UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO ...tede.metodista.br/jspui/bitstream/tede/1228/1/Tatiana...São...
Transcript of UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO ...tede.metodista.br/jspui/bitstream/tede/1228/1/Tatiana...São...
UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO
FACULDADE DE ODONTOLOGIA
ORTODONTIA
AVALIAÇÃO CEFALOMÉTRICA DAS ALTERAÇÕES
SAGITAIS E VERTICAIS EM PACIENTES SUBMETIDOS À
EXPANSÃO RÁPIDA DA MAXILA ASSISTIDA
CIRURGICAMENTE
TATIANA SUMIE KAWAHARA ABRAHÃO
São Bernardo do Campo 2006
UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO
FACULDADE DE ODONTOLOGIA
ORTODONTIA
AVALIAÇÃO CEFALOMÉTRICA DAS ALTERAÇÕES
SAGITAIS E VERTICAIS EM PACIENTES SUBMETIDOS À
EXPANSÃO RÁPIDA DA MAXILA ASSISTIDA
CIRURGICAMENTE
TATIANA SUMIE KAWAHARA ABRAHÃO
Dissertação apresentada à Faculdade de Odontologia da Universidade Metodista de São Paulo, como parte dos requisitos para obtenção do título de MESTRE pelo Programa de Pós-Graduação em ODONTOLOGIA, Área de Concentração em Ortodontia.
Orientadora: Profa. Dra. Fernanda Cavicchioli Goldenberg
São Bernardo do Campo
2006
TATIANA SUMIE KAWAHARA ABRAHÃO
AVALIAÇÃO CEFALOMÉTRICA DAS ALTERAÇÕES SAGITAIS E
VERTICAIS EM PACIENTES SUBMETIDOS À EXPANSÃO RÁPIDA
DA MAXILA ASSISTIDA CIRURGICAMENTE
COMISSÃO JULGADORA
DISSERTAÇÃO PARA OBTENÇÃO DO TÍTULO DE MESTRE
Faculdade de Odontologia da Universidade Metodista de São Paulo Área de Concentração: Ortodontia
Presidente e Orientadora _____________________________________
Profa. Dra. Fernanda Cavicchioli Goldenberg
2º Examinador ______________________________________________
Prof. Dr. Walter Rino
3º Examinador______________________________________________
Profa. Dra. Silvana Bommarito
São Bernardo do Campo, 08 de Março de 2006.
IV
Agradeço a DEUSDEUSDEUSDEUS, Ser supremo, por ter me concedido a sabedoria,
o discernimento e a compreensão para os pequenos e grandes adventos da
vida.
V
Aos meus pais e avós
Que dedicaram suas vidas a minha formação moral e profissional,
impulsionando-me.
Agradeço a amizade, o apoio incondicional, o companheirismo, os
conselhos e sobretudo o exemplo de caráter e determinação, que fez com que eu
enfrentasse a minha vida com otimismo e alegria e não fracassasse diante
dos obstáculos. Pelo carinho e compreensão imprescindível para vencer cada
etapa da minha vida.
A minha eterna gratidão e respeito.
VI
Ao Junior
Pela sua marcante presença em minha vida, pela amizade, respeito e
compreensão, características estas que só fazem aumentar o meu amor e
minha admiração por você. Pelo incentivo e carinho que abrandaram essa
caminhada. Pela minha felicidade e cumplicidade nos momentos difíceis em
que precisei e também pela ajuda inestimável na elaboração deste trabalho.
VII
À Profa. Dra Fernanda Cavicchioli Goldenberg
“Sabemos que para poder ensinar é preciso ter aptidão, habilidade e
capacidade, mas para deixar essa marca de amizade, calor e respeito, o que é
preciso mesmo é ser gente. Espero poder no futuro, significar para alguém
aquilo que a Senhora significou para mim, nesta caminhada”.
VIII
Ao Prof. Dr. Marco Antônio Scanavini
“Os limites alcançados a cada ano vivido, não se medem em dias, horas
ou minutos: Retratam antes as experiências que somamos no nosso dia-a-dia.
Experiências únicas, que cada um transforma em exemplos de vida”
IX
Aos professores Doutores:
Savério Mandetta (in memoriam)
Danilo Furquim Siqueira
Eduardo Kazuo Sannomiya
Fernanda Angelieri
Liliana Ávila Maltagliati Brangeli
Maria Helena Ferreira Vasconcelos
Silvana Bommarito
“A vocês que compartilharam nossos ideais e o alimentaram,
incentivando-nos a prosseguir na jornada, fossem quais fossem os
obstáculos; a vocês que lutaram conosco, dedico a minha conquista, com mais
profunda admiração e respeito”.
X
Ao Prof. Dr. Masato Nobuyasu
“Ser mestre não é apenas lecionar.
Ensinar não é só transmitir conteúdos programáticos.
Ser mestre é ser orientador e amigo, guia e companheiro;
é caminhar com o aluno passo a passo.
É transmitir a este os segredos da caminhada.
Ser mestre é ser exemplo; exemplo de dedicação,
de doação, de dignidade pessoal e, sobretudo, de paciência”.
Meu sincero reconhecimento e agradecimento.
XI
Agradecimentos:
Aos meus amigos André Masato Nobuyasu, Geraldo Angelo
Antonellini, Geruásio Yoshio Gondo, Glauber Fabre Carinhena, José
Antonio dos Santos Junior, Liana Fattori, Marcio Antonio de
Figueiredo, Olivia Morihisa, Paulo Roberto Pelucio Câmara e Renata
Feres, pelas horas de convívio e pelas marcas das experiências comuns
que tivemos, partamos confiantes em busca de novas conquistas, no
exercício de nossa profissão. Que esse adeus ressoe sempre em nossos
corações, pelo reflexo da saudade que já se faz presente.
As amigas Aline Maria Alencar de Castro, Maria Christina de
Souza Galvão e Mônica Moraes Cunha Macedo, que considero como
irmãs, pela amizade inabalável, pelos inesquecíveis momentos de
descontração e alegria compartilhados. Jamais esquecerei.
Aos funcionários da Disciplina de Ortodontia, Ana, Célia,
Edílson, Mari e Paula, pela dedicação e auxilio contínuos nestes 24
meses de trabalho conjunto. “Quando gostamos mutuamente de
alguém, não fazemos ou oferecemos algo para agradar, tudo provém do
que sentimos”.
A minha família tio Luiz, tia Tamiko, Elidia, Liane, Wilton e
Marcos, que sempre dispostos me acolheram em seu lar e em seus
corações, dispensando atenção e carinho.
XII
A Regina Yuriko Ishizaka Aramaki, por toda ajuda dispensada e
principalmente por estar ao meu lado sempre pronta a fazer com que as
dificuldades se esvaíssem com atitudes e palavras.
Ao prof. José Roberto Lauris, pela atenção no tratamento
estatístico.
Aos pacientes que compuseram a amostra estudada, anônimos
como indivíduos, porém, elementos reconhecidamente indispensáveis à
efetivação deste trabalho.
A todos que, diretamente ou indiretamente, contribuíram para a
realização deste trabalho.
XIII
“Cada um que passa em nossa vida, passa sozinho, pois cada pessoa é
única e nenhuma substitui outra. Cada um que passa em nossa vida, passa
sozinho, mas não vai só, nem nos deixa só; leva um pouco de nós mesmos,
deixa um pouco de si mesmo. Há os que levam muito, mas há os que não
levam nada; há os que não deixam muito, mas há os que não deixam nada.
Esta é a maior responsabilidade de nossa vida e prova evidente de que duas
almas não se encontram por acaso.”
(Antoine de Saint-Exupéry)
XIV
SSUUMMÁÁRRIIOO
RESUMO..................................................................................................................XVI
ABSTRACT.............................................................................................................XVIII
LISTA DE FIGURAS..................................................................................................XX
LISTA DE TABELAS.................................................................................................XXI
LISTA DE GRÁFICOS............................................................................................XXIII
ABREVIATURAS.....................................................................................................XXV
1. INTRODUÇÃO..................................................................................................... 01
2. REVISÃO DE LITERATURA................................................................................ 04
2.1. Análises Cefalométricas...........................................................................05
2.2. Expansão rápida da maxila sem assistência cirúrgica ............................10
2.3. Expansão rápida da maxila assistida cirurgicamente...............................26
3. PROPOSIÇÃO..................................................................................................... 41
4. MATERIAL E MÉTODO ...................................................................................... 43
XV
4.1. Material................................................................................................... 44
4.1.1. Seleção da amostra................................................................. 45
4.2. Método.................................................................................................... 45
4.2.1. Procedimentos clínicos............................................................. 45
4.2.2. Técnica Cirúrgica...................................................................... 46
4.2.3. Ativação do aparelho disjuntor............................................................ 47
4.2.4. Método Radiográfico............................................................................ 48
4.2.5. Equipamentos utilizados na obtenção dos traçados cefalométricos... 51
4.2.6. Elaboração do traçado cefalométrico.................................................. 52
A) Estruturas Anatômicas................................................................... 53
B) Pontos Cefalométricos................................................................... 55
C) Linhas e Planos Cefalométricos..................................................... 58
D)Grandezas Cefalométricas Angulares............................................ 60
E) Grandezas Cefalométricas Lineares................................................62
4.2.7. Método estatístico..................................................................................68
5. RESULTADOS..................................................................................................... 69
5.1. Variáveis dentoesqueléticas.....................................................................74
5.2. Variáveis de tecidos moles.......................................................................91
6. DISCUSSÃO..........................................................................................................98
6.1. Discussão sobre o tema e método de estudo..........................................99
6.2. Efeitos promovidos pela ERMAC...........................................................103
6.2.1. Alterações Dentoesqueléticas Verticais...................................103
6.2.2. Alterações Dentoesqueléticas Horizontais ..............................107
6.2.3. Alterações dos Tecidos Moles..................................................108
7.CONCLUSÃO........................................................................................................110
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................113
ANEXOS ………...............................................................................................…….125
APÊNDICE
Resumo
XVII
ABRAHÃO, T.S.K. AVALIAÇÃO CEFALOMÉTRICA DAS ALTERAÇÕES SAGITAIS E VERTICAIS EM PACIENTES SUBMETIDOS À EXPANSÃO RÁPIDA DA MAXILA ASSISTIDA CIRURGICAMENTE. 2006. 128p. Dissertação (Mestrado em Ortodontia) Faculdade de Odontologia, Universidade Metodista, São Bernardo do Campo, 2006.
RESUMO
O presente estudo teve como objetivos avaliar cefalometricamente as
alterações esqueléticas, dentárias e de tecidos moles, no sentido sagital e
vertical em pacientes submetidos à expansão rápida da maxila assistida
cirurgicamente. A amostra constituiu-se de 51 telerradiografias em norma lateral
de 17 pacientes adultos, brasileiros, sendo 6 do sexo masculino e 11 do sexo
feminino, com idade média de 24 anos e 1 mês e severa deficiência transversa
da maxila. As telerradiografias foram obtidas no início do tratamento (T1), após o
procedimento de ERMAC (T2), e após três meses de contenção com o próprio
aparelho disjuntor (T3). A partir da análise e discussão dos resultados, observou-
se rotação da maxila e da mandíbula no sentido horário, havendo, como
conseqüência, aumento da AFAI. Após 3 meses de contenção, houve recidiva
considerando-se o aumento da AFAI. Houve extrusão dos incisivos superiores,
na qual foi mantida no período de contenção. Durante a contenção, houve
também retrusão dos incisivos superiores. Considerando-se aos molares
superiores, houve extrusão após a expansão, acompanhada de uma recidiva
com menor magnitude quando comparada ao efeito da expansão obtida. Não
houve alteração dos tecidos moles quanto a espessura nasal e houve retrusão
do lábio superior, lábio inferior e pogônio mole, acompanhando a parte
esquelética. Houve aumento do ângulo nasolabial.
Palavras-chave: Expansão Rápida da Maxila; Cefalometria ; Cirurgia Ortognática.
Abstract
XIX
ABRAHÃO, T.S.K. CEPHALOMETRIC EVALUATION OF THE SAGITAL AND VERTICAL ALTERATIONS IN SUBJECTS WHO UNDERWENT RAPID MAXILLA EXPANSION SURGICALLY ASSISTED. 2006. 128p. Thesis (Master degree in Orthodontics) Dental School, Methodist University, São Bernardo do Campo, 2006.
ABSTRACT
This current study aims at cephalometrically evaluating the skeletal,
dental, and soft tissues sagittal and vertical alterations in patients who
underwent surgically assisted rapid maxilla expansion. The sample
comprised 17 teleradiographs in lateral norm of 17 Brazilian adult subjects,
being 6 male subjects and 11 female subjects, with average age of 24 years
and 1 month, presenting a severe transverse deficiency of the maxilla.
Teleradiographs were taken at the beginning of treatment (T1), after SARME
(T2), and after three months in retention with the disjunctive appliance (T3).
According to the analysis and discussion of the results achieved, it was seen
a clock-wise rotation of both the maxilla and mandible, presenting, as
consequence, an increase of the AFAI. After three months in retention
therapy, there was a relapse of this behavior. It was also seen an extrusion
of the upper incisors, in which was kept during the retention period. During
retention, there was also a retrusion of the upper incisors. As for the upper
molars, there was an extrusion after expansion, followed by a minor relapse
when compared to the effect of the expansion achieved. There was no
alteration of the soft tissues regarding the nasal thickness. And, there was a
retrusion of the upper and lower lips, and the soft pogonion, following the
skeletal part. There was an increase of the nasolabial angle.
Key-words: Rapid Maxilla Expansion; Cephalometric, Orthognatic Surgery.
XX
LLIISSTTAASS DDEE FFIIGGUURRAASS
Fig. 4.1 Aparelho expansor tipo Hyrax cimentado...................................................46
Fig. 4.2 Fotos intra-bucais frontal e laterais após a ERMAC...................................48
Fig. 4.3 Paciente posicionado segundo MOOREESS; KEAN (1958) e modificado
por ROCABADO (1984), para obtenção da telerradiografia em norma
lateral....................................................................................................... 50
Fig. 4.4 Software Radiocef Studio ...........................................................................52
Fig. 4.5 Desenho das Estruturas Anatômicas..........................................................54
Fig. 4.6 Pontos Cefalométricos ...............................................................................57
Fig.4.7 Linhas e Planos cefalométricos ...................................................................59
Fig. 4.8 Grandezas Cefalométricas Angulares: .......................................................61
Fig. 4.9 Grandezas cefalométricas Lineares (Dentoesqueléticas Verticais)............63
Fig. 4.10 Grandezas Cefalométricas Lineares (Dentoesqueléticas Horizontais).....65
Fig. 11 Grandezas Cefalométricas Lineares (Horizontais de Tecidos Moles)..........67
XXI
LLIISSTTAASS DDEE TTAABBEELLAASS
Tabela 1 Erro do Método - Teste “t” pareado e erro de Dahlberg para avaliar o
erro sistemático e o erro casual................................................... 71
Tabela 2 Média, desvios-padrão e resultado da Análise de Variância e teste de
Tukey para comparação entre os três tempos de
avaliação..................................................................................... 72
Tabela 3 Diferença entre as médias das variáveis estudadas, nos tempos
avaliados (T1, T2 e T3)................................................................ 73
Tabela 4 Teste de Tukey para comparação da medida do ângulo do Plano
Mandibular nos tempos T1, T2 e T3............................................ 75
Tabela 5 Teste de Tukey para comparação da medida do ângulo do Plano
Oclusal nos tempos T1, T2 e T3.................................................. 76
Tabela 6 Teste de Tukey para comparação da 6/-PF nos tempos T1, T2 e
T3................................................................................................. 77
Tabela 7 Teste de Tukey para comparação da Is-PF nos tempos T1, T2 e
T3................................................................................................. 78
Tabela 8 - Teste de Tukey para comparação de ENA-PF nos tempos T1, T2 e
T3................................................................................................. 80
XXII
Tabela 9 Teste de Tukey para comparação de Me-PF nos tempos T1, T2 e
T3.............................................................................................. 81
Tabela 10 Teste de Tukey para comparação de A-PF nos tempos T1, T2 e
T3.............................................................................................. 82
Tabela 11 Teste de Tukey para comparação de ENA-Nperp nos tempos T1, T2 e
T3............................................................................................ 83
Tabela 12 Teste de Tukey para comparação da Is-Nperp nos tempos T1, T2 e
T3............................................................................................ 86
Tabela 13 Teste de Tukey para comparação da Ii-Nperp nos tempos T1, T2 e
T3............................................................................................ 87
Tabela 14 Teste de Tukey para comparação de B-Nperp nos tempos T1, T2 e
T3........................................................................................... 88
Tabela 15 Teste de Tukey para comparação de Pog-Nperp nos tempos T1, T2 e
T3........................................................................................... 89
Tabela 16 Teste de Tukey para comparação de Me-Nperp nos tempos T1, T2 e
T3........................................................................................... 90
Tabela 17 Teste de Tukey para comparação de Ls-Nperp nos tempos T1, T2 e
T3........................................................................................... 93
Tabela 18 Teste de Tukey para comparação de Li-Nperp nos tempos T1, T2 e
T3.......................................................................................... 95
Tabela 19 Teste de Tukey para comparação de Pog’-Nperp nos tempos T1, T2 e
T3........................................................................................ 96
Tabela 20 Teste de Tukey para comparação do ANL nos tempos T1, T2 e
T3....................................................................................... 97
XXIII
LLIISSTTAASS DDEE GGRRÁÁFFIICCOOSS
Gráfico 1 Média do ângulo do Plano Palatino nos tempos T1, T2 e
T3........................................................................................................... 74
Gráfico 2 Média do ângulo do Plano Mandibular nos tempos T1, T2 e
T3........................................................................................................... 75
Gráfico 3 Média do ângulo do Plano Oclusal nos tempos T1, T2 e
T3........................................................................................................... 76
Gráfico 4 Média da 6/-PF nos tempos T1, T2 e
T3.......................................................................................................... 77
Gráfico 5 Média da Is-PF nos tempos T1, T2 e
T3.......................................................................................................... 78
Gráfico 6 Média de ENP-PF nos tempos T1, T2 e
T3......................................................................................................... 79
Gráfico 7 Média de ENA-PF nos tempos T1, T2 e
T3......................................................................................................... 80
Gráfico 8 Média de Me-PF nos tempos T1, T2 e
T3......................................................................................................... 81
Gráfico 9 Média de A -PF nos tempos T1, T2 e
T3........................................................................................................ 82
Gráfico 10 Média de ENA-Nperp nos tempos T1, T2 e
T3........................................................................................................ 83
Gráfico 11 Média de A -Nperp nos tempos T1, T2 e
T3........................................................................................................ 84
Gráfico 12 Média da Sf1/- Nperp nos tempos T1, T2 e
T3........................................................................................................ 85
XXIV
Gráfico 13 Média da Is-Nperp nos tempos T1, T2 e
T3........................................................................................................ 86
Gráfico 14 Média da Ii-Nperp nos tempos T1, T2 e
T3....................................................................................................... 87
Gráfico 15 Média de B-Nperp nos tempos T1, T2 e
T3........................................................................................................ 88
Gráfico 16 Média de Pog-Nperp nos tempos T1, T2 e
T3....................................................................................................... 89
Gráfico 17 Média de Me-Nperp nos tempos T1, T2 e
T3....................................................................................................... 90
Gráfico 18 Média de Pn-Nperp nos tempos T1, T2 e
T3....................................................................................................... 91
Gráfico 19 Média de Prn-Nperp nos tempos T1, T2 e
T3...................................................................................................... 92
Gráfico 20 Média de Sn-Nperp nos tempos T1, T2 e
T3...................................................................................................... 92
Gráfico 21 Média de Ls-Nperp nos tempos T1, T2 e
T3...................................................................................................... 93
Gráfico 22 Média de Stm-Nperp nos tempos T1, T2 e
T3........................................................................................................ 94
Gráfico 23 Média de Li-Nperp nos tempos T1, T2 e
T3........................................................................................................ 95
Gráfico 24 Média de Pog’-Nperp nos tempos T1, T2 e
T3........................................................................................................ 96
Gráfico 25 Média do ANL nos tempos T1, T2 e
T3........................................................................................................ 97
XXV
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
• ERM Expansão Rápida da Maxila
• ERMAC Expansão Rápida da Maxila Assistida Cirurgicamente
• T1 Fase inicial pré–expansão
• T2 Fase após o procedimento da ERMAC (imediatamente
após o travamento do parafuso)
• T3 Fase após 3 meses de contenção com o próprio aparelho
disjuntor
• UMESP Universidade Metodista de São Paulo
• o Grau
• mm milímetro
• Kvp kilovoltagem
• mA miliamperagem
Introdução
Introdução
2
11.. IINNTTRROODDUUÇÇÃÃOO
A valorização da estética na sociedade moderna aumentou o interesse do
paciente adulto pelo tratamento ortodôntico. Tornou-se comum, que pacientes
adultos procurarem o ortodontista para a correção das má-oclusões nas quais o
componente esquelético encontra-se presente. Neste contexto, a expansão rápida
da maxila assistida cirurgicamente vem auxiliar na correção das deficiências de
crescimento transversal da maxila.
O procedimento para a correção da atresia maxilar é a expansão rápida da
maxila (ERM). Essa terapia teve seu início a partir do século XIX com ANGELL4,
em 1860, que descreveu um dispositivo com parafuso posicionado
transversalmente à abóbada palatina, fixado aos dentes, observando que após
duas semanas de ativação do parafuso, apresentava-se um diastema entre os
dois incisivos centrais superiores, denotando a separação dos ossos da maxila.
Embora muito difundida no século passado e início deste, a ERM foi muito
questionada por médicos otorrinolaringologistas e por ortodontistas americanos, o
que levou ao abandono deste procedimento por um determinado período. O
contrário aconteceu na Europa, onde BABCOCK7, KREBS58 e KORKAUS59 dentre
outros, pesquisaram a sua influência sobre as estruturas craniofaciais e sua
eficácia como procedimento ortopédico auxiliar na correção das anomalias dento-
esqueléticas.
A partir de 1960, HAAS45 pesquisou esta técnica em animais experimentais
e os resultados obtidos foram satisfatórios, passando a utilizar esta terapia em
seus pacientes. Por meio de um aparelho disjuntor eram liberadas forças sobre os
dentes de ancoragem, as quais promoviam alterações esqueléticas e dento-
Introdução
3
alveolares, ocorrendo à abertura da sutura palatina, resultando em um diastema
nos incisivos superiores. Posteriormente, vários outros estudos foram realizados e
publicados na literatura sobre os efeitos da expansão rápida da maxila no
complexo craniofacial, observando as alterações dento-esqueléticas nos sentidos
transversal, vertical e sagital, vistas pelas radiografias em norma frontal e lateral.
As dificuldades para se conseguir a abertura da sutura palatina aumentam
com a idade, devido à obliteração progressiva das suturas craniofaciais, onde se
observa uma maior resistência esquelética no nível das suturas maxilo-frontal e
maxilo-zigomática17,63. Nos pacientes adultos, devido a essa maior resistência
esquelética, há necessidade de uma intervenção cirúrgica para eliminar essas
áreas de resistência, que juntamente com o aparelho disjuntor, promove a
abertura da sutura palatina mediana para correção da mordida cruzada posterior
decorrente da atresia maxilar. Se não for utilizado o recurso da cirurgia, o
paciente apresentará dor intensa, inclinação dentária e retração gengival, além de
um provável insucesso do tratamento28.
Há artigos na literatura que analisaram a ERMAC em telerradiografias em
norma lateral, como os de CHUNG et al. 33 e MASSULO67. Porém maior
discussão sobre os efeitos constatados pelas medidas cefalométricas, tanto no
sentido sagital e vertical, assim como, nos tecidos moles são necessários, para
auxiliar o profissional no diagnóstico e planejamento ortodôntico-cirúrgico das
deformidades que envolvam a atresia maxilar.
Revisão de Literatura
Revisão de Literatura
5
22.. RREEVVIISSÃÃOO DDEE LLIITTEERRAATTUURRAA
Devido as divergências entre a época de atuação, os procedimentos, as
técnicas, efeitos da ERM e análises cefalométricas, optou-se por realizar a revisão
da literatura em 3 tópicos:
2.1. Análises Cefalométricas
2.2. Expansão rápida da maxila sem assistência cirúrgica
2.3. Expansão rápida da maxila assistida cirurgicamente
2.1. ANÁLISES CEFALOMÉTRICAS
A cefalometria radiográfica surgiu e se desenvolveu a partir da utilização do
cefalostato em radiografias odontológicas, sendo esse fato histórico creditado a
BROADBENT22, nos Estados Unidos em 1931 e HOFRATH51 também em 1931 na
Alemanha.
STEINER86, em 1953, criou uma análise cefalométrica simples, de uso clínico
muito utilizado, com a combinação das medidas utilizadas por diversos autores.
Esse método deve ser usado com limitações, para análise, diagnóstico e orientação
de tratamento ortodôntico-cirúrgico das deformidades dentofaciais.
Revisão de Literatura
6
Em 1958, BURSTONE24 objetivando estudar o perfil tegumentar, elaborou
uma análise para os tecidos moles da face utilizando telerradiografias laterais de
uma amostra composta por adultos jovens (15 do sexo masculino e 25 do sexo
feminino), leucodermas, com excelente perfil facial. Empregou medidas angulares e
estabeleceu padrões médios e desvios-padrão aceitáveis para cada região do perfil.
O autor sugeriu a utilização desta análise como auxiliar no planejamento ortodôntico,
na avaliação das desarmonias faciais e das alterações decorrentes do tratamento e
do crescimento. Comentou ainda, que na avaliação do perfil devem ser levados em
conta fatores individuais e étnicos, bem como as alterações que ocorrem com a
idade.
BURSTONE25, em 1959, afirmou que a variação na cobertura de tecidos
moles da face pode ser um importante fator na análise dos casos ortodônticos, pois
influencia a forma e a estética facial, o equilíbrio da musculatura peribucal e,
portanto, a estabilidade do segmento dental anterior. Neste trabalho, preocupou-se
em realizar medidas diretas dos tecidos moles e verificar as diferenças no contorno
do perfil tegumentar relacionadas ao sexo e ao desenvolvimento. Os resultados
mostraram diferenças entre os sexos na espessura dos tecidos moles e alterações
no perfil tegumentar durante o crescimento e desenvolvimento, com uma tendência
de achatamento da face com a idade. Devido à variação da espessura dos tecidos
que recobrem os ossos da face nem sempre existe uma relação direta entre os
tecidos moles e duros. Portanto, o tratamento ortodôntico, baseado apenas em
padrões dentoesqueléticos, sem conhecimento do perfil tegumentar, pode resultar
em desarmonia facial.
STEINER87, em 1959, descreveu uma análise cefalométrica com o intuito de
facilitar o diagnóstico e o planejamento em ortodontia. O autor realizou modificações
em algumas medidas das análises de Dows, Wylie, Riedel, adaptando-as à sua
análise cefalométrica. Segundo o autor, o objetivo principal da sua análise era
encontrar a relação entre maxila e mandíbula e a base do crânio, assim como dos
dentes com suas bases ósseas, e a partir de suas constatações descreveu as
análises esquelética, dentária e estética.
Revisão de Literatura
7
Em 1978, BURSTONE et al.26 criaram uma análise cefalométrica
especialmente para cirurgia ortognática, utilizando pontos cefalométricos e medidas
que podem ser alternadas pelos vários procedimentos cirúrgicos. As medidas são
lineares, podendo ser provavelmente aplicadas em traçados preditivos, montagens
de modelos de estudo utilizados no plano de tratamento e também como base para
avaliação pós -cirúrgica.
LEGAN; BURSTONE60, em 1980, desenvolveram uma análise cefalométrica
de tecidos moles para cirurgia ortognática a fim de complementar a análise
dentoesquelética criada previamente por BURSTONE et al. 26. A amostra constituiu-
se de 40 adultos, leucodermas, 20 do sexo masculino e 20 do sexo feminino, com
idades entre 20 e 30 anos, oclusão de Classe I, sem história de tratamento
ortodôntico anterior e com proporções verticais dentro dos limites considerados
normais. A análise apresenta 6 medidas para avaliar a forma facial e 7 medidas para
a forma e postura labial. Comentaram que as variações encontradas nos tecidos
moles da face podem produzir conclusões enganosas se o diagnóstico e o plano de
tratamento forem baseados apenas em medidas dentoesquéleticas e que o
tratamento usando padrões cefalométricos de tecidos duros pode não levar a
desejada melhora na estética facial. Desta forma, uma análise de tecidos moles é de
fundamental importância no planejamento do tratamento.
LO; HUNTER64, em 1982, avaliaram as mudanças no ângulo nasolabial em
um estudo com 50 indivíduos tratados e 43 indivíduos não tratados, portadores de
má oclusão Classe II, divisão 1. Observaram que: não houve nenhuma mudança
significante no ângulo nasolabial devido o crescimento, porém quanto maior a
retração dos incisivos superiores, maior é o aumento no ângulo nasolabial. O
aumento no ângulo nasolabial mostrou uma correlação significante com a dimensão
vertical da face inferior. Os tecidos moles acompanharam as estruturas esqueléticas.
Em 1984, MCNAMARA JR.70 apresentou um método de avaliação
cefalométrica com a finalidade de não somente posicionar o dente no osso, mas
também relacionar os elementos dos maxilares e estruturas da base do crânio umas
com as outras. Analisou cefalogramas laterais de 3 grupos distintos: a) crianças nos
padrões de Bolton; b)crianças “normais” do Orthodontic Reaserch Center; c) amostra
Revisão de Literatura
8
An Arbor compreendida de 111 adultos/ jovens com oclusão Classe I e excelente
configuração facial. O autor relacionou a maxila com a base do crânio por meio da
linha Násio-perpendicular que parte do ponto Násio sendo perpendicular ao plano de
Frankfurt onde mediu a distância do ponto A a mesma. Fez também a relação da
maxila com a mandíbula, da mandíbula com a base do crânio por meio da distância
do Pog à linha Násio-perpendicular e relacionou os incisivos centrais superiores e
inferiores com a maxila e mandíbula respectivamente.
Em 1987, TALASS; TOLLAAE; BAKER89, objetivando melhorar a habilidade
do clínico para predizer as mudanças dos tecidos moles causada pela retração dos
incisivos superiores, quantificando e identificando os fatores mais significantes por
essas mudanças. Foram utilizadas uma amostra de 80 pacientes do sexo feminino
Classe II, divisão 1 que foram tratadas e 53 indivíduos também do sexo feminino que
não foram tratados. Após a análise estatística concluiu-se que: 1. Em geral, o
crescimento não influenciou no perfil dos tecidos moles; 2. As três mudanças
clínicas significantes foram: a retração do lábio superior, aumento do comprimento
do lábio inferior e o aumento do ângulo nasolabial; 3. As mudanças no lábio inferior
em resposta ao tratamento ortodôntico foram mais previsíveis, que as mudanças do
lábio superior. A baixa previsibilidade da resposta do lábio superior no tratamento
ortodôntico pode ser devido a anatomia complexa e/ ou dinâmica do lábio superior.
DROBOCKY; SMITH37, em 1989, estudaram as mudanças no perfil facial
durante o tratamento ortodôntico com extração de 4 primeiros pré-molares. Foram
utilizados pacientes dos arquivos tratados por Charles H. Tweed (Fundação Tweed)
e pacientes tratados com a técnica de Begg (grupo Kesling-Rocke). A mudança
observada foi aumento de 5,2º no ângulo nasolabial com a retração dos incisivos. Na
comparação entre os grupos, os pacientes tratados por Tweed, geralmente exibiram
uma maior retração dos incisivos inferiores.
Em 2000, TRAJANO et al. 91 realizaram um estudo comparativo entre os
métodos de análise cefalométrica manual e computadorizado. O programa utilizado
na análise cefalométrica computadorizada foi o Radiocef, versão 2.0. A amostra
constituiu-se de 40 telerradiografias cefalométricas de indivíduos, independente de
sexo ou idade, pois o objetivo não foi observar o dimorfismo sexual ou decorrente do
Revisão de Literatura
9
crescimento ou tratamento ortodôntico. Concluíram que: não ocorreram diferenças
significantes entre os dois métodos, a exceção dos fatores que envolveram os
incisivos superiores, no entanto foram mínimas e não interferiram clinicamente no
diagnóstico e plano de tratamento.
VASCONCELOS92, em 2000, avaliou comparativamente o programa de
traçado cefalométrico Radiocef 2.0 com o programa Dentofacial Planner 7.02 com o
traçado manual. Para este estudo utilizou 50 telerradiografias laterais pertencentes
ao acervo do curso de pós-graduação em Ortodontia da Faculdade de Odontologia
de Bauru, da Universidade de São Paulo, de pacientes do sexo masculino e
feminino, na faixa etária de 11 a 24 anos. A autora concluiu que: 1) o programa de
traçado cefalométrico Radiocef 2.0 pode ser confiavelmente utilizado como recurso
auxiliar no diagnóstico, plano de tratamento, acompanhamento e avaliação de
tratamentos ortodônticos, nos âmbitos clínico e/ou de pesquisa; e 2) este programa
também pode ser confiavelmente utilizado para efetuar medições a partir da
digitalização dos traçados, além da forma proposta pelo fabricante.
VIGORITO93, em 2000, propôs um método cefalométrico preditivo para
cirurgia ortognática, utilizando um traçado básico e quatro traçados de
sobreposições (maxila, mandíbula, lábio superior e lábio inferior com mento). A
manipulação desses traçados foi executada com base em outras três análises
cefalométricas: análise geral craniofacial, análise dento-esquelético-facial e análise
do perfil dos tecidos moles da face. O método contribuiu para um bom diagnóstico e
planejamento ortodôntico-cirúrgico da face, em casos de má-oclusão dentária
associada a desvios de crescimento facial, bem como para o trabalho integrado
entre o ortodontista e o cirurgião.
GOLDENBERG43, em 2003, avaliou cefalométricamente as alterações
dentoesquelética e dos tecidos moles faciais em pacientes submetidos a recuo
mandibular isolado, observando-se as correlações entre as variações das estruturas
dento-esqueléticas e de tecidos moles. A amostra foi composta por 16 pacientes
com má-oclusão de Classe III, de ambos os sexos, com idade média de 21,9 anos.
A avaliação do comportamento das estruturas de tecido duro e mole foi realizada a
partir das comparações dos traçados cefalométricos nos períodos pré-operatório,
Revisão de Literatura
10
preditivo e pós-operatório (imediato, após 3 e 6 meses). A partir da análise e
discussão dos resultados, concluiu-se que as estruturas dento-esqueléticas
mandibulares avaliadas sofreram um deslocamento com significado estatístico no
sentido póstero-superior. Os tecidos moles apresentaram o mesmo comportamento
dos tecidos duros. Foram verificadas correlações positivas entre tecidos duros e
moles sendo as mais significantes: incisivo inferior com lábio inferior, pogônio ósseo
com pogônio mole e mento ósseo com mento mole. Em relação ao Traçado
Preditivo de VIGORITO93, pôde-se concluir que o procedimento operatório alcançou
a meta de tratamento por ele proposta.
2.2. EXPANSÃO RÁPIDA DA MAXILA SEM ASSISTÊNCIA CIRÚRGICA
Realizando um estudo experimental em animais, HAAS45 em 1961, utilizou 8
suínos Duroc-Poland-China, sendo 6 experimentais e 2 controles. Neste estudo
foram analisados modelos de gesso e radiografias cefalométricas realizadas antes,
durante e ao final da expansão. Injeções de alizarina foram aplicadas após as
ativações dos parafusos, em intervalos de 4, 14 e 30 dias. Devido aos resultados
favoráveis, o mesmo estudo foi realizado em humanos e para tanto foram
selecionados 10 pacientes com idades entre 9 e 18 anos. Os resultados encontrados
nos traçados cefalométricos foram: deslocamento para anterior em todos os casos e
para baixo, em metade deles, o que ocasionou aumento nos ângulos de
convexidade facial e SNA.
HAAS46, em 1965, relatou que casos que normalmente seriam considerados
entre os mais difíceis se tornariam problemas relativamente de rotina após a
expansão rápida da maxila (ERM). Entre eles estão os casos de Classe III não
cirúrgicos, atresia maxilar real ou relativa, estenose nasal com respiração bucal
característica, pacientes adultos com fenda palatina e casos com mordida cruzada
posterior uni ou bilateral severas. Observou que este procedimento permite
posicionar harmoniosamente os dentes superiores e inferiores e que para obter
Revisão de Literatura
11
todos os benefícios desta técnica, deve-se realizar a sobrecorreção do segmento
posterior. Descreveu três casos clínicos e fez observações em mais de oitenta
pacientes submetidos à disjunção rápida da maxila, concluindo que:
• Com a abertura da sutura palatina mediana observou-se um diastema
entre os incisivos centrais superiores. Este diastema foi temporário e se fechou em
poucas semanas pela ação das fibras transseptais;
• A separação da sutura foi em forma triangular no sentido ínfero-
superior, com o vértice voltado para a cavidade nasal e com a maior abertura na
região ântero-posterior;
• Aumento na capacidade nasal interna, facilitando a respiração;
• Os traçados cefalométricos mostraram que a maxila se moveu para
frente e para baixo, talvez devido à disposição das suturas e sua anatomia,
causando um aumento no ângulo do plano oclusal e do plano mandibular. A
mandíbula deslocou-se para trás, bem como foi abaixada anteriormente, sendo este
movimento temporário.
BIEDERMAN16, em 1968, apresentou um aparelho considerado por ele
“mais higiênico”. Este aparelho era dentossuportado, ou seja, apoiado nas bandas
nos 1os pré-molares e 1os molares. Descreveu uma seqüência de técnicas de
confecção, instalação e ativação.
Em 1969, DAVIS; KRONMAN36, realizaram um estudo em 26 crianças norte-
americanas, submetidas à ERM, por meio de telerradiografias em norma lateral,
frontal e modelos de gesso, pré-expansão e pós-contenção (3 a 6 meses), com o
próprio expansor. Notou-se que a disjunção da sutura palatina mediana provocou
um deslocamento anterior do ponto A, com exceção de 4 casos que utilizaram
ancoragem extra bucal ao final da expansão; o ângulo SN-PP aumentou na metade
dos casos, em decorrência do abaixamento do ponto A; o ângulo do plano
mandibular na maioria dos casos aumentou, resultando na abertura da mordida,
porém houve também diminuição e constância neste ângulo; não modificou medidas
transversais da face em nível dos côndilos, dos ossos zigomáticos e das órbitas;
aumentou as larguras do arco superior, e em menor proporção as do arco inferior e
manteve constante a altura da abóbada palatina.
Revisão de Literatura
12
Ressaltando as alterações decorrentes da ERM, já citadas em artigo anterior,
HAAS47, em 1970, citou os casos que mais estariam indicados para este
procedimento: casos cirúrgicos e não cirúrgicos de Classe III, casos de deficiência
maxilar relativa ou real, casos de inadequada capacidade nasal com problemas
respiratórios nasais crônicos, pacientes palato-fissurados adultos, e casos com
problemas de espaço no arco superior, na tentativa de se evitar extrações dentárias.
O autor demonstrou a necessidade de uma ancoragem máxima
(dentomucossuportada) para se obter um maior movimento ortopédico durante a
expansão e sempre fazer uma sobrecorreção do segmento posterior, para um bom
relacionamento das bases ósseas e também para a estabilidade do tratamento.
Analisando os efeitos da expansão sobre os ossos da face com um método
tridimensional, HEFLIN50, em 1970, utilizou uma amostra de 54 pacientes, onde
foram realizadas as telerradiografias em norma lateral, pré e pós-expansão e após
um ano do início do estudo. Os pacientes foram divididos em três grupos: 1) grupo
com má oclusão tratada, 2) grupo com má oclusão não tratada e 3) grupo com
oclusão normal. Obteve os seguintes resultados: a ERM não afetou
significantemente a base do crânio; nenhuma alteração ântero-posterior especial das
estruturas médias faciais ocorreu, contudo, foi notado um movimento temporário de
cada um dos segmentos maxilares para fora da linha média; a mandíbula
apresentou um movimento de rotação significante para baixo e para trás, durante a
expansão, com o eixo de rotação localizado no gônio; os primeiros molares
superiores apresentaram um deslocamento inferior temporário, sem alterações
significantes no sentido ântero-posterior; e a dimensão vertical apresentou um
aumento significante com a expansão.
Com o intuito de investigar as alterações esqueléticas e dentais decorrentes
da ERM, WERTZ94, em 1970, utilizou telerradiografias em norma frontal e lateral,
radiografias oclusais, fotografias intra-bucais e modelos de gesso. A amostra
consistiu de 60 pacientes, 37 do sexo feminino com idades variando entre 7 e 29
anos e 23 do sexo masculino, com idades entre 8 e 14 anos. Observou-se que:
• Não há diferenças relacionadas ao sexo, porém nos pacientes mais
velhos, as respostas esqueléticas apresentaram-se com menor magnitude;
Revisão de Literatura
13
• Nas telerradiografias laterais: deslocamento da maxila para baixo em
todos os casos e para frente apenas em casos isolados; movimento lingual dos
incisivos superiores; deslocamento mandibular no sentido horário, acompanhando o
deslocamento maxilar, com normalização da posição após o período de contenção;
BYRUM JR.27, em 1971, avaliou as alterações dentárias e esqueléticas
verticais e ântero-posteriores em pacientes submetidos à ERM. A amostra constituiu-
se de 30 pacientes, do sexo masculino e feminino, que apresentavam Classes I, II, e
III, com idade variando entre 8 e 14 anos. As telerradiografias em norma lateral
foram obtidas nas fases pré-tratamento e pós-contenção. Os resultados foram: a
maxila movimentou-se para baixo, houve uma pequena extrusão dos 1os molares
superiores, rotação da mandíbula no sentido horário para baixo e para trás,
aumentando o ângulo do plano mandibular e conseqüente abertura da mordida e um
aumento nas alturas faciais ântero-superior e inferior.
GARDNER; KRONMAN40, em 1971, realizaram um estudo experimental, para
investigar as alterações que a ERM proporcionava nas estruturas craniofaciais.
Utilizaram 6 Macacus rhesus fêmeas , sendo 3 do grupo controle e 3 experimentais,
tratados com um aparelho fixo dentossuportado de expansão rápida palatina. Após
uma semana da cimentação dos aparelhos, iniciaram-se as ativações, que foram
realizadas a cada três dias, durante um período de um ou até a obtenção de uma
mordida cruzada inversa. Terminada a fase ativa, injetou-se intramuscularmente
10mg/kg de oxitetraciclina em todos os animais. Após 7 dias, os animais foram
sacrificados, tendo seus crânios limpos e preparados para a análise com a luz
natural e ultravioleta. Os autores observaram que: todas as suturas do palato, pré-
maxila e maxila apresentaram áreas sem absorção de oxitetraciclina, porém
aparentemente estas suturas apresentaram alterações; houve abertura da sutura
palatina mediana; as suturas lambdóide, parietal e sagital mediana do crânio
demonstraram grande desorganização, chegando a deslocamentos de até 1,5mm;
abertura da sincondrose esfenoccipital (0,5 a 1 mm), o que pôde explicar o
deslocamento da maxila para baixo e para frente, em decorrência da ERM, citado
por outros autores. A fluorescência de oxitetraciclina demonstrou o estímulo de
crescimento ou a remodelação nos ossos próximos à sutura palatina mediana.
Revisão de Literatura
14
Realizando um estudo cefalométrico comparativo das alterações esqueléticas
pré e pós-tratamento de 30 pacientes submetidos à ERM, WHITE96 em 1972,
observou que não ocorreu alterações significantes nas relações da maxila,
mandíbula, plano palatino, plano oclusal e plano mandibular com a linha SN. Porém
a mandíbula mostrou um leve deslocamento para baixo e para trás devido às
alterações ocorridas na oclusão.
No ano de 1973, BIEDERMAN; CHEN17 comentaram que a má oclusão de
Classe III verdadeira pode ser devido a uma deficiência da maxila ou prognatismo da
mandíbula ou devido a uma associação. Descreveram os procedimentos realizados
em 2 irmãos, Classe III e tratados com ERM por meio de um aparelho
dentomucossuportado. Observaram que além da correção da mordida cruzada
posterior, o deslocamento da maxila para frente e para baixo, auxiliou na correção
da mordida cruzada anterior. Os autores ainda observaram que as suturas mais
envolvidas em ordem decrescente são: palatina mediana, frontonasal, zigomático
maxilar e zigomaticotemporal
Segundo HAAS48, em 1973, a mordida cruzada dentária e esquelética pode
ser corrigida pela disjunção palatina, no período de 2 a 3 semanas. O autor
apresentou 3 casos de Classe III tratados e ressaltou que o bom relacionamento das
bases apicais superior e inferior poderia ser obtido com a ERM, pois a maxila é
deslocada para frente, enquanto a mandíbula gira no sentido horário, resultando em
um aumento da profundidade maxilar e redução do comprimento efetivo da
mandíbula.
Avaliando por meio de radiografias cefalométricas em norma frontal e lateral,
os efeitos produzidos pela disjunção rápida da sutura palatina mediana, WERTZ;
DRESKIN95, em 1977, utilizaram uma amostra de 56 pacientes, sendo 32 do sexo
feminino e 24 do masculino, com idades variando entre 8 e 29 anos. Os resultados
encontrados de maior significância para este estudo foram: a maxila deslocou-se
para baixo e moveu-se em vários graus, levemente para trás e algumas vezes,
significantemente para frente durante a abertura da sutura palatina mediana e nos
pacientes jovens, a rotação mandibular no sentido horário permaneceu inferior a 1º .
Revisão de Literatura
15
Em 1987, BISHARA; STALEY18 após uma revisão da literatura sobre as
implicações clínicas da expansão rápida da maxila, comentaram sobre as
indicações, contra-indicações, tipos de aparelhos, alterações dentoesqueléticas
decorrentes da ERM, influencia da idade neste procedimento, a quantidade de
ativação e de força aplicada e conseqüentemente a presença de forças residuais,
métodos de contenção, recidiva, finalizando o artigo com 12 conselhos clínicos para
o paciente submetidos à ERM.
SARVER; JOHNSTON79, em 1989, realizaram uma pesquisa para determinar
se o deslocamento anterior e inferior da maxila, quando feito com um aparelho de
expansão rápida palatina bandado, seria muito diferente de um aparelho de
expansão rápida palatina com plano de mordida posterior colado nos dentes. A
amostra constituiu de 20 pacientes que utilizaram o expansor com cobertura de
acrílico colado aos dentes superiores e 60 pacientes tratados com o expansor tipo
Haas, da amostra de WERTZ. A ativação foi realizada duas vezes por dia e o
período de contenção foi de aproximadamente 3 meses. Utilizaram radiografias em
norma lateral obtida antes do tratamento e outra após a remoção dos aparelhos
expansores. Observaram as seguintes características nos pacientes que utilizavam
o aparelho colado: o deslocamento ântero-inferior da maxila pode ser anulado ou
diminuído com este aparelho, limitou as alterações na dimensão vertical, produzindo
forças intrusivas em ambos os arcos, leve movimento superior da porção posterior
do plano palatino, movimento para baixo e para trás da porção anterior da maxila e
ocorrência de um movimento inferior e posterior dos incisivos centrais superiores,
devido ao movimento posterior da maxila. Os autores então sugeriram este tipo de
aparelho no tratamento de pacientes com ângulo do plano mandibular obtuso, face
longa, tendência à mordida aberta anterior, uma vez que o deslocamento inferior da
maxila é desfavorável nos pacientes com crescimento vertical. Além disto, este
aparelho pode ser indicado para pacientes Classe II que necessitam da ERM, uma
vez que o deslocamento da maxila para frente apresentou-se em menor magnitude.
Avaliando por meio de telerradiografias em norma lateral, as alterações
dentofaciais decorrentes da disjunção da sutura palatina mediana, realizada com o
disjuntor de Haas e de Faltin Jr., BARROS9, em 1991, utilizou uma amostra de 16
pacientes, divididos em dois grupos, de acordo com o disjuntor utilizado. Um grupo
Revisão de Literatura
16
de 8 pacientes utilizou disjuntor fixo bandado, preconizado por Haas e o outro grupo
também com 8 pacientes, usou disjuntor colado nos dentes posteriores, proposto por
Faltin Jr. As telerradiografias foram feitas antes e após a expansão rápida da maxila.
Nos pacientes que usaram o aparelho de Haas observaram-se as seguintes
alterações: aumento da profundidade maxilar, diminuição do eixo facial, aumento do
plano palatino em relação ao plano de Frankfurt e tendência de diminuição
significativa da profundidade facial. Em relação ao grupo de pacientes que utilizou o
disjuntor preconizado por Faltin Jr., não foram encontradas modificações
estatisticamente significantes, o que indica a utilização desse aparelho para
pacientes dolicofaciais. Clinicamente, foram observadas alterações consideráveis
devidas ao uso de ambos os disjuntores.
Investigando sobre as alterações esqueléticas induzidas pelos procedimentos
de ERM em 30 pacientes, com idades entre 5 anos e 10 anos e 11 meses, tratados
com aparelho do tipo Haas, SILVA FILHO et al.82, em 1991, utilizaram
telerradiografias em norma lateral obtidas antes e imediatamente após a fase ativa
de expansão. Com base na interpretação das alterações cefalométricas, os autores
concluíram que: a maxila não mostrou qualquer alteração estatisticamente
significante na posição ântero-posterior (SNA), a maxila sempre deslocou para baixo
exibindo uma rotação para baixo e para trás no plano palatino, os molares
superiores de ancoragem seguiram o deslocamento maxilar para baixo, a altura
facial aumentou como conseqüência de um efeito direto do deslocamento vertical da
maxila e dos molares superiores, a subseqüente rotação mandibular aumentou a
inclinação do plano mandibular e reposicionou o ponto B mais posteriormente.
Em 1994, BOZOLA20, em sua dissertação de mestrado intitulada Disjunção
Rápida da Sutura Palatina Mediana e sua influência sobre os ossos da face, reuniu
uma série de características e analisou as primeiras investigações existentes nesta
área. O autor concluiu que entre elas, as mais significantes para o presente estudo
são: inclinação lateral do processo alveolar com inclinação vestibular dos dentes
posteriores superiores, e durante a separação da sutura palatina mediana, a maxila
se movimenta para frente e para baixo, sendo este movimento seguido por rotação
da mandíbula para baixo, aumentando a altura do terço inferior da face.
Revisão de Literatura
17
SILVA FILHO et al.83, em 1994, avaliaram os resultados cefalométricos
obtidos com a expansão rápida da maxila na dentadura permanente, de 20
pacientes com deficiência transversal da maxila, na faixa etária de 12 a 33 anos. As
radiografias obtidas em norma lateral foram realizadas inicialmente ao tratamento,
pré-expansão, e outra após a fase ativa da expansão. Concluiu que a ERM: não
induziu o deslocamento da maxila na direção ântero-posterior; provocou o
abaixamento da maxila, com conseqüente aumento das alturas faciais totais, ântero-
superior e ântero –inferior, enquanto a inclinação do plano palatino em relação a
base do crânio e a altura facial posterior mantiveram-se constantes; ocasionou uma
rotação horária da mandíbula, com aumento dos ângulos SN.GoGn e SNGn;
provocou aumento da convexidade facial, com aumento dos ângulos ANB e NAP e
induziu um deslocamento vertical dos molares juntamente com a maxila.
Segundo MAJOURAU; NANDA65, em 1994, as forças transversais liberadas
durante a ERM causam efeitos colaterais, como o deslocamento inferior da maxila, a
extrusão e a vestibularização dos dentes de ancoragem e a conseqüente rotação
horária da mandíbula, principalmente nos pacientes com tendências a mordida
aberta esquelética, altura facial aumentada e convexidade facial acentuada. Os
autores indicam a utilização de uma mentoneira com tração alta durante a expansão
e por mais 7 a 10 semanas após o término deste procedimento, com força de 250g
de cada lado, se possível 12 a 16h/dia. Isto evitaria os efeitos indesejáveis, além de
manter e controlar a dimensão vertical.
Observando as alterações esqueléticas ântero-posteriores, transversais e
verticais decorrentes da ERM, em 1996, TEIXEIRA; SILVEIRA; DO VALE90,
puderam concluir que:
• A expansão rápida da maxila corrige a deficiência maxilar por meio da
disjunção dos processos palatinos no plano horizontal;
• O deslocamento anterior da maxila com mudança no SNA não deve ser
esperado;
• A maxila desloca-se sempre para baixo, induzindo uma rotação no
plano palatino para baixo e para trás;
• Os molares acompanham o deslocamento da maxila para baixo;
Revisão de Literatura
18
• O aumento da altura facial é diretamente proporcional ao deslocamento
vertical dos molares superiores de ancoragem;
• A mandíbula sempre desloca para baixo e para trás, aumentando a
dimensão vertical no terço inferior da face;
• A abertura da sutura visando apenas à melhoria da respiração não
deve ser realizada.
No mesmo ano, CAPELOZZA FILHO et al.29 investigaram o efeito da ERM
não cirúrgica em pacientes diagnosticados com deficiência transversal maxilar real
ou relativa. Utilizaram mulheres com mais de 15 anos e homens com mais de 17
anos de idade. Os autores relataram que com 10 anos de experiência clínica com
ERM não cirúrgica em pacientes adultos, produziram os seguintes resultados: o
tratamento foi considerado um sucesso em um número significante de pacientes;
havia complicações variando de leve (dor) a severa (dor, edema e lesões palatinas)
que eram controladas com analgésicos, drogas antiinflamatórias, e desgastes na
resina acrílica, quando necessário; a expansão no nível da base apical era pequena,
então os pacientes não podem apresentar severas discrepâncias na largura maxilar;
existe um forte componente de inclinação vestibular dos dentes, com isto pacientes
com condições periodontais comprometidas não devem ser consideradas para este
procedimento.
Com o objetivo de comparar os efeitos induzidos pelo procedimento da
disjunção rápida da sutura palatina, com expansor bandado (Hyrax) e com o colado
(cobertura de acrílico), ASANZA et al.6 em 1997, analisaram as telerradiografias em
norma lateral de 14 pacientes do sexo masculino e feminino, com idade variando
entre 8 a 16 anos. Estas radiografias foram obtidas no início do tratamento e no final
da contenção. Os autores observaram que: no grupo colado teve um deslocamento
inferior da espinha nasal posterior e deslocamento anterior da maxila menor que
quando comparados com o grupo que utilizou o aparelho do tipo Hyrax, houve um
aumento significante na altura facial anterior inferior, também com o grupo do
aparelho de Hyrax. As inclinações linguais dos incisivos superiores foram
semelhantes. Os resultados sugerem que o aumento na dimensão vertical (AFAI),
visto constantemente com Hyrax, pode ser minimizado ou eliminado com expansor
colado.
Revisão de Literatura
19
Discorrendo sobre as considerações gerais e as aplicações clínicas da ERM,
CAPELOZZA FILHO; SILVA FILHO30, em 1997, salientaram a importância do correto
diagnóstico e do tratamento precoce. Diferenciaram os principais efeitos ortopédicos
e ortodônticos e as alterações analisadas nas telerradiografias frontal e lateral.
Contestaram o avanço da maxila como resultado da ERM, como relatam os autores,
porém observaram um abaixamento da maxila e dos molares de ancoragem,
ocasionando uma rotação para baixo e para trás da mandíbula. Concordando com a
literatura pertinente, a mandíbula ao girar no sentido horário, induz alterações
cefalométricas como: aumento do ângulo do plano mandibular e do eixo “y” de
crescimento, bem como da altura facial ântero-inferior. A tênue mudança imediata
que se constata no aumento do trespasse horizontal e dos ângulos do perfil facial
(NAP e ANB) também é atribuída à alteração espacial da mandíbula. Estas
alterações foram desfavoráveis para pacientes com tendência de crescimento
vertical. Na telerradiografia frontal observaram o comportamento dos incisivos
centrais superiores, aumento da cavidade nasal e da largura da maxila. Os autores
comentam ainda que após a fase de crescimento, devido à resistência do esqueleto
facial, a ERM pode ser realizada com o auxílio da cirurgia ortognática.
Em um estudo longitudinal sobre os efeitos esqueléticos associados à
disjunção rápida da sutura palatina mediana, CHANG; MCNAMARA JR;
HERBERG32, em 1997, usaram uma amostra composta por 3 grupos de pacientes:
grupo I (pacientes submetidos à ERM, com aparelho tipo HAAS e ao tratamento
ortodôntico corretivo subseqüente, sem extrações); grupo II (tratados apenas com
ortodontia corretiva) e grupo III (controle). Ao analisarem as telerradiografias em
norma lateral, nas fases de pré-tratamento, pós-tratamento e após um período
médio de 5 anos do final do tratamento, concluíram que: não houve diferença
significante entre os grupos, em 8 variáveis cefalométricas (ângulo do eixo facial,
SNB, ANB, Nperp-P, Nperp-A, plano facial, plano palatino e AFAI), houve uma
diferença estatisticamente significante para SNA entre o grupo que foi submetido a
ERM e o grupo controle, contudo não foi clinicamente significante e com relação ao
plano mandibular foi observada uma diferença estatisticamente significante, entre o
grupo submetido à ERM e o não submetido, mas tratado ortodonticamente.
Revisão de Literatura
20
Em 1999, ALMEIDA; CAPELOZZA FILHO; TRINDADE JR2, realizaram um
estudo cefalométrico prospectivo, para constatar as alterações dentoesquéleticas
provenientes da ERM, utilizando uma amostra de 15 indivíduos, leucodermas, sendo
9 do sexo feminino e 6 masculino, na faixa etária de 11 a 17 anos, com atresia
maxilar, submetidos à ERM e ao tratamento ortodôntico corretivo. As
telerradiografias em norma lateral foram obtidas antes da expansão, imediatamente
após a expansão, após a remoção do aparelho (3 meses de contenção) e um ano
após o início do tratamento. Os autores concluíram que: as alterações introduzidas
pela ERM mostraram-se não significantes estatisticamente, com tendência à
recidiva. De importância clínica, ressalta-se apenas a capacidade da associação
entre o suave deslocamento para baixo da maxila e a discreta extrusão dos
primeiros molares superiores ser capaz de promover pequenas alterações verticais
na face, com conseqüente aumento médio de 2mm na altura facial ântero-inferior.
Para exemplificação, citaram o comportamento mandibular, que apresentou uma
rotação no sentido horário (diminuição do ângulo SNB) devido a uma associação de
fatores, como a sobrecorreção do segmento posterior e a inclinação vestibular dos
dentes de ancoragem e correspondentes processos alveolares. Os ângulos do perfil
facial ANB e NAP apresentaram um aumento, em resposta a esta rotação
mandibular, uma vez que o ponto A (maxila) permaneceu estável no sentido ântero-
posterior. Estas medidas apresentaram uma tendência de retorno aos seus valores
originais ao longo do período de observação.
Em um estudo comparativo, AKKAYA; LORENZON; ÜÇEM1, em 1999,
analisaram as principais alterações verticais e sagitais provocadas pela ERM e pela
ELM, com aparelhos colados aos dentes superiores e com cobertura de acrílico na
região posterior. Os pacientes apresentavam más oclusões de Classe I ou II, com
mordida cruzada posterior bilateral, sendo divididos em dois grupos de 12 indivíduos
cada. O grupo I, com a média de idade de 11 anos ao início do tratamento e
composto por 5 pacientes do sexo feminino e 6 do sexo masculino foram tratados
com a ERM, utilizando-se o parafuso tipo Hyrax e blocos de mordida posteriores
(1mm de espessura). O grupo II com a mesma quantidade de pacientes do grupo I,
com média de idade de 12 anos, foi tratado com o aparelho do tipo Minne-expander
associado a blocos de mordida posteriores, para a ELM. As telerradiografias em
Revisão de Literatura
21
norma lateral foram obtidas no início e no fim da expansão e no fim do período de
contenção (3 meses). Concluíram que:
• Houve um deslocamento anterior da maxila nos dois grupos, avaliado
pelo ângulo SNA, porém esta medida tendeu a retornar aos seus valores iniciais
durante o período de contenção;
• Houve rotação horária da mandíbula, com aumento do ângulo do plano
mandibular e verticalização dos incisivos superiores, observadas apenas no Grupo I;
• Houve aumento do ângulo interincisivos e do trespasse horizontal em
ambos os grupos;
• Houve aumento significante da sobremordida (1,14 mm), durante o
período de contenção, no Grupo I, devido ao retorno da mandíbula a sua posição
original (rotação anti-horária) e pela inclinação lingual dos incisivos superiores e
ausência de diferenças significantes para as mudanças finais entre os grupos.
Investigando sobre o efeito da expansão rápida da maxila em pacientes
adultos, diagnosticados como tendo real ou relativa deficiência maxilar transversal,
CAPELOZZA FILHO et al.31, em 1999, utilizaram uma amostra de 38 pacientes que
foram tratados com aparelho fixo, do tipo Haas. O sucesso da expansão foi julgado
clinicamente pela observação do diastema entre os incisivos centrais e foi obtido em
81,5% dos pacientes, todos com idades abaixo de 28 anos. A morbidade variou de
moderado desconforto a dor significante, edema e lesões no palato, as quais muitas
vezes não comprometeram a expansão. A expansão da maxila basal foi sempre
pequena, estando o procedimento indicado para discrepância transversal maxilar
menor que 4 mm. Houve um forte componente de inclinação vestibular dos dentes
posteriores da maxila, estando contra-indicado para pacientes com problemas
periodontais nestas regiões. Os autores consideram que a ERM sem assistência
cirúrgica pode ser um tratamento de escolha para um número de pacientes
selecionados.
FALTIN JR. et al.39, em 1999, apresentaram um novo expansor rápido da
maxila e compararam com o aparelho fixo do tipo Haas. A amostra empregada
constou 32 telerradiografias em norma lateral, obtidas de 16 pacientes,
leucodermas, do sexo masculino e feminino, na faixa etária de 7anos e 6 meses a
15 anos e 11 meses. Com o aparelho proposto por Faltin Jr. não foram observadas
Revisão de Literatura
22
alterações nas medidas cefalométricas como: ângulo do eixo facial, profundidade
facial e ângulo do plano mandibular, reforçando a indicação deste aparelho para
pacientes neutrovertidos e principalmente retrovertidos. Com o aparelho do tipo
Haas ocorreram alterações como: profundidade maxilar, uma diminuição do ângulo
do eixo facial, um aumento do ângulo do plano palatino em relação ao plano de
Frankfurt, sendo necessário métodos adicionais para minimizar os efeitos
indesejáveis em pacientes com tendência de crescimento vertical e/ou mordida
aberta anterior. Os dois tipos de aparelhos promoveram o aparecimento de um
diastema entre os incisivos centrais superiores, descruzamento do segmento
anterior superior nos casos que possuíam mordida cruzada anterior e aumento na
largura do arco, proporcionando mais espaços para os dentes e aumento da
capacidade respiratória.
KAWAKAMI et al.54, em 1999, comparam os efeitos dentoesqueléticos
produzidos por dois tipos de disjuntores palatinos (Haas e Hyrax), por meio de
análise cefalométrica em norma lateral, utilizando 123 telerradiografias de 41
pacientes, sendo 15 do sexo masculino e 26 do feminino, realizadas no início do
tratamento (pré-expansão), imediatamente após a expansão desejada e três meses
após a contenção com o próprio aparelho expansor fixo. Afirmaram que: com
relação às alterações dentoesquéleticas, imediatamente após a fase de expansão
ativa os dois tipos de aparelhos apresentaram resultados semelhantes, não havendo
deslocamento da maxila para anterior, sem reflexos para o perfil mole, porém com
rotação horária da mandíbula, aumentando a altura facial ântero-inferior. Durante os
3 meses de contenção os valores da maioria das medidas cefalométricas avaliadas
tenderam a retornar aos valores iniciais. Somente as medidas Sperp-A, ANB, NAP,
Sperp – R6 e S perp-C6 apresentaram diferenças estatistiticamente significantes
para os dois tipos de expansores, principalmente durante a contenção.
HANDELMAN et al.49, em 2000, estudaram a eficiência da ERM não cirúrgica,
para determinar a incidência de complicações tal como à recidiva de expansão, dor,
edema tecidual e inclinação dos molares, abertura por rotação da mandíbula e
recessão gengival. A amostra foi dividida em 3 grupos: 1) 47 pacientes adultos que
foram submetidos à ERM não cirúrgica com expansor tipo Haas seguido por terapia
com aparelho edgewise; 2) 47 crianças consecutivamente tratadas na dentição
Revisão de Literatura
23
mista, todos tratados com expansor de Haas, como 1ª fase de tratamento. 3) 52
adutos (controle) que tiveram tratamento ortodôntico edgewise. Concluíram que:
para obter a expansão alveolar, é indicado um aparelho bem ajustado e ativado 1
vez por dia ou preferivelmente a cada 2 dias. Este protocolo reduz a incidência de
dor, inchaço do tecido que ocorre com mais freqüência com ativações maiores com
intuito de se conseguir a separação do palato. O aumento da largura trans arco de
4,5 mm para os 1os molares e 5,5 mm para os 2os pré-molares foi similar ao que foi
encontrado no grupo de expansão de crianças e em todos os casos, a expansão foi
suficiente para corrigir as más oclusões transversais. As correções foram estáveis ao
longo do tempo mesmo depois da interrupção das contenções maxilares. Após a
expansão é permitido ao molar retornar a sua posição vertical; como um resultado,
eles tiveram um mínimo de angulação vestibular de 3º por lado que era consistente
com a inclinação similar das lâminas palatinas. A ERM não pode rotacionar a
mandíbula e nem causar abertura da mordida apesar da presença de indivíduos com
ângulos altos. As mulheres tiveram uma perda maior na inserção vestibular que no
grupo controle adulto, que não foi notada pelas pacientes e nem comprometeu a
saúde da dentição. Os autores ainda consideram que a ERMAC é associada com
alto custo, morbidade e riscos cirúrgicos, tendo a opção não cirúrgica um alto índice
de eficácia e estabilidade.
Com intuito de avaliar longitudinalmente as alterações cefalométricas
produzidas pela ERM, GARIB; HENRIQUES; JANSON41, em 2001, estudaram uma
amostra que constituiu de 228 telerradiografias em norma lateral de 76 pacientes,
divididos em três grupos. Grupo I: 25 pacientes (11 do sexo masculino e 14 do
feminino, com idade média de 13 anos e 6 meses) submetidos a expansão e após
fase de contenção, prosseguiu com aparelhos fixos pela técnica de edgwise
simplificada, o segundo grupo também foi composto por 25 pacientes (11 do sexo
masculino e 14 do feminino, com idade média de 13 anos e 2 meses) usaram
apenas os aparelhos de edgwise simplificado, com extrações em 9 dos 25
pacientes, e o grupo III, 26 pacientes (13 do sexo masculino e 13 do feminino) que
não receberam tratamento ortodôntico pois a oclusão era satisfatória. A longo prazo
a expansão rápida da maxila não apresentou influência sobre a posição ântero-
posterior das bases apicais; não alterou o padrão de crescimento facial e as
dimensões verticais da face; não influiu no posicionamento vertical dos primeiros
Revisão de Literatura
24
molares superiores, na inclinação vestibulolingual dos incisivos superiores e
inferiores, e nos trespasses horizontal e vertical. Os efeitos indesejáveis observados
imediatamente após a expansão, mediante a utilização de aparelhos com bandas
não apresentaram expressão significante a longo prazo, portanto não se contra-
indicam este procedimento em pacientes com padrão de crescimento vertical e perfil
facial extremamente convexo.
Avaliando as alterações no posicionamento mandibular após os efeitos da
disjunção rápida da sutura palatina mediana, decorridas pela utilização de dois tipos
de disjuntores da maxila, verificados em suas distintas fases, e as prováveis
diferenças entre os dois aparelhos (Haas e Hyrax), SIMÕES85, em 2002, utilizou
uma amostra de 93 telerradiografias em norma lateral, obtidas no início do
tratamento (pré-disjunção), imediatamente após as disjunções (pós-disjunção) e ao
final do nivelamento, de 31 pacientes jovens brasileiros, na faixa etária inicial média
de 13 anos e 2 meses, sendo 16 do sexo masculino e 15 do feminino com dentição
permanente e severa atresia maxilar. O autor constatou que os dois tipos de
aparelhos disjuntores apresentaram resultados semelhantes, com a ocorrência do
deslocamento da maxila em direção anterior, induzindo, porém, uma rotação horária
da mandíbula, aumentando a altura facial ântero-inferior imediatamente após a
disjunção rápida da maxila; ao final do nivelamento, os valores de algumas medidas
cefalométricas avaliadas em norma lateral tenderam a retomar os seus valores
iniciais.
BRAMANTE; ALMEIDA21, em 2002, pesquisaram as alterações dento-
esqueléticas produzidas por três expansores (colado, Haas e Hyrax) em
telerradiografias em norma lateral. O estudo constituiu de 69 telerradiografias, de 23
pacientes, leucodermas, com mordida cruzada posterior uni e bilateral, com idades
de 9 anos e 8 meses a 15 anos e 5 meses. Foram divididos em três grupos: sendo
grupo I aparelhos expansores dentossuportados colados à superfície oclusal, grupo
II dentomucossuportados (tipo Haas modificado) e grupo III dentossuportados
(Hyrax). Da fase de pré-tratamento ao final do período de contenção, constatou-se
que os três grupos apresentaram um deslocamento da maxila para baixo, verificado
pela ENA e ENP, que acarretou a rotação mandibular com maior incidência nos
grupos I e II. A AFAI acentuou-se após esse período para os três grupos.
Revisão de Literatura
25
Concluíram que o uso do aparelho expansor colado, utilizado com o intuito de
prevenir alterações dentoesquéleticas no sentido vertical e abertura da mordida
anterior, não se justifica, pois ao final do período de contenção, não foram
verificadas alterações significativas entre os três tipos de aparelhos.
Examinando as mudanças dentoesquéleticas e de tecido mole após a ERM,
KARAMAN et al.55, em 2002, utilizaram telerradiografias em norma lateral obtidas
antes e depois da ERM de 20 pacientes, sendo 10 do sexo masculino e 10 do
feminino com idade média de 12 anos e 8 meses. Concluíram que a mordida
cruzada posterior de todos paciente foram corrigidas e que havia mudanças
importantes dentoesquéleticas e de tecido mole no sentido sagital e vertical. Após a
ERM, os incisivos superiores e inferiores movimentaram-se anteriormente, a ponta
do nariz, ponto A do tecido mole e a ponta do lábio superior acompanharam as
alterações dentoesquéleticas. As dimensões facial média e inferior aumentaram
verticalmente.
CLARO et al.35, em 2003, com o objetivo de avaliar as alterações ortopédicas
ântero-posteriores decorrentes da disjunção maxilar com expansor colado, utilizaram
uma amostra de 22 pacientes com idades entre 7 e 10 anos de idade, sendo 6 do
sexo masculino e 16 do feminino. Onze pacientes efetuaram ativação de ¼ de volta
do parafuso por dia e o restante 4/4 de voltas por dia, até a obtenção de 8mm de
abertura do parafuso, para ambos os grupos. O próprio aparelho foi estabilizado por
5 meses, sendo removido e instalada uma placa acrílica de contenção por mais 7
meses. Concluíram que: a disjunção maxilar efetuada com o expansor colado, com
cobertura acrílica na oclusal, não promoveu o deslocamento anterior da maxila; o
deslocamento para trás da mandíbula, geralmente observado nas disjunções com
aparelhos bandados, não ocorreu com o uso do expansor colado; e a relação sagital
entre as bases ósseas melhorou após um ano a partir da obtenção da disjunção em
relação à fase de cinco meses pós-disjunção, com o expansor colado com cobertura
acrílica na oclusal. Não houve diferença nas alterações sagitais das bases ósseas,
quando comparados os procedimentos de disjunção maxilar com diferentes
velocidades de ativação do parafuso, uma volta por dia e um quarto de volta por dia,
com o aparelho expansor colado.
Revisão de Literatura
26
Com o objetivo de avaliar a sutura palatina mediana e as alterações verticais
das bases ósseas, propiciadas pela utilização do aparelho expansor do tipo Haas,
LIMA; BERNARDES62, em 2003, utilizaram uma amostra de 20 radiografias oclusais
e 20 telerradiografias laterais de 10 indivíduos com idade de 10 anos a 13 anos e 11
meses. As radiografias foram realizadas no início e logo após a estabilização dos
disjuntores. As conclusões obtidas foram: não houve diferenças estatisticamente
significante das variáveis cefalométricas verticais das bases ósseas, embora todas
as medidas finais encontrassem em torno de 60 a 90% alteradas a mais, em relação
às iniciais; a maxila expandiu ortopedicamente em todos os casos, sendo a abertura
da sutura palatina mediana em forma de V, postero-anterior, com afastamento maior
na região anterior do que na posterior.
Com o propósito de examinar a resposta maxilar e mandibular após a ERM
em todas as 3 dimensões (vertical, sagital e transversal), CHUNG; FONT34, em
2004, utilizaram uma amostra de 20 pacientes com idade média de 11 anos e 7
meses. Radiografias postero-anteriores, lateral e modelos de estudo foram obtidas
pré (T1) e pós-ERM (T2). Os resultados observados mostraram que de T1 para T2, a
medida SNA aumentou 0,35º e ANB 1º. A ENA e ENP deslocaram para baixo (1,30
mm e 1,43 mm, respectivamente) e o ângulo do plano mandibular aumentou 1,72º.
Os incisivos superiores e inferiores não tiveram mudanças significantes após a ERM.
Houve aumento da largura inter-prémolar, intermolar superior, maxilar, nasal e
interorbitas, sendo 110,7%, 104,5%,30,1% 23,1%, considerada 3,3% da expansão
do parafuso, respectivamente. Concluíram que a maxila deslocou ligeiramente para
frente e para baixo, a mandíbula girou para baixo e para trás e a altura facial
anterior, largura maxilar, cavidade nasal aumentaram significantemente.
2.3. EXPANSÃO RÁPIDA DA MAXILA ASSISTIDA CIRURGICAMENTE
O primeiro a descrever uma técnica de expansão rápida da maxila
cirurgicamente assistida foi BROWN23, em 1938. O autor separava a sutura palatina
Revisão de Literatura
27
mediana, tomando cuidado para não romper a mucosa palatina que, quando
traumatizada, costuma ser alvo freqüente de infecções.
LINES63, em 1975, publicou um estudo sobre expansão rápida maxilar por
meio de corticotomia. Os casos apresentados pelo autor eram pacientes fora da fase
de crescimento. O dispositivo de expansão utilizado foi o Hyrax, a osteotomia
realizada foi uma incisão no palato, da espinha nasal posterior até o forame incisivo,
completada com duas osteotomias nas paredes laterais da maxila que se estendiam
da abertura piriforme até o túber da maxila. Não houve qualquer complicação que
contra-indicasse a técnica cirúrgica. O autor concluiu que a expansão maxilar pode
ser indicada para pacientes fora da fase de crescimento, com o auxílio de
osteotomias e que a área de aumento de resistência não era a sutura palatina
mediana, mas as suturas zigomaticomaxilar, zigomaticotemporal e zigomaticofrontal.
BELL; EPKER12, em 1976, afirmaram em seu estudo que as tentativas de
expansão maxilar em adultos são associadas com problemas. A inabilidade para a
ativação e a ausência de expansão não são problemas incomuns. Os dentes são
meramente posicionados lateralmente no osso, sem a abertura da sutura palatina
mediana. Os dentes inclinam juntamente com o osso alveolar que se curva. A
sobrecorreção com objetivo de eliminar este efeito tem sido frustrante devido à
ausência de controle e predição da recidiva após a remoção do aparelho. Somando-
se a estes problemas, o tratamento da mordida cruzada unilateral tem se mostrado
impossível, pelos meios tradicionais de expansão, devido à oclusão cêntrica
fisiológica que não pode ser mantida. Vários tipos de osteotomias têm sido
sugeridas, empiricamente, para facilitar o movimento lateral da maxila. A sutura
palatina tem sido historicamente responsabilizada como a primeira área
problemática, devido ao aumento da resistência mecânica a expansão em função de
sua ossificação. Utilizando-se de um aparelho expansor tipo Hyrax pode-se realizar
a expansão com anestesia geral, ou local com sedação. Os autores sugiram
variações nas osteotomias de acordo com a correção desejada. Os autores
concluíram que a seleção da osteotomia é uma conduta adequada e segura para o
tratamento da deficiência maxilar bilateral e unilateral, por meio da liberação da
maxila dos pilares zigomaticomaxilar e pterigomaxilar.
Revisão de Literatura
28
KENNEDY et al.56, em 1976, realizaram um estudo em macacos Rhesus. A
seleção deste modelo de animal se deve à similaridade de sua arquitetura
musculoesqueletal e dentição com o ser humano. Foram realizados registros iniciais
de 16 animais do sexo masculino e feminino, pesando aproximadamente 7
kilogramas cada. O aparelho utilizado para produzir a expansão foi do tipo Haas. O
acrílico do aparelho foi estendido até a mesial dos primeiros pré-molares e até a
distal dos terceiros molares. Os animais foram divididos em quatro grupos. O grupo I
(três animais) controle expansão sem cirurgia, grupo II (cinco animais) recebeu uma
osteotomia maxilar lateral, grupo III (três animais) recebeu osteotomia somente no
palato e grupo IV (cinco animais) osteotomia na parede lateral maxilar e palato. Os
resultados deste estudo mostraram a seleção da osteotomia pode ajudar na
expansão. Há um significativo aumento na quantidade de movimento lateral nos
animais submetidos a uma prévia osteotomia maxilar. A osteotomia mais efetiva,
segundo os autores, foi a do grupo II; osteotomia bilateral zigomática da maxila. Um
movimento da base da maxila pela expansão pode ser conseguido pela redução da
resistência lateral, via osteotomia lateral da maxila, nasomaxilar e pterigomaxilar
(grupo IV). As estruturas periodontais tiveram resultados semelhantes. Os pilares
zigomáticos foram as áreas de maior resistência à expansão. Assim, as osteotomias
para disjunção ficariam limitadas às porções laterais e nasopalatal, desta forma
resultando em uma técnica simplificada e conservadora, diminuindo o tempo e o
risco cirúrgico, amenizando o pós-operatório e tornando-a um procedimento
ambulatorial.
Em 1980, EPKER; WOLFORD38 defenderam que em pacientes acima de 16
anos a tentativa da ERM é frequentemente associada a fracassos, devido às suturas
craniofaciais já se encontrarem fusionadas com o avanço da idade. Indicam a
ERMAC para casos acima desta idade. Os autores descreveram a técnica para
expansão unilateral com osteotomias laterais acima dos ápices das raízes dos
dentes superiores, desde a região da junção pterigomaxilar até a região piriforme e
osteotomia palatal, seguidas de ativação do aparelho disjuntor. O parafuso disjuntor
é ativado de 4 a 6 quartos de volta imediatamente após as osteotomias para se ter
certeza que o segmento dento-ósseo pode ser movido. Depois, o paciente é
instruído para ativar o parafuso por até 6 dias, quando é avaliado o grau de
expansão obtido. O parafuso é mantido como contenção por 6 a 8 semanas,
Revisão de Literatura
29
reavaliado, e nos casos de expansões maiores de 8 a 10 mm, é deixado como
contenção por mais 2 ou 3 meses. Para as expansões bilaterais da maxila indicaram
a osteotomia Le Fort I, junto com a osteotomia lateral, seguida da ativação do
aparelho disjuntor. Segundo os autores, o procedimento cirúrgico pode ser realizado
em ambiente ambulatorial, com anestesia local, causando pouca morbidade ao
paciente no pós-operatório.
Em 1983, JACOBS; SINCLAIR53 aconselharam o uso de um expansor palatal
semelhante ao Hyrax, pois o mesmo terá menos tendência de comprometer o
suprimento sanguíneo do palato. Segundo os autores, nos casos em que existe uma
deficiência transversal esquelética isolada e nenhuma outra cirurgia maxilar
necessária, a osteotomia lateral da maxila seguida pela expansão rápida do palato
deve ser o procedimento de escolha. Nos casos onde a discrepância esquelética
maxilar é associada com outros problemas, a cirurgia da maxila multisegmentada
deve ser o procedimento de escolha.
Uma simplificação da técnica cirúrgica foi sugerida em 1984 por GLASSMAN
et al.42, permitindo que a disjunção cirúrgica da maxila fosse realizada em
ambulatório. A osteotomia preconizada pelo autor inicia-se 5 mm acima dos ápices
dentais, no fundo do vestíbulo. É feita uma incisão do canino até o segundo molar. A
osteotomia se estende da abertura piriforme em direção ao pilar zigomático, na
parede lateral maxilar. A ativação do dispositivo de expansão é feita até o
surgimento de uma área isquêmica na mucosa entre os incisivos, onde então se
desativa o parafuso até que a isquemia desapareça. Após três dias de pós-
operatório inicia-se a ativação do dispositivo de expansão. Segundo o autor, a
ativação deve ser de 1mm por dia. A abertura da sutura palatina mediana é
confirmada com a avaliação radiográfica. O expansor deve ser travado após atingir
as metas estabelecidas no planejamento e deve ser mantido por três meses.
Posteriormente uma placa de contenção deve ser usada por aproximadamente três
meses. Segundo os autores, a técnica cirúrgica indicada diminui o tempo e a
morbidade cirúrgica e elimina a osteotomia na sutura palatina.
Estudando a ERMAC sem a osteotomia da sutura media palatina, KRAUT57
em 1984, relatou o sucesso deste procedimento para corrigir a deficiência horizontal
Revisão de Literatura
30
maxilar real e relativa, colapso maxilar, estenose nasal, más oclusões de classe III, e
também problemas relacionados com a extensão da arcada. O autor relatou a
cirurgia de 25 pacientes, e afirmou que a osteotomia da parede lateral da maxila,
combinada com a disjunção pterigomaxilar e a separação da sutura mediana palatal
permitiu o sucesso da expansão rápida da maxila em 23 pacientes. Os dois
pacientes que não responderam ao tratamento possuíam uma sutura mediana
palatina muito espessa, necessitando de uma osteotomia na sutura e com isso
obteve-se sucesso no tratamento.
Em 1984, LEHMAN et al.61 observaram que a osteotomia do pilar
zigomaticomaxilar em combinação com um aparelho de expansão palatal é a técnica
indicada para adultos com deficiência transversa da maxila. A técnica cirúrgica
consiste de osteotomias no pilar zigomaticomaxilar e na porção anterior da parede
lateral nasal. Os autores não acreditam que a secção da sutura pterigomaxilar seja
sempre necessária, mas realizam a osteotomia mediana do palato caso observem
ossificação da sutura. Acrescentam que em pacientes com mordida cruzada
unilateral verdadeira, apenas uma osteotomia maxilar é necessária.
Em 1987, ALPERN; YUROSKO3 realizaram a ERM convencional utilizando
um aparelho bite-plane em pacientes adultos com deficiência transversal da maxila.
Consideraram a possibilidade de se fazer a ERM sem o auxílio cirúrgico em
mulheres até 18 anos e homens até 21 anos. Nos adultos entre 23 e 43 anos foi
realizada a ERMAC. Paciente sob anestesia geral, realizaram osteotomia horizontal
paralela ao plano oclusal acima dos ápices dentários, que se estendiam da abertura
piriforme até a fissura pterigóide. A osteotomia seguia até a parede nasal lateral.
Realizavam a separação da lâmina pterigóide. Os autores verificaram que os
pacientes que tiveram o auxílio cirúrgico a idade média era de 30 anos.
BELL11, em 1992, descreveu uma técnica cirúrgica onde uma osteotomia
horizontal é realizada na parede lateral da maxila de 4 a 5 mm acima dos ápices dos
dentes, indo da região piriforme até a junção da tuberosidade maxilar e lâmina
pterigóide. A maxila é separada da lâmina pterigóide com uma osteotomia, sendo
este procedimento realizado apenas em casos que necessitam o máximo de
Revisão de Literatura
31
expansão na região posterior. A maxila é separada por uma fina osteotomia entre os
incisivos centrais.
POGREL et al.76, em 1992, afirmaram que em 1970, aproximadamente 5%
dos pacientes ortodônticos eram adultos. Em 1980, os adultos representavam 15% e
em 1983, 24% de todos os pacientes ortodônticos. Segundo os autores, adultos com
discrepância transversal da maxila maior que 5 mm devem ser tratados com
ERMAC. Neste estudo, o procedimento de ERMAC realizado constou de
osteotomias bilateral do suporte zigomático e osteotomia mediopalatina combinadas
como uso de um aparelho ortopédico dento-suportado (Hyrax). A amostra constituiu-
se de 12 pacientes, sendo 8 do sexo feminino e 4 do masculino, com idades
variando entre 16 e 32 anos (média de 23 anos). As osteotomias não se estenderam
em direção à abertura piriforme, ou posteriormente, em direção à fissura
pterigomaxilar. Uma fina osteotomia foi realizada no meio do alvéolo maxilar anterior
e anterior à região da espinha nasal anterior. O aparelho Hyrax foi inicialmente
ativado até obter-se 1 mm de separação entre os incisivos centrais superiores, e
posteriormente o paciente continuava ativando 2 vezes ao dia, de manhã e a noite,
até a expansão desejada ser obtida. Depois o parafuso foi acrilizado para
estabilização e contenção. Os resultados indicaram que a ERMAC é um
procedimento seguro, simples e confiável na obtenção de um aumento permanente
na largura maxilar em adultos.
Em 1994, CAPELOZZA FILHO et al.28, relataram que a ERMAC tem se
tornado um procedimento rotineiro na clínica ortodôntica, depois de tentativas
frustradas de ERM convencional em pacientes fora da fase de crescimento e
pacientes com algum comprometimento periodontal, principalmente na área
vestibular dos dentes posteriores. Utilizaram para este estudo 5 pacientes da clínica
privada dos autores, tratados no período de 1980 a 1990. O aparelho era
semelhante ao descrito por Haas e a técnica cirúrgica adotada executou as
osteotomias vestibular e anterior preconizadas por EPKER e WOLFORD, evitando
as osteotomias da sutura mediana da maxila e da parede lateral do nariz. Os autores
concluíram que a ERMAC tem vantagens na qualidade e quantidade da expansão
obtida, estando indicada para pacientes fora da fase de crescimento, que
necessitem de uma grande expansão de base óssea, tenham perda óssea horizontal
Revisão de Literatura
32
na região posterior da maxila, mesmo que em nível aceitável para um tratamento
ortodôntico convencional, não aceitem o desconforto presumido na evolução da
ERM, tenham sido submetidos à ERM sem sucesso e tenham mais de 30 anos de
idade.
Utilizando um modelo fotoelástico 3D de um crânio humano adulto que foi
construído a partir de ossos individuais desenvolvidos com um material fotoelástico e
fixados ao longo das áreas suturais anatômicas, SHETTY et al.80, em 1994,
realizaram um estudo onde desenvolveram uma biomecânica para correção
cirúrgica ortodôntica das deficiências maxilares transversas em adultos. Após a
determinação das características de ativação da força do aparelho expansor Hyrax,
o aparelho foi aplicado ao modelo e ativado incrementalmente. Os estresses
desenvolvidos nas diferentes áreas craniofaciais foram visualizados e fotografados
no campo do polariscópio circular. Cortes seqüenciais foram feitos para simular as
osteotomias médio palatina, pilar zigomático e pterigomaxilar, e as alterações nas
respostas dos estresses internos foram registrados após cada corte individual. As
características da ativação da força do aparelho Hyrax estão na categoria de força
ortopédica média (500g). A magnitude e a distribuição dos estresses induzidos pela
ativação do aparelho diferiram entre as osteotomias simuladas. A análise dos
padrões das bordas mostraram que as articulações médio palatinas e
pterigomaxilares foram os sítios anatômicos principais de resistência às forças de
expansão. Os padrões de distribuição e o aumento na magnitude dos estresses na
localização sutural superior foram particularmente pronunciados após os cortes
pterigomaxilares. As forças produzidas pelo aparelho Hyrax possuíram efeitos
anatômicos profundos, com estresses internos manifestando nas regiões distantes
do local de aplicação de força. De acordo com os resultados obtidos, os autores
puderam concluir que: as osteotomias completas médio palatinas e pterigomaxilar
são essenciais para a expansão esquelética em adultos. O uso excessivo das
osteotomias bilaterais dos pilares zigomáticos parece ser inadequado. As forças de
expansão exercidas pelo aparelho Hyrax são ortopédicas por natureza e produzem
efeitos anatômicos profundos, podendo gerar dor ou desconforto para o paciente.
Em 1995, BASDRA; ZÖLLER; KOMPOSCH10 consideraram a ERMAC um
método alternativo que reduz a resistência da sutura palatina mediana para corrigir a
Revisão de Literatura
33
constrição maxilar em adultos. Os autores exemplificam sua eficácia através de
diversos casos. Sob anestesia local, realizavam uma osteotomia na sutura palatina
mediana, na lateral da maxila acima dos ápices radiculares e paralelos ao plano
oclusal. Após a osteotomia, os segmentos maxilares não estão totalmente liberados,
mas podem ser separados pela expansão rápida com um aparelho com parafuso
que é ativado 3 ou 4 quartos de volta pelo cirurgião após os cortes ósseos serem
feitos. Após isto, o paciente continua ativando ¼ de volta por 2 semanas, ou até
conseguir uma sobrecorreção de 2,5 mm de cada lado. Pacientes com problemas
esqueléticos ântero-posteriores ou verticais são frequentemente submetidos à
osteotomia Le Fort I de 2 ou 3 peças, contudo a ERMAC seguida a um
procedimento Le Fort I de uma peça tem menos risco de complicação e produz uma
expansão mais estável. Quanto à estabilidade, a ERMAC é comparável com a ERM
de pacientes em crescimento. O autor considera a possibilidade de uma recidiva
suave 2 a 3 mm comum, mas isto é contornado pela sobrecorreção.
Discorrendo sobre a etiologia da deficiência transversal da maxila, BETTS et
al. 15, em 1995, destacaram que a etiologia é multifatorial. Apresentaram uma análise
radiográfica de um cefalograma ântero-posterior para definir o diferencial da largura
maxilomandibular e indicaram a expansão rápida da maxila cirurgicamente assistida
para os casos em que existia deficiência transversal de maxila, com discrepância
maxilo-mandibular maior que 5 mm, ou seja, deficiência transversal da maxila
significante, com maxila atrésica e mandíbula larga, falha na expansão
ortodôntico/ortopédica, necessidade de expansão maior que 7 mm, tecido gengival
delicado e fino e maturidade esquelética, com 15 anos de idade ou mais. Entre os
benefícios da correção da deficiência transversal da maxila incluem-se a melhora na
estabilidade dentária e esquelética, menor necessidade de exodontias para
alinhamento ortodôntico da dentição, melhora da estética devido ao aumento da
visibilidade bucal durante o sorriso, melhora potencial da saúde periodontal e,
ocasionalmente melhora da respiração nasal, devido à redução da resistência nasal.
A eficácia e estabilidade a longo prazo dependem tanto do grau das forças de
expansão usadas como da maturidade do esqueleto facial. Os autores sugerem
uma técnica em que o tratamento ortodôntico cirúrgico consta das seguintes etapas:
instalação do aparelho disjuntor palatino tipo Haas ou Hyrax, expansão rápida da
maxila cirurgicamente assistida e posterior procedimento cirúrgico. O paciente sob
Revisão de Literatura
34
anestesia geral, é realizada as osteotomias bilaterais desde a abertura piriforme até
a fissura pterigomaxilar que devem ser paralelas ao plano oclusal maxilar com um
degrau no pilar zigomático, osteotomia da sutura palatina mediana e posterior
liberação das lâminas pterigóides. O aparelho palatino então é ativado até atingir
largura total de cerca de 1,0 a 1,5 mm, o que pode ser notado pelo diastema
interincisivos resultante. Acreditam que as alterações transversas são menos
estáveis a longo prazo do que outros movimentos ortodônticos ou cirúrgicos, assim
recomenda-se manter o próprio aparelho palatino como contenção esquelética por
cerca de 6 meses a 12 meses.
Enfatizando que em adultos esqueleticamente maduros a expansão palatina
ortodôntica convencional tem efeito inadequado ou até nenhum sobre a sutura
palatina mediana, devido a rígida estrutura dos pilares zigomáticos, em 1995,
STRÖMBERG; HOLM88, descreveram um método cirúrgico ortodôntico simplificado.
A amostra constituiu de 20 pacientes, 9 do sexo feminino e 11 do masculino, com
média de idade de 36,3 anos. Sob anestesia geral, a cirurgia iniciou-se com uma
incisão no palato, que foi realizada paragengivalmente do 1º molar de um lado até o
1º molar contralateral ao redor do arco passando na linha média abaixo da papila
incisiva. São deixados 6 a 7 mm de tecido intacto próximo aos dentes. Após afastar
a mucosa palatina posteriormente, um túnel é criado atrás da espinha nasal
posterior. A sutura palatina mediana é facilmente reconhecida. Osteotomias são
realizadas em cada lado desta linha, através do osso palatal. Os cortes conectam a
borda do forame incisivo sem danificar o conteúdo do canal nasopalatino. A incisão
é fechada e uma placa de acrílico é adaptada. A cirurgia agora continua pelo arco
vestibular. Incisões bilaterais são feitas de 2º molar a 2º molar e a dissecação expõe
a abertura piriforme, a parede antral frontal, a crista infrazigomática e termina na
junção pterigomaxilar. O procedimento segue a rotina de uma Le Fort I, mas não é
feito nenhum esforço para separar a maxila da lâmina pterigóide. Antes de deixar o
hospital a placa de acrílico é removida e o tratamento ortodôntico é iniciado,
utilizando-se um aparelho expansor conectado aos 1os molares, semelhante ao
Hyrax. Neste estudo concluíram que: a expansão definitiva na região dos 1ºs molares
era de 7,1 + 2,4mm e na região de caninos 4,8 + 2,7mm. A recidiva medida após o
período de observação, era nas regiões correspondentes 1,2 + 1,3mm e 0,2 +
2,1mm.
Revisão de Literatura
35
BANNING et al. 8, em 1996, afirmaram na ERMAC a técnica de escolha inclui
osteotomias mediopalatinas, pterigomaxilares e maxilares e posterior liberação da
lâmina pterigóide. Após o fim das osteotomias o aparelho é expandido 2 mm e o
paciente continuará a ativar ¼ de volta (25mm) por dia, até que se atinja a expansão
necessária. Quando a maxila estiver completamente expandida, o aparelho
permanece em posição durante 3 a 6 meses, agindo como um aparelho de
contenção. A literatura revisada mostra bons resultados e estabilidade com esta
técnica para o tratamento da deficiência maxilar transversa em pacientes adultos.
Com o intuito de facilitar o tratamento e a higienização para o paciente,
BONETTI; MARINI; RIZZI19, em 1996, desenvolveram um expansor palatino rápido
desconectável. Os autores afirmam que a resposta sutural a uma ERM é
relacionada com a idade e pacientes sem crescimento, o efeito do aparelho é mais
dento-alveolar que esquelético, e os dentes adjacentes podem desenvolver
problemas periodontais. Por isso, a ERM em adultos precisa ser assistida por
osteotomias das paredes laterais da maxila e da sutura palatina mediana. O
aparelho ERM desconectável pode ser usado em casos de grande discrepância
transversal, quando mais de um aparelho é requerido, pode ser removido para
facilitar a cirurgia e também a higienização, principalmente durante um período longo
de contenção.
MORSELLI73, em 1997, descreveu uma técnica de expansão cirúrgica maxilar
usando uma osteotomia de 2 mm. O uso dessa osteotomia evita a incisão
mucoperiostal clássica, sendo um procedimento menos traumático e invasivo. De
1992 a 1995, 24 casos foram feitos usando esta técnica minimamente invasiva. A
idade dos pacientes variou de 8 a 46 anos, com média de 21 anos. Os pacientes
com 8-14 anos foram tratados cirurgicamente, a partir do momento que a expansão
ortodôntica não cirúrgica não obteve sucesso. Todas as técnicas descritas são feitas
com uma debilitação excessiva do mucoperiósteo, exposição da abertura piriforme,
assoalho nasal anterior, maxila lateral anterior e zigomático. A técnica proposta por
esse autor, não exige um retalho mucoperiostal, não havendo exposição óssea
durante o procedimento, sentindo o paciente assim menos desconforto. O autor
considerou que a sutura da linha média maxilar não exerce um papel vital na
Revisão de Literatura
36
expansão maxilar, mas as suturas zigomático-maxilar e palatina-pterigóide são
importantes. Conclui que a principal vantagem desta técnica é que permite
osteotomias horizontal e da linha média maxilar (vertical), sem incisão mucoperiostal
excessiva, que é feita na técnica aberta tradicional.
No mesmo ano NORTHWAY; MEADE JR.74, objetivando relatar as diferenças
nos efeitos do tratamento entre adultos que foram submetidos à expansão rápida da
maxila assistida cirurgicamente, utilizando corticotomias vestibulares e os que
receberam além da corticotomia vestibular, a separação palatina mediana e
comparar com os que foram tratados ortopedicamente. Utilizaram uma amostra de
22 pacientes que foram tratados cirurgicamente e 15 pacientes ortopedicamente. Os
resultados encontrados foram que: a expansão maxilar ortopédica de Haas em
adultos e a cirúrgica é previsível e estável, sendo a expansão típica 3,5mm nos
caninos superiores e 5,5mm nos molares. As mordidas cruzadas corrigidas
permaneceram corrigidas; a profundidade do palato é reduzida durante o tratamento
em ambos os grupos; a largura palatina aumenta significantemente, especialmente
na conduta combinada; a expansão palatina, seguido do uso do aparelho de arco
retangular, resulta em uma inclinação benéfica controlada; comprimento da coroa
clínica aumentou mais nos pré-molares e molares em pacientes que não estão em
crescimento, expandidos na ausência de cirurgia.
SILVERSTEIN; QUINN84, em 1997, consideraram que em pacientes adultos
os procedimentos cirúrgicos são mais estáveis que a expansão ortodôntica apenas,
devido a maturidade esquelética. Afirmaram ainda que a ERMAC proporciona um
resultado mais estável que a segmentação da maxila. Em pacientes com
discrepância sagital e/ou vertical associadas a deficiência transversal de maxila,
estarão sujeitos a 2 anestesias gerais, quando é planejada a correção da
discrepância sagital e/ou vertical para uma data posterior. Contudo, o tempo total de
anestesia para os dois procedimentos não é significantemente maior que o
necessário para uma osteotomia Le Fort I segmentada considerada mais
complicada. O tempo necessário depois de realizar uma ERMAC é de 4 a 6 meses
para posteriormente ser realizar a osteotomia, pois isto permitiria uma cicatrização
óssea adequada e uma revascularização.
Revisão de Literatura
37
Em 1998, BERGER et al.13, realizaram um estudo para verificar a estabilidade
da ERMAC e a expansão ortopédica. A amostra foi dividida em 2 grupos. No 1º
grupo foi realizada a expansão ortopédica e constituiu-se de 14 pacientes do sexo
masculino e 10 do feminino. As idades variaram de 6 a 12 anos. No 2º grupo foi
realizado ERMAC e constituiu-se de 12 pacientes do sexo masculino e 16 do
feminino com idades que variaram de 13 a 25 anos. As técnicas, cirúrgica e não
cirúrgica possuem tendências similares com o passar do tempo, apesar do grupo
cirúrgico apresentar maior expansão. Ambos os grupos mostraram resultados
estáveis.
MANGANELLO et al. 66, em 1998, relataram que até os 18 anos de idade há a
possibilidade de realizar a ERM sem assistência cirúrgica. Após esta idade a cirurgia
está indicada como coadjuvante para auxiliá-la. Os autores realizaram a ERMAC
utilizando uma osteotomia nos pilares zigomáticos e uma osteotomia na sutura
palatina mediana. Após as osteotomias o disjuntor é ativado até se obter um
diastema de 2 mm. Se não houver a presença do diastema deve-se rever os locais
da osteotomia a fim de completá-la. É importante que o tempo total de expansão não
ultrapasse 15 dias a fim de que a formação fibro-óssea não dificulte o movimento
ósseo. Após a expansão ser obtida na totalidade, o paciente permanece com o
disjuntor por 3 meses e a seguir com um aparelho de acrílico por mais 6 meses. Os
autores afirmam que a grande vantagem desta técnica é a simplicidade, podendo
ser realizada no nível ambulatorial.
Em 1999, BERTELÈ; MERCANTI; STELLA14 realizaram uma pesquisa a fim
de enfocar as alterações verticais do terço médio craniofacial causadas pela
expansão palatina, em relação à técnica e idade do paciente. Utilizaram uma
amostra de 26 pacientes, onde foram divididos em 3 grupos: 1º) expansão
ortopédica na infância com arco palatino expansor em “W”; 2º) expansão na idade
adulta sem ERMAC (Hyrax); 3º) expansão na idade adulta com ERMAC (Hyrax),
realizando as osteotomias: médio-palatina, lateromaxilar, pterigopalatina e dento-
alveolar. Os resultados evidenciaram que os métodos diferentes, assim como a
idade do paciente afetam as variações da dimensão vertical. Concluíram que: na
ERM em pacientes jovens, um mínimo de forças colaterais ou indesejadas são
desenvolvidas e as adaptações do tecido são mais modestas e fisiológicas,
Revisão de Literatura
38
enquanto que em adultos cria-se marcas ou mudanças morfoestruturais, stress
significante no complexo craniofacial e precisa de maior adaptação do tecido. Por
esta razão é preferível realizar a ERMAC. O controle da dimensão vertical é
essencial nos pacientes com necessidade de correção dos diâmetros transversais
da maxila, não somente para tornar possível planejar o correto programa de
tratamento, mas para prevenir agravar a tendência simultânea de tornar uma
divergência esquelética. A terapêutica leva em consideração que a corticotomia
bilateral permite não apenas um controle na dimensão vertical como também a
solução de qualquer assimetria no esqueleto facial.
As complicações no pós-operatório da ERMAC são geralmente incomuns,
mas segundo MEHRA et al.71, em 1999, o risco de sangramento pode aumentar se a
lâmina pterigóide for separada da maxila. A separação pterigomaxilar pode ser
necessária em casos com severa deficiência transversal posterior, para obter uma
verdadeira expansão óssea, particularmente nos pacientes mais velhos. O período
mais crítico em que pode ocorrer uma hemorragia é nas duas semanas seguintes à
cirurgia.
CHUNG et al.33, em 2001, investigaram os efeitos sagitais e verticais induzida
pela expansão rápida da maxila assistida cirurgicamente, em 20 pacientes (6 do
sexo masculino e 14 do feminino) com média de idade 25,6 anos. O aparelho do tipo
Haas foi cimentado 2 semanas antes da cirurgia em cada paciente e técnica
utilizada foi a osteotomia Le Fort I com liberação das placas pterigóides. Os
resultados mostraram que do cefalograma pré-cirúrgico para o pós-cirúrgico SNA,
PHF-nasio-ponto A e Ponto A –nasio-perpendicular tinha uma média aumentada de
0,60o ,0,65o e 0,55 mm respectivamente, 1- sela-nasio-ponto A, decréscimo de 2,18o
e 1-sela-nasio 1,53o . A expansão rápida da maxila assistida cirurgicamente não
afetou significantemente a maxila verticalmente, mas induziu um pequeno
movimento para frente da maxila e uma pequena retro-inclinação dos incisivos
superiores sagitalmente.
Pesquisando os efeitos da separação transpalatina posterior com disjunção
do pterigóide, MATTEINI; MOMMAERTS68, em 2001, realizaram um estudo com 20
pacientes (12 do sexo feminino e 8 do masculino), com idade variando entre 12 e 42
Revisão de Literatura
39
anos (idade média de 20 anos), todos apresentaram dentição permanente e nenhum
apresentou anomalias craniofaciais congênitas. Foram realizadas osteotomias no
suporte lateral (arco zigomático), no suporte anterior (abertura piriforme), no suporte
mediano (área de sutura palatina mediana) e também a disjunção do pterigóide.
Concluíram que: a distração transpalatina resulta na expansão paralela dos
segmentos maxilares no plano oclusal, quando o separador transpalatino é colocado
no nível dos 1os molares e é feita a disjunção pterigomaxilar, em pacientes com
deficiência maxilar transversal com mordida cruzada latero-posterior.
Em 2002, PROFFIT; FIELDS JR.77 relataram que a expansão palatina
ortopédica não é eficiente em adulto devido à resistência crescente das suturas
médio-palatinas e maxilares inferiores. Na ERMAC as osteotomias devem ser
realizadas, para reduzir a resistência, sem livrar totalmente os segmentos maxilares.
Os autores comentam que quando o paciente necessita de uma cirurgia maxilar
adicional deve-se realizar a osteotomia Le Fort I segmentada. Isto para evitar 2
tempos cirúrgicos.
Em uma amostra composta por 29 pacientes leucodermas, com idade
variando entre 17 e 40 anos, sendo 18 do sexo feminino e 11 do masculino,
MASSULO67, em 2003, avaliou as alterações dentárias e esqueléticas ocorridas
após a expansão rápida maxilar assistida cirurgicamente. As telerradiografias foram
obtidas na fase inicial, logo após a estabilização do aparelho do tipo Hyrax e com 3
meses de contenção. A técnica cirúrgica adotada consistiu basicamente de uma
osteotomia Le Fort I subtotal (sem envolvimento da região posterior da parede nasal
e sem a realização de down-fracture). O autor relatou que a ERMAC promoveu
abaixamento maxilar posterior e rotação mandibular para baixo e para trás
significativos, sendo que estas duas alterações não se correlacionaram
significativamente. Após 3 meses de contenção, verificou-se que os incisivos
centrais superiores inclinaram para palatino durante o período de contenção.
Em 2004, ANTTILA et al.5 avaliaram a praticabilidade e a estabilidade a longo
prazo da expansão rápida da maxila assistida cirurgicamente. A amostra foi
composta por 20 pacientes (14 do sexo feminino e 6 do masculino) com média de
idade de 30 anos e 6 meses, variando de 16 anos e 2 meses a 44 anos e 2 meses,
Revisão de Literatura
40
onde as más oclusões foram tratadas somente ou em parte com ERMAC durante
1988-1996. Os pacientes foram operados pelo mesmo cirurgião dentista e tratados
ortodonticamente por dois ortodontistas. A técnica cirúrgica é a recomendada por
GLASSMAN et al. (1984) e LEHMAN et al. (1984) (osteotomia da margem da
abertura piriforme até sutura pterigomaxilar). Para a análise foram utilizados modelos
de gesso, onde a largura do arco dental foi medida com um paquímetro. Os
resultados indicaram que: 1) ERMAC é possível em adultos, quando uma técnica
operatória invasiva mínima, da parede lateral da maxila da abertura piriforme até a
sutura pterigo-maxilar é executada; 2) A estabilidade a longo prazo da expansão
maxilar é comparada favoravelmente com outra técnica, mais invasiva, encontrada
na literatura. 3) Um pré-requisito para o sucesso da ERMAC é que o osso de suporte
dos dentes não pode estar comprometido.
Proposição
Proposição
42
33.. PPRROOPPOOSSIIÇÇÃÃOO
A partir do interesse inicial em estudar a expansão rápida da maxila assistida
cirurgicamente após a expansão e decorrido 3 meses de contenção com o próprio
aparelho e com base na Revisão da Literatura este trabalho propõe:
3.1. Avaliar as alterações esqueléticas decorrentes da ERMAC
3.2. Analisar as alterações dentárias decorrentes da ERMAC
3.3. Verificar as alterações dos tecidos moles decorrentes da ERMAC
Material e Método
Material e Método
Material e Método
44
44.. MMAATTEERRIIAALL EE MMÉÉTTOODDOO
4.1. MATERIAL
O material utilizado constituiu-se de 51 telerradiografias cefalométricas em
norma lateral, obtidas de 17 pacientes adultos, brasileiros, sendo 6 do sexo
masculino e 11 do sexo feminino, na faixa etária entre 17 anos a 37anos e 8 meses,
idade média de 24 anos e 1 mês (Apêndice A). Todos os pacientes encontravam-se
na dentadura permanente e possuíam severa deficiência transversa da maxila.
Esses pacientes foram tratados na clínica de Ortodontia do Programa Pós-
Graduação em Odontologia, Área de Concentração em Ortodontia, da Universidade
Metodista de São Paulo (UMESP), conjuntamente ao Serviço de Cirurgia
Craniomaxilofacial e do Departamento de Cirurgia Plástica e Queimados do Instituto
Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São
Paulo.
O material para análise, proveniente de cada paciente selecionado, sendo
uma obtida ao início do tratamento (T1), outra após o procedimento de ERMAC (T2)
e por último, uma após três meses de contenção com o próprio aparelho disjuntor
(T3), totalizando as 51 telerradiografias analisadas. Estas telerradiografias
pertencem aos arquivos do curso de pós-graduação em Odontologia, Área de
Concentração em Ortodontia.
Material e Método
45
Para cada paciente foi solicitada a leitura e a aceitação de Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (Anexo I), concordando em participar da
pesquisa. O projeto deste estudo foi analisado e aprovado pelo Comitê de Ética em
Pesquisa da Universidade Metodista de São Paulo (Anexo II).
4.1.1. SELEÇÃO DA AMOSTRA
Os pacientes foram selecionados a partir de triagem, realizada pelos alunos,
de acordo com os seguintes critérios: pacientes adultos, não submetidos a
tratamento ortodôntico previamente, possuindo atresia maxilar severa associada a
uma mordida cruzada posterior uni ou bilateral, com discrepância maxilomandibular
superior a 5mm, segundo BETTS15 (Apêndice H), ausência de Síndromes e
deformidades craniofaciais.
4.2. MÉTODO
4.2.1. PROCEDIMENTOS CLÍNICOS
Na 1ª consulta foram instalados os elásticos separadores em cada paciente.
Após uma semana, foi realizada a seleção de bandas para os primeiros pré-molares
e primeiros molares superiores, sendo que nos casos mutilados, ou seja, onde havia
ausência de alguns dos elementos dentários citados, estes foram substituídos pelos
dentes vizinhos. Em seguida realizou-se a moldagem de transferência, remoção das
bandas dos dentes e posicionamento destas na moldagem de transferência.
Para obtenção do modelo de trabalho foi vazado gesso pedra branco no
molde. A construção do aparelho disjuntor foi efetuada soldando o parafuso
expansor, do tipo Hyraxa, de 13 mm, às bandas ortodônticas instaladas nos
primeiros molares e nos primeiros pré-molares. (Figura 4.1)
O aparelho expansor foi instalado na semana da realização da cirurgia, após
nova separação com elásticos, e cimentado com Cimento à base de Ionômero de
Vidrob.
a Morelli – Al. Jundiaí, 230/250 Jardim Zaira. Sorocaba – SP b S S WHITE Artigos Dentários Ltda. R. Senador Alencar, 160. Rio de Janeiro - RJ
Material e Método
46
4.2.2. TÉCNICA CIRÚRGICA
A técnica cirúrgica adotada neste procedimento foi descrita por Epker e
Wolford38, com modificações, executadas sob anestesia geral, a ser realizado no
Ambulatório do Serviço de Cirurgia Craniomaxilofacial do Departamento de Cirurgia
Plástica e Queimados da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo,
pela equipe de cirurgiões do próprio Hospital, por meio de um convênio firmado
entre a Universidade Metodista de São Paulo e o Hospital das Clínicas, após a
instalação do aparelho expansor convencional tipo Hyrax em posição.
A osteotomia obedeceu ao traçado adotado para uma cirurgia tipo Le Fort I,
exceto por não abordar a sutura pterigopalatina e ser associada à osteotomia sagital
mediana de maxila. Cabe ressaltar que a preservação da sutura pterigopalatina
garante a fixação da maxila no período de expansão pós-cirúrgico.
Inicialmente procedeu-se a demarcação da incisão, no sulco gengivo-labial
superior, com comprimento correspondente a distância entre os primeiros pré-
molares superiores. Em seguida, a incisão da mucosa oral, da musculatura e
periostal da maxila.
Fig. 4.1 - Aparelho expansor tipo Hyrax cimentado
Material e Método
47
O descolamento subperiostal da maxila foi realizado desde a abertura
piriforme medialmente até o limite póstero-lateral do pilar zigomático-maxilar,
bilateralmente mantendo-se a integridade periostal, identificando-se o forame infra-
orbitário e o nervo infra-orbitário. O descolamento subperiostal do assoalho da
narina foi efetuado bilateralmente com a liberação subpericondral do septo nasal e
desinserção do mesmo da canaleta óssea da maxila.
Foi demarcada a linha média maxilar, expondo a maxila com retratores
maleáveis. Passa-se então a demarcação da osteotomia maxilar dos pilares lateral e
medial, transversa e horizontal em nível da margem inferior da abertura piriforme,
bilateralmente. Por fim, foram demarcados para a osteotomia sagital da maxila,
vertical, em posição interincisiva central superior, a direita da espinha nasal.
Inicia-se a osteotomia dos pilares lateral e medial da maxila com serra
reciprocante, complementadas pelas osteotomias dos pilares com osteótomos. Em
seguida, passa-se a osteotomia do septo nasal ósseo (placa perpendicular do
etmóide). Traciona-se a porção inferior da maxila com gancho. A última etapa é a
osteotomia sagital da maxila.
Após estes procedimentos, o cirurgião fez a ativação completa do aparelho e
verificação da progressão do mesmo e checagem das osteotomias, e posteriormente
a desativação, mantendo-se abertura inicial de 1 mm e a sutura da mucosa oral é
executada.
4.2.3. ATIVAÇÃO DO PARAFUSO EXPANSOR
O início da ativação do parafuso expansor para a obtenção da expansão rápida
maxila foi realizado no 3º dia após a realização da cirurgia. Na primeira consulta, foi
realizada uma ativação (1/4 de volta), sendo o/a paciente orientado(a) a fazer 2
ativações durante o dia, sendo 1 no período da manhã (1/4 de volta) e 1 no período
noturno (1/4 de volta), totalizando 2/4 de volta por dia, ou seja, 0,5mm. Para controle
das ativações foi fornecida ao paciente uma tabela para demarcação das ativações.
Os pacientes foram assistidos semanalmente até o final da fase ativa da disjunção.
Considerou-se satisfatória a expansão quando se observaram os contatos diretos
das cúspides palatinas dos dentes póstero-superiores com as cúspides vestibulares
dos póstero-inferiores, alcançando uma sobrecorreção de 2 a 3 mm (HAAS45,
Material e Método
48
SILVA FILHO; CAPELOZZA FILHO81, MAZZIEIRO69, ALMEIDA et al.2,
KAWAKAMI et al.54, BRAMANTE; ALMEIDA21).
Cessada a ativação do parafuso expansor, o mesmo foi estabilizado com
um fio de aço com o objetivo de impedir o retrocesso.
4.2.4. MÉTODO RADIOGRÁFICO
Todas as radiografias foram obtidas de acordo com as normas preconizadas pela
disciplina de Ortodontia da UMESP, sendo realizadas sempre pela mesma
profissional técnica em Radiologia. Foi utilizada a vertical verdadeira e os pacientes
permaneceram em posição natural da cabeça durante a obtenção das radiografias,
conforme preconizado por MOORREES; KEAN72, e com modificações de acordo
com ROCABADO78. Os pacientes foram posicionados em pé, no cefalostato,
desenvolvido por BROADBENT22 e HOFRATH51, com os pés levemente afastados
com um peso de 1 kg em cada uma das mãos, com o olhar fixo em um espelho
posicionado a 1,20 m de sua face.
Fig. 4.2 - Fotos intra-bucais frontal e laterais após a ERMAC
Material e Método
49
Utilizou-se para a obtenção das telerradiografias em norma lateral o aparelho
Rothograph Plus, marca Dabi-Atlante, fabricado pela empresa italiana Villa Sistem
Medicalic, calibrado com fatores de exposição regulados para 60-85 Kvp e 10 mA. O
tempo de exposição e a kilovoltagem foram adequados para cada indivíduo
avaliado, respeitando a idade e a constituição física, utilizando o mínimo de
exposição a radiação.
O filme Kodak T-Mat G/ RAd de tamanho 20,3 cm x 25,4 cm (8” x 10”) foi
empregado na obtenção das imagens radiográficas, montados em Chassi,
utilizando-se o écran Kodak Ianex regulard recomendado pelo fabricante do aparelho
de raio x. O processamento das radiografias da amostra foi realizado em um
processador automático modelo Runzamatic 130, da empresa Eletro Médica
Brasileira.
c Villa Sistem Medicali spa 20090 Buccinasco (Mi) Via delle Azalle 3 Italy Fone: 02-488591 d Kodak Brasileira Com. Ind. Ltda – São José dos Campos – SP - Brasil
Material e Método
50
Fig. 4.3 – Paciente posicionado segundo MOOREESS; KEAN72 e modificado por
ROCABADO78, para obtenção da telerradiografia em norma lateral.
Material e Método
51
4.2.5. EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NA OBTENÇÃO DOS TRAÇADOS
CEFALOMÉTRICOS
Para a obtenção dos traçados cefalométricos e das medições necessárias à
realização deste trabalho foram utilizados os seguintes materiais e equipamentos:
a) Microcomputador da marca DELL, Pentium 4 (Taiwan - China)
b) Impressora modelo 840 C, comercializada pela Hewlett Packarde;
c) Scanner com leitor de transparência, modelo Umax Power Look 1000 (Taiwan-
China), calibrado para escalas de cinza, resolução de 75 dpi, e tamanho da
imagem 100%;
d) Software Radiocef Studiof (Versão 4.0 – Release 19), da Empresa Radio Memory
Ltdaf, instalado ao microcomputador, associado ao scanner;
e) Software Excel 2003g, comercializado pela Microsoft, utilizado para arquivar os
dados obtidos na pesquisa, no tratamento estatístico e também para geração dos
gráficos;
f) Software Word 2003g, comercializado pela Microsoft, utilizado na edição da
pesquisa;
g) Software Statistica for Windowsg v. 5.1 (StatSoft Inc., USA), para os testes
estatísticos.
Todos os materiais e equipamentos referidos acima pertencem à
Universidade Metodista de São Paulo (UMESP), disponíveis no departamento de
Odontologia, área de concentração Ortodontia.
e Hewlet Packard; http://welcome.hp.com f Radio Memory Av. do Contorno, 2090 sala 302 Bairro Floresta – BH (Cep 30.110-070) g Microsoft; http://www.microsoft.com
Material e Método
52
4.2.6. ELABORAÇÃO DO TRAÇADO CEFALOMÉTRICO
Para a elaboração dos cefalogramas, foi utilizado o software Radiocef Studio,
onde foram demarcados os pontos cefalométricos de interesse para este estudo, por
meio de um cursor de mira, com o auxílio de um “mouse”, em ambiente com
iluminação apropriada, obedecendo à seqüência pré-estabelecida pelo software,
contando com ajuda das ferramentas do próprio programa. A partir da marcação dos
pontos o sistema de cefalometria computadorizada Radiocef gerou,
automaticamente, o desenho das estruturas anatômicas, o traçado cefalométrico e o
valor de todas as grandezas lineares e angulares.
Fig. 4.4 - Software Radiocef Studio
Material e Método
53
A) ESTRUTURAS ANATÔMICAS
O traçado das estruturas anatômicas foi realizado pelo próprio programa, sendo
elas:
1) Perfil tegumentar, iniciando-se acima da glabela até a região do mento;
2) Perfil do osso frontal e ossos nasais;
3) Sela turca, nos limites anterior, posterior e inferior;
4) Meato acústico externo;
5) Assoalho da órbita;
6) Complexo esfeno-occipital;
7) Fissura pterigomaxilar;
8) Maxila: desde a porção da pré-maxila até a parte cervical da crista alveolar por
vestibular dos incisivos superiores (próstio), assoalho da fossa nasal, da espinha
nasal anterior até a espinha nasal posterior, e processos palatinos da maxila (palato
ósseo);
9) Mandíbula: desde a sínfise mentoniana, em seus contornos vestibular e
lingual, passando pela imagem radiográfica média das bordas inferiores do corpo e
dos ramos ascendentes da mandíbula até o processo condilar;
10) Dentes permanentes: incisivos centrais, pré-molares, primeiros molares
superiores e inferiores.
Material e Método
54
Fig. 4.5 – Desenho das estruturas anatômicas
^
Material e Método
55
B) PONTOS CEFALOMÉTRICOS
Os pontos cefalométricos utilizados para elaboração dos cefalogramas
compreenderam:
Ponto N (Násio): ponto mais anterior da sutura frontonasal;
Ponto Po (Pório): ponto mais superior do conduto auditivo externo;
Ponto Or (Orbital): ponto mais inferior do contorno da órbita;
Ponto A (Subespinhal): ponto médio mais profundo, na concavidade maxilar
anterior, entre a espinha nasal anterior (ENA) e o rebordo alveolar;
Ponto ENA (Espinha Nasal Anterior): ponto mais anterior do assoalho da fossa
nasal;
Ponto ENP (Espinha Nasal posterior): ponto mais posterior, no plano sagital
dos ossos palatinos, no palato duro;
Ponto B (Supramentoniano): ponto mais profundo da superfície anterior do
contorno da sínfise da mandíbula;
Ponto Pog (Pogônio): ponto mais anterior da sínfise mandibular, determinado
por uma tangente passando pelo násio (N);
Ponto Me (Mentoniano): ponto localizado no limite mais inferior da curvatura da
sínfise da mandíbula, onde as linhas externas das imagens das corticais vestibular e
lingual se encontram;
Ponto Go (Gônio): ponto mais inferior e posterior na região goníaca, no ângulo
da mandíbula, determinado pela bissetriz do ângulo formado pelas tangentes as
bordas posterior ( ramo ascendente) e inferior (corpo) da mandíbula;
Ponto 6/ : ponto mais proeminente da superfície mesial do 1º molar superior;
Ponto Sf1/ : ponto mais proeminente na superfície vestibular do Incisivo Central
superior;
Ponto Is: ponto na borda incisal do Incisivo Central superior;
Ponto Ii: ponto na borda incisal do Incisivo Central inferior;
Ponto Pn (Pronasal): ponto mais proeminente do nariz, em tecido mole;
Ponto Prn (Pronasal médio): ponto médio da curvatura da borda inferior do
nariz;
Ponto Sn (Subnasal): ponto localizado no tecido mole, na intersecção do sulco
labial e a columela nasal;
Material e Método
56
Ponto Ls(Lábio superior): ponto mais proeminente do lábio superior;
Ponto Stm (Estômio): ponto de contato do lábio superior e inferior. Extremo
interno do lábio superior em casos de lábios incompetentes;
Ponto Li (Lábio inferior): ponto mais proeminente do lábio inferior;
Ponto Pog’ (Pogônio Mole): ponto mais anterior do contorno do mento mole;
Material e Método
57
.
. .
. .
.
. . . . .
. .
. . . . . .
.
N
Or
Po
Ena Enp
6/
A
Sf1/
Is Ii
B
Pog
Me
Pn
Prn
Sn
Ls
Stm
Li
Pog’
. Gor
Fig. 4.6 - Pontos Cefalométricos
Material e Método
58
C) LINHAS E PLANOS CEFALOMÉTRICOS
1) Linha do plano palatino (PlP): linha que une a espinha nasal anterior (ENA)
a espinha nasal posterior (ENP);
2) Linha N perp – linha perpendicular ao plano de Frankfurt (Po-Or), passando
pelo ponto N (násio);
3) Linha Sn – Prn – linha que une os pontos Sn e Prn.
4) Linha Sn- Ls – linha que une os pontos Sn a Ls.
5) Plano horizontal de Frankfurt (PF): formado pela união dos pontos Po
(Pório) e Or (Orbitário);
6) Plano mandibular (PlM): formado pela união do ponto mentoniano e ponto
gônio (Go);
7) Plano oclusal (PlO): determinado pela média do entrecruzamento das
cúspides dos primeiros molares relacionado com a oclusal dos pré-molares ou
segundo molares decíduos. Não levar em conta a sobremordida dos incisivos para
traçar esse plano;
Material e Método
59
.
. .
. .
.
. . .
. ^
1
2
4
3
5
6
7
Fig.4.7 - Linhas e Planos cefalométricos
1) Linha do Plano palatino 2) Linha N perp 3) Linha Sn – Prn 4) Linha Sn- Ls 5) Plano horizontal de Frankfurt (PF) 6) Plano mandibular (PlM) 7) Plano oclusal (PlO)
Material e Método
60
D) Grandezas Cefalométricas Angulares
1) Ângulo do plano palatino: medida angular entre plano horizontal de Frankfurt
e linha do plano palatal.
2) Ângulo do plano oclusal: medida angular entre plano horizontal de Frankfurt
e plano oclusal.
3) Ângulo do plano mandibular: medida angular entre plano horizontal de
Frankfurt e plano mandibular.
4) Ângulo nasolabial: medida angular formada pela união das linhas Sn-Prn e
Sn-Ls.
Material e Método
61
.
. .
. .
.
. . . .
. ^
1 2 3
4
Fig. 4.8 - Grandezas Cefalométricas Angulares:
1) Ângulo do plano palatino
2) Ângulo do plano oclusal
3) Ângulo do plano mandibular
4) Ângulo nasolabial
Material e Método
62
E) Grandezas Cefalométricas Lineares
Foram determinadas variáveis nestes traçados, a partir de medições
horizontais e verticais por meio de projeções ortogonais de pontos de tecido dento-
esqueléticos e de tecidos moles estabelecidas sobre o Plano de Frankfurt e Linha
Násio Perpendicular. As medições horizontais foram consideradas positivas, quando
se situavam à direita da linha Nperp e negativas quando situadas à esquerda desta
linha. Todas as medidas variáveis foram expressas em milímetros.
E.1. Grandezas Dento-Esqueléticas Verticais
A partir da projeção ortogonal dos pontos dento-esqueléticos sobre o plano de
Frankfurt, foram determinadas as seguintes variáveis verticais:
1) 6/ - PF: distância do ponto 6/ à sua projeção ortogonal sobre o Plano de
Frankfurt.
2) Is - PF: distância do ponto Is à sua projeção ortogonal sobre o Plano de
Frankfurt.
3) ENP - PF: distância do ponto ENP à sua projeção ortogonal sobre o Plano de
Frankfurt.
4) ENA - PF: distância do ponto ENA à sua projeção ortogonal sobre o Plano de
Frankfurt.
5) Me - PF: distância do ponto Me à sua projeção ortogonal sobre o Plano de
Frankfurt.
6) A - PF: distância do ponto A à sua projeção ortogonal sobre o Plano de
Frankfurt.
Material e Método
63
.
. .
. .
.
. .
.
^
1
2
3
4
5
6
Fig. 4.9 - Grandezas cefalométricas Lineares
Grandezas Dento-esqueléticas Verticais
1) 6/ - PF
2) Is – PF
3) ENP – PF
4) ENA – PF
5) Me – PF
6) A – PF
Material e Método
64
E.2. Grandezas Dento-Esqueléticas Horizontais
A partir da projeção ortogonal dos pontos dento-esqueléticos sobre a linha N
perp, foram estabelecidas as seguintes variáveis horizontais:
1) ENA – Nperp: distância do ponto ENA à sua projeção ortogonal sobre a Linha
Nperp.
2) A – Nperp: distância do ponto A à sua projeção ortogonal sobre a Linha
Nperp.
3) Sf1/ – Nperp: distância do ponto Sf1/ à sua projeção ortogonal sobre a Linha
Nperp.
4) Is – Nperp: distância do ponto Is à sua projeção ortogonal sobre a Linha
Nperp.
5) Ii – Nperp: distância do ponto Ii à sua projeção ortogonal sobre a Linha Nperp.
6) B – Nperp: distância do ponto B à sua projeção ortogonal sobre a Linha
Nperp.
7) Pog – Nperp: distância do ponto Pog à sua projeção ortogonal sobre a Linha
Nperp.
8) Me – Nperp: distância do ponto Me à sua projeção ortogonal sobre a Linha
Nperp.
Material e Método
65
.
. .
.
.
. . . .
. .
^
1 2
3
4 5
6
7
8
Fig. 4.10 - Grandezas Cefalométricas Lineares Grandezas Dento-esqueléticas Horizontais 1) ENA – Nperp
2) A – Nperp
3) Sf1/ – Nperp
4) Is – Nperp
5) Ii – Nperp
6) B – Nperp
7) Pog – Nperp
8) Me – Nperp
Material e Método
66
E.3. Grandezas Horizontais de Tecidos Moles
A partir das projeções ortogonais dos pontos de tecido mole sobre a linha Nperp,
foram determinadas as seguintes variáveis:
1) Pn – Nperp: distância do ponto Pn à sua projeção ortogonal sobre a Linha N
perp.
2) Prn – Nperp: distância do ponto Prn à sua projeção ortogonal sobre a Linha N
perp.
3) Sn – Nperp: distância do ponto Sn à sua projeção ortogonal sobre a Linha N
perp.
4) Ls – Nperp: distância do ponto Ls à sua projeção ortogonal sobre a Linha N
perp.
5) Stm – Nperp: distância do ponto Stm à sua projeção ortogonal sobre a Linha
N perp.
6) Li – Nperp: distância do ponto Li à sua projeção ortogonal sobre a Linha N
perp.
7) Pog’ – Nperp: distância do ponto Pog’ à sua projeção ortogonal sobre a Linha
N perp.
Material e Método
67
.
. . .
. . . . .
.
1
2 3
4
5
6
7
Fig. 11 - Grandezas Cefalométricas Lineares Grandezas Horizontais de Tecidos Moles
1) Pn – Nperp
2) Prn – Nperp
3) Sn – Nperp
4) Ls – Nperp
5) Stm – Nperp
6) Li – Nperp
7) Pog’ – Nperp
Material e Método
68
4.2.7. MÉTODO ESTATÍSTICO
Para verificar o erro sistemático intra-examinador, foram retraçadas e
remedidas as radiografias de 7 pacientes, na fases T1, T2 e T3, selecionados
aleatoriamente, após um período de 2 meses. Aplicou-se o teste “t” pareado para
verificação do erro sistemático. Para a determinação do erro casual utilizou-se o
cálculo de erro proposto por Dahlberg (HOUSTON52), cuja fórmula é:
nerro d
2
2∑
=
onde, d = diferença entre 1a. e 2a. medições
n = número de radiografias retraçadas
Para comparar as diferenças entre T1, T2 e T3 utilizou-se Análise de
Variância (ANOVA) a um critério (uma variável dependente), com múltiplas variáveis
independentes e um modelo fixo. Quando a ANOVA mostrou diferença
estatisticamente significante foi utilizado o Teste de Tukey para as comparações
múltiplas.
Em todos os testes adotou-se nível de significância de 5% (ZAR97).
Os testes foram executados no programa Statistica for Windows v. 5.1
(StatSoft Inc., USA).
Resultados
Resultados
70
55.. RREESSUULLTTAADDOOSS
Os valores obtidos nas mensurações de cada variável cefalométrica em suas
médias aritméticas e desvios-padrão, e a aplicação dos testes estatísticos
encontram-se dispostos conforme as tabelas a seguir:
Tabela 1 - Resultados das avaliações do erro sistemático, avaliado pelo teste
“t” pareado, e do erro casual medido pela fórmula de Dahlberg, nos três tempos
das radiografias, demonstrando a análise intra-examinador da precisão do método
cefalométrico. No erro sistemático o valor considerado foi p< 0,05 e no erro casual
> 1 mm / 1,5º.
Tabela 2 - As médias, desvios-padrão e resultados da Análise de Variância
(ANOVA) e Teste de Tukey para comparação entre T1, T2 e T3, para todas variáveis
estudadas. Foi adotado o nível de significância de 0,05, sendo que letras diferentes
demonstram diferença estatisticamente significante.
Tabela 3 - Observou-se as diferenças destas médias, também nos 3 tempos
estudados, onde considerou-se positivas, as medidas que aumentaram e negativas,
aquelas que diminuíram no decorrer do tempo. Sempre que a análise de variância
mostrou diferença estatisticamente significante, foi realizado o teste de Tukey com
seus respectivos valores de p, que podem ser analisados nas tabelas 4 a 20.
Os gráficos de 1 a 25 mostram os valores das médias das variáveis nos 3
tempos avaliados.
Os valores cefalométricos obtidos de cada paciente nos 3 tempos analisados,
sendo um no início do tratamento (T1), outro após o procedimento de ERMAC (T2) e
por último, após três meses de contenção com o próprio aparelho (T3), encontram-
se no apêndice (A, B, C, D, E, F,G).
Resultados
71
Tabela 1 – Erro do Método - Teste “t” pareado e erro de Dahlberg para avaliar o erro
sistemático e o erro casual.
1a. Medição 2a. Medição Medida
média dp média dp t p
Erro
Âng do Plano Palat. 4,88 2,45 4,79 2,50 1,431 0,168 ns 0,21
Âng do Plano Mand. 30,27 4,64 30,25 4,84 0,253 0,803 ns 0,30
Âng do Plano Ocl. 9,25 6,75 9,47 6,79 1,753 0,095 ns 0,42
6/-PF -49,78 4,51 -49,61 4,28 1,181 0,252 ns 0,46
Is- PF -55,33 4,99 -55,31 5,01 0,321 0,751 ns 0,23
ENP- PF -24,67 2,54 -24,72 2,51 0,903 0,377 ns 0,16
ENA- PF -22,21 4,26 -22,26 4,22 0,712 0,484 ns 0,24
Me- PF -100,83 6,94 -100,84 6,88 0,080 0,937 ns 0,15
A- PF -28,86 3,70 -28,78 3,69 1,068 0,298 ns 0,23
ENA-Nperp 9,64 3,05 9,58 3,00 1,061 0,301 ns 0,18
A-Nperp 2,85 3,40 2,76 3,49 1,566 0,133 ns 0,19
Sf1/-Nperp 10,92 5,55 10,84 5,54 1,776 0,091 ns 0,15
Is-Nperp 9,81 6,68 9,74 6,69 2,379 0,027* 0,11
Ii-Nperp 7,85 7,12 7,72 7,16 3,105 0,006* 0,16
B-Nperp 3,40 9,71 3,38 9,71 0,419 0,680 ns 0,16
Pog-Nperp 5,02 11,61 4,83 11,75 2,016 0,057 ns 0,32
Me-Nperp -0,43 12,20 -0,49 12,33 0,973 0,342 ns 0,22
Pn-Nperp 36,98 3,96 36,88 3,99 2,106 0,048* 0,17
Prn-Nperp 30,04 4,13 29,96 4,10 1,143 0,267 ns 0,21
Sn-Nperp 20,26 4,62 20,25 4,60 0,046 0,964 ns 0,20
Ls-Nperp 23,27 5,28 23,19 5,37 1,480 0,155 ns 0,20
Stm-Nperp 13,10 5,22 12,86 5,18 1,805 0,086 ns 0,45
Li-Nperp 23,21 7,35 23,13 7,44 1,549 0,137 ns 0,18
Pog'-Nperp 17,59 10,35 17,52 10,38 1,246 0,227 ns 0,17
ANL 106,70 11,32 106,68 11,29 0,287 0,777 ns 0,29
* - diferença estatisticamente significante (p<0,05) ns - diferença estatisticamente não significante
Resultados
72
Tabela 2 – Média, desvios-padrão e resultado da Análise de Variância e teste de
Tukey para comparação entre os três tempos de avaliação.
T1 T2 T3 Medida
média dp média dp média dp F p
Âng do Plano Palat. 3,58 2,67 3,72 2,78 3,86 2,29 0,21 0,815 ns
Âng do Plano Mand.
29,66 a 4,73 32,40 b 4,93 31,14 c 5,13 28,09 <0,001*
Âng do Plano Ocl. 6,86 a 5,13 12,24 b 5,46 9,76 c 5,30 14,95 <0,001*
6/- PF -49,42 a 5,48 -51,74 b 5,75 -50,59 c 5,17 18,01 <0,001*
Is- PF -54,64 a 5,15 -56,62 b 5,04 -56,51 b 4,77 11,82 <0,001*
ENP- PF -24,28 3,20 -24,86 3,25 -24,72 2,90 2,01 0,150 ns
ENA- PF -21,74 a 3,96 -23,80 b 3,82 -22,69 ab 3,89 8,35 0,001*
Me- PF -99,72 a 9,34 -103,78 b 9,21 -102,05 c 9,23 49,21 <0,001*
A- PF -28,42 a 4,14 -30,75 b 4,05 -29,67 ab 3,64 10,46 <0,001*
ENA-Nperp 6,19 a 5,11 8,42 b 4,08 7,68 b 3,84 7,67 0,002*
A-Nperp -0,48 5,47 0,75 5,23 -0,07 4,72 2,74 0,080 ns
Sf1/-Nperp 8,03 6,87 8,44 6,58 7,14 6,36 3,24 0,052 ns
Is-Nperp 7,22 a 7,30 7,52 a 7,33 5,74 b 7,38 5,65 0,008*
Ii-Nperp 4,66 a 7,69 1,59 b 7,63 2,51 b 7,43 13,73 <0,001*
B-Nperp 0,50 a 9,62 -3,92 b 9,56 -2,20 c 9,77 20,93 <0,001*
Pog-Nperp 2,72 a 10,86 -2,54 b 10,96 -0,48 c 11,08 22,02 <0,001*
Me-Nperp -2,65 a 11,26 -8,07 b 11,63 -5,89 c 11,61 20,18 <0,001*
Pn-Nperp 34,94 3,79 35,11 3,73 34,87 3,45 0,29 0,750 ns
Prn-Nperp 27,79 4,19 27,90 4,11 27,21 3,97 1,88 0,169 ns
Sn-Nperp 17,41 5,05 18,03 4,82 16,90 4,72 2,99 0,064 ns
Ls-Nperp 21,21 a 6,10 20,51 ab 5,64 19,81 b 5,51 4,35 0,021*
Stm-Nperp 10,66 6,62 10,44 6,62 9,32 6,87 1,69 0,201 ns
Li-Nperp 20,51 a 8,04 17,70 b 7,40 18,41 b 7,29 9,19 0,001*
Pog'-Nperp 16,23 a 10,02 11,14 b 10,18 13,01 c 10,07 24,30 <0,001*
ANL 98,52 a 10,02 105,54 b 9,17 103,80 b 8,85 14,60 <0,001*
* - diferença estatisticamente significante (p<0,05) ns - diferença estatisticamente não significante Tempos com a mesma letra não possuem diferença estatisticamente significante entre si
Resultados
73
Tabela 3 – Diferença entre as médias das variáveis estudadas, nos tempos
avaliados (T1, T2 e T3).
Medida T1-T2 T2 – T3 T1- T3
Âng do Plano Palat. 0,14 0,14 0,28
Âng do Plano Mand. 2,74 -1,26 1,48
Âng do Plano Ocl. 5,38 -2,48 2,90
6/- PF 2,32 -1,15 1,17
Is- PF 1,98 -0,11 1,87
ENP- PF 0,58 -0,14 0,44
ENA- PF 2,06 -1,11 0,95
Me- PF 4,06 -1,73 2,33
A- PF 2,33 -1,08 1,25
ENA-Nperp 2,23 -0,74 1,49
A-Nperp 1,23 -0,82 0,41
Sf1/-Nperp 0,41 -1,30 -0,89
Is-Nperp 0,30 -1,78 -1,48
Ii-Nperp -3,07 0,92 -2,15
B-Nperp -4,42 1,72 -2,70
Pog-Nperp -5,26 2,06 -3,20
Me-Nperp -5,42 2,18 -3,24
Pn-Nperp 0,17 -0,24 -0,07
Prn-Nperp 0,11 -0,69 -0,58
Sn-Nperp 0,62 -1,13 -0,51
Ls-Nperp -0,70 -0,70 -1,40
Stm-Nperp -0,22 -1,12 -1,34
Li-Nperp -2,81 0,71 -2,10
Pog'-Nperp -5,09 1,87 -3,22
ANL 7,02 -1,74 5,28
T1- Início do tratamento T2- Após o procedimento de ERMAC (travamento do parafuso) T3- Após 3 meses de contenção com o próprio aparelho
Resultados
74
5.1. VARIÁVEIS DENTO- ESQUELÉTICAS: Ângulo do plano palatino O ângulo do plano palatino não apresentou diferença estatisticamente
significante entre os 3 tempos avaliados T1, T2 e T3 (p=0,815; tabela 2 e 3; gráfico
1).
3,40
3,45
3,50
3,55
3,60
3,65
3,70
3,75
3,80
3,85
3,90
T1 T2 T3
Âng
ulo
do P
lano
Pal
atin
o
Gráfico 1 – Média do ângulo do Plano Palatino nos tempos T1, T2 e T3.
Ângulo do plano mandibular
O ângulo do plano mandibular apresentou um aumento estatisticamente
significante de 2,74º, quando comparados T1 e T2. Observou-se uma diminuição
estatisticamente significante de 1,26º quando comparados T2 e T3 (tabelas 2, 3 e 4;
gráfico 2).
Resultados
75
28,00
28,50
29,00
29,50
30,00
30,50
31,00
31,50
32,00
32,50
33,00
T1 T2 T3
Âng
ulo
do P
lano
Man
dibu
lar
Gráfico 2 – Média do ângulo do Plano Mandibular nos tempos T1, T2 e T3.
Tabela 4 - Teste de Tukey para
comparação da medida do ângulo do
Plano Mandibular nos tempos T1, T2 e
T3.
Comparação p
T1 x T2 0,000*
T1 x T3 0,001*
T2 x T3 0,005*
* - diferença estatisticamente significante (p<0,05) ns - diferença estatisticamente não significante
Resultados
76
Ângulo do plano oclusal
O ângulo do plano oclusal apresentou um aumento estatisticamente
significante de 5,38º, quando comparados T1 e T2. Houve uma diminuição
estatisticamente significante de 2,48º quando comparados T2 e T3 (tabelas 2, 3 e 5;
gráfico 3).
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
14,00
T1 T2 T3
Âng
ulo
do P
lano
Ocl
usal
Gráfico 3 – Média do ângulo do Plano Oclusal nos tempos T1, T2 e T3.
Tabela 5 - Teste de Tukey para
comparação da medida do ângulo do
Plano Oclusal nos tempos T1, T2 e T3.
Comparação p
T1 x T2 0,000*
T1 x T3 0,016*
T2 x T3 0,044*
* - diferença estatisticamente significante (p<0,05) ns - diferença estatisticamente não significante
Resultados
77
Variável 6/-PF Houve um aumento estatisticamente significante de 2,32 mm da medida da
variável 6/-PF, ou seja, uma extrusão quando comparados T1 e T2. Contudo quando
comparados T2 e T3, constatou-se uma diminuição estatisticamente significante de
1,15 mm desta variável, caracterizando uma suave “intrusão” dos 1os molares
superiores (tabelas 2, 3 e 6; gráfico 4).
48,0
48,5
49,0
49,5
50,0
50,5
51,0
51,5
52,0
T1 T2 T3
6/-P
F
Gráfico 4 – Média da 6/-PF nos tempos T1, T2 e T3.
Tabela 6 - Teste de Tukey para
comparação da 6/-PF nos tempos T1, T2
e T3.
Comparação p
T1 x T2 0,000*
T1 x T3 0,013*
T2 x T3 0,015*
* - diferença estatisticamente significante (p<0,05) ns - diferença estatisticamente não significante
Resultados
78
Variável ls-PF A medida da variável ls-PF apresentou um aumento estatisticamente
significante de 1,98 mm, quando comparados T1 e T2, ou seja, houve uma extrusão
dos incisivos superiores. Constatou-se que esta extrusão permaneceu estável em
T3, já que não houve diferença estatisticamente significante, quando comparados T2
e T3 (tabelas 2, 3 e 7; gráfico 5).
53,5
54,0
54,5
55,0
55,5
56,0
56,5
57,0
T1 T2 T3
Is-P
F.
Gráfico 5 – Média da Is-PF nos tempos T1, T2 e T3.
Tabela 7 - Teste de Tukey para
comparação da Is-PF nos tempos T1, T2
e T3.
Comparação p
T1 x T2 0,001*
T1 x T3 0,001*
T2 x T3 0,971 ns
* - diferença estatisticamente significante (p<0,05) ns - diferença estatisticamente não significante
Resultados
79
Variável ENP-PF A medida da variável ENP-PF não apresentou diferenças estatisticamente
significantes entre os 3 tempos comparados T1, T2 e T3 (p=0,150; tabela 2 e 3;
gráfico 6).
23,90
24,00
24,10
24,20
24,30
24,40
24,50
24,60
24,70
24,80
24,90
25,00
T1 T2 T3
EN
P-P
F..
Gráfico 6 – Média de ENP-PF nos tempos T1, T2 e T3.
Variável ENA-PF Houve um aumento estatisticamente significante de 2,06 mm da distância do
ponto ENA ao plano de Frankfurt, quando comparados T1 e T2. Não houve
diferença estatisticamente significante quando comparados em T2 e T3 (tabelas 2, 3
e 8; gráfico 7).
Resultados
80
20,50
21,00
21,50
22,00
22,50
23,00
23,50
24,00
T1 T2 T3
EN
A-P
F..
Gráfico 7 – Média de ENA-PF nos tempos T1, T2 e T3.
Tabela 8 - Teste de Tukey para
comparação de ENA-PF nos tempos T1,
T2 e T3.
Comparação P
T1 x T2 0,001*
T1 x T3 0,163 ns
T2 x T3 0,085 ns
* - diferença estatisticamente significante (p<0,05) ns - diferença estatisticamente não significante
Resultados
81
Variável Me- PF Observou-se um aumento estatisticamente significante da variável Me-PF de
4,06 mm, quando comparados T1 e T2. Houve uma diminuição estatisticamente
significante de 1,73 mm entre os tempos T2 e T3 (tabelas 2, 3 e 9; gráfico 8) .
97,00
98,00
99,00
100,00
101,00
102,00
103,00
104,00
105,00
T1 T2 T3
Me-
PF
.
Gráfico 8 – Média de Me-PF nos tempos T1, T2 e T3.
Tabela 9 - Teste de Tukey para
comparação de Me-PF nos tempos T1, T2
e T3.
Comparação P
T1 x T2 0,000*
T1 x T3 0,000*
T2 x T3 0,001*
* - diferença estatisticamente significante (p<0,05) ns - diferença estatisticamente não significante
Resultados
82
Variável A-PF A variável A-PF aumentou de forma estatisticamente significante, 2,33 mm,
quando comparados T1 e T2. Não houve diferença estatisticamente significante
quando comparados T2 e T3 (tabelas 2, 3 e 10; gráfico 9).
27,00
27,50
28,00
28,50
29,00
29,50
30,00
30,50
31,00
T1 T2 T3
A-P
F.
Gráfico 9 – Média de A -PF nos tempos T1, T2 e T3.
Tabela 10 - Teste de Tukey para
comparação de A-PF nos tempos T1, T2
e T3.
Comparação p
T1 x T2 0,000*
T1 x T3 0,051 ns
T2 x T3 0,101 ns
* - diferença estatisticamente significante (p<0,05) ns - diferença estatisticamente não significante
Resultados
83
Variável ENA- Nperp Houve um aumento estatisticamente significante de 2,23 mm da medida ENA-
Nperp, quando comparados T1 e T2. Não houve diferença estatisticamente
significante quando comparados T2 e T3 (tabelas 2, 3 e 11; gráfico 10).
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
7,00
8,00
9,00
T1 T2 T3
Ena
a N
per
p
Gráfico 10 – Média de ENA-Nperp nos tempos T1, T2 e T3.
Tabela 11 - Teste de Tukey para
comparação de ENA-Nperp nos tempos
T1, T2 e T3.
Comparação p
T1 x T2 0,002*
T1 x T3 0,039*
T2 x T3 0,421 ns
* - diferença estatisticamente significante (p<0,05) ns - diferença estatisticamente não significante
Resultados
84
Variável A- Nperp Não houve diferença estatisticamente significante entre os 3 tempos T1, T2 e
T3, quando comparados (p= 0,080; tabela 2 e3; gráfico 11).
-0,60
-0,40
-0,20
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
T1 T2 T3
A a
N p
erp
Gráfico 11 – Média de A -Nperp nos tempos T1, T2 e T3.
Variável Sf1/- Nperp A variável Sf1/-Nperp não apresentou diferença estatisticamente significante
entre os 3 tempos T1, T2 e T3, quando comparados (p= 0,052; tabela 2 e 3; gráfico
12).
Resultados
85
6,00
6,50
7,00
7,50
8,00
8,50
9,00
T1 T2 T3
Ves
tibul
ar In
c S
uper
ior
a N
per
p
Gráfico 12 – Média da Sf1/- Nperp nos tempos T1, T2 e T3.
Variável Is- Nperp Observou-se que não houve diferença estatisticamente significante entre T1 e
T2, quando comparados. Houve uma diminuição estatisticamente significante desta
variável de 1,78 mm quando comparados T2 e T3 (tabelas 2, 3 e 12; gráfico 13).
Resultados
86
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
7,00
8,00
T1 T2 T3
Inci
sal d
o In
c S
uper
ior
a N
per
p
Gráfico 13 – Média da Is-Nperp nos tempos T1, T2 e T3.
Tabela 12 - Teste de Tukey para
comparação da Is-Nperp nos tempos T1,
T2 e T3.
Comparação p
T1 x T2 0,855 ns
T1 x T3 0,036*
T2 x T3 0,010*
* - diferença estatisticamente significante (p<0,05) ns - diferença estatisticamente não significante
Resultados
87
Variável Ii-Nperp Houve uma diminuição, estatisticamente significante de 3,07 mm na distância
do ponto Ii à Linha Nperp, quando comparados T1 e T2. Não houve diferença
estatisticamente, quando comparados os tempos T2 e T3 (tabelas 2, 3 e 13; gráfico
14).
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
3,50
4,00
4,50
5,00
T1 T2 T3
Inci
sal d
o In
c In
ferio
r a
N p
erp
Gráfico 14 – Média da Ii-Nperp nos tempos T1, T2 e T3.
Tabela 13 - Teste de Tukey para
comparação da Ii-Nperp nos tempos T1,
T2 e T3.
Comparação p
T1 x T2 0,000*
T1 x T3 0,003*
T2 x T3 0,292 ns
* - diferença estatisticamente significante (p<0,05) ns - diferença estatisticamente não significante
Resultados
88
Variável B- Nperp A variável B-Nperp apresentou uma diminuição estatisticamente significante
de 4,42 mm, quando comparados os tempos T1 e T2. Contudo, houve um aumento
de 1,72 mm quando comparados os tempos T2 e T3 (tabelas 2, 3 e 14; gráfico 15).
-4,50
-4,00
-3,50
-3,00
-2,50
-2,00
-1,50
-1,00
-0,50
0,00
0,50
1,00
T1 T2 T3
B a
N p
erp
Gráfico 15 – Média de B-Nperp nos tempos T1, T2 e T3.
Tabela 14 - Teste de Tukey para
comparação de B-Nperp nos tempos T1,
T2 e T3.
Comparação p
T1 x T2 0,000*
T1 x T3 0,001*
T2 x T3 0,046*
* - diferença estatisticamente significante (p<0,05) ns - diferença estatisticamente não significante
Resultados
89
Variável Pog- Nperp Houve uma diminuição estatisticamente significante de 5,26 mm na distância
do ponto Pog à linha Nperp, quando comparados os tempos T1 e T2. Houve um
aumento estatisticamente significante de 2,06 mm desta variável quando
comparados os tempos T2 e T3 (tabelas 2, 3 e 15; gráfico 16).
-3,00
-2,00
-1,00
0,00
1,00
2,00
3,00
T1 T2 T3
Pog
a N
per
p
Gráfico 16 – Média de Pog-Nperp nos tempos T1, T2 e T3.
Tabela 15 - Teste de Tukey para
comparação de Pog-Nperp nos tempos
T1, T2 e T3.
Comparação P
T1 x T2 0,000*
T1 x T3 0,001*
T2 x T3 0,039*
* - diferença estatisticamente significante (p<0,05) ns - diferença estatisticamente não significante
Resultados
90
Variável Me- Nperp A variável Me-Nperp apresentou uma diminuição estatisticamente significante
de 5,42 mm, quando comparados os tempos T1 e T2. Porém, houve um aumento
estatisticamente significante de 2,18 mm quando comparados os tempos T2 e T3
(tabelas 2, 3 e 16; gráfico17).
-9,00
-8,00
-7,00
-6,00
-5,00
-4,00
-3,00
-2,00
-1,00
0,00
T1 T2 T3
Me
a N
per
p
Gráfico 17 – Média de Me-Nperp nos tempos T1, T2 e T3.
Tabela 16 - Teste de Tukey para
comparação de Me-Nperp nos tempos T1,
T2 e T3.
Comparação p
T1 x T2 0,000*
T1 x T3 0,002*
T2 x T3 0,042*
* - diferença estatisticamente significante (p<0,05) ns - diferença estatisticamente não significante
Resultados
91
5.2. VARIÁVEIS DE TECIDO MOLE: Variável Pn-Nperp Não houve diferença estatisticamente significante da variável Pn-Nperp entre
os 3 tempos avaliados T1, T2 e T3 (p=0,750; tabela 2, 3 e gráfico 18).
34,75
34,80
34,85
34,90
34,95
35,00
35,05
35,10
35,15
T1 T2 T3
Pn
a N
per
p
Gráfico 18 – Média de Pn-Nperp nos tempos T1, T2 e T3.
Variável Prn-Nperp A variável Prn-Nperp não apresentou diferença estatisticamente significante
entre os 3 tempos avaliados T1, T2 e T3 (p= 0,169; tabela 2, 3 ; gráfico 19).
Resultados
92
26,80
27,00
27,20
27,40
27,60
27,80
28,00
T1 T2 T3
Prn
a N
per
p
Gráfico 19 – Média de Prn-Nperp nos tempos T1, T2 e T3.
Variável Sn-Nperp Não houve diferença estatisticamente significante entre os 3 tempos
avaliados T1, T2 e T3 (p= 0,064; tabela 2 e 3; gráfico 20).
16,20
16,40
16,60
16,80
17,00
17,20
17,40
17,60
17,80
18,00
18,20
T1 T2 T3
Sn
a N
per
p
Gráfico 20 – Média de Sn-Nperp nos tempos T1, T2 e T3.
Resultados
93
Variável Ls-Nperp Observou-se uma diminuição estatisticamente significante de 0,70 mm da
variável Ls-Nperp, quando comparados os tempos T1 e T2. Quando comparado T2
e T3, também houve uma diminuição estatisticamente significante de 0,70 mm
(tabelas 2, 3 e 17; gráfico 21).
19,00
19,50
20,00
20,50
21,00
21,50
T1 T2 T3
Ls a
N p
erp
Gráfico 21 – Média de Ls-Nperp nos tempos T1, T2 e T3.
Tabela 17 - Teste de Tukey para
comparação de Ls-Nperp nos tempos T1,
T2 e T3.
Comparação P
T1 x T2 0,000*
T1 x T3 0,002*
T2 x T3 0,042*
* - diferença estatisticamente significante (p<0,05) ns - diferença estatisticamente não significante
Resultados
94
Variável Stm-Nperp Não houve diferença estatisticamente significante entre os 3 tempos
avaliados T1, T2 e T3 (p=0,201; tabela 2 e 3; gráfico 22) .
8,50
9,00
9,50
10,00
10,50
11,00
T1 T2 T3
Stm
a N
per
p
Gráfico 22 – Média de Stm-Nperp nos tempos T1, T2 e T3.
Variável Li-Nperp A variável Li-Nperp apresentou uma diminuição estatisticamente de 2,81 mm,
quando comparados os tempos T1 e T2. Todavia, não houve diferença
estatisticamente significante quando comparados os tempos T2 e T3 (tabelas 2, 3 e
18; gráfico 23).
Resultados
95
16,00
16,50
17,00
17,50
18,00
18,50
19,00
19,50
20,00
20,50
21,00
T1 T2 T3
Li a
N p
erp
Gráfico 23 – Média de Li-Nperp nos tempos T1, T2 e T3.
Tabela 18 - Teste de Tukey para
comparação de Li-Nperp nos tempos T1,
T2 e T3.
Comparação P
T1 x T2 0,001*
T1 x T3 0,012*
T2 x T3 0,551 ns
* - diferença estatisticamente significante (p<0,05) ns - diferença estatisticamente não significante
Resultados
96
Variável Pog’-Nperp Houve uma diminuição estatisticamente significante de 5,09 mm da variável
Pog’-Nperp, quando nos tempos T1 e T2. Contudo, nos tempos T2 e T3 houve um
aumento estatisticamente significante de 1,87 mm (tabelas 2, 3 e 19; gráfico 24).
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
14,00
16,00
18,00
T1 T2 T3
Pog
´ a
N p
erp
Gráfico 24 – Média de Pog’-Nperp nos tempos T1, T2 e T3.
Tabela 19 - Teste de Tukey para
comparação de Pog’-Nperp nos tempos
T1, T2 e T3.
Comparação P
T1 x T2 0,000*
T1 x T3 0,000*
T2 x T3 0,043*
* - diferença estatisticamente significante (p<0,05) ns - diferença estatisticamente não significante
Resultados
97
Variável ângulo nasolabial O ângulo nasolabial apresentou um aumento estatisticamente significante de
7,02º, quando comparados os tempos T1 e T2. Não houve diferença
estatisticamente significante quando comparados T2 e T3 (tabelas 2, 3 e 20; gráfico
25).
94,00
96,00
98,00
100,00
102,00
104,00
106,00
108,00
T1 T2 T3
AN
L
Gráfico 25 – Média do ANL nos tempos T1, T2 e T3.
Tabela 20 - Teste de Tukey para
comparação do ANL nos tempos T1, T2 e
T3.
Comparação P
T1 x T2 0,000*
T1 x T3 0,001*
T2 x T3 0,417 ns
* - diferença estatisticamente significante (p<0,05) ns - diferença estatisticamente não significante
Discussão
Discussão
99
66.. DDIISSCCUUSSSSÃÃOO
Para facilitar a compreensão e interpretação dos resultados, optou-se por
dividir a discussão em tópicos:
6.1. Discussão sobre o tema e método de estudo
6.2. Efeitos promovidos pela EMARC
6.2.1. Alterações dentoesqueléticas verticais
6.2.2. Alterações dentoesqueléticas horizontais
6.2.3. Alterações dos tecidos moles faciais
6.1. DISCUSSÃO SOBRE O TEMA E MÉTODO DE ESTUDO
A deficiência transversal da maxila é uma deformidade dentofacial que se
manifesta principalmente pela mordida cruzada posterior, uni ou bilateral, palato
profundo ou ogival, apinhamentos dentais e dificuldade para respiração nasal.
Outras características observadas são: base nasal estreita, sulco nasolabial
profundo e hipoplasia zigomática15.
Esta deficiência ocorre devido a um desequilíbrio das estruturas do complexo
craniofacial. Sua etiologia é multifatorial, ou seja, causada por fatores genéticos e/ou
ambientais 18,44.
Estima-se que a prevalência da deficiência transversal da maxila varia entre
10 a 15% em jovens e 30% nos adultos em tratamento em clínicas ortodôntico-
cirúrgicas 75.
Discussão
100
Com o propósito de normalizar esta deficiência em pacientes jovens, o
método terapêutico utilizado é a expansão rápida da maxila, realizada por meio de
um aparelho disjuntor que libera forças intensas, consideradas ortopédicas, podendo
oscilar entre 1000 a 3000 gramas em uma única ativação e acumular mais de 7000
gramas em ativações consecutivas sobre os dentes de ancoragem. A ERM promove
alterações esqueléticas e dento-alveolares, com a abertura da sutura palatina
mediana, resultando em um diastema nos incisivos superiores 46,30.
Segundo HAAS47, a ERM é indicada principalmente para tratamentos de
casos cirúrgicos e não-cirúrgicos de pacientes possuindo a má oclusão de Classe III
(especialmente os não-cirúrgicos), casos de deficiência transversal maxilar real ou
relativa, pacientes portadores de fissura palatina completa e em pacientes
apresentando apinhamentos, em que o perfil facial não admite a realização das
extrações dentárias.
As dificuldades para a realização da ERM aumentam com a idade, em função
do aumento das interdigitações ósseas na sutura palatina mediana que, ao final do
crescimento maxilar conferem uma resistência esquelética significativa ao nível das
suturas zigomático-temporal, zigomático-frontal e zigomático-maxilar63. Há um
consenso de que quanto mais velho o paciente, pior o prognóstico31. Clinicamente,
deve-se observar limitações como resistência à expansão, compressão do tecido
mole, excessiva inclinação dos dentes de apoio, inclinação da parede alveolar
vertical e pacientes com condições periodontais comprometidas29. As complicações
podem ser eliminadas com procedimentos auxiliares, ou seja, assistência cirúrgica à
ERM, a qual pode ser obtida com vários tipos de osteotomias.
O 1º a descrever uma técnica de ERMAC foi BROWN23, em 1938. As indicações
para esse procedimento são para pacientes fora da fase de crescimento, deficiência
transversal da maxila com discrepância maxilo-mandibular maior que 5 mm,
deficiência transversal significante com maxila atrésica e mandíbula larga, falha na
expansão ortodôntico-ortopédica, necessidade de expansão maior que 7mm e tecido
gengival delicado e fino e maturidade esquelética, com 15 anos de idade ou mais15.
Para LEHMAN; HAAS; HAAS61 outra indicação para ERMAC compreende os
casos que não necessitam de cirurgia maxilar subseqüente. Entretanto esses
autores concordam com LINES63 e BERGER et al.13, ao afirmarem que a ERMAC
pode ser o procedimento preliminar para alguns pacientes que necessitam de
cirurgia ortognática maxilar subseqüente.
Discussão
101
Existem outras técnicas para se corrigir a deficiência transversal da maxila,
como a osteotomia Le Fort I segmentada e a distração osteogênica, embora os
resultados mais estáveis sejam obtidos com a utilização da ERMAC75,84.
Na seleção dos pacientes deste estudo foram utilizados para o diagnóstico
ortodôntico: a anamnese, exame clínico, análise dos modelos e avaliação
radiográfica. Utilizou-se também o índice diferencial transversal maxilo-mandibular
obtido nas telerradiografias póstero-anteriores, com o objetivo de avaliar a
discrepância maxilo-mandibular transversal inicial e caracterizar a amostra, conforme
preconizado por BETTS et al.15.
Deste modo, foram selecionados 17 pacientes, considerados suficientes para
a realização das análises estatísticas, devido ao semelhante comportamento das
variáveis estudadas.
A metodologia empregada para obtenção dos traçados cefalométricos foi o
programa Radiocef Studio 4.0, que é consolidado no meio ortodôntico e radiológico
como sendo totalmente confiável.
VASCONCELOS92 comparou as medições efetuadas por este programa com
dois métodos: medições efetuadas manualmente e com o programa canadense
Dentofacial Planner 7.02, já utilizado anteriormente em trabalhos de pesquisa. A
autora concluiu que o programa de traçado cefalométrico pesquisado pode ser
utilizado confiavelmente como recurso auxiliar de diagnóstico, plano de tratamento,
acompanhamento e avaliação de tratamentos ortodônticos nos âmbitos clínicos e de
pesquisa.
Para a avaliação da medição efetuada nas 51 telerradiografias que compõe a
presente amostra foram escolhidas 21 radiografias aleatoriamente, sendo retraçadas
após 60 dias. Verificou-se que das 25 variáveis analisadas no presente estudo, três
(Is-Nperp, Ii-Nperp, Pn-Nperp) apresentaram diferença estatisticamente significante
após a comparação dos valores obtidos com a aplicação do teste “t”pareado com
nível de significância de 5% para avaliação do erro sistemático. Contudo, aplicando
a fórmula de DAHLBERG para avaliação dos erros casuais, não se encontrou
nenhuma diferença estatisticamente significante entre a 1ª e a 2ª medição (tabela 1).
Segundo TRAJANO et al.91 no estudo comparativo entre método manual e
computadorizado. Os fatores que envolveram as medidas cefalométricas
relacionadas com os incisivos superiores apresentaram diferenças estatisticamente
Discussão
102
significantes, no entanto mínimas o suficiente para não interferir clinicamente no
diagnóstico e plano de tratamento.
O aparelho expansor maxilar indicado foi o Hyrax, pois o mesmo permite
melhor higienização e produz menor irritação à mucosa palatina (BIEDERMAN16,
JACOBS; SINCLAIR53, BISHARA; STALEY18), além de não cumpri-la, o que poderia
ser crítico nas ERMAC, devido à possibilidade de necrose isquêmica.
Com relação à técnica cirúrgica a ser adotada, há um conflito de opiniões
sobre qual é a principal área de resistência à expansão maxilar do esqueleto
craniofacial, sendo assim, diversas osteotomias maxilares tem sido propostas para a
correção da deficiência maxilar transversal nos indivíduos com maturidade
esquelética. O dilema cirúrgico é conciliar ótimos resultados terapêuticos com
procedimentos menos invasivos. Para BERGER et al.13, a escolha das osteotomias
maxilares é um determinante crítico para minimizar os efeitos ortopédicos do
aparelho expansor.
Na presente pesquisa, adotou-se o procedimento realizado por EPKER;
WOLFORD38, com modificações, executadas sob anestesia geral. A osteotomia
obedeceu ao traçado adotado para uma cirurgia Le Fort I, exceto por não abordar a
sutura pterigopalatina e ser associada à osteotomia sagital mediana de maxila. Cabe
ressaltar que a preservação da sutura pterigopalatina garante a fixação da maxila no
período pós-cirúrgico. Outros autores também não abordavam a sutura
pterigopalatina como: LINES63, KENNEDY et al.56, EPKER; WOLFORD38,
GLASSMAN et al.42, LEHMAN et al.61, POGREL et al.76, CAPELOZZA FILHO et al.28,
BASDRA; ZÖLLER; KOMPOSCH10, STRÖMBERG; HOLM88, BONETTI; MARINI;
RIZZI19, NORTHWAY; MEADE JR.74, MANGANELLO et al.66, MEHRA et al.71,
PROFFIT; FIELDS JR77, ANTTILA et al.5.
Entretanto, BELL; EPKER12, KRAUT57, ALPERN; YUROSKO3, BISHARA;
STALEY18, BELL11, SHETTY et al.80, BETTS et al. 15, BANNING et al.8, MORSELLI73,
BERTELÈ; MERCANTI; STELLA14, MEHRA et al.71 (somente com severa deficiência
transversal posterior), CHUNG et al.33, MATTEINI; MOMMAERTS68, MASSULO67,
afirmam que o osso esfenóide é o principal fator de resistência à expansão, o que
justifica a liberação da lâmina pterigóide em contato com o túber da maxila, durante
o procedimento cirúrgico.
Há vários autores na literatura que estudaram cefalometricamente pacientes
com deficiência transversal da maxila submetidos à expansão rápida da maxila.
Discussão
103
Alguns estudos referem-se à ERM sem assistência cirúrgica (HAAS45,46,47,48, DAVIS;
KRONMAN36, HEFLIN50, WERTZ94, BYRUM JR.27, GARDNER ; KRONMAN40,
WHITE96, WERTZ; DRESKIN95, SARVER; JOHNSTON79, BARROS9, SILVA FILHO
et al.82, BOZOLA20, SILVA FILHO et al.83, MAJOURAU; NANDA65, TEIXEIRA;
SILVEIRA; DO VALE90, CAPELOZZA FILHO et al.29, ASANZA et al.6, CAPELOZZA
FILHO; SILVA FILHO30, CHANG; MCNAMARA JR; HERBERG32, ALMEIDA;
CAPELOZZA FILHO; TRINDADE JR2, AKKAYA; LORENZON; ÜÇEM1, CAPELOZZA
FILHO et al.31, FALTIN JR. et al.39, KAWAKAMI et al.54, HANDELMAN et al.49,
GARIB; HENRIQUES; JANSON41, SIMÕES85, BRAMANTE; ALMEIDA21, CLARO et
al. 35, LIMA; BERNARDES62); outros mais raros, à expansão rápida da maxila com
assistência cirúrgica (CHUNG et al.33 e MASSULO67).
A maioria dos pontos dentoesqueléticos e tegumentares selecionados para os
traçados cefalométricos foram reportados na literatura (STEINER86,87,
BURSTONE24,25,26, LEGAN; BURSTONE60, McNAMARA JR.70). No presente estudo
foram utilizados como referência o Plano Horizontal de Frankfurt e a Linha Násio
Perpendicular, os mesmos utilizados por VIGORITO93 e GOLDENBERG43, nos quais
se efetuaram projeções ortogonais dos pontos empregados para obtenção das
variáveis estudadas, na predição cefalométrica das modificações promovidas pela
cirurgia ortognática, durante o planejamento ortodôntico-cirúrgico.
Para melhor visualização e interpretação dos resultados promovidos pela
ERMAC, a discussão será realizada separadamente, sendo as alterações
dentoesqueléticas no sentido vertical e sagital e nos tecidos moles, sagital.
6.2. EFEITOS PROMOVIDOS PELA ERMAC
6.2.1. ALTERAÇÕES DENTOESQUELÉTICAS VERTICAIS
As médias do comportamento das variáveis verticais foram observadas nas tabelas 2 a 10 e nos gráficos 1 a 9,
sendo elas ângulo do plano palatino, ângulo do plano oclusal, ângulo do plano mandibular, 6/-PF, ENP- PF,
ENA- PF, Me- PF, e A- PF, o que possibilitou comprovar as alterações na altura facial anterior inferior ,
rotação horária mandibular e maxilar e a alteração no deslocamento da maxila dos pacientes.
Discussão
104
Por meio das variáveis ENA-PF, A-PF observou-se um aumento médio de
2,06 mm, 2,33mm, respectivamente. A variável ENA-PF em T1 era de 21,74 mm e
passou para 23,80 mm em T2, um aumento médio de 2,06mm e a variável A-PF era
28,42 mm em T1 e 30,75 mm em T2, apresentando um aumento médio de 2,33 mm.
Isto indica que houve uma rotação horária da maxila, ou seja, um deslocamento para
baixo, o que foi confirmado pela variável ENP-PF que permaneceu estável,
provavelmente devido à técnica cirúrgica adotada, onde optou-se por não liberar a
lâmina pterigóide. Reafirmando essa rotação, concordando com HEFLIN50, BYRUM
JR.27, WERTZ; DRESKIN95, SARVER; JOHNSTON79, SILVA FILHO et al.82, SILVA
FILHO et al.83, MAJOURAU; NANDA65, TEIXEIRA; SILVEIRA; DO VALE90,
CAPELOZZA FILHO; SILVA FILHO30, ALMEIDA; CAPELOZZA FILHO; TRINDADE
JR2, KAWAKAMI et al.54, BRAMANTE; ALMEIDA21, CLARO et al.35 e principalmente,
MASSULO67.
JÁ HAAS45,46,48, DAVIS; KRONMAN36, WERTZ94, GARDNER; KRONMAN40,
BIEDERMAN; CHEN17, BARROS9, BOZOLA20, ASANZA et al.6, AKKAYA;
LORENZON; ÜÇEM1, FALTIN JR. et al.39, SIMÕES85, KARAMAN et al.55, CHUNG
et al.33 afirmaram que o deslocamento da maxila é para frente e para baixo.
Dentre os estudos os que receberam a assistência cirúrgica foram de CHUNG
et al.33 e MASSULO67.
Os incisivos superiores tiveram uma suave extrusão que foi verificada pela
variável Is-PF.
Constatou-se que, após o período de contenção de 3 meses, houve uma
estabilidade desta rotação horária maxilar, confirmada pela manutenção das
variáveis em T2 e T3, sem diferença estatisticamente significante das variáveis ENP-
PF, Is-PF, A-PFe ENA-PF.
Contudo, o ângulo do plano palatino não apresentou diferença
estatisticamente significante entre os tempos estudados, corroborando com CHUNG
et al.33 e MASSULO67, que também não encontraram esta rotação maxilar vertical
após a ERMAC. Para CHUNG et al.33, o plano palatino (SN.PP) rotacionou em 0,23º,
no sentido horário, onde a ENA e ENP movimentaram-se para baixo 0,45mm e
0,60mm, respectivamente não sendo diferentes, de forma estatisticamente
significante. Além disso, MASSULO67 observou que o ângulo SN.PP aumentou em
0,4º, com um aumento da ENP em 0,52 mm e a ENA 0,13 mm, mas não
estatisticamente significante. ALMEIDA; CAPELOZZA FILHO; TRINDADE JR2 e
Discussão
105
KAWAKAMI et al.54 também relataram uma rotação horária do plano palatino no
sentido horário, mas não significante estatisticamente.
Assim, segundo as variáveis lineares (ENP-PF, ENA-PF, A-PF, Is-PF) houve
uma rotação maxilar horária e de acordo com o ângulo do plano palatino, este não
se alterou com a ERMAC. Provavelmente, esta rotação maxilar horária não foi
detectada pelo ângulo do plano palatino, por esta medida ser angular e por isso, não
mensurar alterações muito suaves, significantes para as variáveis lineares.
O ângulo do plano mandibular aumentou em 2,74º, resultando em uma
rotação horária da mandíbula após a ERMAC. Constatou-se que ocorreu uma
rotação horária da mandíbula, ou seja, para baixo e para trás, estando de acordo
com MASSULO67 que verificou um aumento de 1,84º e com os autores (CHANG;
MCNAMARA JR; HERBERG32, ALMEIDA; CAPELLOZA FILHO; TRINDADE JR2)
que realizaram a expansão sem assistência cirúrgica. Segundo MASSULO67 o
deslocamento mandibular é devido a combinação de vários fatores, como: inclinação
lateral dos processos alveolares e dos dentes posteriores, sobrecorreção dentária e
extrusão do dente de ancoragem, levando ao aumento da altura facial ântero-
inferior. O autor ainda afirmou que é necessário um tempo maior para determinar se
essa rotação mandibular vem a sofrer autocorreção.
No presente estudo, constatou-se uma suave autocorreção, com uma rotação
anti-horária (1,26º) de T2 para T3, contudo em menor magnitude, de forma que de
T1 para T3 houve uma rotação mandibular horária estatisticamente significante.
Assim, talvez se o tempo avaliado fosse maior, pudesse ser observada uma
autocorreção total, como foi afirmado por GARIB, HENRIQUES, JANSON41.
Esta rotação horária mandibular obtida com valores estatisticamente
significante de T1 para T2, pode ter sido causada pela extrusão dos 1os molares
superiores, que recidivou parcialmente, com uma extrusão ainda significante de T1
para T3.
O aumento da AFAI foi constatado pela variável Me-PF, que aumentou 4,06
mm, de T1 para T2, como corroborado por outros autores como: HAAS45,46,47,48,
DAVIS ; KRONMAN36, HEFLIN50, WERTZ94, BYRUM JR.27, GARDNER;
KRONMAN40, WHITE96, SARVER; JOHNSTON79, BARROS9, SILVA FILHO et al.82,
BOZOLA20, SILVA FILHO et al.83, MAJOURAU; NANDA65, TEIXEIRA, SILVEIRA; DO
VALE90, CAPELOZZA FILHO et al.29, ASANZA et al.6, CAPELOZZA FILHO; SILVA
FILHO30, CHANG; MCNAMARA JR; HERBERG32, ALMEIDA; CAPELOZZA FILHO;
Discussão
106
TRINDADE JR2, AKKAYA; LORENZON; ÜÇEM1, CAPELOZZA FILHO et al.31,
FALTIN JR. et al.39, KAWAKAMI et al.54, HANDELMAN et al.49, CHUNG et al. 33,
SIMÕES85, BRAMANTE; ALMEIDA21, CLARO et al.35 e MASSULO67, quando se
referem ao aumento da AFAI. Porém LIMA; BERNARDES62 não observaram
diferenças estatisticamente significantes das variáveis verticais das bases ósseas,
embora todas as medidas finais encontrassem em torno de 60 a 90% alteradas a
mais em relação as iniciais. A longo prazo, GARIB; HENRIQUES; JANSON41,
afirmaram que não houveram alterações verticais da face.
Após o período de contenção observou-se uma redução de 1,73 mm, de T2
para T3, contudo em menor magnitude que seu aumento de T1 para T2, com um
aumento estatisticamente significante de T1 para T3. Esta diminuição da AFAI no
período de contenção pode significar uma autocorreção, que necessitaria de um
tempo maior de análise para sua comprovação. CHANG; MCNAMARA JR;
HERBERG32 e GARIB; HENRIQUES; JANSON41 após realizarem um estudo
longitudinal observaram que não houve diferença estatisticamente significante na
altura facial anterior inferior, ou seja, as alterações cefalométricas observadas após
a ERM constituem-se de fenômenos temporários.
O ângulo do plano oclusal também mostrou um aumento de 5,38º de T1 para
T2 e depois uma redução de 2,48º de T2 para T3, sendo estatisticamente
significantes para os 3 tempos estudados.
Estas alterações deveram-se à sobrecorreção de 2 a 3 mm da ERM, durante
a ativação do parafuso, a qual cria interferências oclusais quando as cúspides
linguais dos dentes superiores ocluem com as cúspides vestibulares dos inferiores,
contando ainda mais para os aumentos verticais ocasionados, ou seja, levando a
uma alteração no plano oclusal e mandibular, constatado por HEFLIN50, BYRUM
JR.27, SILVA FILHO et al.82, TEIXEIRA; SILVEIRA; DO VALE90, CAPELOZZA
FILHO; SILVA FILHO30, ALMEIDA; CAPELOZZA FILHO; TRINDADE JR2 e
MASSULO67. Devido a essa inclinação dos 1os molares superiores para vestibular
devido a sobrecorreção houve uma extrusão, constatado pelo aumento da variável
6/-PF (2,32 mm).
6.2.2. ALTERAÇÕES DENTOESQUELÉTICAS HORIZONTAIS
Discussão
107
As tabelas 2 e 11 a 16 e os gráficos 10 a 17 demonstraram as alterações
dento-esqueléticas no sentido horizontal por meio das variáveis ENA-Nperp, A-
Nperp, Sf1/-Nperp, Is-Nperp, Ii-Nperp, B-Nperp, Pog-Nperp, e Me-Nperp.
Avaliando A-Nperp observou-se que não houve diferença estatisticamente
significante para os 3 tempos estudados. Observou-se que a maxila não deslocou
para frente, concordando com o estudo de MASSULO67 que também observou que a
maxila não demonstrou um deslocamento ântero-posterior significativo após a
ERMAC. MASSULO67 avaliou a medida S1.ENP e SNA, sendo que a primeira
medida não teve diferença estatisticamente significante e a segunda mostrou uma
redução. O autor afirma que o SNA não deve ser considerado quando é realizada
ERMAC, porque a osteotomia pode levar a uma alteração na anatomia da região
anterior da maxila e também a uma reabsorção óssea. Já CHUNG et al.33
encontraram um deslocamento anterior de 0,6º do ângulo SNA após a estabilização
do aparelho assim como autores que realizaram a ERM não cirúrgicos, como
CHUNG; FONT34, que observaram um aumento do ângulo SNA, ANB, FH-NA, N-A-
pog e A-Nperp, sendo de 0,35º, 1,00o, 0,60º, 2,25º e 0,58 mm respectivamente após
a ERM.
A longo prazo, GARIB; HENRIQUES; JANSON41, comprovaram que a ERM
não apresentou qualquer efeito relevante sobre a maxila no sentido ântero-posterior.
Outros autores aplicando metodologias longitudinais como WERTZ; DRESKIN95 e
CHANG; MCNAMARA JR; HERBERGER32 mostraram resultados semelhantes.
A variável ENA-Nperp apresentou um aumento de 2,23 mm, quando
comparados T1 e T2. Quando comparados T2 e T3 não apresentou diferença
estatisticamente significante, o que confirmou que a maxila rotacionou no sentido
horário.
Os incisivos superiores mantiveram-se estáveis de T1 para T2, contudo após
3 meses de contenção, constatou-se a retrusão dos incisivos superiores,
concordando com estudos de SARVER; JOHNSTON79, AKKAYA; LORENZON;
ÜÇEM1 e MASSULO67.
As variáveis B-Nperp, Pog-Nperp e Me-Nperp apresentaram uma diminuição
estatisticamente significante, de 4,42 mm, 5,26 mm, 5,42 mm nas fases T1 para T2,
respectivamente, o que demonstrou um movimento para trás da mandíbula, ou seja,
confirmando uma rotação mandibular horária. Segundo CHUNG; FONT34, o ângulo
SNB e Pog-Nperp diminuíram em média 0,50º e 1,34 mm respectivamente, contudo
Discussão
108
esta diminuição não foi estatisticamente significante. As variáveis do presente
estudo, juntamente com ângulo do plano mandibular, reafirmaram que a mandíbula
rotacionou no sentido horário, entretanto após 3 meses de contenção com o próprio
aparelho, observou-se que as variáveis apontaram para uma recidiva parcial das
referidas alterações, ou seja, um aumento de 1,72 mm , 2,06 mm e 2,18 mm
respectivamente.
Corroborando com este fato, a longo prazo, GARIB; HENRIQUES;
JANSON41, utilizando o ângulo SNB e a distância Nperp-P observaram que o
retroposicionamento do mento, constatado após a ERM, constituiu-se em um efeito
temporário.
Os incisivos centrais inferiores verificados pela variável Ii-Nperp apresentaram
uma retrusão de T1 para T2 de 3,07 mm. Nos tempos T2 e T3 não houveram
alterações significantes.
6.2.3. ALTERAÇÕES DOS TECIDOS MOLES FACIAIS
O comportamento das variáveis horizontais dos tecidos moles foram
analisadas nas tabelas 2 e 17 a 20 e nos gráficos 18 a 25, sendo elas Pn-Nperp,
Prn-Nperp, Sn-Nperp, Ls-Nperp, Stm-Nperp, Li-Nperp, Pog’-Nperp e ângulo
nasolabial.
As variáveis Pn-Nperp, Prn-Nperp e Sn-Nperp não apresentaram diferenças
estatisticamente significantes, ou seja, não se observou alterações de tecido mole
na região do nariz.
A variável Ls-Nperp diminuiu 0,70 mm, de T1 para T2, ou seja, o tecido mole
acompanhou as alterações dentoesqueléticas, já que a maxila rotacionou no sentido
horário. Após o período de contenção (T3), os valores encontrados foram
significantemente inferiores aos tempos inicial e após estabilização do aparelho, ou
seja, diminuíram mais 0,70 mm, possivelmente pela regressão do edema facial
neste período.
Da mesma forma, Li-Nperp e Pog’-Nperp acompanharam a rotação horária da
mandíbula, levando também a uma diminuição destas variáveis, de 2,81 mm e 5,09
mm, respectivamente, nas fases T1 a T2. Após o período de contenção com o
Discussão
109
próprio aparelho observou-se que a variável Pog’- Nperp, aumentou 1,87 mm.
Segundo LO; HUNTER64 e KARAMAN et al.55, os tecidos moles acompanham as
alterações dentoesqueléticas.
O ângulo nasolabial apresentou um aumento estatisticamente significante de
7,02º, concordando com os estudos de LO; HUNTER64, TALASS; TOLLAAE;
BAKER89, DROBOCKY; SMITH37 relacionados com casos de Classe II, divisão 1
com retração dos incisivos superiores. Uma das possíveis causas foi
reposicionamento dos incisivos superiores para lingual. Segundo LO; HUNTER64,
existe uma correlação direta entre o ângulo nasolabial e os incisivos, quanto maior a
retração dos incisivos superiores, maior era o aumento do ângulo nasolabial. Estes
autores afirmaram ainda que o aumento deste ângulo mostrou também uma
correlação significante com a rotação no sentido horário do plano mandibular nos
casos tratados ortodonticamente.
Após o período de contenção, o ângulo manteve-se estável.
A maioria das variáveis tiveram suas alterações com recidivas parciais, ou
seja, uma autocorreção no período de contenção analisado, necessitando de novos
estudos para observar os efeitos da ERMAC a longo prazo.
Conclusão
Conclusão
111
77.. CCOONNCCLLUUSSÃÃOO
De acordo com a metodologia empregada neste trabalho, a análise e
discussão dos resultados decorrentes da ERMAC, parece-nos lícito concluir que:
7.1. Em relação às alterações esqueléticas:
- Observou-se uma rotação da maxila e da mandíbula no sentido
horário, havendo como conseqüência um aumento da AFAI;
- Após 3 meses de contenção houve uma autocorreção quanto a este
comportamento, embora com menor magnitude quando comparada ao
efeito da expansão obtida;
7.2. Em relação às alterações dentárias:
- Houve uma extrusão dos incisivos superiores, a qual foi mantida no
período de contenção. No sentido sagital observou-se uma retrusão
dos mesmos no período de contenção;
- Quanto aos molares superiores houve uma extrusão após a
expansão, acompanhada de uma recidiva com menor magnitude
quando comparada ao efeito da expansão obtida;
- Os incisivos inferiores retruíram após a ERMAC e mantiveram este
comportamento no período de contenção;
Conclusão
112
7.3 . Em relação ao tecido mole:
- Não houve alteração dos tecidos moles na espessura nasal;
- Houve uma retrusão do lábio superior, lábio inferior e pogônio
acompanhando a parte esquelética;
- O ângulo nasolabial aumentou após a ERMAC;
Referências
Bibliográficas
114
RREEFFEERRÊÊNNCCIIAASS BBIIBBLLIIOOGGRRÁÁFFIICCAASS11
1. AKKAYA, S.; LORENZON, S.; UÇEM, T.T. A comparison of sagittal and
vertical effects between bonded rapid and slow maxillary expansion
procedures. Europ J Orthod., v. 21, n. 2, p. 175-80, 1999.
2. ALMEIDA, G.A; CAPELOZZA FILHO, L.; TRINDADE JR., A.S. Expansão
rápida da maxila: Estudo Cefalométrico prospectivo. Ortodontia, v.32, n.1,
jan./abr., p. 45-56, 1999.
3. ALPERN, M.C.; YUROSKO, J.J. Rapid palatal expansion in adults with and
without surgery. Angle Orthod, Appleton, v.57, n.3, p. 245-263, July,1987.
4. ANGELL, E. H. Treatment of irregularity of the permanent or adult teeth.
Dent Cosmos, v.1, p. 540-4, 599-601, 1860.
5. ANTTILA, A.; et al. Feasibility and long-term stability of surgically assisted
rapid maxillary expansion with lateral osteotomy. Europ J Orthod, v. 26,
n.4, p. 391-95, 2004.
1 De acordo com normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas, NBR-6023 (1989), com
adaptações sugeridas pelas Normas para Apresentações de Monografias, Dissertações e Teses recomendada para uso no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Odontologia, Área de Concentração em Ortodontia, da Universidade Metodista de São Paulo, revisadas em 2004.
115
6. ASANZA, S; CISNEROS, G.J.; NIEBERG,L.G. Comparison of Hyrax and
bonded expansion appliances. Angle Orthod, v.67, n. 1, p. 15-22, 1997.
7. BABCOCK, S.H. The screw expansion plate. Dent Rec, v.31, p. 588-90, 596-
9, 1911.
8. BANNING, L.M. et al. Treatment of Transverse Maxillary Deficiency with
Emphasis on Surgically Assisted- Rapid Maxillary Expansion. Compendium,
v. 17, n. 2, p. 170-8, 1996.
9. BARROS, E.C. Avaliações dentofaciais decorrentes da disjunção da
sutura palatina mediana, realizada com o disjuntor de Haas e de Faltin
Jr., estudadas na telerradiografia lateral segundo a analise
cefalométrica de Ricketts. São Paulo, 1991. 133p. Dissertação
(Especialista)- Faculdade de Odontologia da Universidade Paulista.
10. BASDRA, E.K., ZÖLLER, J. E., KOMPOSCH, G. Surgically Assisted Rapid
Palatal Expansion. J Clin Orthod, v. 29, n. 12, p.762-6, 1995.
11. BELL, W.H. Modern Practice in orthognatic and reconstritive surgery.
Philadelfia: w.b. Saunders Co: 1992, p. 2415-20.
12. BELL, W. H.; EPKER, B. N. Surgical-orthodontic expansion of the maxila.
Am J Orthod, v.70, n.5, p.118-23, Apr. 1976.
13. BERGER, J. L. et al. Stability of orthopedic and surgically assisted rapid
palatal expansion over time. Am J Orthod Dentofacial Orthop, v. 114. n. 6,
p. 638-645. Dec. 1998.
14. BERTELÈ, G., MERCANTI, M., STELLA, F. Structural dentofacial variations
in maxilla expansion. Minerva Stomatologica, v. 48, n. 4, p. 101-113, 1999.
15. BETTS, N.J.; et al. Diagnosis and treatment of transverse maxillary
deficiency. Int J Adult Orthod Orthognath Surg, v. 10, n. 2, p.75-96, 1995.
116
16. BIEDERMAN, W. A hygienic appliance for rapid expansion. J. Pract.
Orthod., v. 2, n. 2, p. 67-70, Feb., 1968.
17. BIEDERMAN, W; CHEN, B. Rapid correction of Class III malocclusion by
midpalatal expansion. Am J Orthod, v. 63, n.1, p. 47-55, Jan, 1973.
18. BISHARA, S. E.; STALEY, R. N. Maxillary expansion: clinical implications.
Am J Orthod Dentofacial Orthop, St. Louis, v. 91, n. 1, p. 3-14, Jan. 1987.
19. BONETTI, G.A., MARINI, I., RIZZI, R. Disconnectable Rapid Palatal
Expander. J Clin Orthod, v. 30, n.6, p.334-6, 1996.
20. BOZOLA. Disjunção Rápida da Sutura Palatina Mediana e sua influência
sobre os ossos da face. São Bernardo do Campo, 1994. Dissertação
(Mestrado) - Faculdade de Odontologia de São Bernardo do Campo -
Universidade Metodista de São Paulo.
21. BRAMANTE, F.S.; ALMEIDA, R.R. Estudo Cefalométrico em Norma Lateral
das Alterações Dentoesqueléticas produzidas por Três Expansores: Colado,
Tipo Haas e Hyrax. Rev. Dental Press Ortodon Ortop facial, v.7, n.3,
mai./jun., p. 19-41, 2002.
22. BROADBENT, B. H. A new x-ray technique and application to orthodontia.
Angle Orthod, v. 51, n. 2, p. 93-114, April, 1931.
23. BROWN, G.V.I. The Surgery of Oral and Facial Diseases and
Malformations, ed 4, p. 507 London, Kimpton,1938.
24. BURSTONE, C. J. The intergumental profile. Am J Orthod, v. 44, n. 1, p.1-
25, January,1958.
25. ____________. Intergumental contour and extension patterns. J Dent Res,
v. 29, n. 2, p.93-104, April,1959.
117
26. BURSTONE, C. J.; et al. Cephalometrics for orthognathic surgery. J Oral
Surg, v. 36, p. 269-277, April, 1978.
27. BYRUN JR, A.G. Evaluation of anterior-posterior and vertical skeletal
changes vs. dental change in rapid palatal expansion cases as studied by
lateral cephalograms. Am J Orthod, v. 60, n. 4, p.419, Oct, 1971.
28. CAPELOZZA FILHO, L.; et al. Expansão Rápida da Maxila Cirurgicamente
Assistida. Ortodontia, v. 27, n. 1, jan./abr., p. 21-30, 1994.
29. CAPELOZZA FILHO, L.; NETO, J.C.; SILVA FILHO, O.G.; URSI, W.J.S.
Non-surgically assisted rapid maxillary expansion in adults. Int J Adult
Orthod Orthognath Surg, v.11, n. 1, p.57-66, 1996.
30. CAPELOZZA FILHO, L.; SILVA FILHO, O.G. Expansão Rápida da Maxila:
Considerações Gerais e Aplicação Clínica. Parte II. Rev. Dental Press
Ortodon Ortop facial, v.2, n. 4, p. 86-108, jul/ago, 1997.
31. CAPELOZZA FILHO, L.; NETO, J.C.; SILVA FILHO, O.G.; URSI, W.J.S.
Expansão Rápida da Maxila em adultos sem Assistência Cirúrgica. Rev.
Dental Press Ortodon Ortop facial, v. 4, n.6, p. 76-83, nov./dez., 1999.
32. CHANG, J.Y.; McNAMARA JR., J.A.; HERBERGER, T.A. A longitudinal
study of skeletal side effects induced by rapid maxillary expansion. Am J
Orthod Dentofacial Orthop, v. 112, n. 3, Sep, 1997.
33. CHUNG, C.; et al. Maxillary sagittal and vertical displacement induced by
surgically assisted rapid palatal expansion. Am J Orthod Dentofacial
Orthop, v. 120, n. 2, p. 144-8, 2001.
34. CHUNG, C; FONT, B. Skeletal and dental changes in the sagittal, vertical,
and transverse dimensions after rapid palatal expansion. Am J Orthod
Dentofacial Orthop, v. 126, n. 5, p. 569-75, 2004.
118
35. CLARO, C.A.A.; et al. Alterações ortopédicas ântero-posteriores decorrentes
da disjunção maxilar com expansor colado. Rev. Dental Press Ortodon
Ortop facial, v. 8, n. 5, set./out., p. 35-47, 2003.
36. DAVIS, W.M.; KRONMAN, J.H. Anatomical changes induced by splitting of
the midpalatal suture. Angle Orthod, v.39, n.2, p. 126-32, Apr., 1969.
37. DROBOCKY, O.B.; SMITH,R.J. Changes in facial profile during orthodontic
treatment with extraction of four first premolars. Am J Orthod, v. 95, n. 3, p.
220-30, March, 1989.
38. EPKER, B.N.: WOLFORD, C.Z. Dentofacial deformity, surgical-
orthodontic correction. In: ______ Dento-facial deformity: surgical-
orthodontic correction. St Louis: Mosby, 1980. p. 305-331.
39. FALTIN JR., K.; MOSCATIELLO, V.A.M; BARROS, E.C. Disjuntor Palatino
Faltin Jr.- Alterações Dentofaciais Decorrentes da disjunção da Sutura
Palatina Mediana. Rev. Dental Press Ortodon Ortop facial, v.4 n., 4,
jul./ago., p. 5-13, 1999.
40. GARDNER, G.E.; KRONMAN, J.H. Cranioskeletal displacements caused by
rapid palatal expansion in Rhesus Monkey. Am J Orthod , v.59, n.2, p.146-
55, Feb.,1971.
41. GARIB, D.G.; HENRIQUES, J.F.C.; JANSON, G. Avaliação Cefalométrica
Longitudinal das Alterações Produzidas pela Expansão Rápida da Maxila.
Rev. Dental Press Ortodon Ortop facial, v. 6, n. 5, set./out., p. 17-30 ,
2001.
42. GLASSMAN, A. S.; NAHIGIAN, S. J. MEDWAY, J. M. Conservative surgical
orthodontic rapid palatal expansion: Sixteen cases. Am J Orthod, v.86, n.3,
p.207-13, Sept., 1984.
119
43. GOLDENBERG, F. C. Cefalometria Radiográfica dento-Esquelética e de
tecidos moles baseada no Traçado Preditivo de Vigorito em Pacientes
Classe III submetidos à cirurgia mandibular. São Paulo, 2003. Tese
(Doutorado) – Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de
Medicina para obtenção do título de Doutor em Ciências.
44. GURGEL, J.A.; SANT’ANA, E,; HENRIQUES, J.F.C. Tratamento
Ortodôntico-Cirúrgico das Deficiências Transversais da Maxila. R. Dental
Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v.6, n.6, p. 59-66, nov./dez. 2001.
45. HAAS, A.J. Rapid expansion of the maxillary dental arch and nasal cavity by
opening the midpalatal suture. Angle Orthod, v.31, n.2, p. 73-90, Apr, 1961.
46. ______. The Treatment of Maxillary Deficiency by Opening The Midpalatal
Suture., Am J Orthod, , v. 35, n. 3, p. 200-17, Jul, 1965.
47. ______. Palatal expansion; just the beginning of dentofacial orthopedics. Am
J Orthod, v.57, n.3, p. 219-55, Mar. 1970.
48. ______. Rapid palatal expansion: a recommended pre requisite to Class III
treatment. Europ Orthod Soc Trans, p. 311-8, 1973.
49. HANDELMAN, C.S.; WANG, L.; BEGOLE, E.A.; HAAS, A.J. Nonsurgical
Rapid Maxillary Expansion in Adults: Report on 47 Cases Using the Haas
Expander. Angle Orthod, v. 70, n. 2, p. 129-144, 2000.
50. HEFLIN, B.M. A three-dimensional cephalometric study of the influence of
expansion of the midpalatal suture on the bones of the face. Am J Orthod
Dentofacial Orthop , V.57, n.2, p. 194-5, Feb.,1970.
51. HOFRAT, H. Die bedeutung der Rontgenfern und Abstandsaufnahme fur die
Diagnostik der Kieferanomalien. Fortschr Orthod, v.1, p. 232-58, Apr/July,
1931.
120
52. HOUSTON, W.J.B. The analysis of errors in orthodontic measurements. Am.
J. Orthod., v.83, n.5, p.382-90, May, 1983.
53. JACOBS, J.D.; SINCLAIR, P.M. Principles of orthodontic mechanics in
orthognathic surgery cases. Am J Orthod , V.84, n. 5, p. 399-407, Nov,1983.
54. KAWAKAMI, R.Y. et al. Comparação dos efeitos dentoesqueléticos,
produzidos por dois tipos de disjuntores palatinos, por meio de análise
cefalométrica em norma lateral. Ortodontia, v. 32, n. 3, set./dez., p. 08-27,
1999.
55. KARAMAN, A.I.; et al. Examination of Soft Tissue Changes Alter Rapid
Maxillary Expansion. World J Orthod, v. 3, n.3, p.217-22, 2002.
56. KENNEDY, J. W.; BELL, W. H.; KIMBROUGH, O. L.; BARRY, J. W.
Osteotomy as adjunct to rapid maxillary expansion. Am J Orthod, v. 70 n.2,
p. 123-37, Apr. 1976.
57. KRAUT, R.A. Surgically assisted rapid maxillary expansion by opening the
midpalatal suture. J Oral Maxillofac Surg, v.42, p. 651-55, 1984.
58. KREBS, A. Expansion on the midpalatal suture, studied by means of metallic
implants. Acta Odont. Scand., v. 17, n.4, p. 491-501, Dec., 1959.
59. KORKHAUS,G. Present orthodontic thought in Germany. Am J Orthod, v.
46, n. 3, p. 187-206, Mar., 1960.
60. LEGAN, H.L.; BURSTONE,C.J. – Soft tissue cephalometric analysis for
orthognatic surgery. J. Oral Surg., v. 38, n. 5, p. 384-391, 1980.
61. LEHMAN, J.A.; HAAS, A.J.; HAAS,D.J. Surgical orthodontic correction of
transverse maxillary deficiency: a simplified approach. Plast Reconstr Surg,
v. 73, p. 62-6, 1984.
121
62. LIMA, E.B.; BERNARDES, L.A.A. Avaliação da sutura palatina mediana e
das alterações verticais das bases ósseas pós-expansão rápida da maxila
com aparelho tipo Haas. J. Bras. Ortodon. Ortop. Facial, v.48, n.8, p. 485-95,
2003.
63. LINES, P. A. Adult rapid maxillary expansion with corticotomy. Am J Orthod,
v.67, p.44-56, 1975.
64. LO, F.D.; HUNTER,S. Changes in nasolabial angle related to maxillary
incisor retraction. Am J Orthod, v.82, n.5, p.384-91, Nov, 1982.
65. MAJOURAU, A.; NANDA, R. Biomechanical basis of vertical dimension
control during rapid palatal expansion therapy. Am J Orthod Dentofacial
Orthop, v. 106, n. 3, p.322-8, Sept, 1994.
66. MANGANELLO, L.C.; SILVEIRA, M.E.; CAPELLETE,M. Tratamento
ortodôntico-cirúrgico da atresia de maxila. Cirurgia ortognática e ortodontia,
Cap. 5, p.101-05, 1a ed. São Paulo. Ed Santos, 1998.
67. MASSULO, R. C. S. Avaliação cefalométrica de indivíduos submetidos à
expansão rápida maxilar assistida cirurgicamente. Porto Alegre, 2003.
237p. Dissertação (Mestrado)- Faculdade de Odontologia da Pontifícia
Universidade Católica do Rio Grande do Sul.
68. MATTEINI, C.; MOMMAERTS, M.Y. Posterior transpalatal distraction with
pterygoid disjunction: A short-term model study. Am J Orthod Dentofacial
Orthop, v. 120, n. 5, p. 498-502, 2001.
69. MAZZIEIRO, E.T. Estudo cefalométrico, em norma frontal, das
alterações dentoesqueléticas após a expansão rápida da maxila, em
pacientes na faixa etária de 10 a 16 anos e 2 meses. Bauru, 1994. 128p.
Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade
de São Paulo.
122
70. McNAMARA JR., J.A. A method of cephalometric evaluation. Am J Orthod,
v. 86, n. 6, p. 449-69, Dec , 1984.
71. MEHRA, P.; et al. Life-threatening, delayed epistaxis after surgically assisted
rapid palatal expansion: a case report. J Oral Maxillofac Surg, v. 57, n.2, p.
201-04, 1999.
72. MOORRES, C.F.A; KEAN, M.R. Natural head position, a basic consideration
in the interpretation of cephalometric radiographs. Am J Phy Anthrop, v. 16,
p. 213-34, 1958.
73. MORSELLI, P.G. Surgical maxillary expansion: a new minimally invasive
technique. J Cranio Maxillofac Surg, v. 25, n. 2, p. 80-84, 1997.
74. NORTHWAY, W.M.; MEADE JR., J. Surgically assisted rapid maxillary
expansion: A comparison of technique, response, and stability. Angle
Orthod, v. 67, n. 4, p. 309-20, 1997.
75. PHILLIPS,C.; et al. Stability of surgical maxillary expansion. Int J Adult
Orthod Orthognath Surg, v. 7, p. 139-46, 1992.
76. POGREL, M.A.; et al. Surgically Assisted Rapidy Maxillary Expansion in
Adults. Int J Adult Orthod Orthog Surg, v. 7, n. 1, p.37-41, 1992.
77. PROFFIT, W.R.; FIELDS JUNIOR, H.W. Tratamentos cirúrgico e ortodôntico
combinados. Ortodontia contemporânea. Cap.22, p. 637-70. Ed Guanabara,
2002.
78. ROCABADO, M. Analisis biomecanico craneo cervical através de una
teleradiografia lateral. Ver. Chilena Ortod, v.l, p. 42-52, 1984.
79. SARVER, D. M.; JOHNSTON, M. W. Skeletal changes in vertical and anterior
displacement of the maxilla with bonded rapid palatal expansion appliance.
Am J Orthod Dentofacial Orthop, v.95, n.6, p. 462-6, Jun., 1989.
123
80. SHETTY, V., et al. Biomechanical Rationale for Surgical- Orthodontic
Expansion of the Adult Maxilla. J Oral Maxillofac Surg., v. 52, n. 7, p. 742-
51, 1994.
81. SILVA FILHO, O.G.; CAPELOZZA FILHO, L. Expansão rápida da maxila:
preceitos clínicos. Ortodontia, v.21, n.1, p.61-81, jan./jun., 1988.
82. SILVA FILHO, O.G.; VILLAS BOAS, M.C.; CAPELOZZA FILHO, L. Rapid
maxillary expansion in the primary and mixed dentitions: A cephalometric
evaluation. Am J Orthod Dentofacial Orthop, v.100, n.2, p. 171-81, 1991.
83. SILVA FILHO, O.G.; et al. Expansão rápida da maxilla na dentadura
permanente: avaliação cefalométrica. Ortodontia, v.27, n.2, p. 68-76,
mai./ago., 1994.
84. SILVERSTEIN, K.; QUINN, P.D. Surgically-Assisted Rapid Palatal Expansion
for Management of Transverse Maxillary Deficiency. J Oral Maxillofac
Surg., v. 55, n. 7, p.725-27, July, 1997.
85. SIMÕES, M.M. Avaliação cefalométrica radiográfica das alterações no
posicionamento mandibular após os efeitos da disjunção rápida da
sutura palatina mediana. São Bernardo do Campo, 2002. 198p.
Dissertação (Mestrado)- Faculdade de Odontologia de São Bernardo do
Campo - Universidade Metodista de São Paulo.
86. STEINER,C.C. - Cephalometrics for you and me. Am. J. Orthod., 39:.729-
775, 1953.
87. _____________. Cephalometrics in clinical practice. Angle Orthod, v. 29,
n.1, p. 8-29, January, 1959.
88. STRÖMBERG, C.; HOLM, J. Surgically assisted, rapid maxillary expansion in
adults. A restropective long-term follow-up study. J Cranio Maxillofac Surg,
V. 23, p. 222- 27, 1995.
124
89. TALASS, M. F.; TOLLAAE, L.; BAKER, R.C. Soft-tissue profile changes
resulting from retraction of maxillary incisors. Am J Orthod, v. 91, n. 5, p.
385-94, May, 1987.
90. TEIXEIRA, L.R.A.C.; SILVEIRA, A.C.A.; DO VALE, D.M.V. Avaliação das
alterações esqueléticas ântero-posteriores, transversais e verticais
decorrentes da expansão rápida da maxila. Revista da SOPEO, v.3, n.2,
p.18-23, 1996.
91. TRAJANO, F. S.; et al. Estudo comparativo entre os Métodos de Análise
Cefalométrica Manual e Computadorizada. R. Dental Press Ortodon Ortop
Facial, Maringá, v.5, n.6, p. 57-62, nov./dez. 2000.
92. VASCONCELOS, M.H.F. Avaliação de um programa de traçado
cefalométrico. Bauru, 2000. 178p. Tese (Doutorado) – Faculdade de
Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo.
93. VIGORITO, J. W. - Traçado Predictivo – Proposta de um método em casos
de maloclusões dentárias com indicação para cirurgia ortognática.
Ortodontia, v. 33, p. 62-72, 2000.
94. WERTZ, R.A. Skeletal and dental changes accompanying rapid midpalatal
suture opening. Am J Orthod, v. 58, n. 1, p. 41-66, July, 1970.
95. WERTZ, R.A.; DRESKIN,M. Midpalatal suture opening: a normative study.
Am J Orthod, v. 71, n. 4, p. 367-81, April, 1977.
96. WHITE, R.E. A cephalometric appraisal of changes in the maxillofacial
complex resulting from palatal suture expansion utilizing fixed appliance
therapy. Am J Orthod, v. 61, n. 5, p. 527-8, May, 1972.
97. ZAR, J.H. Biostatistical analysis. New Jersey: Prentice-Hall, 3rd ed., 1996.
Anexos
126
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (Obrigatório Para Pesquisas Cientificas em Seres Humanos – Resolução CNS 196/96)
COMITÊ DE ÉTICA PARA ANÁLISE DE PROJETOS DE PESQUISA
CEAPP I – DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE OU RESPONSÁVEL LEGAL 1 – Nome do Paciente:_______________________________________________________
Doc. de Ident. nº____________________ Sexo: M ( ) F ( ) Data Nasc.:____/____/_____
Endereço:_______________________________________ Cidade:___________________
CEP:_____________________________ Telefone :DDD(___)_______________________
2 – Responsável Legal:______________________________________________________
Doc. de Ident. nº____________________ Sexo: M ( ) F ( ) Data Nasc.:____/____/_____
Endereço:_______________________________________ Cidade:___________________
CEP:_____________________________ Telefone:DDD(___)_______________________
II – DADOS SOBRE A PESQUISA CIENTÍFICA
1 – Titulo do Protocolo de Pesquisa: Avaliação cefalométrica das alterações sagitais e
verticais em pacientes submetidos à expansão rápida da maxila assistida
cirurgicamente.
2 – Pesquisador: Tatiana Sumie Kawahara Abrahão
Cargo/Função: Mestranda em Ortodontia Inscrição Conselho Regional Nº: 60.418
Disciplina: Ortodontia
Curso de: Odontologia Faculdade de: Odontologia UMESP
III – EXPLICAÇÕES AO PACIENTE E/OU SEU REPRESENTANTE LEGAL
1 – Justificativa e os objetivos da pesquisa (explicar): Identificar e tratar as deficiências maxilares transversais,
melhorando a função oclusal e estética facial e dental.
2 – procedimentos que serão utilizados e propósitos, incluindo a identificação dos procedimentos que são
experimentais (explicar): Será instalado um aparelho ortodôntico apoiado através de bandas (anéis que
envolverão os primeiros pré-molares e primeiros molares superiores) que estarão soldadas a um parafuso
expansor, posteriormente o paciente será encaminhado para a realização de um procedimento cirúrgico sob
anestesia geral com finalidade de diminuir a resistência óssea e permitir a expansão maxilar.
3 – desconfortos e riscos esperados (explicar): Idas a faculdade com mais freqüência e necessidade de
deslocamento ao Hospital das Clinicas da Faculdade de medicina da Universidade de São Paulo no
departamento de Cirurgia Plástica e Queimados, setor de deformidades craniofaciais.
Desconforto com a colocação do aparelho que ficará preso aos dentes durante todo o período da expansão e
contenção. Desconforto pós-operatório da cirurgia realizada na maxila com os seguintes sintomas: dor, edema,
e possíveis sangramentos, que serão controlados através de medicamento anti-inflamatório. O aparelho ficará
por um período aproximado de 4 a 6 meses. Eventuais riscos trans-cirúrgicos serão de responsabilidade do HC
e da equipe médica responsável pelo procedimento. As avaliações feitas pós-cirurgia estarão isentas de
quaisquer riscos aos pacientes
127
4 – benefícios que poderão ser obtidos (explicar): Melhora a função respiratória, a estética facial, o
posicionamento dos dentes, e elimina da atresia maxilar.
5 – procedimentos alternativos que possam ser vantajosos para o individuo (explicar): As deformidades
apresentadas apresentam como única forma de tratamento a intervenção ortodôntica-cirúrgica
6 – esclarecimento sobre a garantia de receber resposta a qualquer pergunta ou esclarecimento, a qualquer duvida
acerca dos procedimentos, riscos, benefícios e outros assuntos relacionados com a pesquisa e o tratamento do
individuo:
(X) Sim ( ) Não
7 – esclarecimento sobre a liberdade de retirar seu consentimento a qualquer momento e deixar de participar no
estudo, sem que isto traga prejuízo à continuação do seu cuidado e tratamento:
(X) Sim ( ) Não
8 – compromisso sobre a segurança de que não se identificará o individuo além das fotos de frente, perfil e
sorriso e que se manterá o caráter confidencial da informação relacionada com sua privacidade:
(X) Sim ( ) Não
9 – compromisso de proporcionar informação atualizada obtida durante o estudo, ainda que esta possa afetar a
vontade do individuo em continuar participando:
(X) Sim ( ) Não
IV – CONSENTIMENTO PÓS-ESCLARECIDO
Declaro que, após ter sido convenientemente esclarecido pelo pesquisador, conforme registro nos itens
1 á 10 do inciso III, consumo em participar, na qualidade de paciente, do Projeto de Pesquisa referido no inciso
II.
São Paulo,_____ de _______________ de ________
Assinatura do paciente ou responsável legal Assinatura da pesquisador a
RG. Tatiana Sumie Kawahara Abrahão
CRO-SP 60.418
Testemunha
RG.
NOTA: Este termo deverá ser elaborado em três vias, ficando uma via em poder do paciente ou seu representante legal,
outra deverá ser juntada à pasta do paciente e a terceira via deverá estar de posse do pesquisador.
128
FICHA CATALOGRÁFICA
Abrahão, Tatiana Sumie Kawahara
Avaliação cefalométrica das alterações sagitais e verticais em pacientes submetidos
à expansão rápida da maxila assistida cirurgicamente / Tatiana Sumie Kawahara
Abrahão. São Bernardo do Campo, 2006.
128 p.
Dissertação (Mestrado) - Universidade Metodista de São Paulo, Faculdade de
Odontologia, Curso de Pós-Graduação em Ortodontia.
Orientação : Fernanda Cavicchioli Goldenberg
1. Cefalometria 2. Maxila – Expansão 3. Cirurgia ortognática
I. Título
...................................................................................... D. Black D4
Apêndice
APÊNDICE A
Valores das medidas individuais das variáveis cefalométricas em T1, T2 e T3.
Ângulo do Plano Palatino (grau) Ângulo do Plano Mandibular (grau) Ângulo do Plano Oclusal (grau)
Paciente Idade Dt. Nasc. T1 T2 T3 T1 T2 T3 T1 T2 T3 1 F 32,3 3/2/1972 5,91 8,98 8,20 37,21 40,83 38,51 16,02 25,74 22,73 2 F 17,4 5/5/1987 3,92 4,03 3,50 37,19 37,91 37,41 18,02 13,11 15,50 3 F 37,8 1/10/1966 3,59 2,91 4,07 29,47 33,10 32,30 2,52 5,10 2,56 4 F 21,0 10/4/1983 0,58 2,94 2,06 28,60 33,02 32,08 5,10 11,80 10,53 5 F 28,6 27/9/1975 2,46 1,33 3,82 21,84 23,53 20,90 5,16 5,75 4,16 6 M 19,7 2/1/1985 7,98 8,85 8,50 31,83 35,84 32,38 8,00 13,66 9,35 7 M 26,1 2/1/1978 2,23 1,32 3,27 24,00 26,36 24,67 6,44 5,42 5,77 8 M 21,11 24/5/1982 4,36 0,72 2,33 24,89 25,55 25,76 6,01 8,10 7,51 9 M 35,6 10/10/1968 1,22 2,31 1,91 32,74 36,93 35,75 7,14 14,34 13,89 10 F 19,10 20/11/1984 0,70 6,13 1,93 28,10 32,42 31,58 5,83 18,11 11,26 11 F 19,9 11/5/1984 8,17 7,37 6,14 29,26 31,38 33,54 3,93 13,24 12,98 12 F 17,9 22/5/1986 2,37 1,25 1,75 28,80 32,51 31,19 0,80 13,89 12,11 13 M 18,9 4/7/1985 0,04 0,17 2,74 36,92 37,80 36,90 13,52 14,98 12,93 14 F 28,0 30/3/1976 1,19 1,60 0,54 33,30 36,87 36,12 9,74 17,31 11,06 15 F 23,8 25/7/1980 4,84 5,25 5,10 28,72 30,23 26,51 7,78 13,68 4,43 16 F 24,7 16/3/1980 3,26 3,44 3,43 27,86 29,22 28,36 0,23 6,36 1,88 17 M 17,0 24/4/1986 8,10 4,70 6,34 23,43 27,22 25,34 0,42 7,46 7,34
M = Sexo masculino F = Sexo Feminino
APÊNDICE B
Valores das medidas individuais das variáveis cefalométricas em T1, T2 e T3.
Dist.Cusp. M.do 1o M. a Frank. Dist. Inc. do Incisivo sup. a Frank Dist. Enp a Frankfurt Dist. Ena a Frankfurt
Paciente T1 T2 T3 T1 T2 T3 T1 T2 T3 T1 T2 T3 1 -52,44 -54,12 -52,89 -60,44 -64,57 -64,68 -22,59 -24,21 -24,64 -28,49 -33,16 -32,72 2 -56,14 -58,15 -57,93 -59,45 -60,27 -60,62 -27,46 -27,98 -27,11 -23,20 -23,35 -23,25 3 -40,46 -42,04 -41,69 -46,33 -49,35 -48,71 -21,78 -23,88 -23,23 -18,21 -20,93 -19,10 4 -44,79 -48,57 -47,34 -55,58 -57,86 -57,62 -25,19 -26,66 -27,33 -24,58 -29,81 -29,41 5 -41,45 -43,44 -43,26 -44,87 -44,96 -45,38 -22,73 -23,67 -24,22 -20,47 -22,31 -20,48 6 -59,14 -64,11 -60,06 -58,40 -63,18 -60,99 -27,25 -29,31 -27,23 -18,82 -20,09 -18,34 7 -53,61 -56,02 -54,25 -60,61 -60,42 -59,40 -23,87 -24,88 -23,79 -21,58 -23,44 -20,33 8 -48,79 -51,26 -50,61 -50,53 -53,41 -53,75 -22,55 -23,46 -23,44 -18,52 -22,70 -21,11 9 -49,53 -51,85 -46,83 -54,84 -58,57 -55,12 -26,03 -26,52 -24,78 -27,34 -29,27 -26,97 10 -43,35 -44,13 -45,48 -49,11 -53,17 -51,95 -17,61 -16,01 -17,50 -18,29 -22,00 -19,44 11 -48,29 -51,12 -51,08 -50,51 -51,85 -55,55 -26,79 -27,04 -27,40 -18,70 -19,94 -20,71 12 -44,92 -47,10 -46,96 -52,75 -54,74 -55,60 -21,09 -21,34 -21,30 -18,92 -22,62 -23,01 13 -58,23 -55,96 -56,68 -63,15 -59,93 -60,60 -30,88 -26,97 -27,69 -30,91 -26,81 -25,07 14 -47,61 -49,83 -47,37 -56,25 -57,06 -57,50 -22,01 -22,34 -22,42 -23,08 -23,82 -22,88 15 -51,00 -54,60 -52,79 -57,69 -59,45 -58,50 -25,10 -26,33 -26,11 -20,32 -20,93 -20,88 16 -48,60 -50,45 -50,28 -53,77 -54,52 -55,12 -22,19 -23,05 -22,88 -19,15 -19,58 -19,54 17 -51,81 -56,83 -54,53 -54,58 -59,25 -59,66 -27,72 -28,97 -29,18 -19,05 -23,91 -22,46
APÊNDICE C
Valores das medidas individuais das variáveis cefalométricas em T1, T2 e T3.
Dist. Me a a Frankfurt Dist. Do Ponto A a Frankfurt Ena a N perp Ponto A a N perp
Paciente T1 T2 T3 T1 T2 T3 T1 T2 T3 T1 T2 T3 1 -102,99 -107,19 -106,21 -33,64 -37,40 -37,29 5,47 5,86 5,76 -2,35 -2,25 -2,87 2 -116,56 -118,65 -118,75 -32,97 -32,04 -33,82 8,37 11,18 9,72 1,18 1,93 1,08 3 -85,16 -90,16 -87,74 -23,20 -25,69 -25,53 10,25 11,80 11,15 3,15 4,14 3,29 4 -90,50 -95,44 -94,08 -29,75 -33,97 -33,59 6,85 10,92 8,78 0,53 2,81 2,08 5 -87,80 -90,28 -88,58 -24,38 -27,03 -24,09 5,58 12,08 10,43 0,89 8,39 2,77 6 -117,41 -122,21 -119,84 -28,47 -34,42 -31,3 12,42 10,67 11,89 4,83 3,42 4,94 7 -104,60 -109,58 -107,28 -30,62 -33,05 -29,76 2,10 6,10 3,91 -6,46 -4,62 -4,23 8 -98,51 -101,74 -100,71 -24,12 -29,23 -26,86 6,70 12,97 9,94 3,39 6,18 4,85 9 -100,73 -106,35 -101,09 -34,02 -37,28 -33,15 3,02 5,38 4,63 -10,27 -12,30 -11,17 10 -88,73 -92,85 -90,58 -24,05 -26,62 -24,32 8,47 6,96 7,00 2,03 -0,90 -2,26 11 -99,30 -103,43 -103,40 -24,84 -27,66 -29,02 8,90 9,12 9,24 2,83 3,94 2,18 12 -93,56 -98,83 -97,71 -27,64 -28,83 -29,93 6,49 9,66 9,15 0,75 1,35 0,80 13 -109,63 -108,67 -109,04 -36,70 -35,77 -32,39 -6,50 -2,42 1,53 -10,90 -5,41 -5,05 14 -97,62 -100,94 -99,39 -29,02 -29,72 -27,77 3,82 4,04 2,55 -2,14 -1,35 -2,74 15 -105,53 -111,16 -105,93 -28,95 -29,35 -28,94 7,33 8,58 8,68 0,98 2,27 0,82 16 -94,92 -97,41 -97,31 -23,61 -24,08 -26,58 -0,49 5,98 1,37 -6,73 -2,61 -4,14 17 -101,67 -109,44 -107,16 -27,24 -30,64 -30,05 16,41 14,21 14,82 10,05 7,72 8,54
APÊNDICE D
Valores das medidas individuais das variáveis cefalométricas em T1, T2 e T3.
Vest. Do Incisivo sup. a N perp Incisal do Incisivo sup. a N perp Incisal do Incisivo inferior a N perp Ponto B a a N perp
Paciente T1 T2 T3 T1 T2 T3 T1 T2 T3 T1 T2 T3 1 1,80 1,06 0,60 -0,99 -2,86 -4,64 -3,81 -6,52 -5,01 -11,12 -15,63 -14,91 2 10,48 12,18 10,01 9,78 11,42 9,75 2,92 1,80 2,75 -2,33 -3,54 -2,33 3 9,97 10,89 9,44 9,51 10,59 8,33 7,29 4,15 4,88 0,68 -3,02 -1,52 4 4,91 7,48 6,04 2,17 4,44 3,49 -0,44 -3,76 -2,61 -2,21 -5,80 -5,37 5 9,97 13,90 12,82 9,91 13,58 11,29 8,48 7,14 9,32 8,72 6,91 9,72 6 14,53 12,11 13,02 14,63 12,29 14,13 3,52 -3,45 3,32 -0,33 -10,41 -1,78 7 0,61 1,74 2,01 -0,56 0,79 0,87 2,43 3,54 1,60 1,78 -1,32 -0,68 8 13,17 13,30 11,42 12,58 12,54 10,91 10,81 8,91 8,22 7,23 4,89 4,93 9 -7,10 -7,55 -9,69 -8,12 -9,70 -12,94 -8,79 -14,35 -14,07 -15,73 -22,43 -21,64 10 11,85 7,56 5,83 11,51 7,13 6,28 5,08 -1,65 -1,10 0,68 -7,41 -6,58 11 15,30 15,21 9,06 14,46 15,49 7,39 10,49 8,28 2,61 5,00 1,25 -4,60 12 8,63 7,96 6,87 8,23 7,07 4,99 9,88 4,28 6,03 7,76 0,32 2,64 13 -1,62 1,07 2,27 -2,62 0,40 -0,21 -7,69 -7,44 -5,37 -14,67 -15,95 -11,97 14 6,41 6,53 6,06 6,03 5,99 4,67 2,83 -0,95 1,07 -7,21 -11,50 -8,51 15 11,09 11,80 12,09 10,63 11,20 12,07 15,36 11,24 14,43 16,73 11,07 15,58 16 5,71 8,25 4,74 5,16 7,38 3,29 0,37 -0,46 -0,11 -4,32 -5,77 -4,76 17 20,76 20,04 18,77 20,45 20,16 17,98 20,46 16,23 16,65 17,92 11,76 14,40
APÊNDICE E
Valores das medidas individuais das variáveis cefalométricas em T1, T2 e T3.
Pog a N perp Me a N perp Pn a N perp Prn a N perp
Paciente T1 T2 T3 T1 T2 T3 T1 T2 T3 T1 T2 T3 1 -12,47 -18,17 -16,12 -18,03 -24,55 -21,45 34,43 34,63 34,69 25,80 25,85 24,19 2 -1,08 -1,33 -1,55 -6,25 -6,55 -6,85 36,20 37,70 36,70 29,02 29,47 29,16 3 1,52 -3,33 -1,85 -4,46 -10,13 -9,01 34,77 35,51 34,58 28,79 29,38 28,20 4 0,32 -4,28 -3,46 -5,72 -10,89 -9,79 32,90 33,87 33,32 26,12 26,78 26,33 5 14,57 12,00 15,56 9,77 7,77 11,28 32,38 33,02 33,71 26,18 26,65 27,73 6 2,83 -8,32 1,53 -3,72 -16,09 -5,78 38,35 36,92 37,88 31,77 30,19 30,22 7 4,87 0,94 1,89 1,33 -3,01 -1,88 35,92 35,18 35,45 26,35 26,15 26,21 8 11,41 7,33 7,68 7,04 3,46 3,76 45,04 45,76 44,82 37,69 38,77 37,70 9 -11,59 -20,53 -18,14 -17,98 -27,37 -24,58 31,90 30,46 30,17 22,29 20,32 19,70 10 3,05 -6,93 -5,22 0,00 -10,45 -8,45 35,22 33,24 32,63 29,46 26,99 25,33 11 7,10 3,44 -3,99 -0,13 -4,12 -11,69 38,66 38,67 36,02 32,46 32,80 29,55 12 8,97 0,93 3,28 4,84 -3,29 -1,03 31,98 31,64 32,68 27,24 25,96 26,40 13 -15,35 -16,34 -11,87 -20,36 -21,60 -16,77 29,14 32,19 33,77 21,39 25,57 25,84 14 -8,59 -14,28 -11,40 -14,58 -20,41 -17,82 32,63 32,03 33,06 25,06 24,71 25,50 15 20,00 13,84 19,17 12,95 7,89 13,68 36,95 37,55 36,17 28,57 29,40 26,94 16 -1,48 -3,73 -2,57 -8,58 -9,74 -8,43 30,22 31,26 29,55 22,21 23,91 21,99 17 22,18 15,62 18,84 18,84 11,84 14,60 37,30 37,23 37,53 31,95 31,48 31,63
APÊNDICE F
Valores das medidas individuais das variáveis cefalométricas em T1, T2 e T3.
Sn a N perp Ls a N perp Stm a N perp Li a N perp
Paciente T1 T2 T3 T1 T2 T3 T1 T2 T3 T1 T2 T3 1 13,86 13,90 12,12 14,41 12,55 12,97 1,92 3,85 3,29 9,78 8,42 8,09 2 17,79 19,59 18,52 23,08 23,45 24,14 11,16 13,16 11,78 19,47 20,02 20,83 3 19,03 21,07 17,88 20,91 20,88 19,44 10,69 14,77 9,88 20,56 19,83 19,51 4 16,45 18,28 17,25 17,33 19,46 18,15 5,15 7,59 9,85 15,50 14,42 14,04 5 17,08 17,84 18,00 22,12 23,58 24,05 15,71 18,73 15,41 24,51 24,32 26,26 6 22,04 20,87 20,47 27,84 24,97 24,43 17,20 14,21 15,72 23,05 14,45 22,06 7 13,58 13,99 15,18 20,15 17,62 17,45 6,09 2,80 2,11 23,32 18,51 19,40 8 27,04 28,21 25,77 30,56 28,31 25,04 18,86 16,29 12,14 28,76 25,59 23,00 9 8,96 7,69 6,30 9,11 7,22 6,11 -1,02 -6,30 -10,07 8,48 2,29 3,34 10 19,30 17,75 15,37 22,35 20,96 19,51 16,26 9,32 9,19 19,98 14,48 14,28 11 22,76 22,23 18,35 29,18 26,14 23,50 16,69 16,58 12,49 28,33 24,10 20,87 12 17,97 17,35 17,73 22,87 21,68 23,03 11,72 10,97 11,63 26,46 20,74 23,42 13 10,25 15,77 15,59 14,37 17,55 17,37 0,55 4,78 5,00 7,61 8,09 11,76 14 15,32 13,74 14,93 17,09 15,95 16,91 9,80 9,20 9,30 16,00 15,06 15,78 15 17,59 19,23 17,09 25,24 23,87 21,33 14,18 13,55 16,86 30,12 26,27 25,94 16 11,36 13,99 11,09 14,79 15,85 14,28 5,84 8,54 5,03 12,08 13,67 12,02 17 25,57 24,98 25,66 29,12 28,60 29,11 20,39 19,48 18,78 34,71 30,56 32,43
APÊNDICE G
Valores das medidas individuais das variáveis cefalométricas em T1, T2 e T3.
Pog' a N perp Ângulo nasolabial Tipo facial
Paciente T1 T2 T3 T1 T2 T3 1 2,45 -2,89 -2,06 100,35 107,19 108,86 Dólico Severo 2 20,91 19,31 19,51 99,51 102,27 102,15 Dólico Severo 3 15,99 12,54 12,71 104,97 116,89 106,65 Meso Facial 4 12,46 8,58 10,72 109,86 113,68 111,03 Meso Facial 5 28,51 25,46 29,34 91,26 91,44 89,05 Braqui Facial 6 14,11 3,45 11,86 96,73 106,85 105,84 Dólico Facial 7 20,05 14,81 15,69 85,30 93,07 104,16 Meso Facial 8 27,46 22,37 22,88 110,23 120,27 117,63 Meso Facial 9 5,74 -3,15 -0,86 96,18 94,83 93,84 Dólico Facial 10 15,24 6,35 7,37 104,47 105,81 101,97 Meso Facial 11 16,24 12,34 5,99 89,44 98,86 91,22 Meso Facial 12 21,52 15,19 17,31 96,71 104,97 106,31 Meso Facial 13 -2,09 -2,01 1,86 86,41 106,87 102,59 Dólico Severo 14 5,95 -0,84 4,42 97,83 101,14 99,05 Dólico Facial 15 29,30 24,06 27,69 88,06 101,94 97,24 Braqui Facial 16 9,04 7,24 8,02 93,46 103,39 102,85 Meso Facial 17 32,97 26,59 28,65 124,11 124,63 124,23 Braqui Facial
APÊNDICE H
Caracterização da relação maxilomandibular transversal inicial (mm) dos pacientes da amostra (Fórmula de Betts).
* diferença maxilomandibular esperada: 19,6 mm (norma clínica média para pacientes com mais de 16 anos de idade).
Cadastro Largura Mandibular (GA-AG)
Largura Maxilar (JR-JL)
Diferença maxilomandibular
real
Esperado mandibula
Esperado Maxila
Diferença maxilomandibular
esperada *
Índice diferencial maxilomandibular
1 94,18 63,85 30,33 85,8 66,2 19,6 10,73 2 94,76 63,48 31,28 85,8 66,2 19,6 11,68 3 94,47 59,52 34,95 85,8 66,2 19,6 15,35 4 89,57 58,59 30,98 85,8 66,2 19,6 11,38 5 88,05 59,95 28,10 85,8 66,2 19,6 8,50 6 101,84 67,27 34,57 85,8 66,2 19,6 14,97 7 90,42 62,19 28,23 85,8 66,2 19,6 8,63 8 99,22 69,62 29,60 85,8 66,2 19,6 10,00 9 89,58 59,95 29,63 85,8 66,2 19,6 10,03 10 83,99 54,02 29,97 85,8 66,2 19,6 10,37 11 87,20 60,11 27,09 85,8 66,2 19,6 7,49 12 82,29 56,81 25,48 85,8 66,2 19,6 5,88
13 95,66 68,40 27,26 85,8 66,2 19,6 7,66 14 90,60 63,51 27,09 85,8 66,2 19,6 7,49 15 90,99 62,41 28,58 85,8 66,2 19,6 8,98 16 91,46 66,80 24,66 85,8 66,2 19,6 5,06 17 95,15 67,73 27,42 85,8 66,2 19,6 7,82
Autorizo a cópia de todo ou parte do presente trabalho, por
meios reprográficos, exclusivamente com finalidade de estudo e
pesquisa. É vedado qualquer tipo de uso comercial na reprodução
do mesmo.
Tatiana Sumie Kawahara Abrahão
São Bernardo do Campo, 08 de Março de 2006.