VAMOS ADOPTAR O OCEANO ATLÂNTICO · por se tratarem de espécies ameaçadas (ver informação de...
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VAMOS ADOPTAR O OCEANO ATLÂNTICO
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Disciplinas intervenientes Ciências da Natureza, Educação Visual e Tecnológica, Língua Portuguesa.
1 Motivação
. Exibição do filme: O Mar é Azul (volume 3 Perigo nas profundezas) – BBC (à venda na
FNAC).
ou
. Jogo: Peixes em perigo!
Pesquisar em livros ou internet imagens de peixes que podem/devem ser pescados ou evitados
por se tratarem de espécies ameaçadas (ver informação de apoio e bibliografia). Imprimir uma
imagem de cada peixe e recortar (imagens com 10 a 15cm). Colocar todos os peixes recortados
num saco preto. Cada aluno deve ser incentivado a retirar um peixe do saco. Toda a turma deve
então analisar o peixe recolhido e decidir se deve ou não ser pescado e quais as suas característi-
cas, habitat, alimentação etc. A opção se o peixe deve ser pescado ou não deve ter como base a
informação constante do Guia SOS Oceano. (http://www.oceanario.pt/cms/1471/?news=352)
ou
. Visita programada ao Oceanário de Lisboa ou ao Zoomarine de Albufeira (ver lista de
contactos);
ou
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. Marcação de uma visita do Vaivém Oceanário à escola (mais informações no Oceanário
de Lisboa);
ou
. Convidar membro da Greenpeace Portugal para palestra sobre a pesca sustentável.
2 Definição do Tema
Sugestão de questões a abordar:
1. A fauna e flora dos oceanos estão em perigo. Porquê?
2. Algumas espécies de peixes não deviam ser pescados/comprados. Porquê?
3. O que podemos fazer para a preservação das espécies marinhas ameaçadas? Qual
o papel dos produtos aquícolas?
3 Planificação
3.1. Objectivos
. Conhecer melhor o Oceano que nos rodeia
. Reconhecer as causas que têm levado à extinção de espécies marinhas
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. Identificar espécies da fauna e da flora marinhas que estão ameaçadas
. Reconhecer as espécies marinhas que podemos consumir e as que devemos
evitar
3.2. Materiais
Os materiais devem ser adequados à actividade a desenvolver, de acordo com os
recursos da escola.
Material para a actividade proposta:
. Máquina Fotográfica
. Caderno de campo
. Lápis
3.3. Informação de Apoio
. Livro Cetáceos no Arquipélago da Madeira:
http://www.museudabaleia.org/index.php?option=com_content&task=view&id=39&Itemid=113
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. Lista de peixes vulneráveis:
http://www.oceanario.pt/cms/1471
. Curiosidades da Fauna e Flora - Blog do Zoomarine:
http://zoomarine.blogdrive.com/
. Guia das Aves Marinhas dos Açores:
http://www.azores.gov.pt/Portal/pt/entidades/sram/publicacoes
. Lista de espécie ameaçadas Greenpeace:
http://www.greenpeace.org/portugal/lista-vermelha
Em Anexo encontra-se informação adicional sobre espécies marinhas ameaçadas e
notícias sobre o tema.
3.4. Preparação
Consoante as actividades seleccionadas da etapa 4, haverá a necessidade de diferentes
metodologias de preparação, por exemplo:
. Pesquisa bibliográfica do tema nos sites sugeridos ou outros.
. Preparação e planeamento das visitas ao mercado/lota/peixaria. Elaboração do inquérito
tipo para os vendedores de peixe e outro para a população em geral.
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4 Desenvolvimento
Propostas de Actividades
1. Leitura e interpretação dos textos.
«Queremos saber se o peixe é fresco. Falta perguntar se está ameaçado.»
Rosa Cunha gosta de ter «composta» a sua banca no Mercado da Ribeira, em Lisboa. Toda
coberta de peixe. Sardinhas, carapaus e douradas na linha da frente. Esta vendedora de 40
anos aconselha as melhores formas para cozinhar garoupas e há quem lhe peça para ser ela
a escolher o peixe. O cliente chega, abeira-se e olha para o tamanho, para a cor. «Perguntam
se é fresco», diz. Mas não se lembra de lhe perguntarem se é peixe que faz falta no mar,
daquelas espécies que, devido à sobre–exploração, podem desaparecer a curto prazo.
Na quarta – feira, a organização ecologista Greenpeace pediu aos consumidores portugue-
ses para comprarem peixe de forma mais sustentável e aos distribuidores para venderem
espécies menos exploradas e com artes de pesca menos exploradas destruidoras dos
ecossistemas marinhos. Segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura
e Alimentação), três quartos dos Stocks do mundo estão totalmente explorados, sobre-
-explorados ou esgotados.
(…)
Para orientar os consumidores, a Greenpeace fez uma Lista Vermelha (ver caixa) de 15
espécies que são vendidas em Portugal e às quais devíamos dar algum «descanso», devido
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ao risco de poderem esgotar. Mas não é um ultimato aos portugueses, que consomem, per
capita, 50 quilos de peixe por ano, o valor mais elevado dos países europeus. A solução é
saber escolher. E para isso, os detalhes fazem a diferença, como o nome científico, o local
da apanha ou o viveiro onde foi criado e o método de captura ou criação: pesca de arrasto,
redes de cervo, redes de emalhar, que tipo de viveiros de aquacultura, por exemplo.»
Lista Vermelha: os peixes que devemos evitar comer.
Alabote, alabote da Gronelândia, atuns, bacalhau do Atlântico, camarões, espadarte, lingua-
do europeu, peixe – espada branco, peixes vermelhos, pescadas, raias, salmão do Atlântico,
solha Americana, tamboris, tubarões.
In Jornal O Público, 28 de Junho 2008, por Helena Geraldes
«Salvar os peixes ameaçados ainda é possível»
In Jornal i, 20 de Agosto de 2009, por Enrique Pinto-Coelho. Download em:
http://www.ionline.pt/conteudo/19138-salvar-os-peixes-ameacados-ainda-e-possivel
. Discutir/debater e relevância dos textos.
. Criar textos criativos e/ou informativos sobre espécies marinhas comerciais ameaçadas
tentando identificar quais os factores de ameaça e quais as atitudes a tomar para ajudar a
preservação das espécies ameaçadas. Também se poderá optar por usar outras espécies
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marinhas ameaçadas não comerciais.
. Ilustrar os textos com desenhos criados pelos alunos ou fotografias.
. Debater a frase: “A crise ambiental, que tem nas alterações climáticas a sua face mais
visível, é o maior problema que a humanidade alguma vez enfrentou na sua história”. Viriato
Soromenho-Marques, in Visão”, 16-07-2009. Sugere-se que os alunos leiam as noticias em
anexo como preparação para o debate.
2. Efectuar visitas a um ou mais locais onde se vende peixe (mercado,
lota, peixaria ou supermercado). Sugere-se que se faça mais do que uma
visita (em dias diferentes para obter informação mais representativa).
. Realizar registo fotográfico das bancas de peixe e dos peixes individualmente.
. Elaborar um inquérito aos vendedores de peixe de modo a registar quais as espécies
mais vendidas e quais as menos vendidas. Registar se se tratam de espécies capturadas
ou de aquacultura.
. Elaborar um inquérito de rua ou às famílias ou às restantes turmas, para listar as espécies
mais consumidas e qual a sua origem.
. Averiguar se as espécies consumidas estão ameaçadas.
. Comparar os resultados entre os dois inquéritos.
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3. Elaborar placas de identificação das espécies semelhantes às dos postos de venda de
peixe onde conste para além de informação sobre a espécie, informação sobre o seu estatu-
to de conservação. Discutir qual a importância destas informações para o consumidor.
4. Elaborar um guia de consumo de espécies marinhas onde conste informação sobre quais
as espécies a consumir e quais as espécies a evitar para o respectivo concelho e /ou um
desdobrável sobre espécies marinhas ameaçadas não comerciais.
5 Sugestões de Produto Final
. Compilação dos textos criativos em livro ou DVD
. Reprodução de uma banca de peixe com as etiquetas com os registos fotográficos e
outros materiais disponíveis. Concurso para premiar a melhor banca
. Divulgação do guia de consumo de espécies marinhas (desdobrável ou cartão) em
várias escolas organismos públicos do concelho e familiares
. Divulgação no site/blog da escola dos dados dos inquéritos e conclusões da actividade
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6 Avaliação
Preenchimento das fichas de auto e hetero-avaliação (ver Fichas de Avaliação).
Discussão/debate sobre o projecto: As acções desencadeadas pelas
actividades tiveram impacto positivo nos colegas da escola e famili-
ares?
Bibliografia
Oceanário de Lisboa.2006. S.O.S. OCEANO. Guia de bolso para as melhores escolhas de
peixes e mariscos em Portugal.
Câmara Municipal de Vila do Bispo. s/data. Guia do consumidor de pescado do Concelho de
Vila do Bispo.
Sequeira, M.; Matias, S.; Farinha, J.C.; Gaspar, R.; Silva, C.; Augusto, J.; Ferreira, C.V., Fonseca,
M.J.; Narra, P.& Luís, A.R. 2009. Bases para o plano de acção para a salvaguarda e monitor-
ização da população de roazes do estuário do Sado. Instituto de Conservação da Natureza e
da Biodiversidade.
Sugestões de formação adicional para os professores:
Formações pedagógicas e workshops no Oceanário de Lisboa e Zoomarine.
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ANEXO
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