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  • 79Radiol Bras. 2012 Ago;45(Suplemento n 2):182

    XLI Congresso Brasileiro de Radiologia 6 a 8 de setembro de 2012 Braslia, DF, Brasil

    Cdigo do trabalho: 21

    SEPSIS DE ORIGEM ABDOMINAL: IMPORTNCIA DA ULTRASSO-NOGRAFIA NO DIAGNSTICO DO FOCO PRIMRIO.

    Waldemir Andrade Neto; Luis Jesuino de Oliveira Andrade.

    Santa Casa de Itabuna Itabuna, BA, Brasil.

    Introduo: A sepsis de origem abdominal um quadro infecciosopotencialmente grave, decorrente de um foco primrio abdominal comdisseminao hematognica, levando a ativao de sistemas de de-fesa do hospedeiro e liberao de mediadores que vo determinar aevoluo do quadro. Objetivo: Apresentar situaes quadros spticosde origem abdominal e a importncia da ultrassonografia (US) no diag-nstico do foco primrio. Material e mtodo: Ensaio pictrico utilizandoimagens de US para ilustrar o diagnstico do foco primrio das maiscomuns afeces intra-abdominais que levam sepsis. Resultados:A sepsis de origem abdominal est comumente associada a quadrosinfecciosos como abscesso heptico, doenas da vescula biliar, infec-es renais, pancreatites, apendicite retrocecal, abscesso do psoas ecolees peritoneais secundrias a intervenes cirrgicas ou trauma.Concluso: A US, pelo seu baixo custo e facilidade de realizao beira do leito, tem importncia fundamental no diagnstico precoce,melhora do prognstico e reduo da mortalidade deste agravo.

    Cdigo do trabalho: 33

    M ROTAO INTESTINAL: RELATO DE CASO.

    Raphael Soares Sgrancio; Ricardo Ricelli Rocha de Almeida; EduardoMartins Faria; Thiago Ribeiro Leal; Douglas Neves Gonalves Dias;Cassio Neves Gonalves Dias; Rafaela Pereira Amorim; Manuela Este-ves Rausch Silva.

    Climag Timteo, MG, Brasil.

    Introduo: A m rotao intestinal uma anomalia congnitaem que ocorre falha na rotao do intestino no eixo da artria mesen-trica superior durante o desenvolvimento embriolgico, podendo serassintomtica ou determinar graus variveis de obstruo intestinal,sendo o vmito o sintoma mais frequente. Grande parte dos pacientesapresenta sintomas nos primeiros meses de vida, mas tambm po-dem apresent-los tardiamente. A real incidncia desta malformaono conhecida, com estimativas variando de 1:200 a 1:6000 nas-cidos vivos. Relato do caso: Paciente M.G.A., sexo masculino, quatromeses de idade, branco, procedente de Timteo, MG. Referido pe-diatria por quadro de vmitos recorrentes, prostrao e sinais de desi-dratao. Ao exame: regular estado geral, fontanela deprimida, otos-copia e oroscopia sem alteraes, aparelho respiratrio e cardiovascu-lar sem alteraes, abdome doloroso palpao difusamente, sendorealizada hidratao e antiemtico. Solicitada ultrassonografia do ab-dome, que evidenciou rotao do eixo da artria e veia mesentricasuperior, sugerindo m rotao intestinal. Foi ento realizada interven-o cirrgica, pela qual se confirmou o achado e se efetuou a correoda malformao. Objetivos: Relatar o caso de um paciente com odiagnstico de m rotao intestinal, visando a divulgao do conhe-cimento desta malformao e dando nfase aos achados ultrassono-grficos de imagem. Mtodos: Relato de caso feito a partir da anam-nese, exame complementar de imagem e avaliao cirrgica. Conclu-so: O diagnstico do paciente foi estabelecido com base na histria

    clnica, exame fsico, exame complementar de imagem e ato cirrgico,que demonstrou achados compatveis com a suspeita clnica.

    Cdigo do trabalho: 101

    REESTENOSE HIPERTFICA DE PILORO NO PS-OPERATRIO.

    Eduardo Just da Costa e Silva; Raphael Xenofonte Moraes Pinheiro;Camila Medeiros Pinheiro; Daniel Matias Bezerra Jales; Joanna Bray-ner Dutra; Lucilo S. de Albuquerque Maranho Neto; Thiago de MoraesGuedes.

    IMIP Recife, PE, Brasil.

    A reestenose hipertrfica de piloro idioptica uma ocorrnciaincomum, pois a piloromiotomia quase sempre eficaz na correo daobstruo. Existem poucos casos na literatura, os quais atribuem arecorrncia geralmente a piloromiotomia incompleta. Ser apresentadocaso clnico de paciente que desenvolveu recorrncia de estenose hi-pertrfica de piloro. Paciente do sexo feminino, trs meses, submetidah 1 ms e 15 dias a piloromiotomia Rammstedt, evoluiu satisfato-riamente no ps-operatrio, com ganho ponderal. H seis dias, apre-sentou recorrncia de vmitos no biliosos ps-prandiais, sendo read-mitida para investigao do quadro. Radiografia simples de abdomerevelou sinal da bolha nica. Ultrassonografia de abdome total demons-trou, na regio da poro distal de estmago, espessamento pilrico(parede com 0,4 cm) com 2,4 cm de comprimento. No foi flagrada,durante cerca de 10 minutos, passagem de contedo gstrico por essaporo distal. A recorrncia de estenose hipertrfica de piloro rara,com incidncia inferior a 2% de todas as crianas operadas. Os acha-dos observados so semelhantes aos no momento da doena.

    Cdigo do trabalho: 118

    ASCARIDASE DE COLDOCO.

    Eduardo Just da Costa e Silva; Silvio Cavalcanti de Albuquerque; EdisonBarros Silva; Dolores Petrola de Melo Jorge Vieira; Juliana de OliveiraLopes Cavalcanti; Lys Santana Teixeira; Cris Ferreira de Medeiros; Da-nielle Lauritzen Duarte.

    IMIP Recife, PE, Brasil.

    A ascaridase uma doena que apresenta alta prevalncia, prin-cipalmente em pases subdesenvolvidos e com condies sanitrias pre-crias, estimada em 39% da populao brasileira e 25% da mundial.Alm disso, tal doena uma importante causa de morbimortalidadeentre a populao peditrica. Embora a evoluo clnica da doenaseja usualmente benigna, ela tambm pode apresentar complicaes.Dentre elas, a migrao de scaris para as vias biliares bem conhe-cida, situao em que os exames de imagem so diagnsticos. Serapresentado um caso de ascaridase de coldoco, diagnosticada porultrassonografia. Paciente de quatro anos, com quadro de dor abdo-minal h uma semana, com febre e ictercia associadas. Os exameslaboratoriais mostraram aumento de transaminases e bilirrubina direta,alm de anemia, leucocitose com desvio esquerda. O exame ecogr-fico mostrou dilatao das vias biliares intra-hepticas e a presena deum verme adulto no coldoco. Vrios segmentos intestinais apresen-taram tambm imagens compatveis com ascaridase. A ascaridase causada pelo Ascaris lumbricoides, um nematelminto que habita o in-testino delgado, mas que tem propenso migrao para orifcios e

    ULTRASSONOGRAFIA GERAL

    Henrique A. LinoNotaUS

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    XLI Congresso Brasileiro de Radiologia 6 a 8 de setembro de 2012 Braslia, DF, Brasil

    ductos. A migrao para o ducto coldoco incomum, mas pode ocor-rer, principalmente em reas endmicas. O principal sintoma clnico ador no abdome superior, e entre as complicaes, obstruo do tratobiliar, colangite ascendente, pancreatite aguda e ictercia obstrutivapodem estar presentes. A ultrassonografia tem-se mostrado um bommtodo para diagnstico e monitorao do tratamento do verme nasvias biliares. O tratamento clnico ou endoscpico entra como primeiraescolha na maioria das vezes, porm, em alguns casos no so pos-sveis e a interveno cirrgica tem sido indicada para esses pacientes.

    Cdigo do trabalho: 121

    AVALIAO ULTRASSONOGRFICA DO ABDOME AGUDO: PATO-LOGIAS MESENTRICAS E INTESTINAIS DO ANDAR INFERIOR DOABDOME.

    Fernanda Marder Torres; Cesar Rodrigo Trippia; Carlos Henrique Trip-pia; Maria Fernanda Sales Ferreira Caboclo; Rafael Moreno Z. G. Bar-bosa; Carla Regina M. Medaglia; Erick Przybysz Pinto; Flavia Orizzi deSouza Sandrin.

    Hospital So Vicente Curitiba, PR, Brasil.

    A dor aguda no andar inferior do abdome uma das causas maiscomuns de queixas nos servios de emergncia. Em 30% dos casos,o diagnstico no definido devido resoluo espontnea dos sinto-mas. Na investigao, o ultrassom o mtodo mais utilizado por serexame de baixo custo, no invasivo e de fcil acesso, alm de permitiro direcionamento do exame para a rea suspeita. As principais afec-es do abdome inferior que causam abdome agudo podem ser divi-didas em mesentricas e intestinais, ginecolgicas (gravidez ectpica,cistos ovarianos rotos ou hemorrgicos, toro de ovrio e doena in-flamatria plvica), urinrias (litase ureteral distal e infeco urinria)ou leses musculares da parede abdominal. Das enfermidades mesen-tricas e intestinais, as principais causas so a apendicite e a diverticu-lite, fazendo-se o diagnstico diferencial com ilete distal, tiflite aguda,apendagite, infarto omental segmentar direita e adenite mesentrica.Algumas importantes alteraes ultrassonogrficas encontradas no incioajudaro a direcionar o diagnstico para uma ou outra afeco, sendoessencial o bom conhecimento da anatomia do abdome inferior. Estesachados incluem a presena de espessamento da parede de uma alaintestinal (apndice, leo distal, clon ou ceco), processo inflamatrioda gordura do mesentrio com a parede intestinal normal (apndiceepiploico ou omento) e hipertrofia de linfonodos mesenteriais (diag-nstico de excluso). Em funo da extensa possibilidade de diagns-ticos diferenciais, estes pequenos detalhes, junto com as particularida-des de cada doena, ajudaro o radiologista a definir um diagnstico.

    Cdigo do trabalho: 142

    ESTUDO ECOGRFICO DO DIVERTCULO VESICOURACAL: RELATODE CASO.

    Izabella de Campos Carvalho Lopes; Leonardo Jos Ferreira Porto;Natalia Delage Gomes; Bruna de Oliveira Melim Aburjeli; Ana Flvia Assisde vila; Juliana Oggioni Gaiotti; Elizabeth Asuncion Sanchez de Ayub;Carlos Henrique Mascarenhas Silva.

    Hospital Mater Dei Belo Horizonte, MG, Brasil.

    Introduo: O raco ou ligamento umbilical medial uma estru-tura tubular situada na linha mdia que se estende desde a poroanterior da bexiga regio umbilical. um remanescente embriolgicoderivado do alantoide e da poro ventral da cloaca, ocorrendo o seufechamento, geralmente, em torno da 5 semana. As anomalias con-gnitas do raco so pouco frequentes e vrios tipos de remanescen-

    tes tm sido descritos: raco patente, cisto de raco, sinus umbilico-uracal e divertculo vesicouracal, podendo apresentar infeco ou tu-mores. O divertculo vesicouracal o tipo mais raro e pode passar des-percebido durante anos. O objetivo do presente estudo relatar umcaso e reviso dos principais achados por imagem por ecografia dedivertculo vesicouracal. Descrio: Paciente T.I.P., sexo masculino, 27anos, branco, assintomtico. Realizou ultrassonografia abdominal to-tal no dia 18/5/2012, que evidenciou bexiga com boa repleo, apre-sentando contedo lmpido e imagem anecoica ovalada, na paredeanterior, na linha mdia, medindo 18 13 6 mm (volume = 0,8cm3), sugestiva de divertculo vesicouracal. Discusso: O diagnsticode certeza das anormalidades uracais pode ser feito por meio de umbom exame fsico associado a um estudo de imagem apropriado. Aultrassonografia tem-se apresentado como o principal mtodo diag-nstico nesse tipo de doena, sendo considerada uma importanteferramenta para diagnstico de anomalias congnitas. A presena deuma projeo saculiforme mediana no aspecto superior da bexiga su-gere o divertculo vesicouracal. Apesar de pouco frequentes, as doen-as causadas pelos remanescentes uracais no devem ser considera-das meras curiosidades mdicas e as infeces desses remanescen-tes no devem ser esquecidas no diagnstico diferencial de onfalite,dor abdominal aguda e infeces plvicas.

    Cdigo do trabalho: 172

    NUS IMPERFURADO: AVALIAO ULTRASSONOGRFICA.

    Ana Maria Doffmond Costa; Leonardo Jos Ferreira Porto; CarlosHenrique Mascarenhas Silva; Elizabeth Asuncion Sanchez de Ayub;James de Brito Correa; Izabella de Campos Carvalho Lopes; FernandaMagalhes Menicucci; Juliana Oggioni Gaiotti.

    Hospital Mater Dei Belo Horizonte, MG, Brasil.

    Introduo: As anormalidades congnitas do trato gastrointestinalrepresentam uma importante causa de morbidade em crianas e, me-nos frequentemente, em adultos. Dentre estas anormalidades, encon-tram-se as anomalias anorretais, descritas no grupo dos possveis fa-tores etiolgicos de obstruo intestinal baixa. Nestes casos, a ultras-sonografia pode ajudar a diferenciar entre obstruo do intestino del-gado e obstruo colnica, alm de ser til para excluir possveis diag-nsticos diferenciais como leo meconial e peritonite meconial. Apesarde a tomografia computadorizada e a ressonncia magntica permiti-rem uma melhor avaliao dos detalhes anatmicos e apresentaremuma maior especificidade diagnstica, extremamente importanteminimizar a exposio destas crianas radiao, pelo fato de seremmais sensveis aos seus efeitos e apresentarem maior expectativa devida do que os adultos. Descrio: Recm-nascido do sexo masculino,filho de me diabtica, insulino-dependente, hipertensa crnica e hi-potireoidea, com diagnstico clnico ps-parto de nus imperfurado. avaliao do abdome ao nascimento, o mesmo apresentava-se glo-boso, normotenso e sem visceromegalias. Foram solicitados examesde imagem (radiografia e ultrassonografia abdominal) e interconsultacom a cirurgia peditrica. Aps confirmao da anomalia anorretal, opaciente foi submetido a ato cirrgico de correo, realizado em doistempos. Discusso: importante que o imaginologista esteja familia-rizado com a anatomia do trato gastrointestinal e tenha em mente asinmeras etiologias do quadro de abdome agudo obstrutivo em crian-as. A ultrassonografia apontada como elemento auxiliar para eluci-dao diagnstica, pois representa uma maneira rpida, segura e noinvasiva para a avaliao das anormalidades gastrintestinais. E ainda,mostra-se importante, tanto na determinao da causa quanto naorientao teraputica destes casos.

  • 81Radiol Bras. 2012 Ago;45(Suplemento n 2):182

    XLI Congresso Brasileiro de Radiologia 6 a 8 de setembro de 2012 Braslia, DF, Brasil

    Cdigo do trabalho: 187

    ASPECTOS DO ABSCESSO AMEBIANO ULTRASSONOGRAFIA.

    Natalia Delage Gomes1; Rogerio Batista Arajo Filho1; Ana Maria Doff-mond Costa1; Izabella de Campos Carvalho Lopes1; Bruna Vilaa deCarvalho1; Patricia Delage Gomes2; Elizabeth Asuncion Sanchez deAyub1; Carlos Henrique Mascarenhas Silva1.1 Hospital Mater Dei; 2 Santa Casa de Belo Horizonte Belo Horizonte,MG, Brasil.

    Introduo: Os abscessos amebianos so determinados pela in-feco heptica pela Entamoeba histolytica, sendo o fgado o local maiscomum de sua manifestao extraintestinal. A formao de abscessoshepticos pode ocorrer em at 25% dos pacientes infectados e acomplicao no entrica mais comum desta infeco parasitria. Aapresentao clnica consiste em dor (99% dos casos) e diarreia (15%dos casos). O diagnstico dos abscessos amebianos hepticos feitoassociando os achados clnicos, ultrassonogrficos e testes sorolgi-cos. O presente estudo visa demonstrar os principais aspectos do abs-cesso amebiano ultra-sonografia, mediante relato de um caso. Des-crio sucinta: Paciente peditrica do sexo feminino com quadro defebre baixa e diarreia h cerca de 35 dias, associada a inapetncia edor abdominal mais evidente na regio do hipocndrio direito. Foi reali-zada extensa propedutica com exames laboratoriais e ultrassonogra-fia, esta demonstrando leses arredondadas, com aspecto hipoecoideem relao ao fgado normal. Realizado tratamento clnico e posterior-mente ultra-sonografia, que demonstrou regresso do quadro. Discus-so: Embora a diferenciao por imagem entre abscessos amebianose piognicos possa ser bastante difcil, alguns achados ultrassonogr-ficos permitem comparaes, tais como o formato redondo ou ovalque mais prevalente nos abscessos amebianos (82% nos absces-sos amebianos contra 60% nos piognicos), e o aspecto hipoecoidecom finos ecos em seu interior (56% nos abscessos amebianos contra36% nos piognicos). Assim, importante salientar que o ultrassomapresenta papel de destaque nesta avaliao, e como se trata de afec-o frequente, importante que o radiologista esteja familiarizado comos principais aspectos imaginolgicos para levantar essa possibilidadediagnstica, contribuindo diretamente para a correta avaliao diag-nstica e propedutica dos pacientes.

    Cdigo do trabalho: 192

    DETECO ULTRASSONOGRFICA DO PNEUMOPERITNIO.

    Eduardo Just da Costa e Silva; Edison Barros Silva; Silvio Cavalcanti deAlbuquerque; Lys Santana Teixeira; Danielle Lauritzen Duarte; DanielMatias Bezerra Jales; Camila Medeiros Pinheiro; Armando Jos Sam-paio Arruda.

    IMIP Recife, PE, Brasil.

    Pneumoperitnio refere-se presena de ar no interior da cavi-dade peritoneal e pode ser causado por perfurao de vscera oca,tumores, trauma e ps-operatrio. Sua deteco costuma ser feita porradiografia convencional e seus sinais so conhecidos. No entanto,alguns casos no suspeitos clinicamente podem ser inicialmente ava-liados por ultrassonografia, sendo importante seu reconhecimento poreste mtodo. O ar livre visto, na maioria das vezes, logo abaixo doperitnio parietal e aparece como um reforo da linha desse peritnio,frequentemente com artefato de reverberao posterior. Ser apre-sentado caso clnico de diagnstico ultrassonogrfico de pneumoperi-tnio. Escolar examinado por dor abdominal h duas semanas e pio-rando h trs dias. Antecedente de procedimento cirrgico para corre-o de megaclon congnito h dois anos. O estudo ecogrfico mos-

    trou linha fortemente ecognica entre a parede abdominal anterior e aborda heptica, com artefatos em cauda de cometa. A radiografia con-vencional posterior confirmou o achado. As dificuldades para a detec-o do pneumoperitnio ultrassonografia podem ser atribudas presena de artefatos, gases intestinais, cirurgias abdominais prviascom novo posicionamento dos rgos e aderncias geradas, qualidadedo equipamento de ultrassom e experincia do examinador.

    Cdigo do trabalho: 196

    PNCREAS DIVISUM: RELATO DE CASO.

    Ivy de Toledo Ribeiro Pimenta; Cristiano Hemb de Andrade; SebastioMarques Zanforlin; Adriano Czapkowski; Claudio Rodrigues Pires.

    Cetrus So Paulo, SP, Brasil.

    Introduo: Demonstrar um caso de pncreas divisum e discutiros critrios diagnsticos e sua diferenciao com outras afeces. Pn-creas divisum uma anomalia congnita rara, apesar de ser a maiscomum das alteraes congnitas do pncreas. caracterizada pelano fuso das faces ventral e dorsal do pncreas durante o desenvol-vimento fetal, que ocorre em torno da oitava semana. Esta condio encontrada em 5% a 14% da populao geral, sendo em geral assin-tomtica ou relacionada a dor abdominal inespecfica. Descrio docaso: Descrevem-se aqui os achados ultrassonogrficos de uma pa-ciente do sexo feminino, A.P.T., de 46 anos, assintomtica, em que foiidentificada nesta instituio a presena desta alterao congnita dopncreas como um achado incidental durante exame de abdome totalde rotina. Discusso: O diagnstico diferencial entre pncreas divi-sum, pancreatite local e tumor de extrema importncia para umaconduta adequada e um melhor prognstico do paciente, j que emalguns casos essa anormalidade demonstra-se ao ultrassom comoaparente massa focal. Devido correlao j estabelecida entre pn-creas divisum e pancreatite aguda e crnica, torna-se importante asua identificao pelo exame ultrassonogrfico. O conhecimento dasvariaes anatmicas permite reduzir erros diagnsticos e a limitaodevido qualidade das imagens, muitas vezes prejudicada pelo bitipoou pela presena de gases intestinais no abdome superior. Desta forma,em muitos casos, torna-se necessria a complementao diagnsticacom outros mtodos com menos limitaes e maior sensibilidade, comoa tomografia computadorizada, a ressonncia magntica ou a ultras-sonografia endoscpica.

    Cdigo do trabalho: 287

    ACURCIA DA ULTRASSONOGRAFIA PARA O DIAGNSTICO DEAPENDICITE AGUDA EM UM SERVIO DE BELO HORIZONTE, MG.

    Estvo Albino Torres Vargas; James de Brito Correa; Carlos HenriqueMascarenhas Silva; Elizabeth Asuncion Sanchez de Ayub; Bruna deOliveira Melim Aburjeli; Ana Flvia Assis de vila; Natalia Delage Go-mes; Juliana Oggioni Gaiotti.

    Hospital Mater Dei Belo Horizonte, MG, Brasil.

    Introduo: Desde a primeira visualizao ecogrfica do apndicevermiforme por Deutsch e Leopold em 1981 e da descrio da tcnicade compresso graduada para o exame abdominal por Puylaert em1986, a ultrassonografia passou a ser recurso diagnstico comple-mentar para a apendicite aguda. Vrios fatores influenciam a acurciado mtodo, entre eles o gnero e a constituio corporal do paciente,o tempo evolutivo da doena e a experincia do radiologista. O presenteestudo correlaciona 650 exames ultrassonogrficos com a anatomo-patologia, comparando os resultados com a literatura. Casustica emtodos: Realizamos estudo ultrassonogrfico de 650 pacientes que

  • 82 Radiol Bras. 2012 Ago;45(Suplemento n 2):182

    XLI Congresso Brasileiro de Radiologia 6 a 8 de setembro de 2012 Braslia, DF, Brasil

    deram entrada no servio de emergncia de um hospital de Belo Ho-rizonte, MG, no perodo de outubro/2008 a maro/2012, com dorabdominal aguda, nos quais a apendicite se inclua entre as hiptesesdiagnsticas. Foram includos no estudo todos os pacientes submeti-dos a interveno cirrgica (apendicectomia). Resultados: Dos 650pacientes operados, 562 apresentaram ultrassonografia e anatomo-patolgico concordantes, 77 falso-negativos (11,8%) e 11 falso-posi-tivos (1,7%, laparotomia branca). A acurcia da ultrassonografia parao diagnstico de apendicite foi de 86,5%. Concluses: No presenteestudo a acurcia da ultrassonografia para o diagnstico de apendicitefoi de 86,5% e encontra-se dentro dos valores descritos pela literatura,que variam de 70% a 93%. Foram 11 os casos de falso-positivos, cor-respondendo a 1,7%; a literatura justifica esses achados pela confu-so de ala ileal com o apndice vermiforme, pelo julgamento errneode apndice normal por inflamado e pela ocorrncia da apendicite comresoluo espontnea. O ndice de falso-positivos descrito por Vidmaret al. foi de 4,1%, e por Birnbaum e Wilson, entre 6 e 9%. Houve ainda77 falso-negativos (11,8%), abaixo dos descritos habitualmente pelaliteratura. Estes valores impem prudncia em descartar o diagnsticode apendicite aguda apenas pela ultrassonografia.

    Cdigo do trabalho: 404

    ACHADO INCIDENTAL DA DANA DAS FILRIAS EM BOLSA ES-CROTAL: RELATO DE CASO.

    Ricardo Humberto de Souza Wanderley Filho; Eduardo Just da Costa eSilva; Silvio Cavalcanti de Albuquerque; Lucilo S. de Albuquerque Ma-ranho Neto; Joanna Brayner Dutra; Felipe Augusto Barbosa Reis deMachado; Raphael Xenofonte Moraes Pinheiro; Ygor Wernst FelipeBarbosa.

    IMIP Recife, PE, Brasil.

    Entre as doenas infecciosas, a filariose constitui um srio pro-blema de sade pblica. Estima-se que aproximadamente 129 mi-lhes de pessoas no mundo encontram-se infectadas e que mais de90% sejam causadas pela Wuchereria bancrofti. A filariose linftica uma das doenas potencialmente erradicveis, devido s suas carac-tersticas epidemiolgicas. Por essa razo, a Organizao Mundial daSade (OMS) props, em 1997, sua eliminao mundial previstapara 2020 , e o Brasil signatrio dessa proposta. Atualmente, ad-mite-se que em nosso pas esteja ocorrendo a transmisso da doenaapenas na regio metropolitana de Recife, Pernambuco. Embora asituao epidemiolgica presumida seja essa, para efeito de certifica-o da eliminao necessrio estar vigilante para a possibilidade dehaver outros focos da doena. Apesar de o linfoescroto ser uma raraapresentao da filariose linftica, na bolsa escrotal onde encontra-mos mais frequentemente o verme adulto. No raro, muitos pacientesbuscam a emergncia com dor testicular e so submetidos a ultrasso-nografia (US) de bolsa escrotal, e alguns destes pacientes oriundos dereas endmicas no foram beneficiados pelo programa de erradica-o. A est a importncia do reconhecimento por parte dos ultrasso-nografistas dos sinais que indicam a presena deste parasita, j que aUS tem-se mostrado como uma boa ferramenta para o diagnstico,mesmo que incidental, desta doena. No nosso relato de caso, umhomem de 35 anos com queixa de dor e edema em bolsa escrotal hcinco dias foi submetido a US, que diagnosticou gangrena de Fournier,porm foram observadas mltiplas formaes tubulares anecoicas deaspecto semelhante ao corpo do epiddimo esquerdo, notando-se emseu interior estruturas ecognicas alongadas, dotadas de movimentosgiratrios caractersticos (dana das filrias), tambm demonstrados pelomodo M. Foi realizada a notificao vigilncia sanitria e o pacientefoi submetido a interveno cirrgica, por causa da fasciite necrotizanteda bolsa escrotal.