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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Campus UFRJ - Macaé BRUNA RAFAEL REIS ANÁLISE SITUACIONAL DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA DO CURSO DE FARMÁCIA UFRJ-MACAÉ RELATO DE EXPERIÊNCIA NA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA MACAÉ 2019

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

Campus UFRJ - Macaé

BRUNA RAFAEL REIS

ANÁLISE SITUACIONAL DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA DO

CURSO DE FARMÁCIA UFRJ-MACAÉ

RELATO DE EXPERIÊNCIA NA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

MACAÉ

2019

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BRUNA RAFAEL REIS

ANÁLISE SITUACIONAL DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA DO

CURSO DE FARMÁCIA UFRJ-MACAÉ

RELATO DE EXPERIÊNCIA NA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado ao Curso de Farmácia

da Universidade Federal do Rio de

Janeiro – Campus Macaé Professor

Aloísio Teixeira, como um dos

requisitos para a obtenção do título

de farmacêutico.

Orientadora: Maria Christina dos

Santos Verdam

Coorientador: Francisco Martins

Teixeira

MACAÉ

2019

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, por me iluminar e abençoar com muita saúde para me ajudar

a concluir a graduação.

Agradeço a minha família, por absolutamente tudo. Por serem minha base,

minha âncora, meu porto seguro e minha luz. Pelo apoio incondicional a mim dado para

não desistir. Sem vocês nada disso seria possível.

Agradeço aos meus grandes amigos por nunca me abandonarem nesta etapa da

minha vida. Pelas palavras de conforto e incentivo, fazendo com que essa caminhada se

tornasse cada vez mais leve.

Agradeço a Doutora Professora Maria Christina Verdam, por acreditar na

minha capacidade de fazer dar certo esse trabalho, pela paciência, dedicação e toda

orientação a mim dadas.

Agradeço ao professor Francisco Teixeira, por toda ajuda e pontuações de

extrema importância para que o trabalho ficasse cada vez melhor.

Agradeço ao Marcelo Brandão Araújo que faz parte da coordenação dos

projetos de extensão do Campus UFRJ - Macaé, por ser tão atencioso e me ajudar em

todos os momentos que precisei.

Agradeço a todos que de alguma forma participaram e me ajudaram direta ou

indiretamente desta etapa que está sendo concluída.

E ao universo, pelo fechamento deste ciclo, o meu muito obrigado.

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RESUMO

A atividade de extensão tem o privilégio de integrar ensino, pesquisa e extensão como

processo acadêmico, além do modo interdisciplinar educativo, cultural, científico e

político que proporciona a interação ativa entre universidade e sociedade. A extensão

universitária tem uma importância grandiosa tendo em vista que revela um novo modo

de ação através de uma postura de organização e intervenção, privilegiando a

comunidade e o ambiente acadêmico com a troca de conhecimentos, além de oferecer

ideias e novas possibilidades de inovação através da participação de diversos atores na

construção de modos de organização e cidadania. Tendo em vista a preocupação com a

poluição ambiental, o projeto Educação, saúde e cidadania: Uma parceria entre escola,

universidade e comunidade na educação infantil foi criado a fim de fomentar o ensino e

a integração à comunidade de práticas e informações visando promover o cuidado ao

meio ambiente. Esse trabalho busca refletir sobre a importância da atividade de

extensão na comunidade acadêmica, tendo em vista o universo da extensão no Campus

UFRJ - Macaé, além de relatar a experiência de participação em extensão, através do

projeto de extensão Educação, saúde e cidadania: Uma parceria entre escola,

universidade e comunidade na educação infantil. Foi realizada análise situacional da

extensão universitária da UFRJ – Campus Macaé, realizado a partir de levantamento

dos projetos de extensão cadastrados no sistema SIGPROJ. Paralelamente houve uma

análise de projetos de extensão do curso de Farmácia UFRJ-Macaé. Foi realizada a

elaboração de roteiro para cadastro de projetos de extensão da universidade, além de

relatar a experiência de participação em projeto de extensão. Foram elencados 115

projetos de extensão, em execução no Campus Macaé. Destes, 15 são coordenados por

professores do curso de farmácia. A análise dos projetos de extensão do curso de

Farmácia UFRJ - Macaé demonstrou uma clara predisposição à subárea dos

medicamentos, abrigando projetos com enfoque claro tanto na divulgação de

informações sobre os mesmos, quanto projeto focando no seu descarte, refletindo 40%

do total de projetos, e 40% em projetos relacionados a área da farmácia social. As áreas

de alimentos e análises clínicas apresentam 6,6% de projetos. A participação da autora

deste trabalho no projeto de extensão também foi aqui discutida, levando em

consideração as diretrizes da extensão universitária. Conclui-se que o número de

projetos de extensão tem aumentado ao longo dos anos no curso de farmácia, ganhando

grande destaque na subárea de medicamentos e farmácia social. As atividades de

extensão são espaços extremamente ricos para desenvolver e estimular o conhecimento

auxiliando a formação acadêmica dos universitários, permitindo aos alunos o

desenvolvimento de um olhar crítico sobre as questões sociais, uma vez que podem

integrar várias áreas do conhecimento.

Palavras-chave: extensão, universidade, educação, cidadania

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................6

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...............................................................................................7

2.1 EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA ................................................................................................ 7

2.2 CREDITAÇÃO DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA ........................................................ 8

3. OBJETIVOS ...............................................................................................................................11

3.1 OBJETIVOS GERAIS .............................................................................................................. 11

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................................. 11

4. METODOLOGIA .......................................................................................................................12

4.1 LEVANTAMENTO DE PROJETOS DE EXTENSÃO – USO DA PLATAFORMA

SIGProj .......................................................................................................................................... 12

4.2 IDENTIFICAÇÃO DE ÁREAS ......................................................................................... 13

4.3 RELATO DE EXPERIÊNCIA ........................................................................................... 13

4.3.1 PÚBLICO ALVO ................................................................................................................... 13

4.4 ELABORAÇÃO DE ROTEIRO PARA CADASTRO DE PROJETOS DE EXTENSÃO 13

4.5 DIRETRIZES DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA ......................................................... 14

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ...............................................................................................15

5.1 ANÁLISE DA EXTENSÃO UNIVERSITÁTIA UFRJ CAMPUS MACAÉ .................... 15

5.2 ANÁLISE DOS DADOS .................................................................................................... 17

5.3 RELATO DE EXPERIÊNCIA ........................................................................................... 31

5.4 ATIVIDADES REALIZADAS ................................................................................................ 31

5.4 ROTEIRO/FLUXOGRAMA DE CADASTRO PARA PROJETOS DE EXTENSÃO .... 47

5.5 DIRETRIZES DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA ......................................................... 49

6. CONCLUSÃO ............................................................................................................................51

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................................53

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1. INTRODUÇÃO

As ações de extensão são norteadas por princípios éticos, filosóficos,

pedagógicos e científicos e estão intimamente ligadas ao Ensino e à Pesquisa, procuram

concretizar ações transformadoras que viabilizem a relação entre Universidade e

Sociedade por meio de diferentes atividades. Definida e efetivada em função das

exigências da realidade, a extensão é indispensável na formação do estudante, na

qualificação do professor e no intercâmbio com a sociedade (Nunes 2011).

Projetos de extensão são um dos três pilares que sustentam as universidades, ao

lado do ensino e da pesquisa. A sua importância para as universidades é enorme, por

isso, todo o conhecimento produzido por essa tríade dentro dos muros acadêmicos deve

chegar à população externa. A extensão deve ser feita de maneira que tanto a

universidade como a comunidade sejam beneficiadas, ou seja, que a mesma possa

aprender com a comunidade e vice versa, sendo assim uma via de mão dupla (Nunes,

2011). Além disso, as atividades de extensão são espaços extremamente ricos para

desenvolver e estimular o conhecimento auxiliando a formação acadêmica dos

universitários, permitindo aos alunos o desenvolvimento de um olhar crítico sobre as

questões sociais, uma vez que podem integrar várias áreas do conhecimento.

O projeto de extensão Educação, saúde e cidadania: Uma parceria entre escola,

universidade e comunidade na educação infantil se insere na realidade de promoção da

consciência ambiental através de atividades e oficinas educativas. O mesmo passou pelo

processo dialético de teoria/prática, onde se realizou um trabalho interdisciplinar que

favoreceu uma visão integrada do social e suas ações contínuas de caráter cultural,

desportivo, educativo, social, científico ou tecnológico.

Desta forma, o projeto inseriu estudantes do curso de graduação em Farmácia,

da Universidade Federal do Rio de Janeiro, na comunidade escolar, da cidade de Macaé,

entendendo as demandas do ensino infantil e atuando com responsabilidade social, no

campo da educação ambiental, responsabilidade essa também do farmacêutico.

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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

“A Extensão Universitária, sob o princípio constitucional da indissociabilidade

entre ensino, pesquisa e extensão, é um processo interdisciplinar educativo, cultural,

científico e político que promove a interação transformadora entre universidade e outros

setores da sociedade” (FORPROEX, 2010).

A extensão universitária é um modo de relação que deve existir entre a

universidade e a comunidade na qual ela está posta, um tipo de ponte permanente entre

a universidade e os diversos setores da sociedade. Atua de forma dupla em que a

universidade leva conhecimentos e/ou assistência à comunidade e recebe dela efeitos

positivos, tais como suas reais necessidades. Uma vez que a universidade aprende com

o saber dessas comunidades, seus valores e culturas (Nunes, 2011).

No Brasil, as universidades foram criadas para servir às necessidades do país e

foram distribuídas por todo o território nacional sempre relacionada ao desenvolvimento

econômico, social, cultural e político. Segundo o Plano Nacional de Extensão,

elaborado pelo Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas

Brasileiras e pela Secretaria do Ensino Superior do Ministério da Educação e do

Desporto, a extensão universitária é uma forma educativa, cultural e científica que

promove o ensino e a pesquisa de forma indissociável e favorece a relação

transformadora entre universidade e sociedade (Nunes, 2011).

Como busca de superação da promoção de prestação de serviços

assistencialistas, a extensão universitária é avaliada com destaque na relação teoria-

prática, na visão de uma relação dialógica entre universidade e sociedade, como chance

de troca de saberes. Não se trata mais de “estender à sociedade o conhecimento

acumulado”, mas de produzir, em interação com a sociedade, um conhecimento novo

(Nogueira, 2000).

Integrar os três pilares (ensino, pesquisa e extensão) como o conceito de

extensão formulado pelo Fórum Nacional de Pró-Reitores de Extensão Universitária das

Universidades Públicas Brasileiras em 1987, e reafirmados no Documento Universidade

Cidadã de 1999 e no Plano Nacional de Extensão de 2000, dando destaque neste último

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documento, reafirma o propósito da Extensão Universitária como sistema estabelecido e

efetuado em função das exigências da realidade, fundamental na formação do aluno, na

qualificação do professor e na troca com a sociedade, o que implica em relações multi,

inter ou transdisciplinares e inter profissionais (Nogueira, 2000).

Os fundamentos da integração ensino-pesquisa, teoria e prática que apoiam o

ponto de vista de extensão como função acadêmica da universidade mostra um novo

pensar e fazer, que se unifica em uma postura de organização e intervenção na realidade,

em que a comunidade deixa de ser passiva no recebimento das

informações/conhecimentos transmitidos pela universidade e passa a ser, participativa,

crítica e construtora dos possíveis modos de organização e cidadania. A comprovação

da extensão como função acadêmica da universidade não passa apenas pela formação da

interação ensino e pesquisa, mas remete também à sua inserção na formação do aluno,

do professor e da sociedade, na composição de um projeto político-pedagógico de

universidade e sociedade em que a crítica e a autonomia contribuem na formação e na

produção do conhecimento (Jezine, 2001). No entanto, se faz importante refletir,

discutir e analisar os princípios ideológicos de universidade e extensão universitária,

detendo-se nas consequências que tais concepções podem trazer para a prática curricular

universitária, no ponto de vista da perspectiva do tipo de formação, de sujeitos e

sociedade que se deseja gerar. Portanto, o desafio que se impõe às universidades

brasileiras e à extensão universitária, é o de buscar ser elemento formulador da

comunicação entre teoria-prática, universidade-sociedade, compondo a teoria da

reciprocidade, integração do pensar, fazer e viver a partir da rotina universitária (Jezine,

2001).

2.2 CREDITAÇÃO DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

O Plano Nacional de Educação (PNE) é um projeto de médio prazo, com

vigência de 10 anos que visa melhorar consideravelmente a qualidade da educação no

Brasil, envolve engajamento e responsabilidades compartilhadas entre a União, os

estados e municípios (APUFPR, 2016).

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O PNE firmou assim, o compromisso com o esforço contínuo de eliminação de

desigualdades que são históricas no País. As metas do PNE são sobretudo:

Dentre as 20 metas estabelecidas pelo Plano Nacional de Educação (PNE

2014/2014) da Lei Federal nº 13.005 de 25 de junho de 2014, que determinam

diretrizes, metas e estratégias para a política educacional dos próximos dez anos, vem

apresentar à comunidade acadêmica, os fundamentos para uma proposta de Resolução

para a creditação curricular da extensão nos cursos de graduação, que está presente na

Estratégia 12.7 da meta 12 - “assegurar, no mínimo, 10% (dez por cento) do total de

créditos curriculares exigidos para a graduação em programas e projetos de extensão

universitária, orientando sua ação, prioritariamente, para áreas de grande pertinência

social” (APUFPR, 2016).

Assim, o processo de creditação da Extensão é orientação definida no Plano

Nacional de Educação de 2014 que define a participação de estudantes de graduação em

atividades integrantes de Programas e Projetos (P/P) de Extensão e indica que essa

participação deve ocorrer em 10% da carga horária do currículo e os cursos de

graduação deverão inserir até o ano de 2020, as atividades de extensão em seus

respectivos Projetos Pedagógicos, especificando ONDE e COMO será essa inserção na

matriz curricular (APUFPR, 2016).

O Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Instituições Públicas de Educação

Superior Brasileira (FORPROEX), tendo como referência o PNE, busca combater a

hegemonia da academia na construção dialógica com a sociedade, visando superar as

desigualdades e fomentar o compartilhamento de soluções, como recomendado pela

Política Nacional de Extensão, que foi estabelecido pelas Instituições Públicas de

Educação Superior neste encontro (APUFPR, 2016).

Orientadas para enfrentar as barreiras para o acesso e a

permanência; as desigualdades educacionais em cada território com foco

nas especificidades de sua população; a formação para o trabalho,

identificando as potencialidades das dinâmicas locais; e o exercício da

cidadania. A elaboração de um PNE não pode prescindir de incorporar os

princípios do respeito aos direitos humanos, à sustentabilidade

socioambiental, à valorização da diversidade e da inclusão e à valorização

dos profissionais que atuam na educação de milhares de pessoas todos os

dias. (MEC/SASE, 2014, p. 9)

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A dimensão política da extensão no Fórum de Pró-Reitores de Extensão de 2010

SE DEFINE no engajamento com as transformações sociais: a extensão universitária

é “um processo interdisciplinar educativo, cultural, científico e político que promove a

interação transformadora entre universidade e outros setores da

sociedade” (FORPROEX, 2010).

A Extensão Universitária institui-se um campo de suma relevância para a ampla

formação humana, por meio da aproximação e relação horizontal com saberes plurais

produzidos na relação dentro e fora da Universidade, promove a interação

transformadora entre universidade e outros setores da sociedade (APUFPR, 2016).

Nessa estrutura em rede, discentes, docentes, técnicos e comunidade externa se

modificam coletivamente. Sendo assim, a curricularização da extensão oportuniza que

todos os cursos de graduação incluam em seus currículos atividades formativas ricas em

experiências e aprendizagens de natureza teórico-prática, intencional, reflexiva,

interventiva e transformadora (APUFPR, 2016).

A dimensão social da Extensão, a partir dos debates no FORPROEX é entendida

a partir do diálogo estabelecido com grupos, com comunidades, com entidades

parceiras, que, ao mesmo tempo em que apresentam as reivindicações, estão incluídas

nos processos de diagnóstico, planejamento, execução e avaliação das ações

extensionistas, contribuindo para a formação dos estudantes que constituem as equipes

(APUFPR, 2016).

A Política Nacional de Extensão é pactuada pelas Instituições Públicas de

Ensino Superior e tem como documento referencial o Plano Nacional de Extensão,

estabelecendo diretrizes expressas em quatro princípios: impacto e transformação;

interação dialógica; interdisciplinaridade e interprofissionalidade; indissociabilidade

ensino-pesquisa-extensão (APUFPR, 2016).

São diretrizes da Extensão Universitária (FORPROEX, 2012, p. 45-46):

● Interação dialógica (Diálogo e ressignificação de saberes por meio da relação

entre conhecimento científico e conhecimento do cotidiano);

● Interdisciplinaridade e interprofissionalidade (Interação de modelos, conceitos

e metodologias de várias disciplinas e áreas de conhecimento e relações

interprofissionais/intersetoriais);

● Indissociabilidade entre ensino-pesquisa-extensão (Produção de

conhecimento e formação socialmente referenciada);

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● Impacto na formação discente (Formação humana e profissional).

A Extensão Universitária, sob o princípio constitucional da indissociabilidade

entre ensino, pesquisa e extensão, é um processo interdisciplinar educativo, cultural,

científico e político que promove a interação transformadora entre a Universidade e

outros setores da sociedade (FORPROEX, 2012).

Assim, diante do exposto fica clara a necessidade de adaptação das

Universidades ao novo cenário proposto para a extensão universitária ao compreender

que as atividades extensionistas compõem o projeto pedagógico dos cursos de

graduação, sendo parte que agrega na formação acadêmica, colaborando

qualitativamente e curricularmente na formação dos estudantes.

3. OBJETIVOS

3.1 OBJETIVOS GERAIS

Esse trabalho buscou refletir sobre a importância da atividade de extensão na

comunidade acadêmica, tendo em vista o universo da extensão no Campus UFRJ-

Macaé.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Realizar análise situacional da extensão universitária da UFRJ – Campus Macaé;

• Realizar levantamento dos projetos de extensão cadastrados no sistema

SIGPROJ;

• Relatar a experiência de participação em extensão na UFRJ – Campus Macaé;

• Elaborar roteiro para cadastro de projetos de extensão da universidade.

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4. METODOLOGIA

4.1 LEVANTAMENTO DE PROJETOS DE EXTENSÃO – USO DA

PLATAFORMA SIGProj

O Sistema de Informação e Gestão de Projetos (SIGProj) tem como objetivo

facilitar o planejamento, gestão, avaliação e a exposição de projetos de extensão,

pesquisa, ensino e assuntos estudantis desenvolvidos e produzidos nas universidades

brasileiras (SIGProj 2018).

A ideia do SIGProj é acelerar o processo de envio de projetos por meio da

Internet e conseqüente parecer técnico de comitês e câmeras, acompanhando e

monitorando as atividades da proposta durante as fases de planejamento, execução e

avaliação. Além de assessorar na gestão universitária, tem como objetivo principal

contribuir para democratizar todas as informações para a comunidade universitária e a

sociedade fornecendo transparência pública (SIGProj 2018).

A elaboração de projetos é realizada em formulário on-line no SIGProj e

diretamente pelo coordenador/tutor da proposta, nas respectivas unidades institucionais,

conforme as normas de cada instituição. Para cadastrar um projeto, o coordenador

deverá estar vinculado à sua instituição e ter um cadastro prévio no SIGProj. A consulta

a esse abundante banco de dados do SIGProj é aberta a toda a comunidade, sem a

necessidade de cadastro prévio, senhas ou login (SIGProj 2018).

A consulta de projetos de extensão foi feita nesta plataforma através do

endereço www.sigproj1.mec.gov.br. Para realização da busca os seguintes critérios

foram obedecidos: a palavra extensão foi inserida no campo busca. Além disto, a região,

o estado e a instituição também foram descritas, (como exemplo, Região Sudeste,

Estado do Rio de Janeiro, Universidade Federal do Rio de Janeiro – Campus Macaé.

Quanto à instituição, a busca foi realizada com o termo “UFRJ – Campus Macaé”. Após

preencher esses dados é permitido acessar a listagem com todas as modalidades de

extensão, programas, projetos, cursos, eventos e ações de extensão da universidade,

tanto os que já foram como os que estão sendo realizados. Vale ressaltar que a cada ano

os projetos são atualizados.

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4.2 IDENTIFICAÇÃO DE ÁREAS

As áreas dos projetos de extensão do curso de farmácia foram divididas em

Alimentos, Análises Clínicas, Medicamentos, Produtos Naturais e Farmácia Social. A

identificação das mesmas foi baseada através do título e resumo do projeto.

4.3 RELATO DE EXPERIÊNCIA

A autora participou do projeto Educação, saúde e cidadania: Uma parceria

entre escola, universidade e comunidade na educação infantil no ano de 2016 e relatou

sua experiência de participação, discutindo as diretrizes da extensão universitária, a

saber: Interação dialógica, Interdisciplinaridade, Indissociabilidade ensino – pesquisa –

extensão e Impacto e transformação na formação do estudante.

4.3.1 PÚBLICO ALVO

A escola de educação infantil escolhida como campo de estudo do projeto de

extensão foi a Escola Municipal de Educação Infantil André Vinícius de Souza

Gonçalves, localizada a Rua Carime Mussi Barcelos, s/n° Bairro: São Marcos - CEP:

27930-650.

A escola funciona em período integral, tendo como diretoras as pedagogas

Cláudia Heleno Azeredo Cruz e sua adjunta Vanessa Bazilio de M. M. Castro. De

acordo com o Censo Escolar de 2014, a escola comporta 167 alunos. A faixa etária das

crianças alcançada pelo projeto foi de quatro e cinco anos, e consiste em quatro turmas,

duas de Pré-escolar I e duas de Pré-escolar II.

4.4 ELABORAÇÃO DE ROTEIRO PARA CADASTRO DE PROJETOS DE

EXTENSÃO

Foi elaborado fluxograma com as etapas para o cadastro de projeto de extensão

tendo como parâmetro o sistema de informação e gestão de projetos (SIGProj).

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4.5 DIRETRIZES DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

Foi elaborado quadro em que a autora correlacionou seu relato de experiência

no projeto de extensão com as diretrizes da extensão universitária.

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5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.1 ANÁLISE DA EXTENSÃO UNIVERSITÁTIA UFRJ CAMPUS MACAÉ

Foram contabilizados 115 projetos realizados na UFRJ Campus Macaé entre os

cursos de farmácia, medicina, nutrição, enfermagem, engenharia, biologia e química.

Dessa forma foi feito uma triagem com todos os projetos de extensão do curso de

Farmácia da UFRJ Campus Macaé, sendo contabilizados 16 projetos. Vale ressaltar que

essa pesquisa foi realizada no semestre de 2018.2, pois se a mesma for feita neste ano é

possível que sejam encontrados dados novos

Segue abaixo um fluxograma indicando como foi feito a pesquisa através da

plataforma SIGProj.

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Figura 1: Fluxograma para pesquisa em Projetos de Extensão.

5.2 ANÁLISE DOS DADOS

Através dos dados coletados na plataforma SIGProj foi elaborada planilha com

todos os projetos de extensão do Campus UFRJ Macaé que estão em andamento, como

mostrado a seguir.

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Tabela 1 – Número de projetos de extensão da UFRJ campus Macaé em andamento no período de 2018.2,

segundo a plataforma SIGProj.

Projetos de Extensão do Campus

UFRJ-Macaé Situação Coordenador

1. A culinária afro-brasileira como

promotora da alimentação saudável no

ambiente escolar

Em andamento Rute Ramos da Silva Costa

2. Aprender Ensinar: uso de tecnologias

como estratégias para o processo de

aprendizagem em escolas do município

de Macaé

Concluído Marcio Jose de Medeiros

3. A extensão como ferramenta de

popularização do universo da pesquisa

experimental

Concluído Kelse Tibau de Albuquerque

4. A Física Básica e suas Conexões com a

Engenharia através do Centro Interativo

de divulgação científica

Em andamento Habib Salomon Dumet Montoya

5. A humanização do cuidado de

enfermagem no câncer de mama nas

práticas de saúde

Em andamento Sabrina Ayd Pereira José

6. A interdisciplinaridade na Educação de

pessoas surdas: Estratégias de materiais

didático-pedagógicos como ferramentas

de inclusão educacional/social de

educando surdos do Ensino Fundamental

II e Ensino Médio de Macaé

Em andamento Cristiane Regina Silva Dantas

7. A recepção de calouros começa na

escola! Apresentação do Curso de

Nutrição da UFRJ Macaé para alunos do

Ensino Médio

Concluído Márcia Regina Viana

8. A Segurança Alimentar como estratégia

de valorização do pescado: ações

educativas em Macaé

Concluído Lais Buriti de Barros

9. Abayomi: a culinária afro-brasileira

combinando sabores e saberes com a

alimentação escolar

Concluído Rute Ramos da Silva Costa

10. Ações de prevenção e controle das

Doenças Crônicas Não Transmissíveis e

o cuidado nutricional em pacientes

Em andamento Ana Paula Medeiros Menna Barreto

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adultos e idosos hospitalizados no

serviço público do município de Macaé-

RJ

11. Ações integradas do Espaço Ciência para

a promoção do desenvolvimento

socioambiental no Norte Fluminense

Concluído Pablo Rodrigues Gonçalves

12. Ações interdisciplinares de promoção em

saúde e/ou redução de agravos à

pacientes oncológicos e familiares

Concluído Gunnar Glauco de Cunto Taets

13. Afric(a)ção Concluído Fernanda Antunes Gomes da Costa

14. Alerta nutricional às crianças

matriculadas em colégios particulares do

município Macaé/RJ frente às

disposições da RDC 24/2010: utilização

do Semáforo Nutricional como técnica

lúdica.

Concluído Juliana Tomaz Pacheco Latini

15. Alimentação como ação política:

Promoção de práticas alimentares

adequadas e sustentáveis entre os jovens

Em andamento Amabela de Avelar Cordeiro

16. Alimentando Saberes em Macaé - RJ Concluído Beatriz GonÇalves Ribeiro

17. Alimentos e meio ambiente: estratégias

para redução do impacto ambiental na

produção e no processamento de

alimentos

Em andamento Flávia Beatriz Custódio

18. Aplicação de modelos de gestão de

operações nas unidades de saúde pública

do município de Macaé

Em andamento Matheus Ferreira de Barros

19. Aplicações de ferramentas de

modelagem molecular no ensino-

aprendizagem de ciências

Concluído Paula Alvarez Abreu

20. Aprenda a programar jogando Em andamento Janaina Santanna Gomide Gomes

21. Assistência integrada às crianças

cirúrgicas e suas famílias internadas nas

enfermarias no Hospital Público de

Macaé - HPM

Concluído Irnak Marcelo Barbosa

22. Atendimento ambulatorial da Liga

Acadêmica de Cardiologia do Campus Concluído Lecio Luiz Amaral do Patrocínio

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UFRJ – Macaé Professor Aloísio

Teixeira

23. Avaliação do estado vacinal de

adolescentes no município de Macaé Concluído Ricardo Balesdent Barreira

24. Blitz da Engenharia do Trabalho Concluído Thiago Gomes de Lima

25. Bombeamento solar inteligente para

irrigação sustentável Concluído

Rafael Malheiro da Silva do Amaral

Ferreira

26. Brinca que Melhora Em andamento Leila Brito Bergold

27. Brincar, comer, Nutrir: atividades lúdicas

para a promoção da alimentação

saudável

Concluído Amabela de Avelar Cordeiro

28. Capacitação dos manipuladores de

alimentos dos serviços de alimentação do

município de Macaé em boas práticas de

manipulação

Concluído Aline Gomes de Mello de Oliveira

29. Centro Interativo de Divulgação

Científica do Norte Fluminense Concluído Cherrine Kelce Pires

30. Ciênica Concluído Leonardo Maciel Moreira

31. Cinema ambiental: educação e políticas

públicas Concluído Rafael Nogueira Costa

32. Circuito Neural de Cinema Concluído Henrique Rocha Mendonça

33. Circuito Universitário Em andamento Marcelo Brandão Araujo

34. Comer e conversar é só começar - a roda

de conversa como ferramenta de

construção dos saberes culinários em

Macaé

Concluído Márcia Regina Viana

35. Como Crescemos: Avaliação nutricional

e atividades educativas para a promoção

da saúde na escola

Concluído Ana Eliza Port Lourenço

36. Compartilhando saberes: Integrando a

cadeia produtiva da recuperação de áreas

degradadas na bacia do Rio Macaé

Concluído Rodrigo Lemes Martins

37. Conhecendo a Medicina da UFRJ Macaé Concluído Leonardo Gomes da Silva

38. Conhecendo e promovendo o cuidado

nutricional, auto percepção da imagem Em andamento Lismeia Raimundo Soares

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corporal e qualidade de vida de pessoas

vivendo com HIV/AIDS por meio da

interdisciplinaridade e

interprofissionalidade em Macaé-RJ

39. Conhecendo o corpo: incentivo a prática

de atividades físicas

Concluído Vivian de Oliveira Sousa Corrêa

40. Construindo Pontes entre a evidência

científica e a gestão em saúde Concluído Uliana Pontes Vieira

41. Construindo Soluções Concluído Mauricio Aguilar Nepomuceno de

Oliveira

42. Corporeidade, Gênero e Cidadania na

Saúde da Escola e da Comunidade Em andamento Cássia Quelho Tavares

43. Criação da COREMA (Cooperativa de

Recicladores de Macaé) Concluído Janimayri Forastieri de Almeida

44. Criação de farmácia viva no município

de Quissamã-RJ, como promotor de

saúde e educação

Concluído Edison Luis Santana Carvalho

45. Criação de farmácia viva no município

de Rio das Ostras – RJ, como promotor

de saúde e educação

Concluído Edison Luis Santana Carvalho

46. Cuidado corporal: Construindo o

conhecimento em uma perspectiva

dialógica através da educação em saúde

Em andamento Glaucia Valente Valadares

47. Descarte de medicamentos: diagnóstico,

educação e gerenciamento em domicílios

e estabelecimentos farmacêuticos em

Macaé-RJ

Concluído Vítor Todeschini

48. Direito à saúde e o processo de

adolescer: conexões para uma vida

saudável

Em andamento Italo Rodolfo Silva

49. Divulgação da informação sobre

medicamentos para multiplicadores da

informação

Concluído Paula Alvarez Abreu

50. Divulgando as Práticas Integrativas e

Complementares em Saúde: Troca de

Saberes e Experiências

Concluído Juliana Silva Pontes

51. Desenvolvimento de produtos de origem

vegetal: estratégia para valorização e Concluído Lais Buriti de Barros

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redução do desperdício na produção de

vegetais da Região Norte Fluminense

52. ECOAS - Especiarias e Condimentos na

Promoção da Alimentação Saudável Em andamento Angelica Nakamura

53. Educação ambiental e cinema Concluído Rafael Nogueira Costa

54. Educação científica e ambiental através

de um a exposição artística dos

mamíferos do Norte-Fluminense

Concluído Pablo Rodrigues Gonçalves

55. Educação em Saúde para o Cuidador

Domiciliar Em andamento Raquel Silva de Paiva

56. Educação, saúde e cidadania: uma

parceria entre escola, universidade e

comunidade na educação infantil

Concluído Maria Christina dos Santos Verdam

57. Envelhecimento, Nutrição e Promoção

da Saúde Concluído Renata Borba de Amorim Oliveira

58. ESAURA - Escolha Saudável Utilizando

Rótulos de Alimentos Em andamento Priscila Vieira Pontes

59. Espaço Ciência NUPEM/UFRJ:

desenvolvendo a comunicação com a

sociedade

Concluído Fabio Di Dario

60. Espaço Saúde e Saber para crianças e

adolescentes portadoras de deficiência

auditiva – Macaé

Concluído Jane de Carlos Santana Capelli

61. Estomaterapia: integrando ações de

cuidado e orientação à comunidade Em andamento Adriana Bispo Alvarez

62. Estratégias na promoção e atenção à

saúde e alimentação de gestantes e

nutrizes atendidas no Município de

Macaé, RJ

Em andamento Fernanda Amorim de Morais

Nascimento Braga

63. Estratégias para a promoção do uso

racional de medicamentos Concluído Magdalena Nascimento Rennó

64. Estratégias para o cuidado de adultos e

idosos obesos assistidos na rede básica

de saúde de Macaé

Em andamento Maria Fernanda Larcher de Almeida

65. Experiências da infância no ambiente

universitário Concluído Lilian Maria Garcia Bahia de Oliveira

66. Fazendas de água: impacto produtivo e

ambiental de novas tecnologias sociais Em andamento Francisco Martins Teixeira

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em propriedades rurais da microbacia

dos rios Jundiá e das Ostras

67. Formação profissional de trabalhadores

da rede pesqueira de Macaé: a Segurança

Alimentar como estratégia de

valorização do pescado

Concluído Lais Buriti de Barros

68. Formação de professores e divulgação

científica: interações entre Universidade

e Escola

Em andamento Teo Bueno de Abreu

69. Hora do código: aprenda a programar

jogando Concluído Janaina Santanna Gomide Gomes

70. Integrando Tecnologias Agroecológicas

para Promoção do Desenvolvimento

Rural em Assentamentos do Município

de Carapebus-RJ e Mitigação dos

Impactos Ambientais no PARNA

Jurubatiba

Concluído Marco Antônio Lopes Cruz

71. Incentivo à alimentação complementar

adequada à lactentes assistidos na rede

básica de saúde do Município de Macaé

Em andamento Jane de Carlos Santana Capelli

72. Laboratório Aberto: Divulgando a

Ciência em Macaé e Região Concluído Leonardo Maciel Moreira

73. Mentes em Ação: Saúde mental e cinema Concluído Joelson Tavares Rodrigues

74. Na minha escola tem universitários: uma

contribuição da UFRJ no ensino

fundamental e médio da rede pública

Concluído Cristiane Pires Teixeira

75. Nasceu e agora? Educação em saúde

para o cuidado materno com o bebê Concluído Isis Vanessa Nazareth

76. Nascer Saudável Concluído Andrea GonÇalves da Silva

77. Observatório de Inovação do Turismo e

Experiências em Serviços Em andamento Thiago Gomes de Lima

78. O lúdico na sala de aula: jogos didáticos

para o Ensino Fundamental II e Médio

na rede pública de Macaé e Região

Concluído Cherrine Kelce Pires

79. Oficinas Musicais: promovendo

aprendizagem, criatividade e cidadania Concluído Gunnar Glauco de Cunto Taets

80. O audiovisual socioambiental como

contribuição para uma educação do Concluído Rafael Nogueira Costa

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futuro

81. Orientação e cuidados na

manipulação/administração de insulinas

para pacientes diabéticos

Em andamento Marcos Vieira Ferreira

82. Panorama da alimentação escolar no

município de Macaé: em busca da

garantia desse direito

Em andamento Naiara Sperandio

83. Perfil nutricional, qualidade de vida,

atividade física e promoção de saúde em

pacientes oncológicos assistidos no pólo

municipal de oncologia, ostomia e

especialidades médicas de Macaé-RJ

Em andamento Celia Cristina Diogo Ferreira

84. PET Engenharias Macaé (Programa de

Educação Tutorial Engenharias Macaé) Concluído Necesio Gomes Costa

85. Pet saúde/redes: Articulando ações para a

garantia da integralidade do cuidado à

saúde auditiva em Macaé

Concluído Vivian de Oliveira Sousa Corrêa

86. Plantas medicinais: Aprimoramento do

processo ensino-aprendizagem e

promoção da saúde da comunidade

escolar

Concluído Michelle Frazão Muzitano

87. População em Situação de Rua: Ações

Educativas e de Inserção na Sociedade Concluído Roberta Pereira Coutinho

88. Práticas de Ensino de Ciências utilizando

materiais alternativos de baixo custo Concluído Cherrine Kelce Pires

89. Práticas em Genética Em andamento Cherrine Kelce Pires

90. Processo saúde-doença e qualidade de

vida na adolescência: estratégias

educativas para promoção da saúde entre

adolescentes escolares em Macaé-RJ

Em andamento Tadeu Lessa da Costa

91. Programa de apoio à Inovação e ao

Empreendedorismo Em andamento Carlos Eduardo Lopes da Silva

92. Projeto Como Crescemos: Avaliação

nutricional associada ao aprendizado

infantil em escolas da rede municipal de

Macaé, RJ

Concluído Ana Eliza Port Lourenço

93. Projeto de extensão 'Promoção à Saúde

da População Negra e Valorização da Concluído Caroline Guilherme

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História e Cultura Afro-brasileira - Axé

Saúde'

94. Projeto Escola Itinerante de Robótica e

Desenvolvimento de Games, uma

Solução de Baixo Custo para Séries do

Ensino Fundamental de Escolas

Brasileiras

Concluído Anselmo Pestana Ribeiro Costa

95. Projeto Iurukuá: Educação ambiental e

Conservação de Tartarugas Marinhas Em andamento Vinícius Albano Araújo

96. Projeto Mentes à Obra: Reconstruindo

Esperanças Concluído Beatriz Rohden Becker

97. Promoção à Saúde Integral da População

Negra e valorização da História e

Cultura Afrobrasileira – Axé Saúde

Concluído Caroline Guilherme

98. Promoção da alimentação saudável no

ambiente escolar através da culinária e

gastronomia

Em andamento Mariana Fernandes Brito de Oliveira

99. Promoção da Saúde e Adultos:

abordagem educativa extensionista em

Macaé-RJ

Concluído Tadeu Lessa da Costa

100. Promoção da Saúde e Prevenção de

DST/HIV/AIDS: ações extensionistas

numa abordagem dialógica em Macaé-

RJ

Concluído Gláucia Alexandre Formozo

101. Promoção da Saúde e Qualidade de vida

de trabalhadores de empreendimento do

tipo Food Truck do Município de Macaé

Concluído Laíz Aparecida Azevedo Silva

102. Promovendo ações de prevenção do

trauma e intervenções para o socorro na

comunidade

Em andamento Genesis de Souza Barbosa

103. Promovendo nutrição e saúde para

idosos ambulatoriais Em andamento Celia Cristina Diogo Ferreira

104. Propagandistas da REMUME Concluído Danielle Maria de Souza Serio dos

Santos

105. Quali Mesa: Capacitação dos

manipuladores de alimentos dos serviços

de alimentação do município de Macaé

em boas práticas de manipulação

Concluído Aline Gomes de Mello de Oliveira

106. Qualidade sobre rodas: treinamento em Concluído Monica de Souza Lima Sant Anna

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boas práticas de fabricação para

manipuladores de alimentos de food-

trucks do município de Macaé

107. Saúde dos professores na escola: um

olhar do município de Macaé Em andamento Luana Silva Monteiro

108. Saberes e Práticas para a vivência da

sexualidade: repensando o cuidado de si

através da extensão

Concluído PatrÍcia Regina Affonso de Siqueira

109. SCIENTIFICARTE Observar para

conhecer Construção de um modelo

didático a partir do qual se possa pensar

a arte enquanto forma de conhecimento,

em particular na sua inspiração profunda

com os seres vivos

Concluído Christine Ruta

110. Segurança de alimentos: diagnóstico,

capacitação e monitoramento da

implementação das Boas Práticas de

Fabricação em unidades de alimentação

de Macaé

Em andamento Analy Machado de Oliveira Leite

111. Trabalha-a-dor: promoção da qualidade

de vida no contexto do prazer e

sofrimento no trabalho

Em andamento Kathleen Tereza da Cruz

112. Valorização da pluralidade sexual e

combate às práticas homofóbicas,

lesbofóbicas e transfóbicas nos serviços

de saúde no município de Macaé/RJ

Concluído Maria de Fátima Lima Santos

113. Valorização e aprimoramento da

produção do leite de cabra e derivados

do estado do Rio de Janeiro

Em andamento Gardênia Márcia Silva Campos Mata

114. Vivências e apoio aos primeiros 1000

dias de vida Concluído Helene Nara Henriques Blanc

115. 10 anos do SCIENTIFICARTE -

Observar para conhecer / Construção de

um modelo didático a partir do qual se

possa pensar a arte enquanto forma de

conhecimento, em particular na sua

inspiração profunda com os seres vivos

Concluído Christine Ruta

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Após levantamento de todos os projetos inseridos no Campus, foi feita a

triagem para identificar os projetos apenas do curso de Farmácia da UFRJ Campus

Macaé, os mesmos foram tabelados, indicando ainda o coordenador e a área de cada

um, como mostrado no quadro a seguir.

Quadro 1 – Projetos de extensão do curso de farmácia em andamento no semestre de 2018.2.

Projeto Coordenador Área

Prevenção da automedicação em alunos

do ensino médio por meio da informação

acadêmica

Magdalena Nascimento Rennó Medicamentos

Divulgação da informação sobre

medicamentos para multiplicadores da

informação

Paula Alvarez Abreu Medicamentos

Estratégias para a promoção do uso

racional de medicamentos

Magdalena Nascimento Rennó Medicamentos

Criação de Farmácia Viva no município

de Rio das Ostras – RJ, Como promotor

de saúde e educação

Edison Luis Santana Carvalho Farmácia Social

Fazendas de água: impacto produtivo e

ambiental de novas tecnologias sociais

em propriedades rurais da microbacia dos

rios Jundiá e das Ostras

Francisco Martins Teixeira Análises Clínicas

Propagandistas da REMUME

Fernanda Lacerda Farmácia Social

Aplicações de ferramentas de modelagem

molecular no ensino-aprendizagem de

ciências

Paula Alvarez Abreu Medicamento

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Plantas medicinais: aprimoramento do

processo ensino-aprendizagem e

promoção da saúde da comunidade

escolar

Michelle Frazão Muzitano Produtos Naturais

Educação, saúde e cidadania: uma

parceria entre escola, universidade e

comunidade na educação infantil

Maria Christina dos Santos Verdam Farmácia Social

Vivências e apoio aos primeiros 1000

dias de vida

Helene Nara Henriques Blanc Farmácia Social

A importância da Relação Municipal de

Medicamentos Essenciais: uma análise

crítica de sua elaboração, divulgação e

perspectivas de economia para o

município

Danielle Maria de Souza Serio dos Santos Farmácia Social

Criação de Farmácia Viva no município

de Quissamã – RJ, como promotor de

saúde e educação

Edison Luis Santana Carvalho Farmácia Social

Segurança de alimentos: diagnóstico,

capacitação e monitoramento da

implementação das Boas Práticas de

Fabricação em unidades de alimentação

de Macaé

Analy Machado de Oliveira Leite Alimentos

Descarte de medicamentos: diagnóstico,

educação e gerenciamento em domicílios

Vítor Todeschini Medicamentos

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Para notar a abrangência de todos os projetos de extensão e analisar o impacto

daqueles referentes apenas ao curso de farmácia, foi feito um gráfico.

Ao observar, 13% dos projetos de extensão do Campus – Macaé se refere ao

curso de graduação em Farmácia, mostrando que precisa haver aumento do número de

oferta de projetos aos discentes, diante da necessidade de creditação da extensão. O

Campus conta com 7 cursos de graduação, sendo a farmácia um dos pioneiros do

Campus.

Para elucidar a distribuição dos temas dos projetos de extensão pelas áreas de

conhecimento de atuação do curso de Farmácia, também foi feito um gráfico, para tal,

e estabelecimentos farmacêuticos do

município de Macaé – RJ

Centro Regional de Informações sobre

Medicamentos UFRJ-Macaé Samantha Monteiro Martins Medicamentos

Gráfico 1 – Mostra a porcentagem dos projetos de extensão do Campus UFRJ-

Macaé, indicando 13% ser apenas do curso de graduação em farmácia e 87% ser um

total de projetos de extensão com todos os outros cursos de graduação envolvidos.

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as áreas de escolha levaram em conta a composição do colegiado do curso de Farmácia

UFRJ-Macaé.

• Ciências Biológicas;

• Farmácia Social;

• Alimentos;

• Produtos Naturais;

• Medicamentos;

• Análises Clínicas.

De acordo com o gráfico pode-se notar que uma grande parcela dos projetos de

extensão do curso de farmácia está associada à área de medicamentos e a área da

farmácia social.

A distribuição de projetos por áreas visa permitir a orientação do estudante de

graduação em Farmácia em sua busca para se inserir no universo da extensão, haja vista

que o sistema de gestão da UFRJ – SIGA já se adaptou as novas diretrizes,

contabilizando a necessidade do cumprimento de 10% da carga horária total do curso,

Gráfico 2 – Mostra a porcentagem dos projetos de extensão do curso de graduação em

farmácia distribuídos por áreas.

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em atividades extensionistas, aos alunos que ingressaram a partir de 2017.1.

Diante dos dados é possível alimentar o site do curso, indicando os projetos,

coordenadores e as áreas com maiores ofertas.

Vale ressaltar que o discente não precisa necessariamente cumprir a carga

horária em atividades de extensão oferecidas por docentes/técnicos do curso de

Farmácia exclusivamente, ficando este tempo livre para escolher projetos ligados a

outros cursos do Campus.

No entanto, esta orientação de projetos, coordenadores e áreas, pode e deve

auxiliar muito os discentes em sua busca, em especial aos novos alunos.

5.3 RELATO DE EXPERIÊNCIA

O relato de experiência é uma maneira de expor uma dada experiência vivida,

através de um projeto (ou, por exemplo, um curso novo ministrado sobre determinado

assunto, etc) que possa contribuir de forma relevante para sua área de atuação. Ele

traz as motivações ou metodologias para as ações tomadas no contexto e as

considerações/impressões que a vivência trouxe àquele que a viveu. O relato é feito de

modo contextualizado, com objetividade e auxílio teórico (Nunes, 2011)

O projeto Educação, saúde e cidadania: Uma parceria entre escola,

universidade e comunidade na educação infantil, contou com a participação de 4 alunos,

dentre eles a autora deste trabalho. Parte deste trabalho consiste no relato de experiência

da autora em relação a participação na extensão universitária, campo esse de importante

impacto na formação do estudante. A seguir, estão listadas as atividades realizadas com

os escolares, e será discutida a importância das mesmas na formação dos escolares e do

estudante de nível superior.

5.4 ATIVIDADES REALIZADAS

Foram realizadas atividades com a participação da autora e de discentes

voluntários para o projeto, tais como:

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• Coleta Seletiva, entendendo e separando os diferentes materiais de lixo

A coleta seletiva é uma coleta distinta de resíduos que foram anteriormente

separados de acordo com a sua constituição ou composição. Isto é, resíduos com

características parecidas são escolhidos pelo cidadão (ou por uma empresa ou outra

instituição) e disponibilizados para a coleta separadamente. Segundo a Política Nacional

de Resíduos Sólidos, a implantação da coleta seletiva é obrigação dos municípios

(Ministério do Meio Ambiente, 2019).

Para a reciclagem, a coleta seletiva é um ato importante para se preservar o

meio ambiente, mas para que dê frutos, é preciso que toda a sociedade ajude e participe

da construção de uma mudança de hábitos em relação ao conjunto de problemas em que

o lixo está inserido. Essa conscientização não se dará de um dia para outro, mas por

meio de um trabalho constante de Educação Ambiental que garanta o envolvimento e a

participação de todos, como, a escola, a família, a comunidade e o Estado (Ministério do

Meio Ambiente, 2019). Por isso, o Projeto Educação, saúde e cidadania: Uma parceria entre

escola, universidade e comunidade propôs a escola uma abordagem estratégia para que os

alunos obtivessem esse aprendizado de extrema importância e relevância para a

sociedade e o meio ambiente, pois é um assunto que muitas vezes não é ensinado dentro

da escola, e com isso, os mesmos levar para casa todo o conhecimento adquirido através

da atividade e por meio dela mudar os hábitos da família.

A Educação Ambiental sozinha não é suficiente para resolver os problemas

ambientais, mas é uma possibilidade para tanto. A grande importância da Educação

Ambiental é colaborar para a formação de cidadãos conscientes do seu papel na

preservação do meio ambiente.

Nesta primeira atividade, encapou-se 4 caixas de papelão com Tecido não

tecido - TNT verde, azul, amarelo e vermelho para representar lixeiras de coleta

seletiva, onde cada cor representa um tipo de material. A cor amarela é específica para

metal, a cor azul para papel, a cor vermelha para materiais de plástico e a cor verde para

vidro. Como intuito de facilitar a aprendizagem dos alunos e a associação entre as cores

e os materiais, colou-se algumas figuras representativas de materiais que seriam

adequadas para cada cor.

Essas caixas foram levadas às salas de aulas, juntamente com diversas

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embalagens. A intenção desta atividade foi explicar que cada cor representa um material

e qual material cada cor representa, além da necessidade de se colocar o material certo

na lixeira certa para que se tenha o fim desejado, a reciclagem. Sendo assim, cada aluno

recebeu algumas embalagens e a orientação para, que de acordo com o material da

embalagem, esta pudesse ser colocada na lixeira específica. Caso o aluno enfrentasse

dificuldades ou errasse a lixeira para determinada embalagem, este era novamente

orientado para que o aprendizado pudesse ser corretamente solidificado.

Esta atividade foi o primeiro contato de todos os envolvidos no projeto com os

alunos da escola. Uma atividade relativamente simples, mas que mostrou certa

dificuldade perante os alunos, por ser um tema novo e diferente abordado por pessoas

estranhas ao convívio dos mesmos na escola. Entretanto, foi notável o interesse das

crianças por querer aprender e descobrir coisas incomuns ao seu aprendizado normal.

Os trabalhos com reciclagem na educação infantil mostram, na prática, a

importância da contribuição de cada um na conservação do meio ambiente. Através

destas atividades, podem perceber seu papel como agentes transformadores do meio e

reconhecer os efeitos de suas atitudes no mundo em que vivem.

Figura 2 – Imagem da atividade sobre coleta seletiva, primeira atividade realizada com os alunos.

Atividades em sala de aula e no ambiente externo.

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• Enterrando resíduo orgânico e inorgânico

O lixo orgânico tem origem biológica, proveniente da vida animal ou vegetal.

É o lixo composto por restos de alimentos (Jacobi, 2003). O mesmo utilizado para esta

atividade foi disponibilizado pela própria escola, como cascas de frutas e legumes. Ao

contrário do lixo orgânico, o inorgânico é todo material que não tem origem biológica e

foi produzido por meios não naturais, ou seja, pela ação do homem. Podem ser papel,

plástico, alumínio, vidro e metais ferrosos ou não ferrosos, os mesmos podem ser

reciclados (Jacobi, 2003).

A segunda atividade abordou a diferença do tempo de decomposição entre o

lixo orgânico e inorgânico.

Cada turma foi levada para os fundos da escola onde há um terreno plano de

terra, onde já havia dois espaços cavados. Apresentou-se aos alunos o que era lixo

orgânico, por exemplo, cascas de frutas e o que era lixo inorgânico, como por exemplo,

embalagens de biscoitos. Os alunos observaram a distribuição do lixo orgânico em um

espaço cavado e do lixo inorgânico em outro espaço cavado. Após isso, observaram que

os espaços foram preenchidos com terra para que 3 semanas depois pudessem voltar e

descobrir o que aconteceu com os respectivos materiais enterrados.

Esta atividade despertou muita curiosidade e indagação sobre o que iria

acontecer com os resíduos que foram enterrados.

As crianças foram consideradas cientistas pelos graduandos, que explicaram a

importância da observação da transformação que ocorre ao longo do tempo em que os

lixos ficariam no local enterrado.

A curiosidade das crianças incentivou a continuidade da proposta através da

aula nos arredores da escola. O objetivo dessa atividade era observar os impactos dos

resíduos jogados no meio ambiente registrando a importância dessa ação através da

vivência, estimulando a criatividade, imaginação e a construção da consciência

ecológica e, acima de tudo, de atitudes de conservação. Mostrar lados negativos e

positivos da ação do homem e valorizar a preservação do meio ambiente.

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Figura 3 – Ilustra a segunda atividade, enterrando os lixos orgânicos e inorgânicos. Compreendendo o

tempo de biodegradação.

• Gincana para limpeza do rio

A gincana proporcionou uma vivência lúdica de aprendizagem significativa,

desenvolvendo habilidades de raciocínio lógico, coordenação motora, capacidade de

interpretação e análise, sendo de responsabilidade, percepção visual, tátil e auditiva

(Gouveia, 1999).

Reforçou a percepção de que a reciclagem traz inúmeros benefícios para a

sociedade, reduzindo o volume de lixo enviado aos aterros sanitários e ajudando a

manter a cidade limpa, além de promover economia de matéria-prima (Gouveia, 1999).

A terceira atividade foi realizada na parte externa do colégio onde foi feito um

mural de TNT azul o qual representava um rio. Neste rio havia várias figuras de peixes

que haviam sido pintados pelos próprios alunos. Além dos peixes, havia colado ao TNT

diversos tipos de embalagens como de biscoito, leite, plástico, papel e etc. A intenção

era que cada aluno, na sua vez, pudesse recolher algum poluente do rio e iniciar a

gincana onde ele teria que passar por um zigzag de cones, passar de baixo de uma corda

de altura média, dar cambalhota e por fim colocar o material retirado do rio na lixeira de

coleta seletiva mais adequada ao material. Ao finalizar a tarefa cada aluno recebeu um

doce. Esta atividade ocorreu de forma integrada e dinâmica para desenvolver uma

consciência de preocupação com a poluição dos rios, tornando os alunos amigos do

meio ambiente.

Foi realizada pelos alunos com muito entusiasmo, energia e alegria, pelo fato

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do encantamento por ser uma gincana, e que ao final reforçava o que todos aprenderam

na primeira atividade. E com isso já seguros do seu aprendizado foram acertando grande

parte dos resíduos selecionados. Além do mais, por ser uma atividade individual as

crianças trabalharam em grupo ajudando o colega que estivesse em dúvida sobre o lixo

a ser jogado relacionando a embalagem escolhida. Portanto, foi uma atividade

extremamente produtiva e relevante ao seu contexto.

• História da Gotinha

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, o ciclo da água é o movimento

que ela faz na natureza. Este movimento é infinito e circular. Ele ocorre através do

processo de evaporação das águas da superfície (rios, lagos, oceanos, etc) do planeta

Terra e também pela transpiração dos seres vivos. Este ciclo é de extrema importância

para a manutenção da vida no planeta Terra. É através dele que ocorre a variação

climática, criação de condições para o desenvolvimento de plantas e animais e o

funcionamento de rios, oceanos e lagos (Ministério do Meio Ambiente, 2019).

Figura 4 – Imagem ilustra a terceira atividade, gincana para limpeza do rio.

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Por isso a História da Gotinha foi introduzida na didática do Projeto para

mostrar aos alunos o que acontece com o meio ambiente, ao se deparar com um

ambiente sujo com o óleo de cozinha descartado incorretamente. De como os rios, os

animais, a vegetação e os demais seres vivos são afetados através dessa prática tão

comum entre a população.

A quarta atividade ocorreu com a intenção de explicar o ciclo da água e

demonstrar os danos que o óleo pode causar à água. Contou-se a história da gotinha

com auxílio de fantoches (figuras confeccionadas com suporte de palito de churrasco),

uma adaptação de www.slideboom.com/presentations/128022.

“Era uma vez uma gotinha de água pequenina e transparente. Juntamente com

outras gotinhas formavam a água de um rio.

Um dia, o Sol brilhante aqueceu a água do rio. As gotinhas se separaram,

subiram e formaram o vapor de água. Já não se viam as gotinhas.

No céu, a gotinha juntou-se a muitas outras e formaram as nuvens. O vento

empurrou as nuvens e a Gotinha viajou por muitas terras.

Quando a nuvem ficou mais pesada e encontrou ar mais frio, algumas gotinhas

caíram em forma de chuva.

Agora a gotinha faz parte do mar. Vive numa onda à espera que o Sol a aqueça

para de novo poder subir e começar uma nova viagem.

Parte das gotinhas caiu na terra e alimentou as plantas. Outra parte entrou cada

vez mais no solo formando um rio debaixo da terra, o lençol de água.

Outras gotinhas, com outras companheiras, correram debaixo da terra e

formaram uma nascente.

A gotinha de água chegou até o rio onde conheceu os peixinhos.

Neste mesmo lago havia uma gotinha de óleo, o Sol brilhante aqueceu a água

do lago, só que as gotinhas de óleo não deixaram que as gotinhas de água subissem e

passeassem formando as chuvas, as ondas no mar, alimentassem as plantas e

conhecessem novos peixinhos.

Não “podemos jogar o óleo pelo ralo da pia, ele impede que as gotinhas passeiem e

sigam o seu caminho.”

Adaptado pela Equipe do Projeto

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Esta atividade favoreceu todas as outras, através da história contada pelos

graduandos. Os alunos prestaram muita atenção, e com o decorrer da história

interagiram com os fantoches ao ponto de querer levá-los para casa. Ao final da história

já sabiam responder as perguntas feitas pelos graduandos sobre o meio ambiente.

O objetivo dessa proposta é desenvolver nos alunos a conscientização e a

responsabilidade pela conservação da água no meio ambiente, sendo multiplicadores de

atitudes cidadã junto à família e a sociedade cuidando da preservação de um bem tão

precioso e necessário à vida, através de gestos simples como economizar água para que

não acabe, bem como mobilizar os alunos para desenvolverem ações pertinentes à

preservação da água evitando o desperdício e poluição e compreender a importância do

tratamento de água e de esgoto para a promoção e manutenção da saúde.

Um público interessante que visa o sucesso do desenvolvimento sustentável em

um futuro não muito distante são as crianças. Durante as atividades escolares, estas

estão sendo apresentadas ao conceito de desenvolvimento sustentável e a necessidade de

se cuidar do meio ambiente, inserindo o papel da educação ambiental por meio de

práticas pedagógicas, elaborando em cada educando uma consciência crítica em relação

com as práticas com o meio ambiente para se obter a chamada qualidade de vida. Em

continuidade, espera-se a formação de cidadãos conscientes de seus direitos e deveres,

lutando pela manutenção da real qualidade de vida (Jacobi, 2003).

Figura 5 – Imagem ilustra a quarta atividade, a história da gotinha.

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• Desenterrando o resíduo orgânico e inorgânico para entender a diferença

A biodegradação é um processo de desintegração de materiais realizada por

bactérias, fungos e outros organismos. É essencial para a manutenção da vida na terra,

pois permite que os nutrientes retornem para as plantas, regulando as populações de

microorganismos e tornando os solos férteis. Quase todos os compostos químicos e

materiais estão sujeitos à biodegradação. Entretanto, a importância está no tempo

demandado por cada tipo de material. Fatores como água, luz, temperatura e oxigênio

interferem no processo (Ministério do Meio Ambiente, 2019).

A importância desse conceito ser ensinado na prática através da atividade é

fundamental para o bom entendimento, pois os alunos puderam ver de fato o que ocorre

com os materiais jogados no meio ambiente. Perceberam o que acontece com o resíduo

orgânico, quase que totalmente desintegrado. E, com o resíduo inorgânico que ficou

completamente intacto no solo. Com esta atividade, eles puderam também compreender

a relevância que a coleta seletiva possui. E aprender que com ela o meio ambiente não

sofre as ruas não ficam poluídas e o lixo pode ser reciclado se transformando em outro

material utilizável.

A quinta atividade foi realizada após enterrar os resíduos orgânicos e

inorgânicos e aguardam 3 semanas. Após esse período, alunos foram levados para o

local da atividade II, onde após reabrir os espaços anteriormente cavados e preenchidos

com resíduo, puderam observar que tipo de material ainda estava presente no solo. O

material orgânico já havia sido decomposto por ação de bactérias e, portanto, não havia

nada no solo que fosse semelhante a cascas de frutas antes enterradas. Já as embalagens

de biscoitos que foram enterradas, estavam intactas. Com isso, esta atividade

demonstrou aos alunos quais materiais poderiam ser reciclados, como embalagens de

biscoitos, que jogadas no meio ambiente o tempo de decomposição levará anos,

resultando em danos ambientais.

Esta proposta para os alunos tem por princípio básico desenvolver atitudes de

preservação do ambiente e social através da reciclagem e do reaproveitamento de

materiais orgânicos e inorgânicos, construindo o conhecimento a partir de experiências

reais, dando a oportunidade de maior interação do aluno nas aulas, sensibilizando os

alunos a perceberem o encanto que a natureza pode nos proporcionar e conscientizar os

alunos e a comunidade escolar sobre a necessidade de se construir uma prática social

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baseada na preservação do ambiente, isto é, para ter consciência de que para estarmos

no mundo é necessário que cuidemos do mundo, não poluindo e criando formas de

efetivar ações e atitudes de respeito e preservação ao meio ambiente.

Figura 6 – Imagem ilustra a quinta atividade, desenterrando os lixos orgânicos e inorgânicos e

compreendendo a biodegradação.

• Confecção do coletor de óleo de garrafa PET

Esta atividade foi realizada com intuito de incentivar a criatividade dos alunos

para decorar seu próprio coletor de óleo feito com garrafa pet, além de introduzir o

conceito de reciclagem, sendo o processo de reaproveitamento do lixo descartado,

dando origem a um novo produto ou a uma nova matéria-prima com o objetivo de

diminuir a produção de rejeitos e o seu acúmulo na natureza, reduzindo o impacto

ambiental.

Pratica-se, então, um conjunto de técnicas e procedimentos que vão desde a

separação do lixo por material até a sua transformação final em outro produto. Desta

forma os alunos utilizaram a garrafa como um coletor de óleo de cozinha,

reaproveitando-a para tal tarefa.

Para que houvesse a reciclagem do óleo vegetal a sexta atividade foi realizada

através de um pedido feito para que os alunos levassem para a escola o óleo que

porventura tivessem armazenado em suas residências. Na produção de um recipiente

especial para coletar este óleo foi proposto que cada aluno pintasse com cola colorida

uma garrafa PET, a fim de se tornar um coletor de óleo. Cada aluno, em sala de aula,

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decorou uma garrafa PET e levou-a para casa onde, posteriormente, uma data foi

estabelecida para que o óleo fosse entregue na escola.

Os alunos levaram o coletor para casa, e com isso puderam passar o

conhecimento para suas famílias. Pois, além da garrafa ser utilizada como um trabalho

artesanal também é uma ótima alternativa para diminuir a quantidade de plástico

descartado e dar vida nova aos materiais, fazendo com que a sua reutilização seja útil e

reduza danos. Além disso, se torna um ótimo coletor de óleo, e mostra com clareza para

as famílias dos alunos que pode ser uma alternativa de reciclagem da garrafa e um lugar

correto para depositar o óleo de cozinha, fazendo com que não seja descartado no meio

ambiente.

• Coleta do óleo entregue pelos alunos

Todas as tarefas realizadas até aqui foram de ensinamento das variadas

vertentes do descarte correto do óleo de cozinha e o mal que ele faz ao meio ambiente

ao ser descartado incorretamente. Porém, com isso, as pessoas que mais ganharam

conhecimento no decorrer das atividades foram os discentes, que ensinaram e ao mesmo

tempo aprenderam com os alunos, a escola, a comunidade, através do convívio e a troca

de saberes, sendo assim, multiplicadores do conhecimento.

A educação conservacionista tem foco no ambiente não humano, ou seja,

estuda-se a natureza como parte independente, evidenciando as conseqüências das ações

humanas e as tecnologias capazes de controlá-las, ressaltando as conseqüências e não as

Figura 7 – Imagem ilustra a sexta atividade, confecção do coletor de

óleo.

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causas dos fenômenos (atuação humana). Já a educação ambiental insere maior relação

entre o ambiente e a sociedade, englobando além de conceitos técnicos, conceitos

socioeconômicos, políticos e culturais. Este conceito de educação ambiental faz com

que haja a formação de uma cultura democrática capaz de exercer a cidadania, pois a

natureza passa a ter valor por si só e não apenas valor quando sacia as necessidades

humanas (Layrargues, s.d).

Para desenvolver a sétima atividade, representantes do projeto foram até a

escola recolher todos os coletores de óleo entregues. Cerca de 37 litros foram entregues

pelos alunos para a reciclagem, além disso foram arrecadados pelos discentes nas

imediações de suas residências cerca de 18 litros de óleos totalizando 55 litros

arrecadados.

Esta atividade foi realizada apenas para recolher o óleo de cozinha arrecadado

pela escola e pelos graduandos. Através dela pode-se notar a participação dos pais,

recolhendo o óleo utilizado em casa e com isso descartando de forma correta e ajudando

os graduandos na tarefa seguinte, fabricação de sabão. Feito isso, foram levados e

deixados no laboratório de farmacotécnica da Universidade.

Todas as tarefas realizadas até aqui foram de ensinamento das variadas

vertentes do descarte correto do óleo de cozinha e o mal que ele faz ao meio ambiente

ao ser descartado incorretamente. Porém, com isso, as pessoas que mais ganharam

conhecimento no decorrer das atividades foram os discentes, que ensinaram e ao mesmo

tempo aprenderam com os alunos, a escola, a comunidade, através do convívio e a troca

de saberes, sendo assim, multiplicadores do conhecimento.

Figura 8 – Óleo doméstico recolhido na escola.

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• Fabricação de materiais com óleo doméstico usado

A oitava atividade foi feita a partir do óleo vegetal recolhido, a fabricação de

sabão e vela, como objetivo de uma correta utilização do óleo.

A reciclagem do óleo de cozinha está diretamente ligada na conservação do

solo e da água, pois o óleo descartado incorretamente pode acabar indo parar no ralo da

pia, contribuindo para impactos indesejáveis ao meio ambiente, além de entupir as

tubulações e prejudicar o sistema de tratamento de água e esgoto (Gouveia, 1999).

Sendo assim é de grande importância na produção de novos materiais, pois além de ter

um produto que poderá usar, representando economia para o orçamento familiar, ainda

ajuda a conservar o meio ambiente.

Vale ressaltar que cada litro de óleo despejado no esgoto tem a capacidade para

poluir cerca de um milhão de litros de água, o que equivale ao consumo de uma pessoa

por aproximadamente 14 anos de vida (Bortoluzzi, 2011). Sua presença nas redes de

esgoto faz com que o processo de tratamento fique em até 45% mais caro e o que

permanece nos rios e afluentes provoca a impermeabilização dos leitos e terrenos, o que

contribui para que ocorram as enchentes, além de outros problemas ambientais. A

principal solução para este problema é a reciclagem do óleo e uma das formas de

reciclagem deste material é através da produção de sabão, podendo também ser fonte de

renda para o reciclador. Além disso, quando em contato com a água do mar, esse

resíduo líquido passa por reações químicas que resultam em emissão de metano, o que

aumenta ainda as taxas de poluição ambiental (Lopes, 2009).

A fabricação de vela também é uma opção para a reutilização do óleo de

cozinha. Pois além de ser de fácil fabricação, também pode ser comercializado para a

família ter uma renda extra. Sendo utilizada também como decoração, pois deixa

qualquer lugar mais aconchegante.

Após a coleta do óleo, iniciou-se a fabricação do sabão através dos 55 litros de

óleo de cozinha arrecadados, foi confeccionado pelos voluntários do projeto dentro do

laboratório de farmacotécnica da UFRJ – Campus Macaé. Com isso, obteve uma grande

quantidade de sabão produzido, dentre eles o em barra, em pó, em pasta e sabão líquido.

Para a fabricação de aproximadamente 12 barras de sabão foi utilizado o

seguinte procedimento operacional padrão: para cada um litro de óleo de cozinha foi

utilizado 250 mg de hidróxido de sódio (NaOH) diluídos em 300 mL de água destilada,

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e após sua diluição adicionou-se o óleo e mexeu-se por 40 minutos ou até consistência

cremosa. Após este tempo o sabão produzido foi colocado em bandejas e passados 3

horas foi cortado e deixado em cura por pelo menos 72 horas para a sua utilização.

Para o preparo do sabão líquido, primeiramente, diluiu-se 250 gramas de

NaOH em 750 mL de água e reservou-se. Esquentou-se o óleo e adicionou-se,

lentamente, 1,25 litros de etanol. Após este processo, adicionou-se então o hidróxido de

sódio diluído e mexeu-se até que houvesse a mudança de coloração para uma cor mais

escura, entre o marrom e o preto, adicionou-se então, mais 6 litros de água

compreendendo o final do processo.

Para a fabricação da vela foi utilizado como molde copos de isopor no tamanho

médio, e para esta medida a receita foi feita da seguinte forma: o óleo doméstico foi

filtrado e do mesmo foi colocado duas colheres de sopa em um recipiente de vidro;

juntamente uma colher de sopa de parafina. Após feita a mistura, foi colocada no

microondas por aproximadamente dois minutos. Em seguida foi despejada diretamente

no molde e adicionadas algumas gotas de corante e essência. Além disso, colocou-se

também um pedaço de barbante no meio do copo sendo segurado por pregadores até sua

secagem completa.

A reciclagem do óleo de cozinha está diretamente ligada na conservação do

solo e da água, pois o óleo descartado incorretamente pode acabar indo parar no ralo da

pia, contribuindo para impactos indesejáveis ao meio ambiente, além de entupir as

tubulações e prejudicar o sistema de tratamento de água e esgoto (Gouveia, 1999).

Sendo assim é de grande importância na produção de novos materiais, pois além de ter

um produto que poderá usar, representando economia para o orçamento familiar, ainda

ajuda a conservar o meio ambiente.

Figura 9 – Produção de sabão realizada através do óleo de cozinha doméstico. Sabão em barra,

sabão em pó, sabão líquido e sabão em pasta.

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Após os produtos ficarem prontos, foi levada uma amostra do sabão em barra

para a escola, para que os alunos pudessem ver o que foi feito com óleo de cozinha.

Logo a primeira impressão foi de encantamento e satisfação, alguns queriam

até levar para casa. Além disso, foi explicado para os mesmos como foi fabricado e o

feedback foi muito positivo, pois as crianças já tinham adquirido consciência sobre o

mal que o óleo de cozinha pode fazer para o meio ambiente se descartado

incorretamente. E puderam ver de perto como a reciclagem é importante.

• Oficina para os pais e comunidade: Como reutilizar o óleo de cozinha

Esta oficina foi realizada no colégio com a presença dos pais dos alunos ao

final do projeto, para mostrar todo o trabalho feito com as crianças e o que foi feito com

o óleo de cozinha arrecadado, a fim de mostrar que o sabão pode ser produzido em casa.

Os envolvidos nesta oficina foram todos os discentes e docentes do projeto, sendo

ministrada pela professora Maria Christina dos Santos Verdam e pelo professor Arídio

Mattos Júnior. Como demonstração foi levada todos os tipos de sabão produzidos, e

ensinado para os pais a forma correta de sua confecção.

Sendo assim, o contexto da extensão universitária se torna muito importante

para a sociedade contribuindo de forma positiva para a mesma, pois apresenta o contato

dos acadêmicos com o público em geral, onde as teorias aprendidas em sala de aula se

concretizam. A extensão possui papel essencial, tanto na vida dos acadêmicos, que

Figura 10 – Produção de velas a partir de óleo doméstico utilizado.

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colocam em prática tudo o que aprenderam com o projeto, quanto na vida das pessoas

que usufruem deste aprendizado. Torna-se muito mais gratificante para os que estão na

condição de aprender, contribuindo assim para ajudar a melhorar o mundo em que

vivemos. A população recebe o aprendizado e é beneficiada no que se diz respeito ao

desenvolvimento na vida de cada ser, provocando assim, mudanças sociais (Nunes,

2011).

A última atividade foi realizada na escola e reuniu a comunidade, a escola e os

membros do projeto. Através de circular, a escola informou a todos os responsáveis que

haveria uma oficina para explicação do projeto, demonstração das atividades realizadas

e produção de materiais de limpeza feitos a partir de óleo doméstico usado. Para isso, os

materiais produzidos no laboratório foram levados até a escola. O sabão em barra

produzido foi embalado em plástico filme e distribuído ao final da oficina. Sabão

líquido, sabão em pó, sabão em barra e velas também foram expostos. Os responsáveis

foram instruídos quanto aos cuidados ao se produzir sabão e os materiais necessários.

Após isso, explicou-se o passo a passo com demonstração prática e informações quanto

ao rendimento.

Figura 11 – Oficina para os pais.

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5.4 ROTEIRO/FLUXOGRAMA DE CADASTRO PARA PROJETOS DE

EXTENSÃO

Com o objetivo de facilitar e incentivar o cadastro de novos projetos de

extensão, um roteiro foi elaborado, descrito através do fluxograma abaixo. Diante

da necessidade de creditação da extensão universitária no novo currículo, e da

importância na formação do discente de sua participação na extensão universitária,

o fluxograma deve ser disponibilizado no novo site do curso de farmácia, atuando

como um facilitador.

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Figura 12: Fluxograma para cadastro em projetos de extensão.

5.5 DIRETRIZES DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

As diretrizes da extensão universitária devem ser pautas das atividades

extensionistas. Desta forma, uma análise do conteúdo das atividades desenvolvidas foi

realizada, tendo como base as diretrizes extensionistas. O quadro 2 elucida cada diretriz

aplicada ao projeto realizado.

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RELATO DE EXPERIÊNCIA ATRAVÉS DAS DIRETRIZES DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

Interação dialógica

O princípio dessa diretriz aconselha o

crescimento de relações entre Universidade e

setores sociais que devem ser marcadas pelo

diálogo e troca de saberes, suprindo o discurso

da hegemonia acadêmica pela ideia de fusão

com movimentos, setores e organizações

sociais (FORPROEX, 2012).

Ao finalizar o projeto, foi observado que as atividades executadas para

com este público-alvo alcançaram um comportamento satisfatório, pois

através dos encontros e do contato com os alunos, ocorreu à criação de

vínculo, atenção, cuidado e interesse que permitiu uma maior aceitação

das propostas metodológicas que foram utilizadas. As diretoras da

escola, bem como a orientadora educacional participaram efetivamente

da elaboração das atividades, orientando o grupo quanto a atividade

pedagógica adequada para cada idade. A elaboração da proposta partiu

da demanda da escola, contribuindo para o projeto pedagógico da

mesma.

Interdisciplinaridade e

Interprofissionalidade

Implica no dever de considerar de forma

integrada os variados pensamentos

desenvolvidos na universidade nas várias

disciplinas e áreas do conhecimento, mediante

a construção de fusões intersetoriais,

interorganizacionais e interprofissionais

(FORPROEX, 2012).

As atividades praticadas tiveram como finalidade integrar o estudante

no ambiente pedagógico da educação infantil. Integrou profissionais de

Farmácia, Microbiologia e Pedagogia.

Indissociabilidade ensino–pesquisa extensão

Acredita que as ações de extensão propiciem

maior efeito se estiverem unidas ao processo

de formação de pessoas e de geração de

conhecimento (FORPROEX, 2012).

Durante o desenvolvimento das atividades percebeu-se que os escolares

tiveram uma excelente aceitação e ótimo rendimento, isto ficou evidente

por meio da participação em todas as atividades feitas, o que

proporcionou um melhor aprendizado. Sendo que, a aplicação da

gincana e a associação de respostas por meio de imagens, histórias e

gestos facilitaram a fixação dos conteúdos, demonstrando o interesse

sobre as temáticas trabalhadas. Além disso, partindo do projeto, foi

pensado projeto de pesquisa, na área de microbiologia, executado na

escola. Além do surgimento como material para o TCC, também houve

apresentação de pôster na Semana de Integração Acadêmica no Campus

UFRJ-Macaé, com premiação de menção honrosa.

Impacto e transformação na formação do

estudante

Proporcionam o engrandecimento da

experiência discente em termos teóricos e

metodológicos, logo, deve estar firmada em

iniciativas que facilitem a transigência

curricular. O princípio do efeito na

transformação social confirma a Extensão

Universitária como um instrumento pelo qual

se estabelece a inter-relação da Universidade

com os outros campos da sociedade, com

perspectivas a uma atuação transformadora,

orientada para os interesses e necessidades da

maioria da população e fornecedora do

desenvolvimento social e regional e de

melhoramento das políticas públicas

(FORPROEX, 2012).

Ao participar do projeto com as crianças, notou-se um grande interesse

pelas mesmas pelo fato das atividades acontecerem dentro do ambiente

institucional o que acaba criando um vínculo mais fortalecido, ao serem

abordados temas não recorrentes neste local, uma vez que esse espaço é

tido como local de intenso aprendizado apenas nas disciplinas básicas.

Com isso, pode notar que ações extensionistas beneficiam todo o

coletivo e que ao trabalhar com a promoção da saúde ambiental,

propõe-se desenvolver pessoas capacitadas na busca de melhorias,

almejando qualidade de vida para si e para o mundo em que vivem.

Aos discentes da graduação, a inserção na comunidade, tendo contato

com a realidade do ensino público, bem como as demandas de pais e

professores, impacta na formação do profissional de saúde, o tornando

com os demais.

Quadro 2 – Diretrizes da extensão universitária correlacionadas ao relato de experiência.

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6. CONCLUSÃO

Este Trabalho de Conclusão de Curso teve como principal objetivo evidenciar

a importância da extensão universitária na Universidade Federal do Rio de Janeiro

Campus - Macaé através do Projeto de Extensão Educação, saúde e cidadania: Uma

parceria entre escola, universidade e comunidade na educação infantil.

Como relato de experiência pode-se notar que ações extensionistas beneficiam

todo o coletivo e que ao trabalhar com a promoção da saúde ambiental, propõe-se

desenvolver pessoas capacitadas na busca de melhorias, almejando qualidade de vida

para si e para o mundo em que vivem.

A realização da análise situacional da extensão universitária da UFRJ –

Campus Macaé, contou com o levantamento dos projetos de extensão cadastrados no

sistema SIGPROJ, totalizando 115 projetos de extensão de todo o campus. Isso mostra

que deve ocorrer aumento dos números de projetos para serem ofertados aos discentes.

Além disso, a elaboração de roteiro para cadastro de projetos de extensão da

universidade estará disponível no novo site do curso de farmácia para facilitar aos

discentes na consulta.

Conforme a pesquisa sobre as Atividades Extensionistas foi sendo realizada,

pode-se perceber que a Extensão Universitária contribui de forma importante e

grandiosa não só para as Instituições de ensino superior. Ela contribui também para os

universitários que se inserem nos Programas e Projetos de Extensão atuando na

construção do caráter humano dos mesmos e das comunidades envolvidas nos projetos.

De tal modo, a Extensão Universitária tem atuado de forma muito significativa

e necessária na comunidade local que a Universidade se insere, servindo como agente

transformador daquela realidade. Exemplo disso são as atividades desenvolvidas pelo

Projeto de Extensão, que abordou este TCC, como também mostrado em um número

expressivo de projetos de extensão de todo o Campus Macaé, englobando todos os

cursos.

O Projeto de Extensão abordado neste TCC possibilitou aos discentes e

docentes a troca de conhecimento, o compartilhamento de idéias sobre as atividades que

seriam realizadas, o contato mais de perto entre os envolvidos na confecção das

mesmas, além do contato com as crianças, pois é um privilégio ter a troca com seres tão

puros, cheios de amor, e com vontade de aprender algo que não é tradicional do ensino

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escolar.

Demonstra-se por fim que a educação e o aprendizado são dois pilares

primordiais que devem permanecer vivos em cada sujeito, ampliando horizontes e

proporcionando aos seres humanos novas oportunidades de crescimento.

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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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