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Elton Luiz Scudeler
Ana Silvia Gimenes Garcia
Shelly Favorito de Carvalho
Luiz Ricardo dos Santos Tozin
Daniela Carvalho dos Santos
(Organizadores)
Universidade Estadual Paulista - UNESP
Instituto de Biocências de Botucatu
Botucatu
2011
ANAIS DO SIMPÓSIO DO CENTRO DE MICROSCOPIA ELETRÔNICA DO IBB
Resumos apresentados durante o II Simpósio do Centro de Microscopia Eletrônica do IBB – II SCME
II Simpósio do Centro de Microscopia Eletrônica do IBB – 28 a 30 de novembro de 2011
Elton Luiz Scudeler
Ana Silvia Gimenes Garcia
Shelly Favorito de Carvalho
Luiz Ricardo dos Santos Tozin
Daniela Carvalho dos Santos
(Organizadores)
Anais do Simpósio do Centro de Microscopia Eletrônica do IBB
Resumos apresentados durante o II Simpósio do Centro de Microscopia Eletrônica do IBB – II SCME
FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA SEÇÃO TÉC. AQUIS. TRATAMENTO DA INFORM. DIVISÃO DE BIBLIOTECA E DOCUMENTAÇÃO - CAMPUS DE BOTUCATU - UNESP
BIBLIOTECÁRIA RESPONSÁVEL: ROSEMEIRE APARECIDA VICENTE
Simpósio do Centro de Microscopia Eletrônica do IBB (2 : 2011 : Botucatu)
Anais [do] II Simpósio do Centro de Microscopia Eletrônica do IBB
[recurso eletrônico], 28 a 30 de novembro de 2011 / Presidente Daniela
Carvalho dos Santos; Organizadores Elton Luiz Scudeler ... [et at.]. – Botucatu:
UNESP-IBB, 2011
ePUB
Bianual
Resumos
Disponível em: www.ibb.unesp.br/#!/unidades-auxiliares/centro-de-
microscopia-eletronica---cme/anais-scme/edicoes-anteriores/
ISSN: 2525-7242 (recurso eletrônico)
1. Microscopia eletrônica - Pesquisa. 2. Ciências da vida. 3. Ciência dos
materiais. 4. Resumos. 5. Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita
Filho", Instituto de Biociências de Botucatu. I. Título. II. Scudeler, Elton Luiz.
III. Garcia, Ana Silvia Gimenes. IV. Carvalho, Shelly Favorito de. V. Tozin,
Luiz Ricardo dos Santos. VI. Santos, Daniela Carvalho dos.
CDD 578.45
Universidade Estadual Paulista - UNESP
Botucatu - SP
II Simpósio do Centro de Microscopia Eletrônica do IBB – 28 a 30 de novembro de 2011
COMISSÃO ORGANIZADORA DO SIMPÓSIO DO CENTRO DE
MICROSCOPIA ELETRÔNICA DO IBB – 2011
Presidente: Dra. Daniela Carvalho dos Santos
MEMBROS
Ana Silvia Gimenes Garcia
Daniela Carvalho dos Santos
Elton Luiz Scudeler
Lígia Barbosa Costa
Maria Lúcia Negreiros Fransozo
Silvia Rodrigues Machado
Selma Maria Michelin Matheus
Tatiane Maria Rodrigues
COMISSÃO CIENTÍFICA
Daniela Carvalho dos Santos, Maria Lúcia Negreiros Fransozo, Selma Maria Michelin
Matheus, Silvia Rodrigues Machado, Tatiane Maria Rodrigues.
Conselho do Centro de Microscopia Eletrônica do IBB
Membros titulares Realização
Supervisor: Dra. Daniela Carvalho dos Santos
Vice-supervisor: Elisa Aparecida Gregório
Dra. Maria Lúcia Negreiros Fransozo
Dra. Silvia Rodrigues Machado
Dra. Selma Maria Michelin Matheus
Claudete dos Santos Tardivo
Elton Luiz Scudeler
Membros suplentes Apoio
Dra. Margarida Juri Saeki
Dr. Alessandro Francisco Talamini do Amarante
Dra. Patrícia Aline Boer
Ligia Barbosa Costa
Monique Campos Pereira
II Simpósio do Centro de Microscopia Eletrônica do IBB – 28 a 30 de novembro de 2011
APRESENTAÇÃO
Prezados colegas,
O Simpósio do Centro de Microscopia Eletrônica do IBB é um evento bianual,
organizado pela Unidade Auxiliar de Estrutura Simples "Centro de Microscopia
Eletrônica" do Instituto de Biociências de Botucatu - UNESP, e tem por objetivo
proporcionar um ambiente para divulgação de pesquisas nas áreas de microscopia e
microanálise, além de fornecer oportunidade de atualização e discussão sobre diferentes
metodologias e aplicações destas ferramentas de estudo.
Desde a sua criação, em 2009, priorizamos a definição de uma programação
científica ampla, que abrangesse tanto áreas de ciências biológicas, quanto áreas de
ciências de materiais; além de enfatizar a importância da consolidação deste evento como
uma maneira de valorizar e difundir o conhecimento gerado com o uso de microscopia e
microanálise, e assim divulgá-lo de forma permanente.
O evento também oferece palestras técnicas e de aplicação, minicursos,
apresentações dos trabalhos científicos de forma oral e/ou painéis, além de um concurso
de fotografia científica. O público alvo é bastante heterogêneo e conta com a participação
de alunos de graduação e pós-graduação, técnicos, profissionais, docentes e a comunidade
científica em geral.
A publicação dos “Anais do Simpósio do Centro de Microscopia Eletrônica do
IBB” é um marco na história de divulgação da Unidade Auxiliar "Centro de Microscopia
Eletrônica", o qual conta com publicações seriadas, bianuais, contendo os resumos dos
trabalhos científicos apresentados durante as edições deste evento.
Profa. Dra. Daniela Carvalho dos Santos
Presidente da Comissão Organizadora do Simpósio do Centro de Microscopia
Eletrônica e Supervisora da Unidade Auxiliar CME do IBB
II Simpósio do Centro de Microscopia Eletrônica do IBB – 28 a 30 de novembro de 2011
SUMÁRIO
Resumos
ALTERAÇÕES ULTRAESTRUTURAIS EM OVÁRIOS DE CARRAPATOS
Rhipicephalus sanguineus Latreille. (Acari - Ixodidae) TRATADOS COM ÉSTERES
DO ÁCIDO RICINOLÉICO DO ÓLEO DE MAMONA
07
CONECTIVO GLANDULAR EM UMA ESPÉCIE DE MALPIGHIACEAE:
ASPECTOS MORFOLÓGICOS E CELULARES 08
1.
EFEITO DA INGESTÃO DO ÓLEO DE NIM (Azadirachta indica, A. Juss) EM
CÉLULAS ENDÓCRINAS DO MESÊNTERO DE LARVA DE Ceraeochrysa
claveri (Navás, 1911) (NEUROPTERA: CHRYSOPIDAE)
09
2.
ANÁLISE ULTRAESTRUTURAL DOS HEPATÓCITOS DE GIRINOS DE RÃS -
TOURO (Lithobates catesbeianus) EXPOSTOS AO 17 -ETINILESTRADIOL 10
3.
ANÁLISE ULTRAESTRUTURAL DO PROCESSO DE ESPERMIOGÊNESE EM
Dianema urostriatum Miranda-Ribeiro (LORICARIOIDEI: CALLICHTHYIDAE:
CALLICHTHYINAE)
11
4.
USO DA MICROSCOPIA CONFOCAL A LASER PARA ESTUDO DAS
JUNÇÕES NEUROMUSCULARES(JN) 12
5.
RESPOSTAS SUBCELULARES DO SISTEMA SECRETOR DE PLÂNTULAS DE
Copaifera langsdorffii Desf. (Leguminosae) MANTIDAS SOB DIFERENTES
CONDIÇÕES DE LUMINOSIDADE
13
6.
ESTRUTURA DO DISCO NECTARÍFERO DE Zeyheria montana Mart.
(BIGNONIACEAE) DURANTE O DESENVOLVIMENTO FLORAL 14
7.
ANATOMIA E ULTRA-ESTRUTURA DO SISTEMA VASCULAR DO PULVINO,
PECÍOLO, RAQUE E NERVURA PRINCIPAL DE Mimosa rixosa Mart. (Fabaceae,
Mimosoideae)
15
8.
ULTRAESTRUTURA DA PROSTATA DE RATOS SUBMETIDOS A
DESNUTRIÇÃO PROTEICA IN UTERO E EXPOSTOS A HORMÔNIOS
ESTERÓIDES NA IDADE ADULTA
16
ULTRAESTRUTURA DA CÉLULA EPITELIAL DO LOBO PROSTÁTICO
VENTRAL DE RATOS EXPOSTOS À CAFEÍNA
17
MATURAÇÃO NUCLEAR EM OÓCITOS DE OVINO DURANTE O CULTIVO
IN VITRO 18
II Simpósio do Centro de Microscopia Eletrônica do IBB – 28 a 30 de novembro de 2011
ANÁLISE DE COMPLEXOS CUMULUS-OÓCITOS IMATUROS DE OVINOS EM
MICROSCÓPIO ELETRÔNICO DE TRANSMISSÃO 19
ANÁLISE MORFOLÓGICA E HISTOQUÍMICA DA AÇÃO DE ROUNDUP-
ORIGINAL® NO FÍGADO DE GIRINOS DE RÃS-TOURO 20
ULTRAESTRUTURA DE ESPERMATOZÓIDE APIRENE E EUPIRENE EM
Diatraea saccharalis Fab. (Lepidoptera: Crambridae) 21
EFEITO DO LASER DE BAIXA INTENSIDADE (LLLT) SOBRE O MÚSCULO
GASTROCNÊMIO DE RATOS SUBMETIDOS A DIETA NORMO E
HIPERCALÓRICA
22
THE IMPORTANCE ELECTRON MICROSCOPY FOR MATERIAL SCIENCE:
PREPARATION OF Ru/GDC FOR INTERNAL STEAM REFORMING ANODES
IN SOLID OXIDE FUEL CELL
23
AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA DE FERRITAS DE MANGANÊS E ZINCO COM
MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA (MEV) 24
.
.
Realização Apoio
Os conteúdos dos resumos aqui publicados são de inteira responsabilidade de seus autores
28 A 30 de NOVEMBRO – UNESP – BOTUCATU/SP
RESUMOS
7
ALTERAÇÕES ULTRAESTRUTURAIS EM OVÁRIOS DE CARRAPATOS
Rhipicephalus sanguineus Latreille. (Acari - Ixodidae) TRATADOS COM
ÉSTERES DO ÁCIDO RICINOLÉICO DO ÓLEO DE MAMONA.
Bruno Rodrigues Sampieri1,*; Maria Izabel Camargo-Mathias1; Pablo Henrique
Nunes1.
(1)UNESP, Instituto de Biociências, Departamento de Biologia, Rio Claro, SP, Brasil.
O controle de carrapatos atualmente tem sido realizado por meio do uso de acaricidas
químicos sintéticos, que se mal aplicados geraram resistência nas populações destes
animais, além de contaminar o ambiente e agir toxicamente sobre organismos não-alvos.
Desta forma, substâncias de origem vegetal vêm sendo importante objeto de estudo como
opção aos acaricidas sintéticos. Dentre elas destacam-se os óleos e extratos de folhas de
eucalipto e de “Neem”. Os ésteres do ácido ricinoléico do óleo de mamona, mais
recentemente, em testes com bactérias contaminantes de fermentação etanólica mostrou-
se um agente biocida eficaz e estes quando adicionados a alimentação animal fornecida a
coelhos hospedeiros apresentou ação sobre órgãos vitais de carrapatos R. sanguineus.
Assim sendo, fazendo uso de técnicas de microscopia eletrônica de transmissão, foram
avaliadas as alterações morfofisiológicas e ultrestruturais ocasionadas pelos ésteres do
óleo de mamona nos ovários de fêmeas de carrapatos R. sanguineus, como aditivo
alimentar na dieta de coelhos hospedeiros infestados artificialmente com esta espécie de
carrapato. Os resultados mostraram a ação tóxica destas substâncias sobre as organelas,
alterando sua morfologia e consequentemente influenciando na fisiologia das células
germinativas e somáticas deste órgão, comprometendo inclusive o processo de
vitelogênese. Assim, os ésteres do ácido ricinoléico do óleo de mamona se mostraram
como um grupo de substâncias promissoras no combate e controle de carrapatos R.
sanguineus. (FAPESP/CNPq)
Palavras-chave: Carrapatos, Riphicephalus sanguineus, Controle, Esteres, Óleo de
mamona.
8
CONECTIVO GLANDULAR EM UMA ESPÉCIE DE MALPIGHIACEAE:
ASPECTOS MORFOLÓGICOS E CELULARES
Clivia Carolina Fiorilo Possobom1*; Silvia Rodrigues Machado1
(1) Universidade Estadual Paulista – UNESP, Instituto de Biociências de Botucatu – IBB,
Departamento de Botânica, Laboratório de biologia e ecologia da secreção em plantas.
Botucatu, SP, Brasil
Malpighiaceae inclui 1300 spp de plantas tropicais e subtropicais, sendo a presença de
diferentes estruturas glandulares uma característica com valor taxonômico e ecológico.
Glândulas nas sépalas, pétalas e estames são comumente encontradas nesta família, mas
com exceção das glândulas calicinais que produzem óleo como recurso floral, pouco se
sabe sobre estas estruturas. Neste trabalho foram analisados aspectos morfológicos e
celulares dos estames glandulares de Banisteriopsis cf campestris. Amostras foram
processadas e analisadas em microscopia de luz (ML), microscopia eletrônica de
varredura (MEV) e transmissão (MET). Os dez estames exibem conectivos
desenvolvidos e glandulares no ápice, formados por células epidérmicas globulares e
células parenquimáticas dispostas frouxamente. A superfície das células secretoras se
torna vesiculada durante o desenvolvimento floral. Estas células possuem parede
periclinal externa espessa, citoplasma abundante e vacúolo preenchido por material
elétron-denso e granular. A superfície vesiculada é formada pela gradual evaginação da
membrana plasmática e degradação da parede celular, ocorrendo protrusão do
protoplasto. No citoplasma são observadas mitocôndrias abundantes, plastídeos com
inclusões lipídicas, retículo endoplasmático rugoso extensivo, corpos protéicos e
dictiossomos escassos. Na região da protrusão são observadas mitocôndrias, plastídios,
gotas lipídicas e pequenos vacúolos com restos de membranas. As características
ultraestruturais indicam que o conectivo glandular está envolvido na síntese de secreção
de natureza mista, a qual é liberada através da cutícula na região protrundida do
protoplasto. Considerando as características morfológicas e a secreção dos conectivos
que podem estar relacionadas, respectivamente, ao aumento da atratividade floral e à
adesão dos grãos de pólen ao corpo dos visitantes, sugerimos que o conectivo glandular
tenha função essencial relacionada à polinização zoófila. (FAPESP, CNPq)
Palavras-chave: conectivo glandular, Malpighiaceae, polinização, ultraestrutura.
9
EFEITO DA INGESTÃO DO ÓLEO DE NIM (Azadirachta indica, A. Juss) EM
CÉLULAS ENDÓCRINAS DO MESÊNTERO DE LARVA DE Ceraeochrysa
claveri (Navás, 1911) (NEUROPTERA: CHRYSOPIDAE)
Elton Luiz Scudeler1; Ana Silvia Gimenes Garcia1; Daniela Carvalho dos Santos1,2
(1) Departamento de Morfologia, Instituto de Biociências de Botucatu - IBB,
Universidade Estadual Paulista - UNESP, Botucatu, SP, Brasil. [email protected]
(2) Centro de Microscopia Eletrônica, Instituto de Biociências de Botucatu - IBB,
Universidade Estadual Paulista - UNESP, Botucatu, SP, Brasil.
Células endócrinas, raramente observadas no epitélio do mesêntero, são relacionadas com
o controle hormonal dos movimentos peristálticos, regulação da síntese e secreção
enzimática, controle da proliferação e diferenciação das células regenerativas. A ingestão
do óleo de nim e de seus derivados causa alterações em células colunares e regenerativas
no mesêntero de inúmeras espécies de insetos, mas nenhuma descrição de efeitos sobre
células endócrinas foi constatada na literatura. Assim, o presente trabalho teve como
objetivo avaliar os efeitos da ingestão do óleo de nim nas células endócrinas de larvas de
C. claveri. O experimento foi realizado a 25 ± 1ºC, UR de 70 ± 10% e fotofase de 12
horas, onde larvas recém emergidas de C. claveri receberam como alimento durante todo
período larval ovos de Diatraea saccharalis (Lep: Crambidae) imersos em solução de
0,5; 1 e 2% de óleo de nim diluído em água destilada. Larvas controle foram alimentadas
com ovos tratados apenas em água destilada. Para análise, larvas de terceiro ínstar foram
dissecadas, isolado o mesêntero, fixado em Karnovsky e processado seguindo o protocolo
de rotina para análise em microscopia eletrônica de transmissão. Células endócrinas
foram visualizadas na base do epitélio, com formato cônico com citoplasma pouco denso,
repleto de pequenos grânulos elétron-densos. Dois tipos de células endócrinas foram
constatados: tipo 1, apresentando grânulos sólidos elétron-densos e tipo 2, apresentando
grânulos aureolados. A ingestão do óleo de nim ocasionou somente nas células endócrinas
do tipo 1 a formação de cisternas dilatadas do retículo endoplasmático rugoso,
desenvolvimento do retículo endoplasmático liso e formação de espaços intercelulares
entre células vizinhas. As três concentrações de óleo de nim avaliadas ocasionaram
alterações nas células endócrinas, indicando efeito citotóxico deste óleo às células
endócrinas do mesêntero. (FAPESP 2010/03606-9)
Palavras-chave: crisopídeo, ultraestrutura, intestino médio.
10
ANÁLISE ULTRAESTRUTURAL DOS HEPATÓCITOS DE GIRINOS DE
RÃS - TOURO (Lithobates catesbeianus) EXPOSTOS AO 17-
ETINILESTRADIOL
Gisele Miglioranza Rizzi1,*; Rhayza Roberta Andretta2; Elton Luiz Scudeler3; Fábio
Camargo Abdalla1; Monica Jones Costa1; Elaine C. M. Silva Zacarin1.
(1) Universidade Federal de São Carlos Campus de Sorocaba – UFSCar, LABEF
Laboratório de Biologia Estrutural e Funcional, SP, Brasil, [email protected]
(2) Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP, Departamento de Morfologia.
(3) Universidade Estadual Paulista – UNESP, Instituto de Biociências de Botucatu – IBB.
Xenoestrógenos identificados nas análises de água podem agir como disruptores
endócrinos nas espécies de anfíbios, os quais vêm sendo afetados pela exposição aos
hormônios estrogênicos. O objetivo do presente trabalho foi avaliar, através da análise
ultraestrutural, os efeitos do hormônio estrogênico 17-etinilestradiol no fígado de
girinos de rãs-touro (Lithobates catesbeianus) submetidos a bioensaios ecotoxicológicos
de exposição aguda (96h) e crônica (16 dias) à concentração de 10 ng/L. Após 96h, 3
girinos no estágio 25 de Gosner de cada grupo, controle e exposto, foram dissecados para
remoção do fígado e subsequente fixação em solução de glutaraldeído a 2,5% de
concentração em tampão cacodilato de sódio a pH 7,2. Após fixação, o material foi
preparado para Microscopia Eletrônica de Transmissão (MET). Os mesmos
procedimentos foram realizados para os indivíduos da exposição crônica. Os resultados
revelaram que os hepatócitos do grupo controle apresentaram núcleo com cromatina
descondensada, grânulos repletos de lipídio e presença de retículo endoplasmático liso
(REL) e rugoso no citoplasma. No grupo exposto durante 96h os hepatócitos
apresentaram maior quantidade de REL com cisternas dilatadas e presença de grânulos
parcialmente preenchidos por lipídios, bem como aumento no número de mitocôndrias.
Já no grupo exposto durante 16 dias, os hepatócitos apresentaram REL eletrondenso
superior ao do grupo controle e do exposto a 96h. O REL apresentava-se na forma
multilamelar. Observaram-se grânulos citoplasmáticos com morfologia similar aos do
grupo controle. O maior grau de desenvolvimento do REL nos animais expostos ao
xenoestrógeno, associado à grande quantidade de mitocôndrias, reflete aumento da
atividade metabólica dos hepatócitos em resposta ao xenoestrógeno. Os dados
preliminares do presente trabalho fornecerão dados importantes para a compreensão da
ação de estrógenos no fígado de rãs-touro e fornecerão subsídios para futuros trabalhos
com espécies nativas.
Palavras-chave: anfíbios, estrógeno, fígado
11
ANÁLISE ULTRAESTRUTURAL DO PROCESSO DE ESPERMIOGÊNESE
EM Dianema urostriatum Miranda-Ribeiro (LORICARIOIDEI:
CALLICHTHYIDAE: CALLICHTHYINAE)
Maria Angélica Spadella1,*; Simone Pasquarelli Desan1; Claudio Oliveira2
(1)Faculdade de Medicina de Marília – FAMEMA, Disciplina Embriologia Humana,
Marília, SP, Brasil. [email protected]
(2) Universidade Estadual Paulista - UNESP, Instituto de Biociências de Botucatu - IBB,
Departamento de Morfologia, Botucatu, SP, Brasil.
A família Callichthyidae, bem como suas duas subfamílias Corydoradinae e
Callichthyinae, têm sido consideradas monofiléticas com base em caracteres
morfológicos e moleculares. Vários estudos têm discutido que os caracteres reprodutivos
das espécies de peixes constituem uma boa fonte de informação filogenética e devem ser
melhor explorados. Com esse propósito, a ultraestrutura da espermiogênese foi descrita
em Dianema urostriatum, espécie de Callichthyinae. Testículos foram fixados em
glutaraldeído 2% e paraformaldeído 4% e processados segundo a técnica convencional
para microscopia eletrônica de transmissão. Nas espécies analisadas, as características
ultraestruturais da espermiogênese revelam que nas espermátides iniciais, o citoplasma é
simetricamente distribuído ao redor do núcleo, o qual apresenta contorno circular e
contém cromatina de padrão homogêneo. O complexo centriolar, com o centríolo
proximal lateral e em ângulo obtuso ao distal, situa-se lateralmente ao núcleo, ancorando-
se na membrana plasmática. O centríolo distal diferencia-se em corpo basal, formando o
flagelo. A rotação nuclear ocorre e o flagelo assume posição medial ao núcleo. Durante a
rotação nuclear, forma-se a fossa nuclear no contorno basal do núcleo. No final deste
processo, o complexo centriolar insere-se totalmente na fossa nuclear. Simultaneamente
à rotação nuclear, os centríolos movem-se em direção ao núcleo, trazendo com eles a
membrana plasmática e o segmento inicial do flagelo e, como conseqüência forma-se o
canal citoplasmático na região da peça intermediária. Na peça intermediária observam-se
várias mitocôndrias e vesículas. Os flagelos não apresentam projeções laterais ou fins.
Todo o processo de espermiogênese em D. urostriatum ocorre no interior de cistos,
caracterizando uma espermatogênese cística. Os dados obtidos forneceram um conjunto
maior de caracteres reprodutivos para Callichthyinae, que poderão servir de base para a
elucidação do gênero mais basal nesta subfamília. (FAPESP)
Palavras-chave: ultraestrutura, espermatogênese, espermátide, gônada, peixe.
12
USO DA MICROSCOPIA CONFOCAL A LASER PARA ESTUDO DAS
JUNÇÕES NEUROMUSCULARES(JN)
Selma Maria Michelin Matheus 1; Paula Aiello Tomé de Souza2
(1)Departamento de Anatomia/IBB/Unesp/Botucatu *[email protected],
(2)Programa de Pós-Graduação biologia Geral e Aplicada (IBB/Unesp/Botucatu)
A junção neuromuscular (JNM) é uma sinapse química altamente especializada entre uma
terminação nervosa motora e uma fibra muscular. Essas junções são passíveis de
remodelação frente a diferentes estímulos, sejam eles fisiológicos (exercícios, dietas,
envelhecimento, etc) ou experimentais. È possível caracterizá-las morfologicamente,
através da microscopia de luz, microscopia eletrônica de transmissão e varredura
fornecendo bases para melhor compreensão da sua morfofisiologia em diferentes:
espécies animais e situações experimentais. Com essa finalidade, os músculos são fixados
em Karnovsky, reduzidos na região do ponto motor e submetidos inicialmente a marcação
das JN com esterase inespecífica a qual marca os sítios que contém a enzima
acetilcolinesterase (presente na fenda sináptica) e outros locais que contém acetilcolina
(região pré-sinaptica e pós-sináptica). Desse modo, ocorre marcação “inespecífica” de
sítios esterase positivos, levando a evidenciação das regiões pré e pós-sinápticas e
também da fenda sináptica, permitindo uma visualização da morfologia da JN. Levando-
se em conta a posição das JNMs em relação aos feixes musculares, é possível selecionar
as áreas a serem reduzidas para análise ultra-estrutural. Para análise em MEV o material
sofre digestão parcial ou total do conjuntivo permitindo observação da fenda sináptica
primária e outros elementos. O advento do microscópio de varredura a laser confocal,
comercialmente disponível a partir de 1987 provocou uma verdadeira revolução na
micrsocopia óptica de fluorescência. O princípio da confocalidade possibilitada realizar
tomografia e reconstruções tridimensionais da estrutura da JN, através da captação de
uma série de imagens bidimensionais de plano de foco seqüenciais. Desse modo são
realizados cortes ópticos seriados de espessura variada (cerca de 1,5 a 2um) possibilitando
evidenciação de várias proteínas com uso de anticorpos fluorescentes.
Palavras-chave: microscopia confocal, junção neuromuscular
13
RESPOSTAS SUBCELULARES DO SISTEMA SECRETOR DE PLÂNTULAS
DE Copaifera langsdorffii Desf. (Leguminosae) MANTIDAS SOB DIFERENTES
CONDIÇÕES DE LUMINOSIDADE
Tatiane Maria Rodrigues1; Amanda Gobette Coneglian2,*; Debora Crocomo dos
Reis³; Plácido Fabrício Silva Melo Buarque4; Silvia Rodrigues Machado1
(1) Universidade Estadual Paulista - UNESP, Departamento de Botânica - IB, Botucatu,
SP, Brasil.
(2) Universidade Estadual Paulista - UNESP, Curso de Ciências Biológicas,
Departamento de Botânica - IB, Botucatu, SP, Brasil. Bolsista FAPESP IC (2010/1553-
9). [email protected].
(3) Universidade Estadual Paulista - UNESP, Curso de Ciências Biológicas,
Departamento de Botânica - IB, Botucatu, SP, Brasil. Bolsista IC Prope/UNESP.
(4) Universidade Estadual Paulista - UNESP, Programa de Pós-graduação em Ciências
Biológicas (Botânica) - IB, Botucatu, SP, Brasil. Bolsista CAPES.
Copaifera langsdorffii é uma espécie nativa de ampla distribuição. Os terpenos
produzidos por esta espécie vêm sendo explorados pelas indústrias de fármacos e
cosméticos, além de fornecer a planta proteção contra herbivoria e patógenos. O espaço
secretor no limbo dos eofilos e metatilos de C. langsdorffii é constituído por cavidades
com epitélio unisseriado e lume amplo. Entretanto, não se conhece a influência de fatores
ambientais sobre o desenvolvimento dessas estruturas. Este trabalho teve como objetivo
investigar a influência da luz nos aspectos celulares das cavidades secretoras de óleo nos
eofilos de C. langsdorffii. Para isso, plântulas obtidas a partir da germinação de sementes
em laboratório foram mantidas em câmara de germinação sob fotoperíodo de 12h a 25ºC
em diferentes condições de luminosidade: luz total (2500 lux); 50% de sombra (1250
lux); 90% de sombra (250 lux). Amostras da região mediana dos folíolos basais dos
eofilos foram processadas segundo técnicas usuais em microscopia eletrônica de
transmissão. As células das cavidades secretoras dos eofilos de plântulas mantidas sob
luz total se caracterizaram por apresentar paredes delgadas com plasmodesmos,
membrana plasmática de contorno irregular, núcleo volumoso, citoplasma abundante e
vacúolos pequenos. No citoplasma dessas células ocorrem poliribossomos, mitocôndrias
com cristas desenvolvidas, dictiossomos hiperativos, abundância de retículo
endoplasmático liso com cisternas dilatadas, plastídios polimórficos destituídos de
membranas internas e numerosas vesículas. Com a diminuição da intensidade luminosa,
observou-se um gradativo aumento de espessura das paredes das células epiteliais das
cavidades, entretanto, essas células mantiveram características de intensa atividade
secretora mostrando abundância ainda maior de vesículas e maior concentração de gotas
de óleo, o que sugere uma proteção mais efetiva desses indivíduos contra herbivoria
nessas condições. (FAPESP; PROPE/UNESP)
Palavras-chave: copaíba, cavidades secretoras, célula, eofilo, luz
14
ESTRUTURA DO DISCO NECTARÍFERO DE Zeyheria montana Mart.
(BIGNONIACEAE) DURANTE O DESENVOLVIMENTO FLORAL
Elza Guimarães1*; Silvia Rodrigues Machado1
(1) Universidade Estadual Paulista – UNESP, Instituto de Biociências de Botucatu – IBB,
Departamento de Botânica, Botucatu, SP, Brasil.
Néctar é um recurso essencial para manter a interação com polinizadores na maioria das
espécies zoófilas, entretanto, os aspectos celulares da secreção são pouco conhecidos em
espécies da flora neotropical. Em alguns gêneros de Bignoniaceae, como Zeyheria, este
disco é reduzido e tem sido considerado não funcional. Este estudo objetiva esclarecer o
papel do disco nectarífero em Zeyheria montana, um arbusto ornitófilo amplamente
distribuído no Cerrado. Amostras do disco de botões florais, flores funcionais e flores
senescentes foram coletadas em área de cerrado, em Botucatu, SP, e processadas segundo
as técnicas usuais em microscopia de luz e eletrônica de transmissão. Na fase pré-
secretora, as células epidérmicas do disco reduzido apresentam citoplasma denso com
numerosos amiloplastos e mitocôndrias volumosas; corpos de proteínas e grãos de amido
dispersos; vesículas se fundindo à membrana plasmática caracterizando secreção
granulócrina; numerosos plasmodesmos conectando as células epidérmicas e
subepidérmicas. Nas flores funcionais, as células epidérmicas do disco possuem
disposição compacta e citoplasma denso, e presença de secreção nas paredes anticlinais
e espaços intercelulares com indícios de liberação de secreção via apoplasto. No disco
das flores senescentes, a epiderme apresenta numerosos corpos proteicos e leucoplastos;
mitocôndrias com cristas desenvolvidas e grânulos eletrondensos; cutícula com
microcanais. As células do parênquima apresentam crescimento intrusivo, corpos de
Golgi, RER e mitocôndrias em profusão, além de vacúolos e vesículas contendo
substância lipofílica. Chama atenção a abundância de corpos de proteína nas células do
parênquima subepidérmico. No disco rudimentar o floema é bem desenvolvido e se
caracteriza pela abundancia de proteínas fibrilares no elemento de tubo crivado. As
evidências ultraestruturais indicam que o disco rudimentar de Z. montana é ativo em
secreção de néctar e proteínas.
Palavras-chave: Zeyheria montana, nectário, ultrestrutura, desenvolvimento
15
ANATOMIA E ULTRA-ESTRUTURA DO SISTEMA VASCULAR DO
PULVINO, PECÍOLO, RAQUE E NERVURA PRINCIPAL DE Mimosa rixosa
Mart. (Fabaceae, Mimosoideae)
Yve Canaveze1; Tatiane Maria Rodrigues1; Silvia Rodrigues Machado1
(1) Universidade Estadual Paulista – UNESP, Instituto de Biociências de Botucatu – IBB,
Departamento de Botânica, Botucatu, SP, Brasil. [email protected]
Evidências sugerem que, além das células motoras do pulvino, aparatos do sistema
vascular dessa região também participam na redistribuição de íons e na transmissão do
estímulo durante o movimento foliar. Mimosa rixosa é uma leguminosa que apresenta
movimentos foliares seismonástico rápido e nictinástico e heliotrópico lentos.
Investigamos a anatomia e ultra-estrutura do pulvino, pecíolo, raque e nervura principal
de M. rixosa através de técnicas usuais em microscopia de luz e eletrônica de transmissão.
O sistema vascular do pulvino é central, reduzido, pouco lignificado e circundado por
uma bainha de fibras pericíclicas septadas. Já as demais regiões apresentam sistema
vascular periférico, intensamente lignificado, circundado por uma bainha de fibras
lignificadas entremeadas por fibras gelatinosas. Proteínas cristalinas foram encontradas
no interior de plastídios em elementos de tubo crivado, principalmente no pulvino. A
presença de elementos de tubo crivado com paredes nacaradas e de células de
transferência no xilema (tipo C) foi comum a todas as regiões foliares. Plasmodesmos
ocorreram com freqüência tanto nas fibras septadas, conectando-as entre si e com as
células da endoderme, como nas células parenquimáticas do floema, conectando-as com
os elementos de tubo crivado do pulvino. Tais características do pulvino relacionam-se
com a rápida redistribuição de íons, corroborando com a hipótese de que o sistema
vascular dessa região tem importante papel nos movimentos foliares. (FAPESP)
Palavras-chave: Leguminosae, movimentos foliares, pulvino
16
ULTRAESTRUTURA DA PROSTATA DE RATOS SUBMETIDOS A
DESNUTRIÇÃO PROTEICA IN UTERO E EXPOSTOS A HORMÔNIOS
ESTERÓIDES NA IDADE ADULTA
Jaqueline Carvalho Rinaldi1,*; Lívia Maria Lacorte1; Flávia Karina Delella1; Luis
Antônio Justulin2; Sérgio Luis Felisbino1
(1) Universidade Estadual Paulista – UNESP, Instituto de Biociências de Botucatu – IBB,
Departamento de Morfologia, Botucatu, SP, Brasil. *[email protected]
(2) Universidade Federal do Triângulo Mineiro – UFMG, Departamento de Morfologia,
Uberaba, MG, Brasil.
A desnutrição proteica durante a gestação desencadeia atraso na instalação da puberdade,
redução da testosterona sérica e da distância anogenital na prole de machos. Estudos
mostram que a redução da testosterona torna órgãos andrógeno-dependentes, como é o
caso da próstata, mais susceptíveis a desenvolver alterações. Assim, este trabalho analisou
a próstata ventral (PV) de ratos que foram submetidos a desnutrição proteica durante o
desenvolvimento intra-uterino e expostos a hormônios esteróides na idade adulta. 24 ratos
Wistar, cujas mães receberam dieta padrão (NP=17% de proteína, n=12) ou dieta com
hipoproteica (RP=6% de proteína, n=12) durante o período gestacional, foram expostos
a hormonios esteróides (17-beta estradiol+testosterona) através de implante subcutaneo a
partir da 16ª semana de vida. Na 35ª semana, os ratos foram sacrificados, a PV foi
dissecada, pesada e processada para análise morfologica, morfometrica, imuno-
histoquimica e ultraestrutural. Os resultados demonstraram que a restrição proteica
materna promoveu baixo peso ao nascimento, redução da distância ano-genital e redução
da testosterona plasmática (p<0,05) da prole. Observou-se ainda, redução no peso
corpóreo e no peso absoluto/relativo da próstata do rato adulto. A análise morfológica e
morfométrica da PV dos grupos NP e RP diferiram quanto a altura do epitélio secretor,
distribuição de colágeno no estroma, índice de proliferação e incidência de prostatite.
Além disso, a ultraestrutura revelou vacuolização intra-epitelial, cisternas do retículo
endoplasmático rugoso dilatadas, vesículas de secreção de diferentes densidades e
descontinuidade nos microvilos. No estroma hipertrofiado, observou-se fibras colágenas
de diferentes espessuras e células musculares lisas espinhosas com fenótipo secretor. Os
resultados sugerem que as alterações endócrinas desencadeadas pela restrição proteica
materna interferiram no desenvolvimento da próstata ventral, bem como em sua resposta
à esteróides exógenos. (FAPESP: 09/50204-6)
Palavras-chave: prostata ventral, desnutrição proteica, hormônios esteróides,
ultraestrutura.
17
ULTRAESTRUTURA DA CÉLULA EPITELIAL DO LOBO PROSTÁTICO
VENTRAL DE RATOS EXPOSTOS À CAFEÍNA
Lívia Maria Lacorte1,*; Carolina Sarobo1; Jaqueline de Carvalho Rinaldi1; Flavia
Karina Delella1; Sérgio Luis Felisbino1
(1) Universidade Estadual Paulista – UNESP, Instituto de Biociências de Botucatu – IBB,
Departamento de Morfologia, Botucatu, SP, Brasil. *[email protected]
A próstata é um órgão andrógeno dependente e os principais andrógenos circulantes
responsáveis pela diferenciação e regulação da morfologia glandular são a testosterona
(T) e diidrotestosterona (DHT). Algumas fases da vida, o rápido crescimento da próstata
em resposta ao aumento hormonal, são extremamente importantes para a fisiologia da
glândula. Nestes períodos a próstata se torna susceptível a fatores exógenos que possam
mimetizar/alterar a ação hormonal. A cafeína, considerada a droga psicoativa mais
utilizada no mundo por estar presente em várias bebidas e alimentos do cotidiano das
pessoas, pode atuar como um desregulador endócrino, entretanto os estudos que a
correlacionam com a próstata são escassos. Assim, este trabalho avaliou a próstata ventral
de ratos que foram expostos à cafeína durante a puberdade até a fase adulta. Para isto,
ratos Wistar foram divididos em dois grupos: Cafeína, que receberam 20 mg/L de cafeína
pela água de beber (n=12) e Controle: receberam apenas água. Os animais foram
sacrificados com 25 semanas de vida, o lobo prostático ventral (PV) foi dissecado,
pesado, e processado para análise morfológica, morfométrica, imuno-histoquimica e
ultraestrutural. Os resultados demonstraram que nos animais que receberam cafeína
houve o aumento do nível plasmático de T e DHT (p<0,05), o que refletiu no aumento do
peso relativo da PV. Análises morfológicas e morfométricas revelaram que não houve
mudanças significativas na estrutura da glândula bem como na expressão tecidual do
receptor de andrógeno. A ultraestrutura revelou distribuição homogênea de organelas de
síntese proteica em ambos os grupos, porém foi observado que as cisternas do retículo
endoplasmático rugoso apresentaram-se dilatadas além de mudanças na adesão célula-
célula no epitélio da próstata dos animais expostos à cafeína. Com a senescência os níveis
séricos de andrógenos caem e estes resultados sugerem que a ingestão crônica de cafeína
pode garantir a homeostasia hormonal.
Palavras-chave: cafeína, prostata ventral, ultraestrutura.
18
MATURAÇÃO NUCLEAR EM OÓCITOS DE OVINO DURANTE O CULTIVO
IN VITRO
Letícia Ferrari Crocomo1*; Wolff Camargo Marque Flho1; Midyan Daroz
Guastali1; Mateus José Sudano1; Daniela Martin Paschoal1;Macedo, C.C. 1;
Fernanda da Cruz Landim-Alvarenga1; Sony Dimas Bicudo1
(1) Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária da Faculdade de
Medicina Veterinária e Zootecnia da UNESP – Campus Botucatu, São Paulo.
(*) Autor para correspondência: [email protected]
A eficiência da produção de embriões in vitro (PIV) está diretamente relacionada ao
processo de maturação oocitária, que envolve maturação nuclear, citoplasmática e
molecular. Em ovinos, os resultados obtidos através da PIV são insatisfatórios. Deste
modo, este estudo visou avaliar a competência meiótica em oócitos de ovinos cultivados
in vitro, baseado na progressão da maturação nuclear. Para isso, oócitos aspirados de
ovários de ovelhas obtidos em frigorífico foram cultivados em meio de maturação
constituído de TCM199, LH, FSH, piruvato, penicilina e cisteamina por 24 horas em
estufa a 38,5ºC e atmosfera com 5% de CO2. Ao final do período de cultivo in vitro, os
oócitos foram corados com Hoechst 33342 e a configuração cromossômica avaliada em
microscópio de fluorescência Leica® DMIRB equipado com luz fluorescente ultra-
violeta. Elevada proporção dos oócitos estavam no estádio de metáfase II (79%),
enquanto que apenas 8% e 6% permaneceram em metáfase I e quebra de vesícula,
respectivamente. Além disso, 6% dos oócitos foram classificados como degenerados ou
não identificados. A adequada segregação cromossômica ao longo da maturação nuclear
é essencial para produção de gametas haplóides aptos a serem fecundados. Nossos
achados demonstram que, nas condições de cultivo in vitro propostas neste experimento,
houve adequada progressão da maturação nuclear em oócitos de ovinos com baixa taxa
de oócitos degenerados ou não identificados. Logo, a competência meiótica não justifica
a baixa eficiência da PIV em ovinos. Outros aspectos da maturação oocitária devem ser
estudados para melhor compreensão dos mecanismos biológicos envolvidos no
desenvolvimento oocitário e embrionário e, conseqüente, incremento biotecnológico
(FAPESP, CAPES).
Palavras-chave: oócito, ovelhas, fluorescência, maturação nuclear.
19
ANÁLISE DE COMPLEXOS CUMULUS-OÓCITOS IMATUROS DE OVINOS
EM MICROSCÓPIO ELETRÔNICO DE TRANSMISSÃO
Letícia Ferrari Crocomo1*; Wolff Camargo Marque Flho1; Midyan Daroz
Guastali1; Mateus José Sudano1; Daniela Martin Paschoal1; Macedo C.C. 1;
Fernanda da Cruz Landim-Alvarenga1; Sony Dimas Bicudo1
(1) Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária da Faculdade de
Medicina Veterinária e Zootecnia da UNESP – Campus Botucatu, São Paulo.
(*) Autor para correspondência: [email protected]
A qualidade dos complexos cumulus-oócitos (COCs) determina a eficiência produção de
embriões in vitro (PIV). Em ovinos, no entanto, ainda há poucos relatos sobre aspectos
ultraestruturais dos COCs. Deste modo, este estudo visou avaliar a qualidade
ultraestrutural dos COCs imaturos de ovinos, baseado no aspecto e distribuição de
organelas citoplasmáticas. Para isso, COCs foram aspirados de ovários de ovelhas obtidos
em frigorífico. Logo após a aspiração, estes COCs foram fixados em glutaraldeído 2,5 %
e encaminhados para o centro de microscopia eletrônica do Instituto de Biociências da
UNESP – Botucatu onde foram processados conforme as técnicas usuais em microscopia
eletrônica de transmissão. As imagens obtidas revelaram sinais característicos de
imaturidade como células do cumulus compactas; presença dos prolongamentos
citoplasmáticos das células do cumulus, os quais atravessam a zona pelúcida e
estabelecem comunicação com a membrana plasmática do oócito através dos complexos
juncionais; espaço perivitelínico pouco desenvolvido; membrana plasmática com poucas
e pequenas microvilosidades; presença de aglomerados de mitocôndrias pleomórficas
localizados principalmente na periferia do oócito; complexos de Golgi bem
desenvolvidos e poucos grânulos corticais de coloração heterogênea organizados em
grumos e dispersos por todo ooplasma. Também foi observada grande quantidade de
retículo endoplasmático e grânulos de lipídeos associados às mitocôndrias, formando as
unidades funcionais ou metabólicas. Além disso, havia poucas vesículas e figuras
mielínicas. Os achados obtidos neste estudo concordam com o relatado em COCs
imaturos de outras espécies animais como bovino, eqüino, suíno, búfalos, e serve como
modelo para o estudo da progressão da maturação oocitária em estudos futuros (FAPESP,
CAPES).
Palavras-chave: oócito, ovelhas, ultraestrutura, microscopia eletrônica.
20
ANÁLISE MORFOLÓGICA E HISTOQUÍMICA DA AÇÃO DE ROUNDUP-
ORIGINAL® NO FÍGADO DE GIRINOS DE RÃS-TOURO
Cristiane Ronchi de Oliveira¹; Elaine Cristina Mathias da Silva-Zacarin1*; Fábio
Camargo Abdalla¹; Monica Jones Costa2.
(1) Universidade Federal de São Carlos, campus Sorocaba, Laboratório de Biologia
Estrutural e Funcional da UFSCar Sorocaba, Sorocaba, SP, Brasil. (2)Universidade
Federal de São Carlos – UFSCar, Laboratório de Fisiologia da Conservação da UFSCar
Sorocaba, Sorocaba, SP, Brasil.
A redução das populações de anfíbios está associada a diversos fatores, dentre eles,
alterações climáticas, poluição das águas causadas por pesticidas e despejos industriais,
além da perda de hábitat associado à ação antrópica. Os herbicidas que contêm como base
o glifosato são os mais utilizados no mundo, e vários estudos verificaram alterações nos
anfíbios causadas pelo contato com o glifosato. Diante dos reconhecidos efeitos que os
pesticidas podem causar aos animais expostos, o objetivo do presente estudo foi analisar
morfológica e histoquimicamente os efeitos do herbicida Roundup-Original® no fígado
de girinos de rãs-touro (Lithobates catesbeianus). Os girinos no estágio de 25 Gosner
foram divididos aleatoriamente em aquários de 18L, sendo um grupo controle (CT; n =
10) e um grupo exposto ao Roundup-Original® (RO; 1ppm do equivalente ácido; n = 10)
durante um período de 96 horas, correspondente a exposição aguda. Após a exposição, os
animais foram sacrificados e seus fígados coletados. Adicionalmente, os fígados foram
fixados, desidratados e rotineiramente processados para embebição e inclusão em
historesina. Os dados morfológicos do fígado dos girinos rã-touro expostos não
evidenciaram alterações na estrutura histológica dos hepatócitos do fígado, exceto pelo
aumento no nível de compactação dos núcleos dos hepatócitos dos animais expostos, bem
como o aumento na freqüência de células melanomacrofágicas que formavam células
polinucleadas, não observado no grupo controle. Também se visualizou áreas
degeneradas nos ácinos dos hepatócitos no grupo exposto. A análise histoquímica
comparativa entre os grupos controle e exposto indicou semelhanças na distribuição de
proteínas totais, glicogênio e lipídios nos hepatócitos do fígado dos animais analisados.
Conclui-se que a exposição à baixa dose de Roundup-Original® induz a formação de
células melanomacrofágicas polinucleadas, provavelmente em resposta à degeneração de
hepatócitos.
Palavras-chave: ecotoxicologia, rãs-touro, fígado, exposição aguda, roundup-original.
21
ULTRAESTRUTURA DE ESPERMATOZÓIDE APIRENE E EUPIRENE EM
Diatraea saccharalis Fab. (Lepidoptera: Crambridae)
Monique Campos Pereira1,*; Daniela Carvalho dos Santos2
(1) Departamento de Morfologia, Instituto de Biociências, Universidade Estadual
Paulista/ UNESP, Campus de Botucatu, 18618-970, Botucatu, SP, Brasil.
[email protected] (2) Centro de Microscopia Eletrônica, Instituto de Biociências,
Universidade Estadual Paulista/ UNESP, Campus de Botucatu, 18618-970, Botucatu, SP,
Brasil.
Diatraea saccharalis possui grande importância econômica e é considerada uma das
pragas que mais afeta a cultura canavieira. Em Lepidoptera, o polimorfismo espermático
está presente e envolve a produção de espermatozóides apirenes (anucleados) e eupirenes
(nucleados), os quais são morfologicamente e funcionalmente diferentes. Este estudo teve
como objetivo descrever o processo da espermatogênese envolvido no polimorfismo
espermático. Testículos de larvas de último instar e de adultos de D. saccharalis foram
processados convencionalmente para microscopia de luz e microscopia eletrônica de
transmissão. As análises permitiram a identificação de um par de testículos com formato
riniforme, limitado externamente por uma túnica celular, em larvas. Cada testículo possui
quatro folículos que estão divididos através de septos de túnica celular interna. Em adultos
há somente um único testículo, fundido e esférico dividido em oito folículos e constituído
principalmente por feixes de espermatozóides. Os cistos de espermatogônias e
espermatócitos estão localizados na região apical do folículo, e os cistos de espermátides
e espermatozóides estão localizados na região basal do folículo. Dentro dos cistos, as
células da linhagem germinativa se desenvolvem sincronicamente e contém somente
espermatozóides apirenes ou eupirenes, nunca contém ambos. A extremidade anterior do
espermatozóide apirene consiste em um capuz denso ao invés de núcleo. O
espermatozóide eupirene possui um núcleo e acrossoma. Ambos os tipos de
espermatozóides apresentam um axonema com padrão microtubular do tipo “9+9+2” e
dois derivados mitocondriais na região do flagelo. Somente células eupirenes
apresentaram apêndices laciniados e reticulares prorrogados a partir da membrana
plasmática. O processo da espermatogênese é similar ao encontrado em outros insetos da
ordem Lepidoptera. (CNPQ)
Palavras-chave: Apirene, Diatraea saccharalis, Eupirene, Lepidoptera, Ultraestrutura.
22
EFEITO DO LASER DE BAIXA INTENSIDADE (LLLT) SOBRE O MÚSCULO
GASTROCNÊMIO DE RATOS SUBMETIDOS A DIETA NORMO E
HIPERCALÓRICA
Antonio Eduardo de Aquino Junior1,2; Selma Maria Michelin Matheus3*; Fernanda
Oliveira Duarte4; Marcela Sene Fiorese5; Ana Cláudia Garcia de Oliveira Duarte2,5;
Nivaldo Antonio Parizotto1,6; Vanderlei Salvador Bagnato1,7
(1) Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia (UFSCar), (2) Departamento de Educação
Física – Laboratório de Nutrição e Metabolismo Aplicado ao Exercício (UFSCar), (3)
Departamento de Anatomia/IBB/Unesp/Botucatu *[email protected], (4) Programa de Pós-
Graduação em Ciências Fisiológicas (UFSCar), (5) Universidade Camilo Castelo Branco –
Unicastelo/ Descalvado, (6) Departamento de Fisioterapia (UFSCar), (7) Instituto de Física de
São Carlos (USP), São Carlos/SP.
O laser de baixa intensidade (LLLT) pode promover alterações mitocondriais, geralmente
por meio de fusão entre unidades mitocondriais, caracterizando as chamadas
mitocôndrias gigantes (Bakeeva 1993; Ferraresi, 2010). A transformação mitocondrial
pode ser um fator auxiliar no controle de doenças cardiovasculares, bem como uma forma
mais efetiva de controle do sobrepeso e obesidade, podendo contribuir para melhora do
desempenho muscular. Com a finalidade de analisar o efeito do LLLT sobre o músculo
gastrocnêmio, 32 ratos Wistar adultos machos (CEEA 067/2010), foram divididos em 4
grupos: G1- dieta normocalórica, G2- dieta normocalórica e laser, G3- dieta hipercalórica,
G4 -dieta hipercalórica e laser. Os grupos normocalóricos receberam dieta balanceada
BIOBASE e os grupos hipercalóricos a dieta “Cafeteria” (Estadella ,2001). A aplicação
do LLLT, foi realizada de forma pontual, na intensidade de 830nm, contínuo, com
diâmetro de 0,6mm, 60W/cm2, 100J/cm2 e com tempo de irradiação de 47s, com o laser
de baixa energia Ga-Al-As (Thera laser, DMC, Equipamentos de São Carlos, SP, Brasil),
totalizando 4,7J de energia distribuídos no ponto de aplicação, o músculo gastrocnêmio,
uma única vez ao dia. Os animais foram sacrificados 24 horas após a última aplicação de
LLLT através de decapitação. A seguir os músculos do antímero direito foram reduzidos,
fixados em solução de Karnovsky e submetidos a rotina para microscopia eletrônica de
transmissão. A análise ultraestrutural revelou sarcômeros íntegros contendo miofibrilas
organizadas, nota-se aumento no número e tamanho das mitocôndrias, bem como dos
vasos sanguineos nos animais que receberam laser. As junções neuromusculares
analisadas apresentaram morfologia normal das regiões pré e pós-sinápticas em todos os
grupos estudados. Desse modo conclui-se que o laser não causou danos musculares,
promoveu aumento de vasos sanguíneos e mitocôndrias, podendo ser utilizado como
coadjuvante para melhora de desempenho físico ou após lesões.
Palavras-chave: Laser, gastrocnêmio, dieta normo e hipercalórica, ultraestrutura
23
THE IMPORTANCE ELECTRON MICROSCOPY FOR MATERIAL
SCIENCE: PREPARATION OF Ru/GDC FOR INTERNAL STEAM
REFORMING ANODES IN SOLID OXIDE FUEL CELL
Rafael Innocenti Vieira da Silva1,*; Andrea Alvarez Moreno2; Luis Bobadilla
Baladron2; Willinton Yesid Hernández Enciso2; Alberto Adriano Cavalheiro3;
Dayse Iara dos Santos4; Miguel Angel Centeno Gallego2; José Antonio Odriozola
Gordón2 and Margarida Juri Saeki1.
(1) DQB, IB, Universidade Estadual Paulista, Botucatu, SP, Brazil; [email protected]
(2) ICMSE, Universidad de Sevilla, Sevilla, Spain;
(3) DQ, Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul, Naviraí, MS, Brazil;
(4) DF, FC, Universidade Estadual Paulista, Bauru, SP, Brazil
This work aimed to prepare a composite of ruthenium and mixed (ionic and electronic)
ceramic conductor, Tix(Gd0.2Ce0.8)(1-x)O(2-δ) where 0x0.1, to be used as internal
reforming anodes in Solid Oxide Fuel Cell (SOFC). The ceramic supports were
synthesized by Polymeric Precursor Method and calcined at 700ºC and 1150ºC in air.
These materials were characterized by X-ray Diffraction (XRD) being the structure
refined by Rietveld Method (SRRM), Scanning Electronic Microscopy (SEM) and semi-
quantitative analysis by Energy Dispersive X-ray (EDX). The Ru was deposited on
ceramic support by Formic Acid Method, calcined at 300ºC in N2 and at 1000ºC under
20vol% H2 atmosphere. The characterization of the composite was carried out by XRD,
Field Emission Gun - Scanning Electronic Microscopy (FEG-SEM) and Transmission
Electronic Microscopy (TEM). Finally, the catalytical activity of the composite for
glycerol steam reforming reaction was evaluated. The XRD/SRRM results showed that
the samples crystallize as fluorite single phase (s.g. Fm3m) when calcined at T=700ºC.
The secondary phase of Gd2Ti2O7 (s.g. Fd3m) was observed in the sample with x≥0.025
when calcined at T=1150ºC. The morphological analysis by SEM showed that the
ceramic support is an agglomerate with irregular plate shape. The EDX analysis
confirmed that the composition is close to the nominal one. The XRD analysis of the
composite showed that the ruthenium is loaded as metallic nanoparticles. Ru particle with
size of 20nm to 400nm was observed in the SEM-FEG images while the TEM analysis
showed that Ru particle size is between 10nm and 130nm. The latter analysis also showed
that there are particles smaller than 20nm. The catalytical measurement on
1%(wt)Ru/Ti0.05(Gd0.2Ce0.8)0.95O(2-δ) composite was carried out at 750oC which showed
that the activity for glycerol steam reforming is adequate to be used as internal reforming
anode in SOFCs. (MCT/FINEP and CNPq).
Key-Words: SOFC, Cerium oxide doped, Glycerol, Catalysis.
24
AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA DE FERRITAS DE MANGANÊS E ZINCO
COM MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA (MEV)
Murillo Longo Martins1*; José Pedro Serra Valente1; Margarida Juri Saeki1
(1) Universidade Estadual Paulista - UNESP, Instituto de Biociências de Botucatu - IBB,
Departamento de Quimica e Bioquimica. [email protected]
Nos últimos anos tem sido crescente a utilização de materiais magnéticos na medicina.
Um dos materiais mais utilizados para este fim são as ferritas de manganês e zinco devido
à sua alta susceptibilidade magnética e reduzidas perdas por histerese. Neste trabalho, as
ferritas, de fórmula Mn(1-x)ZnxFe2O4, com x entre 0,15 e 0,30, foram preparadas pelo
método Pechinni e submetidas a tratamentos térmicos a 4000C, 7000C e 11000C por 2h.
A morfologia das amostras foi avaliada por MEV com o objetivo de que fossem
analisados o crescimento dos grãos e a evolução dos respectivos graus de sinterização,
diretamente relacionados com as propriedades magnéticas do material. Para tanto, foi
utilizado um microscópio FEI, modelo Quanta 200 com um detector de elétrons
secundários. Os pós foram dispersos em isopropanol e uma gota da sua suspensão foi
espalhada sobre lamínula de vidro colada com em base de alumínio. Após a secagem, a
lâminula foi metalizada e as imagens, obtidas em diferentes áreas. As imagens obtidas
mostram que as amostras com x=0,15 e x=0,20 tratadas a 400°C apresentam partículas
dispersas, de tamanho nanométrico aquelas com valores de x iguais a 0,25 e 0,30 possuem
matéria orgânica. As amostras calcinadas a 700°C mostram sinais de densificação, tal que
a coalescência de pequenas partículas dá origem a grandes aglomerados, mas com grande
porosidade nas amostras com x iguais a 0,15 e 0,20. Nas amostras com x=0,25 e x=0,30,
formam-se aglomerados de grandes dimensões contendo grande quantidade de pequenas
partículas incrustadas que pode ser devido às partículas de ferrita e hematita embebidas
no carbonato solidificado. Quando as amostras são calcinadas a 1100°C nota-se
formações de aglomerados ainda maiores com processos de sinterização bastante
avançados. Logo, é possível concluir que os processos de sinterização tem início em
11000C mesmo com tempos reduzidos de tratamento térmico. (FAPESP; CAPES)
Palavras-chave: ferritas de manganês e zinco, método Pechinni, sinterização