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UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Ciências Contábeis Ileane Raymundo Padovani Jéssica Ariádne Maziero Lorena Barbosa Vieira Maria Cristiana de Medeiros VALUATION AVALIAÇÃO DE EMPRESAS Marfrig Alimentos S/A Promissão - SP LINS SP 2011

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UNISALESIANO

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Curso de Ciências Contábeis

Ileane Raymundo Padovani

Jéssica Ariádne Maziero

Lorena Barbosa Vieira

Maria Cristiana de Medeiros

VALUATION – AVALIAÇÃO DE EMPRESAS

Marfrig Alimentos S/A

Promissão - SP

LINS – SP

2011

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ILEANE RAYMUNDO PADOVANI

JÉSSICA ARIÁDNE MAZIERO

LORENA BARBOSA VIEIRA

MARIA CRISTIANA DE MEDEIROS

VALUATION – AVALIAÇÃO DE EMPRESAS

Trabalho de conclusão de curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Ciências Contábeis sob a orientação dos Professores Me. Irso Tófoli e Ma. Heloisa Helena Rovery da Silva

LINS – SP 2011

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Padovani, Ileane Raymundo; Maziero, Jéssica Ariádne; Vieira, Lorena Barbosa; Medeiros, Maria Cristiana de

Valuation – Avaliação de empresas / Ileane Raymundo Padovani; Jéssica Ariádne Maziero; Lorena Barbosa Vieira; Maria Cristiana de Medeiros. – – Lins, 2011.

102p. il. 31cm.

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em Ciências Contábeis, 2011.

Orientadores: Irso Tófoli; Heloisa Helena Rovery da Silva 1.Avaliação de empresas. 2.Valor. 3.Fluxo de Caixa Descontado.

CDU 658

P49g

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ILEANE RAYMUNDO PADOVANI

JÉSSICA ARIÁDNE MAZIERO

LORENA BARBOSA VIEIRA

MARIA CRISTIANA DE MEDEIROS

VALUATION – AVALIAÇÃO DE EMPRESAS

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,

para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis.

Aprovada em:____/____/____

Banca Examinadora:

Prof. Orientador: Irso Tófoli

Titulação: Mestre em Administração pela CNEC / FACECA - MC

Assinatura: ___________________________________________

1° Prof (a):______________________________________________________

Titulação:_______________________________________________________

_______________________________________________________________

Assinatura: ___________________________________________

2° Prof (a):______________________________________________________

Titulação:_______________________________________________________

_______________________________________________________________

Assinatura: ___________________________________________

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Dedicamos este trabalho primeiramente à Deus por ter nos dado força e

saúde, para que nós enfrentássemos mais uma luta em nossas vidas e

chegando a mais uma conquista de um sonho durante esses quatros anos.

Aos nossos pais, irmãos e familiares que estiveram presentes em mais

uma etapa importante de nossas vidas, nos dando amor, carinho, entusiasmo,

apoio e incentivo para realização desse trabalho.

Aos professores e amigos que colaboraram e nos deram forças em

todos os momentos ao longo de todos esses anos, de forma que pudéssemos

nos dedicar inteiramente a esse trabalho.

Ileane, Jéssica, Lorena e Maria.

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AGRADECIMENTOS

À Deus, que sempre esteve ao nosso lado, em nossas quedas,

fraquezas, lutas, vitórias e derrotas. Sabemos que, principalmente agora, estais

ao nosso lado. Obrigada por mais este presente que agora nos oferece!

Aos nossos professores e orientadores, nossa gratidão a vocês, pelo

apoio, amizade, convívio, e por nos apontarem um caminho a seguir, por

compartilhar seus conhecimentos e pelo tempo dedicado a cada um de nós.

Em especial o nosso orientador Irso Tófoli, pelo carinho e cordialidade que

tratou desse estudo e pelas contribuições no direcionamento desse trabalho.

A empresa Marfrig Alimentos S.A, por permitir que desenvolvêssemos

nosso trabalho, abrindo espaço para que a pesquisa fosse realizada.

Aos nossos colegas, que viveram conosco expectativas na busca desse

ideal. No final desta jornada não podemos deixar de expressar os nossos

sinceros agradecimentos á todas as pessoas que, direta ou indiretamente,

contribuíram para realização do nosso trabalho

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RESUMO

O termo inglês Valuation - valor estimado ou valor justo é expresso na língua portuguesa como Avaliação de Empresas. Este conceito vem se destacando no meio corporativo devido à grande importância que se tem dado ao conhecimento do valor das empresas, seja para aplicá-lo em casos de fusões, aquisições, acompanhamento do desempenho dos administradores ou até mesmo como ferramenta de gestão para tomada de decisões. O presente estudo tem por objetivo abordar os métodos de Valuation e trazer conhecimento sobre um tema pouco explorado na Contabilidade, pelo fato de não abordar somente o que se mensura nos demonstrativos contábeis, pois além destes considera também como ponto importante as reações de mercado, sendo necessária aplicação de alguns conceitos financeiros. Com base para elaboração do estudo de caso foi aplicado o método de Fluxo de Caixa Descontado, por ser o mais utilizado entre os avaliadores e definido pelos autores pesquisados como o mais abrangente por capturar todos os elementos que afetam o valor da empresa. Para desenvolver este assunto foi escolhida para a pesquisa a empresa Marfrig Alimentos S/A por oferecer condições que facilitam o cálculo de valor, e, por se tratar de uma sociedade anônima, grande parte das informações necessárias para este tipo de pesquisa estão disponíveis ao mercado investidor. A unidade escolhida foi a da cidade de Promissão, São Paulo, por comportar o setor corporativo de contabilidade da divisão de bovinos. É importante ressaltar que não é de intenção das autoras estipular o valor da empresa Marfrig Alimentos S/A, mas sim obter conhecimento sobre o tema abordado.

Palavras-chave: Avaliação de empresas. Valor. Fluxo de Caixa Descontado.

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ABSTRACT

The English term Valuation - estimated value or fair value is expressed in the English language as Business Valuation. This concept has been highlighted in the corporate environment due to the great importance it has been given to the understanding of the values of companies, is to apply it in cases of mergers, acquisitions, performance monitoring of managers or even as a management tool for decision-decisions. This study aims to consider methods of Valuation and bring awareness to a relatively unexplored subject in Accounting, not only for address what is measured in the financial statements, but as well as an important point of view in the reactions of the market, and required application of some financial concepts. Basis on the preparation of the case study method was used Discounted Cash Flow, to be the most used among the evaluators surveyed and defined by the authors as the most comprehensive to capture all the elements that affect the value of the company. To develop this subject, the company that was chosen for the research was Marfrig Alimentos S / A for providing conditions that facilitate the calculation of value, and because it is an anonymous corporation, much of the information needed for this type of research are available to the market investor. The unit chosen was the Promissão City, São Paulo, by comprehend the corporate sector's accounting division of cattle. It is important to highlight that there is no intention of the authors stipulate the value of the company Marfrig Alimentos S / A, but to gain knowledge about the topic.

Keywords: Valuation of companies, Value, Discounted Cash Flow.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Marcas Marfrig ................................................................................... 23

LISTA DE QUADROS

Quadro: 1: Demonstrativo financeiro por divisões operacionais........................22

Quadro 2: Estrutura acionária em 31.03.2010...................................................24

Quadro 3: Equação do cálculo de fluxo de caixa livre.......................................30

Quadro 4: Equação do cálculo de flux de caixa acionista.................................32

Quadro 5: Interpretação do beta ( ..................................................................39

Quadro 6: Balanço Patrimonial da Empresa Marfrig.........................................55

Quadro 7: Demonstração dos Resultados dos Exercícios – Marfrig.................56

Quadro 8: Cálculo do WACC da empresa.........................................................63

Quadro 9: Análise de sensibilidade a 2 pontos percentuais..............................64

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LISTA DE SIGLAS

BOVESPA: Bolsa de Valores de São Paulo

CAMP: Capital Asset Pricing Model

CAPEX: Capital Expenditures

CEO: Chief Executive Officers

COPOM: Comitê de Política Monetária

CVM: Comissão de Valores Imobiliários

DNV: Det Norske Veritas

EBIT: Earnings before interest and taxes

EBITDA: Earnings Before Interest,Taxes, Depreciation and Amortization

EMBI: Emerging Market Bond Index

FDCE: Fluxo de Caixa da Empresa

FGV: Fundação Getulio Vargas

IBAMA: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente

IGP: Índice Geral de Preço

IGP-M: Índice Geral de Preço do Mercado

IPA-M: Índice de Preço por Atacado do Mercado

IPO: Oferta Pública Inicial

MFB: Marfrig Frigoríficos Brasil

NCG: Necessidade de Capital de Juros

NOPAT: Net Operating Profit After tax

SELIC: Sistema Especial de Liquidação e Custódia

SGI: Sistema de Gestão Integrado

VPL: Valor Presente Líquido

WACC: Weighted Average Cost of Capital

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO................................................................................................ 13

CAPÍTULO I - A EMPRESA........................................................................... 15

1 HISTÓRICO E INFORMAÇÕES DA COMPANHIA............................. 15

1.1 Origem.................................................................................................. 15

1.2 Missão, Visão e Valores....................................................................... 16

1.2.1 Missão.................................................................................................. 16

1.2.2 Visão.................................................................................................... 17

1.2.3 Valores................................................................................................. 17

1.2.3.1 Compromisso com os clientes e consumidores.................................. 17

1.2.3.2 Respeito ao meio ambiente................................................................ 18

1.2.3.3 Excelência e qualidade...................................................................... 18

1.2.3.4 Responsabilidade social.................................................................... 19

1.2.3.5 Segurança.......................................................................................... 19

1.2.3.6 Integridade......................................................................................... 19

1.3 Sistema de gestão integrado............................................................... 20

1.4 Estrutura Organizacional..................................................................... 20

1.4.1 Divisões bovinos, ovinos e couro......................................................... 20

1.4.2 Aves, suínos, produtos elaborados e processados............................. 21

1.4.3 Informações por segmentos operacionais........................................... 22

1.5 Marcas................................................................................................. 22

1.6 Descrição do grupo econômico........................................................... 23

1.6.1 Acionistas............................................................................................ 24

1.6.2 Coligadas e controladas...................................................................... 24

CAPÍTULO II – REVISÃO TEÓRICA SOBRE GESTÃO DE RISCOS......... 27

2 CONCEITOS E MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE EMPRESAS........ 27

2.1 Métodos de avaliação de empresas................................................... 27

2.1.1 Método do fluxo de caixa descontado................................................ 28

2.1.1.1 Fluxo de caixa livre (FCL).................................................................. 29

2.1.1.1.1 Variação da necessidade de capital de giro – ( NCG).................. 30

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2.1.1.1.2 Gastos de capital (CADEX).............................................................. 31

2.1.1.1.3 Taxa de desconto............................................................................. 31

2.1.1.2 Fluxo de caixa acionista (FCA)............................................................ 32

2.1.1.2.1 Taxa de desconto............................................................................. 32

2.1.2 Método de múltiplos de mercado........................................................ 33

2.2 Custo do Capital................................................................................... 34

2.2.1 Custo médio ponderado de capital (WACC)......................................... 34

2.2.2 Custo de capital próprio........................................................................ 35

2.2.2.1 Taxa livre de risco............................................................................... 36

2.2.2.2 Taxa Selic........................................................................................... 36

2.2.2.3 Prêmio de risco de mercado............................................................... 37

2.2.2.3 Risco país – EMBI (Emerging Market Bond Index)............................. 37

2.2.2.4 Coeficiente beta ( )………………………………………………………. 38

2.2.2.3 Retorno de Mercado…………………………………………………….. 39

2.3 Valor presente liquido (VPL)…………………………………………….. 39

2.4 Modelos de avaliação de riscos............................................................ 40

2.4.1 Análise de sensibilidade........................................................................ 41

2.4.2 Análise de cenários............................................................................... 41

2.4.3 Simulação Financeira............................................................................ 42

2.5 Procedimentos para avaliação de empresas........................................ 42

2.6 Horizonte da projeção........................................................................... 43

2.7 Subjetividade do avaliador.................................................................... 44

2.8 Sinergia................................................................................................. 45

CAPÍTULO III – PROJEÇÕES........................................................................ 46

3 APLICAÇÃO DOS MÉTODOS E AVALIAÇÃO DOS RESUTADOS.. 46

3.1 Estudo de caso....................................................................................... 46

3.2 Considerações preliminares.................................................................. 46

3.3 Informações da empresa e do mercado................................................ 48

3.3.1 Localização............................................................................................ 49

3.3.2 Início das atividades............................................................................... 49

3.3.3 Público alvo............................................................................................ 49

3.3.4 Principais concorrentes.......................................................................... 50

3.3.5 Premissas contempladas....................................................................... 50

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3.3.5.1 Crise imobiliária americana................................................................... 51

3.3.5.2 Inflação................................................................................................. 51

3.3.5.3 Embargos à carne brasileira................................................................. 51

3.3.5.4 Fusão da bertin e JBS.......................................................................... 52

3.3.5.5 Suspensão de exportação em unidades JBS....................................... 52

3.3.5.6 Crise das comodities............................................................................ 53

3.3.5.7 Investimentos no mercado chinês........................................................ 53

3.3.5.8 Instabilidade na taxa de câmbio........................................................... 53

3.3.5.9 Avanço do índice IGP-M....................................................................... 54

3.4 Identificação dos elementos contábeis significativos............................. 54

3.4.1 Análise dos balanços patrimoniais......................................................... 55

3.4.2 Demonstrações dos Resultados do Exercícios (DRE)........................... 55

3.4.3 Fluxo de Caixa Livre............................................................................... 57

3.4 4 Procedimentos para as projeções do fluxo de caixa descontado.......... 58

3.4.4.1 Receitas Líquidas................................................................................. 58

3.4.4.2 Custo da Mercadoria Vendida.............................................................. 59

3.4.4.3 Despesas Operacionais........................................................................ 59

3.4.4.4 Net Operating After Taxes – NOPAT.................................................... 59

3.4.4.5 Depreciação.......................................................................................... 60

3.4.4.6 Earning before interests, taxes, depreciation and amortization –

EBITDA.……………………………………………………………………………… 60

3.4.4.7 Variação da necessidade de capital de giro......................................... 61

3.4.4.8 Capital Expenditures – CAPEX............................................................. 61

3.4.4.9 Valor Resiual........................................................................................ 61

3.4.5 Procedimentos para os cálculos do CAPM e WACC.............................. 62

3.4.5.1 Capital Asset Pricing Model - CAPM................................................... 62

3.4.5.2 Weighted Average Cost of Capital – WACC…………………………… 63

3.5 Análise de Sensibilidade a 2 pontos percentuais................................... 64

3.6 Considerações da pesquisa................................................................... 64

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO..................................................................... 67

CONCLUSÃO................................................................................................... 68

REFERÊNCIAS................................................................................................ 71

APÊNDICES..................................................................................................... 74

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ANEXOS........................................................................................................... 81

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INTRODUÇÃO

Em face ao crescimento da economia e toda sua capacidade

informativa, muitos estudiosos vem se dedicando a desenvolver ferramentas

que permitam avaliar uma organização. Esta nova tendência vem despertando

grandes interesses, sobretudo de empresários e investidores.

A Teoria das Finanças e também a Teoria da Contabilidade fornecem

conceitos e técnicas de avaliação de empresas, no entanto são as transações

ocorridas de fato em um mercado, influenciadas por vários fatores

circunstanciais, que determinam verdadeiramente o preço de um ativo.

As técnicas de Valuation expressam um fascinante desafio. Tem como

objetivo dar valor a uma empresa de forma justa, de maneira a utilizar as

informações fornecidas, para que as melhores decisões sejam tomadas.

Existem vários modelos de avaliação de empresas. Os mais conhecidos

são a Avaliação Patrimonial, Avaliação Patrimonial de Mercado, Avaliação com

base no Lucro Econômico, Avaliação com base nos Fluxo de Caixa

Descontado, Avaliação por Opções Reais e Avaliação Relativa ou por

Múltiplos.

Um dos modelos mais utilizado é o Fluxo de Caixa Descontado.

Segundo Costa, Costa e Alvim (2010), esse modelo se sobressai dos outros

por levar em conta os fluxos de caixa futuros e por apresentar mecanismos

indispensáveis para conclusão do resultado como a tempestividade que

representa a capacidade, o tempo em que são gerados os fluxos e sua relação

com o valor da empresa, a magnitude que faz referencia a proporção do fluxo e

a relação com o valor da empresa e o risco, que quanto maior, resultará em

taxa de desconto maior e consequentemente o valor da empresa será menor.

O processo de avaliação de empresas é recente e pouco se discute

sobre o assunto, principalmente no que diz respeito às técnicas de Valuation.

No entanto os resultados obtidos deste processo são incontestáveis para

tomadas de decisões. Seus resultados podem ser usufruídos por empresários,

proprietários, investidores, credores, acionistas e por qualquer um que

demonstre interesse nos resultados da empresa.

Por essa novidade decidiu-se desenvolver esse trabalho fundamentado

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na técnica de fluxo de caixa descontado, demonstrando seus processos

através de um estudo de caso realizado na empresa Marfrig Alimentos S/A,

não com o objetivo de calcular seu valor, mas sim de conhecer as técnicas de

valoração de empresas e os procedimentos para avaliação e análise dos

resultados.

Diante do estudo do tema foi identificado que qualquer que seja a

abordagem de avaliação de uma empresa sempre existe um propósito

específico que norteará a escolha do método. A partir desta visão, levantou-se

a seguinte questão: A técnica do fluxo de caixa descontado proporciona o

conhecimento do valor da empresa num determinado período?

Do exposto, levantou-se a hipótese que norteia este trabalho, de que a

técnica do fluxo de caixa descontado proporciona o conhecimento do valor da

empresa, pois avalia a organização considerando seus fluxos de caixa atuais.

Para demonstrar na prática a veracidade da hipótese foi realizada

pesquisa de campo na empresa Marfrig Allimentos S/A, situada na cidade de

Promissão, no período de fevereiro a outubro de 2011.

Os métodos de pesquisa utilizados foram o Método de observação

sistemática, o Método histórico e o Método de estudo de caso, a fim de colher

as informações necessárias para a realização deste trabalho.

As técnicas utilizadas estão descritas no capítulo III. O trabalho está

assim organizado:

Capítulo I – Apresenta a história da Marfrig Alimentos S/A, sua trajetória

e estrutura atual.

Capítulo II – Descreve sobre os Métodos de avaliação de empresas e os

conceitos utilizados nas práticas de Valuation.

Capítulo III – Demonstra a aplicação do método de fluxo de caixa

descontado e avaliação do resultado, abordando os conceitos utilizados e

demonstrando seu uso na prática.

Por fim, apresentam-se a Proposta de Intervenção e a Conclusão do

trabalho.

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CAPÍTULO I

A EMPRESA

1 HISTÓRICO E INFORMAÇÕES DA COMPANHIA

1.1 Origem

A Marfrig Alimentos foi fundada em 06 de junho de 2000, mas a história

de sua origem é associada à origem dos negócios de seu presidente, o Sr.

Marcos Antonio Molina dos Santos. No ano de 1986, aos 16 anos de idade, dá

início ás atividades em seu próprio negócio de distribuição de alimentos. Após

dois anos de experiência, se estabelece como distribuidor de cortes bovinos,

suínos, aves e pescados, além de vegetais congelados importados, atendendo

a uma variada gama de clientes no estado de São Paulo, incluindo renomados

restaurantes.

A partir de então, os negócios tomaram um ritmo acelerado de

crescimento. Em 1998, inaugurou seu primeiro centro de distribuição localizado

na cidade de Santo André (SP).

Em 2000, funda a Marfrig Alimentos, com o arrendamento da primeira

unidade de abate e processamento de carne bovina em Bataguassú (MS). Em

2001, arrenda sua segunda unidade de abate em Promissão (SP) e inicia suas

atividades de exportação com a marca GJ, atualmente conhecida

internacionalmente.

Os anos seguintes foram marcados por várias aquisições de empresas

nacionais e internacionais, como a Breeders and Packers, empresa de longa

tradição na Argentina, 50% das ações da Quinto Cuarto S.A., importadora de

carnes do Chile, o Frigorífico Tacuarembó S.A. do Uruguai operante com

exportações para todos os continentes e a Inaler S.A., unidade de abate e

processamento de bovinos e cordeiros no Uruguai.

Em continuidade à estratégia de expansão, destacam-se as aquisições

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da CDB Meats, empresa que atua na importação e distribuição de alimentos no

Reino Unido, a aquisição do grupo norte-americano OSI em suas operações no

Brasil, Irlanda do Norte, Inglaterra, França e Holanda, a aquisição do negócio

brasileiro de proteínas animais da Cargill Inc, incluindo a marca Seara, e a

aquisição da Keystone Foods, especializada em fornecer processados de

carne para redes fast food.

A companhia tornou-se uma Sociedade Anônima em 26 de março de

2007. Obteve seu registro na Comissão de Valores Imobiliários (CVM) em 18

de junho de 2007 e realizou sua Oferta Pública Inicial (IPO) em 29 de junho de

2007. Suas ações encontram-se listadas no Novo Mercado de Bolsa de

Valores de São Paulo (BM&BOVESPA).

Ao final de 2010, a empresa contava com capacidade instalada de

processamento diário de 31,7 mil cabeças de bovinos, 10,4 mil de suínos, 12,9

mil de ovinos, 50,0 mil perus, 3,7 milhões de frangos, além da capacidade de

produção de 126 mil toneladas de produtos elaborados e processados e de

178,5 mil peças de couro processadas por mês.

A Marfrig Alimentos S.A., com sede na Av. Chedid Jafet, nº. 222, Bloco

A, 5º andar, sala 01, Vila Olímpia, São Paulo/SP, marca presença em 22

países nos 5 continentes, com aproximadamente 90 mil colaboradores e uma

plataforma global de 150 unidades, entre plantas de produção e

industrialização, escritório de vendas e centros de distribuição.

1.2 Missão, Visão e Valores

1.2.1 Missão

Atender e superar as expectativas dos clientes e parceiros, fornecendo

produtos seguros e com qualidade diferenciada, através de modernas

tecnologias e elevada qualificação das pessoas, atuando com responsabilidade

social e ambiental e gerando valor para clientes, parceiros, empregados,

acionistas e para a sociedade.

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1.2.2 Visão

Ser reconhecida como uma empresa de excelência no mercado

brasileiro e internacional por processar e comercializar produtos de alta

qualidade, em todos os seus segmentos e marcas comerciais do Grupo

Marfrig, continuando a se expandir no mercado em que atua no Brasil e no

exterior, com o compromisso de aperfeiçoamento contínuo de seus produtos e

com o desenvolvimento sustentável e rentabilidade nos seus negócios.

1.2.3 Valores

Simplicidade e agilidade são diferenciais que permeiam as atitudes e

ações, notadamente no atendimento aos clientes Marfrig. Os integrantes do

Grupo Marfrig estão comprometidos com o respeito e a promoção, de modo

coletivo ou individual, dos seguintes valores:

a) Compromisso com os Clientes e Consumidores;

b) Respeito ao Meio Ambiente;

c) Excelência e Qualidade;

d) Responsabilidade Social;

e) Segurança;

f) Integridade.

1.2.3.1 Compromisso com os clientes e consumidores

A empresa define o compromisso com os clientes como essência de sua

ética. Os direitos do cliente e do consumidor norteiam as relações com o

público consumidor, valorizando o diálogo, que alicerça a confiança e abre o

caminho em direção a outras culturas onde estão os clientes, sejam eles de

qualquer nacionalidade, credo ou raça forem. Faz parte de sua relação com os

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clientes dedicação, agilidade, competência, responsabilidade, lealdade e

integridade.

1.2.3.2 Respeito ao meio ambiente

O Grupo se compromete a financiar e/ou adquirir apenas produtos da

Pecuária Bovina de fontes que não estão incluídas na relação de áreas

embargadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente - IBAMA (Portaria

IBAMA nº 19, de 02 de julho de 2008, e Dec. Nº 6.321, de 21 de dezembro de

2007).

No desenvolvimento das atividades atuais ou futuras, o grupo se

compromete a utilizar tecnologias e recursos que reduzam os impactos das

atividades frente à natureza e às pessoas, visando a contribuir para que as

gerações futuras tenham o meio ambiente preservado dentro de um

desenvolvimento sustentável de uma forma coerente e ética.

1.2.3.3 Excelência e qualidade

Para o grupo, a qualidade máxima dos produtos é sempre uma meta a

ser alcançada, com comprometimento com a saúde e satisfação dos

consumidores.

Através de tecnologias modernas e automação dos processos de

produção, incluindo-se os parceiros, a empresa foca o aprimoramento contínuo

da qualidade dos produtos.

O grupo mantém parceria com os melhores pecuaristas do Brasil e no

exterior, garantindo o fornecimento de matéria-prima de elevada qualidade,

utilizando-se de renomados parceiros no campo da pesquisa, um extenso

programa de bem-estar animal em todo o manejo, pré-embarque, transporte do

gado e abate humanitário. O compromisso da melhor performance possível

está associado ao da qualidade.

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1.2.3.4 Responsabilidade social

Como empresa responsável no meio onde desenvolve suas atividades,

o grupo expressa interesse em apoiar o desenvolvimento para o bem-estar dos

nossos empregados e das comunidades onde atua, através de programas de

Responsabilidade Social.

O grupo é associado ao Instituto Ethos, entidade mantida por um grupo

de empresas interessadas em promover o desenvolvimento social sustentado.

O desejo é de contribuir para uma sociedade mais justa, priorizando

programas de Responsabilidade Social, através da inserção de pessoas na

vida cidadã, incluindo-se, entre as ações, a oportunidade de emprego.

1.2.3.5 Segurança

A empresa fornece os equipamentos de proteção e os treinamentos e

acompanha os resultados de cada área. A segurança no trabalho está

associada diretamente à valorização do empregado.

A empresa é rigorosa na exigência das normas de segurança e saúde

de seus empregados e na apuração das causas dos acidentes, priorizando,

para obter os resultados desejados, ações de prevenção, sem deixar de adotar

as medidas administrativas e disciplinares cabíveis em determinados casos,

para assegurar a observância da segurança plena.

1.2.3.6 Integridade

O Marfrig é um grupo situado na convergência de múltiplos interesses,

portanto, a integridade se torna um estilo de conduta com todos os clientes,

consumidores, comunidades, interlocutores e parceiros. Tal princípio exclui

qualquer hipótese de corrupção e exige uma atuação com retidão, legalidade,

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20

honestidade e a busca da transparência.

1.3 Sistema de gestão integrado (SGI)

O grupo Marfrig iniciou em 2010 o processo de implantação do Sistema

de Gestão Integrado Marfrig, que tem por objetivo desenvolver procedimentos

e práticas socioambientais, de saúde, segurança ocupacional e segurança de

alimentos de acordo com os padrões internacionais de excelência na gestão.

As normas se referem aos padrões ISO 14001 (gestão ambiental), ISO

9001 (gestão de qualidade) OHSAS 18001(gestão de saúde e segurança) e

ISO 22000 (gestão da segurança do alimento).

Até o momento, já foram certificadas, pela DNV – Det Norske Veritas, as

seguintes unidades: Promissão II, SP; Bataguassú, MS; Tangará da Serra,

Paranatinga, MT e Mineiros, GO, e até o final deste ano estão previstas

auditorias em outras quatro unidades. Para acompanhar a evolução do SGI, a

empresa faz a análise de efluentes, o controle do consumo de água, a redução

de resíduos e o controle de emissões atmosféricas.

1.4 Estrutura Organizacional

A operação do Grupo Marfrig em suas demonstrações aos investidores

mostrou-se organizada estrategicamente em duas áreas, de acordo com a

proteína animal que dá origem à receita, segmentadas em:

a) Bovinos , ovinos e couro, com operações de abate de animais

localizadas na América do Sul (Brasil, Argentina,Uruguai e Chile) e

b) Aves, suínos, produtos elaborados e processados, com operações no

Brasil, Europa, Estados Unidos, Oriente Médio e Ásia.

1.4.1 Divisões de bovinos, ovinos e couro

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21

Conta com 45 unidades de produção e processamento (28 no Brasil, 8

na Argentina, 5 no Uruguai, 2 nos EUA, 1 no Chile e 1 na França).

As plantas são projetadas para desempenhar as atividades de abate,

desossa, preparação de cortes (tradicional, especial e para exportação),

embalagem e transporte, que pode ser realizado tanto para os centros de

distribuição próprios como diretamente para os clientes. Possui capacidade

para produzir carne bovina cozida congelada, carnes porcionadas, enlatados,

pratos prontos e carne desidratada (beef jerky).

As plantas de abate aproveitam o couro do gado abatido, que é retirado

da carcaça na própria sala de abate e é vendido para curtumes locais.

Além da carne bovina in natura são comercializados:

a) Sebo (gordura), para curtumes, indústrias química, cosmética e

farmacêutica e fábrica de ração;

b) Farinha (carne ou osso), para fábrica de ração e fabricação de sal

mineral;

c) Miúdos, para indústrias de cosméticos, de calçados e alimentícia;

d) Casco e chifre, para indústrias de moagem, química e artesanal;

e) Tripas, para indústrias de embutidos, esportiva e de produtos

cirúrgicos e

d) Sangue, para indústria farmacêutica, fábrica de ração e biodigestor.

1.4.2 Aves, suínos, produtos elaborados e processados

Possui capacidade para abater 3,7 milhões frangos/dia e 10,4 mil

suínos/dia em 51 unidades de produção e processamento (24 no Brasil, 13 na

Europa, 9 nos EUA, 1 na China, 1 na Tailândia, 1 na Malásia, 1 na Coréia do

Sul, 1 na Austrália), e capacidade de produção de 106.596 toneladas/mês de

produtos processados e industrializados, tais como empanados de frango,

hambúrgueres, pratos prontos, presunto, mortadela, salame, linguiça e

defumados, salsicha e sanduiches prontos.

Entre alguns clientes dentro da rede varejista estão: Wal-Mart, Pão de

Açúcar, Tesco, Carrefour, Waitrose, Sainsbury´s, Sodexho, Sendas, Sonda e

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22

Accor. No segmento de Food Service (distribuição para restaurantes e

churrascarias), inclui restaurantes e redes de fast food como Fogo de Chão,

McDonald´s, Habib´s, Porcão, Barbacoa, Outback, Montana Grill e

Churrascaria Novilho de Prata.

1.4.3 Informações por segmentos operacionais

A Companhia fornece informações ao mercado combinadas por

segmento de atividade, de forma equivalente às consideradas para tomada de

decisões estratégicas pelos seus administradores:

Fonte: Formulário de Referência 2010

Quadro 1 – Demonstrativo financeiro por seguimentos operacionais

1.5 Marcas

O Grupo Marfrig atua em diversos países e possui uma diversidade de

produtos. As marcas encontradas em diversos mercados nos quais atua são

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a) Brasil

b) Argentina, Estados Unidos e Europa

c) Uruguai

Fonte: Marfrig 2011

Figura 1: Marcas Marfrig

1.6 Descrição do grupo econômico

A descrição do grupo tem a intenção de indicar e demonstrar aos

investidores, clientes, fornecedores e demais interessados a relação dos

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controladores diretos e indiretos, controladas e coligadas, participações em

sociedades do grupo e as sociedades sob controle comum. Os dados abaixo

foram extraídos do formulário de referência 2010, emitidos em 31 de maio de

2011.

1.6.1 Acionistas

Em outubro e 2010, a Marfrig comunica que suas ações passaram a

integrar a carteira teórica do Índice Brasil 50 (IBrX-50). O IBrX-50 retrata o

retorno total de uma carteira teórica composta por 50 ações selecionadas entre

as mais negociadas na BM&FBOVESPA em termos de liquidez, ponderadas na

carteira pelo valor de mercado das ações disponíveis à negociação, sendo

utilizado como referência para os investidores e administradores de carteira, e

também para possibilitar o lançamento de derivativos (futuros, opções sobre

futuro e opções sobre índice).

A estrutura acionária da Marfrig é demonstrada de acordo com o quadro

abaixo:

Fonte: Formulário de referência 2010

Quadro 2 – Estrutura acionária em 31.03.2010

1.6.2 Coligadas e controladas

As participações do grupo nas empresas coligadas e controladas são

apresentadas da seguinte maneira, em porcentagem de participação:

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a) Divisão de bovinos, ovinos e couro:

- Marfrig Alimentos S.A (Brasil) – 100%;

- MFB Marfrig Frigoríficos Brasil S.A. – 100%;

- Masplen Ltda (Ilha de Jersey), empresa que detém 100% da

Pampeano S.A (Brasil) – 100%

- Marfrig Overseas Ltda (Ilhas Cayman) – 100%;

- Marfood USA Inc. (EUA) – 100%;

- Quickfood S.A. (Argentina), e as empresas Argentine Breeders &

Packers S.A., Best Beef S.A., Estâncias Del Sur S.A. e Mirab S.A.

(controladas) – 90,05%

- Frigorífico Tacuarembó S.A. (Uruguai) – 93,53;

- Inaler S.A. (Uruguai) – 100%;

- Marfrig Chile S.A. (Chile), as empresas Quinto Quarto S.A, PBP

Chile Limitada (incorporadas) e o Frigorífico Patagônia (controlada)

– 99,47%;

- Prestcott International S.A. (Uruguai), que detém 100% da empresa

Cledinor S.A – 100%;

- Establecimientos Colonia S.A (Uruguai) – 100% e

- Columbus Netherlands B.V (Holanda), que detém 59,17% da

empresa Gidney S.A que é a holding que controla 100% do grupo

Zenda – 100%.

b) Divisão de aves, suínos, produtos elaborados e processados:

- Seara Holdings (Europa), que detém 100% da Babicora Holding

Participações Ltda, que detém 100% da Seara Alimentos S.A (Brasil)

além de suas afiliadas na Europa e na Ásia – 100%,;

- Secculum Participações Ltda. (Brasil) – 99% e União Frederiquense

Participações Ltda. (Brasil) – 99,99%, (empresas que em conjunto

detêm 100% da empresa Frigorífico Mabella Ltda. (Brasil);

- A Mabella ainda concentra as seguintes empresas: Da Granja

Agroindustrial Ltda. – 94%, Braslo Produtos de Carnes Ltda. –

100%, MAS Frangos Participações Ltda ( a qual detém 100% da

Agrofrango Indústria e Comércio de Alimentos Ltda) . – 100% e

Penasul Alimentos Ltda. – 100%;

- MBL Alimentos S.A . – 100%;

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- Weston Importers Ltd. (Reino Unido) – 100%;

- Marfrig Holdings (Europa), que detém 100% da Moy Park Holdings

Limited (empresa com sede na Irlanda do Norte), que detém 100%

das empresas Moy Park Group (Irlanda do Norte) e Kitchen Range

Foods Ltd (Inglaterra) – 100%;

- MFG (USA) Holding Inc, McKey Luxembourg Holdings S.a.r.l.

(Europa) e McKey Luxembourg Holdings APMEA S.a.r.l. (Ásia) –

unidades operacionalmente segregadas que detém os ativos

Keystone – 100%

O Organograma que expressa as coligadas e controladas do grupo

Marfrig está disposto no Anexo A.

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CAPÍTULO II

AVALIAÇÃO DE EMPRESAS – VALUATION

2 CONCEITOS E MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE EMPRESAS

A expressão Avaliação de Empresas provém do termo em inglês

Valuation, que significa valor estimado, ou, valor justo.

O processo de avaliação de empresas vem se destacando no meio

corporativo devido à necessidade de conhecer adequadamente o valor de um

empreendimento. Segundo Copeland, Koller e Murrin (2002), o valor de uma

empresa deve ser compreendido claramente por seus CEOs (Chief Executive

Officers) e administradores de forma que suas habilidades sejam fundamentais

na tomada de decisão. Além disso, essa informação é indispensável para

acionistas e investidores que tenham interesses no desempenho de uma

organização. Para Falcini (1995), o valor da empresa serve como balizador

para a negociação entre compradores e vendedores.

Conforme Costa, Costa e Alvim (2010), existem diferentes metodologias

para mensurar o valor de uma empresa, porém, nenhuma representa o seu

valor exato, pois apesar de técnicas avançadas, os estudos são realizados com

base em premissas e hipóteses comportamentais resultando em um valor

aproximado. Entretanto, segundo Perez e Famá (2003), existem métodos de

avaliação mais consistentes que se revelam tecnicamente mais adequados em

respeito às circunstâncias de avaliação e à qualidade das informações

disponíveis.

Para Costa, Costa e Alvim (2010) é importante ressaltar que cada

processo avaliativo possui características próprias e que a qualidade de uma

avaliação é diretamente proporcional à qualidade dos dados, das informações

e do tempo destinado à compreensão do objeto avaliado.

2.1 Métodos de avaliação de empresas

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Segundo Miller (1995), os métodos de avaliação de empresas são

divididos em três grupos: abordagem de custo, abordagem de mercado e

abordagem de resultados.

Abordagem de custo baseia-se em uma comparação do ativo em

avaliação com seu custo de reposição. Essa abordagem é mais utilizada para

avaliação de máquinas, equipamentos e imóveis que fazem parte de um

negócio e não geram resultados.

Abordagem de Mercado estabelece que o valor de um ativo é igual ao

custo de aquisição de um substituto igualmente desejável. Esse processo

requer comparação e correlação entre ativos em questão e ativos similares

transacionados no mercado com os ajustes necessários.

Abordagem de resultados baseia-se no princípio que o valor de um ativo

é igual ao valor presente líquido dos benefícios econômicos futuros gerados

pelo ativo por seu proprietário. Essa abordagem é muito relevante, pois ela

avalia o negócio específico e sua capacidade de gerar resultados no futuro.

Cornell (1993), apresenta quatro métodos de avaliação de empresas

muito usados na prática: o método do valor contábil ajustado, o método de

valor de mercado das dívidas e das ações, o método de comparação direta e o

método de fluxo de caixa descontado.

Neste trabalho serão abordados dois métodos de avaliação: Método do

Fluxo de Caixa Descontado e Método de Múltiplos de Mercado.

O primeiro projeta os fluxos de caixa futuros e os desconta a valor

presente, e o segundo método tem como objetivo balizar o valor de empresas

comparando com outras do mesmo setor.

2.1.1 Método do fluxo de caixa descontado

O fluxo de caixa descontado é um método para avaliar a riqueza

econômica de uma empresa dimensionada pelos benefícios de caixa a serem

agregados no futuro e descontados por uma taxa de atratividade que reflete o

custo de oportunidade dos provedores de capital.

O fluxo de caixa descontado (FCD) é a principal metodologia utilizada

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para se avaliar empresas. A abordagem do FCD é amplamente utilizada por

bancos de investimentos, consultorias e empresários quando querem calcular o

valor de uma empresa, seja para fins internos, de análise de investimentos ou

para fusões e aquisições.

Ao avaliar uma empresa, objetivamos alcançar o valor justo de mercado, ou seja, aquele que representa de modo equilibrado, a potencialidade econômica de determinada companhia. Entretanto, o preço do negócio somente será definido com base na interação entre as expectativas dos compradores e vendedores. Não existe um valor correto para um negócio. Pelo contrário, ele é determinado para um propósito específico, considerando as perspectivas dos interessados. (MARTINS, 2001, p.263).

Considerando que as empresas não possuem prazo de vida

determinado, dado o princípio da continuidade, o cálculo de seu valor é

baseado na estimativa de fluxos infinitos

Segundo Damodaram (1997), essa metodologia é a mais fácil de ser

utilizada em empresas que apresentam fluxos de caixa positivos, os quais

possam ser estimados de maneira confiável para períodos futuros, onde exista

um substituto para risco que possa ser utilizado para a obtenção de taxas de

desconto.

A técnica de avaliação por fluxo de caixa descontado captura todos os

elementos que afetam o valor da empresa de maneira abrangente e, sendo

uma técnica de natureza econômica, reflete de forma mais consistente o valor

da empresa do que o valor obtido a partir de técnicas contábeis, as quais

baseiam-se no lucro e não consideram o investimento exigido para gerar os

lucros nem o momento em que eles ocorrem.

O fluxo de caixa descontado pode ser mensurado de duas maneiras:

a) pelo método do fluxo de caixa dos acionistas

b) pelo método do fluxo de caixa livre

2.1.1.1 Fluxo de caixa livre (FCL)

O fluxo de caixa livre representa o que está disponível para pagar os

direitos dos credores e acionistas, desconsiderando os juros, amortizações e

pagamento dos dividendos.

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30

Para Costa, Costa e Alvim (2010), o Fluxo de caixa Livre é o fluxo

gerado pelas operações da empresa, partindo do lucro da atividade projetado

líquido de impostos, retornados com a depreciação do imobilizado e

amortização do intangível, deduzidos os investimentos adicionais no giro e

gastos de capital, conforme equação abaixo:

Vendas Brutas

(-) Impostos sobre Venda

= Vendas Líquidas

(-) Custos das Vendas

= Lucro Bruto

(-) Despesas Operacionais

= Lucro da atividade (EBIT)

(-) Impostos sobre o Lucro da Atividade (taxes on EBIT)

= Lucro Operacional Líquido (NOPAT ou ainda NOPLAT)

(+) Depreciação / Amortização

(-) NCG (variação de necessidade de capital de giro)

(-) Gastos de Capital (CAPEX)

= Fluxo de Caixa livre

Fonte: Costa; Costa; Alvim, 2010, p.158

Quadro 03 – Equação do Cálculo de Fluxo de Caixa Livre

Sendo:

EBIT – Earnings before interest and taxes

NOPAT – Net Operating Profit After tax

CAPEX – Capital Expenditures

2.1.1.1.1 Variação da necessidade de capital de giro - ( NCG)

A variação da necessidade de capital de giro, segundo Costa, Costa,

Alvim (2010), é um ajuste necessário para transformar receitas em

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31

recebimentos e despesas em pagamentos. Os recebimentos correspondem às

receitas com vendas menos a variação de duplicatas a receber e os

pagamentos correspondem às compras menos a variação de fornecedores.

Ainda segundo Costa, Costa, Alvim (2010), parar projetar a variação da

necessidade de capital de giro é necessário estabelecer os prazos médios de

pagamento e recebimento.

2.1.1.1.2 Gastos de capital (CAPEX)

Para Costa, Costa, Alvim (2010), gastos de capital são os gastos

necessários para a geração de fluxo de caixa futuro.

Correspondem aos gastos com novas imobilizações (investimentos

estratégicos e de manutenção) e adições ao intangível que só devem ser

considerados se já tiverem em andamento.

Os gastos de capital precisam estar correlacionados ao crescimento do

lucro da atividade, ou seja, deve haver uma consistência entre o aumento de

vendas, do lucro da atividade e investimentos.

2.1.1.1.3 Taxa de desconto

Segundo Copeland, Koller e Murrin (2010), o que move o fluxo de caixa

descontado livre de uma empresa é a taxa que cresce suas receitas, lucros a

base de capital da empresa e o retorno sobre o capital investido, isto é, o custo

de capital.

Na maioria das empresas a projeção do fluxo de caixa livre é realizado

pela taxa de desconto WACC que, segundo Costa, Costa e Alvim (2010), é a

média ponderada das taxas exigidas das diversas fontes de financiamento da

estrutura de capital da empresa, ainda segundo o mesmo, esta taxa deve ser

recalculada ano a ano, visto que há mudanças nas taxas de juros utilizadas

para o cálculo médio.

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32

2.1.1.2 Fluxo de caixa do acionista (FCA)

O fluxo de caixa do acionista é um método alternativo para se obter o

valor da empresa fazendo uma projeção do fluxo de caixa livre para o acionista.

Nesta abordagem, o valor da empresa é obtido pelo fluxo de caixa dos

sócios, ou seja, os valores de caixa resultantes após a dedução de todas as

despesas e pagamentos de juros, descontados a valor presente. “O fluxo de

caixa dos acionistas representa o fluxo de caixa líquido, após computados os

efeitos de todas as dívidas para complementar o financiamento da empresa”

(MARTINS, 2001, p. 25).

Costa, Costa e Alvim (2010), demonstram o fluxo de caixa do acionista

através da seguinte equação:

Lucro da Atividade ( EBIT)

(-) Impostos sobre o Lucro da Atividade (taxes on EBIT)

= Lucro Operacional líquido de impostos (NOPAT)

(+) Depreciação / Amortização

(-) NCG

(-) Gastos de Capital

= Fluxo de Caixa Livre da Empresa

(-) Juros

(-) Pagamento de principal

(+) Novos financiamentos contraídos

= Fluxo de Caixa do Acionista

Fonte: Costa; Costa; Alvim, 2010, p.164

Quadro 04 – Equação do Cálculo de Fluxo de Caixa Acionista

2.1.1.2.1 Taxa de desconto

A taxa de desconto mais indicada para o cálculo de custo de capital

próprio no fluxo de caixa do acionista é o método CAMP que deve levar em

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consideração as alterações ano a ano em sua taxa, pois, segundo Costa,

Costa e Alvim, (2010) mudanças na estrutura do capital pode alterar as bases,

para o cálculo custo do mesmo e prejudicar a projeção.

2.1.2 Métodos de múltiplos de mercado.

Os múltiplos são valores padronizados de ativos, de maneira que se

possam comparar empresas de alguma forma entre si, tornando assim

referências de mercado para que não haja super ou subavaliação de ativo em

relação ao mercado.

A metodologia baseia-se na ideia de que empresas semelhantes devem possuir preços semelhantes, no entanto, a comparação de preços por ações negociadas não é valida porque o que interessa é o valor de mercado e não o valor individual de cada ação. (MARTELANC; PASIN, 2005, p.185).

Segundo Damodaran (2004), nessa modalidade de avaliação, o objetivo

é verificar os ativos com base em ativos similares e, então, visualizar como o

mercado está precificando essas empresas.

Conforme Pasin (2004), a avaliação relativa é bastante intuitiva,

apresentando alto grau de possibilidade de manipulação, apto a retornar

qualquer valor para a empresa analisada.

Os múltiplos mais utilizados são: Múltiplos de EBITDA (Earnings Before

Interest, Taxes, Depreciation and Amortization), múltiplos de receita, múltiplos

de lucro líquido, múltiplos de fluxo de caixa, múltiplos de valor patrimonial e

múltiplos específicos. O cálculo poderá ser efetuado considerando o Market

Value ou o Book Value.

Market Value é o valor de mercado obtido com base na cotação das

ações da companhia em algum mercado, e o Book Value são os valores

obtidos com base nas demonstrações financeiras, no entanto, para fins de

avaliação, os valores de mercado podem ser variáveis mais representativas do

que com base nos balanços.

Entende-se por valor da empresa a soma do patrimônio líquido (Book

Value ou Market Value) mais as dívidas financeiras da companhia, deduzidas o

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disponível. Por decorrência, o valor dos acionistas será somente o patrimônio

líquido. Se o analista estiver trabalhando com o valor da companhia, deve

escolher uma variável, para fins de cálculo de um múltiplo, antes das despesas

financeiras, ou seja, algo relacionado com o valor total da empresa.

Os múltiplos mais utilizados são: Múltiplos de EBITDA, Múltiplos de

receita, Múltiplos de lucro líquido, Múltiplos de fluxo de caixa e Múltiplos de

valor patrimonial.

2.2 Custo do Capital

Segundo Costa, Costa e Alvim (2010), determinar o custo do capital

pode subavaliar ou superavaliar o valor da empresa e isso podem trazer sérios

prejuízos para a organização, visto que, a cada dia esse mecanismo está mais

inserido na vida empresarial, participando significativamente no processo

decisório da empresa.

Copeland, Koller e Murrin (2002) consideram o custo de capital como a

remuneração mínima que os credores e acionistas esperam pelo custo de

oportunidade de investimento de seus recursos. Segundo Assaf Neto (2004), o

custo de capital é estabelecido pelas condições com que a empresa obtém

seus recursos financeiros no mercado de capitais, sendo geralmente

determinados por uma média dos custos de oportunidade do capital próprio e

de terceiros, ponderados pelas respectivas proporções utilizadas de capital

líquidas do imposto de renda.

Os principais métodos para mensurar o custo de capital são: Weighted

Average Cost of Capital (WACC) ou custo médio ponderado de capital e o

Capital Asset Pricing Model (CAMP) ou custo de capital próprio.

2.2.1 Custo médio ponderado de capital (WACC)

Em função das várias fontes de capitais, cujo cada um tem seu custo

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35

específico, surge a necessidade de estimar o Custo Médio Ponderado de

Capital ou WACC (Weighted Average Cost of Capital) de uma empresa,

sobretudo, para mensurar o seu valor e dar suporte na tomada de decisão.

O princípio geral mais importante para Copeland, Koller e Murrin (2002)

para estimar o WACC é que ele deve condizer com a abordagem geral da

avaliação e com a definição do fluxo de caixa a ser descontado, para isso, é

importante que as ponderações de taxas sejam feitas com base em valores de

mercado.

O WACC é o retorno exigido sobre o capital investido para que a

empresa atinja o equilíbrio na aplicação efetuada. Essa taxa apropriada deve

ser a taxa mínima de retorno esperada que uma empresa ou investimento

precisa oferecer para ser atraente.

As maiores dificuldades no cálculo do WACC estão na subjetividade

intrínseca a essa taxa e a falta de informações seguras que constituem fatores

que podem levar a erros no cálculo de avaliação da empresa. Nesse sentido,

deve-se tomar cuidado ao utilizar o WACC, pois se a taxa de risco não estiver

corretamente avaliada, poderá induzir a erros de julgamentos.

O custo médio ponderado (WACC) é obtido pela seguinte fórmula:

WACC = (PL% x kpl) + (Flp% x kfpl1) + (Flp2% x kflp2) +…+ (flpn% x kflp)

Sendo:

PL% = Participação % do patrimônio líquido total dos capitais.

Flp1 = Participações % dos financiamentos de longo prazo1

Flpn = Participações % dos financiamentos de longo prazo n

K = Custo percentual (taxa) incidente do comportamento do capital

O WACC pode ser empregado como taxa de desconto, quando o risco

do projeto for similar ao risco dos ativos existentes, quando isso não ocorrer, há

que se procurar outra taxa compatível com o risco do projeto novo.

2.2.2 Custo de capital próprio

O Capital Asset Pricing Model (CAPM) é a metodologia mais utilizada

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36

para fins de cálculo do custo de capital próprio em avaliações de empresas.

Esse modelo segundo Costa, Costa e Alvim (2010), determina a taxa de

retorno teórica apropriada de um determinado ativo em relação a uma carteira

de mercado, representa a taxa de rentabilidade exigida pelos investidores

como compensação pelo risco de mercado a que estão expostos.

É obtido através da seguinte fórmula:

Kj = RF + [ j x (Km - Rf)]

Onde:

Kj = Retorno exigido pelos acionistas, do ativo j

RF = taxa de retorno de ativos livre de riscos

j = coeficiente beta ou indicador de risco não identificável do ativo j

Km = retorno do mercado

(Km - Rf) = prêmio por risco de mercado

2.2.2.1 Taxa livre de risco

De acordo com Costa, Costa e Alvim (2010), a taxa livre de risco é o

piso que forma a taxa de desconto para avaliações de empresas. Representa o

desejo do investidor em garantir em qualquer investimento uma remuneração

pela espera, ou seja, pelo custo do capital investido livre de risco.

No Brasil, Segundo Costa, Costa e Alvim (2010), a taxa Selic (Sistema

Especial de Liquidação e Custódia) é usada por alguns acadêmicos e práticos

como taxa livre de risco no modelo CAMP para compor o custo de capital

próprio.

2.2.2.2 Taxa Selic

A taxa Selic é uma média dos juros que o governo paga aos bancos que

lhe emprestam dinheiro, é definida pelo Copom (Comitê de Política Monetária),

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órgão governamental responsável por estabelecer as diretrizes de política

monetária do país. A Selic é conhecida como taxa de juro básica, pois, serve

como referência para outras operações financeiras.

Para as empresas, um aumento na Selic representa diretamente um

aumento no seu custo médio de capital e modificações na estrutura de capital

próprio da empresa, pois, elevam o custo do passivo em especial os

empréstimos bancários e acabam refletindo na estrutura de capital próprio, em

que o investidor com a elevação da taxa livre de risco exigirá maior retorno.

2.2.2.3 Prêmio de risco de mercado

O prêmio de risco de mercado é a diferença entre o rendimento de um

título público de um país em relação a outro investimento considerado seguro,

ou seja, é o retorno adicional que os investidores desejam obter para aceitar

correr determinado grau de risco. Quanto maior o risco, maior será o prêmio.

segundo Copeland, Koller e Murrin, (2002), o prêmio de risco pode ser

estimado com base em dados históricos que procurem prever o futuro.

Nos países em desenvolvimento os títulos públicos, segundo Costa,

Costa e Alvim (2010), não têm grau de maturidade suficiente para gerar

confiança, não podem ser considerados livres de risco. Diante desse fato, os

títulos do governo dos EUA, que são considerados os mais seguros do mundo,

servem como parâmetro para medir esse prêmio.

2.2.2.3 Risco país – EMBI (Emerging Market Bond Index)

O risco pais é representado pelo indicador EMBI (Emerging Market

Bond Index), utilizado para medir o grau de risco de uma economia.

O EMBI mede a diferença entre a taxa de retorno dos títulos de longo

prazo do tesouro americano considerados de baixo risco e os títulos de mesma

natureza em países emergentes, como o Brasil.

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O risco país é, desta forma, um termômetro para saber qual a percepção

de risco dos investidores internacionais. Quanto menor o risco país, maior a

certeza de que a economia tem atratividade e continuará recebendo

investimento externo.

Em países com economia não madura como o Brasil, o risco país

segundo Costa, Costa e Alvim (2010), deve refletir no prêmio de risco de

mercado para estimar o custo de capital próprio.

2.2.2.4 Coeficiente beta (

O coeficiente beta é uma medida do risco sistemático (não

diversificável), utilizada para se calcular o custo do capital próprio. Estuda o

comportamento de um determinado titulo em relação ao mercado,

representando a medida de votalidade de seus retornos equiparados aos

retornos do mercado como um todo.

Para sua identificação, busca-se no mercado uma amostra de empresas

do mesmo setor e com características, tanto operacionais, como financeiras

semelhantes à da empresa avaliada.

Damodaran (1997) cita três elementos como determinantes do valor do

beta:

a) natureza cíclica das receitas (tipo de negócio), sendo a variabilidade

das receitas relacionada ao risco do negócio, ou seja, quanto maior a

diversificação de suas receitas, maior será o risco corrido pela

empresa, o que resultará em um beta maior;

b) alavancagem operacional, que representa maior influência das

vendas no resultado em empresas com uma estrutura de custos com

maior representação de custos fixos que acabam se tornando mais

arriscadas e possuindo betas maiores; e

c) alavancagem financeira, que relaciona o aumento do beta ao aumento

do risco, devido ao endividamento e aos custos financeiros fixos.

Para Assaf Neto (2008), quanto maior o beta de uma ação, maior

será o risco e o seu retorno ao mercado sendo da seguinte forma

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A ação está na mesma direção do retorno esperado do mercado.

O risco da ação é mais elevado que o risco do retorno de mercado

considerado agressivo.

O risco da ação é menor que o risco do retorno de mercado é

considerado um defensivo.

Fonte: Elaborado pelas autoras, 2011

Quadro 05 – Interpretação do beta (

2.2.2.3 Retorno de Mercado

O retorno de mercado é um indicador que reflete o retorno de uma

carteira de mercado que, segundo Assaf Neto, (2008), representa na teoria

todos os títulos na exata proporção em que estão disponíveis no mercado. No

Brasil, por exemplo, a Bovespa (Bolsa de valores de São Paulo) representa

uma carteira de mercado.

No retorno de uma carteira de mercado, estão inclusos os juros de

aplicações em títulos livres de riscos, mais um prêmio pelo risco de mercado, o

qual é definido pela carteira, com o intuito de oferecer máxima satisfação na

relação risco/retorno.

2.3 Valor presente líquido (VPL)

O valor presente líquido, segundo Assaf Neto (2008), é obtido pela

diferença entre o valor presente dos benefícios líquidos de caixa, previstos para

cada período do horizonte de duração do projeto e o valor presente do

investimento (desembolsos de caixa). É utilizado na análise da viabilidade de

um projeto de investimento e representado pela seguinte equação:

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Onde:

Lt - é o fluxo líquido do projeto no horizonte n;

r - é a Taxa de Desconto

t - representa a variável tempo, medida em anos ou o horizonte de

planejamento.

Os fluxos estimados podem ser positivos ou negativos, de acordo com

as entradas ou saídas de caixa. A taxa fornecida à função representa o

rendimento esperado do projeto. Caso o VPL encontrado no cálculo seja

negativo, o retorno do projeto será menor que o investimento inicial, o que

sugere que ele seja reprovado. Caso seja positivo, o valor obtido no projeto

pagará o investimento inicial, o que o torna viável.

2.4 Modelos de avaliação de riscos

Em modelos de projeções de resultados futuros, a hipótese de que as

premissas devem ser tratadas com certeza absoluta é irrealista. “A incerteza

estará sempre presente, em maior ou menor grau, numa avaliação que

dependa de eventos futuros.” (COSTA; COSTA; ALVIM, 2010, p. 223).

A maior dificuldade em projeções financeiras não é apenas na

elaboração de fluxo de caixa e de modelos que projetem o lucro ou o valor da

companhia, mas sim na escolha de cada uma das variáveis ou premissas do

modelo utilizado, pois para cada um existe um fator de risco, que será

proporcional à quantidade e qualidade das informações disponíveis.

De acordo com Costa, Costa e Alvim (2010, p. 223), os estados futuros

podem ser divididos em três: certeza, risco e incerteza.

a) Certeza

A certeza é caracterizada quando o resumo das situações de

comportamento futuro das variáveis se estreita a uma faixa de valores

muito próximos, e mesmo sendo um estado teórico, pode-se

desprezar a incerteza, considerando a relação custo/benefício de uma

análise de risco.

b) Risco

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Há risco quando podem ser estabelecidas probabilidades de

ocorrência dos estados futuros e o conjunto de possíveis retornos.

c) Incerteza

A incerteza refere-se o fato de não ter conhecimento dos estados

futuros nem as probabilidades de ocorrência. É um estado extremo de

avaliação de riscos. Para que possa ser posto em prática deve ser

transformado numa situação de risco.

Entre os modelos de avaliação de riscos, os métodos mais utilizados

são: análise de sensibilidade, análise de cenários e simulação financeira.

2.4.1 Análise de sensibilidade

A análise de sensibilidade é uma técnica que procura medir o efeito de

uma alteração em uma premissa no resultado final de uma projeção. Envolve

questões com base nos resultados, analisando quais impactos sofreriam se

alterada alguma variável no modelo utilizado. Apesar de ser uma ferramenta de

grande utilidade, estuda a variação de cada parâmetro isoladamente, como

sendo independentes, portanto, como as dúvidas geralmente se relacionam a

diversas variáveis, na prática analisar a variação de todos os parâmetros seria

inviável, mas a análise pode ser efetuada nas consideradas mais importantes.

“A Análise de Sensibilidade é o ponto de partida para qualquer tipo de

análise de risco.” (COSTA; COSTA; ALVIM, 2010, p. 224).

2.4.2 Análise de cenários

Neste modelo, para identificar um risco deve-se definir um limite inferior,

superior e os valores médios dos fatores estimados, e com essas informações

calcular variadas combinações em cenários de estimativas pessimistas, médias

e otimistas. Segundo Porter (apud COSTA; COSTA; ALVIM, 2010, p. 225) “A

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construção de cenários permite examinar algumas combinações plausíveis das

distintas variáveis e seu efeito conjunto na projeção e avaliação da empresa”.

2.4.3 Simulação financeira

A simulação financeira é uma técnica que busca tirar conclusões e

atribuir uma probabilidade para cada uma das diferentes situações, o que não

acontece com a análise de sensibilidade e com a análise de cenários, que

mesmo apontado o resultado, não informam a probabilidade para cada

alternativa. As simulações financeiras são técnicas mais avançadas que

calculam os riscos de forma mais precisa, não em hipóteses, e são operadas

em sistemas complexos. Entre os modelos que existem, o mais utilizado é o

modelo de Monte Carlo, uma técnica de amostragem ampla, que ganhou uma

nova dimensão com o aperfeiçoamento da informática e dos programas de

computadores, com capacidade de armazenagem e velocidade de cálculos.

2.5 Procedimentos para avaliação de empresas

Para calcular o valor justo de uma empresa, é primordial conhecer o

objeto avaliado. Costa, Costa, Alvim (2010) definem alguns passos a serem

seguidos em um processo de avaliação de empresas.

a) análise histórica da Empresa;

b) estabelecer as premissas para a projeção das demonstrações

contábeis;

c) estabelecer o horizonte explícito de projeção das demonstrações

contábeis (de preferência que este horizonte coincida com o período

de manutenção das vantagens competitivas da empresa);

d) realizar a projeção financeira da empresa (margem de lucro,

necessidade de investimento, evolução dos preços e custos, taxas de

financiamentos). As projeções que darão base para cálculo do valor

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são: Demonstração do Resultado do Exercício e Demonstrações do

Fluxo de Caixa.

e) calcular o custo de capital da empresa;

f) calcular o valor presente do fluxo de caixa do horizonte explicito de

projeção;

g) calcular o valor residual da empresa (valor de perpetuidade ou valor

de liquidação, dependendo de cada caso);

h) obter o valor dos ativos operacionais da empresa ou o valor da

empresa para os acionistas;

i) interpretar o valor. Fazer comparações com empresas semelhantes,

complementando a análise através de múltiplos. Fazer análise de

sensibilidade, cenários, simulação de risco.

2.6 Horizonte da projeção

Uma empresa, diferentemente de seus projetos, espera-se que tenha

vida infinita e, portanto, continue a operar por períodos mais longos do que os

projetados nos fluxos de caixa.

Em projeções financeiras de resultados futuros, são utilizadas variáveis

que auxiliam a delinear um horizonte que englobe todo o período de

crescimento a fim de gerar um resultado satisfatório à análise de valor.

A definição do horizonte de projeção dos fluxos de caixa não influencia o valor de uma empresa. No entanto, se esse horizonte for menor do que o período de crescimento acelerado e se o valor terminal for calculado antes da estabilização de seus lucros de seu fluxo de caixa, ela estará sendo subavaliada. (MARTELANC; PASIN; PEREIRA, 2010, p. 44)

Segundo Martelanc, Pasin e Pereira (2010), a escolha do horizonte não

tem uma regra definida, dependendo do julgamento do analista, do setor da

empresa e do crescimento projetado. Geralmente, são projetados sete, dez ou

quinze anos. As variáveis que devem ser observadas para delinear o horizonte

do projeto são:

a) Risco do empreendimento

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Quanto maior o risco, maior é a dificuldade de projetar os fluxos de

caixa em um futuro distante e menos relevantes serão os resultados

projetados, portanto, menor deve ser o horizonte do projeto.

b) Período transiente

Quanto maior o período de instabilidade dos fluxos de caixa, maior o

horizonte de projeção. Isso ocorre quando a empresa está há anos

em uma fase de investimentos e reformulações.

c) Vida útil limitada

Somente uma minoria de projetos possui vida determinada. São os

casos dos serviços públicos cuja operação foi concedida a uma

empresa particular. Nestes casos, a projeção deve seguir o tempo de

vida do projeto.

2.7 Subjetividade do avaliador

A avaliação de empresa depende de vários fatores e é objeto de

julgamento e discussão. É claro que diferentes pessoas, mesmo que com a

mesma metodologia, partindo de pressupostos diferentes, cheguem a

conclusões diferentes. O que importa é o futuro e o que a empresa gerará de

lucro aos seus investidores.

Aqui reside o principal ponto fraco da estimativa do valor, pois é muito

difícil prever o futuro uma base das características e comportamento de

mercado, entendimento amplo da operação das empresas e de suas

estratégias para fazer uma avaliação realista e coerente com sua situação real.

O processo de modelagem de projeções e avaliações não deve basear-se em simples intuições, mais sim em conhecimento do mercado (necessário para a projeção de preços e quantidades vendidas dos produtos) no entendimento das principais premissas da empresa (custos de produção, despesas, prazos de recebimento, estocagem e pagamento, investimentos, financiamentos) e das premissas macroeconômicas (taxas de juros, nível de renda, inflação e câmbio). (COSTA; COSTA; ALVIM, 2010, p. 6)

Apesar de toda subjetividade no processo de avaliação de empresas,

para Costa, Costa e Alvim, (2010), o conjunto de premissas consistentes que

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permite projetar as demonstrações financeiras da empresa e do custo de

capital ao longo dos anos são os fatores determinantes para a estimativa do

valor da empresa.

2.8 Sinergia

Dentro de uma organização um dos grandes desafios é realizar a

integração das partes com os objetivos da empresa, esse fato é ainda mais

relevante nos processos de aquisição e fusão, em que as empresas têm

aspectos culturais diferentes e isso acaba dificultando o processo de

harmonização.

Segundo Key (1995), em processos de fusão e aquisição os ganhos

sinérgicos podem demorar a aparecer devido ás dificuldades na integração das

empresas, dificultando o processo de reestruturação dessas companhias.

Ainda segundo o mesmo autor, se este processo de reestruturação demorar

para ser concluído, ou seja, se não for feita a redução da estrutura das

empresas, a integração dos departamentos, a eliminação das tarefas

redundantes e do pessoal em excesso, a empresa arcará com a ineficiência

desse processo, como elevação dos custos administrativos e perdas no valor

da companhia.

A falta de sinergias nas empresas pode resultar em muitos prejuízos e

até mesmo levar ao fracasso do empreendimento. É muito importante que

todos estejam envolvidos das mesmas metas de forma que esta sinergia

agregue valor a empresa e garanta o sucesso do empreendimento.

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CAPÍTULO III

PROJEÇÕES

3 APLICAÇÃO DOS MÉTODOS E AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS

3.1 Estudo de caso

Para conhecer os métodos de valoração de empresas e avaliar o retorno

das técnicas de Valuation com ênfase no Fluxo de Caixa Descontado, foi

realizada pesquisa de campo no período de fevereiro a outubro de 2011.

No estudo de caso realizado na empresa Marfrig Alimentos S.A, foram

analisados e observados os aspectos relacionados ao desempenho das

unidades de negócio e suas demonstrações financeiras utilizadas para

projeção de valores.

As técnicas utilizadas foram: Roteiro de Estudo de Caso (Apêndice A),

Roteiro de Observação Sistemática (Apêndice B), Roteiro do Histórico da

Empresa (Apêndice C), Roteiro de Entrevista para o Administrador Financeiro

(Apêndice D), Roteiro de Entrevista para o Gerente Contábil (Apêndice E).

3.2 Considerações preliminares

Este trabalho contempla informações operacionais e financeiras da

empresa Marfrig Alimentos S.A, analisando a performance praticada nos

últimos 2 anos e as respectivas projeções e desempenho esperado para os

próximos 10 anos.

Na elaboração da proposta foram levantados os fatores que identificam

a realidade esperada do ambiente econômico da empresa, sustentados em

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47

determinadas premissas e hipóteses comportamentais. Entretanto, as

projeções estão sujeitas às incertezas e adversidades que poderão ocorrer no

mercado, as quais independem da competência dos gestores e poderão não

corresponder às expectativas analisadas. Assim, as expectativas projetadas na

avaliação podem se alterar no período considerado, principalmente pelas

oscilações conjunturais.

É importante ressaltar que não faz parte do objetivo deste trabalho

encontrar o valor exato da empresa nem a utilização desses resultados para

uma conclusão financeira de seu efetivo valor, mas sim a demonstração das

técnicas de avaliação e valoração, bem como a importância desse

procedimento e qual o benefício da análise de um valor projetado.

Os bens patrimoniais produtivos da empresa não são contemplados

neste trabalho, pois se determina o valor de uma empresa por sua capacidade

de produzir resultados em um ambiente futuro e não pelo valor intrínseco de

seus ativos.

O valor de uma empresa é definido pelo que ela é capaz de produzir de benefícios econômicos futuro de caixa, pelos seus resultados esperados. O patrimônio físico de uma empresa, como prédios, terrenos, máquinas etc. somente tem valor se for capaz de gerar resultados futuros. (ASSAF NETO; LIMA, 2009, p. 734).

Não é possível avaliar uma empresa através de fundamentos de uma

ciência exata, na qual se permite a comprovação absoluta dos resultados

apurados.

Existem diversos modelos de avaliação de empresas – todos

apresentam níveis variados de subjetividade. Não há uma forma de avaliação

que não seja questionável, seja pela subjetividade inerente do modelo adotado,

seja pela incerteza do mercado futuro, seja, até mesmo, pelo fator de

interesses especulativos ou julgamento de valor do comprador ou do vendedor.

O Fluxo de Caixa Descontado, técnica aplicada neste trabalho, é a mais

empregada e a mais indicada metodologia de avaliação de empresas e a que

atende com maior rigor conceitual e coerência com a Teoria de Finanças.

Pelo método do Fluxo de Caixa Descontado (FCD), o valor da empresa

é determinado pelo fluxo de caixa projetado, descontado a uma taxa do risco

associado ao negócio. É calculado pelo valor presente de todos os fluxos

previstos de caixa no futuro, descontados pelo custo de oportunidade dos

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investidores.

Conforme Assaf Neto (2005), os indicadores contemplados no fluxo de

caixa descontado (FCD) são:

a) Capital Asset Pricing Model (CAPM): modelo de finanças que

determina o preço de um Ativo utilizando a relação risco x retorno.

Trata-se de um modelo de apreçamento de ativos de capital.

Determina o custo do capital próprio.

Fórmula: CAPM = Kj = Rf + [βj x (Km – Rf)]

Onde: Rf = taxa livre de risco do ativo J

β = Coeficiente Beta do ativo J

Km = retorno do mercado

O Coeficiente Beta (β) é o coeficiente de risco da ação de uma

empresa com relação a um índice de mercado que represente de

maneira adequada o mercado acionário como um todo.

b) Taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia): índice

balizador das taxas de juros cobradas pelo mercado brasileiro.

c) Taxa de desconto: Rentabilidade do Patrimônio Líquido do segmento.

d) Valor Presente: corresponde ao valor futuro descontado a

determinada taxa de juros. Fórmula:

VP= [FC1 / (1+k)1 ]+[FC2 / (1+k)2 ] +[FC3 / (1+k)3 ] +... +[FCn / (1+k)n ]

e) Free Cash Flow: Fluxo de Caixa Livre, com a fórmula: Vp + VpValor

Residual

f) Prêmio de Risco de Mercado: Valor pago por um investimento acima

de uma taxa livre de risco. Diferença entre a taxa de juros com riscos

e outra livre de riscos.

3.3 Informações da empresa e do mercado

Para a projeção de valores futuros é necessário considerar dados do

mercado e da empresa que darão diretrizes para o processo de avaliação.

Todas as informações encontradas fazem parte da resposta do ambiente a que

a empresa está inserida e seu mercado de atuação.

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3.3.1 Localização

Com sede em São Paulo, o grupo consiste em aproximadamente 150

unidades espalhas em 22 países, nos 5 continentes:

a) 45 unidades de produção e processamento de carne bovina e ovina

(28 no Brasil, 8 na Argentina e 5 no Uruguai, 2 nos EUA, 1 no Chile e

1 na França);

b) 51 unidades de produção e processamento de carne suína e de aves

(24 no Brasil, 13 na Europa, 9 nos EUA, 1 na China, 1 na Tailândia, 1

na Malásia, 1 na Coréia do Sul, 1 na Austrália);

c) 14 unidades de produção e escritórios comerciais de couro (1 no

Brasil, 4 no Uruguai, 1 na China, 1 na Alemanha, 2 nos EUA, 1 na

Argentina, 1 no México e 3 na África do Sul);

d) 28 centros de distribuição de Keystone (8 na França, 6 na Austrália, 4

nos EUA, 4 no Oriente Médio, 3 na Inglaterra, 1 na Nova Zelândia, 1

na Malásia e 1 na Coréia do Sul); além de uma completa rede para

distribuição na América do Sul com unidades próprias e terceirizadas;

e) 2 tradings (1 no Chile e 1 na Inglaterra);

f) 1 unidade de criação e venda de Suínos no Brasil;

g) 3 unidades integradas de criação de aves e produção de ração nos

EUA; e

h) 6 confinamentos de terminação próprios além de mais 12

terceirizados (9 na Argentina, 5 no Brasil e 4 no Uruguai).

3.3.2 Início das atividades

O início de suas atividades está registrado no dia 06 de setembro de

2000.

3.3.3 Público alvo

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Varejistas e clientes Food service (industrializados).

3.3.4 Principais concorrentes

a) Brasil Foods (Brasil);

b) JBS/Bertin (Brasil);

c) Minerva (Brasil);

d) JBS (Argentina)

e) Cargill (Argentina);

f) Minerva através do frigorífico Pul (Uruguai);

g) San Jacinto Nirea (Uruguai);

h) Matadero Carrasco (Uruguai);

i) JBS/Bertin, através do frigorífico Canelones (Uruguai);

j) AIA na Itália (Europa);

k) o grupo francês Doux, Grampian no Reino Unido (Europa);

l) Cargill (Estados Unidos);

m) Tyson Foods (Estados Unidos);

n) Smithfield Foods (Estados Unidos);

o) Swift & Co. (JBS) (Estados Unidos);

p) Australian Meat (Australia);

q) Teys Bros (Australia);

r) Nippon Meat Packers (Austrália).

3.3.5 Premissas contempladas

As premissas são reações do mercado e da economia que podem

influenciar direta ou indiretamente no resultado da empresa. (ASSAF NETO,

2005)

São hipóteses, condições que são assumidas como verdadeiras para o

projeto, fatores que para propósitos de planejamento são consideradas certas,

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51

reais e seguras.

3.3.5.1 Crise imobiliária americana

No mês de agosto de 2011, a crise do mercado imobiliário dos Estados

Unidos refletiu uma crise financeira cujos efeitos foram sentidos em todo o

mundo. Um desses efeitos que afetaram o mercado brasileiro foi a queda nos

mercados acionários. Com o medo da crise aumentar, os investidores tiraram o

dinheiro das Bolsas, consideradas investimentos de risco para aplicar em

investimentos mais seguros. Além disso, os estrangeiros que aplicavam no

mercado brasileiro venderam seus papéis para cobrir perdas lá fora. Assim,

com o aumento da oferta, os preços dos papéis caíram e os índices foram

desvalorizados. (ENTENDA A CRISE..., 2007)

3.3.5.2 Inflação

Diante dos autos e baixos da economia mundial as alterações nas taxas

de inflação, sobretudo nas economias emergentes é quase inevitável. Com a

evolução dos preços das commodities a inflação mundial também entrou em

processo de crescimento, desencadeando elevações nos preços de produtos e

serviços e desacelerando o crescimento da economia internacional. (GALLO,

2011).

3.3.5.3 Embargos à carne brasileira

Barreiras comerciais podem prejudicar as exportações de empresas

brasileiras se as mesmas forem delimitadas e dependerem apenas dessas

fontes. Os embargos da Rússia a respeito da proibição de importação de carne

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e produtos cárneos nos três estados brasileiros : Mato Grosso, Rio Grande do

Sul e Paraná e embargos da África do Sul em relação a carnes suínas do Brasil

desde 2005 são alguns exemplos.

Em nota, a Marfrig publicou que as exportações para esse mercado não

serão afetadas, pois serão atendidas pelas unidades localizadas em outros

estados. As exportações para o mercado Russo representaram, no último

trimestre, 10,7% do total das exportações e 4,7% da receita consolidada. Se o

embargo à carne suína do Brasil cair, como está previsto, o Brasil aumentará

ainda mais sua exportação de carne suína, que atualmente representa 10% no

mundo. (CABRAL, 2011)

3.3.5.4 Fusão da Bertin e JBS

A fusão JBS-Bertin, os dois maiores frigoríficos de carne do Brasil,

formou a maior empresa do setor no mundo. É mais um exemplo de grandes

mega fusões e devido a tal fato, a Nova Holding tornou-se detentora de

aproximadamente 25% do mercado brasileiro de carne bovina. Porém mais da

metade é exportada, fazendo com que a companhia tenha 10% do mercado

externo. (JARDIM, 2011).

3.3.5.5 Suspensão de exportação em unidade JBS

Na Austrália a produção é suspensa; na Argentina são adotadas novas

estratégias. A JBS Swift Australia anunciou a suspensão do abate e

processamento de carne bovina na unidade de Toowoomba, localizada no

estado de Queensland, na Austrália. De acordo com John Berry, diretor e

gerente de Assuntos Regulatórios e Corporativos da empresa, a paralisação

das atividades acontecerá por causa da fraca demanda no mercado japonês.

Na Argentina, a Swift Armour, que está com três das seis unidades

paradas por causa da política de retenção adotada pelo governo argentino,

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anuncia novas estratégias para manter o crescimento no país. (SBA

NOTÍCIAS, 2011)

3.3.5.6 Crise das commodities

As recentes quedas das bolsas de commodities em conseqüência da

crise internacional, não devem afetar os preços do mercado de alimentos.

O fato de as commodities estarem com preços elevados fez com que os

produtores brasileiros sustentassem suas rendas e, além disso, aumentassem

a área plantada, mesmo com a situação do câmbio não sendo a mais vantajosa

para as exportações. Com o poder aquisitivo maior, o primeiro investimento do

brasileiro é na alimentação. Assim, o mercado interno não deve sentir tanto o

efeito dessas quedas nos preços das commodities.

O problema, no entanto, são as exportações. Como os países de

Primeiro Mundo em turbulência, o mercado brasileiro deve ser atingido, mas

não em um nível que traga queda vertiginosa. Mesmo com toda essa crise, a

expectativa é muito positiva para a produção de alimentos. (LEITÃO, 2011)

3.3.5.7 Investimentos no mercado chinês

A evolução de renda dos chineses vai incentivar o consumo de

carne bovina no país. De acordo com uma matéria da Folha de S. Paulo

(setembro de 2011) o consumo crescerá cerca de 50%, e o país já está abrindo

as importações para frigoríficos Brasileiros. (ZAFALON, 2011)

Em informação aos seus investidores, o grupo anuncia a constituição,

por intermédio da subsidiária Keystone Foods, duas Joint Ventures na China,

com o objetivo de explorar as oportunidades de fornecimento.

3.2.5.8 Instabilidade na taxa de câmbio

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54

A relação da moeda brasileira com as moedas internacionais em

especial a moeda Americana foi marcada por muitas mudanças. Entre os anos

2000 e 2002, esta relação era representada por uma taxa de câmbio de R$

3,53 por US$ 1,00 já no primeiro semestre de 2011 esta relação encontra-se

bem diferente chegando a ser representada da seguinte forma R$ 1,58 por

US$ 1,00. As conseqüências dessa instabilidade podem resultar desde a

redução das exportações até pressões inflacionarias conduzindo a um aumento

nas taxas de juros e freando o crescimento da economia nacional.

(BERNARDINO; BERNARDINO, 2011)

3.3.5.9 Avanço do índice IGP-M

O IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) é uma das versões do

Índice Geral de Preços (IGP). É medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e

registra a inflação de preços desde matérias-primas agrícolas e industriais até

bens e serviços finais.

Nestes últimos meses o IGP-M tem apresentado avanço nos índices. A

inflação atacadista medida pelo IPA-M acumula altas de 3,35% no ano e de

7,29% em 12 meses.

Os preços dos produtos agropecuários no atacado acumulam alta de

2,61% no ano, e registram aumento de 14,56% em 12 meses. Já os preços dos

produtos industriais no atacado mostraram altas de 3,61% no ano e de 4,92%

em 12 meses. Houve expressiva queda de preço nos produtos bovinos (-

1,12%). (VALOR ECONÔMICO, 2011)

3.4 Identificação dos elementos contábeis significativos

Através de informações obtidas diretamente no site da empresa

estagiada e na Bolsa de Valores foram elaboradas algumas planilhas para

sustentação deste trabalho.

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55

3.4.1 Análise dos Balanços Patrimoniais

O Quadro 6 contempla a análise dos resultados obtidos nos exercícios

de 2009 a 2010, em forma sintetizada, identificando as rubricas mais

significativas, para efeito da elaboração das análises posteriores.

Marfrig - Análise dos resultados dos anos de 2009 a 2010 - Reais Mil

Rubricas 2009 2010 Aha

Ativo 12.254.587 22.599.586 84,4%

Ativo Circulante 5.822.389 9.400.239 61,4%

Ativo Não Circulante 6.432.198 13.199.347 105,2%

Ativo Realizável Longo Prazo 706.021 2.039.469 188,9%

Investimentos 742 10.040 1253,1%

Imobilizado 3.791.814 6.963.142 83,6%

Intangível 1.933.621 4.186.696 116,5%

Passivo 12.254.587 22.599.586 84,4%

Passivo Circulante 3.183.422 6.948.560 118,3%

Passivo Não Circulante 5.285.261 9.154.613 73,2%

Empréstimos e financiamentos 3.776.928 6.605.437 74,9%

Outras obrigações 748.823 862.054 15,1%

Tributos Diferidos 720.681 1.463.436 103,1%

Provisões 38.829 223.686 476,1%

Patrimônio Líquido Consolidado 3.785.904 6.496.413 71,6%

Capital social realizado 3.989.875 3.986.518 -0,1%

Reservas de Capital (14.148) 2.461.102 17495,4%

Reservas de Lucro 37.171 44.476 -19,7%

Lucros Prej Acumulados (1.013.994) (899.417) -11,3%

Ajustes 787.000 903.734 14,8%

Fonte:elaborado pelas autoras, 2011

Quadro 6 - Balanço Patrimonial da Empresa Marfrig

3.4.2 Demonstrações dos Resultados do Exercícios (DRE)

O Quadro 7 apresenta sinteticamente os valores correspondentes às

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rubricas que compõem a Demonstração de Resultados dos exercícios de 2009

e 2010, assim como aqueles pertinentes ao primeiro semestre deste ano. Nele,

pode-se observar a evolução das receitas de vendas, dos custos dos produtos

vendidos e das principais despesas operacionais praticadas nos

períodos.Observa-se uma queda acentuada no Resultado Líquido Consolidado,

passando de um superávit de R$ 535.435.000,00 para um déficit de R$

62.227.000,00, demonstrando que a empresa vive um momento de turbulência

em suas atividades operacionais.

No período de 2009 e 2010 percebe-se um crescimento de 65% na

rubrica das Receitas de Vendas, fato este provocado pela entrada das

empresas MFB (Marfrig Frigoríficos Brasil) e Seara. Mesmo havendo este

crescimento há uma acentuada queda nos resultados da empresa (-73%). Esta

queda se justifica pela elevação das despesas de vendas (+119%), despesas

administrativas (+94%), seguidas da elevação dos encargos financeiros

(+891%), estes justificados pelo elevado endividamento da empresa.

Marfrig - Análise dos resultados dos anos de 2009 a 2010 - Reais Mil

Demonstração dos Resultados dos Exercícios

Rubricas 2009 2010 Aha 1º semestre 2011

Receitas de Vendas 9.623.621 15.878.469 65% 10.574.151

(-)Custo dos Produtos vendidos

8.369.433

13.277.024 59%

9.133.097

(=)Lucro Bruto

1.254.188

2.601.445 107%

1.441.054

(-)Despesas Operacionais

858.149

1.719.701 100%

1.181.668

Despesas com vendas

641.540

1.407.500 119%

740.923

Despesas administrativas

289.661

562.688 94%

406.992

Outras despesas operacionais (73.052) (250.487) 243%

33.753

(=)Resultado antes do Res Financeiro e dos tributos

396.039

881.744 123%

259.386

(-)Resultado financeiro (145.092) 1.147.242 891%

408.726

(=)Resultado antes dos Tributos sobre o lucro

541.131 (265.498) -149% (149.340)

(-)Imposto de Renda e Contribuição Social

6.696 (411.592) -6247%

(87.113)

(=)Resultado Líquido consolidado

534.435

146.094 -73% (62.227)

Fonte:elaborado pelas autoras

Quadro 7 - Demonstração dos Resultados dos Exercícios – Marfrig

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57

3.4.3 Fluxo de Caixa Livre

Apêndice F apresenta o Fluxo de Caixa Livre da empresa, ferramenta

que detalhe os números considerados na análise e determina o valor da

empresa, levando em consideração os valores anteriores à avaliação e as

projeções para os exercícios futuros.

Segundo Assaf Neto (2005), para empresas do porte da Marfrig, sugere-

se uma projeção de 15 anos, porém, para efeito acadêmico adotou-se a

projeção para 10 anos, haja vista que se pretende apresentar o modelo de

avaliação pelo FCD e não necessariamente o valor efetivo da empresa.

As projeções previstas assentam-se em: Vendas Líquidas, CMV,

Despesas Operacionais, Outras Despesas Variáveis, Despesas Fixas,

Depreciação, EBIT, NOPAT, Variação NCG, Capex, Cash Flow, Valor Residual

e Free Cash Flow. Ainda no Apêndice F, são contemplados alguns indicadores

fundamentais para identificação da taxa de retorno esperada, ou custos dos

capitais da empresa, como a Taxa de Desconto Livre de Risco, o Coeficiente

Beta, a Taxa de Retorno de Mercado e o Prêmio pelo Risco de Mercado, cuja

conceituação Assaf Neto (2005) assim resume:

a) Taxa de Desconto Livre de Risco ou Risk Free Return) – rendimento

pago por um investimento que seja considerado sem risco, como por

exemplo, os títulos públicos

b) Coeficiente Beta – medida do risco sistemático (não diversificável),

utilizado para se calcular o custo do capital próprio. Constitui-se no

elemento de maior dificuldade de ser apurado, pois para sua

identificação, busca-se no mercado uma amostra de empresas do

mesmo setor e com características, tanto operacionais, como

financeiras semelhantes à da empresa avaliada.

c) Taxa de Retorno de Mercado – rentabilidade oferecida pelo mercado

em sua totalidade e representada pela carteira de mercado

d) Prêmio pelo Risco de Mercado - diferença entre o retorno entre a

carteira de mercado e a taxa de juros livre de risco, indicando o

quanto o mercado para em excesso à remuneração de títulos

considerados sem risco.

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58

O custo Brasil não foi calculado, pois a taxa livre de risco considerada foi

a Selic.

Os cálculos constantes da planilha financeira, Apêndice F apresentam

os resultados das projeções dos exercícios contábeis de 2011 a 2020, incluindo

o valor residual da empresa Marfrig S/A, trazidos a valor presente de caixa,

apurando-se o valor da empresa em R$ 5.633.407.000,00.

Considera-se fundamental reforçar que o valor apurado sustentou-se na

avaliação dos momentos passados da empresa, das premissas de mercado, do

cenário nacional e internacional, não considerando a expansão da companhia

no interregno e que, esses valores não podem ser considerados como exatos

ou valores justos, haja vista que o objetivo central deste trabalho foi o da

aplicação da metodologia do Fluxo de Caixa Descontado propriamente dito,

sem a intenção de se encontrar os valores conclusivos.

Para a apuração efetiva do valor da empresa, seria necessária também

uma identificação mais forte sobre o Planejamento Estratégico da organização,

principalmente nas políticas de crescimento ou redução de atividades,

desenvolvimento no mercado interno e externo e premissas próprias.

3.4 4 Procedimentos para as projeções do fluxo de caixa descontado

Os números apresentados no Apêndice F foram calculados em

conformidade com as perspectivas descritas nos tópicos abaixo.

3.4.4.1 Receitas Líquidas

Em 2011 foram consideradas as informações contábeis do primeiro

semestre de 2011 publicadas pela empresa e, por ter apresentado prejuízo no

período em função de alterações no seu mercado, projetou-se o segundo

semestre correspondente a 70% do primeiro. Além disso, atentou-se para o

cenário econômico vivenciado pelas economias européias de retenção de

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59

consumo.

Em 2012 foi projetado um crescimento de 10% em relação ao exercício

anterior, prevendo uma recuperação de mercado da empresa, em

conformidade com as premissas levantadas.

Em 2013 foi projetado um crescimento de 12%, considerando a maior

participação no comércio exterior, mormente a China que prevê elevação no

consumo de carne bovina.

De 2014 a 2020 – projetado crescimento vegetativo na ordem de 5% ao

ano.

3.4.4.2 Custo da Mercadoria Vendida

Em 2011 foi respeitada a mesma proporção em relação ao faturamento

líquido praticada no primeiro semestre do ano, que superou os exercícios

anteriores.

Em 2012 e 2013 – projetou-se uma recuperação da participação do

CMV nas Receitas na ordem de 2 pontos percentuais.

De 2014 a 2020 – retorno à media praticada em períodos anteriores, ou

seja a de 85% do valor das receitas.

3.4.4.3 Despesas Operacionais

De 2011 a 2013 – foi projetado um crescimento de 20% para ambos os

anos, considerando as acomodações naturais advindas das prováveis vendas

de unidades da empresa, como o segmento de logística da Keystone Foods e

desativação das atividades do porto de Itajaí, SC.

De 2014 a 2020 – crescimento vegetativo de 5% ao ano.

3.4.4.4 Net Operating After Taxes – NOPAT

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60

Calculou-se o lucro operacional da empresa, líquido do imposto de renda

e da contribuição social sobre o lucro.

Esta prática considera os resultados da empresa estritamente em suas

atividades operacionais, sem considerar a incidência de encargos financeiros

oriundos da captação de capital exógeno.

3.4.4.5 Depreciação

Nesta rubrica considerou-se o valor da Depreciação, extraída de cálculo

do EBITDA, constante de relatórios da empresa, no ano de 2010.

Nos demonstrativos contábeis da empresa e/ou daqueles publicados na

Bolsa de Valores de São Paulo não há identificação dos valores contábeis

correspondentes à Depreciação.

Assim, projetou-se sua participação nos estudos, considerando sua

repetição em 2011 e reduções sistemáticas nos exercícios seguintes. Esta

prática se justifica em virtude de não ser contemplada na análise a expansão

da estrutura da empresa (CAPEX).

Os valores da depreciação são adicionados ao lucro operacional, em

virtude de não corresponderem a saídas efetivas de caixa e sim a uma perda

apenas econômica e não financeira.

3.4.4.6 Earning before interests, taxes, depreciation and amortization - EBTIDA

Trata-se do resultado operacional da empresa, antes dos impostos,

taxas, depreciação e amortização, que representa a sua geração operacional

de caixa, ou seja, o quanto ela gera de recursos apenas das suas atividades

operacionais, sem levar em consideração os efeitos financeiros e de impostos.

Equivale ao fluxo operacional de caixa identificando a capacidade

financeira que a empresa tem para remunerar os credores – acionistas com os

dividendos, os terceiros, com juros e principal e o Imposto de Renda.

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61

3.4.4.7 Variação da necessidade de capital de giro

A necessidade de capital de giro, conforme Assaf Neto (2005, p. 481),

“reflete o volume de recursos demandado pelo ciclo operacional da empresa,

determinado em função de suas políticas de compra, vendas e estocagem”.

Resulta da diferença entre o Ativo Circulante Operacional e o Passivo

Circulante Operacional.

Os números encontrados nos demonstrativos contábeis indicaram uma

necessidade de capital de giro, em 2010, na ordem de R$ 1.285.000,00, valor

que foi repetido durante todo o ciclo projetado, em virtude de não se prever

alterações no ciclo operacional da empresa.

3.4.4.8 Capital Expenditures – CAPEX

Referem-se aos investimentos incrementais, como máquinas,

equipamentos, edificações, logística, novos projetos de investimentos. Para

esta análise, não se projetou a expansão.

3.4.4.9 Valor Residual

A empresa existirá após o período projetado, gerando caixa e realizando

normalmente suas atividades operacionais, proporcionando assim o

crescimento de seus fluxos de caixa.

Adotou-se o modelo proposto por Assaf Neto (2005), onde o valor

residual é determinado pelo fluxo de caixa projetado para o período contínuo,

que se expressa pela média aritmética simples dos resultados econômicos

estimados para os três anos precedentes.

Desta forma os valores projetados foram calculados.

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62

3.4.5 Procedimentos para os cálculos do CAPM e WACC

3.4.5.1 Capital Asset Pricing Model - CAPM

O modelo de precificação de ativos (CAPM) permite apurar a taxa de

retorno requerida pelos investidores. Esta ferramenta contempla alguns valores

como a taxa de juros livre de risco (Rf), que geralmente são utilizadas as taxas

médias de juros dos títulos públicos de longo prazo emitidos pelo governo

americano; o coeficiente Beta (β) entendido como a medida de risco

sistemático da empresa em avaliação – risco que não se elimina com a

diversificação - e é encontrado no mercado de referência com amostra de

empresas do mesmo setor e com características operacionais e financeiras

semelhantes às da companhia em avaliação; e o retorno da carteira de

mercado (Rm) calculado de acordo com a média das taxas de rentabilidade do

mercado de ações publicadas em certo intervalo de tempo. (ASSAF NETO,

2005).

Ainda conforme Assaf Neto (2005, p. 257), “a carteira de mercado do

Brasil pode ser representada pela carteira Bovespa (Bolsa de Valores de São

Paulo)” e, referindo-se ao coeficiente Beta, Assaf Neto (2005, p. 374) assim se

manifesta: “o coeficiente Beta usado no modelo de CAPM do Brasil será

sugestivamente obtido por benchmarking”.

A prática aplicada neste trabalho foi a de benchmarking. Foi analisado o

desempenho das ações da Marfrig, de 03/01 a 23/09/2011, apontando suas

variações no interregno, assim como o desempenho das ações que compõem

a Bovespa, no mesmo período. O mesmo processo foi repetido para o ano de

2010, para ambos os desempenhos.

Sobre os resultados obtidos foram calculadas as médias

correspondentes, suas correlações e covariâncias, encontrando-se assim o seu

Beta contemplado nos cálculos de identificação do custo do capital próprio da

empresa.

Para determinação da taxa de retorno livre de risco (Rf), utilizou-se a

taxa Selic, de setembro de 2011, e para o prêmio de risco de mercado, levou-

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63

se em consideração a média brasileira de 8% excedente à (Rf). (CAPITAL

ABERTO, 2011).

3.4.5.2 Weighted Average Cost of Capital – WACC

Trata-se do custo médio ponderado de capital onde são encontradas as

fontes de financiamentos da empresa, ponderadas pelas suas participações no

investimento total realizado no período. Na fórmula foram contemplados o valor

do capital próprio encontrado no CAPM e o custo do capital de terceiros livre do

imposto de renda, obtido pela divisão entre os encargos financeiros e os

passivos onerosos, menos os valores correspondentes ao cálculo da alíquota

do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro.

Para elaboração do custo de capital da empresa, utilizou-se a fórmula do

WACC, onde são contempladas proporcionalmente as participações dos

capitais envolvidos no investimento total, quais sejam o patrimônio líquido e os

passivos onerosos, assim como os seus respectivos custos. Para o custo do

capital próprio, utilizou-se a técnica do CAPM, encontrando um valor na ordem

de 17,6%, com a seguinte composição: Rf de 12%, do Beta de 0,7, Rm de 20%

e consequente prêmio pelo risco de mercado de 8%. O custo do passivo

oneroso respeitou a relação entre o valor dos encargos financeiros implicados,

livres do imposto de renda, e o valor do endividamento da empresa, conforme

Quadro 8 a seguir:

Fonte: elaborado pelas autoras, 2011

Quadro 8 - Cálculo do WACC da empresa

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64

3.5 Análise de Sensibilidade a 2 pontos percentuais

Conforme Tófoli (2008, p. 130), “a análise de sensibilidade é a simulação

feita com as variáveis que mais diretamente interferem nos resultados da

empresa” e, neste caso, utilizou-se a variação do custo de capital da empresa

estagiada, oscilando em dois pontos percentuais do custo utilizado para

obtenção do custo de capital da empresa, fundamental para o cálculo dos

valores presentes das gerações de caixa, no período projetado.

O Custo de Capital encontrado como resultante da aplicação das

fórmulas do CAPM e WACC foi de 14,36% e, para verificação do valor da

empresa em patamares diferente, calculou-se o menor valor esperado na

relação de 12,36%, encontrando a cifra de R$ 5.328.507.000,00 e o maior valor

esperado na relação de 16.36%, com o importe de R$ 5.976.824.000,00.

Em síntese, o valor da empresa calculado através do método do Fluxo

de Caixa Descontado encontra-se entre os valores de R$ 5.328.507.000,00 e

R$ 5.976.824.000,00.

Fonte: elaborado pelas autoras, 2011

Quadro 9 - Análise de sensibilidade a 2 pontos percentuais 3.6 Considerações da pesquisa

5000000

5200000

5400000

5600000

5800000

6000000

6200000

Menor valor ValorJusto Maior Valor

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65

O estabelecimento do valor de uma empresa é fator preponderante nos

casos de aquisição e fusão e uma avaliação mal feita será responsável por

uma negociação malsucedida. O valor numérico encontrado para um

empreendimento representa o valor base para o início das negociações entre

as partes envolvidas – compradores e vendedor, pois conforme Martelanc,

Pasin e Pereira (2010) ele representa o valor potencial.

É importante ressaltar que o valor de um negócio é definido pelo processo de negociação entre o comprador e o vendedor e que o „valor justo‟ de uma empresa, estabelecido pelos processos de avaliação, representa o valor potencial de um negócio em função da expectativa de geração de resultados futuros. (MARTELANC; PASIN; PEREIRA, 2010, p. 2)

Ainda conforme os autores, nenhum dos modelos disponíveis pode

fornecer um valor preciso e único, mas sim a estimativa de valor, pois os

elementos que compõem naturalmente os métodos podem sofrer alterações de

valor em consequência de uma alteração no mercado envolvido, não

considerado na projeção. Afirmam que “... a avaliação de empresas não

precisa ter como objetivo a determinação de um valor exato pelo qual elas

podem ser negociadas, mas sim o estabelecimento de uma faixa de valores.”

(MARTELANC: PASIN; PEREIRA, 2010, p. 2).

Embora existam vários processos para se avaliar um empreendimento,

conforme visto no Capítulo II, não se pode afiançar que um deles possa

garantir o valor justo.

Por melhor que seja o método utilizado, não se pode garantir que o valor obtido é com certeza (ou aproximadamente) o seu valor justo, pois não se podem comprovar que os resultados gerados na modelagem da empresa se aproximarão dos resultados reais (COSTA; COSTA; ALVIM, 2010, p. 5)

Na opinião de Assaf Neto (2005, p. 585), é muito complexa a definição

de valor de um empreendimento, exigindo coerência e rigor conceituais na

elaboração do modelo do cálculo e por esta coerência. “Pelo maior rigor

conceitual e coerência com a moderna teoria de Finanças, a prioridade é dada

aos modelos de avaliação baseados no Fluxo de Caixa Descontado (FCD)”.

Na elaboração deste trabalho, objetivou-se focar neste modelo (FDC)

para se avaliar, compreender, analisar e aplicar sua metodologia, sem a

intenção de buscar proximidade entre a similaridade do valor encontrado com o

valor justo de mercado da empresa utilizada como exemplo.

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Para o entendimento da metodologia, aprofundou-se em sua teoria e

elaborou-se a planilha do apêndice F onde, depois de seguidos os passos e

obtidos os resultados numéricos, comenta-se que:

a) a empresa apresenta um fluxo de caixa descontado, apurados a valor

presente líquido atual a cifra de R$ 5.405.646.000,00, de sua

projeção relativa aos anos de 2011 a 2020.

b) o valor correspondente ao valor residual, também apurado a valor

presente líquido atual, é de R$ 227.791.000,00.

c) O valor estimado da empresa, nestas circunstâncias é de R$

5.633.407.000,00.

d) Para o cálculo da taxa de desconto, utilizou-se a taxa Selic como

taxa de desconto livre de risco, coeficiente Beta de 0,7 calculado

conforme benchmarking entre as variações das ações do mercado de

capital paulista e as variações das ações da Marfrig S/A, nos

períodos de 2010 e 2011 e a taxa de retorno de mercado estimada

em 20%

e) Para o cálculo do custo médio ponderado do capital – WACC,

utilizou-se o valor do custo de capital próprio pela técnica do CAPM e

o custo dos capitais exógenos livres do imposto de renda e

contribuição social, ponderados às participações desses capitais no

investimento de 2010.

A grande quantidade de cálculos, a busca de informações paralelas, as

revisões de interpretações, o confronto das opiniões de diversos autores, as

discussão com o orientador confirmam que seguir a metodologia do processo

de avaliação do Fluxo de Caixa Descontado exige uma gama significativa de

conhecimentos técnicos de finanças, conhecimento da empresa envolvida, das

premissas internas e externas, assim como dos comportamentos dos mercados

nacional e internacional. Ainda assim, além das exigências técnicas, “há a

presença de certa dose de subjetividade na definição do valor, principalmente

por se tratar de uma metodologia que se baseia em resultados esperados

obtidos no comportamento do mercado” (ASSAF NETO, 2005, p. 585)

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PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

No processo decisório de uma empresa é indispensável conhecer o

valor do empreendimento. O valuation, em suas várias formas de ser

mensurado tem como objetivo precificar o valor de uma empresa.

Neste trabalho, demonstramos alguns métodos utilizados para se avaliar

uma empresa e ciente das dificuldades encontradas propomos:

a) por se tratar de métodos que podem sofrer alterações de valores em

função das características do avaliador, a avaliação deve ser

efetuada com base em critérios rigorosos;

b) em empresas do porte da Marfrig, outros métodos deverão ser

contemplados, para confirmação ou não dos valores, como por

exemplo, o método de Múltiplos de Mercado;

c) que sejam levantados e avaliados criteriosamente o maior número de

premissas, para uma avaliação mais real e coerente;

Por fim, sendo uma atividade de alta importância e responsabilidade, a

avaliação de empresas deve ser realizada por profissionais de alta

competência.

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68

CONCLUSÃO

A realização deste trabalho cumpriu a rotina natural da elaboração de

um trabalho de conclusão de curso, ou seja, formação do grupo de pesquisa,

escolha e verificação da relevância do tema, elaboração do projeto de

pesquisa, pesquisa exploratória, pesquisa bibliográfica, pesquisa em

documentos da empresa, dentre outros.

A elaboração da apresentação da empresa Marfrig transcorreu na

normalidade, haja vista a disponibilidade de informações em sites próprios, na

Bovespa e no próprio ambiente estagiado.

Esperava-se, para a elaboração da parte alusiva à teoria uma escassez

de material bibliográfico, fato que não ocorreu, percebendo-se haver

quantidade suficiente de obras relativas ao assunto pesquisado, por diversos

autores, a maioria convergente nas opiniões a respeito dos métodos e técnicas

aplicáveis na valoração de empresas.

Durante o estudo, privilegiou-se o método de avaliação de empresas

conhecido como Método do Fluxo de Caixa Descontado, por ser o processo

mais indicado pela maioria dos autores e pesquisadores, não obstante a farta

gama de métodos existentes e disponíveis.

Na elaboração do terceiro capítulo percebeu-se a complexidade do

método, talvez mais especificamente por não haver informações sobre

aspectos específicos abordados nos componentes das fórmulas utilizadas,

como por exemplo, fontes de obtenção dos coeficientes Beta da empresa

pesquisada.

Foram levantados os dados contábeis disponíveis, as informações

correlatas necessárias, pesquisou-se as premissas no mercado e elaborou-se

as planilhas que sintetizam os números calculados e projetados.

Não obstante tratar-se de um trabalho de pesquisa voltado ao modus

operandi do método de valoração, isto é sua forma de elaboração, e não

efetivamente o valor justo da empresa estagiada, buscou-se projetar os dados

futuros sustentados em premissas reais, existentes e pesquisáveis, para os

primeiros exercícios e estabelecendo uma evolução vegetativa de 5% ao ano.

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69

A experiência foi produtiva, pois exigiu do grupo uma pesquisa

aprofundada e prolongada, extraindo novos conhecimentos, novos conceitos

provocando o interesse da continuidade de evoluir nas pesquisas neste

assunto e outros pertinentes à contabilidade.

Os objetivos traçados durante a elaboração inicial do processo, no

projeto de monografia, que se resumem em conhecer e analisar as técnicas de

avaliação de empresas mais utilizadas, aplicar a técnica de fluxo de caixa

descontado na empresa Marfrig, no ano de 2010 e avaliar na prática o método

escolhido, em seus passos, foram plenamente atingidos.

A pergunta-problema estabelecida como guia desta monografia foi: a

técnica do fluxo de caixa descontado proporciona o conhecimento do valor da

empresa num determinado período? Ao término deste trabalho consideramos

que, além de permitir conhecer o valor justo da empresa, o método exige uma

pesquisa profunda sobre a história da empresa avaliada, suas metas,

estratégias e planejamentos, um conhecimento específico e profundo do

mercado pertinente, uma investigação cuidadosa e criteriosa das premissas

utilizáveis, assim como um conhecimento técnico financeiro acentuado.

A empresa pesquisada e avaliada Marfrig S/A ofereceu um forte arsenal

de informações para este trabalho como também se mostrou uma fonte

importante de subsídios para o trabalho, quer nos informativos disponíveis,

quer na amplitude de atuação da empresa em diversos mercados e cenários.

No momento em que a mídia noticia uma queda no valor das ações da

companhia, consequentemente minimizando o valor da empresa, pode-se

perceber que, mesmo não contemplando todos os cenários possíveis, o estudo

mostrou um valor muito superior. “Castigado pelos investidores, o Marfrig vale

hoje na bolsa R$ 2,7 bilhões, menos da metade do seu patrimônio líquido e

quase quatro vezes menos que a sua dívida total” (BEEFPOINT, 2011).

Esta monografia não esgota o assunto e pode ser fonte de consulta e

pesquisa para novos trabalhos para aprofundamentos sobre o tema ou sobre

os assuntos adjacentes trabalhados.

É fundamental também relatar o crescimento profissional provocado pela

elaboração deste trabalho que, além de exigir exaustivas horas de trabalho,

pesquisa, debates, provocou também uma forte reflexão sobre a importância

da profissão que escolhemos e a partir de agora, poderemos exercer. Esta

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70

reflexão também se recheia de preocupações, pois foi possível perceber a

complexidade da profissão escolhida.

Mas, a certeza fica: saímos mais fortes e mais competentes para exercer

esta desafiante profissão.

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REFERÊNCIAS

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FERNÁNDEZ, P. Company valuation methods: the most common errors in valuation. Pricewaterhouse Coopers Professor of Corporate Finance. 25p. Madrid. IESE Business School, 2001. FORMULÁRIO DE REFERÊNCIA 2010. relação com Investidores., 31 maio. 2011 Disponível em: <http://ri.Marfrig.com.br/port/downloads/formulario/FR2010-V5.pdf>. Acesso em: 06 ago. 2011. GALLO, R. Commodities e inflação. IG economia. Disponível em < http://colunistas.ig.com.br/ricardogallo/2011/02/01/commodities-e-inflacao/ > Acesso em 10 set. 2011. GRUPO MARFRIG. Código de Ética. Disponível em: <http://www.Marfrig.com.br/Marfrig/codigo-etica/pdf/codigo-etica.pdf>. Acesso em: 06 ago. 2011. JARDIM, L. JBS e Bertim agora são uma só empresa. Revista Veja. Disponível em < http://veja.abril.com.br/blog/radar-on-line/economia/jbs-e-bertin-agora-sao-uma-so-empresa/> Acesso em 10 set. 2011. KEY, S. L. Guia da Ernest & Young para administração de fusões e aquisições. São Paulo, Record, 1995. LEITÂO, M. O impacto da crise nas bolsas e nos preços das commodities. Globo.com. Disponível em < http://oglobo.globo.com/economia/miriam/posts/2011/10/04/o-impacto-da-crise-nas-bolsas-nos-precos-das-commodities-409324.asp> Acesso em 10 set. 2011. MARTELANC, R. C. F; PASIN, R. Avaliação de empresa: Um guia para fusões & aquisições e gestão de valor. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005. MARTELANC, R. C. F; PASIN, R.; PEREIRA, F. Avaliação de empresa: Um guia para fusões & aquisições e private equity. São Paulo: Pearson , 2010 ______. MARTELANC, R. C. F; PASIN, R; PEREIRA, F. Avaliação de empresas. 2 ed. São Paulo; Pearson. 2011. MARTINS, E. Avaliação de Empresas: da mensuração contábil à econômica. São Paulo: Atlas, 2001. MILLER, W.D. Commercial Bank Valuation. Nova York: John Wiley, 1995. PASIN, R. M. Avaliação relativa de empresas por meio da regressão de direcionadores de valor. São Paulo, 2004. Dissertação (Mestrado em Administração, FEA/USP) PEREZ, M. M.; FAMÁ, R. Métodos de Avaliação de Empresas e a Avaliação Judicial de Sociedades: uma Análise Crítica. VI SEMEAD FEA-USP, São Paulo, 2003.

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ROSS, S. A.; WESTERFIELD, R. W.; JORDAN, B. D. Princípios de administração financeira. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2000. SAMBRANA, C. A jogada global do Marfrig. Isto é Dinheiro, n. 663, jul. 2010 Disponível em: <http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/26227_A+JOGADA+GLOBAL+DO+MARFRIG>. Acesso em: 06 ago. 2011.

SBA NOTÍCIAS. Em comunicado, JBS anuncia suspensão temporária das exportações paraguaias. Sistema Brasileiro de Agronegócios. Disponível em < http://www.sba1.com/pt/noticias/agronegocio/em-comunicado-jbs-anuncia-suspensao-temporaria-das-exportacoes-paraguaias> Acesso em 24 set. 2011.

TOFOLI, I. Administração financeira empresarial, uma tratativa prática. Campinas: Arte Brasil, 2008.

VALOR ECONÔMICO. IGP-M avança 0,65% em setembro, aponta FGV. Disponível em < http://www.valor.com.br/brasil/1025962/igp-m-avanca-065-em-setembro-aponta-fgv> Acesso em 24 set. 2011.

ZAFALON, M. Consumo chinês de carne bovina crescerá 50% Folha de São Paulo, 01 Set. 2011. Disponível em <

http://www1.folha.uol.com.br/colunas/maurozafalon/968484-consumo-chines-de-carne-bovina-crescera-50.shtml > Acesso em 01 set. 2011.

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APÊNDICES

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APÊNDICE A – Roteiro de Estudo de caso

1 INTRODUÇÃO

Serão descritos os objetivos do estudo de caso e de forma detalhada as

técnicas de avaliação adotadas pela empresa, visando conhecimento destes

procedimentos de forma que auxiliem no decorrer do processo de pesquisa.

Serão descritos os métodos e técnicas utilizadas no processo de coleta

de dados e as facilidades e dificuldades encontradas.

1.1 Relato do trabalho realizado referente ao assunto estudado

a) Descrição dos métodos de avaliação utilizados

b) Entrevista com administrador financeiro

c) Entrevista com o gerente contábil

1.2 Discussão

Será realizada uma comparação entre as teorias dos primeiros capítulos

com a prática observada na empresa.

Os Métodos de Avaliação adotados pela empresa e a possível aplicação

do método do fluxo de caixa descontado.

1.3 Parecer final sobre o caso e sugestões.

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APÊNDICE B – Roteiro de Observação Sistemática

| Identificação da Empresa

Razão Social: ..............................................................................................

CNPJ: ..........................................................................................................

Cidade: .............................................................. Estado.............................

Ramo de Atividade: .....................................................................................

|| Aspectos a serem observados

1 Desempenho histórico

......................................................................................................................

2 As demonstrações contábeis da empresa

.....................................................................................................................

3 Relatórios de controle interno

....................................................................................................................

4 Outros documentos pertinentes

....................................................................................................................

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APÊNDICE C – Roteiro do Histórico da Empresa

| Identificação da Empresa

Razão Social: ..............................................................................................

CNPJ: ..........................................................................................................

Cidade: .............................................................. Estado.............................

Ramo de Atividade: .....................................................................................

|| Aspectos a serem observados

1 Início

......................................................................................................................

2 Evolução das Atividades Econômicas

.....................................................................................................................

3 Evolução das Instalações

....................................................................................................................

4 Aquisições e/ou fusões participantes

....................................................................................................................

5 Situação Atual

....................................................................................................................

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APÊNDICE D – Roteiro de Entrevista para o Administrador financeiro

| Identificação ......................................................................................

Qualificação Profissional: ..................................................................

Tempo de atuação na empresa: .......................................................

Formação acadêmica: .......................................................................

Residência: .......................................Estado: ....................................

|| Perguntas Específicas

1 Qual a importância de se conhecer o valor atual de uma empresa?

......................................................................................................................

2 Quais as técnicas mais conhecidas ou utilizadas no processo de

avaliação de empresas?

.....................................................................................................................

3 Dentre as técnicas conhecidas, qual (ou quais) a mais utilizada?

....................................................................................................................

Por quê?

......................................................................................................................

4 Quais outras implicações técnicas existem durante o processo de

avaliação de uma empresa?

....................................................................................................................

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APÊNDICE E – Roteiro de Entrevista para o Gerente Contábil

| Identificação ......................................................................................

Qualificação Profissional: ..................................................................

Tempo de atuação na empresa: .......................................................

Formação acadêmica: .......................................................................

Experiência profissional: ....................................

|| Perguntas Específicas

1 Qual a importância de se conhecer o valor atual de uma empresa?

......................................................................................................................

2 Quais as técnicas mais conhecidas ou utilizadas no processo de

avaliação de empresas?

.....................................................................................................................

3 Dentre as técnicas conhecidas, qual (ou quais) a mais utilizada?

....................................................................................................................

Por quê?

......................................................................................................................

4 Sob a ótica contábil, qual a técnica de avaliação mais utilizada?

....................................................................................................................

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APÊNDICE F – Roteiro Fluxo de Caixa Descontado da Empresa

Projetado

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ANEXOS

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ANEXO A - ORGANOGRAMA

ANEXO A – ORGANOGRAMA

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ANEXO B – BALANÇO PATRIMONIAL

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ANEXO C – DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS ENCERRADOS

DESCRIÇÃO 31/12/2009 31/12/2010 30/06/2011

Receita de Venda de Bens e/ou Serviços 9.623.621 15.878.469 10.574.151

Custo dos Bens e/ou Serviços Vendidos (8.369.433) (13.277.024) (9.133.097)

Resultado Bruto 1.254.188 2.601.445 1.441.054

Despesas/Receitas Operacionais (858.149) (1.719.701) (1.181.668)

Despesas com Vendas (641.540) (1.407.500) (740.923)

Despesas Gerais e Administrativas (289.661) (562.688) (406.992)

Outras Receitas Operacionais 81.033 244.485 Outras Despesas Operacionais (7.981) 6.002 (3.753)

Resultado de minoritários (7.981 ) 6.002 Resultado Antes do Resul Finan. e Tributos 396.039 881.744 259.386

Resultado Financeiro 145.092 (1.147.242) (408.726)

Receitas Financeiras 905.356 536.299 438.664

Receitas financeiras 176.678 253.585 208.174

Variação cambial ativa 728.678 282.714 230.490

Despesas Financeiras (760.264) (1.683.541) (847.390)

Despesas financeiras (675.102) (1.295.787) (762.937 )

Variação cambial passiva (85.162) (387.754) (84.453)

Resultado Antes dos Tributos sobre o Lucro 541.131 (265.498) (149.340)

Imp. de Renda e Cont. Social sobre o Lucro (6.696) 411.592 87.113

Corrente (2.810) (23.013) (6.103)

Diferido (3.886) 434.605 93.216

Resultado Líquido das Oper. Continuadas 534.435 146.094 (62.227)

Lucro/Prejuízo Consolidado do Período 534.435 146.094 (62.227)

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ANEXO D – CALCULO BETA ( )

Histórico de Cotações: De 3 de Janeiro de 2011 a 23 de Setembro de 2011

MARFRIG - históricos disponíveis apenas a partir de 03/01/2011

Data/Hora Cotação Mínima Máxima Variação Variação (%) Volume

23/9/2011 6,51 6,21 6,63 0,22 3,5 4.990.832

22/9/2011 6,29 6,22 6,76 -0,61 -8,84 5.472.385

21/9/2011 6,9 6,88 7,39 -0,28 -3,9 5.747.016

20/9/2011 7,18 7,18 7,78 -0,52 -6,75 4.459.695

19/9/2011 7,7 7,63 7,99 -0,17 -2,16 4.684.802

16/9/2011 7,87 7,72 8,03 -0,05 -0,63 5.229.681

15/9/2011 7,92 7,91 8,44 -0,45 -5,38 5.651.257

14/9/2011 8,37 8,26 8,5 -0,03 -0,36 2.425.090

13/9/2011 8,4 8,25 8,54 0,1 1,2 2.400.867

12/9/2011 8,3 7,88 8,34 0,12 1,47 3.246.812

9/9/2011 8,18 8,16 8,45 -0,27 -3,2 2.493.387

8/9/2011 8,45 8,43 8,72 -0,1 -1,17 3.144.431

7/9/2011 8,55 8,55 8,55 0 0 0

6/9/2011 8,55 8,35 8,68 0,05 0,59 7.310.017

5/9/2011 8,5 8,15 8,56 0,17 2,04 5.637.817

2/9/2011 8,33 8,01 8,47 0,13 1,59 9.582.054

1/9/2011 8,2 7,83 8,33 0,51 6,63 7.838.754

31/8/2011 7,69 7,63 7,87 0,03 0,39 4.793.887

30/8/2011 7,66 7,55 7,93 -0,02 -0,26 4.965.370

29/8/2011 7,68 7,43 7,85 0,32 4,35 4.675.168

26/8/2011 7,36 7,19 7,59 -0,09 -1,21 3.770.757

25/8/2011 7,45 7,41 7,76 -0,25 -3,25 4.594.447

24/8/2011 7,7 7,57 7,86 -0,03 -0,39 3.730.577

23/8/2011 7,73 7,35 7,93 0,01 0,13 8.115.868

22/8/2011 7,72 7,72 8,45 -0,48 -5,85 7.723.195

19/8/2011 8,2 8,12 8,52 -0,17 -2,03 5.757.394

18/8/2011 8,37 8,32 8,78 -0,73 -8,02 7.175.037

17/8/2011 9,1 8,86 9,35 0,26 2,94 10.221.819

16/8/2011 8,84 8,71 9,24 -0,39 -4,23 11.464.858

15/8/2011 9,23 8,59 9,49 0,57 6,58 13.225.126

12/8/2011 8,66 8,32 8,9 0,24 2,85 13.600.212

11/8/2011 8,42 8,42 9,04 -0,03 -0,36 23.323.220

10/8/2011 8,45 8 9,17 -0,54 -6,01 28.546.926

9/8/2011 8,99 7,7 10 -0,03 -0,33 27.298.816

8/8/2011 9,02 8,71 11,3 -2,98 -24,83 7.306.283

5/8/2011 12 11,45 13,01 -1 -7,69 3.987.070

4/8/2011 13 13 14,75 -2 -13,33 5.971.249

3/8/2011 15 14,25 15,13 -0,1 -0,66 4.867.510

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86

continua...

2/8/2011 15,1 14,94 15,27 -0,07 -0,46 2.999.455

1/8/2011 15,17 15,08 15,23 -0,03 -0,2 1.204.629

29/7/2011 15,2 14,99 15,24 -0,02 -0,13 1.881.989

28/7/2011 15,22 15,2 15,36 0 0 881.068

27/7/2011 15,22 15,17 15,46 -0,23 -1,49 804.077

26/7/2011 15,45 15,34 15,49 -0,05 -0,32 1.193.710

25/7/2011 15,5 15,13 15,54 0,07 0,45 983.146

22/7/2011 15,43 15,33 15,7 -0,37 -2,34 1.578.125

21/7/2011 15,8 15,25 15,8 0,45 2,93 2.014.371

20/7/2011 15,35 15,21 15,5 0,05 0,33 1.628.576

19/7/2011 15,3 15,17 15,3 0 0 1.005.695

18/7/2011 15,3 15,15 15,34 -0,05 -0,33 1.605.532

15/7/2011 15,35 15,09 15,35 0,1 0,66 780.687

14/7/2011 15,25 15,17 15,25 0 0 1.405.412

13/7/2011 15,25 15,12 15,32 0,1 0,66 1.275.475

12/7/2011 15,15 15,04 15,22 0 0 1.087.228

11/7/2011 15,15 15,02 15,19 0 0 1.745.730

8/7/2011 15,15 14,94 15,6 0 0 751.785

7/7/2011 15,15 15,05 15,39 0 0 612.057

6/7/2011 15,15 15,11 15,44 -0,3 -1,94 854.042

5/7/2011 15,45 15,41 15,6 -0,25 -1,59 760.283

4/7/2011 15,7 15,58 15,74 -0,09 -0,57 927.418

1/7/2011 15,79 15,25 15,9 0,39 2,53 2.093.792

30/6/2011 15,4 14,63 15,4 0,7 4,76 3.367.862

29/6/2011 14,7 14,4 14,7 0,18 1,24 1.483.675

28/6/2011 14,52 14,35 14,75 0,17 1,18 1.589.685

27/6/2011 14,35 14,09 14,49 0,05 0,35 1.366.144

24/6/2011 14,3 14,05 14,4 0 0 406.574

23/6/2011 14,3 14,3 14,3 0 0 0

22/6/2011 14,3 14,13 14,4 0,03 0,21 1.948.182

21/6/2011 14,27 14,21 14,37 -0,03 -0,21 3.034.945

20/6/2011 14,3 13,83 14,3 0,31 2,22 1.348.061

17/6/2011 13,99 13,77 14,06 0,01 0,07 1.101.341

16/6/2011 13,98 13,71 14,06 0,09 0,65 768.908

15/6/2011 13,89 13,66 14,01 -0,12 -0,86 1.615.770

14/6/2011 14,01 13,85 14,1 0,12 0,86 669.256

13/6/2011 13,89 13,7 13,94 -0,06 -0,43 1.274.490

10/6/2011 13,95 13,79 14,02 -0,2 -1,41 770.707

9/6/2011 14,15 13,95 14,21 -0,01 -0,07 467.966

8/6/2011 14,16 13,9 14,18 0,03 0,21 756.560

7/6/2011 14,13 13,82 14,22 0,23 1,65 905.735

6/6/2011 13,9 13,71 14,24 -0,23 -1,63 814.567

3/6/2011 14,13 13,81 14,38 0 0 777.542

2/6/2011 14,13 13,65 14,13 0,23 1,65 1.148.048

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1/6/2011 13,9 13,85 14,28 -0,4 -2,8 2.247.203

31/5/2011 14,3 14,07 14,44 0,2 1,42 2.750.247

30/5/2011 14,1 13,75 14,1 0,1 0,71 418.827

27/5/2011 14 13,8 14,16 0 0 884.084

26/5/2011 14 13,66 14,15 0 0 832.474

25/5/2011 14 13,53 14 0,3 2,19 549.754

24/5/2011 13,7 13,51 13,95 -0,05 -0,36 3.096.438

23/5/2011 13,75 13,75 14,45 -0,65 -4,51 2.568.685

20/5/2011 14,4 14,12 14,53 0,05 0,35 1.098.406

19/5/2011 14,35 14,3 14,53 -0,15 -1,03 569.207

18/5/2011 14,5 14,14 14,5 0,1 0,69 1.857.868

17/5/2011 14,4 14,05 14,58 -0,1 -0,69 2.027.052

16/5/2011 14,5 14,31 14,64 -0,24 -1,63 1.745.408

13/5/2011 14,74 14,52 15,02 -0,16 -1,07 1.212.041

12/5/2011 14,9 14,56 15,24 0,15 1,02 1.232.504

11/5/2011 14,75 14,5 14,98 -0,05 -0,34 2.108.494

10/5/2011 14,8 14,57 14,97 0,24 1,65 1.171.421

9/5/2011 14,56 14,01 14,57 0,21 1,46 431.727

6/5/2011 14,35 14,23 14,47 0,25 1,77 854.314

5/5/2011 14,1 13,82 14,34 -0,19 -1,33 1.016.107

4/5/2011 14,29 14 14,69 -0,16 -1,11 2.390.571

3/5/2011 14,45 14,25 14,87 -0,53 -3,54 2.604.281

2/5/2011 15 15 16,3 -1,2 -7,41 2.269.783

29/4/2011 16,2 15,85 16,3 0,03 0,19 4.977.561

28/4/2011 16,17 15,76 16,32 0,02 0,12 1.387.129

27/4/2011 16,15 16,13 16,59 -0,3 -1,82 975.167

26/4/2011 16,45 16,43 16,64 0 0 1.076.293

25/4/2011 16,45 16,39 16,47 0 0 898.696

22/4/2011 16,45 16,45 16,45 0 0 0

21/4/2011 16,45 16,45 16,45 0 0 0

20/4/2011 16,45 16,37 16,59 0 0 1.705.118

19/4/2011 16,45 16,4 16,62 0,05 0,3 1.187.214

18/4/2011 16,4 16,27 16,71 -0,3 -1,8 1.549.963

15/4/2011 16,7 16,54 17,17 -0,3 -1,76 2.580.430

14/4/2011 17 16,4 17 0,65 3,98 2.301.628

13/4/2011 16,35 16,05 16,35 0,46 2,89 1.565.302

12/4/2011 15,89 15,81 16,04 -0,16 -1 951.310

11/4/2011 16,05 15,61 16,05 0,4 2,56 1.142.375

8/4/2011 15,65 15,38 15,7 0,06 0,38 1.705.924

7/4/2011 15,59 15,37 15,67 0 0 1.041.549

6/4/2011 15,59 15,25 15,78 -0,06 -0,38 2.368.692

5/4/2011 15,65 15,1 15,75 0,35 2,29 1.336.707

4/4/2011 15,3 14,55 15,35 0,65 4,44 2.296.312

1/4/2011 14,65 14,34 14,69 0,06 0,41 1.672.674

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continua...

31/3/2011 14,59 13,92 14,59 0,56 3,99 2.665.198

30/3/2011 14,03 13,59 14,03 0,35 2,56 1.722.520

29/3/2011 13,68 13,43 13,7 0,13 0,96 749.659

28/3/2011 13,55 13,41 13,73 -0,05 -0,37 1.433.458

25/3/2011 13,6 13,41 13,89 0,1 0,74 1.043.297

24/3/2011 13,5 13,31 13,66 -0,1 -0,74 907.011

23/3/2011 13,6 13,46 13,62 0,09 0,67 703.490

22/3/2011 13,51 13,3 13,72 0,11 0,82 1.223.877

21/3/2011 13,4 13,4 14,09 -0,52 -3,74 2.180.228

18/3/2011 13,92 13,92 14,43 -0,28 -1,97 3.265.715

17/3/2011 14,2 13,94 14,43 -0,1 -0,7 3.346.832

16/3/2011 14,3 14,1 14,65 -0,15 -1,04 2.664.427

15/3/2011 14,45 14,06 14,45 0 0 2.503.979

14/3/2011 14,45 14,14 14,45 0,15 1,05 632.741

11/3/2011 14,3 14,01 14,3 0,2 1,42 1.944.928

10/3/2011 14,1 13,96 14,16 0 0 1.999.329

9/3/2011 14,1 13,94 14,23 0,02 0,14 711.771

8/3/2011 14,08 14,08 14,08 0 0 0

7/3/2011 14,08 14,08 14,08 0 0 0

4/3/2011 14,08 14 14,25 -0,17 -1,19 2.182.615

3/3/2011 14,25 14,17 14,54 -0,06 -0,42 2.775.866

2/3/2011 14,31 14,14 14,36 -0,08 -0,56 2.166.768

1/3/2011 14,39 14,28 14,55 -0,12 -0,83 1.313.808

28/2/2011 14,51 14,27 14,55 0,11 0,76 1.126.338

25/2/2011 14,4 14,14 14,61 0 0 1.184.424

24/2/2011 14,4 14,06 14,4 0,14 0,98 961.305

23/2/2011 14,26 13,85 14,26 0,17 1,21 1.483.762

22/2/2011 14,09 13,64 14,2 -0,11 -0,77 1.220.803

21/2/2011 14,2 14 14,2 -0,04 -0,28 610.208

18/2/2011 14,24 13,84 14,25 0,24 1,71 1.286.739

17/2/2011 14 13,96 14,41 -0,29 -2,03 2.363.882

16/2/2011 14,29 13,64 14,29 0,59 4,31 2.391.649

15/2/2011 13,7 13,6 13,74 0,01 0,07 1.515.714

14/2/2011 13,69 13,52 13,8 -0,01 -0,07 1.245.651

11/2/2011 13,7 13,54 13,81 0 0 1.515.623

10/2/2011 13,7 13,43 13,74 0,03 0,22 1.401.743

9/2/2011 13,67 13,32 13,8 -0,13 -0,94 2.175.213

8/2/2011 13,8 13,62 13,84 0,06 0,44 1.397.843

7/2/2011 13,74 13,51 13,89 -0,03 -0,22 794.546

4/2/2011 13,77 13,31 13,77 -0,01 -0,07 1.945.607

3/2/2011 13,78 13,3 13,86 0,01 0,07 1.390.391

2/2/2011 13,77 13,3 13,79 -0,07 -0,51 1.976.925

1/2/2011 13,84 13,53 13,93 0,36 2,67 1.627.624

31/1/2011 13,48 12,86 13,48 0,13 0,97 3.072.247

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conclusão...

28/1/2011 13,35 13,16 14,3 -0,86 -6,05 4.702.496

27/1/2011 14,21 14,21 15,08 -0,74 -4,95 1.718.116

26/1/2011 14,95 14,75 15,3 -0,36 -2,35 1.596.964

25/1/2011 15,31 15,31 15,31 0 0 0

24/1/2011 15,31 15,26 15,4 -0,09 -0,58 972.536

21/1/2011 15,4 15 15,44 0,15 0,98 1.544.399

20/1/2011 15,25 15,16 15,4 -0,15 -0,97 1.186.017

19/1/2011 15,4 15,23 15,76 -0,2 -1,28 1.023.655

18/1/2011 15,6 15,31 15,88 -0,1 -0,64 1.632.664

17/1/2011 15,7 15,62 15,88 -0,1 -0,63 784.282

14/1/2011 15,8 15,6 16,05 0 0 807.863

13/1/2011 15,8 15,66 16,09 0,03 0,19 1.246.466

12/1/2011 15,77 15,47 15,89 0,27 1,74 1.208.833

11/1/2011 15,5 15,34 15,65 -0,05 -0,32 959.664

10/1/2011 15,55 15,13 15,6 0,3 1,97 749.603

7/1/2011 15,25 15,06 15,45 -0,15 -0,97 1.011.530

6/1/2011 15,4 15,22 15,52 -0,14 -0,9 1.899.712

5/1/2011 15,54 15,29 15,54 0,03 0,19 1.466.611

4/1/2011 15,51 15,1 15,51 0,06 0,39 1.385.259

3/1/2011 15,45 15,2 15,86 0,05 0,32 1.572.965

Histórico de Cotações: De 3 de Janeiro de 2011 a 23 de Setembro de 2011 IBOVESPA - históricos disponíveis apenas a partir de 03/01/2011

Data/Hora Cotação Mínima Máxima Variação Variação

(%) Volume 23/9/2011 53.230,36 52.754,06 53.855,03 -49,92 -0,09 2.689.194 22/9/2011 53.280,28 52.706,24 55.980,65 -2.701,62 -4,83 3.603.686 21/9/2011 55.981,90 55.914,82 57.599,95 -396,73 -0,7 2.777.076 20/9/2011 56.378,63 56.378,63 57.619,74 -724,15 -1,27 2.677.092 19/9/2011 57.102,78 56.059,71 57.208,19 -107,33 -0,19 2.328.212 16/9/2011 57.210,11 56.257,38 57.210,11 828,65 1,47 1.969.970 15/9/2011 56.381,46 56.196,22 57.161,24 95,42 0,17 2.136.717 14/9/2011 56.286,04 55.089,93 56.776,46 742,07 1,34 2.836.275 13/9/2011 55.543,97 55.166,08 56.336,47 -141,5 -0,25 2.099.358 12/9/2011 55.685,47 54.309,85 55.792,14 -92,92 -0,17 2.376.205 9/9/2011 55.778,39 55.527,65 57.614,13 -1.845,24 -3,2 2.481.841 8/9/2011 57.623,63 56.608,50 58.241,99 1.016,33 1,8 2.757.015 7/9/2011 56.607,30 56.607,30 56.607,30 0 0 0 6/9/2011 56.607,30 54.121,36 56.676,35 1.608,89 2,93 2.846.808 5/9/2011 54.998,41 54.817,61 56.520,65 -1.533,21 -2,71 1.609.056 2/9/2011 56.531,62 56.301,62 58.113,63 -1.586,58 -2,73 3.147.366 1/9/2011 58.118,20 56.498,24 58.589,26 1.623,08 2,87 4.013.572 31/8/2011 56.495,12 55.399,37 56.495,12 1.110,09 2 2.940.099

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30/8/2011 55.385,03 54.424,94 55.768,45 524,3 0,96 2.343.417 29/8/2011 54.860,73 53.356,07 55.026,66 1.509,94 2,83 2.293.735 26/8/2011 53.350,79 51.971,15 53.597,69 397,49 0,75 2.222.969 25/8/2011 52.953,30 52.677,40 54.155,02 -842,4 -1,57 2.381.150 24/8/2011 53.795,70 52.992,81 54.279,18 9,07 0,02 2.492.289 23/8/2011 53.786,63 51.853,07 53.786,63 1.346,40 2,57 2.679.043 22/8/2011 52.440,23 52.397,21 53.552,02 -7,4 -0,01 2.140.804 19/8/2011 52.447,63 52.335,73 53.601,16 -686,47 -1,29 2.577.282 18/8/2011 53.134,10 52.246,02 55.036,82 -1.938,92 -3,52 3.120.409 17/8/2011 55.073,02 53.827,51 55.073,02 749,41 1,38 3.160.628 16/8/2011 54.323,61 53.539,24 54.651,09 -328,22 -0,6 2.464.550 15/8/2011 54.651,83 53.474,38 54.967,63 1.178,48 2,2 2.540.570 12/8/2011 53.473,35 52.649,91 53.642,56 130,24 0,24 3.269.783 11/8/2011 53.343,11 51.398,02 53.723,67 1.947,82 3,79 4.065.977 10/8/2011 51.395,29 49.946,78 52.163,66 244,39 0,48 4.358.755 9/8/2011 51.150,90 48.666,26 51.150,90 2.482,61 5,1 5.268.210 8/8/2011 48.668,29 47.793,49 52.938,30 -4.280,93 -8,08 4.894.698 5/8/2011 52.949,22 51.152,63 53.865,79 137,86 0,26 4.320.575 4/8/2011 52.811,36 52.628,91 55.999,45 -3.205,86 -5,72 4.455.458 3/8/2011 56.017,22 55.249,49 57.352,34 -1.293,56 -2,26 3.491.700 2/8/2011 57.310,78 57.258,93 58.673,42 -1.224,96 -2,09 2.696.152 1/8/2011 58.535,74 58.167,64 59.541,92 -287,71 -0,49 2.109.354 29/7/2011 58.823,45 58.009,00 58.952,40 115,2 0,2 2.366.335 28/7/2011 58.708,25 58.290,36 59.166,51 419,79 0,72 2.234.092 27/7/2011 58.288,46 58.168,70 59.336,48 -1.051,44 -1,77 2.618.993 26/7/2011 59.339,90 59.261,08 60.204,29 -630,64 -1,05 2.174.791 25/7/2011 59.970,54 59.639,98 60.285,41 -299,93 -0,5 1.772.309 22/7/2011 60.270,47 60.076,88 60.696,38 7,52 0,01 1.809.502 21/7/2011 60.262,95 59.119,63 60.441,00 1.143,24 1,93 2.159.688 20/7/2011 59.119,71 59.044,51 59.551,61 37,58 0,06 1.945.981 19/7/2011 59.082,13 58.676,82 59.394,20 244,52 0,42 1.887.986 18/7/2011 58.837,61 58.630,94 59.479,33 -640,4 -1,08 1.956.430 15/7/2011 59.478,01 59.180,29 60.104,24 -201,34 -0,34 1.960.244 14/7/2011 59.679,35 59.451,77 60.684,53 -990,54 -1,63 2.363.357 13/7/2011 60.669,89 59.717,78 60.846,71 965,14 1,62 2.284.285 12/7/2011 59.704,75 59.704,75 60.516,11 -518,88 -0,86 1.946.119 11/7/2011 60.223,63 60.098,31 61.501,58 -1.289,61 -2,1 1.773.239 8/7/2011 61.513,24 61.366,49 62.206,58 -694,09 -1,12 1.670.580 7/7/2011 62.207,33 62.207,33 63.206,29 -358,13 -0,57 1.865.009 6/7/2011 62.565,46 62.390,69 63.038,81 -473,35 -0,75 1.612.562 5/7/2011 63.038,81 63.030,22 63.886,43 -852,5 -1,33 1.937.720 4/7/2011 63.891,31 63.314,23 63.891,31 496,97 0,78 1.000.477 1/7/2011 63.394,34 62.148,39 63.454,86 990,7 1,59 2.376.269 30/6/2011 62.403,64 61.959,40 62.574,33 69,67 0,11 1.813.944

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29/6/2011 62.333,97 62.032,74 62.624,62 30,6 0,05 1.873.400 28/6/2011 62.303,37 61.216,26 62.308,77 1.086,39 1,77 1.796.350 27/6/2011 61.216,98 60.771,93 61.456,22 200,26 0,33 1.633.908 24/6/2011 61.016,72 60.920,80 61.458,80 -177,37 -0,29 1.449.055 23/6/2011 61.194,09 61.194,09 61.194,09 0 0 0 22/6/2011 61.194,09 61.194,09 61.858,97 -229,52 -0,37 1.863.451 21/6/2011 61.423,61 61.178,94 61.542,51 255,37 0,42 1.696.673 20/6/2011 61.168,24 60.783,78 61.571,37 108,26 0,18 2.019.741 17/6/2011 61.059,98 60.565,54 61.268,47 179,36 0,29 1.974.677 16/6/2011 60.880,62 60.489,27 62.040,31 -723,12 -1,17 1.991.098 15/6/2011 61.603,74 61.448,14 62.198,11 -601,09 -0,97 2.668.099 14/6/2011 62.204,83 62.023,41 62.697,43 181,91 0,29 1.762.363 13/6/2011 62.022,92 62.021,60 62.967,84 -674,24 -1,08 1.397.132 10/6/2011 62.697,16 62.495,24 63.478,36 -771,66 -1,22 1.688.260 9/6/2011 63.468,82 62.872,35 63.772,64 435,85 0,69 1.946.852 8/6/2011 63.032,97 62.709,41 63.353,54 -184,88 -0,29 1.805.869 7/6/2011 63.217,85 63.071,86 63.784,38 150,12 0,24 2.089.604 6/6/2011 63.067,73 62.959,77 64.512,02 -1.272,77 -1,98 1.822.344 3/6/2011 64.340,50 63.628,20 64.978,78 122,42 0,19 2.155.887 2/6/2011 64.218,08 63.277,37 64.218,08 806,6 1,27 2.135.610 1/6/2011 63.411,48 63.401,14 64.673,73 -1.208,60 -1,87 2.158.244 31/5/2011 64.620,08 63.931,64 64.620,08 666,15 1,04 2.428.456 30/5/2011 63.953,93 63.914,64 64.460,27 -341,03 -0,53 629.037 27/5/2011 64.294,96 64.092,40 64.548,22 196,39 0,31 1.672.062 26/5/2011 64.098,57 63.231,95 64.121,25 710,13 1,12 2.397.030 25/5/2011 63.388,44 63.024,77 63.857,12 51,69 0,08 1.918.542 24/5/2011 63.336,75 62.350,11 63.414,80 991,57 1,59 2.006.315 23/5/2011 62.345,18 61.658,74 62.596,52 -251,34 -0,4 1.767.696 20/5/2011 62.596,52 62.086,18 63.043,20 229,16 0,37 2.087.015 19/5/2011 62.367,36 62.224,69 63.607,37 -473,25 -0,75 2.291.225 18/5/2011 62.840,61 62.830,45 64.015,02 -832,73 -1,31 2.488.059 17/5/2011 63.673,34 62.414,43 63.680,44 843,66 1,34 2.210.780 16/5/2011 62.829,68 62.675,59 63.828,54 -405,62 -0,64 2.459.595 13/5/2011 63.235,30 63.063,44 64.165,24 -767,86 -1,2 2.667.458 12/5/2011 64.003,16 63.125,39 64.328,93 227,34 0,36 2.486.840 11/5/2011 63.775,82 63.621,99 64.876,70 -1.101,06 -1,7 2.458.499 10/5/2011 64.876,88 64.618,83 65.143,41 254,91 0,39 1.982.579 9/5/2011 64.621,97 64.149,50 64.781,87 204,63 0,32 1.880.818 6/5/2011 64.417,34 63.422,21 64.703,92 1.010,33 1,59 2.689.928 5/5/2011 63.407,01 62.972,77 64.267,79 -208,49 -0,33 2.806.009 4/5/2011 63.615,50 63.547,51 64.807,13 -702,68 -1,09 2.490.020 3/5/2011 64.318,18 64.243,67 65.468,32 -1.144,57 -1,75 2.235.405 2/5/2011 65.462,75 65.345,68 66.500,26 -670,11 -1,01 2.306.707 29/4/2011 66.132,86 65.460,92 66.293,78 459,65 0,7 2.645.050

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28/4/2011 65.673,21 65.105,31 66.249,18 -591,26 -0,89 3.089.995 27/4/2011 66.264,47 65.885,44 67.228,28 -879,79 -1,31 2.151.251 26/4/2011 67.144,26 66.722,43 67.413,16 171,89 0,26 1.726.521 25/4/2011 66.972,37 66.552,06 67.124,33 -85,66 -0,13 1.385.814 22/4/2011 67.058,02 67.058,02 67.058,02 0 0 0 21/4/2011 67.058,02 67.058,02 67.058,02 0 0 0 20/4/2011 67.058,02 66.164,94 67.076,76 899,93 1,36 2.397.399 19/4/2011 66.158,09 65.416,70 66.256,94 742,6 1,14 2.214.365 18/4/2011 65.415,49 65.158,47 66.705,72 -1.268,72 -1,9 3.060.398 15/4/2011 66.684,21 65.832,39 66.765,19 405,32 0,61 2.145.721 14/4/2011 66.278,89 66.089,52 67.041,79 -207,6 -0,31 2.258.980 13/4/2011 66.486,49 66.251,35 67.410,69 -409,73 -0,61 2.515.208 12/4/2011 66.896,23 66.721,12 68.153,32 -1.268,13 -1,86 2.525.736 11/4/2011 68.164,36 68.029,30 69.176,75 -553,65 -0,81 2.173.871 8/4/2011 68.718,01 68.471,84 69.429,86 -458,11 -0,66 2.111.494 7/4/2011 69.176,12 68.695,01 69.333,72 139,21 0,2 0 6/4/2011 69.036,91 68.954,26 70.107,71 -800,62 -1,15 0 5/4/2011 69.837,52 69.464,82 70.046,53 133,73 0,19 0 4/4/2011 69.703,80 69.269,87 69.787,27 435,51 0,63 0 1/4/2011 69.268,29 68.588,06 69.387,19 681,59 0,99 2.397.413 31/3/2011 68.586,70 68.000,46 68.606,06 589,64 0,87 2.124.421 30/3/2011 67.997,06 67.422,96 68.003,87 578,3 0,86 1.859.841 29/3/2011 67.418,76 67.046,08 67.862,19 225,94 0,34 1.768.164 28/3/2011 67.192,82 67.192,82 68.070,47 -573,12 -0,85 1.444.372 25/3/2011 67.765,94 67.496,93 68.256,24 232,97 0,34 2.223.711 24/3/2011 67.532,97 67.405,91 68.008,95 -262,54 -0,39 1.819.711 23/3/2011 67.795,51 67.316,69 67.917,92 217,18 0,32 2.145.658 22/3/2011 67.578,33 66.531,26 67.630,53 888,72 1,33 2.357.859 21/3/2011 66.689,61 66.656,48 67.675,88 -190,28 -0,28 2.557.364 18/3/2011 66.879,89 66.216,94 67.384,47 663,96 1 2.842.709 17/3/2011 66.215,93 66.014,71 66.950,20 213,36 0,32 1.984.940 16/3/2011 66.002,57 65.662,68 67.502,05 -1.002,65 -1,5 3.056.842 15/3/2011 67.005,22 65.463,02 67.167,57 -164,03 -0,24 2.852.274 14/3/2011 67.169,25 66.087,73 67.333,15 484,65 0,73 1.874.220 11/3/2011 66.684,60 65.558,87 67.014,07 643,95 0,98 2.491.096 10/3/2011 66.040,66 65.853,94 67.255,94 -1.223,09 -1,82 2.375.086 9/3/2011 67.263,75 67.108,77 68.056,82 -748,35 -1,1 1.407.598 8/3/2011 68.012,10 68.012,10 68.012,10 0 0 0 7/3/2011 68.012,10 68.012,10 68.012,10 0 0 0 4/3/2011 68.012,10 67.513,60 68.219,94 -133,43 -0,2 1.839.999 3/3/2011 68.145,53 67.283,78 68.188,22 864,02 1,28 2.254.558 2/3/2011 67.281,51 66.101,24 67.281,51 1.038,88 1,57 2.518.555 1/3/2011 66.242,63 66.242,63 67.708,40 -1.140,59 -1,69 2.166.393 28/2/2011 67.383,22 66.686,78 67.458,28 480,69 0,72 2.640.306

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Conclusão

25/2/2011 66.902,53 66.331,07 67.632,46 -46,46 -0,07 2.394.642 24/2/2011 66.948,99 66.692,81 67.343,60 38,52 0,06 2.699.114 23/2/2011 66.910,48 66.049,36 67.265,75 470,65 0,71 3.334.934 22/2/2011 66.439,83 66.342,18 67.569,79 -818,83 -1,22 3.045.347 21/2/2011 67.258,66 67.084,92 68.066,82 -808,16 -1,19 1.452.915 18/2/2011 68.066,82 67.385,93 68.225,66 381,83 0,56 1.944.043 17/2/2011 67.684,99 67.106,62 67.875,96 108,37 0,16 2.147.866 16/2/2011 67.576,62 66.341,97 67.793,44 1.235,23 1,86 2.672.366 15/2/2011 66.341,39 66.117,13 66.860,77 -216,16 -0,32 2.355.469 14/2/2011 66.557,55 65.461,57 66.743,42 801,89 1,22 1.945.022 11/2/2011 65.755,66 64.562,16 65.890,07 1.177,83 1,82 2.396.458 10/2/2011 64.577,83 64.184,89 65.106,23 360,31 0,56 2.356.354 9/2/2011 64.217,52 64.016,36 65.767,21 -1.553,81 -2,36 2.811.346 8/2/2011 65.771,33 65.110,46 66.237,76 409,29 0,63 2.763.937 7/2/2011 65.362,04 64.915,83 65.892,76 92,89 0,14 1.980.431 4/2/2011 65.269,15 65.159,73 66.946,48 -1.495,69 -2,24 2.676.732 3/2/2011 66.764,84 66.090,82 66.848,61 76,37 0,11 2.380.785 2/2/2011 66.688,48 66.643,00 68.011,96 -1.158,87 -1,71 2.551.420 1/2/2011 67.847,34 66.574,88 67.921,76 1.272,46 1,91 2.114.052 31/1/2011 66.574,88 66.270,66 67.165,91 -122,69 -0,18 2.253.833 28/1/2011 66.697,57 65.897,65 68.181,74 -1.353,14 -1,99 2.544.030 27/1/2011 68.050,71 67.774,57 69.107,89 -658,51 -0,96 2.304.361 26/1/2011 68.709,22 68.514,92 69.556,15 -717,35 -1,03 2.542.472 25/1/2011 69.426,57 69.426,57 69.426,57 0 0 0 24/1/2011 69.426,57 68.786,28 69.512,61 293,48 0,42 1.474.487 21/1/2011 69.133,09 69.095,15 70.026,52 -428,44 -0,62 2.071.797 20/1/2011 69.561,53 69.176,61 70.083,35 -496,55 -0,71 2.169.624 19/1/2011 70.058,08 69.966,21 71.189,81 -861,67 -1,21 1.884.793 18/1/2011 70.919,75 70.612,23 71.093,97 310,68 0,44 1.877.411 17/1/2011 70.609,07 70.544,10 70.939,58 -331,15 -0,47 1.538.533 14/1/2011 70.940,22 70.396,86 71.184,30 218,78 0,31 1.806.690 13/1/2011 70.721,44 70.719,10 71.923,84 -911,46 -1,27 2.237.712 12/1/2011 71.632,90 70.429,44 71.632,90 1.209,46 1,72 2.516.090 11/1/2011 70.423,44 70.145,28 70.647,44 296,4 0,42 2.138.029 10/1/2011 70.127,04 69.666,37 70.133,39 69,84 0,1 1.610.794 7/1/2011 70.057,20 69.718,11 70.782,83 -521,62 -0,74 1.761.075 6/1/2011 70.578,83 70.469,17 71.167,10 -512,2 -0,72 2.546.050 5/1/2011 71.091,03 69.801,71 71.172,96 773,24 1,1 2.309.214 4/1/2011 70.317,79 69.559,92 70.317,79 355,47 0,51 2.427.239 3/1/2011 69.962,32 69.304,67 70.470,97 657,51 0,95 1.862.319

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Beta Marfrig/Ibovespa 2011

MARFRIG IBOVESPA A B

Data/Hora Variação

(%) Variação

(%) Xi-

med Yi-

med a.b

23/9/2011 3,50 -0,090 3,90 0,038 0,146814654 15,22 0,00

22/9/2011 -8,84 -4,830 -8,44 -4,702 39,68155465 71,21 22,11

21/9/2011 -3,90 -0,700 -3,50 -0,572 2,002506233 12,24 0,33

20/9/2011 -6,75 -1,270 -6,35 -1,142 7,252476233 40,31 1,31

19/9/2011 -2,16 -0,190 -1,76 -0,062 0,109683075 3,09 0,00

16/9/2011 -0,63 1,470 -0,23 1,598 -0,36526903 0,05 2,55

15/9/2011 -5,38 0,170 -4,98 0,298 -1,481797978 24,79 0,09

14/9/2011 -0,36 1,340 0,04 1,468 0,060713601 0,00 2,15

13/9/2011 1,20 -0,250 1,60 -0,122 -0,195956925 2,56 0,01

12/9/2011 1,47 -0,170 1,87 -0,042 -0,079286925 3,50 0,00

9/9/2011 -3,20 -3,200 -2,80 -3,072 8,598427285 7,83 9,44

8/9/2011 -1,17 1,800 -0,77 1,928 -1,481638504 0,59 3,72

7/9/2011 0,00 0,000 0,40 0,128 0,051227285 0,16 0,02

6/9/2011 0,59 2,930 0,99 3,058 3,031239391 0,98 9,35

5/9/2011 2,04 -2,710 2,44 -2,582 -6,304512715 5,96 6,67

2/9/2011 1,59 -2,730 1,99 -2,602 -5,182274294 3,97 6,77

1/9/2011 6,63 2,870 7,03 2,998 21,07745202 49,44 8,99

31/8/2011 0,39 2,000 0,79 2,128 1,683740443 0,63 4,53

30/8/2011 -0,26 0,960 0,14 1,088 0,153756759 0,02 1,18

29/8/2011 4,35 2,830 4,75 2,958 14,05279729 22,58 8,75

26/8/2011 -1,21 0,750 -0,81 0,878 -0,709680609 0,65 0,77

25/8/2011 -3,25 -1,570 -2,85 -1,442 4,108776233 8,11 2,08

24/8/2011 -0,39 0,020 0,01 0,148 0,001678338 0,00 0,02

23/8/2011 0,13 2,570 0,53 2,698 1,433436233 0,28 7,28

22/8/2011 -5,85 -0,010 -5,45 0,118 -0,640931136 29,69 0,01

19/8/2011 -2,03 -1,290 -1,63 -1,162 1,893069917 2,65 1,35

18/8/2011 -8,02 -3,520 -7,62 -3,392 25,84520518 58,04 11,51

17/8/2011 2,94 1,380 3,34 1,508 5,037552548 11,16 2,27

16/8/2011 -4,23 -0,600 -3,83 -0,472 1,808524654 14,66 0,22

15/8/2011 6,58 2,200 6,98 2,328 16,2500536 48,74 5,42

12/8/2011 2,85 0,240 3,25 0,368 1,195305706 10,57 0,14

11/8/2011 -0,36 3,790 0,04 3,918 0,162066233 0,00 15,35

10/8/2011 -6,01 0,480 -5,61 0,608 -3,407981662 31,46 0,37

9/8/2011 -0,33 5,100 0,07 5,228 0,373087812 0,01 27,33

8/8/2011 -24,83 -8,080 -24,43 -7,952 194,2654783 596,76 63,24

5/8/2011 -7,69 0,260 -7,29 0,388 -2,825303767 53,12 0,15

4/8/2011 -13,33 -5,720 -12,93 -5,592 72,30167097 167,15 31,27

3/8/2011 -0,66 -2,260 -0,26 -2,132 0,551497812 0,07 4,55

2/8/2011 -0,46 -2,090 -0,06 -1,962 0,115056759 0,00 3,85

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95

continua...

27/7/2011 -1,49 -1,770 -1,09 -1,642 1,787934127 1,19 2,70

26/7/2011 -0,32 -1,050 0,08 -0,922 -0,075051662 0,01 0,85

25/7/2011 0,45 -0,500 0,85 -0,372 -0,317022715 0,72 0,14

22/7/2011 -2,34 0,010 -1,94 0,138 -0,266816925 3,76 0,02

21/7/2011 2,93 1,930 3,33 2,058 6,854728864 11,10 4,23

20/7/2011 0,33 0,060 0,73 0,188 0,137227812 0,53 0,04

19/7/2011 0,00 0,420 0,40 0,548 0,219802022 0,16 0,30

18/7/2011 -0,33 -1,080 0,07 -0,952 -0,06796903 0,01 0,91

15/7/2011 0,66 -0,340 1,06 -0,212 -0,225401136 1,13 0,05

14/7/2011 0,00 -1,630 0,40 -1,502 -0,603003241 0,16 2,26

13/7/2011 0,66 1,620 1,06 1,748 1,85488097 1,13 3,05

12/7/2011 0,00 -0,860 0,40 -0,732 -0,293949557 0,16 0,54

11/7/2011 0,00 -2,100 0,40 -1,972 -0,791646399 0,16 3,89

8/7/2011 0,00 -1,120 0,40 -0,992 -0,398305346 0,16 0,98

7/7/2011 0,00 -0,570 0,40 -0,442 -0,177552715 0,16 0,20

6/7/2011 -1,94 -0,750 -1,54 -0,622 0,957595706 2,37 0,39

5/7/2011 -1,59 -1,330 -1,19 -1,202 1,429173075 1,41 1,45

4/7/2011 -0,57 0,780 -0,17 0,908 -0,153055346 0,03 0,82

1/7/2011 2,53 1,590 2,93 1,718 5,03501097 8,59 2,95

30/6/2011 4,76 0,110 5,16 0,238 1,226504127 26,64 0,06

29/6/2011 1,24 0,050 1,64 0,178 0,291558864 2,69 0,03

28/6/2011 1,18 1,770 1,58 1,898 3,000854654 2,50 3,60

27/6/2011 0,35 0,330 0,75 0,458 0,343849917 0,56 0,21

24/6/2011 0,00 -0,290 0,40 -0,162 -0,065169557 0,16 0,03

23/6/2011 0,00 0,000 0,40 0,128 0,051227285 0,16 0,02

22/6/2011 0,21 -0,370 0,61 -0,242 -0,148176399 0,37 0,06

21/6/2011 -0,21 0,420 0,19 0,548 0,104799391 0,04 0,30

20/6/2011 2,22 0,180 2,62 0,308 0,806415706 6,87 0,09

17/6/2011 0,07 0,290 0,47 0,418 0,196858338 0,22 0,17

16/6/2011 0,65 -1,170 1,05 -1,042 -1,095913241 1,11 1,09

15/6/2011 -0,86 -0,970 -0,46 -0,842 0,386336759 0,21 0,71

14/6/2011 0,86 0,290 1,26 0,418 0,526787285 1,59 0,17

13/6/2011 -0,43 -1,080 -0,03 -0,952 0,027267812 0,00 0,91

10/6/2011 -1,41 -1,220 -1,01 -1,092 1,101797285 1,02 1,19

9/6/2011 -0,07 0,690 0,33 0,818 0,270937285 0,11 0,67

8/6/2011 0,21 -0,290 0,61 -0,162 -0,099266925 0,37 0,03

7/6/2011 1,65 0,240 2,05 0,368 0,754147812 4,21 0,14

6/6/2011 -1,63 -1,980 -1,23 -1,852 2,275878338 1,51 3,43

3/6/2011 0,00 0,190 0,40 0,318 0,127487285 0,16 0,10

2/6/2011 1,65 1,270 2,05 1,398 2,867057285 4,21 1,95

1/6/2011 -2,80 -1,870 -2,40 -1,742 4,179299917 5,75 3,04

31/5/2011 1,42 1,040 1,82 1,168 2,126687285 3,32 1,36

30/5/2011 0,71 -0,530 1,11 -0,402 -0,447179557 1,24 0,16

27/5/2011 0,00 0,310 0,40 0,438 0,175651496 0,16 0,19

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26/5/2011 0,00 1,120 0,40 1,248 0,500759917 0,16 1,56

25/5/2011 2,19 0,080 2,59 0,208 0,538049917 6,72 0,04

24/5/2011 -0,36 1,590 0,04 1,718 0,071055706 0,00 2,95

23/5/2011 -4,51 -0,400 -4,11 -0,272 1,119061496 16,88 0,07

20/5/2011 0,35 0,370 0,75 0,498 0,373904654 0,56 0,25

19/5/2011 -1,03 -0,750 -0,63 -0,622 0,391240443 0,40 0,39

18/5/2011 0,69 -1,310 1,09 -1,182 -1,290399557 1,19 1,40

17/5/2011 -0,69 1,340 -0,29 1,468 -0,42360482 0,08 2,15

16/5/2011 -1,63 -0,640 -1,23 -0,512 0,629512022 1,51 0,26

13/5/2011 -1,07 -1,200 -0,67 -1,072 0,717019391 0,45 1,15

12/5/2011 1,02 0,360 1,42 0,488 0,693104127 2,02 0,24

11/5/2011 -0,34 -1,700 0,06 -1,572 -0,096493767 0,00 2,47

10/5/2011 1,65 0,390 2,05 0,518 1,061853075 4,21 0,27

9/5/2011 1,46 0,320 1,86 0,448 0,833207285 3,46 0,20

6/5/2011 1,77 1,590 2,17 1,718 3,72961097 4,71 2,95

5/5/2011 -1,33 -0,330 -0,93 -0,202 0,187925706 0,86 0,04

4/5/2011 -1,11 -1,090 -0,71 -0,962 0,681964654 0,50 0,93

3/5/2011 -3,54 -1,750 -3,14 -1,622 5,092016759 9,85 2,63

2/5/2011 -7,41 -1,010 -7,01 -0,882 6,18419518 49,12 0,78

29/4/2011 0,19 0,700 0,59 0,828 0,48943518 0,35 0,68

28/4/2011 0,12 -0,890 0,52 -0,762 -0,39747482 0,27 0,58

27/4/2011 -1,82 -1,310 -1,42 -1,182 1,67734518 2,01 1,40

26/4/2011 0,00 0,260 0,40 0,388 0,155583075 0,16 0,15

25/4/2011 0,00 -0,130 0,40 -0,002 -0,000950609 0,16 0,00

22/4/2011 0,00 0,000 0,40 0,128 0,051227285 0,16 0,02

21/4/2011 0,00 0,000 0,40 0,128 0,051227285 0,16 0,02

20/4/2011 0,00 1,360 0,40 1,488 0,597088338 0,16 2,21

19/4/2011 0,30 1,140 0,70 1,268 0,889076759 0,49 1,61

18/4/2011 -1,80 -1,900 -1,40 -1,772 2,478890443 1,96 3,14

15/4/2011 -1,76 0,610 -1,36 0,738 -1,002169557 1,85 0,54

14/4/2011 3,98 -0,310 4,38 -0,182 -0,799023241 19,20 0,03

13/4/2011 2,89 -0,610 3,29 -0,482 -1,587652188 10,83 0,23

12/4/2011 -1,00 -1,860 -0,60 -1,732 1,037050443 0,36 3,00

11/4/2011 2,56 -0,810 2,96 -0,682 -2,020744294 8,77 0,47

8/4/2011 0,38 -0,660 0,78 -0,532 -0,415975873 0,61 0,28

7/4/2011 0,00 0,200 0,40 0,328 0,13150097 0,16 0,11

6/4/2011 -0,38 -1,150 0,02 -1,022 -0,021846399 0,00 1,05

5/4/2011 2,29 0,190 2,69 0,318 0,854863601 7,24 0,10

4/4/2011 4,44 0,630 4,84 0,758 3,667973601 23,44 0,57

1/4/2011 0,41 0,990 0,81 1,118 0,90681097 0,66 1,25

31/3/2011 3,99 0,870 4,39 0,998 4,380967812 19,28 1,00

30/3/2011 2,56 0,860 2,96 0,988 2,92474097 8,77 0,98

29/3/2011 0,96 0,340 1,36 0,468 0,636618864 1,85 0,22

28/3/2011 -0,37 -0,850 0,03 -0,722 -0,022659557 0,00 0,52

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continua...

25/3/2011 0,74 0,340 1,14 0,468 0,533739917 1,30 0,22

24/3/2011 -0,74 -0,390 -0,34 -0,262 0,088846233 0,11 0,07

23/3/2011 0,67 0,320 1,07 0,448 0,479578338 1,15 0,20

22/3/2011 0,82 1,330 1,22 1,458 1,78030518 1,49 2,12

21/3/2011 -3,74 -0,280 -3,34 -0,152 0,508702022 11,15 0,02

18/3/2011 -1,97 1,000 -1,57 1,128 -1,768838504 2,46 1,27

17/3/2011 -0,70 0,320 -0,30 0,448 -0,133676925 0,09 0,20

16/3/2011 -1,04 -1,500 -0,64 -1,372 0,876437812 0,41 1,88

15/3/2011 0,00 -0,240 0,40 -0,112 -0,045101136 0,16 0,01

14/3/2011 1,05 0,730 1,45 0,858 1,244739391 2,11 0,74

11/3/2011 1,42 0,980 1,82 1,108 2,01740518 3,32 1,23

10/3/2011 0,00 -1,820 0,40 -1,692 -0,679263241 0,16 2,86

9/3/2011 0,14 -1,100 0,54 -0,972 -0,526409557 0,29 0,95

8/3/2011 0,00 0,000 0,40 0,128 0,051227285 0,16 0,02

7/3/2011 0,00 0,000 0,40 0,128 0,051227285 0,16 0,02

4/3/2011 -1,19 -0,200 -0,79 -0,072 0,057072022 0,62 0,01

3/3/2011 -0,42 1,280 -0,02 1,408 -0,026226399 0,00 1,98

2/3/2011 -0,56 1,570 -0,16 1,698 -0,269297978 0,03 2,88

1/3/2011 -0,83 -1,690 -0,43 -1,562 0,669680443 0,18 2,44

28/2/2011 0,76 0,720 1,16 0,848 0,984412548 1,35 0,72

25/2/2011 0,00 -0,070 0,40 0,058 0,023131496 0,16 0,00

24/2/2011 0,98 0,060 1,38 0,188 0,259188338 1,91 0,04

23/2/2011 1,21 0,710 1,61 0,838 1,349733075 2,60 0,70

22/2/2011 -0,77 -1,220 -0,37 -1,092 0,402681496 0,14 1,19

21/2/2011 -0,28 -1,190 0,12 -1,062 -0,128937978 0,01 1,13

18/2/2011 1,71 0,560 2,11 0,688 1,451843601 4,46 0,47

17/2/2011 -2,03 0,160 -1,63 0,288 -0,468445873 2,65 0,08

16/2/2011 4,31 1,860 4,71 1,988 9,364464654 22,20 3,95

15/2/2011 0,07 -0,320 0,47 -0,192 -0,090676399 0,22 0,04

14/2/2011 -0,07 1,220 0,33 1,348 0,446562548 0,11 1,82

11/2/2011 0,00 1,820 0,40 1,948 0,781717812 0,16 3,79

10/2/2011 0,22 0,560 0,62 0,688 0,427272548 0,39 0,47

9/2/2011 -0,94 -2,360 -0,54 -2,232 1,202424127 0,29 4,98

8/2/2011 0,44 0,630 0,84 0,758 0,637447285 0,71 0,57

7/2/2011 -0,22 0,140 0,18 0,268 0,048539917 0,03 0,07

4/2/2011 -0,07 -2,240 0,33 -2,112 -0,699972188 0,11 4,46

3/2/2011 0,07 0,110 0,47 0,238 0,112012022 0,22 0,06

2/2/2011 -0,51 -1,710 -0,11 -1,582 0,17189518 0,01 2,50

1/2/2011 2,67 1,910 3,07 2,038 6,258317285 9,43 4,15

31/1/2011 0,97 -0,180 1,37 -0,052 -0,071816399 1,88 0,00

28/1/2011 -6,05 -1,990 -5,65 -1,862 10,51983307 31,91 3,47

27/1/2011 -4,95 -0,960 -4,55 -0,832 3,786137285 20,69 0,69

26/1/2011 -2,35 -1,030 -1,95 -0,902 1,758383601 3,80 0,81

25/1/2011 0,00 0,000 0,40 0,128 0,051227285 0,16 0,02

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98

conclusão

24/1/2011 -0,58 0,420 -0,18 0,548 -0,097824294 0,03 0,30

21/1/2011 0,98 -0,620 1,38 -0,492 -0,680142188 1,91 0,24

20/1/2011 -0,97 -0,710 -0,57 -0,582 0,331153075 0,32 0,34

19/1/2011 -1,28 -1,210 -0,88 -1,082 0,951003075 0,77 1,17

18/1/2011 -0,64 0,440 -0,24 0,568 -0,13545482 0,06 0,32

17/1/2011 -0,63 -0,470 -0,23 -0,342 0,078276233 0,05 0,12

14/1/2011 0,00 0,310 0,40 0,438 0,175651496 0,16 0,19

13/1/2011 0,19 -1,270 0,59 -1,142 -0,675560609 0,35 1,31

12/1/2011 1,74 1,720 2,14 1,848 3,956459917 4,59 3,41

11/1/2011 -0,32 0,420 0,08 0,548 0,044559917 0,01 0,30

10/1/2011 1,97 0,100 2,37 0,228 0,539798338 5,62 0,05

7/1/2011 -0,97 -0,740 -0,57 -0,612 0,348212022 0,32 0,37

6/1/2011 -0,90 -0,720 -0,50 -0,592 0,295373601 0,25 0,35

5/1/2011 0,19 1,100 0,59 1,228 0,725982548 0,35 1,51

4/1/2011 0,39 0,510 0,79 0,638 0,504601496 0,63 0,41

3/1/2011 0,32 0,950 0,72 1,078 0,777369391 0,52 1,16

TOTAL 521,1015158 1755,161 419,3272

MEDIA -0,40 -0,13

DESV PAD 3,047 1,490 Desv Pad 3,047387 1,489518

VARIÂNCIA 9,287 2,219 Variância 9,286566 2,218663

BETA 1,236

Beta Marfrig/Ibovespa 2011 – sem outlier

MARFRIG IBOVESPA A B

Data/Hora Variação

(%) Variação

(%) Xi - med

Yi - med a.b

23/9/2011 3,50 -0,090 3,56 -0,090 -0,32000266 12,64 0,01

22/9/2011 -8,84 -4,830 -8,78 -4,830 42,42872394 77,17 23,33

21/9/2011 -3,90 -0,700 -3,84 -0,700 2,691090426 14,78 0,49

20/9/2011 -6,75 -1,270 -6,69 -1,270 8,501906915 44,82 1,61

19/9/2011 -2,16 -0,190 -2,10 -0,190 0,39983883 4,43 0,04

16/9/2011 -0,63 1,470 -0,57 1,470 -0,844389894 0,33 2,16

15/9/2011 -5,38 0,170 -5,32 0,170 -0,905150532 28,35 0,03

14/9/2011 -0,36 1,340 -0,30 1,340 -0,407915957 0,09 1,80

13/9/2011 1,20 -0,250 1,26 -0,250 -0,313896277 1,58 0,06

12/9/2011 1,47 -0,170 1,53 -0,170 -0,259349468 2,33 0,03

9/9/2011 -3,20 -3,200 -3,14 -3,200 10,06212766 9,89 10,24

8/9/2011 -1,17 1,800 -1,11 1,800 -2,005946809 1,24 3,24

7/9/2011 0,00 0,000 0,06 0,000 0 0,00 0,00

6/9/2011 0,59 2,930 0,65 2,930 1,891564362 0,42 8,58

5/9/2011 2,04 -2,710 2,10 -2,710 -5,679035638 4,39 7,34

2/9/2011 1,59 -2,730 1,65 -2,730 -4,49244734 2,71 7,45

1/9/2011 6,63 2,870 6,69 2,870 19,18762926 44,70 8,24

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99

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31/8/2011 0,39 2,000 0,45 2,000 0,891170213 0,20 4,00

30/8/2011 -0,26 0,960 -0,20 0,960 -0,196238298 0,04 0,92

29/8/2011 4,35 2,830 4,41 2,830 12,46780585 19,41 8,01

26/8/2011 -1,21 0,750 -1,15 0,750 -0,86581117 1,33 0,56

25/8/2011 -3,25 -1,570 -3,19 -1,570 5,015231383 10,20 2,46

24/8/2011 -0,39 0,020 -0,33 0,020 -0,006688298 0,11 0,00

23/8/2011 0,13 2,570 0,19 2,570 0,476953723 0,03 6,60

22/8/2011 -5,85 -0,010 -5,79 -0,010 0,057944149 33,58 0,00

19/8/2011 -2,03 -1,290 -1,97 -1,290 2,546995213 3,90 1,66

18/8/2011 -8,02 -3,520 -7,96 -3,520 28,03474043 63,43 12,39

17/8/2011 2,94 1,380 3,00 1,380 4,133907447 8,97 1,90

16/8/2011 -4,23 -0,600 -4,17 -0,600 2,504648936 17,43 0,36

15/8/2011 6,58 2,200 6,64 2,200 14,59828723 44,03 4,84

12/8/2011 2,85 0,240 2,91 0,240 0,697340426 8,44 0,06

11/8/2011 -0,36 3,790 -0,30 3,790 -1,153732447 0,09 14,36

10/8/2011 -6,01 0,480 -5,95 0,480 -2,858119149 35,46 0,23

9/8/2011 -0,33 5,100 -0,27 5,100 -1,399515957 0,08 26,01

5/8/2011 -7,69 0,260 -7,63 0,260 -1,984947872 58,28 0,07

3/8/2011 -0,66 -2,260 -0,60 -2,260 1,36597766 0,37 5,11

2/8/2011 -0,46 -2,090 -0,40 -2,090 0,845227128 0,16 4,37

1/8/2011 -0,20 -0,490 -0,14 -0,490 0,070763298 0,02 0,24

29/7/2011 -0,13 0,200 -0,07 0,200 -0,014882979 0,01 0,04

28/7/2011 0,00 0,720 0,06 0,720 0,040021277 0,00 0,52

27/7/2011 -1,49 -1,770 -1,43 -1,770 2,538914362 2,06 3,13

26/7/2011 -0,32 -1,050 -0,26 -1,050 0,277635638 0,07 1,10

25/7/2011 0,45 -0,500 0,51 -0,500 -0,252792553 0,26 0,25

22/7/2011 -2,34 0,010 -2,28 0,010 -0,022844149 5,22 0,00

21/7/2011 2,93 1,930 2,99 1,930 5,762179255 8,91 3,72

20/7/2011 0,33 0,060 0,39 0,060 0,023135106 0,15 0,00

19/7/2011 0,00 0,420 0,06 0,420 0,023345745 0,00 0,18

18/7/2011 -0,33 -1,080 -0,27 -1,080 0,296368085 0,08 1,17

15/7/2011 0,66 -0,340 0,72 -0,340 -0,243298936 0,51 0,12

14/7/2011 0,00 -1,630 0,06 -1,630 -0,090603723 0,00 2,66

13/7/2011 0,66 1,620 0,72 1,620 1,159247872 0,51 2,62

12/7/2011 0,00 -0,860 0,06 -0,860 -0,047803191 0,00 0,74

11/7/2011 0,00 -2,100 0,06 -2,100 -0,116728723 0,00 4,41

8/7/2011 0,00 -1,120 0,06 -1,120 -0,062255319 0,00 1,25

7/7/2011 0,00 -0,570 0,06 -0,570 -0,031683511 0,00 0,32

6/7/2011 -1,94 -0,750 -1,88 -0,750 1,41331117 3,55 0,56

5/7/2011 -1,59 -1,330 -1,53 -1,330 2,040771809 2,35 1,77

4/7/2011 -0,57 0,780 -0,51 0,780 -0,401243617 0,26 0,61

1/7/2011 2,53 1,590 2,59 1,590 4,111080319 6,69 2,53

30/6/2011 4,76 0,110 4,82 0,110 0,529714362 23,19 0,01

29/6/2011 1,24 0,050 1,30 0,050 0,064779255 1,68 0,00

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28/6/2011 1,18 1,770 1,24 1,770 2,186985638 1,53 3,13

27/6/2011 0,35 0,330 0,41 0,330 0,133843085 0,16 0,11

24/6/2011 0,00 -0,290 0,06 -0,290 -0,016119681 0,00 0,08

23/6/2011 0,00 0,000 0,06 0,000 0 0,00 0,00

22/6/2011 0,21 -0,370 0,27 -0,370 -0,098266489 0,07 0,14

21/6/2011 -0,21 0,420 -0,15 0,420 -0,064854255 0,02 0,18

20/6/2011 2,22 0,180 2,28 0,180 0,409605319 5,18 0,03

17/6/2011 0,07 0,290 0,13 0,290 0,036419681 0,02 0,08

16/6/2011 0,65 -1,170 0,71 -1,170 -0,825534574 0,50 1,37

15/6/2011 -0,86 -0,970 -0,80 -0,970 0,780282447 0,65 0,94

14/6/2011 0,86 0,290 0,92 0,290 0,265519681 0,84 0,08

13/6/2011 -0,43 -1,080 -0,37 -1,080 0,404368085 0,14 1,17

10/6/2011 -1,41 -1,220 -1,35 -1,220 1,65238617 1,83 1,49

9/6/2011 -0,07 0,690 -0,01 0,690 -0,009946277 0,00 0,48

8/6/2011 0,21 -0,290 0,27 -0,290 -0,077019681 0,07 0,08

7/6/2011 1,65 0,240 1,71 0,240 0,409340426 2,91 0,06

6/6/2011 -1,63 -1,980 -1,57 -1,980 3,117341489 2,48 3,92

3/6/2011 0,00 0,190 0,06 0,190 0,01056117 0,00 0,04

2/6/2011 1,65 1,270 1,71 1,270 2,166093085 2,91 1,61

1/6/2011 -2,80 -1,870 -2,74 -1,870 5,132055851 7,53 3,50

31/5/2011 1,42 1,040 1,48 1,040 1,534608511 2,18 1,08

30/5/2011 0,71 -0,530 0,77 -0,530 -0,405760106 0,59 0,28

27/5/2011 0,00 0,310 0,06 0,310 0,017231383 0,00 0,10

26/5/2011 0,00 1,120 0,06 1,120 0,062255319 0,00 1,25

25/5/2011 2,19 0,080 2,25 0,080 0,179646809 5,04 0,01

24/5/2011 -0,36 1,590 -0,30 1,590 -0,484019681 0,09 2,53

23/5/2011 -4,51 -0,400 -4,45 -0,400 1,781765957 19,84 0,16

20/5/2011 0,35 0,370 0,41 0,370 0,150066489 0,16 0,14

19/5/2011 -1,03 -0,750 -0,97 -0,750 0,73081117 0,95 0,56

18/5/2011 0,69 -1,310 0,75 -1,310 -0,976716489 0,56 1,72

17/5/2011 -0,69 1,340 -0,63 1,340 -0,850115957 0,40 1,80

16/5/2011 -1,63 -0,640 -1,57 -0,640 1,007625532 2,48 0,41

13/5/2011 -1,07 -1,200 -1,01 -1,200 1,217297872 1,03 1,44

12/5/2011 1,02 0,360 1,08 0,360 0,387210638 1,16 0,13

11/5/2011 -0,34 -1,700 -0,28 -1,700 0,483505319 0,08 2,89

10/5/2011 1,65 0,390 1,71 0,390 0,665178191 2,91 0,15

9/5/2011 1,46 0,320 1,52 0,320 0,484987234 2,30 0,10

6/5/2011 1,77 1,590 1,83 1,590 2,902680319 3,33 2,53

5/5/2011 -1,33 -0,330 -1,27 -0,330 0,420556915 1,62 0,11

4/5/2011 -1,11 -1,090 -1,05 -1,090 1,149312234 1,11 1,19

3/5/2011 -3,54 -1,750 -3,48 -1,750 6,097726064 12,14 3,06

2/5/2011 -7,41 -1,010 -7,35 -1,010 7,427959043 54,09 1,02

29/4/2011 0,19 0,700 0,25 0,700 0,171909574 0,06 0,49

28/4/2011 0,12 -0,890 0,18 -0,890 -0,156270745 0,03 0,79

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101

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27/4/2011 -1,82 -1,310 -1,76 -1,310 2,311383511 3,11 1,72

26/4/2011 0,00 0,260 0,06 0,260 0,014452128 0,00 0,07

25/4/2011 0,00 -0,130 0,06 -0,130 -0,007226064 0,00 0,02

22/4/2011 0,00 0,000 0,06 0,000 0 0,00 0,00

21/4/2011 0,00 0,000 0,06 0,000 0 0,00 0,00

20/4/2011 0,00 1,360 0,06 1,360 0,075595745 0,00 1,85

19/4/2011 0,30 1,140 0,36 1,140 0,405367021 0,13 1,30

18/4/2011 -1,80 -1,900 -1,74 -1,900 3,314388298 3,04 3,61

15/4/2011 -1,76 0,610 -1,70 0,610 -1,039693085 2,91 0,37

14/4/2011 3,98 -0,310 4,04 -0,310 -1,251031383 16,29 0,10

13/4/2011 2,89 -0,610 2,95 -0,610 -1,796806915 8,68 0,37

12/4/2011 -1,00 -1,860 -0,94 -1,860 1,756611702 0,89 3,46

11/4/2011 2,56 -0,810 2,62 -0,810 -2,118623936 6,84 0,66

8/4/2011 0,38 -0,660 0,44 -0,660 -0,28748617 0,19 0,44

7/4/2011 0,00 0,200 0,06 0,200 0,011117021 0,00 0,04

6/4/2011 -0,38 -1,150 -0,32 -1,150 0,373077128 0,11 1,32

5/4/2011 2,29 0,190 2,35 0,190 0,44566117 5,50 0,04

4/4/2011 4,44 0,630 4,50 0,630 2,832218617 20,21 0,40

1/4/2011 0,41 0,990 0,47 0,990 0,460929255 0,22 0,98

31/3/2011 3,99 0,870 4,05 0,870 3,519659043 16,37 0,76

30/3/2011 2,56 0,860 2,62 0,860 2,249403191 6,84 0,74

29/3/2011 0,96 0,340 1,02 0,340 0,345298936 1,03 0,12

28/3/2011 -0,37 -0,850 -0,31 -0,850 0,26725266 0,10 0,72

25/3/2011 0,74 0,340 0,80 0,340 0,270498936 0,63 0,12

24/3/2011 -0,74 -0,390 -0,68 -0,390 0,266921809 0,47 0,15

23/3/2011 0,67 0,320 0,73 0,320 0,232187234 0,53 0,10

22/3/2011 0,82 1,330 0,88 1,330 1,164528191 0,77 1,77

21/3/2011 -3,74 -0,280 -3,68 -0,280 1,03163617 13,57 0,08

18/3/2011 -1,97 1,000 -1,91 1,000 -1,914414894 3,66 1,00

17/3/2011 -0,70 0,320 -0,64 0,320 -0,206212766 0,42 0,10

16/3/2011 -1,04 -1,500 -0,98 -1,500 1,47662234 0,97 2,25

15/3/2011 0,00 -0,240 0,06 -0,240 -0,013340426 0,00 0,06

14/3/2011 1,05 0,730 1,11 0,730 0,807077128 1,22 0,53

11/3/2011 1,42 0,980 1,48 0,980 1,446073404 2,18 0,96

10/3/2011 0,00 -1,820 0,06 -1,820 -0,101164894 0,00 3,31

9/3/2011 0,14 -1,100 0,20 -1,100 -0,215143617 0,04 1,21

8/3/2011 0,00 0,000 0,06 0,000 0 0,00 0,00

7/3/2011 0,00 0,000 0,06 0,000 0 0,00 0,00

4/3/2011 -1,19 -0,200 -1,13 -0,200 0,226882979 1,29 0,04

3/3/2011 -0,42 1,280 -0,36 1,280 -0,466451064 0,13 1,64

2/3/2011 -0,56 1,570 -0,50 1,570 -0,791931383 0,25 2,46

1/3/2011 -0,83 -1,690 -0,77 -1,690 1,30876117 0,60 2,86

28/2/2011 0,76 0,720 0,82 0,720 0,587221277 0,67 0,52

25/2/2011 0,00 -0,070 0,06 -0,070 -0,003890957 0,00 0,00

Page 104: VALUATION AVALIAÇÃO DE EMPRESAS - UniSALESIANO - … · Promissão, São Paulo, por comportar o setor corporativo de contabilidade da divisão de bovinos. É importante ressaltar

102

Conclusão

24/2/2011 0,98 0,060 1,04 0,060 0,062152941 1,07 0,00

23/2/2011 1,21 0,710 1,27 0,710 0,898776471 1,60 0,50

22/2/2011 -0,77 -1,220 -0,71 -1,220 0,871223529 0,51 1,49

21/2/2011 -0,28 -1,190 -0,22 -1,190 0,2667 0,05 1,42

18/2/2011 1,71 0,560 1,77 0,560 0,988894118 3,12 0,31

17/2/2011 -2,03 0,160 -1,97 0,160 -0,315858824 3,90 0,03

16/2/2011 4,31 1,860 4,37 1,860 8,120541176 19,06 3,46

15/2/2011 0,07 -0,320 0,13 -0,320 -0,040282353 0,02 0,10

14/2/2011 -0,07 1,220 -0,01 1,220 -0,017223529 0,00 1,49

11/2/2011 0,00 1,820 0,06 1,820 0,101705882 0,00 3,31

10/2/2011 0,22 0,560 0,28 0,560 0,154494118 0,08 0,31

9/2/2011 -0,94 -2,360 -0,88 -2,360 2,086517647 0,78 5,57

8/2/2011 0,44 0,630 0,50 0,630 0,312405882 0,25 0,40

7/2/2011 -0,22 0,140 -0,16 0,140 -0,022976471 0,03 0,02

4/2/2011 -0,07 -2,240 -0,01 -2,240 0,031623529 0,00 5,02

3/2/2011 0,07 0,110 0,13 0,110 0,013847059 0,02 0,01

2/2/2011 -0,51 -1,710 -0,45 -1,710 0,776541176 0,21 2,92

1/2/2011 2,67 1,910 2,73 1,910 5,206435294 7,43 3,65

31/1/2011 0,97 -0,180 1,03 -0,180 -0,184658824 1,05 0,03

28/1/2011 -6,05 -1,990 -5,99 -1,990 11,92829412 35,93 3,96

27/1/2011 -4,95 -0,960 -4,89 -0,960 4,698352941 23,95 0,92

26/1/2011 -2,35 -1,030 -2,29 -1,030 2,362941176 5,26 1,06

24/1/2011 -0,58 0,420 -0,52 0,420 -0,220129412 0,27 0,18

21/1/2011 0,98 -0,620 1,04 -0,620 -0,642247059 1,07 0,38

20/1/2011 -0,97 -0,710 -0,91 -0,710 0,649023529 0,84 0,50

19/1/2011 -1,28 -1,210 -1,22 -1,210 1,481182353 1,50 1,46

18/1/2011 -0,64 0,440 -0,58 0,440 -0,257011765 0,34 0,19

17/1/2011 -0,63 -0,470 -0,57 -0,470 0,269835294 0,33 0,22

14/1/2011 0,00 0,310 0,06 0,310 0,017323529 0,00 0,10

13/1/2011 0,19 -1,270 0,25 -1,270 -0,312270588 0,06 1,61

12/1/2011 1,74 1,720 1,80 1,720 3,088917647 3,23 2,96

11/1/2011 -0,32 0,420 -0,26 0,420 -0,110929412 0,07 0,18

10/1/2011 1,97 0,100 2,03 0,100 0,202588235 4,10 0,01

7/1/2011 -0,97 -0,740 -0,91 -0,740 0,676447059 0,84 0,55

6/1/2011 -0,90 -0,720 -0,84 -0,720 0,607764706 0,71 0,52

5/1/2011 0,19 1,100 0,25 1,100 0,270470588 0,06 1,21

4/1/2011 0,39 0,510 0,45 0,510 0,2274 0,20 0,26

3/1/2011 0,32 0,950 0,38 0,950 0,357088235 0,14 0,90

TOTAL 253,3767294 987,8773 324,4175

MEDIA -0,20 -0,06

DESV PAD 2,300 1,319 Desv Pad 2,286234 1,310151

VARIÂNCIA 5,289 1,741 Variância 5,226864 1,716495

BETA 0,773