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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE PSIQUIATRIA IPUB CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - CCS FERNANDA CORRÊA COUTINHO PEREIRA ESTUDO RANDOMIZADO COMPARANDO A EFICÁCIA DA TERAPIA COMPORTAMENTAL BASEADA EM ACEITAÇÃO E DA TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL COM FOCO NA INTOLERÂNCIA À INCERTEZA PARA O TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA. RIO DE JANEIRO 2015

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE PSIQUIATRIA – IPUB

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - CCS

FERNANDA CORRÊA COUTINHO PEREIRA

ESTUDO RANDOMIZADO COMPARANDO A EFICÁCIA DA

TERAPIA COMPORTAMENTAL BASEADA EM ACEITAÇÃO E DA

TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL COM FOCO NA

INTOLERÂNCIA À INCERTEZA PARA O TRANSTORNO DE

ANSIEDADE GENERALIZADA.

RIO DE JANEIRO 2015

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

INSTITUTO DE PSIQUIATRIA - IPUB CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - CCS

FERNANDA CORRÊA COUTINHO PEREIRA

ESTUDO RANDOMIZADO COMPARANDO A EFICÁCIA DA

TERAPIA COMPORTAMENTAL BASEADA EM ACEITAÇÃO E DA

TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL COM FOCO NA

INTOLERÂNCIA À INCERTEZA PARA O TRANSTORNO DE

ANSIEDADE GENERALIZADA.

Tese de doutorado submetida ao corpo docente do Programa de Pós-Graduação em Psiquiatria e Saúde Mental (PROPSAM) do Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Doutor em Saúde Mental.

ORIENTADOR Antonio Egidio Nardi

Professor Titular - Faculdade de Medicina da UFRJ - Programa de Pós-Graduação em Psiquiatria e Saúde Mental

do Instituto de Psiquiatria da UFRJ

RIO DE JANEIRO 2015

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Coutinho, Fernanda C Estudo randomizado comparando a eficácia da terapia comportamental baseada em aceitação e da terapia cognitivo-comportamental com foco na intolerância à incerteza para o transtorno de ansiedade generalizada /Fernanda Corrêa Coutinho. – Rio de Janeiro: UFRJ, 2015. 146p. Inclui bibliografia. Orientador: Antonio Egidio Nardi. Tese de Doutorado - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Psiquiatria, 2015. 1. Transtorno de ansiedade generalizada. 2. Terapia Cognitivo-Comportamental. 3. Terapia comportamental com base em aceitação e mindfulness. 4. Ansiedade I. Nardi, Antônio Egidio. II. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Psiquiatria. III. Título.

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FERNANDA CORRÊA COUTINHO PEREIRA

ESTUDO RANDOMIZADO COMPARANDO A EFICÁCIA DA TERAPIA

COMPORTAMENTAL BASEADA EM ACEITAÇÃO E DA TERAPIA COGNITIVO-

COMPORTAMENTAL COM FOCO NA INCERTEZA À INTOLERÂNCIA PARA O

TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA.

Tese de doutorado submetida ao corpo docente do Programa de Pós-Graduação em Psiquiatria e Saúde Mental (PROPSAM) do Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Doutor em Saúde Mental.

_______________________________________ Antonio Egidio Nardi - Presidente

Professor Titular - Faculdade de Medicina da UFRJ - Programa de Pós-Graduação em Psiquiatria e Saúde Mental

do Instituto de Psiquiatria da UFRJ

_______________________________________ Bernard Pimentel Rangé

Professor Associado – Instituto de Psicologia da UFRJ - Programa de Pós-Graduação em Psicologia da UFRJ

_______________________________________ Lucia Emmanoel Novaes Malagris

Professora Adjunta – Instituto de Psicologia da UFRJ - Programa de Pós-Graduação em Psicologia da UFRJ

_______________________________________ Marco Antonio Alves Brasil

Professor Associado - Faculdade de Medicina da UFRJ - Chefe do Serviço de Psiquiatria e Psicologia Médica

Hospital Universitário Clementino Fraga Filho Universidade Federal do Rio de Janeiro.

_______________________________________

Rafael Christophe da Rocha Freire Professor Adjunto - Faculdade de Medicina da UFRJ –

Programa de Pós-Graduação em Psiquiatria e Saúde Mental do Instituto de Psiquiatria da UFRJ

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À Laura Coutinho

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vi

AGRADECIMENTOS

Ao meu orientador na tese de doutorado, o prof. Dr. Antonio Egidio Nardi, que

ainda em 2010, durante o curso do mestrado me acolheu no Laboratório do Pânico e

Respiração (LABPR), me mostrou um novo caminho de pesquisa, ofereceu ricas

parcerias para o trabalho e novas amizades para a vida. A minha eterna gratidão por

fornecer os alicerces para transformar o sonho do doutorado em realidade.

Ao Prof. Dr. Bernard Rangé que me abriu as portas da vida acadêmica

acreditando e incentivando o meu trabalho em todos os momentos.

A Prof.ª Dr.ª Lucia Novaes pela importante contribuição durante os anos da

pesquisa.

Ao Prof. Dr. Marco Antonio Brasil por ter me dado liberdade para atuar como

psicóloga clínica, professora, orientadora e pesquisadora do Serviço de Psiquiatria e

Saúde Mental do Hopital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF) a sua

disponibilidade foi fundamental para esse projeto sair do papel e ainda mais para o

meu crescimento profissional.

A equipe do LABPR, formada por pesquisadores que enriqueceram e

incentivaram a minha caminhada ao longo desses quatro anos. Especialmente, a

Gisele Pereira Dias por ser meu modelo de excelência em pesquisa com a pitada

perfeita de doçura.

As alunas de pós-graduação em psicologia hospitalar Claudia Lima e Silva e

Ludmila Kersnowsky e a aluna de residência multiprofissional em saúde Roberta Sá,

incialmente pelo interesse, dando os seus melhores no período da minha licença

maternidade. Sem elas parte dessa pesquisa não teria acontecido e devo muito do

meu aprendizado a elas.

Aos pacientes com transtorno de ansidedade generalizada (TAG) atendidos

ao longo dessa pesquisa pela disponibilidade, aprendizado e troca.

Aos meus pais Roberto Coutinho e Fatima Coutinho por todo investimento

financeiro e emocional.

As minhas irmãs Roberta Coutinho e Camila Coutinho por serem minhas

melhores amigas.

Aos meus sobrinhos, Júlia, Natália, Felipe e Bernardo, a titia promete

compensar a ausência com muitas tardes de brincadeiras.

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As minhas amigas, Isabela Soares e Luiza Medeiros, por tornarem mais leves

os momentos onde meu único assunto era a tese de doutorado.

Ao meu marido, Vinicius Pereira, por sempre acreditar que eu posso mais.

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RESUMO

COUTINHO, Fernanda C. Estudo randomizado comparando a eficácia da

terapia comportamental baseada em aceitação e da terapia cognitivo-

comportamental com foco na intolerância à incerteza para o transtorno de ansiedade

generalizada. Rio de Janeiro, 2015. Tese (Doutorado em Saúde Mental) – Instituto

de Psiquiatria, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2015.

O transtorno de ansiedade generalizada (TAG) é um transtorno mental altamente

prevalente, crônico e incapacitante. É definido pela preocupação excessiva e

incontrolável, as intervenções terapêuticas focam na preocupação patológica e na

redução da mesma para uma escala normativa. As terapias cognitivo-

comportamentais (TCCs) são consideras o padrão ouro no tratamento psicoterápico,

ainda que as taxas de recaídas sejam altas, principalmente quando comparadas

com outros transtornos de ansiedade. A partir da necessidade de refinamento das

abordagens existentes, novos modelos teóricos estão despontando como

promissores no tratamento do TAG, dentre eles a terapia comportamental baseada

em aceitação (TCBA) combinada com mindfulness. A TCBA é uma abordagem

recente que visa ajudar os clientes a expandirem o foco (da ameaça) para uma

consciência plena, compassiva (sem julgamento) e descentralizada (de sentimentos

e pensamentos enraizados) em relação às experiências internas. Acredita-se que

estas novas competências contribuam para a redução da esquiva experiencial,

assim como promove uma postura de aceitação e disposição em direção a novas

experiências internas. Apesar dos resultados em estudos anteriores serem

promissores, os mesmos são limitados pela carência de condições de grupo controle

ativo. O presente estudo teve como objetivo avaliar e comparar uma amostra piloto

randomizada de pacientes com TAG utilizando a TCBA e a TCC baseada no modelo

de intolerância à incerteza. Setenta e duas pessoas foram avaliadas, 36 não

preencheram os critérios e 6 não tiveram interesse em participar do tratamento.

Trinta pacientes ambulatoriais (64% do sexo feminino e 36% do sexo masculino,

com idade média de 45,8 anos) que preencheram os critérios para TAG como

diagnóstico principal no DSM-IV-TR foram avaliados antes do tratamento e após o

tratamento nas seguintes medidas de auto-relato: Questionário de preocupação e

ansiedade do estado da Pensilvania (PSWQ), Inventário Beck de Ansiedade (BAI) e

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o Questionário de preocupação e ansiedade (WAQ). A avaliação segundária incluiu

o Inventário Beck de Depressão (BDI), devido à grande comorbidade com o

transtorno depressivo maior (77,8%). Os pacientes foram alocados nos dois grupos

de tratamento e receberam terapia individual em 14 sessões semanais e 2

quinzenais. Houve abandono de um paciente (6,7%) na TCC e de quatro pacientes

(26,7). No pós-tratamento e em ambos os seguimentos os resultados foram

semelhantes, os escores reduziram 53,7% (BAI); 29,7% (PSWQ); 37% (WAQ) e

40,7% (BDI) da TCBA contra 43,0% (BAI), 29,2% (PSWQ), 25,0% (WAQ) e 49,0%

(BDI) na TCC. Apesar da melhora quantitativa, não houve resultados

estatisticamente significativos entre os grupos, o que pode estar relacionado ao

tamanho da amostra e ao fato do grupo controle também receber tratamento.

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ABSTRACT

COUTINHO, Fernanda C. Randomized study comparing effectiveness of an

acceptance-based behavioral therapy and cognitive behavioral therapy with focus on

intolerance of uncertainty for generalized anxiety disorder. Rio de Janeiro, 2015.

Tese (Doutorado em Saúde Mental) – Instituto de Psiquiatria, Universidade Federal

do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2015.

Generalized Anxiety Disorder (GAD) is a highly prevalent, chronic and disabling

mental disorder. It is defined by excessive and uncontrollable worry and the

therapeutic interventions focus on pathological concern and on reducing it to a

normative scale. Cognitive-behavioral therapies (CBTs) are considered the gold

standard in psychotherapy, although relapse rates are high, especially when

compared with other anxiety disorders. Resulting from the need for refinement of

existing approaches, new theoretical models are emerging as promising in the

treatment of GAD, including acceptance-based behavioral therapy (ABBT) combined

with mindfulness. The ABBT is a new approach that seeks to help customers expand

the focus (of threat) to full consciousness, compassionate (without judgment) and

decentralized (of feelings and thoughts rooted) in relation to internal experiences. It is

believed that these new abilities contribute to the reduction of experiential avoidance,

and promote an attitude of acceptance and disposition toward new internal

experiences. Despite the results in previous studies being promising, they are limited

by the lack of active control group conditions. This study aimed to evaluate and

compare a sample pilot randomized trial of GAD patients using ABBT and CBT

based on intolerance of uncertainty. Of 72 people evaluated, 36 did not meet the

criteria and 6 were not interested in participating in the treatment. Thirty patients

(64% female and 36% male, with average age of 45.8 years) who met the criteria for

GAD as the primary diagnosis in the DSM-IV-TR were assessed at pre-treatment and

post-treatment in the following self-reported measures: Penn State Worry

Questionnaire (PSWQ), Beck Anxiety Inventory (BAI) and the Worry and Anxiety

Questionnaire (WAQ). The secondary evaluation included the Beck Depression

Inventory (BDI), due to large comorbid major depression (77.8%). Patients were

allocated to two treatment groups and received individual therapy in 14 weekly

sessions and 2 biweekly sessions. There was abandonment of one patient (6.66%) in

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the CBT and four patients (26.7%) in ABBT. In the post-treatment and in both

segments with similar results, scores decreased 53.7% (BAI); 29.7% (PSWQ); 37.0%

(WAQ) and 40.7% (BDI) of ABBT against 43.0% (BAI), 29.2% (PSWQ), 25.0%

(WAQ) and 49.0% (BDI) in CBT. Despite the better quantitative, there was no

statistically significant results among groups, which might be related to the sample

size and the fact of being an active control group.

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LISTA DE ILUSTRAÇÃO

Ilustração 1 Modelo cognitivo do transtorno de ansiedade generalizada. ................... 29

Ilustração 2 Modelo Conceitual do TAG ............................................................................ 34

Ilustração 3 Modelo conceitual do TAG na TCBA ............................................................ 42

Ilustração 4 Objetivos da TCBA .......................................................................................... 44

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LISTA DE FIGURAS

Figura1 Critérios Diagnósticos para o TAG ...................................................................... 26

Figura2 Fluxograma de participantes através das várias fases deste ensaio clínico. 48

Figura 3 Estrutura das sessões de TCC ............................................................................ 53

Figura4 Estrutura das sessões de TCBA ......................................................................... 56

Figura5 Dados sociodemográficos do total de pacientes da pesquisa ......................... 58

Figura6 Pacientes por presença de comorbidade nos grupos TCC e TCBA .............. 59

Figura7 Pacientes por uso de medicação nos grupos TCC e TCBA ............................ 59

Figura 8 Estatísticas descritivas e teste de normalidade das variáveis do estudo pré-

tratamentos na amostra total ............................................................................................... 60

Figura9 BAI pré e pós-tratamento para TAG e variação, segundo os protocolos TCC

e TCBA .................................................................................................................................... 61

Figura10 BAI pré e pós-tratamento para TAG e variação, segundo os protocolos

TCC e TCBA ........................................................................................................................... 61

Figura11 BDI pré e pós-tratamento para TAG e variação, segundo os protocolos

TCC e TCBA ........................................................................................................................... 62

Figura12 BDI pré e pós-tratamento para TAG e variação, segundo os protocolos

TCC e TCBA ........................................................................................................................... 62

Figura13 PSWQ pré e pós-tratamento e variação, segundo os protocolos TCC e

TCBA........................................................................................................................................ 63

Figura14 PSWQ pré e pós-tratamento e variação, segundo os protocolos TCC e

TCBA........................................................................................................................................ 63

Figura15 WAQ total pré e pós-tratamento para TAG e variação, segundo os

protocolos TCC ou TCBA ..................................................................................................... 64

Figura16 WAQ-som pré e pós-tratamento nos protocolos TCC e TCBA para

pacientes com TAG ............................................................................................................... 64

Figura17 WAQ-som pré e pós-tratamento para TAG e variação, segundo os

protocolos TCC ou TCBA ..................................................................................................... 65

Figura18 WAQ total pré e pós-tratamento para TAG e variação, segundo os

protocolos TCC ou TCBA ..................................................................................................... 65

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CEP Comitê de Ética e Pesquisa

DSM Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais

fMRI Ressonância Magnética Funcional

HUCFF Hospital Universitário Clementino Fraga Filho

IRSN ou SNRIs Inibidores Seletivos de Recaptação de Serotonina e

Noradrenalina

IRSS ou SSRIs Inibidores Seletivos de Recaptação de Serotonina

LABPR Laboratório de Pânico e Respiração

MINI Mini International Neuropsychiatric Interview

PUC-Rio Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro

RA Relaxamento Aplicado

SCID-II Structured Clinical Interview for DSM Disorders

TAC Terapia de aceitação e compromisso

TAG Transtorno de Ansiedade Generalizada

TCBA Terapia Comportamental Baseada em Aceitação

TCC Terapia Cognitivo-Comportamental

TCD Terapia comportamental dialética

UERJ Universidade do Estado do Rio de Janeiro

UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro

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SUMÁRIO

DEDICATÓRIA .......................................................................................................... v

AGRADECIMENTOS ................................................................................................ vi

RESUMO ................................................................................................................. viii

ABSTRACT ................................................................................................................ x

LISTA DE ILUSTRAÇÃO .......................................................................................... xii

LISTA DE FIGURAS ................................................................................................ xiii

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS.................................................................... xiv

APRESENTAÇÃO.................................................................................................... 17

INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 22

1.1 O medo e a ansiedade na terapia cognitiva ................................................... 22

1.1.1 Aspectos biológicos da ansiedade ................................................................. 23

1.2 O transtorno de ansiedade genealizada ........................................................ 25

1.3 Quadro atual da terapia cognitivo-comportamental para o transtorno de ansiedade generalizada ................................................................................. 28

1.4 Modelo cognitivo de intolerância à incerteza para pacientes com transtorno de ansiedade generalizada ................................................................................. 32

1.5 Comparação e associação da terapia cognitivo-comportamental com outras formas de tratamento ..................................................................................... 36

1.6 Modelo de terapia comportamental baseada em aceitação e mindfulness para pacientes com transtorno de ansiedade generalizada ................................... 38

2 OBJETIVOS E HIPÓTESES .......................................................................... 45

2.1 Objetivo geral: ............................................................................................... 45

2.2 Objetivos específicos: .................................................................................... 45

2.3 Hipóteses ...................................................................................................... 45

3 MÉTODO ....................................................................................................... 46

3.1 Participantes e local....................................................................................... 46

3.1.1 Critérios de inclusão ...................................................................................... 46

3.1.2 Critérios de exclusão ..................................................................................... 47

3.2 Aspectos éticos ............................................................................................. 48

3.3 Material e instrumentos ................................................................................. 49

3.4 Procedimentos ............................................................................................... 50

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3.4.1 Os Tratamentos ............................................................................................. 51

3.4.1.1.Terapia cognitivo-comportamental baseada no modelo de intolerância à incerteza (TCC) ............................................................................................. 51

3.4.1.2. Terapia comportamental baseada em aceitação e mindfulness (TCBA)...... 54

4 ANÁLISE DOS DADOS ................................................................................. 57

5 RESULTADOS .............................................................................................. 58

6 DISCUSSÃO ................................................................................................. 66

7 LIMITAÇÕES DO ESTUDO ........................................................................... 71

8 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................... 72

ARTIGOS ................................................................................................................. 74

REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 127

ANEXOS ................................................................................................................ 140

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APRESENTAÇÃO

No ano de 1997, iniciei minha graduação em Psicologia na Pontifícia

Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e, logo no princípio, interessei-

me pela terapia cognitivo-comportamental (TCC). Em 1999, pela primeira vez,

participei de um congresso neste campo de conhecimento, o VI Latine Dies e II

Congresso Brasileiro de Psicoterapias Cognitivas, organizado pelo Prof. Dr. Bernard

Pimentel Rangé. Desde então, minha vida profissional foi levada, por muitos

congressos, à formação em TCC, uma especialização na área.

A abordagem cognitivo-comportamental e seu compromisso com a efetividade

dos resultados e com a experimentação, em prol do bem-estar do paciente, além do

seu compromisso com o método científico através de uma metodologia replicável,

reforçaram em mim a certeza de que a pesquisa seria um campo de atuação que me

traria realização pessoal e profissional.

A escolha do TAG veio embasada nos anos de experiência na clínica em

TCC. A observação do alto índice de pacientes que procuravam o meu consultório

com um discurso de preocupação excessiva e ansiedade “incontrolável”, o qual, na

maioria das vezes, confirmava o diagnóstico do transtorno, bem como pacientes que

procuravam tratamento por outras questões, mas traziam o TAG como comorbidade,

me intrigou e motivou a começar a pesquisar mais profundamente esse transtorno.

No ano de 2009 ingressei no mestrado, quando avaliei o modelo de tolerância

à incerteza para pacientes com TAG e comparei com um grupo de relaxamento

aplicado. Contudo, o número pequeno da amostra sugeriu novas pesquisas que

pudessem ser mais consistentes e apresentassem um maior impacto na avaliação

de protocolos de tratamento para o TAG. Hoje a TCC, apesar de eficaz, tem menor

tamanho de efeito para o TAG quando comparada a outros transtornos1, o que

requer uma maior atenção e suscita a necessidade de desenvolvimento de novas

abordagens para o tratamento do transtorno.

Com isso, surgiu a idéia de, dando continuidade aos estudos com pacientes

com TAG, avaliar formas novas de tratamento. Optei por uma abordagem

contemporânea, a terapia comportamental baseada em aceitação e mindfulness

(TCBA), que ainda possui poucos estudos no campo internacional, mas que vem se

mostrando promissora. Aproveitei a oportunidade para compara-la com a já bem

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estabelecida terapia cognitiva com base no modelo de intolerância à incerteza.

Assim a pesquisa incluiu uma abordagem cognitivo-comportamental e outra

comportamental, esta incluída na terceira onda das abordagens comportamentais.

A proposta foi continuar a pesquisar esse transtorno tão intrigante, com alta

taxa de prevalência e índices de recaída após o tratamento ainda altos, quando

comparados a outros transtornos de ansiedade. Esse projeto de doutorado incluiu

estudos empíricos e de revisão sobre a efetividade do modelo de intolerância à

incerteza, agora na versão individual, e do modelo cognitivo-comportamental

baseado em aceitação e técnicas de mindfulness.

A revisão do TAG possibilitou publicar um primeiro artigo (anexo 1), no qual

está descrita a história da ansiedade e do TAG no Manual Diagnóstico e Estatísitico

de Transtornos Mentais (DSM), além das perspecitvas futuras para o entendimento

do transtorno. Ao longo do estudo houve a necessidade de adequar os protocolos de

tratamentos ao perfil de pacientes que a pesquisa contemplou. O segundo artigo

(anexo 2) está submetido a uma revista internacional e é possível encontrar nele as

necessidades de adequação de um protocolo de pesquisa sem que haja alteração

de conteúdo. O terceiro artigo (anexo 3) traz os resultados dessa pesquisa e está em

fase de conclusão para ser submetido a uma outra revista internacional.

Além dos artigos descritos acima, os anos de pesquisa no tema possibilitaram

a publicação de 4 capítulos de livros em coautoria com profissionais da área.

A pesquisa atual permitiu o trabalho num ambiente novo, o Hospital

Universitário Clementino Fraga Filho da Universiade Federal do Rio de Janeiro

(UFRJ), além do atendimento ambulatorial, o convite para supervisionar alunos da

pós-graduação em psicologia hospitalar e da residência multidisciplinar enriqueceu

os anos de pesquisa. Esse trabalho permitui ampliar as linhas de atuação para

outras áreas, como o estudo das TCCs para os transtornos alimentares.

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JUSTIFICATIVA

O TAG é um dos transtornos de ansiedade mais comuns vistos nos cuidados

primários, com taxa de prevalência atual que varia de 3,7% a 8,0% e taxa de

prevalência de 12 meses de 10,3%2. É uma condição difusa e crônica, com

pacientes frequentemente relatando uma duração de mais de 20 anos. É associado

com taxas significativas de prejuízo funcional3 e de custos com saúde pública4. Os

custos médicos para o tratamento do TAG colocam-o entre os transtornos de

ansiedade mais caros, atrás apenas do transtorno de estresse pós-traumático5, nos

Estados Unidos da América.

Embora as abordagens cognitivo-comportamentais produzirem uma melhora

significativa nos sintomas do TAG em comparação com placebo e condições de não

tratamento6, apenas metade dos pacientes conseguem funcionar na sua melhor

forma7 e, além disso, as taxas de recaída são elevadas, atingindo mais de 50%2.

Ainda assim, o interesse em pesquisá-lo continua reduzido em comparação a outros

transtornos de ansiedade8.

Um dos medidores independentes de interesse de pesquisa em um

determinado assunto é o número de publicações sobre um tema. Dugas e

colaboradores8 fizeram uma pesquisa refinada, entre os anos de 1998 e 2008, com

o objetivo de examinar as taxas de publicações para os transtornos de ansiedade e,

mais especificamente, para investigar a frequência das publicações dedicadas ao

TAG. Constataram que, supreendentemente, não obstante a alta prevalência, o alto

custo para a sociedade e a angústia que gera no indivíduo, há uma relativa falta de

interesse em se pesquisar o transtorno.

O TAG foi - e continua sendo - um dos transtornos de ansiedade a respeito do

qual há poucas publicações. Na última década, embora as taxas de publicações

relacionadas ao TAG tenham aumentado em termos absolutos (o número efetivo de

publicações), não houve aumento em termos relativos (os números de publicações

em relação aos outros transtornos de ansiedade)8. As proporções entre prevalência

do transtorno e número de estudos se mostram conflitantes. Isto é, no mesmo

período da pesquisa, o TAG já estava bem estabelecido em termos de diagnóstico e

tinha uma alta taxa de prevalência, o que justificaria um número maior de estudos

sobre o tema. Todavia, não foi o que se configurou.

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No que se refere ao tratamento propriamente dito, a TCC aparece como uma

intervenção substancial e com suporte empírico para o TAG9. Ela está entre as

formas mais amplamente empregadas e avaliadas no tratamento psicológico do

TAG10, porém as taxas reais de resposta são modestas quando comparadas com

outros transtornos de ansiedade11,12 , varindo entre 36% e 50%13,14. Além disso, na

maioria das amostras tratadas com TCC, o estado de funcionamento atingido após o

tratamento não é o total, ou seja, os clientes não retornam aos níveis normativos nas

medidas de resultados de avaliação dos sintomas chaves do transtorno12.

Ainda assim, partindo do quadro atual, alguns modelos cognitivos e

comportamentais são vistos como consolidados e eficazes no tratamento de

pacientes com TAG. Além disso, outros mais recentes despontam como

promissores, oferecendo uma melhor compreensão dos processos psicológicos que

sustentam os sintomas desse transtorno crônico. Segundo Behar e colaboradores15

a conceituação teórica do TAG continua a passar por análise e refinamento, o que

torna esse um momento oportuno para que as pesquisas investiguem as causas e

os fatores que mantem essa condição.

Duas meta-análises recentes9,16, que investigaram os efeitos dos

tratamentos psicológicos para o TAG, concluiram que também há necessidade de

novos estudos radomizados testarem a eficácia das diversas formas de TCC. Apesar

da terapia comportamental baseada em aceitação com técnicas de mindfulness

(TCBA) vir mostrando resultados promissores nas avaliações clinícas, nas medidas

de autorelato para ansiedade e depressão, assim como uma melhora na qualidade

de vida, em grande parte, os estudos são limitados pela ausência de uma condição

de controle ativa17. Isso torna necessária a realização de estudos randomizados

comparando a TCBA com formas de intervenções ativas, eficazes e amplamente

utilizadas.

Sendo assim, o presente estudo avaliou a eficácia da TCBA com técnicas de

mindfulness em uma amostra ambulatorial e comparou com a TCC tradicional

utilizando o modelo cognitivo de intolerância à incerteza. A opção de comparação

com a TCC baseada no modelo de intolerância à incerteza se deu por este modelo

ser um tratamento empiricamente validado, para o qual existe manual e dados

substanciais de melhora significativa em todas as medidas de efeito na avaliação

dos sintomas de ansiedade e de depressão relacionados ao TAG. Além disso, a

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autora da tese é treinada nesse método. Esse estudo parte de duas hipóteses: a

primeira de que as duas abordagens, tanto TCBA quanto a TCC, levarão a uma

melhora significativa do ponto de vista estatístico e clínico no pós-tratamento, a

segunda é a de que quando comparados entre si, os resultados terapêuticos serão

diferentes intragrupos.

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22

INTRODUÇÃO

1.1 O medo e a ansiedade na terapia cognitiva

O medo é considerado uma emoção básica, que ocorre como uma resposta

adaptativa saudável a uma ameaça ou perigo percebido. Essa resposta foi descrita

em animais superiores e parece ser parte de um mecanismo universal de adaptação

às condições adversas18 por alertar para a necessidade de defesa. Todavia, nos

seres humanos, o medo pode ser maladaptativo quando é interpretado de forma

distorcida, em uma situação não ameaçadora, como perigo em potencial.

Clark e Beck19, afirmam que diferenciar o medo da ansiedade é fundamental

para a pesquisa e o tratamento da ansiedade. Segundo os autores o medo é um

alarme primitivo em reposta a uma ameaça presente. Por outro lado, a ansiedade é

vista como uma emoção orientada para o futuro, uma resposta emocional provocada

pelo medo. A ansiedade ainda inclui um complexo sistema de resposta cognitiva,

afetiva, fisiológica e comportamental que é ativado em situações percebidas como

imprevisíveis ou incontroláveis e interpretadas como uma ameaça pelo indivíduo.

Gross e Hen18 afirmam que a ansiedade é um estado mental que ocorre em

antecipação à ameaça ou potencial ameaça. Sensações de ansiedade são uma

parte normal da experiência humana20, mas a ansiedade excessiva ou inadequada

pode se tornar uma doença. No processo central de todos os transtornos de

ansiedade está o medo, como uma avaliação automática básica de perigo19.

Em um paciente específico com TAG, por exemplo, o medo da perda do

emprego e a idéia de posteriormente não ter condições financeiras de sobreviver, faz

com que o individuo fique hipervigilante no trabalho, o que aumenta as chances dele

interpretar uma simples reunião com o chefe como algo ameaçador, o que pode

paralisá-lo e deixá-lo nervoso e apreensivo. Esse estado contínuo de hipervigilância,

as posteriores reações cognitivas, emocionais, fisiológicas e os comportamentos

relacionados, quando causam prejuízos em alguma esfera da vida do indivíduo,

caracterizam a ansiedade patológica.

Assim, a ansiedade pode se tornar disfuncional a ponto de ser necessária

uma intervenção profissional. Isto ocorre quando há uma cognição distorcida aliada

ao funcionamento prejudicado, a elaboração de falsos alarmes de perigo e uma

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hipersensibilidade aos estímulos. Teorias cognitivas postulam que os transtornos de

ansiedade estão relacionados com excessivas associações de memória de medo.

No caso específico dos pacientes com TAG, eles avaliam de forma negativa

expressões claramente relacionadas à preocupação como, por exemplo, a palavra

câncer, e também fazem uma generalização do efeito dessas palavras para termos

neutros, como quando escutam a palavra diagnóstico. O estudo que avaliou a

sensibilidade desse viés interpretou como um indicador da patologia a assimilação

do medo de forma ampliada21.

A generalização da percepção do medo é comumente estudada em

laboratório, estudos com animais mostram que um estímulo neutro pode evocar a

memória de um resultado aversivo quando compartilha elementos comuns com outro

estímulo que já está associado ao medo22. A ansiedade patologica inclui tanto a

generalização do medo23 quanto uma tendência aumentada para avaliar estímulos

ambíguos como ameaçadores24.

Ou seja, numa situação de ameaça leve ou mesmo sem qualquer ameaça

aparente o individuo ativa um sistema de crenças disfuncionais que, através de

associações, o faz crer estar em perigo, deixando-o hipervigilante. Adicionalmente, a

desvalorização de sua capacidade de lidar com a situação o faz operar de forma

disfuncional, o que pode ser prejudicial para sua vida. Em suma, nos trantornos de

ansiedade o sujeito superestima a ameaça externa e subestima a sua capacidade

de lidar com ela.

Em pacientes com TAG, quaisquer eventos estressantes ou preocupações

pessoais podem ser vistas como estímulo ameaçador, isso devido ao medo de

possíveis futuros desfechos adversos ou ameaçadores, que fazem parte da

avaliação central desses indivíduos.

1.1.1 Aspectos biológicos da ansiedade

A susceptibilidade a transtornos psiquiátricos, como os transtornos do humor

e de ansiedade, pode ser determinada no início da vida. Mecanismos de

desenvolvimento, que estão tanto sob controle genético quanto ambiental, podem

levar o organismo a apresentar uma tendência para expressar ansiedade em

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resposta a estímulos de ameaça. Estudos em macacos e roedores apoiam o

importante papel das interações gene-ambiente na etiologia da ansiedade20.

Hudson e Rapee25, afirmam que a etiologia dos transtornos de ansiedade

inclui fatores genéticos, temperamento e as influências do meio. A American

Psychiatric Association (APA)26 afirma que estudos recentes com gêmeos confirmam

a contribuição genética no desenvolvimento dos transtornos de ansiedade26. As

evidências de estudos com gêmeos27, 28 tendem a sugerir que o herdado é uma

predisposição geral à ansiedade e à depressão, ao invés de uma característica

genética específica.

Por outro lado, é importante ressaltar que apenas 5% da população de

gêmeos é acometida pelos transtornos de ansiedade18. Assim, pode se constar que

1) a magnitude da contribuição genética para transtornos de ansiedade é

relativamente moderada e menor do que para transtornos psiquiátricos, tais como a

esquizofrenia ou distúrbios neurológicos e doença de Huntington, que apresentam

uma maior carga hereditária; 2) as aparentes baixas contribuições da genética e do

meio compartilhado, no caso de estudos com gêmeos, incidem para o fato de que

mais importante que o meio em que se está inserido é a forma como esse ambiente

é vivenciado.

Nas últimas décadas, técnicas de neuroimagem estão contribuindo para o

mapeamento de estruturas-chave envolvidas no processamento das informações

emocionais no cérebro. No que se refere à etiologia e ao desenvolvimento da

ansiedade patológica, sugere-se que haja um funcionamento disruptivo de diferentes

áreas do cérebro29. As principais regiões do cérebro superativadas são córtex visual,

córtex auditivo, córtex sensório-motor e o tálamo, que tem o papel de transmitir as

informações à amígdala. Sabe-se que a amígdala dispara as sensações e o

comportamento ansioso, além de aumentar a intensidade das respostas

autossômicas como suor, coração acelerado e tremor30.

Fato é que nas últimas décadas o avanço no entendimento neurobiológico do

medo e da ansiedade despontou para a amígdala como tendo um papel central no

processamento emocional e na memória31. As pesquisas a colocam como parte do

processo de modulação emocional da memória, da avaliação de estímulos com

significado afetivo e da avaliação de sinais sociais relacionados a perigo.

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Especificamente em pacientes com TAG, pouco se sabe sobre suas

alterações neurais32, as causas são diversas, entre elas estão os poucos estudos

publicados na área e a falta de uma convergência metodológica, que dificulta

comparações33. Um estudo de revisão utilizando pesquisas com ressonância

magnética funcional (fMRI) apontou para uma ligação entre a desregulação

emocional presente nos pacientes com TAG e o córtex pré-frontal (PFC), além de

observar uma hipofunção do córtex cingulado anterior (ACC) e uma deficiência na

ligação funcional córtex-amígdala33.

1.2 O transtorno de ansiedade genealizada

TAG34 é definido pela preocupação excessiva e crônica. Embora o conteúdo

das preocupações possa variar, ela tende a ser ampla e penetrante e pode incluir

uma gama de domínios, tais como as relações interpessoais, saúde física, escola/

trabalho, finanças, questões mundiais e/ou questões menores (tais como

compromissos diários com a casa ou com os filhos), e até mesmo preocupar-se por

estar preocupado35.

Segundo a APA34, os indivíduos com TAG são definidos com constante

tensão que interfere de forma grave no funcionamento diário. A preocupação pode

acarretar problemas para dormir, dores ou tensão muscular, sensação de

insegurança, vulnerabilidade e dores de cabeça. Pessoas com TAG podem ser

facilmente irritáveis e muitas vezes apresentam problemas no trabalho e dificuldade

de concentração. A figura 1 apresenta os critérios diagnósticos do DSM-5 para TAG.

A. Ansiedade e preocupação excessivas (expectativa apreensiva),

ocorrendo mais dias do que não por no mínimo 6 meses, com diversos eventos ou

atividades (tais como trabalho ou desempenho escolar)

B. O indivíduo considera difícil controlar a preocupação.

C. A ansiedade e a preocupação estão associadas a três (ou mais) dos

seguintes seis sintomas (com pelo menos alguns deles presentes na maioria dos

dias nos últimos 6 meses).

Nota: Apenas um item é exigido para as crianças.

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26

(1) Inquietação ou sensação de estar com os nervos à flor da pele

(2) Sensação de fadiga fácil

(3) Dificuldade em concentrar-se ou sensações de ¨branco¨ na mente

(4) Irritabilidade

(5) Tensão muscular

(6) Distúrbio do sono (dificuldades em adormecer ou manter o sono, ou

sono insatisfatório)

D. A ansiedade, a preocupação ou os sintomas físicos causam sofrimento

clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social ou ocupacional ou em

outras áreas importantes da vida do indivíduo.

E. A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos diretos de uma

substância (droga de abuso, medicamento) ou de uma condição médica geral (p.ex.

hipertireodismo).

F. O transtorno não pode ser mais bem explicado por outro transtorno

mental (ex. ansiedade ou preocupação por ter um ataque de pânico, avaliação

negativa como no transtorno de ansiedade social [Fobia Social], ser contaminado ou

outra obsessão como no transtorno obsessivo-compulsivo, ficar afastado parentes

próximos como no transtorno de ansiedade de separação, ganhar peso na anorexia

nervosa, ter múltiplas queixas físicas no transtorno somatoforme, ou perceber seu

corpo com falhas como no transtorno disformico corporal, ou ter uma doença grave

como na hipocondria, ou conteúdos de crenças delirantes como na esquizofrenia ou

transtorno delirante).

Figura 1 Critérios Diagnósticos para o TAG (DSM-534

)

Preocupação (expectativa apreensiva) e ansiedade excessiva são as

características que definem o TAG e o diagnóstico é dado quando envolve dois ou

mais domínios de atividades - devem ocorrer em mais dias do que não, por 6 meses

ou mais (DSM-534). No transtorno a preocupação também é percebida como difícil

de controlar e está associada a desconforto emocional36,26,37. Consequentemente,

intervenções terapêuticas focam na preocupação patológica e na redução da mesma

para uma escala normativa.

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27

Os critérios diagnósticos do TAG mudaram substancialmente ao longo do

tempo29, com isso as conceituações teóricas do transtorno continuam a passar por

análise e refinamento, o que torna esse um momento importante para as pesquisas

investigarem as causas e manutenções dessa condição15, que apresenta baixa taxa

de efetividade do tratamento quando comparada a de outros transtornos de

ansiedade38,39,40. Além da maioria dos estudos apontarem que menos de 65% dos

clientes satisfazem os critérios esperados para funcionamento no pós-tratamento41,

38 e apresentam elevadas taxas de recaída2.

A baixa confiabilidade diagnóstica é um ponto importante que acaba por

influenciar a conduta clínica42. Das pessoas, com diagnóstico de TAG, que procuram

ajuda profissional de um clínico geral relatando os sintomas do transtorno, apenas

50% a 65% são identificadas como tendo uma questão psiquiátrica, e apenas 34%

destas são reconhecidas como pacientes com TAG43. Uma hipótese é a de que os

pacientes com TAG muitas vezes não procuram um profissional de saúde com a

queixa de “preocupação em execesso” ou por uma apreensão ansiosa44, que são as

principais caracteristicas do transtorno, mas sim por queixas somáticas vagas e

inespecíficas, tais como problemas de sono, fadiga, nervosismo, ou tensões nos

ombros45, 46.

Um agravante no diagnóstico do TAG é a elevada taxa de comorbidade com

outros transtornos psiquiátricos, bem como com outras condições médicas gerais, as

quais conduzem a uma apresentação clínica complexa. As taxas de comorbidade do

TAG com outros transtornos psicológicos variam de 45% a 98%47. O TAG é

comumente associado à depressão, a outros transtornos de ansiedade, além de

estar fortemente associado com dor crônica e distúrbios do sono48, sendo a

comorbidade mais frequente a depressão49.

As explicações para alta comorbidade entre o TAG e a depressão incluem

alguns critérios diagnósticos em comum49, como por exemplo, fadigabilidade,

agitação psicomotora e dificuldade de concentração e sono, fatores genéticos e

processos cognitivos semelhantes, tais como ruminação50 e preocupação51, 52.

Por um longo período, as elevadas taxas de comorbidade levaram ao

questionamento de se o TAG seria um transtorno independente, ou ainda, um

pródromo, um marcador residual ou de gravidade para outros transtornos de

ansiedade ou de humor53. No entanto, por várias razões, esse questionamento não

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28

se apresenta mais consistente. O TAG hoje é bem estabelecido como um

diagnóstico de confiabilidade e validade próprio54, um dos fatores que levam a essa

constatação é a confirmação clínica da ocorrência do TAG sem comorbidade com

significativa frequência46.

1.3 Quadro atual da terapia cognitivo-comportamental para o transtorno de ansiedade generalizada

A TCC é o tratamento "padrão ouro" para TAG55. Estudos controlados sobre

os resultados do tratamento do TAG concluíram que as diversas abordagens

cognitivo-comportamentais produzem mudanças significativas (com grandes

tamanhos de efeito) que são mantidas ou melhoradas nos seguimentos56. Os

tratamentos cognitivo-comportamentais também são mais eficazes quando

comparados com lista de espera ou outras formas não específicas de tratamento57,

58.

Além disso, vários estudos que comparam técnicas soltas de TCC com

protocolos estruturados na mesma abordagem mostraram que os protocolos

produzem efeitos maiores59. Por exemplo, um tratamento com restruturação

cognitiva, relaxamento, e a exposição ao vivo mostrou-se mais eficaz do que

relaxamento e exposição ao vivo separadamente60. No entanto, alguns estudos que

compararam protocolos de TCC com relaxamento aplicado (RA) isoladamente

mostraram que ambos são eficazes61,62,63,64. Na verdade, quando se trata de

relaxamento aplicado, o que os estudos e a prática clínica mostram é que há uma

relação bidirecional entre a preocupação e ansiedade somática61. Ou seja, uma

reestruturação cognitiva considerável ocorre quando indivíduos ansiosos começam a

aplicar técnicas de relaxamento e vice e versa. Destarte, encontra-se na literatura

um único estudo com 57 pacientes com TAG que, após ambas as intervenções,

constatou que a mudança na preocupação representa uma posterior alteração na

ansiedade somática em maior medida na TCC do que no RA65.

Assim, ainda não está claro se determinados elementos do pacote cognitivo-

comportamental são ingredientes necessários no tratamento eficaz do TAG. Os

tratamentos que se mostram mais eficazes variam em alguns detalhes específicos,

mas geralmente incluem os seguintes componentes: psicoeducação,

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29

automonitoramento dos sinais de ansiedade, diferenciação da preocupação

patológica e da preocupação produtiva, RA, alguma forma de exposição imaginária,

dessensibilização ou habilidades de enfrentamento (por ex. treino em solução de

problemas) e reestruturação cognitiva59.

O modelo cognitivo (Esquema 1) elaborado por Clark e Beck19 e baseado em

outros estudos de pesquisadores como Borkovec, Wells e Dugas contribuíram para

o avanço do entendimento cognitivo dos pacientes com TAG e elaboração posterior

de novas formas de tratamento. A partir desse modelo acredita-se que as

preocupações não ocorrem no vácuo, e sim são ativadas pelo contexto das

experiências diárias além dos valores e metas do indivíduo. Além disso, há

esquemas duradouros de baixa confiança (inabilidade) e ameaça que contribuem

para uma predisposição para a preocupação crônica e ansiedade generalizada19.

Ilustração 1 Modelo cognitivo do transtorno de ansiedade generalizada19

(p 401).

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30

A relação entre esses esquemas e as situações cotidianas pode contribuir

para o disparo de pensamentos ou imagens intrusivos relacionados à ameaça. Essa

intercessão ocorre de forma automática e, nos indivíduos vulneráveis ao TAG, a

interpretação da informação é feita de forma distorcida e ameaçadora.

Ainda segundo esse modelo, a fundamentação cognitiva do TAG está no

centro do processamento elaborativo e é onde a terapia vai intervir. A preocupação

é vista como uma atividade mental consciente e elaborada que tenta reavaliar

possibilidades negativas de uma maneira menos ameaçadora. Ela funciona como

uma esquiva cognitiva que visa inibir a excitação emocional66.

Em estados normativos, a preocupação funciona como um alarme de aviso de

perigo em potencial, a qual prepara o indivíduo para lidar com ameaças possíveis e

ajuda a manter a consciência dos problemas a serem resolvidos67. No TAG a

reavaliação da ameaça está relacionada a uma série de processos cognitivos

distorcidos e à subestimação da capacidade interna de lidar com eventos externos, o

que acarreta em tentativas frustradas de controlar ou extinguir a preocupação. Essas

tentativas em longo prazo acabam por aumentar o nível de ansiedade e vigilância do

indivíduo.

Sendo assim, a base cognitiva do TAG é vista como um ciclo vicioso e

autoperpetuador que só cessa após intervenção nos níveis de reavaliação

automática e elaborativa19. O principal objetivo da terapia cognitiva para o TAG é a

diminuição da frequência, intensidade e duração dos episódios de preocupação.

Acredita-se que assim haverá uma diminuição dos pensamentos automáticos

intrusivos ansiosos e da ansiedade generalizada.

O estado atual da investigação do resultado do tratamento sugere que as

atuais técnicas cognitivo-comportamentais são eficazes, mas que um número

significativo de indivíduos que recebem essas intervenções continua a relatar

dificuldades após o tratamento. Segundo Clark e Beck19 há um senso comum de que

muito mais pode ser feito pelo tratamento dos pacientes com TAG. Os resultados

sugerem que é necessário explorar elementos de tratamento que possam aumentar

a eficácia das intervenções existentes. Além disso, é preciso atingir resultados mais

abrangentes, dado que TAG está associado ao comprometimento funcional.

Alguns protocolos, com base na TCC, se estruturaram na tentativa de

entender e melhorar a preocupação excessiva. Cada um desses modelos de

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tratamento tenta capturar aspectos importantes das crenças, atitudes e padrões de

pensamento associados à preocupação patológica no TAG, mas diferem ao dar

ênfase a diferentes determinantes cognitivos da preocupação9. Alguns enfatizam o

papel da preocupação na evitação cognitiva68, enquanto outros se concentram na

função de crenças metacognitivas da preocupação69, realçam o papel da

desregulação das emoções70 ou até mesmo afirmam que a dificuldade em tolerar e

lidar com as incertezas da vida cotidiana contribuem para a manutenção da

patologia71. Mais recentemente, uma abordagem apontou a preocupação como

estratégia de esquiva experiencial e contribuinte do estreitamento do foco da

atenção para a ameaça17.

Os aspectos emocionais do transtorno estão em evidência e os últimos

estudos mostraram que embora a preocupação impeça o processamento emocional,

ela não impede o indivíduo de experimentá-la emocionalmente. Assim, este reage

psicofisiologicamente à ansiedade, sem reavaliar ou reestruturar os pensamentos

ansiogênicos, mantendo o ciclo vicioso. A literatura recente traz a disfunção

emocional como um dos fortes fatores de desenvolvimento e sustentação do

TAG38,72.

O fato das intervenções cognitivo-comportamentais serem eficazes, mas

ainda haver um número substancial de indivíduos com relatos de dificuldades

significativas após o tratamento faz com que ainda seja ncessário explorar novos

elementos de tratamento que possam aumentar a eficácia das intervenções

existentes. Os conhecimentos acumulados desde a pesquisa básica passando pelas

teorias do TAG convergem para o desenvolvimento de novas intervenções a serem

integradas às já bem estabelecidas técnicas de TCC59.

Por fim, entre os modelos cognitivo-comportamentais contemporâneos do

TAG estão o modelo de intolerância à incerteza e o modelo baseado em aceitação e

mindfulness. O primeiro é considerado dentro do subgrupo cognitivo e o segundo é

tido como emocional/experiencial. São modelos que a partir de suas peculiaridades

apresentam formas promissoras de tratamento para o transtorno. Para fins didáticos

optamos por abreviar o modelo de intolerância à incerteza de TCC e o modelo

comportamental de aceitação e mindfulness de TCBA. Essas escolhas tiveram como

base diversos artigos que os denominaram dessa forma65, 73.

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32

A escolha desses dois modelos para comparação em estudo empírico

randomizado permite uma série de interessantes questionamentos a respeito do

tratamento desse transtorno, que ainda é um dos mais intrigantes no que se refere à

eficácia terapêutica.

1.4 Modelo cognitivo de intolerância à incerteza para pacientes com transtorno de ansiedade generalizada

Dugas e colaboradores74 desenvolveram um modelo cognitivo para o TAG, no

qual a intolerância à incerteza é o componente central que pode ser entendido como

uma característica que resulta de um conjunto de crenças negativas sobre a

incerteza e suas implicações71.

Mais especificamente, indivíduos que são intolerantes à incerteza acreditam

que a incerteza é estressante, perturbadora e deve ser evitada75. Além disso, eles

têm dificuldade em funcionar em situações incertas75. Pesquisas mostram que a

intolerância à incerteza é especificamente relacionada ao desenvolvimento da

preocupação e a sintomas somáticos do TAG em populações não clínicas e

clínicas76,77 e distinguem pacientes com TAG de pacientes com outros transtornos

de ansiedade78.

Os indivíduos que são intolerantes à incerteza tendem a ver a incerteza como

ameaçadora, inaceitável, e esmagadora79 e quando comparados aos indivíduos que

são tolerantes à incerteza, mostram-se mais rápidos em dar atenção a estímulos

incertos e são mais tentenciosos a catastrofizar. Ou seja, a interpretar situações

ambíguas como perigosas74, o que aumenta o nível de ansiedade desses sujeitos.

Quando avaliados os processos cognitivos que compõem o modelo de

intolerância à incerteza80 demostraram relação entre os diferentes indicadores de

gravidade (severidade do diagnóstico, da preocupação e do sintoma somático) e

constataram que a intolerância a incerteza é o que melhor prediz a presença de

TAG. A intolerância à incerteza e a orientação negativa para os problemas (outra

construção deste modelo) diferencia significativamente indivíduos com TAG

moderado e grave daqueles considerados leves80.

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33

Outro ponto importante desse modelo são as crenças positivas, relacionadas

à preocupação, vistas com papel de destaque nos estágios iniciais do transtorno e

crenças negativas que desempenham um papel mais importante na manutenção do

transtorno. O que é consistente com a teoria metacognitiva do TAG69, que postula

que as crenças positivas sobre a preocupação contribuem na preocupação inicial

não patológica e que são as crenças negativas sobre preocupação que definem o

transtorno.

A intolerância à incerteza pode levar a comportamentos excessivamente

vigilantes que se referem à detecção e interpretação de situações ambíguas. No

entanto, os indivíduos com TAG, que geralmente são intolerantes à incerteza,

acreditam que esta deve ser evitada77. Para tanto, pode ser que os indivíduos com

TAG utilizem estratégias de enfrentamento baseadas em comportamentos vigilantes

e evitativos, que, em última análise, servem para potencializar a preocupação e a

ansiedade.

A manipulação experimental da intolerância à incerteza acarreta o aumento

nos níveis de preocupação79. Os resultados demonstram que a intolerância à

incerteza é um fator de vulnerabilidade cognitiva envolvida com altos níveis de

preocupação e ao TAG81. Uma das maneiras que a intolerância à incerteza promove

a preocupação e a ansiedade é através da evitação cognitiva (esquema 2). Em

outras palavras, indivíduos com alta intolerância à incerteza são motivados a se

engajar em evitação cognitiva para combater a extrema ansiedade que

experimentam em situações de resultado incerto e temido76.

A evitação cognitiva consiste, principalmente, em uma série de estratégias

internas com o fim de evitar pensamentos angustiantes e imagens mentais

concretas, incluindo os resultados temidos76. Estas estratégias de prevenção podem

ser automáticas ou intencionalmente utilizadas pelo indivíduo82.

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34

Ilustração 2 Modelo Conceitual do TAG77

(p. 216)

Dado que a intolerância à incerteza e a evitação cognitiva são dois

componentes importantes do modelo do TAG, o tratamento baseado neste modelo

inclui módulos de segmentação desses dois componentes e tem mostrado

resultados promissores74. Tais módulos são destinados a melhorar a habilidade dos

clientes para enfrentar a incerteza e ajudá-los no processo de lidar com a mesma no

dia a dia.

Para ser mais detalhado, o protocolo de tratamento sugerido por Dugas e

Robichaud71 se divide em 6 módulos: 1) psicoeducação e treinamento de

conscientização da preocupação; 2) reconhecimento da incerteza e exposição

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35

comportamental; 3) reavaliação da exposição à preocupação; 4) treinamento de

resolução de problemas; 5) exposição imaginária e, por último, 6) prevenção de

recaída.

A exposição imaginária (ou cognitiva), que é a evocação vívida e repetitiva da

imagem mental ameaçadora, é usada para ajudar o cliente a evocar imagens

mentais de resultados temidos, ativar sua estrutura do medo e processar

emocionalmente seus medos74. A exposição imaginária atinge tanto a evitação

cognitiva quanto a intolerância à incerteza, pois os clientes aprendem a se

concentrar em imagens mentais concretas de acontecimentos negativos e incertos

no futuro.

Uma análise41 com 26 pacientes com TAG aplicando a TCC individualmente

obteve como resultado a diminuição da preocupação auto-relatada, dos sintomas

somáticos, da ansiedade e da depressão. Após o tratamento, 77% dos participantes

não preenchiam mais critérios diagnósticos para TAG.

Em outro ensaio clínico83 para avaliar este modelo de TCC em pequenos

grupos, os participantes foram distribuídos aleatoriamente para o tratamento ou lista

de espera. O tratamento consistiu em avaliar os sintomas do TAG, intolerância à

incerteza, ansiedade, depressão e ajustamento social. Os participantes na condição

de tratamento, em comparação com aqueles na lista de espera, mostraram melhora

significativa no pós-teste em todas as medidas e os ganhos foram mantidos em 6, 12

e 24 meses de seguimento.

As pesquisas41,83 mostram como resultado desse modelo de tratamento que

os clientes ganham na qualidade de vida atrelada a uma maior capacidade de lidar

com as incertezas da vida e a capacidade de distinguir e resolver problemas.

Todavia, estudos atuais84 sugerem que a intolerância à incerteza pode estar mais

bem relacionada a tratamentos transdiagnóstico para sujeitos com ansiedade

patológica. Baseados no fato das medidas de intolerância à incerteza também

estarem fortemente relacionadas a outros transtornos de ansiedade, mais

especificamente ao transtorno obsessivo compulsivo e a depressão maior85,

Anderson e colaboradores86 sugerem novas pesquisas que se beneficiem da

investigação das crenças específicas sobre a incerteza para pacientes com TAG.

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36

1.5 Comparação e associação da terapia cognitivo-comportamental com outras formas de tratamento

O TAG tem uma baixa probabilidade de remissão espontânea109, um alto

índice de comorbidades e um alto custo para a sociedade, o que faz com que o

tratamento seja primordial. Junto com a introdução do TAG no DSM, em 1980,

iniciaram-se as pesquisas a respeito do tema. Nesse caminho, vários estudos

randomizados e meta-análises mostraram que a farmacoterapia pode ser eficaz no

tratamento do transtorno110, 111.

A maioria das diretrizes atuais de tratamentos farmacológicos para o TAG

enfatiza o uso dos inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS ou SSRI)

e inibidores seletivos de recaptação de serotonina e noradrenalina (ISRSN ou SNRI).

Os SSRI atualmente disponíveis para uso clínico são Citalopram, Escitalopram,

Fluoxetina, Fluvoxamina, Paroxetina e Sertralina. Dentre os SNRI, a Venlafaxina e a

Duloxetina são os mais frequentemente utilizados112. Ensaios clínicos randomizados

dão suporte para a utilização dos SSRI e dos SNRI no tratamento em curto prazo,

sendo os SSRI a opção de tratamento mais eficaz para redução dos sintomas de

ansiedade, com efeitos colaterais geralmente leves para pacientes com TAG. A

Fluoxetina foi classificada em primeiro lugar quanto à resposta e remissão dos

sintomas, já a Sertralina se destaca no critério tolerabilidade113.

Existem relativamente poucos estudos sobre a manutenção dos SSRI e dos

SNRI no tratamento a longo prazo para o TAG. No entanto, os ensaios clínicos

indicam de forma consistente que a interrupção precoce desses agentes estão

associados com elevados riscos de recaídas. Assim, a maioria das diretrizes de

tratamento sugere que, após uma boa resposta à farmacoterapia, o tratamento deve

ser mantido entre seis meses e um ano e a suspensão deve ser gradual113, 114. Já

para os que não respondem ao tratamento famarcológico de primeira linha, não há

resultados robustos, mas alguns pacientes podem se beneficiar dos antidepressivos

tricíclicos, como a Buspirona ou a Pregabalina110.

Uma meta-análise114 que incluiu 403 estudos randomizados que avaliaram

diversos tipos de tratamentos para os transtornos do pânico/agorafobia, TAG, fobia

social e fobias específicas concluiu que os transtornos de ansiedade devem ser

tratados com psicoterapia, psicofármacos, ou ambos. Como se sabe, as taxas de

respostas aos tratamentos iniciais em pacientes com TAG variam de 45% a 65% o

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37

que sugere um tratamento combinado de psicoterapia e farmacoterapia, sendo a

TCC a primeira opção entre as psicoterapias e a terapia psicodinâmica115 um

tratamento de segunda linha.

Outros tipos de psicoterapias para TAG também foram desenvolvidos, como

terapia de suporte não diretiva116 e terapia espiritual117, porém há poucos estudos

relacionados ao TAG. A maioria das terapias são propostas como tratamentos

individuais e presenciais, apesar de uma série de estudos avaliarem tratamentos em

grupo para o TAG83.

A despeito dos últimos anos, quando foi possível observar uma quase

duplicação do número de estudos que examinaram os efeitos das psicoterapias para

pacientes adultos com TAG, a maioria analisou os efeitos da TCC e a comparou com

listas de espera como condição controle e apontaram para resultados

significativamente favoráveis para as abordagens cognitivo-comportamentais.

Estudos comparativos entre os tratamentos farmacológicos e os efeitos dos

diferentes tipos de psicoterapias são escassos, o que dificulta a comparação118.

Todavia, ao que parece, o tratamento psicológico pode ser pelo menos tão eficaz

quanto o medicamentoso16.

Nos últimos anos, foram desenvolvidos e testados tratamentos cognitivo-

comportamentais utilizando a internet119, 120,121. Embora seja relativamente pequeno

o número de estudos a respeito deste tipo de tratamento, os resultados apontaram

para tamanhos de efeito comparáveis com aqueles encontrados para terapias

presenciais, inclusive nos seguimentos de dois meses122 e seis meses123.

As psicoterapias cogntivo-comportamentais estão se desenvolvento a partir

de estudos sobre a natureza do TAG e sua caracteristica definidora, a preocupação

crônica. Os tratamentos psicológicos são geralmente os preferidos dos clínicos, bem

como dos pacientes124. Dentre a gama de possibilidades psicoterápicas, uma

mistura de uma ou mais técnicas específicas, tais como reestruturação cognitiva;

exposição; solução de problemas; RA e biofeedback são as mais comumente

utilizadas16.

Com tantos esforços, as taxas reais de recuperação ainda são modestas

quando compradas com outros transtornos de ansiedade125, 12; elas variam entre

36% e 50%13. Na prática, após o tratamento, apenas metade dos pacientes

conseguem funcionar na sua melhor forma7 e, além disso, as taxas de recaída são

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elevadas, atingindo mais de 50%2,37. O fato é que os esforços recentes para

melhorar a TCC não conduziram a um aumento da sua eficácia126.

Uma possível hipótese para o baixo índice de eficácia no pós-tratamento é a de

que os processos psicológicos que sustentam os sintomas do TAG ainda não

estejam totalmente compreendidos e, em consequência, não existe um consenso,

isto é um modelo único de entendimento do transtorno. Com isso, os protocolos de

tratamento para o TAG são baseados em diferentes modelos teóricos, o que dificulta

uma análise mais generalista, ou mesmo a possibilidade de se dizer de forma

determinante que a TCC é ou não efetiva. Outro fator seria o número limitado de

sessões de prevenção de recaídas; a maioria dos estudos relatam 2 sessões com

intervalo de 15 dias. Talvez, aumentar o número e o intervalo de sessões com esse

perfil de interveção possa contribuir para resultados mais favoráveis na mautenção

dos ganhos terapêuticos.

1.6 Modelo de terapia comportamental baseada em aceitação e mindfulness para pacientes com transtorno de ansiedade generalizada

Mindfulness tem origem em práticas orientais de meditação. É descrita como

uma forma de manter a atenção no momento presente, sem qualquer tipo de

julgamento87, elaboração ou tentativas de fixar ou alterar a experiência. Inclui uma

curiosidade e uma aceitação que permite a auto-observação intensa88

. A capacidade

de direcionar a atenção desta forma pode ser desenvolvida por meio da prática da

meditação mindfulness, que é definida como uma forma intencional de

autorregulação da atenção89, 90. A atenção pode ser voltada às experiências

internas, como sensações corporais, pensamentos e emoções ou às experiências

externas, tais como imagens e sons91. Sugere-se que essa forma de atenção seja

praticada com uma atitude de aceitação sem julgamento. Ou seja, a atenção é vista

como uma observação imparcial do fluxo contínuo de estímulos internos e externos

que possam surgir87.

O universo do mindfulness tem o potencial de contribuir profundamente para o

desenvolvimento no campo da psicologia clínica e suas disciplinas, quais sejam,

medicina comportamental, medicina psicossomática e psicologia da saúde, tanto

através da ampliação de pesquisas que abordem interações entre a mente e o corpo

quanto a partir do desenvolvimento de novas classes de intervenções clínicas92. Nos

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últimos 20 anos, houve um considerável aumento de atenção para práticas de

mindfulness nos consultórios de psicologia clínica e, em menor grau, nas pesquisas

empíricas93.

A psicologia contemporânea adota o mindfulness com o intuito de aumentar a

consciência nas próprias experiências e assim, fornecer uma resposta habilidosa

aos processos mentais que podem contribuir com a manutenção da desregulação

emocional e comportamentos maladaptativos nos transtornos psiquiátricos93. Muito

do interesse clínico na aplicação de mindfulness iniciou-se a partir do programa de

redução de estresse baseado em mindfulness (Mindfulness-Based Stress Reduction;

MBSR) desenvolvido para o tratamento da dor crônica90, 94, que contribuiu para o

aumento da popularidade das intervenções, mesmo na ausência de uma avaliação

rigorosa95.

É importante distinguir que apesar de alguns autores96 apontarem a prática de

mindfulness e a técnica de descentralização como construtos teoricamente

semelhantes, Hoge e colaboradores97 salientam que mindfulness envolve uma maior

consciência juntamente com uma atitude de não julgamento, enquanto

descentralizar refere-se mais especificamente à capacidade de adotar uma postura

psicologicamente distanciada.

A popularidade das intervenções baseadas em mindfulness tem aumentado

nos últimos anos e alguns de seus principais componentes foram integrados a uma

variedade de intervenções comportamentais97 incluindo terapia de aceitação e

compromisso98 (TAC), a terapia comportamental dialética99 (TCD) e a terapia

cognitiva baseada em mindfulness100 (TCBM). Os resultados dos estudos

controlados e não controlados demonstraram a eficácia das intervenções à base de

mindfulness para ansiedade em uma variedade de populações de pacientes101.

Um estudo com pacientes deprimidos102 relacionou o processamento de

informações e prevenção de recaída e sugeriu que as intervenções preventivas

deveriam operar a partir de habilidades de controle da atenção e mindfulness. Esta

análise serviu de base para o desenvolvimento de um modelo de controle da

atenção baseado em midfulness, que se tornou um novo método de prevenção de

recaída para esses pacientes. Neste modelo, os indivíduos deprimidos aprendiam a

observar seus pensamentos e sentimentos sem julgar e passavam a vê-los

simplesmente como eventos mentais passageiros, ao invés de aspectos de si

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mesmos ou reflexos precisos da realidade. Esta nova atitude em relação às

cognições depressivas ajudaram a prevenir padrões ruminativos de pensamentos

negativos.

As intervenções baseadas em mindfulness incluem uma abordagem às

experiências internas com curiosidade e aceitação, permitindo a auto-observação

sem julgamento ou elaboração o que pode parecer simples, porém requer uma

prática contínua, resultando em uma mudança fundamental na maneira como as

emoções são percebidas. Os indivíduos que se atém às sensações intensas e

ameaçadoras são mais suscetíveis a apresentar dificuldades em estar em contato e

aceitar as emoções, e requerem uma preparação e uma construção de novas

habilidades com o intuito de ajudá-los a manter o equilíbrio ao vivenciar os

sentimentos mais fortes. Por essas razões, as práticas de mindfulness devem fazer

parte de um pacote de estratégias no tratamento dos transtornos psiquiátricos88 e

não serem vistas somente como um modelo de prevenção de recaídas.

Pacientes com TAG têm como característica focar a atenção sobre potenciais

catástrofes, levando à diminuição da consciência no momento presente103. Além

disso, esses indivíduos parecem julgar ou avaliar suas experiências internas de

forma negativa,104, 105 criando dificuldades de regulação emocional72. Redução da

consciência do momento presente e uma postura julgadora para experiências

internas podem interferir na aprendizagem adaptativa e ampliar as respostas

emocionais distorcidas, perpetuando, assim, a evitação comportamental88 comum

nesse perfil de pacientes.

Roemer, Lee, Salters-Pedneault e colaboradores72 investigaram as relações

entre níveis de mindfulness e regulação emocional em amostras clínicas e não

clínicas de pacientes com TAG. Os resultados sugeriram que tanto a redução da

consciência do momento presente quanto uma diminuição na aceitação/resposta

afetiva para a sua própria experiência estão relacionadas com a gravidade dos

sintomas no TAG. Assim, é interessante refletir sobre a possibilidade de viver o

momento presente de forma consciente, acarretar num aumento da regulação

emocional88. Adicionalmente, uma regulação eficaz das emoções também pode

ajudar a reduzir o julgamento e as críticas às experiências internas e, com isso,

aumentar a possibilidade da atenção plena.

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Roemer e Orsillo59 concentraram seus esforços em pesquisas inter-

relacionando mindfulness e elementos de aceitação em tratamentos cognitivo-

comportamentais já existentes para o TAG, o que é possível ver nos estudos

relacionados ao tema. As pesquisadoras apontaram para o fato de o TAG ser

caracterizado por uma ampla gama de resultados temidos, geralmente orientados

para o futuro e em grande parte elaborados internamente106. Segundo esse

modelo15, as ameaças externas são percebidas pelos pacientes com TAG a partir de

suas experiências internas. Essas experiências internas, por sua vez, são

problemáticas por trazerem uma gama de reações negativas (p. ex., julgamento

negativo das respostas emocionais) ou uma fusão das reações emocionais

negativas com as experiências internas, dando ao indivíduo uma falsa conotação de

perpetuidade. A partir daí, os indivíduos com TAG passam a evitar as experiências

internas percebidas como ameaçadoras, o que os mantêm no estado preocupado e,

consequentemente, restringem os comportamentos valorizados (esquema 03).

Em suma, este modelo enfatiza que o indivíduo com TAG tem tendência a

estreitar o foco de sua atenção para as situações orientadas para o futuro ou

ameaçadoras e a responder de forma negativa ou através de evitação às

experiências internas (como pensamentos e emoções relacionadas à ansiedade).

Tais atitudes afastam o indivíduo de áreas importantes da vida ou o mantém

parcialmente engajados. Por exemplo, quando um sujeito com TAG se envolve em

uma atividade valorizada, frequentemente relata não estar totalmente "presente", ou

seja, o foco de sua atenção costuma ser a preocupação e a ameaça orientada para

o futuro e não a atividade em si105.

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Ameaça externa

percebida

Experiências internas

Relacionamento problemático

com experiências internas

Evitação da experiência

(ex: Preocupação)

Restrição

comportamental

Aumento da ansiedade

Ilustração 3 Modelo conceitual do TAG na TCBA15

(p. 1119)

A fim de solucionar estas dificuldades, a TCBA105 usa uma variedade de

exercícios de mindfulness para ajudar a modificar o relacionamento indesejado com

as experiências internas e para promover a aceitação, em vez de esforços para

controlar ou evitar experiências internas. Além disso, partindo da postura de não

aceitação das experiências emocionais internas, os clientes são incentivados a

perceber a natureza adaptável e funcional das respostas emocionais com compaixão

e sem julgamento. Finalmente, os clientes são incentivados a se envolver em

atividades específicas que eles avaliam como importante para eles,

independentemente de qualquer desconforto que possa sentir55.

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O modelo comportamental baseado em aceitação e mindfulness enfatiza que

a aceitação experêncial, bem como ação intencional, podem levar tanto à redução

da sintomatologia quanto à melhora da qualidade de vida nos indivíduos com TAG.

Por ser um modelo ainda em construção, descreve-se como uma potencial eficácia

terapêutica a partir da integração de mindfulness, elementos de aceitação (por

exemplo, promover o foco no momento presente sem julgamento das experiências

internas) e técnicas comportamentais tradicionais12.

O modelo de tratamento é individual e segue um protocolo de 14 sessões

semanais, seguidas de duas sessões quinzenais. As quatro primeiras são mais

longas, com 90 minutos de duração, seguidas de sessões com duração de 50 a 60

minutos107. O tratamento concentra-se em três objetivos principais. O primeiro é

modificar o relacionamento do paciente com suas experiências internas, neste ponto

o paciente é incentivado a, de uma forma consciente, curiosa e compassiva, ver os

eventos internos de forma transitória. O segundo objetivo é diminuir a evitação

experimental e aumentar as possibilidades de escolha e a capacidade de flexibilizar.

Acredita-se que nesse estágio o paciente já não se sinta mais tão ameaçado por

suas experiências internas e, a partir desse ponto, são incentivados a assumir uma

postura curiosa diante de seus pensamentos, sentimentos e sensações. Por fim, o

paciente deve engajar-se em ações valorizadas107, o que significa manter

comportamentos flexíveis e congruentes com o que é significativo para o próprio

cliente108 (Ilustração 4).

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a) Expandir a consciência do momento presente;

b) Incentivar a aceitação (que inclui ter boa vontade para responder às

experiências internas participando ativamente de uma ressignificação das

mesmas) em vez de julga-las e evita-las e

c) Promover ações em áreas importantes (valorizadas) para o indivíduo

Por ter base nos modelos de terapia cognitivo-comportamentais tradicionais,

as situações são avaliadas a partir da relação entre os pensamentos, sentimentos,

sensações e comportamentos e os pacientes são orientados a automonitorar e auto-

observar essas inter-relações. O modelo de tratamento para pacientes como TAG

inclui psicoeducação e a integração de exercícios de mindfulness, aceitação,

mudança no comportamento e ações valorizadas.

Por fim, é importante salientar que embora esse enfoque apresente

resultados significativamente promissores no tratamento do TAG73, ele ainda é visto

como uma nova abordagem terapêutica17. Assim, há muitas questões sobre o

tratamento que ainda são pouco abordadas. Por exemplo, estudos em diferentes

culturas, com perfis variados de pacientes, com variação de quantidade de prática

de mindfulness, além de serem necessários mais trabalhos que comparem essa

nova abordagem a outros modelos de tratamento já consagrados para pacientes

com TAG17.

Ilustração 4 Objetivos da TCBA

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2 OBJETIVOS E HIPÓTESES

2.1 Objetivo geral:

Avaliar e comparar dois protocolos de tratamento: um baseado na abordagem

cognitivo-comportamental e outro na abordagem comportamental baseada em

aceitação e compromisso com técnicas de mindfulness para pacientes com TAG.

2.2 Objetivos específicos:

a) Analisar os efeitos dois protocolos de tratamento para o TAG.

b) Analisar qualitativamente o resultado dos tratamentos através do uso de

questionários a serem respondidos pelos pacientes.

c) Investigar quais conjuntos de técnicas utilizadas foram mais eficazes para os

pacientes manejarem seus sintomas de ansiedade em ambas as abordagens.

2.3 Hipóteses

Espera-se que ambos os protocolos de tratamento baseados no modelo de

intolerância à incerteza e no modelo de aceitação e mindfulness irão apresentar

significativas melhoras quando comparados ao baseline. Quando comparados entre

si, espera-se que por causa das idiossincrasias cada paciente os resultados

terapêuticos serão diferentes não só entre os grupos, mas intragrupo.

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46

3 MÉTODO

Ensaio clínico randomizado.

3.1 Participantes e local

Os sujeitos que procuraram atendimento no Laboratório de Pânico e

Respiração (LABPR) do Instituto de Psiquiatria da UFRJ para o tratamento de

transtorno de ansiedade de janeiro de 2012 a janeiro de 2015 foram avaliados e,

quando diagnosticados com TAG como transtorno principal foram incluidos na

pesquisa. Pacientes com comorbidade com outros transtornos do Eixo I, para serem

envolvidos na pesquisa, deveriam apresentar os sintomas do TAG mais graves e

uma maior necessidade de intervenção. Os participantes entraram na pesquisa

independentemente do histórico de tratamento anterior, não podendo estar em

tratamento psicoterápico durante a pesquisa.

Além disso, houve uma seleção de pacientes, com os mesmos critérios acima

descritos, no HUCFF. Os pacientes eram encaminhados pelo ambulatório de

psiquiatria e clínica médica e passaram pela avaliação diagnóstica da psicóloga

responsável pela pesquisa ou uma psicóloga assistente.

Além do diagnóstico principal de TAG, os seguintes critérios foram aplicados:

3.1.1 Critérios de inclusão

a) Pessoas com idade entre 18 e 65 anos, de sexo masculino ou feminino

e alfabetizadas.

b) Ter recebido um diagnóstico principal de transtorno de ansiedade

generalizada (DSM-IV-TR – que segue o no DSM-V)

c) Disposição para manter a medicação estável enquanto participava do

estudo (a medicação deveria estar estável a no mínimo 3 meses).

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47

3.1.2 Critérios de exclusão

a) Presença de quadro psicótico de qualquer natureza.

b) Presença de abuso ou dependência química.

c) Presença de depressão grave.

d) Presença de ideação suicida.

e) Presença de transtorno de personalidade grave.

Ao todo, 72 pessoas foram avaliadas pelo Mini International Neuropsychiatric

Interview (MINI) e, quando julgado necessário, pelo Structured Clinical Interview for

DSM Disorders (SCID-II) (ver item 3.3, p 49). Trinta e seis preencheram os critérios,

das quais inicialmente 30 se propuseram a participar do tratamento e 2 foram

recrutadas mais tarde, fora do tempo hábil para entrarem nos dados dessa pesquisa.

Houve uma divisão aleatória dos 30 sujeitos iniciais entre os grupos de tratamento

baseado no modelo de intolerância à incerteza e no modelo comportamental de

aceitação e compromisso (15 sujeitos no protocolo de intolerância à incerteza e 15

no protocolo de aceitação e mindfulness). Dentre os 30 iniciais, um paciente do

protocolo de intolerância para pacientes com transtorno de ansiedade generalizada

à incerteza, desistiu durante a metade do tratamento por ter começado um emprego

novo e quatro pacientes do protocolo de aceitação e mindfulness desistiram nas

primeiras sessões. Desta forma, a amostra final foi composta por 25 sujeitos (Figura

2). Apesar de pequeno, este tamanho de amostra permitiu a detecção de grandes

tamanhos de efeito.

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72 potenciais pacientes

20 não tinham interesse no

tratamento;

22 não preenchiam os critérios de

inclusão

30 pacientes foram randomizados

15 alocados para TCC 15 alocados para TCBA

1 desistiu durante a TCC 4 desistiram durante a TCBA

14 avaliados em TCC 11 avaliados em TCBA

Figura 2 Fluxograma de participantes através das várias fases deste ensaio clínico

3.2 Aspectos éticos

De acordo com a Resolução 196/96 do Ministério da Saúde, os aspectos

éticos foram considerados através da obtenção do Consentimento Livre e

Esclarecido dos participantes (anexo 1). O projeto foi aprovado pelos Comitês de

Ética em Pesquisa com Seres Humanos do Instituto de Psiquiatria da Universidade

de Brasil (IPUB) e do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), ambos

pertencentes à UFRJ parecer 86 Liv3-11 e parecer 104/11 respectivamente.

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49

3.3 Material e instrumentos

Além da entrevista clínica, dois questionários foram utilizados na elaboração

do diagnóstico do TAG: o Mini International Neuropsychiatric Interview (MINI) e,

quando necessário, a Entrevista Clínica Estruturada para Transtornos de

Personalidade (SCID-II).

Mini International Neuropsychiatric Interview (MINI)

O MINI é uma entrevista diagnóstica padronizada compatível com os critérios

do DSM-IV para o Eixo I, desenvolvida por Sheehan e colaboradores127 e validado

no Brasil por Amorim128. Inclui módulos para os transtornos de ansiedade,

transtornos do humor, abuso de substância, transtornos alimentares e transtornos

psicóticos. Os clientes devem dar respostas do tipo sim ou não e a duração da

entrevista é curta, com cerca de trinta minutos.

Entrevista Clínica Estruturada para Transtornos de Personalidade (SCID-

II)

Desenvolvido por First, Gibbon, Spitzer e Williams129, o SCID-II é uma

entrevista estruturada, amplamente utilizada em estudos clínicos, que permite

diagnosticar transtornos de personalidade segundo os critérios do DSM-IV.

Para avaliação pré e pós-tratamento foram utilizados os questionários de

autorrelatos que incluiram medidas de ansiedade, preocupação e depressão

descritas abaixo. Todos os inventários apresentam medidas com propriedades

psicométricas bem estabelecidas.

Inventário Beck de Ansiedade (BAI)

Originalmente desenvolvido por Beck, Epstein, Brown e Steer130 e validado

para o Brasil por Cunha131, trata-se de uma escala destinada a medir a gravidade

dos sintomas da ansiedade, composta por 21 itens, com quatro opções de respostas

(absolutamente não; levemente; moderadamente e gravemente). Os níveis de

ansiedade podem variar de mínimo (0 a 10 pontos) a grave (31 a 63 pontos) (anexo

2).

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50

Inventário Beck de Depressão (BDI)

O BDI é um dos instrumentos mais utilizados na literatura para avaliar a

depressão nas diversas populações132. O BDI foi desenvolvido originariamente por

Beck, Ward, Mendelson, Mock e Erbaugh133. A escala é de auto-relato e possui 21

itens que incluem sintomas e atitudes cuja intensidade varia de zero a três. Os itens

da escala referem-se à: humor, pessimismo, sensação de fracasso, falta de

satisfação, sentimentos de culpa, punição, descontentamento pessoal,

autoacusação, tendências suicidas, choro, irritabilidade, afastamento social,

indecisão, distúrbios do sono, cansaço, perda do apetite, perda de peso,

preocupações somáticas e perda da libido. Os níveis de depressão podem ser

divididos em: mínimo (0-11 pontos), leve (12-19 pontos), moderado (20-35 pontos) e

grave (36-63 pontos). Esse instrumento foi validado para o português, tendo

demonstrado características psicométricas satisfatórias131 (anexo 3).

Questionário de Preocupação do Estado da Pensilvânia (PSWQ)

Desenvolvido por Meyer, Miller, Metzger e Borkovec134 e traduzido para o

português por Castillo e Landeira-Fernandez135, é composto por 16 afirmações que

medem a tendência que uma pessoa tem para se preocupar. Para cada item do

questionário, a pessoa deve assinalar o quanto cada um deles se adéqua a seu

comportamento, numa escala dividida em cinco níveis: 1 – Não me adéquo, 2 –

Adéquo-me pouco, 3 – Adequado, 4 – Muito adequado, 5 – Extremamente

adequado (anexo 4).

Questionário de Preocupação e Ansiedade (WAQ)

O WAQ foi desenvolvido por Dugas, Freeston, Provencher e colaboradores136.

Consiste em 6 itens que avaliam como o sujeito lida com a preocupação e seus

sintomas motores. O primeiro item é discursivo e questiona a frequência e o

conteúdo da preocupação. As outras 5 questões devem ser respondidas numa

escala Likert de 8 pontos. Os itens da escala variam entre “nada” ou “nenhuma” a

“completamente” e “muito grave” (anexo 5).

3.4 Procedimentos

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51

Foi entregue a cada participante um termo de consentimento livre e

esclarecido (anexo 1) descrevendo o intuito da pesquisa. A psicoterapeuta também

ficou com uma cópia deste termo, que foi assinado pelo participante e pela aluna da

pós-graduação que é a responsável técnica pela pesquisa. Antes do início do

tratamento, foram entregues também os inventários de avaliação que foram

utilizados como um pré-teste.

Com a confirmação do diagnóstico, os participantes foram alocados

aleatoriamente em um dos dois protocolos de tratamento e iniciaram a terapia de

forma individual. A randomização ocorreu de acordo com a ordem de

encaminhamento dos pacientes. O primeiro recebeu TCC, o segundo TCBA, o

terceiro TCC, o quarto TCBA, e assim sucessivamente.

Os tratamentos eram compostos por dezesseis sessões semanais, em um

formato individual, e com uma duração de sessenta minutos. Na última sessão eram

entregues novamente os inventários de avaliação para que fossem utilizados como

um pós-teste. Com o fim do tratamento, os pacientes foram instruídos que

precisariam retornar em 30 dias para seguimento.

3.4.1 Os Tratamentos

3.4.1.1.Terapia cognitivo-comportamental baseada no modelo de intolerância à incerteza (TCC)

O protocolo de tratamento seguindo o modelo de intolerância à incerteza (II;

2007) se divide em 6 módulos: 1) psicoeducação e treinamento de conscientização

da preocupação; 2) reconhecimento da incerteza e exposição comportamental; 3)

reavaliação da exposição à preocupação; 4) treinamento de resolução de

problemas; 5) exposição imaginária e, por último, 6) prevenção de recaída.

Especificamente, o primeiro módulo é de psicoeducação do transtorno e da

abordagem terapêutica, além de treinamento de conscientização da preocupação. O

módulo 2 enfoca a intolerância à incerteza diretamente ajudando os clientes não só

a reconhecê-la, mas também a se familiarizarem com as suas reações. Além de

serem encorajados a procurar, em vez de evitar, as situações que levem à incerteza,

e a se coibirem de repetir muitos dos comportamentos padrões que normalmente

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52

tem, para reduzir ou controlar a incerteza (por exemplo, necessidade de

reasseguramento). Os módulos 3, 4 e 5 enfocam indiretamente à intolerância à

incerteza quando abordam os componentes específicos, que são impactados pela

mesma e servem para manter ou exacerbar a preocupação excessiva. O foco do

módulo 3 é ajudar os clientes a tomarem consciência que muitas vezes eles

continuam mantendo as crenças positivas sobre as preocupações, já que a incerteza

pode ser evitada através do ato de se preocupar. O Módulo 4 ensina como lidar com

os seus problemas dedicando a atenção em realmente resolver os problemas. Esse

módulo aborda indiretamente a intolerância à incerteza através da técnica de

resolução dos problemas. Partindo da ideia de que, de qualquer forma, um problema

é incerto, encorajar os clientes a observarem os seus problemas e resolvê-los,

apesar da incerteza, pode reduzir ainda mais a intolerância à incerteza. Por fim, o

módulo 5 indiretamente foca a intolerância à incerteza fazendo com que os clientes

encarem os seus piores medos, usando a exposição imaginária.

A Figura 3 apresenta a estrutura das sessões baseada no modelo de

intolerância à incerteza.

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53

Sessões Objetivos das sessões Exercícios entre sessões

01.02

Introduzir os princípios da TCC • Explicar o diagnóstico

do TAG • Apresentar o modelo inicial de II • Formar a

consciência da preocupação

Formulário de monitoramento das preocupações • Reconhecer

e identificar os tipos de preocupação: reais e hipotéticas

03.06

Introduzir o papel da intolerância à incerteza •

Discutir as manifestações da incerteza • Desafiar

crenças sobre a incerteza e enfrentar

Auto-monitorização dos comportamentos de segurança •

Concluir experimentos comportamentais: testar os resultados

temidos e reais e enfrentá-los

07.08

Introdução ao papel das crenças positivas sobre a

preocupação • Desafiar as crenças positivas sobre a

função da preocupação

Identificar exemplos pessoais de crenças sobre a

preocupação • Praticar desafiar as crenças sobre as

preocupações

09.11

Explicar a orientação negativa para o problema •

Visualizar os problemas em um continuum: desfio X

ameaça • Identificar problemas reais • Treino de

resolução de problemas

Desenvolver uma lista de problemas em curso • Identificar

oportunidades nos problemas pessoais • Praticar habilidade

de resolução de problemas através de exemplos pessoais

12.14

Introduzir os princípios da exposição • Justificar a

exposição imaginária para situações hipotéticas

temidas

Escrever o rascunho de um cenário de exposição • Praticar

diariamente a exposição imaginária

15.16Prevenção de recaídas: sinais de alerta, lapso X recaída

• Consolidação dos ganhos

Identificar sinal de alerta pessoal para possíveis recaídas • O

cliente define suas tarefas de casa

Figura 3 Estrutura das sessões de TCC

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54

3.4.1.2. Terapia comportamental baseada em aceitação e mindfulness (TCBA)

O modelo de tratamento é individual e segue um protocolo de 14 sessões

semanais, seguida de duas sessões quinzenais. As quatro primeiras são mais

longas, com 90 minutos de duração, seguidas de sessões com duração de 50 a 60

minutos107. Antes da Sessão 1, o terapeuta reune-se com o paciente para

compreender melhor sobre o papel da preocupação e da ansiedade na sua vida,

avaliar os fatores contextuais que podem afetar os sintomas e curso da terapia (por

exemplo, questões financeiras ou familiares), além de explorar brevemente o uso de

medicação e experiências com terapias anteriores. Por fim, quaisquer potenciais

obstáculos ao tratamento devem ser resolvidos e o paciente é incentivado a ter

esperança em relação ao tratamento.

O tratamento concentra-se em três objetivos principais. O primeiro é modificar

o relacionamento do paciente com suas experiências internas e neste ponto o

paciente é incentivado a, de uma forma consciente, curiosa e compassiva, ver os

eventos internos de forma transitória. O segundo objetivo é diminuir a evitação

experimental e aumentar as possibilidades de escolha e a capacidade de flexibilizar.

Acredita-se que nesse estágio o paciente já não se sinta mais tão ameaçado por

suas experiências internas e, a partir desse ponto, é incentivado a assumir uma

postura curiosa diante de seus pensamentos, sentimentos e sensações. Por fim, o

paciente é instruido a agir de acordo o que ele valoriza107, denominada na TCBA de

ações valorizadas, as mesmas estão relacionadas a manter comportamentos

flexíveis e congruentes com o que é significativo para o próprio cliente108, como por

exemplo, praticar uma atividade fisica, caso valorize o cuidado com a saúde. A figura

4 apresenta a estrutura das sessões.

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55

Sessão Objetivos Psicoeducação Exercícios experenciais Atividades entre as sessões

Inicial

• Estabelecer rapport • Entender

as experiências relacionadas a

ansiedade, os pontos fortes, a

história de tratamento, o suporte

atual, e o que o cliente espera do

tratamento

• Ler sobre o modelo de ansiedade •

Automonitoramento das preocupações •

Auto-avaliação dos valores

1• Provável conceituação do caso e

plano de tratamento

• Função da ansiedade e da

preocupação • Base lógica da

aceitação e mindfulness

• Experiência imaginária da

ansiedade • Mindfulness da

respiração

• Automonitoramento das preocupações •

Prática de mindfulness da respiração

2• Introduzir o cliente ao

mindfulness

• Definir mindfulness como

processo • Habilidades de

mindfulness

• Mindfulness da respiração

• E xercício da "uva passa" •

Relaxamento muscular

progressivo (RMP)

• Automonitoramento das preocupações •

RMP • Prática de mindfulness informal •

Tarefa escrita - como a ansiedade

interfere nos seus valores de vida

3• Começar a mudar a relação do

cliente com a emoção

• Função da emoção •

Emoçoes claras e turvas • Mindfulness dos sons

• Automonitoramento das preocupações e

emoções • Prática formal e informal de

mindfulness • Tarefa escrita - como você

gostaria de agir em cada área da sua vida

4• Destacar o custo do controle e da

evitação

• Custos dos esforços para

evitar/controlar experiências

internas • Valores vesus

objetivos

• Consciência das

sensações físicas •

Mindfulness das emoções •

Metáfora da máquina

explodindo • Metáfora do

cabo de guerra • Metáfora do

esqui

• Automonitoramento das emoções e

esforços de controle • Prática de

mindfulness formal e informal • Tarefa

escrita - articular os valores 1 e 2 em cada

domínio.

5

• Introduzir a aceitação e

disponibilidade como uma

alternativa ao controle e evitação

• Definir disponibilidade

("disposição de se

comprometer") • Valores das

escolhas

• O convidado da casa •

Exercício de observar •

Metáfora do pântano •

Metáfora do vizinho irritante

• Automonitoramento das primeiras

reações (pensamentos, emoções,

sensações), segundas reações (esforços

para controlar, confundir, aceitar) e ações

• Prática de mindfulness formal e informal •

Tarefa escrita - revisão se necessário

6

• Introduzir o conceito de se

comprometer com ações

valorizadas na vida

• Comprometimento como

processo

• Exercício da nuvem •

Convidado a dificuldade à •

3 minutos para respirar

• Automonitoramento das reações

(primeira e segunda) e ações • Prática

formal e informal mindfulness • Tarefa

escrita: assumir um compromisso •

Monitoramento atento das ações

valorizadas realizadas e oportunidades

perdidas

7

• Destacar como mindfulness e

defusão podem facilitar a

aceitação e a disposição

• Compreender os

pensamentos como

pensamentos e explorar suas

limitações

• Meditação Montanha •

Metáfora dos passageiros do

ônibus

• Automonitoramento das reações

(primeira e segunda) e ações • Prática

formal e informal mindfulness • Tarefa

escrita: assumir um compromisso •

Monitoramento atento das ações

valorizadas realizadas e oportunidades

perdidas

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56

Sessão Objetivos Psicoeducação Exercícios experenciais Atividades entre as sessões

08 - .10

• Incentivar o cliente a praticar

aceitação e mindfulness enquanto

se envolve em ações valorizadas

na vida • Identificar e eliminar os

obstáculos

• Folhas em um riacho •

Terapeuta e cliente escolhem

exercícios de

conscientização, no início de

cada sessão e durante a

sessão, conforme necessário

• Automonitoramento das reações

(primeira e segunda) e ações • Prática

formal e informal mindfulness • Tarefa

escrita: assumir um compromisso •

Monitoramento atento das ações

valorizadas realizadas e oportunidades

perdidas

11

• Incentivar o cliente a praticar

aceitação e mindfulness enquanto

se envolve em ações valorizadas

na vida • Identificar e eliminar os

obstáculos

• Terapeuta e cliente

escolhem exercícios de

conscientização, no início de

cada sessão e durante a

sessão, conforme necessário

• Automonitoramento das reações

(primeira e segunda) e ações • Prática

formal e informal mindfulness • Tarefa

escrita: assumir um compromisso •

Monitoramento atento das ações

valorizadas realizadas e oportunidades

perdidas • Tarefa escrita - reflexão

12

• Incentivar o cliente a praticar

aceitação e mindfulness enquanto

se envolve em ações valorizadas

na vida • Identificar e eliminar os

obstáculos

• Terapeuta e cliente

escolhem exercícios de

conscientização, no início de

cada sessão e durante a

sessão, conforme necessário

• Automonitoramento das reações

(primeira e segunda) e ações • Prática

formal e informal mindfulness • Tarefa

escrita: assumir um compromisso •

Monitoramento atento das ações

valorizadas realizadas e oportunidades

perdidas

13 - 16

• Incentivar o cliente a praticar

aceitação e mindfulness enquanto

se envolve em ações valorizadas

na vida • Identificar e eliminar os

obstáculos • Preparar para

conservar as habilidades de pós-

tratamento

• Revisão do tratamento e

identificação de objetivos para

o fim do tratamento •

Identificar estratégias para

utilizar na manutenção e

prevenção de recaídas,

distiguir entre lapso e recaída

• Terapeuta e cliente

escolhem exercícios de

conscientização, no início de

cada sessão e durante a

sessão, conforme necessário

• Automonitoramento das reações

(primeira e segunda) e ações • Prática

formal e informal mindfulness • Tarefa

escrita: assumir um compromisso •

Monitoramento atento das ações

valorizadas realizadas e oportunidades

perdidas

Figura 4 Estrutura das sessões de TCBA137

(p. 269-271)

Terapeutas

A pesquisa foi realizada pela terapeuta e aluna do Programa de Pós-

Graduação em Psiquiatria e Saúde Mental da Universidade Federal do Rio de

Janeiro Fernanda Coutinho que tem treze anos de experiência profissional como

psicóloga atuando na abordagem cognitivo-comportamental; por duas psicólogas,

alunas de pós-graduação em psicologia hospitalar e uma psicóloga residente em

saúde mental todas do HUCFF, as três foram treinadas e orientadas pela autora da

tese durante todo o processo de atendimento.

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57

4 ANÁLISE DOS DADOS

Análises estatísticas descritivas e exploratórias foram realizadas por meio da

construção de figuras e gráficos, além de medidas-resumo apropriadas às escalas

de mensuração das variáveis de interesse. Para o escore total do BDI, BAI, PSWQ,

WAQ foram calculadas médias e desvio-padrão. A normalidade das variáveis foi

verificada pelo teste Kolmogorov-Smirnov.

Para a análise das significâncias estatísticas das variações temporais dentro

de cada grupo foi utilizado o teste t pareado. Para a comparação entre os escores

totais dos grupos TCC e TCBA utilizou-se o teste t e para comparação com e sem

comorbidade e uso de medicação utilizou-se o teste exato de Fisher.

Adicionalmente, foram calculados os coeficientes de corelação de Pearson entre o

BAI e os subitens do item 5 da escala WAQ.

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58

5 RESULTADOS

A amostra foi composta por 25 participantes, sendo 16 mulheres (64%) e 9

homens (36%), com média de idade de 45,8 anos, dos quais 40% completaram o

ensino superior, como é possível observar na figura 5. As análises garantiram que a

amostra inicial apresentava distribuição normal aos aspectos avaliados. Os

resultados das variáveis sociodemográficas demonstraram não haver diferenças

entre os grupos.

Características Total Protocolo

(n=25) TCC (n=14) TCBA (n=11)

n % n % n %

Sexo

Feminino 16 64,0 11 78,6 5 45,5

Masculino 9 36,0 3 21,4 6 54,5

Idade*

23 a 49 anos 14 56,0 8 57,1 6 54,5

50 a 68 anos 11 44,0 6 42,9 5 45,5

Escolaridade

Superior completo 10 40,0 5 35,7 5 45,5

Ensino médio completo 11 44,0 5 35,7 6 54,5

Menos que ensino médio completo

4 16,0 4 28,6 0 0,0

Estado civil

Casado(a) 11 44,0 6 42,9 5 45,5

Solteiro(a)/Divorciado(a)/Viúvo(a) 14 56,0 8 57,1 6 54,5

*Idades médias: Total = 45,8 anos; TCC = 45,0 anos; TCBM = 46,8 anos.

Figura 5 Dados sociodemográficos do total de pacientes da pesquisa

Duas variáveis importantes foram o uso de medicação e comorbidades. Do

total da amostra, 9 (36%) apresentaram comorbidades, sendo 37,7% no grupo de

TCC e 36,4% no TCBA. A comorbidade de maior prevalência foi à depressão

(77,77%), seguida de agorafobia (22,22) e fobia social. Quanto à comorbidade, a

comparação entre grupos mostrou que não há diferença estatística significativa,

sendo p = 1,000 (Figura 6).

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59

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

TCC TCBA

Comcomorbidade

Semcomorbidade

Figura 6 Pacientes por presença de comorbidade nos grupos TCC e TCBA

Com relação à medicação (figura 7), 60% do total da amostra fazia uso de

algum tipo de medicação, em sua maioria ISRS, seguido dos benzodiazepínicos e

dos antidepressivos tricíclicos. Sendo 50% no grupo de TCC e 72,7% no grupo

TCBA, o que mostrou uma diferença qualitativa, porém após o teste exato de Fisher

observou-se que não há significância estatística (p = 0.414).

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

TCC TCBA

Com medicação

Sem medicação

Figura 7 Pacientes por uso de medicação nos grupos TCC e TCBA

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60

A figura 8 caracteriza estatisticamente os quatro instrumentos utilizados no

pré-tratamento, com o intuito de saber como seria a distribuição e quais futuras

análises estatísticas seriam feitas. Além disso, a figura apresenta o teste de

normalidade das variáveis em uso. O teste realizado para normalidade foi o

Kolmogorov-Smirnov e para todos os indicadores, o P>0.05, o que caracteriza uma

distribuição normal, sendo assim as análises estatísticas utilizadas na pesquisa

foram paramétricas.

Estatísticas descritivas e teste de normalidade das variáveis de estudo pré-protocolos

(TCC ou TCBA) em 25 pacientes com TAG

Estatísticas descritivas

Variáveis pré-

tratamentoM DP Mínimo 1º quartil Mediana 3º quartil Máximo

Ansiedade (BAI) 22,2 8,7 7,0 15,0 24,0 26,0 38,0 0,962

Depressão (BDI) 16,8 6,9 0,0 13,0 17,0 20,0 31,0 0,996

PSQW 68,0 16,6 43,0 59,0 67,0 74,0 80,0 0,294

WAQ total 61,8 13,4 25,0 54,0 64,0 69,0 80,0 0,661

*P-valor pelo teste de normalidade de Kolmogorov-Smirnov**Soma dos escores atribuídos a 6 sensações (inquieto, facilmente cansado, dificuldade de concentrar,

irritabilidade, tensão muscular e problemas de sono)

P-valor*

Figura 8 Estatísticas descritivas e teste de normalidade das variáveis do estudo pré-tratamentos na amostra total

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61

BAI

No BAI (figura 9 e 10), a variação (∆) pré e pós-tratamento dentro dos grupos

foi em média de -10,8; sendo - 8,1 na TCC e – 14,3 no TCBA, o que mostra que

houve um efeito altamente significativo em ambos os tratamentos (p = 0.003 e p =

0.004 respectivamente), porém não houve uma significância estatística quando a

comparação foi entre os protocolos (p = 0.162).

Grupos (Protocolos) Comparação entre os grupos

Ansiedade TCC (n=14) (TCC -TCBA)

(BAI) Desvio- Desvio- Desvio- Diferença entre P-valor

padrão padrão padrão as médias do teste t

Pré-tratamento 22,2 8,7 18,8 7,8 26,6 7,9 -7,9 0,021

Pós-tratamento 11,4 7,2 10,6 6,1 12,4 8,7 -1,7 0,586

Variação (D) -10,8 10,8 -8,1 8,3 -14,3 12,8 6,1 0,162

P-valor do teste t

pareado

Total (n=25)TCBA (n=11)

Média

0,003 0,004

MédiaMédia

< 0,001

Figura 9 BAI pré e pós-tratamento para TAG e variação, segundo os protocolos TCC e TCBA

0

5

10

15

20

25

30

TCC Pré TCC Pós TCBA Pré TCBA pós

BA

I m

éd

io

Figura 10 BAI pré e pós-tratamento para TAG e variação, segundo os protocolos TCC e TCBA

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62

BDI

No BDI (figuras11 e 12), a variação (∆) pré e pós-tratamento dentro dos

grupos foi em média de -7,5; sendo - 7,4 na TCC e – 7,7 no TCBM, o que mostra

que houve um efeito altamente significativo em ambos os tratamentos (p < 0.001 e p

= 0.035 respectivamente), porém não houve uma significância estatística quando a

comparação foi realizada entre os protocolos.

Grupos (Protocolos) Comparação entre os grupos

Depressão TCC (n=14) (TCC - TCBA)

(BDI) Desvio- Desvio- Desvio- Diferença entre P-valor

padrão padrão padrão as médias do teste t

Pré-tratamento 16,8 6,9 15,1 5,2 18,9 8,4 -3,8 0,182

Pós-tratamento 9,3 7,0 7,8 5,8 11,2 8,2 -3,4 0,235

Variação (D) -7,5 7,8 -7,4 5,2 -7,7 10,5 0,4 0,909

P-valor do teste t

pareado

Total (n=25)TCBA (n=11)

Média Média Média

< 0,001 < 0,001 0,035

Figura 11 BDI pré e pós-tratamento para TAG e variação, segundo os protocolos TCC e TCBA

0246

810121416

1820

TCC Pré TCC Pós TCBA Pré TCBA pós

BD

I m

éd

io

Figura 12 BDI pré e pós-tratamento para TAG e variação, segundo os protocolos TCC e TCBA

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63

PSWQ

Quanto ao PSWQ (figura 13 e 14), os tratamentos obtiveram efeito com a

mesma magnitude em ambos os protocolos, sendo a média entre os grupos de -

20,0, e no grupo de TCC -20,3 e no TCBM -19,6. Não houve diferença entre os dois

protocolos (p = 0,922).

Grupos (Protocolos) Comparação entre os grupos

TCC (n=14) (TCC - TCBA)

Desvio- Desvio- Desvio- Diferença entre P-valor

padrão padrão padrão as médias do teste t

Pré-tratamento 68,0 16,6 69,6 20,3 66,0 10,9 3,6 0,597

Pós-tratamento 48,0 10,6 49,4 12,9 46,4 6,9 3,0 0,496

Variação (D) -20,0 15,9 -20,3 17,3 -19,6 14,7 -0,6 0,922

P-valor do teste t

pareado< 0,001 0,001 0,001

PSWQ

Total (n=25)TCBA (n=11)

Média Média Média

Figura 13 PSWQ pré e pós-tratamento e variação, segundo os protocolos TCC e TCBA

0

10

20

30

40

50

60

70

80

TCC Pré TCC Pós TCBA Pré TCBA pós

PS

WQ

méd

io

Figura 14 PSWQ pré e pós-tratamento e variação, segundo os protocolos TCC e TCBA

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64

WAQ

No WAQ (figura 15 e 16) não houve diferença significativa quando avaliada a

soma dos resultados de todos os itens do questionário entre os grupos, mas houve

diferença pré e pós-tratamento.

Grupos (Protocolos) Comparação entre os grupos

TCC (n=14) (TCC - TCBA)

Desvio- Desvio- Desvio- Diferença entre P-valor

padrão padrão padrão as médias do teste t

Pré-tratamento 61,8 13,4 62,8 11,0 60,5 16,5 2,2 0,687

Pós-tratamento 43,2 17,2 47,1 14,6 38,2 19,7 8,9 0,207

Variação (D) -18,6 19,6 -15,7 15,9 -22,4 23,7 6,6 0,410

P-valor do teste t

pareado< 0,001 0,003 0,011

WAQ total

Total (n=25)TCBA (n=11)

Média Média Média

Figura 15 WAQ total pré e pós-tratamento para TAG e variação, segundo os protocolos TCC ou TCBA

Figura 16 WAQ-som pré e pós-tratamento nos protocolos TCC e TCBA para pacientes com TAG

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65

Ao desmembrar o WAQ e avaliar a subescala somática (WAQ-som), foi

possível observar significância estatística em ambos os protocolos (p < 0,001),

porém não houve diferença entre os tratamentos (figura 17 e 18).

Grupos (Protocolos) Comparação entre os grupos

TCC (n=14) (TCC - TCBA)

Desvio- Desvio- Desvio- Diferença entre P-valor

padrão padrão padrão as médias do teste t

Pré-tratamento 37,4 9,2 38,1 7,0 36,5 11,6 1,6 0,671

Pós-tratamento 23,0 11,6 26,4 9,5 18,7 13,0 7,7 0,100

Variação (D) -14,3 14,1 -11,6 10,0 -17,7 17,9 6,1 0,292

P-valor do teste t pareado < 0,001 0,001 0,008

WAQ Item 5 (soma)

Total (n=25)TCBA (n=11)

Média Média Média

Figura 17 WAQ-som pré e pós-tratamento para TAG e variação, segundo os protocolos TCC ou TCBA

Figura 18 WAQ total pré e pós-tratamento para TAG e variação, segundo os protocolos TCC ou TCBA

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66

6 DISCUSSÃO

A pesquisa propôs examinar e comparar os dois tratamentos derivados das

terapias cognitivo-comportamentais, quais sejam a TCBA, que utiliza estratégias

baseadas nas abordagens comportamentais de aceitação e mindfulness e a TCC

com foco na intolerância à incerteza, que é baseada na ideia de que os pacientes

com TAG sentem-se angustiados e perturbados quando confrontados com situações

incertas ou ambíguas e, assim, acabam entrando num modo de preocupação

persistente em resposta a tais eventos. A hipótese inicial de que ambos os

tratamentos seriam benéficos foi sustentada, o que é possível observar nas escalas

de autorrelato de mensuração dos sintomas ansiosos, de preocupação e

depressivos nos pós-tratamentos.

A amostra foi composta predominantemente por mulheres (64%), o que

corrobora com as estatísticas mundiais de prevalência do transtorno. Além disso, as

medicações utilizadas eram as comumente vistas nos ensaios clínicos com

pacientes com TAG17, sendo a porcentagem maior de ISRS, seguido dos

benzodiazepínicos e dos antidepressivos tricíclicos. Importante salientar que ao

longo do tratamento as medicações foram mantidas.

A TCC é a abordagem terapêutica indicada tanto para o tratamento conjunto

quanto para os não respondedores a farmacoterapia. Uma revisão recente afirmou,

a partir de 17 estudos, a eficácia da TCC como uma estratégia de potencialização

para pacientes com transtornos de ansiedade não respondedores de farmacoterapia

incluindo o TAG143 e sugeriu, em relação ao TAG, o desenvolvimento de estudos

controlados randomizados com amostras maiores de pacientes para adicionar às já

bem estabelecidas evidências de eficácia da TCC.

A partir da análise dos dados desta pesquisa, é interessante observar que os

pacientes chegaram para o tratamento com relato de alta preocupação, seguido de

sintomas moderados de ansiedade e leves de depressão. Entre os sintomas

somáticos, os que mostraram maior desconforto foram irritabilidade e inquietude e os

que causavam menor desconforto eram tensão muscular e dificuldades com o sono.

A literatura a respeito desse perfil de paciente afirma que as queixas mais comuns

nos cuidados primários são os sintomas somáticos (48%), dor (35%), distúrbios do

sono (33%) e, por fim, sintomas de depressão (16%)46. Partindo da premissa de que

ao procurar o consultório médico esses pacientes queixam-se mais de sintomas

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67

orgânicos do que com o tempo gasto se preocupando e as consequências desse

fato, é possível apontar para uma semelhança no que se refere ao maior incomodo

sendo os sintomas somáticos em detrimento dos depressivos e numa divergência

em relação aos distúrbios de sono.

As análises estatísticas, no grupo que recebeu TCBA, demostraram melhora

significativa para os pacientes com TAG nas medidas de preocupação, ansiedade e

sintomas depressivos após a intervenção em todas as escalas avaliadas. No BAI

provavelmente numa amostra maior seria possível observar um resultado estatístico

favorável para a TCBA em detrimento da TCC com foco na intolerância à incerteza,

tendo em vista que a variação das médias pré e pós-tratamento foi bem superior na

TCBA. Algumas hipóteses podem ser levantadas, dentre elas o nível da ansiedade

inicial. A média pré-tratamento na TCBA apontou para uma ansiedade grave, a

maior na escala, caindo para leve no pós-tratamento, enquanto que a TCC

apresentou no início do tratamento uma ansiedade média moderada passando para

leve após 16 semanas. Além disso, esse protocolo avalia a ansiedade a partir das

sensações, por exemplo, palpitação ou aceleração do coração, tremor nas pernas e

nas mãos e sensações de calor e a abordagem baseada em aceitação foca

constantemente num trabalho experiencial de aceitação e não julgamento das

emoções. Assim, os pacientes podem ter aprendido de forma mais enfática a não

valorizar tais sensações, o que também pode ter influenciado no resultado pós-

tratamento.

Ainda no que se refere às sensações somáticas, no subitem WAQ-som,

ambos os protocolos apresentaram melhora estatisticamente significativa nos pós-

testes sendo que não houve uma diferença significativa entre os grupos. É

importante ponderar que, mais uma vez, numericamente a TCBA obteve resultado

melhor, o que vai ao encontro dos resultados do BAI. O mesmo subitem foi avaliado

em um estudo randomizado comparando o pré e pós-tratamento da TCC com foco

na intolerância à incerteza e RA, no qual houve uma resposta semelhante em ambos

os tratamentos144.

As pesquisas comparando TCC e RA costumam apontar para um efeito

semelhante nos resultados pós-tratamento61,62,63,64 tanto para medidas de gravidade

geral, quanto as avaliações referentes à preocupação patológica e os sintomas

somáticos do TAG. A hipótese mais debatida é a de que há uma interrelação entre

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os três subsistemas: cognitivo, comportamental e fisiológico e, qual seja o foco da

terapia, ela irá contribuir para uma modificação de forma indireta, porém efetiva nos

outros subsistemas.

Com isso, alguns modelos teóricos, como por exemplo, o baseado na

intolerância à incerteza79 sugerem não ser necessária a aplicação de técnicas que

foquem diretamente nos sintomas somáticos do transtorno, alegando que os

resultados de estudos com tratamento cognitivo-comportamental que centram

exclusivamente na preocupação excessiva conseguem atingir uma mudança

estatística e clínica dos sintomas somáticos do TAG. Todavia, o estudo atual

pondera que apesar de haver resultados positivos nos tratamentos com base

exclusiva na preocupação, os que focam nos sintomas somáticos podem obter

resultados mais robustos.

No PSWQ, em ambos os grupos de pacientes as médias pré-tratamentos

pontuaram alta preocupação e os resultados demostraram uma queda

estatisticamente significativamente tanto na TCBA quanto na TCC com foco na

intolerância à incerteza. Os resultados das análises dos escores do PSWQ no pós-

tratamento estão em consonância com estudos anteriores que fornecem evidência

de que a TCC é o tratamento mais eficaz para a preocupação em pacientes com

TAG quando comparados com lista de espera9. Pesquisas em pacientes com TAG e

TCBA utilizando o mesmo instrumento de avaliação pontuaram uma diferença

semelhante na queda das médias nos pós-testes17, 73, assim como as pesquisas que

utilizaram a TCC com foco na intolerância à incerteza79.

O transtorno depressivo maior e o TAG compartilham muitos fatores comuns,

sendo eles biológicos, ambientais e de temperamento (neuroticismo23, 145), bem

como os processos cognitivos, comportamentais e emocionais semelhantes que

mantêm os transtornos. Por esta razão, os protocolos de TCC para ambos os

transtornos possuem muitos elementos comuns (por exemplo, reestruturação

cognitiva) e habitualmente as avaliações dos protocolos de tratamento incluem

medidas de autorrelato para os sintomas de ambos os transtornos. O BDI é um dos

questionários mais replicados em estudos com pacientes com TAG. A amostra total

dessa pesquisa apresentou uma média de depressão leve, sendo os escores de

ambos os grupos aproximados tanto nos resultados pré-tratamento quanto no pós-

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teste, no qual os sintomas dos dois grupos de pacientes caiu para depressão

mínima.

É importante ressaltar que nenhuma mudança foi considerada significativa a

ponto de alterar a estrutura ou os materias propostos nas sessões originais, ao

contrário de um estudo randomizado146 numa população de mulheres iranianas que

optou por, com autorização das autoras do protocolo, reduzir o número de sessões

de 16 para 12 e aumentar o tempo em cada sessão. Nesse estudo, das 12

participantes iniciais, 3 (25%) desistiram até a 4ª sessão por motivos diferentes e os

resultados apontaram para uma diminuição significativa na severidade dos sintomas

do TAG, mas não na gravidade da preocupação quando comparados com grupo

controle em lista de espera.

A primeira hipótese, segundo a qual ambos os protocolos de tratamento

baseados no modelo de intolerância à incerteza e no modelo de aceitação e

mindfulness iriam apresentar significativas melhoras quando comparados ao

baseline, foi confirmada. Como esperado, ambos os tratamentos foram eficazes para

diminuir a preocupação, os sintomas somáticos relacionados à ansiedade geral e os

sintomas depressivos autorreferidos. Vale ressaltar que do pré para o pós-

tratamento houve uma diminuição estatisticamente significativa em todas as quatro

medidas nos dois grupos de tratamentos. Além disso, para todos os 25 participantes,

as pontuações médias no pós-tratamento estão dentro do considerado não clínico

em todas as medidas avaliadas.

A segunda hipótese, de que quando comparados entre si, por causa das

idiossincrasias de cada paciente, os resultados terapêuticos seriam diferentes não

só entre os grupos, mas intragrupo foi em parte confirmada. Em ambos os

tratamentos os resultados foram mais semelhantes do que o esperado. A diferença

numericamente mais significativa foi no BAI, contudo estatisticamente os resultados

foram semelhantes para todas as escalas avaliadas.

Dado que o TAG apresenta frequentemente transtornos comórbidos, o efeito

do tratamento em condições de comorbidade é uma questão clínica importante41. No

presente estudo, o número de sintomas comórbidos relativos à depressão

diminuíram significamente e a avaliação clínica dos sintomas demostrou uma

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melhora considerável em relação às comorbidades. A relação de melhora dos

transtornos comórbidos certamente necessita de estudos mais aprofundados.

Este estudo é o primeiro a mostrar uma comparação randomizada da TCC

com foco na intolerância à incerteza com a TCBA e técnicas de mindfulness; os

resultados são promissores, apesar da clara necessidade de replicação com uma

amostra maior. Uma série de limitações do presente estudo devem ser observadas e

algumas estão comentadas no item a seguir.

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7 LIMITAÇÕES DO ESTUDO

Algumas limitações significativas ocorreram no presente projeto. A maior

delas refere-se ao número limitado da amostra: com um n maior, poderiam ser

obtidos resultados com maior significância estatística.

Por ser tratar de pesquisa com seres humanos, há a necessidade da

aprovação do comitê de ética e pesquisa (CEP) da instituição onde serão recrutados

e tratados os pacientes. No caso específico desta pesquisa, foi necessária a

aprovação do CEP nas duas instituições onde os pacientes foram recrutados e

atendidos (IPUB e HUCFF), o que demandou mais tempo e adiou o início do

recrutamento dos pacientes.

Após a aprovação dos CEPs e apesar da enorme divulgação do tratamento,

poucos sujeitos procuraram o Laboratório de Pânico e Respiração (LABPR) na

busca por auxílio terapêutico. A hipótese é de que pacientes com TAG

desconhecem o transtorno e acreditam que a sua ansiedade e preocupação

excessiva são frutos da sua personalidade e do meio em que estão inseridos e,

assim, não buscam por tratamento especializado. Entre os sujeitos que procuraram

o LABPR, também foram encontradas limitações e a primeira foi o diagnóstico.

Alguns pacientes que preencheram o diagnóstico primário do TAG apresentavam

quadro depressivo grave com risco de suicídio e, com isso, não puderam ser

incluídos na pesquisa.

No que se refere aos pacientes oriundos do HUCFF foi possível detectar

outros tipos de limitações. Os pacientes vinham encaminhados pelos setores

psiquiátrico e de clínica médica. No geral, não estavam interessados no tratamento

psicológico, mas por receio de desagradar o médico e perder a vaga no tratamento,

acabavam aceitando participar da triagem. Além disso, um dos critérios de exclusão

era o analfabetismo e, infelizmente, um número significativo de pacientes que

passaram pela triagem preenchiam esse critério.

O número pequeno de sujeitos impossibilitou uma análise estatística mais

consistente. Provavelmente, para alguns dos resultados que apontaram tendência

para diferenças quantitativas entre os grupos de tratamento, seria possível encontrar

significância estatística em uma amostra maior. Além disso, não é possível fazer

uma análise estatística para cada membro de cada grupo individualmente, pois o

princípio básico da estatística é a descrição de um grupo de dados e a inferência

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que é possível ser feita a partir desses dados em uma amostra, em função de uma

população.

Por ser recente e trazer uma abordagem bastante diferenciada dos

protocolos usuais em TCC, o protocolo de tratamento baseado na abordagem

comportamental baseada em aceitação e mindfulness trouxe um desafio a mais à

psicóloga responsável pelo estudo. Com formação nas abordagens tradicionais da

TCC, replicar um protocolo de tratamento experiencial, originalmente criado e

testado em uma população inserida em uma cultura bastante diferente da

encontrada nesta pesquisa, foi um grande desafio.

A expectativa inicial era seguir o modelo exatamente como proposto por

Hayes-Skelton, Orsillo e Roemer137 para fins de comparação com as pesquisas

internacionais. Contudo, o abandono inicial foi alto e apesar de os pacientes

justificarem as desistências com falta de tempo ou pela longa distância de suas

casas ao local de tratamento, algumas questões relacionados ao uso do protocolo

na sua forma original foram levantadas. O fato de ser uma abordadem experencial,

com uma demanda muito grande nas primeiras sessões e com uso de metáforas

que não estão inseridas no contexto dos pacientes dessa pesquisa (por ex. metáfora

do esqui) levou a uma série de dificultades, que acarretaram em sutis mudanças na

forma como o protocolo seria ministrado a partir daquele momento.

Por fim, dado que os pacientes foram recrutados entre os anos de 2012 e

2015, alguns ainda não completaram o prazo de seis meses para o cálculo do

seguimento que será realizado em breve e será discutido nos resultados de um

posterior artigo utilizando os dados dessa pesquisa. Além disso, dois clientes que

entraram recentemente no grupo de TCBA não terminaram o tratamento em tempo

hábil para serem computados nos resultados pós-testes.

8 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Pesquisas futuras com enfoque na TCBA são consideradas necessárias

para determinar a especificidade, a generalização e mecanismos de mudança

subjacentes aos efeitos observados nesta pesquisa. Além de ser necessária a

comparação com populações com o mesmo perfil sociocultural. A já consolidada

TCC com foco na intolerancia à incerteza mostrou-se eficaz e de mais facíl

replicação. Para efeito de análise estatística o aumento no número da amostra é

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fundamental. Entretanto, estes resultados fornecem um suporte inicial para a eficácia

potencial das abordagens TCBA com técnicas de mindfulness e TCC com foco na

intolerância à incerteza para tratar uma população ambulatorial brasileira.

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ARTIGOS

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Artigo 1

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Artigo 2

Semantic adaptation of a protocol for cognitive-behavioral treatment of low-income

patients with generalized anxiety disorder

Fernanda Correa Coutinho* , Roberta Sá Fortes Marques , Bernard Pimentel Rangé,

Marco Antonio Alves Brasil, Antonio Filpi, Antonio Egidio Nardi

Abstract

This article reports the experience during the past four years in treating low-income

patients with primary diagnosis of generalized anxiety disorder (GAD), at the Federal

University Hospital in Rio de Janeiro, Brazil. At the start of the project for outpatient

treatment, which included application of a cognitive model for GAD, we observed that

the patients’ generally low schooling level made it hard for them to understand what

was being treated in therapy, making it necessary to make semantic adaptations to

the treatment protocol, including the way techniques were applied, the therapeutic

approach and even the duration of the sessions. Since variations of cognitive therapy

are increasingly being applied in hospital outpatient clinics, the objective of this article

is to promote a discussion and present possible solutions for the difficulties faced in

applying clinical psychology practices among patients with low educational and

socioeconomic levels.

Keywords

Generalized anxiety disorder; cognitive-behavioral therapy; low-income patients;

case report.

Highlights

The need for semantic adaptation of the cognitive-behavioral protocol

targeting intolerance of uncertainty (CBT-IU) is examined in light of its

conceptual definitions.

The application of CBT-IU in a culturally sensitive context is discussed.

The implication of low educational and socioeconomic levels on CBT-IU is

examined.

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A case example is used to illustrate the discussions.

The main characteristics of generalized anxiety disorder (GAD) are invasive,

uncontrollable and excessive worry and related somatic symptoms (American

Psychiatric Association, 2013). It is a chronic and incapacitating condition, common

in many medical scenarios, that causes clinically significant suffering and impairs

important aspects of sufferers’ lives. This impairment is associated with both the

social and occupational aspects and degrades the overall quality of life. Various

studies (Henning, Turk, Mennin, Fresco & Heimberg, 2007; Hoffmam, Dukes &

Wittchen, 2008) have indicated that individuals with GAD have diminished social and

work relations, and that the situation is aggravated by the presence of comorbidity, so

that the disorder is considered a significant economic burden on society (Clark &

Beck, 2010).

It has high prevalence and after treatment only about half of patients manage to

function at their best (Holaway, Rodebaugh & Heimberg, 2006). Besides, the relapse

rates are high, reaching 50% (Hayes, Orsillo & Roemer, 2010). Because of this, the

forms of treatment are frequently discussed among mental health professionals for

seeking improvements. The most common and empirically supported treatment

methods include cognitive and behavioral therapies and their derivations (Hanrahan,

Field, Jones & Davey, 2013).

In general, clinical treatment focuses on chronic and severe worry and

associated anxiety (Coutinho, 2011). Besides this, attention is paid to maladaptive

schemas related to general foreboding (including beliefs about the probability and

consequences of threats to physical and psychological safety), personal vulnerability

(including beliefs about inadequacy and lack of outside support and personal

resources to deal with anxiety-producing situations), intolerance of uncertainty

(including beliefs about the frequency, consequences, avoidance and non-

acceptance of uncertain or ambiguous negative events) and metacognitive worry

(including beliefs about the positive and negative effects of worry and their control).

A treatment program using the intolerance of uncertainty protocol (e.g., Dugas

& Koerner, 2005) was started among patients with primary diagnosis of GAD at

Clementino Fraga Filho University Hospital (HUCFF), associated with Rio de Janeiro

Federal University (UFRJ). A common characteristic of the patients was their low

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socioeconomic and schooling levels, which hampered the progress of the

psychotherapeutic treatment. Since random clinical trials among patients suffering

from GAD present high relapse rates, at the start of the work with these patients an

hypothesis was raised that the treatment might have poor effectiveness, especially

due to potentially a high dropout rate. Hence, the protocol needed to be adjusted to

the reality of our patients.

There is consensus about the importance of random clinical trials to prove the

effectiveness of treatment protocols, but it is also important to remember that most

reports of these trials do not illustrate daily responses to protocols among patients

with psychological problems. For patients with primary diagnosis of GAD from low-

income communities, there was a need to adapt the information conveyed to them, to

benefit them and make cognitive-behavioral therapy an instrument accessible to all.

The use of cognitive-behavioral therapy is growing in Brazilian hospitals, and

the present study, based on a clinical case treated at the HUCFF, illustrates some

modifications that were necessary not only in treating the particular patient discussed

here, but also several other low-income patients during the four years of the clinical

study, with the aim of making the treatment more effective. This case report may lead

to revaluating the way psychology caregivers carry out their outpatient clinical

practice in public hospitals among low-income people.

Method

Participant

The patient was recruited at HUCFF. Among its services, the hospital offers

outpatient psychiatric and psychological treatment. This patient was referred by the

psychiatric treatment unit for psychological assessment by the person in charge of

the clinical study among patients with primary diagnosis of GAD.

Measures

The patient first underwent a structured interview, including application of the

Mini-International Neuropsychiatric Interview (M.I.N.I.), which is considered to be the

most appropriate tool to diagnose GAD as defined in the DSM-IV (Sheehan et al.,

1998). Since the criteria for participating in the study was met, the patient was invited

to take part in a treatment protocol based on the intolerance of uncertainty cognitive

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model. After explaining the program and its aims, the patient signed the informed

consent form.

Self-reported outcome measures. Before the start, after six months and at the

end of treatment, the patient was evaluated by applying the following questionnaires:

Beck Anxiety Inventory (BAI; Beck, Epstein, Brown & Steer, 1988), which is a

21-item measure that assesses anxiety, with a focus on somatic symptoms;

Beck Depression Inventory (BDI; Beck, Steer & Brown, 1996), a 21-item self-

reported scale that assesses the severity of affective, cognitive, motivational,

vegetative, and psychomotor components of depression, widely used in

treatment outcome studies of anxiety;

Penn State Worry Questionnaire (PSWQ; Meyer, Miller, Metzger & Borkovec,

1990), a 16-item measure of frequency intensity of worry that has good

psychometric properties and is widely used in research to measure

pathological worry and change with treatment; and

Intolerance of Uncertainty Scale (IUS; Freeston, Rhéaume, Letarte & Dugas,

1994), a 27-item self-reported measure assessing cognitive, behavioral, and

emotional responses to uncertainty in everyday life.

We chose these questionnaires because of their widespread international use

in studies of patients with the same diagnosis.

The intolerance of uncertainty model

Dugas and collaborators (e.g., Dugas & Koerner, 2005) developed a cognitive

model for GAD in which intolerance of uncertainty is a central component, which can

be defined as a characteristic that results in a set of negative beliefs about

uncertainty and their implications (Dugas & Robichaud, 2007). For clinical practice,

the treatment protocol suggested by Dugas & Robichaud (2007) is divided into six

modules (Table 1).

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Table 01 - CBT-IU protocol

Modules Treatment modules include

1 Psychoeducation and worry awareness training

2 Uncertainty recognition and exposure

3Reevaluating positive beliefs about the function of

worry

4 Problem reorientation and training

5 Cognitive exposure

6 Relapse prevention

Case Illustration

Mary (fictitious name), a sixty-five year-old woman, did not complete primary

school. She lived in a low-income community in the city of Rio de Janeiro. She had

been under psychiatric care since 2008 and was regularly taking alprazolam and

citalopram. In 2013 she was referred by the attending psychiatrist to the

psychological service for cognitive-behavioral therapy. After analysis of her case

history and application of the MINI questionnaire, which confirmed the diagnosis of

GAD without comorbidities, her treatment started with the intolerance of uncertainty

protocol.

During the first interview, the patient reported great concern over her two

daughters and a three-year-old granddaughter who lived with her. This enabled

quickly identifying her main worries, which involved the health and safety of her

family members. During this first contact, the patient was given a chance to express

her questions, which opened space to establish a good rapport. As is the case with

most patients served by the public health system, M. was not used to talking about

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herself, and during her care she regularly demonstrated emotion and gratitude. It

became obvious early on that she would have difficulty in carrying out metacognitive

exercises, which had never before been proposed to her, and she would find it hard

to maintain focus.

The first theme covered was psychoeducation and awareness of worries. These

first sessions went more slowly due to her difficulty to assimilate the concepts of the

therapy. Despite this difficulty, she worked hard and performed all the activities

proposed as homework, enabling her to overcome the initial obstacles and benefit

from the therapy. A recurring difficulty was the understanding and differentiation of

“thinking”, “feeling” and “behavior”. The task was given several times and required

flexibility of the therapist regarding the dynamics of the sessions. A common error

was for M. to bring as an example of thinking “I was nervous, anxious”. An important

point during all the modules was the modification/adjustment of the terms used in the

cognitive-behavioral therapy (Chart 1), such as cognition, cognitive distortion and

intolerance of uncertainty, which were replaced, respectively, by thinking, change of

thinking and “I can’t stand doubts”. Another example, also in the first module, was the

categorization of the situations triggering worry and anxiety. Dugas & Robichaud

(2007) suggest real and hypothetical situations, but the patient preferred to name

them “true situations” and “invented situations”. In this case, it was fundamental for

the therapist to adjust to the way the patient referred to the concepts covered, to

assure her understanding regardless of the change in terminology.

The first treatment module lasted longer for this patient because it was essential

for her to become familiar with the concepts of the therapy. Only after the fourth

session it was possible to start module 2 of the protocol. In this module, the theme

addressed was “recognition of uncertainty and behavioral exposure.” The therapist

was once again faced with a particularity of low-income patients: the high presence of

violence and lack of resources and support in these communities. An example of this

was the proposed exercise in behavioral exposure, in which the patient should

experience a situation in which she had to deal with feelings of uncertainty.

Therefore, it was proposed that she think of situations in which she felt anxious as a

result of intolerance of uncertainty, so that we could work on her imaginary exposure.

Most of the time this does not pose difficulties, but with M. it was different. On being

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asked about situations in which she felt this way, she suggested: “I’m afraid and feel

insecure when my daughter returns from work alone at night and passes through an

abandoned street; I could go to meet her and walk back with her, but I don’t think I

can manage it,” and “I could go out to play with my granddaughter in the street near

where I live, but there are lots of muggings there and I’m afraid.” In these two

situations it was not advisable to do the exposure exercise with the patient, because

this could really have caused her to run a risk.

Modules 3 and 4 (“reassessment of the advantages or worry” and “training in

problem solving) were more reassuring for the patient. It was not necessary to spend

extra time and the sessions became more dynamic. An interesting point is the

association M. made between worrying about someone and caring for someone. She

reported various positive beliefs in relation to worrying about people, mainly her

daughters and granddaughter. Since she was a dedicated patient, she quickly

became aware of her distortions and strived to correct them. The problem solving

technique was a tool that she appropriated without much difficulty. In this case, as in

any other related to homework, it was of fundamental importance for the therapist to

focus on asking for feedback during the sessions and at the end of each one and of

having an understanding attitude in relation to the patient’s difficulties with the

requested tasks. With this, M. felt at ease to ask for clarification of her doubts and

better absorbed the objective of the proposed exercises.

Module 5 was the moment of greatest difficultly in Mary’s treatment. Like in

module 1, the sessions had to be extended a bit and the patient faced a large

obstacle. It is common for low-income patients in Brazil to have a strong network of

religious support, which can be a double-edged sword. In other words, while religion

can be a protective factor, acting as an ally in the practice of health professionals, it

can also pose a hindrance to the progress of treatment. The patient was very

involved in religious activities and this became a question that hampered the

achievement of this part of the protocol. Module 5 includes imaginary exposure, in

which a scenario is created with great emotional weight and the exposure is realized

until a reduction of anxiety related to it is noted. That exercise conflicted with some of

the patient’s beliefs, such as “I can’t think about this, because God won’t like it. He’ll

think that I want this to happen”; “This is wrong, I can’t think about bad things, I have

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to believe this won’t happen, God won’t let it!” At this moment, the good rapport

established between the therapist and patient enabled conclusion of this task. It was

a difficult situation that was very emotionally trying for the patent and she asked to

end the session. Once again, the therapist’s empathetic and understanding posture

was fundamental. At the end of this step, M. told the therapist: “I lacked courage to

do this activity, but since you said I could do it, I believed you and did it! I’m better for

this!” Another adaptation necessary to this technique was to replace the recorder with

reading aloud, since the patient did not own the device.

Besides the adaptation in the number of sessions (Table 2), during the entire

treatment period it was necessary for the therapist to be flexible, meaning

maintaining an empathetic attitude, valuing the patient, adapting terminology, using

many practical and concrete examples and being attentive to the patient’s reality.

Table 2 – Adaptation of the number of sessions

Modules

Sessions suggested by the

literature / adapted for the

patient

Treatment modules include

1 1-2 / 1-4 Psychoeducation and worry awareness training

2 3-6 / 5-8 Uncertainty recognition and exposure

3 7-8 / 9-10Reevaluating positive beliefs about the function of

worry

4 9-11 / 11-13 Problem reorientation and training

5 12-14 / 14-17 Cognitive exposure

6 15-16 / 18-19 Relapse prevention

Pharmacotherapy

The patient’s drug treatment started in 2008. At that time she was constantly

complaining and expecting something disastrous to happen to her or her daughters.

In the consultations, she also reported fear of being diagnosed with a terminal illness.

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97

As a consequence of these problems, she started to have anxiety attacks in which

the main symptom was tachycardia. From the first consultation, the decision was

made to medicate her, with the diazepinic drug alprazolam (two 1-mg tablets per day)

associated with citalopram, an antidepressant drug of the selective serotonin

reuptake inhibitor class (20 mg per day). This choice was based on the depressive

character of the symptoms that are customarily associated with these situations

(Shatzberg & Nemeroff, 2009).

In the case of HUCFF, medicines are not delivered to the patients in the

outpatient clinic. Instead, the patient must take the prescription to a pharmacy to

have it filled. This is facilitated financially by the Popular Pharmacy program in the

state of Rio de Janeiro, under which certain drugs are sold at heavily subsidized

prices, along with the promotion by the federal government of generic drugs, which

besides being off-patent are also given tax breaks, making them more accessible to

poor people.

Outcome

The pre-treatment, post-treatment and follow-up scores are provided in Table 3.

It is important to observe that unlike the report of significant improvement from the

patient, the scores on the questionnaires indicate a worse condition just after

treatment and one month afterward. The reported improvement is only reflected in

the six-month follow-up scores.

Table 03. Assessment Measures at Baseline, Posttreatment, and Follow-Up Period

Measures Baseline Posttreatment1-Month Follow-

Up

6-Month Follow-

Up

PSWQ 53 62 40 38

BDI 9 18 13 9

BAI 12 5 23 7

IUS 71 85 85 57

Note. PSWQ = The Penn State Worry Questionnaire; BDI-II = Beck Depression Inventory-Second Edition;

BAI = Beck Anxiety Inventory; IUS = Intolerance of Uncertainty Scale

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98

Discussion

According to Kazantzis et al. (2013), knowledge, theories, techniques and

strategies do not have any practical utility unless therapists are able to relate with

their clients. A characteristic of Brazil’s National Health System is the diversity of the

patients, so before starting to use any particular technique it is necessary to

understand where and how these patients are inserted in society and what their

vision is of themselves and their surroundings. In the cognitive approach,

psychoeducation is the first step in treating the disturbance and must be inserted in

the patient’s context with terms and expressions used by him or her.

After M. underwent the initial assessment and was accepted for treatment, the

therapist conducted a clinical interview where the focus was on listening and trying to

understand her needs and demands. This interview was crucial to establish the

therapeutic tie. At first, the therapist assumed a posture of greater responsibility, to

convey a feeling of security that the patient needed, and then urged M. to be more

participative and responsible for her own therapeutic process. The reality is that

many low-income patients have preconceived notions regarding psychological

treatment and are doubtful of therapy’s utility. It is up to the therapist to demonstrate

an attitude of confidence in the treatment.

In general, based on analysis of all the patients treated in the program, we can

highlight importance of showing understanding of the situations faced by the patients

by using their language and replacing standard psychological expressions with more

vernacular ones (e.g., “hypothetical situation” with “invented” or “imagined” situation).

Flexibility regarding the number and duration of sessions is also an important factor.

Table 4 shows the average number of sessions used so far with the patients with

GAD treated with the intolerance of uncertainty model at HUCFF.

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99

Table 4- Average adaptation of the number of sessions per module

ModulesSessions suggested/

adapted*Treatment modules include

1 1-2 / 1-4 Psychoeducation and worry awareness training

2 3-6 / 5-8 Uncertainty recognition and exposure

3 7-8 / 9-10Reevaluating positive beliefs about the function of

worry

4 9-11 / 11-13 Problem reorientation and training

5 12-14 / 14-17 Cognitive exposure

6 15-16 / 18-19 Relapse prevention

* Number of sessions suggested by the authors / average number of sessions necessary for

low-income patients.

Another important point is the homework tasks. In the case of M., she was very

dedicated, something that is common among this sample of the population. In

general, they feel gratitude and appreciation for the therapist and also know the

treatment has predetermined duration, so they want to take maximum advantage of

it. On the other hand, many patients feel insecure about making mistakes in their

homework. It is important for the therapist to give various examples and to make sure

the patient understands before telling the person to do the task alone. If the patient

still did the task differently than was requested, it is important to go over it again

together.

As mentioned, it is very common for low-income people in Brazil to have a very

strong religious support network, which can be a double-edged sword. While religion

can be a protective factor and act as an ally to therapy, it can also pose an obstacle

to the progress of treatment. The focus patient here was closely involved with her

church and this in some ways hindered the realization of the protocol, a hurdle only

overcome with the help of a strong therapeutic alliance.

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100

With respect to the results of the self-report questionnaires and the

discrepancies with the patient’s discourse, this also occurred with other subjects who

were participating in the study. Analyzing the scores obtained in light of the number

of years of schooling, we found that the fewer years of schooling, the greater the

discrepancy of the results of the self-reported scores and the clinical evaluation of

improvement. We raised several hypotheses, the main one being that the baseline

questionnaires were filled in by the participants along with the therapist and the next

ones were filled in alone. Therefore, in the six-month follow-up we opted to have the

therapist explain the procedure again, including the Likert scale, commonly used in

self-applied questionnaires. Besides this, the therapist also was available to clarify

doubts. The better scores attained after six months indicate that the questionnaires

are generally hard to understand by patients with low schooling levels.

The greatest limitation of this study is the presentation of a single clinical case,

but this choice was on purpose. Doing this enabled us to provide more detail of the

main questions that should be borne in mind by psychologists who work in the

context of public health services. Besides, the fact the patient described was in many

ways similar to other patients who seek treatment in public outpatient clinics allowed

a careful degree of generalization not only for patients with GAD, but also those with

other disturbances that are treated with cognitive-behavioral protocols.

The main points of convergence are initially to convey a feeling of security to

patients that they will be heard and supported without any type of prejudgment and

that the therapist is there to help them feel better about themselves and improve their

relationships. The therapist must assume the initial responsibility for the treatment

before sharing it with the patient. Soon thereafter, before the start of the protocol

itself, care must be taken to understand the patients’ context and allow them to

express their questions without worry in following the structure proposed by the

protocol to be reproduced. The idea is to understand the patients’ context to enable

the therapist to react to them.

During the treatment it should be borne in mind that the structure of each

session can be modified, and most importantly, to follow the needs of the patient as

much as possible. Many times in the anxiety to apply a specific technique, the

therapist can become detached from the patient, after which the therapy’s

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effectiveness will be seriously undermined. Finally, the practice of cognitive therapy is

clearly relational (Beck, Rush, Shaw & Emery, 1979) and in the context of the

Brazilian National Health System and in clinical research this cannot be overlooked.

Conclusions

This article dealt with questions involved in the practice of cognitive therapy for

the profile of patients served by the Brazilian National Health System and related the

adjustment of the structure of the sessions and the psychological posture for a

therapeutic alliance that produces good results in the treatment of patients with

generalized anxiety disorder. We discussed a series of factors that can negatively

affect the treatment process and suggested solutions based on practical

experiences. These factors include flexibility of the therapist and structure of the

protocol as well as gaining a clear understanding of the patient’s context.

In general, a malleable session structure helps the therapist to work more

effectively and contributes to a strong therapeutic alliance in a relationship of

collaboration with the client. Although this work refers to patients with GAD, the

considerations raised here can apply to other treatment protocols applied to patients

with various psychological disturbances inserted in the same context. Due to the

relative lack of studies illustrating the need for adaptation of clinical practice, more

research is certainly necessary related to the proper adjustments to this practice. In

the final analysis, patients with GAD more often seek help from clinical medicine, and

after the limitations are noted related to the situation of chronic worry, wind up being

referred to psychiatric outpatient treatment services, which by working together with

psychology can help these patients recover the productivity lost because of the

disturbance.

Funding

This study was developed in partnership with the Institute of Psychiatry (IPUB)

and the Clementino Fraga Filho University Hospital (HUCFF), associated with Rio de

Janeiro Federal University (UFRJ) and received funding from the Research

Foundation of the State of Rio de Janeiro (FAPERJ) and the National Council for

Scientific and Technological Development (CNPq).

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Conflict of Interest Statement

The authors declare that there are no conflicts of interest.

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105

Artigo 3

TITLE: Randomized study comparing effectiveness of an acceptance-based

behavior therapy and cognitive behavioral therapy with focus on intolerance of

uncertainty for generalized anxiety disorder.

Abstract

Background The generalized anxiety disorder (GAD) is a highly prevalent,

chronicle and disabling disorder. Even in a high relapse rate the cognitive behavioral

therapies (CBTs) are considered the golden pattern among the psychotherapy

treatments. From the need for refinement of existing approaches, new theorical

models are emerging as promising in GAD treatment, among them, acceptance-

based behavioral therapy (ABBT) combined with com mindfulness. The ABBT is a

recent approach that aims to help the costumers expand the focus to a mindfulness,

without trial and decentralized in relation to internal experiences. Some people

believe that these new skills contribute to the reduction of the experiential avoidance,

as well as promote an attitude of acceptance and disposition toward the new internal

experiences. Despite the results in previous studies are promising, they are limited by

the lack of conditions for active control group. Objectives Thus, the present study

aimed to evaluate and compare a pilot randomized sample of patients with GAD

using the ABBT and CBT based on intolerance to uncertainty model. Methods 72

patients were evaluated, 36 did not fulfilled the criteria and 6 had no interest in

getting the treatment. 30 outpatients (64% female and 36% male, with an average

age of 45.8 years) who fulfilled the criteria to GAD as a main diagnosis in the DSM-5

were assessed before treatment and after treatment in the following self-reported

measures: Pennsylvania State Worry and Anxiety Questionnaire (PSWQ), Beck

anxiety inventory (BAI) and the worry and anxiety questionnaire (WAQ). The

secondary evaluation included the Beck Depression Inventory (BDI), due to great co

morbidity with major depressive disorder (77.8%). The patients were allocated into

two treatment groups and received individual therapy in fourteen weekly sessions

and 2 bi-weekly sessions. Results There was abandonment of one patient (6.7%) on

CBT and of four patients (26.7%). The hypothesis that the CBT would show greater

effectiveness has not been confirmed. At post-treatment and in both arms the results

were similar, scores have reduced 53.7% (BAI); 29.7% (PSWQ); 37% (WAQ) and

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40.7% (BDI) of ABBT against 43.0% (BAI), 29.2% (PSWQ), 25.0% (WAQ) and 49.0%

(BDI) on CBT. Conclusions Despite the best quantitative, there was no statistically

significant results among groups, which may be related to the size of the sample and

the control group being active.

Keywords: Acceptance-based behavioral therapy (ABBT); Cognitive-

behavioral therapy (CBT); Generalized anxiety disorder (GAD); Mindfulness; Worry;

Uncertainty.

1. Introduction

GAD1 is defined by the excessive and chronicle concern. Although the content

concerns can vary, it tends to be wide and pervasive and may include a range of

areas, such as interpersonal relationships, physical health, school/work, finance,

global issues and/or minor issues (such as daily engagements with the house or with

the kids), and even worry about being worried2.

Worry (apprehensive expectation) and excessive anxiety are the

characteristics that define the GAD and the diagnosis is given when it involves two or

more areas of activities-should occur on more days than not, for 6 months or more

(DSM-51). In the disorder the concern is also perceived as difficult to control and is

associated with the emotional discomfort3,4. Consequently, therapeutic interventions

focus on pathological preoccupation and in reducing the same to a normative scale.

The diagnostic criteria of the GAD have changed substantially as time pass

by5, due to it the theoretical concepts of the disorder continue to pass for analysis

and refinement, which makes this an important time for research to investigate the

causes and maintenance of this condition6, which features low rate of effectiveness

of treatment when compared to other anxiety disorders7,8,9. In addition to the majority

of studies indicate that less than 65% of the customers meet the criteria expected for

the post-treatment10,7 and have high relapse rate11.

The low diagnostic reliability is an important point which ultimately influences

the clinical conduct10. Among people with GAD diagnosis who seek professional help

from a general practitioner reporting symptoms of the disorder, only 50% to 65% are

identified as having a psychiatric issue, and only 34% of these are recognized as

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patients with GAD12. Conversely is that patients with GAD often do not seek a

healthcare professional with the complaint of "concern in excess" or by a seizure

anxious13, which are the main characteristics of the disorder, but vague and

nonspecific somatic complaints such as sleep problems, fatigue, nervousness, or

shoulders tension14, 15.

The CBT is the standard treatment for GAD16. Relevant studies on treatment

outcomes concluded that the various GAD cognitive-behavioral approaches produce

significant changes (with large effect sizes) that are maintained or improved in

analyzed groups17. Cognitive-behavioral treatments are also more effective when

compared with waiting list or other non-specific forms of treatment18, 19.

The current state of research of treatment outcome of current cognitive-

behavioral techniques suggests that they are effective, however that a significant

number of individuals who receive these interventions continue to report difficulties

after treatment. According to Clark and Beck20 there is a common sense that much

more can be done for the treatment of patients with GAD. The results indicate that it

is necessary to explore elements of treatment that can increase the effectiveness of

existing interventions. In addition, it is necessary to achieve more comprehensive

results, since GAD is associated with functional impairment.

Moreover, some cognitive and behavioral models are considerate as

consolidated and effective in the treatment of patients with GAD. Besides that, more

recent models emerge as promising, offering a better understanding of psychological

processes which stand the symptoms of this chronic disorder. According to Behar

and colleagues15 the theoretical conceptualization of the GAD continues to pass for

analysis and refinement, which makes this an opportune time for that research to

investigate the causes and factors that maintain this condition.

Roemer, Lee, Salters-Pedneault and colleagues21 investigated the

relationships between levels of mindfulness and emotional adjustment in clinical and

non clinical GAD patient samples. The results suggested that even the

consciousness reduction of the present moment as a decrease in

acceptance/affectionate response to your own experience is related to the severity of

symptoms in GAD. So, it is interesting to reflect on the possibility of living the present

moment consciously, result in an increase of emotional regulation22. Moreover,

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effective regulation of emotions can also help to reduce the judgment and the

criticism of internal experiences and thereby increase the possibility of mindfulness.

Roemer and Orsillo23 concentrated its efforts on research relating mindfulness

and acceptance elements in cognitive-behavioral treatments already exist for the

GAD, which you can view in the studies related to the topic. The results pointed GAD

as being characterized by a wide range of results usually feared, future-oriented and

largely developed internally24. According to this model6, the external threats are

perceived by patients with GAD from their internal experiences. These internal

experiences, in turn, are problematic for bringing a range of negative reactions (e.g.,

negative judgment of emotional responses) or a merger of negative emotional

reactions with the internal experiences, giving the individual a false connotation of

perpetuity. Since that, individuals with GAD pass to avoid the internal experiences

perceived as threatening the that remain in the State concerned and thus restrict the

recovered behaviors.

Two recent meta-analyses25,26, which investigated the effects of psychological

treatments for GAD, concluded that there is need for further randomized studies to

test the effectiveness of various forms of CBT. Despite the acceptance-based

behavioral therapy with mindfulness techniques (ABBT) has been showing promising

results in clinics, in the self report measures for anxiety and depression, as well as an

improvement in quality of life, for the most part, the studies are limited by the

absence of an active control condition27. This makes necessary the randomized

studies comparing the ABBT with active interventions, effective and widely used.

Thus, the present study evaluated the effectiveness of ABBT with mindfulness

techniques in an outpatient sample and compared with traditional CBT using the

cognitive model of intolerance to uncertainty. The comparison option with CBT based

on the model of uncertainty intolerance was due to the fact that this model is an

empirically validated treatment, for which there is substantial data and manual of

significant improvement on all measures of effect on evaluation of anxiety and

depression symptoms related to GAD. This two-part study hypotheses: the first of the

two approaches, both ABBT as CBT, will lead to a significant improvement of the

statistical and clinical point of view in the post-treatment, the second is that when

compared with each other, the therapeutic results will be different not only between

the groups, but intergroup.

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2. Method

2.1. Participants

The individuals who sought care in the laboratory of panic and Breath of the

Institute of Psychiatry of UFRJ for the treatment of anxiety disorder January 2012 to

January 2015, have been evaluated and, when diagnosed with GAD as primary

disorder, were included in the survey. Patients with co morbidity with other Axis I

disorders, to be involved in research, should present the symptoms of more serious

GAD and a greater need for intervention. Participants entered the research

regardless of previous treatment history, and may not be in psychotherapist

treatment during the search. In addition, there was a selection of patients, with the

same criteria described above, the HUCFF. Patients were referred for Outpatient

Psychiatry and internal medicine and passed through the diagnostic evaluation of a

psychologist responsible for research or a psychologist Assistant.

In addition to the main diagnosis of GAD the following criteria were applied:

The inclusion criteria

a) People aged between 18 and 65 years old, male or female and literate.

b) Have received a primary diagnosis of generalized anxiety disorder (DSM-4-

TR-tracking in the DSM-5)

c) Willingness to maintain stable medication while participating in the study.

The exclusion criteria

a) presence of psychotic framework of any kind.

b) presence of substance abuse or chemical dependency.

c) presence of severe depression.

d) presence of suicidal ideation.

e) presence of severe personality disorder

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Among all, 72 people were evaluated by the Mini International

Neuropsychiatric Interview (MINI) and, when deemed necessary, by the Structured

Clinical Interview for DSM Disorders (SCID-II). 36 met the criteria, of which 30 initially

proposed to participate in the treatment and 2 were recruited later, out of time to

enter the data of this research. There was a random division of the 30 initial subjects

between treatment groups based on the model of intolerance to uncertainty and

behavioral model of acceptance and commitment (15 individuals in uncertainty and

intolerance Protocol 15 on mindfulness and acceptance Protocol). Among the initial

30, a patient of intolerance to uncertainty, gave up during the half of the treatment

because the beginning of a new job and patients mindfulness and acceptance

Protocol gave up in the first few sessions. In this way, the final sample consists of 25

individuals (Figure 1).

Potential participants assessed for

diagnosis (n = 72 )

Exclued (n = 20)

Non-GAD diagnosis primary (n=

22)

Randomized (n = 30)

Allocated to CBT (n =15) Allocated to ABBT (n= 15)

Dropped treatment (n=1) Dropped treatment (n=4)

Analyzed in CBT (n = 14) Analized in ABBT (n = 11)

Figure 1. Participant flow diagram. GAD = generalized anxiety disorder;

CBT = cognitive-behavioral therapy; ABBT = acceptance-based behavioral therapy

2.2. Measures

In addition to the clinical interview, two questionnaires were used in the

preparation of the diagnostic GAD: the Mini International Neuropsychiatric Interview

(M.I.N.I.) and, when necessary, the Structured Clinical Interview for DSM Disorders

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(SCID-II). For pre-and post-treatment evaluation questionnaires were used to self

report that included measures of anxiety, worry and depression described below.

Questionnaires

Mini international neuropsychiatric interview (M.I.N.I.28) is a brief, reliable, and

valid diagnostic interview developed to determine the presence of current and life-

time Axis-I disorders using DSM-4 diagnostic criteria;

Structured Clinical Interview for the Diagnostic and Statistical Manual of

Mental Disorders (SCID-II29) is a semistructured interview instrument used for

determining personality disorders. This instrument includes a personality inventory

composed of 120 items, which is completed by the patients, and detailed structured

interview items for personality disorders.

Beck Anxiety Inventory (BAI30), which is a 21-item measure that assesses

anxiety, with a focus on somatic symptoms;

Penn State Worry Questionnaire (PSWQ31), a 16-item measure of frequency

intensity of worry that has good psychometric properties and is widely used in

research to measure pathological worry and change with treatment;

Worry and Anxiety Questionnaire (WAQ; Dugas et al. 2001) is an 11-item self-

report measure of DSM-4 diagnostic criteria for GAD. One question asks

respondents to list personal worry themes, three items assess cognitive symptoms,

six items assess somatic symptoms, and one item assesses interference and

Beck Depression Inventory (BDI32), a 21-item self-reported scale that

assesses the severity of affective, cognitive, motivational, vegetative, and

psychomotor components of depression, widely used in treatment outcome studies of

anxiety.

Procedure and materials

It was given to each participant an informed consent form describing the

purpose of the research. Before starting the treatment, were also delivered the review

inventories that were used as a pre-test. With the confirmation of the diagnosis,

participants were randomly allocated to one of two treatment protocols and started

therapy. These were composed of sixteen weekly sessions in a single format, and

with duration of 60 minutes. In the last session were redelivered assessment

inventories to be used as a post-test.

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2.2.3. Treatments

Cognitive-behavioral therapy based on the model of intolerance to uncertainty

(CBT) The treatment protocol following the model of intolerance to uncertainty (II;

2007) is divided into 6 modules: 1) psychoeducation and awareness training concern;

2) recognition of uncertainty and behavioral exposure; 3) revaluation of exposure to

concern; 4) problem solving training; 5) exposure would have thought and, finally, 6)

prevention of relapse.

Acceptance-based behavior therapy and mindfulness treatment (ABBT)

focuses on three main goals. 1) Modify the patient's relationship with its internal

experiences and at this point the patient is encouraged to, in a conscious way,

curious and compassionate, view the internal events of transient form. 2) Decrease

avoiding trial and increase the choice and the ability to be flexible. 3) The patient is

instructed to act according to what he values33.

2.3. Statistical analyses

Descriptive and exploratory statistical analysis were performed by means of

the construction of tables and charts, as well as summary measures appropriate to

the measuring ranges of the variables of interest. To the total score of the BDI, BAI,

PSWQ, WAQ were calculated averages and standard deviation. The normality of

variables was checked by the Kolmogorov-Smirnov test.

T-test was used for the analysis of the statistical significance of temporal

variations within each group paired. For the comparison between total scores of

groups with and without GAD t test was used and for comparison with and without

comorbidity and medication using the Fisher exact test. Additionally, matching

devices coefficients were calculated from Pearson between BAI and the sub items of

the item 5 WAQ range.

3. Results

The sample was composed by 25 participants among them, 16 women (64%)

and 9 men (36%), with an average age of 45.8 years, of which 40% completed

tertiary education as you can see in the Figure 2. The analyses have ensured that

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113

participants in both treatment conditions were in similar positions. The results of the

socio-demographic variables showed no differences between the groups.

CBT (n=14) ABBT(n=11)

n % n % n %

Sex

Female 16 64,0 11 78,6 5 45,5

Male 9 36,0 3 21,4 6 54,5

Age*

23 a 49 anos 14 56,0 8 57,1 6 54,5

50 a 68 anos 11 44,0 6 42,9 5 45,5

Education

University 10 40,0 5 35,7 5 45,5

High school 11 44,0 5 35,7 6 54,5

< High school 4 16,0 4 28,6 0 0,0

Marital status

Married 11 44,0 6 42,9 5 45,5

Separated/ Divorced 14 56,0 8 57,1 6 54,5

*Mean Age: total = 45,8; CBT = 45,0 ; ABBT = 46,8.

Figure 2. Patient Characteristics

Variable Total (n=25)

Two important variables were the use of medication and comorbidities. Of the

total sample, 9 (36%) presented co morbidities 37.7% being in the group of 36.4%

CBT and ABBT. The co morbidity of higher prevalence was depression (77.77%),

followed by agoraphobia (22.22) and social phobia. The comparison between groups

showed that there is a significant statistical difference, being p = 1.000.

In relation to the medication, 60% of the total sample made use of some type

of medication, most SSRIs, followed by the benzodiazepines and the tricyclic

antidepressants. Being 50% in group of CBT and 72.7% in the Group ABBT, which

showed a quantitative difference, however after the Fisher exact test showed that

there is no statistical significance (p = 0.414).

The test performed to normality was the Kolmogorov-Smirnov and all

indicators P > 0.05, which features a normal distribution, therefore the statistical

analyses used in the research were parametric.

BAI

In BAI (Figure 3) the variation (∆) pre-and post-treatment within the groups

was on average of -10.8; being-8.1 in CBT and-14.3 in ABBT, which shows that there

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was a highly significant effect in both treatments (p = 0.004 and p = 0.003,

respectively), but there was no statistical significance when the comparison was

between the protocols (p = 0.162).

0

5

10

15

20

25

30

Pre CBT Post CBT Pre ABBT Post ABBT

Me

an

BA

I

Figure 3. Means of Symptom Measures at Pre- and Postassessement

BDI

The BDI (figure 4) the variation (∆) pre-and post-treatment within the groups

was on average of -7.5; and 7.4 in CBT and-7.7 in TCBM, which shows that there

was a highly significant effect in both treatments (p = 0.001 and p < 0.035,

respectively), however there was no statistical significance when the comparison was

between the protocols.

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115

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

Pre CBT Post CBT Pre ABBT Post ABBT

Mean

BD

I

Figure 4. Means of Symptom Measures at Pre- and Postassessement

PSWQ

PSWQ (figure 5) the obtained effect treatments with the same magnitude in

both protocols, with the average between the groups -20.0, and CBT group -20.3 and

the ABBT-19.6. There was no difference between the two protocols (p = 0.922).

0

10

20

30

40

50

60

70

80

Pre CBT Post CBT Pre ABBT Post ABBT

Mean

PS

WQ

Figure 5. Means of Symptom Measures at Pre- and Postassessement

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116

WAQ

At WAQ (figure 6) there was no significant difference when evaluated the sum

of the results of all the items in the questionnaire.

0

10

20

30

40

50

60

70

Pre CBT Post CBT Pre ABBT Post ABBT

Mea

n W

AQ

Figure 6. Means of Symptom Measures at Pre- and Postassessement

To dismember the WAQ and evaluate the somatic subscale (WAQ-sound), it

was possible to observe statistical significance in both protocols (p < 0.001), however

there were no differences among treatments (table 17 and 18).

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117

Figure 7. Means of Symptom Measures at Pre- and Postassessement

4. Discussion

The research proposed to examine and compare the two treatments derived

from cognitive-behavioral therapies, which are the ABBT, utilizing strategies based

on behavioral approaches to acceptance and mindfulness and CBT with focus on

intolerance to uncertainty, which is based on the idea that patients with GAD they feel

distressed and disturbed when faced with uncertain or ambiguous situations and thus

end up entering a persistent concern mode in response to such events. The initial

hypothesis that both treatments would be beneficial was supported, it is possible to

observe in the self-report scales of measurement of symptoms of depressive and

anxious in the post-treatment.

The sample is composed predominantly by women (64%), that corroborates

with the worldwide prevalence of disorder statistics. In addition, the medications used

were the commonly seen in clinical trials with patients with GAD27 larger percentage

of SSRIS, followed by the benzodiazepines and tricyclic antidepressants. Important

to note that throughout the treatment medications were maintained.

Most of the patients treated in this research have followed the guidelines found

in randomized clinical trials, which use large sample sizes in multicenter studies and

using the SSRIS due to their high effectiveness34. Although the benzodiazepines are

proven to be safe and effective for the treatment of this anxiety disorder by multiple

randomized clinical trials, they are not recommended as first-line monotherapy in the

long term, due to the risk of developing tolerance and dependence34, 35. Despite the

most investigated for the GAD being the benzodiazepines36, the SSRIS and the

ISRN, antidepressants were effective37 and currently are considered first-line drugs

for the treatment of GAD 38.

CBT is the therapeutic approach indicated for both the treatment set as for

non responders to pharmacotherapy. A recent review said, from 17 studies, the

effectiveness of CBT as a development strategy for patients with anxiety disorders

don't responders of Pharmacotherapy including GAD39 and suggested, in relation to

the GAD, the randomized controlled studies with larger patient samples to add to the

already well established, evidence of effectiveness of CBT.

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From the analysis of the data of this research, it is interesting to note that the

patients arrived for treatment with account of a high concern, followed by mild

symptoms of anxiety and mild depression. Among the somatic symptoms, which

showed greater discomfort were irritability and restlessness and caused minor

discomfort were muscle tension and difficulties with sleep. The literature regarding

this patient profile says that the most common complaints in primary care are the

somatic symptoms (48%), pain (35%), sleep disorders (33%) and, finally, symptoms

of depression (16%) 46. Starting from the premise that the search for the doctor's

Office these patients complain more than organic symptoms than with the time spent

worrying and the consequences of that fact, it is possible to point to a similarity in

relation to the greater inconvenience and the somatic symptoms in course of

depressive and a divergence in relation to sleep disorders.

The statistical analyses, in the group that received ABBT, demonstrated

significant improvement for patients with GAD in the measures concern, anxiety and

depressive symptoms after the intervention in all scales evaluated. In a larger sample

would probably BAI can see a favorable statistical outcome for the ABBT detriment of

CBT with focus on intolerance to uncertainty, since pre-and post-treatment averages

variation was far superior in ABBT. Some assumptions may be up, among them the

level of anxiety. Average pretreatment on ABBT pointed to a severe anxiety, the

highest on the scale, dropping to take in the post-treatment while CBT performed at

the beginning of the treatment a moderate average anxiety to take after 16 weeks. In

addition, this Protocol evaluates the anxiety from the sensations, for example, heart

palpitations or accelerated heart, trembling legs and hands and sensations of warmth

and acceptance-based approach focuses constantly on a job acceptance and non-

experiential judgment of emotions. Thus, patients may have learned more emphatic

not valuing such feelings, which may also have influenced the outcome after

treatment.

Moreover with regard to somatic sensations, in sub-item WAQ-sound both

protocols showed statistically significant improvement in post-tests and there was no

significant difference between the groups. It is important to consider that once again

the numerical ABBT obtained better results, what will the results of the BAI. The

same sub item was evaluated in a randomized study comparing the pre-and post-

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119

treatment of CBT with focus on intolerance to uncertainty and RA, in which there was

a similar response in both treatments40.

Research comparing CBT and RA often point to a similar effect in the results

postdoctoral treatment41,42,43,44 for both gravity measures General, the evaluations

concerning the pathological preoccupation and the somatic symptoms of the GAD.

The most debated is that there is an interrelationship between the three subsystems:

cognitive, behavioral and physiological and, which is the focus of therapy, she will

contribute to a change indirectly, though effective in other subsystems.

Thus, some theoretical models, for example, based on the uncertainty45

intolerance for uncertainty suggest there is no need to apply techniques that focus

directly on the somatic symptoms of the disorder, claiming that the results of

cognitive behavioral treatment studies that focus exclusively on excessive concern

can reach a statistical and clinical change of somatic symptoms of the GAD.

However, the current study considers that despite positive results in treatments

based on the concern that focus on somatic symptoms may obtain more robust

results.

On the PSWQ, in both patient groups the pretreatments scored a high concern

and results demonstrated a statistically significantly in both the fall and the ABBT

CBT with focus on intolerance to uncertainty. The results of the analyses of the

PSWQ scores in post-treatment are in line with previous studies that provide

evidence that CBT is the most effective treatment for concern in patients with GAD

when compared to wait list9. Search in GAD and ABBT patients using the same

instrument rating scored a similar difference in the crash of the averages in the post-

tests27, 46, as well as research using CBT with focus on uncertainty45 intolerance.

The major depressive disorder and the GAD share many common factors

biological, environmental, and temperament (neuroticism47, 48), as well as the

cognitive, behavioral and emotional processes that maintain the disorders. For this

reason, the CBT protocols for both disorders have many common elements (e.g.

cognitive restructuring) and usually the assessment of treatment protocols include

self-report measures for symptoms of both disorders. The BDI is one of the

questionnaires more replicated in studies with patients with GAD. The total sample of

this research showed an average of mild depression, with the scores of both groups

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approached both pre-treatment and post test results, in which the symptoms of the

two groups of patients dropped to minimum depression.

The first hypothesis, according to which both treatment protocols based on the

model of uncertainty and intolerance on the mindfulness and acceptance would

present significant improvements when compared to the baseline, was confirmed. As

expected, both treatments were effective to lessen the concern, the somatic

symptoms related to general anxiety and depressive symptoms self referred. It is

worth mentioning that the pre-to post-treatment there was a statistically significant

decrease in all four measures in two groups of treatments. In addition, for every 25

participants, the mean scores in the post-treatment clinical not considered in all the

measures assessed.

The second hypothesis, that when compared with each other, because of the

idiosyncrasies of each patient, therapeutic results would be different not only

between the groups, but was partly confirmed intra-group. In both treatments the

results were more similar than expected. The numerically most significant difference

was in BAI, however statistically the results were similar for all evaluated scales.

Since GAD often has co morbid disorders, the treatment effect in terms of co

morbidity is an important49 clinic matter. In this study, the number of co morbid

depression-related symptoms decreased significantly and the clinical evaluation of

symptoms showed a considerable improvement as compared with the co morbidities.

The relationships of improvement of co morbid disorders certainly need deeper

studies.

This study is the first to show a random comparison of CBT with a focus in

intolerance to uncertainty with the ABBT mindfulness techniques and the results are

promising despite the clear need for replication with a larger sample.

Funding

This study was developed in partnership with the Institute of Psychiatry (IPUB)

and the Clementino Fraga Filho University Hospital (HUCFF), associated with Rio de

Janeiro Federal University (UFRJ) and received funding from the Research

Foundation of the State of Rio de Janeiro (FAPERJ) and the National Council for

Scientific and Technological Development (CNPq).

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Conflict of Interest Statement

The authors declare that there are no conflicts of interest.

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116. STANLEY, M.; BECK, J.; GLASSCO, J. Treatment of Generalized Anxiety in Older Adults: A Preliminary Comparison of Cognitive-Behavioral and Supportive Approaches. Behavior Therapy, v. 27, p. 565-81, 1996.

117. KOSZYCKI, D.; RAAB, K.; ALDOSARY, F.; BRADWEJN, J. A. Multifaith Spiritually Based Intervention for Generalized Anxiety Disorder: A Pilot Randomized Trial. Journal of Clinical Psychology, v. 66, n. 4, p. 430-441, 2010.

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126. NEWMAN, M. G.; LLERA, S. J.; ERICKSON, T. M.; PRZEWORSKI, A.; CASTONGUAY L. G. Worry and Generalized Anxiety Disorder: A Review and

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138

Theoretical Synthesis of Evidence on Nature, Etiology, Mechanisms, and Treatment. Annual review of clinical psychology, v. 9, p. 275–297, 2013. 127. SHEEHAN, D.; LECRUBIER, Y.; SHEEHAN, K. H.; JANAVS, J.; WEILLER, E.; KESKINER, A.; SCHINKA, A.; SCHINKA, J.; KNAPP, E.; SHEEHAN, M.F.; DUNBAR, G. C. The validity of the mini international neuropsychiatric interview (MINI) according to the SCID-P and its reliability. European Psychiatry, v. 12, p. 232-241, 1997. 128. AMORIM, P. Mini International Neuropsychiatric Interview (MINI): Validação de Entrevista Breve para Diagnóstico de Transtornos Mentais. Revista Brasileira de Psiquiatria, v. 22, p. 106-115, 2000. 129. FIRST, M. B.; GIBBON, M.; SPITZER, R. L.; WILLIAMS, J. B. W.; BENJAMIN, L. S. Structured clinical interview for DSM-IV Axis II personality disorders (SCID-II). Washington: APA, 1997. 130. BECK, A. T.; EPSTEIN, N.; BROWN, G.; STEER, R. A. An inventory for measuring clinical anxiety: psychometric properties. Journal of Consulting and Clinical Psychology; v. 56, n. 6, p. 893-897, 1988. 131. CUNHA, J. A. Manual da versão em português das Escalas Beck. São Paulo: Casa do psicólogo, 2001.

132. GORENSTEIN, C.; ANDRADE, L. Validation of a Portuguese version of the Beck Depression Inventory and the State-Trait Anxiety Inventory in Brazilian subjects. Brazilian Journal Of Medical and Biological Research, v.29, p.453-457, 1996. 133. BECK, A. T.; WARD, C. H.; MENDELSON M. M.; MOCK J. J.; ERBAUGH J. J. An Inventory for Measuring Depression. Archives of General Psychiatry, v.4, n.6, p. 561-571, 1961.

134. MEYER, T. J.; MILLER, M. L.; METZGER, R. L.; BORKOVEC, T. D. Development and validation of the Penn State Worry Questionnaire. Behaviour Research and Therapy, v. 6, p. 487-496, 1990. 135. CASTILLO, C. S.; LANDEIRA-FERNANDEZ, J. Propriedades Psicométricas e Estrutura Latente da Versão em Português do Questionário de Preocupação do Estado da Pensilvânia. Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-Graduação em Metrologia - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), 2007. 136. DUGAS, M. J.; FREESTON, M. H.; PROVENCHER, M. D.; LACHANCE, S.; LADOUCEUR, R.; GOSSELIN, P. Le Questionnaire sur l’inquiétude et l'anxiété: Validation dans des échantillons non cliniques et cliniques. Journal de Thérapie Comportementale et Cognitive, v. 11, p. 31-36, 2001. 137. HAYES-SKELTON, S. A.; ORSILLO, S. M.; ROEMER, L. An Acceptance-Based Behavioral Therapy for Individuals with Generalized Anxiety Disorder. Cognitive and Behavioral Practice V. 20, n. 3, p. 264–281, 2013.

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139

138. HOFFMAN, J. E.; MATHEW, J. S. Anxiety Disorders: A Comprehensive Review of Pharmacotherapies. Mount Sinai Journal of medicine, v.75, p. 248-262, 2008. 139. Rickels, K.; Downing, R.; Schweizer, E.; Hassman, H. Antidepressants for the treatment of generalized anxiety disorder. A placebo-controlled comparison of imipramine, trazodone, and diazepam. Archives of General Psychiatry, v. 50, n. 11, p. 884-95, 1993. 140. RICKELS, K.; RYNN, M. Pharmacotherapy of generalized anxiety disorder. Journal of Clinical Psychiatry, p. 63, n.1, p. 9-16, 2002. 141. MITTE, K.; NOACK, P.; STEIL, R.; HAUTZINGER, M. A Meta-analytic review of the efficacy of drug treatment in generalized anxiety disorder. Journal of Clinical Psychopharmacology, v. 25, p. 141-150, 2005. 142. CRITS-CHRISTOPH, P.; NEWMAN, M. G.; RICKELS, K.; GALLOP, R.; GIBBONS, M. B. C.; HAMILTON, J. L.; RING-KURTZ, S.; PASTVA, A. M. Combined medication and cognitive therapy for generalized anxiety disorder, Journal of Anxiety Disorders, v. 25, n. 8, p. 1087 – 1094, 2011. 143. RODRIGUES, H.; FIGUEIRA, I.; GONÇALVES, R.; MENDLOWICZ, M.;, MACEDO, T.; VENTURA P. CBT for pharmacotherapy non-remitters – A systematic review of a next-step strategy. Journal of Affect Disorder, v. 129, n. 1-3, p. 219–228, 2011. 144. DUGAS, M. J.; BRILLON, P.; SAVARD, P.; TURCOTTE, J.; GAUDET, A.; LADOUCEUR, R.; GERVAIS, N. J. A randomized clinical trial of cognitive-behavioral therapy and applied relaxation for adults with generalized anxiety disorder. Behavior Therapy, v. 41, n. 1, p. 46–58, 2010. 145. HETTEMA, J. M.; NEALE, M. C.; MYERS, J.M.; PRESCOTT, C. A.; KENDLER, K. S. A population-based twin study of the relationship between neuroticism and internalizing disorders. American Journal of Psychiatry, v. 163, p. 857–864, 2006. 146. ZARGAR, F.; ASGHARNEJAD FARID, A. A.; ATEF-VAHID, M.-K.; AFSHAR, H., MAROOFI, M.; OMRANIFARD, V. Effect of Acceptance-Based Behavior Therapy on Severity of Symptoms, Worry and Quality of Life in Women With Generalized Anxiety Disorder. Iranian Journal of Psychiatry and Behavioral Sciences, v. 6, n. 2, p. 23–32, 2012.

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ANEXOS

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Anexo 01 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CLEMENTINO FRAGA FILHO

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Avaliação de um Protocolo de Tratamento Cognitivo-Comportamental para o

Transtorno de Ansiedade Generalizada

Termo de esclarecimento:

Você está sendo convidado a participar da pesquisa Construção e Avaliação de um

Protocolo de Tratamento Cognitivo-Comportamental para o Transtorno de Ansiedade

Generalizada.

Ao longo da leitura, caso haja alguma dúvida, a mesma poderá ser colocada ao

pesquisador responsável.

Ao final da leitura você e o pesquisador responsável deverão assinar a última página

deste documento e rubricar as demais. Será pedido que uma segunda via do documento -

idêntico ao primeiro - também seja assinado e rubricado por você e pelo pesquisador,

assim uma via ficará com você outra com o pesquisador responsável.

As informações estão sendo fornecidas para a sua participação voluntária no estudo

“Construção e Avaliação de um Protocolo de Tratamento Cognitivo-Comportamental para o

Transtorno de Ansiedade Generalizada.”, coordenada por Fernanda Corrêa Coutinho de Souza

(CRP 05/28324), e orientado pelo Prof. Antonio Egidio Nardi (CRM 52 43048-6), Marco

Antonio Brasil (CRM) e Adriana Cardoso Silva (CRP 05/29176).

A pesquisa avalia a aplicação de um tratamento na abordagem cognitivo-comportamental

para pacientes com transtorno de ansiedade generalizada. O transtorno de ansiedade

generalizada é um problema psicológico no qual uma preocupação imaginária ou excessiva

pode levar a sintomas (perda do sono, tensão muscular, irritabilidade ou branco na mente) que

causam prejuízos na vida pessoal e/ou profissional. Você receberá um tratamento psicológico

que, através da reavaliação dos pensamentos e comportamentos, ajudará a aumentar a tolerância

à incerteza, diminuir o nível de preocupação e reduzir a frequência e intensidade dos seus

sintomas. Você tem o direito a se recusar a participar ou se retirar da pesquisa em qualquer fase,

sem penalização alguma.

O material fruto desse estudo poderá ser utilizado em trabalhos científicos, assim como

para apresentação dos mesmos em congressos e publicações da área, sendo o seu direito à

privacidade e sigilo sempre preservados.

Garantia de acesso:

Em qualquer etapa do estudo você terá acesso ao pesquisador responsável (Fernanda

Corrêa Coutinho de Souza) que poderá ser encontrada através do telefone, 0XX-21-9173-5423.

Se você tiver alguma consideração ou dúvida sobre a ética da pesquisa, entre em contato com o

Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do Hospital Universitário Clementino Fraga

Filho/HUCFF/UFRJ – R. Prof. Rodolpho Paulo Rocco, nº 255 – Cidade Universitária – Sala

01D-46/1º andar; telefone 2562-2480 – Email: [email protected]; O CEP funciona de segunda-

feira a sexta-feira, das 8 horas às 15 horas.

É garantida a liberdade de não querer participar do projeto de pesquisa ou de retirar o

consentimento a qualquer momento, no caso da aceitação, sem qualquer prejuízo à continuidade

de seu tratamento na Instituição;

Direito de confidencialidade – As informações obtidas serão analisadas em conjuntos com

as informações, obtidas de outros pacientes, não sendo divulgada a identificação de nenhum

paciente;

Os resultados dos questionários preenchidos durante a pesquisa, bem como a sua

avaliação serão de competência dos pesquisadores envolvidos no projeto e dos profissionais que

possam vir a ter relacionamento de atendimento ou de cuidados com os pacientes e não será

permitido o acesso de terceiros (seguidores, empregadores, superiores hierárquicos), será

garantida proteção contra qualquer tipo de descriminação e ou estigmatização;

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Você tem o direito de ser atualizado sobre os resultados parciais da pesquisa, quando em

estudos abertos, ou quando os resultados são de conhecimento dos pesquisadores;

Despesas e compensações: Poderá haver ressarcimento, ou seja, cobertura em

compensação exclusiva de despesas decorrentes da sua participação no projeto. Se existir

qualquer despesa adicional, ela será absorvida pelo orçamento da pesquisa;

Em caso de dano pessoal, diretamente causado pelos procedimentos ou tratamentos

proposto neste estudo (nexo causal provado), você terá o direito a tratamento médico na

Instituição, bem como às indenizações legalmente estabelecidas.

É de compromisso do pesquisador responsável utilizar os dados e o material coletado

somente para esta pesquisa.

Consentimento

Acredito ter sido suficientemente informado (a) a respeito das informações sobre o estudo

acima citado que li ou que foram lidas para mim.

Eu discuti com a Psicóloga Fernanda Coutinho, sobre a minha decisão em participar nesse

estudo. Ficaram claros para mim quais são os propósitos do estudo, os procedimentos a serem

realizados, seus desconfortos e riscos, as garantias de confidencialidade e de esclarecimentos

permanentes. Ficou claro também que minha participação é isenta de despesas e que tenho

garantia de acesso a tratamento hospitalar quando necessário. Concordo voluntariamente em

participar deste estudo e poderei retirar o meu consentimento a qualquer momento, antes ou

durante o mesmo, sem penalidades ou prejuízo ou perda de qualquer benefício que eu possa ter

adquirido, ou no meu atendimento nessa Instituição.

__________________________________________

Nome do sujeito da pesquisa

__________________________________________

Assinatura do sujeito da pesquisa

Rio de Janeiro, ___/ _______/ ______.

__________________________________________

Nome do representante legal do sujeito da pesquisa

__________________________________________

Assinatura do representante legal sujeito da pesquisa

Rio de Janeiro, ___/ _______/ ______.

__________________________________

Nome do pesquisador responsável

__________________________________

Assinatura do pesquisador responsável

Rio de Janeiro, ___/ _______/ ______.

Para maiores informações consultar a Resolução 196, de 10 de outubro de 1996 – Capítulo IV –

Consentimento Livre e Esclarecido.

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Anexo 02

Dat a :

BAI

Nome: _____________________ Estado Civil:____________ Idade:_______ Sexo: _____

Ocupação: __________________ Escolaridade: __________________________________

Abaixo está uma lista de sintomas comuns de ansiedade. Por favor, leia cuidadosamente cada item da lista. Identifique o

quanto você tem sido incomodado por cada sintoma durante a última semana, incluindo hoje, colocando um “X” no

espaço correspondente, na mesma linha de cada sintoma.

Absolutamente

Não

Levemente

Não me

incomodou

muito

Moderadamente

Foi muito desagra-

dável mas pude

suportar

Gravemente

Dificilmente

pude suportar

1. Dormência ou formigamento.

2. Sensação de calor.

3. Tremores nas pernas.

4. Incapaz de relaxar.

5. Medo que aconteça o pior.

6. Atordoado ou tonto

7. Palpitação ou aceleração do coração.

8. Sem equilíbrio.

9. Aterrorizado

10. Nervoso

11. Sensação de sufocação.

12. Tremores nas mãos.

13. Trêmulo.

14. Medo de perder o controle.

15. Dificuldade de respirar.

16. Medo de morrer.

17. Assustado.

18. Indigestão ou desconforto no abdômen.

19. Sensação de desmaio.

20. Rosto afogueado.

21. Suor (não devido ao calor).

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Data:

BDI Nome: _____________________ Estado Civil:____________ Idade:_______ Sexo: _____

Ocupação: __________________ Escolaridade: __________________________________

Este questionário consiste em 21 grupos de afirmações. Depois de ler cuidadosamente cada grupo, faça um círculo em

torno do número (0, 1, 2 ou 3) próximo à afirmação, em cada grupo, que descreve melhor a maneira que você tem se

sentido na última semana, incluindo hoje. Se várias afirmações num grupo parecerem se aplicar igualmente bem, faça

um círculo em cada uma. Tome o cuidado de ler todas as afirmações, em cada grupo, antes de fazer a sua escolha.

1 0 Não me sinto triste.

1 Eu me sinto triste.

2 Estou sempre triste e não consigo sair disto.

3 Estou tão triste ou infeliz que não consigo suportar.

2 0 Não estou especialmente desanimado quanto ao futuro.

1 Eu me sinto desanimado quanto ao futuro.

2 Acho que nada tenho a esperar.

3 Acho o futuro sem esperança e tenho a impressão

de que as coisas não podem melhorar.

3 0 Não me sinto um fracasso.

1 Acho que fracassei mais do que uma pessoa comum.

2 Quando olho para trás, na minha vida, tudo o que

posso ver é um monte de fracassos.

3 Acho que, como pessoa, sou um completo fracasso.

4 0 Tenho tanto prazer em tudo como antes.

1 Não sinto mais prazer nas coisas como antes.

2 Não encontro um prazer real em mais nada.

3 Estou insatisfeito ou aborrecido com tudo.

5 0 Não me sinto especialmente culpado.

1 Eu me sinto culpado grande parte do tempo.

2 Eu me sinto culpado na maior parte do tempo.

3 Eu me sinto sempre culpado.

6 0 Não acho que esteja sendo punido.

1 Acho que posso ser punido.

2 Creio que vou ser punido.

3 Acho que estou sendo punido.

7 0 Não me sinto decepcionado comigo mesmo.

1 Estou decepcionado comigo mesmo.

2 Estou enojado de mim.

3 Eu me odeio.

8 0 Não me sinto de qualquer modo pior que os outros.

1 Sou crítico em relação a mim por minhas fraquezas ou

erros.

2 Eu me culpo sempre por minhas falhas.

3 Eu me culpo por tudo de mal que acontece.

9 0 Não tenho quaisquer idéias de me matar.

1 Tenho idéias de me matar, mas não as executaria.

2 Gostaria de me matar.

3 Eu me mataria se tivesse oportunidade.

10 0 Não choro mais que o habitual.

1 Choro mais agora do que costumava.

2 Agora, choro o tempo todo

3 Costumava ser capaz de chorar, mas agora não consigo,

mesmo que o queira.

11 0 Não sou mais irritado agora do que já fui.

1 Fico aborrecido ou irritado mais facilmente do que

costumava.

2 Agora, eu me sinto irritado o tempo todo.

3 Não me irrito mais com as coisas que costumavam me

irritar.

12 0 Não perdi o interesse pelas outras pessoas.

1 Estou menos interessado pelas outras pessoas do que

costumava estar.

2 Perdi a maior parte do meu interesse pelas outras pessoas.

3 Perdi todo o interesse pelas outras pessoas.

13 0 Tomo decisões tão bem quanto antes.

1 Adio as tomadas de decisões mais do que costumava.

2 Tenho mais dificuldades de tomar decisões do que antes.

3 Absolutamente não consigo mais tomar decisões.

14 0 Não acho que de qualquer modo pareço pior do que antes.

1 Estou preocupado em estar parecendo velho ou sem atrativo.

2 Acho que há mudanças permanentes na minha aparência,

que me fazem parecer sem atrativo.

3 Acredito que pareço feio.

15 0 Posso trabalhar tão bem quanto antes.

1 É preciso algum esforço extra para fazer alguma coisa.

2 Tenho que me esforçar muito para fazer alguma coisa.

3 Não consigo mais fazer qualquer trabalho.

16 0 Consigo dormir tão bem como o habitual.

1 Não durmo tão bem quanto costumava.

2 Acordo 1 a 2 horas mais cedo do que habitualmente e acho

difícil voltar a dormir.

3 Acordo várias horas mais cedo do que costumava e não

consigo voltar a dormir.

17 0 Não fico mais cansado do que o habitual.

1 Fico cansado mais facilmente do que costumava.

2 Fico cansado em fazer qualquer coisa.

3 Estou cansado demais para fazer qualquer coisa.

18 0 O meu apetite não está pior do que o habitual.

1 Meu apetite não é tão bom como costumava ser.

2 Meu apetite é muito pior agora.

3 Absolutamente não tenho mais apetite.

19 0 Não tenho perdido muito peso se é que perdi algum

recentemente.

1 Perdi mais do que 2 quilos e meio.

2 Perdi mais do que 5 quilos.

3 Perdi mais do que 7 quilos.

Estou tentando perder peso de propósito, comendo menos:

Sim ____ Não ____

20 0 Não estou mais preocupado com a minha saúde do que o

habitual.

1 Estou preocupado com problemas físicos, tais como dores,

indisposição do estômago ou constipação.

2 Estou muito preocupado com problemas físicos e é difícil

pensar em outras coisa.

3 Estou tão preocupado com meus problemas físicos que não

consigo pensar em qualquer outra coisa.

21 0 Não notei qualquer mudança recente no meu interesse por

sexo.

1 Estou menos interessado por sexo do que costumava.

2 Estou muito menos interessado por sexo agora.

3 Perdi completamente o interesse por sexo.

Anexo 03

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Anexo 04 Anexo 04

Dat a : PSW Q

Nome: ___________________________ Estado Civil:_________________ Idade:_______ Sexo: ______

Ocupação: ________________________ Escolaridade: __________________________________

Medicação: __________________________________ Tempo de medicação: ________________

Escolha em cada alternativa o que melhor lhe defina como característico de si, assinalando o número, dentre

as alternativas abaixo, no espaço correspondente.

5 - Muito característico em mim.

4 - Bastante característico em mim.

3 - Medianamente característico em mim.

2 - Pouco característico em mim.

1 - Nunca característico em mim.

1 2 3 4 5

1. A falta de tempo para fazer todas as minhas coisas não me preocupa.

2. Minhas preocupações me angustiam.

3. Não costumo me preocupar com as coisas.

4. Muitas situações me causam preocupação.

5. Eu sei que não deveria me preocupar com as coisas, mas não consigo me controlar.

6. Quando me encontro sob pressão fico muito preocupado.

7. Estou sempre preocupado (a) com algo.

8. Desligo-me facilmente das minhas preocupações.

9. Ao terminar uma tarefa, começo a me preocupar com as outras coisas que tenho

para fazer.

10. Nunca me preocupo com nada.

11. Não me preocupo com algo, quando já não há mais nada a fazer.

12. Tenho tido preocupações durante toda a minha vida.

13. Noto que ando preocupado com as coisas.

14. Uma vez que começo a me preocupar, não consigo parar.

15. Fico preocupado o tempo todo.

16. Preocupo-me com as coisas até que elas estejam concluídas.

Méd ia (Versão: Castillo, Macrini, Cheniaux, Landeira-Fernandez, 2010)

Diagnóstico MINI: _______________________________________

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Anexo 05

Questionário de Preocupação e Ansiedade (WAQ)

1. Quais são os assuntos com que você se preocupa com maior freqüência?

a. __________________________ d. _________________________

b. __________________________ e. _________________________

c. __________________________ f. _________________________

2. Suas preocupações parecem a você excessivas ou exageradas? (Circule o número

correspondente).

0 ... ... ... ... 1 ... ... ... ... 2 ... ... ... ... 3 ... ... ... ... 4 ... ... ... ... 5 ... ... ... ... 6 ... ... ... . .. 7 ... ... ... ... ... 8

Nada Moderadamente Completamente

excessivas excessivas excessivas

3. Durante os últimos seis meses, quantos dias você foi perturbado por preocupações

excessivas? (Circule o número correspondente).

0 ... ... ... ... 1 ... ... ... ... 2 ... ... ... ... 3 ... ... ... ... 4 ... ... ... ... 5 ... ... ... ... 6 ... ... ... ... 7 ... ... ... ... ... 8

Nenhum 1 dia em 2 Todos os dias

4. Você tem dificuldade em controlar suas preocupações? Por exemplo, quando você

começar a se preocupar com alguma coisa, você tem dificuldade de parar? (Circule o

número correspondente).

0 ... ... ... ... 1 ... ... ... ... 2 ... ... ... ... 3 ... ... ... ... 4 ... ... ... ... 5 . .. ... ... ... 6 ... ... ... ... 7 ... ... ... ... ... 8

Nenhuma Dificuldade Dificuldade dificuldade moderada extrema

5. Durante os últimos seis meses, você freqüentemente foi perturbado por alguma das

sensações seguintes quando você estava preocupado ou ansioso? (Avalie cada sensação

com a ajuda da escala).

0 ... ... ... ... 1 ... ... ... ... 2 ... ... ... ... 3 ... ... ... ... 4 ... ... ... ... 5 ... ... ... ... 6 ... ... ... . .. 7 ... ... ... ... ... 8

Nada Moderadamente Muito

Gravemente

Inquieto (a), agitado (a) ou com os nervos à flor da pele

Facilmente cansado (a)

Dificuldade de concentração ou brancos de memória.

Irritabilidade

Tensões musculares

Perturbação no sono (dificuldade de iniciar ou manter o sono, ou sono insatisfatório e

inquieto)

6. Até que ponto a preocupação ou ansiedade interferir na sua vida? Por exemplo, no seu

trabalho, atividades sociais, família, etc. ? (Circule o número correspondente).

0 ... ... ... ... 1 ... ... ... ... 2 ... ... ... ... 3 ... ... ... ... 4 ... ... ... ... 5 ... ... ... ... 6 ... ... ... ... 7 ... ... ... ... ... 8

Nada Moderadamente Muito

Gravemente