UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL...

280
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS GRUPO DE PESQUISA TRABALHO NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA Sociologia Econômica: Compilação Comentada de Obras de Interesse em 122 Temas Matheus Fontella Trabalho em andamento Porto Alegre, abril de 2011

Transcript of UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL...

Page 1: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS

GRUPO DE PESQUISA TRABALHO NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA

Sociologia Econômica:

Compilação Comentada de Obras de Interesse em 122 Temas

Matheus Fontella

Trabalho em andamento

Porto Alegre, abril de 2011

Page 2: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

2

Matheus Fontella é doutor em Sociologia pela Universidade Federal do Rio Grande do

Sul – Ufrgs (2010). É mestre em Sociologia por essa instituição (2003) e graduado em

Comunicação Social – Habilitação Jornalismo pela Universidade Federal de Santa

Maria – Ufsm (1996). Seus interesses de pesquisa são: Sociologia Econômica;

Mercados; Internet Corporativa; Inovação e Tecnologia; Associações de Negócios;

Jornalismo; Artes.

Page 3: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

3

“...obtinha respostas, tantas que teve a impressão de ter chegado a uma terra estranha”.

August Strindberg*

“A verdadeira pedra filosofal é comprar barato e vender caro”.

Francisco de Quevedo**

“Hoje, quando se faz do dinheiro a garantia social universal”.

Honoré de Balzac***

*STRINDBERG, August. Gente de Hemsö. São Paulo: Hedra, 2010.

**QUEVEDO, Francisco de. A Hora de Todos. São Paulo: Escala, 2007.

***BALZAC, Honoré de. Esplendores e Misérias das Cortesãs. Porto Alegre: L&PM,

2007.

Page 4: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

4

Sociologia Econômica: Compilação Comentada de Obras de Interesse em 122

Temas

A Sociologia Econômica é disciplina que ressurge com força ao final do século

passado, nos anos 1970 e sobretudo nos 1980, com a publicação de diversas obras,

sobretudo nos Estados Unidos, com destaque para as reflexões de Mark Granovetter e

seu orientador de doutorado – entre o final dos anos 1960 e começo dos 70 – Harrison

C. White, ambos pioneiros na utilização da análise de redes sociais aplicada a processos

econômicos, além de Richard Swedberg, Arthur L. Stinchcombe, Wayne E. Baker,

Nicole Woolsey Biggart, Viviana A. Zelizer e Neil Fligstein. Entretanto, como bem se

sabe, as atividades econômicas possuem uma dimensão central em obras de autores

clássicos da Sociologia, a exemplo de Karl Marx (O Capital), Max Weber (A Bolsa; A

Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo; Economia e Sociedade; História

Econômica Geral), Georg Simmel (Filosofia do Dinheiro; Os Pobres), Émile Durkheim

(Da Divisão do Trabalho Social e o póstumo Lições de Sociologia) e Vilfredo Pareto

(Os Sistemas Socialistas, Manual de Economia Política, Tratado de Sociologia Geral).

Variáveis sociais também se encontram em trabalhos de economistas, ao final do século

19 e começo do seguinte, caso de autores díspares como Alfred Marshall (Princípios de

Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro uso, aliás, da

designação de ‘Sociologia Econômica’ encontra-se na obra de outro economista, W.

Stanley Jevons, em 1879, como destacam autores da dimensão de Philippe Steiner e

Richard Swedberg. Na Sociologia, ainda em fase de consolidação acadêmica, Émile

Durkheim utiliza a expressão ‘Sociologie Économique’ nos anos 1890. (1)

No começo do século 20, pode se destacar ainda a obra hoje relativamente

esquecida de Werner Sombart (O Burguês) sobre o capitalismo e, mais adiante, as

proposições de um jovem austríaco, aluno de Weber, Joseph Schumpeter (Teoria do

Desenvolvimento Econômico), acerca de uma Sociologia Econômica. Acrescenta-se,

depois, a chamada Antropologia Substantivista de Karl Polanyi e sua famosa crítica da

‘autonomia’ da esfera dos mercados na Inglaterra do século 19, expressa em sua obra

máxima, A Grande Transformação, publicada durante a II Guerra Mundial.

Em 1956, Talcott Parsons e Neil J. Smelser publicam Economia e Sociedade,

obra que assinala o primeiro resgate da Sociologia Econômica. Convém lembrar que

Parsons é o introdutor nos Estados Unidos do pensamento de Weber, Sombart,

Page 5: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

5

Durkheim e Pareto. Sete anos mais tarde, Smelser publica um elegante manual, A

Sociologia da Vida Econômica.

Com a eclosão de uma série de eventos sociais, econômicos e políticos entre o

final dos anos 1960 e toda a década seguinte (as duas crises do petróleo, em 1973 e

1979, o final da Guerra do Vietnã, a atenção despertada nos EUA e na Europa Ocidental

para o desenvolvimento em países do Terceiro Mundo, a crise de emprego na Grã-

Bretanha, entre outros acontecimentos), o terreno para o segundo resgate da Sociologia

Econômica começa a ser pavimentado. O ápice desse multifacetado empreendimento

intelectual ocorre com a publicação de ensaio de Mark Granovetter, em 1985, marco da

chamada Nova Sociologia Econômica e uma reação ao que era avaliado como

‘imperialismo econômico’, notadamente em obras de Gary Becker. O texto de

Granovetter também é uma resposta crítica a teorizações de outro economista, Oliver E.

Williamson, e sua abordagem sobre mercados e hierarquias (de empresa).

Hoje, a Sociologia Econômica é marcada por grande dinamismo teórico e

empírico nos Estados Unidos, França, Alemanha, Itália, Inglaterra, Escócia, Suécia,

Rússia, Portugal, entre outros países. Na América Latina, destaca-se o enraizamento

cada vez mais rápido da disciplina, especialmente no Brasil, abrangendo temas como

trabalho, mercados, empreendedorismo, finanças, crédito, combate à pobreza, capital

social, meio ambiente, cooperação, consumo, mercados e práticas ilícitas, etc.

Neste trabalho, há indicações de obras relativas a diversos assuntos da disciplina

(autores e obras reconhecidos como integrantes da SE) ou de interesse para a disciplina

(autores e obras com perspectivas de estabelecer nexos com a SE), com destaque, nesse

segundo aspecto, para autores de ramos do conhecimento próximos – ainda que não

necessariamente convergentes –, caso da Ciência Política (como, por exemplo, no

tópico sobre capitalismo, a partir da abordagem influente, mas criticada por Richard

Swedberg, sobre variedades de capitalismo), Economia Política, Nova Economia

Institucional (com tópico específico aqui) e Antropologia Econômica (religião, bolsa de

valores, mercados e práticas ilegais). A SE engloba não apenas a área – predominante –

de mercados (lucro, construção social de preços, esferas mercantis no âmbito do regime

capitalista, concorrência, cooperação e avaliação de valor, relações entre produtores e

clientela, etc) e dinheiro ou moeda (usos sociais do dinheiro, valor monetário, efeitos da

inflação, etc). A SE reúne ainda estudos sobre crédito e finanças (microcrédito e crédito,

bolsa de valores, bancos, corporações – sociedades anônimas, sistemas financeiros,

produtos financeiros, dimensão social de crises econômicas), produção (trabalho,

Page 6: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

6

capital, tecnologia e inovação, organizações e empresas), empreendedorismo, profissões

e ocupações, consumo e clientela, direitos de propriedade, papel do Estado (Sociologia

Fiscal, Sociologia Econômica do Direito), SE e estratificação social (gênero, classes,

elites, desigualdade, riqueza e pobreza) e SE Histórica (exame de fenômenos sociais,

culturais e econômicos em períodos como Renascença, Mercantilismo, Liberalismo,

ascensão do Capitalismo, economia de mercado em países de regime socialista ou

comunista, Globalização, etc).

Esta compilação reúne indicações de obras em língua inglesa, francesa,

espanhola e portuguesa. A escolha das obras fundamenta-se em critérios como

relevância do tema, projeção do(s) autor/autores no âmbito da disciplina e data de

publicação (edição mais recente possível) – observa-se que em determinados tópicos

haverá inserção de autores não necessariamente ‘enquadrados’ em correntes atuais da

Sociologia Econômica, com a inserção justificada em decorrência da temática

abordada, em uma série de assuntos, tais como profissões e ocupações (a obra ímpar de

Freidson, por exemplo), trabalho, fontes de energia (a obra pioneira de Cottrell ou a de

Hughes, este último um clássico no ramo de Ciência-Tecnologia e Sociedade, ao lado

de Pinch, Bijker, Callon e MacKenzie), arte e economia, moda, crime organizado,

Internet como esfera de negócios (Castells, mais um exemplo de ‘não-enquadramento’,

ainda que o autor trate de negócios, mercados, empreendedorismo, cooperação

interfirmas, globalização, trabalho, capital...) para citar alguns exemplos. A seleção de

autores é, portanto, arbitrária e não faltariam, aqui e ali, observações sobre este ou

aquele nome fora do âmbito da Sociologia Econômica (e que aqui não estão presentes),

mas que tratam de aspectos sociais e econômicos: poder-se-ia citar Giddens

(globalização, confiança, revisão de Durkheim e Weber); Bauman (globalização,

consumo, endividamento, trabalho, capitalismo); Elias (Estado, crítica da gênese do

homo oeconomicus, profissão naval); Luhmann (economia como sistema, poder,

confiança), e Habermas (capitalismo, Estado, publicidade e esfera pública). Clássicos do

pensamento social brasileiro, aqui sem citação, caso de Raymundo Faoro e sua análise

dos “donos do poder” no Brasil, ou o exame acurado que Gabriel Cohn realiza da obra

de Weber e de Simmel também poderiam ser evocados, para lembrar dois exemplos.

Em relação aos tópicos, estes compreendem, em geral, abordagens

diferenciadas sobre o assunto em destaque. Naturalmente, há temáticas que se

conectam diretamente a outras, caso de dinheiro e finanças, empreendedorismo e

inovação, mercados e competição/concorrência, Estado e direitos de propriedade,

Page 7: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

7

organização e empresa, relações interfirmas e redes sociais, e assim por diante. Para a

seleção dos 122 tópicos com indicações de autores e obras, primeiro considera-se a

centralidade de alguns temas para a Sociologia Econômica, tais como mercados,

dinheiro/moeda, empreendedorismo e os trabalhos de clássicos, notadamente Weber,

Simmel e Durkheim; segundo, opta-se por obras sobre instituições/organizações

essenciais em regimes capitalistas, caso de Estado, empresas, bancos, bolsa de valores e

demais áreas de finanças, crédito e, claro, estudos sobre a própria definição de

capitalismo; terceiro, define-se pelas indicações de obras sobre fenômenos históricos – e

controversos – como a Globalização, o Liberalismo e o Comunismo; quarto, incluem-se

áreas clássicas da Sociologia em geral, como trabalho, profissões/ocupações e gênero

(este relacionado aqui a aspectos sociais e econômicos envolvendo mulheres e homens);

quinto, opta-se pela escolha de temas mais do que costumeiros em qualquer sociedade,

mas que nem sempre despertam interesse sociológico concreto e contínuo, embora sua

abordagem seja crescente e dinâmica em anos recentes: futebol, moda, jornalismo

econômico, consumo, tecnologia, herança, tributos (Sociologia Fiscal), mercados e

práticas ilegais, serviços funerários, estímulo à doação de órgãos; sexto, indica-se

temática de processos fundamentais na análise de fenômenos e atividades sociais e

econômicas, caso de competição, cooperação, confiança, incerteza, racionalidade,

embeddedness, agência; sétimo e último, observa-se que a SE revela uma gama de

autores com interesses bastante amplos e de orientação intelectual e acadêmica bastante

diversa em relação a muitos dos tópicos/temas que aqui constam, o que pode ser

exemplificado por meio de análises sobre mercados, como sintetiza o quadro a seguir:

Perspectivas sobre mercados Mark Granovetter – mercados como redes de relações Harrison C. White – mercados como nichos próximos e ‘espelhados’ / identidade e controle Neil Fligstein – mercados como construção política-cultural Viviana A. Zelizer – mercados como expressão de fatores sociais e culturais Michel Callon e Fabian Muniesa – mercados como dispositivos coletivos de cálculo Pierre Bourdieu – mercados como campos Beckert, Aspers, Möllering (Instituto Max Planck para o Estudo de Sociedades - MPIfG) – mercados e respostas à incerteza; mercados e mecanismos de competição, cooperação e avaliação de valor – revisão crítica de outras perspectivas

Fonte: elaboração do autor a partir de algumas obras (2)

Page 8: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

8

Justifica-se esta compilação em decorrência da profusão de obras acerca de

Sociologia Econômica e seus variados ramos/subcampos, especialmente em língua

inglesa e francesa, com a edição de diversos manuais, tratados, reedições de textos

clássicos e enciclopédia sobre o assunto. Soma-se a isso a variedade de artigos em

revistas e jornais especializados, ensaios e textos de conferências, congressos, fóruns e

seminários abordando a profunda variedade de temas da disciplina. Adiciona-se a

publicação relativa à Sociologia Econômica em outras linguagens, ainda que em

proporção bem menor, como espanhol e, em particular português (e aqui não se inclui o

alemão e o italiano, embora existam referências a publicações nesses países), e tudo se

torna ainda mais complexo e difuso.

Outra motivação está no avanço da Sociologia Econômica na academia

brasileira, inclusive além das fronteiras do país – em 2010, por exemplo, duas edições

de Economic Sociology – The European Electronic Newsletter, publicação já

emblemática da disciplina, são consagradas a textos de autores nacionais, e, quatro anos

antes, dois textos sobre a Sociologia Econômica no país e o trabalho do Núcleo de

Estudos em Sociologia Econômica e das Finanças (Nesefi) da UFSCar são apresentados

em edição da Accounts, publicação da seção de Sociologia Econômica da Associação

Sociológica Americana (ASA). Logo, esta reunião de indicações apresenta-se como

uma modesta tentativa de exposição, sugestão, revisão não exaustiva (apesar de sua

dimensão razoável) e quiçá (re)descoberta de assuntos, autores e obras nesta área de

conhecimento ou de interesse/afinidade com a Sociologia Econômica – em entrevista

recente, publicada em 2009, um autor prolífico e de obra instigante como Michel Callon

afirma que a teoria é 10% de tudo. Sim, isto mesmo, 10% de tudo, todavia o quanto,

muitas vezes, demanda imenso trabalho selecionar e aplicar razoavelmente 10% da

literatura que sustenta o debate em uma tese, dissertação, livro ou artigo?...

Ressalva-se que este trabalho integra um amplo projeto do autor, que

compreende a defesa de tese, realizada em março de 2010, na Universidade Federal do

Rio Grande do Sul (Ufrgs), sobre o papel de uma associação de negócios na formação

de um mercado de empresas de Internet (agências digitais) no Rio Grande do Sul, com

extensa revisão de literatura acerca de esferas mercantis, além da publicação de duas

compilações de literatura, esta sobre temas da Sociologia Econômica e outra a respeito

de inovação e tecnologia e já apresentada. No momento, esboça-se um dicionário de

Page 9: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

9

Sociologia Econômica, além de um ensaio sobre Sociologia dos Mercados, com a

terceira parte desta última obra dedicada a trabalhos de Sociologia Econômica no Brasil.

Ao final deste trabalho, apresenta-se um registro, meramente ilustrativa, de

eventos e fatos ligados de alguma maneira à disciplina, bem como acontecimentos

históricos de notável transformação social, cultural e econômica. Uma listagem sintética

de autores é oferecida. Centros e núcleos de pesquisa, nacionais e estrangeiros, em

Sociologia Econômica também são indicados.

Notas

(1) – Confronte Richard SWEDBERG: Max Weber e a Idéia de Sociologia Econômica.

Rio de Janeiro, São Paulo: Editora UFRJ, Beca, 2005; Mark GRANOVETTER: The

Old and the New Economic Sociology. In: FRIEDLAND, R.; ROBERTSON, A. F.

(eds.). Beyond the Marketplace. New York: Aldine de Gruyter, 1990, p.89-112; Jean-

Jacques GISLAIN; Philippe STEINER: La Sociologie Économique 1890-1920: Émile

Durkheim, Vilfredo Pareto, Joseph Schumpeter, François Simiand, Thorstein Veblen et

Max Weber. Paris: PUF, 1995.

(2) – Conforme Mark GRANOVETTER: Ação Econômica e Estrutura Social: o

problema da imersão. RAE – eletrônica, Vol.6, nº1, jan/jun 2007 [1985]; Harrison C.

WHITE: Where Do Markets Come From? American Journal of Sociology, Vol. 87, nº3,

November 1981, p.517-547; Neil FLIGSTEIN: Markets as Politics: a political-cultural

approach to market institutions. American Sociological Review, Vol. 61, nº 4, august

1996, p.656-673; Viviana A. ZELIZER: Repenser le Marché: la construction sociale du

“marché aux bébés” aux Etats-units, 1870-1930. Actes de la Recherche en Sciences

Sociales, nº94, septembre 1992, p.3-26; Michel CALLON e Fabian MUNIESA:

Economic Markets as Calculative Collective Devices. Organization Studies, 26(8),

2005, p.1229–1250; Pierre BOURDIEU: Les Structures Sociales de l’Economie. Paris:

Seuil, 2000; Jens BECKERT: The Social Order of Markets. Theory and Society, 38,

2009, p.245-269; Patrik ASPERS: How Are Markets Made? MPIfG Working Paper,

March 2009; Guido MÖLLERING: Market Constitution Analysis: a new framework

applied to solar power technology markets. MPIfG, July 2009.

Page 10: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

10

Lista de 122 temas:

Ação; ação coletiva

Agência

Agricultura e alimentação, meio rural e atividade econômica

Ambiente, Meio / Meio Ambiente e Economia, Economia e Sociologia Ambiental

Ambivalência

Antropologia Econômica e Sociologia Econômica

Arte e economia, arte e mercado e campo de bens simbólicos

Associações de Negócios, Associações Comerciais

Bancos

Bancos centrais

Bolsa de Valores

Bourdieu, Pierre

Burocracia

Campo, campo econômico

Capitalismo

Capital social

Carisma

Classe

Clássicos da Sociologia Econômica e da Economia

Competição, concorrência

Comunismo / socialismo e transição para / implantação de economia de mercado

Confiança

Conhecimento econômico, Sociologia do

Construção social, noção de

Consumo, compra e clientela

Contabilidade e auditoria

Contrato

Convenções

Cooperação

Corrupção

Crédito e microcédito

Crises e depressões econômicas

Page 11: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

11

Cuidados

Cultura, Cultura e Economia

Desemprego

Dinheiro / moeda

Direito e Economia

Durkheim, Émile

Economia (disciplina), economistas

Economia Informal

Economia e Sociologia: conexões, refutações, aproximações

Economia Social, Economia Solidária

Educação e Economia

Eficiência

Elites

Embeddedness (imersão, incrustação, imbricação, enraizamento)

Emoções e aspectos sociais e econômicos

Empreendedorismo, empreendedores

Empresa

Energia, fontes de / eletricidade, mercado de

Estado

Finanças

Fiscal, Sociologia

Funerários, Mercado de Serviços

Futebol; Mercado do; Mercado de Trabalho do; Globalização do

Gênero

Geografia Econômica e Sociologia Econômica

Globalização / mundialização

Grupos Econômicos

Habilidades sociais

Herança

Homo oeconomicus

Imigração

Incerteza

Inovação

Instituições, institucionalismo

Page 12: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

12

Interesses

Internet, Novas Mídias e Nova Economia

Intimidade

Jornalismo, mercado de trabalho do / Jornalísticas, empresas / Jornalismo Econômico &

mídia financeira

Leilões

Liberalismo e neoliberalismo

Liderança

Loterias

Marx, Karl

Mercados

Mercados, atividade econômica e práticas ilegais

Mercantilização

Moda e vestuário

Modelo de negócios

Moral e ética em mercados / em atividades econômicas

Nova Economia Institucional e Sociologia Econômica / Instituições na Economia

Organizações

Órgãos e sangue humano, Mercado de,

Pareto, Vilfredo

Parsons, Talcott

Performatividade, performação

Pobreza

Poder

Polanyi, Karl

Preço

Profissões e Ocupações

Propriedade

Prostituição / mercados de serviços sexuais

Protecionismo

Publicidade e Marketing

Racionalidade Econômica

Redes Sociais

Relações Interfirmas

Page 13: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

13

Religião

Renda

Riqueza

Risco

Saúde

Schumpeter, Joseph

Seguros

Sexo

Simmel, Georg

Sindicatos

Sociologia Econômica (história, temas gerais e obras de referência da disciplina)

Sombart, Werner

Status em mercados

Tecnologia

Telefonia móvel

Tempo

Trabalho, Mercado de, Mundo do Trabalho

Troca

Universidade-empresa / relações comerciais, transferência de conhecimento

Valor

Veblen, Thorstein

Weber, Max

White, Harrison C., Sociologia de

Page 14: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

14

Temáticas, autores e obras de interesse:

Ação; ação coletiva

BARBALET, Jack. Disinterestedness and Self Formation: Principles of Action in

William Hazlitt. European Journal of Social Theory, 12(2), May 2009, p.195-211.

BECKERT, Jens. Economic Sociology and Embeddedness: How Shall We

Conceptualize Economic Action. Journal of Economic Issues, 37(3), 2003, p.769-787.

_______________. What Is Sociological about Economic Sociology? Uncertainty and

the embeddedness of economic action. Theory and Society, 25, 803-840, 1996.

HARRINGTON, Brooke; FINE, Gary Alan. Where the Action Is: Small Groups and

Contemporary Sociological Theory. Small Group Research 37: 1-16, 2006.

KNOKE, David. Collective Action. In: BECKERT, Jens; ZAFIROVSKI, Milan (eds.).

International Encyclopedia of Economic Sociology. London: Routledge, 2006, p.72-

76.

ROY, William G.; PARKER-GWIN, Rachel. How Many Logics of Collective Action?

Theory and Society, 28, 1999, p.203-237.

Agência

Ainda que utilizado na obra de cientistas sociais influentes como Pierre Bourdieu e

Anthony Giddens, o conceito de agência não deixa de suscitar ambiguidades,

revelando-se fonte de confusão no pensamento social, como observam Emirbayer e

Mische (1998). Usando como ilustração material extraído de A Ética Protestante e o

Espírito do Capitalismo, de Max Weber, Campbell (2009) procura abrir essa “caixa-

preta” da agência pessoal (personal agency), ao distinguir duas concepções do

fenômeno: os dois conceitos são referidos pelo autor como tipo 1 e tipo 2 ou o poder da

agência (power of agency) comparado com o poder agenciador (agentic power); o

primeiro se refere à capacidade de um ator para iniciar e manter um programa de

Page 15: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

15

ação, enquanto o segundo se refere à capacidade de um ator para atuar de forma

independente do poder limitante da estrutura social.

Temas relacionados:

ARNOLDI, Jakob; BORCH, Christian. Market Crowds between Imitation and Control.

Theory, Culture & Society, Vol. 24(7–8), 2007, p.164–180.

BECKERT, Jens. Agency, Entrepreneurs, and Institutional Change. The role of strategic

choice and institutionalized practices in organizations. Organization Studies, 20/5,

1999, p.777-799.

CALLON, Michel; LASCOUMES, Pierre; BARTHE, Yannick. Acting in an

Uncertain World: an essay on technical democracy. Cambridge, MA: MIT Press, 2009

[2001].

CAMPBELL, Colin. Distinguishing the Power of Agency from Agentic Power: a note

on Weber and the "black box" of personal agency. Sociological Theory, 27 (4),

December 2009, p.407-418.

EMIRBAYER, Mustafa; MISCHE, Ann. What Is Agency? American Journal of

Sociology, Volume 103, Number 4, January 1998, p.962-1023.

____________________; GOODWIN, Jeff. Network Analysis, Culture, and the

Problem of Agency. American Journal of Sociology, Volume 99, Nº6, May 1994,

p.1411-1454.

MÖLLERING, Guido. Trust, Institutions, Agency: Towards a Neoinstitutional Theory

of Trust. In: BACHMANN, Reinhard; ZAHEER, Akbar (eds.). Handbook of Trust

Research. Cheltenham: Edward Elgar, 2006b, p.355-376.

SEWELL, William H. A Theory of Structure: duality, agency, and transformation.

American Journal of Sociology, Volume 98, Number 1, July 1992, p.1-29.

Agricultura e alimentação, meio rural e atividade econômica

Page 16: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

16

ABRAMOVAY, Ricardo. O Capital Social dos Territórios: repensando o

desenvolvimento rural. Economia Aplicada, Vol. IV, nº2, abril/junho 2000, p.379-397.

ALLAIRE, Gilles. L’Économie de la Qualité, en ses Secteurs, ses Territoires et ses

Mythes. Géographie, Économie, Société, Vol.4 (2), 2002, p.155-180.

_______________; BLANC, Michel. Local/Global Institutional Systems of

Environmental Public Action. Sociologia Ruralis, Vol.43(1), January 2003, p.17-33.

_______________; BOYER, Robert (eds.). La Grande Transformation de

l’Agriculture. Paris: INRA-Economica, 1995.

BELL, Michael Mayerfeld; LOWE, Philip. Regulated Freedoms: the market and the

state, agriculture and the environment. Journal of Rural Studies, 16, 2000, p.285-294.

BENDER, Karen L; WESTGREN, Randall E. Social Construction of the Market(s) for

Genetically Modified and Nonmodified Crops. The American Behavioral Scientist,

vol. 44, nº8, April 2001, p. 1350-1370.

BUSCH, Lawrence. Performing the Economy, Performing Science: from neoclassical to

supply chain models in the agrifood sector. Economy and Society, Volume 36, Number

3, August 2007, p.437-466.

ÇALISKAN, Koray. Market Threads: How Cotton Farmers and Traders Create a

Global Commodity. Princeton, NJ: Princeton University Press, 2010.

CHIFFOLEAU, Yuna; LAPORTE, Catherine. La Formation des Prix: le Marché des

Vins de Bourgogne. Revue Française de Sociologie, Volume 45 (4), 2004, p.653-680.

DAVIRON, Benoît; PONTE, Stefano. The Coffee Paradox: Global Markets,

Commodity Trade and the Elusive Promise of Development. London: Zed Books, 2005.

Page 17: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

17

DUBUISSON-QUELLIER, Sophie. Confiance et Qualité des Produits Alimentaires:

une approche par la sociologie des relations marchandes. Sociologie du Travail, 45,

2003, p.95–111.

GARCIA, Marie-France. Grupo Doméstico e Estratégias de Conversão: o caso da

vinicultura francesa. Revista Pós Ciências Sociais, v.7, nº13, 2010, p.13-42.

_____________________. La Construction Sociale d’un Marché Parfait: le marché au

cadran de Fontaines-en-Sologne. Actes de la recherche en Sciences Sociales, Vol.65,

novembre 1986, p.2-13.

GARCIA-PARPET, Marie-France. A Construção Intelectual dos Mercados Agrícolas: a

Sociedade Francesa dos Economistas Rurais e a Revista Economie Rurale. Mana,

16(1), 2010, p.75-97.

___________________________. Le Marché de l’Excellence: les grands crus à

l’épreuve de la mondialisation. Paris: Édtions du Seuil, 2009.

___________________________. Mondialisation et Transformations du Monde

Viticole: processus de reclassement des vins du Languedoc-Roussilon. Sociétés

Contemporaines, nº68, 2007/4, p.37-57.

___________________________. Dinâmica de Mercado e Trajetória de Produtores em

Face do Sistema de Classificação de vinhos. Revista de Administração de Empresas,

Vol.47, nº2, Jun.2007, p.1-11.

____________________________. Mundialização dos Mercados e Padrões de

Qualidade: Vinho, o Modelo Francês em Questão. Tempo Social, Vol. 16, nº 2,

novembro 2004, p.129-150.

____________________________. Le Marché de l'Excellence: le classement des

grands crus à l'épreuve de la mondialisation. Gèneses, 56, sept.2004, p.72-96.

Page 18: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

18

____________________________. A Construção Social de um Mercado Perfeito.

Estudos Sociedade e Agricultura, nº20, abril 2003 [1986], p.5-44.

____________________________. Représentations Savantes et Pratiques Marchandes.

Genèses, 25, 1996, p.50-71.

GLENNA, Leland L.; LACY, William B.; WELSH, Rick; BISCOTTI, Dina.

University Administrators, Agricultural Biotechnology, and Academic Capitalism:

Defining the Public Good to Promote University–Industry Relationships. Sociological

Quarterly, 48, 2007, p.141–163.

GONÇALVES JUNIOR, Oswaldo. "Práticas de Mercado" e Reestruturação de Laços

Sociais: uma combinação possível? Cadernos Gestão Pública e Cidadania, v.15, nº57,

2010, p.161-179.

HARVEY, Mark. Genetically Modified Food: A Suitable Case for an Economic

Sociology Treatment. Economic Sociology - European Electronic Newsletter, Vol. 1,

n3, June 2000, p.6-11.

______________; McMEEKIN, Andy. Brazilian Genomics and Bioinformatics:

instituting new innovation pathways in a global context. Economy and Society,

Volume 34, Issue 4, November 2005, p.634 – 658.

______________; QUILLEY, Steve; BEYNON, Huw. Exploring the Tomato:

Transformations of Nature, Society and Economy. Cheltenham, UK: Edward Elgar,

2002.

HINRICHS, C. CLare. Embeddedness and Local Food Systems: notes on two types of

direct agricultural market. Journal of Rural Studies, 16,2000, p.295-303.

JANSEN, Kees; VELLEMA, Sietze. Agribusiness and Society: corporate responses to

environmentalism, market opportunities and public regulation. London: Zed Books,

2004.

Page 19: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

19

LAFERTÉ, Gilles. Imagem Social ou Luta Política e Cultural pelo Controle do

Mercado. Maná, Vol.14, nº2, 2008, p.399-427.

MAGALHÃES, Reginaldo Sales. Habilidades Sociais no Mercado de Leite. Revista de

Administração de Empresas, Vol.47, nº2, abr./jun. 2007, p.15-25.

RAUD, Cécile. Os Alimentos Funcionais: a nova fronteira da indústria alimentar.

Análise das estratégias da Danone e da Nestlé no mercado brasileiro de iogurtes.

Revista de Sociologia e Política, Vol. 16, 2008, p. 85-100.

ROESE, Mauro. O Mondovino de Cabeça para Baixo: as transformações no mercado

internacional do vinho e o novo empresariado vinícola. Revista de Sociologia e

Política, Vol.16, nº31, 2008, p.71-83.

TAYLOR, Peter Leigh. In the Market But Not of It: Fair Trade Coffee and Forest

Stewardship Council Certification as Market-Based Social Change. World

Development, Vol. 33, Issue 1, January 2005, p.129–147.

WILKINSON, John. Transformações e Perspectivas dos Agronegócios Brasileiros.

Revista Brasileira de Zootecnia, Vol.39, 2010, p.26-34.

________________. Mercados, Redes e Valores: o novo mundo da agricultura

familiar. Porto Alegre: Editora da Ufrgs, 2008.

_______________. Transgênicos: a competitividade internacional do Brasil e novas

formas de coordenação. Estudos Sociedade e Agricultura, 12, nº1, abril 2004, p.95-

127.

________________. The Food Processing Industry, Globalization and Developing

Countries. Journal of Agricultural and Development Economics, v.1, n.2, 2004.

_________________. Sociologia Econômica, a Teoria das Convenções e o

Funcionamento dos Mercados: inputs para analisar os micro e pequenos

Page 20: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

20

empreendimentos agroindustriais no Brasil. Ensaios FEE, Vol.23, nº2, 2002, p.805-

824.

_________________. Os Gigantes da Indústria Alimentar entre a Grande Distribuição e

os Novos Clusters a Montante. Estudos Sociedade e Agricultura, Número 18, abril

2002, p.147-174.

_________________. Sociologia Econômica e Agroindústria. Estudos Sociedade e

Agricultura, Número 6, julho 1996, p.81-90.

WINTER, Michael. Embeddedness, the New Food Economy and Defensive Localism.

Journal of Rural Studies, 19, 2003, p.23-32.

ZHAO, Wei. Market Institutions, Product Identities, and Valuation of California

Premium Wines. The Sociological Quarterly, 50, 2009, p.525–555.

Ambiente, Meio / Meio Ambiente e Economia / Economia e Sociologia Ambiental

Como conciliar atividade econômica e desenvolvimento social com a preservação do

meio ambiente? Esta é a questão central para a Sociologia Ambiental (vide Lenzi,

2006).

Temas relacionados: Agricultura e alimentação; Energia; Mercados

ABRAMOVAY, Ricardo. Desenvolvimento Sustentável: qual a estratégia para o

Brasil? Novos Estudos Cebrap, 87, 2010, p.97-113.

_____________________. Eficiência e Contestação Socioambiental no Caminho do

Etanol Brasileiro. Política Externa, Vol. 17, nº 2, Set/Out/Nov 2008.

ABRAMOVAY, Ricardo; VOIVODIC, Mauricio de Almeida; CARDOSO, Fatima

Cristina; CONROY, Michael E. Social Movements and NGOs in the Construction of

New Market Mechanisms. Economic Sociology - The European Electronic

Newsletter, Volume 11, Number 2, March 2010, p.24-30.

Page 21: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

21

BEDUSCHI FILHO, Luiz Carlos. Mercados e Meio Ambiente: o que têm em comum a

Sociologia Ambiental e a Nova Sociologia Econômica? IV Encontro Anual da

ANPPAS – Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ambiente e

Sociedade, Brasília-DF, 4 a 6 de junho de 2008.

CALLON, Michel. Civilizing Markets: carbon trading between in vitro and in vivo

experiments. Accounting, Organizations and Society, 34, 2009, p.535-548.

CARNEIRO, Marcelo Sampaio. A Construção Social do Mercado de Madeiras

Certificadas na Amazônia Brasileira: a atuação das ONGs ambientalistas e das empresas

pioneiras. Sociedade e Estado, v.22, n.3, set./dez. 2007, p.681-713.

LENZI, Cristiano Luis. Sociologia Ambiental: risco e sustentabilidade na

modernidade. Bauru, SP: Edusc, 2006.

LEVIN, Peter; ESPELAND, Wendy Nelson. Pollution futures: commensuration,

commodification, and the market for air. In: HOFFMAN, AJ; VENTRESCA, MJ (eds.).

Organizations, Policy, and the Natural Environment. Stanford, CA: Stanford

University Press, 2002, p. 119–47.

MACKENZIE, Donald. Making Things the Same: Gases, Emission Rights and the

Politics of Carbon Markets. Accounting, Organizations and Society, 34, 2009, p.440-

455.

RAUD, Cécile. Indústria, Território e Meio Ambiente no Brasil. 1ªed.

Florianópolis/Blumenau: UFSC/FURB, 1999.

SCHNAIBERG, Allan. The Economy and the Environment. SMELSER, Neil J.;

SWEDBERG, Richard. The Handbook of Economic Sociology. 2nd edition.

Princeton, NJ: Princeton University Press, 2005, p.703-726.

__________________. The Environment: from surplus to scarcity. New York /

Oxford: Oxford University Press, 1980.

Page 22: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

22

TAYLOR, Peter Leigh. In the Market But Not of It: Fair Trade Coffee and Forest

Stewardship Council Certification as Market-Based Social Change. World

Development, Vol. 33, Issue 1, January 2005, p.129–147.

VOIVODIC, Mauricio de Almeida; BEDUSCHI Filho, Luiz Carlos. Bases Conceituais

para o Entendimento de Conflitos Sociais entre Empresas Florestais Certificadas,

Comunidades e Outros Atores Locais. IV Encontro Nacional da Anppas, Brasília - DF,

4 a 6 de junho de 2008.

Ambivalência

Georg Simmel (1964) considera o comércio como a esfera mais expressiva da

ambivalência. Ambivalência que pode ser expressa na indagação: como competidores,

concorrentes cooperam? Em determinados mercados ou na dimensão interna de

organizações como associações de negócios ou comerciais, a dicotomia competição-

cooperação pode ser recorrente, devido à heterogeneidade de interesses. A busca de

junção desses interesses ocorre, então, como esforço de sobrevivência de dado setor,

em um processo por essência ambivalente, caracterizado por paradoxos, em que

aspirações coletivas coexistem com interesses individuais: “A typical example of

multiple group-affiliations with a single group is the competition among persons who

show their solidarity in other respects. On the one hand the merchant joins other

merchants in a group which has a great number of common interests: legislation on

issues of economic policy, the social prestige of business, representation of business-

interests, joint action as over against the general public in order to maintain certain

prices, and many others. All of these concern the world of commerce as such and make

it appear to other as a unified group. On the other hand, each merchant is in

competition with many others. To enter this occupation creates for him at one and the

same time association and isolation, equalization and particularization. He pursues his

interests by means of the most bitter competition with those with whom he must often

unite closely for the sake of common interests. This inner contrast is probably most

pronounced in the area of commerce” (Simmel, 1964, p.155, com grifo nosso).

Fernando Robles (2000) ressalva que outra manifestação estudada por Simmel, a

moda, é um dos elementos mais evidentes da ambivalência da vida moderna, moda que

para Simmel tem duas funções básicas na sociedade, simultaneamente: unir e

Page 23: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

23

diferenciar. Assim, segundo Robles, em relação à moda “siempre se supone que su

existencia tiende a la expansión, pero en el momento en que su ejercicio se generaliza,

disminuye en ella el elemento delimitador; «su cuestión no es ser o no ser, sino que ella

es simultáneamente ser y no ser, se sitúa siempre en la divisoria de las aguas entre el

pasado y el futuro, proporcionándonos así mientras está en su apogeo un sentimiento

de presente tan intenso como pocos fenómenos». Por eso, la moda domina

inextricablemente la conciencia social de la vida moderna ya que las grandes

convicciones (Lyotard diría los metarrelatos) van perdiendo fuerza paulatinamente. Y si

el carácter efímero de la existencia de una moda específica permite visualizar la

inmensa relevancia del presente, ello no es sino una expresión indiscutible de la

hegemonía de la linealidad temporal, propia de la modernidad: homogeneización e

individuación, globalización y particularización de la forma de vida, búsqueda de los

elementos comunes y obsesión por la particularidad de lo individual, tales son las

propiedades paradógicas de la modernidad que en la moda se manifiestan" (Robles,

2000, p.227).

Temas relacionados: Georg Simmel

ROBLES, Fernando. La Ambivalencia como Categoría Sociológica en Simmel. Revista

Española de Investigaciones Sociológicas (REIS), 89, enero-marzo 2000, p.219-235.

SMELSER, Neil J. The Rational and the Ambivalent in the Social Sciences. American

Sociological Review, Vol.63, February 1998, p.1-16.

SIMMEL, Georg. Conflict & The Web of Group Affiliations. Free Press, 1964.

Antropologia Econômica e Sociologia Econômica

ASPERS, Patrik; DARR, Asaf; KOHL, Sebastian. An Economic Sociological Look at

Economic Anthropology. Economic Sociology – The European Electronic

Newsletter, Volume 9, nº1, November 2007, p.3-10.

BOURDIEU, Pierre. Principles of an Economic Anthropology. In: SMELSER, Neil J.;

SWEDBERG, Richard (eds.). The Handbook of Economic Sociology. Second Edition.

Princeton, NJ: Princeton University Press, 2005, p.75-89.

Page 24: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

24

Arte e economia, arte e mercado e campo de bens simbólicos

Em relação a mercados artísticos, a Sociologia Econômica dos Mercados possui ainda

lacunas a preencher, embora a música transpareça como campo vibrante de pesquisas

sociológicas nas últimas décadas (Roy, Dowd, 2010). Apesar de o mercado de arte

(pintura) de nível mais elevado manter-se, nos dias atuais, cercado de ar rarefeito, em

que as transações de obras são para muito poucos em um círculo estreito, “construído

sobre redes de comunicação extremamente precisas, e cuja unidade de conta é o milhão

de dólares” (Moulin, 2007, p.15), há certamente esferas de inovação, com a realização

por exemplo de leilões online, embora destinados em essência à comercialização de

produtos de média e baixa categoria (Moulin, 2007, p.62) Em 2008, o artista plástico

Damien Hirst provocou uma das últimas revoluções comerciais do setor, ao buscar

eliminar a figura do marchand na intermediação de venda de suas obras polêmicas,

não raro acusadas de mau gosto ou ainda tomadas como supostamente a denúncia ou a

negação do capitalismo, caso da célebre caveira cravejada de diamantes. O fato é que

criações de Hirst atraem altas somas e o seu ato não é novo na História da Arte, já que

o mestre holandês Rembrandt buscara romper com as limitações (estéticas e

econômicas) impostas pelo mecenato, na Amsterdã do século XVII, estabelecendo as

bases de um novo mercado formado por maior número de compradores (confronte

McMillan, 2004, p.30-31, para uma visão da Economia; e Alpers, 2010 [1988], para

uma abordagem da História da Arte). Hoje, em relação ao mercado global de arte,

Diana Crane (2009) considera tal esfera mercantil como exemplo de processos em que

a globalização dos mercados expande a desigualdade econômica e cultural,

favorecendo o privilégio de pequenos segmentos sociais na contemporaneidade:

The global art market is an illustration of the way in which the

globalization of markets is expanding economic and cultural

inequality by increasing the wealth and privileges of small segments

of the world’s population at the expense of the remainder. This in

turn has produced a high-end enclave in the art market in which very

expensive art works circulate among extremely wealthy collectors

whose tastes shape the symbolic and material aspects of the products.

Sales at auction houses provide reliable indicators of demand for

Page 25: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

25

these products. Bypassing urban art markets and art communities,

these transactions take place at a small number of international art

fairs under the aegis of a small group of powerful dealers. As is the

case in other global markets, serious players in this market require

high levels of disposable income and high levels of capital for

investment (CRANE, 2009, p.352).

Outros temas com potencial de exploração pela Sociologia dos Mercados são a fruição

e mediação em esferas mercantis de status, isto é, mercados caracterizados pela

unicidade, raridade e valor simbólico de seus artigos, ao contrário de mercados do tipo

standard (vide Aspers, 2007). Tais esferas mercantis são: pintura de autores

consagrados ou nomes com potencial de crescimento comercial e simbólico; fotografia

artística; moda como expressão artística por si mesma e/ou em interação com outras

artes (pintura, escultura, música, alta literatura).

Temas relacionados: Cultura; Incerteza; Mercados; Preço; Valor

ABREU, Paula. A Indústria Fonográfica e o Mercado da Música Gravada – histórias de

um longo desentendimento. Revista Crítica de Ciências Sociais, nº85, junho de 2009,

p.105-129.

____________. Músicas em Movimento. Dos contextos, tempos e geografias da

performance musical em Portugal. Revista Crítica de Ciências Sociais, nº70,

dezembro de 2004, p.159-181.

ACCOMINOTTI, Fabien. Marché et Hiérarchie. La structure sociale des décisions de

production dans un marché culturel. Histoire & Mesure, XXIII-2, 2008, p.177-218.

ALEXANDER, Victoria D. Sociology of the Arts: exploring fine and popular forms.

Oxford, UK: Blackwell, 2003.

ALPERS, Svetlana. O Projeto de Rembrandt. O Ateliê e o Mercado. São Paulo:

Companhia das Letras, 2010 [1988].

Page 26: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

26

ASPERS, Patrik. Theory, Reality and Performance in Markets, American Journal of

Economics and Sociology, Volume 66, Issue 2, April 2007, p.379-398.

BAKER, Wayne E.; FAULKNER, Robert R. Role as Resource in the Hollywood Film

Industry. American Journal of Sociology, Vol.97, nº2, September 1991, p.279-309.

BECKER, Howard S. Art Worlds. Berkeley, CA: University of California Press, 1982.

BOURDIEU, Pierre. As Regras da Arte. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.

________________. La Distinction: critique sociale du jugement. Paris: Les Éditions

de Minuit, 1979 (tradução: BOURDIEU, Pierre. A Distinção: crítica social do

julgamento. São Paulo; Porto Alegre: Edusp / Zouk, 2007).

BUENO, Maria Lúcia. O Mercado de Galerias e o Comércio de Arte Moderna: São

Paulo e Rio de Janeiro nos Anos 1950-1960. Sociedade e Estado, v.20, n.2, maio/ago

2005, p.377-402.

CRANE, Diana. Reflections on the Global Art Market: implications for the Sociology

of Culture. Sociedade e Estado, v. 24, n. 2, p. 331-362, maio/ago 2009.

____________. The Transformation of the Avant-Garde: The New York Art World,

1940-1985. Chicago: University of Chicago Press, 1989 [1987].

DEMIL, Benoît; LECA, Bernard. Architecture de Marché et Régulation dans

l'Exploitation Cinématographique Française. Revue Française de Gestion, nº142,

2003/1, p.229-252.

DIMAGGIO, Paul. Cultural Entrepreneurship in Nineteenth Century Boston: The

Creation of an Organizational Base for High Culture in America. In: MUKERJI,

Chandra; SCHUDSON, Michael (eds.). Rethinking Popular Culture: Contemporary

Perspectives in Cultural Studies. Berkeley: University of California Press, 1991, p.374-

397.

Page 27: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

27

_______________. Classification in Art. American Sociological Review, Volume 52,

Number 4, August 1987, p.440-455.

DOWD, Timothy J. Production Perspectives in the Sociology of Music. Poetics, 32,

2004a, p.235–246.

________________. Concentration and Diversity Revisited: Production Logics and the

U.S. Mainstream Recording Market, 1940 to 1990. Social Forces, 82, 2004b, p.1411-

1455.

________________. Structural Power and the Construction of Markets: The Case of

Rhythm and Blues. Comparative Social Research, 21, 2003, p.147-201.

DURAND, José Carlos. Arte, Privilégio e Distinção: artes plásticas, arquitetura e

classe dirigente no Brasil, 1855-1985. São Paulo: Perspectiva, 1989.

FAVARETO, Arilson; ABRAMOVAY, Ricardo; MAGALHÃES, Reginaldo. As

estruturas sociais de um mercado aberto: o caso da música brega do Pará. XXXI

Encontro Anual da Associação Nacional de Pós-Graduação em Ciências Sociais

(Anpocs). Caxambu, Minas Gerais, 22 a 26 de outubro de 2007.

FRANÇOIS, Pierre. Prototype, Competition, and Market: the market for early music

concerts. Revue Française de Sociologie, 47, Supplement, 2006, p.183-210.

HAVEMAN, Heather A. Antebellum Literary Culture and the Evolution of American

Magazines. Poetics, 32, 2004, p.5-28.

HEINICH, Nathalie. A Sociologia da Arte. Bauru, SP: Edusc, 2008.

HENNION, Antoine. Music Lovers: taste as performance. Theory, Culture & Society,

Vol.18 (5), 2001, p.1-22

_________________. Baroque and Rock: music, mediators and musical taste. Poetics,

24, 1997, p.415-435.

Page 28: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

28

HERRERO, Marta. Performing Calculation in the Art Market. Journal of Cultural

Economy, 3(1), 2010, p.19-34.

_______________. Art Markets, Sociology and the Emotional Art Object. Sociology

Compass, Vol. 3(6), September 2009, p.911-919.

JONES, Candace. Coevolution of Entrepreneurial Careers, Institutional Rules and

Competitive Dynamics in American Film, 1895-1920. Organization Studies, 22, 2001,

p.911-944.

KIRSCHBAUM, Charles. Renascença da Indústria Brasileira de Filmes: destinos

entrelaçados? Revista de Administração de Empresas, Vol.46, nº3, jul./set. 2006,

p.58-71.

LEYSHON, Andrew; WEBB, Peter; FRENCH, Shaun; THRIFT, Nigel; CREW,

Louise. On the Reproduction of the Musical Economy after the Internet. Media,

Culture & Society, 27, 2005, p.177-209.

McMILLAN, John. A Reinvenção do Bazar: uma história dos mercados. Rio de

Janeiro, Jorge Zahar Editor, 2004.

MOULIN, Raymonde. O Mercado da Arte: mundialização e novas tecnologias. Porto

Alegre: Zouk, 2007.

__________________. L'Artiste, l'Institution et le Marché. Paris: Flammarion, 1992.

O’NEIL, Kathleen M. Bringing Art to Market: the diversity of pricing styles in a local

art market. Poetics, 36, 2008, p.94–113.

PÉQUIGNOT, Bruno. La Sociologie de L'Art et de La Culture en France: un état des

lieux. Sociedade e Estado, Vol.20, nº2, maio/ago 2005, p.303-335.

Page 29: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

29

PINCH, Trevor. Giving Birth to New Users: How the Minimoog Was Sold to Rock &

Roll. In: OUDSHOORN, Nelly; PINCH, Trevor(eds.) How Users Matter: The Co-

Construction of Users and Technology, Cambridge, MA : MIT Press, 2003, 247-70.

ROY, William G; DOWD, Timothy J. What Is Sociological about Music? Annual

Review of Sociology, 36, 2010, p.183–203.

SAPIRO, Gisèle. Globalization and Cultural Diversity in the Book Market: the case of

literary translations in the US and in France. Poetics, 38, 2010, p.419-439.

_____________. The Literary Field between the State and the Market. Poetics, 31,

2003, p.441-464.

TEPPER, Steven J.; HARGITTAI, Eszter. Pathways to Music Exploration in a Digital

Age. Poetics, 37, 2009, p.227–249.

VELTHUIS, Olav. Talking Prices: Symbolic Meanings of Prices on the Market for

Contemporary Art. Princeton, NJ: Princeton University Press, 2005.

_______________. An Interpretative Approach to Meanings of Prices. The Review of

Austrian Economics, 17:4, 2004, p.371-386.

_______________. Symbolic Meaning of Prices: constructing the value of

contemporary art in Amsterdam and New York galleries. Theory and Society, 32,

2003, p.181-215.

WHITE, Harrison C. Careers and Creativity: Social Forces in the Arts. Boulder, CO:

Westview, 1993.

________________; WHITE, Cynthia A. Canvases and Careers - Institutional Change

in the French Painting World Chicago: The University of Chicago Press, 1992 [1965].

ZOLBERG, Vera L. Capital Creativo em um Mundo Global: as artes, a mídia e o futuro

das cidades. In: BUENO, Maria Lucia; CAMARGO, Luiz Octávio de Lima (orgs.).

Page 30: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

30

Cultura e Consumo: Estilos de Vida na Contemporaneidade. São Paulo: Senac, 2008,

p.41-68.

________________. Para Uma Sociologia das Artes. São Paulo: Senac, 2006 [1990].

________________. Success and Failure of the Sociology of Culture? Bringing the Arts

Back. Sociedade e Estado, Vol.20, n2, maio/ago. 2005, p.337-350.

Associações de Negócios, Associações Comerciais

Por associação considera-se a instituição responsável pela construção de ambiente

capaz de criar consenso acerca de regras e convenções, além da coordenação de

interesses e negociação de conflitos. Uma associação deveria gerar reciprocidade,

confiança, credibilidade e cooperação entre seus membros e em relação aos seus

públicos externos, pois esses parâmetros, construídos socialmente, constituem fontes

de previsibilidade em sua área de atuação. De acordo com a literatura (Streeck,

Hassel, 2002; Schmiter, Streeck, 1999[1981]), associações como as de negócios são

organizações intermediárias, isto é, realizam intermediação entre a lógica de afiliação

ao grupo (percepções e demandas dos associados, disposição dos integrantes em

cumprir decisões coletivamente e possibilidade de concessão de benefícios coletivos) e

a lógica de representação do grupo associativo (os incentivos efetivamente concedidos;

condução de negociações, por exemplo, com outras organizações e governos;

oportunidades e constrangimentos resultantes do estabelecimento de relações de

barganha política, e garantia de acesso privilegiado a informações e de conquista de

status). Logo, a associação ao passo que partilha recursos e informações, em um

princípio de reciprocidade e identificação (lógica da afiliação), também estabelece

hierarquia de comando e obediência a parâmetros ou estratégias definidos de maneira

centralizada, conforme um princípio de redistribuição e influência (lógica da

representação).

Temas relacionados: Cooperação; Interesses

BERK, Gerald; SCHNEIBERG, Marc. Varieties in Capitalism, Varieties of Association:

colaborative learning in American Industry, 1900 to 1925. Politics & Society, Vol. 33,

nº 1, March 2005, 46-87.

Page 31: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

31

ROY, William G.; PARKER-GWIN, Rachel. How Many Logics of Collective Action?

Theory and Society, 28, 1999, p.203-237.

SAXENIAN, AnnaLee. In Search of Power: the organization of business interests in

Silicon Valley and Route 128. Economy and Society, Vol.18, Nº 1, February 1989.

SCHMITTER, Philippe; STREECK, Wolfgang. The Organization of Business Interests:

studying the assocative action of business in advanced industrial societies. Cologne:

Max Planck Institute for the Study of Societies (MPIfG), 1999 [1981].

SCHNEIBERG, Marc. Political and Institutional Conditions for Governance by

Association; Private Order and Price Controls in American Fire Insurance. Politics &

Society, 1999, 66-102.

SPILLMAN, Lynette. A Special Camaraderie with Colleagues: Business Associations

and Cultural Production for Economic Action. In: REED, Isaac; ALEXANDER, Jeffrey

(eds.). Meaning and Method: The Cultural Approach to Sociology. Boulder CO:

Paradigm Publishers, 2009, p.17-43.

STREECK, Wolfgang. Business Associations. In: BECKERT, Jens; ZAFIROVSKI,

Milan. International Encyclopedia of Economic Sociology. London and New York:

Routledge, 2006, p.33-35.

__________________; HASSEL, Anke. Interest Group Organization. In: WARNER,

Malcolm (ed.). International Encyclopedia of Business and Management. 2nd

edition. London: Thomson Learning, Vol.4, 2002, p.3182-3192.

Bancos

DAVIS, Gerald F.; MIZRUCHI, Mark S. The Money Center Cannot Hold: Commercial

Banks in the U.S. System of Corporate Governance. Administrative Science

Quarterly, Vol. 44, No. 2., June 1999, p.215-239.

Page 32: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

32

GUILLÉN, Mauro F. The Limits of Convergence: globalization and organizational

change in Argentina, South Korea and Spain. Princeton, NJ: Princeton University Press,

2001.

__________________. The Internationalization of Retail Banking: The Case of Spanish

Banks in Latin America. Transnational Corporations, 9 (3), December 2000, p.63-97.

__________________; TSCHOEGL, Adrian. Building a Global Bank: The

Transformation of Banco Santander. Princeton, NJ: Princeton University Press, 2008.

KEISTER, Lisa A. Financial Markets, Money, and Banking. Annual Review of

Sociology, 28, 2002, p.39-61.

MARQUIS, Christopher; MIZRUCHI, Mark. S. Banks: Social Dimensions. In:

BECKERT, Jens; ZAFIROVSKI, Milan Zafirovski (eds.). International Encyclopedia

of Economic Sociology. London: Routledge, 2006, p.20-22.

MINELLA, Ary César. Bancos e Banqueiros no Brasil: uma análise sociopolítica. In:

MONDADORE, Ana Paula Carletto et al. (orgs.). Sociologia Econômica e das

Finanças: um projeto em construção. São Carlos, SP: EdUFSCar, 2009, p.275-298.

___________________. Representação de Classe do Empresariado Financeiro na

América Latina: a rede transassociativa no ano 2006. Revista de Sociologia Política,

Curitiba, 28, junho 2007a, p.31-56.

___________________. Maiores Bancos Privados no Brasil: um perfil econômico e

sociopolítico. Sociologias, ano 9, nº18, jul/dez 2007b, p.100-125.

___________________. Globalização Financeira e as Associações de Bancos na

América Latina. Civitas – Revista de Ciências Sociais, Vol.3, nº2, jul/dez, 2003, p.245-

272.

Bancos centrais

Page 33: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

33

CARRUTHERS, Bruce G.; BABB, Sarah L.; HALLIDAY, Terence C.

Institutionalizing Markets, or the Market for Institutions? Central Banks, Bankruptcy

Law and the Globalization of Financial Markets. In: CAMPBELL, John L.;

PEDERSEN, Ove K. (eds.). The Rise of Neoliberalism and Institutional Analysis.

Princeton, NJ: Princeton University Press, 2001, p.94-126.

LAPAVITSAS, Costa. The Political Economy of Central Banks: agents of stability or

source of instability? International Papers in Political Economy, 4(3), 1997, p.1-52.

LEBARON, Frédéric. Central Bankers in the Contemporary Global Field of Power: a

‘social space’ approach. Sociological Review, Volume 56, May 2008, p.121-144.

_________________. The Space of Economic Neutrality. Trajectories and Types of

Legitimacy of Central Bank Managers. International Journal of Contemporary

Sociology, 37, 2, October 2000, p.208–229.

MORAIS, Lecio. Evolução Institucional do Banco Central e as Mudanças de Política

Monetária no Brasil no período 1964-1998. Política & Sociedade, nº6, abril de 2005,

p.221-246.

POLILLO, Simone; GUILLÉN, Mauro F. Globalization Pressures and the State: The

Worldwide Spread of Central Bank Independence. American Journal of Sociology,

110(6), May 2005, p.1764-1802.

Bolsa de Valores

Max Weber, entre 1894 e 1896, escreve uma série ‘didática’ a respeito da bolsa de

valores, para esclarecer eventuais investidores acerca do funcionamento dessa

instituição capitalista, que o autor define como uma moderna esfera de circulação

comercial (Weber, 2004). A abordagem sócio-econômica da bolsa, entretanto, tem o

interesse renovado a partir dos anos 1980, em estudos como o já clássico de Wayne E.

Baker (1984) sobre o pregão na Bolsa de Chicago.

Temas relacionados: Finanças; Globalização; Mercados; Tempo

Page 34: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

34

ABOLAFIA, Mitchell Y. Making Markets: Opportunism and Restraint on Wall Street.

Cambridge, MA: Harvard University Press, 1996.

BAKER, Wayne E. The Social Structure of a National Securities Market. The

American Journal of Sociology, Vol. 89, nº 4, January 1984, p.775-811.

BEUNZA, Daniel; STARK, David. La Organización de la Respuesta: innovación y

recuperación en las salas de operaciones financieras del Bajo Manhattan. Revista

Española de Investigaciones Sociológicas (Reis), nº107, 2004, p.89-122.

BLOMBERG, Jesper. Gendering Finance: Masculinities and Hierarchies at the

Stockholm Exchange. Organization, Volume 16(2), 2009, p.203–225.

MÜLLER, Lúcia Helena Alves. Mercado Exemplar: um estudo antropológico sobre a

bolsa de valores. Porto Alegre: Zouk, 2006.

_________________________. Caminhos e Sentidos da Informação no Mercado de

Ações. Política & Sociedade, nº6, abril de 2005, p.133-164.

_________________________. Livre Mercado. Civitas, v.3, n°2, jul.-dez. 2003, p.301-

325.

MUNIESA, Fabian. Market Technologies and the Pragmatics of Prices. Economy and

Society, Volume 36, Number 3, August 2007, p.377-395.

________________. Contenir le Marché: la transition de la criée à la cotation

électronique à la bourse de Paris. Sociologie du Travail, 47, 2005, p.485–501.

________________. Un Robot Walrasien. Cotation électronique et justesse de la

découverte des prix. Politix, Vol. 13, n°52, Quatrième trimestre 2000, p.121-154.

WEBER, Max. A Bolsa. Lisboa: Relógio D’Água Editores, 2004.

Bourdieu, Pierre

Page 35: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

35

A Sociologia da Economia proposta por Pierre Bourdieu (1930-2002) é tratada, ao

longo de boa parte de sua vasta produção, em torno de obras que abrangem quarenta

anos de intervalo. A preocupação com o que o autor denomina de economia dos bens

simbólicos em oposição à economia de trocas econômicas, característica de mercados

de regime capitalista (em que a explicitação do preço é a principal, mas não a única,

característica) assinala a obra de Bourdieu desde seus trabalhos ainda como etnólogo,

na Argélia, entre o final dos anos 1950 e começo dos anos 1960 (época de ebulição

histórica naquele país, em razão da luta contra o colonialismo francês e posterior

conquista da independência), até sua última grande obra, As Estruturas Sociais da

Economia (2000), o que é destacado pelo próprio autor e pela análise de sua produção

(Bourdieu, 1996, p.157-163; Garcia-Parpet, 2006; Swedberg, 2010, 2009).

Temas relacionados: Campo; Estado; Interesses; Mercados

BOURDIEU, Pierre. O Senso Prático. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009 [1980].

_________________. O Campo Econômico. Política & Sociedade, nº6, abril de 2005a,

p.15-57.

_________________. Principles of an Economic Anthropology. In: SMELSER, Neil J.;

SWEDBERG, Richard (eds.). The Handbook of Economic Sociology. 2nd Edition.

Princeton, NJ: Princeton University Press, 2005b, p.75-89.

_________________. Coisas Ditas. São Paulo: Brasiliense, 2004 [1987].

_________________. Les Structures Sociales de l’Economie. Paris: Seuil, 2000.

_________________. As Regras da Arte. São Paulo: Companhia das Letras, 1996a.

_________________. Razões Práticas: sobre a teoria da ação. Campinas, SP: Papirus,

1996b [1994].

_________________. Le Capital Social: notes provisoires. Actes de la recherche en

sciences sociales, Vol. 31, janvier 1980, p. 2-3.

Page 36: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

36

_________________. La Distinction: critique sociale du jugement. Paris: Les Éditions

de Minuit, 1979 (tradução: A Distinção: crítica social do julgamento. São Paulo; Porto

Alegre: Edusp / Zouk, 2007).

BOYER, Robert. L’Anthropologie Économique de Pierre Bourdieu. Actes de la

Recherche en Sciences Sociales, n. 150, 2003, p.65-78.

DIMAGGIO, Paul J. Review Essay on Pierre Bourdieu. American Journal of

Sociology, 84 (1), 1979, p.460-474.

FLIGSTEIN, Neil. Social Skills and the Theory of Fields. Sociological Theory, 19:2,

July 2001, p.105-125.

GARCIA-PARPET, Marie-France. A Gênese Social do Homo-economicus: a Argélia e

a Sociologia da Economia em Pierre Bourdieu. Mana, 12(2), 2006, p.333-357.

LEBARON, Frédéric. Pierre Bourdieu: Economic Models against Economism. Theory

and Society, Volume 32, Numbers 5-6, 2003, p.551-565.

_________________. Bases of a Sociological Economy: from François Simiand and

Maurice Hawlbachs to Pierre Bourdieu. International Journal of Contemporary

Sociology, Volume 38, nº1, April 2001, p.54-63.

SALLAZ, Jeffrey J.; ZAVISCA, Jane. Bourdieu in American Sociology, 1980–2004.

Annual Review of Sociology, 33, 2007, p.21-41.

SWEDBERG, Richard. The Economic Sociologies of Pierre Bourdieu. Cultural

Sociology, Volume 5(1), 2010, p.1-18.

___________________. Bourdieu's Contribution to Economic Sociology. In:

HEDSTRÖM, Peter; WITTROCK, Björn (eds.). Frontiers of Sociology. Leiden: Brill,

2009, p.231-244.

Page 37: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

37

___________________. Sociologia Econômica: hoje e amanhã. Tempo Social, 2004,

Vol.16, nº2, p.7-34.

Burocracia

EVANS, Peter B. Análise do Estado no Mundo Neoliberal: Uma Abordagem

Institucional Comparativa. Revista de Economia Contemporânea, nº4, jul.-dez.1998,

p.51-85.

HELAL, Diogo Henrique e NEVES, Jorge Alexandre Barbosa. Burocracia e inserção

social: uma proposta para entender a gestão das organizações públicas no Brasil.

Sociologias, Vol.12, n.25, 2010, p. 312-340.

Campo, campo econômico

Em seu grande estudo sobre o mercado da casa própria na França, Bourdieu (2000)

apresenta abordagem sociológica da atividade econômica que leva em conta as

posições estruturais em um campo econômico, a disposição dos atores (agentes sociais)

e a utilização de capitais variados. Para o autor, campos são as diversas arenas em que

se efetuam distintas atividades sociais e se travam lutas, embates por distinções

hierárquicas e poder, com o campo econômico sendo a tradução perfeita de um campo

de lutas, em que há, por exemplo, empresas dominantes e empresas dominadas (vide

também Bourdieu, 2009[1980], p.85; Raud, 2007). Bourdieu argumenta que a noção de

campo rompe com a lógica abstrata da Economia (como ciência) da determinação

automática, mecânica e instantânea dos preços sobre os mercados livres de uma

concorrência sem constrangimentos. Segundo o autor, a estrutura do balanço de poder

entre as empresas, que não interagem a não ser de maneira indireta através de preços,

contribui essencialmente para definir os preços por determinar, através da posição

ocupada pelas empresas nesta estrutura, as chances diferenciais de influenciar a sua

formação - por exemplo, o efeito das economias de escala resultantes do fato de que a

força na negociação com os fornecedores aumenta com o porte da empresa ou o custo

de investimento por unidade diminui com o aumento total de capacidade de produção.

Conforme Bourdieu, é essa estrutura social que controla as tendências imanentes aos

mecanismos do campo e, ao mesmo tempo, a margem de liberdade para as estratégias

Page 38: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

38

dos agentes sociais. Assim, Bourdieu sintetiza a pressão estrutural do campo

econômico com a frase já célebre: se não são os preços que fazem o todo, é o todo o

que faz os preços (Bourdieu, 2000, p.240). Quanto às disposições dos agentes, devemos

atentar para a noção de habitus, isto é, disposições incorporadas, condicionamentos

sociais, com alguma margem de liberdade, “espécie de senso prático do que se deve

fazer em dada situação” (Bourdieu, 1996). No estudo sobre a casa própria, Bourdieu

busca evidenciar que o comportamento dos consumidores depende de uma variedade de

fatores, como o capital econômico e cultural, a trajetória social, a situação

familiar/matrimonial e a localização da moradia, o que implica também a análise da

dimensão coletiva dos agentes sociais (ao contrário do que propõe a visão econômica

neoclássica de indivíduos atomizados), no caso em questão, uma família de

consumidores à procura de uma casa, além de sua posição em dada estrutura social

(quanto mais baixa a posição na hierarquia social, menor a preocupação com o

aspecto simbólico da casa). Observamos que Bourdieu entende por capital a

distribuição de poderes que determinam as posições relativas em determinado campo.

O capital pode ser, por exemplo, econômico, cultural, político, social e simbólico,

sendo este último, conforme ressalva de Bourdieu, em geral chamado de prestígio,

reputação, fama, o que se aplica à fidelidade a uma determinada marca de produto ou

empresa, em uma expressão de confiança ou de (re)conhecimento: “capital symbolique

reside dans la maîtrise de ressources symboliques fondées sur la connaissance et la

reconnaissance, comme l’image de marque (goodwill investiment), la fidelité à la

marque (brand loyalty), etc.; pouvoir qui fonctionne comme une forme de crédit, il

suppose la confiance ou la croyance de ceux qui le subissent parce qu’ils sont disposés

à accorder crédit” (Bourdieu, 2000, p.237). A teoria do campo de Bourdieu é contrária

à teorização de sociólogos da chamada Nova Sociologia Econômica, caso do norte-

americano Mark Granovetter. Em texto publicado em 1985 e considerado como marco

fundador dessa corrente analítica, Granovetter propõe a noção de embeddedness

(imersão, incrustação) da ação econômica em redes (networks) de relações sociais.

Segundo Bourdieu, nesta visão o agente econômico é tomado como uma mônada

egoísta, com suas decisões sendo postas fora de qualquer constrangimento social. Erro

que, conforme Bourdieu, também é cometido pelo individualismo metodológico e

mesmo pela proposição de um interacionista clássico como Anselm Strauss, que evoca

o chamado “contexto de consciência” para pensar a influência exercida nas redes

sociais pelos agentes em relação à si e a outro atores. Para Bourdieu, individualista ou

Page 39: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

39

holista, tais abordagens ignoram os efeitos da estrutura, as relações de poder, além da

ausência de noções rigorosas sobre, por exemplo, capital social. Aspers (2008, p.307)

comenta que, ao analisar a obra de Bourdieu sobre a estrutura social e valores

concentrando-se nos mercados, o autor francês trata freqüentemente sobre o mercado,

embora a relação entre os campos e os mercados não seja totalmente clara. Esta é

assim em parte porque as relações entre os próprios campos não seriam claras. A

interpretação de Aspers é que o mercado conecta dois campos ou subcampos, cada

qual possuindo sua própria lógica específica, ou de valor. O que é avaliado nos campos

difere, dependendo de como o jogo do campo é jogado, e que tipo de capital (e valores)

do lado vencedor se impõe. Aspers, todavia, ressalva que Bourdieu indica a relação

entre as duas noções de campo e de mercado em diversas ocasiões. Bourdieu considera

mercado como uma relação entre campos de produção e áreas de consumo. Assim

campos autônomos, tais como os campos literário ou artístico, são parcialmente

construídos em relação ao mercado, ou seja, em relação aos consumidores. Esta

questão está no centro das atenções de uma obra como As Regras da Arte, observa

Aspers. Conceitos da obra de Pierre Bourdieu encontram profunda ressonância nas

teorizações de autores como Richard Swedberg (2003, noção de interesse) e Neil

Fligstein (2008, noções de campo, skills). Bourdieu tem obras relevantes para a

Sociologia Econômica, caso de Razões Práticas, Regras da Arte, A Distinção, além de

estudos sobre moda, pesquisa sobre a economia tradicional na Argélia (esta pioneira

na abordagem de Bourdieu, nos anos 1960) e de seu já citado estudo sobre o mercado

da casa própria na França (2000). Na revista Actes de la Recherche en Sciences

Sociales, Bourdieu assegura ainda espaço para pesquisadores da França e de fora do

país na área de Sociologia Econômica, caso de Marie France Garcia-Parpet, Frédéric

Lebaron e Neil Fligstein.

Temas relacionados: Mercados

ASPERS, Patrik. Analyzing Order: social structure and value in the economic sphere.

International Review of Sociology - Revue Internationale de Sociologie, Vol. 18(2),

July 2008, p.301-316.

BOURDIEU, Pierre. O Senso Prático. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009 [1980].

Page 40: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

40

_________________. O Campo Econômico. Política & Sociedade, nº6, abril de 2005a,

p.15-57.

_________________. Principles of an Economic Anthropology. In: SMELSER, Neil J.;

SWEDBERG, Richard (eds.). The Handbook of Economic Sociology. Second Edition.

Princeton, NJ: Princeton University Press, 2005b, p.75-89.

_________________. Les Structures Sociales de l’Economie. Paris: Seuil, 2000.

_________________. As Regras da Arte. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.

FLIGSTEIN, Neil. Social Skills and the Theory of Fields. Sociological Theory, 19:2,

July 2001, p.105-125.

_______________; McADAM, Doug. Toward a General Theory of Strategic Action

Fields. Sociological Theory, 29 (1), March 2011, p.1-26.

RAUD, Cécile. Bourdieu e a Nova Sociologia Econômica. Tempo Social. Revista de

Sociologia da USP, v. 19, p. 203-232, 2007.

Capitalismo

Em análise da abordagem do regime capitalista nas obras clássicas de Smith, Marx,

Weber, Schumpeter e Keynes, Geoffrey Ingham (2008) enfatiza que três elementos

constitutem a essência da economia capitalita: sistema monetário para produzir

dinheiro na forma de crédito bancário (bank-credit money); mercado para trocas

(market exchange) e empresa privada para produção de mercadorias (commodities).

Temas relacionados: Crises e Depressões Econômicas; Estado; Mercados

BERGER, Peter L. A Revolução Capitalista. Belo Horizonte: Itatiaia, 1992.

BLOCK, Fred. Crisis and Renewal: the outlines of a twenty-first century new deal.

Socio-Economic Review, 9, 2011, p.31-57.

Page 41: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

41

BOLTANSKI, Luc; CHIAPELLO, Éve. O Novo Espírito do Capitalismo. São Paulo:

Martins (Martins Fontes), 2009.

BOYER, Robert. Are There Laws of Motion of Capitalism? Socio-Economic Review,

9, 2011, p.59-81.

_____________. How and Why Capitalisms Differ. Economy and Society, Volume 34,

Number 4, November 2005, p.509-557.

_____________. Une Théorie du Capitalisme, est-elle Possible? Paris: Odile Jacob,

2004.

BURNS, Tom R.; DEVILLE, Philippe. Teoria dos Sistemas Dinâmicos: teorizações

sobre o capitalismo e a sua evolução. Sociologia, Problemas e Práticas, nº50, 2006,

pp.11-44.

DEEG, Richard; JACKSON, Gregory. Towards a More Dynamic Theory of Capitalist

Variety. Socio-Economic Review, 5, 2007, p.149–179.

DEUTSCHMANN, Christoph. A Pragmatist Theory of Capitalism. Socio-Economic

Review, 9, 2011, p.83–106.

FRIEDEN, Jeffry A. Capitalismo Global: História Econômica e Política do Século

XX. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2008.

HALL, Peter A.; SOSKICE, David. An Introduction to Varieties of Capitalism. In: In:

HALL, Peter A.; SOSKICE, David (eds.). Varieties of Capitalism: The Institutional

Foundations of Comparative Advantage edited with David Soskice. Oxford: Oxford

University Press, 2001, p.1-68.

HIRSCHMAN, Albert O. As Paixões e os Interesses: argumentos políticos a favor do

capitalismo antes do seu triunfo. Rio de Janeiro: Record, 2002.

Page 42: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

42

HOLLINGSWORTH, J. Rogers; BOYER, Robert (eds.). Contemporary Capitalism:

the embeddedness of institutions. Cambridge, UK: Cambridge University Press, 1997.

INGHAM, Geoffrey. Capitalism. Cambridge: Polity Press, 2008.

LAZZARINI, Sérgio G. Capitalismo de Laços: os donos do poder e suas conexões.

Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.

MARTÍNEZ, Juliana; MOLYNEUX, Maxine; SÁNCHEZ-ANCOCHEA, Diego. Latin

American capitalism: economic and social policy in transition. Economy and Society,

Volume 38, Number 1, February 2009, p.1-16.

NEE, Victor; SWEDBERG, Richard (eds.). The Economic Sociology of Capitalism.

Princeton, NJ: Princeton University Press, 2005.

SCHNEIDER, Ben Ross. Hierarchical Market Economies and Varieties of Capitalism

in Latin America. Journal of Latin America Studies, Vol. 41 (3), August 2009, p.553-

575.

STREECK, Wolfgang. Taking Capitalism Seriously: towards an institutionalist

approach to contemporary political economy. Socio-Economic Review, 9, 2011, p.137-

167.

__________________. E Pluribus Unum? Varieties and Commonalities of Capitalism.

MPIfG Discussion Paper, October 2010 (Também disponível em: GRANOVETTER,

Mark, SWEDBERG, Richard (eds.). The Sociology of Economic Life. 3rd edition.

Boulder, CO: Westview, 2011, p.419-455).

__________________. Institutions in History: Bringing Capitalism Back In. Cologne:

MPIfG, November 2009.

__________________; YAMAMURA, Kozo (eds.). The Origins of Nonliberal

Capitalism: Germany and Japan in comparison. Ithaca, NY: Cornell University Press,

2001.

Page 43: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

43

SWEDBERG, Richard. The Economic Sociology of Capitalism: an introduction and

agenda. In: NEE, Victor; SWEDBERG, Richard (eds.). The Economic Sociology of

Capitalism. Princeton, NJ: Princeton, University Press, 2005, p.3-40.

___________________. Towards an Economic Sociology of Capitalism. L'Année

Sociologique, 55, nº2, 2005b, p.419-450.

___________________. Capitalisme et Éthique. Comment les dispositions législatives

relatives aux conflits d’intérêts peuvent être utilisées pour prévenir les dilemmes. Revue

Internationale des Sciences Sociales, n° 185, 2005/3, p.523-534.

__________________. The Economic Sociology of Capitalism: Weber and

Schumpeter. Journal of Classical Sociology, Vol. 2, nº3, November 2002, p.227-255.

THRIFT, Nigel. Knowing Capitalism. London: Sage, 2005.

VISSER, Oane; KALB, Don. Financialised Capitalism Soviet Style? Varieties of State

Capture and Crisis. Archives Européennes de Sociologie / European Journal of

Sociology, Volume 51 (2), 2010, p.171-194.

WEBER, Max. A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. São Paulo:

Companhia das Letras, 2004a [1904-1905].

Capital social

Hoje, conceito disseminado e amplamente utilizado na Sociologia e na Ciência Política,

no Exterior e no Brasil (vide revisões de Portes, 2000; Woolcock, 1998; Fialho, 2008;

Higgins, 2005), e sujeito a debates e contestações (Fulkerson e Thompson, 2008;

Koniordos, 2008), uma noção contemporânea mais bem acabada de capital social

encontra-se inicialmente em breve texto de Pierre Bourdieu. Conforme o autor francês,

capital social é o conjunto, o agregado de recursos existentes ou potenciais ligados à

posse de uma rede durável de ligações, de vínculos mais ou menos institucionalizados

de conhecimento ou reconhecimento (Bourdieu, 1980, p.2). Alejandro Portes (2000)

Page 44: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

44

destaca a influência de obras de outros autores para a utilização, nem sempre clara, do

conceito, caso da abordagem de James S. Coleman (1988), que designaria na mesma

definição os mecanismos geradores do capital social (normas, por exemplo), as suas

conseqüências (acesso a informações privilegiadas) e o contexto de realização de

ambos. Na ótica de Portes (2000, p.137), “um tratamento sistemático do conceito tem

de distinguir: (a) os possuidores de capital social (os que fazem as solicitações); (b) as

fontes do capital social (os que acedem às solicitações); (c) os recursos propriamente

ditos”. Na Sociologia Econômica, a definição e aplicação do conceito podem ser

encontradas primeiramente em obras de Wayne E. Baker (1990; Baker e Faulkner,

2009), e Ronald Burt (1997; 1992). Mais recentemente, há trabalhos da socióloga

Brooke Harrington (2001) e do historiador social Dario Gaggio (2007), este último

sobre capital social no setor joalheiro em cidades italianas. Já artigo de Carlo Trigilia

(2001), além de discutir aspectos positivos e negativos (como conluio e comportamento

oportunista) de capital social, aponta os benefícios que uma autonomia política, em

tempos de globalização, representa para o desenvolvivimento econômico local.

Temas relacionados: Competição; Confiança; Instituições; Redes Sociais

BAKER, Wayne E. Market Networks and Corporate Behavior. American Journal of

Sociology, Volume 96, Number 3, November 1990, p.589-625.

________________; FAULKNER, Robert R. Social Capital, Double Embeddedness,

and Mechanisms of Stability and Change. American Behavioral Scientist, Volume 52,

Number 11, July 2009, p.1531-1555.

BARBERA, Filippo. Social Networks, Collective Action and Public Policy: The

Embeddedness Idea Reconsidered. In: KONIORDOS, Sokratis M. (ed.). Networks,

Trust and Social Capital: Theoretical and Empirical Investigations from Europe.

Aldershot, UK; Burlington, VT: Ashgate, 2005, p.119-142.

BOURDIEU, Pierre. Les Structures Sociales de l’Economie. Paris: Seuil, 2000.

________________. Le Capital Social: notes provisoires. Actes de la recherche en

sciences sociales, Vol. 31, janvier 1980, p. 2-3 (em português: O Capital Social: notas

Page 45: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

45

provisórias. In: NOGUEIRA, Maria Alice; CATANI, Afrânio (orgs.). Escritos de

Educação. Petrópolis, RJ: Vozes, 1999, p.65-69).

BURT, Ronald S. The Contingent Value of Social Capital. Administrative Science

Quarterly, Vol.42, nº2, Jun. 1997, p.339-365.

_______________. Le Capital Social, Les Trous Structuraux et l'Entrepreneur. Revue

Française de Sociologie, 36-4. 1995, p.599-628.

_______________. Structural Holes: The Social Structure of Competition. Cambridge,

MA: Harvard University Press, 1992.

COLEMAN, James S. Social Capital in the Creation of Human Capital. American

Journal of Sociology, Vol.94, Supplement, 1988, p.S95-S-120.

DESCHENEAUX, Frédéric; LAFLAMME, Claude. Réseau Social et Capital Social:

une distinction conceptuelle nécessaire illustré à l'aide d'une enquête sur l'insertion

professionnelle de jeunes Québécois. SociologieS [En ligne], Théories et recherches,

mis en ligne le 02 juin 2009.

FERRARY, Michel. Trust and Social Capital in the Regulation of Lending Activities.

Journal of Socio-Economics, 31, 2003, p.673-699.

FIALHO, Fabrício Mendes. As Múltiplas Definições do Conceito de Capital Social.

BIB, nº65, 2008, p.71-87.

FULKERSON, Gregory M.; THOMPSON, Gretchen H. The Evolution of a Contested

Concept: A Meta-Analysis of Social Capital Definitions and Trends (1988-2006).

Sociological Inquiry, Vol. 78, nº4, November 2008, p.536–557.

FURLANETTO, Egidio Luiz. Instituições e Desenvolvimento Econômico: a

importância do capital social. Revista de Sociologia e Política, Vol.16, suppl., 2008,

p.55-67.

Page 46: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

46

GAGGIO, Dario. In Gold We Trust: social capital and economic change in the italian

jewelry towns. Princeton, NJ: Princeton University Press, 2007.

HARRINGTON, Brooke. Organizational Performance and Corporate Social Capital: a

contingency model. Research in the Sociology of Organizations, Volume 18, 2001,

p.83-106.

HIGGINS, Silvio Salej. Fundamentos Teóricos do Capital Social. Chapecó, SC:

Argos Ed. Universitária, 2005.

KONIORDOS, Sokratis M. Social Capital Contested. International Review of

Sociology – Revue Internationale de Sociologie, Vol. 18, nº2, July 2008, p.317-337.

________________________ (ed.). Networks, Trust and Social Capital: Theoretical

and Empirical Investigations from Europe. Aldershot, UK; Burlington, VT: Ashgate,

2005.

LAZEGA, Emmanuel; LEBEAUX, Marie-Odile. Capital social et Contrainte Latérale.

Revue Française de Sociologie, 36-4, 1995, p.759-777.

LIN, Nan. Social Capital. In: BECKERT, Jens; ZAFIROVSKI, Milan (eds.).

International Encyclopedia of Economic Sociology. London: Routledge, 2006, p.604-

612.

________. Social Capital: a theory of social structure and action. Cambridge:

Cambridge University Press, 2002.

________. Social Networks and Status Attainment. Annual Review of Sociology, Vol.

25, 1999, p. 467-487.

_________. Les ressources sociales: une théorie du capital social. Revue Française de

Sociologie, 36-4. 1995, p.685-704.

Page 47: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

47

MANEIRO, José Manuel; SOTELSEK, Daniel. La Caracterización Económica de la

Lengua y su Relación con el Capital Social. Revista Internacional de Sociología,

Vol.67, nº3, septiembre-diciembre 2009, p.589-607.

NOOTEBOOM, Bart. Social Capital, Institutions and Trust. Review of Social

Economy, 65/1, 2007, p. 29-53.

PORTES, Alejandro. Capital Social: origens e aplicações na sociologia contemporânea.

Sociologia, Problemas e Práticas, nº 33, 2000 [1998], p. 133-158.

ROBISON, Lindon J.; RITCHIE, Bryan K. Relationship Economics: the social capital

paradigm and it's application to business, politics and other transactions. Aldershot:

Gower, 2010.

TRIGILIA, Carlo. Social Capital and Local Development. European Journal of Social

Theory, 4 (4), 2001, p.427-442.

WOOLCOCK, Michael. Social Capital and Economic Development: toward a

theoretical synthesis and policy framework. Theory and Society, 27, 1998, p.151-208.

___________________; NARAYAN, Deepa. Social Capital: implications for

development theory, research, and policy. World Bank Research Observer, 15(2),

2000, p.225-49.

Carisma

ALLDREDGE, Penney; BIGGART, Nicole Woolsey. Charisma. In: BECKERT, Jens;

ZAFIROVSKI, Milan (eds.). International Encyclopedia of Economic Sociology.

London: Routledge, 2006, p.53-55.

BIGGART, Nicole Woolsey. Charismatic Capitalism: Direct Selling Organizations in

America. Chicago: University of Chicago Press, 1989.

Page 48: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

48

WEBER, Max. Economía y Sociedad: esbozo de sociología comprensiva. Mexico:

Fondo de Cultura Economica, 1999 [1922].

Classe

ASPERS, Patrik. Alfred Marshall and the Concept of Class. American Journal of

Economics and Sociology, Volume 69, nº1, January 2010, p.151-165.

PORTES, Alejandro. Economic Sociology: a systematic inquiry. Princeton, NJ:

Princeton University Press, 2010.

_________________. Instituciones y Desarrollo: una revisión conceptual. Cuadernos

de Economía, v. XXV, nº45, 2006, p.13-52.

__________________; HOFFMAN, Kelly. Latin American Class Structures: their

composition and change during the Neoliberal Era. Latin American Research Review,

Vol.38, n1, February 2003, p.41-82.

WRIGHT, Erik Olin. Class. In: BECKERT, Jens; ZAFIROVISKI, Milan (eds.).

International Encyclopedia of Economic Sociology. London: Routledge, 2006, p.62-

68.

__________________. The Shadow of Exploitation in Weber's Class Analysis.

American Sociological Review, Vol.67, 2002, p.832-853.

__________________. Working-Class Power, Capitalist-Class Interests, and Class

Compromise. American Journal of Sociology, Vol.105, Number 4, January 2000,

p.957-1002.

__________________. Classes. London: Verso, 1985.

Clássicos da Sociologia Econômica e da Economia

Page 49: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

49

Sinteticamente, destaca-se aqui algumas das contribuições de fundadores da Sociologia

e de economistas do período clássico dessas disciplinas para as correntes atuais da

Sociologia Econômica: de Émile Durkheim, a argumentação em torno dos aspectos

não-contratuais dos contratos, tal como a noção de contrato justo, o papel das normas

sobre as transações e a importância das representações sociais nas atividades

econômicas; de Max Weber, a ênfase em elementos carismáticos e irracionais na

atividade econômica, além do entrelaçamento das esferas econômica e religiosa e de

sua proposta analítica da estrutura, da formação histórica e da significação cultural

das atividades socioeconômicas; de Georg Simmel, sua teoria da monetarização a

partir do incremento da objetificação e do instrumentalismo da vida moderna e sua

análise da ambivalência das variadas esferas de competição e conflito (da família ao

comércio); de Alfred Marshall, sua ênfase na análise da informação e da dimensão

temporal dos mercados; de Thorstein Veblen, sua teorização do consumo ostentatório,

as contradições da administração da empresa industrial e sua visão das instituições

como processuais, isto é, hábitos arraigados; de Vilfredo Pareto, a sua análise sobre os

efeitos sociais e econômicos do protecionismo, ao qual o autor italiano denomina de “o

socialismo dos empreendedores e dos capitalistas”; de Joseph Schumpeter, a proposta

de fazer da Sociologia Econômica a disciplina responsável pelo exame do arcabouço

institucional influente nas atividades econômicas, além de sua abordagem do fenômeno

do empreendedorismo, ainda hoje tomada como ponto de partida para reflexão; de

Karl Polanyi, sua crítica fundamental ao postulado do homo oeconomicus; e de Talcott

Parsons, a sua tentativa de integrar o exame de fatores de produção como trabalho e

capital à análise de outros sistemas sociais como a política e a cultura. A obra de Karl

Marx também não deve ser eclipsada, com sua crítica da “mercantlização” no regime

capitalista de produção sendo ainda um ponto de referência. Quanto à famosa

proposição de Adam Smith, da mão invisível do mercado, esta se mantém como uma

das mais contestadas formulações pela Sociologia Econômica.

Temas relacionados: Capitalismo; Dinheiro; Direito e Economia; Estado; Mercados;

Religião; Sociologia Econômica

DURKHEIM, Émile. Da Divisão do Trabalho Social. 3ªedição. São Paulo: Martins

Fontes, 2008.

_________________. Lições de Sociologia. São Paulo: Martins Fontes, 2002 [1950].

Page 50: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

50

MARSHALL, Alfred. Princípios de Economia. Rio de Janeiro: Epasa, 1946 [1890].

MARX, Karl. O Capital: Crítica da Economia Política. Rio de Janeiro: Civilização

Brasileira, 2008.

PARETO, Vilfredo. Manual de Economia Política. São Paulo: Nova Cultural, 1988.

________________. Escritos Sociológicos. Madrid: Alianza, 1987.

_________________. Os Sistemas Socialistas. In: RODRIGUES, José Albertino (org.).

Vilfredo Pareto: Sociologia. São Paulo: Ática, 1984, p.112-164.

PARSONS, Talcott. A Estrutura da Ação Social. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010 (2v.).

________________. O Sistema das Sociedades Modernas. São Paulo: Pioneira,

1974[1971].

________________; SMELSER, Neil J. Economy and Society: a study of economic

and social theory. London: Routledge, 1998 [1956].

POLANYI, Karl. A Grande Transformação: as origens de nossa época. 2ªedição. Rio

de Janeiro: Campus, 2000 [1944].

SCHUMPETER, Joseph A. A Teoria do Desenvolvimento Econômico: uma

Investigação sobre Lucros, Capital, Crédito, Juro e o Ciclo Econômico. São Paulo:

Abril Cultural, 1982 [1911].

SIMMEL, Georg. Filosofia da Moda e Outros Escritos. Lisboa: Texto & Grafia, 2008.

______________. Questões Fundamentais da Sociologia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar

Editor, 2006 [1917].

Page 51: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

51

______________. As Grandes Cidades e a Vida do Espírito. Mana, 11 (2), 2005[1903],

p.577-591.

______________. The Philosophy of Money. Third Edition. London and New York:

Routledge, 2004.

______________. Les Pauvres. Paris: Presses Universitaires de France (PUF), 1998

[1907].

______________. Sociología: estudios sobre las formas de socialización. Madrid:

Alianza, 1986 (2v).

______________. Conflict & The Web of Group Affiliations. Free Press, 1964.

______________. Fashion. American Journal of Sociology, Vol. 62, nº6, May 1957,

p.541–558.

SMITH, Adam. A Riqueza das Nações. São Paulo: Madras, 2009.

SOMBART, Werner. ¿Por que no hay Socialismo en los Estados Unidos? Revista

Española de Investigaciones Sociologicas (REIS), nº 71-72, Julio-Diciembre 1995,

p.277-370.

WEBER, Max. História Geral da Economia. São Paulo: Centauro, 2006.

____________. A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. São Paulo:

Companhia das Letras, 2004a [1904-1905].

____________. A Bolsa. Lisboa: Relógio D’Água Editores, 2004b [1894-1896].

____________. Economía y sociedad: esbozo de sociología comprensiva. Mexico:

Fondo de Cultura Economica, 1999 [1922].

____________. Sociología del Trabajo Industrial. Madrid: Editorial Trotta, 1995.

Page 52: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

52

Competição, concorrência

Em relação ao problema da competição em mercados, Jens Beckert (2007) recupera o

argumento weberiano de que o conflito de interesses constitui o embate de mercado, o

qual toma forma entre competidores do mercado, o Estado e grupos de interesse do

lado da demanda, todos envolvidos no conteúdo, expansão, modelagem e regulação da

competição. Para modelar os termos da competição, os atores de mercado criam e

modificam estruturas de mercado, o que afeta sua posição de mercado e

conseqüentemente suas oportunidades de lucro e fatias de distribuição de mercado.

Segundo o autor, a organização específica da competição é um fenômeno político e

histórico contingente, refletindo as estruturas de poder dentro do campo de um

mercado (market field). Para uma macrossociologia dos mercados é a investigação da

evolução dessas estruturas de competição o que permite o entendimento do

desenvolvimento capitalista. Beckert ressalta que a ordem dos mercados depende não

apenas de mundos estáveis, como propõe Fligstein (1996), mas também de contornos

socialmente aceitáveis. Nesse ponto, o sociólogo alemão salienta o papel do Estado e a

consideração do mercado de trabalho como fundamentais na regulação da competição.

Beckert argumenta que a regulação institucional não apenas reduz a incerteza no

mercado, como também determina a distribuição da riqueza econômica. Nessa ótica,

Beckert enfatiza que o quanto exatamente os riscos são distribuídos entre trabalho,

capital e sociedade constitui o resultado de contínuos embates de mercado.

Temas relacionados: Cooperação; Estado; Mercados

BECKERT, Jens. The Social Order of Markets. MPIfG Discussion Paper 07/15,

December 2007 (também disponível em: The Social Order of Markets. Theory and

Society, 38, 2009, p.245-269).

BENGTSSON, Maria; KOCK, Sören. ”Coopetition” in Business Networks—to

Cooperate and Compete Simultaneously. Industrial Marketing Management, 29,

2000, p.411–426.

BURT, Ronald S. Structural Holes: The Social Structure of Competition. Cambridge,

MA: Harvard University Press, 1992.

Page 53: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

53

DOBBIN, Frank; DOWD, Timothy J. The Market That Antitrust Built: Public Policy,

Private Coercion, and Railroad Acquisitions, 1825 to 1922. American Sociological

Review, Vol.65, nº5, October 2000, p.631-657.

______________________________. How Policy Shapes Competition: early railroad

foundings in Massachusetts. Administrative Science Quarterly, 42, 1997, p.501-529.

FLIGSTEIN, Neil. Markets as Politics: a political-cultural approach to market

institutions. American Sociological Review, Vol, 61, nº 4, august 1996, p.656-673.

LEIFER, Eric M.; WHITE, Harrison C. A Structural Approach to Markets. In:

DOBBIN, Frank (ed.). The New Economic Sociology: a reader. Princeton, NJ:

Princeton University Press, 2004 [1987], p.302-324.

PODOLNY, Joel. Status Signals: A Sociological Study of Market Competition.

Princeton, NJ: Princeton University Press, 2005.

_______________. A Status-based Model of Market Competition. American Journal

of Sociology, Volume 98, Number 4, January 1993, p.829-872.

TROMPETTE, Pascale. Une Économie de la Captation: les dynamiques

concurrentielles au sein du secteur funéraire. Revue Française de Sociologie, 46-2,

2005, p.233-264.

WHITE, Harrison C. Where Do Markets Come From? American Journal of

Sociology, Vol. 87, nº3, November 1981, p.517-547.

Comunismo / socialismo e transição para / implantação de economia de mercado

BANDELJ, Nina. The Global Economy as Instituted Process: The Case of Central and

Eastern Europe. American Sociological Review, 74, 2009, p.128-149.

Page 54: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

54

_____________. From Communists to Foreign Capitalists. The social foundations of

foreign direct investment in postsocialist Europe. Princeton, NJ: Princeton University

Press, 2008.

_____________. Negotiating Global, Regional, and National Forces: Foreign

Investment in Slovenia. East European Politics and Societies, Vol. 18, nº3, 2004,

p.455-480.

_____________. Embedded Economies: Social Relations as Determinants of Foreign

Direct Investment in Central and Eastern Europe. Social Forces, 81 (2), 2002, p.411-

444.

BRUSZT, László; STARK, David. Who Counts? Supranational Norms and Societal

Needs. East European Politics and Societies, Vol. 17, n1, 2003, p.74–82.

BURAWOY, Michael. Transition without Transformation: Russia's Involutionary Road

to Capitalism. East European Politics and Societies, Vol.15, n2, 2001, p.269-290.

BURAWOY, Michael; KROTOV, Pavel; LYTKINA, Tatyana. Involution and

Destitution in Capitalist Russia. Ethnography, Vol. 1(1), 2000, p.43-65.

_____________________________________. The Soviet Transition from Socialism to

Capitalism: Worker Control and Economic Bargaining in the Wood Industry. American

Sociological Review, Volume 57, February 1992, p.16-38.

CASTELLS, Manuel. A Era da Informação: economia, sociedade e cultura. Vol. 1 –

A sociedade em rede. 3ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 2000.

CHEVALIER, Sophie. Uma Sociedade em Mudança: antropologia de uma "transição"

na Bulgária. Horizontes Antropológicos, Vol.7, nº15, 2001, p.37-55.

CLARKE, Simon. The Development of Capitalism in Russia. Abingdon, UK; New

York: Routledge, 2007.

Page 55: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

55

_______________; KABALINA, Veronika. The New Privacte Sector in the Russian

Labour Market. Europe-Asia Studies, Vol.52, nº1, 2000, p.7-32.

ERICSON, Richard E. Does Russia Have a "Market Economy"? East European

Politics and Societies, Vol.15, nº2, 2001, p.291-319.

EYAL, Gil. Anti-Politics and the Spirit of Capitalism: Dissidents, Monetarists, and the

Czech Transition to Capitalism. Theory and Society, Volume 29, Number 1, 2000,

p.49-92.

FLIGSTEIN, Neil. The Economic Sociology of the Transitions from Socialism.

American Journal of Sociology, Volume 101, Number 4, January 1996, p.1074-1081.

GUSEVA, Alya. Building New Markets: A Comparison between Russian and

American Credit Card Markets. Socio-Economic Review, 3, 2005, p.437-466.

HAMILTON, Gary. Commerce and Capitalism in Chinese Societies. London:

Routledge, 2006.

HASS, Jeffrey K. Economic Sociology: an introduction. New York: Routledge, 2007.

______________. The Great Transition: The Dynamics of Market Transitions and The

Case of Russia, 1991-1995. Theory and Society, 28, 1999, p.383-424.

KING, Lawrence P.; SZELÉNYI, Iván. Post-Communist Economic Systems. In:

SMELSER, Neil J.; SWEDBERG, Richard (ed.). The Handbook of Economic

Sociology. Princeton, NJ: Princeton University Press: 2005, p.205-229.

NEE, Victor. Organizational Dynamics of Institutional Change: China's Market

Economy. CSES Working Paper Series, September 2001 (revised, Ocotober 2003).

___________. The Emergence of a Market Society: Changing Mechanisms of

Stratification in China. American Journal of Sociology, Volume 101, Number 4,

January 1996, p.908-949.

Page 56: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

56

___________. Social Inequalities in Reforming State Socialism: Between

Redistribution and Markets in China. American Sociological Review, Volume 56, June

1991, p.267-282.

___________. A Theory of Market Transition: From Redistribution to Markets in State

Socialism. American Sociological Review, Volume 54, October 1989, p.663-681.

___________; OPPER, Sonja. Political Capital in a Market Economy. Social Forces,

88 (5), July 2010, p.2105-2132.

____________; CAO, Yang. Market Transition and the Firm: Institutional Change and

Income Inequality in Urban China. Management and Organization Review, 1(1),

2004, p.23-56.

OBERSCHALL, Anthony. The Great Transtition: China, Hungary, and Sociology Exit

Socialism into the Market. American Journal of Sociology, Volume 101, Number 4,

January 1996, p.1028-1041.

RADAEV, Vadim. Informal Institutional Arrangements and Tax Evasion in the Russian

Economy. In: KONIORDOS, Sokratis M.(ed.). Networks, Trust and Social Capital:

Theoretical and Empirical Investigations from Europe. Aldershot, UK; Burlington, VT:

Ashgate, 2005a, p.189-204.

_______________. Competitive Changes on Russian Markets. The Example of Retail

Chains. Russian Social Science Review, Vol.46, nº4, July–August 2005b, p.31–58.

_______________. Russian Entrepreneurship and Violence in the Late 1990s.

Alternatives, Vol.28, nº4, August-October 2003, p.459-472.

_______________. The Development of Small Entrepreneurship in Russia. UNU-

WIDER Discussion Paper, 135, November 2001, 32p.

Page 57: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

57

_______________. The Market as an Object of Sociological Investigation. Russian

Social Science Review, Vol.41, nº5, September-October 2000a, p.23-38.

_______________. The Role of Violence in Russian Business Relations. Russian

Social Science Review, Vol.41, nº5, September-October 2000b, p.39-66.

REDDING, S. Gordon. The Spirit of Chinese Capitalism. Berlin / New York: de

Gruyter, 1993.

___________________; WITT, Michael A. The Future of Chinese Capitalism.

Oxford: Oxford University Press, 2007.

SÁNCHEZ-ANDRÉS, Antonio; MARCH-POQUET, José M. The Construction of

Market Institutions in Russia: a view from the institutionalism of Polanyi. Journal of

Economic Issues, Vol.XXXVI, n3, September 2002, p.707-722.

STARK, David. Recombinant Property in East European Capitalism. American

Journal of Sociology, Volume 101, Number 4, January 1996, p.993-1027.

_____________; VEDRES, Balázs. Social Times of Network Spaces: Network

Sequences and Foreign Investment in Hungary. American Journal of Sociology,

Volume 111, Number 5, March 2006, p.1367–1411.

_____________; BRUSZT, László. Postsocialist Pathways: trnasforming politics and

property in East Central Europe. Cambridge: Cambridge University Press, 1998.

VERHOEVEN, Willem-Jan; JANSEN, Wim; DESSENS, Jos. Income Attainment

During Transformation Processes: A Meta-Analysis of the Market Transition Theory.

European Sociological Review, Volume 21, Number 3, July 2005, p.201-226.

VISSER, Oane; KALB, Don. Financialised Capitalism Soviet Style? Varieties of State

Capture and Crisis. Archives Européennes de Sociologie / European Journal of

Sociology, Volume 51 (2), 2010, p.171-194.

Page 58: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

58

WALDER, Andrew G. Markets and Income Inequality in Rural China: Political

Advantage in an Expanding Economy. American Sociological Review, 67(2),April

2002, p.231-253.

__________________. Markets and Inequality in Transitional Economies: Toward

Testable Theories. American Journal of Sociology, Volume 101, Number 4, January

1996, p.1060-1073.

___________________. Property Rights and Stratification in Socialist Redistributive

Economies. American Sociological Review, 57 (4), August 1992, p.524-539.

___________________; NGUYEN, Giang Hoang. Ownership, Organization, and

Income Inequality: Market Transition in Rural Vietnam. American Sociological

Review, 73(2), April 2008, p.251-269.

YAKUBOVICH, Valery; YAROSHENKO, Sveta. Economic Sociology in Russia.

Economic Sociology - European Electronic Newsletter, Vol. 1, nº3, June 2000, p.24-

28.

Confiança

ADLER, Paul S. Market, Hierarchy, and Trust: The Knowledge Economy and the

Future of Capitalism. Organization Science, Vol. 12, No. 2, March–April 2001, p.

215–234

BARBALET, Jack. A Characterization of Trust, and Its Consequences. Theory and

Society, Vol. 38, Number 4, 2009, p.367-382.

BECKERT, Jens. Trust and the Performative Construction of Markets. Cologne:

MPIfG, September 2005.

CARRUTHERS, Bruce G. A Sociologia do Crédito e da Finança. In: MONDADORE,

Ana Paula Carletto et al. (orgs.). Sociologia Econômica e das Finanças: um projeto em

construção. São Carlos, SP: EdUFSCar, 2009, p.365-380.

Page 59: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

59

CHANTELAT; Pascal; VIGNAL, Bénédicte. L’Intermédiation du Marché de

l’Occasion. Échange marchand, confiance et interactions sociales. Sociologie du

Travail, 44, 2002, p.315-336.

GAMBETTA, Diego. Can We Trust Trust. In: GAMBETTA, Diego (ed.). Trust:

Making and Breaking Cooperative Relations. Oxford: Basil Blackwell, 1988, p.213-

237.

_________________; HAMILL, Heather. Streetwise: How taxi drivers establish

customers’ trustworthiness. New York: Russell Sage Foundation, 2005.

GRANOVETTER, Mark. Ação Econômica e Estrutura Social: o problema da imersão.

São Paulo: RAE – eletrônica, v.6, n.1, art.9, jan/jun 2007 [1985].

LAPAVITSAS, Costa. Information and Trust as Social Aspects of Credit. Economy

and Society, Volume 36, Number 3, August 2007, p.416-436.

LOCKE, Richard M. Construindo Confiança. Econômica, v.3, nº2, dezembro 2001,

p.253-281.

MÖLLERING, Guido. Trust: Reason, Routine, Reflexivity. Oxford: Elsevier, 2006a.

________________. Trust, Institutions, Agency: Towards a Neoinstitutional Theory of

Trust. In: BACHMANN, Reinhard; ZAHEER, Akbar (eds.). Handbook of Trust

Research. Cheltenham: Edward Elgar, 2006b, p.355-376.

_________________. The Nature of Trust: From Georg Simmel to a Theory of

Expectation, Interpretation and Suspension. Sociology, 35 (2), 2001, p.403-420.

TONKISS, Fran. Trust, Confidence and Economic Crisis. Intereconomics, 44/4, July-

August 2009, p.196-202.

Conhecimento econômico, Sociologia do

Page 60: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

60

BERGER, Peter L.; LUCKMANN, Thomas. A Construção Social da Realidade:

tratado de sociologia do conhecimento. 32ª edição. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010.

LEBARON, Frédéric. La Croyance Économique. Les Économistes entre Science et

Politique. Paris: Seuil, 2000.

STEINER, Philippe. The Sociology of Economic Knowledge. European Journal of

Social Theory, 4(4), 2001, p.443-458.

________________. Sociologie de la Connaissance Économique. Essai sur les

Rationalisations de la Connaissance Économique (1750-1850). Paris: PUF, 1998.

Construção social, noção de

Conforme Mark Granovetter (1992), a concepção de construção social origina-se da

obra de Peter Berger e Thomas Luckmann (2001[1966]).

Temas relacionados: Mercados

BERGER, Peter L.; LUCKMANN, Thomas. A Construção Social da Realidade:

tratado de sociologia do conhecimento. 20ª edição. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001 [1966].

GRANOVETTER, Mark. A Theoretical Agenda for Economic Sociology. In: guillén,

Mauro; COLLINS, Randall; ENGLAND, Paula; MEYER, Marshall (eds.). The New

Economic Sociology: Developments in an Emerging Field. New York: Russell Sage

Foundation, 2002, p.35-59.

____________________. Economic Institutions as Social Constructions: a framework

for analysis. Acta Sociologica, 35, 1992, p.3-11.

ZAJAC, Edward J.; WESTPHAL, James D. The Social Construction of Market Value:

Institutionalization and Learning Perspectives on Stock Market Reactions. American

Sociological Review, Vol. 69, nº3, June 2004, p.433-457.

Page 61: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

61

Consumo, compra e clientela

O consumo, processo social, cultural e econômico de escolher bens, não é objeto de

pesquisa empírica sistemática de teóricos clássicos como Marx, Weber, Simmel e

Durkheim (Zukin, Maguire, 2004). Ainda que não ignorem, de uma maneira ou outra o

tema, os autores clássicos dedicam mais atenção a outras esferas, como a produção.

Uma exceção encontra-se no trabalho de Thorstein Veblen – economista por profissão

– sobre o consumo ostentatório ou conspícuo, porém também ele não emprega pesquisa

empírica sistemática na sustentação de sua “teoria da classe ociosa”.

Temas relacionados: Capitalismo; Cultura; Mercados; Moda; Publicidade e Marketing

BARBOSA, Lívia; CAMPBELL, Colin (Orgs.). Cultura, Consumo e Identidade. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2006.

BARREY, Sandrine. L'Épreuve des Collections dans la Mise en Marché des Produits

Alimentaires: le cas de la grande distribution. Réseaux, nº135-136, 2006/1, p.193-219.

________________; COCHOY, Franck; DUBUISSON-QUELLIER, Sophie. Designer,

Packager et Merchandiser: trois professionnels pour une même scène marchande.

Sociologie du Travail, 42, 2000, p.457−482.

BOURDIEU, Pierre. A Distinção: crítica social do julgamento. São Paulo; Porto

Alegre: Edusp / Zouk, 2007.

BUENO, Maria Lucia; CAMARGO, Luiz Octávio de Lima (orgs.). Cultura e

Consumo: Estilos de Vida na Contemporaneidade. São Paulo: Senac, 2008.

CALLEJO, Javier. Elementos para una Teoria Sociológica del Consumo. Papers:

revista de sociología, 47, 1995, p.75-96.

_______________; GUTIÉRREZ, Jesús; VIEDMA, Antonio. El Proceso de

Constitución de España en una Sociedad Turística. Politica y Sociedad, Vol. 42, Núm.

1, 2005, p.151-168.

Page 62: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

62

CALLON, Michel; MÉADEL, Cécile; RABEHARISOA, Vololona. The Economy of

Qualities. Economy and Society, Volume 31, Number 2, May 2002, p.194–217.

CAMPBELL, Colin. A Ética Romântica e o Espírito do Consumismo Moderno. Rio

de Janeiro: Rocco, 2001.

COCHOY, Franck. A Sociology of Market-Things: on tending the garden of choices in

mass retailing. In: CALLON, Michel; MILLO, Yuval; MUNIESA, Fabian. Market

Devices. Malden, MA; Oxford, UK: Blackwell, 2007, p.109-129.

_______________. Figures du Client, Leçons du Marché. Sciences de la Société, n° 56,

mai 2002, p. 3-23.

_______________. Une Petite Histoire du Client, ou la Progressive Normalisation du

Marché et de l’Organisation. Sociologie du Travail, 44, 2002, p.357–380.

_______________; LE DANIEL, Loïc; CRAVE, Jacques. Le grand chevron rouge et

les 282 petits chevreaux, ou l’emballage des cigarettes comme dispositif de captation.

Terrains & Travaux, nº11, 2006, p.179-201.

COOK, Daniel Thomas. The Commodification of Childhood: The Children’s

Clothing Industry and the Rise of Child Consumer. Durnham, NC: Duke University

Press, 2004a.

_____________________. Production… Consumption… Bridges: Markets as Social

Imaginaries. Accounts, Vol.5/1, Fall 2004b.

DIMAGGIO, Paul; LOUCH, Hugh. Socially Embedded Consumer Transactions: for

what kinds of purchases do people most often use networks? American Sociological

Review, Volume 63, nº5, October 1998, p.619–637.

DONDEYNE, Christèle. Professionnaliser le Client: le travail du marché dans une

entreprise de restauration collective. Sociologie du Travail, 44, 2002, p.21–36.

Page 63: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

63

DUBUISSON-QUELLIER, Sophie. From Consumerism to the Empowerment of

Consumers: The Case of Consumer Oriented Movements in France. Sustaitanbility, 2,

2010, p.1849-1868.

_____________________________. Le Prestataire, le Client, et le Consommateur:

Sociologie d’une relation marchande. Revue Française de Sociologie, XL-4, 1999,

p.671-688.

GARCIA-PARPET, Marie-France. Estilos de Vida e Maneiras de Beber: a oferta dos

bens de prescrição. BUENO, Maria Lucia; CAMARGO, Luiz Octávio de Lima (orgs.).

Cultura e Consumo: Estilos de Vida na Contemporaneidade. São Paulo: Senac, 2008,

p.135-156.

HARRINGTON, Brooke. An Economic Sociologist Abroad: Observations from China

and India. Accounts, Vol. 6, Issue 2, Spring 2007.

MALLARD, Alexandre. La Presse de Consommation et le Marché. Enquête sur le tiers

consumériste. Sociologie du Travail, 42, 2000, p.391-409.

MILLER, Daniel. Consumo como Cultura Material. Horizontes Antropológicos,

Vol.13, nº28, 2007, p.33-63.

______________. Teoria das Compras: O que Orienta as Escolhas dos Consumidores.

São Paulo: Nobel, 2002 [1998].

SLATER, Don. The Moral Seriousness of Consumption. Journal of Consumer

Culture, Vol.10(2), 2010, p.280-284.

_____________. Consumer Culture & Modernity. Oxford and Cambridge, UK;

Malden, MA: Polity Press / Blackwell, 1997 (edição brasileira: Cultura do Consumo

& Modernidade. São Paulo: Nobel, 2002).

UGHETTO, Pascal. Figures du Client, Figures du Prestataire. Sciences de la Société, n°

56, mai 2002, p.99-114.

Page 64: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

64

VEBLEN, Thorstein. A Teoria da Classe Ociosa: um estudo econômico sobre

instituições. São Paulo: Pioneira, 1965 [1899].

ZELIZER, Viviana A. Moralizing Consumption. Journal of Consumer Culture,

Vol.10(2), 2010, p.287-291.

__________________. Culture and Consumption. In: SMELSER, Neil.; SWEDBERG,

Richard (eds.). Handbook of Economic Sociology. Princeton, NJ: Princeton University

Press, 2005, p.331-354.

ZUKIN, Sharon. Consumption. In: BECKERT, Jens; ZAFIROVSKI, Milan (eds.).

International Encyclopedia of Economic Sociology. London: Routledge, 2006, p.101-

107.

_____________. Point of Purchase: How Shopping Changed American Culture. New

York: Routledge, 2004.

_____________; MAGUIRE, Jennifer Smith. Consumers and Consumption. Annual

Review of Sociology, 30, 2004, p173-197.

Contabilidade e auditoria

CARRUTHERS; Bruce G; ESPELAND, Wendy N. Accounting for Rationality:

Double-Entry Bookkeeping and the Rhetoric of Economic Rationality. American

Journal of Sociology, 97 (1), 1991, p.31-69.

CHIAPELLO, Eve. Accounting at the Heart of the Performativity of Economics.

Economic Sociology - The European Electronic Newsletter. Volume 10, Number 1,

November 2008, p.12-15.

MACKENZIE, Donald. Produire des Comptes: finitisme, technologie et application de

la règle. Revue d'anthropologie des connaissances, n° 7, 2009/2, p.207-232.

Page 65: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

65

MENNICKEN, Andrea; MILLER, Peter; SAMIOLO, Rita. Accounting for Economic

Sociology. Economic Sociology - The European Electronic Newsletter. Volume 10,

Number 1, November 2008, p.3-7.

MILLER, Peter. Governing by Numbers: Why Calculative Practices Matter. Social

Research, Vol. 68, No.2, Summer 2001, p.379-396.

_____________. The Margins of Accounting. In: CALLON, Michel. The Laws of the

Markets, Oxford: Blackwell, 1998, p.174-193.

____________; O'LEARY, Ted. Mediating instruments and making markets: capital

budgeting, science and the economy. Accounting, Organizations and Society, Volume

32 (7/8), October-November 2007, p.701-734.

POWER, Michael. The Audit Society: rituals of verification. Oxford: Oxford

University Press, 1997.

SAUVIAT, Catherine. Deux Professions dans la Tourmente. L'audit et l'analyse

financière. Actes de la Recherche en Sciences Sociales, nº146-147, 2003, p.21-41.

VOLLMER, Hendrik; MENNICKEN, Andrea; PREDA, Alex. Tracking the numbers:

across accounting and finance, organizations and markets. Accounting,Organizations

and Society, 34 (5), July 2009, p.619-637.

Contrato

Na Sociologia Clássica, uma abordagem dos aspectos, das relações não-contratuais do

contrato encontra-se em obras de Émile Durkheim (2008[1893]; 2002[1950,

póstuma]).

Temas relacionados: Confiança; Direito

DURKHEIM, Émile. Da Divisão do Trabalho Social. 3ªedição. São Paulo: Martins

Fontes, 2008 [1893].

Page 66: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

66

_________________. Lições de Sociologia. São Paulo: Martins Fontes, 2002 [1950].

FAVEREAU, Olivier; PICARD, Pierre. L’Approche Économique des Contrats: unité

ou diversité. Sociologie du Travail, 38, 4, 1996, p.441-464.

GOUREVITCH, Peter A.; SHINN, James. Political Power and Corporate Control:

The New Global Politics of Corporate Governance. Princeton, NJ: Princeton University

Press, 2007.

MACAULAY, Stewart. Non-contractual Relations in Business: a preliminary study.

American Sociological Review, Vol.28, nº 1, 1963, p.55-67.

PARSONS, Talcott; SMELSER, Neil J. Economy and Society: a study of economic

and social theory. London: Routledge, 1998 [1956].

SANTOS, Rui. Economic Sociology of the Modern Latifundium: economic institutions

and social change in Southern Portugal 17th-19th centuries. Sociologia, Problemas e

Práticas, nº45, maio 2004, p.23-52.

STINCHCOMBE, Arthur L. On the Virtues of the Old Institutionalism. Annual

Review of Sociology, 23, 1997, p.1-18.

STREECK, Wolfgang. STREECK, Wolfgang. Institutions in History: Bringing

Capitalism Back In. Cologne: MPIfG, November 2009.

__________________. Revisiting Status and Contract: Pluralism, Corporatism and

Flexibility. Social Institutions: Studies of Industrial Relations in Advanced Capitalist

Economies. London: Sage, 1992.

Convenções

No ordenamento de um mercado, não existe apenas o cálculo. Existem também o

hábito, o costume, a personalização, a prática, a rotina, a tradição.

Temas relacionados:

Page 67: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

67

BIGGART, Nicole Woosley; BEAMISH, Thomas D. The Economic Sociology of

Conventions: habit, custom, practice and routine in market order. Annual Review of

Sociology, 29, 2003, p.443-464.

FAVEREAU, Olivier; BIENCOURT, Olivier; EYMARD-DUVERNAY, François.

Where Do Markets Come From? From (quality) conventions. In: FAVEREAU, Olivier;

LAZEGA, Emmanuel. (eds.). Conventions and structures in economic organization,

markets, networks and hierarchies. Cheltenham: Edward Elgar, 2002.

JAGD, Soren. Economics of Convention and New Economic Sociology: Mutual

Inspiration and Dialogue. Current Sociology, 55, 2007, p.75-91.

THÉVENOT, Laurent. Organized Complexity: conventions of coordination and the

composition of economic arrangements. European Journal of Social Theory, 4(4),

2001, p.405-425.

Cooperação

ANTHONY, Denise. Cooperation in Microcredit Borrowing Groups: identity,

sanctions, and reciprocity in the production of collective goods. American Sociological

Review, Vol. 70, June 2005, p.496-515.

BECKERT, Jens. The Social Order of Markets. Theory and Society, 38, 2009, p.245-

269.

KOLLOCK, Peter. Social Dilemmas: The Anatomy of Cooperation. Annual Review of

Sociology, 24, 1998, p.183-214.

_______________. Cooperation in an Uncertain World: An Experimental Study.

Sociological Theory and Methods 8(1), 1993, p.3-18.

LAZEGA, Emmanuel. Cooperation among Competitors. Its Social Mechanisms through

Network Analyses. Sociologica, 1/2009.

Page 68: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

68

__________________; MOUNIER, Lise. Interdependent entrepreneurs and the social

discipline of their cooperation: a research programme for structural economic sociology

in a society of organizations. In: FAVEREAU, Olivier, LAZEGA, Emmanuel (eds.),

Conventions and structures in economic organization: markets, networks and

hierarchies. Cheltenham: Edward Elgar, 2002.

NOOTEBOOM, Bart. Institutions and Forms of Cooperation. Organization Studies,

21, 2000, p.915-940.

SAXENIAN, AnnaLee. Regional Advantage: Culture and Competition in Silicon

Valley and Route 128. Harvard University Press, 1994.

SPAGNOLO, Giancarlo. Social Relations and Cooperation in Organizations. Journal

of Economic Behavior and Organization, Vol. 38/1, 1999, p.1-26.

VERSCHOORE, Jorge Renato. Programa Redes de Cooperação: uma análise da

política pública gaúcha de desenvolvimento local com base em seus beneficiários.

Revista Pós Ciências Sociais, v.7, nº13, 2010, p.101-116.

Corrupção

GAMBETTA, Diego. Corruption: an analytical map. In: KOTKIN, Stephen; SAJO,

András. (eds.). Political Corruption of Transition: A Sceptic’s Handbook. Budapest:

Central European University Press, 2002, p.33-56 (Reprinted In: JORDAN, W.;

KREIKE, E. (eds.). Corrupt Histories. University of Rochester Press, 2004, p.3-28).

GRANOVETTER, Mark. A Construção Social da Corrupção. Política e Sociedade,

Vol.5, nº9, 2006, p.11-37.

ROSE-ACKERMAN, Susan. Corruption. In: BECKERT, Jens; ZAFIROVSKI, Milan

(eds.). International Encyclopedia of Economic Sociology. London and New York:

Routledge, 2006, p.124-128.

Page 69: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

69

Crédito e microcédito

ABRAMOVAY, Ricardo; MAGALHÃES, Reginaldo; SCHRODER, Mônica.

Representatividade e Inovação na Governança dos Processos Participativos: o caso das

organizações Brasileiras de agricultores familiares. Sociologias, vol.12, nº24, 2010,

p.268-306.

ANTHONY, Denise. Cooperation in Microcredit Borrowing Groups: Identity,

Sanctions, and Reciprocity in the Production of Collective Goods. American

Sociological Review, Vol. 70, June 2005, p.496-515.

AVANZA, Martina; LAFERTÉ, Gilles; PENISSAT, Etienne. O Crédito entre as

Classes Populares Francesas: o Exemplo de uma Loja em Lens. Mana, 12 (1), 2006,

p.7-38.

BIGGART, Nicole Woolsey. Banking on Each Other: The Situational Logic of Rotating

Savings and Credit Associations. Advances in Qualitative Organization Research,

Volume 3, 2001, p.129-153.

CARRUTHERS, Bruce G. A Sociologia do Crédito e da Finança. In: MONDADORE,

Ana Paula Carletto et al. (orgs.). Sociologia Econômica e das Finanças: um projeto em

construção. São Carlos, SP: EdUFSCar, 2009, p.365-380.

GUSEVA, Alya. Building New Markets: A Comparison between Russian and

American Credit Card Markets. Socio-Economic Review, 3, 2005, p.437-466.

LAPAVITSAS, Costas. Information and Trust as Social Aspects of Credit. Economy

and Society, Volume 36, Number 3, August 2007, p.416-436.

MAGALHÃES, Reginaldo Sales; ABRAMOVAY, Ricardo. A Formação de um

Mercado de Microfinanças no Sertão da Bahia. Revista Brasileira de Ciências Sociais,

Vol.22, n.63, fevereiro 2007, p.107-119.

Crises e depressões econômicas

Page 70: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

70

Richard Swedberg (2010) apresenta um notável ensaio em torno da (des)vinculação do

colapso do banco norte-americano Lehman Brothers com o pânico financeiro mundial,

em 2008, e que atinge economias tão díspares como as dos Estados Unidos, Escócia,

Islândia e Japão. Após a passagem dos piores momentos da crise financeira, duas

correntes de opinião nos mercados financeiros e em meios acadêmicos divergem sobre

o papel do Estado na eclosão do derretimento (meltdown) hipotecário-financeiro: o

Banco Central norte-americano (Federal Reserve ou simplesmente Fed) e a Secretaria

de Tesouro no então governo de George W. Bush são os responsáveis pela crise? Essa

é uma das discussões que surgem no ensaio de Swedberg e que trazem questões de

fundo extremamente relevantes (e recorrentes) para a Sociologia Econômica: livre-

mercado ou intervenção do Estado, regramento ou desregulação de mercados.

Temas relacionados: Capitalismo; Estado; Globalização

BLOCK, Fred. Crisis and Renewal: the outlines of a twenty-first century new deal.

Socio-Economic Review, 9, 2011, p.31-57.

CAMPBELL, John L. The US financial crisis: lessons for theories of institutional

complementarity. Socio-Economic Review, 9, 2011, p.211–234.

DEUTSCHMANN, Christoph. The Euro Trouble and the Global Financial Crisis.

Economic Sociology - The European Electronic Newsletter, Volume 12, Number 2,

March 2011, p.17-20.

DOBBIN, Frank R. The Social Construction of the Great Depression: Industrial Policy

during the 1930s in the United States, Britain, and France. Theory and Society,

Volume 22, Issue 1, February 1993, p.1-56.

FLIGSTEIN, Neil. Neil Fligstein Answers Questions on the Present Financial Crisis

(Interview). Economic Sociology - The European Electronic Newsletter, Volume 11,

Number 1, November 2009, p.41-44.

GRÜN, Roberto. A Crise Financeira, a Guerra Cultural e as Transformações do Espaço

Econômico Brasileiro em 2009. Dados, Vol.53, nº2, 2010, p.255-297.

Page 71: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

71

KESSLER, Oliver. Towards an Economic Sociology of the Subprime Crisis? Economic

Sociology – The European Electronic Newsletter, Volume 10, Number 2, March

2009, p.11-16.

LAPAVITSAS, Costas. The Roots of the Global Financial Crisis. Development

Viewpoint, Number 28, April 2009.

MACKENZIE, Donald. Unlocking the Language of Structured Securities. Financial

Times, Thursday August 19 2010.

___________________. Beneath All the Toxic Acronyms Lies a Basic Cultural Issue.

Financial Times, Thursday November 26 2009.

___________________. The Big, Bad Wolf and the Rational Market: portfolio

insurance, the 1987 crash and the performativity of economics. Economy and Society,

Volume 33, Number, 3, August 2004, p.303-334.

SCHIMANK, Uwe. Against All Odds: the 'loyalty' of small investors. Socio-Economic

Review, 9, 2011, p.107–135.

SWEDBERG, Richard. The Structure of Confidence and the Collapse of Lehman

Brothers. Research in the Sociology of Organizations, Volume 30A, 2010, p. 71-114.

TONKISS, Fran. Trust, Confidence and Economic Crisis. Intereconomics, 44/4, July-

August 2009, p.196-202.

Cuidados

ENGLAND, Paula. Emerging Theories of Care Work. Annual Review of Sociology,

31, 2005a, p.381–399.

________________; FOLBRE, Nancy. The Cost of Caring. The Annals of the

American Academy of Political and Social Science, 561, 1998, p. 39-51.

Page 72: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

72

LAVILLE, Jean-Louis. Services aux Personnes et Sociologie Économique Pluraliste.

Revue Française de Socio-Economie, 2 (2), 2008, p.43-58.

TRABUT, Loïc; WEBER, Florence. How to Marke Care Work Visible? The Case of

Dependence Policies in France. Research in the Sociology of Work, Volume 18, 2009,

p.343-368.

ZELIZER, Viviana A. A Economia do Care. Civitas, v.10, nº3, set.-dez. 2010, p.376-

391 (tradução de: L'Économie du Care. Revue Française de Socio-Economie, 2 (2),

2008, p.13-25).

__________________. Dualidades perigosas. Mana, Vol.15, n.1, 2009, p. 237-256.

Cultura

Na perspectiva culturalista da Sociologia Econômica, Paul DiMaggio (1994) sugere

que o conceito de imersão (embeddedness) proposto por Mark Granovetter não se deve

limitar a uma abordagem estrutural. O autor defende o acréscimo da dimensão

cultural, já que sem essa perspectiva, torna-se difícil compreender o que é negociado, a

emergência da confiança (trust) em situações concretas e variadas e a habilidade de

empreendedores em construir redes fora de seus mundos sociais. O enfoque das

pesquisas empíricas do autor é bastante amplo, desde estudos sobre o campo

organizacional, passando pela administração de espaços artísticos e culturais como

museus, teatros e casas de ópera, até as implicações sociais da Internet. Para a

abordagem culturalista, conforme Lyn Spillman (1999), três pontos são fundamentais

para apreender o significado dos mercados: a construção dos objetos de trocas no

mercado (“mercadorização”, ou no original, commodification), a construção dos

parceiros de troca em um mercado e a construção de normas legítimas para as trocas

em mercados, o que aproxima tal perspectiva do enfoque político-cultural proposto por

Neil Fligstein (1996) e, sobretudo, das preposições críticas de Viviana A. Zelizer

(1988), contrária à visão pura de mercado, isto é, que desconsidera a penetração do

mundo da vida nas esferas mercantis. Segundo Spillman, a cultura dos mercados é

formada em torno de objetos, atores e normas. Assim, por exemplo, a criação de

Page 73: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

73

mercadorias (commodities), seja de ações ou bens os quais não eram previamente

vendidos, seja a introdução de novos produtos, é um comum e frequentemente processo

altamente contestado, e a mercadorização está sujeita a uma constante política cultural

de desafio e reafirmação: “can editors of e-mail discussions lists sell their mailing

lists? What’s the problem when professional athletes can be free agents while their

supporters are local? Should housewives be paid? If we listen to the buzz of the

mundane public sphere, commodification is constantly at issue” (Spillman, 1999,

p.1055). A possibilidade de aplicar métodos quantitativos para análise de questões

envolvendo cultura e economia (Breiger, 2005) abre ainda uma alternativa para os

estudos sobre a temática.

Temáticas relacionadas:

BOURDIEU, Pierre. La Distinction: critique sociale du jugement. Paris: Les Éditions

de Minuit, 1979 (A Distinção: crítica social do julgamento. São Paulo; Porto Alegre:

Edusp / Zouk, 2007).

BREIGER, Ronald L. Culture and Classification in Markets: an introduction. Poetics,

33, 2005, p.157-162.

DIMAGGIO, Paul. Market Structure, the Creative Process, and Popular Culture: toward

an organizational reinterpretation of mass-culture theory. In: SPILLMAN, Lyn (ed.).

Cultural Sociology. Malden, MA and Oxford, UK: Blackwell, 2002, p.151-163.

_______________. Culture and Cognition. Annual Review of Sociology, 23, 1997,

p.263–287.

_______________. Culture and Economy. In: SMELSER, Neil J.; SWEDBERG,

Richard (eds.). Handbook of Economic Sociology. Princeton and New York: Princeton

University Press and Russell Sage Foundation, 27-57, 1994.

_______________. Cultural Entrepreneurship in Nineteenth Century Boston: The

Creation of an Organizational Base for High Culture in America. In: MUKERJI,

Chandra; SCHUDSON, Michael (eds.). Rethinking Popular Culture: Contemporary

Page 74: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

74

Perspectives in Cultural Studies. Berkeley: University of California Press, 1991, p.374-

397.

FLIGSTEIN, Neil. Markets as Politics: a political-cultural approach to market

institutions. American Sociological Review, Vol, 61, nº 4, august 1996, p.656-673.

GODART, Frédéric C.; WHITE, Harrison C. Switchings under uncertainty: The coming

and becoming of meanings. Poetics, 38, 2010, p.567-586.

HEALY, Kieran. What’s New for Culture in the New Economy? Journal of Arts

Management, Law and Society, 32:86–103, Summer 2002.

HIRSCH, Paul M. Processing Fads and Fashions: An Organization-Set Analysis of

Cultural Industry Systems. American Journal of Sociology, Volume 77, Number 4,

January 1972, p.639-659.

JACOBS, Mark D.; SPILLMAN, Lyn. Cultural Sociology at the Crossroads of the

Discipline. Poetics, 33, 2005, p.1-14.

LEVIN, Peter. Culture and Markets: How Economic Sociology Conceptualizes Culture.

The Annals of the American Academy of Political and Social Science, Vol. 619, no.

1, September 2008, p.114-129.

SAPIRO, Gisèle. Globalization and Cultural Diversity in the Book Market: the case of

literary translations in the US and in France. Poetics, 38, 2010, p.419-439.

_____________. Elementos para uma História do Processo de Autonomização: o

exemplo do campo literário francês. Tempo Social, Vol.16, n1, junho 2004, p.93-105.

_____________. The Literary Field between the State and the Market. Poetics, 31,

2003, p.441-464.

SPILLMAN, Lynette. Enriching Exchange: cultural dimensions of markets. American

Journal of Economics and Sociology, 58, p.1041-1071, 1999.

Page 75: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

75

TOLILA, Paul. Cultura e Economia: problemas, hipóteses, pistas. São Paulo:

Iluminuras / Itaú Cultural, 2007.

ZELIZER, Viviana A. Economic Lives: how culture shapes the economy. Princeton,

NJ: Princeton University Press, 2010.

_________________. Enter Culture. In: GUILLÉN, Mauro F.; COLLINS, Randall;

ENGLAND, Paula; MEYER, Marshall (eds.). The New Economic Sociology:

developments in a emerging field. New York: Russell Sage Foundation, 2002, p.101-

125.

_________________. Beyond the Polemics of the Market: establishing a theoretical and

empirical agenda. Sociological Forum, 3, 1988, p. 614-634.

Desemprego

GUIMARÃES, Nadya Araújo. Desemprego, uma Construção Social: São Paulo, Paris

e Tóquio. Belo Horizonte: Argumentum, 2009.

________________________. Por uma Sociologia do Desemprego. Revista Brasileira

de Ciências Sociais. São Paulo, v. 17, nº50, 2002, p.130-122.

________________________; DEMAZIÈRE, Didier; HIRATA, Helena; SUGITA,

Kurumi. Unemployment, a Social Construction. Institutional Programs, Experiences

and Meanings in a Comparative Perspective. Economic Sociology - The European

Electronic Newsletter, Volume 11, Number 3, July 2010, p.10-24.

Dinheiro / moeda

No enfoque sociológico, as perspectivas sobre dinheiro e moeda se evidenciam, em um

primeiro olhar, pela variedade de abordagens.

Temas relacionados: Finanças; Marx, Karl; Simmel, Georg; Weber, Max

Page 76: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

76

BAKER, Wayne E.; JIMERSON, Jason B. The Sociology of Money. American

Behavioral Scientist, Vol. 35, nº6, July 1992, p.678-693.

CARRUTHERS, Bruce G.; BABB, Sarah. The Color of Money and the Nature of

Value: Greenbacks and Gold in Postbellum America. American Journal of Sociology,

Vol. 101, Nº6, May 1996, p.1556-1591.

_____________________; ESPELAND, Wendy N. Money, Meaning and Morality.

American Behavioral Sicentist, 41, 1998, p.1384-1408.

DODD, Nigel. On Simmel's Pure Concept of Money: a response to Ingham. Archives

Européennes de Sociologie, XLVIII(2), 2007, p.273-294.

____________. Laundering “Money”: on the need for conceptual clarity within the

sociology of money. Archives Européennes de Sociologie, XLVI(3), 2005, p.387-411.

_____________. Reinventing Monies in Europe. Economy and Society, Volume 34,

Number 4, November 2005b, p.558-583.

___________. A Sociologia do Dinheiro: economia, razão e a sociedade

contemporânea. Rio de Janeiro: FGV, 1997.

FINE, Ben; LAPAVITSAS, Costas. Markets and Money in Social Theory: What Role

for Economics? Economy and Society, 29 (3), 2000, p. 357-382.

IBÁÑEZ PASCUAL, Marta. La «Bolsa Común» en las Parejas: Algunos Significados y

Algunas Trampas. Papers, 87, 2008, p.161-185.

INGHAM, Geoffrey. Further Reflections on the Ontology of Money: responses to

Lapavitsas and Dodd. Economy and Society, Volume 35, Number 2, May 2006a,

p.259-278.

Page 77: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

77

________________. Money: Interdisciplinary Perspectives from Economics, Sociology

and Political Science. Cheltenham: Elgar, 2006b.

________________. Money, Sociology of. In: BECKERT, Jens; ZAFIROVSKI, Milan

(eds.). International Encyclopedia of Economic Sociology. London: Routledge, 2005.

________________. The Nature of Money. Cambridge: Polity Press, 2004.

________________. Capitalism, Money and Banking: A Critique of Recent Historical

Sociology. British Journal of Sociology, 50 (1), 1999, p.76-96.

________________. On the Underdevelopment of the Sociology of Money. Acta

Sociologica, 41(1), 1998, p.3–18.

________________. Money is a Social Relation. Review of Social Economy, 54(4),

1996, p.507–529.

KEISTER, Lisa A. Financial Markets, Money, and Banking. Annual Review of

Sociology, 28, 2002, p.39-61.

LAPAVITSAS, Costas. Social Foundations of Markets, Money and Credit. London:

Routledge, 2003.

ORLÉAN, André. L'Origine de la Monnaie (II). La Monnaie dans les Societés Holistes.

Revue du MAUSS, n° 15-16, 1er et 2ème trimestre 1992, p. 111-125.

_______________. L'Origine de la Monnaie (I). Revue du MAUSS, n° 14, 4ème

trimestre 1991, p. 126-152.

PARSONS, Talcott. O Sistema das Sociedades Modernas. São Paulo: Pioneira,

1974[1971].

________________; SMELSER, Neil J. Economy and Society: a study of economic

and social theory. London: Routledge, 1998 [1956].

Page 78: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

78

POLLILO, Simone. Money, State Power and Stratification. Accounts, Vol.5/1, Fall

2004.

SIMMEL, Georg. The Philosophy of Money. Third Edition. London: Routledge, 2004.

THÉRET, Bruno. Os Três Estados da Moeda: abordagem interdisciplinar do fato

monetário. Economia e Sociedade, Vol.17, n1 (32), abr.2008, p.1-28.

ZELIZER, Viviana A. Dinheiro, Poder e Sexo. Cadernos Pagu, nº32, jan./jun. 2009,

p.135-157.

_________________. The Social Meaning of Money: pin money, paychecks, poor

relief and other currencies. Princeton, NJ: Princeton University Press, 1997.

Direito e Economia

Richard Swedberg (2005) destaca que um autor da dimensão de Talcott Parsons

considera a Sociologia do Direito em Max Weber como mais importante do que seus

célebres estudos em Sociologia da Religião. É inegável que tanto Weber, assim como

outro clássico da disciplina, Émile Durkheim, dedicam análise considerável aos

fundamentos jurídicos, normativos, de atividades sócio-econômicas.

Temas relacionados: Contrato; Durkheim, Émile; Estado; Intimidade; Mercados;

Weber, Max

DUINA, Francesco. The Social Construction of Free Trade: the European Union,

NAFTA, and Mercosur. Princeton, NJ: Princeton University Press, 2007.

DURKHEIM, Émile. Da Divisão do Trabalho Social. 3ªedição. São Paulo: Martins

Fontes, 2008 [1893].

_________________. Lições de Sociologia. São Paulo: Martins Fontes, 2002 [1950].

Page 79: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

79

EDELMAN, Lauren B. Rivers of Law and Contested Terrain: A Law and Society

Approach to Economic Rationality. Law and Society Review, 38 (2), June 2004,

p.181-198.

___________________; STRYKER, Robin. A Sociological Approach to Law and the

Economy. In: SMELSER, Neil J.; SWEDBERG, Richard (eds.). Handbook of

Economic Sociology. 2nd edition. Princeton, NJ: Princeton University Press, 2005,

p.527-551.

___________________; SUCHMAN, Mark C. The Legal Environments of

Organizations. Annual Review of Sociology, 23, 1997, p.479-515.

FALCONI, Ana Maria; GUENFOUD, Karima; LAZEGA, Emmanuel; LEMERCIER,

Claire; MOUNIER, Lise. Le Contrôle Social du Monde des Affaires: une étude

institutionnelle. L'Année Sociologique, 55, nº2, 2005, p.451-484.

FLIGSTEIN, Neil; CHOO, Jennifer. Law and Corporate Governance. Annual Review

of Law and Social Science, 1, 2005, p.61-84.

FORD, Laura R. Max Weber on Property: an effort in interpretive understanding.

Socio-Legal Review, Vol.6, 2010, p.24-100.

FRERICHS, Sabine. The Legal Constitution of Market Society: Probing the Economic

Sociology of Law. Economic Sociology - The European Electronic Newsletter,

Volume 10, Number 3, July 2009, p.20-25.

GOUREVITCH, Peter A.; SHINN, James. Political Power and Corporate Control:

The New Global Politics of Corporate Governance. Princeton, NJ: Princeton University

Press, 2007.

LALLEMENT, Michel. Raízes Alemãs da Sociologia Econômica. Tempo Social, v. 18,

nº1, junho 2006, p.375-394.

Page 80: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

80

STRYKER, Robin. Mind the Gap: law, institutional analysis and socioeconomics.

Socio-Economic Review, 1, 2003, p.335-367.

SWEDBERG, Richard. Max Weber's Contribution to the Economic Sociology of Law.

Annual Review of Law and Social Science, Vol. 2, 2006, 61-81.

__________________. Max Weber e a Idéia da Sociologia Econômica. Rio de

Janeiro; São Paulo: UFRJ; Beca, 2005 [1998].

___________________. The Case for an Economic Sociology of Law. Theory and

Society, 32, 2003, p.1-37.

___________________. Law and Economy: the need for a sociological approach.

Economic Sociology – European Electronic Newsletter, Vol.3, nº3, June 2002, p.47-

52.

WEBER, Max. Economía y Sociedad: esbozo de sociología comprensiva. Mexico:

Fondo de Cultura Economica, 1999 [1922].

ZAFIROVSKI, Milan. Economic and Sociological Approaches to Institutions:

Economy, Society and Law. European Journal of Law and Economics, 10, 2000,

p.7-30.

ZELIZER, Viviana A. La Negociación de la Intimidad. Buenos Aires: Fondo de

Cultura Economica, 2009a (tradução de The Purchase of Intimacy. Princeton, NJ:

Princeton University Press, 2005).

Durkheim, Émile

Émile Durkheim considera as instituições como determinantes da ação social. Em

abordagem sobre o mercado, Durkheim destaca, por exemplo, o papel que as normas

morais exercem, por meio do que ele define como a noção de contrato justo ou

equitativo, em que a determinação de valor, preço, não poderia prejudicar uma das

partes envolvidas numa troca. Assim, em obra póstuma, compilação de cursos

Page 81: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

81

ministrados no período em Bordeaux (1890 e 1900) e na Sorbonne (1904 e 1912), além

de temas de conferências, já em plena Grande Guerra, do autor alguns anos antes de

sua morte (em 1917), Durkheim delineia sua teorização sobre direito contratual, com o

estabelecimento da noção de contrato justo para as partes contratantes:

Um indivíduo não pode trocar uma coisa por preço inferior a seu

valor dessa coisa sem sofrer uma perda sem compensação nem

justificação. Tudo acontece como se lhe fosse extorquida mediante

ameaça a fração indevidamente retida. Consideramos, com efeito, que

é esse o preço que lhe cabe e, se o despojam sem razão, nossa

consciência moral protesta (...) Um contrato justo não é simplesmente

todo contrato que foi consentido livremente, ou seja, sem coação

formal; é um contrato em que as coisas e os serviços são trocados

pelo valor verdadeiro e normal, ou seja, em suma, pelo valor justo

(DURKHEIM, 2002[1950], p.290-291).

Para Durkheim, portanto, é a norma (moral) em si que deve ser considerada, posição

diversa da manifestada por Weber, que considera como relevante a apropriação que o

ator social faz da norma (vide Durkheim, 1983; Raud, 2005; Steiner, 2006). Neste

ponto, ressaltamos que não é nosso objetivo examinar aqui as diferenças das

teorizações e das metodologias de análise de Weber e de Durkheim sobre os aspectos

normativos em torno dos mercados. Importa-nos é chamar a atenção para o quanto,

nos primórdios da Sociologia, enfatizam-se conexões diretas, na esfera dos mercados,

entre elementos econômicos e legais (contratos) e sociais e culturais (relações

mercantis ancoradas em confiança, previsibilidade e compromissos com

normatizações), um aspecto ainda importante da Sociologia Econômica (Granovetter,

1985, 1992, 2005). A preocupação durkheimiana com elementos não-contratuais

(sociais e morais) dos contratos é aprofundada, ainda que com perspectivas bastante

distintas, nas décadas seguintes (vide Macaulay, 1963), evidenciando que em

incontáveis tipos de transação econômica, não é considerado apenas o valor monetário

na troca. Como argumenta Harry Bredemeier,

O consenso quanto ao dinheiro como o mediador entre A, B,... N não

é, evidentemente, o único valor consensual exigido pelo modo

mercantil de coordenação. O consenso é exigido quanto aos

Page 82: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

82

princípios de competição, aos valores do universalismo, do

desempenho, neutralidade afetiva e especificidade; à natureza dos

contratos, a todos os elementos não-contratuais do contrato

mencionados por Durkheim; a toda a ‘base jurídica do capitalismo’

descrita por John R. Commons num clássico muito esquecido. O

mercado é uma série complexa de princípios morais – uma

‘consciência coletiva’ muito especial – sobre a qual deve haver um

consenso, para que ele (o mercado) possa operar como mecanismo de

coordenação (BREDEMEIER, 1980, p.581).

Durkheim representa corrente tradicional de pensadores franceses que consideram a

Economia como “falsa ciência”, com a Sociologia Econômica devendo ser a

verdadeira ciência que trata dos fatos econômicos. Tal idéia permanece na obra de

Pierre Bourdieu ao criticar a chamada economia mainstream, embora Bourdieu

proponha uma teoria sociológica geral para a abordagem do campo econômico

(Steiner, 2009b; confronte Bourdieu, 2005).

Temas relacionados: Contrato; Direito e Economia; Propriedade; Valor

BECKERT, Jens. The Transcending Power of Goods: Imaginative Value in the

Economy. MPIfG Discussion Paper, April 2010.

BOURDIEU, Pierre. O Campo Econômico. Política & Sociedade, nº6, abril de 2005,

p.15-57.

BREDEMEIER, Harry C. A Teoria da Troca. In: BOTTOMORE, Tom; NISBET,

Robert. História da Análise Sociológica. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1980.

DURKHEIM, Émile. Da Divisão do Trabalho Social. 3ªedição. São Paulo: Martins

Fontes, 2008 [1893].

_________________. Lições de Sociologia. São Paulo: Martins Fontes, 2002 [1950].

Page 83: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

83

GISLAIN, Jean-Jacques; STEINER, Philippe. La Sociologie Économique 1890-1920:

Émile Durkheim, Vilfredo Pareto, Joseph Schumpeter, François Simiand, Thorstein

Veblen et Max Weber. Paris: PUF, 1995.

KANGAS, Risto. The Market, Values and Coordination of Actions. From Value

Integration to Libertas Indifferentiae. Journal of Classical Sociology, Vol 9(3), 2009,

291–318.

MUCCHIELLI, Laurent. O Nascimento da Sociologia na Universidade Francesa (1880-

1914). Revista Brasileira de História, Vol.21, nº41, 2001, p.35-54.

RAUD-MATTEDI, Cécile. A Construção Social do Mercado em Durkheim e Weber:

análise do papel das instituições na Sociologia Econômica clássica. Revista Brasileira

de Ciências Sociais, Vol. 20, nº 57, fevereiro 2005, p.127-142.

STEINER, Philippe. Durkheim and the Birth of Economic Sociology. Princeton, NJ:

Princeton University Press, forthcoming.

________________. A Tradição Francesa de Crítica Sociológica à Economia Política.

Política & Sociedade, Vol.8, nº15, Outubro de 2009.

________________. Maurice Halbwachs: les derniers feux de la sociologie économique

durkheimienne. Revue d’Histoire des Sciences Humaines, nº1, 1999, p.141-162.

________________. Le Fait Social Économique chez Durkheim. Revue Française de

Sociologie, XXXIII, 1992, p.33-4.

Economia (disciplina), economistas

BACKHOUSE, Roger E. The Ordinary Business of Life: A History of Economics

from the Ancient World to the Twenty-First Century. Princeton, NJ: Princeton

University Press, 2004.

Page 84: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

84

CALLON, Michel. A Coperformação das Ciências e da Sociedade. Política &

Sociedade, nº14, abril de 2009a, p383-406.

_______________. Introduction: the embeddedness of economic markets in economics.

In: CALLON, Michel (ed.). The Laws of the Markets. Oxford: Blackwell, 1998, p.1-

57.

COATS, A. W. The Sociology and Professionalization of Economics: British and

American Economic Essays. Volume II. London: Routledge, 1993.

FOURCADE, Marion. Economists and Societies: Discipline and Profession in the

United States, Britain, and France, 1890s to 1990s. Princeton, NJ: Princeton University

Press, 2009.

__________________. The Construction of a Global Profession: The

Transnationalization of Economics. American Journal of Sociology, Volume 112,

Number 1, July 2006, p.145–194.

FOURCADE-GOURINCHAS. The Sociology of Economics. In BECKERT, Jens;

ZAFIROVSKI, Milan (eds). International Encyclopedia of Economic Sociology.

London: Routledge, 2006.

LEBARON, Frédéric. Economists and the Economic Order: the field of economists and

the field of power in France. European Societies, 3(1), 2001, p.91-110.

_________________. La Croyance Économique. Les Économistes entre Science et

Politique. Paris: Seuil, 2000.

SUTTER, Daniel. The Market, the Firm, and the Economics Profession. American

Journal of Economics and Sociology, Vol. 68, nº5, November, 2009, p.1041-1061.

Economia Informal

Page 85: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

85

BAGNASCO, Arnaldo. A Economia Informal. Ensaios FEE, v.18, nº2, 1997, p.13-31.

PARRA, Johanna. Uma Sociologia do Business na Capital Mexicana. Tempo Social,

Vol.22, nº2, novembro 2010, p.61-78.

PORTES, Alejandro; HALLER, William. The Informal Economy. In: SMELSER, Neil

J.; SWEDBERG, Richard (eds.). The Handbook of Economic Sociology. Second

Edition. Princeton, NJ: Princeton University Press, 2005, p.403-425 (em espanhol: La

Economía Informal. Serie Políticas Sociales (Cepal), nº100, Noviembre 2004).

Economia e Sociologia: conexões, refutações, aproximações

Há aproximadamente 20 anos, Richard Swedberg (1990) editava livro em que o

argumento principal era indicar possibilidades de encontro e aproximação de temas

pela Sociologia e Economia. Em artigo recente do autor (Swedberg, 2009, p.231),

considera-se que, no presente, tal esperança parece vã e que o cenário da relação entre

as referidas disciplinas encontra-se hoje diferente. Conforme o autor, de um lado há

hoje um plenamente desenvolvido subcampo de Sociologia Econômica e, por outro

lado, existe uma ciência econômica que tem começado a desenvolver seus próprios

conceitos de interação social, normas, instituições e assim por diante. Também

recentemente, Neil J. Smelser (2009) apresenta uma análise das relações entre

Sociologia e Ciências Econômicas, apoiado em um ponto de vista biográfico de 50 anos

de trajetória intelectual, período a contar de sua colaboração com Talcott Parsons em

meados dos anos 1950.

Temas relacionados:

ABELL, On the Prospects for a Unified Social Science: Economics and Sociology.

Papers: revista de sociología, 80, 2006, p.123-147.

ASPERS, Patrik; KOHL, Sebastain; ROINE, Jesper; WICHARDT, Philipp. An

Economic Sociological Look at Economics, Economic Sociology: the European

Electronic Newsletter, Volume 9, nº2, March 2008, p.5-15.

Page 86: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

86

BARON, James N.; HANNAN, Michael T. The Impact of Economics on Contemporary

Sociology. Journal of Economic Literature, Vol.32, Nº3, September 1994, p.1111-

1146.

BECKERT, Jens; STREECK, Wolfgang. Economic Sociology and Political Economy:

a programmatic perspective. Cologne: MPIfG, September 2008.

BOURDIEU, Pierre. Coisas Ditas. São Paulo: Brasiliense, 2004.

BOWLES, Samuel. Endogenous Preferences: the cultural consequences of markets and

other economic institutions. Journal of Economic Literature, Vol. XXXVI, March

1998, pp.75-111.

DEQUECH, David. Cognitive and Cultural Embeddedness: Combining Institutional

Economics and Economic Sociology. Journal of Economic Issues, Vol.37(2), 2003,

p.461-470.

FILLIEULE, Renaud. The New Economic Sociology of Prices: an analysis inspired by

the Austrian School of Economics. American Journal of Economics and Sociology,

Vol. 69, nº2, April 2010, p.668-692.

FINCH, John H. Economic Sociology as a Strange Other to Both Sociology and

Economics. History of the Human Sicences, Vol. 20, n.2, p.123-140, 2007.

HODGSON, Geoffrey. Prospects for Economic Sociology. Philosophy of the Social

Sciences, Vol. 38, nº1, March 2008, p.133-149.

INGHAM, Geoffrey. Some Recent Changes in the Relationship between Economics

and Sociology. Cambridge Journal of Economics, Vol. 20, nº 2, 1996, p. 243-275.

SMELSER, Neil J. Sociology and the Economic Sciences. In: HEDSTRÖM, Peter;

WITTROCK, Björn (eds.). Frontiers of Sociology. Leiden: Brill, 2009, p.197-207.

Page 87: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

87

STEINER, Philippe. Une Histoire des Relations entre Économie et Sociologie.

L'Économie Politique, n°12, 2001/4, p. 32-45.

________________. Sociologie de la Connaissance Économique. Essai sur les

rationalisations de la connaissance économique 1750-1850. Paris: Presses Universitaires

de France (PUF), 1998.

SWEDBERG, Richard. Bourdieu's Contribution to Economic Sociology. In:

HEDSTRÖM, Peter; WITTROCK, Björn (eds.). Frontiers of Sociology. Leiden: Brill,

2009, p.231-244.

___________________. Economics and Sociology – Redefining their boundaries:

Conversations with Economists and Sociologists. Princeton, NJ: Princeton University

Press, 1990.

VELTHUIS, Olav. The Changing Relationship between Economic Sociology and

Institutional Economics: From Talcott Parsons to Mark Granovetter. American

Journal of Economics and Sociology, 58 (4), October 1999, p.629-649.

ZAFIROVSKI, Milan. The Influence of Sociology on Economics: selected themes and

instances from classical sociological theory. Journal of Classical Sociology, Vol.5 (2),

p.123-156, 2005.

__________________. Economic Sociology in Retrospect: In Search of its Identity

within Economics and Sociology. American Journal of Economics and Sociology, 58

(4), October 1999, p.583-627.

Economia Social, Economia Solidária

AZAÏS, Christian. Economia Solidária ou Práticas Solidárias? Um questionamento a

partir da Sociologia Econômica. In: MONDADORE, Ana Paula Carletto et al. (orgs.).

Sociologia Econômica e das Finanças: um projeto em construção. São Carlos, SP:

EdUFSCar, 2009, p.39-60.

Page 88: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

88

AZAM, Geneviève. Économie Sociale, Tiers Secteur, Économie Solidaire, quelles

Frontières? Revue du MAUSS, 21 (1), 2003, p.151-161.

BIDET, Éric. L'Insoutenable Grand Écart de L'Économie Sociale: Isomorphisme

Institutionnel et Économie Solidaire. Revue du MAUSS, n21 (1), 2003, p.162-178.

__________. Économie Sociale, Nouvelle Économie Sociale et Sociologie

Économique. Sociologie du Travail, Volume 42 (4), 2000, p.587-599.

LATOUCHE, Serge. L'Oximore de l'Économie Solidaire. Revue du Mauss, nº21, 1,

2003, p.145-150.

LAVILLE, Jean-Louis. The Solidarity Economy: a Plural Theoretical Framework.

Economic Sociology - The European Electronic Newsletter, Volume 11, Number 3,

July 2010, p.25-31.

___________________. Du XIXème au XXIème Siècle: permanence et transformations

de la solidarité en économie / Do século 19 ao século 21: permanência e transformações

da solidariedade em economia. Revista Katálysis, V. 11 n.1, jan./jun. 2008, p. 20-42.

__________________. Sociologia Econômica. In: CATTANI, Antonio David;

HOLZMANN, Lorena. Dicionário de Trabalho e Tecnologia. Porto Alegre: Ed. Da

Ufrgs, 2006, p.270-274.

___________________. Avec Mauss et Polanyi, vers une théorie de l’économie

plurielle. Revue du Mauss, nº21, 1, 2003, p.237-249.

___________________. Le Tiers Secteurs, un Objet d’Étude pour la Sociologie

Économique. Sociologie du Travail, Volume 42 (4), 2000, p.531-550.

___________________ (dir.). L’Économie Solidaire. Une perspective internationale.

Paris: Desclée de Brouwer, 2000 [1994].

Page 89: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

89

LÉVESQUE, Benoît. Economia Plural e Desenvolvimento Territorial na Perspectiva do

Desenvolvimento Sustentável: elementos teóricos de sociologia econômica e de

socioeconomia. Política e Sociedade, nº14, abril de 2009, p.107-144.

_________________. Contribuição da Nova Sociologia Econômica para repensar a

Economia no Sentido do Desenvolvimento Sustentável. RAE eletrônica. Vol.47, nº2,

Abr/ Jun 2007, p.49-60.

Educação e Economia

BOURDIEU, Pierre. Os Três Estados do Capital Cultural. In: NOGUEIRA, Maria

Alice; CATANI, Afrânio (orgs.). Escritos de Educação. Petrópolis, RJ: Vozes, 1999

[1979], p.71-79.

_________________. La Distinction: critique sociale du jugement. Paris: Les Éditions

de Minuit, 1979 (tradução: A Distinção: crítica social do julgamento. São Paulo; Porto

Alegre: Edusp / Zouk, 2007).

BRINTON, Mary C. Education and the Economy. In: SMELSER, Neil J.;

SWEDBERG, Richard (eds.). The Handbook of Economic Sociology. Second Edition.

Princeton, NJ: Princeton University Press, 2005, p.575-602.

GARCIA, Sandrine. Croyance Pédagogique et Innovation Technologique. Le marché de

la formation à distance au service de la « démocratisation » de l'enseignement supérieur.

Actes de la Recherche en Sciences Sociales, nº149, 2003/4, p.42-60.

HESKETH, Anthony J. Towards an Economic Sociology of the Student Financial

Experience of Higher Education. Journal of Education Policy, Volume 14, Issue 4,

July 1999, p.385-410.

Eficiência

Em estudo sobre corporações nos Estados Unidos, Neil Fligstein (1993[1990]) aborda

transformações organizacionais com base além de um contexto legal, no campo

Page 90: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

90

organizacional (influência de outras empresas) e nas estruturas e estratégias

organizacionais existentes em determinada época. Nesse trabalho, que é espécie de

história social da sociedade anônima, nos Estados Unidos, ao longo do século 20,

Fligstein reconhece a influência do mercado, todavia o estudo da transição entre uma

situação de mercado e a resposta de uma determinada organização não pode

prescindir de análise política, organizacional e estratégica. Isto significa, conforme

Fligstein, que a eficiência é uma construção social e que as formas de organização

social constituem o mercado e não o inverso. Conforme Fligstein (1993[1990], p.295),

eficiência pode ser definida como a concepção de controle que produz uma

relativamente alta probabilidade de crescimento e rendimentos para empresas dado o

cenário existente de circunstâncias sociais, políticas e econômicas. A definição

considera os três mais importantes fatores necessários para uma empresa prosperar:

uma concepção de controle realizada pelos seus gestores mais importantes (top

managers), a existência de campo organizacional estável e um sistema político que não

questione a legalidade das ações em curso no referido campo organizacional. Segundo

o autor, tal visão providencia um modelo de como e porque diferentes cursos de ação

são estabelecidos por grandes empresas, como são mantidos e quais são as forças

prováveis para produzir sua transformação.

Temas relacionados: Instituições; Mercados; Organizações

BECKERT, Jens. Beyond the Market: the social foundations of economic efficiency.

Princeton, NJ: Princeton University Press, 2002.

DOBBIN, Frank. How Institutions Create Ideas: Notions of Public and Private

Efficiency from Early French and American Railroading. L'Année de la Régulation, 8,

2004, p.15-50.

FLIGSTEIN, Neil. The Transformation of Corporate Control. Cambridge: Harvard

University Press, 1993 [1990].

Elites

GRÜN, Roberto. Entre a Plutocracia e a Legitimação da Dominação Financeira.

Revista Brasileira de Ciências Sociais, Volume 22, nº65, Outubro 2007, p.85-107.

Page 91: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

91

KEISTER, Lisa A; CORNWELL, Benjamin. The Origin of Influence Hierarchies: The

Role of Visible and Obscure Status Characteristics in the Emergence of Elite Social

Hierarchies. Sociological Analysis, 2, Autumm 2008, p.5-27.

LAZZARINI, Sérgio G. Capitalismo de Laços: os donos do poder e suas conexões.

Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.

LEBARON, Frédéric. Central bankers in the contemporary global field of power: a

‘social space’ approach. Sociological Review, Volume 56, May 2008, p.121-144.

PADGETT, John F.; ANSELL, Christopher K. Robust Action and the Rise of the

Medici, 1400-1434. American Journal of Sociology, Volume 98, Number 6, May

1993, p.1259-1319.

_________________; MCLEAN, Paul D. Organizational Invention and Elite

Transformation: The Birth of Partnership Systems in Renaissance Florence. American

Journal of Sociology, Volume 111, Number 5, March 2006, p.1463–1568.

SAVAGE, Mike; WILLIAMS, Karel. Elites: Remembered in Capitalism and forgotten

by Social Sciences. Sociological Review, Volume 56, May 2008, p.1-24.

SCOTT, John. Modes of Power and the Re-Conceptualization of Elites. Sociological

Revew, Volume 56, May 2008, p.25-43.

____________. Power, Domination and Stratification: towards a conceptual analysis.

Sociologia, Problemas e Práticas, nº 55, 2007, p. 25-39.

WINDOLF, Paul. Elite Networks in Germany and Britain. Sociology, Vol.32, nº2, May

1998, p.321-351.

Embeddedness (imersão, incrustação, imbricação, enraizamento)

Page 92: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

92

Em relação à centralidade do conceito de imersão (embeddedness) na obra de Karl

Polanyi, Jens Beckert (2007) argumenta que esse é um artefato muito mais de recepção

da obra do autor austríaco, tal como é feita por Mark Granovetter (2007[1985]) e de

maneira diferenciada de Polanyi. Segundo Beckert, para Polanyi, o significado central

de imersão é duplo: primeiro, os mercados são vistos como necessariamente limitados

por regras institucionais que os conectam ao tecido moral da sociedade. Na visão de

Polanyi, mercados não regulamentados não podem ser mais do que uma forma

patológica de organizar o preenchimento de funções adaptativas na sociedade e conduz

para a anomia social. Nos termos do próprio Polanyi (2000[1944], p.77), “o padrão de

mercado, relacionando-se a um motivo peculiar próprio, o motivo da barganha ou da

permuta, é capaz de criar uma instituição específica, a saber, o mercado. Em última

instância, é por isto que o controle do sistema econômico pelo mercado é conseqüência

fundamental para toda a organização da sociedade: significa, nada menos, dirigir a

sociedade como se fosse um acessório do mercado. Em vez de a economia estar

embutida nas relações sociais, são as relações sociais que estão embutidas no sistema

econômico. A importância vital do fator econômico para a existência da sociedade

antecede qualquer outro resultado. Desta vez, o sistema econômico é organizado em

instituições separadas, baseado em motivos específicos e concedendo um status

especial. A sociedade tem que ser modelada de maneira tal que o sistema funcione de

acordo com as suas próprias leis. Este é o significado da afirmação familiar de que

uma economia de mercado só pode funcionar numa sociedade de mercado”. Beckert

enfatiza que esta ancoragem institucional da economia é característica de todos os três

tipos de trocas econômicas distinguidas por Polanyi: a reciprocidade, a redistribuição

e o mercado. Em um segundo sentido, o uso do termo imersão não implica somente um

termo analítico, mas também faz alusão à tarefa reformista política e social de

estabilização (democrática) da organização da sociedade através da regulação

institucional dos mercados, sobretudo nos domínios que Polanyi denomina

commodities fictícias: terra, trabalho e dinheiro. Assim, o ponto de referência da

imersão não é a economia, mas "os amplos sistemas sociais em que todas as economias

estão localizadas", ressalva Beckert citando Polanyi. Em ambas as conotações do

termo imersão, a avaliação de Polanyi da economia capitalista moderna corresponde

plenamente com as abordagens da teoria sociológica clássica, observa o sociólogo

alemão. Para Mark Granovetter (2007[1985]), o modelo como o da imersão

(embeddedness – também utilizados em outras traduções os termos incrustação,

Page 93: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

93

imbricação ou enraizamento) da economia em redes sociais espelha de forma mais

realista a dinâmica de firmas e mercados capitalistas. Granovetter demonstra,

portanto, ao contrário das preposições de Polanyi, que o conceito de imersão

permanece bastante válido para o exame de relações econômicas em economias de

mercado desenvolvidas. Exemplo disso, segundo o autor norte-americano, está na

análise do obscurecimento de pequenas firmas por corporações gigantes, com a

maioria das análises sendo dedicada a dimensões macropolíticas ou macroeconômicas,

com pequena apreciação da proximidade das causas sociais estruturais (1985, p.507).

Michel Callon (1998) ressalva essa distinção no uso do conceito de imersão entre

Polanyi e Granovetter, ao observar que o primeiro assume a existência de quadro

institucional que constitui o contexto no qual as atividades econômicas tomam lugar.

Ao utilizar a análise de redes sociais, Granovetter altera essa dimensão do conceito.

Assim, segundo Callon, na rede social, como definida por Granovetter, as identidades

dos agentes, interesses e objetivos, em síntese tudo o que poderia estabilizar a sua

descrição e a sua existência, os resultados são contornos variáveis, os quais flutuam

com a forma e a dinâmica das relações entre esses agentes (Callon, 1998, p.8). Já há

uma bem conhecida revisão do conceito de imersão (Krippner, 2001; Krippner e

Alvarez, 2007) na obra de Mark Granovetter, em particular, e no projeto intelectual de

uma nova Sociologia Econômica, de modo geral.

Temas relacionados: Mercados; Redes Sociais

BARBERA, Filippo. Social Networks, Collective Action and Public Policy: The

Embeddedness Idea Reconsidered. In: KONIORDOS, Sokratis M. (ed.). Networks,

Trust and Social Capital: Theoretical and Empirical Investigations from Europe.

Aldershot, UK; Burlington, VT: Ashgate, 2005, p.119-142.

BECKERT, Jens. The Great Transformation of Embeddedness: Karl Polanyi and the

New Economic Sociology. Cologne: MPIfG, January 2007.

CALLON, Michel. Introduction: The Embeddedness of Economic Markets in

Economics. In: CALLON, Michel (ed.). The Laws of the Markets. Oxford: Blackwell,

1998, p.1-57.

Page 94: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

94

GEMICI, Kurtuluş. Karl Polanyi and the Antinomies of Embeddedness. Socio-

Economic Review, 6, 2008, p.5-34.

GHEZZI, Simone; MINGIONE, Enzo. Embeddedness, Path Dependency and Social

Institutions: An Economic Sociology Approach. Current Sociology, Vol. 55(1),

January 2007, p.11–23.

GRANOVETTER, Mark. Ação Econômica e Estrutura Social: o problema da imersão.

RAE – eletrônica, Vol.6, nº1, jan/jun 2007 [1985], 41p.

KRIPPNER, Greta R. The Elusive Market: Embeddedness and the Paradigm of

Economic Sociology. Theory and Society, 2001, 30, p. 775-810.

__________________; ALVAREZ, Anthony S. Embeddedness and the Intellectual

Projects of Economic Sociology. Annual Review of Sociology, 2007, 33, p.219–40.

LAVILLE, Jean-Louis. The Social Dimension of the Economy according to Mark

Granovetter. Sociologica, 2/2007.

LE VELLY, Ronan. La Notion d’Encastrement: une Sociologie des Échanges

Marchands. Sociologie du Travail, 44, 2002.

MACHADO, Nuno Miguel Cardoso. Karl Polanyi e a Nova Sociologia Económica:

notas sobre o conceito de (dis)embeddedness. Revista Crítica de Ciências Sociais,

nº90, Setembro de 2010, p.71-94.

RAUD-MATTEDI, Cécile. Análise Crítica da Sociologia Econômica de Mark

Granovetter: os limites de uma leitura do mercado em termos de redes e imbricação.

Política & Sociedade, nº6, abril de 2005, p.59-82.

RIZZA, Roberto. The Relationship between Economics and Sociology: The

Contribution of Economic Sociology, Setting out from the Problem of Embeddedness.

International Review of Sociology—Revue Internationale de Sociologie, Vol. 16,

No. 1, March 2006. p. 31-48.

Page 95: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

95

VINHA, Valéria. Polanyi e a Nova Sociologia Econômica: uma aplicação

contemporânea do conceito de enraizamento social (social embeddedness). Revista

Econômica,Vol. 3, n˚ 2, dezembro 2001, p.207-230.

Algumas obras de Mark Granovetter (1973 a 2009)*

A força dos laços fracos (1973)** Conseguir um emprego (1974 – livro, reeditado e ampliado em 1995) Modelos limiares de comportamento coletivo (1978) Para uma teoria sociológica das diferenças de renda (1981) Pequeno é abundante: mercados de trabalho e dimensão do estabelecimento (1984) Ação econômica e estrutura social: o problema da imersão (1985)*** As aproximações sociológicas e econômicas para análise do mercado de trabalho (1988) A velha e a nova Sociologia Econômica (1990) Instituições econômicas como construções sociais (1992) A sociologia da vida econômica – co-editado com Richard Swedberg (1992 – livro, 1ªed.) Grupos econômicos (1994) A feitura de uma indústria: a eletricidade nos EUA - com Patrick McGuire (1998) Redes sociais no Vale do Silício – com Emilio Castilla, Hokyu Hwang e Ellen Granovetter (2000) Uma agenda teórica para a Sociologia Econômica (2002) O impacto da estrutura social sobre os resultados econômicos (2005) A construção social da corrupção (2007)**** O papel das empresas de capital de risco na complexa rede de inovação do Vale do Silício – com Michel Ferrary (2009)

*Tradução literal dos títulos em inglês, exceto os com outras indicações **Traduzido para o espanhol ***Traduzido no Brasil e em Portugal ** *Traduzido, no ano anterior ao citado, no Brasil

Emoções e aspectos sociais e econômicos

Page 96: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

96

BANDELJ, Nina. Emotions in Economic Action and Interaction. Theory and Society,

38(4), 2009, p.347-366.

BARBALET, Jack M. Emotion, Social Theory and Social Structure. Cambridge:

Cambridge University Press, 2001.

__________________. A Macro Sociology of Emotion: Class Resentment. Sociological

Theory, 10-2, Fall 1992, p.150-163.

BEREZIN, Mabel. Exploring emotions and the economy: new contributions from

sociological theory. Theory and Society, 38, 2009, p.335-346.

_______________. Emotions and the Economy. In: SMELSER, Neil J.; SWEDBERG,

Richard. The Handbook of Economic Sociology. 2nd edition. Princeton, NJ: Princeton

University Press, 2005.

Empreendedorismo, empreendedores

A busca por uma visão social de atividades feitas por empreendedores econômicos não

é nova para a Sociologia e mesmo a Economia, sendo encontrada, como salienta

Patricia Thornton (1999), em obras seminais de Max Weber e de Joseph Schumpeter. A

autora define empreendedorismo como a criação de novas organizações, o que ocorre

em dependência do contexto, através de processos sociais e econômicos . Nesse sentido,

Swedberg (2000) argumenta acerca da necessidade de se ampliar a participação das

Ciências Sociais no estudo do contexto social de práticas empreendedoras em

diferentes atividades econômicas. Conforme o sociólogo sueco, enquanto as escolas de

Administração limitam-se ao ensino de como (how) se concretiza o empreendedorismo,

as Ciências Sociais podem ampliar o quadro teórico-analítico sobre o tema, abordando

também, o por que (why) do empreendedorismo, com o exame de suas causas, e o que

(what), isto é, os efeitos cumulativos das atividades empreendedoras.

Empreendedorismo: Capitalismo; Imigração; Inovação; Joseph Schumpeter

Page 97: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

97

ABRAMOVAY, Ricardo; SAES, Sylvia; SOUZA, Maria Célia; MAGALHÃES,

Reginaldo. Mercados do empreendedorismo de pequeno porte no Brasil. In:

ARBACHE, Jorge Saba (org.). Pobreza e mercados no Brasil – Uma análise de

iniciativas de políticas públicas. Brasília: CEPAL/DFID, 2003.

ALDRICH, Howard E. Entrepreneurship. In: SWEDBERG, Richard. The Handbook

of Economic Sociology. 2nd edition. Princeton, NJ: Princeton University Press, 2005,

p.451-477.

__________________; CLIFF, Jennifer E. The Pervasive Effects of Family on

Entrepreneurship: toward a family embeddedness perspective. Journal of Business

Venturing, 18, 2003, p.573–596.

__________________; WALDINGER, Roger. Ethnicity and Entrepreneurship. Annual

Review of Sociology, 16, 1990, p.111-135.

DIMAGGIO, Paul. Cultural Entrepreneurship in Nineteenth Century Boston: The

Creation of an Organizational Base for High Culture in America. In: MUKERJI,

Chandra; SCHUDSON, Michael (eds.). Rethinking Popular Culture: Contemporary

Perspectives in Cultural Studies. Berkeley: University of California Press, 1991, p.374-

397.

DEUTSCHMANN, Christoph. Capitalist as a Religion?: An Unorthodox Analysis of

Entrepreneurship. European Journal of Social Theory, 4(4), 2001, p.387-403.

DOGANOVA, Liliana. Entrepreneurship as a Process of Collective Exploration.

Papiers de Recherche du CSI, nº17, November 2009.

GRANOVETTER, Mark. La Sociologie Économique des Entreprises et des

Entrepreneurs. Terrains & Travaux, nº4, 2003, p.167-206.

GUIMARÃES, Sonia M.K. High Tech Entrepreneurship in Brazil: a case study in three

university incubators. SASE's 21st Annual Meeting. Capitalism in Crisis: What's

Page 98: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

98

Next? Economic Regulation and Social Solidarity After the Fall of Finance Capitalism.

Paris, France, July 16-18, 2009.

____________________; AZAMBUJA, Lucas. Empreendedorismo high-tech no Brasil:

condicionantes econômicos, político e culturais. Revista Sociedade e Estado. Volume

25, Número 1, Janeiro / Abril 2010, p.93-121.

HWANG, Hokyu; POWELL, Walter W. Institutions and Entrepreneurship. In:

ALVAREZ, Sharon A.; AGARWAL, Rajshree; SORENSON, Olav (eds.). Handbook

of Entrepreneurship Research: disciplinary perspectives. New York: Springer, 2005,

p.201-232.

KIM, Phillip; ALDRICH, Howard E.; KEISTER, Lisa A. Access (Not) Denied: The

Impact of Financial, Human, and Cultural Capital on Entrepreneurial Entry in the

United States. Small Business Economics, 27, 2006, p.5-22.

KNUDSEN, Thorbjørn; SWEDBERG, Richard. Capitalist Entrepreneurship: Making

Profit through the Unmaking of Economic Orders. Capitalism and Society, Vol. 4,

Issue 2, 2009.

LEITE, Elaine da Silveira; MELO, Natália Maximo e. Uma nova noção de empresário:

a naturalização do “empreendedor”. Revista de Sociologia e Política, Curitiba, v. 16,

n.31, novembro 2008, p.35-47.

LÓPEZ-RUIZ, Osvaldo. Os Executivos das Transnacionais e o Espírito do

Capitalismo: capital humano e empreendedorismo como valores sociais. Rio de

Janeiro: Azougue Editorial, 2007.

LOUNSBURY, Michael; CRUMLEY, Ellen T. New Practice Creation: an Institutional

Perspective on Innovation. Organization Studies, 28, 2007, p.993-1012.

MARTES, Ana Cristina Braga. Weber e Schumpeter: a ação econômica do

empreendedor. Revista de Economia Política, vol. 30, nº 2 (118), abril-junho/2010, p.

254-270.

Page 99: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

99

MARTINELLI, Alberto. The Social and Institutional Context of Entrepreneurship. IN:

CORBETTA, Guido; HUSE, Morton; RAVASI, Davide. (eds.). Crossroads of

Entrepreneurship. Boston/New York/Dordrecht: Kluwer, 2004, p.53-74.

MCMULLEN, Jeffery S.; SHEPHERD, Dean A. Entrepreneurial action and the role of

uncertainty in the theory of the entrepreneur. Academy of Management Review, Vol.

31, n.1, 2006, p.132-152.

MÖLLERING, Guido. Market Constitution Analysis: A New Framework Applied to

Solar Power Technology Markets. MPIfG Working Paper, 2009.

MUNIR, Kamal A.; PHILLIPS, Nelson. The Birth of the 'Kodak Moment': Institutional

Entrepreneurship and the Adoption of New Technologies. Organization Studies, 26

(11), November 2005, p.1665-1687.

RUEF, Martin. Strong Ties, Weak Ties and Islands: structural and cultural predictors of

organizational innovation. Industrial and Corporate Change, Volume 11 (3), June

2002, p.427-449.

STUART, Toby E.; SORENSON, Olav. Social Networks and Entrepreneurship. In:

ALVAREZ, Sharon A.; AGARWAL, Rajshree; SORENSON, Olav (eds.). Handbook

of Entrepreneurship Research: disciplinary perspectives. New York: Springer, 2005,

p.233-251.

SWEDBERG, Richard. The Social Science View of Entrepreneurship: Introduction and

Practical Applications. In: SWEDBERG, Richard (ed). Entrepreneurship: The Social

View. Oxford: Oxford University Press, 2000, p.7-44.

THORNTON, Patricia H. Sociology of Entrepreneurship. Annual Review of

Sociology, 25, 1999, p.19-46.

Page 100: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

100

______________________; FLYNN, Katherine H. Entrepreneurship, Networks, and

Geographies. In: ACS, Z.J.; AUSDRETSCH, D.B. (eds.). Handbook of

Entrepreneurship Research. Kluwer, 2003, p.401–433.

TRUZZI, Oswaldo Mário Serra; SACOMANO NETO, Mário. Economia e

Empreendedorismo Étnico: Balanço Histórico da Experiência Paulista. Revista de

Administração de Empresas, Vol. 47, n2, abr./jun. 2007, p.37-48.

WALGENBACH, Peter; MEYER, Renate E. Institutional entrepreneurship and the

structuring of organizations and markets. In: EBNER, Alexander; BECK, Nikolaus

(eds.): The Institutions of the Market: Organizations, Social Systems and

Governance. Oxford: Oxford University Press 2008, 180-201.

ZALIO, Pierre-Paul. Les Entrepreneurs Enquêtés par les Récits de Carrières: de l'étude

des mondes patronaux à celle de la grammaire de l'activité entrepreneuriale. Sociétés

Contemporaines, nº68, 2007/4, p.59-82.

__________________. Territoires et Activités Économiques: Une Approche par la

Sociologies des Entrepreneurs. Genèses, 56, sept. 2004, p.4-27.

Empresa

CAPPELLIN, Paola. Entre a Memória e o Mercado: o desenvolvimento da empresa de

porte médio no Brasil. Revista de Sociologia e Politica, Vol.16, no.31, Novembro

2008, p.49-70.

_________________; MENEZES, Paula. Empresas na sociedade nacional e na

sociedade local: perspectivas internacionais de análise da empresa. Política e

Sociedade, Volume 8, nº15, Outubro de 2009, p.47-71.

DAVIS, Gerald F. Firms and Environments. In: SMELSER, Neil J.; SWEDBERG,

Richard (eds.). The Handbook of Economic Sociology. Second Edition. Princeton, NJ:

Princeton University Press, 2005.

Page 101: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

101

DIMAGGIO, Paul (ed.). The Twenty-First-Century Firm: Changing Economic

Organization in International Perspective. Princeton, NJ: Princeton University Press,

2003.

GRANOVETTER, Mark. La Sociologie Économique des Entreprises et des

Entrepreneurs. Terrains & Travaux, nº4, 2003, p.167-206.

GUILLÉN, Mauro F. The Limits of Convergence: globalization and organizational

change in Argentina, South Korea and Spain. Princeton, NJ: Princeton University Press,

2001.

KIRSCHNER, Ana Maria. La Responsabilidad Social de la Empresa. Nueva Sociedad,

v.202, Marzo/Abril 2006, p.133-142.

_____________________. A Sociologia Brasileira e a Empresa. Revista Brasileira de

Informação Bibliográfica em Ciências Sociais BIB. São Paulo, nº55, 1º semestre de

2003, p.99-122.

_____________________; MONTEIRO, Cristiano Fonseca. Da Sociologia Econômica

à Sociologia da Empresa: para uma sociologia da empresa brasileira. Sociedade e

Estado, Volume XVII, Número 1, janeiro-junho 2002, p.79-103.

MONTEIRO, Cristiano Fonseca. A Varig e o Brasil entre o Desenvolvimento Nacional

e a Competitividade Global. Civitas, v.7, nº1, jan.-jun. 2007, p.35-58.

PERROW, Charles. Modeling Firms in the Global Economy. Theory and Society,

Volume 38, Number 3, 2009, p.217-243.

________________. Organizing America: Wealth, Power, and the Origins of

Corporate Capitalism. Princeton, NJ: Princeton University Press, 2005.

PORTES, Alejandro; HALLER, William. The Informal Economy. In: SMELSER, Neil

J.; SWEDBERG, Richard (eds.). The Handbook of Economic Sociology. Second

Page 102: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

102

Edition. Princeton, NJ: Princeton University Press, 2005, p.403-425 (em espanhol: La

Economía Informal. Serie Políticas Sociales (Cepal), nº100, Noviembre 2004).

SAINSAULIEU, Renaud; KIRSCHNER, Ana Maria. Sociologia da Empresa: cultura,

poder, organização e desenvolvimento. 1ªed. Rio de Janeiro: DPA, 2006.

SALMON, Anne. L'Offre Éthique des Entreprises. Une Production du Capitalisme.

Cahiers Internationaux de Sociologie, 116 (1), 2004, p.77-96.

Energia, fontes de / eletricidade, mercado de

Em estudo sócio-econômico e histórico da criação da indústria de eletricidade nos

Estados Unidos, entre o final do século 19 e as primeiras décadas do século seguinte,

Granovetter e Patrick McGuire (1998) atentam que para a recuperação do modo como

um mercado é socialmente construído deve-se resgatar os vínculos, as relações entre os

agentes sociais no estabelecimento de suas empresas e, posteriormente, na

concretização do intercâmbio entre seus empreendimentos, intercâmbio que se

concretiza por intermédio de uma regulação expressa em normas e padrões. A

particularidade do trabalho de Granovetter e McGuire é a ênfase nas determinações

políticas de uma associação de negócios criada em torno da figura do inventor e

empresário Thomas Edison sobre normas e padrões técnicos do setor de eletricidade.

Em situações em que nem sempre o componente técnico era o mais adequado ou era

mal avaliado pela burocracia estatal, pesava nas decisões acerca da adoção deste ou

daquele sistema a rede de relações sociais, empresariais e políticas firmadas por

Edison e seus assessores.

Temas relacionados: Ambiente, Meio; Estado; Mercados

ABRAMOVAY, Ricardo. Desenvolvimento Sustentável: qual a estratégia para o

Brasil? Novos Estudos Cebrap, 87, 2010, p.97-113.

___________________ (org.). Biocombustíveis: a energia da controvérsia. São Paulo:

Senac, 2009.

Page 103: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

103

BIGGART, Nicole Woolsey; LUTZENHISER, Loren. Economic Sociology and the

Social Problem of Energy Inefficiency. American Behavioral Scientist, Volume 50,

Number 8, April 2007, p. 1070-1087.

COTTRELL, Fred. Energy & Society (Revised): the relation between energy, social

change, and economic development. Bloomington, IN: AuthorHouse, 2009 [1955] –

(versão em espanhol da primeira edição: Energía y Sociedad: la relación existente

entre la energía, el cambio social y el desarrollo económico. Buenos Aires: Ágora,

1958).

ESTUDOS AVANÇADOS. Dossiê Energia. Vol.21, nº59, jan./abr. 2007.

GRANOVETTER, Mark; McGUIRE, Patrick. The Making of an Industry: electricity in

the United States. In: CALLON, Michel (ed.). The Laws of the Markets. Oxford:

Blackwell, 1998, p.147-173.

GRÜN, Roberto. “Apagão Cognitivo”: A Crise Energética e sua Sociologia. Dados,

Vol. 48, nº4, 2005, p.891-928.

HOFMAN, Peter S.; ELZEN, Boelie E.; GEELS, Frank W. Sociotechnical scenarios as

a new policy tool to explore system innovations: Co-evolution of technology and

society in The Netherland’s electricity domain. Innovation: management, policy &

practice, 6, 2004, p.344–360.

HUGHES, Thomas P. Networks of Power: Electrification in Western Societies, 1880-

1930. Baltimore: John Hopkins University Press, 1984.

LORRAIN, Dominique. Because the Market Says So. Brokers and managers in the

electricity industry. Sociologie du Travail, 51S, 2009, p. e49–e66.

LUTZENHISER, Loren; BIGGART, Nicole Woolsey; KUNKLE, Rick; BEAMISH,

Thomas; BURR, Thomas. 2001. The New Commercial Buildings Industry. Report for

the California Institute for Energy Efficiency, 2001.

Page 104: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

104

MÖLLERING, Guido. Market Constitution Analysis: A New Framework Applied to

Solar Power Technology Markets. MPIfG Working Paper, 2009.

MUNDO NETO, Martin. Atores na Construção do Mercado do Etanol: as organizações

de representação de interesses como foco de análise. Revista Pós Ciências Sociais, v.7,

nº13, 2010, p.43-63.

SINE, Wesley D.; HAVEMAN, Heather A.; TOLBERT, Pamela S. Risky Business?

Entrepreneurship in the New Independent Power Sector. Administrative Science

Quarterly, 50, 2005, p.200-232.

YAKUBOVICH, Valery; GRANOVETTER, Mark; MCGUIRE, Patrick. Electric

Charges: the social construction of rate systems. Theory and Society, 34, 2005, p.579–

612.

YORK, Richard. Structural Influences on Energy Production in South and East Asia,

1971-2002. Sociological Forum, Vol.22, nº4, December 2007a, p.532-554.

_____________. Demographic Trends and Energy Consumption in European Union

Nations, 1960–2025. Social Science Research, 36, 2007b, p.855–872.

Estado

Em obras de Pierre Bourdieu (2000) e de Neil Fligstein (2006, 2005, 2001, 1996), o

Estado não transparece apenas em seu poder de intervir em mercados, em segmentos

econômicos: mais do que isso, o Estado tem o poder de moldá-los ou fomenta-los

diretamente, casos típicos dos mercados de defesa militar (Fligstein) ou do segmento

imobiliário da casa própria (Bourdieu).

Temas relacionados: Pierre Bourdieu; Capitalismo; Contrato; Dinheiro; Direito e

Economia; Globalização; Herança; Instituições, institucionalismo; Mercados;

Propriedade; Trabalho

BANDELJ, Nina; SOWERS, Elizabeth. Economy and State: A Sociological

Perspective. London: Polity, 2010.

Page 105: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

105

BOURDIEU, Pierre. Les Structures Sociales de l’Economie. Paris: Seuil, 2000.

________________. Rethinking the State: Genesis and structure of the Bureaucratic

Field. Sociological Theory, 12 (1), March 1994, p.1-18.

BOYER, Robert. The Variety and Unequal Performance of Really Existing Markets:

farewell to Doctor Pangloss? In: HOLLINGSWORTH, J. Rogers; BOYER, Robert.

Contemporary Capitalism: the embeddedness of institutions. Cambridge, UK:

Cambridge University Press, 1997, 55-93.

_________________. Estado e Mercado: um novo envolvimento no século XXI? In:

BOYER, Robert; DRACHE, Daniel (orgs.). Estados contra mercados: os limites da

globalização. Lisboa: Instituto Piaget, 1996.

BLOCK, Fred. Swimming Against the Current: The Rise of a Hidden Developmental

State in the United States. Politcs & Society, 36 (2), 2008, p.169-206.

____________; EVANS, Peter. The State and the Economy. In: SMELSER, Neil J.;

SWEDBERG, Richard (eds.). 2nd. Edition. The Handbook of Economic Sociology.

Princeton, NJ: Princeton University Press, p.505-526.

CALLON, Michel. L’État Face à l’Innovation Technique. Le cas du véhicule électrique.

Revue Française de Science Politique, XXIX (3), 1979, p.426-447.

CAMPBELL, John L. States, Politics and Globalization: Why Institutions Still Matter.

In: PAUL, T.V.; IKENBERRY, G. John; HALL, John A. The Nation-State in

Question. Princeton, NJ: Princeton University Press, 2003, p.234-259.

CARRUTHERS, Bruce G. A Sociologia do Crédito e da Finança. In: MONDADORE,

Ana Paula Carletto et al. (orgs.). Sociologia Econômica e das Finanças: um projeto em

construção. São Carlos, SP: EdUFSCar, 2009, p.365-380.

Page 106: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

106

_____________________. When Is the State Autonomous? Culture, Organization

Theory and the Political Sociology of the State. Sociological Theory, 12 (1), 1994,

p.19–44.

DOBBIN, Frank. How Institutions Create Ideas: Notions of Public and Private

Efficiency from Early French and American Railroading. L'Année de la Régulation, 8,

2004, p.15-50.

______________; DOWD, Timothy. The Market That Antitrust Built: Public Policy,

Private Coercion, and Railroad Acquisitions, 1825 to 1922. American Sociological

Review, Vol.65, nº5, October 2000, p.631-657.

______________; SUTTON, John R The Strength of a Weak State: The Employment

Rights Revolution and the Rise of Human Resources Management Divisions. American

Journal of Sociology, Volume 104, Number 2, September 1998, p.441–476.

DUINA, Francesco; BUXBAUM, Jason. Regional Trade Agreements and the Pursuit of

State Interests: Institutional Perspectives from NAFTA and Mercosur. Economy and

Society, Vol. 37 (2), 2008, p.193-223.

EVANS, Peter B. Autonomia e Parceria: Estados e Transformação Industrial. Rio de

Janeiro: UFRJ, 2004 [1995].

______________. Análise do Estado no Mundo Neoliberal: Uma Abordagem

Institucional Comparativa. Revista de Economia Contemporânea, nº4, jul.-dez.1998,

p.51-85.

______________. O Estado como Problema e Solução. Lua Nova, nº28/29, 1993,

p.107-156.

______________. A Tríplice Aliança: as Multinacionais, as Estatais e o capital

nacional no desenvolvimento dependente brasileiro. 2ª ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1982

[1979].

Page 107: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

107

FLIGSTEIN, Neil. States, Markets, and Economic Growth. In: NEE, Victor;

SWEDBERG, Richard (eds.). The Economic Sociology of Capitalism. Princeton, NJ:

Princeton, University Press, 2005, p.119-143.

_______________. Myths of the Market. Actes de la Recherche en Sciences Sociales,

2, 2001, p. 23-42.

_______________. Markets as Politics: a political-cultural approach to market

institutions. American Sociological Review, Vol, 61, nº 4, august 1996, p.656-673.

NUEVA SOCIEDAD. ¿Volver al futuro? Estado y mercado en América Latina. V.221,

Mayo/Junio 2009.

Ó RIAIN, Seán. States and Markets in an Era of Globalization. Annual Review of

Sociology, 26, 2000, p.187-213.

PORTES, Alejandro; HALLER, William. The Informal Economy. In: SMELSER, Neil

J.; SWEDBERG, Richard (eds.). The Handbook of Economic Sociology. Second

Edition. Princeton, NJ: Princeton University Press, 2005, p.403-425 (em espanhol: La

Economía Informal. Serie Políticas Sociales (Cepal), nº100, Noviembre 2004).

RAUD, Cécile. Dimensões da Sociologia Econômica no Brasil. In: MONDADORE,

Ana Paula Carletto et al. (orgs.). Sociologia Econômica e das Finanças: um projeto em

construção. São Carlos, SP: EdUFSCar, 2009, p.345-364.

REIS, Bruno P. W. O Mercado e a Norma: o estado moderno e a intervenção pública na

economia. Revista Brasileira de Ciências Sociais, Vol.18, n.52, 2003, p.55-79.

Finanças

Os estudos sociológicos sobre esferas mercantis ainda contemplam, em sua maior

parte, os mercados ditos de produtores, sejam fabricantes de bens duráveis, sejam

distribuidores de eletricidade, tomando a ação de empresas como ponto de partida.

Entretanto, autores como Karin Knorr Cetina e Urs Brugger (2002), debruçam-se

Page 108: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

108

sobre o mercado que é símbolo por excelência do regime capitalista, o mercado

financeiro, e que não se enquadra como uma esfera de produção nem de consumo, mas

de transação (trade). Para os autores citados, mesmo mercados permeados pela

tecnologia de meios eletrônicos, interligados globalmente, apresentam-se como

autênticas sociedades virtuais, o que acarreta novos tipos de interações sociais, ou

conforme a terminologia de Knorr Cetina (2009), ‘situações sintéticas’, isto é,

situações transmitidas eletronicamente e que implicam uma extensão maior da

informação e novas exigências em resposta a tais situações, já corriqueiras no sistema

financeiro globalizado. Considerados pelo senso comum e, o que é um grande

equívoco, em alguns círculos acadêmicos como expressão ‘única’ de mercado, as

esferas mercantis financeiras, caso da bolsas de valores, configuram-se distantes do

imaginário econômico neoclássico, de prevalência do cálculo, da racionalidade, da

abstração e da atomização de agentes econômicos. Ao contrário, um ambiente social

como o pregão da bolsa de valores pode ser extremamente marcado pela intuição,

comportamentos irracionais, emprego de pragmatismo e imediatismo e formação de

grupos de interesse restrito, popularmente designados como ‘panelinhas’ (vide Baker,

1984; Müller, 2006; consulte também tópico ‘Bolsa de valores’).

Temas relacionados:

ARNOLDI, Jakob; BORCH, Christian. Market Crowds between Imitation and Control.

Theory, Culture & Society, Vol. 24(7–8), 2007, p.164–180.

BEUNZA, Daniel; STARK, David. Tools of the Trade: the socio-technology of

arbitrage in a Wall Street trading room. Industrial and Corporate Change, Volume

13, Number 2, April 2004, p.369-400.

____________________________. La Organización de la Respuesta: innovación y

recuperación en las salas de operaciones financieras del Bajo Manhattan. Revista

Española de Investigaciones Sociológicas (REIS), nº107, 2004, p.89-122 (versão de:

The Organization of Responsiveness: innovation and recovery in the trading rooms of

Wall Street. Socio-Economic Review, Volume 1, Issue 2, May 2003, p.135-164).

Page 109: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

109

BOURDIEU, Jérôme; HEILBRON, Johan; REYNAUD, Bénédicte. Les Structures

Sociales de la Finance. Actes de la Recherche en Sciences Sociales, nº146-147,

2003/1-2, p.3-7.

CARRUTHERS, Bruce G. City of Capital: Politics and Markets in the English

Financial Revolution. Princeton, NJ: Princeton University Press, 1999.

CARVALHO, Carlos Eduardo; ABRAMOVAY, Ricardo. O Difícil e Custoso Acesso

ao Sistema Financeiro. In: SANTOS, Carlos A. (Org.). Sistema Financeiro e as Micro

e Pequenas Empresas: Diagnósticos e Perspectivas. Brasília: Sebrae, 2004, v. 1, p.17-

54.

DAVIS, Gerald F. Managed by the Markets: How Finance Re-Shaped America. New

York: Oxford University Press, 2009.

GODECHOT, Olivier. «Quel est le Salaire de Marché?» Enquêtes de rémunération et

mise en forme du marché du travail dans l’industrie financière. Genèses, 63, juin 2006,

p.108-127.

__________________. Hold-up en Finance: Les conditions de possibilité des bonus

élevés dans l’industrie financière. Revue Française de Sociologie, 47-2, 2006, p.341-

371.

__________________. Les Traders. Sociologie du Marché Financier. Paris: La

Découverte, 2000a.

__________________. Le Bazar de la Rationalité. Vers une sociologie des formes

concrètes de raisonnement. Politix, Vol. 13, n°52. Quatrième trimestre 2000b, p.17-56.

GRÜN, Roberto. Financeirização de Esquerda? Frutos inesperados no Brasil do século

XXI. Tempo Social, Vol. 21, nº2, 2009, p.153-184.

_____________. O "Nó" dos Fundos de Pensão. Novos Estudos Cebrap, nº73, 2005,

p.19-31.

Page 110: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

110

_____________. A Sociologia das Finanças e a Nova Geografia do Poder no Brasil.

Tempo Social, Vol.16, nº2, 2004, p.151-76.

HARRINGTON, Brooke. Pop Finance: Investment Clubs & the New Investor

Populism. Princeton, NJ: Princeton University Press, 2008.

IZQUIERDO, A.Javier. Reliability at Risk: the supervision of financial models as a case

study for reflexive economic sociology. European Societies, 3(1), 2001, p.69-90.

JONES, Bryn; NISBET, Peter. Shareholder Value versus stakeholder Values: CSR and

financialization in global food firms. Socio-Economic Review, 9, 2011, p.287-314.

KNORR CETINA, Karin. KNORR CETINA, Karin. The Synthetic Situation:

interactionism for a global world. Symbolic Interaction, Vol. 32, Issue 1, 2009, p.61–

87.

_____________________; PREDA, Alex. The Temporalization of Financial Markets:

From Network to Flow. Theory, Culture & Society, Vol.24(7–8), 2007, p.116–138.

_________________________________(eds.). The Sociology of Financial Markets.

Oxford: Oxford University Press, 2005.

_____________________; BRÜGGER, Urs. Global Microstructures: The Virtual

Societies of Financial Markets. American Journal of Sociology, Volume 107 Number

4, January 2002, p.905–950.

KRIPPNER, Greta R. The Financialization of the American Economy. Socio-Economic

Review, 3, 2005, p.173-208.

LANGENOHL, Andreas. Analyzing Expectations Sociologically: Elements of a Formal

Sociology of the Financial Markets. Economic Sociology - The European Electronic

Newsletter, Volume 12, Number 1, November 2010, p.18-27.

Page 111: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

111

LEYSHON, Andrew; THRIFT, Nigel. The Capitalization of Almost Everything: The

Future of Finance and Capitalism. Theory, Culture & Society, Vol. 24(7–8), 2007,

p.97–115.

LOUNSBURY, Michael. Institutional Transformation and Status Mobility: the

professionalization of the field of finance. Academy of Management Journal, Vol.45,

nº1, February 2002, p.255-266.

____________________; RAO, Hayagreeva. Sources of Durability and Change in

Market Classifications: A Study of the Reconstitution of Product Categories in the

American Mutual Fund Industry, 1944–1985. Social Forces, 82(3), March 2004, p.969-

999.

MACKENZIE, Donald. The Material Production of Virtuality: Innovation, Cultural

Geography and Facticity in Derivatives Markets. Economy and Society 36, 2007,

p.355-376.

___________________. An Engine, not a Camera: How Financial Models shape

Markets. Cambridge, Mass.: MIT Press, 2006.

___________________. An Equation and its Worlds: Bricolage, Exemplars, Disunity

and Performativity in Financial Economics. Social Studies of Science, 33/6, December

2003, p.831-868.

MACKENZIE, Donald; MILLO, Yuval. Constructing a Market, Performing Theory:

The Historical Sociology of a Financial Derivatives Exchange. American Journal of

Sociology, Volume 109, Number 1, July 2003, p107-145.

MINELLA, Ary Cesar. Representação de Classe do Empresariado Financeiro na

América Latina: a rede transassociativa no ano 2006. Revista de Sociologia Política,

Curitiba, 28, p.31-56, junho 2007.

Page 112: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

112

MIZRUCHI, Mark S.; STEARNS, Linda Brewster; MARQUIS, Christopher. The

Conditional Nature of Embeddedness: A Study of Borrowing by Large U.S. Firms,

1973-1994. American Sociological Review, 71, 2006, p.310-333.

MONDADORE, Ana Paula Carletto; PEDROSO NETO, Antônio José; LEITE, Elaine

da Silveira; JARDIM, Maria Aparecida Chaves; SARTORE, Marina de Souza (orgs.).

Sociologia Econômica e das Finanças: um projeto em construção. São Carlos, SP:

EdUFSCar, 2009.

PREDA, Alex. Framing Finance: the boundaries of markets and modern capitalism.

Chicago: Chicago University Press, 2009.

____________. Brief Encounters: calculation and the interaction order of anonymous

electronic markets. Accounting, Organizations and Society, 34 (5), July 2009b, p.675-

693.

____________. Socio-Technical Agency in Financial Markets: The Case of the Stock

Ticker. Social Studies of Science 36/5, October 2006, p.753–782.

____________. The Rise of the Popular Investor: Financial Knowledge and Investing in

England and France, 1840–1880. Sociological Quarterly 42(2), 2001, p.205–32.

SAUVIAT, Catherine. Deux Professions dans la Tourmente. L'audit et l'analyse

financière. Actes de la Recherche en Sciences Sociales, nº146-147, 2003, p.21-41.

SCHIMANK, Uwe. Against All Odds: the 'loyalty' of small investors. Socio-Economic

Review, 9, 2011, p.107–135.

STEARNS, Linda Brewster; MIZRUCHI, Mark S. Banking and Financial Markets. In:

SMELSER, Neil J.; SWEDBERG, Richard (eds.). The Handbook of Economic

Sociology. Second Edition. New York and Princeton, NJ: Russell Sage Foundation and

Princeton University Press, 2005, p.284-306.

Page 113: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

113

UZZI, Brian. Embeddedness in the Making of Financial Capital: How Social Relations

and Networks Benefit Firms Seeking Financing. American Sociological Review, Vol.

64, nº 4, August 1999, p. 481-505.

ZAJAC, Edward J.; WESTPHAL, James D. The Social Construction of Market Value:

Institutionalization and Learning Perspectives on Stock Market Reactions. American

Sociological Review, Vol. 69, nº3, June 2004, p.433-457.

ZUCKERMAN, Ezra W. The Categorical Imperative: Securities Analysts and the

Illegitimacy Discount. American Journal of Sociology, Volume 104, Number 5,

March 1999, p.1398-1438.

Fiscal, Sociologia

Área de crescentes debates na Sociologia Econômica nos Estados Unidos e em países

europeus, notadamente França e Alemanha, os temas da Sociologia Fiscal se insinuam

com vasto potencial para despertar o interesse sociológico no Brasil. Mas há

interesse?Ou estudos sobre impostos e taxações, assim como herança, distribuição de

renda ou níveis de riqueza, ainda permanecem como mais interessantes, relevantes

para a Economia?

Temas relacionados: Capitalismo; Estado; Finanças

BACKHAUS, Jürgen. Fiscal Sociology: What For? American Journal of Economics

and Sociology, Vol.61, nº1, January 2002, p.55-77.

CAMPBELL, John L. Epilogue: a Renaissance for Fiscal Sociology? In: MARTIN,

Isaac William; MEHROTRA, Ajay K.; PRASAD, Monica.The New Fiscal Sociology.

Cambridge University Press, 2009, p.256-265

__________________. Fiscal Sociology in an Age of Globalization: Comparing Tax

Regimes in Advanced Capitalist Countries. In: NEE, Victor; SWEDBERG, Richard

(eds.). The Economic Sociology of Capitalism. Princeton,NJ: Princeton University

Press, 2005, p.391-418.

Page 114: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

114

__________________. The State and Fiscal Sociology. Annual Review of Sociology,

19, 1993, p.163–185.

LEROY, Marc. L'Impôt, l'Etat et la Société. La sociologie fiscale de la démocratie

intervetionniste. Paris: Economica, 2010a.

____________. Tocqueville Pioneer of Fiscal Sociology. Archives Européennes de

Sociologie / European Journal of Sociology, Volume 51, Issue 02, 2010b, p.195-239.

____________. La Sociologie Fiscale. Enjeux sociopolitiques pour un dialogue avec les

économistes. Socio-logos. Revue de l'association française de sociologie [En ligne],

nº 4, 2009, mis en ligne le 06 mai 2009, URL: http://socio-logos.revues.org

____________. Sociologie des Finances Publiques. Paris: La Découverte, 2007.

____________. Sociologie de l’Impôt. Paris, PUF, 2002.

MORGAN, Kimberly J.; PRASAD, Monica. The Origins of Tax Systems: a French-

American Comparison. American Journal of Sociology, Volume 114, Number 5,

March 2009, p.1350–1394.

SCHRANK, Andrew. Understanding Latin American Political Economy: varieties of

capitalism or fiscal sociology? Economy and Society, Volume 38, Number 1, February

2009, p.53-61.

SWEDBERG, Richard. Max Weber e a Idéia de Sociologia Econômica. Rio de

Janeiro; São Paulo: UFRJ; Beca, 2005 [1998] – (vide tópico A Dominação Política e a

Sociologia Fiscal, p.111-126.

WEBER, Max. Economia y Sociedad. México: Fondo de Cultura Económica, 1999.

Funerários, Mercado de Serviços

CAROLY, Sandrine; ROCCHI, Valérie; TROMPETTE, Pascale; VINCK, Dominique.

Page 115: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

115

Les Professionnels des Services aux Défunts: compétences, savoirs, qualifications.

Revue Française des Affaires Sociales, nº1, 2005/1, p.207-230.

TROMPETTE, Pascale. Le Marché des Défunts. Paris: Presses de Sciences Politiques,

2008.

___________________. Une Économie de la Captation: les dynamiques

concurrentielles au sein du secteur funéraire. Revue Française de Sociologie, 46-2,

2005, p.233-264.

___________________; BOISSIN, Olivier. Entre les Vivants et les Morts: les pompes

funèbres aux portes du marché. Sociologie du Travail, 42, 3, 2000, p.483-504.

Futebol, Mercado do; Mercado de Trabalho do; Globalização do

Futebol profissional é indústria, dividida em etapas de produção/preparação,

veiculação, consumo e entretenimento. É mercado de trabalho. É esfera mercantil, com

negócios que não envolvem somente clubes e atletas. E é o futebol um fenômeno social,

cultural e econômico globalizado. Neil Fligstein (2008) ressalva que, nos anos 1950, a

indústria do futebol profissional aproximava nações da Europa antes da criação do

mercado comum da União Européia.

Temas relacionados: Globalização; Mercados; Trabalho

ALVITO, Marcos. «A Parte que te Cabe Neste Latifúndio»: o futebol brasileiro e a

globalização. Análise Social, nº179, 2006, p.451-474.

DUBAL, Sam. The Neoliberalization of Football: Rethinking neoliberalism through the

commercialization of the beautiful game. International Review for the Sociology of

Sport, 45(2), 2010, p.123–146.

FLIGSTEIN, Neil. Euroclash: The EU, European Identity, and the Future of Europe.

Oxford, UK; New York: Oxford University Press, 2008 (Chapter 4: The Creation of

Markets: The Cases of the Defense, Telecommunications, and Football Industries).

Page 116: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

116

GIULIANOTTI, Richard. Sociologia do Futebol: Dimensões Históricas e

Socioculturais do Esporte das Multidões. São Paulo: Nova Alexandria, 2002 [1999].

______________________; ROBERTSON, Roland. The Globalization of Football: a

study in the glocalization of the ‘serious life’. The British Journal of Sociology,

Volume 55, Issue 4, 2004, p.545-568.

JACOBS, Claudia Silva; DUARTE, Fernando. Futebol Exportação. Rio de Janeiro:

Senac Rio, 2007.

MCGOVERN, Patrick. Globalization or Internationalization? Foreign Footballers in

the English League, 1946–95. Sociology, Volume 36(1), 2002, p.23–42.

POLI, Raffaele. Understanding Globalization through Football: The new international

division of labour, migratory channels and transnational trade circuits. International

Review for the Sociology of Sport, first published on July 9, 2010, p.1-16.

ROBERTSON, Roland; GIULIANOTTI, Richard. Fútbol, Globalización y

Glocalización. Revista Internacional de Sociología (RIS), Vol. LXIV, Nº45,

Septiembre-Diciembre, 2006, p.9-35.

RIORDAN, Jim. «Entrar no Jogo»: pela Rússia, pelo dinheiro e pelo poder. Análise

Social, nº179, 2006, p.477-498.

RODRIGUES, Francisco Xavier Freire. O Fim do Passe e as Transferências de

Jogadores Brasileiros em uma Época de Globalização. Sociologias, ano 12, nº24,

mai./ago. 2010, p.338-380.

________________________________. Modernidade, Disciplina e Futebol: uma

análise sociológica da produção social do jogador de futebol no Brasil. Sociologias, ano

6, nº11, jan/jun 2004, p.260-299.

Gênero

Page 117: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

117

Viviana A. Zelizer (2009) critica as dualidades de mercados existentes nas análises de

economistas e que acarretam, em particular, distorções no exame das relações entre

gêneros e esferas mercantis: “a divisão do mundo em dois domínios incompatíveis

demanda certo número de distinções que nos são familiares: empresas capitalistas

versus economia informal; mercados perfeitos versus mercados imperfeitos; economias

sérias versus economias triviais; e, ai de nós, atividade econômica masculina versus

feminina. Mesmo as economistas mulheres frequentemente caem na armadilha de

reproduzir essas dicotomias, argumentando, por exemplo, que a solução fundamental

para as desigualdades de gênero está na admissão de mulheres em igual proporção nos

mercados dominados pelos homens” (Zelizer, 2009,p.238).

Temas relacionados:

BIELBY, William T.; BIELBY, Denise D. Telling Stories about Gender and Effort:

Social Science Narratives about Who Works Hard for the Money. In: GUILLÉN,

Mauro F.; COLLINS, Randall; ENGLAND, Paula; MEYER, Marshall (eds.). The New

Economic Sociology: Developments in an Emerging Field. New York: Russell Sage,

2002, p.193-217.

BLOMBERG, Jesper. Gendering Finance: Masculinities and Hierarchies at the

Stockholm Exchange. Organization, Volume 16(2), 2009, p.203–225.

BOURDIEU, Pierre. A Dominação Masculina. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007.

CASTILLA, Emilio J. Mérito y Discriminación dentro de las Organizaciones:

diferencias en la evaluación y retribución de empleados/as según género y origen étnico.

Revista Española de Investigaciones Sociológicas (Reis), nº129, 2010, p.61-105.

__________________. Gender, Race, and Meritocracy in Organizational Careers.

American Journal of Sociology, Volume 113, Number 6, May 2008, p.1479–1526.

ENGLAND, Paula. Emerging Theories of Care Work. Annual Review of Sociology,

31, 2005a, p.381–399.

Page 118: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

118

_______________. Gender Inequality in Labor Markets: The Role of Motherhood and

Segregation. Social Politics, 12, 2005b, p.264-288.

_______________. Dependência Sexual, Dinheiro e Dependência Económica nos

Estados Unidos da América. Revista Crítica de Ciências Sociais, nº49, 1997, p.45-66.

_______________; FOLBRE, Nancy. Gender and Economic Sociology. In: SMELSER,

Neil J.; SWEDBERG, Richard. The Handbook of Economic Sociology. New York:

Russell Sage Foundation, 2005c, p.627-649.

FERBER, Marianne A.; NELSON, Julie A. (eds.). Beyond Economic Man: Feminist

Theory and Economics. Chicago: Chicago University Press, 1993.

GUIMARÃES, Nadya Araújo; GEORGES, Isabel. A Construção Social de Trajetórias

de Mando: determinantes de gênero nos percursos ocupacionais. Cadernos Pagu, nº32,

jan./jun.2009, p.84-134.

IBÁÑEZ PASCUAL, Marta. La «Bolsa Común» en las Parejas: Algunos Significados y

Algunas Trampas. Papers, 87, 2008, p.161-185.

LEVIN, Peter. Gendering the Market. Temporality, Work, and Gender on a National

Futures Exchange. Work and Occupations, Vol. 28, No. 1, February 2001, p. 112-130.

MAGALHÃES, Reginaldo Sales. A "Masculinização" da Produção de Leite. Revista

de Economia e Sociologia Rural, Vol.47, nº1, 2009, p.275-299.

NELSON, Julie A. Sociology, Economics, and Gender: Can Knowledge of the Past

Contribute to a Better Future? Global Development and Environment Institute,

Working Paper nº09-04, August 2008.

RESKIN, Barbara F. Rethinking Employment Discrimination. In: GUILLÉN, Mauro F.;

COLLINS, Randall; ENGLAND, Paula; MEYER, Marshall (eds.). The New Economic

Sociology: Developments in an Emerging Field. N.Y.: Russell Sage, p.218-244.

Page 119: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

119

_________________; BIELBY, Denise D. A Sociological Perspective on Gender and

Career Outcomes. Journal of Economic Perspectives, Volume 19, Number 1, Winter

2005, p.71-86.

ROTH, Louisie Marie. Selling Women Short: gender and money on Wall Street.

Princeton, NJ: Princeton University Press, 2006.

SAUVIAT, Catherine. Deux Professions dans la Tourmente. L'audit et l'analyse

financière. Actes de la Recherche en Sciences Sociales, nº146-147, 2003, p.21-41.

SHUEY, Kim M.; O’RAND, Angela M. New Risks for Workers: pensions, labor

markets, and gender. Annual Review of Sociology, 30, 2004, p.453-477.

TILLY, Louise A.; SCOTT, Joan W. Women, Work, and Family. London: Routledge,

1989.

ZELIZER, Viviana A. Dualidades Perigosas. Mana, Vol.15, nº1, 2009a, p. 237-256.

_________________. Dinheiro, Poder e Sexo. Cadernos Pagu, nº32, jan./jun. 2009b,

p.135-157.

__________________. A Gendered Divison of Labor. Economic Sociology -

European Electronic Newsletter, Vol. 1, n3, June 2000, p.2-5.

Geografia Econômica e Sociologia Econômica

ASPERS, Patrik; KOHL, Sebastian; POWER, Dominic. An Economic Sociological

Look at Geography. Economic Sociology - The European Electronic Newsletter,

Volume 9, Number 3, July 2008, p.3-16.

LEYSHON, Andrew; THRIFT, Nigel. The Capitalization of Almost Everything: The

Future of Finance and Capitalism. Theory, Culture & Society, Vol. 24(7–8), 2007,

p.97–115.

Page 120: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

120

GRABHER, Gernot. Trading Routes, Bypasses, and Risky Intersections: Mapping the

Travels of ‘Networks’ between Economic Sociology and Economic Geography.

Progress in Human Geography, 30, 2, 2006, p.1–27.

THRIFT, Nigel. Re-inventing Invention: new tendencies in capitalist commodification.

Economy and Society, Volume 35, Number 2, May 2006, p.279-306.

Globalização / mundialização

O que é um mercado global? Segundo Aspers (2008), é um mercado em que os atores

que dependem uns dos outros estão situados em partes diferentes do mundo. Podendo

ser investidor ou mercado de produção, o aspecto importante é que o padrão de

dependência é global e que a forma de interação é através da interface de mercado,

salienta Aspers. É um capitalismo global se um ou, na prática, muitos mercados

interligados são orientados para a acumulação de riqueza. A economia contemporânea

é caracterizada por um capitalismo racional, o que significa que o cálculo é

fundamental nestes mercados globais capitalistas. Aspers, porém, atenta que se o

capitalismo liberal aparenta ser superior hoje a outros sistemas político-econômicos,

isso não ocorre naturalmente. O autor chama atenção ainda para sistemas híbridos, no

caso a China. O fenômeno dos mercados globalizados desencadeia, como se observa,

sobretudo a partir dos anos 1990, amplo debate ideológico, reflexo de movimentos

antagônicos, pró e contra a globalização, e que afetam diretamente as análises

sociológicas. Conforme Martinelli (2003), em decorrência de sua importância,

mercados internacionais têm se tornado o objeto de intenso embate ideológico, o que

frequentemente obscurece suas estruturas reais e caminhos de funcionamento. Logo,

quando da confrontação entre os fundamentalismos do mercado global e da anti-

globalização, o mercado é sempre bom ou mau, enquanto que na realidade pode ter

efeitos ambivalentes, integrativos e disruptivos, conforme o contexto institucional no

qual estão imersos e, especificamente, em uma particular combinação de competição e

regulação, observa o sociólogo italiano.

Temas relacionados: Capitalismo; Estado; Imigração; Mercados; Trabalho

ASPERS, Patrik. A Note on Global Capitalism. In: THAKA, Bharti (ed.). Global

Capitalism, The Road Ahead. Hyderabad, India: Icfai University Press, 2008, p.3-16.

Page 121: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

121

BABB, Sarah. Globalization: In Search of a Market Niche for Economic Sociology.

Accounts, Vol. 6, Issue 1, Fall 2006.

BIGGART, Nicole Woolsey; GUILLÉN, Mauro F. Developing Difference: social

organization and the rise of the auto industries of South Korea, Taiwan, Spain, and

Argentina. American Sociological Review, 64(5), October 1999, p.722-747.

DJELIC, Marie-Laure; QUACK, Sigrid (eds.). Transnational Communities: Shaping

Global Economic Governance. Cambridge, UK: Cambridge University Press, 2010.

_______________________________________. Globalization and Institutions:

redefining the rules of the economic game. Cheltenham, UK: Edward Elgar, 2003.

DOBBIN, Frank. Is Globalization Making Us All the Same? British Journal of

Industrial Relations, Volume 43, nº4, December 2005, p.569–576.

EVANS, Peter. Is an Alternative Globalization Possible? Politics & Society, Volume

36, nº 2, June 2008, p.271-305.

FISS, Peer C.; HIRSCH, Paul M. The Discourse of Globalization: Framing and

Sensemaking of an Emerging Concept. American Sociological Review, Vol.70, 2005,

p.29-52.

FLIGSTEIN, Neil. The Architecture of Markets: an economic sociology of 21st

century capitalist societies. Princeton: Princeton University Press, 2001 (Chapter 9:

Globalization).

_______________. Rhétorique et Réalités de la Mondialisation. Actes de la Recherche

en Sciences Sociales, n. 119, 1997, p. 36-47.

GEREFFI, Gary. Development Models and Industrial Upgrading in China and Mexico.

European Sociological Review, Volume 25, Number 1, 2009, p.37-51.

Page 122: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

122

_____________. The Global Economy: Organization, Governance, and Development.

In: SMELSER, Neil J.; SWEDBERG, Richard. The Handbook of Economic

Sociology. 2nd edition. Princeton, NJ: Princeton University Press, 2005, p.160-182.

GUILLÉN, Mauro F. The Limits of Convergence: globalization and organizational

change in Argentina, South Korea and Spain. Princeton, NJ: Princeton University Press,

2001a.

_______________. Is Globalization Civilizing, Destructive of Feeble? A Critique of

Five Key Debates in the Social Science Literature. Annual Review of Sociology, 27,

2001b, p.235-260.

MARQUIS, Christopher; BATTILANA, Julie. Acting Globally But Thinking Locally?

The enduring influence of local communities on organizations. Research in

Organizational Behavior, 29, 2009, p.283–302.

MARTINELLI, Alberto. From World System to World Society? Journal of World-

Systems Research, XI, 2, December 2005, p.241-260.

____________________. Markets, Governments, Communities and Global

Governance. International Sociology, Vol 18(2), June 2003a, p. 291–323.

____________________. Global Order or Divided World? Introduction. Current

Sociology, Vol.51(2), March 2003, p.95–100.

MAYNTZ, Renate. Global Structures: markets, organizations, networks - and

communities? In: DJELIC, Marie-Laure; QUACK, Sigrid (eds.). Transnational

Communities: Shaping Global Economic Governance. Cambridge, UK: Cambridge

University Press, 2010, p.37-54.

REGINI, Marino. Between Deregulation and Social Pacts: The Responses of European

Economies to Globalization. Politics & Society, Vol.28, nº1, March 2000, p.5-33.

Page 123: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

123

SAXENIAN, AnnaLee. The New Argonauts: regional advantage in a global economy.

Harvard University Press, 2006.

STURGEON, Timothy J.; GEREFFI, Gary. Measuring success in the global economy:

international trade, industrial upgrading, and business function outsourcing in global

value chains. Transnational Corporations, Vol. 18, Nº2, August 2009, p.1-35.

_____________________; VAN BIESEBROECK, Johannes; GEREFFI, Gary. Value

chains, networks and clusters: reframing the global automotive industry. Journal of

Economic Geography, 8, 2008, p.297-321.

TRIGILIA, Carlo. Economic Sociology: State, Market and Society in Modern

Capitalism. Oxford: Blackwell, 2002 (Chapter 10, Globalization and the Diversity of

Capitalisms).

TONKISS, Fran. Globalization, Migration, Labour. Sociology, 43/1, 2009, p.179-85.

_____________. Contemporary Economic Sociology: Globalization, Production,

Inequality. London: Routledge, 2006a.

_______________. Is Economic Sociology "Ready" for Globalization? Economic

Sociology - The European Electronic Newsletter, 7/3, 2006b, p.3-8.

Grupos Econômicos

DELARRE, Sébastien. La Reproduction des Groupes d’Entreprises comme Entités

Socio-Économiques Stables. Revue Française de Sociologie, 46 (1), 2005, p.115-150.

GRANOVETTER, Mark. Business Groups and Social Organization. In: SMELSER,

Neil J.; SWEDBERG, Richard (eds.). Handbook of Economic Sociology. Second

Edition. Princeton, NJ: Princeton University Press, 2005, p.429-450.

Page 124: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

124

_____________________. Business Groups. In: SMELSER, Neil J.; SWEDBERG,

Richard (eds.) The Handbook of Economic Sociology. Princeton, NJ: Princeton

University Press; New York, Russel Sage Foundation, 1994, p.453-475.

GUILÉN, Mauro F. El Auge de la Empresa Multinacional Española. Madrid:

Marcial Pons, 2006.

_______________. The Limits of Convergence: globalization and organizational

change in Argentina, South Korea and Spain. Princeton, NJ: Princeton University Press,

2001.

_______________. Business Groups in Emerging Economies: a resource-based view.

Academy of Management Journal, 43(3), June 2000, p.362-380.

_______________; GARCÍA-CANAL, Esteban. The New Multinationals: Spanish

Firms in a Global Context. Cambridge and New York: Cambridge University Press,

2010.

________________; TSCHOEGL, Adrian. Building a Global Bank: The

Transformation of Banco Santander. Princeton, NJ: Princeton University Press, 2008.

HASSARD, John; MCCANN, Leo; MORRIS, Jonathan. At the sharp end of new

organizational ideologies. Ethnography and the study of multinationals. Ethnography,

Vol 8(3), 2007, p.324–344.

JONES, Bryn; NISBET, Peter. Shareholder Value versus stakeholder Values: CSR and

financialization in global food firms. Socio-Economic Review, 9, 2011, p.287-314.

KEISTER, Lisa A. Interfirm Relations in Business Groups: Group Structure and Firm

Performance in China. In: CLEGG, Stewart; WANG, Karen; BERRELL, Mike (eds.).

Business Networks and Strategic Alliances in China. Cheltenham, UK;

Northampton, MA: Edward Elgar, 2007, p.157-181.

Page 125: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

125

________________. Engineering Growth: Business Group Structure and Firm

Performance in China’s Transition Economy. American Journal of Sociology, Volume

104, nº2, September 1998, p.404-440.

SEGRE, Sandro. A Weberian Analysis of Business Groups and Financial Markets.

Aldershot: Ashgate, 2008.

SMANGS, Mattias. The Nature of the Business Group: A Social Network Perspective.

Organization, Volume 13(6), 2006, p.889–909.

Habilidades sociais

FLIGSTEIN, Neil. Social Skills and the Theory of Fields. Sociological Theory, 19:2,

July 2001, p.105-125.

_______________. Social Skill and Institutional Theory. American Behavioral

Scientist, Volume 40, Number 4, 1997, p.397-405.

MAGALHÃES, Reginaldo Sales. Habilidades Sociais no Mercado de Leite. Revista de

Administração de Empresas, Vol.47, nº2, abr./jun. 2007, p.15-25.

Herança

Herança, a despeito do desinteresse sociológico pelo tema em boa parte do século

passado, possui importância central para a sociedade e para a atividade econômica.

Como bem observa Jens Beckert (2008), em sociedades agrárias, a herança da terra é

o pré-requisito para a independência econômica, o que se mantém atual em estudos que

relacionam herança e gênero em sociedades latino-americanas, em particular a

brasileira (Carneiro, 2001; Deere e Leon, 2003). Em outros meios, retomando os

argumentos de Beckert, a herança da riqueza dos pais pode fazer seus herdeiros

independentes financeiramente, sem dependência do sucesso no mercado ou, ao menos,

reforçar a sua posição social e econômica. A possibilidade de legar riqueza também

pode ser um importante motivador para a poupança, ao passo que, por outro lado, a

herança de riqueza pode destruir essa motivação em herdeiros, cujo padrão de vida

Page 126: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

126

está assegurado, independentemente da suas próprias contribuições. O sociólogo

alemão também ressalva que heranças são sociologicamente relevantes, intimamente

entrelaçadas com o tecido normativo da sociedade, em que se evidenciam princípios

normativos fundamentais à vida social, como a igualdade de oportunidades, justiça

social e liberdade de propriedade privada. Beckert sustenta ainda que o legado de

riqueza está intrinsecamente vinculado a questões de desigualdade social (Szydlik,

2004), mesmo em sociedades economicamente mais desenvolvidas como a norte-

americana (vide também Keister e Moller, 2000). Philippe Steiner (2008) examina a

transferência de riqueza de uma geração a outra, em contexto francês, no século 19,

enfatizando as dimensões afetivas (familiares), econômicas e políticas (Estado) da

herança. Herança, porém, não é apenas uma temática de interesse da Economia e do

Direito, mas igualmente objeto legítimo de investigação para a Sociologia (Beckert,

2007a; Harrington, 2009).

Temas relacionados: Direito e Economia; Estado; Fiscal, Sociologia; Gênero;

Propriedade; Riqueza

BECKERT, Jens. Are We Still Modern? Inheritance Law and the Broken Promise of the

Enlightenment. Max Planck Institute for the Study of Societies (MPIfG) Working

Paper, September 2010.

______________. Inherited Wealth. Why Is the Estate Tax so Controversial? Society,

45 (6), 2008, p.521-528.

______________. Inherited Wealth. Princeton, NJ: Princeton University Press, 2007a.

______________. The Longue Durée of Inheritance Law: Discourses and Institutional

Development in France, Germany, and the United States since 1800. Archives

Européennes de Sociologie, XLVIII, 1, 2007b, p.79-120.

______________. Inheritance. In: BECKERT, Jens; ZAFIROVSKI, Milan (eds.).

International Encyclopedia of Economic Sociology. London: Routledge, 2006,

p.355–360.

Page 127: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

127

CARNEIRO, MARIA JOSÉ. Herança e Gênero entre Agricultores Familiares. Revista

Estudos Feministas, Vol.9, nº1, 2001, p.22-55.

DEERE, Carmem Diana; LÉON, Magdalena. Diferenças de Gênero em Relação a Bens:

a propriedade fundiária na América Latina. Sociologias, ano 5, nº10, jul/dez 2003,

p.100-153.

HARRINGTON, Brooke. Trust and Estate Planning: The Emergence of a Profession

and Its Contribution to Socio-Economic Inequality. MPIfG Discussion Paper, June

2009.

KEISTER, Lisa A.; MOLLER, Stephanie. Wealth Inequality in the United States.

Annual Review of Sociology, Vol. 26, 2000, p.63-81.

STEINER, Philippe. L’Héritage au XIXe Siècle en France: loi, intérêt de sentiment et

intérêts économiques. Révue Économique, Vol.59, 2008/1, p.75-97.

________________. L’Héritage Égalitaire comme Dispositif Social. Archives

Européennes de Sociologie, XLVI, I, 2005, p.127-149.

SZYDLIK, Marc. Inheritance and Inequality: theoretical reasoning and empiral

evidence. European Sociological Review, 20 (1), February 2004, p.31-45.

Homo oeconomicus

BARAÑANO, Margarita. Veblen y el Homo Oeconomicus. Revista Española de

Investigaciones Sociologicas (Reis), nº61, 1993, p.145-170.

BARBALET, Jack. Disinterestedness and Self Formation: Principles of Action in

William Hazlitt. European Journal of Social Theory, 12(2), May 2009, p.195-211.

DEMEULENAERE, Pierre. Homo oeconomicus. Enquête sur la constitution d’un

paradigme. Paris, PUF, 2003 [1996].

Page 128: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

128

FRIDMAN, Daniel. La Creación de los Consumidores en la Última Dictadura

Argentina. Apuntes de Investigación, nº14, 2008, p.71-92.

GARCIA-PARPET, Marie-France. A Gênese Social do Homo-economicus: a Argélia e

a Sociologia da Economia em Pierre Bourdieu. Mana, 12(2), 2006, p.333-357.

ORLÉAN, André. Réflexion sur les Fondements Institutionnels de l’Objectivité

Marchande. Cahiers d’Économie Politique, nº44, 2003, p.181-196.

Imigração

Na obra ‘Brasileiros nos Estados Unidos’ (Martes, 2000), apresenta-se, com uma

profundidade de detalhes própria de estudos etnográficos bem executados, a realidade

de trabalho, de empreendedorismo de pequeno porte e de laços sócio-econômicos e

culturais oriundos de atividades religiosas entre imigrantes brasileiros em solo ianque.

No livro, revela-se uma condição de nostalgia da terra natal simultânea ao apego, de

ordem material, à realidade em território estrangeiro: “Os imigrantes de primeira

geração, independentement da nacionalidade, desejam retornar um dia para seu país

de origem. Os brasileiros também são ‘pássaros de passagem’, para fazer uso da

expressão cunhada por Michael Piore para designar o desejo de retorno dos

imigrantes. Os depoimentos registram haver uma percepção generalizada de que os

Estados Unidos são um bom país para se trabalhar, mas o Brasil é melhor para se

viver. O ideal seria poderem permanecer nos Estados Unidos até que conseguissem o

Green Card, pois com este documento poderiam circular livremente entre os dois

países. É como se o passaporte americano pudesse proporcionar o melhor dos mundos:

trabalhar lá e morar aqui, aproveitando a sociabilidade brasileira sem perder as

oportunidades que os Estados Unidos podem proporcionar” (Martes, 2000, p.183).

Temas relacionados: Globalização; Religião; Trabalho

ALBA, Richard; NEE, Victor. Remaking the American Mainstream: assimilation

and contemporary immigration. Cambridge, MA: Harvard University Press, 2003.

MARTES, Ana Cristina Braga. Brasileiros nos Estados Unidos – Um Estudo sobre

Imigrantes em Massachusetts. São Paulo: Paz e Terra, 2000.

Page 129: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

129

__________________________; FAZITO, Dimitri. Solidarity and Social Networks –

Economic Sociology of International Migration and the Brazilian Case. Economic

Sociology – The European Electronic Newsletter, Vol. 11, nº3, July 2010.

___________________________; SOARES, Weber. Remessas de Recursos dos

Imigrantes. Estudos Avançados, 20 (57), 2006, p.41-54.

__________________________; RODRIGUEZ, Carlos L. Afiliação Religiosa e

Empreendedorismo Étnico: o Caso dos Brasileiros nos Estados Unidos. Revista de

Administração Contemporânea, v. 8, n. 3, Jul./Set. 2004, p.117-140.

PEIXOTO, João. Dinâmicas e Regimes Migratórios: o caso das migrações

internacionais em Portugal. Análise Social, nº183, abr. 2007, p.445-469.

______________. The Social Foundations of Labour Markets: Foreign Immigration in

Portugal. In: KONIORDOS, Sokratis M. (ed.). Networks, Trust and Social Capital:

Theoretical and Empirical Investigations from Europe. Aldershot, UK; Burlington, VT:

Ashgate, 2005, p.91-118.

_____________. As Teorias Explicativas das Migrações: Teorias Micro e Macro-

Sociológicas. Socius Working Papers, nº11, 2004.

_____________; ATALAIA, Susana. Policies, Families and Integration: a state of the

art of immigration research in Europe. Socius Working Papers, nº03, 2010.

PORTES, Alejandro. Estudos sobre as Migrações Contemporâneas:

Transnacionalismo, Empreendedorismo e a Segunda Geração. Lisboa: Fim de Século,

2006.

___________________(ed.). The Economic Sociology of Immigration: Essays on

Networks, Ethnicity and Entrepreneurship New York: Russell Sage Foundation, 1995.

Page 130: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

130

___________________; DEWIND, Josh (eds.). Rethinking Migration: new

theoretical and empirical investigations. New York: Berghahn Books, 2008.

___________________; SENSENBRENNER, Julia. Embeddedness and Immigration:

Notes on the Social Determinants of Economic Action. In: DOBBIN, Frank. The New

Economic Sociology: A Reader. Princeton: Princeton University Press, 2004 [1993],

p.274-301.

___________________; ESCOBAR, Cristina; WALTON RADFORD, Alexandria.

Organizaciones Transnacionales de Inmigrantes y Desarrollo: un estudio comparativo.

Migración y Desarrollo, nº006, 2006, p.3-44.

___________________; HALLER, William J.; GUARNIZO, Luis Eduardo.

Transnational Entrepreneurs: An Alternative Form of Immigrant Economic Adaptation.

American Sociological Review, 67, April 2002, p.278-298.

RIPOLL, Erika Masanet. O Brasil e a Espanha na Dinâmica das Migrações

Internacionais: um breve panorama da situação dos emigrantes brasileiros na Espanha.

Revista Brasileira de Estudos Populacionais, v. 25, n. 1, jan./jun. 2008, p. 151-165.

RIZEK, Cibele Saliba; GEORGES, Isabel; SILVA, Carlos Freire da. Trabalho e

Imigração: Uma Comparação Brasil-Argentina. Lua Nova, 79, 2010, p.111-142.

Incerteza

Situações de incerteza, caracterizadas por aguda percepção de riscos e assimetria ou

ausência de informação, podem existir em diversas esferas mercantis e financeiras, das

transações em bolsa de valores a lançamentos/adoções de novas tecnologias ou

produtos em indústrias culturais, além de indefinições sobre valores estéticos no

mercado de arte (Moulin, 2007). Há indústrias, como a do mercado fonográfico, que

tem sua trajetória marcada por períodos de incerteza, devido ao surgimento contínuo

de novos padrões tecnológicos (Abreu, 2009). Incerteza também está presente na

aplicação de técnicas e na avaliação do potencial de novas fontes de geração da

chamada energia verde, como ocorreu com o uso inicial de biomassa como fonte de

Page 131: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

131

combustível, em decorrência de dúvidas acerca da infra-estrutura exigida, caso de

sistemas de coleta, transporte e processamento (Sine, Haveman, Tolbert, 2005).

Temas relacionados: Crises e depressões econômicas; Confiança; Mercados; Preço;

Risco

ABREU, Paula. A Indústria Fonográfica e o Mercado da Música Gravada – histórias de

um longo desentendimento. Revista Crítica de Ciências Sociais, nº85, junho de 2009,

p.105-129.

BECKERT, Jens. What is Sociological about Economic Sociology? Uncertainty and the

embeddedness of economic action. Theory and Society, 25, 803-840, 1996.

DEQUECH, David. Uncertainty and Economic Sociology: a preliminary discussion.

American Journal of Economics and Sociology, Vol. 62 (3), 2003, p.509-532.

________________. Bounded Rationality, Institutions, and Uncertainty. Journal of

Economic Issues, Vol.35 (4), 2001, p.911-929.

DIMAGGIO, Paul. Endogenizing "Animal Spirits": Toward a Sociology of Collective

Response to Uncertainty and Risk. In: GUILLÉN, Mauro F.; COLLINS, Randall;

ENGLAND, Paula; MEYER, Marshall (eds.). The New Economic Sociology:

developments in an emerging field. New York: Russell Sage Foundation, 2002, p.79-

100.

KESSLER, Oliver. Uncertainty, Rationality, and the Study of Social Institutions.

Review of Social Economy, 66, 2008, p.501–523.

_______________. Performativity of Risk and the Boundaries of Economic Sociology.

Current Sociology, Vol. 55(1), January 2007, p.110–125.

KIM, Harris H. Market Uncertainty and Socially Embedded Reputation. American

Journal of Economics and Sociology, Vol. 68, No. 3, July, 2009.

Page 132: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

132

MCMULLEN, Jeffery S.; SHEPHERD, Dean A. Entrepreneurial Action and the Role of

Uncertainty in the Theory of the Entrepreneur. Academy of Management Review, Vol.

31, n.1, 2006, p.132-152.

MOULIN, Raymonde. O Mercado da Arte: mundialização e novas tecnologias. Porto

Alegre: Zouk, 2007.

SINE, Wesley D.; HAVEMAN, Heather A.; TOLBERT, Pamela S. Risky Business?

Entrepreneurship in the New Independent Power Sector. Administrative Science

Quarterly, 50, 2005, p.200-232.

TROY, Irene; WERLE, Raymund. Uncertainty and the Market for Patents. MPIfG

Working Paper, July 2008.

Inovação

Um modelo seqüencial, linear e progressivo de inovação, em que a qualidade de tal

inovação depende da qualidade das concepções, das idéias que estão em sua origem,

em seu começo é o princípio fundador de um modelo de difusão da inovação. Esse

modelo é duramente criticado por Michel Callon (2004). Em seu lugar, o autor propõe

um modelo em rede de inovação, um modelo que é de natureza sócio-técnica: “O

modelo que se opõe termo a termo ao da difusão é ainda um modelo em rede.

Abandonemos o mito da onipotência das idéias iniciais (...) O problema, é sabido, não é

de ter idéias, e sim de enriquecê-las e de transformá-las de tal maneira que criem

interesse no maior número possível de atores (...) esse interesse não sendo,

evidentemente, fixado de uma vez por todas, mas podendo ser negociado, pois depende

das escolhas técnicas que são feitas. Mudem a forma do veículo, mudem a fonte de

energia, mudem o traçado do TGV e verão relações de forças se inverter, forjarem-se

novas alianças e seu oponente mais acirrado se transformar em seu aliado mais

incondicional. A escolha técnica é, portanto, uma escolha estratégica; é até mesmo a

escolha estratégica por excelência. Para toda inovação, para toda escolha técnica é

possível traçar um mapa onde aparecem os grupos que têm interesse na inovação e

aqueles que se opõem a ela, pois seus interesses são questionados”(Callon, 2004, p.70-

71).

Page 133: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

133

Temas relacionados: Empreendedorismo; Mercados; Universidade-Empresa

AKRICH, Madeleine. User Representations: Practices, Methods and Sociology. In: RIP,

Arie; MISA, Thomas J.; SCHOT, Johan (eds.). Managing Technology in Society: The

Approach of Constructive Technology Assessment. London and New York: Pinter,

1995, p.167-184.

__________________; CALLON, Michel; LATOUR, Bruno. The Key to Success in

Innovation Part I: the art of interessement. International Journal of Innovation

Management Vol. 6, No. 2, June 2002 [1988], p. 187–206.

___________________________________________________. The Key to Success in

Innovation Part II: the art of choosing good spokespersons. International Journal of

Innovation Management Vol. 6, No. 2, June 2002 [1988], p. 207–225.

ARBIX, Glauco. Estratégias de Inovação para o Desenvolvimento. Tempo Social,

Vol.22, nº2, novembro 2010, p.167-185.

_____________. Caminhos Cruzados: rumo a uma estratégia de desenvolvimento

baseada na inovação. Novos Estudos Cebrap, 87, 2010b, p.13-33.

BURT, Ronald S. Social Contagion and Innovation: cohesion versus structural

equivalence. American Journal of Sociology, Vol.92, Nº6, May 1987, p.1287-1335.

CALLON, Michel. Civilizing Markets: carbon trading between in vitro and in vivo

experiments. Accounting, Organizations and Society, 34, 2009, p.535-548.

_______________. Dos Estudos de Laboratório aos Estudos de Coletivos

Heterogêneos, passando pelos Gerenciamentos Econômicos. Sociologias, Porto Alegre,

Ano 10, Nº 19, jan/jun 2008, p.302-321.

_______________. Por uma Nova Abordagem da Ciência, da Inovação e do Mercado: o

papel das redes sócio-técnicas. In: PARENTE, André (org.). Tramas da rede: novas

dimensões filosóficas, estéticas e políticas da comunicação. Porto Alegre: Sulina, 2004.

Page 134: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

134

CÔRTES, Mauro Rocha; PINHO, Marcelo; FERNANDES, Ana Cristina; SMOLKA,

Rodrigo Bustamante; BARRETO, Antonio Luiz C.M. Cooperação em Empresas de

Base Tecnológica: uma primeira avaliação baseada numa pesquisa abrangente. São

Paulo em Perspectiva, Vol. 19, nº1, jan./mar. 2005, p.85-94.

DOLATA, Ulrich. The Transformative Capacity of New Technologies. How

Innovations Affect Sectoral Change: Conceptual Considerations. Max Planck Institute

for the Study of Societies (MPIfG), Discussion Paper, 2008.

FERRARY, Michel; GRANOVETTER, Mark. The Role of Venture Capital Firms in

Silicon Valley's Complex Innovation Network. Economy and Society 38 (2: May):

326-359, 2009.

GEELS, Frank W. From Sectoral Systems of Innovation to Socio-Technical Systems:

Insights about dynamics and change from sociology and institutional theory. Research

Policy, 33, 2004, p.897-920.

GRANOVETTER, Mark. The Impact of Social Structure on Economic Outcomes.

Journal of Economic Perspectives, Vol. 19, nº1, Winter 2005, p.33-50.

HAGE, Jerald; HOLLINGSWORTH, J. Rogers. A Strategy for the Analysis of Idea

Innovation Networks and Institutions. Organization Studies, 21 (5), 2000, p.971-1004.

OLIVEIRA, Luísa. Sociologia da Inovação: a construção social das técnicas e dos

mercados. Oeiras: Celta Editora, 2008.

PATTON, Donald; KENNEY, Martin. Innovation and Social Capital in Silicon Valley.

BRIE Working Paper 155, July 2003.

STARK, David. Searching Questions: inquiry, uncertainty, innovation. Working Paper

Series, Center on Organizational Innovation, Columbia University, December 2008.

Page 135: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

135

THRIFT, Nigel. Re-inventing Invention: new tendencies in capitalist commodification.

Economy and Society, Volume 35, Number 2, May 2006, p.279-306.

WHITLEY, Richard. Developing Innovative Competences: the role of institutional

frameworks. Industrial and Corporate Change, Volume 11, Number 3, 2002, p.497-

528.

WINEMAN, Jean D; KABO, Felichism W.; DAVIS, Gerald F. Spatial and Social

Networks in Organizational Innovation. Environment and Behavior, Volume 41,

Number 3, May 2009, p.427-442.

Instituições, institucionalismo

BECKERT, Jens. Institutional Isomorphism Revisited: Convergence and Divergence in

Institutional Change. Sociological Theory, 28 (2), June 2010, p.150-166.

CAMPBELL, John L. Institutional Analysis and the Paradox of Corporate Social

Responsibility. American Behavioral Scientist, Volume 49, Number 7, March 2006,

p.925-938.

DIMAGGIO, Paul; POWELL, Walter W. The Iron Cage Revisited: institutional

isomorphism and collective rationality in organization fields. American Sociological

Review, 48, 2, April 1983, p.147-160 (tradução: DIMAGGIO, Paul J.; POWELL,

Walter W. Jaula de Ferro Revisitada: isomorfismo institucional e racionalidade coletiva

nos campos organizacionais. In: CALDAS, Miguel P.; BERTERO, Carlos Osmar

(coords.). Teoria das Organizações. São Paulo: Atlas, 2007, p.117-142 (Série RAE-

Clássicos).

DOBBIN, Frank. A Market is a Market is a Market? Institutional Conditions for the

Construction of Market Mechanisms. Berlin: BISS Public, 27, p. 53-72.

FALCONI, Ana Maria; GUENFOUD, Karima; LAZEGA, Emmanuel; LEMERCIER,

Claire; MOUNIER, Lise. Le Contrôle Social du Monde des Affaires: une étude

institutionnelle. L’Année Sociologique, 55, 2005, nº2, p.451-484.

Page 136: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

136

FLIGSTEIN, Neil. Markets as Politics: a political-cultural approach to market

institutions. American Sociological Review, Vol, 61, nº 4, august 1996, p.656-673.

HOLLINGSWORTH, J. Rogers; BOYER, Robert. Contemporary Capitalism: the

embeddedness of institutions. Cambridge, UK: Cambridge University Press, 1997.

NEE, Victor. The New Institutionalisms in Economics and Sociology. In: SMELSER,

Neil; SWEDBERG, Richard (eds). The Handbook of Economic Sociology (2nd ed.).

Princeton: Princeton University Press, 2005.

__________; INGRAM, Paul. Embeddedness and Beyond: institutions, exchange and

social structure. In: BRINTON, Mary C; NEE, Victor (eds.). The New Institutionalism

in Sociology. Stanford, CA: Stanford University Press, 2001, 19-45.

PALMER, Donald A.; BIGGART, Nicole Woolsey. Organizational Institutions. In:

BAUM, Joel A.C.(ed.). Companion to Organizations. Oxford, UK; Malden, MA:

Blackwell, 2002, p.259-280.

PORTES, Alejandro. Instituciones y Desarrollo: una revisión conceptual. Cuadernos

de Economía, v. XXV, nº45, 2006, p.13-52.

POWELL, Walter W.; DIMMAGIO, Paul (eds.). The New Institutionalism in

Organizational Analysis. Chicago: The University of Chicago Press, 1991 (edição

mexicana: El Nuevo Institucionalismo en el Análisis Organizacional. Mexico: Fondo

de Cultura Económica, 1999).

STINCHCOMBE, Arthur L. On the Virtues of the Old Institutionalism. Annual

Review of Sociology, 23, 1997, p.1-18.

STREECK, Wolfgang. Institutions in History: Bringing Capitalism back in. MPIfG

Discussion Paper 09/8, 2009.

Page 137: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

137

THÉRET, Bruno. As Instituições entre as Estruturas e as Ações. Lua Nova, nº58, 2003, p.225-254.

Interesses

Na Sociologia contemporânea, o conceito de interesse encontra-se em obras de Pierre

Bourdieu e Richard Swedberg. A obra de Bourdieu incorpora aspectos das teorias

clássicas da Sociologia, formuladas por Marx, Durkheim, Weber e também Elias. Para

Bourdieu, "interesse é 'estar em', participar, admitir, portanto, que o jogo merece ser

jogado e que os alvos engendrados no e pelo fato de jogar merecem ser perseguidos; é

reconhecer o jogo e reconhecer os alvos" (Bourdieu, 1996, p.139). Conforme Bourdieu,

o interesse não é único como analisam os economistas, isto é, o interesse econômico,

pois cada campo (religioso, político, etc) tem seus interesses, no plural. Logo, em cada

campo, os atores sociais praticam sua illusio, ou seja, seu investimento em jogar o jogo

jogado em determinado campo social. “Em outros termos, o interesse é

simultaneamente condição de funcionamento de um campo (campo científico, campo da

alta-costura, etc.), na medida em que isso é o que estimula as pessoas, o que as faz

concorrer, rivalizar, lutar, e produto do funcionamento do campo. Para compreender a

forma particular de que se reveste o interesse econômico (...) Trata-se, em cada caso,

de observar a forma de que se reveste, num dado momento da história, esse conjunto de

instituições históricas que constituem um campo econômico determinado, e a forma de

que se reveste o interesse econômico dialeticamente ligado a esse campo” (Bourdieu,

2004 [1987], p.127). Swedberg considera que há vínculo entre a análise de autores

clássicos como Weber e Simmel e a obra de Bourdieu em relação ao conceito de

interesse. Ele também ressalva que conceitos como motivação (Psicologia) e interesse

(Sociologia) se aproximam. Mas há uma diferença: o interesse não seria apenas

internalizado; poderia ser situado fora do indivíduo. Swedberg, como Bourdieu,

considera um reducionismo tomar a noção de interesse com base na definição de auto-

interesse econômico, tal como ocorreria em boa parte do pensamento econômico.

Como exemplifica o sociólogo sueco, “institutions, for example, can be seen a distinct

constellations of interests and social relations. An economic sociology that ignores the

role of interests, I argue, runs the risk of becoming trivial. The reason for this is that

interests, much more so than social relations, is what drives economic action. This is by

no means a novel insight, as the work of Weber and others show. It is, however, a

Page 138: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

138

position that has been forgotten in much of modern economic sociology” (Swedberg,

2003, p.3).

Temas relacionados: Pierre Bourdieu; Campo, campo econômico; Max Weber

BOURDIEU, Pierre. Coisas Ditas. São Paulo: Brasiliense, 2004 [1987] – especialmente

O Interesse do Sociológo’, p.126-133.

________________. Razões Práticas: sobre uma teoria da ação. Campinas, SP:

Papirus, 1996.

HIRSCHMAN, Albert O. As Paixões e os Interesses: argumentos políticos a favor do

capitalismo antes do seu triunfo. Rio de Janeiro: Record, 2002.

ROY, William G.; PARKER-GWIN, Rachel. How Many Logics of Collective Action?

Theory and Society, 28, 1999, p.203-237.

SWEDBERG, Richard. Bourdieu's Contribution to Economic Sociology. In:

HEDSTRÖM, Peter; WITTROCK, Björn (eds.). Frontiers of Sociology. Leiden: Brill,

2009, p.231-244.

___________________. Interest. Buckingham, UK: Open University Press, 2005a.

___________________. Max Weber e a Idéia de Sociologia Econômica. Rio de

Janeiro; São Paulo: UFRJ; Beca, 2005b [1998].

__________________. Can There Be a Sociological Concept of Interest? Theory and

Society, 34, 2005c, 359-390.

__________________. Capitalisme et Éthique. Comment les dispositions législatives

relatives aux conflits d’intérêts peuvent être utilisées pour prévenir les dilemmes. Revue

Internationale des Sciences Sociales, n° 185, 2005/3, p.523-534.

Page 139: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

139

__________________. Bourdieu’s Advocacy of the concept of interest and its role in

economic sociology. Economic Sociology – The European Electronic Newsletter,

Volume 4, Number 2, march 2003.

Internet, Novas Mídias e Nova Economia

Origina-se, em 1969, de pesquisas do Departamento de Defesa norte-americano um

projeto de comunicação entre redes de computadores. Posteriormente, duas

universidades californianas estabelecem contato via rede de computadores. É a

Arpanet, embrião da Internet (designação utilizada pela primeira vez em 1974). Neil

Fligstein (2001) observa que a intervenção do Estado é fundamental para a criação da

Internet, além do financiamento da pesquisa universitária que possibilita o

desenvolvimento de diversos programas necessários para o funcionamento da rede

mundial em seus anos iniciais. O advento comercial da Internet data de agosto de 1995,

quando da abertura de capital em bolsa de valores da empresa de navegação online

norte-americana Netscape. Em janeiro de 2000, registra-se o marco da então

considerada Nova Economia: fusão da America Online com o megagrupo da ‘Velha

Economia’ Time/Warner. A fusão acabou posteriormente não tendo o impacto

comercial projetado pela mídia e especialistas à época de seu anúncio. A distinção,

nove anos depois, entre Velha e Nova Economia passa apenas a ser registro de uma

fase já superada da Internet. Naquele ano, no Brasil, há a explosão de oferta de

Internet gratuita e a proliferação de incubadoras de empresas então designadas como

pontocom. Ainda em 2000, em abril, despenca o índice Nasdaq, que mede o valor

acionário de empresas de tecnologia. O volume da baixa, em um único dia, equivale a

valorização de ações de empresas de tecnologia na Bolsa Nasdaq durante um ano. É o

começo da crise de sustentação financeira das empresas pontocom mundo afora e que

se estende até o ano seguinte. O episódio passa a ser conhecido como o Estouro da

Bolha da Internet (Internet Bubble) ou o fim da Corrida do Ouro (Golden Rush).

Acerca do uso comercial da Internet, Manuel Castells (2003, p.56) considera que

“numa sociedade em que firmas privadas são a principal fonte de criação de riqueza

não é de surpreender que, depois que a tecnologia da Internet tornou-se disponível na

década de 1990, a difusão mais rápida, mais abrangente de seus usos tenha ocorrido

no domínio dos negócios”.

Temas relacionados: Mercados

Page 140: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

140

AUGUSTSSON, Fredrik. They Did It: The Formation of Interactive Media Production

in Sweden. Stockholm: National Institute for Working Life, 2005.

CALLON, Michel; MEADEL, Cécile; RABEHARISOA, Vololona. The Economy of

Qualities. Economy and Society, Volume 31, Number 2, May 2002, p.194-217.

CASTELLS, Manuel. Communication Power. Oxford: Oxford University Press, 2009.

_________________. A Galáxia da Internet: reflexões sobre a Internet, os negócios e

a sociedade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2003.

DAMARIN, Amanda Kidd. Rethinking Occupational Structure. The Case of Web Site

Production Work.Work and Occupations, Volume 33, Number 4, November 2006,

429-463.

DIMAGGIO, Paul; BONIKOWSKI, Bart. Make Money Surfing the Web? The Impact

of Internet Use on the Earnings of U.S. Workers. American Sociological Review,

Vol.73, April 2008, p.227-250.

______________; HARGITTAI, Eszter; SHAFER, Steven; CELESTE, Coral. From

Unequal Access to Differentiated Use: A Literature Review and Agenda for Research

on Digital Inequality. In: NECKERMAN, Kathryn M. (ed.). Social Inequality. New

York: Russell Sage Foundation, 2004, p.355-400.

______________; HARGITTAI, Eszter; NEUMAN, W. Russell; ROBINSON, John P.

Social Implications of the Internet. Annual Review of Sociology, Volume 27, August

2001, p.307-336.

DRORI, Israel; HONIG, Benson; SHEAFFER, Zachary. The Life Cycle of an Internet

Firm: Scripts, Legitimacy, and Identity. Entrepreneurship, Theory and Practice, 33

(3), May 2009, p.715-738.

Page 141: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

141

FLIGSTEIN, Neil. Le Mythe du Marché. Actes de la Recherche en Sciences Sociales,

Vol.139, septembre 2001, p.3-12.

GIRARD, Monique; STARK, David. Distributing intelligence and organizing diversity

in New Media projects. Sociedade e Estado, Brasília, jan/jun 2002.

GUILLÉN, Mauro F. ¿Cuál es la mejor estrategia global para Internet? Universia

Business Review - Actualidad Econômica, Segundo trimestre 2004.

_________________.What is the Best Global Strategy for the Internet? Business

Horizons, May-June 2002, p.39-46.

_________________; Sandra L. Suárez. Explaining the Global Digital Divide:

Economic, Political and Sociological Drivers of Cross-National Internet Use. Social

Forces, 84(2), December 2005, p.681-708.

_________________; Sandra L. Suárez. Developing the Internet: Entrepreneurship and

Public Policy in Ireland, Singapore, Argentina, and Spain. Telecommunications Policy

25(5) 2001:349-371.

HEALY, Kieran. Digital Technology and Cultural Goods. The Journal of Politcal

Philosophy, Vol.10, nº4, 2002, p.478-500.

KENNEY, Martin. The Growth and Development of the Internet in the United States.

In: KOGUT, Bruce (ed.). The Global Internet Economy. Cambridge: MIT Press,

2003, p.69-108.

KOLLOCK, Peter; BRAZIEL, E. Russell. How Not to Build an Online Market: the

sociology of market microstructure. Departament of Sociology, UCLA, Los Angeles,

2006.

NEFF, Gina. Surviving the New Economy. Boulder, Columbia: Paradigm Publishers,

2006.

Page 142: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

142

__________. The Changing Place of Cultural Production: Locating Social Networks in

a Digital Media Industry, The Annals of the American Academy of Political and

Social Science, 597, 2005, p.134-152.

___________; STARK, David. Permanently Beta: responsive organization in the

Internet Era. In: HOWARD, Philip E. N.; JONES, Steve (eds.). Society online: the

Internet in context. Thousand Oaks, CA: Sage, 2003.

VASCONCELOS, Flávio Carvalho de. A Institucionalização das Estratégias de

Negócios: o caso das start-ups na Internet brasileira em uma perspectiva construtivista.

Revista de Administração Contemporânea (RAC), Volume 8, nº2, Abr./Jun. 2004,

p.159-179.

ZOOK, Matthew A. The Geography of the Internet Industry: Venture Capital, Dot-

Coms and Local Knowledge. Malden, MA: Blackwell, 2005.

Intimidade

Viviana Zelizer refuta a teoria dos mundos hostis, que distingue as atividades

econômicas

Temas relacionados: Direito e Economia

ZELIZER, Viviana A. La Negociación de la Intimidad. Buenos Aires: Fondo de

Cultura Economica, 2009a (tradução de The Purchase of Intimacy. Princeton, NJ:

Princeton University Press, 2005).

__________________. Intimacy in Economic Organizations. Research in the

Sociology of Work, Volume 18, 2009b, p.23-55.

__________________. Transactions Intimes. Genèses, 42, mars 2001,p. 121-144.

Jornalismo, mercado de trabalho do / Jornalísticas, empresas / Jornalismo

Econômico & mídia financeira

Page 143: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

143

A relação entre Jornalismo e Ciências Sociais, em particular a Sociologia, não é

pacífica, isto é, marcada pela compreensão mútua. Neveu (2010) cita uma espécie de

crítica recíproca entre as áreas de conhecimento acadêmico e a prática jornalística e

que não é exclusiva do panorama francês: ‘jornalístico’ designa, na academia, uma

forma de expressar que determinado argumento é pleno de clichês e sem profundidade,

ao passo que ‘muito acadêmico’, em uma redação de jornal, não é elogio. É claro que

além de mal-entendidos, tal relação é pautada por proximidades (Charon, 1996), ainda

que a visão sociológica do Jornalismo trate, com base em inúmeros trabalhos

etnográficos, os jornalistas como seres sociológicos (com normas, práticas e rotinas)

que existem em determinados ambientes organizacionais e institucionais, ambientes

esses reconstruídos com base na realidade mainstream do jornalismo americano, como

sagazmente comenta Barbie Zelizer (2007). Todavia, Zelizer destaca o quanto tal

abordagem se limita ao passado, não apreendendo realidades do Jornalismo atual, que

passa por transformações significativas em seus aspectos profissionais e de

conhecimento do ofício, com o surgimento de ‘trabalhadores da informação’ e que não

seriam adequadamente considerados como jornalistas (Neveu, 2010, 2006), em

aspectos de gênero, com a feminização crescente da profissão (Neveu, 2000) e em

aspectos mercantis e tecnológicos, em uma época marcada pelo advento da Internet e

pelo grande incremento da velocidade, do volume e da extensão do fluxo global de

informação (McNair, 2003). Esse cenário implica ainda a revisão de abordagens

impactantes e polêmicas como as de Bourdieu, nos anos 1990, em particular sobre o

jornalismo televisivo (vide Bourdieu, 1997, 1994; em relação á crítica, Zelizer, 2004;

Neveu, 2007). Neste ponto, ressalva-se que o interesse sociológico pelo Jornalismo já

completa ao menos um século, a partir de famosa alocução de Max Weber

(2002[1910]) sobre um programa de pesquisa sobre imprensa, em que o mestre, de

imediato, evoca a necessidade de colaboração entre ‘teóricos da imprensa’ e de

‘profissionais no âmbito prático da imprensa’. Em uma síntese brilhante, Weber

demonstra a imprensa como necessariamente uma empresa capitalista e privada, com

seus dois tipos de clientes (compradores de jornal e anunciantes), ilustrando até que

ponto deve ser considerado o caráter empresarial da imprensa (vide também Bastin,

2001, sobre a análise de Weber; Cabrolié, 2009, sobre anunciantes e compradores de

jornal diário). Mais do que as peculiaridades, passadas ou presentes, da empresa

jornalística, do trabalho profissional dos jornalistas e dos subcampos de especialização

da atividade (Marchetti, 2002), com destaque aqui para o Jornalismo Econômico

Page 144: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

144

(Riutort, 2000), importa igualmente para a Sociologia a relação dos jornalistas com

suas fontes (Sponholz, 2008; Velthuis, 2006) e o interesse e mesmo o trabalho, o

empenho de tais fontes no tocante à divulgação (ou não) de determinados assuntos,

temas (Schlesinger, 1992). As conseqüências do trabalho jornalítico, por meio de sua

influência social e política (Schudson, 2002, 1995; McNair, 1998) ou sua capacidade

de veicular escândalos (Grün, 2008), embora existam, não raro, situações em que só a

imprensa leva a culpa, mesmo sem tê-la (Bucci, 2009), permanecem centrais na análise

sociológica da atividade jornalística.

Temas relacionados:

BASILE, Sidnei. Elementos do Jornalismo Econômico. Rio de Janeiro: Campus,

2002.

BASTIN, Gilles. La Presse au Miroir du Capitalisme Moderne. Un projet d’enquête de

Max Weber sur les journaux et le journalisme. Réseaux, nº109, 2001/5, p.172-208.

BOURDIEU, Pierre. Sobre a Televisão: seguido de A Influência do Jornalismo e Os

Jogos Olímpicos. Rio de Janeiro: Zahar, 1997.

_________________. L’Emprise du Journalisme. Actes de la Recherche en Sciences

Sociales, Vol.101-102, Mars 1994, p.3-9.

BUCCI, Eugênio. Quando Só a Imprensa Leva a Culpa (mesmo sem tê-la). Estudos

Avançados, 23 (67), 2009, p.61-78.

CABROLIÉ, Stéphane. La Double Vente du Journal Quotidien. In: VATIN, François

(dir.). Évaluer et Valoriser. Une Sociologie Économique de la Mesure. Toulouse:

Presses Universitaires du Mirail, 2009, p.177-196.

CHARON, Jean-Marie. Journalisme et Sciences Sociales. Proximités et Malentendus.

Politix, Vol. 9, n°36, Quatrième trimestre 1996, p.16-32.

DUVAL, Julien. Concessions et Conversions à l'Économie. Actes de la Recherche en

Sciences Sociales, Vol. 131-132, mars 2000, p.56-75.

Page 145: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

145

GRÜN, Roberto. Escândalos, Marolas e Finanças: Para uma Sociologia da

Transformação do Ambiente Econômico. Dados, Volume 51, nº2, 2008, p.313-352.

FRANCISCO, Kárita Cristina. Barreiras na Produção de Conhecimento pelo Jornalismo

Econômico. Estudos em Jornalismo e Mídia, Vol.III, nº2, 2º semestre de 2006, p.118-

125.

JACOBINI, Maria Lucia de Paiva. O Jornalismo Econômico e a Concepção de

Mercado: uma Análise dos Cadernos de Economia da Folha de S. Paulo e O Estado de

São Paulo. Brazilian Journalism Research, Volume 1, Number 1, Semester 2, 2008,

p.190-209.

MCNAIR, Brian. From Control to Chaos: Towards a New Sociology of Journalism.

Media, Culture & Society, 25, 2003, p.547-555.

______________. The Sociology of Journalism. London: Arnold, 1998.

MAIGRET, Éric. Sociologia da Comunicação e das Mídias. São Paulo: Senac, 2010

[2008].

MARCHETTI, Dominique. Les Sous-Champs Specialises du Journalisme. Réseaux,

nº111, 2002/1, p.22-55.

MARQUES DE MELO, José. Journalistic Thinking: Brazil´s Modern Tradition.

Journalism, Vol. 10(1), 2009, p.9–27.

__________________________. Jornalismo Brasileiro. Porto Alegre: Sulina, 2003.

NEVEU, Erik. As Notícias sem Jornalistas: Uma Ameaça Real ou uma História de

Terror. Brazilian Journalism Research, Vol. 6, nº1, 2010, p.29-57.

____________. Pierre Bourdieu. Sociologist of Media, or Sociologist for Media

Scholars? Journalism Studies, Volume 8, Issue 2, 2007, p.335-347.

Page 146: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

146

____________. Sociologia do Jornalismo. São Paulo: Edições Loyola, 2006 [2001].

____________. Le Genre du Journalisme. Des ambivalences de la féminisation d'une

profession. Politix, Vol. 13, nº51, 2000. p.179-212.

RIUTORT, Philippe. Le Journalisme au Service de L’Économie. Actes de la

Recherche en Sciences Sociales, Vol.131-132, mars 2000, p.41-55.

RUELLAN, Denis. Groupe Professionnel et Marché de Travail du Journalisme.

Réseaux, 1997, volume 15, n°81, 1997, p.135-151.

SCHIMANK, Uwe. Against All Odds: the 'loyalty' of small investors. Socio-Economic

Review, 9, 2011, p.107–135.

SCHLESINGER, Philip. Repenser la Sociologie du Journalisme. Les stratégies de la

source d'information et les limites du média-centrisme. Réseaux, Volume 10, n°51,

1992, p.75-98.

SCHUDSON, Michael. The Sociology of News. New York: W.W. Norton, 2003.

___________________. The News Media as Political Institutions. Annual Review of

Political Science, Volume 5, 2002, p.249-269.

___________________. The Power of News. Cambridge: Harvard University Press,

1995.

SPONHOLZ, Liriam. Neutralizando Conhecimento: como jornalistas lidam com

experts. Sociedade e Estado, Vol.23, nº3, set./dez. 2008, p.591-619.

VELTHUIS, Olav. Inside a World of Spin. Four days at the World Trade Organization.

Ethnography, Vol. 7(1), 2006, p.125-150.

Page 147: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

147

WEBER, Max. Sociologia da Imprensa: Um Programa de Pesquisa. Lua Nova, nº55-

56, 2002 [1910], p.185-194.

___________. Ciência e Política: duas vocações. Brasília: Editora Universidade de

Brasília, 1983.

WIIK, Jenny. Identities under Construction: professional journalism in a phase of

destabilization. International Review of Sociology - Revue Internationale de

Sociologie, Vol. 19, nº 2, July 2009, p.351-365.

ZELIZER, Barbie. What to Do About Journalism? Journalism and the International

Academic World. Brazilian Journalism Research, Volume 3, Number 2, 2007, p.13-

28.

_______________. Taking Journalism Seriously – News and the Academy. Thousand

Oaks, CA; London: Sage, 2004.

Leilões

SMITH, Charles W. Markets as Definitional Practices. Canadian Journal of Sociology

/ Cahiers Canadiens de Sociologie, 32, 2007, p.1–39.

________________. Auctions: The Social Construction of Value. New York: Free

Press, 1989.

Liberalismo e neoliberalismo

Uma crítica bastante extensa ao liberalismo econômico encontra-se em A Grande

Transformação, de Karl Polanyi. Ao longo de sua clássica e polêmica obra, Polanyi

critica o que designa como o credo liberal em um sistema (irreal) de mercado auto-

regulável. Conforme o autor, “o liberalismo econômico foi o princípio organizador de

uma sociedade engajada na criação de um sistema de mercado. Nascido como mera

propensão em favor de métodos não-burocráticos, ele evoluiu para uma fé verdadeira

na salvação secular do homem através de um mercado auto-regulável (...) O credo

Page 148: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

148

liberal só assumiu seu fervor evangélico em resposta às necessidades de uma economia

de mercado plenamente desenvolvida. Seria inteiramente a-histórico antecipar a

política do laissez-faire para a época em que essa palavra-chave foi usada pela

primeira vez na França, em meados do século XVIII, como ocorre com freqüência.

Pode-se dizer com segurança que o liberalismo econômico não era mais que uma

tendência espasmódica até duas gerações mais tarde. Foi somente nos anos 1820 que

ele passou a representar os três dogmas clássicos: o trabalho deveria encontrar seu

preço no mercado, a criação do dinheiro deveria sujeitar-se a um mecanismo

automático, os bens deveriam ser livres para fluir de país a país, sem empecilhos ou

privilégios. Em resumo, um mercado de trabalho, o padrão-ouro e o livre-comércio”

(Polanyi, 2000[1944], p.166).

Temas relacionados: Capitalismo; Estado; Mercados; Karl Polanyi

BABB, Sarah. The Social Consequences of Structural Adjustment: recent evidence and

current debates. Annual Review of Sociology, 31, 2005, p.199–222.

___________. Managing Mexico: Economists from Nationalism to Neoliberalism.

Princeton, NJ: Princeton University Press, 2001 (edição mexicana: Proyecto Mexico:

Los economistas del nacionalismo al neoliberalismo. Mexico, D.F.: Fondo de Cultura

Economica, 2003).

CAMPBELL, John L.; PEDERSEN, Ove K. (eds.). The Rise of Neoliberalism and

Institutional Analysis. Princeton, NJ: Princeton University Press, 2001.

CARRUTHERS, Bruce G.; BABB, Sarah L.; HALLIDAY, Terence C.

Institutionalizing Markets, or the Market for Institutions? Central Banks, Bankruptcy

Law and the Globalization of Financial Markets. In: CAMPBELL, John L.;

PEDERSEN, Ove K. (eds.). The Rise of Neoliberalism and Institutional Analysis.

Princeton, NJ: Princeton University Press, 2001, p.94-126.

CHOREV, Nitsan; BABB, Sarah. The Crisis of Neoliberalism and the Future of

International Institutions: The IMF and the WTO in Comparative Perspective. Theory

and Society, 38, 2009, p. 459-484.

Page 149: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

149

DOWD, Timothy; DOBBIN, Frank. Origins of the myth of neo-liberalism: regulation in

the first century of US railroading. In: MAGNUSSON, Lars Magnusson; OTTOSSON,

Jan (eds.). The State, Regulation and the Economy: An Historical Perspective.

Cheltenham, UK and Northampton, MA: Edward Elgar Publishing, 2001, p.61-88.

EVANS, Peter B. Análise do Estado no Mundo Neoliberal: Uma Abordagem

Institucional Comparativa. Revista de Economia Contemporânea, nº4, jul.-dez.1998.

FOURCADE-GOURINCHAS, Marion; BABB, Sarah L. The Rebirth of the Liberal

Creed: Paths to Neoliberalism in Four Countries. American Journal of Sociology,

Volume 108, Number 3, November 2002, p.533–579.

MASSEY, Douglas S.; SANCHEZ, Magaly R.; BEHRMAN, Jere R. Of Myths and

Markets. The Annals of the American Academy of Political and Social Science, 606,

July 2006, p.8-31.

MUDGE, Stephanie Lee. What is Neo-Liberalism? Socio-Economic Review, 6, 2008,

p. 703–731.

POLANYI, Karl. A Grande Transformação: as origens de nossa época. 2ª edição. Rio

de Janeiro: Campus, 2000 [1944].

PORTES, Alejandro. Neoliberalism and the Sociology of Development: Emerging

Trends and Unanticipated Facts. Population and Development Review, Vol. 23, nº2,

1997, p.229-259.

PRASAD, Monica. The Politics of Free Markets: The Rise of Neoliberal Economic

Policies in Britain, France, Germany, and the United States. Chicago: University of

Chicago Press, 2006.

________________. Why Is France So French? Culture, Institutions, and

Neoliberalism, 1974–1981. American Journal of Sociology, Volume 111, Number 2,

September 2005, p.357–407.

Page 150: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

150

SIMMONS, Beth A;, DOBBIN, Frank; GARRETT, Geoffrey. The International

Diffusion of Liberalism. International Organization, 60, Fall 2006, p.781-810.

SORJ, Bernardo. A Nova Sociedade Brasileira. 2.ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar

Editor, 2001.

Liderança

BIGGART, Nicole Woolsey; HAMILTON, Gary G. An Institutional Theory of

Leadership. The Journal of Applied Behavioral Science, Vol.23, nº4, 1987.

GUILLÉN, Mauro F. Sociological Approaches to the Study of Leadership. Prepared for

Harvard Business School’s Centennial Celebration, January 2008.

Loterias

BECKERT, Jens; LUTTER, Mark. The Inequality of Fair Play: Lottery Gambling and

Social Stratification in Germany. European Sociological Review, Volume 25, Number

4, 2009, p.475-488.

GARVÍA, Roberto. Loterías. Un estudio desde la nueva sociología económica. Madrid:

CIS. 2008.

_______________. Syndication, Institutionalization, and Lottery Play. American

Journal of Sociology, Volume 113, Number 3, November 2007, p.603–652.

_______________. El Mercado de Loterías en España. Índice. Revista de Estadística

y Sociedad, 19, 2006, p.14-17.

Marx, Karl

De um ponto de vista histórico e metodológico, Philippe Steiner (2000) considera a

obra de Karl Marx (1818-1883) como alheia à Sociologica Econômica propriamente

dita, a despeito da análise de Marx da exploração e da formação de classes ser um

Page 151: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

151

grande exemplo de cooperação entre Economia e Sociologia. Steiner, entretanto,

agumenta que há similaridades entre a abordagem de Marx e duas etapas básicas da

denominada Nova Sociologia Econômica, que são a construção social das relações

mercantis e a explicação sociológica do funcionamento das instituições e dos

comportamentos econômicos.

Temas relacionados: Capitalismo; Classe; Clássicos; Dinheiro

DEUTSCHMANN, Christoph. Marx, Schumpeter and the Myths of Economic

Racionality. Thesis Eleven, 53, May 1998, p.45-64.

INGHAM, Geoffrey. On the Underdevelopment of the Sociology of Money. Acta

Sociologica, 41(1), 1998, p.3–18.

MARX, Karl. O Capital: Crítica da Economia Política. Rio de Janeiro: Civilização

Brasileira, 2008.

STEINER, Philippe. Marx et la Sociologie Économique. Cahiers Internationaux de

Sociologie, Volume CVIII, Janvier-Juin 2000, p.57-77.

SWEDBERG, Richard. The Economic Sociology of Capitalism: an introduction and

agenda. In: NEE, Victor; SWEDBERG, Richard (eds.). The Economic Sociology of

Capitalism. Princeton, NJ: Princeton, University Press, 2005, p.3-40.

Mercados

Mercados são estruturas sociais para troca de direitos, os quais habilitam pessoas,

empresas e produtos a serem avaliados e precificados (vide Aspers, 2009a, 2005a). Em

termos gerais, a perspectiva sociólogica do mercado inclui três dimensões ontológicas,

de acordo com Zafirovski (2003, p.105-106): a primeira dimensão está na natureza ou

atributo social do mercado, sugerindo-se que transações, comeptição, valor, preços e

outras variáveis relacionáveis são de caráter social. Assim, fenômenos como a troca e a

competição em um mercado representam casos especiais de ação social, interação ou

relação antes do que processos estritamente econômicos. A segunda dimensão está na

'sócio-esfera', isto é, a constituição social e de organização dos vários mercados

Page 152: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

152

existentes. O autor argumenta que, em termos da Nova Sociologia Econômica, tal como

na obra de Granovetter (2007[1985]), inclui-se na análise troca mercantil e também

produção, consumo, finanças, trabalho e outros diferentes mercados, o que indicaria a

imersão do mercado tanto em redes de relações interpessoais (microembeddedness)

bem como em regras sociais, instituições e padrões culturais (macroembeddedness). O

autor ressalva que é inapropriado caracterizar somente a abordagem de rede relativa à

imersão social como 'estrutural'. Tal enfoque seria melhor denotado como interacional,

relacional, pessoal ou micro-estrutural antes do que 'estrutural' em senso estrito. A

terceira dimensão está na estruturação social ou construção do mercado, o que

significa que a esfera do mercado é constituída de construtos e invenções institucionais,

histórias e culturais, não sendo uma entidade atemporal e perene como usualmente é

concebida na Economia do tipo 'catalática', isto é, de pura abstração. Isto se aplicaria

a variáveis específicas de mercado como transações monetárias ou comércio baseado

em dinheiro, valores de troca, preços de mercado, demanda efetiva, a própria moeda,

rendimento, lucro e assim por diante, todos considerados como construtos sociais.

Deste modo, a estruturação ou construção social do mercado indica que este é criado e

estruturado pela sociedade antes do que ser independente e fora da estrutura social.

Temas relacionados: Capitalismo; Competição; Cooperação; Estado; Troca

ABOLAFIA, Mitchel Y. Markets as Culture: an ethnographic approach. In: CALLON,

Michel (ed.). The Laws of the Markets. Oxford: Blackwell, 1998, p. 69-85.

ABRAMOVAY, Ricardo. ABRAMOVAY, Ricardo. Anticapitalismo e Inserção Social

dos Mercados. Tempo Social, Vol.21, nº1, junho 2009, p.65-87.

____________________. A Construção Política das Instituições de Mercado. Valor

Econômico, 29 de maio de 2008, p.A13.

_____________________. Entre Deus e o Diabo: mercados e interação humana nas

ciências sociais. Tempo Social, Vol 16, nº 2, 2004.

AKRICH, Madeleine; MÉADEL, Cécile. Télévision à la Carte: un divorce annoncé.

Réseaux, Vol.24, nº139, 2006, p.75-100.

Page 153: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

153

ALDRICH, Howard E.; FIOL, C. Marlene. Fools Rush In? The institutional context of

industry creation. Academy of Management Review, October 1994, 19:4, p.645-670.

ANDERSSON, Per; ASPENBERG, Katarina; KJELLBERG, Hans. The configuration

of actors in market practice. Marketing Theory, 8, 2008, p.67-90.

ARTS, Wil A. The New Economic Sociology of Market Reputation: a budding research

program. Tijdschrift voor Economie en Management, Vol. XLIX, 2, 2004, p.239-

270.

ARNOLDI, Jakob. The Richness of Markets. Theory, Culture & Society, Vol. 24(7–

8), 2007a, p.91–96.

_______________; BORCH, Christian. Market Crowds between Imitation and Control.

Theory, Culture & Society, Vol. 24(7–8), 2007b, p.164–180.

ASPERS, Patrik. ASPERS, Patrik. Orderly Fashion: A Sociology of Markets.

Princeton, NJ: Princeton University Press, 2010.

______________. How Are Markets Made? MPIfG, Working Paper, March 2009a.

______________. Knowledge and Valuation in Markets. Theory and Society, 39 (2),

2009b, p.111-131.

_______________. The Practice of Defining Markets, A Comment on Charles W.

Smith, Canadian Journal of Sociology, 32 (4), 2007a, p.479-487.

______________. Theory, Reality and Performance in Markets, American Journal of

Economics and Sociology, 66 (2), 2007b, 179-398.

_____________. Markets, Sociology of. In: BECKERT, Jens; ZAFIROVSKI, Milan

(eds.). International Encyclopedia of Economic Sociology. London: Routledge, 2005a,

p.427-432.

Page 154: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

154

_____________. Status and Standard Markets in the Global Garment Industry, MPIfG,

Discussion Paper 05/10, 2005b.

BAKER, Wayne E. Market Networks and Corporate Behavior. American Journal of

Sociology, Vol.96, nº3, November 1990, p.589-625.

________________. The Social Structure of a National Securities Market. The

American Journal of Sociology, Vol. 89, nº 4, January 1984, p.775-811.

________________; FAULKNER, Robert R.; FISHER, Gene A. Hazards of the

market: the continuity and dissolution of interorganizational market relationships.

American Sociological Review, Vol 63, nº 2, April, 1998, p.147-177.

BECKERT, Jens. How Do Fields Change? The Interrelations of Institutions, Networks,

and Cognition in the Dynamics of Markets. Organization Studies, 31(05), 2010,

p.605–627.

______________. How Do Markets Change? On the Interrelations of Institutions,

Networks and Cognition in the Development of Markets. MPIfG, February 2008.

______________. The Social Order of Markets. MPIfG Discussion Paper 07/15,

December 2007 (também disponível em: The Social Order of Markets. Theory and

Society, 38, 2009, p.245-269).

______________. The Great Transformation of Embeddedness: Karl Polanyi and the

New Economic Sociology. Cologne: MPIfG, January 2007b.

______________. Trust and the Performative Construction of Markets. MPIfG,

September 2005.

______________. Beyond the Market: the social foundations of economic efficiency.

Princeton: Princeton University Press, 2002.

Page 155: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

155

CALLON, Michel. Civilizing Markets: carbon trading between in vitro and in vivo

experiments. Accounting, Organizations and Society, 34, 2009, p.535-548.

_______________. An Essay on the Growing Contribution of Economic Markets to the

Proliferation of the Social. Theory, Culture & Society, Vol.24 (7-8), 2007, p.139-163.

_______________. Por uma Nova Abordagem da Ciência, da Inovação e do Mercado: o

papel das redes sócio-técnicas. In: PARENTE, André (org.). Tramas da rede: novas

dimensões filosóficas, estéticas e políticas da comunicação. Porto Alegre: Sulina, 2004.

_______________ (ed.). The Laws of the Markets. Oxford: Blackwell, 1998.

_______________. Introduction: The Embeddedness of Economic Markets in

Economics. In: CALLON, Michel (ed.). The Laws of the Markets. Oxford: Blackwell,

1998, p.1-57.

_______________; MUNIESA, Fabian. Les Marchés Économiques comme Dispositifs

Colletifs de Calcul. Réseaux, 122, 2003.

_______________; MÉADEL, Cécile; RABEHARISOA, Vololona. The Economy of

Qualities. Economy and Society, Volume 31, Number 2, May 2002, p.194–217.

ÇALISKAN, Koray; CALLON, Michel. Economization, part 2: a research programme

for the study of markets. Economy and Society, Volume 39, Issue 1, February 2010,

p.1-32.

CARRUTHERS, Bruce; BABB, Sarah. Economy/Society: Markets, Meanings, and

Social Structure. Thousand Oaks: Pine Forge Press, 2000.

CHANTELAT, Pascal. La Sociologie Économique des marches et sés rapports à la

microéconomie: controverses, impasses et perspectives. Cahiers Internationaux de

Sociologie, nº117, 2004, p.285-311.

Page 156: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

156

__________________. La Nouvelle Sociologie Économique et le Lien Marchand: des

relations personelles à l’impersonnalité des relations. Revue Française de Sociologie,

43-3, 2002, p.521-556.

COLLINS, Randall. Market Dynamics as the Engine of Historical Change. Sociological

Theory, 8, 1990, p.111-135.

CORIAT, Benjamin; WEINSTEIN, Oliver. The social construction of markets. Issues

in Regulation Theory, 53, 2005, p.1-4.

DUBUISSON-QUELLIER, Sophie. Confiance et Qualité des Produits Alimentaires:

une approche par la sociologie des relations marchandes. Sociologie du Travail, 45,

2003, p.95–111.

_____________________________. Contacts et Relations au Marché chez les tres

Petites Entreprises. Réseaux, nº121, 2003/5, p.19-42.

_____________________________. Le Prestataire, le Client et le Consommateur.

Sociologie d'une relation marchande. Revue Française de Sociologie, 40-4, 1999,

p.671-688.

EVANS, Peter B. O Estado como Problema e Solução. Lua Nova, nº28/29, 1993,

p.107-156.

FRANÇOIS, Pierre. Sociologie des Marchés. Paris: Armand Colin, 2008.

FLIGSTEIN, Neil. Euroclash: The EU, European Identity, and the Future of Europe.

Oxford, UK; New York: Oxford University Press, 2008.

_______________. States, Markets, and Economic Growth. In: NEE, Victor;

SWEDBERG, Richard (eds.). The Economic Sociology of Capitalism. Princeton, NJ:

Princeton, University Press, 2005, p.119-143.

Page 157: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

157

_______________. Agreements, disagreements, and opportunities in the ‘New

Sociology of Markets’. In: GUILLÉN, Mauro F.; COLLINS, Randall; ENGLAND,

Paula; MEYER, Marshall (eds.). The new economic sociology: developments in a

emerging field. New York: Russell Sage Foundation, 2002.

_______________. The Architecture of Markets: an economic sociology of 21st

century capitalist societies. Princeton: Princeton University Press, 2001.

_______________. Myths of the Market. Actes de la Recherche en Sciences Sociales,

2, 2001a, p. 23-42.

_______________. Markets as Politics: a political-cultural approach to market

institutions. American Sociological Review, Vol. 61, nº 4, august 1996, p.656-673.

_______________; DAUTER, Luke. The Sociology of Markets. Annual Review of

Sociology, 33, 2007, p.105-128.

_______________; MARA-DRITA, Iona. How to make a market: reflections on the

European Union's Single Market Program. American Journal of Sociology, 102, 1996,

p.1-33.

FOURCADE, Marion. Theories of Markets and Theories of Society. American

Behavioral Scientist, 50, 2007, p.1015-1034.

GARCIA-PARPET, Marie France. A Construção Social de um Mercado Perfeito.

Estudos Sociedade e Agricultura, n.20, abril 2003 [1986], p.5-44.

GRANOVETTER, Mark. Ação Econômica e Estrutura Social: o problema da imersão.

São Paulo: RAE – eletrônica, v.6, n.1, art.9, jan/jun 2007 [1985].

HIRSCHMAN, Albert O. Rival Interpretation of Market Society: Civilizing,

Destructive, or Feeble? Journal of Economic Literature, Vol.XX, December 1982,

p.1463-1484.

Page 158: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

158

JACKSON, William A. On the Social Structure of Markets. Cambridge Journal of

Economics, 31, p.235-253, 2007.

KARPIK, Lucien. Valuing the Unique: the economics of singularities. Princeton, NJ:

Princeton University Press, 2010.

KENNEDY, Mark Thomas. Getting Counted: Media, and Reality. American

Sociological Review, Vol.73, April 2008, p.270-295.

______________________. Behind the One-Way Mirror: Refraction in the

Construction of Product Market Categories. Poetics 33, 2005, p.201–26.

KING, Brayden G.; PEARCE, Nicholas A. The Contentiousness of Markets: Politics,

Social Movements, and Institutional Change in Markets. Annual Review of Sociology,

36, 2010, p.249-267.

KNORR-CETINA, Karin. Capturing Markets? A Review Essay on Harrison White on

Producer Markets. Socio-Economic Review, 2 (1), 2004, p.137-147.

_____________________; BRUEGGER, Urs. Traders’ Engagement with Markets: A

Postsocial Relationship. Theory, Culture & Society, Vol. 19(5/6), 2002, p.161–185.

LEIFER, Eric M. Markets as Mechanisms: using a role structure. Social Forces,

Volume 64(2), 1985, p.442-472.

LE VELLY, Ronan. Le Commerce Équitable: des échanges marchands contre et dans le

marché. Revue Française de Sociologie, 47-2, 2006, p.319-340.

LEVIN, Peter; ESPELAND, Wendy Nelson. Pollution Futures: commensuration,

commodification, and the market for air. In: HOFFMAN, AJ; VENTRESCA, MJ (eds.).

Organizations, Policy, and the Natural Environment. Stanford, CA: Stanford

University Press, 2002, p. 119–47.

LIE, John. Sociology of Markets. Annual Review of Sociology, 23, 1997, 341-360.

Page 159: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

159

________. Visualizing the Invisible Hand: The Social Origins of "Market" in England,

c.1550-1750. Politics and Society, 21, 1993, p.275-303.

LINDBLOM, Charles E. The Market System: What It Is, How It Works, and What To

Make of It. New Haven, CT: Yale University Press, 2001.

MACKENZIE, Donald. Material Markets: How Economic Agents are Constructed.

Oxford: Oxford University Press, 2009.

___________________. An Engine, Not a Camera, How Financial Models Shape

Markets. Cambridge: Cambridge University Press, 2006.

MASSEY, Douglas S.; SANCHEZ, Magaly R.; BEHRMAN, Jere R. Of Myths and

Markets. The Annals of the American Academy of Political and Social Science, 606,

July 2006, p.8-31.

ORLÉAN, André. Réflexion sur les Fondements Institutionnels de l’Objectivité

Marchande. Cahiers d’Économie Politique, nº44, 2003, p.181-196.

PREDA, Alex. Information, Knowledge, and Economic Life: an introduction to the

Sociology of Markets. Oxford: Oxford University Press, 2009.

RADAEV, Vadim. The Market as an Object of Sociological Investigation. Russian

Social Science Review, Vol.41, nº5, September-October 2000, p.23-38.

RÈME, Pétronille. El Mercado de los Economistas y el Mercado de los Sociólogos,

Cuadernos de Economía, v. XXIV, n. 43, Bogotá, 2005, páginas 13-34.

SAMUELS, Warren J. Markets and their Social Construction. Social Research, Vol.

71, Nº 2, Summer 2004.

SLATER, Don; TONKISS, Fran. Market Society: markets and modern social theory.

Cambridge and Oxford, UK; Malden, MA: Polity Press / Blackwell, 2001.

Page 160: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

160

SOMERS, Margaret R.; BLOCK, Fred. From Poverty to Perversity: Ideas, Markets, and

Institutions over 200 Years of Welfare Debate. American Sociological Review, 70 (2),

April 2005, p.260-287.

STEINER, Philippe. A Sociologia Econômica. São Paulo: Atlas, 2006.

________________. Le Marché selon la Sociologie Économique. Revue Européenne

des Sciences Sociales, XLIII, nº132, 2005, p.31-64.

________________. A Doação de Órgãos: a lei, o mercado e as famílias. Tempo

Social, revista de sociologia da USP, v. 16, n. 2, novembro 2004, p.101-128.

SWEDBERG, Richard. Markets in Society. In: SMELSER, Neil J.; SWEDBERG,

Richard. The Handbook of Economic Sociology. 2nd edition. Princeton, NJ: Princeton

University Press, 2005, p.233-253.

___________________. Afterword: The Role of the Market in Max Weber’s Work.

Theory and Society, 29, 2000, p.373-384.

___________________. Markets as Social Structures. In: SMELSER, Neil J.;

SWEDBERG, Richard (eds.). The handbook of economic sociology. New York;

Princeton: Russell Sage Foundation; Princeton University Press, 1994, 255-282.

THORNTON, Patricia H. Personal Versus Market Logics of Control: a historically

contingent theory of the risk of acquisition. Organization Science, Vol.12, n3, May-

Jun 2001, p.294-311.

TURNER, Jonathan H. Toward a General Sociological Theory of the Economy.

Sociological Theory, 22:2, June 2004, p.229-246.

VENTRESCA, Marc J.; LEVIN, Peter. Information and Ambiguity in Markets.

Accounts, Vol.5 (1), Fall 2004.

Page 161: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

161

WHITE, Harrison C. Identity and Control: How Social Formations Emerge. Second

Edition. Princeton, NJ: Princeton University Press, 2008.

_________________. Markets from Networks: socioeconomic models of production.

Princeton: Princeton University Press, 2002a.

_________________. Markets and Firms: Notes Toward the Future of Economic

Sociology. In: GUILLÉN, Mauro F.; COLLINS, Randall; ENGLAND, Paula; MEYER,

Marshall (eds.). The New Economic Sociology: developments in an emerging field.

New York: Russell Sage Foundation, 2002b, p.129-147.

_________________. Modeling Discourse in and around Markets. Poetics, 27, 2000,

p.117-133.

________________. Identity and Control: a structural theory of social action.

Princeton,NJ: Princeton University Press, 1992.

________________. Where Do Markets Come From? American Journal of Sociology,

Vol. 87, nº3, November 1981, p.517-547.

ZAFIROVSKI, Milan. Market and Society: two theoretical frameworks. Westport,

CT: Praeger Publishers, 2003.

ZELIZER, Viviana A. Dualidades Perigosas. Mana, Vol.15, n.1, 2009, p. 237-256.

__________________. Pricing the Priceless Child: the changing social value of

children. Princeton, NJ: Princeton University Press, 1994 [1985].

________________. Repenser le Marché: la construction sociale du “marché aux

bébés” aux Etats-units, 1870-1930. Actes de la Recherche en Sciences Sociales, nº94,

septembre 1992, p.3-26.

_________________. Beyond the Polemics of the Market: establishing a theoretical and

empirical agenda. Sociological Forum, 3, 1988, p. 614-634.

Page 162: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

162

_________________. Human Values and the Market: the case of life insurance and

death in 19th-Century America. American Journal of Sociology, Vol.84, Number 3,

November 1978, p.591-610.

Mercados, atividade econômica e práticas ilegais

BAKER, Wayne E.; FAULKNER, Robert R. Social Networks and Loss of Capital.

Social Networks, 26, 2004, p.91–111.

____________________________________. Diffusion of Fraud: Intermediate

Economic Crime and Investor Dynamics. Criminology, Volume 41, Number 4, 2003,

p.1601-1634.

_____________________________________. The Social Organization of Conspiracy:

Illegal Networks in the Heavy Electrical Equipment Industry. American Sociological

Review, Vol. 58, nº6, December 1993, p.837-860.

FAULKNER, Robert R.; CHENEY, Eric R.; FISHER, Gene A.; BAKER, Wayne E.

Crime by Committee: Conspirators and Company Men in the Illegal Electrical Industry

Cartel, 1954-1959. Criminology, Volume 41, Number 2, May 2003, p.511-554.

FLIGSTEIN, Neil. Markets as Politics: a political-cultural approach to market

institutions. American Sociological Review, Vol, 61, nº 4, august 1996, p.656-673.

GAMBETTA, Diego. The Sicilian Mafia: The Business of Private Protection.

Cambridge: Harvard University Press, 1993 (edição em espanhol, 2007; edição em

italiano, 1995).

_________________; REUTER, Peter. Conspiracy among the many: the mafia in

legitimate industries. In: FIORENTINI, G.; PELTZMAN, S. (eds.). The Economics of

Organized Crime. Cambridge: Cambridge University Press, 1995, p.116-136

(Reprinted In: FIELDING, N. et al. (eds.). The Economic Dimensions of Crime.

London: MacMillan Press and New York: St.Martin’s Press, 2000).

Page 163: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

163

LOPES JÚNIOR, Edmílson. As Redes Sociais do Crime Organizado: a Perspectiva da

Nova Sociologia Econômica. Revista Brasileira de Ciências Sociais, Vol.24, nº69,

fevereiro 2009.

MISSE, Michel. Mercados Ilegais, Redes de Proteção e Organização Local do Crime no

Rio de Janeiro. Estudos Avançados, 21 (61), 2007, p.139-157.

OLIVEIRA, Adriano. Tráfico de Drogas e Crime Organizado – Peças e Mecanismos.

Curitiba: Juruá, 2007.

_________________; ZAVERUCHA, Jorge. Tráfico de Drogas: Uma Revisão

Bibliográfica. BIB, nº 62, 2º semestre de 2006, p.5-17.

PAOLI, Letizia. Organized Crime: New Label, New Phenomenon or Policy Expedient?

International Annals of Criminology, 46 (1/2), 2008, p.37-60.

_____________. Mafia Brotherhoods: Organized Crime, Italian Style. New York:

Oxford University Press, 2003.

_____________. The Price of Freedom: Illegal Drug Markets and Policies in Post-

Soviet Russia. The Annals of the American Academy of Political and Social

Science, 582, July 2002, p.167-180.

PARRA, Johanna. Uma Sociologia do Business na Capital Mexicana. Tempo Social,

Vol.22, nº2, novembro 2010, p.61-78.

PINHEIRO-MACHADO, Rosana. China-Paraguai-Brasil: uma rota para pensar a

economia informal. Revista Brsileira de Ciências Sociais, Vol.23, nº67, junho/2008,

p.117-133.

PISCITELLI, Adriana. Tránsitos: circulación de brasileñas en el ámbito de la

transnacionalización de los mercados sexual y matrimonial. Horizontes

Antropológicos, Vol.15, nº31, 2009, p. 101-136.

Page 164: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

164

___________________. Entre as "Máfias" e a "Ajuda": a construção de conhecimento

sobre tráfico de pessoas. Cadernos Pagu, nº31, 2008, p.29-63.

___________________. Corporalidade em confronto: brasileiras na indústria do sexo

na Espanha. Revista Brasileira de Ciências Sociais, Vol.22, nº64, 2007, p.17-32.

___________________.Sujeição ou Subversão: migrantes brasileira na indústria do

sexo na Espanha. História e Perspectivas, 35, Jul.Dez.2006, p.13-55.

RUGGIERO, Vincenzo; SOUTH Nigel. The Late-Modern City as a Bazaar: drug

markets, illegal enterprise and the 'barricades'. British Journal of Sociology, v.48, n.1,

March 1997, p.54-70.

ZELIZER, Viviana A. Pricing the Priceless Child: the changing social value of

children. Princeton, NJ: Princeton University Press, 1994 [1985].

Mercantilização

O que é negociável e o que não é, o que pode ser considerado como mercadoria e o que

não é correto designar como mercadoria? O trabalho doméstico na esfera da própria

família deve ser remunerado? É aceitável vender listagens de e-mails para terceiros?

Tais questões evocam o fato de que os processos de mercantilização não são

meramente econômicos, são igualmente processos culturais (Spillman, 1999). Ao

analisar uma vasta gama de autores e dados sobre o período histórico norte-americano

entre meados do século 19 até décadas mais recentes, já em pleno século 20, Viviana

Zelizer (1994, 1992) procura demonstrar as mudanças de valores sociais que

permitiram profundas modificações no status social de crianças oriundas de classes

desvalidas na sociedade americana, desde o enquadramento como mão-de-obra

especialmente de meninos, no século 19, restando às crianças deficientes ou de

constituição mais fraca aguardar a morte em alguma “instituição de caridade”, até a

eclosão, no século seguinte, de um mercado legal e altamente rentável de adoção, além

da existência de mercado ilegal (black market) de bebês. A autora argumenta que

Page 165: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

165

The case of children is only one example of the complex interaction

between the market and human values. On the one hand, there is a

dramatic expansion of the cash nexus into previously unquantifiable

aspects of social life, such as sentiments and emotions. But on the

other, is the less well understood effect of noneconomic factors that

constrain, limit, and shape money and the market (…) The process of

rationalization and commodification of the modern world has its

limits, as money and the market are transformed by the social, moral,

and sacred values. The pricing of the twentieth-century economically

worthless child is thus a test case of the “sacralization effect” of

values as a counterpart to the “commercialization effect” of money. It

shows the reduction of the most precious and intangible values to

their money equivalent, but it also demonstrates how economic

rationality and the quantification process are themselves modified.

Wrongful death awards, adoption, and insurance markets are shaped

by cultural definitions of childhood (ZELIZER, 1994, p.211-212).

Zelizer analisa, desta forma, mercados a partir da influência de dimensões ética,

religiosa, afetiva e cultural incidente na construção social de valores mercantis. Em

uma feliz observação de Marques (2003, p.36), a perspectiva de Zelizer refere-se aos

perigos resultantes dos excessos da mercantilização da vida, sem resvalar, porém, para

uma ótica moralista.

Temas relacionados: Mercados; Moral e ética em mercados

COOK, Daniel Thomas. The Commodification of Childhood: The Children’s

Clothing Industry and the Rise of Child Consumer. Durnham, NC: Duke University

Press, 2004.

ERTMAN, Martha M.; WILLIAMS, Joan C. (eds.). Rethinking Commodification:

Cases and Readings in Law and Culture. New York: New York University Press, 2005.

MARQUES, Rafael. Introdução: os Trilhos da Nova Sociologia Econômica. In:

MARQUES, Rafael; PEIXOTO, João (Orgs.). A Nova Sociologia Econômica: uma

antologia. Oeiras: Celta Editora, 2003, p.1-67.

Page 166: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

166

SPILLMAN, Lynette. Enriching Exchange: cultural dimensions of markets. American

Journal of Economics and Sociology, 58, p.1041-1071, 1999.

THRIFT, Nigel. Re-inventing Invention: new tendencies in capitalist commodification.

Economy and Society, Volume 35, Number 2, May 2006, p.279-306.

WILLIAMS, Joan C.; ZELIZER, Viviana A. To Commodify or Not to Commodify.

That Is Not the Question. In: ERTMAN, Martha M.; WILLIAMS, Joan C. (eds.).

Rethinking Commodification: Cases and Readings in Law and Culture. New York:

New York University Press, 2005, p.362-382.

ZELIZER, Viviana A. Pricing the Priceless Child: the changing social value of

children. Princeton, NJ: Princeton University Press, 1994 [1985].

________________. Repenser le Marché: la construction sociale du “marché aux

bébés” aux Etats-units, 1870-1930. Actes de la Recherche en Sciences Sociales, nº94,

septembre 1992, p.3-26.

Moda e vestuário

Segundo Diana Crane e Laura Bovone, em razão de a definição de moda (fashion)

assumir uma variedade de significados e conotações, para acadêmicos e para o público

em geral, o termo tende antes obscurecer do que esclarecer os processos que subjazem

ao fenômeno. O conceito é frequentemente usado para se referir à maneira em que

formas específicas de cultura se disseminam. É mais frequentemente usado para

conotar estilos altamente visíveis de vestuário e, menos frequentemente, de outros tipos

de cultura material ou imaterial que são altamente valorizados em um determinado

momento. O termo 'moda' também é aplicado para sistemas que produzem novos estilos

de roupas e que buscam torná-los desejáveis para o público. Alternativamente, a moda

pode ser conceituada como um exemplo de um fenômeno mais amplo, que é a criação e

atribuição de valores simbólicos à cultura material. A partir desta perspectiva, a

Sociologia da Moda está ligada estreitamente à Sociologia do Consumo bem como há

vinculação com uma Sociologia da cultura material (vide Crane, Bovone, 2006).

Conforme as autoras, em geral, moda e vestuário, mesmo com abordagem já em

Page 167: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

167

clássicos da disciplina – trabalhos de Simmel e Tönnies, além da economia marcada

pela crítica social e olhar antropológico de Veblen –, seriam universos neglicenciados

pela Sociologia, desinteressada que estaria em relação a estudos sobre o processo de

consumir bens, devido às associações negativas atribuídas ao consumo, a partir

notadamente da obra de Marx e sua crítica ao ‘fetichismo da mercadoria’. Outro

imaginário associado ao estudo sociológico de moda e vestuário, estaria em aspectos

como distinção de status (Veblen, 1965) e um campo rarefeito de produção material e

simbólica, caso da alta-costura (Bourdieu, Delsaut, 1975). Haveria ainda o forte

componente de gênero, que associa automaticamente moda e vestuário com o universo

feminino. Entretanto, mais do que expressão de imitação e de uma forma de

equalização social, para usar termos de Simmel, além do imaginário mítico sobre

consumismo (e não consumo) e preeminência do gênero feminino (como define

Lipovetsky, 2008), delimitação essa que se mantém válida, no caso brasileiro, ao menos

na análise da produção setorial, com 75% da produção têxtil e de vestuário em mãos

femininas, moda é um complexo processo de produção que envolve diversos tipos de

profissões e ocupações, aspectos mercantis, modelos de negócios e meios de divulgação

editorial e crítica (Aspers, 2010a, 2010b, 2006, 2005; Martinez Barreiro, 2008; Mora,

2006; Janssen, 2006). Da escolha nada ocasional de modelos para um determinado

desfile (Godart, Mears, 2009; Mears, 2010, 2008), passando pelas cadeias globais de

produção de vestuário (Aspers, 2010a; Gereffi, 2007), até as mudanças significativas

que a expansão global da produção implica (caso emblemático da fabricação chinesa

de produtos ‘made in Italy’ examinada por Segre-Reinach, 2005), moda e vestuário

compõem uma dinâmica ‘indústria cultural’, valendo-se de termo de Hirsch (1972), ou

ainda uma ‘Economia Estética’ (Entwistle, 2009, 2002). Conforme levantamento da

Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), de 2010, com números

relativos a 2009, o segmento é o quinto maior do mundo, com 30 mil empresas, 1,7

milhão de empregados e faturamento de US$ 47,4 bilhões. No cenário nacional

destaca-se igualmente que "nas últimas décadas, o circuito de alta moda fortaleceu-se

no Brasil, criando em torno de si uma série de eventos especializados e recebendo o

reconhecimento da imprensa de moda e do público em geral: não apenas de seus

consumidores como de outros tantos brasileiros que, mesmo não tendo os meios para

consumi-la, reconhecem sua legitimidade. Mais recentemente, registra-se, nesse mesmo

campo, um esforço que tem como finalidade a visibilidade internacional de marcas e de

criadores brasileiros. Em paralelo, temáticas nacionais são trazidas para dentro das

Page 168: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

168

coleções desse prêt-à-porter de luxo, mecanismo esse visto como necessário para

identificar a moda brasileira enquanto 'autenticamente brasileira’” (Leitão, 2007,

p.227; para esta análise das ‘engrenagens da moda’ nacional, vide também Feghali,

Dwyer, 2001; Cidreira, 2005). Logo, a Sociologia da Moda (Godart, 2010), a

Antropologia da Moda ou ainda os ‘Fashion Studies’ (Kawamura, 2005) possuem

muitos aspectos de interesse para outros ramos da Sociologia: Cultura,

Profissões/Ocupações, Trabalho, Mercados e Globalização. Em relação a esse último

ramo, Aspers (2010b) argumenta que mesmo a indústria de moda e vestuário sendo

global, produtores e consumidores vivem apartados em diferentes mundos de vida, com

tal divisão resultante não somente de aspectos mercantis, mas conseqüência também de

distância física e de outras formas de distanciamento, como questões religiosas,

econômicas, lingüísticas, culturais e de desenvolvimento. Tais diferenciações causam

efeitos significativos:

We can assume that these differences have consequences. How, for

example, does the distance between marketing and design locations,

on the one hand, and production locations, on the other, influence the

design process? If one looks at the manufacturing of garments, the

industry is located in many countries across the globe. However, the

value-creating activities of branding, design and marketing are not at

all ‘global’; the value-adding activities are still protected areas of

firms, since this is the way to make big money in the industry.

Consequently, the main players in cultural industries are concentrated

in space. Moreover, the different fashion consumer markets are still

largely national, and may be extremely local, sometimes only

localized within an area of a few blocks (ASPERS, 2010, p.189).

Em direção semelhante, Diana Crane observa que no passado (século 19 e primeiras

décadas do século 20), a moda, como forma de cultura global, irradiava de um centro

(como Paris) para as periferias, às quais eram largamente localizadas, embora não

inteiramente, em países industrializados do Ocidente. Contemporaneamente, a situação

é distinta: “today, as in many other forms of global culture, fashion is dominated by,

but has no clear center in, Western culture while at the same time it continually absorbs

influences from non-Western cultures” (Crane, 2000, p.247). Manuel Castells, ao

analisar a ampliação global da esfera de negócios com o advento de redes de

Page 169: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

169

comunicação como a Internet, ilustra a importância sócio-econômica de

empreendimentos no setor de moda e vestuário, a partir de um caso tradicional:

A Zara é uma companhia familiar espanhola, sediada em La Coruña

(Galícia), que desenha, produz e vende, em sua cadeia autorizada de

lojas, roupas prêt-à porter a preços módicos. Em poucos anos, no

final da década de 1990, a Zara saiu do nada para competir com

outras grandes cadeias de lojas de roupas, como a Gap (...) O segredo

de seu sucesso, afora bons figurinos na notável tradição da moda

galega, reside em sua estrutura em rede computadorizada. Nos pontos

de venda, os vendedores registram todas as transações num aparelho

manual programado com um modelo de criação de perfis. Os dados

são processados diariamente pelo gerente da loja e enviados ao centro

de criação em La Coruña, onde 200 estilistas trabalham com as

respostas do mercado e redesenham seus produtos em tempo real (...)

Na década de 1980, o pioneiro do modelo em rede na indústria do

vestuário, a Benetton, tinha um ciclo de

desenho/produção/distribuição de seis meses. Foi superada pela Gap

quando a firma americana reduziu o ciclo para dois meses. Agora, a

Zara o faz em duas semanas: é a rapidez da Internet (CASTELLS,

2003, p.64-65).

Temas relacionados: Consumo; Globalização; Mercados; Valor

ASPERS, Patrik. Orderly Fashion: A Sociology of Markets. Princeton, NJ: Princeton

University Press, 2010a.

_____________. Using Design for Upgrading in the Fashion Industry. The Journal of

Economic Geography, 10, 2, 2010b, p.167-188.

_____________. Markets in Fashion: A Phenomenological Approach. 2nd. Revised

ed. London: Routledge, 2006.

______________. Fashion, Sociology of. In: BECKERT, Jens; ZAFIROVSKI, Milan.

International Encyclopedia of Economic Sociology. London: Routledge, 2005, p.

271-272.

Page 170: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

170

BERGAMO, Alexandre. A Experiência do Status: roupa e moda na trama social. São

Paulo: Unesp, 2007.

BOVONE, Laura. Urban Style Cultures and Urban Cultural Production in Milan:

Postmodern identity and the transformation of fashion. Poetics, 34, 2006, p.370-382.

BOURDIEU, Pierre. A Produção da Crença: contribuição para uma economia dos

bens simbólicos. 2ª ed. São Paulo: Zouk, 2004.

________________; DELSAUT, Yvette. Le Couturier et sa Griffe: contribution à une

théorie de la magie. Actes de la Recherche´ en Sciences Sociales, Vol.1, Nº1, Janvier

1975, p.7–36.

CASTELLS, Manuel. A Galáxia da Internet: reflexões sobre a Internet, os negócios e

a sociedade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2003.

CIDREIRA, Renata Pitombo. Os Sentidos da Moda. São Paulo: Annablume, 2005. CORONA, Victor P.; GODART, Frédéric C. Network-Domains in Combat and Fashion

Organizations. Organization, Vol.17, n2, March 2010, p.283-304.

CRANE, Diana. Reflexões sobre a Moda: o vestuário como fenômeno social. In:

BUENO, Maria Lucia; CAMARGO, Luiz Octávio de Lima (orgs.). Cultura e

Consumo: Estilos de Vida na Contemporaneidade. São Paulo: Senac, 2008, p.157-178.

_____________. Fashion and its Social Agendas: class, gender, and identity in

clothing. Chicago: The University of Chicago Press, 2000. (Edição brasileira: A moda e

seu papel social: classe, gênero e identidade nas roupas. São Paulo: Senac, 2006).

_____________. CRANE, Diana. Diffusion Models and Fashion: A Reassessment. The

Annals of the American Academy of Political and Social Science, 566 (1),

November 1999, p.13–24.

Page 171: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

171

_____________. Globalization, Organizational Size, and Innovation in the French

Luxury Fashion Industry: Production of culture theory revisited. Poetics, 24, 1997,

p.393-414.

_____________; BOVONE, Laura. Approaches to Material Culture: The Sociology of

Fashion and Clothing. Poetics, 34, 2006, p.319–333.

DURAND, José Carlos. Moda, Luxo e Economia. São Paulo: Babel, 1988.

ENTWISTLE, Joanne. The Aesthetic Economy: markets and values in clothing and

modelling. Oxford, UK; New York: Berg, 2009.

__________________. The Cultural Economy of Fashion Buying. Current Sociology,

Volume 54(5), September 2006, p.704-724.

__________________. The Aesthetic Economy. The Production of Value in the Field

of Fashion Modelling. Journal of Consumer Culture, Vol. 2(3), 2002, p.317–339.

__________________. The Fashioned Body: fashion, dress, and modern social theory.

Cambridge, UK: Polity Press, 2000.

__________________; WILSON, Elizabeth (eds.). Body Dressing. Oxford, UK; New

York: Berg, 2001.

FEGHALI, Marta Kasznar; DWYER, Daniela. As Engrenagens da Moda. Rio de

Janeiro: Senac Rio, 2001.

GEREFFI, Gary. Promessa e Desafios do Desenvolvimento. Tempo Social, Vol.19,

nº1, junho 2007, p.223-248.

GODART, Frédéric. Sociologia da Moda. São Paulo: Senac, 2010.

Page 172: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

172

________________; MEARS, Ashley. How Do Cultural Producers Make Creative

Decisions? Lessons from the Catwalk. Social Forces, 88(2), December 2009, p.671-

692.

HIRSCH, Paul M. Processing Fads and Fashions: An Organization-Set Analysis of

Cultural Industry Systems. American Journal of Sociology, Volume 77, Number 4,

January 1972, p.639-659.

JANSSEN, Susanne. Fashion Reporting in Cross-National Perspective 1955–2005.

Poetics, 34, 2006, p.383–406.

KAWAMURA, Yuniya. Fashion-ology: an introduction to fashion studies. Oxford,

UK; New York: Berg, 2005.

LEITÃO, Débora Krischke. Nós, os Outros: construção do exótico e consumo de moda

brasileira na França. Horizontes Antropológicos, Vol.13, nº28, 2007, p.203-230.

LIPOVETSKY, Gilles. O Império do Efêmero: a moda e seu destino nas sociedades

modernas. São Paulo: Companhia das Letras, 2008 [1987].

MARTÍNEZ BARREIRO, Hacia um Nuevo Sistema de la Moda: El Modelo Zara.

Revista Internacional de Sociologia (RIS), Vol.LXVI, nº51, 2008, p.105-122.

MEARS, Ashley. Size Zero High-End Ethnic: Cultural production and the reproduction

of culture in fashion modeling. Poetics, 38, 2010, p.21–46.

______________. Discipline of the Catwalk. Gender, Power and Uncertainty in Fashion

Modeling. Ethnography, Vol 9(4), 2008, p.429–456.

MORA, Emanuela. Collective Production of Creativity in the Italian Fashion System.

Poetics, 34, 2006, p.334–353.

Page 173: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

173

MOERAN, Brian. Economic and Cultural Production as Structural Paradox: the case of

international fashion magazine publishing. International Review of Sociology - Revue

Internationale de Sociologie, Vol. 18, No. 2, July 2008, p.267-281.

SEGRE-REINACH, Simona. China and Italy: fast fashion versus prêt-à-porter: towards

a new culture of fashion. Fashion Theory, 9 (1), 2005, p.43–56.

SIMMEL, Georg. Filosofia da Moda e Outros Escritos. Lisboa: Texto & Grafia, 2008.

______________. Fashion. American Journal of Sociology, 62, Nº6, May 1957,

p.541–558.

VEBLEN, Thorstein. A Teoria da Classe Ociosa: um estudo econômico das

instituições. São Paulo: Pioneira, 1965 [1899].

WHITE, Harrison C.; GODART, Frédéric C.; CORONA, Victor P. Mobilizing

Identities: Uncertainty and Control in Strategy. Theory, Culture & Society, Vol. 24(7–

8), 2007, p.181–202.

Modelo de negócios

DOGANOVA, Liliana; EYQUEM-RENAULT, Marie. What Do Business Models Do?

Innovation devices in technology entrepreneurship. Research Policy, 38, 2009, p.1559-

1570.

Moral e ética em mercados / em atividades econômicas

ASPERS, Patrik. Ethics in Global Garment Market Chains. In: STEHR, Nico;

HENNING, Christoph; WEILER, Bernd (eds.). The Moralization of the Markets.

New Brunswick, NJ: Transaction, 2006, p.287-307.

BAKER, Wayne E.; FORBES, Melissa. Moral Values and Market Attitudes. Society,

January/February 2006, p.23-26.

Page 174: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

174

BECKERT, Jens. The Moral Embeddedness of Markets. In: CLARY, Betsy Jane;

DOLFSMA, Wilfred; FIGART, Deborah M. (eds.). Ethics and the Market: Insights

from Social Economics. London: Routledge, 2006a, p.11-25.

_____________. The Ambivalent Role of Morality on Markets. In: STEHR, Nico;

HENNING, Christoph; WEILER, Bernd (eds.). The Moralization of the Markets.

New Brunswick, NJ: Transaction, 2006b, p.109-128.

_____________. The Moral Embeddedness of Markets. Cologne: Max Planck

Institute for the Study of Societies (MPIfG) Discussion Paper, 2005.

DEMEULENAERE, Pierre. Comportement Économique et Normes du Capitalisme.

Revue Internationale des Sciences Sociales, n°185, 2005/3, p.465-476.

DOBBIN, Frank. Enron: Une Drole d'Éthique Financiere. Sciences Humaines, 2, 2006,

p.50-53.

FOURCADE, Marion; HEALY, Kieran. Moral Views of Market Society. Annual

Review of Sociology, 33, 2007, p.285-311.

PEIFER, Jared L. Morality in the financial market? A look at religiously affiliated

mutual funds in the USA. Socio-Economic Review, 9, 2011, p.235-259.

REVUE INTERNATIONALE DES SCIENCES SOCIALES. La Moralisation du

Capitalisme. Nº185, 2005/3, 172p.

SALMON, Anne. L'Offre Éthique des Entreprises. Une production du Capitalisme.

Cahiers Internationaux de Sociologie, 116 (1), 2004, p.77-96.

SWEDBERG, Richard. Capitalisme et Éthique. Comment les dispositions législatives

relatives aux conflits d’intérêts peuvent être utilisées pour prévenir les dilemmes. Revue

Internationale des Sciences Sociales, n° 185, 2005/3, p.523-534.

ZELIZER, Viviana A. Ethics in the Economy. Accounts, Vol. 7, Issue 3, Summer 2008.

Page 175: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

175

Nova Economia Institucional e Sociologia Econômica / Instituições na Economia

Na Economia, a discussão sobre instituições também se faz presente. Em diferentes

épocas do século 20, porém com abordagens teóricas próximas, economistas como

Ronald H. Coase (1937) e Douglass C. North (1977) criticaram a ausência de análises

sobre a organização central para a economia neoclássica, ou seja, o mercado. O

primeiro argumentou que a teoria econômica de sua época estava preocupada com a

determinação dos preços num mercado e não com o próprio mercado. Coase teorizou

sobre o papel da empresa na estruturação de esferas mercantis, considerando a firma

como o empreendimento responsável pela eliminação das ‘fricções’ do mercado. Em

outros termos, conforme Coase, a empresa apresenta-se como uma estrutura de

governança, definindo vínculos e padrões. Para ele, os economistas ignoravam a

influência de instituições sociais na facilitação das trocas comerciais. A teorização de

Douglass North (1981, 1990, 2006[1994]), entre os anos de 1970 e 1990, aproximou o

diálogo entre autores institucionalistas na Economia e na Sociologia. North, ao

contrário do que propôs Oliver E. Williamson, aponta a necessidade de se considerar

sistemas de crença e troca de informação nas relações de mercado, sem se limitar

exclusivamente à análise dos custos de transação na determinação dos preços. North

(2006), entretanto, é criticado quando, ao explicar o modo como se formam e

influenciam as instituições no mercado, valer-se menos de estudos sobre vínculos

sociais e históricos do que em relação a ciências da cognição (representações mentais

dos indivíduos na estruturação e ordenação dos ambientes institucionais econômicos).

A partir de meados dos anos 1970, uma parcela expressiva da Economia apresenta de

forma mais sistemática análises de aspectos não-econômicos da atividade econômica,

com ênfase em estruturas de governança. É a obra de Oliver E. Williamson (1975,

1985, 2003) que, acerca dos custos nas transações econômicas, aprofundou a ciência

econômica de preocupações não limitadas ao cálculo racional. Na abordagem de

Williamson – inspirada na teorização de Coase sobre o papel da empresa no mercado –

, comprar, vender, firmar e executar um contrato não são meras ações mecânicas, mas

relações de confiança em que são considerados riscos e incerteza (vide também

Abramovay, 2004). Williamson propôs que nas relações entre empresas ocorrem duas

situações: ou as firmas obedecem critérios de hierarquia ou se valem de vínculos de

mercado. A primeira situação predomina em transações em que há risco na obtenção,

Page 176: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

176

por exemplo, de direitos de propriedade, ou na execução de um contrato complexo,

demandando maior emprego de tempo e/ou recursos. Na segunda situação,

caracterizada por relações não repetitivas e de risco financeiro mais baixo, como

comprar um relógio numa loja, é dominante a forma mercado. Williamson buscou em

trabalhos posteriores (1981, 1985, 2003) refinar sua perspectiva, mas já seu primeiro

trabalho causou ampla repercussão e polêmica, especialmente na Sociologia

americana. A crítica mais contundente a Williamson é encontrada na obra de Mark

Granovetter (1985, 2007), em ensaio que se tornou o manifesto-fundador da chamada

Nova Sociologia Econômica (NSE). Para Granovetter, Williamson se equivocou

sobretudo em apontar o papel decisivo de estruturas sociais nas relações

hierarquizadas dentro de organizações empresariais, o que não mereceu igual

tratamento em relação a vínculos mercantis, como se não existisse qualquer

sociabilidade no mercado. Outra crítica de Granovetter sobre a chamada Nova

Economia Institucional (NIE, na sigla em inglês) e que tem como expoentes Williamson

e Douglass North e inspiradas nos trabalhos de Herbert Simon e notadamente Ronald

Coase (1991, 1988a, 1988b) – todos agraciados com o Nobel de Economia – é o fato

das instituições serem vistas como mero instrumento para assegurar a eficiência

econômica, deixando-se de lado os contextos histórico e local dessas mesmas

instuições. Todavia, a argumentação de Williamson foi bem acolhida por economistas e

saudada em parte por sociólogos, décadas mais tarde. Como assinala John Lie:

New institutional economics inspired by Coase’s theory of the firm,

has also sought to overcome the limitations of orthodox economics. In

considering transaction costs, they incorporate the assumption of

bounded rationality and regard the firm as a governance structure

(LIE, 1997, p.345)

As idéias de Coase e de Williamson continuam a ter influência. No âmbito dos estudos

voltados para a estruturação institucional de mercados, uma das obras mais

expressivas encontra-se em John McMillan (2004), autor neozelandês que propõe

analisar toda forma mercantil a partir do que conceitua como desenho de mercado:

A troca é ‘uma das mais puras e mais primitivas formas de

socialização humana’, escreveu Georg Simmel em 1900; ela cria ‘uma

sociedade no lugar de uma mera coleção de indivíduos’. Um mercado

é uma construção social, e para funcionar com eficiência ele precisa

Page 177: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

177

ser bem construído. A expressão ‘desenho de mercado’ refere-se aos

métodos de transacionar e aos artifícios que permitem que as

transações se façam sem problemas. O desenho de mercado consiste

nos mecanismos que organizam a compra e venda; nos canais para o

fluxo de informação; nas leis e regulamentações governamentais que

definem os direitos de propriedade e sustentam os contratos; e na

cultura de mercado, suas normas auto-reguladoras, códigos e

convenções que governam o comportamento. Embora o desenho não

controle o que acontece no mercado – como já dissemos, a chave de

tudo é a livre decisão –, ele formata e apóia o processo de transação

(McMILLAN, 2004, p. 15).

Neste último argumento de McMillan, evidencia-se a preocupação do autor em

ressalvar o papel não exclusivo de insituições como o Estado, em seus componentes

político e legal-burocrático, na estruturação de mercados, conferindo também peso ao

desempenho de atores sociais que atuam diretamente em um dado mercado, caso de

empresários, vendedores, intermediários de transações e consumidores. Para

McMillan, “mercados funcionais dependem de uma mistura judiciosa de controles

formais e informais. Embora o governo ajude a estabelecer as regras para o mercado,

isto acontece também com os participantes do mercado. Uma economia não pode ser

desenhada de cima” (McMillan, 2004, p. 208). A assertiva é claramente inspirada em

North (2006, 1990), que avalia o caráter necessariamente assimétrico dos mercados,

resultante especialmente da dificuldade de se mensurar com adequação (tal como nas

abstrações da Economia neoclássica) o custo de uma transação no mercado:

O custo de uma transação decorre dos altos custos da informação e do

fato de que as partes de uma transação detêm informações de forma

assimétrica. Em vista disso, embora os atores criem instituições para

estruturar as interações humanas, o resultado será sempre uma certa

medida de imperfeição nos mercados (...) Os casos de sucesso na

história econômica descrevem inovações instittucionais que

reduziram os custos de transação e permitiram maiores ganhos

comerciais, levando à expansão do mercado. Mas essas inovações, na

maioria dos casos, não criaram as condições necessárias para o

estabelecimento de mercados eficientes segundo o modelo

neoclássico” (NORTH, 2006, p.18).

Page 178: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

178

Temas relacionados: Contrato

ABRAMOVAY, Ricardo. Entre Deus e o Diabo: mercados e interação humana nas

ciências sociais. Tempo Social, Vol 16, nº 2, 2004.

COASE, Ronald. Contracts and the Activities of Firms. Journal of Law and

Economics, 34, 1991, p.451-452.

______________. The Firm, the Market, and the Law. Chicago: University of

Chicago Press, 1988a.

______________. The Nature of the Firm. Journal of Law, Economics, and

Organization, 1988b, p.3-47.

DEQUECH, David. The New Institutional Economics and the Theory of Behaviour

under Uncertainty. Journal of Economic Behavior & Organization, Vol.59(1), 2006,

p.109-131.

FURUBOTN, Eirik G.; RICHTER, Rudolf. Institutions and Economic Theory: The

Contribution of the New Institutional Economics, 2nd ed. Ann Arbor: University of

Michigan Press, 2005.

HODGSON, Geoffrey. What are Institutions? Journal of Economic Issues, Vol. XL,

n.1, March 2006.

__________________. A Evolução das Instituições: uma agenda para pesquisa teórica

futura. Econômica, Vol.3, nº1, junho 2001, p.97-125.

__________________. Economia e Instituições: manifesto para uma economia

institucionalista moderna. Oeiras: Celta Editora, 1994.

McMILLAN, John. A Reinvenção do Bazar: uma história dos mercados. Rio de

Janeiro, Jorge Zahar Editor, 2004.

Page 179: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

179

NEE, Victor. The New Institutionalisms in Economics and Sociology. In: SMELSER,

Neil; SWEDBERG, Richard (eds). The Handbook of Economic Sociology. Second

edition. Princeton, NJ: Princeton University Press, 2005.

NORTH, Douglass C. Custos de Transação, Instituições e Desempenho Econômico.

Rio de Janeiro: Instituto Liberal; Instituto Millenium, 2006 [1992].

__________________. Institutions. Journal of Economic Perspectives, Volume 5,

Number 1, Winter 1991, p.97-112.

__________________. Institutions, Institutional Change and Economic

Performance. Cambridge: Cambridge University Press, 1990.

__________________. Structure and Change in Economic History. New York:

W.W. Norton & Company, 1981.

__________________. Markets and Other Allocations Systems in History: the

challenge of Karl Polanyi. Journal of European Economic History, n. 6, 1977, p. 703-

716.

RICHTER, Rudolf. The New Institutional Economics – Its Start, Its Meaning, Its

Prospects. The European Business Organization Law Review, 6, 2005, p.161–200.

WILLIAMSON, Oliver E. The Economic Institutions of Capitalism: firms, markets,

relational contracting. New York: Free Press, 1985 (edição mexicana: Las

Instituciones Económicas del Capitalismo. Mexico: Fondo de Cultura Econômica,

1985).

_____________________. Markets and Hierarchies: analysis and antitrust

implications. New York: Free Press, 1975. (edição alternativa: Mercados y Jerarquías:

su análisis. Fondo de Cultura Económica, 1991).

Organizações

Page 180: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

180

As organizações emergem como um campo reconhecido para o estudo científico

durante os anos 1950, como ressalva Scott (2004). O autor destaca que, em período

recente, os especialistas no ramo de teoria das organizações se aproximam das

abordagens de outros campos disciplinares da Sociologia, tais como a Sociologia

Econômica e a Sociologia da Cultura.

Temas relacionados: Empreendedorismo; Instituições; Mercados; Poder

BABB, Sarah. The IMF in Sociological Perspective: A Tale of Organizational Slippage.

Studies in Comparative International Development, Vol. 38, N2, Summer 2003, p.3-

27.

BARON, James N.; HANNAN, Michael T. The Economic Sociology of Organizational

Entrepreneurship: Lessons from the Stanford Project on Emerging Companies. In: NEE,

Victor; SWEDBERG, Richard (eds.). The Economic Sociology of Capitalism.

Princeton, NJ: Princeton University Press, 2005, p.168-203.

BECKERT, Jens. Institutional Isomorphism Revisited: Convergence and Divergence in

Institutional Change. Sociological Theory, 28 (2), June 2010, p.150-166.

______________. Agency, Entrepreneurs, and Institutional Change. The role of

strategic choice and institutionalized practices in organizations. Organization Studies,

20/5, 1999, p.777-799.

BIGGART, Nicole Woolsey. Charismatic Capitalism: Direct Selling Organizations in

America. Chicago: University of Chicago Press, 1989.

CALDAS, Miguel P.; BERTERO, Carlos Osmar (coords.). Teoria das Organizações.

São Paulo: Atlas, 2007 (Série RAE-Clássicos).

CASTILLA, Emilio J. Mérito y Discriminación dentro de las Organizaciones:

diferencias en la evaluación y retribución de empleados/as según género y origen étnico.

Revista Española de Investigaciones Sociológicas (Reis), nº129, 2010, p.61-105.

Page 181: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

181

DAVIS, Gerald F. Organization Theory. In: BECKERT, Jens; ZAFIROVSKI, Milan

(eds.). International Encyclopedia of Economic Sociology. London: Routledge,

p.484-488.

DIMAGGIO, Paul J.; POWELL, Walter W. The Iron Cage Revisited: institutional

isomorphism and collective rationality in organization fields. American Sociological

Review, 48, 2, April 1983, p.147-160 (tradução: DIMAGGIO, Paul J.; POWELL,

Walter W. Jaula de Ferro Revisitada: isomorfismo institucional e racionalidade coletiva

nos campos organizacionais. In: CALDAS, Miguel P.; BERTERO, Carlos Osmar

(coords.). Teoria das Organizações. São Paulo: Atlas, 2007, p.117-142 (Série RAE-

Clássicos).

HANNAN, Michael T. Ecologies of Organizations: Diversity and Identity. Journal of

Economic Perspectives, Volume 19, Number 1, Winter 2005, p.51-70.

__________________; FREEMAN, John H. The Population Ecology of Organizations.

American Journal of Sociology, 82, 1977, p.929-964 (Tradução: HANNAN, Michael

T.; FREEMAN, John. Ecologia de População das Organizações. In: CALDAS, Miguel

P.; BERTERO, Carlos Osmar (coords.). Teoria das Organizações. São Paulo: Atlas,

2007, p.154-190.

HAVEMAN, Heather A.; KEISTER, Lisa A. The Effects of Domain Overlap and Non-

Overlap on Organizational Performance,Growth and Survival. In: DOBBIN, Frank

(ed.). The Sociology of the Economy. New York: Russell Sage Foundation, p.228-264.

HIRSCHMAN, Albert O. Saída, Voz e Lealdade: reações ao declínio de firmas,

organizações e estados. São Paulo: Perspectiva, 1973.

LAZEGA, Emmanuel. Analyse de Réseaux et Sociologie des Organisations. Revue

Française de Sociologie, 35-2, 1994, p.293-320.

Page 182: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

182

MEYER, John W.; ROWAN, Brian. Institutionalized Organizations: Formal Structure

as Myth and Ceremony. In: DOBBIN, Frank. The New Economic Sociology: A

Reader. Princeton: Princeton University Press, 2004 [1977], p.86-110.

MISOCZKY, Maria Ceci. O Isomorfismo Normativo e a Análise de Organizações de

Saúde. RAE eletrônica, Vol.4, nº1, 2005.

PERROW, Charles. Organizing America: Wealth, Power, and the Origins of

Corporate Capitalism. Princeton, NJ: Princeton University Press, 2005.

_________________. Una Sociedad de Organizaciones. Revista Española de

Investigaciones Sociológicas (REIS), nº59, Julio-Septiembre 1992 [1991], p.19-55.

POWELL, Walter W.; DIMMAGIO, Paul (eds.). The New Institutionalism in

Organizational Analysis. Chicago: The University of Chicago Press, 1991 (edição

mexicana: El Nuevo Institucionalismo en el Análisis Organizacional. Mexico: Fondo

de Cultura Económica, 1999).

SCHNEIBERG, Marc; BARTLEY, Tim. Organizations, Regulation, and Economic

Behavior: regulatory dynamics and forms from the Nineteenth to Twenty-First Century.

The Annual Review of Law and Social Science, 31, July 2008.

SCOTT, W. Richard. Reflections on a Half-Century of Organizational Sociology.

Annual Review of Sociology, 30, 2004, p.1-21.

__________________. Institutions and Organizations. 2nd ed. London/Thousand

Oaks, CA: Sage, 2001.

STINCHCOMBE, Arthur L. Information and Organizations. Berkeley, CA:

University of California Press, 1990.

VIEIRA, Marcelo Milano Falcão; CARVALHO, Cristina Amélia (Orgs.).

Organizações, Instituições e Poder no Brasil. Rio de Janeiro: FGV, 2003.

Page 183: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

183

UZZI, Brian. The Sources and Consequences of Embeddedness for the Economic

Performance of Organizations: the network effect. American Sociological Review,

March 2000.

WHITLEY, Richard. The Social Construction of Organizations and Markets: the

Comparative Analysis of Business Recipes. In: DOBBIN, Frank. The New Economic

Sociology: A Reader. Princeton: Princeton University Press, 2004, p.162-187.

Órgãos e sangue humano, Mercado de,

CHAUVEAU, Sophie. Between Gift and Commodity: Blood Products in France.

Economic Sociology - The European Electronic Newsletter, Volume 11, Number 1,

November 2009, p.24-28.

HEALY, Kieran. Last Best Gifts: Altruism and the Market for Human Blood and

Organs. Chicago: University of Chicago Press, 2006.

_______________. Embedded Altruism: Blood Collection Regimes and the European

Union’s Donor Population. American Journal of Sociology, Volume 105, Number 6,

May 2000, p.1633–1657.

STEINER, Philippe. La Transplantation d'Organes: un commerce nouveau entre les

êtres humains. Paris, Gallimard, 2010.

________________. Beyond the Fronteer of the Skin: Healy on Blood, Organs and

Altruism. Socio-Economic Review, 6(2), 2008, p.365-378.

________________. A Doação de Órgãos: a lei, o mercado e as famílias. Tempo

Social, Vol.16, nº2, novembro 2004, p.101-128.

Pareto, Vilfredo

Vilfredo Pareto (1848-1923), economista e sociólogo italiano, em um primeiro

momento, pode ser lembrado, por economistas, pela famosa formulação sobre

Page 184: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

184

distribuição de renda designada por “Ótimo de Pareto”. Para sociólogos e cientistas

políticos, o autor pode ser evocado por sua teoria das elites, em que a História é o

cemitério da aristocracia, além da crítica frontal a princípios marxistas, como a visão

equivocada sobre lutas de classes, já que classe não são homogêneas, sendo o correto

tratar de grupos de interesse. Pareto pode ser lembrado ainda pela sua trajetória de

professor radicado na Suíça, substituto de Walras, até o momento, ao final da vida,

quando, ausente, o rico aristocrata é definido por Benito Mussolini como senador

pérpetuo do Estado (fascista) italiano. Tudo isso é de relevância para a Sociologia

Econômica recente. E bem mais do que isso em relação ao legado de Pareto.

Temas relacionados: Clássicos; Talcott Parsons; Protecionismo

ASPERS, Patrik. Vilfredo Pareto. In: BECKERT, Jens; ZAFIROVSKI, Milan (eds.).

International Encyclopedia of Economic Sociology. London: Routledge, 2006, p.502-

503.

_____________. Crossing the Boundaries of Economics and Sociology: The Case of

Vilfredo Pareto. American Journal of Economics and Sociology, Vol. 60, nº2, April

2001, p.519-545.

DALZIEL, Paul; HIGGINS, Jane. Pareto, Parsons, and the Boundary between

Economics and Sociology. American Journal of Economics and Sociology, Vol. 65,

No. 1, January 2006, p.109-126.

GISLAIN, Jean-Jacques; STEINER, Philippe. La Sociologie Économique 1890-1920:

Émile Durkheim, Vilfredo Pareto, Joseph Schumpeter, François Simiand, Thorstein

Veblen et Max Weber. Paris: PUF, 1995.

PARETO, Vilfredo. Manual de Economia Política. São Paulo: Nova Cultural, 1988.

________________. Escritos Sociológicos. Madrid: Alianza, 1987.

________________. Os Sistemas Socialistas. In: RODRIGUES, José Albertino (org.).

Vilfredo Pareto: Sociologia. São Paulo: Ática, 1984, p.112-164.

Page 185: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

185

Parsons, Talcott

A justificativa para a inserção aqui da obra máxima da fase inicial de Talcott Parsons

(1902-1979), A Estrutura da Ação Social (2010[1937]), é que nesta obra o sociólogo

norte-americano sintetiza a influência de autores clássicos da Sociologia e da

Economia: Weber, Durkheim, Marshall e Pareto, sendo que deste último, Parsons

apreende a noção de sistema. Já nos anos 1950 e 1960, Talcott Parsons e seu discípulo

Neil J. Smelser (vide Smelser, 1968; Beckert, 2002; Swedberg, 2005; 2005a) dedicam-

se em profundidade à teorização sociológica sobre a atividade econômica. Para

Parsons, uma economia não poderia ser puramente econômica, pois se tratava de um

subsistema social. Na trilha em parte da teorização weberiana, Parsons não propôs

uma redefinição da Economia, sendo seu objetivo indicar questões para a Sociologia

Econômica complementar a teoria econômica (vide Beckert, 2002), embora Swedberg

(2005) observe que Max Weber e Talcott Parsons não tinham em mente a mesma

definição de complemento à Economia, visto que o autor americano, quando se tratava

de Economia, era notadamente influenciado por Marshall e Pareto e não Weber. Em

um texto recente, Smelser (2005) aborda detidamente a Sociologia Econômica

parsoniana, com o discípulo resgatando sua longa colaboração com a teorização de

Parsons acerca da temática, desde a publicação em conjunto da obra Economia e

Sociedade (1956) até pouco tempo antes da morte do mestre, em 1979. Conforme

Smelser (2005, p.247-248), em um perspectiva inicial, Parsons representa os fatores

econômicos como apenas um elemento de amplo conjunto de fatores analíticos (ou

aspectos ou variáveis), que se combinam para produzir resultados empíricos. Tais

fatores nunca foram plenamente categorizados, e os caminhos pelos quais poderiam

interagir nunca foram adequadamente formulados, ressalva Smelser. Para este, o

resíduo disso é uma perspectiva válida que, entretanto, permaneceria ainda bastante

indeterminada. Segundo Smelser, o esquema AGIL da teoria parsoniana fornece um

instrumento onde os fatores envolvidos na vida econômica e não-econômica passam a

ser então formulados como subsistemas de um sistema social mais amplo. Neste ponto,

convém recordarmos que no esquema AGIL as quatro letras correspondem a funções

que qualquer sistema é forçado a cumprir para se reproduzir: o A responde pela função

de adaptação do sistema ao seu meio (função identificada com a Economia); o G pela

efetivação das metas (goals) que o sistema se impõe (função vinculada à Política); o I

pela integração do sistema (função atribuída ao aparato legal-jurídico); e o L responde

Page 186: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

186

pela latência dos padrões que estabeleciam os valores gerais para todo o sistema

(função da cultura). Os subsistemas (de que a economia é um) são, portanto, em

número determinado (um correspondente a cada um dos quatro problemas funcionais).

Além disso, na identificação destes subsistemas analíticos como tais, torna-se mais fácil

de conceber os tipos de relações que se podem obter entre os mesmos. Finalmente, uma

vez que cada um dos subsistemas podem ser analisados em sub-subsistemas,

possibilita-se valorizar as estruturas e processos adequados a cada um dos subsistemas

e as relações entre os mesmo. Smelser considera essa mudança de "fatores" para

"sistemas", identificadas no âmbito de um quadro teórico, um passo importante na

direção de maior aprofundamento da teorização. De acordo com ele, as ramificações

teóricas dessa mudança foram muitas, permitindo formular as relações entre os

subsistemas em termos de uma troca (exchange) entre os mesmos, na qual os produtos

típicos ou saídas do ponto de vista de um deles proveriam recursos para os demais, e

vice-versa. Desta maneira, observa Smelser, é possível reexaminar os célebres "fatores

de produção” econômicos (terra, trabalho, capital e organização), para identificar as

suas fontes em outros sistemas da sociedade e assim identificar os resultados da

economia em termos de seus contextos na política, no sistema de integração e no

sistema de latência. Ao considerar os limites de trocas, Smelser nota que Parsons e ele

desenvolveram a idéia da mediação de uma dupla troca entre a economia e outros

subsistemas sociais. Por exemplo, a troca entre o trabalho, por um lado, e bens de

consumo e serviços (o intercâmbio entre a economia e o sistema de latência), por outro

lado, não foi uma troca direta de uma sociedade diferenciada, mas facilitada por um

mecanismo intermediário (neste caso, o dinheiro) que permitiu o afastamento de trocas

do tipo barganha para formas mais flexíveis (salário pelo trabalho, pagamentos em

dinheiro por itens de consumo). Logo, Parsons e Smelser tratam o dinheiro como um

recurso generalizado, e analisaram a sua importância para todas as fronteiras da

economia. A idéia da dupla troca conduziu os autores a duas direções adicionais. Em

primeiro lugar, buscaram re-interpretar a obra dos economistas clássicos como Keynes

e Schumpeter como consistindo, em grande parte, de variações e modificações de

hipóteses balizadoras em que os limites dos subsistemas sociais intercambiavam-se com

a economia e com a análise das implicações destas modificações. Em segundo lugar, os

autores despertaram atenção para mecanismos intermediários, os quais denominaram

meios generalizados de troca (generalized media exchange), desenvolvendo ambos uma

classificação dos principais tipos desses meios (dinheiro, poder, influência e

Page 187: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

187

compromissos de valor, de acordo com cada subsistema), além da elaboração de um

sistema de sete níveis de níveis de generalidade de comprometimento desses recursos.

Cada um dos meios generalizados de troca tornou-se, conforme Smelser, objeto de

análise independentes por Parsons nos anos seguintes à publicação de Economia e

Sociedade. Em O sistema das sociedades modernas, Parsons aborda, entre outros

temas, a vinculação entre dinheiro e mercados:

A diferenciação de estruturas autônomas exige o desenvolvimento de

um meio monetário generalizado, juntamente com um sistema de

mercado. O dinheiro e o mercado atuam onde existe uma divisão de

trabalho suficientemente complexa e onde as esferas de ação são

suficientemente diferenciadas de imperativos políticos, comunitários

ou morais. Entre os mecanismos generalizados de intercâmbio

societário, o do dinheiro e dos mercados é o que está menos

diretamente ligado à ordem normativa, pois se centraliza na

comunidade societária. Por isso, a racionalidade prática é regulada

principalmente por normas institucionais, acima de tudo pelas

instituições de contrato e propriedade que têm outras bases de sanção

(PARSONS, 1974 [1971], p.30).

Neil Smelser, ao longo da década de 1960, ao passo que seguiu o pensamento

parsoniano em sua abordagem sobre normas e instituições (Smelser, 1995 [1963]),

ampliou a perspectiva em relação aos vínculos entre sociedade e economia. Em sua

sociologia da vida econômica (Smelser, 1968 [1963], p.62), o autor norte-americano

definou a Sociologia Econômica como um ramo das Ciências Sociais voltado ao

entendimento de como normas, convenções, papéis e coletividades sociais influem

sobre esferas econômicas. Nesta obra, Smelser apresenta considerações teóricas e

analíticas sobre uma ampla gama de temas como, para citar apenas alguns,

organização industrial e de trabalhadores, profissões, status no mundo dos negócios e

mercado e ação de empresários. Em relação a este último, Smelser afirma que

Em certo sentido, o mercado de empresários é um mercado de

trabalho. Todavia, a contribuição deste tipo de trabalho é

suficientemente característica para merecer um tratamento especial.

Ao contrário do que acontece com muitos trabalhadores, o empresário

Page 188: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

188

corre um risco ao reorganizar os fatores de produção (SMELSER,

1968, p.163).

Para a análise sociológica da atuação de empresários no mercado, Smelser argumenta

que devem ser considerados alguns determinantes como personalidade, cultura, fatores

sociais (por exemplo, distanciamento simbólico e de status de outras esferas sociais) e

fatores econômicos (por exemplo, lucros, recompensas políticas e de prestígio. O autor,

no entanto, ressalva que “o que é preciso para a análise do empresariado é, não só

uma lista maior de determinantes, como também sua combinação em configurações

características; somente assim podem tornar-se mais precisas as explicações da

ocorrência diferente do empresariado” (Smelser, 1968, p.166). Ao resgatarmos a

fortuna crítica de Parsons, observamos que Richard Swedberg (2005) procura

demonstrar que o autor se ateve menos às discussões de Weber sobre fenômenos

propriamente econômicos, direcionando sua atenção mais para outras questões do

corpus weberiano – precisamente em Economia e Sociedade – como a discussão acerca

da dominação. A opção de Parsons em classificar a economia como mero subsistema

da sociedade também é criticada pela Sociologia Econômica americana em período

mais tarde, notadamente por Mark Granovetter a partir dos anos 1980. Granovetter

(1990a) observa ainda que a abordagem sociológica da Economia por Parsons se

resume a poucos seguidores. Viviana Zelizer (2007, p.1061) observa ainda que apesar

de clássicos como Marx, Durkheim, Weber e Simmel terem dedicado especial atenção

ao papel social do dinheiro, a Sociologia passou ao largo dessa discussão no decorrer

da maior parte do século 20. Em relação à abordagem parsoniana do dinheiro como

uma linguagem simbólica, Zelizer a considera como restrista ao simbolismo do

dinheiro pela ótica do domínio econômico. Outros autores, além de Smelser no texto

citado, recentemente avaliam a contribuição de Parsons para a Sociologia Econômica,

caso de Keister (2002), Ingham (1998), Beckert e Janoski (2006), Velthuis (1999),

Zafirovski (2006), Kangas (2009) e Graça (2006). Em relação à obra do próprio

Smelser nos anos 1960, ressalva-se que mesmo com o autor não chegando a produzir

novas linhas de pesquisa, o esforço dele ajuda a consolidar, a partir da década citada,

a Sociologia Econômica como um subcampo nas mentes de acadêmicos e nos

currículos de faculdades e universidades norte-americanas (Smelser, Swedberg, 2005,

p.14). Empreendimentos intelectuais e acadêmicos do autor em colaboração com o

sociólogo italiano Alberto Martinelli (vide Serafim e Leao, 2007) e com Richard

Page 189: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

189

Swedberg (as duas edições de Handbook of Economic Sociology, em 1994 e 2005)

atestam esse seu papel fundamental.

Temas relacionados: Dinheiro; Vilfredo Pareto; Sociologia Econômica

BECKERT, Jens. Beyond the Market: the social foundations of economic efficiency.

Princeton, NJ: Princeton University Press, 2002.

______________; JANOSKI, Lissa. Interpenetration versus Embeddedness: the

premature dismissal of Talcott Parsons in the new economic sociology. American

Journal of Economics and Sociology, Vol.65, nº1, 2006, p.161-188.

CUISENIER, Jean. Sur l'Action Économique. Revue Française de Sociologie, 10-1,

1969, p.575-584.

DOMINGUES, José Maurício. A Sociologia de Talcott Parsons. 2ª edição. São Paulo:

Annablume, 2008.

GRAÇA, João Carlos. A Divisória Economia-Sociologia: o custo de Parsons enquanto

“empresário social acadêmico”. Socius Working Papers, nº 7, 2006.

GRANOVETTER, Mark. The Old and the New Economic Sociology. In:

FRIEDLAND, R.; ROBERTSON, A. F. (eds.). Beyond the marketplace. New York:

Aldine de Gruyter, 1990, p.89-112.

HOLTON, Robert J. Talcott Parsons and the Integration of Economic and Sociological

Theory. Sociological Inquiry, Volume 61, Issue 1, 1991, p.102-114.

________________. Talcott Parsons on Economy and Society. London: Routledge,

1986.

INGHAM, Geoffrey. On the Underdevelopment of the Sociology of Money. Acta

Sociologica, 41(1), 1998, p.3–18.

Page 190: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

190

KANGAS, Risto. The Market, Values and Coordination of Actions. From Value

Integration to Libertas Indifferentiae. Journal of Classical Sociology, Vol 9(3), 2009,

291–318.

KEISTER, Lisa A. Financial Markets, Money, and Banking. Annual Review of

Sociology, 28, 2002, p.39-61.

PARSONS, Talcott. A Estrutura da Ação Social. 2vols. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010

[1937].

________________. O Sistema das Sociedades Modernas. São Paulo: Pioneira,

1974[1971].

________________; SMELSER, Neil J. Economy and Society: a study of economic

and social theory. London: Routledge, 1998 [1956].

SERAFIM, Maurício C.; LEAO, Isabela. Uma Perspectiva Italiana do

Empreendedorismo: Entrevista com Alberto Martinelli. RAE - eletrônica, v.6, nº2,

jul./dez. 2007.

SMELSER, Neil J. Parson’s Economic Sociology and Its Extension to the Global

Economy. Journal of Classical Sociology, Vol.5 (3), 2005, p.245-266.

_______________; SWEDBERG, Richard. Introducing Economic Sociology. In:

SMELSER, Neil J.; SWEDBERG, Richard. The Handbook of Economic Sociology.

Second Edition. Princeton, NJ: Princeton University Press, 2005, p.3-25.

SWEDBERG, Richard. Max Weber e a Idéia da Sociologia Econômica. Rio de

Janeiro; São Paulo: UFRJ; Beca, 2005 [1998].

VELTHUIS, Olav. The Changing Relationship between Economic Sociology and

Institutional Economics: From Talcott Parsons to Mark Granovetter. American

Journal of Economics and Sociology, 58 (4), October 1999, p.629-649.

Page 191: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

191

ZAFIROVSKI, Milan. Parsonian Economic Sociology: bridges to Contemporary

Economics. American Journal of Economics and Sociology, 65 (1), 2006, p.75-107.

ZELIZER, Viviana A. Pasts and Futures of Economic Sociology. American

Behavioral Scientist, Volume 50, Number 80, April 2007, p.1056-1069.

Performatividade, performação

O ramo performativo considera a ação econômica como um resultado de processos de

cálculo, envolvendo tecnologias e artefatos empregados por atores sociais em

mercados, como as próprias teorias econômicas, visto que a aplicação do

conhecimento econômico (Economics) performa a atividade econômica (Economy), em

um processo denominado de Economicização (Çaliskan, Callon, 2009). Michel Callon

(1998), o principal nome da corrente da performatividade ou, denominação mais

recente, performação (Callon, 2009) argumenta que não faz sentido apresentar “leis de

mercados” como algo pronto e universal, já que as mesmas são resultantes de

contingências. Na argumentação de Callon (2004, p.75), “o mercado é uma

construção e uma reconstrução permanente, é uma construção coletiva que supõe

negociações, interações e aprendizados (...) Não se entra em um universo estruturado,

que se impõe a todos. Constrói-se o mercado, ou seja, elabora-se em comum os

produtos, o que será a oferta e o que será a demanda, mas também quais serão os

papéis desempenhados por cada um na concepção, na produção e na distribuição dos

bens e dos serviços. Nesse modelo, o mercado está em constante emergência”. Em

outro texto (2005), escrito com Fabian Muniesa, Callon avalia os mercados como

dispositivos coletivos que possibilitam compromissos a serem alcançados, não só sobre

a natureza dos produtos a produzir e distribuir, mas também sobre o valor conferidos

aos mesmos. Conforme os autores, tal resultado é notável, considerando que a situação

original é muitas vezes ambígua, frequentemente envolvendo um grande número de

agentes com idéias e interesses conflitantes, e que a qualidade e características dos

bens são muitas vezes extremamente incertas. Segundo Callon e Muniesa, a eficácia

dos mercados decorre do fato de tornar possíveis cálculos complexos e que estes

produzem soluções práticas para problemas que não poderiam, de outra forma, serem

resolvidos através da reflexão puramente teórica. Se os mercados são de cálculo, deve

ser possível identificar a entidade ou entidades que efetivamente detêm a

Page 192: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

192

responsabilidade para o cálculo, a fim de responder à simples pergunta: quem (ou o

que) realmente calcula (e como) quando dizemos que "o mercado" calcula? Observa-se

que, para os autores, cálculo não significa, necessariamente, executar operações

matemáticas ou mesmo numéricas, já que cálculo começa por estabelecer distinções

entre as coisas ou estados do mundo, e imaginando e estimando cursos de ação

associados com essas coisas ou estados, bem como as suas consequências.

Temas relacionados: Mercados

ASPERS, Patrik. Performativity, Neoclassical Theory and Economic Sociology,

European Economic Sociology: Electronic Newsletter, Vol , 2:33-39, 2005.

CALLON, Michel. A Coperformação das Ciências e da Sociedade. Política &

Sociedade, nº14, abril de 2009a, p383-406.

_______________. The Laws of the Markets. Oxford: Blackwell, 1998

_______________. Introduction: The Embeddedness of Economic Markets in

Economics. In: CALLON, Michel (ed.). The laws of the markets. Oxford: Blackwell,

1998, p.1-57 (Espanhol: Los Mercados y la Performatividad de las Ciencias

Económicas. Apuntes de Investigación, nº14, 2008, p.11-68).

_______________; MUNIESA, Fabian. Economic Markets as Calculative Collective

Devices. Organization Studies 26(8), 2005, p.1229–1250.

ÇALISKAN, Koray; CALLON, Michel. Economization, part 2: a research programme

for the study of markets. Economy and Society, Volume 39, Issue 1, February 2010,

p.1-32.

________________________________. Economization, part 1: shifting attention from

the economy towards processes of economization. Economy and Society, Vol. 38,

Number 3, August 2009, p.369-398.

Page 193: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

193

CHIAPELLO, Eve. Accounting at the Heart of the Performativity of Economics.

Economic Sociology - The European Electronic Newsletter. Volume 10, Number 1,

November 2008, p.12-15.

FRIDMAN, Daniel. La Creación de los Consumidores en la Última Dictadura

Argentina. Apuntes de Investigación, nº14, 2008, p.71-92.

KJELLBERG, Hans; HELGESSON, Claes-Fredrik. On the Nature of Markets and their

Practices. Marketing Theory, 7 (2), 2007, p.137-162.

_________________________________________. Multiple Versions of Markets:

multiplicty and performativity in market practice. Industrial Marketing Management,

35 (7), 2006, p.839-855.

MACKENZIE, Donald. An Equation and its Worlds: Bricolage, Exemplars, Disunity

and Performativity in Financial Economics. Social Studies of Science, 33/6, December

2003, p.831-868.

___________________; MUNIESA, Fabian; SIU, Lucia (eds.). Do Economists Make

Markets? On the Performativity of Economics. Princeton, NJ: Princeton University

Press, 2007.

MUNIESA, Fabian. The Problem with Economics: naturalism, critique and

performativity. Centre de Sociologie de L’Innovation, Ecole des Mines de Paris.

Papiers de Recherch es du CSI / CSI Working Papers Series, nº020, 2010, 21p.

________________; CALLON, Michel. La Performativité des Sciences Économiques.

Centre de Sociologie de L’Innovation, Ecole des Mines de Paris. Papiers de

Recherches du CSI / CSI Working Papers Series, nº010, Février 2008, 25p.

Pobreza

Densa vida financeira de famílias pobres. Preço da pobreza. Formação de mercado de

finanças no Sertão da Bahia. Sociologia Econômica da pobreza crônica. Para iniciados

Page 194: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

194

na área de Sociologia Econômica estas expressões, encontradas na literatura que

segue, podem soar como absurdas. E não são. Porém, antes do aprofundamento dessas

questões, é necessário ter em mente uma definição mínima de pobreza. Na Sociologia

Clássica, Georg Simmel (1998[1907) considera pobre aquele que recebe assistência

Temas relacionados: Mercados; Riqueza; Georg Simmel

ABRAMOVAY, Ricardo. A Densa Vida Financeira das Famílias Pobres. In:

ABRAMOVAY, Ricardo (Org.). Laços Financeiros na Luta Contra a Pobreza. São

Paulo: FAPESP/Annablume, 2004, p. 21-67.

ARBACHE, Jorge Saba (Org.). Pobreza e Mercados no Brasil – Uma análise de

iniciativas de políticas públicas. Brasília: CEPAL/DFID, 2003.

BOURDIEU, Pierre. (Coord.). A Miséria do Mundo. 7ªedição. Petrópolis, RJ: Vozes,

2008.

DOHAN, Daniel. The Price of Poverty: money, work, and culture in the Mexican

American Barrio. Berkeley and Los Angeles: University of California Press, 2003.

MAGALHÃES, Reginaldo Sales; ABRAMOVAY, Ricardo. A Formação de um

Mercado de Microfinanças no Sertão da Bahia. Revista Brasileira de Ciências Sociais,

Vol.22, n.63, fevereiro 2007, p.107-119.

MARQUES, Eduardo Cesar Leão. As Redes Sociais Importam para a Pobreza Urbana?

Dados, Vol.52, nº2, 2009, p.471-505.

MEDEIROS, Marcelo. Crescimento, População, Desigualdade: a formulação de política

de combate à desigualdade e à pobreza no Brasil. Parcerias Estratégicas, Vol.20, n1,

2005, p.223-237.

__________________; COSTA, Joana Simões de Melo. Is There a Feminization of

Poverty in Latin America? World Development, Vol.36, 2007, p.115-127.

Page 195: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

195

MINGIONE, Enzo. Fragmentação e Exclusão: A Questão Social na Fase Atual de

Transição das Cidades nas Sociedades Industriais Avançadas. Dados, Vol.41, nº4, 1998,

p.673-700.

_______________ (ed.). Urban Poverty and the Underclass: a reader. Oxford:

Blackwell, 1996.

________________. Urban Poverty in the Advanced Industrial World: concepts,

analysis and debates. In: MINGIONE, Enzo (ed.). Urban Poverty and the Underclass:

a reader. Oxford: Blackwell, 1996, p.3-40.

PAUGAM, Serge. Las Formas Elementales de la Pobreza. Madrid: Alianza Editorial,

2007 [2005].

_______________. Science et Conscience de la Pauvreté. L'Économie Politique, nº26,

2005, p.66-79.

______________. Desqualificação Social: ensaio sobre a nova pobreza. São Paulo:

Cortez Editora / Eudc, 2003.

______________. Les Formes Contemporaines de la Pauvreté et de l'Exclusion en

Europe. Études Rurales, nº159-160, 2001, p.73-95.

SOMERS, Margaret R.; BLOCK, Fred. From Poverty to Perversity: Ideas, Markets, and

Institutions over 200 Years of Welfare Debate. American Sociological Review, 70 (2),

April 2005, p.260-287.

SIMMEL, Georg. Les Pauvres. Paris: Presses Universitaires de France (PUF), 1998

[1907].

TONKISS, Fran. Contemporary Economic Sociology: Globalisation, Production,

Inequality. London: Routledge, 2006

Page 196: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

196

WOOLCOCK, Michael. Toward an Economic Sociology of Chronic Poverty:

Enhancing the Rigor and Relevance of Social Theory. Chronic Poverty Research

Centre (CPRC), Working Paper 104, October 2007.

Poder

BAKER, Wayne E.; FAULKNER, Robert R.; FISHER, Gene A. Hazards of the Market:

the continuity and dissolution of interorganizational market relationships. American

Sociological Review, Vol 63, nº 2, April, 1998, p.147-177.

CALLON, Michel. Some Elements of a Sociology of Translation: domestication of the

scallops and the fishermen of St Brieuc Bay. In: LAW, John. Power, action and belief:

a new sociology of knowledge? London: Routledge, 1986, pp.196-223.

CARRUTHERS, Bruce G. City of Capital: Politics and Markets in the English

Financial Revolution. Princeton, NJ: Princeton University Press, 1999.

FLIGSTEIN, Neil. Markets as Politics: a political-cultural approach to market

institutions. American Sociological Review, Vol, 61, nº 4, august 1996, p.656-673.

________________. The Transformation of Corporate Control. Cambridge: Harvard

University Press, 1993 [1990].

GOUREVITCH, Peter A.; SHINN, James. Political Power and Corporate Control:

The New Global Politics of Corporate Governance. Princeton, NJ: Princeton University

Press, 2007.

GRANOVETTER, Mark. Ação Econômica e Estrutura Social: o problema da imersão.

RAE – eletrônica, Vol.6, nº1, jan/jun 2007 [1985].

HAMILTON, Gary G.; BIGGART, Nicole Woolsey. Why People Obey: theoretical

observations on power and obedience in complex organizations. Sociological

Perspectives, Volume 28, nº1, January 1985, p.3-28.

Page 197: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

197

MIZRUCHI, Mark S. The Structure of Corporate Political Action: interfirm relations

and their consequences. Cambridge: Harvard University Press, 1992.

ROY, William G. Socializing Capital: The Rise of the Large Industrial Corporation in

America. Princeton, NJ: Princeton University Press, 1997.

SCOTT, John. Power, Domination and Stratification: towards a conceptual analysis.

Sociologia, Problemas e Práticas, nº 55, 2007, p. 25-39.

___________. Networks of Corporate Power: a comparative assessment. Annual

Review of Sociology, Vol. 17, 1991, p. 181-203.

WEBER, Max. Economía y Sociedad: esbozo de sociología comprensiva. Mexico:

Fondo de Cultura Economica, 1999 [1922].

Polanyi, Karl

Em sua obra principal, A Grande Transformação (1944), Karl Polanyi (1886-1964)

defende a tese de que com o advento do pensamento liberal, na Grã-Bretanha do século

19 (1830), a economia de mercado transforma-se, em um plano ideológico, em sistema

de mercado auto-regulável, ou, segundo expressão do autor, um moiinho satânico que

reduz trabalho, terra e dinheiro a mercadorias fictícias. Assim, até aquela época, o

mercado auto-regulável era desconhecido (as economias pré-capitalistas estariam

imersas na religião e tradição) e a emergência da idéia da auto-regulação se constituiu

em inversão completa da tendência do desenvolvimento. Polanyi, ao término da obra,

exalta a não cconssumaçção do mito do livre mercado segundo o pensamento liberal,

além de afirmar que a autonomia do mercado conduz à destruição sociial. Ao final dos

anos 1970, a teorização de Polanyi sobre o mercado auto-regulador é criticada por

Fernand Braudel.

Temas relacionados: Embeddedness; Liberalismo e Neoliberalismo; Mercados;

Protecionismo

BECKERT, Jens. The Great Transformation of Embeddedness: Karl Polanyi and the

New Economic Sociology. Cologne: MPIfG, January 2007.

Page 198: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

198

BLOCK, Fred. Karl Polanyi and the Writing of The Great Transformation. Theory

and Society, Vol.32, 2003, p.275-306.

POLANYI, Karl. A Grande Transformação: as origens de nossa época. 2ª edição. Rio

de Janeiro: Campus, 2000 [1944].

SOBEL, Richard. Dé-penser l’économique sans Mauss et avec Polanyi. L'Homme et la

société /2, N°156, 2005, p.169-183.

STEINER, Philippe. Who Is Right about the Modern Economy: Polanyi, Zelizer, or

both? Theory and Society, Vol.38, n.1, January 2009, p.97-110.

Preço

A formação de preços não inclui somente variáveis econômicas, mas também engloba

aspectos sociais e culturais. Baker et al (1998) consideram que a competição, as

disputas por poder e a ação de forças institucionais modelam as estruturas sociais dos

mercados. Com base em um estudo empírico sobre o mercado publicitário nos Estados

Unidos, os autores destacam a importância de se investigar indicadores de poder e seus

impactos na competição de mercado. Entre esses indicadores, estão tamanho

organizacional das empresas (um portfólio, já consolidado, de grandes clientes é fonte

de atração de negócios e de estabilidade), acesso à informação (bons resultados de um

cliente evidenciam efetividade dos serviços prestados, detalhes sobre competidores) e

status social (um produto de maior renome – marca – e qualidade é fornecido pelo

prestador de serviços em comparação ao de seus competidores). Esses indicadores

podem realçar ou relativizar a importância dos preços em um mercado. Desta forma, a

competição pode englobar diversas dimensões: “price, quality, service, delivery times,

and so on. Price plays a leading role in economic theories of exchange, but in the real

world its importance is variable (…) price is far less important in markets where (1)

products or services are complex, customized, unique, and difficult to compare; (2)

quality is ambiguous and the link between quality and performance (outcomes) is loose

and difficult to measure; and (3) market conditions are imperfectly competitive. In such

situations, so called nonprice forms of rivalry (such as quality or service) are more

Page 199: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

199

important than price” (Baker et al., 1998, p.154). Em estudos sobre preços de obras

artísticas em galerias nos Estados Unidos e na Europa, Olav Velthuis evidencia que,

nesse mercado, o preço de uma tela nunca é rebaixado. Tal convenção é, de imediato,

uma ruptura com os postulados da teoria econômica clássica e neoclássica acerca de

preços. Convém lembrar que na abordagem do fundador da economia moderna, Adam

Smith, a esfera do mercado é o espaço da mão invisível, com a oferta e a procura se

encontrando e atingindo o equilíbrio de modo automático pela intermediação dos

preços: se a demanda por um produto aumenta, o preço do produto também aumenta.

Desta forma, o mercado revela-se como o motor da economia e os preços no mercado

fazem tudo. Bem mais adiante, no final da década de 1870, o francês Léon Walras

indaga-se acerca de como é possível demonstrar as vantagens da livre-competição,

tomada como profissão de fé por economistas a partir dos argumentos de Adam Smith.

Para obter a complexa resposta, Walras reúne teoria econômica e matemática (o que

assinala uma ruptura com a Economia Política) e apresenta uma teoria do equilíbrio

econômico geral, fundamentado em suas observações sobre a Bolsa de Paris. A tese

central é que se atinge o equilíbrio em um mercado quando a quantidade de produto

que os vendedores inserem na esfera mercantil é igualada pela quantidade que os

consumidores querem comprar ao preço vigente. Simplificadamente, o equilíbrio

ocorre quando a oferta satisfaz a demanda e se torna geral quando é simultaneamente

alcançado em todos os mercados de uma economia, com os produtos em oferta sendo

escoados plenamente. Walras, todavia, defende que sua teorização sobre o equilíbrio

econômico é um instrumento de investigação e não uma descrição de como as

transações realmente ocorrem. Mesmo com tal ressalva, o modelo do equilibro geral

walrasiano é aperfeiçoado, no século 20, por Kenneth Arrow, entre outros economistas,

e se torna incontornável para a disciplina econômica (Orléan, 2003). Em sua

abordagem sobre a formação de preço no mercado de artes plásticas, Olav Velthuis

(2005) propõe que os mercados devem ser considerados como “constelações

culturais”, buscando evidenciar os aspectos simbólicos na formação de valores

econômicos:

Like any other type of social interaction, market exchange is highly

ritualized; it involves a wide variety of symbols that transfer rich

meanings between people who exchange goods with each other.

These people are connected through ties of different sorts, whose

Page 200: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

200

emergence, maintenance, and possible decay involve complex social

processes. What I argue, in short, is that just as culture infuses other

social settings that sociologists and anthropologists have studied, it

infuses market settings. This infusion is of such a degree, that it may

be virtually impossible to separate market and culture analytically

(VELTHUIS, 2005, p.3).

Embora destaque em nota trabalhos sociológicos em torno de preços, como o de

Velthuis, Renaud Fillieule (2010) argumenta que, apesar de autores da Sociologia dos

Mercados buscarem distanciamento de pressupostos da teorização econômica, os

mesmos acabam adotando implicitamente aspectos do que visam rejeitar.

Temas relacionados: Mercados; Valor

BAKER, Wayne E. The Social Structure of a National Securities Market. The

American Journal of Sociology, Vol. 89, nº 4, January 1984, p.775-811.

BEUNZA, Daniel; STARK, David. Tools of the Trade: the socio-technology of

arbitrage in a Wall Street trading room. Industrial and Corporate Change, Volume

13, Number 2, April 2004, p.369-400.

CARRUTHERS, Bruce G.; STINCHCOMBE, Arthur L. The Social Structure of

Liquidity: flexiblity, markets, and states. Theory and Society, 28, 1999, p.353-382.

ÇALISKAN, Koray. The Meaning of Price in World Markets. Journal of Cultural

Economy, Volume 2, Issue 3, November 2009, p.239-268.

CHIFFOLEAU, Yuna; LAPORTE, Catherine. La Formation des Prix: le Marché des

Vins de Bourgogne. Revue Française de Sociologie, Volume 45 (4), 2004, p.653-680.

FILLIEULE, Renaud. The New Economic Sociology of Prices: an analysis inspired by

the Austrian School of Economics. American Journal of Economics and Sociology,

Vol. 69, nº2, April 2010, p.668-692.

KARPIK, Lucien. Valuing the Unique: the economics of singularities. Princeton, NJ:

Page 201: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

201

Princeton University Press, 2010.

ORLÉAN, André. Réflexion sur les Fondements Institutionnels de l’Objectivité

Marchande. Cahiers d'Économie Politique, nº44, 2003/1, p.181-196.

REINECKE, Juliane. Beyond a Subjective Theory of Value and towards a ‘Fair Price’:

an organizational perspective on Fairtrade minimum price setting. Organization, 17(5),

2010, p.563–581.

SMITH, Charles W. Markets as Definitional Practices. Canadian Journal of Sociology

/ Cahiers Canadiens de Sociologie, 32, 2007, p.1–39.

________________. Auctions: The Social Construction of Value. New York: Free

Press, 1989.

TEIL, Geneviève; MUNIESA, Fabian. Donner un Prix. Observations à partir d'un

dispositif d'économie expérimentale. Terrains & Travaux, nº11, 2006, p.222-244.

UZZI, Brian; LANCASTER, Ryon. Embeddedness and Price Formation in the

Corporate Law Market. American Sociological Review, 69 (3), 2004, p.319-344.

VELTHUIS, Olav. Talking Prices: Symbolic Meanings of Prices on the Market for

Contemporary Art. Princeton, NJ: Princeton University Press, 2005.

_______________. An Interpretative Approach to Meanings of Prices. The Review of

Austrian Economics, 17:4, 2004, p.371-386.

_______________. Symbolic Meaning of Prices: constructing the value of

contemporary art in Amsterdam and New York galleries. Theory and Society, 32,

2003, p.181-215.

WEBER, Max. Economía y Sociedad: esbozo de sociología comprensiva. Mexico:

Fondo de Cultura Economica, 1999 [1922].

Page 202: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

202

WHERRY, Frederick F. The Social Characterizations of Price: The Fool, the Faithful,

the Frivolous, and the Frugal. Sociological Theory, 26:4, December 2008, p.363-379.

YAKUBOVICH, Valery; GRANOVETTER, Mark; MCGUIRE, Patrick. Electric

Charges: the social construction of rate systems. Theory and Society, 34, 2005, p.579–

612.

ZUCKERMAN, Ezra W. The Categorical Imperative: Securities Analysts and the

Illegitimacy Discount. American Journal of Sociology, Volume 104, Number 5,

March 1999, p.1398–1438.

Profissões e Ocupações

A inclusão da obra de Eliot Freidson (1923-2005), um autor clássico no estudo de

profissões e ocupações (Freidson, 1998) e um dos fundadores da Sociologia da

Medicina (Freidson, 2009[1970]), talvez provoque algum estranhamento inicial, já que

esta se trata de uma compilação de Sociologia Econômica. Entretanto, sua definição de

“abrigo” no mercado ocupacional, que ressalva os esforços canalizados,

cotidianamente, para desencadear uma imagem positiva de qualquer mercado de

ocupações que esteja em gestação ou fase inicial de desenvolvimento, pode ser de

grande valia para a disciplina: "...o abrigo é parte da economia política ampla de uma

sociedade industrial complexa – um nicho especial que define as fronteiras de

oportunidade para membros de uma ocupação no mercado de trabalho dessa economia

política – e a base condicionante para a interação entre trabalhadores em torno de

seus problemas de trabalho que estabelece sua consciência, identidade, compromisso e

desempenho, à medida que buscam autonomia no mercado em geral e nos ambientes

concretos em que realizam seu trabalho" (Freidson, 1998, p. 129).

Temas relacionados:

ABBOTT, Andrew. The Sociology of Work and Occupations. Annual Review of

Sociology, 19, 1993, p.187-209.

________________. The System of Professions: An Essay on the Division of Expert

Labor. Chicago: The University of Chicago Press, 1988.

Page 203: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

203

BARBOSA, Maria Ligia de Oliveira. Ensaio Bibliográfico: As Profissões no Brasil e

sua Sociologia. Dados, Vol.46, nº3, 2003, p.593-607.

BONELLI, Maria da Gloria. O Instituto da Ordem dos Advogados Brasileiros e o

Estado: a profissionalização no Brasil e os limites dos modelos centrados no mercado.

Revista Brasleira de Ciências Sociais, Vol.14, nº39, Fevereiro 1999, p.61-81.

BRINT, Steven. Professionals and the ‘Knowledge Economy’: Rethinking the Theory

of Postindustrial Society. Current Sociology, 49 (4), July 2001, p.101-132.

_____________. Profesiones y Mercado. Revista Española de Investigaciones

Sociológicas (REIS), nº59, Julio Septiembre 1992, p.161-203.

COURPASSON, David. Marché Concret et Identité Professionnelle Locale. La

Construction de l'Identité par le Rapport au Marché. Revue Française de Sociologie,

35-2, 1994, p.197-229.

DINIZ, Marli. Os Donos do Saber: profissões e monopólios profissionais. Rio de

Janeiro: Revan, 2001.

FOURCADE, Marion. The Construction of a Global Profession: The

Transnationalization of Economics. American Journal of Sociology, Volume 112,

Number 1, July 2006, p.145–194.

FREIDSON, Eliot. Profissão Médica: um estudo de sociologia do conhecimento

aplicado. São Paulo: Editora Unesp, 2009 [1970].

________________. Renascimento do Profissionalismo: teoria, profecia, política. São

Paulo: Edusp, 1998.

GUILLÉN, Mauro F. El Sistema de Profesiones: el caso de las profesiones económicas

en España. Revista Española de Investigaciones Sociologicas (Reis), nº59, 1992,

p.243-259.

Page 204: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

204

HARRINGTON, Brooke. Trust and Estate Planning: The Emergence of a Profession

and Its Contribution to Socio-Economic Inequality. MPIfG Discussion Paper, June

2009.

LARSON, Magali Sarfatti. Professions. In: BECKERT, Jens; ZAFIROVSKI, Milan

Zafirovski (eds.). International Encyclopedia of Economic Sociology. London:

Routledge, 2006, p.539-543.

______________________. The Rise of Professionalism. Berkeley, CA: University of

California Press, 1977.

RODRIGUES, Maria de Lurdes. Sociologia das Profissões. Oeiras: Celta Editora,

1997.

RODRÍGUEZ, Josep A.; GUILLÉN, Mauro F. Organizaciones y Profesiones en la

Sociedad Contemporanea. Revista Española de Investigaciones Sociologicas (Reis),

nº59, 1992, p.9-18.

SAPIRO, Gisèle. Elementos para uma História do Processo de Autonomização: o

exemplo do campo literário francês. Tempo Social, Vol.16, n1, junho 2004, p.93-105.

SCIULLI, David. Professions before Professionalism. Archives Européennes de

Sociologie / European Journal of Sociology, 48(3), 2007, p.121-147.

Propriedade

CAMPBELL, John L.; LINDBERG, Leon N. Property Rights and the Organization of

Economic Activity by the State. American Sociological Review, Vol. 55, October

1990, p.634-647.

CARRUTHERS, Bruce G.; ARIOVICH, Laura. The Sociology of Property Rights.

Annual Review of Sociology, 30, 2004, p.23-46.

Page 205: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

205

DURKHEIM, Émile. Lições de Sociologia. São Paulo: Martins Fontes, 2002.

FLIGSTEIN, Neil. Markets as Politics: a political-cultural approach to market

institutions. American Sociological Review, Vol, 61, nº 4, august 1996, p.656-673.

RHOTEN, Diana; POWELL, W.W. The Frontiers of Intellectual Property: Expanded

Protection vs. New Models of Open Science, Annual Review of Law and Social

Science Vol. 3. (2007).

STEINER, Philippe. Le Projet Physiocratique: Théorie de la Propriété et Lien Social.

Revue Économique, Volume 38, n°6, 1987. p.1111-1128.

WEBER, Max. Economía y sociedad: esbozo de sociología comprensiva. Mexico:

Fondo de Cultura Economica, 1999 [1922].

Prostituição / mercados de serviços sexuais

AGUSTÍN, Laura María. Sex at the Margins: Migration, Labour Markets and the

Rescue Industry. London: Zed Books, 2007.

BROCHIER, Christophe. Le Travail des Prostituées à Rio de Janeiro. Revue Françaíse

de Sociologie, 46-1, 2005, p.75-133.

FOLBRE, Nancy; NELSON, Julie A. For Love or Money – or both? Journal of

Economic Perspectives, Vol. 14, nº 4, Autumm 2000, p.123-140.

LOPES JÚNIOR, Edmilson. Amor, Sexo e Dinheiro: uma interpretação sociológica do

mercado de serviços sexuais. Política & Sociedade, Vol.4, nº6, 2005, p.165-193.

PISCITELLI, Adriana. Tránsitos: circulación de brasileñas en el ámbito de la

transnacionalización de los mercados sexual y matrimonial. Horizontes

Antropológicos, Vol.15, nº31, 2009, p. 101-136.

Page 206: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

206

___________________. Corporalidade em confronto: brasileiras na indústria do sexo

na Espanha. Revista Brasileira de Ciências Sociais, Vol.22, nº64, 2007, p.17-32.

___________________.Sujeição ou Subversão: migrantes brasileira na indústria do

sexo na Espanha. História e Perspectivas, 35, Jul.Dez.2006, p.13-55.

STINCHCOMBE, Arthur L. Prostitution, Kinship, and Illegitimate Work.

Contemporary Sociology, 23, 6, November 1994, p.855-859.

ZELIZER, Viviana A. Dinheiro, Poder e Sexo. Cadernos Pagu, nº32, jan./jun. 2009.

Protecionismo

É de Vilfredo Pareto (1984), em Os Sistemas Socialistas, a arguta observação de que o

protecionismo é o socialismo de capitalistas e empreendedores.

Temas relacionados: Mercados; Vilfredo Pareto; Karl Polanyi

GISLAIN, Jean-Jacques; STEINER, Philippe. La Sociologie Économique 1890-1920:

Émile Durkheim, Vilfredo Pareto, Joseph Schumpeter, François Simiand, Thorstein

Veblen et Max Weber. Paris: PUF, 1995.

PARETO, Vilfredo. Os Sistemas Socialistas. In: RODRIGUES, José Albertino (org.).

Vilfredo Pareto: Sociologia. São Paulo: Ática, 1984, p.112-164.

POLANYI, Karl. A Grande Transformação: as origens de nossa época. 2ª edição. Rio

de Janeiro: Campus, 2000 [1944].

STEINER, Philippe. Vilfredo Pareto et le Protectionnisme: L'économie Politique

Appliquée, la Sociologie Générale et quelques Paradoxes. Revue Économique, Volume

46, n°5, 1995, p. 1241-1262.

Publicidade e Marketing

Page 207: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

207

AKRICH, Madeleine; CALLON, Michel; LATOUR, Bruno. The Key to Success in

Innovation Part I: the art of interessement. International Journal of Innovation

Management Vol. 6, No. 2, June 2002 [1988], p. 187–206.

___________________________________________________. The Key to Success in

Innovation Part II: the art of choosing good spokespersons. International Journal of

Innovation Management Vol. 6, No. 2, June 2002 [1988], p. 207–225.

ARAUJO, Luis. Markets, Market-Marketing and Marketing. Marketing Theory,

Volume 7 (3), 2007, p.211-226.

______________; FINCH, John; KJELBERG, Hans (eds.). Reconnecting Marketing

to Markets. Oxford: Oxford University Press, 2010.

BAKER, Wayne E.; FAULKNER, Robert R.; FISHER, Gene A. Hazards of the market:

the continuity and dissolution of interorganizational market relationships. American

Sociological Review, Vol 63, nº 2, April, 1998, p.147-177.

BRULLE, Robert J.; YOUNG, Lindsay E. Advertising, Individual Consumption Levels,

and the Natural Environment, 1900–2000. Sociological Inquiry, Vol. 77, nº4,

November 2007, p.522–542.

COCHOY, Franck. Une Histoire du Marketing, Discipliner L’économie de Marché.

Paris: La Découverte, 1999.

_______________. Another Disicipline for the Market Economy: Marketing as a

Performative Knowledge and Know-How for Capitalism. In: CALLON, Michel. The

Laws of the Markets, Oxford: Blackwell, 1998, p.194-221.

______________; CANU, Roland. La Publicité Comparative, ou comment se faire

Justice à soi-m~eme en passant par le Droit. Revue Française de Sociologie, Vol.47,

2006/1, p.81-115.

Page 208: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

208

CLARK, Colin; PINCH, Trevor J. The Hard Sell: the language and lessons of street-

wise marketing. London: HarperCollins, 1995.

DURAND, José Carlos Garcia. Formação do Campo Publicitário Brasileiro 1930-1970.

FGV-EASP, Relatório de Pesquisa n° 10, 2008.

______________________. Educação e Ideologia do Talento no Mundo da

Publicidade. Cadernos de Pesquisa, Vol. 36, nº128, maio/ago 2006, p.433-450.

______________________. Publicidade: Comércio, Cultura e Profissão (parte I). BIB,

nº53, 1º Semestre de 2002a.

______________________. Publicidade: Comércio, Cultura e Profissão (parte II). BIB,

nº54, 2º Semestre de 2002b.

FONTENELLE, Isleide A. Os caçadores do cool. Lua Nova, nº63, 2004, p.163-177.

GRABHER, Gernot. The Project Ecology of Advertising: tasks, talents and teams.

Regional Studies, Volume 36, Issue 3, May 2002, p.245-262.

MUNIESA, Fabian. Advertising. In: BECKERT, Jens; ZAFIROVSKI, Milan Zafirovski

(eds.). International Encyclopedia of Economic Sociology. London: Routledge, 2006,

p5-6.

PEDROSO NETO, Antonio José. A Dinâmica do Marketing de Rede: relações sociais e

expectativas de um novo estilo de vida. Horizontes Antropológicos, Vol.16, nº33,

2010, p.93-120.

SCHUDSON, Michael. Advertising, the Uneasy Persuasion: Its Dubious Impact on

American Society. New York: Basic Books, 1984.

Racionalidade Econômica

Page 209: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

209

Segundo Pierre Bourdieu, (2009[1980], p.84), “a teoria do ‘ator racional’, que busca a

‘origem’ dos atos, estritamente econômicas ou não, em uma ‘intenção’ da

‘consciência’, associa-se muitas vezes a uma concepção estreita da ‘racionalidade’ das

práticas, a um economismo que considera como racionais (ou, o que significa o mesmo

nessa lógica, econômicas) as práticas conscientemente orientadas pela vontade de

obter por um custo mínimo (econômico) o máximo de benefícios (econômicos)”.

Temas relacionados:

ASPERS, Patrik. Subjective or Objective Rational Choice Theory? Working Papers on

Social Mechanism, nº5, Stockholm: Stockholm University, 2000, 26p.

BOURDIEU, Pierre. O Senso Prático. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009 [1980].

________________. Coisas Ditas. São Paulo: Brasiliense, 2004 {1987].

CAPPELLIN, Paola. GIULIANI, Gian Mario. A Racionalidade, a Cultura e o Espírito

Empresarial. Sociedade e Estado, Volume XVII, Número 1, 2002, p.123-152.

COLEMAN, James S. A Rational Choice Perspective on Economic Sociology. In:

SMELSER, Neil J.; SWEDBERG, Richard (eds.). The Handbook of Economic

Sociology. Princeton, NJ: Princeton University Press, 1994, p.166-182.

__________________. Foundations of Social Theory. Cambridge: Harvard University

Press, 1990.

DEUTSCHMANN, Christoph. Marx, Schumpeter and the Myths of Economic

Racionality. Thesis Eleven, 53, May 1998, p.45-64.

FAVEREAU, Olivier. La Pièce Manquante de la Sociologie du Choix Rationnel. Revue

Française de Sociologie, 44-2, 2003, p.275-295.

SMELSER, Neil J. The Rational and the Ambivalente in the Social Sciences. American

Sociological Review, Vol.63, February 1998, p.1-16.

Page 210: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

210

_______________. The Rational Choice Perspective: A Theoretical Assessment.

Rationality and Society, 4, 1992, p.381-410.

STEINER, Philippe. The Sociology of Economic Knowledge. European Journal of

Social Theory, 4(4), 2001, p.443-458.

WEBER, Max. A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. São Paulo:

Companhia das Letras, 2004 [1904-1905].

____________. Economía y Sociedad: esbozo de sociología comprensiva. Mexico:

Fondo de Cultura Economica, 1999 [1922].

ZAFIROVSKI, Milan. Human Rational Behavior and Economic Rationality. Electronic

Journal of Sociology, 2003.

__________________. Reexamining Economic Sociology: Beyond Rational Choice

Reductionism. The American Sociologist, Spring 2001, p.78-99.

Redes Sociais

Como bem observa a socióloga Laurel Smith-Doerr (2005), a análise de redes é antiga

e recente. Antiga, porque está fundamentada em idéias da Sociologia clássica,

especialmente na Sociologia formal de Georg Simmel, autor preocupado em considerar

a posição de um ator individual em um ou múltiplos grupos e que demonstra as

mudanças que a presença de um terceiro indivíduo causa em transações sociais em que

havia antes dois atores, transações que podem ser desde familiares até comerciais,

ressalvando que, conforme Simmel, o comércio talvez seja a tradução perfeita entre

concorrência e cooperação simultâneas (Simmel, 1964). Já a nova dimensão da análise

de redes, amparada cada vez mais em modelos matemáticos e pacotes de softwares,

cresce exponencialmente desde o advento da Nova Sociologia Econômica, com os

trabalhos de Harrison White, Wayne Baker, Ronald Burt e Mark Granovetter. Este

último, vinte anos depois da publicação de seu ensaio emblemático, enfatiza que a

estrutura social (na forma de redes sociais) influi nos resultados das atividades

econômicas por três razões: afeta o fluxo e a qualidade da informação; revela que as

Page 211: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

211

redes sociais são fontes importantes de gratificação ou punição; tem o potencial de

depositar confiança (Granovetter, 2005). Smith-Doerr (2005) vai além e observa que a

aplicabilidade da análise de rede é tal que as unidades de rede podem ser medidas em

níveis diferenciados: indivíduos, organizações e nações. Em sua sempre influente tese

dos laços fracos ou frágeis, Granovetter (1973, 1974, 2005) sustenta que novas

informações fluem para os indivíduos mais provavelmente através de laços relacionais

fracos do que laços fortes, isto é, a informação tende a ser nova (e, portanto, não-

redundante) entre atores com menos densidade afetiva/emocional e menor tempo de

relacionamento (os “conhecidos”, para usar uma expressão bem brasileira) do que

pessoas ligadas aos grupos de pertencimento (familiares, amigos íntimos). A balança

de relações pode ser equilibrada, porém, pelos mais “próximos”, mais interessados

potencialmente em auxiliar. Desta maneira, “alguns estudos têm chamado a atenção

para a inusitada virtualidade dos laços mais fortes, observando entretanto que,

conquanto efetivos para produzir o acesso ao emprego, eles nem sempre asseguram

chances em ocupações de melhor qualidade” (Guimarães, 2009, p.176). Em relação

ainda à análise das redes sociais (social networks) em que estão imersas as ações

econômicas, se nos anos 1970, Granovetter (1973, 1974) utiliza o método para

acompanhar a obtenção de emprego na periferia de Boston, nos anos 2000, o autor, em

colaboração, analisa a estruturação do mercado de alta-tecnologia no Vale do Silício,

na Califórnia (Castilla et al., 2000; Ferrary, Granovetter, 2009). Assim, a imersão dos

empresários nas complexas redes do Vale do Silício é considerada um fator importante

para o êxito das start-ups (empresas tecnológicas com pouco tempo de atuação ou em

processo de incubação). Conforme Ferrary, Granovetter (2009, p.351), vários estudos

apontam que, no Vale do Silício, as redes sociais materializam-se na circulação do

conhecimento e na coordenação dos agentes empresariais. Os laços sociais entre os

agentes econômicos, ou a facilidade de criá-los, afetam fortemente as start-ups. Um

empresário que está mal encaixado nessas complexas redes recebe poucos recursos por

parte dos agentes do cluster e pode comprometer seu sucesso. Em outra perspectiva

estrutural da Sociologia Econômica, destaca-se a obra de Harrison C. White. Para o

autor norte-americano, um dos mais próximos da teoria econômica e influente na

opção de Granovetter pela análise de redes sociais (vide Swedberg, 1990, p.97;

Biggart, Beamish, 2003, p.449-450), o foco deve estar nas relações sociais que os

produtores em um dado setor mercantil constroem sobre mecanismos econômicos como

determinação de qualidade/preço e definição de nichos de transações econômicas

Page 212: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

212

(clientela potencial) e os tipos de mercado que daí resultam (vide White, 1981; Leifer,

White, 2004 [1987]; Steiner, 2006, 2005). Segundo o autor, a decisão tomada por um

produtor se espelha no comportamento, no mercado, de outros produtores, argumento

que evidencia uma ruptura total com um dos pressupostos centrais da economia

neoclássica, que é o anonimato no mercado. White (1981, p.518) afirma que “markets

are self-reproducing social structures among specific cliques of firms and other actors

who evolve roles from observations of each other’s behavior. I argue that the key fact is

that producers watch each other within a market”. Para White (2002) qualquer rede

social da atividade econômica é uma rede de sentidos, calcada na cultura dos atores

envolvidos, o que aproxima sua análise da chamada Economia das Convenções

(Favereau et al., 2002) e, na visão do autor deste ensaio, mesmo das proposições de Le

Velly e Callon, que conferem grande importância à imersão estrutural (relações

interpessoais, como propõe Granovetter), institucional formal (regras formais e

ferramentas sociais como a moeda e padrões de mensuração) e cultural (valores,

normas, gostos, sistemas de representação), além da elaboração conjunta de produtos e

setores de atuação. Como considera White (2002, p.299), “[...] business activities are

sustained within and across production markets only as common discourses are

generated and shared in common histories and propagated in some business culture

with many facets”. A perspectiva de White (1981, 1992, 2001, 2002) tornou a

Sociologia Econômica de viés estrutural menos abstrata, incorporando aspectos menos

formais como o exercício do poder nas relações sociais dos mercados, ainda que

criticado por elidir o papel do Estado nessa abordagem. A esse respeito, comenta Lie

(1997, p.350): “the embeddedness approach is salutary in stressing social relations and

networks. In avoiding both the oversocialized (e.g. the substantivist school in economic

anthropology) and undersocialized (e.g. the economic approach) approaches, it seeks

strikes a correct balance in analyzing markets and other economic phenomena and

institutions (...) The embeddedness approach, in others words, avoids market

essentialism and incorporates power”.

Temas relacionados: Capital Social; Consumo; Cooperação; Embeddedness;

Mercados; Poder; Relações Interfirmas

BAKER, Wayne E. Market Networks and Corporate Behavior. American Journal of

Sociology, Vol.96, nº3, November 1990, p.589-625.

Page 213: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

213

_______________; FAULKNER, Robert R. Social Networks and Loss of Capital.

Social Networks, 26, 2004, p.91-111.

____________________________________. Role as Resource in the Hollywood Film

Industry. American Journal of Sociology, Vol.97, nº2, September 1991, p.279-309.

BIGGART, Nicole Woosley; BEAMISH, Thomas D. The Economic Sociology of

Conventions: habit, custom, practice and routine in market order. Annual Review of

Sociology, 29, 2003, p.443-464.

CASTILLA, Emilio J.; HWANG, Hokyu; GRANOVETTER, Ellen; GRANOVETTER

Mark. Social Networks in Silicon Valley. In: LEE, Chong-Moon; MILLER, William F.;

HANCOCK, Marquerite Gong; ROWEN, Henry S. (eds.). The Silicon Valley Edge: a

habitat for innovation and entrepreneurship. Stanford University, 2000.

DIMAGGIO, Paul; LOUCH, Hugh. Socially Embedded Consumer Transactions: for

what kinds of purchases do people most often use networks? American Sociological

Review, Volume 63, n5, October 1998, p.619–637.

DESCHENEAUX, Frédéric; LAFLAMME, Claude. Réseau Social et Capital Social:

une distinction conceptuelle nécessaire illustré à l'aide d'une enquête sur l'insertion

professionnelle de jeunes Québécois. SociologieS [En ligne], Théories et recherches,

mis en ligne le 02 juin 2009.

EMIRBAYER, Mustafa; GOODWIN, Jeff. Network Analysis, Culture, and the Problem

of Agency. American Journal of Sociology, Volume 99, Nº6, May 1994, p.1411-1454.

FERRARY, Michel. Pour une Théorie de l’Échange dans les Réseaux Sociaux. Un essai

sur le don dans les réseaux industriels de la Silicon Valley. Cahiers Internationaux de

Sociologie, nº111, 2001/2, p.261-290.

FERRARY, Michel; GRANOVETTER, Mark. The Role of Venture Capital Firms in

Silicon Valley's Complex Innovation Network. Economy and Society 38 (2: May):

326-359, 2009.

Page 214: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

214

GRABHER, Gernot. Trading Routes, Bypasses, and Risky Intersections: mapping the

travels of ‘networks’ between economic sociology and economic geography. Progress

in Human Geography, 30(2), 2006, p.1–27.

GRANOVETTER, Mark. Ação Econômica e Estrutura Social: o problema da imersão.

São Paulo: RAE – eletrônica, Vol.6, nº1, jan/jun 2007.

____________________. La Fuerza de los Vínculos Débiles. Política y Sociedad, 33,

2000 [1973], p.41-56.

____________________. The Myth of Social Network Analysis as a Special Method in

the Social Sciences. Connections 13(2), 1990, p.13-16.

GROSSETTI, Michel. Logiques Sociales et Spatiales de la Création d'Entreprises

Innovantes. Géographie, économie, société 2008/1 (Volume 10).

__________________. Réseaux Sociaux et Médiations dans les Activités d’Innovation.

Hermès, n°50, 2008a, pp.21-27.

___________________. Concentration d'Entreprises et Innovation: esquisse d'une

typologie des systèmes productifs locaux. Géographie, économie, société, Vol.6,

2004/2.

GUIMARÃES, Nadya Araújo. À Procura de Trabalho: instituições do mercado e

redes. Belo Horizonte: Argumentum, 2009.

LAZEGA, Emmanuel. Cooperation among Competitors. Its Social Mechanisms through

Network Analyses. Sociologica, 1/2009.

__________________. Arrangements Contractuels et Structures Relationnelles. Revue

Française de Sociologie, 37-3. 1996, p. 439-456.

Page 215: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

215

LAZZARINI, Sérgio G. Capitalismo de Laços: os donos do poder e suas conexões.

Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.

___________________. Mudar Tudo para Não Mudar Nada: análise da dinâmica de

redes de proprietários no Brasil como “mundos pequenos”. RAE – eletrônica, Vol.6,

nº1, jan./jun. 2007.

LEIFER, Eric M.; WHITE, Harrison C. A Structural Approach to Markets. In:

DOBBIN, Frank (ed.). The New Economic Sociology: a reader. Princeton, NJ:

Princeton University Press, 2004 [1987], p.302-324.

MARTES, Ana Cristina Braga (org.). Redes e Sociologia Econômica. São Carlos, SP:

EdUFSCar, 2009.

MIZRUCHI, Mark S. Análise de Redes Sociais: avanços recentes e controvérsias atuais.

RAE, Vol.46, nº3, jul./set. 2006, p.72-86.

_________________; STEARNS, Linda Brewster; MARQUIS, Christopher. The

Conditional Nature of Embeddedness: A Study of Borrowing by Large U.S. Firms,

1973–1994. American Sociological Review, Volume 71, April 2006, p.310–333.

PADGETT, John F.; ANSELL, Christopher K. Robust Action and the Rise of the

Medici, 1400-1434. American Journal of Sociology, Volume 98, Number 6, May

1993, p.1259-1319.

PODOLNY, Joel M.; BARON, James N. Resources and Relationships: Social Networks

and Mobility in the Workplace. American Sociological Review, Vol.62, October 1997,

p.673-693.

POWELL, Walter W. Learning From Collaboration. Knowledge and Networks in the

Biotechnology and Pharmaceutical Industries. California Management Review,

40(3):228-40, Spring 1998.

Page 216: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

216

_________________. Inter-Organizational Collaboration in the Biotechnology Industry.

Journal of Institutional and Theoretical Economics, 120(1):197-215, March 1996.

_________________. Neither Market nor Hierarchy: Network Forms of Organization.

Research in Organizational Behavior, 12:295-336, 1990.

_________________; GRODAL, Stine. Networks of Innovators. In: FAGERBERG,

Jan; MOWERY, David C.; NELSON, Richard R. (eds.). The Oxford Handbook of

Innovation. Oxford University Press, 2005, pp. 56-85.

_________________; KOPUT, Kenneth W.; SMITH-DOERR, Laurel.

Interorganizational Collaboration and the Locus of Innovation: Networks of Learning in

Biotechnology. Administrative Science Quarterly, 41(1):116-45, March 1996.

RAUCH, James E.; CASELLA, Alessandra (eds.). Networks and Markets. New York:

Russell Sage Foundation, 2001.

ROOKS, Gerrit; TAZELAAR, Frits; SNIJDERS, Chris. Gossip and Reputation in

Business Networks. European Sociological Review, Volume 27, Number 1, 2011,

p.90-106.

SCOTT, John. Networks of Corporate Power: a comparative assessment. Annual

Review of Sociology, Vol. 17, 1991, p. 181-203.

SIMMEL, Georg. Conflict & The Web of Group Affiliations. Free Press, 1964.

SMITH-DOERR, Laurel. Network Analysis. In: BECKERT, Jens; ZAFIROVSKI,

Milan. International Encyclopedia of Economic Sociology. London: Routledge. 2005.

Pp. 469-475.

STEINER, Philippe. A Sociologia Econômica. São Paulo: Atlas, 2006 (Capítulo 4,

Redes Sociais e Funcionamento dos Mercados, p.76-107).

Page 217: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

217

STUART, Toby E.; SORENSON, Olav. Social Networks and Entrepreneurship. In:

ALVAREZ, Sharon A.; AGARWAL, Rajshree; SORENSON, Olav (eds.). Handbook

of Entrepreneurship Research: disciplinary perspectives. New York: Springer, 2005,

p.233-251.

SWEDBERG, Richard. Economics and Sociology - Redefining their Boundaries:

conversations with economists and sociologists. Princeton, NJ: Princeton University

Press, 1990.

UZZI, Brian. The Sources and Consequences of Embeddedness for the Economic

Performance of Organizations: the network effect. American Sociological Review,

March 2000.

___________. Embeddedness in the Making of Financial Capital: How Social Relations

and Networks Benefit Firms Seeking Financing. American Sociological Review, Vol.

64, nº 4, August 1999, p. 481-505

__________. Social Structure in Interfirm Networks: The Paradox of Embeddedness.

Administrative Science Quarterly, 42, 1997, 35–67.

VALE, Gláucia Maria Vasconcellos. Territórios Vitoriosos: o papel das redes

organizacionais. Rio de Janeiro: Garamond, 2007.

VARANDA, Marta Pedro. Acção Colectiva entre Pequenos Empresários: uma análise

de redes sociais. Análise Social, Vol. XLII (182), 2007, p.207-230.

WHITE, Harrison C. Redes e Historias. Redes - Revista hispana para el análisis de

redes sociales, Vol.16,#1, Junio 2009.

________________. Notes on the Constituents of Social Structure. Sociologica, 1/2008,

15p.

________________. Markets from Networks: socioeconomic models of production.

Princeton: Princeton University Press, 2002.

Page 218: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

218

________________. La Construcción de las Organizaciones Sociales como Redes

Múltiples. Política y Sociedad, 33, 2000, p.97-103.

________________. Identity and Control: a structural theory of social action.

Princeton, NJ: Princeton University Press, 1992.

WINDOLF, Paul; BEYER, Jürgen. Co-operative Capitalism: corporate networks in

Germany and Britain. British Journal of Sociology, Volume 47, Issue 2, June 1996,

p.205-231.

WINEMAN, Jean D; KABO, Felichism W.; DAVIS, Gerald F. Spatial and Social

Networks in Organizational Innovation. Environment and Behavior, Volume 41,

Number 3, May 2009, p.427-442.

Relações Interfirmas

GITAHY, Leda; CUNHA, Adriana Marques da; RACHID, Alessandra. Reconfigurando

as Redes institucionais: relações interfirmas, trabalho e educação na indústria de linha

branca. Educação & Sociedade, Volume 18, nº 61, dezembro 1997, p.159-186.

KEISTER, Lisa A. Interfirm Relations in Business Groups: Group Structure and Firm

Performance in China. In: CLEGG, Stewart; WANG, Karen; BERRELL, Mike (eds.).

Business Networks and Strategic Alliances in China. Cheltenham, UK;

Northampton, MA: Edward Elgar, 2007, p.157-181.

MIZRUCHI, Mark S. The Structure of Corporate Political Action: interfirm relations

and their consequences. Cambridge: Harvard University Press, 1992.

_________________; STEARNS, Linda Brewster; MARQUIS, Christopher. The

Conditional Nature of Embeddedness: A Study of Borrowing by Large U.S. Firms,

1973–1994. American Sociological Review, Volume 71, April 2006, p.310–333.

Page 219: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

219

NOOTEBOOM, Bart. Inter-firm Collaboration, Learning and Networks: an

integrated approach. New York: Routledge, 2004a.

__________________. Learning and Governance in Inter-firm Relations. Revue

d’Economie Politique, 114 (1), 2004b, p.55-76.

__________________. Inter-firm Alliances: analysis and design. London: Routledge,

1999.

RACHID, Alessandra; BRESCIANI FILHO, Ettore; GITAHY, Leda. Relações entre

Grandes e Pequenas Empresas de Autopeças e a Difusão de Práticas de Gestão da

Produção. Gestão & Produção, Vol.8, no.3, dezembro 2001, p.319-333.

UZZI, Brian. Social Structure in Interfirm Networks: The Paradox of Embeddedness.

Administrative Science Quarterly, 42, 1997, 35–67.

Religião

A vinculação entre aspectos religiosos e questões econômicas, como bem se sabe, é

tema de interesse para a Sociologia desde a fundação da disciplina, objeto de análise

em obras clássicas de Max Weber e Émile Durkheim.

Temas relacionados: Émile Durkheim; Imigração; Mercados; Max Weber

BOURDIEU, Pierre. A Economia dos Bens Simbólicos / Apêndice: Sobre a Economia

da Igreja. In: Razões Práticas: sobre a teoria da ação. Campinas, SP: Papirus, 1996,

p.157-197.

DURKHEIM, Émile. As Formas Elementares da Vida Religiosa. 3ªed. São Paulo:

Martins (Martins Fontes), 2003 [1912].

FRIGERIO, Alejandro. O Paradigma da Escolha Racional: mercado regulado e

pluralismo religioso. Tempo Social, Vol.20, nº2, Novembro 2008, p.17-39.

HADDORFF, David W. Religion and the Market: opposition, absorption, or ambiguity?

Page 220: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

220

Review of Social Economy, Vol. LVIII, n4, December 2000, p.483-504.

KEISTER, Lisa A. Conservative Protestants and Wealth: How Religion Perpetuates

Asset Poverty. American Journal of Sociology, 113, 2008, p.1237-71.

_______________. Upward Wealth Mobility: Exploring the Roman Catholic

Advantage. Social Forces, 85, 2007, p.1195-1226.

________________. Religion and Wealth: The Role of Religious Affiliation and

Participation in Early Adult Asset Accumulation. Social Forces, 82(1), September

2003, p.173-205.

LIMA, Diana Nogueira de Oliveira. "Prosperidade" na Década de 1990: etnografia do

compromisso de trabalho entre Deus e o fiel da Igreja Universal do Reino de Deus.

Dados, Vol.51, nº1, 2008, p.7-35.

_____________________________. “Trabalho”, “Mudança de Vida” e “Prosperidade”

entre Fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus. Religião e Sociedade, 27 (1), 2007,

p.132-155.

MARIANO, Ricardo. Usos e Limites da Teoria da Escolha Racional da Religião

Tempo Social, Vol.20, nº2, Novembro 2008, p.41-66.

__________________. O Reino de Prosperidade da Igreja Universal. In: ORO, Ari

Pedro; CORTEN, André; DOZON, Jean-Pierre (orgs.). Igreja Universal do Reino de

Deus: os novos conquistadores da fé. São Paulo: Paulinas, 2003a, p.237-258.

__________________. Efeitos da Secularização do Estado, do Pluralismo e do Mercado

Religioso sobre as Igrejas Pentecostais. Civitas, v.3, nº1, jun.2003, p.111-125.

MARTES, Ana Cristina Braga. Brasileiros nos Estados Unidos – Um Estudo sobre

Imigrantes em Massachusetts. São Paulo: Paz e Terra, 2000 (Capítulo IV – Os

Imigrantes Brasileiros e as Igrejas em Massachusetts).

Page 221: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

221

_________________________; RODRIGUEZ, Carlos L. Afiliação Religiosa e

Empreendedorismo Étnico: o Caso dos Brasileiros nos Estados Unidos. Revista de

Administração Contemporânea, v. 8, n. 3, Jul./Set. 2004, p.117-140.

MICELI, Sergio. A Elite Eclesiástica Brasileira. São Paulo: Companhia das Letras,

2009 [1988].

PEIFER, Jared L. The Economics and Sociology of Religious Giving: Instrumental

Rationality or Communal Bonding? Social Forces, 88 (4), June 2010, p.1569-1594.

PIERUCCI, Antônio Flávio. Apresentação. In: WEBER, Max. A Ética Protestante e o

Espírito do Capitalismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2004 [1904-1905], p.7-15.

SERAFIM, Mauricio C.; ANDION, Carolina. Capital Espiritual e as Relações

Econômicas: empreendedorismo em organizações religiosas. Cadernos EBAPE.BR,

Vol.8, n.3, 2010, p.564-579.

SOUZA, André Ricardo de. Igreja Católica e Mercados: a ambivalência entre a

solidariedade e a competição. Religião e Sociedade, Vol.27, nº1, 2007, p.156-174.

STARK, Rodney. O Crescimento do Cristianismo: Um Sociólogo Reconsidera a

História. São Paulo: Paulinas, 2006 [1996].

______________; BAINBRIDGE, William Sims. Uma Teoria da Religião. São Paulo:

Paulinas, 2008.

STEINER, Philippe. Religion et Économie. Mauss, Simiand et le Programme

Durkheimien. Revue Française de Sociologie, 42-4, 2001, p. 695-718.

WEBER, Max. A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. São Paulo:

Companhia das Letras, 2004 [1904-1905].

Page 222: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

222

WUTHNOW, Robert. New Directions in the Study of Religion and Economic Life. In:

SMELSER, Neil J.; SWEDBERG, Richard (eds.). The Handbook of Economic

Sociology. Second Edition. Princeton, NJ: Princeton University Press, 2005, p.603-626.

Renda

Renda, assim como riqueza, é um tema sob o qual a Sociologia, de modo geral,

apresenta defasagem em relação a estudos e métodos desenvolvidos pela Economia.

Temas relacionados: Pobreza; Riqueza; Trabalho

ABRAMOVAY, Ricardo. Anticapitalismo e Inserção Social dos Mercados. Tempo

Social, v.21, n.1, junho 2009, p.65-87.

GRANOVETTER, Mark. Toward a Sociological Theory of Income Differences. In:

BERG, Ivar (ed.). Sociological Perspectives on Labor Markets. New York: Academic

Press, 1981, p. 11-47.

McCALL, Leslie; PERCHESKI, Christine. Income Inequality: New Trends and

Research Directions. Annual Review of Sociology, Vol.36, August 2010, p.329-347.

SÖRENSEN, Jesper B. Organizational Diversity, Labor Markets, and Wage Inequality.

American Behavioral Scientist, Volume 50, Number 5, January 2007, p.659-676.

SZYDLIK, Marc. Incomes in a Planned and a Market Economy: the case of the German

Democratic Republic and the 'Former' Federal Republic of Germany. European

Sociological Review, 10 (3), December 1994, p.199-217.

WALDER, Andrew G. Markets and Income Inequality in Rural China: Political

Advantage in an Expanding Economy. American Sociological Review, 67(2),April

2002, p.231-253.

Riqueza

BECKERT, Jens. Inherited Wealth. Princeton, NJ: Princeton University Press, 2008.

Page 223: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

223

HARRINGTON, Brooke. Trust and Estate Planning: The Emergence of a Profession

and Its Contribution to Socio-Economic Inequality. MPIfG Discussion Paper, June

2009.

KEISTER, Lisa A. Getting Rich: America’s New Rich and how they Got that Way.

Cambridge: Cambridge University Press, 2005.

_______________. Wealth in America: Trends in Wealth Inequality. Cambridge:

Cambridge University Press, 2000.

_______________; MOLLER, Stephanie. Wealth Inequality in the United States.

Annual Review of Sociology, Vol. 26, 2000, p. 63-81.

MEDEIROS, Marcelo. Brasil: os ricos desconhecidos. In: CATTANI, Antonio David

(org.). Riqueza e Desigualdade na América Latina. Porto Alegre: Zouk, 2010, p.59-

77.

__________________. O que Faz os Ricos Ricos: o outro lado da desigualdade

brasileira. São Paulo: Hucitec, 2005a.

__________________. O Estudo dos Ricos no Brasil. Econômica, v.7, nº1, junho

2005b, p.99-128.

__________________. Estrutura Familiar e Rendimentos do Trabalho dos Ricos.

Dados, Vol. 47, nº2, 2004a, p. 365-382.

__________________. As Teorias de Estratificação da Sociedade e o Estudo dos Ricos.

BIB - Revista Brasileira de Informação Bibliográfica em Ciências Sociais, Vol. 57,

2004b, p.69-89.

SOUZA, Pedro H.G. Ferreira de. Riqueza: a dimensão ausente nos estudos sobre

desigualdades. In: CATTANI, Antonio David (org.). Riqueza e Desigualdade na

América Latina. Porto Alegre: Zouk, 2010, p.173-197.

Page 224: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

224

SPILERMAN, Seymour. Wealth and Stratification Processes. Annual Review of

Sociology, 26, 2000, p.497-524.

STARK, David. The Sense of Dissonance: accounts of worth in economic life.

Princeton, NJ: Princeton University Press, 2009.

TORCHE, Florencia; SPILERMAN, Seymour. Intergenerational Influences on Wealth

in Mexico. Latin American Research Review, Vol.44, nº3, 2009, p.75-101.

VEBLEN, Thorstein. A Teoria da Classe Ociosa: um estudo econômico das

instituições. São Paulo: Pioneira, 1965 [1899].

Risco

ARNOLDI, Jakob. Risk: an introduction. Cambridge, UK: Polity Press, 2009.

IZQUIERDO, A.Javier. Reliability at Risk: the supervision of financial models as a case

study for reflexive economic sociology. European Societies, 3(1), 2001, p.69-90.

KESSLER, Oliver. Performativity of Risk and the Boundaries of Economic Sociology.

Current Sociology, Vol. 55(1), January 2007, p.110–125.

MACKENZIE, Donald. The Material Production of Virtuality: Innovation, Cultural

Geography and Facticity in Derivatives Markets. Economy and Society 36, 2007,

p.355-376.

MILLER, Peter; KURUNMÄKI, Liisa. The Risks of Regulating by Numbers: costing,

curing and quantifying. Risk and Regulation, nº14, Winter 2007, p.8-10.

MILLO, Yuval; MACKENZIE, Donald. The Usefulness of Inaccurate Models: The

Emergence of Financial Risk Management. Accounting, Organizations and Society,

34 (5), July 2009, p.638-653.

Page 225: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

225

POON, Martha. From New Deal Institutions to Capital Markets: commercial consumer

risk scores and the making of subprime mortgage finance. Accounting, Organizations

and Society, 34 (5), July 2009, p.654-674.

Saúde

BLOOM, Gerald; STANDING, Hilary; LLOYD, Robert. Markets, Information

Asymmetry and Health Care: towards new social contracts. Social Science &

Medicine, Volume 66, Issue 10, May 2008, p.2076-2087.

CALLON, Michel; RABEHARISOA, Vololona. The Growing Engagement of

Emergent Concerned Groups in Political and Economia Life: lessons from the French

Association of Neuromuscular Disease Patients. Science, Technology and Human

Values, Volume 33, Number 2, March 2008, p.230-261.

EVE, Susan Brown. Care and Health. In: BECKERT, Jens; ZAFIROVSKI, Milan

(eds.). International Encyclopedia of Economic Sociology. London: Routledge, 2006,

p.44-47.

HAMMER, Peter J. The Architeture of Health Care Markets: Economic Sociology and

Antitrust Law. Houston Journal of Health Law & Policy, Volume 7, Issue 2, 2007,

p.227-264.

LINK, Bruce G.; PHELAN, Jo C. Fundamental Sources of Health Inequalities. In:

MECHANIC, David; ROGUT, Lynn B.; COLBY, David C.; KNICKMAN, James R.

(eds.). Policy Challenges in Modern Health Care. Piscataway, NJ: Rutgers University

Press, 2005, p.71-84.

MISOCZKY, Maria Ceci. O Isomorfismo Normativo e a Análise de Organizações de

Saúde. RAE eletrônica, Vol.4, nº1, 2005.

RABEHARISOA, Vololona; CALLON, Michel. L'engagement des Associations de

Malade dans la Recherche. Revue Internationale des Sciences Sociales, nº171, 2002,

p.65-73.

Page 226: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

226

SCOTT, W. Richard. Competiting Logics in Health Care: professional, state, and

managerial. In: DOBBIN, Frank (ed.). The Sociology of the Economy. New York:

Russell Sage Foundation, 2004b, p.267-287.

Schumpeter, Joseph

Após o fim da I Guerra Mundial, em 1918, e o colapso do Império Austro-Húngaro,

então aliado dos alemães, búlgaros e turcos, a Áustria é um país arruinado

financeiramente. À época, o governo do país empossa como ministro das Finanças um

economista de 36 anos, já considerado como o maior no mundo, ex-aluno e

colaborador de Max Weber: Joseph Schumpeter. Ele suporta sete meses no cargo e

renuncia. Depois de breves passagens por um banco privado de Viena e pela

Universidade de Bonn, na Alemanha, Schumpeter transfere-se para os Estados Unidos,

onde faz carreira em Harvard até a sua morte, em 1950. A precocidade genial das

obras de Schumpeter já se enunciava antes do desfecho da I Guerra. Em A Teoria do

Desenvolvimento Econômico, Schumpeter detalha os vínculos entre inovação, criação

de novos mercados e ação do empreendedor: "chamamos 'empreendimento' a

realização de combinações novas; chamamos 'empresários' aos indivíduos cuja função

é realizá-las (Schumpeter, 1982, p.54). É correto, conforme essa assertiva, afirmar que

Schumpeter considerava os empresários como atores responsáveis por mudanças que

desencadeavam o desenvolvimento econômico, mudanças que se traduziriam nas

seguintes situações: introdução de um novo bem; introdução de um novo método de

produção; abertura de um novo mercado; conquista de uma nova fonte de matérias-

primas; e estabelecimento de uma nova organização de qualquer indústria, como a

criação de uma posição de monopólio (caso de cartéis, trustes). Essas novas

combinações produtivas, segundo a visão schumpeteriana, eram conduzidas geralmente

por novas empresas e que, em sua maioria, não surgiam de antigas companhias. Em

termos do autor (p.49), “em geral, não é o dono de diligências que constrói estradas de

ferro”. Esse processo de renovação contínua do mercado capitalista por intermédio da

ação de novos empreendedores foi denominado por Schumpeter de destruição criativa.

O que não é correto é eventual interpretação (vide Strathern, 2004, p.219) de que

Schumpeter considerava uma função empresarial a condição de assumir os riscos da

atividade produtiva. Para Schumpeter, quem arcava com o risco era quem concedia

Page 227: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

227

crédito para as empresas de um dado mercado. Segundo o autor austríaco (p.92-93),

mesmo que o empresário se auto-financie pelos lucros anteriores, ou que contribua com

os meios de produção pertencentes ao seu negócio ‘estático’, o risco recai sobre ele

como capitalista ou possuidor de bens e não na condição de empresário. Correr risco

não é em hipótese nenhuma um componente da função empresarial. Já na década de

40, Schumpeter postula que o aumento das dimensões das empresas acabaria por

eliminar a figura do empresário empreendedor, com a sua capacidade inovadora sendo

transferida para uma burocracia de especialistas, naquilo que em termos atuais pode se

chamar de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D). O gigantismo de determinadas

empresas também implicaria a extinção de pequenas e médias empresas. A burguesia

acabaria expropriada como classe em seus rendimentos e mesmo na sua razão de ser.

Aqui, parecem transparecer matizes da obra weberiana. Schumpter busca aproximar

ainda reflexões da Economia com a Sociologia em História da Análise Econômica

(1964).

Temas relacionados: Empreendedorismo; Inovação

BEAMISH, Thomas D.; BIGGART, Nicole Woolsey. Mesoeconomics: Business

cycles, entrepreneurship, and economic crisis in commercial building markets.

Research in the Sociology of Organizations, Volume 30, 2010, p.245-280.

INGHAM, Geoffrey. Schumpter and Weber on the Institutions of Capitalism: Solving

Swedberg's Puzzle. Journal of Classical Sociology, Volume 3 (3), 2003, p.297-309.

MARTINELLI, Alberto. Análisis Económico y Análisis Sociológico en el Sistema

Teórico de Schumpeter. Revista Española de Investigaciones Sociologicas (REIS),

nº30, abril-junio1985, pp.41-68.

SCHUMPETER, Joseph A. Diez Grandes Economistas: de Marx a Keynes. Madrid:

Alianza Editorial, 1990 [1954] – (edição brasileira: Dez Grandes Economistas. Rio de

Janeiro: Civilização Brasileira, 1958.

Page 228: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

228

_______________________. A Teoria do Desenvolvimento Econômico: uma

investigação sobre lucros, capital, crédito, juro e o ciclo econômico. São Paulo: Abril

Cultural, 1982 [1911].

______________________. História da Análise Econômica. Rio de Janeiro: USAID,

1964, 3v.

STRATHERN, Paul. Uma Breve História da Economia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar

Editor, 2003.

SWEDBERG, Richard. The Economic Sociology of Capitalism: Weber and

Schumpeter. Journal of Classical Sociology, Vol. 2, nº3, November 2002, p.227-255.

___________________. On the Relationship Between Economic Thoery and Economic

Sociology in the Work of Joseph Schumpeter. In: SWEDBERG, Richard (ed.).

Explorations in Economic Sociology. New York: Russell Sage Foundation, 1993,

p.42-61.

___________________. Schumpeter: a biography. Princeton, NJ: Princeton University

Press, 1991.

Seguros

CHAN, Cheris Shun-ching. Creating a Market in the Presence of Cultural Resistance:

the case of life insurance in China. Theory and Society, Volume 38, Number 3, 2009,

p.271-305.

LORENC VALCARCE, Federico. La Vida Social de los Precios: evaluaciones

monetarias y acción económica en los mercados de la seguridad privada. Civitas, v.10,

nº3, set.-dez.2010, p.450-467.

QUINN, Sarah. The Transformation of Morals in Markets: Death, Benefits, and the

Exchange of Life Insurance Policies. American Journal of Sociology, Volume 114,

Number 3, November 2008, p.738-780.

Page 229: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

229

ZELIZER, Viviana A. Morals and Markets: The Development of Life Insurance in the

United States. New Brunswick, N.J.: Transaction Books, 1983.

_________________. Human values and the market: the case of life insurance and

death in 19th-Century America. American Journal of Sociology, Vol.84, Number 3,

November 1978, p.591-610.

Sexo

AGUSTÍN, Laura María. Sex at the Margins: Migration, Labour Markets and the

Rescue Industry. London: Zed Books, 2007.

NELSON, Julie A. Sociology, Economics, and Gender: Can Knowledge of the Past

Contribute to a Better Future? Global Development and Environment Institute,

Working Paper nº09-04, August 2008.

PISCITELLI, Adriana. Tránsitos: circulación de brasileñas en el ámbito de la

transnacionalización de los mercados sexual y matrimonial. Horizontes

Antropológicos, Vol.15, nº31, 2009, p. 101-136.

___________________. Corporalidade em Confronto: brasileiras na indústria do sexo

na Espanha. Revista Brasileira de Ciências Sociais, Vol.22, nº64, 2007, p.17-32.

___________________.Sujeição ou Subversão: migrantes brasileira na indústria do

sexo na Espanha. História e Perspectivas, 35, Jul.Dez.2006, p.13-55.

ZELIZER, Viviana A. Dinheiro, Poder e Sexo. Cadernos Pagu, nº32, jan./jun. 2009,

p.135-157.

.

Simmel, Georg

Georg Simmel (1858-1918) analisa as interações cotidianas entre os atores sociais,

com o exame das aspirações dos indivíduos em relação ao pertencimento grupal desses.

Page 230: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

230

Assim, Simmel (1964) teoriza que em grupos de mercadores, por exemplo, poder-se-iam

efetuar simultaneamente relações de associação e de isolamento, de competição

acirrada e de partilha de interesses comuns. Em outro texto (2006[1917]), o autor

considera que “os objetivos do espírito público, de uma coletividade em geral

correspondem àqueles que o indivíduo deve apresentar para si mesmo como os mais

fundamentalmente simples e primitivos (...) o asseguramento da existência, a aquisição

de novas propriedades, o desejo de afirmar e expandir a própria esfera de poder, a

defesa das posses conquistadas – estes são impulsos fundamentais, impulsos a partir

dos quais ele pode se associar de modo conveniente a muitos outros indivíduos, a seu

gosto”. Na mesma obra, entretanto, Simmel sugere que a concorrência irrestrita e a

unilateralização da vida em decorrência da divisão do trabalho não seriam exatamente

implantadoras de uma cultura de liberdade e igualdade. Porém, o autor afirma ainda,

ao final, que preferia ver o trabalho da humanidade gerar “formas novas, mais

variadas, com as quais a personalidade se afirmará, comprovando assim o valor de sua

existência”. Uma mensagem, enfim, otimista, no término da vida de alguém que

enfrentou sérios reveses para consolidar formalmente sua carreira acadêmica, apesar

de ser admirado dos dois lados do Atlântico: Os motivos: Simmel, além de ser judeu, é

considerado por alguns mais como um filósofo social do que propriamente um

sociólogo. Em relação ao papel social do dinheiro, o autor analisa, em duas obras,

Sobre diferenciação social, originalmente de 1890, e sobretudo em A Filosofia do

Dinheiro (2004[1900]), as implicações de uma economia monetarizada para a

liberdade pessoal e a individualidade. A Filosofia do Dinheiro divide-se em duas

partes, uma designada como “analítica” e a outra “sintética”. Simmel (2004) observa

que uma parte destina-se a fazer a essência do dinheiro inteligível a partir das

condições e das conexões da vida em geral, inversamente, a outra parte visa tornar a

essência e a organização da vida inteligíveis a partir dos efeitos do dinheiro. O autor

relaciona a importância crescente do dinheiro como valor (e não como substância) com

o modo de vida acelerado nas grandes cidades (metrópoles). Segundo Simmel (2004),

onde o ritmo da vida econômica é lento e o dinheiro circula lentamente, uma

determinada quantidade de dinheiro é mais valorizada do que na selva econômica da

vida urbana moderna. Segundo o filósofo e sociólogo alemão, a rápida circulação de

dinheiro induz hábitos de gastos e de aquisição, faz com que uma quantidade específica

de dinheiro se torne psicologicamente menos significativa e valiosa, enquanto o

dinheiro em geral torna-se cada vez mais importante porque as questões de dinheiro

Page 231: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

231

agora afetam o indivíduo mais vitalmente do que o seria em um estilo de vida menos

agitado. O dinheiro, segundo Simmel, unifica e separa interesse, desempenhando desta

forma um papel fundamental na mediação de relações entre indivíduos e grupos. Como

bem destaca Waizbort (2000), a divisão do trabalho supõe, na análise de Simmel, tal

meio de troca comum: “o dinheiro possibilita, enquanto meio de troca, a divisão da

produção e isto é uma enorme força unificadora entre os indivíduos, pois há então uma

unidade econômica que abrange a todos e para a qual todos contribuem" (Waizbort,

2000, p.150). Todavia, o dinheiro na abordagem simmeliana apresenta uma dupla face,

pois sua posse pode significar liberdade, mas também perda de sentido e ausência, com

tal liberdade sendo externa aos indivíduos: Conforme Simmel (2004), em trecho

relativo à transformação de valores substantivos em valores monetários, somente a

redução de toda relação com o dinheiro, se nós o recebemos ou o doamos, liberta-nos

de tal determinação que é externa a nós. Geoffrey Ingham (2006, p.269) destaca que

Simmel, de um modo paralelo ao que a Física busca encontrar, no começo do século

20, uma teoria para lidar com a perda de certeza dos postulados newtonianos ante o

fluxo da relatividade, luta para estabelecer uma nova concepção de dinheiro.

Temas relacionados: Ambivalência; Clássicos; Dinheiro; Moda; Pobreza

DEFLEM, Mathieu. The Sociology of the Sociology of Money. Simmel and the

Contemporary Battle of the Classics. Journal of Classical Sociology, Vol.3, nº1, 2003,

p.67-96.

DODD, Nigel. On Simmel's Pure Concept of Money: a response to Ingham. Archives

Européennes de Sociologie, XLVIII(2), 2007, p.273-294.

____________. Laundering “Money”: on the need for conceptual clarity within the

sociology of money. Archives Européennes de Sociologie, XLVI(3), 2005, p.387-411.

FRISBY, David. Georg Simmel. Mexico: Fondo de Cultura Economica, 1993.

HELLE, Horst J. Soziologie der Konkurrenz – Sociology of Competition by Georg

Simmel. Canadian Journal of Sociology/Cahiers Canadiens de Sociologie, 33(4),

2008.

Page 232: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

232

HERRANZ GONZÁLEZ, Roberto. Georg Simmel y la Sociología Económica: el

mercado, las formas sociales y el análisis estratégico. Papers – Revista de Sociologia,

87, 2008, p.269-286.

INGHAM, Geoffrey. The Specificity of Money. Archives Européennes de Sociologie,

XLVIII (2), 2007, p.265-272.

_________________. Further Reflections on the Ontology of Money: responses to

Lapavitsas and Dodd. Economy and Society, Volume 35, Number 2, May 2006a,

p.259-278.

_________________. Money is a Social Relation. Review of Social Economy, 54(4),

1996, p.507–529.

ORLÉAN, André. La Monnaie comme Lien Social. Étude de Philosophie de L’Argent

de Georg Simmel. Genèses, 8, juin, 1992, p.86-107.

SIMMEL, Georg. Filosofia da Moda e Outros Escritos. Lisboa: Texto & Grafia, 2008.

______________. Questões Fundamentais da Sociologia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar

Editor, 2006 [1917]. Obra também conhecida como Pequena Sociologia.

______________. As Grandes Cidades e a Vida do Espírito. Mana, 11 (2), 2005[1903],

p.577-591.

______________. The Philosophy of Money. Third Edition. London and New York:

Routledge, 2004.

______________. Les Pauvres. Paris: Presses Universitaires de France (PUF), 1998

[1907]. Integra Sociologia, referência abaixo. Versões em inglês estão em: SIMMEL,

Georg. The Poor. Social Problems, Vol.13, nº2, 1965 ou SIMMEL, Georg. The Poor.

In:LEVINE, Donald (ed.). Georg Simmel: on individuality and social forms. Chicago:

Chicago University Press, 1971.

Page 233: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

233

______________. Sociología: estudios sobre las formas de socialización. Madrid:

Alianza, 1986 [1908] (2v). Obra também conhecida como Grande Sociologia.

______________. Conflict & The Web of Group Affiliations. Free Press, 1964.

______________. Fashion. American Journal of Sociology, 62, Nº6, May 1957,

p.541–558.

WAIZBORT, Leopoldo. Simmel no Brasil. Dados, Vol. 50, nº1, 2007, p.11-48.

___________________. As Aventuras de Georg Simmel. São Paulo: Editora 34,

2000.

ZELIZER, Viviana. Human Values and the Market: the Case of Life Insurance and

Death in 19th Century America. American Journal of Sociology, 84, 1978, p. 591-610.

Sindicatos

ABRAMOVAY, Ricardo; MAGALHÃES, Reginaldo; SCHRODER, Mônica.

Representatividade e Inovação na Governança dos Processos Participativos: o caso das

organizações Brasileiras de agricultores familiares. Sociologias, vol.12, nº24, 2010,

p.268-306.

GRÜN, Roberto. Financeirização de Esquerda? Frutos inesperados no Brasil do século

XXI. Tempo Social, Vol. 21, nº2, 2009, p.153-184.

JARDIM, Maria Chaves. "Nova" Elite no Brasil? Sindicalistas e ex-sindicalistas no

mercado financeiro. Sociedade e Estado, v.24, nº2, maio/ago. 2009, p.363-399.

REGINI, Marino. Trade Unions. In: BECKERT, Jens; ZAFIROVSKI, Milan (eds.).

International Encyclopedia of Economic Sociology. London and New York:

Routledge, 2006, p.674-677.

Page 234: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

234

______________. Work and Labour in Global Economies: the case of Western Europe.

Socio-Economic Review, Volume, Issue 2, 2003, p.165-184.

STREECK, Wolfgang. The Sociology of Labor Markets and Trade Unions. In:

SMELSER, Neil J.; SWEDBERG, Richard (eds.). The Handbook of Economic

Sociology. Second Edition. Princeton: Princeton University Press, 2005, 254-283.

___________________. Labor Unions. In: SMELSER, Neil J.; BALTES, Paul (eds.).

International Encyclopedia of the Social and Behavioral Sciences. Amsterdam:

Elsevier, 2001, p.8214-8220.

Sociologia Econômica (história, temas gerais e obras de referência da disciplina)

Em obra sobre a disciplina, publicada originalmente ao final dos anos 1990, Philippe

Steiner (2006[1999]), justifica a escolha do mercado como fio condutor da obra, em

decorrência do fato da esfera mercantil ser a instituição central da vida econômica nas

sociedades modernas. O autor, todavia, ressalva a existência de outras áreas cobertas

pela disciplina tais como Sociologia do Trabalho, Sociologia das Organizações e das

Empresas, análises sobre consumo, etc. O que Steiner define como inconveniente não

implica demérito algum a esta obra, sintética, porém com densidade analítica em sua

exposição sobre temas como a construção social das esferas mercantis. Em um manual

editado mais de 35 anos antes da obra de Steiner, um sociólogo americano apresenta,

em cinco capítulos, o que define ser uma ‘contribuição despretensiosa’ para as

disciplinas de Sociologia e Economia. Hoje, apesar de inevitáveis defasagens, A

Sociologia da Vida Econômica (1968[1963], de Neil J. Smelser mantém sua relevância

histórica. Conforme Smelser, "a sociologia econômica é a aplicação do esquema geral,

variáveis e modelos explicativos de sociologia a este complexo de atividades que se

refere à produção, à distribuição, às trocas e ao consumo de bens e serviços escassos. O

primeiro foco da sociologia econômica encontra-se nas atividades econômicas

isoladas. O pesquisador de sociologia econômica pergunta como é que essas atividades

são estruturadas em papéis e coletividades, quais os valores que a legitimam, quais as

normas e sanções que as regulamentam e como interagem essas variáveis sociológicas.

O segundo foco da sociologia econômica está nas relações entre as variáveis

sociológicas – em suas manifestações no contexto econômico – e nas variáveis

Page 235: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

235

sociológicas, em suas manifestações em contextos não-econômicos” (Smelser, 1968,

p.62-63). Décadas mais tarde, Smelser e Richard Swedberg (2005, p.3) observam que

se o primeiro, nos anos 1960, havia destacado certas perspectivas sociológicas

(interação social, grupos e estruturas sociais – instituições – e controle social –

normas, sanções) aplicadas aos fenômenos econômicos, desenvolvimentos recentes da

da Sociologia Econômica incluem novos temas centrais como redes sociais, gênero e

contextos culturais. Mais recentemente, de maneira individual, Smelser (2009) e

Swedberg (2009) examinam, respectivamente, as diferenças ontológicas entre

Sociologia Econômica e Economia e a construção de abordagens diferentes sobre

conceitos, por exemplo, como interação social, normas e instituições, além de uma

acurada leitura do autor sueco sobre a obra de Bourdieu, em um esforço de investigar

qual contribuição distintos trabalhos do sociólogo francês teriam para o diálogo entre

as referidas disciplinas (vide também os tópicos ‘Bourdieu, Pierre’ e ‘Economia e

Sociologia’).

No Brasil, a Sociologia Econômica é uma esfera promissora para a realização de

estudos sobre diversas áreas sócio-econômicas no Brasil. Hoje, no país, existem

núcleos de pesquisa acadêmica com interesse variados no âmbito desse ramo

sociológico, para citarmos apenas alguns: os estudos do sociólogo Ricardo Abramovay

na Faculdade de Economia da Universidade de São Paulo (USP); o Núcleo de Estudos

de Sociologia Econômica e das Finanças (Nesefi) da Universidade Federal de São

Carlos (UFSCar), promotor do I Congresso Internacional de Sociologia das Finanças,

em 2006; o Núcleo de Estudos Sociológicos (Nusmer) da Universidade Federal de

Santa Catarina (Ufsc), ativo na organização do I Seminário Nacional de Sociologia

Econômica, em 2009, Nusmer esse que teve a sua frente o empenho e trabalho de

Cécile Raud; o trabalho de John Wilkinson na Universidade Federal Rural do Rio de

Janeiro (UFRRJ); os estudos de Nadya Araújo Guimarães, da Universidade de São

Paulo, sobre intermediação no mercado de trabalho; o trabalho de Ana Cristina Braga

Martes, na Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP).

Como sugestão de áreas que podem ter análises sócio-econômicas expandidas no

Brasil, são citadas: Ambiente natural, mercados e desenvolvimento sustentável;

Associações de negócios nos setores de comércio e de serviços; Bancos, crédito e

finanças; Burocracia e Estado; Consumo e estratificação (classes sociais); Contrato e

instituições sócio-econômicas; Estado e Capitalismo no Brasil; Sociologia do

Empreendedorismo; Fontes de Energia; Inserção disciplinar da Sociologia Econômica

Page 236: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

236

na academia brasileira; Sociologia Fiscal; Sociologia do Futebol; Sociologia da

Inovação; Mercados; Moda, vestuário e indústria têxtil; Pobreza e Riqueza: dimensões

qualitativas ou para além das linhas de renda; Relações entre universidades e

empresas; Saúde, Estado e Mercado: previdência privada e planos de saúde;

Sindicatos, Estado e Financeirização; Sociologia dos Mercados de Trabalho, Trabalho

e informalidade, entre muitas outras temáticas.

Temas relacionados: Conhecimento Econômico; Economia (disciplina)

ABRAHAM, Yves-Marie. Les Fausses Promesses de la <<Nouvelle Sociologie

Économique>>. Cahier de Recherche, n° 05-05, Juillet 2005, p.1-51.

BALLARINO, Gabriele; REGINI, Marino. Convergent Perspectives in Economic

Sociology: an Italian view of contemporary developments in Western Europe and North

America. Socio-Economic Review, 6, 2008, p.337–363.

BARBERA, Felippo. Economic Sociology in Italy: Past and Present. International

Review of Sociology, 12(1), 2002, p.145-157.

BASTIN, Gilles; ZALIO, Pierre-Paul. Sociologie Économique Début de Siècle:

l’impossible troisième voie entre histoire et théorie économique (note critique).

Terrains & Travaux, N° 4, 2003/1, p.6-55.

BEAMISH, Thomas D. Economic Sociology in the Next Decade and Beyond.

American Behavioral Scientist, Volume 50, Number 8, April 2007, p.993-1014.

BECKERT, Jens; ZAFIROVSKI, Milan Zafirovski (eds.). International Encyclopedia

of Economic Sociology. London and New York: Routledge, 2006.

BIGGART, Nicole Woolsey. (ed.). Economic Sociology: A Reader. Oxford, UK:

Blackwell Publishers, 2001.

CARRUTHERS, Bruce G. Why is the Past also the Present and Future of Economic

Sociology? On method, evidence and topic. Economic Sociology – The European

Electronic Newsletter, volume 7, number 2, February 2006, 3-6.

Page 237: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

237

_____________; UZZI, Brian. Economic Sociology in the New Millenium.

Contemporary Sociology, 29 (3), 2000, p.483-494.

CONVERT, Bernard; HEILBRON, Johan. Where Did the New Economic Sociology

Come From? Theory and Society, Volume 36, 2007, p.31-54.

__________________________________. La Réinvention Américaine de la Sociologie

Économique. L’Année Sociologique, Vol.55, 2005/2, p.329-364.

CUISENIER, Jean. Sur l'Action Économique. Revue Française de Sociologie, 10-1,

1969, p.575-584.

_______________. Instrumentos e Tarefas para uma Sociologia da Economia. Análise

Social, Vol. III, nº9-10, 1965, p.103-116.

DOBBIN, Frank (ed.). The New Economic Sociology: a reader. Princeton: Princeton

University Press, 2004a.

______________ (ed.). The Sociology of the Economy. New York: Russell Sage

Foundation, 2004b.

FERREIRA, José Maria Carvalho. Atualidade da Construção do Objeto Científico da

Sociologia Econômica. ERA – eletrônica, v.6, nº1, jan./jun. 2007.

GISLAIN, Jean-Jacques; STEINER, Philippe. La Sociologie Économique 1890-1920:

Émile Durkheim, Vilfredo Pareto, Joseph Schumpeter, François Simiand, Thorstein

Veblen et Max Weber. Paris: PUF, 1995.

GRAÇA, João Carlos. Afinal, o que é mesmo a Nova Sociologia Económica? Revista

Crítica de Ciências Sociais, 73, Dezembro 2005, p.111-129.

GRANOVETTER, Mark; SWEDBERG, Richard (eds.). The Sociology of Economic

Life. 2nd edition. Boulder: Westview Press, 2001.

Page 238: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

238

GUILLÉN, Mauro F.; COLLINS, Randall; ENGLAND, Paula; MEYER, Marshall

(eds.). The New Economic Sociology: Developments in an Emerging Field. New York:

Russell Sage Foundation, 2002.

HAAS, Jeffrey K. Economic Sociology: an introduction. New York: Routledge, 2007.

HOLTON, Robert J. Economy and Society. London: Routledge, 1992 (edição

portuguesa: Economia e Sociedade. Lisboa: Instituto Piaget, 1995).

INGHAM, Geoffrey. Some Recent Changes in the Relationship between Economics

and Sociology. Cambridge Journal of Economics, 20, 1996, p.243-275.

KIRSCHNER, Ana Maria. A Sociologia Brasileira e a Empresa. Revista Brasileira de

Informação Bibliográfica em Ciências Sociais BIB. São Paulo, nº55, 1º semestre de

2003, p.99-122.

LALLEMENT, Michel. Raízes Alemãs da Sociologia Econômica. Tempo Social, v. 18,

nº1, junho 2006, p.375-394.

LAVILLE Jean-Louis. Sociologia Econômica. In: CATTANI, Antonio David;

HOLZMANN, Lorena. Dicionário de Trabalho e Tecnologia. Porto Alegre: Ed. Da

Ufrgs, 2006, p.270-274.

__________________. Le Renouveau de la Sociologie Économique. Cahiers

Internationaux de Sociologie, CIII, 1997, p.229-235.

LÉVESQUE, Benoît; BOURQUES, Gilles; FORGUES, Éric. La Nouvelle Sociologie

Économique: originalité et diversité des approches. Paris: Desclée de Brower, 2001.

MARQUES, Rafael. Introdução: os Trilhos da Nova Sociologia Econômica. In:

MARQUES, Rafael; PEIXOTO, João (Orgs.). A Nova Sociologia Econômica: uma

antologia. Oeiras: Celta Editora, 2003, p.1-67.

Page 239: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

239

MARTES, Ana Cristina Braga (org.). Redes e Sociologia Econômica. São Carlos, SP:

EdUFSCar, 2009.

MONDADORE, Ana Paula Carletto; PEDROSO NETO, Antônio José; LEITE, Elaine

da Silveira; JARDIM, Maria Aparecida Chaves; SARTORE, Marina de Souza (orgs.).

Sociologia Econômica e das Finanças: um projeto em construção. São Carlos, SP:

EdUFSCar, 2009.

ORLÉAN, André. La Sociologie Économique et la Question de l'Unité des Sciences

Sociales. L'Année Sociologique, Vol.55, 2005/2, p.279-305.

PORTES, Alejandro. Economic Sociology: a systematic inquiry. Princeton, NJ:

Princeton University Press, 2010.

RAUD, Cécile. Dimensões da Sociologia Econômica no Brasil. In: MONDADORE,

Ana Paula Carletto et al. (orgs.). Sociologia Econômica e das Finanças: um projeto em

construção. São Carlos, SP: EdUFSCar, 2009, p.345-364.

SMELSER, Neil J. Sociology and the Economic Sciences. In: HEDSTRÖM, Peter;

WITTROCK, Björn (eds.). Frontiers of Sociology. Leiden: Brill, 2009, p.197-207.

_______________. A Sociologia da Vida Econômica. São Paulo: Pioneira, 1968

[1963].

_______________; SWEDBERG, Richard. The Handbook of Economic Sociology.

2nd edition. Princeton, NJ: Princeton University Press, 2005 [1st edition 1994].

____________________________________. Introducing Economic Sociology. In:

SMELSER, Neil J.; SWEDBERG, Richard. The Handbook of Economic Sociology.

2nd edition. Princeton, NJ: Princeton University Press, 2005, p.3-25.

STEINER, Philippe. A Sociologia Econômica. São Paulo: Atlas, 2006.

Page 240: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

240

________________. Porquoi la Sociologie Économique Est-Elle Si Dévelopée en

France? L’Année Sociologique, Vol.55, 2005/2, p.391-415.

________________; VATIN, François (dir.). Traité de Sociologie Économique. Paris:

PUF, 2009.

STINCHCOMBE, Arthur L. Economic Sociology. New York: Academic Press, 1983.

SWEDBERG, Richard. The Economic Sociologies of Pierre Bourdieu. Cultural

Sociology, Volume 5(1), 2010, p.1-18.

Bourdieu's Contribution to Economic Sociology. In: HEDSTRÖM, Peter; WITTROCK,

Björn (eds.). Frontiers of Sociology. Leiden: Brill, 2009, p.231-244.

____________________. Sociologia Econômica: hoje e amanhã. Tempo Social,

Vol.16, nº2, 2004, p.7-34.

___________________. Principles of Economic Sociology. Princeton, NJ: Princeton

University Press, 2003.

___________________. Vers Une Nouvelle Sociologie Économique: bilan et

perspectives. Cahiers Internationaux de Sociologie, Volume CIII, Juillet-Décembre

1997, p.237-263.

THIS SAINT-JEAN, Isabelle. Peut-On Définir la Sociologie Économique? L'Année

Sociologique, Vol.55, 2005/2, p.307-326.

TRIGILIA, Carlo. Economic Sociology: State, Market and Society in Modern

Capitalism. Oxford: Blackwell, 2002.

ZELIZER, Viviana A. Pasados y Futuros de la Sociología Económica. Apuntes de

Investigación, nº14, 2008, p.95-112 (Original: ZELIZER, Viviana A. Pasts and Futures

of Economic Sociology. American Behavioral Scientist, Volume 50(8), April 2007,

p.1056-1069).

Page 241: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

241

Sociologia Econômica - algumas áreas de interesse: Mercados (construção social de preços; lucro; mercados no regime capitalista; concorrência; cooperação; valor) Produção (Trabalho, Capital, Tecnologia & Inovação, Organizações & Empresas, relações interfirmas, produção agrícola) Ocupações/Profissões Consumo Dinheiro ou moeda (usos sociais do dinheiro) Finanças, Contabilidade e Auditoria (bolsa de valores, bancos, corporações - S/As; sistemas financeiros, balanços, dimensão social de crises econômicas, fraudes) Estratificação (desigualdade, pobreza, Sociologia da Riqueza) Sociologia Econômica e Histórica (sistema financeiro na Renascença, Mercantilismo, Liberalismo, tipos/modelos de capitalismo, transição do socialismo para o capitalismo, capitalismo na Ásia, capitalismo na América Latina) Sociologia Econômica e o papel do Estado (regulamentações, intervenções, protecionismo) Sociologia Fiscal (tributação, impostos, sonegação) Sociologia Econômica do Direito (contratos, direitos de propriedade, herança) Sociologia do Conhecimento Econômico (práticas econômicas, formas de conhecimento econômico) e Sociologia da Economia (Economia como disciplina

Sombart, Werner

Werner Sombart (1863-1941), colega de disciplina e polemista da obra de Max Weber,

utiliza, em 1902, o termo Kapitalismus, na primeira versão da obra O Capitalismo

Moderno (Der Moderne Kapitalismus). O pioneirismo é reconhecido somente na

década de 1930. Em 1903, Sombart e Weber, ambos professores de "economia

nacional", em Breslau e Heidelberg respectivamente, fundam a revista Arquivo de

Ciência Social e Política Social.

Temas relacionados: Capitalismo; Clássicos; Max Weber

Page 242: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

242

GRAÇA, João Carlos. Werner Sombart e o Homem Económico Moderno. Socius

Working Papers, nº3, 1995.

GRUNDMANN, Reiner; STEHR, Nico. Why Is Werner Sombart Not Part of the Core

of Classical Sociology?: From Fame to (Near) Oblivion. Journal of Classical

Sociology, Vol. 1, n2, July 2001, p.257-287.

NOGUEIRA, António de Vasconcelos. Werner Sombart (1863-1941): apontamento

biobibliográfico. Análise Social, Vol.XXXVIII, 169, 2004, p.1125-1151.

SOMBART, Werner. ¿Por que no hay Socialismo en los Estados Unidos? Revista

Española de Investigaciones Sociologicas (REIS), nº 71-72, Julio-Diciembre 1995

[1906], p.277-370.

________________. El Burgués: contribución a la historia del hombre económico

moderno. Madrid: Alianza, 1995 [1913].

________________. Amor, Luxo e Capitalismo. Venda Nova: Bertrand, 1990 [1913].

SWEDBERG, Richard. Max Weber e a Idéia da Sociologia Econômica. Rio de

Janeiro; São Paulo: UFRJ; Beca, 2005 [1998].

Status em mercados

Enquanto alguns mercados giram em torno de uma commodity (bens ou serviços

similares), portanto, funcionam com base em padrões, outros são mercados de status

social, centrados em produtos únicos, de forma e conteúdo sem similar, caso típico do

mercado de arte, mas que também pode ser vital para a compreensão de outras esferas

mercantis como bancos, segmento vinícola e mercado publicitário (respectivamente

Podolny, 1993; Benjamin, Podolny, 1999 e Zhao, 2009; Baker et al., 1998).

Temas relacionados:

ASPERS, Patrik. Knowledge and Valuation in Markets. Theory and Society, 39 (2),

2009, p.111-131.

Page 243: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

243

______________. Status and Standard Markets in the Global Garment Industry,

MPIfG, Discussion Paper 05/10, 2005.

BAKER, Wayne E.; FAULKNER, Robert R.; FISHER, Gene A. Hazards of the market:

the continuity and dissolution of interorganizational market relationships. American

Sociological Review, Vol 63, nº 2, April, 1998, p.147-177.

BENJAMIN, Beth A.; PODOLNY, Joel M. Status, Quality, and Social Order in the

California Wine Industry. Administrative Science Quarterly, 44, 1999, p.563-589.

FILLIEULE, Renaud. The New Economic Sociology of Prices: an analysis inspired by

the Austrian School of Economics. American Journal of Economics and Sociology,

Vol. 69, nº2, April 2010, p.668-692.

LYNN, Freda B.; PODOLNY, Joel M.; TAO, Lin. A Sociological (De)Construction of

the Relationship between Status and Quality. American Journal of Sociology, Volume

115, Number 3, November 2009, p.755–804.

PODOLNY, Joel. Status Signals: A Sociological Study of Market Competition,

Princeton, NJ.: Princeton University Press, 2005.

_______________. A Status-based Model of Market Competition. American Journal

of Sociology, Volume 98, Number 4, January 1993, p.829-872.

ZHAO, Wei. Market Institutions, Product Identities, and Valuation of California

Premium Wines. The Sociological Quarterly, 50, 2009, p.525–555.

Tecnologia

Em uma obra recente, editada por Trevor Pinch e Richard Swedberg (2008), a

Sociologia Econômica estabelece formalmente cooperação com estudos sobre

tecnologia, conduzidos notavelmente, desde os anos 1980, em especial em trabalho

editado por Wiebe E.Bijker, Thomas P. Hughes e o próprio Trevor Pinch (1987). Na

Page 244: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

244

prática, tal interação já vem sendo feita há bastante tempo por Michel Callon e Donald

Mackenzie, não por acaso autores presentes nos dois livros citados. Tal interação

também se antecipa em artigos como os de Brunn e Hukkinen (2003) e Sverrisson

(2000).

Temas relacionados: Empreendedorismo; Inovação; Mercados

BIJKER, Wiebe E. ¿Cómo y por qué es Importante la Tecnología? REDES - revista de

estudios sociales de la ciencia, 11(21), 2005, p.19-53.

_______________. Of Bicycles, Bakelites, and Bulbs: toward a theory of

sociotechnical change. Cambridge, Mass.: MIT Press, 1995.

_______________; HUGHES, Thomas P.; PINCH, Trevor J. The Social Construction

of Technological Systems: New Directions in the Sociology and History of

Technology. MIT Press, Cambridge, 1987.

BRUNN, Henrik; HUKKINEN, Janne. Crossing Boundaries: an integrative framework

for studying technological change. Social Studies of Science, 33 (1), February 2003,

p.95-116.

CALLON, Michel. The Role of Lay People in the Production and Dissemination of

Scientific Knowledge. Science, Technology & Society, 4(1), 1999, p.81-94.

_______________. Society in the Making: The Study of Technology as a Tool for

Sociological Analysis. In: BIJKER, Wiebe E.; HUGHES, Thomas P.; PINCH, Trevor J.

The Social Construction of Technological Systems: New Directions in the Sociology

and History of Technology. MIT Press, Cambridge, 1987, p.83-103.

_________________. Some Elements of a Sociology of Translation: domestication of

the scallops and the fishermen of St Brieuc Bay. In: LAW, John. Power, action and

belief: a new sociology of knowledge? London: Routledge, 1986, pp.196-223.

_________________; RABEHARISOA, Vololona. The Growing Engagement of

Emergent Concerned Groups in Political and Economia Life: lessons from the French

Page 245: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

245

Association of Neuromuscular Disease Patients. Science, Technology and Human

Values, Volume 33, Number 2, March 2008, p.230-261.

_________________; LASCOUMES, Pierre; BARTHE, Yannick. Acting in an

Uncertain World: an essay on technical democracy. Cambridge, MA: MIT Press, 2009

[2001].

MACKENZIE, Donald. Knowing Machines: essays on technical change. Cambridge,

MA: MIT Press, 1998.

___________________; WAJCMAN, Judy (eds.). The Social Shaping of Technology.

Second edition. Buckingham: Open University Press, 1999 [1985].

MUNIR, Kamal A.; PHILLIPS, Nelson. The Birth of the 'Kodak Moment': Institutional

Entrepreneurship and the Adoption of New Technologies. Organization Studies, 26

(11), November 2005, p.1665-1687.

PINCH, Trevor. Technology and Institutions: living in a material world. Theory and

Society, 37, 2008, p.461-483.

_____________. Giving Birth to New Users: How the Minimoog Was Sold to Rock &

Roll. In: OUDSHOORN, Nelly; PINCH, Trevor(eds.) How Users Matter: The Co-

Construction of Users and Technology, Cambridge, MA : MIT Press, 2003, 247-70.

_____________; SWEDBERG, Richard (eds.). Living in a Material World:

Economic Sociology Meets Science & Technology Studies. Cambridge: MIT Press,

2008.

_____________; TROCCO, Frank. Analog Days: the invention and impact of the

Moog synthesizer. Cambridge: Harvard University Press, 2002.

_____________; BIJKER, Wiebe E. The Social Construction of Facts and Artifacts: or

how the Sociology of Science and the Sociology of Technology might benefit each

other. In: BIJKER, Wiebe E.; HUGHES, Thomas P.; PINCH, Trevor J. The Social

Page 246: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

246

Construction of Technological Systems: New Directions in the Sociology and History

of Technology. MIT Press, Cambridge, 1987, p.17-50.

RAUEN, Cristiane Vianna; VELHO, Léa. Integrando Abordagens da Economia e da

Sociologia em Análises da Produção Tecnológica. Sociedade e Estado, Volume 25,

Número 1, Janeiro / Abril 2010, p.71-92.

SVERRISSON, Árni. Economic Sociology and Social Studies of Technology.

Economic Sociology – The European Electronic Newsletter, Vol. 1, nº2, 2000, p.8-

12.

SWEDBERG, Richard. The Centrality of Materiality: Theorizing the Economy from

Xenophon to Home Economics and Beyond. Sociologica, 1, 2008, p.1-32.

Telefonia móvel

A formação social de preço de tecnologias de comunicação é um aspecto recente e

instigante para interessados em diversos temas da Sociologia Econômica, tais como

valor, competição, mercados e o discurso de grupos de interesse (stakeholders):

especialistas acadêmicos, acionistas, profissionais de mídia, analistas de mercado e

agentes do Estado. Nessa perspectiva, Ansari e Munir (2008) analisam o processo de

criação e destruição de valor em torno do preço de um recurso adquirido

externamente, ou seja, o uso do espectro de terceira geração (3G), que é uma parte das

frequências de bandas de rádio particulares do espectro eletromagnético e que

permitem a comunicação sem fio, com licenças concedidas a empresas do Reino Unido.

Conforme os autores, o caso 3G revela uma fascinante dinâmica associada com a

aquisição de um recurso e a criação a destruição de valor em torno dele, tanto antes

como depois que tal recurso foi adquirido. Deste modo, os autores se concentraram

especificamente sobre como o valor de um recurso para o seu adquirente é determinado

por estratégias competitivas e colaborativas que são acompanhadas durante e após a

sua aquisição, além da evolução do discurso social acerca de tal recurso. Ansari e

Garud (2009) avaliam a transição da tecnologia de telefonia móvel de segunda geração

(2G) para a de terceira (3G), examinando, por exemplo, forças de amortecimento que

Page 247: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

247

dificultam tal transição tecnológica, caso da falta de aparelhos adequados e disputas

por padronizações.

Temas relacionados: Mercados; Preço; Tecnologia

ANSARI, Shahzad; MUNIR, Kamal. How Valuable Is a Piece of the Spectrum?

Determination of value in external resource acquisition. Industrial and Corporate

Change, 17(2), 2008, p.301-333.

________________; GARUD, Raghu. Inter-generational Transitions in Socio-technical

Systems: The case of mobile communications. Research Policy, 38 (2), March 2009,

p.382–392.

Tempo

Tempo é uma dimensão essencial para toda atividade sócio-econômica. Tempo é

variável de produção, de distribuição e de consumo. Tempo é prazo da indústria, prazo

do varejo ou duração de um determinado serviço prestado ou de uma

negociação/transação efetuada. E o cumprimento ou não de um tempo aprazado pode

ter diversas implicações: sociais, culturais, econômicas. Autores da Sociologia

Econômica dos Mercados (Aspers, 2009; Möllering, 2009) têm resgatado uma

importante dimensão para o estudo de esferas mercantis, que se soma às preocupações

em torno de aspectos essenciais à formação de um mercado como competição,

cooperação e avaliação de valor. Tal dimensão é o tempo. Logo, a intenção é romper

com análises estáticas de fenômenos sócio-econômicos, enfatizando, processos de

constituição de mercados, tais como inovação, mercantilização, comunicação,

competição, associação e institucionalização (Möllering, 2009). Em uma série de

trabalhos, em que faz uma síntese rigorosa das correntes atuais da Sociologia dos

Mercados, Patrik Aspers propõe categorias que contemplem o exame da dimensão

temporal em que um mercado se encontra na busca por estabilização, em geral

desencadeada por grupos organizados de empreendedores, ao modo similar de

abordagens feita por Georg Simmel e, em certa medida, na Economia, por Alfred

Marshall. Foram convencionadas por Aspers, em estudos datados até 2008, três fases

de um mercado: orientação, contração e coesão. Em 2009, o autor sueco apontou

também uma quarta possível fase, a de crise, aproximando, ainda que criticamente, sua

Page 248: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

248

abordagem da proposta por Neil Fligstein. Por orientação de mercado, considera-se a

fase de diferenciação de um campo de atividade econômica, em que se estabelece qual

o interesse de negócios expresso em suas relações e qual o seu valor simbólico, ou seja,

o que realmente é o mercado em questão. Contração refere-se à fase em que os atores

do mercado reúnem-se e passam a reconhecer com quem podem ou não negociar,

buscando firmar uma cultura de mercado. Coesão, finalmente, é o estágio em que um

mercado está desenvolvido, com os contornos (boundaries) de sua estrutura delineados.

É somente nesta etapa que os atores e organizações podem focar mais detidamente o

valor econômico do que é negociado em um mercado. É um estágio, portanto,

considerado como de estabilização de um mercado e que, todavia, não é totalmente

imune a incertezas, assimetrias, conflitos e falhas nas relações de troca. Em relação à

dimensão temporal em mercados financeiros, autores da Sociologia das Finanças

(Knorr Cetina e Preda, 2007, 2005; Knorr Cetina e Bruegger, 2002) chamam atenção

para o fato de agentes econômicos (traders), mesmo à distância considerável,

conectarem-se de maneira simultânea (tempo real), através de comunicação de alta-

tecnologia, para efetivar transações, transformando assim, no século atual, um

mercado em um sistema coletivo gerado inteiramente em um espaço simbólico, visto

que o mercado mundial é informacional (Knorr Cetina e Preda, 2007, p.117).

Temas relacionados: Finanças; Mercados

ASPERS, Patrik. How Are Markets Made? MPIfG Working Paper, March 2009.

KNORR CETINA, Karin; PREDA, Alex. The Temporalization of Financial Markets:

From Network to Flow. Theory, Culture & Society, Vol.24(7–8), 2007, p.116–138.

_________________________________(eds.). The Sociology of Financial Markets.

Oxford: Oxford University Press, 2005.

_____________________; BRÜGGER, Urs. Global Microstructures: The Virtual

Societies of Financial Markets. American Journal of Sociology, Volume 107 Number

4, January 2002, p.905–950.

MÖLLERING, Guido. Market Constitution Analysis: a new framework applied to solar

power technology markets. MPIfG, July 2009.

Page 249: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

249

Trabalho, Mercado de / Mundo do Trabalho

Beamish e Biggart (2006) consideram que a Sociologia Econômica ao passo que não

evidencia condições de trabalho por si próprias, expõe a lógica por trás do

comportamento das empresas e as consequências para a estruturação de mercado, o

que ajuda a esclarecer como e porque as condições de trabalho aparecem da forma que

ocorrem. Segundo os autores, os sociólogos econômicos têm mostrado também o papel

que o ambiente e a concorrência, as associações e as redes, a cultura e as instituições e

o poder e a desigualdade desempenham na formação do contexto do mercado de

trabalho. Tais relatos auxiliam a entender o contexto econômico no qual o trabalho é

organizado e executado. Embora não exista, conforme os autores, consenso na

Sociologia Econômica sobre a forma ou as direções que os mercados contemporâneos

terão, está implícito um acordo de que as estruturas de empresa, indústria e mercado

continuarão a mudar dramaticamente no curto e longo prazo e, em decorrência, a

natureza do trabalho nas economias de todo o mundo.

No Brasil, há pouco mais de dez anos, artigo de Sorj (2000) defende uam revisão da

Sociologia do Trabalho

Temas relacionados: Desemprego; Economia informal; Educação e Economia;

Gênero; Mercados; Profissões e Ocupações; Renda; Sindicatos

ABBOTT, Andrew. The Sociology of Work and Occupations. Annual Review of

Sociology, 19, 1993, 187–209.

BANDELJ, Nina. Toward an Economic Sociology of Work. Research in the Sociology

of Work, Volume 18, 2009, p.1-20.

BEAMISH, Thomas D.; BIGGART, Nicole Woolsey. Economic Worlds of Work:

Uniting Economic Sociology with the Sociology of Work. In: KORZYNSKI, Marek;

HODSON, Randy; EDWARDS, Paul (eds.). Social Theory and Work. Oxford, UK:

Oxford University Press, 2006, p.233-271.

Page 250: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

250

DEUTSCHMANN, Christoph. Work, Sociology of. In: BECKERT, Jens;

ZAFIROVSKI, Milan (eds.). International Encyclopedia of Economic Sociology.

London: Routledge, 2006, p.728-733.

DOBBIN, Frank. Is Globalization Making Us All the Same? British Journal of

Industrial Relations, Volume 43, nº4, December 2005, p.569–576.

GRANOVETTER, Mark. Getting a Job: a study of contacts and careers. Cambridge,

MA: Harvard University Press, 1995 [1974].

_____________________. The Sociological and Economic Approaches to Labor

Market Analysis: a social structural view. In: FARKAS, George; ENGLAND, Paula

(eds.). Industries, firms and jobs: sociological and economic approaches. New York:

Plenum Press, 1988.

_____________________. Small is Bountiful: Labor Markets and Establishment Size.

American Sociological Review, 49, 1984, p.323-334.

_____________________. Toward a Sociological Theory of Income Differences. In:

BERG, Ivar (ed.). Sociological Perspectives on Labor Markets. New York: Academic

Press, 1981, p. 11-47.

_____________________; TILLY, Charles. Inequality and Labor Processes. In:

SMELSER, Neil (ed.). Handbook of Sociology. Newbury Park, CA: Sage, 1988, p.

175-221.

GUIMARÃES, Nadya Araújo. À Procura de Trabalho: instituições do mercado e

redes. Belo Horizonte: Argumentum, 2009a.

________________________. A Sociologia dos Mercados de Trabalho, Ontem e Hoje.

Novos Estudos Cebrap, 85, Novembro 2009b, p.151-170.

Page 251: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

251

________________________. À Procura de Trabalho: desempregado, demandante de

trabalho, candidato. Revista Latinoamericana de Estudios del Trabajo, Segunda

Epoca, Año 13, Número 19, 2008.

LALLEMENT, Michel. Relations Industrielles et Institutionnalisme Historique aux

États-Unis. L’Année Sociologique, Vol. 55, 2005/2, p.365-389.

___________________. Du Gouvernement à la Gouvernance de l’Emploi. Cahiers

Internationaux de Sociologie, Volume CIII, Juillet-Décembre 1997, p.295-311.

LOUNSBURY, Michael; KAGHAN, William N. Organizations, Occupations and the

Structuration of Work. Research in the Sociology of Work, Vol.10, 2001, p.25-50.

LIN, Nan. Social Capital: a theory of social structure and action. Cambridge:

Cambridge University Press, 2002 (Chapter 6: Social Capital and Status Attainment: a

research tradition).

NORONHA, Eduardo G. “Informal”, Ilegal, Injusto: percepções do mercado de trabalho

no Brasil. Revista Brasileira de Ciências Sociais, Vol.18, nº53, 2003, p.111-129.

____________________; TURCHI, Lenita. O Pulo do Gato da Pequena Indústria

Precária. Tempo Social, Vol.19, nº1, junho 2007, p.249-280.

PODOLNY, Joel M.; BARON, James N. Resources and Relationships: Social Networks

and Mobility in the Workplace. American Sociological Review, Vol.62, October 1997,

p.673-693.

REGINI, Marino. Work and Labour in Global Economies: the case of Western Europe.

Socio-Economic Review, Volume, Issue 2, 2003, p.165-184.

______________. The Dilemmas of Labour Market Regulation. In: ESPING-

ANDERSEN, Gosta; REGINI, Marino (eds.). Why De-Regulate Labour Markets?

Oxford: Oxford University Press, 2000.

Page 252: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

252

SÖRENSEN, Jesper B. Organizational Diversity, Labor Markets, and Wage Inequality.

American Behavioral Scientist, Volume 50, Number 5, January 2007, p.659-676.

SORJ, Bila. Sociologia e Trabalho: mutações, encontros e desencontros. Revista

Brasileira de Ciências Sociais, Vol.15, nº43, junho 2000.

STREECK, Wolfgang. The Sociology of Labor Markets and Trade Unions. In:

SMELSER, Neil J.; SWEDBERG, Richard (eds.). The Handbook of Economic

Sociology. Second Edition. Princeton: Princeton University Press, 2005, 254-283.

TILLY, Chris; TILLY, Charles. Work under Capitalism. Boulder, CO: Westview

Press, 1998.

__________________________. Capitalist Work and Labor Markets. In: SMELSER,

Neil; SWEDBERG, Richard (eds.). The Handbook of Economic Sociology. Princeton,

NJ: Princeton University Press and Russell Sage Foundation, 1994, p.283-312.

TRIGILIA, Carlo. Economic Sociology: State, Market, and Society in Modern

Capitalism. Oxford: Blackwell, 2002 (Chapter 9, The Crisis of Fordism and New

Economic Sociology).

XAVIER SOBRINHO, Guilherme G. de F. A Categoria "Mercado de Trabalho":

inspirações da sociologia econômica para um necessário reexame. Ensaios FEE, v.30,

nº2, 2009, p.695-726.

Troca

BIGGART, Nicole Woolsey; DELBRIDGE, Rick. Systems of Exchange. Academy of

Management Review, 29 (1), 2004, p.28-49.

BREDEMEIER, Harry C. A Teoria da Troca. In: BOTTOMORE, Tom; NISBET,

Robert. História da Análise Sociológica. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1980.

Page 253: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

253

LE VELLY, Ronan. Le Commerce Équitable: des échanges marchands contre et dans le

marché. Revue Française de Sociologie, 47-2, 2006, p.319-340.

LIE, John. The Concept of Mode of Exchange. American Sociological Review 57:508-

523, 1992.

SIMMEL, Georg. The Philosophy of Money. Third Edition. London and New York:

Routledge, 2004.

SPILLMAN, Lynette. Enriching Exchange: cultural dimensions of markets. American

Journal of Economics and Sociology, 58, p.1041-1071, 1999.

STEINER, Philippe. Échanges, Transactions et Lien Social. Socius Working Papers, nº

11, 2009.

ZAFIROVSKI, Milan. Social Exchange Theory under Scrutiny: A Positive Critique of

its Economic-Behaviorist Formulations. Electronic Journal of Sociology, 2005, 40p.

Universidade-empresa / relações comerciais, transferência de conhecimento

BERMAN, Elizabeth Popp. Creating the Market University: How Academic Science

Became an Economic Engine. Princeton, NJ: Princeton University Press, forthcoming.

______________________. Why Did Universities Start Patenting? Institution-Building

and the Road to the Bayh-Dole Act. Social Studies of Science, 38, 2008a, p.835-871.

______________________. The Materiality of Patent Law: Explaining the Passage of

the Bayh-Dole Act of 1980. In: PINCH, Trevor; SWEDBERG, Richard. Living in a

Material World: Economic Sociology Meets Science & Technology Studies.

Cambridge: MIT Press, 2008b, p. 191-213.

CALLON, Michel; GAMBERINI, Marie-Christine. Analyse des Relations Stratégiques

entre Laboratoires Universitaires et Entreprises. Réseaux, Volume 18, n°99, 2000,

p.171-217.

Page 254: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

254

COLYVAS, Jeannette A.; JONSSON, Stefan. Ubiquity and Legitimacy: Disentangling

Diffusion and Institutionalization. Sociological Theory, 29 (1), March 2011, p.27-53.

__________________; POWELL, Walter W. From Vulnerable to Venerated: The

Institutionalization of Academic Entrepreneurship in the Life Sciences. Research in the

Sociology of Organization 25: 219-259, 2007.

_______________________________________. Roads to Institutionalization: The

Remaking of Boundaries between Public and Private Science. Research in

Organizational Behavior, 21:305-53, 2006.

GROSSETTI, Michel. Les Relations entre les Universités et l’Industrie en France. Les

interactions entre formation, recherche et collaborations industrielles. In: FELOUZIS,

Georges (dir..). Les Mutations Actuelles de l’Université. Paris: Presses Universitaires

de France (PUF), 2003a, p.47-70.

____________________; MILARD, Béatrice. Les Évolutions du Champ Scientifique

en France à travers les Publications et les Contrats de Recherche. Actes de la recherche

en sciences socials, nº148, 2003/3, p.47-56.

KENNEY, Martin; GOE, W. Richard. The Role of Social Embeddedness in Professioral

Entrepreneurship: a comparison of electrical engineering and computer science at UC

Berkeley and Stanford. Research Policy, 33, 2004, p.691-707.

LAM, Alice. From 'Ivory Tower Traditionalists' to 'Entrepreneurial Scientists'?:

Academic Scientists in Fuzzy University-Industry Boundaries. Social Studies of

Science, 40/2, April 2010, p.307–340.

OWEN-SMITH, Jason. The Institutionalization of Expertise in University Licensing.

Theory and Society, 40, 2011, p.63-94.

Page 255: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

255

___________________; RICCABONI, Massimo; PAMMOLLI, Fabio; POWELL,

Walter W. A Comparison of U.S. and European University-Industry Relations in the

Life Sciences. Management Science 48(1):24-43, January 2002.

Valor

ASPERS, Patrik. Analyzing Order: social structure and value in the economic sphere.

International Review of Sociology - Revue Internationale de Sociologie, Vol. 18(2),

July 2008, p.301-316.

BECKERT, Jens. The Transcending Power of Goods: Imaginative Value in the

Economy. MPIfG Discussion Paper, April 2010.

CALLON, Michel. La Formulation Marchande des Biens. In: VATIN, François (dir.).

Évaluer et Valoriser. Une Sociologie Économique de la Mesure. Toulouse: Presses

Universitaires du Mirail, 2009, p.247-270.

CRANE, Diana; BOVONE, Laura. Approaches to Material Culture: The Sociology of

Fashion and Clothing. Poetics, 34, 2006, p.319–333.

INGLEHART, Ronald; BAKER, Wayne E. Modernization, Cultural Change, and the

Persistence of Traditional Values. American Sociological Review, Vol.65, February

2000, p.19-51.

SMITH, Charles W. Auctions: The Social Construction of Value. New York: Free

Press, 1989.

VATIN, François (dir.). Évaluer et Valoriser. Une Sociologie Économique de la

Mesure. Toulouse: Presses Universitaires du Mirail, 2009.

ZAJAC, Edward J.; WESTPHAL, James D. The Social Construction of Market Value:

Institutionalization and Learning Perspectives on Stock Market Reactions. American

Sociological Review, Vol. 69, nº3, June 2004, p.433-457.

Page 256: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

256

ZELIZER, Viviana. Human Values and the Market: the Case of Life Insurance and

Death in 19th Century America. American Journal of Sociology, 84, 1978, p. 591-610.

Veblen, Thorstein

A Teoria da Classe Ociosa (1965[1899]) é obra ímpar de análise e de crítica social

sobre o consumo e mantém-se como a obra mais citada do autor. Nesse livro, Thorstein

Veblen (1857-1929) economista norte-americano, de origem norueguesa, cunha a

expressão consumo conspícuo, pela qual denuncia a exibição exacerbada da classe

mais rica da sua sociedade, ou em seus próprios termos: “a fim de manter a satisfação

própria (...) a marca da força pecuniária da pessoa deve ser gravada em caracteres que

mesmo correndo se possa ler”. A leitura de Veblen desperta, portanto, a atenção para o

consumo que não é fruto da necessidade, mas da ostentação. Figura não-convencional,

Veblen à época é (pouco) reconhecido como um economista que faz Sociologia ou um

sociólogo que faz Economia, embora o subtítulo de sua obra máxima busque dirimir

qualquer dúvida: um estudo econômico das instituições, instituições que, na ótica de

Veblen, são hábitos arraigados de uma sociedade em dado período. Certamente, A

Teoria da Classe Ociosa é obra econômica, mas totalmente distante dos princípios da

Economia Clássica e Neoclássica. Em 1904, Veblen publica obra sobre a empresa

industrial, antevendo as contradições da gestão e da expansão do maquinário. No

contexto histórico, a economia americana era dominada por corporações gigantes e

por magnatas célebres como Rockfeller (petróleo), Vanderbilt e Carnegie (aço) e J.P.

Morgan (setor bancário). Para se ter a dimensão do gigantismo das corporações

americanas na virada do século 20, o governo americano determinou, em 1911, que a

Standard Oil, de Rockfeller, fosse repartida em petrolíferas menores. Resultaram 33

empresas, entre as quais a Chevron e a Exxon. Retomando a trajetória de Veblen, seu

comportamento não convencional e suas críticas dirigidas aos ditames da economia

neoclássica o afastam da Universidade de Chicago. O autor segue publicando obras

menos conhecidas, mas de temática interessante sobre sociedade e economia até ao

menos o começo da década de 1920, entre as quais um volume dedicado ao trabalho

(1914). O autor escreve também sobre o avanço de lógica de mercado no sistema de

ensino americano. Convém observar que entre os anos de 1911 e 1913, surgem a linha

de montagem, criada por Henry Ford, e os princípios de organização do trabalho

delineados por F.W. Taylor. Veblen, mesmo que intuitivamente, tinha uma visão aguda

Page 257: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

257

e premonitória da sociedade americana. Em 1926, Veblen, após trabalhar em diversas

universidades menores americanas, aposenta-se e morre três anos depois, pouco tempo

antes do crash da Bolsa de 1929. Durante os anos 30, em plena Depressão, a leitura de

Veblen é retomada. Ressurgia assim uma aliada de toda vida de Veblen, a ironia.

Temas relacionados: Consumo; Homo Oeconomicus

BARAÑANO, Margarita. Veblen y el Homo Oeconomicus. Revista Española de

Investigaciones Sociologicas (REIS), nº61, 1993, p.145-170.

CAMIC, Charles. Thorstein Veblen. In: BECKERT, Jens; ZAFIROVSKI, Milan (eds.).

International Encyclopedia of Economic Sociology. London: Routledge, 2006.

CAMPBELL, Colin. Conspicuous Confusion? A Critique of Veblen's Theory of

Conspicuous Consumption. Sociological Theory, 13 (1), 1995, p.37-47.

CASTILLO, José Castillo. La Singular Sociología de Thorstein Veblen: el caso de la

condición feminina. Revista Española de Investigaciones Sociológicas (REIS), nº43,

1988, p.7-22.

DIGGINS, John P. El Bardo del Savajismo: Thorstein Veblen y la teoria social

moderna. Mexico: Fondo de Cultura Económica, 1983 (versão mais recente: Thorstein

Veblen: theorist of the leisure class. Princeton, NJ: Princeton University Press, 1999).

HODGSON, Geoffrey M. How Veblen Generalized Darwinism. Journal of Economic

Issues, 42(2), June 2008, p.399-405.

_____________________. The Revival of Veblenian Institutional Economics. Journal

of Economic Issues, 41(2), June 2007, p.325-340.

_____________________. Veblen and Darwinism. International Review of

Sociology/Revue Internationale de Sociologie, Vol.14(3), November 2004, p.339-357.

TILMAN, Rick. Thorstein Veblen (1857-1929): Sociologus Oeconomicus.

International Sociology, 12 (1), 1997, p.93-101.

Page 258: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

258

______________. Thorstein Veblen and His Critics, 1891-1963: conservative, liberal,

and radical perspectives. Princeton, NJ: Princeton University Press, 1992.

VEBLEN, Thorstein. El Estatus Bárbaro de las Mujeres. Revista Española de

Investigaciones Sociológicas (REIS), nº86, Abril-Junio 1999 [1898-1899], p.355-363.

_________________. El Instinto de Trabajo Útil y el Fastidio del Trabajo. Revista

Española de Investigaciones Sociológicas (REIS), nº86, Abril-Junio 1999 [1898-

1899], p.343-354.

_________________. Teoria da Empresa Industrial. Rio de Janeiro: Globo, 1966.

_________________. A Teoria da Classe Ociosa: um estudo econômico das

instituições. São Paulo: Pioneira, 1965 [1899].

Weber, Max

O exame das esferas mercantis data do período de formação da Sociologia. O autor

que mais se deteve acerca de questões sobre a atividade econômica e seus contornos

sociais foi Max Weber (Weber, 1999; Swedberg, 2005; Raud, 2005; Steiner, 2006).

Conferindo ênfase na troca e na competição, Weber considera o mercado como dotado

de caráter impessoal, esfera refratária a toda relação fraterna, devendo ser a barganha

a sua forma mais pura e objeto de análise de uma ciência do econômico e do social.

Esses argumentos, apresentados em um capítulo conceitual inacabado de Economia e

Sociedade (1999 [1922]) dedicado ao mercado, podem ser, equivocadamente,

interpretados como referentes a uma visão estritamente econômica do “fenômeno

mercado”. Todavia, no mesmo capítulo, o autor reporta-se ao mercado examinando-o

de um ponto de vista sociológico, em que define a esfera mercantil como a

representação de socializações, isto é, interações sociais:

Debe hablarse de un mercado tan pronto como concurren, aunque sólo

sea de una parte, una pluralidad de interessados en el cambio y en las

probabilidades de cambio. Que la concurrencia tenga lugar en el

Page 259: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

259

mercado local, en el mercado periódico (mercado anual, feria), en el

mercado de comerciantes (bolsa), no representa sino la forma más

consecuente de la formación del mercado, forma que, de todas

maneras, es la única que hace posible el pleno desenvolvimiento del

fenómeno específico del mercado: el regateo (...) Desde el punto de

vista sociológico, el mercado representa socializaciones – o

sociedades – racionales, coetáneas y sucesivas (WEBER, 1999,

p.493).

Leitor das minúcias do pensamento weberiano sobre o fenômeno social do mercado

num sistema capitalista, Richard Swedberg (2005; 1994) aponta a riqueza teórica e

analítica da abordagem de Weber, que construiu um complexo exame das relações

mercantis ainda parcialmente explorado pelas Ciências Sociais. Abordando

primeiramente a bem conhecida noção weberiana de capitalismo racional, Swedberg

enfatiza o papel que Weber conferiu não somente à empresa capitalista racional e à

força de trabalho livre, mas também a necessidade que o capitalismo racional tem da

existência de mercados sofisticados de dinheiro e capital para aplicação, do

investimento possível em sociedades anônimas mediante a compra de ações e da

presença de um sistema monetário gerido pelo Estado. Na seqüência da exegese da

obra weberiana, notadamente de Economia e Sociedade, Swedberg aponta a natureza

dupla do capitalismo sugerida pelo sociólogo alemão. Para Weber, o capitalismo

moderno não seria unicamente racional, contando com elementos carismáticos e

mesmo irracionais, condição exemplificada na figura do empresário que conta muito

com seu tino, sua intuição comercial ou que sempre tem a expectativa de ganhar mais

dinheiro do que a taxa média de juros. “O ‘racionalismo’ é um conceito histórico que

encerra um mundo de contradições” (Weber, 2004, p.69). Na ótica de Swedberg, o

capitalismo se apresenta para Weber como dinâmico, imprevisível e paradoxal, sujeito

a ameaças não exclusivamente econômicas, também políticas. Segundo Swedberg,

o capitalismo racional moderno – tal como Weber o concebe – contém

uma série de contradições, provocadas pela existência de classes e de

grupos de status. As classes comerciais usualmente lutam entre si, o

que também ocorre com os grupos de status. As classes comerciais são

fluidas, ancoradas na produção e levam à mudança e ao

desenvolvimento social. Os grupos de status, ao contrário, giram em

Page 260: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

260

torno do estilo de vida, honra e consumo, e prosperam com a

estabilidade (SWEDBERG, 2005, p.81).

Por um lado, destacamos que essa visão de Weber sobre as classes comerciais como

motores de mudanças na economia notavelmente se aproxima, como veremos mais

adiante, de proposições do economista Joseph Schumpeter acerca dos vínculos entre

inovação e empreendedores. Por outro lado, as teorizações weberianas sobre o

mercado enfatizam uma dupla dimensão da esfera mercantil – troca e competição – que

permanece, conforme Richard Swedberg, muito atual para a Sociologia Econômica.

Como argumenta o autor:

[markets] consist of more than the act of exchange, which is true even

if we include legal and political factors in the analysis. Following

Max Weber, I suggest that the core of the market phenomenon does

not consist of one element – exchange – but of two elements:

exchange in combination with competition. More precisely, the social

structure of a market is characterized by a special type of interaction

that begins as competition between a number of actors (buyers and/or

sellers) and that ends up with an exchange for a few of the actors

(SWEDBERG, 1994, p.271).

A obra weberiana acerca de fenômenos sócio-econômicos desperta continuamente

revisões e mesmo polêmicas. Em um instigante ensaio, Campbell (2006) questiona se os

sociólogos atualmente apreciam A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo.

Conforme o autor, ao passo que sociólogos contemporâneos manifestam elevada

consideração por Max Weber e consideram o ensaio citado como sua obra máxima,

paradoxalmente rejeitam, hoje, o emprego de tal abordagem. Campbell sustenta que A

Ética Protestante é essencialmente uma análise do papel das motivações da ação

humana, entretanto o exame do conceito de motivação está hoje ausente da sociologia

contemporânea.

Temas relacionados: Capitalismo; Clássicos; Dinheiro; Direito e Economia; Estado;

Interesses; Mercados; Religião; Werner Sombart

Page 261: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

261

BARBALET, Jack. Weber, Passion and Profits: ‘The Protestant Ethic and the Spirit

of Capitalism’ in Context. Cambridge: Cambridge University Press, 2008

CAMPBELL, Colin. Do Today’s Sociologists Really Appreciate Weber’s Essay The

Protestant Ethic and Spirit of Capitalism? Sociological Review, 54(2), 2006, p.207-223.

COLLINS, Randall. Weber’s Last Theory of Capitalism: a systematization. American

Sociological Review, Vol. 45, 1980, p. 925-942.

DE RAYMOND, Antoine Bernard. La Règle de Droit comme Maxime Empirique de

l'Activité Économique. À Propos de Rudolf Stammler et le Matérialisme Historique de

Max Weber. Terrains & Travaux, nº6, 2004/1, p.71-80.

DIGGINS, John P. Max Weber: A Política e o Espírito da Tragédia. Rio de Janeiro:

Record, 1999.

FORD, Laura R. Max Weber on Property: an effort in interpretive understanding.

Socio-Legal Review, Vol.6, 2010, p.24-100.

INGHAM, Geoffrey. Schumpter and Weber on the Institutions of Capitalism: Solving

Swedberg's Puzzle. Journal of Classical Sociology, Volume 3 (3), 2003, p.297-309.

JAGD, Sören. Weber's Last Theory of the Modern Business Enterprise. Max Weber

Studies, 2(2), 2002, p.210-238.

RAUD-MATTEDI, Cécile. A Construção Social do Mercado em Durkheim e Weber:

análise do papel das instituições na Sociologia Econômica clássica. Revista Brasileira

de Ciências Sociais, Vol. 20, nº 57, fevereiro 2005, p.127-142.

SEGRE, Sandro. A Weberian Analysis of Business Groups and Financial Markets.

Aldershot: Ashgate, 2008.

Page 262: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

262

SWEDBERG, Richard. Max Weber's Central Text in Economic Sociology. In:

GRANOVETTER, Mark; SWEDBERG, Richard (eds.). The Sociology of Economic

Life. 3rd Edition. Boulder, CO: Westview, 2011, p.62-77.

__________________. Max Weber's Contribution to the Economic Sociology of Law.

Annual Review of Law and Social Science, Vol. 2, 2006, 61-81.

___________________. Max Weber e a Idéia da Sociologia Econômica. Rio de

Janeiro; São Paulo: UFRJ; Beca, 2005 [1998].

___________________. The Economic Sociology of Capitalism: Weber and

Schumpeter. Journal of Classical Sociology, Vol. 2, nº3, November 2002, p.227-255.

___________________. Afterword: The Role of the Market in Max Weber’s Work.

Theory and Society, 29, 2000, p.373-384.

___________________. Max Weber as an Economist and as a Sociologist: towards a

fuller understanding of Weber's view of Economics. American Journal of Economics

and Sociology, Vol.58, nº4, October 1999, p.561-582.

WEBER, Max. História Geral da Economia. São Paulo: Centauro, 2006.

____________. A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. São Paulo:

Companhia das Letras, 2004a [1904-1905].

____________. A Bolsa. Lisboa: Relógio D’Água Editores, 2004b [1894-1896].

____________. Economía y Sociedad: esbozo de sociología comprensiva. Mexico:

Fondo de Cultura Economica, 1999 [1922].

____________. Sociología del Trabajo Industrial. Madrid: Editorial Trotta, 1995.

White, Harrison C., Sociologia de

Page 263: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

263

Harrison C. White é um dos nomes proeminentes da Sociologia Econômica.

Segundo Victor Nee (2005), o modelo de White professa uma visão sociológica dos

mercados, sendo esses estruturas sociais nas quais os produtores agem como interface

entre a ponta alta da cadeia de fornecedores (upstream suppliers) e a ponta baixa dos

compradores (downstream buyers), um modelo, portanto, alternativo de mercados

como instituições sociais, divergindo da hipótese neoclássica de competição perfeita em

esferas mercantis.

Temas relacionados: Mercados; Moda; Redes Sociais

ASPERS, Patrik. How Are Markets Made? MPIfG Working Paper, March 2009.

______________. Analyzing Order: social structure and value in the economic sphere.

International Review of Sociology – Revue Internationale de Sociologie, Vol.18,

nº2, July 2008, p.301-316.

KNORR-CETINA, Karin. Capturing Markets? A Review Essay on Harrison White on

Producer Markets. Socio-Economic Review, 2 (1), 2004, p.137-147.

NEE, Victor. The New Institutionalisms in Economics and Sociology. In: SMELSER,

Neil; SWEDBERG, Richard (eds). The Handbook of Economic Sociology. 2nd

edition. Princeton: Princeton University Press, 2005, p.49-74.

RÈME, Pétronille. El mercado de los economistas y el mercado de los sociólogos,

Cuadernos de Economía, v. XXIV, nº43, 2005, p.13-34.

STEINER, Philippe. A Sociologia Econômica. São Paulo: Atlas, 2006.

WHITE, Harrison C. Redes e Historias. Redes - Revista hispana para el análisis de

redes sociales, Vol.16,#1, Junio 2009.

________________. Identity and Control: How Social Formations Emerge. Second

Edition. Princeton, NJ: Princeton University Press, 2008.

Page 264: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

264

________________. Notes on the Constituents of Social Structure. Sociologica, 1/2008,

15p.

________________. Markets from Networks: socioeconomic models of production.

Princeton: Princeton University Press, 2002.

________________. La Construcción de las Organizaciones Sociales como Redes

Múltiples. Política y Sociedad, 33, 2000, p.97-103.

________________. Identity and Control: a structural theory of social action.

Princeton, NJ: Princeton University Press, 1992.

_________________; GODART, Frédéric C.; CORONA, Victor P. Mobilizing

Identities: Uncertainty and Control in Strategy. Theory, Culture & Society, Vol. 24(7–

8), 2007, p.181–202.

Page 265: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

265

Registro de fatos relevantes para o desenvolvimento da Sociologia Econômica:

Este registro, de caráter ilustrativo, considera essencialmente o ano de

ocorrência de evento ou publicação de trabalho acadêmico que diga respeito à

Sociologia Econômica ou disciplinas e subcampos de conhecimento afins, sem se ater a

pormenores como indicação de mês ou dia dos acontecimentos destacados, salvo

quaundo houver indicação.

1776 – Adam Smith publica

1867 – Karl Marx publica

(O Capital, Volume I)

1879 – O economista inglês William Stanley Jevons utiliza a expressão Sociologia

Econômica

1890 – 1920 – Período identificado por Gislain e Philippe Steiner

1893 – Émile Durkheim publica

Da Divisão do Trabalho Social

1894-1896 – Max Weber escreve panfletos que compõem (A Bolsa)

1899 – Thorstein Veblen publica

A Teoria da Classe Ociosa: um estudo econômico das instituições.

1900 – Georg Simmel

1901 – 1902 – Vilfredo Pareto publica, em Paris, Les Systèmes Socialistes (Os Sistemas

Socialistas)

1902 – Werner Sombart publica

O Capitalismo Moderno

Page 266: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

266

1904-1905 – Max Weber publica, em duas partes, o ensaio

A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo.

1904 – Thorstein Veblen publica

(A Teoria da Empresa Industrial)

1908 – 1909 – Max Weber

1911 – Joseph Schumpeter publica A Teoria do Desenvolvimento Econômico

1912 – Émile Durkheim publica (As Formas Elementares da Vida Religiosa)

1913 – Werner Sombart publica

1914 – A Grande Guerra eclode. O conflito mundial estende-se até 1918, com a

derrocada da Alemanha imperial e o esfacelamento dos impérios austro-húngaro e turco

otomano.

1917 – Revolução Russa

1922 – Publicação póstuma de (Economia e Sociedade), de Max Weber.

1929 – A Grande Depressão eclode. O período mais agudo da crise se estende até 1933.

1937 – Talcott Parsons publica

(A Estrutura da Ação Social)

1939 – A Segunda Guerra Mundial eclode com a invasão da Polônia pela Alemanha. O

conflito se encerra em 1945.

1939 – Joseph Schumpeter publica

1944 – Karl Polanyi publica The Great Transformation (A Grande Transformação,

edições brasileiras em 1980 e 2000)

Page 267: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

267

1944 – Bretton Woods

1945 – O Fundo Monetário Internacional (FMI / IMF, na sigla em inglês), concebido no

ano anterior, em Bretton Woods, torna-se formalmente existente em dezembro

1949 – Revolução Chinesa

1950 – A obra Leçons de Sociologie (Lições de Sociologia), de Émile Durkheim, é

publicada postumamente

1956 – Talcott Parsons e Neil J. Smelser publicam Economy and Society

1963 – Neil J. Smelser publica The Sociology of Economic Life (A Sociologia da Vida

Econômica, edição brasileira em 1968)

1967 - Fundação do Centre de Sociologie de l'Innovation (CSI), um laboratório de

pesquisa da École des Mines de Paris / Mines ParisTech

1969 – Edição especial da Revue Française de Sociologie

1973 – Primeira crise do petróleo

1973 – Mark Granovetter publica o artigo The Strength of Weak Ties

1974 – Mark Granovetter publica o livro Getting Job:

1975 – Fim da Guerra do Vietnã

1979 – Segunda crise do petróleo

1979 – Pierre Bourdieu publica La Distinction: critique sociale du jugement.

1979 – Viviana A. Zelizer publica Morals and Markets.

Page 268: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

268

1980 – Pierre Bourdieu publica o breve texto Le Capital Social: notes provisoires.

1981 – Harrison C. White publica o artigo Where Do Markets Come From?

1983 – Arthur L. Stinchcombe publica o livro Economic Sociology

1983 – Paul DiMaggio e Walter W. Powell publicam o artigo The Iron Cage Revisited:

institutional isomorphism and collective rationality in organizational fields

1984 – Wayne E. Baker publica

1985 – Mark Granovetter publica Economic Action and Social Structure: the problem of

embeddedness

1986 – 1991 – Período de implantação de diversos planos econômicos na tentativa de

estabilizar a moeda no Brasil

1986 – Marie-France Garcia publica o artigo

1987 – Bolsa de Valores de Nova York apresenta queda vertiginosa na chamada Sexta-

Feira Negra

1987 – 1990 – Período de elevados investimentos, aumento de preços e especulação no

mercado internacional de arte

1988 – Viviana Zelizer publica o artigo

1989 – Queda do Muro de Berlim

1989 – Fundada a Society for the Advancement of Socio-Economics (SASE). As

disciplinas acadêmicas representadas na SASE incluem Sociologia, Economia, Ciência

Política, Management, Psicologia, Direito, História e Filosofia

Page 269: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

269

1989 – Lucien Karpik publica

1990 – Neil Fligstein publica o livro The Transformation of Corporate Control

1990 – Richard Swedberg edita o livro

1990 – Walter W. Powell publica Neither Market nor Hierarchy: Network Forms of

Organization

1991 – Fim da União Soviética

1991 – Doutorado em Sociologia Econômica e das Organizações é criado pela

Universidade Técnica de Lisboa (UTL). Esse programa de doutoramento se localiza no

Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), unidade da UTL

1992 – Mark Granovetter publica

1992 – Mark Granovetter e Richard Swederg organizam The Sociology of Economic

Life. A coletânea ganha novas edições em 2001 e 2011.

1992 – Harrison C. White publica Identity and Control

1992 – Ronald Burt publica Structural Holes: the social structure of competition.

1994 – O Plano Real é adotado, no Brasil, com o objetivo de estabilização econômica

1994 – Neil J. Smelser e Richard Swedberg editam a primeira edição do The Handbook

of Economic Sociology

1994 – Frank Dobbin publica Forging Industrial Policy

1994 – Nigel Dodd publica The Sociology of Money (A Sociologia do Dinheiro)

1995 – Peter Evans publica

Page 270: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

270

1995 – Advento comercial da Internet

1996 – Neil Fligstein publica o artigo Markets as Politics: A Political-Cultural

Approach to Market Institutions

1997 – Cahiers Internationaux de Sociologie publica edição “Sociologies

Économiques”

1998 – Michel Callon edita o livro The Laws of the Markets. Além de ensaios do autor,

há textos seminais de Mark Granovetter e Patrick McGuire, Viviana Zelizer, etc.

1998 – Richard Swedberg publica

(Max Weber e a Idéia de Sociologia Econômica, edição brasileira em 2005)

1998 – David Stark e László Bruszt publicam Postsocialist Pathways

1999 – Philippe Steiner publica La Sociologie Économique (A Sociologia Econômica,

edição brasileira em 2006)

1999 – Cécile Raud publica

1999 – Primeiro número de Economic Sociology – The European Electronic Newsletter

2000 – Pierre Bourdieu publica Les Structures Sociales de l’Economie

2000 – A seção de Sociologia Econômica da American Sociological Association (ASA)

é criada em agosto. Em janeiro do ano seguinte, torna-se permanente.

2001 – Neil Fligstein publica The Architecture of Markets: An Economic Sociology of

Twenty-First-Century Capitalist Societies

2001 – Mauro F. Guillén publica The Limits of Convergence: globalization and

organizational change in Argentina, South Korea, and Spain

Page 271: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

271

2001 – Sarah Babb publica Managing Mexico: Economists from Nationalism to

Neoliberalism

2001 – Atentado às torres gêmeas do World Trade Center (WTC), em Nova York

2002 – O Euro se materializa na forma de notas e moedas.

2002 – Carlo Trigilia publica, na Itália, Sociologia Econômica. A obra é vertida para o

inglês e o francês.

2002 – Edição de Sociedade e Estado é dedicada a trabalhos sobre Nova Sociologia

Econômica

2004 – Ricardo Abramovay publica Entre Deus e o Diabo: mercados e interação

humana nas ciências sociais

2004 – Edição de Tempo Social

2004 – Frank Dobbin edita o livro The New Economic Sociology: a reader. No mesmo

ano, Dobbin edita The Sociology of the Economy

2005 – Neil J. Smelser e Richard Swedberg editam a segunda edição do The Handbook

of Economic Sociology

2005 – Karin Knorr Cetina e Alex Preda editam The Sociology of Financial Markets

2006 – Publicação de International Encyclopedia of Economic Sociology, obra pioneira

na disciplina, editada por Jens Beckert e Milan Zafirovski e com diversos contribuidores

2006 – Edição de Accounts destaca trabalhos realizados em Sociologia Econômica no

Brasil, em particular pelo Núcleo de Estudos em Sociologia Econômica e das Finanças

(NESEFI / Ufscar)

Page 272: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

272

2006 – Edição de Réseaux

2007 – Jens Beckert publica Inherited Wealth

2007 – Charles W. Smith publica o artigo Markets as Definitional Practices

2008 – Crise financeira mundial. A crise é objeto de estudo para diversos autores da

disciplina: Richard Swedberg, Neil Fligstein, Donald Mackenzie, John L. Campbell,

Christoph Deutschmann, entre outros

2008 – Neil Fligstein publica Euroclash: The EU, European Identity, and the Future of

Europe

2008 – Richard Swedberg e Trevor Pinch editam o livro Living in a Material World:

Economic Sociology Meets Science and Technology Studies

2008 – Geoffrey Ingham publica Capitalism

2009 – Ana Cristina Braga Martes edita o livro Redes e Sociologia Econômica.

2009 – Nadya Araujo Guimarães publica os livros À Procura de Trabalho e

Desemprego, Uma Construção Social e o artigo A Sociologia dos Mercados de

Trabalho, Ontem e Hoje

2009 – Koray Çaliskan e Michel Callon publicam Economization, part 1: shifting

attention from the economy towards processes of economization

2009 – Traité de Sociologie Économique

2009 – Neil J. Smelser tem publicado Sociology and the Economic Sciences, capítulo do

livro Frontiers of Sociology, editado por Peter Hedström e Björn Wittrock. Outro

capítulo da obra é Bourdieu’s Contribution to Economic Sociology, de Richard

Swedberg

Page 273: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

273

2010 – Koray Çaliskan e Michel Callon publicam o artigo Economization, part 2: a

research programme for the study of markets

2010 – O periódico online Economic Sociology - The European Electronic Newsletter

publica duas edições com textos de autores brasileiros

2010 – Richard Swedberg publica o artigo The Structure of Confidence and the

Collapse of Lehman Brothers

2010 – Patrik Aspers publica o livro Orderly Fashion: A Sociology of Markets.

2010 – Viviana A. Zelizer publica Economic Lives: How Culture Shapes the Economy

2010 – Richard Swedberg publica o artigo The Economic Sociologies of Pierre

Bourdieu

2011 – Lançamento da terceira edição de The Sociology of Economic Life (editores:

Mark Granovetter e Richard Swedberg).

2011 – Edição de Socio-Economic Review reúne textos sobre capitalismo

2011 – Neil Fligstein e Doug McAdam publicam o artigo Toward a General Theory of

Strategic Action Fields

2011 – John L. Campbell publica o artigo The US financial crisis: lessons for theories

of institutional complementarity

Page 274: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

274

Autores identificados com temáticas e obras na Sociologia Econômica

contemporânea e países de atuação*

Os Estados Unidos e a França são, sem dúvida, os países que mais reúnem

nomes vinculados à Sociologia Econômica. Todavia, em outras nações como, por

exemplo, Itália, Alemanha e Reino Unido existem consideráveis estudos, em densidade

de conteúdo e variedade temática, da globalização à pobreza urbana, do

empreendedorismo à biotecnologia, da moda ao papel do Estado na economia, etc.

Nesta listagem, organizada para ilustrar a disseminação atual da disciplina, estão

indicados inicialmente autores considerados clássicos contemporâneos da disciplina,

atuantes há pelo menos cinco décadas, caso de Neil J. Smelser, Arthur L. Stinchcombe e

Harrison C. White, seguidos, nos anos 1970, por autores como Mark Granovetter e

Viviana A. Zelizer. Na década seguinte, começam a aparecer importantes trabalhos de

Paul DiMaggio, Walter W. Powell, Wayne E. Baker, Ronald S. Burt, Richard

Swedberg, Neil Fligstein, Gary Hamilton e Nicole Woolsey Biggart, para citar alguns.

Em meio a isso, ao final de 1985 como já bem se sabe, Mark Granovetter publica ensaio

que é o marco da retomada do estudo de fenômenos econômicos pela Sociologia. De lá

para cá, nesses 25 anos, o números de estudos e autores interessados em SE cresce

vertiginosamente e, até aqui, apenas está citado o desenvolvimento da disciplina nos

Estados Unidos.

Na Europa, em particular na França, Pierre Bourdieu já realiza, no começo dos

anos 1960, o que hoje é devidamente reconhecido como estudos em Sociologia da

Economia, com base nas pesquisas desenvolvidas pelo autor na Argélia. Tal

reconhecimento também existe em relação a obras do final da vida do autor, como As

Estruturas Sociais da Economia, de 2000. Também nos anos 1960, artigos de Jean

Cuisenier apresentam-se, na França, como uma das poucas abordagens acerca de uma

Sociologia da Economia. Johan Heilbron destaca que, a começar do final dos anos 1980

e na década seguinte, aumentam os estudos sócio-econômicos desenvolvidos por

autores franceses. Desde então, a Sociologia Econômica francesa engloba perspectivas

variadas: a economia das qualidades proposta por Lucien Karpik; a revisão da obra de

Durkheim sobre Sociologia Econômica feita por Philippe Steiner; os estudos sobre

performatividade de Michel Callon, entre muitas outras abordagens. Na Alemanha, com

a criação do Instituto Max Planck para o Estudo das Sociedades, em Colônia, em 1985,

cria-se um dinâmico centro de estudos teóricos e empíricos para análise de dimensões

Page 275: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

275

sociais e culturais de fenômenos econômicos: Sociologia de Mercados (vinho, moda,

energia, etc); capitalismos e seus aspectos institucionais; herança e distribuição de

riqueza; re-visão de clássicos (Marx, Durkheim, Weber, Simmel, Pareto); corporações;

ação do Estado em contextos variados (europeu, asiático).

Ressalva-se que esta indicação de nomes, de autores já consagrados e essenciais

para a consolidação da disciplina a jovens pesquisadores, é ilustrativa. Observa-se, por

exemplo, que apenas a seção de Sociologia Econômica da Associação de Sociologia

Americana reúne cerca de 400 membros.

Alemanha: Wolfgang Streeck; Jens Beckert; Patrik Aspers (Suécia); Christoph

Deutschmann; Urs Bruegger; Guido Möllering; Sabine Frerichs

Áustria: Karin Knorr Cetina (vide Estados Unidos)

Bolívia: Fernanda Wanderley (vide também Brasil)

Brasil: Ricardo Abramovay; Cécile Raud (França, autora falecida em 2009); Nadya

Araujo Guimarães; Roberto Grün; Ana Cristina Braga Martes; Ana Maria Kirschner;

Paola Cappellin; John Wilkinson; David Dequech; Fernanda Wanderley; Cristiano

Monteiro; Eduardo G. Noronha; Ary César Minella; Elaine da Silveira Leite; Edmílson

Lopes Júnior; Mauricio Serafim

Canadá: Benoît Lévesque; Daniel Fridman

Colômbia: Johanna Parra

Dinamarca: Soren Jagd; Brooke Harrington (vide Estados Unidos)

Escócia: Donald MacKenzie; Alex Preda

Eslovênia: Nina Bandelj (vide também Estados Unidos)

Espanha: Mauro F. Guillén (vide também Estados Unidos); Roberto Garvía

Page 276: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

276

Estados Unidos: Neil J. Smelser; Arthur L. Stinchcombe; Harrison C. White; Mark

Granovetter; Richard Swedberg (Suécia); Wayne E. Baker; Paul DiMaggio; Neil

Fligstein; Viviana A. Zelizer; Charles W. Smith; Ronald S. Burt; Karin Knorr Cetina

(Áustria); Fred Block; Peter Evans; Paula England; Walter W. Powell; Gary Hamilton;

Nicole Woolsey Biggart; Michael Hannan; James N. Baron; Alejandro Portes (Cuba,

naturalizado norte-americano); Gerald F. Davis; William G. Roy; David Stark; Victor

Nee; Frank Dobbin; Bruce G. Carruthers; Sarah L. Babb; Brian Uzzi; Mauro F. Guillén

(dupla nacionalidade, Espanha e Estados Unidos); Mitchel Y. Abolafia; Mark S.

Mizruchi; Gary Gereffi; Joel M. Podolny; John L. Campbell; Andrew Walder; Linda

Brewster Stearns; Robert Freeland; Greta R. Krippner; Milan Zafirovski; Mabel

Berezin; Patrícia H. Thorton; Nan Lin; Lisa A. Keister; Mary C. Brinton; Marc

Schneiberg; Robin Stryker; Heather A. Haveman; Lynette Spillman; Marion Fourcade;

Michael Lounsbury; Ezra Zuckerman; Emilio Castilla; Kieran Healy; Timothy J. Dowd;

Christopher Marquis; Mark Thomas Kennedy; Peer C. Fiss; Thomas Beamish; Peter

Levin; Marc J. Ventresca; Brooke Harrington; Leslie McCall; Denise Anthony; Balázs

Vedres (Hungria); Francesco Duina; Laurel Smith-Doerr; Alya Guseva; Nina Bandelj

(Eslovênia); Martin Ruef; Jason Owen-Smith; Monica Prasad; Damon Phllips; Jeffrey

K. Hass; Tim Bartley; Jesper B. Sorensen; Xueguang Zhou; Simone Polillo; Stephanie

Lee Mudge; Elizabeth Popp Berman

França: Pierre Bourdieu (1930-2002); Jean Cuisenier; Philippe Steiner; André Órlean;

Lucien Karpik; Michel Callon; Johan Heilbron; Marie France Garcia-Parpet; Frédéric

Lébaron; Jean-Louis Laville; François Vatin; Jean-Jacques Gislain; Emmanuel Lazega;

Pascal Chantelat; Sophie Dubuisson-Quellier; Franck Cochoy; Michel Grossetti; Michel

Lallement; Bernard Convert; Pascale Trompette; Fabian Muniesa (cidadania francesa e

espanhola); Sophie Chauveau; Olivier Godechot; Pierre-Paul Zalio; Pierre François;

Frédéric Godart; Isabelle This Saint-Jean; Sandrine Barrey; Ronan Le Velly; Liliana

Doganova (Bulgária)

Grécia: Sokratis Koniordos

Holanda: Olav Velthuis

Hungria: László Bruszt; Balázs Vedres (vide também Estados Unidos)

Page 277: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

277

Inglaterra: Geoffrey Ingham; Nigel Dodd; Mark Harvey; Peter Miller; Peter Abell;

Jack Barbalet; Don Slater; Fran Tonkiss; Gregory Jackson; Joanne Entwistle; Yuval

Millo; Daniel Beunza; Jonathan Gershuny; Susan Johnson

Itália: Alberto Martinelli; Carlo Trigilia; Enzo Mingione; Arnaldo Bagnasco; Marino

Regini; Sandro Segre; Lorenzo Bordogna; Mauro Magatti; Roberto Rizza; Filippo

Barbera; Michele La Rosa; Geny Piotti; Gabriele Ballarino

Portugal: João Freire; José Maria Carvalho Ferreira; Rafael Marques; João Peixoto;

João Carlos Graça; Rui Santos; Marta Pedro Varanda; Paula Abreu

Rússia: Vadim V. Radaev

Suécia: Richard Swedberg (vide Estados Unidos); Patrik Aspers (vide Alemanha); Reza

Azarian

Suíça: Michael Nollert

*No caso de estrangeiros, naturalizados ou com dupla cidadania, indicado, quando

possível, o país de origem entre parênteses

Page 278: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

278

Centros, núcleos, grupos de pesquisa nacionais e estrangeiros na disciplina

Alemanha

MPIfG – Max-Planck-Institut für Gesellschaftsforschung / Max Planck Institute for the

Study of Societies

Brasil

NESEFI – Núcleo de Estudos de Sociologia Econômica e das Finanças (Ufscar)

NUSMER – Núcleo de Estudos Sociológicos dos Mercados (Ufsc)

Escócia

Department of Sociology – University of Edinburgh

Estados Unidos

CSES - Center for the Study of Economy and Society (Cornell University)

Department of Sociology – Columbia University

Department of Sociology – Stanford University

Department of Sociology – Harvard University

Department of Sociology - Northwestern University

Department of Sociology – University of California, Berkeley

Department of Sociology – University of Wisconsin-Madison

Economic Sociology (research cluster) – Sociology (Princeton University)

Page 279: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

279

ESP - Economic Sociology Program (MIT Sloan School of Management)

França

CSI – Centre de Sociologie de l’Innovation (Mines – ParisTech)

CSO – Centre de Sociologie des Organisations

Centre de Sociologie Européene et de Science Politique de la Sorbonne (CESSP-Paris).

O centro é o resultado da fusão do Centre de Sociologie Européenne (CES), que

engloba a área de pesquisa em Sociologia Econômica, e o Centre de Recherches

Politiques de la Sorbonne (CRPS)

Inglaterra

CRESI – Centre for Research in Economic Sociology and Innovation (University of

Essex)

Department of Sociology – London School of Economics and Political Science (LSE)

Itália

Dipartimento di Studi Sociali - Dottorato di Ricerca in Sociologia Economica -

Università degli Studi di Brescia

Dipartimento di Studi del Lavoro e del Welfare - Università degli Studi di Milano

DISPO - Dipartimento di Scienza della Politica e Sociologia - Università degli Studi di

Firenze

Portugal

Page 280: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL …mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/SE-Compilacao-2011... · Economia) e Thorstein Veblen (A Teoria da Classe Ociosa) – o primeiro

280

SOCIUS – Centro de Investigação em Sociologia Económica e das Organizações

(Instituto Superior de Economia e Gestão – ISEG – da Universidade Técnica de Lisboa

– UTL)

Fontes: Economic Sociology European Website; sites de instituições / organizações

citadas