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USO E COBERTURA VEGETAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – SITUAÇÃO EM 2002 1 a Edição PORTO ALEGRE - UFRGS IB CENTRO DE ECOLOGIA - 2015 Organizadores: Heinrich Hasenack José Luís Passos Cordeiro Eliseu José Weber MOSAICO DE IMAGENS DO SATÉLITE LANDSAT DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – ANO BASE 2002 1 a Edição PORTO ALEGRE - UFRGS IB CENTRO DE ECOLOGIA - 2015 Organizadores: José Luís Passos Cordeiro Heinrich Hasenack Eliseu José Weber Colaboradores/intérpretes: Alice Seben Campana Bruna Zanatta Moraes Carmen Viviane de Oliveira Gabriel Selbach Hofmann Juliana Gonçalves da Silva Raquel Rolim Cardoso Revisão final: Bruna Zanatta Moraes

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USO E COBERTURA VEGETAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – SITUAÇÃO EM 2002 1a Edição 

PORTO ALEGRE - UFRGS IB CENTRO DE ECOLOGIA - 2015

Organizadores:

Heinrich Hasenack

José Luís Passos Cordeiro

Eliseu José Weber

MOSAICO DE IMAGENS DO SATÉLITE LANDSAT DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – ANO BASE 2002 1a Edição 

PORTO ALEGRE - UFRGS IB CENTRO DE ECOLOGIA - 2015

Organizadores:

José Luís Passos Cordeiro

Heinrich Hasenack

Eliseu José Weber

Colaboradores/intérpretes:

Alice Seben Campana

Bruna Zanatta Moraes

Carmen Viviane de Oliveira

Gabriel Selbach Hofmann

Juliana Gonçalves da Silva

Raquel Rolim Cardoso

Revisão final:

Bruna Zanatta Moraes

 

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Sumário1  Apresentação ............................................................................................................................... 1 

2  Material e métodos ...................................................................................................................... 2 

2.1  Material utilizado ......................................................................................................................... 2 

2.2  Metodologia ................................................................................................................................. 3 

2.2.1  Seleção de cenas e elaboração de mosaico .......................................................................... 3 

2.2.2  Definição da legenda e adequações em critérios de interpretação ..................................... 4 

2.2.3  Interpretação visual ............................................................................................................ 15 

2.2.4  Expedições em campo ........................................................................................................ 15 

2.2.5  Processos de edição e verificação ...................................................................................... 16 

3  Resultados ................................................................................................................................. 16 

3.1  Cobertura espacial ...................................................................................................................... 17 

3.2  Acesso e citação dos dados ........................................................................................................ 17 

3.3  Georreferenciamento ................................................................................................................. 17 

3.4  Nomenclatura dos arquivos ....................................................................................................... 17 

3.5  Atributos do arquivo shape ........................................................................................................ 18 

4  Referências ................................................................................................................................ 18 

 

 

 

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1 Apresentação 

O mapa de uso e cobertura vegetal do estado do Rio Grande do Sul – situação em 2002 faz parte  de  uma  iniciativa  empreendida  pelo  Laboratório  de  Geoprocessamento  (Labgeo)  do Centro de Ecologia do  Instituto de Biociências da Universidade  Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), visando elaborar mapeamentos periódicos do estado. 

Essa  iniciativa  teve  origem  no mapeamento  da  cobertura  vegetal  do  Bioma  Pampa, executado pelo Labgeo no período de outubro de 2004 a junho de 2006, com financiamento do Ministério  do  Meio  Ambiente  (MMA)  por  meio  do  Projeto  de  Conservação  e  Utilização Sustentável  da Diversidade Biológica  Brasileira  (PROBIO). O  PROBIO  teve  grande  importância frente aos desafios de conservação da biodiversidade e uso sustentável dos recursos naturais no  Brasil,  já  que  a  última  grande  iniciativa  de  mapeamento  em  nível  nacional  havia  sido executada entre os anos de 1970 e 1985 pelo Projeto RadamBrasil.  

A  execução  do mapeamento  do  PROBIO  foi  realizada  por  bioma,  com base  no Mapa  de Biomas  do  Brasil  (IBGE,  2004),  e  a  seleção  das  instituições  executoras  ocorreu  por  edital.  O trabalho  foi  executado  por  interpretação  visual  de  imagens  dos  satélites  Landsat  5  TM  e Landsat 7 ETM+, principalmente do ano de 2002, adotando‐se como referência a  legenda do IBGE (1992) e procedimentos de delineamento para garantir a compatibilidade do produto com a escala 1:250.000. Na época as imagens foram adquiridas, georreferenciadas manualmente e fornecidas prontas para uso pelo MMA às instituições executoras. 

Cada instituição ou grupo de instituições ficou livre para adotar o método de mapeamento que  julgasse  mais  apropriado  para  viabilizar  a  conclusão  em  tempo  hábil,  considerando  a complexidade  da  paisagem  e  a  extensão  territorial  a  ser  mapeada  no  bioma  sob  sua responsabilidade.  Como  consequência,  apesar  do  esforço  de  padronização  da  legenda,  áreas limítrofes entre diferentes biomas  frequentemente apresentaram diferenças perceptíveis nos mapeamentos, tanto no delineamento dos polígonos quanto nas classes atribuídas a eles. 

É  importante  ressaltar  que  tais  diferenças  evidenciam  meramente  o  efeito  de  distintas metodologias  de  mapeamento,  e  não  significam  que  a  qualidade  do  mapeamento  de determinado  bioma  seja  superior  ou  inferior  à  de  outro.  Entretanto,  para  estudos  locais  em áreas  situadas  no  limite  entre  dois  biomas  elas  podem  adquirir  relevância  e  influenciar  o resultado  de  análises,  como  no  caso  do  Rio  Grande  do  Sul,  cujo  território  situa‐se aproximadamente 2/3 no bioma Pampa e 1/3 no bioma Mata Atlântica (Figura 1). 

Assim,  visando produzir  um mapeamento para  todo o estado  com critérios uniformes,  o Labgeo tomou a iniciativa de elaborar um novo mapa de uso e cobertura vegetal do estado do Rio Grande do Sul relativo ao ano de 2002, partindo do mapeamento elaborado para o bioma Pampa  pelo  projeto  PROBIO.  Essa  iniciativa  envolveu  uma  reinterpretação  completa  do mapeamento existente para o bioma Pampa e a expansão do mapeamento do Pampa para o restante do estado, conforme é descrito subsequentemente. 

Este foi o primeiro de uma série de mapas de uso e cobertura vegetal do Rio Grande do Sul idealizada  pelos  organizadores,  no  intuito  de  acompanhar  as  mudanças  ocorridas  nas diferentes regiões do estado e disponibilizar informações relevantes para sua gestão territorial e ambiental. Acredita‐se que eles serão úteis para uma grande comunidade de usuários, mas ressalta‐se  que  o  nível  de  detalhamento  adotado  é  compatível  com  a  escala  1:250.000, devendo‐se evitar aplicações que requerem nível de detalhe maior. 

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 Figura 1. Limites do bioma Pampa e do bioma Mata Atlântica no Rio Grande do Sul. 

2 Material e métodos 

2.1 Material utilizado 

Para  a  elaboração do mapa de uso  e  cobertura  vegetal  do  estado do Rio Grande do  Sul referente a 2002 foi utilizado o mosaico de imagens do satélite Landsat 5 sensor TM (Thematic Mapper),  disponibilizado  originalmente  pelo  PROBIO,  além  de  imagens  individuais acrescentadas pelo Labgeo para completar a cobertura do território do estado, totalizando 22 cenas do satélite Landsat 5. 

Adicionalmente às imagens Landsat, foi utilizado um arquivo vetorial no formato shape file contendo  a  delimitação  e  atributos  das  categorias  de  cobertura  vegetal  do  bioma  Pampa, obtido  no  mapeamento  do  PROBIO  (Hasenack  &  Cordeiro,  2006).  Como  material  auxiliar, utilizou‐se ainda a base cartográfica vetorial contínua do Rio Grande do Sul na escala 1:50.000 (Hasenack & Weber, 2010) e o conjunto de imagens de alta resolução espacial disponível para visualização e consulta no Google Earth (Google, 2015). 

O  processamento  dos  dados  geoespaciais  durante  a  execução  do  mapeamento  foi efetuado  com  o  auxílio  de  diversos  softwares,  entre  os  quais:  Cartalinx  (Hagan  et  al,  2000), Idrisi Selva (Eastman, 2012), Envi (Exelis, 2012) e ArcGIS (Esri, 2013). 

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2.2 Metodologia 

2.2.1 Seleção de cenas e elaboração de mosaico 

A seleção das cenas necessárias para completar a cobertura do Rio Grande do Sul foi feita com  os  mesmos  critérios  do  PROBIO,  priorizando‐se  o  período  da  primavera  (setembro  a novembro),  mais  favorável  à  distinção  visual  dos  diferentes  tipos  de  cobertura  vegetal.  Na indisponibilidade  de  cenas  úteis,  o  período  foi  gradualmente  expandido  tanto  para  meses anteriores quanto posteriores para a obtenção de cenas com qualidade visual satisfatória. 

Em alguns casos foi necessário avançar para o ano subsequente de 2003, e em outros foi necessário  retroceder para anos anteriores, como também havia  sido efetuado pelo PROBIO. Do  total,  12 das  cenas utilizadas  correspondem efetivamente ao  ano de 2002, enquanto  seis são de 2003, duas são de 2001, uma é de 2000 e uma é de 1999 (Figura 2). 

 Figura  2.  Órbita/ponto  e  data  de  aquisição  de  22  cenas  dos  satélites  Landsat  5  TM  usadas  para  a elaboração do mapa de uso e cobertura vegetal do Rio Grande do Sul ‐ situação em 2002. 

As  cenas  Landsat  selecionadas  foram  unidas  ao  mosaico  existente  do  PROBIO  para  a obtenção de um mosaico de cenas Landsat de todo o estado do Rio Grande do Sul, buscando‐se durante  o  processo  ajustar  o  histograma  das  novas  imagens  ao  mosaico  existente, individualmente para cada banda espectral. 

Devido a deslocamentos constatados em porções do mosaico, efetuou‐se posteriormente seu  registro  à  base  cartográfica  vetorial  contínua  do  Rio  Grande  do  Sul  na  escala  1:50.000 (Hasenack & Weber,  2010),  utilizando‐se 105 pontos de  controle  coletados manualmente no mosaico  e  na  base.  Empregou‐se  uma  transformação  polinomial  de  primeira  ordem  com reamostragem  por  vizinho mais  próximo,  obtendo‐se  erro  RMS  (Root Mean  Square)  de  91,2 metros  (aproximadamente  3  pixels).  O  valor  relativamente  alto  do  erro  RMS  evidencia  que 

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várias  deformações  presentes  no  mosaico  foram  ajustadas  à  base  cartográfica.  O  mesmo processo  de  registro  foi  aplicado  ao  arquivo  vetorial  no  formato  shape  file  contendo  o mapeamento  do  PROBIO  para  o  bioma  Pampa,  com  vistas  à  sua  compatibilização  com  o mosaico ajustado. 

Em seguida, as bandas do mosaico ajustado à base cartográfica na escala 1:50.000 foram transformadas  para  a  projeção  Cônica  Conforme  de  Lambert  e  referenciadas  ao  Datum SIRGAS2000,  também  com  reamostragem  por  vizinho  mais  próximo.  Por  último,  foram elaboradas composições coloridas em falsa‐cor RGB543 e RGB453, atribuindo‐se as bandas 3, 4 e 5 do mosaico respectivamente às cores azul, verde e vermelho, e às cores azul, vermelho e verde.  Para  cada  composição  aplicou‐se  realce  de  contraste manual  para  um  resultado mais favorável à posterior interpretação visual (Figura 3). 

 Figura 3. Composição colorida em falsa‐cor RGB543 de mosaico de  imagens Landsat  referente a 2002 para o estado Rio Grande do Sul. 

2.2.2 Definição da legenda e adequações em critérios de interpretação 

O  detalhamento  temático  original  do  mapeamento  de  uso  e  cobertura  efetuado  no PROBIO  compreendia  um  grande  número  de  classes,  com  ênfase  para  os  diversos  tipos  de campo nativo (p. ex., campo rupestre, campo sobre duna, campos do escudo, butiazais, etc.). 

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Isso  decorre  do  propósito  original  de  identificar  e  delinear  os  remanescentes  de  vegetação nativa  do  Pampa,  contando  com  o  aporte  de  conhecimento  específico  sobre  os  campos fornecido  por  botânicos.  Algumas  classes  campestres  foram  mapeadas  mais  em  função  do conhecimento  sobre  sua  ocorrência  em  determinada  região  do  que  pela  possibilidade  de distinção  em  imagens  de  satélite,  tornando  difícil  reproduzir  os  mesmos  critérios  de mapeamento no futuro. 

Adicionalmente,  o  nível  de  refinamento  adotado  para  as  classes  florestais  ou  de  uso antrópico foi menos detalhado do que o das tipologias campestres, o que não é problema no Pampa,  cuja  vegetação  original  é  predominante  campestre.  Entretanto,  o  detalhamento temático deveria ser harmonizado para contemplar o restante do estado do Rio Grande do Sul, abrangido  pelo  bioma Mata  Atlântica,  com  vegetação  original  predominantemente  florestal. Por fim, também se constatou que algumas classes possuíam extensão pouco representativa, e poderiam ser agrupadas  sem perda de  informação  relevante para um público mais amplo de usuários. 

Além  de  alterações  na  legenda,  constatou‐se  também  a  necessidade  de  adequações  no delineamento  de  algumas  classes,  notadamente  a  silvicultura  e  a  rizicultura.  No  caso  da silvicultura,  mostrava‐se  necessário  revisar  o  delineamento  da  classe  devido  à  sua subestimativa  em  regiões  de  minifúndios,  onde  o  uso  da  terra  é  altamente  recortado  e intrincado. No caso da rizicultura, que delimitava toda a área destinada ao sistema de cultivo do arroz irrigado, a revisão era necessária para individualizar as áreas efetivamente cultivadas e as áreas de pousio, a fim de evitar a superestimativa das primeiras. Isso é importante porque no Rio Grande do Sul o arroz  irrigado é tradicionalmente cultivado em alternância com o pousio por um ou mais  ciclos  subsequentes, durante os quais  a  área é usada para pecuária  sobre o campo nativo em regeneração. 

Assim,  após  uma  criteriosa  avaliação,  optou‐se  por  agrupar  classes  tematicamente próximas ou semelhantes, eliminar a classe Encraves e revisar o delineamento da silvicultura e da  rizicultura,  além  de  mudar  ou  aperfeiçoar  a  denominação  e  caracterização  de  algumas classes.  Buscou‐se  definir  um  grupo  de  classes  que  permitisse  minimizar  a  perda  de detalhamento  temático e  simultaneamente possibilitasse maior  consistência,  confiabilidade e facilidade de uso do mapa resultante para diversos propósitos. 

Com a redefinição da legenda, o número total de 32 classes do PROBIO foi reduzido para 20  classes.  E  para  cada  classe  foi  atribuído um  identificador  (Id)  numérico único e  elaborada uma descrição textual para caracterizá‐la. As principais características das classes adotadas no mapeamento do uso e cobertura vegetal do estado do Rio Grande do Sul – situação em 2002 são  descritas  e  ilustradas  com  exemplos  de  imagens  de  satélite  nas  páginas  a  seguir.  Cada categoria de legenda está ilustrada através de uma imagem de alta resolução obtida no Google Earth,  e  de  recorte  do  mosaico  de  imagens  Landsat  do  mesmo  local  ilustrando  a  área  de interesse  sobre  composições  coloridas  em  falsa‐cor,  ilustrando  combinações  diferentes  das bandas 3, 4 e 5 associadas às cores vermelho (R), verde (G) e azul (B). 

 

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2.2.3 Interpretação visual 

As  classes  de  uso  e  cobertura  do  solo  previamente  definidas  foram  delineadas manualmente por interpretação visual em tela, usando como ponto de partida o arquivo digital vetorial  do  mapa  do  Pampa  de  2002  elaborado  no  projeto  PROBIO.  O  delineamento  foi efetuado sobre as composições coloridas em falsa‐cor do mosaico de imagens Landsat, com a escala de visualização entre 1:30.000 e 1:50.000 e as tolerâncias para supressão de vértices em 30 metros e de  conexão de nós em 10 metros. Durante o  trabalho,  adotou‐se o  conceito de área mínima mapeável, buscando‐se delimitar apenas polígonos cuja extensão do menor eixo tivesse  pelo  menos  cinco  milímetros  ou  mais  na  escala  de  visualização,  o  que  equivale  a aproximadamente 250 metros na escala 1:50.000 (escala de decisão). 

Para  auxiliar  na  resolução  de  dúvidas  de  interpretação,  o  arquivo  vetorial  do  mapa  do Pampa  de  2002  também  foi  convertido  para  o  formato  KML  (Keyhole  Markup  Language)  e carregado  no  Google  Earth,  a  fim  de  poder  visualizá‐lo  sobre  as  imagens  de  satélite  de  alta resolução disponíveis na plataforma. 

2.2.4 Expedições em campo 

Não  foram realizadas expedições em campo especificamente para a elaboração do mapa de uso e cobertura vegetal do Rio Grande do Sul – situação em 2002, porém foram consultados dados  obtidos  em  diversas  campanhas  previamente  realizadas  em  diferentes  regiões  e fisionomias  do  estado.  Entre elas  destacam‐se  três  expedições  executadas  durante o  projeto PROBIO, várias expedições realizadas em projeto com o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) e Embrapa Uva e Vinho, e várias outras em convênio com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma  Agrária  (INCRA).  Os  dados  coletados  nessas  expedições  contêm  o  registro  de coordenadas de GPS, fotografias ao nível do solo e anotações de diversos aspectos de pontos 

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visitados  em  campo,  fornecendo  importante  referência  para  orientar  o  delineamento  das classes de uso e cobertura e para esclarecer dúvidas. 

2.2.5 Processos de edição e verificação 

Após a conclusão da interpretação visual, foi realizada uma série de processos de edição e verificação da topologia a fim de garantir a consistência do arquivo resultante, entre os quais: Eliminação de laços, por edição manual; União de polígonos adjacentes pertencentes à mesma classe; Eliminação de pseudo‐nós; Eliminação de lacunas e sobreposições entre polígonos. Por último,  o  arquivo  vetorial  de  polígonos  foi  vinculado  a  uma  tabela  de  atributos  contendo  a descrição das classes da legenda inicialmente definida, além das respectivas categorias em dois níveis de classificação do uso da terra (IBGE, 2013). 

3 Resultados 

Os  dados  geoespaciais  digitais  resultantes  desta  iniciativa  de  mapeamento  incluem  as composições coloridas em falsa‐cor RGB543 e RGB453 do mosaico de imagens landsat (Figura 3), em formato TIFF, e um arquivo vetorial de polígonos com o delineamento de classes de uso e  cobertura  vegetal  e  seus  atributos  (Figura  4),  no  formato  shape  file,  com  detalhamento compatível com a escala 1:250.000. 

 Figura  4.  Mapa  de  uso  e  cobertura  vegetal  do  Rio  Grande  do  Sul  –  situação  em  2002,  obtido  por interpretação visual de mosaico de imagens Landsat. 

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3.1 Cobertura espacial 

Tanto o arquivo shape com a delimitação das categorias de uso e cobertura vegetal quanto o mosaico de imagens Landsat cobrem uma faixa (buffer) de um quilômetro além do limite do Rio  Grande  do  Sul.  Essa  faixa  adicional  foi mantida  para  possibilitar  o  recorte  futuro  com  o limite  mais  detalhado  disponível  para  o  estado,  para  os  biomas  brasileiros  ou  outras subdivisões territoriais na ocasião em que os dados forem utilizados, sem lacunas na cobertura. 

3.2 Acesso e citação dos dados 

Todos  os  dados  geoespaciais  obtidos  são  de  acesso  público,  gratuito  e  de  uso  livre, solicitando‐se apenas a gentileza de citar a fonte conforme as sugestões abaixo: 

Hasenack,  H.;  Cordeiro,  J.L.P; Weber,  E.J.  (Org.). Uso  e  cobertura  vegetal  do  Estado  do  Rio Grande do Sul – situação em 2002. Porto Alegre: UFRGS  IB Centro de Ecologia, 2015. 1a ed. ISBN 978‐85‐63843‐15‐9. Disponível em: http://www.ufrgs.br/labgeo 

Cordeiro,  J.L.P; Hasenack, H.; Weber,  E.J.  (Org.). Mosaico de  imagens do  satélite  Landsat do Estado do Rio Grande do Sul – ano base 2002. Porto Alegre: UFRGS IB Centro de Ecologia, 2015. 1a ed. ISBN 978‐85‐63843‐17‐3. Disponível em: http://www.ufrgs.br/labgeo 

3.3 Georreferenciamento 

Os dados  geoespaciais  estão  referenciados  ao  Sistema Geodésico  de Referência  (Datum) SIRGAS2000, em dois sistemas de coordenadas: 

Coordenadas geodésicas (latitude e longitude, sem projeção) 

Coordenadas planas na projeção cartográfica Conforme Cônica de Lambert, com os seguintes parâmetros: 

Meridiano Central: ‐54° 

Paralelo Padrão 1: ‐27° 

Paralelo Padrão 1: ‐33° 

Origem X: 0 

Origem Y: 0 

Unidades: metros 

3.4 Nomenclatura dos arquivos 

A  nomenclatura  adotada  nos  arquivos  discrimina  seu  conteúdo,  a  versão  disponibilizada (caso venham a ser disponibilizadas atualizações), e o sistema de coordenadas, tal como segue: 

vegetacao_rs_2002_1km_v1_latlong.*: arquivo vetorial de polígonos no formato shape file com o delineamento de classes de uso e cobertura vegetal e seus atributos, primeira versão, em coordenadas geodésicas; 

vegetacao_rs_2002_1km_v1_lambert.*: arquivo vetorial de polígonos no formato shape file com o delineamento de classes de uso e cobertura vegetal e seus atributos, primeira versão, em coordenadas planas na projeção Cônica Conforme de Lambert; 

mosaico_rgb543_rs_2002_1km_v1_latlong.*: arquivo Geotiff com composição colorida falsa‐cor RGB543 do mosaico de imagens Landsat, primeira versão, em coordenadas geodésicas; 

Page 20: USO E COBERTURA VEGETAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO …multimidia.ufrgs.br/conteudo/labgeo-ecologia/... · aproximadamente 2/3 no bioma Pampa e 1/3 no bioma Mata Atlântica (Figura

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mosaico_rgb543_rs_2002_1km_v1_lambert.*: arquivo Geotiff com composição colorida falsa‐cor RGB543 do mosaico de imagens Landsat, primeira versão, em coordenadas planas na projeção Cônica Conforme de Lambert; 

mosaico_rgb453_rs_2002_1km_v1_latlong.*: arquivo Geotiff com composição colorida falsa‐cor RGB453 do mosaico de imagens Landsat, primeira versão, em coordenadas geodésicas; 

mosaico_rgb453_rs_2002_1km_v1_lambert.*: arquivo Geotiff com composição colorida falsa‐cor RGB453 do mosaico de imagens Landsat, primeira versão, em coordenadas planas na projeção Cônica Conforme de Lambert. 

3.5 Atributos do arquivo shape 

A tabela de atributos do arquivo shape contém dois campos com as informações relativas às  classes  de  uso  e  cobertura  vegetal  adotadas  no  mapeamento,  além  de  quatro  campos adicionais relacionando‐as com o primeiro e o segundo nível de classificação do uso da terra do IBGE (IBGE, 2013). A nomenclatura e o conteúdo dos campos são os seguintes: 

Campo  Descrição do conteúdo do campo 

Cod_uso  Número inteiro com código identificador da classe de uso ou cobertura vegetal 

Legenda  Texto com a descrição da classe de uso ou cobertura vegetal 

N1_id  Número  inteiro  com  código  identificador  da  classe  de  uso  ou  cobertura  vegetal  para  o primeiro nível de classificação do uso da terra (IBGE, 2013) 

Ibge_n1  Texto com descrição da classe de uso ou cobertura vegetal de acordo com o primeiro nível de classificação do uso da terra do IBGE (IBGE, 2013) 

N2_id  Número  inteiro  com  código  identificador  da  classe  de  uso  ou  cobertura  vegetal  para  o segundo nível de classificação do uso da terra (IBGE, 2013) 

Ibge_n2  Texto com descrição da classe de uso ou cobertura vegetal de acordo com o segundo nível de classificação do uso da terra do IBGE (IBGE, 2013) 

4 Referências Eastman,  J.R.  IDRISI  Selva – GIS  and  Image Processing  Software – Version 17.0. Worcester, 

Clark Labs, 2012. 

ESRI.  ArcGIS  Desktop:  Release  10.  Environmental  Systems  Research  Institute,  Redlands,  CA, 2013. 

Exelis. Envi 5 Image Analysis software. Exelis Visual Information Solutions, Boulder, CO, 2012. 

GOOGLE. Google Earth. Montain View, Google Inc., 2015. 

Hagan,  J.E.;  Eastman,  J.R.;  Auble,  J.  Cartalinx  –  The  spatial  data  builder  –  version  1.2. Worcester, Clark Labs, 2000. 

Hasenack, H.; Cordeiro, J.L.P.(org.). Mapeamento da cobertura vegetal do Bioma Pampa. Porto Alegre:  UFRGS  Centro  de  Ecologia,  2006.  30  p.  (Relatório  técnico  Ministério  do  Meio Ambiente:  Secretaria  de  Biodiversidade  e  Florestas  no  âmbito  do  mapeamento  da cobertura vegetal dos biomas brasileiros). 

Hasenack, H.; Weber, E.(org.) Base cartográfica vetorial contínua do Rio Grande do Sul ‐ escala 1:50.000.  Porto  Alegre:  UFRGS  Centro  de  Ecologia.  2010.  1  DVD‐ROM.  (Série 

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Geoprocessamento  n.3).  ISBN  978‐85‐63483‐00‐5  (livreto)  e  ISBN  978‐85‐63843‐01‐2 (DVD). 

IBGE. Manual técnico de uso da terra. 3.ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2013.