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Procrastinação: Ato ou efeito de procrastinar, adiamento, demora.

Procrastinação: Ato ou efeito de procrastinar, adiamento, demora. Dicionário:Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa Procrastination: procrastinação demora adiamento.Dicionário: Webster’s New Collegiate Dictionary Procrastinate: ‘Apa, ho’onapa, ka’ulua, napaDicionário:Hawaiian DictionaryHawaiian-EnlglishEnglish-HawaiianMary Kawena PukuiSamuel H. Elbert: Ho’onapa:: Causa procrastinação.Ka’ulua: Procrastinação, hesitação ‘Apa: Procrastinar, manter outros esperandoNapa:, Procrastinação, demora, atraso, flexível, elástico.

Desafio do quarto Princípio do Xamanismo Havaiano, a Procrastinação é o último dos desafios a que estamos submetidos no ciclo de vida e morte.

O que quer dizer crescimento espiritual, que nos permite passar com o aprendizado das experiências vivenciadas para a reflexão; aos poucos perdemos o pensamento analítico, intelectual, consciente, adquirindo outra linguagem: a linguagem intuitiva, trazida do subconsciente, para um pensar diferente e conseqüentemente, uma nova forma de intelectualizar, que foge à nossa percepção consciente captada pelos cinco sentidos.

As palavras havaianas seguem uma ordem de acordo com a percepção que temos do Desafio, graças às memórias trazidas do unihipili ao uhane, para serem reformuladas ou desativadas.

Após passar pelos três primeiros desafios, dentro das possibilidades de cada sonho básico de vida, eliminam-se as causas de cada um deles.

Essa eliminação não quer dizer a perda total dos apegos, medo da morte (Ignorância); corpo, espaço/tempo, velocidade (Limitação); pecado, fé, crença (Confusão) e outras causas que influenciam no desaparecimento desses desafios.

Diminuem de acordo com o crescimento espiritual em cada sonho básico de vida.

Podemos fazer uma analogia com a “Parábola dos Talentos” do Evangelho.

Começamos como o servo de um talento e, através das reencarnações, buscamos o desenvolvimento e o crescimento espiritual para atingir a situação do

servidor de cinco talentos, isto é, a perda dos desafios está na proporção

em que recebemos os talentos.

A primeira palavra ho’onapa mostra o início do deslocamento do Talento Visão para o Princípio Manawa quando ficamos sob o domínio do Desafio Procrastinação e começamos a ter a percepção do que causa procrastinação.

Numa seqüência, temos o significado da palavra ka’ulua quando a procrastinação provoca a hesitação impedindo-nos da prática das ações que provocam a reformulação das memórias e a desativação de outras.

Hesitamos em relação a nós mesmos, em relação à comunicação com o ambiente onde devemos atuar, como também, os pensamentos não provocam reformulações de memórias, deixando-nos em condições de inatividade à espera de que tudo deva vir de fora para dentro.

Essa condição causa raiva, medo, dúvida, ignorância, limitação e confusão como situações de procrastinação

e não como desafios.

Nossa inoperância provoca a sensação de que não agimos porque estamos querendo que as ações partam

dos outros; provocamos assim, uma situação de manter os outros esperando

por nossas atitudes, o que geralmente adiamos.

A palavra napa tem em seus significados, a síntese de nossa situação nesse estado de procrastinação.

Mostra que já há uma modificação em relação ao nosso estado espiritual, pois já existe uma percepção de nossa demora, atraso, no que devemos fazer para sair desse estado procrastinador.

Já existe certa flexibilidade que conduz à reformulação de memórias, provocando ações que desenvolverão atitudes que dão uma elasticidade que nos tira do adiamento constante, que impede nosso progresso.

Essas as razões da escolha dessa palavra para simbolizar o Desafio Procrastinação.

A vontade surge e o Talento Visão vai se deslocando no sentido do próximo Principio (Aloha).

Com a movimentação provocada pela vontade, a imaginação, a ideação e os pensamentos se transformam e voltamos a atuar mais ativamente, propiciando que o unihipili envie memórias com mais clareza para as reformulações.

A flexibilidade de napa nos faz ver as coisas de maneira diferente e criamos coragem para vencer a inércia da procrastinação.

É a tentativa do ser humano de atingir um grau de merecimento como servidor de cinco talentos; é a percepção inicialmente por momentos de inspiração e intuição de sua realidade espiritual e da necessidade das mudanças para outro nível de vivências.

É o início da mudança do padrão A1/A para outro padrão que o leva ao Nível B, no desenvolvimento dos padrões.

Para perceber as causas da procrastinação, começamos a movimentar as memórias no sentido de grandes reformulações, para no final do Desafio nos sentir livres de todas as causas dos desafios anteriores, o que nos dá condições da visão cada vez mais clara, levando-nos à percepção das causas desse desafio.

Isso faz com que percamos o apego pela individualidade, por sentir que estamos entrando no mundo da realidade.

É a volta à teia-aka, da qual pensávamos estar separados, mas que agora por uma nova percepção, sabemos que sempre fomos parte integrante dela.

Atingimos no final do triângulo da procrastinação (Ho’o Hua) o crescimento espiritual, que nos dá condições de iniciarmos a conscientização de nossas necessidades evolutivas, por já estar plantada a semente que nos tira do ciclo do nascer e renascer, o ciclo das vivências dos sonhos básicos de vida.

É o fim da desarmonia que sempre existiu entre uhane e unihipili, que agora se fundem numa única e só coisa, para as últimas mudanças, que nos torna um ser trino.

É a busca de Aloha, o amor compartilhado com o divino, por não termos mais memórias que nos prendam ao sentimento afetivo, fruto das emoções, mas que passamos a sentir como ser integrado com o todo.

Agora somos nesse todo. Não mais existimos.

É a “Criança de Tane” que inicia sua volta ao

Reino do Pai Celestial Tane.

Percorremos um longo caminho até atingirmos uma visão clara que nos mostra estarmos atingindo o final de um ciclo, e que, para entrarmos na vivência dos três últimos Princípios, necessitamos eliminar as causas do Desafio Procrastinação.

Das possíveis causas da Procrastinação encontramos duas que, cremos, uma vez livres delas, estaremos em condições de sentir por uma linguagem intuitiva, que esse é o caminho que nos conduz à realidade.

As causas que provocam a procrastinação como Desafio do Princípio Manawa são:

as MEMÓRIAS e as ILUSÕES trazidas em cada sonho básico de vida.

A partir do primeiro sonho básico de vida criamos memórias que passaremos como herança para as futuras reencarnações e que, a partir do crescimento espiritual pelas vivências de inúmeros sonhos básicos de vida, criamos condições, por novas percepções, da necessidade das reformulações das memórias.

Essa é a condição para um contínuo crescimento de cada alma.

Na preparação de cada sonho básico de vida em Po, as memórias são trabalhadas de maneira que o progresso espiritual continue sem interrupções, de acordo com as possibilidades de crescimento de cada alma.

A cada término de uma reencarnação, as memórias são conduzidas para a

essência do unihipili em Po para um novo aprendizado

que propicia o crescimento dessa alma.

Assim, é formado o ciclo das reencarnações.

As memórias passam por reformulações, até que a alma atinja um crescimento espiritual condizente com a percepção de que há necessidade de mudanças, criando outras formas de pensar, as quais conduzem à imaginação, ideação e pensamentos diferentes daqueles que são frutos da intelectualização analítica.

Isso acontece com a vivência nos desafios dos quatro primeiros Princípios do Xamanismo Havaiano, dos quais estamos nos libertando.

Isso acontece quando o Talento Visão percorre o triângulo do Desafio Procrastinação.

As vivências agora mostram as necessidades espirituais de reformulações e desativações das memórias, por serem as percepções frutos da inspiração e intuição.

Uhane e unihipili estão em harmonia

e aumakua é o senhor das ações.

Começa a conscientização advinda da energia vital mana loa, propriedade do aumakua.

Com a desativação cada vez mais acentuada das memórias, nossa visão volta-se para as situações interiores e os desejos não são mais o fruto dos sentidos, mas de uma força divina interior despertada pelo anseio de ser parte do todo.

É um estado de fusão que provoca um sentir total (grok).

Esse novo sentir que não é mais emoção, nem sentimento vai crescendo, e naturalmente toma conta de nossas experiências.

No início do Desafio Procrastinação travamos uma luta com as memórias que nos mostram estar no mundo exterior a verdade de tudo que construímos em todos os sentidos da vida, ao mesmo tempo, que nos alerta para os desapegos como principal condição para a última fase de nosso crescimento espiritual.

O medo é o companheiro que procura nos conduzir, para continuarmos procrastinando e mantendo nossas aquisições de conhecimento intelectual, trazido pelas memórias analíticas.

Não é a perda de situações econômicas, sociais, status, conhecimentos, mas começar a ver tudo isso como situações que não mais nos prendem como desejos de continuar possuindo.

Mas criar pela espontaneidade, condições de uma nova percepção que nos mostre que tudo não passa de ILUSÕES criadas para manutenção de valores e padrões, dos quais começamos a duvidar.

Aos poucos sentimos que somos novos tecelões de sonhos que compartilham o sentir sem a ilusão da retribuição e suas ações.

Deixamos aos poucos o conceito de certo e errado que sempre leva ao julgamento, e descobrimos uma nova percepção com as mudanças provocadas pela desativação das memórias e o desaparecimento das ilusões que mantinham um sentir que não mais existe.

É a condição que nos mostra que não mais existem os outros, mas que todos somos parte integrante da NATUREZA; é a permissão de que se “meu poder é aqui/agora”, estou globalmente presente no interior de cada vida do universo.

Somos agora o “pobre de espírito” pregado por Jesus, pois não tendo mais memórias ativadas, provenientes

das causas dos quatro primeiros desafios dos Princípios Xamânicos, estaremos livres deles e do crescimento

espiritual.

Estamos prontos e de partida para a evolução espiritual.

É nossa entrada no Principio Aloha, do qual, só os iluminados têm a conscientização.

Trabalhemos para que possamos lá chegar.

É a sabedoria que nos conduz para a compreensão e a apreensão do divino que é dentro de nós.

Somos assim, a imagem e semelhança de Deus, na vivência da natureza.

É o despertar do ser trino, do filho vivo de Tane que começa a caminhada para beber a AGUA VIVA oferecida por Jesus e pregada pelos kahunas em seus ensinamentos trazidos do povo de Mu.

É o fim da: “vida é uma sucessão de mortes, até que não se renasça mais”, o fim “da vida é um sonho” por não haver mais memórias e conseqüentemente mais ilusões.

Em uma das reencarnações chegaremos lá e compreenderemos a realidade da vida!

Autor: Sebastião de melo

e-mail: sebastiaomelo@uol.com.br

Formatação:Consolação Monducci kc

www.consolacaomonducci.com.brBelo Horizonte, 08 de outubro de 2009

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