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N. « G Telesvaplio em rasão da gran- de affluencia que tem de matérias sa- hirá duas vezes por semana. Nao ha duvida, agora é que o nosso bom Joao- sinho ha 3e mais que nunca desenvol- ver-se, com o manejo do seu óculo. * -—^**»^———— —"—~ *f»-T ' Tii* t*^^^^^^f3^^BI^^^ * v -JI 1 IN»—Vi»-—»» ¦ ,'^°~—'^'^L^mMmi£^^BPmr <l IIIIK8BB ¦ ^nft * IHHII' 1850. a 3Ér Rrezen—avÊcmoi..; Ah ! pour rire Et pour tou.t dire, iln^stbesoin, ma foi, D'un privilège du roí! (ClUTSSONS BE BÉRAKCEK.) O TELÊGRÃPÍlã Periódico Joco-serio SABBADO 24 DE AGOSTO Os amores de um velho- Nao ha nada mais pathético, mais pictoresco, rcais apreciável, e mais engraçado, |f||| lho baboso, ao de uma bella rendendo-lhe un at- fectos « Oh 1 como não se desfaz em asne.ras o tal h. chinho á vista de semelhante objecto ! ^naopro- cura termos para melhor agradar a sua pretendida fu- Sra' Primeiramente emprega-se todo em contem- Saia d'ahi vai lhe subindo uma formigmnka pelo Í||P o faz insano pedir i aqiulla ^ggf& ce os seus carinhos, uma umca cousa, - HWte Oral nada mais importante, mais d,guo de uma usa ^ d(oSS a moca, que qneira -ostar seusrozeos lábios, que cheirão a âmbar, aos de um velho que sem pre andão lambuzados com café sem leite, gelatinoso, que lhe corre das nojentas ventas? E com a recusa, o que succede ? fica todo insultado ; e alguns ha que ca- da vez mais impertinentes se tornão ; bemcoiiio um que adias por casualidade vi. Era deumafigiiraa inais celebre que tenvapparecido ; tinha cinco palmo* e meio de altura , tao gordo, que I^^St ra-lo á uma pipa : rosto compndoefino, sulcacio em Sdas as diíeccL por uma immensa mulüdão de pre, Ss com um leque tal que não haver.a duvida e fosse meciso dar-se a vinte que os não uvessem, fica- kinda ssim bem aquinhoado ; uns olhos «p fun- dos e tão pequenos, q«e supponho sena preciso aP- Saí-se o meu microscópio para poder encherga-los. Tboca 1 ah ! a essa ben/lhe podemos introduzir um antigo versinho que dizr A boca ! forte boca!'"] Tinha quatro dentes ! ,^ Era verdade, n3o tinha mais, que dois em cada queixSa e assim mesmo estava todo intoecidodig- do a uma pequena (pois é as bem meninas, que 1 íes apertroSltoao tremulo, e com um reverend.s- apuidu u uaiu/,, marinha l í simo queixo de tamanca, / oxe e oem j Me diga, meus feitixos, por que nao me gr-bm/ Jcaionão xaberei bem agrada- lai? - M e deixe íes/onde a lindinha ^^j^J^ \xou quem devo thjerlhe que deixe ae

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N. «

G Telesvaplio em rasão da gran-de affluencia que tem de matérias sa-hirá duas vezes por semana. Nao haduvida, agora é que o nosso bom Joao-sinho ha 3e mais que nunca desenvol-ver-se, com o manejo do seu óculo.

* -—^**»^———— —"—~ — *f»-T ' Tii* t*^^^^^^f3^^BI^^^ *

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<l IIII K8BB ¦ ^nft * IHHI I'

1850.

• *

3Ér

Rrezen—avÊcmoi..;Ah ! pour rireEt pour tou.t dire,iln^stbesoin, ma foi,D'un privilège du roí!

(ClUTSSONS BE BÉRAKCEK.)

O TELÊGRÃPÍlãPeriódico Joco-serio

SABBADO 24 DE AGOSTO

Os amores de um velho-

Nao ha nada mais pathético, mais pictoresco,rcais apreciável, e mais engraçado, |f|||lho baboso, ao pé de uma bella rendendo-lhe un at-

fectos « Oh 1 como não se desfaz em asne.ras o tal h.

chinho á vista de semelhante objecto ! ^naopro-

cura termos para melhor agradar a sua pretendida fu-

Sra' Primeiramente emprega-se todo em contem-

Saia • d'ahi vai lhe subindo uma formigmnka peloÍ||P o faz insano pedir i aqiulla

^ggf&ce os seus carinhos, uma umca cousa, - HWteOral nada mais importante, mais d,guo de uma usa

^ d(oSS a moca, que qneira -ostar seusrozeos

lábios, que cheirão a âmbar, aos de um velho que sem

pre andão lambuzados com café sem leite, gelatinoso,que lhe corre das nojentas ventas? E com a recusa, o

que succede ? fica todo insultado ; e alguns ha que ca-

da vez mais impertinentes se tornão ; bemcoiiio um

que adias por casualidade vi. Era deumafigiiraainais celebre que tenvapparecido ; tinha cinco palmo*

e meio de altura , tao gordo, que I^^Stra-lo á uma pipa : rosto compndoefino, sulcacio em

Sdas as diíeccL por uma immensa mulüdão de pre,Ss com um leque tal que não haver.a duvida e

fosse meciso dar-se a vinte que os não uvessem, fica-

kinda ssim bem aquinhoado ; uns olhos «p fun-

dos e tão pequenos, q«e supponho sena preciso aP-

Saí-se o meu microscópio para poder encherga-los.

Tboca 1 ah ! a essa ben/lhe podemos introduzir um

antigo versinho que diz r

A boca ! forte boca! '" ]Tinha quatro dentes só ! ^

Era verdade, n3o tinha mais, que dois em cada

queixSa e assim mesmo estava todo intoecidodig-do a uma pequena (pois é só as bem meninas, que 1 íes

apertroSltoao tremulo, e com um reverend.s-apuidu u uaiu/, , marinha l ísimo queixo de tamanca, — / oxe e oem jMe diga, meus feitixos, por que nao me

gr-bm/Jcaionão xaberei bem agrada- lai? - M e deixe

íes/onde a lindinha ^^j^J^\xou quem devo thjerlhe que deixe ae

G TELEGRAPHO.

Iti

sim a (/uem tanto a estima..* Ah ! meu querido an-Unho ! dá-me nm unico consolo e basta \ — E como

Juizessc encostai o rosto ao de sua bella, o nariz foi

c encontro aos olhos da moça, que pela dôr causadaor tào descommunal instrumento a fez rapidamente

echar o postigo, deixando por este modo prezo o na-riz do amante! coitado ! — Gritos estrondosos ou-vião-se de dentro de caza ; e da parte de fóra o mes-mo acontecia. — Acodio a patrulha que perto d'allirondava ; corre o povo para o lugar do alarido, e, ca-so risorio ! encontrâo o velho prezo, como em umtronco, sacodindo com as perninhas que ficarão no ar;« pedindo que pelo amor de Deus o livrassem de taesdores : um dos moleques, d'entre os que alli apparece-rão, puchou por um canivete, e cortou o nariz do po-bre velho ; este achando-se livre da tal prisão imme-diatamente põe-se a correr, deixando a outra parte doseu malfadado leque na caza de sua deidade, comoprova de seus grandes amores.

Entra o commandante da referida patrulha, commais algumas pessoas, e encontrílo, caso espantoso,um olho dentro dos buracos das taes ventas ! E quemilagre seria esse ? — Foi o tal narizinho que na oc-caziâo do encontro sorveu o olho da infeliz moça. —Um medico, que também alli apparecera, immediata-mente prega o olho na vazia orbita da triste donzella;e o mais é que ella ficou inteiramente sãa : depois defeita essa operação, todos separarão-se sem saber overdadeiro motivo de ta! desastre; mas eu não, porque observei tudo desde o principio até o fim.

Assim pois, amáveis leitoras, guardai-vos de ser-des amadas por algum velho, para que não vos aconte-ça o mesmo. Talvez me digaes que também sou ve-lho, e que por isso não haveis de querer saber demim ! ?... Mas eu vos respondo, — não sou tão ve-lho como isso ; e comquanto já tenha meus cajus, se-ja baixo, c gordo, não tenho um espigào no meio dacara com visos de torquez, para of tender a alguma devós que me julgar digno de vosso consorte.

E vós, meus velhos , deixai também essesbrinquedos para aquelles, que náo tenhão um ganchopor onde possão ser agarrados ; e tratai em rezar novosso rozario, pois que a severa morte já prepara asua afiada fouce, para decepar as vossas cabeças : dei-xai, torno a dizer, para os rapazes, e cá a pessoa doJoão, todos esses gallanteios, pois só nós é que somosos únicos admiradores e apreciadores das bellas.

O matrimônio; qual seu principio, e oseu fim.

Ora ahi vai o JoSo metter-se numa questão amais espinhosa, que se pode dar — o matrimônio —Tem ella preoccupado as atenções dos juristas, dos mo-ralistas e dos theologos; cada um delles, chamandopara as suas raias o objecto de que se trata, deixão-nosem uma espécie decahos ; aonde as opposições maisou menos patentes torturão o nosso espirito, e põe emapertos a nossa elástica consciência. O João porémfará um esforço sobre si mesmo ; e atirando para umcanto as esquentadas opiniões de tantos escriptores,mostrará á seu geito o que é o matrimônio : qual o seuprincipio, e qual o seu fim. Vá pois o matrimôniodescripto em sentido telegraphico.

Tractando de semelhante objecto, n3o poderei,apezar do protesto, que acima fiz, deixar de refutar

uma das melhores obras teológicas, que tem appare-cido sobre a presente questão c^* O Pastor e a Oue-lha -Ml Sem mais rodeios ; e empregando um poucoa phraseologia da citada obra, nfio me dirão, carissi-mos leitores, o que quer dizer a Religião metter-se nadeterminação cias regras concernentes a consumma-ção do matrimônio,? Que quer dizer o seu author,que havendo aprendido dos 65. PP*, que o illustrá-rão em semelhante matéria, que elle tião pode du»vidar, que os casados pecção contra o sexto preceitoabusando de suà esposa ? E que Deos determinou omodo e a fôrma, que designe licito o acto preceptivo.Em que livros, ern que livros, que verdadeiramentese chamão santos, se pôde encontrar uma tão indecen-te doutrina! ao ponto de nos quererem privar dosabraços, dos toques dos beijos, o que tudo segundoo author da citada obra, pode produsir a expulsão nãosei de que... que o mesmo author não teve pejo deescrever/ !... Segundo este entender, o acto o maissublime, que pôde existir entre os dous sexos, ficaráreduzido ao cego obrar da natureza, bem como entreos brutos, sem esses prelúdios, essas inefáveis docu-ras, que poetizão, divinizão o mesmo acto em si, já ai-guma cousa material. Nós que temos duas naturezasdiversas, reservaremos para a parte moral, esses pro-menores, esses prelúdios, cujo gozo é todo morai ; edeixaremos então para o corpo esse acto, que tantopreoccupa o nosso Pastor. iP'ahi já vedes,1 que oJoào não é sectário de doutrina tão bestial; elle gos-tara sempre de semear de flores, de desfarçar emfim,a hediondez do acto, sem cingir-se só, e tão só-mente á formula animal, prescripta por esse livro,que eu horrorisadp, anathematizando, entrego-o áschammas da vella, que arde em cima da minha meza.

Os Juristas hão sido a respeito de semelhante ©b-jecto, alguma cousa benignos, bem como também osmoralistas ; e não procurando entrar no que se passadebaixo das mysteriosas cortinas do thalamo, elles ape-nas encarão a questão debaixo de vistas inteiramentedignas de si. E assim affirmão os mais d'entre elles,que o fim primário do matrimônio é a procreação daprole ; e os outros fins (secundários) sáo : a felecidadecTambos os cônjuges na mutua coadjuvação, e a edu-cação dos filhos.

Ora essa... o Jo3o, que em cima prometteu ati-rar para um canto as opiniões de todos esses indivi-duos, nâo se está inettendo em analysa-las ?... Nãofacão porém caso da diggressão, e prestem sentido aomatrimônio em sentido telegraphico : continuemos.

O principio do matrimônio, que até hoje por nin-guem tem sido tratado, e que fica reservada esta glo-ria ao João, não é outro senão — o namoro. — Sim,leitores, os namoros sao os prolegomenos, o prefacio,a introducção de todo e qualquer matrimônio ; é porahi que vai o gato aos filhos ! Começa uma moça aolhar para um rapaz, estabelece-se logo entre elles umacadêa electrica, que serve de conductor aos impulsosdos dous corações ; uma linguagem mystica e inefa-vel mutuameute se corresponde. Depois desse olharcomo que estático, dessa linguagem muda até de ges-tos, começão a apparecer em seus lábios o doce sorriso.O primeiro riso do amor como é elle poético ! e quepintor poderá reproduzi-lo em toda a sua candura,em toda a sua divina expressão ! ? A brocha de Ra-phael, que íoi o primeiro em pintar o riso, não pode-ria de* certo exprimi-lo com todos os seus encantos.Depois desses risos, vem então para os positivistaso piscar dos olhos,, as earünhas, as entrevistas, os

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apertos de mitos, os abraços, as beijocas; e ahi entao,como diz Madame de Stacel, que tinha razão para sa-be-lo—unefemme entamèe. c*est une femme manjée.

Depois de todos esses pequenos gozos, divinosno nosso sentir, e mundanos no Pastor e Ovelha ; omancebo, que ama, nâo pára ahi; deseja alguma cousamais que isso ; essa musica divina que elle ince-tou deve ter um final... e encontrando obstáculos ai-gumas vezes sabiamente calculados, procura os alta-res como unico meio de conseguir o seu fim ; e conse-guido este, santificada se acha a sua nobre paixão. Porem na consecução desse fim, elle jamais pôde esque-cer-se de repetir os mais bellos e primitivos meios, queempregou para consegui-lo ; e assim nunca desterraráos ternos abraços, os meigos beijos, que olfereceu áamante, e que agora prodigaliza-os á carinhosa esposa,não obstante os anathemas theologicos.

Eis-ahipois, ó amáveis leitores, o principio domatrimônio ; qual seja seu fim, ficará para amanhãa :adeus.

Correspondência do Telegrapho.

litteratura, vamos tirar nossos diplomas cfe inhabeis,e pois ZOILO seja o nome do nosso periódico.

E então, amigo velho ? os pobres idiotas curva-rão-se á esta eloqüência e o Zoilo sahirá. Fallão inui-to os redactores em apontar plágios. Os rapazes sãoférteis ! Tu não acreditarás ; são tão escrupulosos erígidos, que se tu escreveres, que Christo nasceu no an-no 4000, 40004 do mundo, porque isto se acha emmuitas historias, elles dirão que é plagio. Coitados !...

Ja vai esta muito extensa e esperemos o tal pe-riodico. Quero que me dês um cantinho no teu Te-le gr apito para alguma defesa de estúpidas aggressões,e para fazer a autópsia do tal aborto. Também te mi-mosearei com a analyse de um certo artigo sobre a li-herdade de imprensa c outras cousas mais.

Adeus, amigo. Firme no teu posto, como o se-rá teu velho amigo

O sineiro da Sé.Olinda 14 de agosto de 1850.

P. S. Quando sahir o teu Telegrapho manda-opôr a venda cá em Olinda, que com isto darás prazerao teu amigo e a rapaziada, que cahirá com os cobres.

Amigo João. — A semelhança de nossas posiçõesneste valle de lagrimas deu-me desejos de communi-car-te. Tu vives ahi nessa Veneza Americana, n'ümàtoire reduzida a observatório ; eu aqui nesta caducaOlinda n'um observatório que ainda hoje é torre. Oteu officio é d'observador, e o meu de sineiro da Cathe-dral do nosso bispado; já vês, que estou emoptimoponto de observação, e por curioso tenho também omeu óculo. Como tu tens muito a observar e poucotempo te restará para lançares o óculo á esta esquecidaOlinda, eu te darei sobre ella o resultado de minhasindagações.

Começarei pela Academia, que por ser uma dascousas, que aqui mais avulta, éalvo constante das ob-servações de teu velho amigo ; e nao me restrinjo sóao mosteiro de S. Bento, pois como dou meus passeiose sou curioso, dar-te-hei noticia do que vir e ouvirpor estas empinadas ruas.

A propósito. Passava ha dias por certa rua,que tem nome de homem, e vi n'uma caza reunidoum Apostolãdo. Erão doze estudantes da Academia,gente com quem nunca quiz graças ; e se não fosse apiotecção que me dá minha morada e officio en não to-caria nella. Mas coragem ! sou velho, sou sineiro daSé, tenho visto muita couza, e não hei de agorater medo de estudantes.

Fallava-se sobre um periódico a publicar. Um di-.sia, que elle se devia chamar a —Marmota Olindense ;e a razão, que dava era que elles nada mais érão, que oProspero; e que por conseqüência devião servir-se dapropriedade deste. Outro opinava, que se chamasseo — Pedante, porque este titulo seria expressão dasubstancia dos Redactores. Eis se levanta um, que ti-nha ares de presidente, e diz : — Srs., vós sabeis, quede nós todos só eu escrevi um artigo, unico, é verdade,mas bastante para fundar a minha reputação. A //-herdade de imprensa foi defendida em ordem a nuncamais ser a imprensa escrava. A esse artigo deveis ago-ra a faculdade de publicar as sandices, que temos emvistas. Vós que nunca escrevestes couza alguma, eeu que só quiz escrever o que vos disse, criticamostodos por inveja da pedantesca mania dos que gastãoseu tempo em escrever. Vamos fazer um serviço á

UM ROUBO AO POVO.

Carne verde a 14 e a 16 patacas na actualidade,é monopólio, ou mais alguma cousa : a carne verde égênero de primeira necessidade; e não é justo, que opo-vo esteja sendo sangrado por os taes Srs. marchantes,com mais desapiedade, do que o são os míseros bois,nas mãos dos campinas.

Corre por certo, que ao Arsenal, é fornecida acarne a 4#880 a arroba, por contracto com os mes-mos individuos, que ao povo vendem-n'a a 4$480 e5$ 120 ; ora o Arsenal não tem direito a ser melhor-mente aquinhoado, do que o povo ; e nos parece demuita justiça, que a autoridade publica intervenhanesse negocio, e faça cessar tão escandaloso monopólio.

Nào se diga, que queremos coarctar a liberdaded'industria ou commercio ; porque o monopólio, comespecialidade exercido em gênero de primeira necessi-dade, é — traficancia — e a autoridade publica temo direito de o fazer cessar.

Ninguém contracta livremente, para perder, éisto o que ensina a vazão ; ora se os marchantes con-tractárão com o Arsenal õ fornecimento da carne ver-de a 4$880 a arroba, é porque ha lucro ; e por con-seqüência a podem vender ao povo^ quando muito a2$240 ou 2$560, ejá bastante lhes fica para as des-pezas inherentes aos assougues : e se assim o não fa-zem, o que se pôde entender do seu procedimento ?é que os taes Srs. querem enricar da noite para o dia,a custa do sangue do povo., cuidado, não afoguem-se !

Chamamos a attenção publica para este objecto,digno da solicitude do governo.

• Uma mensagem.Vae, ó lindo passarinhoLigeiro fendendo os ares,Ver aquella a quem adoro ;Vae contar-lhe os meus pezares.

O TELEGRAPHO.

No sitio em que habitaA minha virgem formosa,Para signal tu verásNelle um'arvore frondosa.

Talvez, que á sombra deliaReclinada com desdém,Esteja triste pensandoComo eu aqui também.

No seu ultimo raminhoTernos gorgeios entoa ;E quando ella t'avistarAo seu casto peito voa.

Então ahi lhecontarásOs tor men tos, que padeço ;Que opprimido por saudadesA mesma vida aborreço.

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Que já nada me agrada,Para mim tudo é tristeza ,*Auzente delia carpindoEm nada encontro belleza.

Que errante pelos bosquesO seu nome só chamando,Ando assim dias inteirosSua imagem procurando.

Que se acaso a sua vozA meus ouvidos traz a brisa,Uma lagrima áe prazerEm meu iosto se desliza.

Porem se depois o contrarioMeu coração certifica;Uma dôr aguda e forteA minfralma raortifica.

Depois de tudo contares,Observa com attenção,Se seu peito se intristeceCom a tua narração.*>

Se um ai sentido, ou suspiroSeu peito triste soltar,Volta logo acelerado,Vem fiel tudo narrar.

Porém'se ella contenteDe minhas dores zombar ;Evita a minha presença,Procura por lá ficar.

O namorado.

Vem o namorado,Todo almiscaradoCheiros recendendo ;Bengala ilexivelCharuto temivelA outro acendendo»

L. V.

Casaca bem justaCollete que ajustaCorpo de macaco ;Calças parecidasAs polkas queridas,A um largo sacco.

Já divisa a bellaQue está na janellaPor elle esperando ;Com branco lencinhoDá-lhe um adeusinho,Vai p*ra ella olhando.

Responde ao cortejo,Envia-lhe um beijoO meu namorado ;E terno, constanteContempla a amanteNa esquina parado.

Lá sahe da cosinhaDa caza visinhaÁguas de immundiceQue vem fedorentasLambuzar as ventasDo yôyô denguice,

A menina tristeUm tal acto assisteToda commovida:A canalha gritaFica ella afflictaA perdera vida.

Estático ficaDepois da desditaO tal bestalhão ;De cara lavada,Vendo a namoradaQuer ser valentão.

Depois de lamúriasVocifera injuriasContra tal accão :Todo indignadoEntra no sobradoQuer satisfação.

O dono da cazaQue não perde vazaDá-lhe um pontapé :Lá grita o moleque ~— Vai lavar o bequeMeu bobo, mane.

Acrostico

A'- Emrt? Sra. D

? ¦•*_.

•k**-.

í^mo, ó bella, as tuas prendas,^ellas vejo o meu porvir,^ão queiras que vãs suspeitas> raiuha alma vão ferir.

PERNAMBUCO.

TYP. DA VIUVA ROMA & FILHOS.— 4850