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    INSTITUTO FEDERAL DE ENSINO, CINCIA E TECNOLOGIA DO PIAU

    DEPARTAMENTO DE FORMAO DE PROFESSORES, LETRAS E CINCIAS

    CURSO SUPERIOR DE LICENCIATURA EM QUMICA

    MDULO: VII

    DISCIPLINA: BIOQUMICA

    PROFESSOR: DR. JOAQUIM SOARES DA COSTA JNIOR

    TESTE COM ENZIMA, PROPRIEDADES DA UREASE

    VALTER OLIVEIRA SOUSA

    TERESINA, MAIO DE 2014

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    RESUMO

    Nesse experimento foi realizado 5 testes, sendo que os mesmos mostraram as

    propriedades da Urease, que hidrolisa a uria em CO2 e 2NH3.

    1. INTRODUO

    As enzimas so um grupo de substncias orgnicas de natureza normalmente

    protica (existem tambm enzimas constitudas de RNA, as ribozimas), com atividade

    intra ou extracelular que tm funes catalisadoras, catalisando reaes qumicas que,

    sem a sua presena, dificilmente aconteceriam. Isso conseguido atravs do

    abaixamento da energia de ativao necessria para que se d uma reao qumica,

    resultando no aumento da velocidade da reao e possibilitando o metabolismo dosseres vivos. A capacidade cataltica das enzimas torna-as adequadas para aplicaes

    industriais, como na indstria farmacutica ou na alimentar. Praticamente todas as

    reaes no organismo so mediadas por enzimas sem sofrerem alteraes no processo

    global. Dentre as muitas reaes biolgicas energeticamente possveis, de forma

    seletiva, as enzimas canalizam reagentes (os substratos) para rotas teis. Logo as

    enzimas comandam todos os eventos metablicos (CHAMPE, 2006).

    Em sistemas vivos, a maioria das reaes bioqumicas d-se em vias metablicas,

    que so sequncias de reaes em que o produto de uma reao utilizado como

    reagente na reao seguinte. Diferentes enzimas catalisam diferentes passos de vias

    metablicas, agindo de forma concertada de modo a no interromper o fluxo nessas

    vias. Cada enzima pode sofrer regulao da sua atividade, aumentando-a, diminuindo-a

    ou mesmo interrompendo-a, de modo a modular o fluxo da via metablica em que se

    insere. O ramo da Bioqumica que trata do estudo das reaes enzimticas a

    Enzimologia. (VOET, 2006).

    As enzimas convertem uma substncia, chamada de substrato, em outra

    denominada produto, e so extremamente especficas para a reao que catalisam. Isso

    significa que, em geral, uma enzima catalisa um e s um tipo de reao qumica.

    Consequentemente, o tipo de enzimas encontradas numa clula determina o tipo de

    metabolismo que a clula efetua. O aceleramento da reao pode ser da ordem dos

    milhes de vezes: por exemplo, a enzima orotidina-5-fosfato descarboxilase diminui o

    tempo da reao por ela catalisada de 78 milhes de anos para 25 milissegundos. Como

    so catalisadores, as enzimas no so consumidas na reao e no alteram o equilbrio

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    qumico dela. A atividade enzimtica pode depender da presena de determinadas

    molculas, genericamente chamadas cofatores. A natureza qumica dos cofatores

    muito varivel, podendo ser, por exemplo, um ou mais ons metlicos (Fe), ou uma

    molcula orgnica (como a vitamina B12). Estes cofatores podem participar ou no

    diretamente na reao enzimtica (DIAS DE SOUZA)

    A urase uma enzima que catalisa a hidrlise da uria em dixido de carbono e

    amnia. A reao a seguinte:

    (NH2)2CO + H2O CO2 + 2NH3

    Em 1926 James Summer mostrou que a urase era uma protena. A urase pode

    ser encontrada em bactrias, leveduras e vrias plantas superiores. At 1926, James

    Summer cristalizou a urease de feijo-soja, a qual catalisa a hidrlise de uria e forma

    NH3 e CO2, e demonstrou que tais cristais eram constitudos de protenas. Desde ento,

    os estudos em Enzimologia tm amplamente demonstrado que as enzimas em sua

    maioria so protenas. (VOET, 2006).

    Objetivo:Reconhecer as propriedades da urase e confirmar como a mesma atua

    sobre a uria, sua identificao com o biureto, desnaturao e especificidade.

    2. MATERIAIS E MTODOS

    MATERIAIS

    Tubos de ensaio;

    Pipetas graduadas;

    Banho-maria;

    gua destilada;

    Soluo de Urase;

    Soluo de Biureto; Soluo de Uria 0.4 M pH 7.0;

    Soluo de Tiouria 0.4 M pH 7.0;

    Soluo de HgCl25%.

    MTODO

    Reao da urease com o Biureto

    Prepararam-se os tubos seguintes:

    Tubo A: 1 mL do reativo de Biureto + 3 gotas de soluo de ureaseTubo B: 1 mL do reativo de Biureto + 3 gotas de gua destilada

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    Teste da atividade

    Prepararam-se os seguinte tubos:

    Tubo A: 1 mL do substrato (soluo de uria 0,4 M pH 7,0 contendo o indicador

    vermelho de fenol) + 3 gotas da soluo de urease

    Tubo B: 1 mL do substrato + 3 gotas de gua destilada. Misturou-se Aguardou-se cerca

    de 2 min.

    Teste da especificidade

    Colocou-se em um tubo de ensaio, 1 mL da soluo de tiouria 0,4 M pH 7,0

    (contendo vermelho de fenol como indicador) + 3 gotas da soluo de urease. Misturou-

    se e aguardou-se 2 min.

    Desnaturao pelo calor

    Colocou-se num tubo de ensaio 1 mL de gua destilada + 3 gotas da soluo de

    urease. Ferver usando a chama do bico de Bunsen, durante 2 minutos. Adicionou-se em

    outro tubo de ensaio 1 mL da soluo do substrato (soluo de uria 0,4 M pH 7,0

    contendo o indicador vermelho de fenol) e acrescentar 0,5 mL da soluo de urease

    fervida. Misturou-se e aguardou-se 2 min.

    Inibio por sais de mercrio

    Prepararam-se os seguintes tubos:

    Tubo A: 3 gotas de soluo de urease + 1 mL de gua destilada

    Tubo B: 3 gotas de soluo de urease + 1 mL de gua destilada + 5 gotas da soluo de

    cloreto de mercrio 5 %. Misturou-se e adicionou-se 1 mL do substrato (sol. de uria

    0,4 M pH 7,0 contendo o indicador vermelho de fenol) a cada um dos tubos.

    3. RESULTADOS E DISCUSSO

    Reao da urease com o Biureto

    No presente teste foi possvel se verificar que no tubo A aconteceu uma reao,

    onde se pde notar a presena de uma colorao violeta. Isso aconteceu porque a urease

    constituda de aminocidos, que formam protenas. Sendo assim, aconteceu a

    formao de complexos de Cu2+ pois as mesmas reagiram com o sulfato de cobre.

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    Teste da atividade

    Nesse teste foi possvel observar uma colorao amarelada, isso aconteceu porque

    houve hidrlise da uria catalisada pela urease em pH 7.0. A reao que aconteceu

    apresentada a seguir:

    (NH2)2CO + H2O CO2 + 2NH3

    Teste da especificidade

    Em relao ao teste de especificidade, observou-se que o tubo que tinha a tiouria

    apresentou uma cor rsea. Notou-se que no aconteceu reao porque a urease

    especifica para a uria e, dessa forma, no houve a quebra das ligaes de enxofre,

    conforme se pode verificar abaixo com a reao:

    C(NH2)2S + H2O No aconteceu

    Desnaturao pelo calor

    Atravs desse teste, foi possvel observar que quando a urase aquecida em

    banho-maria, a mesma tem suas cadeias de peptdeos desnaturadas.

    Inibio por sais de mercrio

    Nesse teste, verificou-se que a inibio da atividade de enzimas ocasionada por

    sais de mercrio ocorreu na forma de complexo. Isso porque o mercrio ligou-se aos

    grupos sulfidrilicos, que so como o centro ativo da enzima urase. Dessa forma,

    tornou-a inativa. O tubo com gotas de HgCl2ficou turvo com suspenso possivelmente

    contendo HgS2.A equao que se segue procura mostrar a reao que aconteceu:

    2 SH-+ HgCl2 HgS2+ HCl

    4. CONCLUSO

    Nesta prtica, os cinco testes realizados, mostraram que a urease apresentaalgumas propriedades, e uma dessas propriedades hidrolisar a uria em CO 2e 2NH3.

    Tendo em vista que toda enzima tem sua especificidade, testou-se a urase com

    derivados de uria (tiouria).Pode-se concluir que enzimas possuem ao completa na

    presena do substrato especifico. Neste experimento, a urease (Enzima) e a uria

    (substrato). Pde-se notar que a enzima em considerao constituda de cadeias de

    peptdeos (protenas) e que esta sofreu desnaturao quando foi aquecida, bem como se

    tornou inativa na reao com HgCl2.

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    5. REFERNCIAS

    CHAMPE, P. C., HARVEY, R. A.Bioqumica Ilustrada. 2. Ed. Porto Alegre: ArtesMdicas, 2006.

    DIAS DE SOUZA, Karina A. Freitas, NEVES, Valdir A.Experimentos de Bioqumica,um guia eletrnico. Disponvel em:. So Paulo:UNESP, 2009.

    VOET, D., VOET, J. G.Fundamentos de Bioqumica. 3. Ed. Porto Alegre: Artmed,2006.