VÁRIOS AUTORES. A Banalidade do Mal

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7/18/2019 VÁRIOS AUTORES. A Banalidade do Mal http://slidepdf.com/reader/full/varios-autores-a-banalidade-do-mal 1/1 A banalidade do mal  No ano de 1961, 15 anos após o fim da Segunda Guerra Mundial, inicia-se em Israel o julgamento de Adolf ic!mann por crimes de genoc"dio contra os judeus, durante a guerra# $ julgamento intensamente midiati%ado, & en'ol'ido por muita pol(mica e contro'&rsia# )uase todos os jornais do mundo en'iam correspondentes para co*rirem as sess+es, tornadas p*licas pelo go'erno israelense# ma das correspondentes presentes ao julgamento, como en'iada da re'ista The New Yorker , & a filósofa alem., naturali%ada norte-americana, /anna! Arendt# Al&m de crimes contra o po'o judeu, Adolf ic!mann foi acusado de crimes contra a /umanidade e de pertencer a uma organi%a0.o com fins criminosos# $ r&u se declarou inocente no sentido das acusa0+es# No entanto, foi condenado por todas as 2uin%e acusa0+es 2ue pesa'am contra ele e enforcado em 1963, nas pro4imidades de el A'i' capital de Israel7# O livro m 1968, com *ase em seus relatos escritos para The New Yorker , so*re o julgamento, Arendt  pu*lica um li'ro  Eichmann em Jerusalém# Nele, ela descre'e n.o somente o desenrolar das sess+es, mas fa% uma an:lise do indi'"duo ic!mann# Segundo ela, Adolf ic!mann n.o possu"a um !istórico ou tra0os antissemitas e n.o apresenta'a caracter"sticas de um car:ter distorcido ou doentio# le agiu segundo o 2ue acredita'a ser o seu de'er, cumprindo ordens superiores e mo'ido pelo desejo de ascender em sua carreira profissional, na mais perfeita lógica *urocr:tica# ;umpria ordens sem 2uestion:-las, com o maior %elo e efici(ncia, sem refletir so*re o  Bem ou o Mal 2ue pudessem causar# m  Eichmann em Jerusalém, Arendt retoma a 2uest.o do mal radical kantiano, politi%ando-o# Analisa o mal 2uando este atinge grupos sociais ou o próprio stado# Segundo a filósofa, o mal n.o & uma categoria ontológica, n.o & nature%a, nem metaf"sica# < pol"tico e !istórico= & produ%ido por seres !umanos e se manifesta apenas onde encontra espa0o institucional para isso em ra%.o de uma escol!a  pol"tica# A tri'iali%a0.o da 'iol(ncia corresponde, para Arendt, ao 'a%io de pensamento, onde a  *analidade do mal se instala# >$N= !ttps=??pt#@iipedia#org?@ii?BanalidadeCdoCMal Considerações finais $ conceito de DBanalidade do MalE, aprofundado por /anna! Arendt no li'ro Dic!mann em Ferusal&mE, trou4e-l!e as cr"ticas da comunidade judaica e tam*&m a pol(mica 2ue ainda se mant&m#  Nesta o*ra a filósofa defende 2ue, em resultado da massifica0.o da sociedade, se criou uma multid.o incapa% de fa%er julgamentos morais, ra%.o por2ue aceitam e cumprem ordens sem 2uestionar# ic!mann, um dos respons:'eis pela solu0.o final, n.o & ol!ado como um monstro, mas apenas como um funcion:rio %eloso 2ue foi incapa% de resistir s ordens 2ue rece*eu# $ mal torna-se assim *anal# ste li'ro foi ainda criticado por2ue Arendt tam*&m deu e4emplos de judeus e institui0+es  judaicas 2ue se su*meteram aos na%is ou cumpriram as suas direti'as sem 2uestionar# /anna! Arendt foi autora de ':rios outros li'ros e tra*al!os onde 2uestiona o papel da mul!er na sociedade, a 'iol(ncia e o poder# Hestacam-se li'ros como DAs $rigens do otalitarismoE, DA ;ondi0.o /umanaE, DSo*re a 'iol(nciaE ou D/omens em empos Som*riosE# >$N= !ttp=??ensina#rtp#pt?artigo?a-*analidade-do-mal-de-!anna!-arendt?

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A banalidade do mal segundo Hannah Arendt.

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http://slidepdf.com/reader/full/varios-autores-a-banalidade-do-mal 1/1

A banalidade do mal

 No ano de 1961, 15 anos após o fim da Segunda Guerra Mundial, inicia-se em Israel o julgamentode Adolf ic!mann por crimes de genoc"dio contra os judeus, durante a guerra# $ julgamentointensamente midiati%ado, & en'ol'ido por muita pol(mica e contro'&rsia# )uase todos os jornais domundo en'iam correspondentes para co*rirem as sess+es, tornadas p*licas pelo go'erno israelense# madas correspondentes presentes ao julgamento, como en'iada da re'ista The New Yorker , & a filósofa

alem., naturali%ada norte-americana, /anna! Arendt#Al&m de crimes contra o po'o judeu, Adolf ic!mann foi acusado de crimes contra a /umanidadee de pertencer a uma organi%a0.o com fins criminosos# $ r&u se declarou inocente no sentido dasacusa0+es# No entanto, foi condenado por todas as 2uin%e acusa0+es 2ue pesa'am contra ele e enforcadoem 1963, nas pro4imidades de el A'i' capital de Israel7#

O livro

m 1968, com *ase em seus relatos escritos para The New Yorker , so*re o julgamento, Arendt pu*lica um li'ro  Eichmann em Jerusalém# Nele, ela descre'e n.o somente o desenrolar das sess+es,mas fa% uma an:lise do indi'"duo ic!mann# Segundo ela, Adolf ic!mann n.o possu"a um !istórico ou

tra0os antissemitas e n.o apresenta'a caracter"sticas de um car:ter distorcido ou doentio# le agiusegundo o 2ue acredita'a ser o seu de'er, cumprindo ordens superiores e mo'ido pelo desejo de ascender em sua carreira profissional, na mais perfeita lógica *urocr:tica# ;umpria ordens sem 2uestion:-las, como maior %elo e efici(ncia, sem refletir so*re o Bem ou o Mal 2ue pudessem causar#

m  Eichmann em Jerusalém, Arendt retoma a 2uest.o do mal radical kantiano, politi%ando-o#Analisa o mal 2uando este atinge grupos sociais ou o próprio stado# Segundo a filósofa, o mal n.o & umacategoria ontológica, n.o & nature%a, nem metaf"sica# < pol"tico e !istórico= & produ%ido por seres!umanos e se manifesta apenas onde encontra espa0o institucional para isso em ra%.o de uma escol!a

 pol"tica# A tri'iali%a0.o da 'iol(ncia corresponde, para Arendt, ao 'a%io de pensamento, onde a *analidade do mal se instala#

>$N= !ttps=??pt#@iipedia#org?@ii?BanalidadeCdoCMal

Considerações finais

$ conceito de DBanalidade do MalE, aprofundado por /anna! Arendt no li'ro Dic!mann emFerusal&mE, trou4e-l!e as cr"ticas da comunidade judaica e tam*&m a pol(mica 2ue ainda se mant&m#

 Nesta o*ra a filósofa defende 2ue, em resultado da massifica0.o da sociedade, se criou umamultid.o incapa% de fa%er julgamentos morais, ra%.o por2ue aceitam e cumprem ordens sem 2uestionar#

ic!mann, um dos respons:'eis pela solu0.o final, n.o & ol!ado como um monstro, mas apenascomo um funcion:rio %eloso 2ue foi incapa% de resistir s ordens 2ue rece*eu#

$ mal torna-se assim *anal#ste li'ro foi ainda criticado por2ue Arendt tam*&m deu e4emplos de judeus e institui0+es

 judaicas 2ue se su*meteram aos na%is ou cumpriram as suas direti'as sem 2uestionar#/anna! Arendt foi autora de ':rios outros li'ros e tra*al!os onde 2uestiona o papel da mul!er na

sociedade, a 'iol(ncia e o poder# Hestacam-se li'ros como DAs $rigens do otalitarismoE, DA ;ondi0.o/umanaE, DSo*re a 'iol(nciaE ou D/omens em empos Som*riosE#

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