ços que devem ser mantidos para que o
veículo não perca o encanto.
Na garagem os estilos dividem o
espaço e proporcionam nostalgia ao
lugar. Para completar sua coleção fal-
tam apenas dois exemplares: o modelo
57 e o 58. Mas, segundo Alonso, logo
eles aparecem.
Respeitado e conhecido no meio
dos amantes do Fusca, o coleciona-
dor compartilha idéias, informações e
faz questão de passar referências dos
carros para quem necessita. Coisa que
não teve quando começou.
Em julho deste ano o fanático cole-
cionador resolveu conhecer o país onde
tudo teve início. Participou, como visi-
tante, do Encontro de Bad Camberg,
na Alemanha, considerado um dos
melhores eventos de Fusca do mundo.
Deslumbrado, não sabia o que olhar pri-
meiro. “Quando me deparei com toda
aquela fartura de peças e carros, eu me
senti na própria Fuscalândia”, brinca.
Para o futuro, a idéia é montar um
museu onde exista rotatividade. Além
de receber seus próprios carros, tam-
bém daria oportunidade de exposição
a outros aficionados pelo sedan ale-
mão. Assim todos contribuirão para
que essa história nunca termine. Agora
é só esperar.
Alguns modelos clássicos da década de 1950 foram devidamente restaurados
O processo de restauração de alguns carros leva longos meses
27REVISTA Vcars
24-27 Oficina dos Sonhos_REV.ind27 2724-27 Oficina dos Sonhos_REV.ind27 27 30/10/2007 18:21:5530/10/2007 18:21:55
Com 22 anos de existência, o Fusca Clube do Brasil reúne fiéis adeptos de um dos carros populares mais queridos do país
O CLÃ DOS BESOUROS SAGRADOS
Nascido da simples necessidade de agrupar
os mais diversos entusiastas de um dos
carros populares mais carismáticos de
toda história automotiva do país, o Fusca Clube
do Brasil partiu da idéia de três amigos: Eduardo
Ohara, Sérgio Fontana e Demétrios Bergamo.
Fanáticos pelos VW Fuscas, o trio foi respon-
sável pela elaboração e inauguração da pedra fun-
damental da entidade, que inicialmente recebeu o
nome de ‘Sedan Clube do Brasil’ e, apenas sete
anos depois, obteve autorização final da Volkswa-
gen para se chamar Fusca Clube do Brasil.
Devido à aceitação inicial de um bom número
de ‘fuscamaníacos’, que imediatamente aderiram à
idéia, o Clube se desenvolveu e passou a organizar
passeios e eventos que pouco a pouco reuniram
mais seguidores. Atualmente, o Fusca Clube conta
com cerca de 850 associados por todo o Brasil.
“Quem tem um carro da família Volkswagen,
refrigerado a ar e com tração traseira em bom
estado, pode estar apto a participar. Simples as-
sim. Quem for apenas um simpatizante ou apai-
xonado pela marca também. Obviamente, os
carros dos participantes são categorizados de
acordo com seu modelo e sua época”, explica
Andréas Wolfsohn, presidente do Clube.
“Funciona como um tipo de hierarquia, mas
sem imposições excessivas. Os carros mais raros
e bem conservados, por exemplo, têm preferên-
cia para liderar comboios e ocupar lugares de
destaque em exposições e outros eventos. E por
aí vai”, completa.
30 REVISTA Vcars
FANÁTICOS FUSCA CLUBE
30-31 Fusca Clube_REV.indd 3030-31 Fusca Clube_REV.indd 30 30/10/2007 18:23:2730/10/2007 18:23:27
Tradicional e contando com o apoio da Volkswagen, o Clube do Fusca realiza encontros semanais
OS ‘MAIS MAIS’ Caracterizado pela regularidade cons-
tante de produção e fabricação duran-
te décadas, o Fusca passou por mudan-
ças, que culminaram com a criação de
diversas séries as quais muitas vezes se
diferenciavam por pequenos detalhes
ou acessórios. No Brasil, entre os mo-
delos mais requisitados e valorizados
pelos associados do Fusca Clube, An-
dreas destaca que os proprietários dos
‘split window’ (ou janela separada, em
português), de 1950 até 1953, e os da
série com janelas ovais até 1958 podem
ser considerados felizardos.
Além de serem itens de elevada im-
portância para os colecionadores, os
modelos contam com alto valor de re-
venda se forem originais e são bastante
procurados por entusiastas no planeta.
Os modelos 1959 - primeiro ano de fabri-
cação exclusiva em território brasileiro -
também são raros, e o valor de venda é
igualmente alto, fato que se repete com
os ‘primeira série’ produzidos de 1960
até 1970 (com pára-choques antigos).
Entre os anos de 1970 até 1996, a
procura é maior pelas edições especiais,
como a comemorativa ‘Série Ouro’,
que teve 1.500 unidades lançadas pela
Volks em 1996 e que integrava a gera-
ção de ‘Fuscas Itamar’, estes marcados
como o final do ciclo de produção des-
ses carros em nosso país.
“No tocante ao modelo 2003 (úl-
timo ano de produção mundial do
Fusca), chamado de ‘última edición’,
em espanhol e de fabricação exclusi-
va mexicana, foram importadas ape-
nas 15 unidades para o Brasil. Quan-
do alguém vende um deles, chega a
conseguir muitas vezes um preço até
maior que o referente a um New Bet-
tle novo”, comenta o presidente.
PARCERIASAtualmente, o Fusca Clube não con-
ta com uma sede fixa e os eventos e
passeios, assim como em sua data de
fundação, continuam sendo agendados
aos domingos. Todo último sábado de
cada mês há também a reunião mensal
O clima inerente de ‘culto ao popu-
lar’ com certeza é um padrão vigente
entre os associados do Fusca Clube,
pela própria essência dos ‘besouros’ da
Volks e de tudo que eles representam
para a história automotiva do país. Mas
não confunda isso com qualquer tipo de
falta de critério ou cuidados superficiais.
Os carros que integram a associação
são tratados com requintes minuciosos
de conservação e apreço por coleciona-
dores ávidos em conquistar a tão sonha-
da ‘placa preta’, verdadeiro atestado de
alta qualidade em originalidade e certa-
mente um troféu almejado por todo co-
lecionador ou antigomobilista.
A placa preta, ou Licenciamento Es-
pecial para Veículos de Coleção, é um
certificado convencionado segundo a
Resolução 56 do Código de Trânsito Bra-
sileiro, de 21 de maio de 1998. Os requisi-
tos básicos para os carros adquiri-la são:
ter sido fabricado há mais de trinta anos,
conservar pelo menos 80% de suas carac-
terísticas originais de fabricação e integrar
uma coleção. É obrigatório também ser
associado de algum clube automotivo.
No caso, o Fusca Clube é creden-
ciado pelo Denatran (Departamento
Nacional de Trânsito), onde se requere
o Certificado de Originalidade, e pela
FBVA (Federação Brasileira de Veículos
Antigos), entidade que fornece o cer-
tificado final e um documento especial
para os veículos de coleção.
Mas os VW Fuscas têm de passar
por uma vistoria inicial agendada pela
diretoria do próprio clube, para depois
ser aprovado nos trâmites seguintes.
O carro deve estar sem modificações
ou adaptações e o desgaste natural é
aceito em grau ameno, ou seja, sem
que fira profundamente as caracterís-
ticas básicas de cada modelo.
A placa preta permite que os veículos
sejam dispensados de inspeções veicula-
res (por seu grau elevado de integridade
mecânica, externa e de originalidade). Os
carros também passam a fazer parte de
um cadastro que permitirá, no futuro, in-
tegrarem o acervo nacional automotivo.
da diretoria e associados na sede pau-
lista da Assobrav (Associação Brasilei-
ra de Distribuidores Volkswagen).
A relação do Fusca Clube com a
montadora também é destacada por
Wolfsohn. “A Volks sempre reconhe-
ceu e valorizou o Fusca Clube como
segmento de um patrimônio histórico.
Eventualmente a marca doa alguns
modelos para nosso acervo e alguns
carros de associados freqüentemente
são expostos como destaque em con-
cessionárias”, diz.
Internacionalmente, o Fusca Clube
tem contato com diversos outros no
mundo todo. No Brasil, o único clube
associado até agora é o Fusca Clube
de Mogi das Cruzes (SP).
CAMPEÕES DA ORIGINALIDADE
31REVISTA Vcars
Por Fernando Cappelli Fotos Fusca Clube do Brasil
30-31 Fusca Clube_REV.indd 3130-31 Fusca Clube_REV.indd 31 30/10/2007 18:23:2930/10/2007 18:23:29
Confiável, espaçosa e com design diferenciado, a Parati garantiu seu espaço no coração dos brasileiros
32
ÍCONES PARATI LS
REVISTA Vcars
32-35 Ícones Parati_REV.indd 3232-35 Ícones Parati_REV.indd 32 30/10/2007 18:28:0830/10/2007 18:28:08
Desempenho e espaço interno não faltavam na tradicional station wagon da Volkswagen
VETERANA EMBOA FORMA
A Volkswagen acertou em cheio
ao batizar o primeiro carro do
projeto BX (criado em 1976) de
Gol, um nome simples e de significado
forte, vitorioso. Apesar de no início as
vendas não terem emplacado como se
previa, nos anos seguintes as vendas
começaram a ganhar fôlego. E, baseado
nele, surgiu em junho de 1982 uma ver-
são perua que faria o mesmo sucesso: a
Parati, palavra tipicamente brasileira em
alusão a uma cidade histórica do país,
localizada no Estado do Rio de Janeiro.
A VW Parati, apesar de ser uma sta-
tion wagon, exibia um layout pouco si-
sudo e agradava a todo tipo de público,
desde os mais conservadores, pais de fa-
mília, esposas e até os jovens, sobretudo
os surfistas, que gostavam muito da pra-
ticidade do rack embutido no teto para
carregarem suas pranchas. Até a coluna
da porta dianteira, tudo era igual ao resto
dos outros membros da família BX, com
destaque para o recorte da tampa trasei-
ra bem inclinado que conferia um ar mais
jovial à perua da VW.
O segmento na época era vasto – hoje
é ocupado em grande parte pelas minivans
– e as concorrentes eram a Fiat Panorama,
o Chevrolet Marajó e o Ford Belina, a mais
cara das três e a que possuía maior potên-
cia com cerca de 90 cv extraído do motor
CHT de 1,6 litro (1.555 cm3). Já o exemplar
da Volkswagen se contentava com um
modesto motor de 1,5 litro a gasolina, ar-
refecido a água do Passat, de 78 cv.
Porém, a situação se reverteu no mês
de agosto do mesmo ano com a vinda do
motor MD 270, “emprestado” do Passat,
disponível tanto a gasolina quanto a álcool.
A cilindrada passou aos 1,6 litros garantindo
bons 81 cv, graças às alterações na taxa de
compressão, comando de válvulas e pistões,
33REVISTA Vcars
Por Fernando Garcia Fotos Camilo Fontana
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34 REVISTA Vcars
além é, claro, da adoção da ignição ele-
trônica e de mais um carburador.
Nessa época, a Parati era produzi-
da nas versões “S” (Super), “LS” (Luxe
Super) e “GLS” (Gran Luxe Super), com
câmbio de quatro marchas.
Mas foi no final de 1984 que a Parati
passou a ser equipada com o tão esperado
motor AP600, o mesmo que compartilha-
va o cabeçote com o 1.8 do Santana e do
Gol GT. Graças à adição de carburadores
miniprogressivos e opção de câmbio de
cinco marchas nas versões LS e GLS, o
consumo na cidade caía consideravelmen-
te, fazendo 7,75 Km/l. Dois anos depois
foi lançada a série especial Plus, equipada
com motor AP 600, câmbio de cinco mar-
chas, limpador e desembaçador traseiro,
vidros verdes, ar quente, pára-choques e
calotas da cor do carro, tudo de série. Esse
foi o último ano em que a família receberia
as versões S, GLS e a LS.
AS MUDANÇASEm 1987 a VW Parati ganharia um face
lift. Os pára-choques passavam a ser de
plástico e a frente foi totalmente remode-
lada. Na época, as versões se resumiam a
CL, GL e GLS, esta última equipada com
o motor AP 1800S (o mesmo usado no
GTS) e com bagageiro no teto de série.
Na básica CL, o câmbio de cinco marchas
era opcional. No ano seguinte, novos pai-
néis e retrovisores incorporariam a linha
1988. Já em 1991, a Parati passou por sua
segunda reformulação, ganhou novas
frentes e traseira com tampa mais lisa or-
nada por um friso e nova grafia.
Quatro anos depois, uma total reesti-
lização marcaria a era da injeção eletrôni-
ca na perua da VW. Desde essa data, al-
gumas pequenas mudanças aconteciam
conforme o mercado necessitava como,
por exemplo o surgimento da versão GTI
em 1997 com motor 2.0 litros de 145 cv
e injeção multiponto, além da configura-
ção quatro portas no ano seguinte.
Já em 1998 era lançada a Parati 1.0
16V que, juntamente com o Gol 1.0 16V,
tornaram-se os melhores populares
quando se tratava de desempenho. Seu
motor conhecido como AT 1000 16V
rendia 70 cv e era capaz de levar o carro
a 160 Km/h. A mídia elogiava o desem-
penho do modelo, levando em conside-
ração a cilindrada do motor 1,0 litro.
ECONÔMICA E COM MOTOR TURBOEm junho de 2000, numa tentativa de
agradar o público que clamava por
um bom desempenho e economia ao
mesmo tempo do modelo, a fábrica
da Volkswagen lançou a versão 1.0 16V
Turbo. Ela desenvolvia 112 cv a 5.500
rpm com torque máximo de 15,8 kgfm
a 2.000 rpm. Assim a Parati turbinada
acelerava de zero a 100 km/h em 9,8
segundos, atingindo a velocidade má-
xima de 191 km/h.
Só para se ter uma idéia dessa
marca, a Parati AP 2000 de 2,0 litros
acelerava de zero a 100 km/h em
10,7 segundos e atingia a máxima de
190 km/h. Logo, a VW Parati 1.0 tur-
bo era mais rápida e veloz que a 2.0
litros, contando ainda com a vanta-
gem da economia de combustível de
11,3 km consumidos na cidade e 16,5
km na estrada.
Atualmente, a peruinha ainda é fabri-
cada nas versões Plus 1.6 Total Flex e Tra-
ck & Field 1.8 Total Flex e possui uma le-
gião de fãs espalhados pelo Brasil. Sinal de
que a veterana continua em boa forma!
Versão LS 1986, um dos últimos modelos dessa família
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35REVISTA Vcars
ORIGINALIDADE A TODA PROVAO veículo que ilustra esta matéria per-
tence ao comerciante de veículos Ca-
milo Cechinel Fontana, trata-se de uma
Parati LS 1986, na cor cinza Himalaya.
Ele conta que adquiriu a preciosidade
há um ano e meio e desde então vem
acertando pequenos detalhes como fri-
sos mais novos, volante e alguns reto-
ques na pintura para remoção de man-
chas provocadas pela ação do tempo,
além de novas rodas e outros peque-
nos detalhes.
Interior espaçoso e confor-tável eram diferenciais da Parati na década de 1980
UMA PARATI PARA LÁ DE ESPECIAL
Apresentada ao público no Salão
do Automóvel de São Paulo de 1997,
a Parati EDP (Engineering Design
Prototype) consumiu US$ 800 mil.
Desenvolvida pelo departamento de
estilo da Volkswagen do Brasil, rece-
beu vários componentes de fibra de
carbono, entre outras modificações,
além de possuir cerca de 200 cv de
potência e 1.000 watts de som.
A EDP contava apenas com dois
bancos dianteiros, sendo que na traseira
o espaço era destinado para bagagem e
som. No assoalho, recoberto por chapa
de alumínio, foram instalados módulos de
potência Clarion, que alimentavam dois
subwoofers, quatro tweeters e oito mi-
drangers, além de um CD Changer com
capacidade de 18 discos. Além disso, o
volante Momo e os bancos Recaro com-
pletavam o visual para lá de especial.
Se fosse comercializada, essa Pa-
rati custaria nada mais nada menos
que US$ 80 mil.
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Quase sessenta anos após sair da linha de produção da Volkswagen, a VW Kombi ensina ao mundo como viver intocável no mundo das tecnologias
Tudo começou em 1947, período
ainda turbulento com o térmi-
no da Segunda Guerra Mundial.
Nessa época, a Volkswagen da Alemanha
lutava para se reerguer após as seqüelas
adquiridas durante anos no conflito bélico.
E a idéia para a reestruturação da marca
surgiu das mentes do Major Ivan Hirst (um
oficial inglês), do engenheiro alemão Al-
fred Haesner e principalmente do holan-
dês Ben Pon, um ex-piloto de corridas e
importador da Volks para a Europa.
Os três almejavam a construção de
um veículo “altamente revolucionário”,
para alavancar, novamente, as vendas e
o prestígio da marca alemã.
Mas, na verdade, a natureza da
idéia contava com alguns requintes de
”Frankenstein”. A diretriz básica era a
construção de uma van sobre um chassi
de Fusca, utilizando ainda o já famoso
motor quatro cilindros refrigerado a ar.
A inspiração para os primeiros rascu-
nhos de Pon surgiu dos “veículos-plata-
formas” que eram usados na fábrica da
Volkswagen para o transporte de peças
e equipamentos.
Posteriormente colocados em pro-
dução, os primeiros protótipos cha-
mados de Tipo 29 contavam com um
padrão aerodinâmico pouco uniforme
(muito reto), por isso a idéia quase foi
abandonada. Mas Pon literalmente “ba-
teu o pé” e conseguiu que ambos con-
fiassem plenamente em sua ideologia.
Dessa forma, mais projetos, ajustes e
novos ângulos arredondados, elabo-
rados em conjunto com a equipe da
PODERIMORTAL
Faculdade Técnica de Braunschweig,
foram realizados e testados.
O veículo teria de agüentar uma
carga de 800 kg e alcançar uma velo-
cidade máxima de 80km/h. Pon então
desenvolveu um “ponto de equilíbrio”
elementar, que se tornaria a solução
para acabar com vários problemas: ins-
talar o motor na parte de trás, posicio-
nar os dois ocupantes na frente e, por
fim, alocar a carga no meio, fazendo
com que o peso pudesse ser distribuí-
do igualmente entre os eixos. Um novo
chassi monobloco também foi desen-
36 REVISTA Vcars
ÍCONES KOMBI
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volvido para melhorar a estabilidade.
Nascia assim a Kombi.
ULTRA MULTIQuase três anos depois de seu primeiro
esboço e início de produção, o carro ficou
pronto. Recebendo o nome de Kombina-
tionfahrzeug, que em português significa
“veículo combinado” ou “multiuso”, o
veículo saiu da fábrica da Volks para co-
meçar a escrever os primeiros capítulos
de sua história. Assim, em março de 1949
os modelos Kastenwagen, com bancos
removíveis e três janelas, e o Microbus,
também com três janelas (mas bancos fi-
xos), estavam disponíveis para o público.
A aceitação e o sucesso foram ime-
diatos. A Volks então tratou de aumentar
a produção e aproveitar a versatilidade
das Kombis para elaborar novos mode-
los segmentados.
Em 1957 a Volkswagen do Brasil, produziu a unidade 01 da Kombi
37REVISTA Vcars
Por Fernando Cappelli Fotos Marcello Garcia
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Modelo clássico é sucesso em todo o planeta onde é conhecido como Volkswagen Type 2
Na maior parte do mundo o furgão
ficou conhecido como Type 2, Transpor-
ter ou mesmo Combi e contava com ca-
racterísticas básicas que permaneceram
inalteradas durante décadas de produ-
ção: construção em monobloco, suspen-
são independente com barras de torção,
alta durabilidade e simplicidade mecâni-
ca do motor boxer refrigerado a ar.
Em 1952, uma versão picape foi
lançada com um compartimento para
volumes menores entre a caçamba e
o piso inferior e uma excelente área
de carga. Nessa época, o motor era
o mesmo para todo tipo de carroce-
ria (1.131 cm com 25 cv de potência).
Entre 1953 e 1954, o motor tornou-se
mais potente: passou para 1.192 cm ,
rendendo 30 cv de potência. A caixa
de câmbio tinha segunda, terceira e
quarta marcha sincronizadas e a velo-
cidade final subia para 90km/h.
Nessa época surgiu também o mo-
delo “23 janelas”, com uma visibilidade
mais apurada e fácil de manobrar, que
se tornaria um verdadeiro ícone en-
tre os hippies norte-americanos e os
surfistas australianos da época. Outro
item que passou a caracterizar alguns
modelos foi a pintura em dois tons, de-
nominada “saia e blusa”.
Três anos depois, surgia a versão pi-
cape de cabine dupla. Esse ano (1957)
também ficou marcado como o início da
produção brasileira (ver box). Em 1961,
o motor novamente foi reforçado, com
1.493 cm e potência de 42 cv (105 km/h).
Pneus mais largos também foram desen-
volvidos para aumentar a estabilidade.
CONSOLIDADA O ano de 1979 ficou marcado como o
de transformações significativas nas
Kombis: design com ângulos mais re-
tilíneos e modernos foram utilizados.
O motor de cilindrada 1.781 cm ago-
ra era refrigerado a água, o que eli-
minava o barulho em excesso de seu
antecessor a ar e também era mais
potente (podia alcançar 140 km/h).
A caixa de câmbio podia ser de cinco
marchas – ou automática, de três – e
os freios eram a disco na frente e a
tambor na parte traseira.
O ano de 2007 marca o cinqüente-
nário das Kombis no Brasil. Considerado
como “o carro mais trabalhador do país”,
o modelo é o mais antigo fabricado por
aqui: foram 13.259 unidades vendidas nos
sete primeiros meses deste ano e quase
1,4 milhão produzidas em meio século.
Na linha do tempo, os primórdios
remetem ao ano de 1953. Ainda com
componentes avulsos importados e pos-
teriormente montados (chamados de
sistema CKD, ou Completely Knocked
Down) na primeira sede da Volkswagen
no bairro do Ipiranga, em São Paulo, os
exemplares chegaram por intermédio da
Brasmotor.
A unidade na cidade de São Bernar-
CINQÜENTONA EM FORMA
do do Campo, porém, foi o pólo pioneiro
da fabricação da “bisavó das vans” em
o território verde e amarelo. Em junho
de 1957, com ainda 50% de nacionaliza-
ção das peças, motor 1.200 e caixa de
quatro marchas, a Kombi entrou para
a história como o primeiro automóvel
lançado pelas linhas de produção da
Volkswagen no Brasil.
A carroceria dos primeiros modelos
era praticamente idêntica às alemãs,
com capacidade de carga de 810 kg e
4,8 m de espaço útil. Quatro anos mais
tarde, o índice de nacionalização já al-
cançava 95% e chegava ao mercado as
versões “Luxo” e “Standard”, com seis
portas. Em 1967 surgiu a versão picape,
já com motor 1.500. Neste ano também
foi fabricada a versão “Táxi”, exclusiva
do Brasil, com seis portas que abriam
para a frente do veículo.
Em 1975, a Kombi passou por uma
reestilização que combinou a frente e
a traseira dos modelos internacionais
com a carroceria dos modelos nacio-
nais, de 12 janelas laterais. O carro
também passou a ser equipado com
motor 1.600. O motor diesel refrigera-
do a água e radiador dianteiro estive-
ram disponíveis pela primeira vez nas
Kombis em 1981, mesmo ano em que
debutaram as versões picape cabine
dupla e furgão. O primeiro modelo a
álcool chegaria em 1983.
38 REVISTA Vcars
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Último modelo lan-çado no Brasil conta com motor flexível
Com toda essa reestruturação,
a Kombi chegava ao ápice de sua
afirmação como veículo confiável,
moderno e acessível para todos. Em
1985, além dos modelos cabine dupla,
picape e furgão, foi lançada uma ver-
são 4x4, com motor turbodiesel (inje-
ção eletrônica) de 1.588 cm e cerca
de 70 cv de potência final.
Nos anos 90, porém, novas trans-
formações evolutivas tiraram grande
parte da essência tradicional do mo-
delo. A Volks passou a apostar pesado
em vans de propostas mais modernas,
como o Transporter, a Eurovan e a Ca-
ravelle. Assim, a Volkswagen paulati-
namente diminuiu a produção mundial
de um de seus maiores ícones popula-
res de toda sua história, restando ape-
nas ao Brasil a tarefa de continuar com
a tradição até os dias atuais.
FIRME E FORTE
Na década de 1990, a abertura do
mercado de importações trouxe con-
correntes que eram vistos supostamen-
te como ameaças para a supremacia das
Kombis no país. Assim, vans de marcas
asiáticas como Kia e Asia começavam a
ganhar o mercado brasileiro, mas rapida-
mente mostraram-se incapazes de bater
de frente com o preço, a preferência e o
carisma do monovolume da Volks.
Um pacote de novidades foi lançado
apenas em 1997, com porta lateral cor-
rediça e motor com injeção eletrônica,
além de novos retrovisores e pára-cho-
ques na cor do veículo. O modelo espe-
cial Carat (ou quilate, em francês) tinha
teto mais alto e contava com revestimen-
to exclusivo das portas em vinil, além de
apoios de cabeça individuais em todos
os bancos e acessórios de luxo.
No final do ano de 2005, a Volks pro-
moveu as mais recentes modificações,
como motor 1.400 refrigerado a água,
nova grade dianteira para o radiador e
painel com estilo semelhante ao do Gol.
Atualmente, o carro está disponível
em quatro versões: Standard (9 pas-
sageiros), Furgão (2 ou 3 passageiros),
Lotação (12 passageiros) e Escolar (15
passageiros).
39REVISTA Vcars
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Eficaz e responsável por salvar vidas, o sistema de frenagem automotiva mostra a cada dia que não há limites tecnológicos para a segurança ativa
PARADA
DURA40 REVISTA Vcars
FREIOSTECNOLOGIA
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Durante anos, o homem teve
de recorrer a chicotes e cor-
das de couro para frear seus
meios de locomoção, à época, feitos
por animais de grande porte como ca-
valos, bois e até mesmo cachorros.
Com o tempo, Henry Ford deu
uma “mãozinha no processo” e de-
senvolveu a linha de montagem au-
tomotiva. Assim, o automóvel foi
ganhando força e modernidade até
chegar aos tempos atuais, em que o
assunto em pauta, antes de qualquer
aparato tecnológico, é a segurança.
E, quando falamos nesse tema, a
primeira coisa que vem à mente é o
sistema de frenagem. Hoje, a grande
maioria das montadoras abastece
seus carros com uma infindável quan-
tidade de equipamentos e melhorias
nesse sistema.
Mas, antes de qualquer inovação,
é sempre válido lembrar como é o
funcionamento desse equipamento.
FUNCIONAMENTO O sistema de frenagem se enquadra
antes de tudo no quadro de equipa-
mentos de segurança ativa de um
automóvel – há ainda o de segurança
passiva, do qual fazem parte equipa-
mentos como o airbag.
Para desenvolver os componentes
dos freios, são necessários anos de
estudos, afinal recai sobre eles toda a
responsabilidade de parar tanto car-
ros pequenos como um mini quanto
gigantes do porte de caminhões.
41REVISTA Vcars
Por Rodolfo Parisi Ilustração Luiz Pellegrini Fotos Divulgação
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O funcionamento do sistema se-
gue um padrão básico independente-
mente do tipo de automóvel, ou seja,
um sistema composto por tubos de
metal e mangueiras recebe o fluido
de freio, responsável por transmitir
toda a pressão aplicada, pelo pedal
do motorista, até as rodas.
Desse atrito gerado pela pressão
efetuada, entram em operação os dis-
cos e as pastilhas, que são os respon-
sáveis finais pela paralisação total do
automóvel. No caso de carros com dis-
cos nas quatro rodas, o sistema opera
dessa maneira, além de contar com
tecnologias complementares como
ABS, EBD, ESP, ACC e muitas outras
de acordo com cada montadora.
Já em carros mais antigos ou po-
pulares como o VW Gol, por exemplo,
devido à ausência de discos trasei-
ros, a pressão é executada nas lonas
de freios e tambores. Em veículos
um pouco mais modernos há ainda
os freios hidráulicos, que trabalham
comprimindo o fluido hidráulico, res-
ponsável por fazer com que as sapa-
tas operem junto aos tambores.
Hoje, o que parecia algo um tanto
complicado para leigos tomou ares
de pesquisa científica. Além do sis-
tema básico dos modelos mais sim-
plórios, há ainda uma grande quan-
tidade de inovações que tornam um
automóvel mais seguro.
NOVAS TECNOLOGIASNos automóveis da linha Volkswagen,
o Touareg, por exemplo, é um dos
reis da tecnologia de frenagem e tem
como carro-chefe o eficiente sistema
de freios ABSplus, desenvolvido e pa-
tenteado pela montadora alemã.
Atuando de forma parecida com
os sistemas convencionais de ABS, já
em sua oitava geração de produção, o
ABSplus se diferencia por reduzir o es-
paço da frenagem em até 20% quando
o carro é utilizado em pisos de pouca
aderência. Outra inovação que equipa
alguns automóveis “top” de linha da
Volkswagen é o Adaptive Cruise Con-
trol (ACC), um sistema incrível que ofe-
rece frenagens automáticas, sem que o
motorista necessite pisar no freio.
O funcionamento é dado através
de radares que monitoram a distância
dos automóveis em relação aos “ele-
mentos” na pista – o ACC reconhece a
necessidade de utilização do freio.
Alguns modelos como o Touareg,
um dos mais luxuosos, são equipados
com o sistema Front Scan que, além
dos recursos anteriores, também per-
mite que o carro freie de uma veloci-
dade constante até a parada total
A lista de equipamentos de segu-
rança é infindável e depende da cate-
goria em que se encontra o carro. O
sistema conhecido como o Electronic
Stability Program (ESP), por exem-
plo, é um que se encontra em diversos
Santana, o primeiro carro brasileiro produzido pela Volkswagen com sistema ABS
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Testes de colisão desenvolvi-dos pela EURO NCAP, orgão máximo quando o assunto é segurança veicular
TECNOLOGIAS VOLKSWAGEN
ABS (Anti-lock Brake System) - Mais popular dos sistemas, o ABS faz
com que as rodas não travem durante uma frenagem mais brusca
ASR (Anti-Slip Regulation) - Inovadora, esta tecnologia faz com que o
carro não deslize em terrenos irregulares controlando sua tração
ESP (Electronic Stabilish Program) - Trabalha corrigindo erros e man-
tendo a estabilidade do carro em curvas e terrenos molhados
ACC (Adaptive Cruise Control) - Este sistema reconhece a presença de
um automóvel a frente e mantém uma distância segura
ARP (Active Rollover Protection) - Proteção ativa contra rolagem da
carroceria, utilizado em veículos de porte grande como o Touareg
EBD (Eletronic Brake Displacement) - Atua distribuindo eletronicamen-
te a força de frenagem entre as rodas
automóveis. O recurso faz com que
o automóvel reconheça a necessida-
de de uma frenagem mais brusca, a
partir do momento em que a pressão
exercida no acelerador é diminuída ra-
pidamente, o que garante uma maior
segurança em casos de urgência.
Nos casos de veículos grandes como
os SUVs, por exemplo, a Volkswagen
equipa-os com o Active Rollover Pro-
tection (ARP), que atua como uma pro-
teção ativa e evita a rolagem da carro-
ceria, responsável por capotamentos.
Há ainda recursos que auxiliam
durante pilotagens na chuva, pois ofe-
recem uma melhor performance em
situações extremas. Para versões es-
portivas, como o comentado Golf GTI,
a montadora alemã oferece, além dos
tradicionais ABS e o ESP, o Electronic
Brakeforce Distribution (EBD) que,
como o nome já diz, faz a distribuição
eletrônica da força de frenagem atu-
ando em conjunto com os freios a dis-
co e ajustando, assim, a força do freio
de acordo com o posicionamento da
carga presente no automóvel.
Outro equipamento de auxílio em
frenagens, o Electronic Differencial
Lock (EDL), tecnologia da montado-
ra Audi (pertencente ao grupo VW),
é responsável por regular a aplicação
do freio no caso de uma das rodas
patinarem, atuando diretamente no
travamento do diferencial.
Por fim, e um dos itens mais ado-
rados por quem gosta de alta perfor-
mance, o Anti-Slip Regulation (ASR),
que oferece controle de tração total
ao veículo durante arrancadas, pois
evita que as rodas girem em falso, es-
pecialmente em pisos escorregadios.
A diversidade de equipamentos
é enorme, cujo principal objetivo é a
segurança dos condutores e passa-
geiros dos automóveis. Pensar que
esse tipo de equipamento não existia
há muitos anos parece até piada, afi-
nal o quanto é comum ouvirmos falar
em ABS e sistemas do tipo?
Só esquecemos que, apesar de
não estarem na nossa frente, eles são
responsáveis por salvar vidas. em di-
versas situações. É a tecnologia de
frenagem, encabeçando a lista de
importâncias automotivas. Portanto
quando for comprar seu próximo carro
fique atento, pois apesar de um veícu-
lo com sistema de freios do tipo ABS
custar muito mais caro que um outro
sem este opcional, em uma situação
de risco a chance de você não se en-
volver em um acidente mais grave é
muito maior.
43REVISTA Vcars
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Cinqüenta anos após a produção do primeiro VW nacional, a montadora é um exemplo de sucesso com mais de 13 milhões de automóveis produzidos no Brasil
NO BRASILVOLKSWAGEN
52 REVISTA Vcars
ESPECIAL HISTÓRIA VW BRASIL
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Foi neste galpão, alugado em 1953 pela Volkswagen, que a montadora deu seus primeiros passos no Brasil
F im da década de 1940, uma
das fases mais complicadas
da história mundial com o fim
da Segunda Guerra Mundial, o perío-
do pós-guerra e muita comoção em
todo os cantos do planeta. A partir daí
a aceleração do processo industrial
se fez necessária tanto para desviar
a atenção da população das perdas e
sofrimentos quanto para que os países
tomassem o rumo do crescimento.
Nesse cenário, um estudo da época
desenvolvido pela matriz da Volkswa-
gen, em Wolfsburg, constatou que o
Brasil era um país com bons indicadores
para o mercado automobilístico e forte
candidato para receber a primeira fábri-
ca da montadora fora da Alemanha.
Assim, alguns anos depois, em
1953, o bairro do Ipiranga, em São
Paulo, recebia a primeira sede da
Volkswagen do Brasil. Funcionando
em um galpão alugado, numa das
áreas de maior crescimento do país
– estava próxima de regiões como
a Avenida Paulista e a Marginal Tie-
tê – a montadora comercializava as
primeiras unidades dos Fusca Sedan
com peças importadas. Nesse local,
a Volks montou cerca de 2.820 auto-
móveis, dos quais 2.268 eram Fusca
Sedan 1.200 cc e outras 552 unida-
des eram da nossa conhecida Kombi
(que acaba de completar cinqüenta
anos de produção no Brasil).
Em 1956, com a posse do presi-
dente Juscelino Kubitschek, o cená-
rio nacional virou de ponta cabeça.
O país que crescia a passos de tar-
taruga viu tudo mudar com JK gra-
ças ao “Plano de Metas”, que ficou
conhecido com o bordão popular:
“Cinqüenta anos em Cinco”. Assim
o presidente abriu as portas para
os mercados externos investirem no
país, isentando-os de impostos de
importação das máquinas e equipa-
mentos. Com uma política de crédito
revolucionária, JK financiou o cres-
cimento da indústria automobilísti-
ca nacional, e a Volkswagen foi uma
das montadoras que aproveitou a
fase dos “Anos Dourados”.
Dessa forma no mesmo ano da pos-
se, em 1956, a Volks iniciou a constru-
ção de sua matriz brasileira no muni-
cípio de São Bernardo do Campo, em
São Paulo.
PRODUÇÃO NACIONALEm meados de 1957, com a fábrica
Anchieta em fase de construção, a
Volkswagen iniciava a produção de
seus carros com 50% das peças fa-
bricadas no Brasil. E o primeiro deles
foi uma Kombi.
53REVISTA Vcars
Por Rodolfo Parisi Fotos VW do Brasil
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54 REVISTA Vcars
Até o fim da década de 1950 a
Kombi era o carro-chefe da monta-
dora até que, em 1959, a fábrica da
Volkswagen do Brasil ficou pronta,
e o Fusca começou a ser produzido
por aqui. Entrando num mercado até
então dominado pelas grandes “ba-
nheiras” e clássicos norte-america-
nos, o “besouro” não encontrou difi-
culdades para cair no gosto do povo
e em pouco tempo tornou-se o carro
mais vendido do Brasil, assim como
era em outros países.
Com as vendas e o retorno imedia-
to dos investimentos feitos no país, a
montadora pôde ampliar e começar a
produzir as peças do Fusca e da Kom-
bi. Por isso, em 1961, cerca de 95% da
frota de carros montados eram de-
senvolvidos com peças nacionais.
Em 1962 a Volkswagen iniciou os
passos para a produção de um car-
ro esportivo, coisa que até então os
brasileiros não esperavam da mon-
tadora. Uma surpresa para todos, o
Karmann Ghia, lançado em 1962, caiu
no gosto dos brasileiros, pois tinha
a segurança e a durabilidade de um
Volkswagen aliadas a um motor re-
lativamente potente para os padrões
da época. O sucesso do Karmann foi
tanto, que ele teve sua produção en-
cerrada 15 anos depois e atingiu a
marca de 41.634 unidades vendidas.
Até os anos 70, época em que os
Volkswagen deixaram de ter motor
traseiro e refrigeração a ar, a monta-
dora desenvolveu alguns sucessos de
venda como a station wagon Variant
e o TL. Nessa mesma época, a Volks
começou a seqüência de recordes que
até hoje impressionam o mercado na-
cional. Em 70, por exemplo, atingira a
marca de um milhão de veículos ven-
didos, mesmo número alcançado pelos
Fusca em 1972 e pela Brasília em 1981.
Já na era dos motores refrige-
rados a água (1974), o Passat foi o
grande ícone. O sucesso de produ-
ção e vendas, além da confiabilidade
do carro, permitiu que a Volkswagen
Brasileira exportasse o veículo para
países como o Iraque, onde mais de
200 mil unidades foram vendidas.
O Presidente Juscelino Kubitschek desfila com um VW Fusca na inau-guração da fábrica Anchieta
Ao lado, o primeiro carro produzido no Brasil, uma VW Kombi
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55REVISTA Vcars
CONSOLIDAÇÃO
Na década de 1980, após o sucesso da
montadora com a criação do Fusca,
da Variant, da Brasília, da Kombi, do
Passat e até mesmo do esportivo SP-
1, desenvolvido em 1975, a Volkswagen
deu seus primeiros passos no mercado
de transportes de cargas e passageiros
começando a produção de caminhões
e ônibus. Nasceu assim a fábrica de Re-
sende, onde foram investidos mais de
U$250 milhões.
Hoje a montadora alemã possui
cinco fábricas no Brasil. Além da An-
chieta e Resende, conta ainda com
uma em Taubaté, interior de São Pau-
lo, onde são produzidos e testados
automóveis, outra em São José dos
Pinhais, no Paraná, local em que tam-
bém existe uma linha de montagem de
automóveis, e, por fim, em São Carlos,
onde são fabricados os motores que
equipam a linha de produção do Gol,
Golf, Polo, Fox, Kombi entre outros.
Uma coisa é certa, com mais de
50 anos no país, a Volkswagen se
consolidou como a principal monta-
dora nacional e provou que é possível
estabelecer uma história de sucesso
num país tão distante de sua matriz
na Alemanha.
Linha de montagemda VW Parati na década de 1980
No sentido horário: fábrica de São Carlos, Resende, Anchieta, Taubaté e São José dos Pinhais. Uma história de sucesso no país
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56 REVISTA Vcars
PROJECT GOLF CABRIOLET
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Dificuldades de importação e alto custo para aquisição fizeram do esportivo Golf Cabriolet um carro para poucos sortudos
RELÍQUIA DE
A primeira versão do Volkswa-
gen Golf foi apresentada na
Alemanha em 1974. Conheci-
do como MK1, o hatchback apresen-
tava um design inovador e dotado de
linhas modernas que ajudaram a trans-
formar o veículo em um dos grandes
ícones da montadora alemã.
Seus modelos posteriores, ca-
racterizados por sofisticação e re-
COLECIONADORquinte, aos poucos ganharam novos
admiradores, principalmente os bra-
sileiros. Atualmente, existe cerca de
240 mil Golfs rodando pelas ruas do
nosso país.
Apesar de tanto sucesso, um dos
projetos mais interessantes não é visto
com tanta freqüência. Estamos falan-
do do raríssimo Golf Cabriolet, um car-
ro esportivo e exclusivo, que ao longo
dos anos conquistou seu lugar na lista
dos mais desejados.
O carro foi um dos grandes des-
taques da montadora alemã no Sa-
lão do Automóvel Alemão, realizado
em fevereiro de 1979, na cidade de
Wolfsburg. O sucesso dele foi tão
grande que a VW decidiu produzi-lo
em série apenas três meses depois
do evento.
57REVISTA Vcars
Por Claudia Cardinale Fotos Marcello Garcia
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ESPÉCIE NOVAO termo Cabriolet foi utilizado para
distingui-lo dos outros conversíveis.
Quando a capota é rebaixada, ela se
aloja em uma espécie de envelope, lo-
calizado logo atrás do banco do pas-
sageiro, e ali permanece em evidência.
O mesmo não ocorre com os carros
conversíveis cujas capotas, quando
abertas, ficam totalmente escondidas.
Na Europa e nos EUA, durante
muito tempo, a procura pelo modelo
alcançou recorde. Porém, com o pas-
sar dos anos, a concorrência se tor-
nou acirrada e a opção por veículos
mais baratos, oferecidos por outras
indústrias, comprometeu as vendas
do modelo.
Diante dessa realidade, foi preciso
buscar alternativas para que o veícu-
lo pudesse continuar se destacando.
Pesquisas apontaram o México como
o próximo destino para a fabricação
do Cabriolet, e o custo de produção do
modelo em terras mexicanas foi o prin-
cipal atrativo para essa empreitada.
O projeto teve início em 1995 e em
maio do ano seguinte foram produ-
zidas três mil unidades, divididas em
quatro versões, para atender às enco-
mendas não só do mercado mexicano,
como também dos Estados Unidos,
Canadá e do Brasil.
Segundo informações da VW me-
xicana, entre 1995 e 2002, época em
que deixou de ser fabricado, a pro-
dução do estiloso VW Cabrio, como
ficou conhecido por lá, chegou a
83.628 unidades. Apesar disso, pou-
cos desembarcaram no Brasil em ra-
zão das dificuldades de prazo e custo
de importação. No entanto, alguns
importadores independentes trouxe-
ram o modelo para cá e abasteceram
o ego de alguns brasileiros, como este
que estampa as páginas da VCars.
Produzido em 1997, o veículo está
tão conservado que parece ter acaba-
do de sair da linha de produção. Eliana
Comi, atual proprietária, conta que o
carro foi um presente de aniversário
do marido, Bob Floriano, há dois anos.
“É um carro impecável, tem todos
os acessórios. Não falta absolutamen-
te nada”, diz Floriano. E bota impe-
cável nisso. Na bela carroceria bran-
ca do esportivo, não existe nenhum
indício de imperfeição como riscos,
amassados ou qualquer tipo de falha
na pintura.
A capota é manual. Revestida de
lona preta com tecido Canvas (algo-
dão em ligamento de tela utilizado
em calças jeans), mesmo depois de
alguns anos, permanece com a colo-
ração perfeita.
Mas tanto cuidado tem um preço,
não é em qualquer dia que esse veículo
costuma sair da garagem. Caso chova,
por exemplo, esquecemos o passeio.
“Um dia pegamos uma baita chuva.
Chegando em casa lavei o Golf na mes-
ma hora. Primeiro escovei toda a capo-
ta para tirar a poeira e depois joguei
muita água para completar o serviço.
Aprendi a lição. Climatempo existe para
quê?” comenta Floriano, referindo-se a
um serviço que informa as condições
climatológicas em todo o país.
O grande destaque do carro são
as rodas Porsche 928, principal mo-
Visual irretocável e moderno
fazem deste Golf Cabriolet um carro
arrojado mesmo no dias atuais
58 REVISTA Vcars
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dificação realizada nesse importado,
rodas que, segundo Floriano, nem
os próprios Porsches daqui do Brasil
costumam utilizar.
Para completar o setor, pneus
Yokohama 195/50 R16 foram adicio-
nados ao conjunto de rodagem. Pára-
choques e pára-lamas também foram
modificados e agora estão pintados
da mesma cor do veículo.
LUXO NA MEDIDAO interior, discreto e elegante, caracte-
rístico do Golf Cabriolet, oferece bom
espaço para quatro pessoas, que se
acomodam confortavelmente em ban-
cos de couro.
Para o condutor, as opções de luxo
são vastas, a começar pelo volante,
também revestido de couro. Vidros
elétricos, ar-condicionado e air bag
duplo são outras comodidades, ofere-
cidas pela VW no modelo, e que ainda
hoje continuam modernas.
No quadro de instrumentos, pai-
nel, velocímetro, conta-giros e medi-
dor de temperatura da água recebe-
ram iluminação na cor verde. No lugar
do antigo equipamento de som, uma
pequena mudança para se adequar
aos tempos modernos: um aparelho
reprodutor de MP3, da Kenwood, mo-
delo KDC MP8017.
Já o propulsor dispensa apresen-
tações, afinal trata-se de um 2.0 litros
capaz de render 120 cv. O sistema de
alimentação possui injeção eletrônica,
enquanto que os freios são equipados
com sistema ABS.
É certo que manter um veícu-
lo como esse não é nada fácil. Custa
tempo, dinheiro, disposição e muita
paciência. Porém, gosto não se discu-
te, e para quem gosta de carros isso é
muito bom, afinal são pessoas assim
que ajudam a compor a história auto-
motiva dentro e fora do nosso país.
Se você se interessou e pretende
fazer uma proposta de compra, os
proprietários são taxativos: não ven-
dem de jeito nenhum. “Eu e a Eliana
buscamos esse carro juntos. Para nós,
ele significa um sonho realizado”, fi-
naliza Floriano.
Acabamento interno de couro e com
toques de esportividade, caso do
painel com fundo branco
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Performance com dupla personalidade: esse Gol G4 foi equipado para apavorar nas provas de arrancada e andar “tran-qüilamente” no dia-a-dia
MULTIUSOA
quarta geração do Gol de-
finitivamente invadiu os
campeonatos nacionais de
arrancadas. De acordo com alguns
pilotos, a busca por um carro com vi-
sual mais novo ajuda na hora de pe-
dir um patrocínio, e claro, evita que
“gambiarras” estéticas sejam execu-
tadas em modelos mais antigos.
Gustavo César, 29, é um dos pilo-
tos que aderiu a esse novo estilo. No
final de dezembro de 2006, César
foi a uma concessionária VW retirar
um Gol “zero quilômetro” já com um
projeto em mente. Porém, em seus
planos, o motor original 1.0 litros
60 REVISTA Vcars
PROJECT GOL G4
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dava lugar a um propulsor, digamos,
mais apimentado.
O objetivo dessa escolha, era de
montar uma mecânica forte e eficiente
para os campeonatos de arrancadas e,
além disso, confiável para o uso diário.
Isso mesmo! O carro tem uso “misto”.
Com o carro em mãos e o proje-
to tinindo, a proposta tomou forma
com a ajuda de Altair Jose Mene-
trier, da MotorTech, oficina especia-
liza em preparação de motores, em
Curitiba, no Paraná.
“Foi uma loucura porque eu se-
quer andei com o carro. A primeira
coisa que fiz foi levá-lo para a Mo-
torTech e só depois pude me dar ao
luxo de pilotar o Gol”, lembra César
que teve de aguardar dez dias para
poder dar as primeiras voltas.
PRIMEIRA FASEA categoria STTD-B é uma das mais
concorridas atualmente. Em algu-
61REVISTA Vcars
Por Eric Inafuku Fotos Marcello Garcia
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62 REVISTA Vcars
mas provas chega a ter 60 carros
inscritos e para fazer a diferença
frente a tantos concorrentes, o uso
de equipamentos de ponta, um óti-
mo acerto do motor e a habilidade
do piloto, contam muito para fazer
um bom tempo.
Nesse caso não foi diferente. O
motor, quando ligado, mantém o
giro limpo, mesmo mantendo agora
uma mecânica AP 2.1 litros com oito
válvulas e “miolo” forjado. O bloco
foi trabalhado para trabalhar com
os pistões de 83,5 mm e bielas cur-
tas PowerTech, além de receber um
alívio no virabrequim e volante do
motor, proporcionando assim, um
melhor equilíbrio do conjunto e su-
bidas de giro mais rápidas.
Esse motor trabalha com uma taxa
de compressão de 9:1 e usa cabeço-
te de fluxo-cruzado com tucho me-
cânico trabalhado pela Paula Faria.
O motor ainda utiliza válvulas de 40
mm na admissão e 34 mm de escape
com comando de válvulas Engle TCS
222. O coletor de admissão é do VW
Golf, pintado de preto, aparentando
ser uma montagem discreta. Mentira!
Aqui, performance é o que não falta,
pois os componentes instalados fo-
ram escolhidos a dedo para extrair o
melhor rendimento possível.
Para alimentar o 2.1 litros, o car-
ro faz uso da bomba de combustível
Aeromotive, responsável por enviar
o álcool aos novos bicos injetores
com vazão de 160 lib/h, gerenciados
por um módulo FuelTech RacePro.
O sistema de ignição Hall usa bo-
bina e cabos de velas originais e ve-
las de grau térmico 9. O propulsor é
ainda equipado com um turbo Mas-
ter Power com carcaça fria .70 e car-
caça quente .84, montado no coletor
de duplo fluxo BeepTurbo. A saída
de escape usa canos de 2,5 polega-
das até o meio do carro e quando o
Gol anda nas ruas, o sistema é com-
plementado com um abafador.
Um item fundamental para as pro-
vas é o uso do diferencial blocado,
onde as duas rodas de tração tem a
mesma força possibilitando uma me-
lhora sensível na cronometragem.
Ainda no setor de transmissão, o
câmbio teve relação trabalhada pela
Sapinho, com a segunda, terceira
e quarta marcha, em engrenagens
retas. Para agüentar a nova cavala-
ria, foi instalado também, um platô
de 1400 libras e disco com quatro
pastilhas de cerâmica equipado com
molas da Displatec.
Essa é considerada a primeira
fase desse motor, pois o acerto do
sistema leva tempo. No entanto,
tudo indica que nas próximas etapas
seu tempo de 12 segundos cravados,
irá para a sonhada casa dos 11.
Motor 2.1 litros recebeu preparação de ponta e
rende 430 cavalos
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SÓ O FUNDAMENTALPor dentro, o cuidado foi em man-
ter a originalidade evitando cortes
e furos no painel “novinho”. Os ma-
nômetros Autometer, por exemplo,
foram fixados no console central
– um de 52 mm SportComp registra
a pressão do combustível e outro de
60 mm ProComp é responsável pelo
controle da pressão do turbo.
No painel o piloto optou pela
instalação de um gerenciador da
injeção FuelTech, além de um con-
ta-giros AutoGage com shift-light
embutido em uma das saídas do ar
condicionado. Logo à frente do pai-
nel de instrumentos original de fá-
brica, um hallmeter Fuel Tech AFM,
fecha o “pacote” de instrumentos.
Para as provas de arrancada o
banco original dá lugar para outro,
estilo concha homologado pela Con-
federação Brasileira de Automobilis-
mo, equipado com cinto de quatro
pontos, itens de segurança exigidos
para correr nos campeonatos pro-
movidos pela CBA. Os demais itens
permanecem originais.
BÁSICO, MAS NEM TANTOPor fora, nada de exageros. A cor
sólida branca remete a um carro bá-
sico. Porém, com a suspensão rebai-
xada na dianteira e elevada na tra-
seira, o “Golzinho” denuncia que não
é apenas um carro de rua comum,
equipado apenas com um ronco de
escape mais encorpado.
O motivo disso é que um traba-
lho de acerto da suspensão dianteira
foi necessário para que o carro ti-
vesse o máximo de estabilidade nas
provas. Por isso, além do de tornar o
sistema mais rígido, o uso das molas
especiais Eibach, ajudaram na dirigi-
bilidade na rua e firmeza nas pistas.
Outra mudança foi o novo jogo de
rodas TSW Reflex aro 15, equipa-
das com pneus Goodyear Ventura
205/60 R15 na dianteira e 185/55
na traseira. Para completar o brilho
desse carro, foi instalado um kit de
lâmpadas xenon H4 de 12.000 K, que
auxilia nos passeios noturnos.
O projeto deste carro não está fina-
lizado, a cada etapa das provas para-
naenses são feitas análises quanto ao
que pode ser aprimorado, e uma de-
las é a suspensão que recebeu novos
amortecedores mais rígidos e acrés-
cimo de chumbo na dianteira para
melhorar a aderência nas arrancadas.
Afinal, não adianta ter 430 cavalos no
motor se não colocá-lo no chão.
Interior recebeu poucas alterações para que o carro possa ser utilizado
normalmente no dia-a-dia
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Um bom equipamento de som não é sinônimo de muitos watts e subwoofers, mas sim de um player de qualidade, bons falantes e uma acústica decente
Sou daqueles chatos que cos-
tuma pedir o dinheiro de volta
quando o som do cinema não
é digital como o cartaz havia prome-
tido. Afinal, esperamos algumas dé-
cadas para conquistar esse benefício
e hoje pagamos caro por ele.
Até há pouco tempo, público e
críticos reclamavam que o áudio dos
filmes brasileiros era ininteligível. Os
produtores, diretores e técnicos con-
testavam essa afirmação, alegando
que ele era tão ruim quanto o dos fil-
mes estrangeiros, mas, por causa da
PÉ DO OUVIDOlegenda, o público não se dava con-
ta disso. Bem, pelo menos fomos
poupados de alguns diálogos bri-
lhantes criados por Arnaldo Jabor
e companhia. O fato é que, também
isso, como tantas outras coisas nes-
se país, sempre foram niveladas por
64 REVISTA Vcars
TÉCNICA MP3
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baixo. E, com raras exceções, assim
permanece até hoje.
Quantos bons instaladores de
som automotivo você conhece? Eu
precisei passar por, pelo menos,
meia dúzia até chegar a uma qualida-
de sonora aceitável no Peugeot 206.
Muitos deles ainda acreditam que os
nossos ouvidos ficam localizados na
testa e na nuca, insistindo em divi-
dir o estéreo em frente e trás. E por
aí vai... É só comparar o som ao vivo
de um show com artistas brasileiros
e o de um grupo de fora. O primeiro é
um trio elétrico. No segundo, não ra-
ras vezes, é possível distinguir cada
instrumento. Se quisermos ir mais
longe é só ouvir o que George Martin
fez com quatro canais há quarenta
anos em Sgt. Pepper’s e o resultado
da primeira experiência nacional em
DVD 5.1.
Há duas ou três décadas era pos-
sível culpar o equipamento, mas hoje
temos acesso a tudo o que existe lá
fora. Menos uma coisa: cultura sono-
ra. Como alguém pode ser sensível à
fidelidade de um instrumento se está
crescendo ao som da banda Calyp-
so? É uma reação em cadeia que vai
desde o músico – que muitas vezes
é obrigado a abandonar suas convic-
ções artísticas para defender o pão
cotidiano – até o “técnico”, acostu-
mado ao som do mais legítimo afro-
reggae amplificado por um monte de
caixas com os falantes rachados.
Quando assisti, pela primeira
vez, ao filme Central do Brasil sen-
ti um fio de esperança. Os sons das
primeiras cenas me transportaram
para o ambiente da Central em todos
os detalhes: fidelidade, ambiência,
equilíbrio... Era obra de um francês.
Hoje, boa parte dos filmes nacionais
65REVISTA Vcars
Por Luiz Tadeu Correia Fotos Divulgação
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66 REVISTA Vcars
conseguiu seguir essa trilha com ou
sem a ajuda de um estrangeiro. Mas
parece que o público não está nem
aí. Aqui a preferência é pela potên-
cia, não pela pureza. Em todos os
sentidos. Isso talvez explique o fra-
casso de tecnologias como o HDCD,
o SuperAudio CD e o DVD-Audio
e o sucesso do MP3. A maioria das
pessoas abre mão da qualidade con-
quistada com a tecnologia digital em
troca da quantidade dez vezes maior
de músicas.
O QUE É?O MP3 consiste em um sistema de
compressão digital que retira do áu-
dio tudo o que o ouvido humano nor-
malmente não consegue distinguir,
como os sons fora da faixa de freqü-
ência entre 20 Hz e 20 KHz. Esta, no
entanto, é apenas uma das limitações
que esse sistema aproveita para al-
cançar suas altas taxas de compres-
são. Outro fator é a percepção da
audição dentro dessa faixa. Como a
percepção da intensidade de um som
não é uniforme, ela varia de acordo
com a freqüência em que ele está. Um
sistema, conhecido como Perceptual
Noise Shaping, utiliza um banco de
filtros que captura amostras do sinal
e, através do algoritmo de compac-
tação, gera um novo sinal, menor em
tamanho, mas sem alterar o som per-
ceptível aos nossos ouvidos.
Isso é possível porque, quando
duas freqüências muito próximas
são executadas ao mesmo tempo,
somente percebemos o som mais
forte. O MP3 diminui o número de
bits do sinal mais fraco e mantém o
forte, que é o que ouvimos. Em re-
sumo, ele identifica e descarta sons
que ficam mascarados, permitindo
reduzir o tamanho do arquivo sem
mudanças audíveis.
Para facilitar o entendimento des-
sa história, suponhamos que você te-
nha uma certa quantidade de roupas
para colocar em sua mala de viagem.
A cada dobra você estará “compac-
tando” suas roupas para elas cabe-
rem na mala. Quanto mais você com-
pactá-las, mais roupas caberão... e
mais amassadas elas chegarão ao
destino. O mesmo se dá com o MP3.
O padrão adotado pela maioria das
pessoas é a compactação com 128
Kbps de bitrate. Para ouvir a Joelma
gralhar e o Chibinha martelar a sua
guitarra, isso é mais que suficiente,
mas para ouvidos mais apurados isso
deixa um tanto a desejar.
Essa taxa de compactação pro-
cessa 128 Kb por segundo e gera um
arquivo de aproximadamente 1 MB
para cada minuto de música. Ou seja,
com a compressão preferida pelo
grande público é possível colocar
10 CDs em apenas um CD-R. Mui-
tos dizem que essa é uma qualidade
próxima ao CD, mas, se você tiver
paciência para escutar os dois ar-
quivos, vai perceber que existe uma
sutil diferença. Como no caso das
roupas, quanto mais baixo o bitrate
menor será o tamanho do arquivo e
também pior a qualidade do áudio.
Quem se importa mais com qualida-
de do que quantidade adotou a taxa
de 160 Kbps. Eu, particularmente,
prefiro a de 192 Kbps que, para mim,
é a melhor relação custo/benefício.
Com uma taxa de amostragem de
44.1 kHz em 16 bits dá para colocar
quase 7 CDs em um CD-R e é prati-
camente impossível distinguir os ar-
“O MP3 consiste em um sistema de compressão digital que retira do áudio tudo o que o ouvido humano normalmente não consegue distinguir”
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67REVISTA Vcars
quivos gerados em MP3 de sua fonte
original. Melhor chegar ao destino
com as roupas impecáveis em duas
malas menores do que com todas
elas amassadas em uma mala maior,
não é mesmo?
Bem, mas todos esses detalhes
são inúteis se não levarmos em conta
dois fatores de extrema importância:
a fonte sonora e o programa de com-
pactação. Como todas as outras tec-
nologias, o MP3 evoluiu muito desde
a sua introdução. Com o aperfeiço-
amento dos algoritmos e o aumento
da capacidade dos processadores,
hoje é possível obter um arquivo de
qualidade livre de ruídos e imperfei-
ções em poucos segundos.
Se para “ripar” seus CDs você
usar, por exemplo, o I-Tunes da Ap-
ple ou o Windows Media Player da
Microsoft (ambos gratuitos) alcança-
rá excelentes resultados. No caso do
I-Tunes basta executar o programa e
selecionar o menu “preferences” na
aba “edit”. Depois é só selecionar a
aba “importing” no menu “advan-
ced”. Ali você deve escolher a opção
“ask to import CD” na janela “on CD
insert”, depois “MP3 Encoder” na ja-
nela “Import Using” e 192 Kbps (Hi-
gher Quality) em “Setting”. A partir
daí, toda vez que um CD for inseri-
do o programa irá perguntar se você
quer “ripá-lo”.
Se você estiver conectado à in-
ternet, o programa pesquisará o
nome das músicas automaticamente.
Então, é só selecionar as que você
deseja copiar e elas serão salvas no
diretório escolhido pelo programa.
Para gravar um CD de MP3, é preciso
selecionar a aba “burning” no menu
“advanced”e escolher a opção “MP3
CD” em “disc format”. Feito isso, se-
lecione a opção “new playlist” no
menu “file”. Isso irá criar uma nova
pasta para onde você pode arrastar
as músicas que quiser. Depois que
ela estiver cheia, ao selecionar essa
pasta, você terá opção de queimar
um CD (burn) de Mp3.
No caso do Windows Media Player
os procedimentos são bem semelhan-
tes. As opções de “ripagem” ficam em
“Rip”, em que você pode selecionar o
tipo de arquivo (format) e o bitrate.
Em “Burn” você escolhe se quer criar
um CD de áudio ou de dados (Mp3) e
seleciona os arquivos que quer quei-
mar. Ambos os softwares são muito
intuitivos, basta um pouco de aten-
ção e lembrar que quanto menos an-
sioso você for melhor a qualidade da
mídia final. Por isso, para aumentar a
sua durabilidade e compatibilidade,
sempre grave seus CDs em velocida-
des menores ou iguais a 8x.
Já se você prefere contar com a
boa vontade de alguém que compac-
tou um arquivo do outro lado do mun-
do e o disponibilizou na rede através
de um desses programas de troca,
como o Kazaa ou o Limewire, não dá
para garantir qualidade. Essa pessoa
pode ter gravado o som a partir de um
disco de vinil, fita cassete ou programa
de TV e ainda ter usado um software
de má qualidade para gerar o arquivo
que foi processado em um computa-
dor “meia-boca”. Nesse caso, a com-
pactação só tende a amplificar ainda
mais os defeitos da fonte original.
Por último, mas não menos impor-
tante, é o ambiente em que a música
é exibida. Ao contrário do que muitos
imaginam, um bom equipamento de
som não é sinônimo de muitos watts
em potências e subwoofers, mas sim
de um player de qualidade (com buf-
fer de memória para o CD não pular),
bons falantes e uma acústica decente
no interior do carro. Para isso, além
do gosto pessoal, o que conta mes-
mo é um ingrediente raro nos dias de
hoje: o bom senso.
CRIANDO UM CD DE MP3 COM ALTA QUALIDADE
01 Depois de insirido o CD que
voce deseja copiar no drive,
abra o Windows Media Player e se-
lecione a opcao “Copiar do CD” no
menu do programa
02 No menu de opções do “Co-
piar do CD” você poderá
escolher formato (MP3) e a taxa de
compressão, para maior qualidade re-
comendamos 320kbps
03 Selecione os sons que você
quer extrair e clique em “Ini-
ciar Cópia do CD”. As musicas esta-
rão na pasta “Meus documentos\Mi-
nhas músicas” em seu PC.
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68 REVISTA Vcars
LIFESTYLE HOOD RIDES
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O estilo HoodRide chega ao Brasil para desafiar limites e conquistar o público jovem
FERRUGEMNÃO É CRIME
Oxidação é a palavra-chave. Mar-
cados pelo tempo, esses carros
carregam nas latarias toda a sua
trajetória de vida. Aliás, esse é o grande
orgulho dos proprietários que conside-
ram cada marca de ferrugem como uma
verdadeira obra de arte.
Um novo conceito ainda tímido no
Brasil aos poucos vem ganhando as
ruas e despertando muita curiosidade.
Segundo seus adeptos, o Hoodride, tra-
ta-se de um gosto bem particular por
automóveis, carregado de uma forma
de expressão diferenciada, com carac-
terísticas exclusivas e cheio de atitude.
O Hoodride, como ficou popular-
mente conhecido, é apenas um nome
mais moderno para intitular o estilo
Rat Look dos americanos, que con-
siste em um modo diferente de en-
xergar um veículo.
O gosto por carros enferrujados não
é nada recente. Conta a história que
desde a década de 40 os americanos
já utilizavam o mesmo estilo nas carro-
cerias de carros que anos depois rece-
beriam o nome de Rat Rod. Na época,
a falta de dinheiro fez com que muitos
deixassem de lado a aparência externa
de seus possantes e ficassem preocupa-
dos apenas com a força dos motores.
A grande diferença, entre as duas
idéias, é exatamente essa. No Rat Rod,
o olhar voltou-se para o desempenho.
Já no Hoodride, o que impera é simples-
mente a possibilidade de poder prolon-
69REVISTA Vcars
Por Claudia Cardinale Fotos Marcello Garcia
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gar a vida útil dos carrinhos e rodar, com
prazer, há poucos milímetros do chão.
A IDÉIADerrick Pacheco, um jovem america-
no do estado do Arizona, foi um dos
grandes responsáveis pela divulgação
desse conceito diferente e inovador
disseminado pelo mundo. Suas idéias
começaram a tomar formas em uma
roda de amigos. Verdadeiros apaixo-
nados por VWs da década de 60 e 70,
eles desejavam manter viva a história
original desses veículos sem a neces-
sidade de, ao longo do tempo, ter de
submetê-los a verdadeiras cirurgias
plásticas forçando os carros a uma ju-
ventude eterna e totalmente artificial.
Com base nesses princípios, a turma
decidiu não impor nenhuma regra a essa
nova concepção de carros, o importante
mesmo era manter uma paixão incondi-
cional pela essência do automóvel, sem
precisar deixá-lo como uma peça de
museu praticamente intocável.
A utilização de suspensões ultra-re-
baixadas demonstra um estilo desafia-
dor, capaz de fazer qualquer um per-
guntar: “como eles conseguem?”. De
resto, a criatividade foi aflorando e isso
possibilitou a diversificação dos carros,
dando-lhes o toque pessoal que faltava
para transformá-los em uma arte única.
O quesito que não pode deixar de existir
em um carro HR é que ele deve ser to-
talmente utilizável, isto é, por mais bai-
xo que ele esteja, deve possibilitar o seu
tráfego pelas ruas normalmente.
O estilo foi ganhando proporções
e, para mostrar os carros, os adeptos
do Hoodride criaram uma página espe-
cífica na Internet e para difundir suas
idéias resolveram montar sindicatos.
Atualmente são 15 países, ou melhor,
15 sindicatos que compartilham infor-
Rebaixados, surrados e maltratados pelo tempo: assim são os HoodRides
70 REVISTA Vcars
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mações diversas, trocam experiências,
participam de bate-papos, fazem no-
vos amigos e ajudam a expandir a cul-
tura por inúmeros lugares.
O representante do sindicato aqui
no Brasil é um curitibano aficionado por
VWs antigos. “No momento estamos
passando por uma fase de mudanças
dentro dos sindicatos; eu ainda não sei o
que irá acontecer, porém continuamos
trabalhando em nossos carros com o
mesmo gosto e atenção do início”, co-
menta Pablo Talevi, 25, um caminhonei-
ro fanático por VWs desde que nasceu.
Fã do estilo hoodride, assim que
soube da criação dos sindicatos resol-
veu tentar trazê-lo para o Brasil. “Eu não
conhecia ninguém, fui direto na fonte e
na maior cara-de-pau conquistei o car-
go em 2005. A partir daí o HR começou
a se tornar mais conhecido em nosso
país e a cada dia conquista mais adep-
tos”, comenta Talevi.
Ele esteve à frente do sindicato por
quase dois anos. Junto com seus dois
amigos inseparáveis, Anderson Marks e
João Maria, Talevi iniciou um grande tra-
balho de divulgação e assim conseguiu
formar seu próprio grupo. Apaixonado
por HR, Talevi é capaz de ficar horas fa-
lando sobre cada detalhe de seus carros.
Atualmente possui cinco HR, Qua-
tro VW Kombi e um Fusca. “Conside-
ro todos os carros como nossos, afinal
participamos juntos de cada detalhe
do processo”, diz Talevi ao lado de
seus amigos.
Segundo ele, tudo começou em
uma conversa informal ao lado de uma
carrocinha de cachorro quente. Foi
exatamente lá que surgiu a propos-
ta para a compra do primeiro Fusca,
que seria o precursor dos hoodrides
no Brasil. “Quando me ofereceram o
carro, eu não tinha um centavo, mas o
Ander resolveu comprar e no dia se-
guinte o Fusca já estava com a gente,
mas o carro não teve uma vida muito
longa conosco. Ele virou sucata depois
de um sério acidente”, lembra.
MULTIPLICAÇÃO DA ESPÉCIEDepois dessa primeira aquisição a equi-
pe se empolgou. Logo em seguida ad-
quiriam uma Kombi. “Um dia fiquei sa-
bendo que o avô de um amigo tinha
uma Kombi 61 parada há mais de 3 anos
e com destino programado para o fer-
ro-velho. Não deu outra: fomos até ele e
salvamos a “belezura”, declara.
Idéia do americano Derrick Pa-checo, o HoodRide conquistou
diversos fãs no mundo
71REVISTA Vcars
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Acabamento é algo que não existe no idioma HoodRide, aqui,
quando mais surrado, melhor
Ela em especial teve seu eixo dian-
teiro encurtado em 5”, mangas de eixo
rebaixadas em 3,5” e caixa de direção
levantada em 5”. Já as outras duas che-
garam logo em seguida para fazer parte
dessa verdadeira frota de hoodride.
A aparência atual de cada veículo
foi resultado de muita determinação e
esforço, afinal, nenhum deles tinha co-
nhecimento suficiente de mecânica para
lidar com os automóveis. “Não temos ne-
nhuma formação técnica. Aprendemos
tudo na Internet e com um ‘tiozinho’ es-
pecialista em VW, que nos transformou
em experts no assunto. Principalmente
nas Kombis, que atingiram um nível de
rebaixamento difícil de ver pelo Brasil e
até então inédito em terras brazucas”.
Por falar em suspensão rebaixada,
o sistema realmente chama muita aten-
ção, em todos os carros da equipe. Os
hoodriders brasileiros têm de realizar
verdadeiros milagres para conseguir
trafegar pelas ruas e estradas, mas en-
caram tudo isso de uma forma bastan-
te descontraída. “Andamos como qual-
quer outro carro. Cada raspada no chão
equivale a muitas gargalhadas”, declara
o representante do HR.
“Logo que rebaixamos a primeira
Kombi, passei em um desses ‘taru-
gos’ que dividem as ruas e escutei a
calota voar. Parei para olhar, mas não
a encontrei em lugar nenhum. De re-
pente um cara me viu e perguntou se
eu estava procurando uma calota. Eu
disse que sim, e ele me respondeu o
seguinte: ‘ela atravessou a rua, entrou
na farmácia, rodou ela todinha, até
conseguir se encostar no balcão’”, co-
menta Marks, outro adepto da cultura,
que com apenas 26 anos já tem muita
história para contar a respeito do HR.
Quanto à ação do tempo, é eviden-
te e não poderia faltar. Os vestígios de
ferrugem, que simbolizam a vida longa
dos automóveis, estão por toda parte
e são extremamente admirados por
cada um de seus idealizadores.
Nos encontros de automóveis anti-
gos de que participam, os carros des-
pertam aprovação e desaprovação das
pessoas, mas para eles isso não faz a
menor diferença. “Somos loucos e fissu-
rados pelo design”, comentam.
“Nosso primeiro evento foi na casa
dos pais da minha namorada. Eles nos
ajudaram muito no início de tudo. Foi no
espaço cedido por eles que começamos
a mexer nos primeiros carros, num lugar
que chamamos de Pico do Katisso, uma
palavra utilizada para definir as coisas
‘malucas’ que criamos por lá. Até hoje é
nosso local preferido para troca de infor-
mações e sempre aberto para novos ami-
gos”, afirma João, o padrinho do local.
Uma coisa é certa: nenhum dos HR
fica parado por muito tempo. Todos tra-
balham no esquema de rodízio e apesar
da idade avançada continuam respon-
dendo muito bem às necessidades diárias
de seus proprietários, que esperam conti-
nuar com eles por muitos e muitos anos.
Pablo diz que já possui todos os
gabaritos das peças customizadas que
eles utilizam e, para quem quiser alte-
rar seu próprio carro, ele garante que
elas funcionam realmente, basta entrar
em contato (você pode postar mensa-
gens para o Pablo em nosso fórum,
veja no final da matéria).
Nas ruas os carros são atrações e os
comentários são diversos:
“O mais engraçado é quando as pes-
soas mandam eu ir pintar e consertar o
carro. Poxa, demorei tanto para deixar
eles assim e agora querem que eu arru-
me”, finaliza Talevi, o detentor da ban-
deira hoodride no Brasil.
Rafael dos Santos Castilhos, tam-
bém faz parte dessa turma. Ele tem 23
anos, mora em Curitiba é desenhista
industrial e mais um dos que curtem o
HR. Da mesma forma que os demais,
começou a se familiarizar com o con-
72 REVISTA Vcars
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Por dentro, nada de enfeites, apenas o usual e necessário
Por dentro, nada de enfeites, apenas o usual e necessário
ceito em alguns sites internacionais
e hoje se sente feliz e satisfeito com
seu fusca 1955. “Faz três anos que eu
tenho este carro. Eu queria um fusca
bem antigo. Encontrei uma carroceria
63 e já fazia planos para começar meu
projeto. Fui até uma oficina para co-
nhecer alguns detalhes e lá me depa-
rei com um VW 1955, abandonado em
um canto qualquer. Não tive dúvidas,
adquiri o carrinho e abandonei o pro-
jeto anterior”, disse Castilhos.
Segundo ele, os freios, a suspensão
e o motor foram refeitos para que o ve-
ículo pudesse oferecer mais segurança.
Sua aparência foi mantida da mesma
forma que estava quando foi resgata-
do da oficina. Na cor azul diamante, o
veículo atualmente se apresenta com
rodas aro 15 X 7,5, réplicas do modelo
utilizado no Porche e pneus dianteiros
Toyo 205/40 R 17 e traseiros Michelin
de 225/50 R 17, freios a disco na dian-
teira e a tambor na traseira, motor 1.800
a ar com carburação weber 40, suspen-
são rebaixada em 7 centímetros e toda
a magia que um fusca pode ter.
Castilhos declara que o que ele
mais admira na família HR é a disposi-
ção que os adeptos possuem para aju-
dar uns aos outros. “Quando vários se
juntam para mexer em um dos carros,
rebaixar um pouco mais, em fim fazer
alguma alteração, tal atitude nos une
ainda mais. Não somos simplesmente
amigos, somos fiéis companheiros de
nossos VWs e fazemos tudo para man-
tê-los perfeitos do jeito que eles são”.
Agradar aos outros é algo que de-
finitivamente está longe do verdadeiro
sentido do HR. Quando isso acontece,
eles se sentem honrados, mas quando
ocorre o contrário tratam logo de dar
boas risadas pelo simples fato de terem
conseguido ser diferentes.
“A gente vê de tudo por aí. Alguns
são até engraçados. Tem pessoas que fi-
cam desesperadas para mostrar o carro
a alguém. Outros olham e disfarçam, as
vezes até preferem fingir que não gos-
taram só para não ter que dar o braço a
torcer. A verdade é que não estou nem
aí para o que os outros pensam. O im-
portante é que eu gosto do meu carro”,
comenta Ronaldo Augusto Gallo.
Admirador do HR, se engajou neste
projeto há um ano e meio e hoje tem
dois fuscas de muito respeito. O branco
1954 foi o último a chegar. Seu projeto
ainda está em andamento, mas prome-
te ser um dos grandes destaques desta
verdadeira equipe HR.
O 1962 já esbanja imponência. O
motor é 1600, os freios são a disco nas
quatro rodas, suspensão dianteira en-
curtada em 4 polegadas e rodas Pors-
che 17 x 7,5 calçadas com pneus 205X4
R 17 da Toyo na dianteira e 225X45 R17
da Pirreli na traseira. Para garantir mais
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desenvolvimento e um consumo menor
de combustível a opção foi utilizar uma
caixa de câmbio mais alongada, assim ele
substituiu a existente pela do SP2, outro
modelo da VW. A tonalidade azul pastel
foi mantida. Nada de mexer na lataria.
Aqui as marcas do tempo são preciosas.
É, o HR está contagiando muita
gente. Em Porto União encontramos
mais um de seus grandes representan-
tes. Augusto Caesar dos Passos, sem-
pre gostou de automóveis e veloci-
dade, contudo confessa que tem uma
queda especial pelo hoodride. “As ve-
zes fico horas só olhando para os car-
ros e sempre parece ser a primeira vez.
Adoro meus HRs e costumo dizer que
eles são os feios mais lindos que eu já
vi”, declara o catarinense.
Proprietário de dois Fuscas cheios
de estilo, Passos não esconde a satis-
fação de poder falar sobre um de seus
assuntos prediletos. Ele nos disse que
quando adquiriu os veículos ambos
estavam em estado de “calamidade
pública”, mesmo assim não hesitou e
logo realizou a compra.
Depois de alguns ajustes, os carros
se tornaram perfeitos para o uso, porém
para um legítimo HR isso não era o su-
ficiente. Faltava aquele toque especial.
Sem mexer na lataria, estofamento, ou
qualquer outro detalhe interno de menor
importância, os dois fuscas 69 se apre-
sentam com um novo ânimo. O branco
com motor 1.300 original recebeu rodas
Randar aro 17, réplica das porche fuchs
15, calçadas com pneus Toyo 205/40 R
17 tanto na dianteira como na traseira.
Já o azul possui um motor 1.600,
o mesmo utilizado na Kombi injetada.
As rodas são réplicas Porsche Fuchs
15, com pneus 205/70 R 15 da Fires-
tone na traseira. Na dianteira ele uti-
liza os da Continental de 145/50 R 15
que se encaixam perfeitamente ao es-
treitamento de 1,5 polegadas que as
rodas da frente foram submetidas. “O
estreitamento, não influencia muito na
dirigibilidade, serve apenas como mais
um diferencial, que alias é muito usado
no exterior”, comenta Passos.
Os veículos também são extrema-
mente rebaixados. O proprietário não
tem idéia de quanto, mas garante que
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eles ficam a apenas um dedo do chão,
o que significa muitas faíscas pelo as-
falto. “Sou um HR, não tenho luxo”, diz
Passos sem a menor cerimônia.
Como podemos perceber estes úl-
timos proprietários resolveram apre-
sentar seus HRs de uma forma mais
ousada, porém não menos atrativa.
A mescla entre o moderno e o antigo
que se faz presente na opção por rodas
diferenciadas, permite que se abram
novas oportunidades de divulgação,
amplia o número de adeptos e auxilia a
expansão desta cultura tão diferente.
Assim é o Hoodride. Carros elabo-
rados para levantar questionamentos,
despertar curiosidade, desenvolvidos
por pessoas com um grande espíri-
to de aventura, que gostam de fazer
amigos, que são grandes admiradores
da essência dos VWs e acima de tudo
fazem suas próprias modificações em
seus próprios carros.
Você pode encontrar mais ima-
gens e outras informações em nos-
so fórum www.streetmotors.com.
br/stm/forum ou ainda no endereço
www.hoodride.com.
Mesmo destruídos, os carros ainda contam com alguns mimos como rodas
especiais e suspensões trabalhadas
75REVISTA Vcars
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Por Rafael Vale Fotos Rafael Vale
Dê um upgrade visual em seu Gol G1, utilizando maçanetas de Santana no lugar das originais
TROCAÚTIL
M uitos proprietários dos fami-
gerados Gol G1, ou os popula-
res “Caixa”, nos enviam men-
sagem pedindo para que nossa equipe
ensine como instalar as modernas maça-
netas do Santana. Apesar de muita gente
bater de frente e dizer que esse tipo de
adaptação descaracteriza a originalida-
de do veículo, a grande verdade, é que
além de mais bonita, torna o carro mais
agradável para manipular, afinal, o equi-
pamento utilizado nos anos 80 e início
dos 90 não é da melhor qualidade.
Para realizar essa essa matéria, uti-
lizamos dois tipos de maçanetas, uma
original, vendida pela Forin, represen-
tante da Volkswagen e outra paralela
da Universal. Como era de se esperar,
a segunda opção oferecer problemas
e tivemos de realizar o trabalho com
o modelo original. Para auxiliar você
nessa tarefa, tenha em mãos, quatro
parafusos novos de 5 mm, promotor de
aderência plástico, massa poliéster, pri-
mer PU, tinta metálica e verniz.
Além disso, utilize arco de serra, lima,
chave philips, furadeira com broca de 7mm,
compressor e pistola. Mãos a obra!
FAÇA VOCÊ MESMO MAÇANETAS
PASSO-A-PASSO DA INSTALAÇÃO DAS MAÇANETAS
Passo 1Escolha o produto que você irá insta-
lar em seu carro. Aqui, apresentamos
o modelo comercializado pela Forin,
original de fábrica. O par custa R$112 e
possui miolo de chave nos dois lados
Passo 2Cuidado para não ser enganado. Exis-
tem algumas empresas como a Unive-
sal, que vendem um produto fácil de
quebrar e ainda não possui miolo da
chave no lado do passageiro
Passo 3Agora que você já tem o material em
mãos, retire a maçaneta original. Para
fazer isso, tire a tampa interna da porta
e desparafuse o equipamento, utilizan-
do uma chave “philips”
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Passo 7Lime o suporte onde a lingueta esta-
va presa, pois a nova é mais estreita
em cerca de 1 mm e não entrará no
suporte original
Passo 8Sem a maçaneta original, observe o lo-
cal onde será instalada a nova maçane-
ta. Tome cuidado para não deixar torto
ou com defeitos aparentes
Passo 9Inicie a preparação da pintura, utilizando
uma pistola profissional. Antecipe essa
etapa para tornar o processo mais fácil
daqui em diante. Mas ainda não pinte
Passo 4Coloque a maçaneta original ao lado da
que será instalada e repare que os pinos
tem dimensões diferentes. Logo, será ne-
cessária uma adaptação
Passo 5Acerte o tamanho do pino utilizando
uma uma lima “chata” e desbaste 1 mm,
na parte inferior e superiorda cavidade
onde ela se encaixa na porta do carro
Passo 6Retire a lingueta que aciona a abertu-
ra da porta e tire a carcaça de metal
do acabamento soltando um pequeno
parafuso que fica no meio da peça
Passo 10Prenda a nova lingueta com um parafuso
soberbo da mesma espessura do furo, to-
mando a precaução de não deixar ele pas-
sar da peça usando arco de serra comum
Passo 11Lixe as peças de plástico, com lixa a seco
400, depois com 600 e aplique promo-
tor de aderência para plástico, com re-
vólver de pintura. Seca em 20 minutos
Passo 12Em seguida, lixe a peça e retire todas
imperfeições, preparando a peça para
a pintura final. Agora aplique o primier
PU, que será o fundo da pintura
77REVISTA Vcars
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Passo 16Com o alargamento feito na carroce-
ria, aproxime a peça de suporte nova-
mente e veja se tudo se encaixe como
determinado
Passo 17Os furos de dentro da porta, também
foram alargados, porque as novas ma-
çanetas são parafusadas por dentro.
Troque também os parafusos
Passo 18Coloque a maçaneta sem parafusar e
verifique se encaixa com o furo alar-
gado. Agora se prepare para a fase
final do projeto
Passo 14Agora pegue a borracha original que
serve de suporte para a maçaneta e e
verifique se os furos são compatíveis
com o que terá na carroceria
Passo 15Nessa caso não deu certo. Logo, tive-
mos que alargar, Tome cuidado para
não fazer um furo maior do que o bu-
raco e acabar inutilizando a peça
Passo 19Parafuse a peça final, tomando cuidado
para não deixar folgas ou sobras que
possam barrar o fechamento total ou
parcial das portas
Passo 20Pronto, seu passo-a-passo chegou
ao fim. Note que desse lado (direito)
instalamos a maçaneta Universal, com
ausência do miolo de chave
Passo 21Aqui, utilizamos o material original,
tivemos um resultado melhor e mais
útil. Por isso, vale a pena procurar
produtos de qualidade
Passo 13Agora você já tem a peça pintara na
cor do carro e pronta para ser instala-
da. Verifique se não ficou nenhuma fa-
lha nesse último processo
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EYES OPEN MANUTENÇÃO
MANUTENÇÃOPARA SEU VW Por Rodolfo Parisi
�
Descubra agora como manter seu carro em perfeito estado de conservação com dicas dadas pelos melhores profissionais do mercado
BATERIAEm carros equipados com baterias não seladas é neces-
sário verificar, ao menos uma vez por semana, o nível de
água do componente. Caso esteja abaixo do nível ideal,
deve-se completá-lo somente com água destilada.
CÂMBIOApós rodar mais de 25 mil quilômetros, alguns automóveis
merecem ter as atenções voltadas para o setor de transmis-
são. O óleo do câmbio, por exemplo, é um dos que devem
ser analisados. No entanto, a partir dos 50 mil, o correto é
fazer a troca correta do lubrificante, para evitar problemas.
EMBREAGEMMuita gente tem o costume de descansar os pés no pedal da
embreagem. Pare já com isso. Segundo especialistas e mecâni-
cos, esse tipo de recurso faz com que os rolamentos e discos
de embreagem tenham desgastes prematuros. Manter o pé na
embreagem em aclives também pode gerar danos.
Descubra agora como manter seu carro em perfeito estado de conservação com dicas dadas pelos melhores profissionais do mercado
ESCAPAMENTOO sistema de escape tem algumas particularida-
des que merecem atenção. Por exemplo, ao lavar
o carro por baixo, recomenda-se que utilize ape-
nas água e sabão neutro, pois as borrachas que
auxiliam na sustentação do escapamento podem
ressecar e quebrar.
FREIOSProcure não utilizar os freios bruscamente. Especialistas
recomendam fazer uso do equipamento de forma progressi-
va. Outra boa dica é frear o automóvel sempre com alguma
marcha engatada. Fazendo isso, evita-se o desgaste excessivo
de pastilhas e discos.
INJEÇÃOUm dos grandes benefícios do automóvel moderno, a injeção
eletrônica, pode virar um problema se não tiver uma manu-
tenção adequada. Para evitar isso, limpe o sistema a cada 40
mil quilômetros rodados. Assim, você consegue desentupir o
sistema e evitar um aumento do consumo de combustível.
DICAS DE
80 REVISTA Vcars
80 Manutenção.indd 8080 Manutenção.indd 80 1/11/2007 22:04:461/11/2007 22:04:46
ÚLTIMA IMPRESSÃO É A QUE FICA HOODRIDE
“Rebeldia e atitude, duas palavras fortes que expressam sensações únicas revolucionárias. Hoodride é isso, acrescentado do culto e amor pelos clássicos Volkswagen”
- VCars
82 REVISTA Vcars
82 Ultima Impressão.indd 8282 Ultima Impressão.indd 82 1/11/2007 22:07:461/11/2007 22:07:46