Vanguardas
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• apreensão do instante em que a ação está acontecendo.
• criação de novas maneiras de captação de luzes e cores.
• tendência a mostrar situações naturais por influência da fotografia.
“Uma ocasião,meu pai pintou a casa toda
de alaranjado brilhante.Por muito tempo moramos numa casa,
como ele mesmo dizia,constantemente amanhecendo.”
Adélia Prado – Impressionista
Expressionismo• trata-se de uma pintura dramática, subjetiva,“expressando” sentimentos humanos.
• utiliza-se de cores irreais para dar forma plástica ao amor, ao ciúme, ao medo, à solidão, à miséria humana, à prostituição.
• utiliza-se da deformação da figura, para ressaltar o sentimento
“(...) Oh, a loucura da cidade grande, quando ao entardecerÁrvores atrofiadas fitam inertes ao longo do muro negroQue o espírito do mal observa com máscara prateada;A luz, com açoite magnético, expulsa a noite pétrea.
Oh, o repicar perdido dos sinos da tarde.
A puta, em gélidos calafrios, pare uma criança morta.A cólera de Deus chicoteia enfurecida a fronte do possesso,
Epidemia purpúrea, fome que despedaça olhos verdes.Oh, o terrífico riso do ouro(....)”
Geog Trakl – Aos emudecidos
Futurismo• a abominação do passado: arqueologia, academicismo, nostalgia, sentimentalismo.
• a exaltação da guerra, do militarismo, do patriotismo: “A guerra é a única higiene do mundo”.
• a substituição da psicologia do homem (destruindo o eu na literatura) pela obsessão da matéria.
• a incorporação de novos objetos como temas de poesia: locomotivas, automóveis, aviões, navios a vapor, fábricas, multidões de trabalhadores.
• a destruição da sintaxe, com os substantivos dispostos ao acaso.
“(...) Ah, poder exprimir-me todo como um motor se exprime!
Ser completo como uma máquina! Poder ir na vida triunfante como um automóvel último-
modelo! Poder ao menos penetrar-me fisicamente de tudo isto,
Rasgar-me todo, abrir-me completamente, tornar-me passento
A todos os perfumes de óleos e calores e carvões Desta flora estupenda, negra, artificial e insaciável!(...)”
Ode triunfal - Álvaro de Campos
Cubismo• a obra de arte não deve ser uma representação
objetiva da natureza, mas uma transformação dela, ao mesmo tempo objetiva e subjetiva.
• geometrização das formas como efeito da intuição e abstração.
• a procura da verdade deve centralizar-se na realidade pensada, criada, e não na realidade aparente.
• a valorização do humor, a fim de afugentar a monotonia da vida nas modernas sociedades industrializadas.
• a supressão da lógica; preferência pelo pensamento-associação, que transita entre o consciente e o subconsciente.
Dadaísmo• a denúncia das fraquezas por a Europa
passava. • a recusa dos valores racionalistas da burguesia. • a desmistificação da arte: “a arte não é coisa
séria”. • a negação da lógica, da linguagem, da arte e
da ciência.
• a abolição da memória, da arqueologia, dos profetas e do futuro.
“ Dadá aparece no quadro europeu das fraquezas, no fundo é tudo
merda, mas nós queremos doravante cagar em cores diferentes para ornar
o jardim zoológico da arte de todas as bandeiras do consulado.”
Manifesto do Senhor Antipirina
Parafins gatins alphaluz sexohnei la guerrapaz Ourake palávora driz okê Cris expacial Projeitinho imanso ciumortevida vidavid Lambetelho frúturo orgasmaravalha-me Logun Homenina nel parais de felicidadania: Outras palavras
Outras palavras – Caetano Veloso
Surrealismo• abolição da lógica. Recusavam o racionalismo
absoluto que permite apenas captar os fatos relacionados unicamente com a nossa experiência.
• valorização do inconsciente. Apoiados na pesquisas de Sigmund Freud, que identifica zonas (o subconsciente e o inconsciente) muito importantes para a ação do ser humano, procuram a inspiração nos sonhos.
• atribuição de um caráter lúdico à arte. A poesia deixa de ser em entendida como canto ou como meio de comunicação de vivências, para se tornar ação mágica, mito, meio de conhecimento.
• automatização da escrita. O texto deve ter como preocupação maior captar o funcionamento real do pensamento. Os pensamentos devem ser exprimidos caoticamente, tal como nos ocorrem, sem preocupação com o ordenamento lógico.
• presença do humor negro. Com o propósito de fugir aos lugares-comuns, os surrealistas juntam muitas vezes uma palavra logicamente adequada a uma outra absurda, produzindo imagens insólitas, como: anjo torto, cadáver agradável, morte feliz, etc.
“Era uma vez uma realidade
com suas ovelhas de lã real a filha do rei passou por ali E as ovelhas baliam que linda que está a re a re a realidade. Na noite era uma vez uma realidade que sofria de insônia Então chegava a madrinha fada e realmente levava-a pela mão a re a re a realidade(...)”
As realidades – Louis Aragon