UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA … · para caracterizar a precipitação...

83
1 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” CAMPUS EXPERIMENTAL DE OURINHOS FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA DO ESTADO DE SÃO PAULO CARACTERIZAÇÃO DA PRECIPITAÇÃO PLUVIAL E DA FLUVIOMENTRIA DO RIO TURVO, MÉDIO PARANAPANEMA. Rosangela Teles Alves Nº do processo: 05/58450-5 Relatório Nº. 4 Orientador: Jonas Teixeira Nery OURINHOS 2007

Transcript of UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA … · para caracterizar a precipitação...

1

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”

CAMPUS EXPERIMENTAL DE OURINHOS

FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA DO ESTADO DE SÃO PAULO

CARACTERIZAÇÃO DA PRECIPITAÇÃO PLUVIAL E DA FLUVIOMENTRIA DO

RIO TURVO, MÉDIO PARANAPANEMA.

Rosangela Teles Alves Nº do processo: 05/58450-5

Relatório Nº. 4 Orientador: Jonas Teixeira Nery

OURINHOS 2007

2

SUMÁRIO

1. Resumos do plano inicial e das etapas já descritas em relatório anteriores................................03

2. Resumo das atividades do relatório atual...................................................................................04

3. Detalhamento dos progressos realizados......................................................................

4. Plano de trabalho e cronograma para as etapas seguintes:............................................

3

1. Resumos do plano inicial e das etapas já descritas em relatório anteriores.

O projeto inicial visou caracterizar a precipitação e fluviometria do rio Turvo,

Médio Paranapanema. Foram analisadas e separadas as estações de precipitação pluviais

existentes dentro da bacia que obtivessem as maiores séries temporais, disponíveis no site

Agência Nacional de Águas (ANA).

O programa Surfer inicialmente serviu para georefenciar espacialmente as

estações na bacia do rio Turvo.

Após serem pontuadas todas as estações dentro da bacia, foram utilizadas as

estações que possuíssem uma maior série temporal (1970 a 2000).

Através do programa Excel foram realizadas estatísticas descritivas como:

média, desvio padrão, máximo, mínimo, primeiro quartil, terceiro quartil, coeficiente de variação

e amplitude interquartil e outros cálculos foram realizados para estabelecer freqüência de chuvas,

anomalias mensais e anuais.

Para a obtenção das isolinhas foi utilizado o método de interpolação Kriging

no programa Surfer.

Outra etapa importante foi a elaboração das isolinhas trimestrais, diárias.

Confecção de gráficos de anomalias, balanço hídrico e vazão. Foram geradas também planilhas

com estatística descritiva.

Posteriormente a prorrogação deste projeto teve-se como objetivo diagnosticar

a variável precipitação pluvial em diferentes escalas.

Novamente foram extraídas do site Sistema de Informação Hidrológica da

Agência Nacional de Águas (ANA) as estações pluviométricas, tendo como base espacial os

municípios pertencentes à Unidade de Gerenciamento do Médio Paranapanema, utilizando-se dos

códigos do Inventário das Estações pluviométricas.

Foram analisadas todas as estações pluviométricas da Unidade, após

escolhidas as séries que não tivessem falhas ou tivessem poucas falhas para o preenchimento das

mesmas.

4

O período que se obteve com as melhores séries temporais foi período de

1974 a 2003. Foram feitas as análises e consistências dos dados. Com esta base de dados foram

calculadas: média, coeficiente de variação, desvio padrão, máximo, mínimo, amplitude, índice de

irregularidade metereológico, quartil inferior, quartil superior, amplitude interquartil, utilizando-

se do programa Excel.

À partir das bases de dados serão calculados diversos parâmetros estatísticos,

em diferentes escalas (diárias, decais, mensais, intasazonais, sazonais, anual e interanuais), da

Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos do Médio Paranapanema (UGRHI-17). Para

tanto serão realizadas estatísticas descritivas (cálculo de média, desvio padrão, coeficiente de

variação, quartis superior e inferior); outros serão realizados para estabelecer freqüência de

chuvas, anomalias mensais e anuais.

O programa Surfer serviu de base para as escolhas das estações em uma

perspectiva espacial. A unidade foi digitalizada para a confecção dos mapas de isoietas de

anomalias para todo o período de estudo, além das isolinhas mensais.

Serão classificadas áreas homogêneas na UGRHI 17, através de métodos de

análise multivariada (análise de cluster). Essas áreas serão correlacionadas com eventos como

ENSO, com a Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), no período de setembro a abril e

outras dinâmicas climáticas. Traçando isolinhas para futuras utilizações em previsão de tempo e

no monitoramento dessa região estratégica de recursos hídricos e energéticos.

2. Resumo das atividades do relatório atual.

Nesta etapa foram elaboradas tabelas decadais dos períodos de 1974 a 1983,

1984 a 1993 e 1994 a 2003. Foram calculados as médias, desvio padrão, coeficiente de variação,

máximo, mínimo, amplitude, índice de irregularidade metereológico, quartil inferior, quartil

superior e amplitude inter quartil utilizando-se do programa Excel.

Foi utilizado o programa Surfer para ilustrar através de mapas de isolinhas das

médias decadais, mensais, diárias, intrasazonais, sazonais, anuais e interanuais da precipitação

pluvial da Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos do Médio Paranapanema (UGRHI-

17) e a análise das mesmas.

Foi realizada a correlação linear entre um índice de precipitação pluvial e a

anomalias da temperatura da superfície do oceano Pacífico Equatorial, para os eventos El Nino,

tomando-se o setor El Niño (1+2). Os valores obtidos da correlação foram testados, utilizando-se

5

t de Student (valor tabelado) que foi comparado ao valor calculado, para classificar as correlações

lineares significativas.

Essas correlações foram feitas para cada estação dentro das áreas homogêneas

e para todas as estações de cada grupo, bem como para cada série (índice) individual.

Foram confeccionar gráficos das médias mensais da precipitação pluvial

referente aos eventos El Niño e La Niña, para a bacia do rio Turvo e da UGRHI-17, utilizando-se

do programa Excel.

Estudo sobre a influência das Zonas de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS)

e a precipitação na área de estudo, foram feitas de forma subjetiva.

Confecção de gráficos de balanço hídrico utilizando o método de

Thornthwaite e Mather.

Confecção de mapas de isolinhas para dias de chuva na Unidade, nos períodos

seco e úmido.

Análise de áreas homogêneas, utilizando-se da análise de cluster.

Foram inseridas algumas bibliografias e site.

Todas as etapas foram criteriosamente acompanhadas pelo orientador para o

desenvolvimento da pesquisa.

Alguns resultados da pesquisa foram apresentados e ou publicados:

a) II Simpósio Internacional de Climatologia da SBMET – Título do trabalho Characterization of

the Rainfall of the Conductment´s Unit of Hidrics resources in the Médium of Paranapanema –

State of São Paulo – Brasil – novembro/2007.

b) XII Simpósio Brasileiro de Geografia Física Aplicada - XII SBGFA, sob título Variabilidade

da Precipitação e da Fluviometria do Rio Turvo, Médio Paranapanema. – julho/2007.

c) Artigo enviado no mês de novembro/2007 para revista Investigaciones Geográficas UNAN –

México. Título do artigo, Influência de Evento em las precipitaciones de la Cuenca Del Rio

Turvo, Médio Paranapanema. (artigo em trâmite para a publicação).

3. Detalhamento dos progressos realizados.

Na primeira etapa do projeto, foram calculados alguns parâmetros estatísticos

para caracterizar a precipitação pluvial e a fluviometria na bacia do rio Turvo. Chegou-se a

conclusão final que, mesmo a bacia sendo relativamente pequena apresentou importante

variabilidade, tendo necessidade de ampliação da área de estudo para uma análise mais

6

aprofundada dessas variáveis e associá-las a eventos El Niño – Oscilação Sul (ENOS) e Zona de

Convergência do Atlântico Sul (ZCAS).

A escolha da área para ampliação do estudo foi a Unidade de Gerenciamento

dos Recursos Hídricos (UGRHI-17), pois este projeto atende, em parte, a iniciativa do grupo

CLIMA, (Climatologia e Meio Ambiente) que teve um projeto no FEHIDRO, denominado

Diagnóstico ambiental para o gerenciamento de recursos hídricos da bacia do Turvo: uma

proposta metodológica, aprovada pela Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos (UGRH-

274) número do contrato 095/2005, contribuindo para subsidiar a geração de informações

referente à disponibilidade hídrica e de cenário de demanda que podem ser utilizados pelo

Comitê de Bacia da Unidade em referência, além de melhorar o conhecimento dos fenômenos

hidrológico e geológico na área de atuação do projeto.

Revisão Bibliográfica

O princípio fundamental de adoção da bacia hidrográfica como unidade físico-

territorial básica serve para o planejamento e o gerenciamento dos recursos hídricos. Os estudos

de bacias adotados por vários autores, possibilitam um melhor planejamento dos recursos naturais

que a integram, abarcando as características econômicas, sociais, políticos e culturais de uma

região.

Uma bacia hidrográfica constitui-se conforme Rosely F. dos Santos1: [...] um sistema natural bem delimitado no espaço, composto por um conjunto de terras topograficamente drenadas por um curso d´água e seus afluentes, onde as interações, pelo menos físicas, são integradas e, assim, mais facilmente interpretadas. Esta unidade territorial é entendida como uma caixa preta, onde os fenômenos e interações podem ser interpretados, a priori, pelo input e output.

O elemento principal da uma bacia é a chuva. A partir dessa variável

meteorológica se tem a entrada e saída das águas, sendo o principal mecanismo de reposição de

água no solo, com o objetivo de abastecimento dos recursos hídricos nas bacias hidrográficas.

O estudo da precipitação pluvial colabora para as diversas atividades sócio-

econômicas sobre o espaço, abrangendo assim, toda a instância da sociedade. As interações

dentro de um determinado espaço geográfico definem o sistema, assim como a relação homem

natureza.

A Lei 9433/97 definiu novas organizações para a gestão compartilha do uso da

água e são hierarquizadas através do Conselho Nacional dos Recursos Hídricos, dos Comitês de 1 SANTOS, Rosely Ferreira. Planejamento Ambiental. São Paulo: Oficina de Textos, 2004. p. 40.

7

Bacias Hidrográficas, das Agências de Águas e organização civil. Esta Lei possui 3 pilares

fundamentais do novo quadro legal nacional, adquirido a partir de forte influência de princípios

da Experiência Francesa sendo: Gestão em nível de bacias hidrográfica; caráter descentralizados

e participativo; aplicação do princípio usuário pagador. Os fundamento da Lei estão baseadas nos

seguintes princípios fundamentais, como: todos os corpos d´água são de domínio público; adoção

de Bacia Hidrográfica como unidade de gerenciamento e planejamento; os usos múltiplos das

águas como um bem finito e vulnerável; reconhecimento do valor econômico da água e gestão

participativa e descentralizada.

O Estado de São Paulo é um dos pioneiros na questão de Gerenciamento dos

Recursos Hídricos no Brasil.

Neste contexto a UGRHI-17 está enquadrada dentro de uma perspectiva

integradora, participativa e descentralizada. Esta Unidade está entre as 22 Unidades do Estado de

São Paulo. É denominada Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos do Médio

Paranapanema (UGRHI-17), definida pela Lei n.º 9034/94. Tem a competência de gerenciar os

recursos hídricos. Possui uma área total de 16.763Km, agrega os tributários da margem direita do

curso médio do rio Paranapanema, localizada na região Centro-Oeste do Estado de São Paulo,

conforme Figura 1. O total de municípios pertencente a esta Unidade de Gerenciamento é 59.

Seus limites fisiográficos são: Estado do Paraná e UGRHI-14 (Alto do

Paranapanema), ao Sul; UGRHI-22 (Pontal do Paranapanema) a Oeste; UGRHI-21 (Aguapeí),

UGRHI-20 Peixe, UGRHI-16 (Tietê-Batalha) e UGRHI-13 (Tietê-Sorocaba), a Norte e a Leste

UGRHI-10 (Tietê-Sorocaba).

A UGRHI-17 pertence à bacia do Rio Paraná, sua região hidrográfica é a

Vertente Paulista do Rio Paranapanema, está classificada no setor de Agropecuária. Sua

abrangência vai da Vertente Paulista da bacia do Paranapanema da barragem de Xavantes até a

bacia do rio Capivara (inclusive).

A caracterização climática da Unidade de Gerenciamento de Recursos

Hídricos do Médio Paranapanema, segundo a classificação de Strahler, se enquadra no grupo dos

climas controlados pelas massas de ar tropical e polar em permanente interação. Está inserida no

II Grupo e no sub-grupo do clima Subtropical Úmido das costas ocidentais e subtropicais,

dominadas largamente pela massa tropical marítima.

8

Na UGRHI-17 possui unidades litoestratigráficas aflorantes, são constituídas

por rochas sedimentares e ígneas da bacia do Paraná, predominância do período mesozóica e

depósitos sedimentares recentes da idade cenozóica.

A UGRHI-17 possui importantes atividades econômicas, conforme o Relatório

Zero por Comitê de Bacias Hidrográficas (CBH), sendo a principal atividade a agropecuária, seus

principais produtos agrícolas e uso da terra são: cana-de-açúcar, soja e milho. Suas principais

atividades industriais são as agroindústrias como: usinas de cana e derivados e da produção

animal como curtumes e frigoríficos.

O El Niño é um fenômeno atmosférico-oceânico caracterizado por um

aquecimento anormal das águas superficiais no oceano Pacífico Equatorial Central e Oriental e

que pode afetar o clima regional e global, mudando os padrões de vento a nível mundial.

Afetando assim, os regimes de chuva em regiões tropicais e de latitudes médias. O fenômeno La

Niña representa um fenômeno oceânico-atmosférico com características opostas ao El Niño,

caracterizando-se por um esfriamento anômalo nas águas superficiais do Oceano Pacífico

Equatorial Central e Oriental. Os ventos sopram de Leste para Oeste o que permite que as águas

superficiais do oceano Pacífico sejam empurradas (das Américas para a Indonésia), quando do

aquecimento pelo Sol, suscitando o evento La Niña.2.

O clima brasileiro, a presença de aerossóis em latitudes baixas inicia eventos

ENOS, aumenta a subsidência, resfria e estabiliza a baixa troposfera sobre a Amazônia,

reduzindo aí a precipitação. Por outro lado, a presença de aerossóis em latitudes baixas provoca

La Niña, baixam a pressão na atmosfera e aumenta a precipitação3.

Os eventos El Niño e La Niña possuem interferência direta na precipitação

pluvial de todo o território nacional, sendo um fenômeno importante para estudos de áreas onde o

homem atua gerando recursos hídricos, exercendo atividades agrícolas, dentre outros.

O El Niño de 1982/83, um dos mais fortes deste século, deixou um saldo

(baseado só em dados que se têm registro) de mais de 30 mil desabrigados, 2.000 mortes pela

2 OLIVEIRA, G. O. El Niño. São Paulo: Instituto de Pesquisas Espaciais, Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos. Disponível em: <www.cptec.inpe.br/enos/Oque_el-nino.shtml> Acesso em: 21 ago 2007. 3 NERY, J. T. Apontamentos Nº 33 Climatologia da Precipitação da Região Sul do Brasil. Paraná: EDUEM, 1995. 41p.

9

fome ou enchentes, mais prejuízos econômicos que ultrapassaram US$ 8 bilhões4.

A Agência Nacional para Atmosfera e Oceanos (NOAA), dos Estados Unidos

fornece os dados de temperatura na superfície do Oceano Pacífico Equatorial. Possuem uma rede

de bóias que medem a temperatura, correntes e ventos. Estas medições propiciam estudos de

várias regiões.

FIGURA 1: Condições normas no Pacífico e condições de El Niño no Pacífico.

FONTE: http://www.senado.gov.br/web/relatorios/elnino/fig2.htm.

A Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) evento restrito a América

do Sul é o mais importante fenômeno na escala intrasazonal que ocorre principalmente durante o

verão no Hemisfério Sul. Conforme Kousky, 1988 citado pelo Instituto Nacional de Pesquisas

Espaciais e Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos5 é definida como uma grande

banda de nebulosidade de orientação NW/SE, estendendo-se desde o Sul da região Amazônica

até a região central do Atlântico Sul. Essa banda de nebulosidade possui uma duração que varia

entre 4 a 9 dias.

[...] um episódio de ZCAS deva ocorrer associado aos seguintes padrões meteorológicos: convergência de umidade na baixa e média troposfera; faixa de movimento ascendente do ar com orientação NW/SE; um cavado semi-estacionário sobre a costa leste da América do Sul em 500 hPa; intenso gradiente de �e na média troposfera e também uma faixa de vorticidade relativa anticiclônica em altos níveis (200 hPa).6

����������������

Os ventos que sopram de Leste para Oeste encontram a cordilheira dos Andes 4 SOUZA, R. Breve Revisão dos Eventos El Niño na Dinâmica de Precipitação do Estado do Paraná nas Últimas Décadas. Monografia. Universidade Estadual de Maringá, 2005. p.9. 5 ROCHA, A. M. G. C., GANDU, A. W. Zona de Convergência do Atlântico Sul. São Paulo: Instituto de Pesquisas Espaciais, Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos Disponível em: <http://www.cptec.inpe.br/products/climanalise/cliesp10a/16.html> Acesso em: 15 jan. 2008. 6 QUADRO, M.F.L.; ABREU, M.L., 1994. Estudos de episódios de Zonas de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) sobre a América do Sul. Dissertação de Mestrado, maio de 1994. p. 94

10

que serve de barreira para que essa massa de nebulosidade a barlavento impeça a sua passagem,

com isto essa massa nebulosa adquire grande densidade, orientada através dos ventos no sentido

Noroeste à Sudeste através de um cavado na baixa troposfera e de um anticiclone em ar superior

está associada à resposta estacionária da atmosfera a uma forsante localizada de calor.

Os mecanismos que imperam a ZCAS não estão totalmente definidos.

Segundo estudos observacionais e numéricos indicam que esse sistema sofre influências tanto de

fatores remotos como a convecção Zona de Convergência do Pacífico Sul (ZCPS) que modulam

o início, duração e localização, quanto a fatores locais sendo determinantes para a ocorrência

desse fenômeno.

Os trabalhos sobre o fenômeno ZCAS, geralmente levam a usarem como

variável a Radiação de Onda Longa nas análises, a priori consegue descrever a posição do evento,

mas para uma boa quantificação do mesmo o uso da precipitação é indicado.

MALVESTIO e NERY7 analisaram a relação entre a Zona de Convergência do

Atlântico Sul e a precipitação do Estado de São Paulo constatando que através da correlação

linear entres os autovalores da ROLE e da precipitação do Estado de São Paulo pode-se perceber

significativa associação (com 90% de explicação) entre a ROLE e a precipitação pluvial no

Estado de São Paulo, durante o período de primavera e verão.

Em estudo realizado pelos pesquisadores do Centro de Previsão de Tempo e

Estudos Climáticos – CPTEC/INPE, intitulado “Climatologia da precipitação e temperatura”,

consta que a média de precipitação pluvial acumulada anual em (mm), durante o período de 1961

a 1990, em todo o território brasileiro, a precipitação média do período estudado varia em torno

de 1500mm, em praticamente toda as regiões do estado de São Paulo, exceto na região costeira a

precipitação pluvial em média do período analisado chega a 2400mm. Na região da Unidade,

dentro do período analisado a precipitação pluvial média é de 1500mm.

7 MALVESTIO, L. M. e NERY, J. T. Influences of ZCAS in rainfall of São Paulo State. In: II Simpósio Internacional de Climatologia, 2007. Anais… São Paulo: Sociedade Brasileira de Meteorologia (SBMET), 2007. CD-ROM.

11

Metodologia

-53 -52 -51 -50 -49 -48 -47 -46 -45-25

-24

-23

-22

-21

-20

12

34

5

6789

10 1112

13

14

15

16

17

18

19

20

21

222324

25 26

27 282930

31

32

33

34

35

36

37 3839404142

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 2 – Mapa do Estado de São Paulo com a localização da UGRHI-17 e as estações localizadas.

Os dados utilizados neste trabalho foram obtidos através da Agência Nacional

de Águas (ANA). Foram analisados, aproximadamente, 87 estações com séries temporais e

espaciais de precipitação pluvial. O critério utilizado para selecionar as séries pluviais foi

baseado na temporalidade das mesmas, ou seja, as séries necessariamente deveriam ter mais 30

anos, com o mínimo de dados faltantes. Nas séries escolhidas uma média de 15% das estações

estava com dados faltantes.

12

TABELA 1 – Estações para estudo, com: código, estações, cidades, latitudes, longitudes, altitudes e períodos.

Nº Código Estações Municípios Lat. (S) Lon. (W) Alt. Períodos 1 2248026 São Manuel São Manuel 22° 44' 48° 34' 710 01/1940 a 09/2004 2 2248029 Faz. S. J. Morro Vermelho Botucatú 22° 49' 48° 26' 780 01/1954 a 09/2004 3 2248030 Faz. Monte Alegre Botucatú 22° 52' 48° 39' 800 09/1937 a 09/2004 4 2248048 Bairro Anhumas Botucatú 22° 56' 48° 16' 540 01/1970 a 09/2004 5 2248051 Gleba Rio Claro Lençois Paulista 22° 46' 48° 50' 630 08/1972 a 09/2004 6 2249006 Garça Garça 22° 12' 49° 39' 680 01/1938 a 09/2004 7 2249008 Marília Marília 22° 13' 49° 56' 640 01/1939 a 09/2004 8 2249011 Gália Gália 22° 19' 49° 32' 560 12/1938 a 09/2004 9 2249014 Mundo Novo Garça 22° 19' 49° 46' 660 12/1970 a 09/2004

10 2249022 Ocauçu Ocauçu 22° 26' 49° 55' 540 06/0971 a 09/2004 11 2249023 Cabrália Paulista Cabrália Paulista 22° 27' 49° 19' 500 13/1938 a 09/2004 12 2249024 Ubirajara Ubirajara 22° 32' 49° 39' 550 08/1965 a 09/2004 13 2249025 Paulistânia Agudos 22° 35' 49° 24' 540 10/1970 a 08/2004 14 2249028 Ribeirão do Sul Ribeirão do Sul 22° 47' 49° 56' 480 05/1973 a 09/2004 15 2249034 Ourinhos Ourinhos 22° 59' 49° 50' 460 01/1937 a 09/2004 16 2249060 Areia Branca São Pedro do Turvo 22° 35' 49° 49' 580 08/1972 a 09/2004 17 2249062 Dirceu Marília 22° 08' 49° 55' 440 01/1972 a 09/2004 18 2249065 São Pedro do Turvo São Pedro do Turvo 22° 45' 49° 44' 460 07/1971 a 09/2004 19 2249071 Fazenda São Francisco Sta. Cruz do Rio Pardo 22° 35' 49° 33' 570 05/1974 a 09/2004 20 2249086 Fazenda Nova Niagara Óleo 22° 57' 49° 23' 660 01/1943 a 09/2004 21 2250009 Rancharia Rancharia 22° 13' 50° 53' 550 01/1941 a 09/2004 22 2250011 Agropecuária Sto. Antonio Lutecia 22° 22' 50° 23' 500 01/1961 a 09/2004 23 2250013 Echaporã Echaporã 22° 26' 50° 12' 680 01/1946 a 09/2004 24 2250014 Troncao Rancharia Rancharia 22° 26' 50° 59' 470 01/1971 a 09/2004 25 2250016 Assis Assis 22°38' 50° 24' 560 01/1966 a 09/2004 26 2250017 Platina Platina 22° 38' 50° 12' 420 01/1971 a 09/2004 27 2250023 Usina Pari Cândido Mota 22° 53' 50° 20' 360 01/1938 a 09/2004 28 2250024 Porto Jaú Salto Grande 22° 53' 50° 01' 380 01/1952 a 12/2005 29 2250025 Florinea Florinea 22° 54' 50° 44' 370 06/1970 a 12/2000 30 2250037 Sucui Palmital 22° 49' 50° 18' 370 01/1974 a 09/2004 31 2250047 Tabajara Lutecia 22° 28' 50° 22' 490 01/1972 a 09/2004 32 2250048 Água da Fortuna Assis 22° 41' 50° 29' 500 01/1954 a 09/2004 33 2250062 Quatã Quatã 22° 14' 50° 01' 520 01/1936 a 09/2004 34 2250063 Paraguaçu Paulista Paraguaçu Paulista 22° 25' 50° 34' 480 01/1953 a 09/2004 35 2250064 Fazenda Barra Mansa Rancharia 22° 07' 50° 50' 460 06/1974 a 09/2004 36 2251018 Iepe Iepe 22° 40' 51° 05' 380 01/1944 a 09/2004 37 2348008 Avaré Avaré 23° 06' 48° 55' 780 07/1939 a 09/2004 38 2348073 Pardinho Pardinho 23° 05' 48° 23' 880 05/1970 a 09/2004 39 2348078 Itatinga Itatinga 23° 06' 48° 37'' 820 08/1973 a 09/2004 40 2349002 Cerqueira Cesar Cerqueira Cesar 23° 02' 49° 10' 760 01/1951 a 09/2004 41 2349003 Fazenda Palmeiras Ipauçu 23° 02' 49° 34' 620 01/1941 a 09/2004 42 2349004 Fazenda Marcondinha Chavantes 23° 03' 49° 46' 480 01/1955 a 09/2004

Foi feito o preenchimento, quando necessário, das falhas de séries que se

considerasse importante, pela sua localização, considerando que não havia outras séries

13

pluviométricas nessa área ou quando houvesse outras séries disponíveis, mas com problemas de

falhas ao longo do período selecionado para análise estatística. Utilizou-se o preenchimento com

base nas estações mais próximas e como mesma altitude.

Para o estudo espacial e temporal da precipitação pluvial, o período de análise

foi de 1974 a 2003.

A Figura 2 mostra a área de estudo e a localização de cada estação

selecionada.

Com base na seleção dos 87 postos pluviométricos iniciais, selecionou-se a

base definitiva para o desenvolvimento deste trabalho (Figura 2), totalizando 42 postos

pluviométricos, identificados na Tabela 1. O critério utilizado para a escolha desses postos foi à

representação espacial. A análise espacial é importante, considerando que a área de estudo,

encontra-se em uma região de transição do clima subtropical para o clima tropical.

Para representar as isoietas foi utilizado o software Surfer versão 8.0. Este

programa possibilita traçar as isolinhas e ajustá-la, através de diferentes métodos de interpolação.

O método escolhida para interpolar as isolinhas deste trabalho, foi o método de Krigem.

O Surfer utiliza o método reticulado para realizar a interpolação de dados,

essa interpolação considera todos os pontos da área, permite interpolar o valor da função em

qualquer ponto dentro do domínio dos dados originais, com os quais irá gerar valores para a

construção das isolinhas. O método de Krigem, portanto possibilita a melhor representação da

continuidade dos fenômenos geográficos e mais especificamente da chuva, permitindo desta

forma uma melhor espacialização dos regimes pluviométricos predominantes na área de estudo

em diferentes escalas de análise.

Sabe-se que a análise estatística é fundamental para estudar a precipitação

pluvial, tendo em vista que essa grandeza meteorológica varia de ano para ano. Foi aplicada

Estatística Descritiva para todos os postos, utilizando-se os seguintes parâmetros estatísticos:

média, desvio padrão, coeficiente de variação, máximo, mínimo, amplitude, quartil inferior,

quartil superior, amplitude interquartil. Estes cálculos foram feitos para dados mensais e anuais.

Xs

CV = minmax VVA −= n

xX �=

14

Também se calculou anomalias e índice de irregularidade meteorológica:

XXAnom i −= minmax

PP

IIM =

O IIM mede a irregularidade da chuva em uma determinada área, assim como

a Anom , possibilita determinar a variação de um elemento meteorológico em relação ao seu

valor climatológico.

Para os períodos decadais utilizou-se a distribuição t de Student para análise

das amostras índice da precipitação pluvial (IPP) e o índice SST – 2007 - El Niño (1+2),

221 2)(

acal S

nxxt −=

2

22

212 SS

Sa

+= tabcal tt >

Outra fórmula também utilizada foi

2.1 2

−−

= nr

rtcal 2−= nGL

Calculou-se valores decadais, dividindo-se as séries em três períodos de 10

anos. A partir das tabelas de estatísticas descritivas, fez-se a análise dos valores médios para cada

década, conforme as equações a seguir. Através desses cálculos dos valores de calt pode-se

comparar com os valores de tabt . Quando os valores de calt forem maiores do que os valores do

tabt , aceita-se a hipótese oH , ou seja consideram-se que as médias das décadas comparadas são

iguais.

Discussão dos resultados

Na Tabela 2 apresenta-se a síntese da Estatística Descritiva para as estações

pluviométricas selecionadas. Observou-se que ocorreu marcada variabilidade em toda a bacia,

pois o índice de irregularidade metereológico, por exemplo, oscilou entre 26 e 56%, em toda a

bacia. Pode-se observar também que a amplitude oscilou entre 725 e 1524mm, ao longo da

unidade de estudo. Isto mostra que há marcada variabilidade nas séries pluviométricas analisadas.

15

TABELA 2 – Número das estações com os parâmetros estatísticos: média, coeficiente de variação, desvio padrão, máximo, mínimo, amplitude, índice de irregularidade metereológico (IIM), quartil inferior (Qi), quartil superior (Qs), amplitude interquartil (AIQ).

Estações Média DP CV Máximo Mínimo Amplitude IIM Qi Qs A IQ 1 1575 286 0,18 2278 998 1280 0,44 1387 1727 340 2 1564 304 0,19 2467 943 1524 0,38 1420 1661 242 3 1423 351 0,25 2079 670 1409 0,32 1194 1699 505 4 1444 217 0,15 2078 991 1087 0,48 1354 1541 187 5 1444 241 0,17 2024 973 1051 0,48 1299 1601 302 6 1540 269 0,17 2272 1127 1145 0,50 1304 1710 406 7 1528 315 0,21 2223 953 1270 0,43 1372 1633 260 8 1521 346 0,23 2350 941 1409 0,40 1259 1731 471 9 1517 267 0,18 2275 1104 1171 0,49 1282 1633 351

10 1379 260 0,19 2173 1059 1114 0,49 1218 1439 221 11 1345 316 0,24 2020 526 1495 0,26 1196 1530 334 12 1352 248 0,18 2049 932 1116 0,46 1205 1453 248 13 1263 265 0,21 1855 841 1014 0,45 1103 1378 274 14 1386 212 0,15 1872 970 902 0,52 1253 1467 214 15 1463 272 0,19 2000 899 1101 0,45 1337 1598 261 16 1381 232 0,17 1995 851 1144 0,43 1251 1502 251 17 1450 259 0,18 2039 1001 1039 0,49 1276 1570 294 18 1359 262 0,19 2012 988 1023 0,49 1156 1442 286 19 1339 224 0,17 2008 1045 963 0,52 1155 1463 308 20 1439 253 0,18 1866 957 909 0,51 1203 1650 447 21 1358 241 0,18 1905 905 999 0,48 1181 1468 287 22 1385 230 0,17 1939 1045 895 0,54 1198 1535 337 23 1463 244 0,17 2136 1149 987 0,54 1301 1548 247 24 1437 238 0,17 1879 1011 868 0,54 1294 1593 299 25 1422 278 0,20 2048 1052 997 0,51 1226 1512 285 26 1408 274 0,19 2059 997 1062 0,48 1213 1540 326 27 1474 211 0,14 1950 1149 800 0,59 1329 1603 274 28 1342 258 0,19 1934 845 1089 0,44 1172 1443 271 29 1409 232 0,16 1950 973 976 0,50 1240 1550 310 30 1420 223 0,16 1992 1114 878 0,56 1267 1520 253 31 1459 226 0,15 1989 994 995 0,50 1294 1653 360 32 1421 217 0,15 1933 997 936 0,52 1277 1513 235 33 1456 225 0,15 2081 1105 976 0,53 1346 1521 175 34 1374 239 0,17 1894 970 924 0,51 1186 1488 302 35 1285 209 0,16 1689 964 725 0,57 1096 1375 279 36 1433 251 0,17 2218 1100 1118 0,50 1305 1521 216 37 1525 266 0,17 2181 1061 1120 0,49 1328 1678 350 38 1421 271 0,19 2171 1032 1138 0,48 1196 1586 390 39 1482 281 0,19 2200 1181 1019 0,54 1282 1627 345 40 1466 272 0,19 2057 1028 1029 0,50 1310 1653 343 41 1590 257 0,16 2029 1128 900 0,56 1423 1794 371 42 1482 261 0,18 2035 1012 1023 0,50 1332 1661 329

16

Na Figura 3, observa-se os valores médios, das precipitações pluviais, através

das isolinhas, no período analisado. A precipitação pluvial na área de estudo oscilou entre 1400 e

1500mm, aproximadamente. Os maiores valores encontram-se à Leste da bacia.

Climatologicamente, portanto, não há uma significativa amplitude da precipitação na área de

estudo.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 3 – Isolinhas de precipitação pluvial dos valores médios para o período de análise.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 4 – Isolinhas de precipitação pluvial do coeficiente de variação para o período de análise.

Como o coeficiente de variação é uma medida relativa de dispersão, útil para a

comparação em termos relativos do grau de concentração em torno da média, conforme se

verifica na Figura 4, as regiões Oeste, Sudoeste possui uma dispersão em torno de 17%, já na

região Sudoeste e Leste a variação é de 19% e a Nordeste 22% e 21%. Desta forma pode-se notar

que a variabilidade, em relação a média, variou entre 17 e 22%, em toda a unidade, para os

valores climatológicos.

17

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 5 – Isolinhas de precipitação pluvial do desvio padrão para o período de análise.

Na UGRHI-17 quanto ao desvio padrão (Figura 5), constatou-se que os

maiores desvios concentraram-se na região Nordeste. Percebe-se que na região Sudoeste a

dispersão oscilou entre 220, 240 e 260mm, já as regiões Norte, Sul e Sudeste entre 260 a 320mm.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 6 – Isolinhas de precipitação pluvial do valor máximo o período de análise.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 7 – Isolinhas de precipitação pluvial do valor mínimo para o período de análise.

A Figura 6 apresenta os valores máximos de precipitação pluvial para o

período analisado na UGRHI-17, com valor 2100mm, de precipitação pluvial nas regiões Norte,

18

Nordeste, Leste e Sudoeste.

Os valores de máxima precipitação oscilaram entre 1900 e 2100mm, não

houve uma variação significativa dos valores máximo em toda a unidade.

As isolinhas de precipitação pluvial dos valores mínimos do período de estudo

(Figura 7), têm sua mínima na região Nordeste atingindo 650mm, as regiões Sul, Sudoeste a

mínima está em 1000mm. Na região Sudeste a precipitação pluvial oscila em 900mm e na região

Noroeste 1100mm.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 8 – Isolinhas de precipitação pluvial da amplitude para o período de análise.

A dispersão das isolinhas de precipitação pluvial (conforme Figura 8) mostra

marcada diferença entre a maior e a menor ocorrência de precipitação pluvial, como pode ser

observar na região Nordeste e Sudoeste a precipitação pluvial, diferenciando-se em 400mm. Já

nas regiões Sul, Sudoeste e Noroeste a precipitação pluvial entre a maior e a menor é de 500mm.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 9 – Isolinhas de precipitação pluvial da IIM para o período de análise.

Na Figura 9, tem-se o cálculo do índice que mede a irregularidade da chuva.

Esse índice pode ser temporal ou espacial. No caso analisou-se o índice espacialmente, podendo-

19

se observar que, climatologicamente, a Unidade de Gerenciamento apresenta irregularidade na

precipitação pluvial, com valores oscilando entre 32 e 52%, aproximadamente.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 10 – Isolinhas de precipitação pluvial da quartil inferior para o período de análise.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 11 – Isolinhas de precipitação pluvial da quartil superior para o período de análise.

Os quartis inferior (Qi) e superior (Qs), são definidos como os valores abaixo

dos quais estão um quarto e três quartos, respectivamente, dos dados. A Figura 10 representa o

quartil inferior e a Figura 11 tem-se o quartil superior. Essas duas medidas de separatrizes

possibilitam o estudo das isolinhas de precipitação pluvial retirando o extremo inferior e superior

equivalente a 25% em cada extremo. Pode-se verificar que o padrão das isolinhas mostra que

50% da precipitação pluvial estão concentradas entre 1200mm e 1600mm, (Figuras 10 e 11).

20

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 12 – Isolinhas de precipitação pluvial da amplitude interquartil para o período analisado.

Pode-se observar a diferença entre o quartil superior e o inferior da medida da

amplitude inter quartis, conforme Figura 12. A amplitude interquartil nas regiões Norte, Nordeste

e Sudoeste é de 400mm e nas regiões Noroeste, Oeste, Sul e Sudoeste é de 300mm. Desta forma,

observou-se que retirando os extremos, não ocorre significativa variabilidade na Unidade.

Também foram calculadas anomalias pluviométricas para cada ano, do período

analisado. Essa medida é importante para detectar a variabilidade de ano para ano dentro do

período analisado e dentro da Unidade de estudo.

A sugestão feita no relatório final, quanto a tracejar as isolinhas de anomalias

negativas, foi muito importante, pois a análise dos resultados tornou-se mais didática.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 13: Isolinhas das anomalias das estações pluviométricas para o ano de 1974.

Pode-se observar na Figura 13, as isolinhas das anomalias para o ano 1974.

Neste ano observou-se valores das anomalias positivos em, praticamente toda a bacia. Desta

forma pode-se inferir que climatologicamente a precipitação pluvial foi superior a média

climatológica na área de estudo para este ano. Por exemplo: os valores de 300mm de anomalia

significam que, neste ano choveu 300mm acima da média climatológica (aproximadamente

21

1000mm valor médio climatológico). Já na região Norte/Nordeste, apresentou anomalias

negativas de 100mm, ou seja, choveu abaixo da média climatológica, nesta área da bacia.

Denota-se a partir da figura, que o ano 1974 apresentou marcada variabilidade, com valores de

anomalias oscilando entre -50mm e 300mm, aproximadamente.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 14 – Isolinhas das anomalias das estações pluviométricas para o ano de 1975.

O ano de 1975 (Figura 14), as isolinhas de anomalias de precipitação pluvial

possuem valores negativos em praticamente todas as regiões da bacia. As regiões Norte,

Nordeste, Leste e Sudoeste apresentam valores superiores de isolinhas negativas de 240mm. Nas

regiões Noroeste, Oeste e Sudoeste em média são 120mm de anomalias negativas. Somente na

região Sudoeste acorrem valores positivos de anomalias de precipitação atingindo 40mm, sendo

sua média climatológica nesta região de 1300mm.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 15 – Isolinhas das anomalias das estações pluviométricas para o ano de 1976.

O ano de 1976 (Figura 15) apresentou marcada anomalia positiva em toda a

extensão da Unidade. Pode-se observar que nas regiões Leste, Sudeste e Sudoeste, as isolinhas

anomalias de precipitação pluvial foram superiores a 500mm, nestas duas regiões a média

22

climatológica é de 1500mm. Nas demais regiões, a média de isolinhas oscilou em torno de

300mm.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 16 – Isolinhas das anomalias das estações pluviométricas para o ano de 1977.

As isolinhas de precipitação pluvial estão bem demarcadas quando a

anomalias positivas e negativas conforme Figura 16 para o ano de 1977. As anomalias de

precipitação pluvial positivas ocorrem nas regiões Norte (acima de 160mm), Noroeste (acima de

40mm), Nordeste (entre 40 a 160mm) e parte da região Sudoeste (acima de 40mm). As isolinhas

anomalias precipitação pluvial negativas estão bem marcadas nas regiões Sul, Sudoeste, Sudeste,

Noroeste e Oeste atingindo respectivamente 120mm, acima de 40mm, 40 a 140mm, 80 a 140mm.

Nestas regiões a média climatológica é 1400mm.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 17 – Isolinhas das anomalias das estações pluviométricas para o ano de 1978.

A UGRHI-17 apresentou para o ano de 1978 (Figura 17) valores negativos de

precipitação pluvial em praticamente toda a sua extensão, atingindo valores acima de 300mm nas

regiões Sudoeste e Norte. Na região Sudoeste ocorreu o valor de isolinhas positivas de

precipitação pluvial acima de 200mm.

23

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 18 – Isolinhas das anomalias das estações pluviométricas para o ano de 1979.

Em toda a extensão da UGRHI-17 para o ano de 1979 conforme Figura 18, as

isolinhas de precipitação pluvial foram marcadamente negativas, atingindo na região Sudoeste os

valores negativos acima de 300mm. No extremo Sul a anomalia foi de 200mm, na região

Sudoeste, Oeste e Noroeste as isolinhas negativas de precipitação pluvial acima de 150mm.

Conforme a média climatológica para a área de estudo, pode-se verificar que neste ano as

anomalias negativas foram bem marcadas.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 19 – Isolinhas das anomalias das estações pluviométricas para o ano de 1980.

Para o ano de 1980 teve suas máximas de isolinhas negativas de precipitação

pluvial acima de 200mm e de isolinhas positivas de precipitação pluvial acima de 60mm. Nas

regiões Sudeste e Sudoeste o valor de anomalia positiva foi acima de 60mm, já na região

Noroeste 0mm. Na região Nordeste as isolinhas negativas de precipitação pluvial ficaram acima

de 100mm.

24

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 20 – Isolinhas das anomalias das estações pluviométricas para o ano de 1981.

As isolinhas negativas de precipitação pluvial conforme Figura 20, estão bem

demarcados em praticamente toda a extensão da Unidade de Gerenciamento atingindo valores

superiores a 300mm nas regiões Sul, Sudeste, Norte e Nordeste. Já as regiões Sudoeste e Oeste as

isolinhas negativas de precipitação pluvial estão acima de 200mm.

A região Noroeste pode-se verificar uma pequena faixa de anomalias positivas

precipitação pluvial (Figura 20), o mesmo ocorreu na Figura 19.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 21 – Isolinhas das anomalias das estações pluviométricas para o ano de 1982.

.

25

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 22 – Isolinhas das anomalias das estações pluviométricas para o ano de 1983.

Os anos de 1982 e 1983 obtiveram anomalias positivas de precipitação pluvial

em toda a extensão da UGRHI-17. Para o ano de 1982 (Figura 21) as regiões Norte, Nordeste e

Noroeste ficaram acima de 500mm, sendo que para a média climatológica do período analisado

foi 1400mm para essas regiões. Pode-se perceber que a ocorrência de chuvas foi superior aos

anos anteriores. O ano de 1983 (Figura 22) as isolinhas positivas de precipitação pluvial estão

marcadamente acima da média climatológica atingindo na região Norte valores superiores a

700mm.

Verifica-se ainda que nas regiões Noroeste e Oeste tanto para o ano de 1982 e

1983 onde as médias estão abaixo de 1400mm os valores de anomalias positivas de precipitação

pluvial também estão bem acima da média climatológica.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 23 – Isolinhas das anomalias das estações pluviométricas para o ano de 1984.

26

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 24 – Isolinhas das anomalias das estações pluviométricas para o ano de 1985.

Para o ano de 1984 (Figura 23) as isolinhas das anomalias de precipitação

pluvial foram em toda a UGRHI-17 negativas. Na região Sudeste foi superior a 500mm, na região

Sudoeste superior a 400mm. Na região Nordeste acima de 300mm, já nas regiões Noroeste e

Oeste as isolinhas negativas de precipitação pluvial ficaram acima de 200mm. Ou seja, as chuvas

estiveram abaixo da média climatológica, na área de estudo.

Conforme Figura 24, somente na região Nordeste ocorreu uma pequena área

de isolinhas positivas de precipitação pluvial chegando a 50mm o restante da extensão da

UGRHI-17 as anomalias para o ano de 1985 obteve-se valores negativos superiores a 250mm na

região Sudoeste, 200mm, Leste e Sudeste, 100mm na região Nordeste e Norte e 280 para a região

Noroeste.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 25 – Isolinhas das anomalias das estações pluviométricas para o ano de 1986.

.

27

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 26 – Isolinhas das anomalias das estações pluviométricas para o ano de 1987.

Para o ano de 1986 (Figura 25) observou-se pequenas áreas com anomalias

negativas de precipitação pluvial. Na região Oeste e Sudoeste apresentaram anomalias positivas

acima de 200mm.

Analisando-se a Figura 26, à Oeste, tem-se anomalia negativa de precipitação

pluvial e, à Leste, esses valores são positivos, com valores acima de 200mm na região Norte,

Nordeste e Sudoeste.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 27 – Isolinhas das anomalias das estações pluviométricas para o ano de 1988.

28

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 28 – Isolinhas das anomalias das estações pluviométricas para o ano de 1989.

O ano de 1988, apresentou marcada anomalia negativa de precipitação pluvial,

atingindo valores superiores a 200mm na região Sul, Sudeste e Sudoeste da UGRHI-17. A região

Norte e Noroeste os valores de anomalias positivas estão acima de 100mm, Figura 27.

Em toda a UGRHI-17 para o ano de 1989 (Figura 28), observa-se marcada

anomalias positivas de precipitação pluvial, destacando-se a região Norte e Nordeste, valores

superiores a 400mm de chuva. Nas regiões Sul e Sudoeste valores inferiores a 100mm de

anomalias positivas. Desta forma constatou-se a ocorrência de marcada variabilidade da chuva na

unidade, com base nos valores climatológicos calculados.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 29 – Isolinhas das anomalias das estações pluviométricas para o ano de 1990.

29

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 30 – Isolinhas das anomalias das estações pluviométricas para o ano de 1991.

A distribuição espacial das anomalias negativas e positivas foi muito similar

nos anos de 1990 e 1991. Na Figura 29, a área de anomalias negativa obteve-se valores

superiores a da Figura 30 (regiões Noroeste, Oeste e Sudoeste). Pode-se observar ainda que

(Figura 29) apresentou anomalias negativas no extremo das regiões Sul e Sudoeste.

Já nas regiões Norte, Nordeste, Leste, Sudeste e Sul as anomalias foram

positivas, obtendo-se valores acima de 200mm (Figura 29), na referida unidade. Na Figura 29,

tem-se anomalias equivalentes a 250mm na região Nordeste e Sudoeste do ano de 1991 (Figura

30).

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 31 – Isolinhas das anomalias das estações pluviométricas para o ano de 1992.

Os valores de anomalias de precipitação pluvial (na UGRHI-17) em sua maior

área os valores negativos foram de 140mm, na região central, Sul, Sudoeste, Oeste. Verificou-se

que na região Nordeste, as anomalias de precipitação pluvial apresentaram valores positivos

acima de 100mm.

30

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 32 – Isolinhas das anomalias das estações pluviométricas para o ano de 1993.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 33 – Isolinhas das anomalias das estações pluviométricas para o ano de 1994.

Na distribuição espacial das isolinhas de precipitação pluvial para os anos de

1993 (Figura 32) e 1994 (Figura 33) observou-se valores distintos em toda a extensão da UGRHI-

17. No ano de 1993, anomalias de precipitação pluvial positivas em toda a sua extensão, com

valores acima de 100mm. Nas regiões do extremo Sul e Leste, da referida unidade, observou-se

valores acima de 200mm.

O ano de 1994 obteve-se anomalias negativas de precipitação pluvial em toda

a sua extensão. Nas regiões Norte, Noroeste ocorreram os maiores valores negativos

apresentados, valores superiores à 270mm.

31

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 34 – Isolinhas das anomalias das estações pluviométricas para o ano de 1995.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 35 – Isolinhas das anomalias das estações pluviométricas para o ano de 1996.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 36 – Isolinhas das anomalias das estações pluviométricas para o ano de 1997.

Quanto à distribuição das anomalias de precipitação pluvial para os anos de

1995 (Figura 35) e 1996 (Figura 36) obteve-se anomalias tanto positivas, quanto negativa. Notou-

se que na região Nordeste da UGRHI-17 os valores de anomalias negativas de precipitação

pluvial acima de 350mm para os respectivos anos.

32

A região Sul (1997), as isolinhas de precipitação pluvial apresentaram valores

positivos superiores a 250mm. Nos extremos das regiões Noroeste, Oeste e Sudoeste as

anomalias positivas acalcou-se valores acima de 100mm.

Verificou-se nas Figuras 35 e 36 ocorreu heterogeneidade na Unidade quanto a

distribuição de anomalias, variando entre 200mm anomalias precipitação pluvial positivas e

200mm anomalias negativas.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 37 – Isolinhas das anomalias das estações pluviométricas para o ano de 1998.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 38 – Isolinhas das anomalias das estações pluviométricas para o ano de 1999.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 39 – Isolinhas das anomalias das estações pluviométricas para o ano de 2000.

33

Analisando-se as isolinhas de anomalias para os anos de 1999 (Figura 38) e

2000 (Figura 39), observou-se que nas regiões Sudoeste apresentaram anomalias de precipitação

pluvial positiva. Na Figura 39 nota-se na área central da UGRHI-17 anomalias positiva a cima de

100mm.

A anomalia negativa que perfaz a maior área da Unidade verificou-se que para

o ano de 1999. Na região Leste e Sudeste apresentou-se anomalias negativas significativas,

obtendo-se valores acima de 300mm.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 40 – Isolinhas das anomalias das estações pluviométricas para o ano de 2001.

O ano de 2001 (Figura 40), apresentou anomalias positivas de precipitação

pluvial. Na área central obteve-se o maior valor de 100mm. Na região do extremo Sudeste atingiu

valores superiores a 100mm.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 41 – Isolinhas das anomalias das estações pluviométricas para o ano de 2002.

34

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 42 – Isolinhas das anomalias das estações pluviométricas para o ano de 2003.

O ano de 2002 (Figura 41) e 2003 (Figura 42) apresentou significativas

anomalias negativas de precipitação pluvial. Pode-se verificar que na região Norte da unidade

para os 2002 e 2003, chegou à cima de 200mm de anomalias negativas, em praticamente toda a

sua extensão apresentou anomalias negativas.

As regiões Noroeste e Oeste (2002 e 2003) obtiveram valores de anomalias

positivas de precipitação pluvial acima de 50mm.

Períodos secos e úmidos.

Como a Unidade apresenta dois períodos bem definidos, ao longo do ano,

onde as dinâmicas climáticas influenciam em dois regimes de chuvas bem marcados, foram

estudados esses dois períodos, aqui denominados de período úmido e período seco. Como base

nos gráficos de totais mensais, para algumas estações, distribuídas espacialmente na Unidade,

pode observar esses dois períodos.

Para a caracterização das isolinhas de anomalias de precipitação pluvial nesta

etapa de estudo, foram selecionados os meses chuvosos e secos. Os meses chuvosos (dezembro,

janeiro e fevereiro) e os meses secos (junho, julho e agosto). Esses meses foram selecionados

desta forma com base em estudos anteriores que mostram claramente que, durante o verão, a

região sofre influência das dinâmicas de verão, ocorrendo carreamento de umidade, por

convecção da região Amazônica para o Estado de S. Paulo, atingindo a área de estudo. Já os

meses secos estão sobre a influência de sistemas de massa polar, que provocam chuvas contínuas

e estratiformes na região, com baixa intensidade.

35

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 43 – Isolinhas de anomalias mensal dos meses de dezembro para o ano de 1975.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 44 – Isolinhas de anomalias mensal dos meses de dezembro para o ano de 1983.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 45 – Isolinhas de anomalias mensal dos meses de dezembro para o ano de 1985.

36

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 46 – Isolinhas de anomalias mensal dos meses de dezembro para o ano de 1996.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 47 – Isolinhas de anomalias mensal dos meses de dezembro para o ano de 1998.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 48 – Isolinhas de anomalias mensal dos meses de dezembro para o ano de 2003.

O cálculo das isolinhas de anomalias de precipitação mensais possibilita uma

melhor visualização dos meses propostos para análise da área de estudo.

Os anos escolhidos para os cálculos mensais foram: 1975, 1983, 1985, 1996,

1998 e 2003. Na segunda etapa da pesquisa os mesmos serão relacionados com os fenômenos

atmosféricos: ENOS e ZCAS.

37

A distribuição das isolinhas de precipitação pluvial para o mês de dezembro

dos anos, já mencionados acima, da UGRHI-17, foi observado que, para todos os anos, ocorreu

uma pequena faixa de anomalias positivas na região Sudoeste. Os maiores valores nesta região

foi de 140mm, no ano de 1996 (Figura 46).

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 49 – Isolinhas de anomalias mensal dos meses de janeiro para o ano de 1975.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 50 – Isolinhas de anomalias mensal dos meses de janeiro para o ano de 1983.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 51 – Isolinhas de anomalias mensal dos meses de janeiro para o ano de 1985.

38

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 52 – Isolinhas de anomalias mensal dos meses de janeiro para o ano de 1996.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 53 – Isolinhas de anomalias mensal dos meses de janeiro para o ano de 1998.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 54 – Isolinhas de anomalias mensal dos meses de janeiro para o ano de 2003.

Somente os anos de 1983 (Figura 50) e 2003 (Figura 54) em toda a extensão

da UGRHI-17 apresentaram anomalias positivas de precipitação pluvial, chegando a 120mm na

região Sudoeste para o ano de 1983 e 100mm em praticamente toda a bacia, somente na região

Sudoeste obteve-se 20mm.

39

Para o ano 1975 (Figura 50) o mês de janeiro apresentou anomalias negativas

em toda a sua extensão, atingindo os valores de 150mm na região Nordeste.

Com relação ao ano 1985, (Figura 51) ocorreu uma marcada distribuição de

anomalias negativas, à montante da UGRHI-17 chegando a 100mm e, na região Nordeste, a

10mm.

Analisando-se as anomalias negativas de precipitação para o ano de 1996

atingiu acima de 250mm na região Nordeste, conforme Figura 52.

Foram identificadas as anomalias de precipitação pluvial para o ano de 1998

conforme Figura 53 observou-se que as anomalias positivas nas regiões Sudeste e Oeste no

restante da UGRHI-17 as anomalias estiveram negativas atingindo 120mm na região Norte,

Nordeste e pequena faixa da região noroeste e 80mm na região Sudeste.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 55 – Isolinhas de anomalias mensal dos meses de fevereiro para o ano de 1975.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 56 – Isolinhas de anomalias mensal dos meses de fevereiro para o ano de 1983.

40

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 57 – Isolinhas de anomalias mensal dos meses de fevereiro para o ano de 1985.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 58 – Isolinhas de anomalias mensal dos meses de fevereiro para o ano de 1996.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 59 – Isolinhas de anomalias mensal dos meses de fevereiro para o ano de 1998.

41

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 60 – Isolinhas de anomalias mensal dos meses de fevereiro para o ano de 2003.

Analisando-se os meses de fevereiro, notou-se que para todos os anos (1975,

1983, 1985, 1996, 1998 e 2003) ocorreu na mesma área da UGRHI-17, na região Sudoeste

anomalias positivas de precipitação pluvial.

Os valores tanto das isolinhas de precipitação pluviais positivas e negativas

estiveram bem distribuídas quanto aos valores de anomalias. Somente no ano de 1998 (Figura

59), na região Leste e Sudoeste apresentaram anomalias positivas entre 140 a 220mm, para os

demais anos, esses valores não ultrapassaram 80mm. Constatou-se significativa variabilidade nas

anomalias mensais, para os meses considerados úmidos, na área de estudo e para os anos

analisados.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 61 – Isolinhas de anomalias mensal dos meses de junho para o ano de 1975.

42

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 62 – Isolinhas de anomalias mensal dos meses de junho para o ano de 1983.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 63 – Isolinhas de anomalias mensais dos meses de junho para o ano de 1985.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 64 – Isolinhas de anomalias mensais dos meses de junho para o ano de 1996.

43

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 65 – Isolinhas de anomalias mensais dos meses de junho para o ano de 1998.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 66 – Isolinhas de anomalias mensais dos meses de junho para o ano de 2003.

O mês de junho, para os anos analisados, apresentou anomalias negativas em

praticamente todos os mapas de isoietas. Somente o ano de 1983 (Figura 62) apresentou

anomalias positivas em toda a extensão da UGRHI-17, atingindo 180mm na região Sudeste e

Sudoeste da Unidade, mostrando que mesmo no período seco, pode ocorrer chuvas acima da

média climatológica da área estudada.

Foi registrado no ano de 1996 (Figura 64) anomalias negativas de chegou

acima de 65mm.

Os anos de 1975 (Figura 61), 1985 (Figura 63), 1996 (Figura 64) e 1998

(Figura 65)

Obteve-se valores de anomalia negativa de precipitação pluvial na região Sudoeste com,

aproximadamente, 40mm.

44

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 67 – Isolinhas de anomalias mensais dos meses de julho para o ano de 1975.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 68 – Isolinhas de anomalias mensais dos meses de julho para o ano de 1983.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 69 – Isolinhas de anomalias mensais dos meses de julho para o ano de 1985.

45

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 70 – Isolinhas de anomalias mensais dos meses de julho para o ano de 1996.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 71 – Isolinhas de anomalias mensais dos meses de julho para o ano de 1998.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 72 – Isolinhas de anomalias mensais dos meses de julho para o ano de 2003.

Ao longo de todos os meses de julho analisados, obteve-se anomalias

negativas, com valores oscilando entre 10 a 42mm, na UGRHI-17. O ano de 1975 apresentou

anomalias positivas exceto no extremo da região Sudeste.

46

Analisando-se os meses de julho observou-se que o ano de 1975 foi o que

obteve significativa isolinhas positivas de precipitação pluvial, somente na região do extremo

Sudeste as anomalias atingiu acima de 5mm.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 73 – Isolinhas de anomalias mensais dos meses de agosto para o ano de 1975.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 74 – Isolinhas de anomalias mensais dos meses de agosto para o ano de 1983.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 75 – Isolinhas de anomalias mensais dos meses de agosto para o ano de 1985.

47

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 76 – Isolinhas de anomalias mensais dos meses de agosto para o ano de 1996.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 77 – Isolinhas de anomalias mensais dos meses de agosto para o ano de 1998.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 78 – Isolinhas de anomalias mensais dos meses de agosto para o ano de 2003.

Para os meses de agosto notou-se que predominou anomalias negativas de

precipitação pluvial em toda a extensão da UGRHI-17. Sendo os meses dos anos de 1975 (Figura

73), 1983 (Figura 74), 1985 (Figura 75), com maior valor de anomalias negativas. A análise para

o ano de 1996 (Figura 76) os menores valores em praticamente toda a extensão da UGRHI-17

48

atingiu o máximo de 24mm de anomalias negativas de precipitação. A Oeste e Nordeste da

Unidade de Gerenciamento os são valores superiores a 4mm.

TABELA 3 – Cálculo decadal para o período de 1974 a 1983

Estações Média DP CV Máximo Mínimo Amplitude IIM Qi Qs A IQ 1 1663 389 0,23 2278 1098 1180 0,48 1385 2000 615 2 1694 389 0,18 2467 1248 1280 0,44 1421 1951 530 3 1481 682 0,46 2079 1088 991 0,52 1231 1711 480 4 1478 310 0,21 2078 1033 1045 0,50 1251 1612 360 5 1429 327 0,23 2024 132 1892 0,07 1171 1683 512 6 1453 368 0,25 2272 1201 1070 0,53 1305 1871 566 7 1672 434 0,26 2223 953 1270 0,43 1388 2032 644 8 1447 301 0,21 1918 1122 796 0,59 1173 1695 522 9 1543 372 0,24 2275 1104 1171 0,49 1251 1774 522

10 1463 383 0,26 2173 1059 1114 0,49 1160 1669 509 11 1443 355 0,25 2020 1021 999 0,51 1192 1627 435 12 1412 377 0,27 2049 932 1116 0,46 1108 1660 552 13 1363 379 0,28 1855 841 1014 0,45 1128 1738 611 14 1509 225 0,15 1872 1250 622 0,67 1350 1704 354 15 1476 311 0,21 1996 962 1034 0,48 1272 1730 458 16 1417 331 0,23 1995 1016 979 0,51 1187 1580 393 17 1567 364 0,23 2039 1081 959 0,53 1259 1878 618 18 1469 394 0,27 2012 1097 915 0,55 1153 1859 705 19 1394 320 0,23 2008 1060 948 0,53 1130 1544 414 20 1390 259 0,19 1853 1040 813 0,56 1200 1576 376 21 1359 311 0,23 1905 996 909 0,52 1150 1623 473 22 1480 298 0,20 1939 1155 785 0,60 1202 1730 528 23 1592 322 0,20 2136 1193 944 0,56 1346 1859 513 24 1474 334 0,23 1879 1011 868 0,54 1274 1793 518 25 1553 363 0,23 2048 1194 854 0,58 1289 1953 664 26 1486 386 0,26 2059 997 1062 0,48 1215 1829 614 27 1492 311 0,21 1950 1149 800 0,59 1247 1685 438 28 1385 355 0,26 1934 877 1058 0,45 1172 1621 449 29 1439 297 0,21 1950 1013 937 0,52 1201 1613 412 30 1518 283 0,19 1992 1231 761 0,62 1267 1741 474 31 1466 275 0,19 1989 1127 861 0,57 1249 1666 417 32 1502 278 0,19 1933 1228 705 0,64 1281 1741 460 33 1494 300 0,20 2081 1184 898 0,57 1272 1629 357 34 1439 314 0,22 1894 1099 796 0,58 1180 1732 552 35 1367 236 0,17 1689 1088 600 0,64 1154 1602 448 36 1584 306 0,19 2218 1175 1043 0,53 1389 1666 276 37 1561 354 0,23 2181 1160 1021 0,53 1296 1793 497 38 1457 369 0,25 2171 1146 1025 0,53 1196 1681 485 39 1552 327 0,21 2200 1245 955 0,57 1304 1711 407 40 1492 335 0,22 2057 1063 994 0,52 1294 1714 420 41 1622 306 0,19 2005 1128 877 0,56 1431 1896 466 42 1514 312 0,21 2035 1109 926 0,54 1366 1732 366

49

As isolinhas apresentadas para o ano de 1998 (Figura 77) em praticamente

toda a extensão da área de estudo, alcançou valores até 92mm de anomalias positivas de

precipitação pluvial.

TABELA 4 – Cálculo decadal para o período de 1984 a 1993 Estações Média DP CV Máximo Mínimo Amplitude IIM Qi Qs A IQ

1 1566 271 0,17 1907 998 909 0,52 1526 1710 185 2 1529 310 0,20 2120 943 1177 0,44 1399 1660 261 3 1481 285 0,19 1827 1033 794 0,57 1239 1671 433 4 1415 182 0,13 1697 991 706 0,58 1362 1491 129 5 1423 253 0,18 1747 973 774 0,56 1246 1627 381 6 881 215 0,24 1792 1127 665 0,63 1470 1705 234 7 1483 272 0,18 2006 978 1028 0,49 1399 1552 154 8 1781 369 0,21 2350 1161 1189 0,49 1678 2011 333 9 1503 161 0,11 1666 1187 479 0,71 1492 1593 101

10 1335 208 0,16 1681 1072 609 0,64 1229 1414 185 11 1437 198 0,14 1766 1149 618 0,65 1315 1581 266 12 1290 183 0,14 1640 978 663 0,60 1200 1387 187 13 1264 151 0,12 1523 979 544 0,64 1203 1349 147 14 1337 163 0,12 1510 970 540 0,64 1269 1443 174 15 1411 267 0,19 1877 899 978 0,48 1301 1483 182 16 1294 201 0,16 1486 851 635 0,57 1195 1474 280 17 1374 208 0,15 1708 1001 707 0,59 1310 1530 220 18 1306 176 0,13 1531 988 543 0,65 1162 1438 276 19 1300 178 0,14 1511 1045 466 0,69 1129 1430 301 20 1470 247 0,17 1741 957 784 0,55 1338 1602 264 21 1277 226 0,18 1745 905 840 0,52 1164 1359 195 22 1347 194 0,14 1696 1045 652 0,62 1278 1420 142 23 1455 155 0,11 1725 1184 541 0,69 1349 1548 199 24 1387 166 0,12 1637 1069 568 0,65 1294 1514 220 25 1414 239 0,17 1883 1052 832 0,56 1272 1502 229 26 1397 192 0,14 1738 1088 650 0,63 1264 1523 259 27 1427 133 0,09 1652 1256 396 0,76 1373 1475 101 28 1299 205 0,16 1568 845 723 0,54 1245 1412 167 29 1290 199 0,15 1502 973 529 0,65 1108 1474 367 30 1319 132 0,10 1535 1114 421 0,73 1217 1407 190 31 1459 237 0,16 1746 994 753 0,57 1311 1649 337 32 1321 203 0,15 1652 997 655 0,60 1219 1451 233 33 1479 206 0,14 1900 1147 753 0,60 1365 1521 156 34 1308 201 0,15 1716 1057 659 0,62 1183 1446 264 35 1265 162 0,13 1570 1060 510 0,68 1122 1354 232 36 1329 147 0,11 1530 1132 397 0,74 1217 1446 228 37 1528 255 0,17 1910 1061 849 0,56 1410 1663 253 38 1435 202 0,14 1663 1161 502 0,70 1249 1612 363 39 1471 269 0,18 1926 1183 742 0,61 1276 1648 372 40 1457 225 0,15 1745 1028 717 0,59 1329 1651 322 41 1590 249 0,16 1994 1233 761 0,62 1448 1753 305 42 1428 291 0,20 1939 1012 927 0,52 1317 1588 271

50

TABELA 5 – Cálculo decadal para o período de 1994 a 2003. Estações Média DP CV Máximo Mínimo Amplitude IIM Qi Qs A IQ

1 1495 152 0,10 1746 1305 441 0,75 1388 1563 175 2 1469 140 0,09 1726 1253 473 0,73 1420 1556 136 3 1308 430 0,33 1790 670 1120 0,37 901 1678 777 4 1439 143 0,10 1640 1213 428 0,74 1378 1557 179 5 1479 116 0,08 1628 1291 337 0,79 1373 1564 192 6 1453 191 0,13 1710 1184 526 0,69 1291 1595 304 7 1430 147 0,10 1638 1133 505 0,69 1372 1512 140 8 1334 197 0,15 1581 941 640 0,60 1294 1466 172 9 1505 253 0,17 2045 1243 802 0,61 1282 1632 349

10 1340 127 0,09 1610 1169 441 0,73 1261 1407 146 11 1155 311 0,27 1474 526 949 0,36 1182 1364 182 12 1353 118 0,09 1551 1199 353 0,77 1267 1441 174 13 1161 195 0,17 1461 903 558 0,62 1019 1327 308 14 1313 205 0,16 1621 999 622 0,62 1170 1494 324 15 1500 256 0,17 2000 1118 882 0,56 1365 1537 172 16 1432 106 0,07 1574 1272 302 0,81 1331 1507 176 17 1408 129 0,09 1550 1147 403 0,74 1330 1498 168 18 1301 123 0,09 1456 1088 368 0,75 1284 1387 102 19 1322 152 0,11 1559 1096 464 0,70 1241 1454 213 20 1456 272 0,19 1866 1161 704 0,62 1210 1717 506 21 1438 158 0,11 1654 1185 469 0,72 1310 1556 247 22 1328 169 0,13 1568 1098 470 0,70 1198 1457 260 23 1342 172 0,13 1696 1149 547 0,68 1225 1408 182 24 1451 197 0,14 1796 1117 679 0,62 1375 1572 197 25 1298 154 0,12 1538 1119 419 0,73 1185 1418 234 26 1341 209 0,16 1625 1064 561 0,65 1131 1484 354 27 1502 159 0,11 1883 1315 567 0,70 1420 1549 129 28 1342 207 0,15 1735 1051 684 0,61 1186 1464 279 29 1497 145 0,10 1731 1237 494 0,71 1430 1565 135 30 1423 201 0,14 1928 1246 682 0,65 1313 1484 171 31 1452 179 0,12 1665 1125 540 0,68 1328 1601 273 32 1440 120 0,08 1630 1257 373 0,77 1370 1530 160 33 1395 158 0,11 1750 1105 646 0,63 1347 1430 83 34 1375 188 0,14 1659 970 688 0,59 1321 1474 153 35 1225 217 0,18 1609 964 645 0,60 1035 1321 285 36 1386 218 0,16 1887 1100 787 0,58 1305 1421 116 37 1485 188 0,13 1846 1252 594 0,68 1350 1597 247 38 1371 236 0,17 1669 1032 637 0,62 1144 1558 414 39 1423 257 0,18 2029 1181 848 0,58 1247 1528 281 40 1450 274 0,19 2004 1039 965 0,52 1316 1446 130 41 1558 234 0,15 2029 1255 774 0,62 1391 1629 238 42 1504 182 0,12 1833 1272 561 0,69 1396 1639 243

Já para o ano de 2003 (Figura 78) a área comportou-se mais heterogênea

quanto a distribuição das isolinhas, sendo que a Oeste obteve valores à cima de 30mm de

anomalias positivas, na área central da região de estudo 15mm e bi extremo Sudeste 10mm.

51

As Tabelas abaixo se referem a análises das décadas 1974 a 1983 (Tabela 3),

1984 a 1993 (Tabela 4) e 1994 a 2003 (Tabela 5), onde foram calculados as médias, desvio

padrão (DP), coeficiente de variação (CV), máximo, mínimo, amplitude, índice de irregularidade

metereológicos, quartil inferior (Qi), quartil superior (Qs) e amplitude inter quartil.

Da análise das Tabelas 3, 4 e 5, constatou-se que dentro das três décadas analisadas os valores

calt foram menores.

As amostras das Tabelas 4 e 5 obteve-se valores superiores ao tabt , todavia não

foi significativo para aceitar a hipótese oH . As Tabelas 3-4 e 5-3, resultaram valores menores do

tabt confirmando assim que as décadas 1974-1983, 1984-1993 e 1994-2003 são diferentes no

regime de precipitação pluvial acumulado.

Os mapas de ilosinhas abaixo, se referem à média decais mensais, da

precipitação pluvial da Unidade de Gerenciamento: 1974 a 1983, 1984 a 1993 e 1994 a 2003.

Esta análise é importante para verificar a evolução da precipitação pluvial em toda a área de

estudo.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 79 – Médias decadal para os meses de

janeiro: 1974 a 1983. FIGURA 80 – Médias decadal para os meses de

fevereiro: 1974 a 1983.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 81 – Médias decadal para os meses de março:

1974 a 1983. FIGURA 82 – Médias decadal para os meses de abril:

1974 a 1983.

52

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 83 – Médias decadal para os meses de maio:

1974 a 1983. FIGURA 84 – Médias decadal para os meses de junho:

1974 a 1983.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 85 – Médias decadal para os meses de julho:

1974 a 1983. FIGURA 86 – Médias decadal para os meses de agosto:

1974 a 1983.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 87 – Médias decadal para os meses de

setembro: 1974 a 1983. FIGURA 88 – Médias decadal para os meses de outubro:

1974 a 1983.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 89 – Médias decadal para os meses de

novembro: 1974 a 1983. FIGURA 90 – Médias decadal para os meses de

dezembro: 1974 a 1983.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 91 – Médias decadal para os meses de janeiro:

1984 a 1993. FIGURA 92– Médias decadal para os meses de

fevereiro: 1984 a 1993.

53

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 93 – Médias decadal para os meses de

março: 1984 a 1993. FIGURA 94 – Médias decadal para os meses de

abril: 1984 a 1993.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 95 – Médias decadal para os meses de maio:

1984 a 1993. FIGURA 96 – Médias decadal para os meses de junho:

1984 a 1993.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 97 – Médias decadal para os meses de julho:

1984 a 1993. FIGURA 98 – Médias decadal para os meses de agosto:

1984 a 1993.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 99 – Médias decadal para os meses de

setembro: 1984 a 1993. FIGURA 100 – Médias decadal para os meses de

outubro: 1984 a 1993.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 101 – Médias decadal para os meses de

novembro: 1984 a 1993. FIGURA 102 – Médias decadal para os meses de

dezembro: 1984 a 1993.

54

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 103 – Médias decadal para os meses de

janeiro: 1994 a 2003. FIGURA 104 – Médias decadal para os meses de

fevereiro: 1994 a 2003.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 105 – Médias decadal para os meses de

março: 1994 a 2003. FIGURA 106 – Médias decadal para os meses de abril:

1994 a 2003.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 107 – Médias decadal para os meses de maio:

1994 a 2003. FIGURA 108 – Médias decadal para os meses de junho:

1994 a 2003.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 109 – Médias decadal para os meses de julho:

1994 a 2003. FIGURA 110 – Médias decadal para os meses de

agosto: 1994 a 2003.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 111 – Médias decadal para os meses de

setembro: 1994 a 2003. FIGURA 112 – Médias decadal para os meses de

outubro: 1994 a 2003.

55

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 113 – Médias decadal para os meses de

novembro: 1994 a 2003. FIGURA 114 – Médias decadal para os meses de

dezembro: 1994 a 2003.

Verificou-se que nos meses de janeiro da década de 1993 a 2003 teve

significativa precipitação pluvial, a média oscilou entre 240 a 260 mm (Figura 103) em

praticamente toda a área de estudo. Contraponde esta década com as décadas anteriores

observou-se uma crescente média da precipitação pluvial.

Os meses de fevereiro também notou-se uma variabilidade maior (década de

1993 a 2003 Figura ) em relação nos meses das décadas anteriores, atingindo médias superiores a

220mm de precipitação pluvial no perímetro de estudo.

Em relação aos meses de março a década de 1984 a 1993 teve a maior

precipitação pluvial Figura 93, atingindo 200 mm na região Leste e Sudeste da Unidade de

Gerenciamento.

As Figuras 82, 94 e 106 referentes aos meses de abril, notou-se que a década

de 1984 a 1993 (Figura 94) apresentou maior precipitação pluvial bem distribuída ao longo da

área de estudo, chegando a 110 mm de precipitação pluvial nas regiões Norte, Sul e Sudoeste.

Nas décadas de 1974 a 1983 e 1994 a 2003 não ultrapassou os valores médio 90mm.

Tomando-se os meses de maio para as décadas de análise, os valores

significativos de precipitação foi na década de 1984 a 1993 atingindo 110mm (Figura 95). Já para

a década de 1974 a 1983 o máximo de precipitação pluvial ocorreu na região Sudoeste da

Unidade atingindo 110mm (Figura 83).

Os meses de junho a década mais significativa quanto a precipitação pluvial

foi 1974 a 1983 atingindo 100 mm (Figura 84). Pode-se ver que nas Figuras 96 e 108 não

ocorrem grande variabilidade. Para a década de 1984 a 1993 a média mensal esteve entre 40 a 50

mm e a década de 1994 a 2003 a média mensal oscilou entre 40 e 50 mm (Figura 108), somente

nas regiões Oeste e Sudoeste 60mm da média de precipitação pluvial.

Os menores índices das décadas em estudo foram os meses de julho e agosto,

obtendo-se 20 mm de precipitação pluvial na região Noroeste da Unidade (Figura 107), na

56

década de 1994 a 2003. O mês de agosto obteve-se 55 mm nas regiões Nordeste e Sudeste

(Figura 20) para a década de 1984 a 1993.

Notou-se que nas décadas de estudo referente aos meses de setembro obteve-se

uma grande homogeneidade da precipitação pluvial dentro da área de análise (Figura 87, 99 e

111).

O mês de outubro notou-se uma maior variabilidade da precipitação pluvial

nas décadas de estudo. A maior média da precipitação pluvial ocorreu na década de 1974 a 1983,

atingindo 140 mm nas regiões Leste, Sudeste, Noroeste e Sudoeste (Figura 88).

Os meses de novembro os resultados mais significativos nas décadas de 1984 a

1993 e 1994 a 2003, resultando valores médios da precipitação pluvial de 120 a 140 mm (Figura

101 e 113). Para a década de 1974 a 1983 a maior média da precipitação pluvial oscilou entre 140

a 180 mm (Figura 89).

Verificou-se que os meses de dezembro a precipitação pluvial ocorreu em

decréscimo na média mensal de década a década. (Figuras 90, 102 e 114).

A Tabela 6 apresentam as estações pluviométricas da bacia do rio Turvo, para

associá-las com os eventos ENOS. As estações abaixo se referem as estações da primeira etapa

do trabalho exceto a estação Ribeirão do Sul (nº 14 da Tabela 1), a mesma também está inserida

na bacia do rio Turvo.

TABELA 6 – Estações do rio Turvo, com: código, estações, cidades, latitudes, longitudes, altitudes e períodos.

Código Estações Cidades Lat. (S) Lon. (W) Alt. (m) Períodos 2249018 Fernão Dias Gália -22º 36’ -49º 51’ 570 jul/36 nov/00 2249028 Ribeirão do Sul Ribeirão do Sul -22º 78’ -49º 93’ 480 mai/37 set/04 2249030 Usina Salto Grande Salto Grande -22º 90’ -49º 98’ 400 jan/31 dez/97 2249078 Fazenda Santa Helena Duartina -22º 20’ -49º 22 460 Jan/37 Jan/00 2249020 Duartina Duartina 22º 25’ 49º 25’ 520 Dez/38 Ago/00

TABELA 7 – Períodos de influência do fenômenos ENOS.

Evento ENOS Períodos El Niño Jan/1972 a fev/1973 El Niño Jul/1982 a dez/1983 El Niño Out/1986 a dez/1987 El Niño Mar/1997 out/1998 La Niña Mar/1970 a dez/1971 La Niña Abr/1973 a fev/1974 La Niña Out/1974 a jan/1976 La Niña Jan a dez/1985 La Niña Abr/1999 jan/2000

Fonte: Tabela de Trenberth.

57

Os gráficos abaixo se referem à análise do evento El Niño e La Niña da bacia

do rio Turvo.

0100200300400500600

Jan.

Mar. Mai. Jul.

Set. Nov.Ja

n.

Pre

cipi

taçã

o (m

m)

0100200300400500600

Jan.

Mar

.

Mai

.

Jul.

Set

.

Nov

.

Jan.

Pre

cipi

taçã

o (m

m)

FIGURA 115 – Evento El Niño período: Janeiro/1972 a

fevereiro/1973, estação pluviométrica de Fernão Dias FIGURA 116 – Evento El Niño período:

Janeiro/1972 a fevereiro/1973, estação pluviométrica Ribeirão do Sul

0100200300400500600

Jan.

Mar

.

Mai

.

Jul.

Set

.

Nov

.

Jan.

Pre

cipi

taçã

o (m

m)

FIGURA 117 – Evento El Niño período:

Janeiro/1972 a fevereiro/1973, estação pluviométrica Usina Salto Grande.

O evento El Niño de 1972/73 teve seu início em janeiro de 1972 e seu final em

fevereiro de 1973, as maiores precipitações pluviais ocorreram nos meses de janeiro, fevereiro e

outubro conforme Figuras 115, 116 e 117, pode-se verificar ainda que a média de chuva do

período foi de 164,6mm, a máxima 379,1mm na estação Fernão Dias no mês de janeiro e mínima

em junho na estação Ribeirão do Sul 8,5mm. O desvio padrão, medida comum da dispersão

estatística foi de 104,9mm.

58

0100200300400500600

Jul.

Out. Jan.

Abr. Jul.

Out.

Pre

cipi

taçã

o (m

m)

0100200300400500600

Jul.

Out

.

Jan.

Abr

.

Jul.

Out

.Pre

cipi

taçã

o (m

m)

FIGURA 118 – Período do fenômeno El Niño:

julho/1982 a dezembro de 1983 na estação pluviométrica de Fernão Dias.

FIGURA 119 – Período do fenômeno El Niño: julho/1982 a dezembro de 1983, estação

pluviométrica de Ribeirão do Sul.

0100200300400500600

Jul.

Out. Jan.

Abr. Jul.

Out.

Pre

cipi

taçã

o (m

m)

FIGURA 120 – Período do fenômeno El Niño: julho/1982

a dezembro de 1983, estação pluviométrica Usina Salto Grande.

Nas Figuras 118, 119 e 120, das estações escolhidas, para a análise da

influência do fenômeno El Niño na bacia do rio Turvo, pode-se verificar que os meses com maior

precipitação pluvial foram outubro/1982 a janeiro/1983 e o mês de setembro de 1983. Em

relação ao evento El Niño de 1972/1973 os meses de junho e julho choveu menos do que no ano

de 1983.

Pode-se verificar ainda que a média do período foi de 142,7mm, a máxima de

362,6mm ocorrida na estação Fernão Dias, pode-se observar ainda que de agosto não ocorreu

precipitação pluvial (Figuras 118, 119 e 120).

59

0100200300400500600

Mar.

Jun.

Set.Dez

.Mar

.Ju

n.Set.

Pre

cipi

taçã

o (m

m)

0100200300400500600

Mar.

Jun.

Set.Dez

.Mar

.Ju

n.Set.

Pre

cipi

taçã

o (m

m)

FIGURA 121 – Período do fenômeno El Niño:

março/1997 a outubro de 1998 na estação pluviométrica de Fernão Dias.

FIGURA 122 – Período do fenômeno El Niño: março/1997 a outubro de 1998 na estação

pluviométrica Ribeirão do Sul.

0100200300400500600

Mar

.

Jun.

Set

.

Dez

.

Mar

.

Jun.

Set

.Pre

cipi

taçã

o (m

m)

FIGURA 123 – Período do fenômeno El Niño:

março/1997 a outubro de 1998, na estação pluviométrica Usina Salto Grande.

O evento El Niño de 1997/98 teve seu início em março/1997 a outubro 1998,

pode-se verificar conforme Figuras 121, 122 123, o maior pico de precipitação pluvial ocorreu

nos meses de junho, novembro e fevereiro. A estação Fernão Dias (Figura 121) atingiu 340,1mm

de precipitação pluvial no mês de fevereiro.

A média mensal da estação para o período do fenômeno El Niño de 1997/98

foi 111,2mm de precipitação pluvial, a máxima foi 340,1mm e a mínima de 0mm nos meses de

julho e agosto da estação Usina Salto Grande.

60

0100200300400500600

Jan.

Mar.

Mai. Jul.

Set.Nov

.

Pre

cipi

taçã

o (m

m)

0100200300400500600

Jan.

Mar. Mai. Jul.

Set. Nov.

Pre

cipi

taçã

o (m

m)

FIGURA 124 – Período do fenômeno La Niña 1985:

janeiro a dezembro, estação pluviométrica Fernão Dias.

FIGURA 125 – Período do fenômeno La Niña: janeiro a dezembro, estação pluviométrica Ribeirão

do Sul.

0100200300400500600

Jan.

Mar. Mai. Jul.

Set. Nov.

Pre

cipi

taçã

o (m

m)

FIGURA 126 – Período do fenômeno La Niña: janeiro a

dezembro, estação pluviométrica Usina Salto Grande.

A média do período La Niña de 1985 foi de 100,0mm, seu desvio padrão de

76,3mm, a máxima de precipitação pluvial foi de 276,0mm ocorrida na estação Fernão dias e a

mínima 7,3mm em agosto na estação Ribeirão do Sul.

0100200300400500600

Abr. Jun.

Ago.

Out. Dez.

Pre

cipi

taçã

o (m

m)

0100200300400500600

Abr.

Jun.

Ago.

Out.Dez

.

Pre

cipi

taçã

o (m

m)

FIGURA 127– Período do fenômeno La Niña: abril

de 1999 a janeiro de 2000, estação pluviométrica Fernão Dias.

FIGURA 128 – Período do fenômeno La Niña: abril de 1999 a janeiro de 2000, estação pluviométrica

Ribeirão do Sul.

61

0100200300400500600

Abr. Jun.

Ago.

Out. Dez.

Pre

cipi

taçã

o (m

m)

FIGURA 129 – Período do fenômeno La Niña: abril de 1999 a

janeiro de 2000, estação pluviométrica Usina Salto Grande.

O evento La Niña de 1999/2000 (Figura 129), teve seu início em abril de 1999 e

término em janeiro de 2000. Nesse período choveu em média 87,4mm na estação Fernão Dias

(Figura 127), 71,2mm na estação Ribeirão do Sul (Figura 128) e 127,1mm na estação Usina Salto

Grande (Figura 129), esta localizada na região Sudoeste da bacia. A média total de precipitação

do período do fenômeno La Niña de 1999/2000 foi de 96,2mm. A média total de precipitação

pluvial das estações (Figuras 127, 128 e 129) foi de 95,2mm. O desvio padrão do período foi de

82,3mm apresentando, portanto variabilidade marcada, para este evento. Pode-se verificar

conforme Figuras 127, 128 e 129 o mês de agosto não ocorreu precipitação pluvial.

Foram analisados alguns eventos El Niño e La Niña dentro do período de

estudo, calculando-se alguns parâmetros estatísticos e obtendo-se os resultados apresentados nas

tabelas 8 a 12. Buscou-se selecionar aleatoriamente as estações pluviométricas. Com base nessas

séries construíram-se as referidas tabelas.

TABELA 8 – Cálculos da média, desvio padrão (DP), coeficiente de variação (CV), Máximo (Max.), mínimo (Min.) e dias de chuvas dos períodos dos eventos El Niño e La Niña, estação Fernão Dias.

Eventos Período Média DP CV Máx. Mín. NDC El Niño 01/72 a 02/73 148,9 116,0 0,8 379,1 10,2 208 El Niño 07/82 a 12/83 156,4 104,6 0,7 362,6 13,1 214 El Niño 10/86 a 12/87 133,3 96,1 0,7 383,4 18,6 145 La Niña 03/70 a 12/71 97,4 62,3 0,6 244,2 6,6 166 La Niña 04/73 a 02/74 120,5 82,4 0,7 270 30,7 129 La Niña 10/74 a 01/76 127,9 94,9 0,7 305,5 13,3 153 La Niña 01/85 a 12/85 103,0 85,2 0,8 276 11,9 101

Na Tabela 8 pode-se observar a ocorrência de variabilidade tanto nos eventos

El Niño e quanto La Niña selecionados. Para a realização dos cálculos levou-se em consideração

62

a tabela de Trenberth (Tabela 7).. Os eventos El Niño para a estação Fernão Dias apresentaram

maior precipitação média, com significativa variabilidade demonstrada através do desvio padrão

e do coeficiente de variação. No cálculo da dispersão, obtidos calculando-se o desvio padrão

pode-se observar que ocorreu maior variabilidade comparativamente aos eventos El Niño e La

Niña, ainda que ocorra variabilidade dentro do evento El Niño. No coeficiente de variação

observam-se oscilações entre 70 e 80%. A precipitação média dos eventos El Niño estiveram

sempre acima da precipitação média do evento La Niña.

TABELA 9 – Cálculos da média, desvio padrão (DP), coeficiente de variação (CV), Máximo (Max.), mínimo (Min.) e dias de chuvas dos períodos dos eventos El Niño e La Niña, estação Ribeirão do Sul.

Eventos Período Média DP CV Máx. Mín. NDC El Niño 01/72 a 02/73 170,8 107,9 0,6 344,5 8,5 123 El Niño 07/82 a 12/83 158,8 91,2 0,6 327,5 10,5 207 El Niño 10/86 a 12/87 130,6 94,9 0,7 370,3 10,3 116 La Niña 03/70 a 12/71 115,9 75,0 0,6 244,6 1,8 195 La Niña 04/73 a 02/74 117,1 112,2 1,0 418,3 21,9 98 La Niña 10/74 a 01/76 145,2 126,1 0,9 413,5 0,4 168 La Niña 01/85 a 12/85 103,9 79,0 0,8 232,6 7,3 95

Pode-se observar a Tabela 9, estação Ribeirão do Sul que o evento El Niño

teve a máxima de precipitação pluvial alcançando 370,3mm. A média do período foi de

170,8mm. O coeficiente de variação e o desvio padrão para os dois eventos apresentaram grande

variabilidade. O valor máximo de precipitação pluvial ocorreu no evento La Niña, atingindo

418,3mm, mas a média da precipitação pluvial ocorreu no fenômeno El Niño chegou a 170mm.

O evento La Niña, do ano de 1985, apresentou os menores valores médios bem abaixo dos outros

eventos analisados.

TABELA 10 – Cálculos da média, desvio padrão (DP), coeficiente de variação (CV), Máximo (Max.), mínimo (Min.) e dias de chuvas dos períodos dos eventos El Niño e La Niña, estação Usina Salto Grande.

Eventos Período Média DP CV Máx. Mín. NDC El Niño 01/72 a 02/73 173,9 96,2 0,6 375,5 11,9 171 El Niño 07/82 a 12/83 138,1 82,5 0,6 300,8 11,7 214 El Niño 10/86 a 12/87 122,5 88,9 0,7 357,2 7,1 164 La Niña 03/70 a 12/71 101,8 64,0 0,6 289,7 4,0 207 La Niña 04/73 a 02/74 125,3 90,9 0,7 343,7 47,5 166 La Niña 10/74 a 01/76 148,3 107,9 0,7 328,2 6,7 192 La Niña 01/85 a 12/85 93,2 70,4 0,8 201,2 14,5 103

63

A Tabela 10 pode-se verificar significativa variabilidade entre a média de

precipitação pluvial dos eventos El Niño e La Niña na estação pluviométrica Usina Salto Grande.

Máxima de precipitação pluvial ocorreu no evento El Niño (72-73), atingindo 375,5mm e a

menor 201,2mm para o evento La Niña. Nota-se que ocorreu uma relativa dispersão nos dois

eventos em relação aos valores médios.

TABELA 11 – Cálculos da média, desvio padrão (DP), coeficiente de variação (CV), Máximo (Max.), mínimo (Min.) e número de dias de chuvas (NDC) dos períodos dos eventos El Niño e La Niña, estação Fazenda Santa Helena.

Eventos Período Média DP CV Máx. Mín. NDC El Niño 01/72 a 02/73 158,2 103,0 0,7 375,5 38,2 128 El Niño 07/82 a 12/83 166,1 105,9 0,6 407,4 24,7 231 El Niño 10/86 a 12/87 126,6 98,7 0,8 301,1 8,3 131 La Niña 03/70 a 12/71 118,3 80,0 0,7 291,2 9,4 204 La Niña 04/73 a 02/74 112,5 79,2 0,7 286,9 20,6 94 La Niña 10/74 a 01/76 128,4 93,9 0,7 328,7 10,8 158 La Niña 01/85 a 12/85 88,0 70,2 0,8 214,8 9,8 106

Pode-se verificar que o desvio padrão conforme Tabela 11 ocorreu

significativa variância para o evento El Niño e La Niña, conforme a dispersão dos resultados das

médias obtidas para os eventos. O coeficiente de variação variou entre 60 a 80% para os dois

eventos.

TABELA 12 – Cálculos da média, desvio padrão (DP), coeficiente de variação (CV), Máximo (Max.), mínimo (Min.) e dias de chuvas dos períodos dos eventos El Niño e La, estação Duartina.

Eventos Período Média DP CV Máx. Mín. NDC El Niño 01/72 a 02/73 161,3 136,4 0,8 459,0 9,9 142 El Niño 07/82 a 12/83 153,6 102,8 0,7 244,5 5,4 214 El Niño 10/86 a 12/87 106,6 66,7 0,6 244,5 24,6 133 La Niña 03/70 a 12/71 105,0 68,3 0,7 287,9 7,0 152 La Niña 04/73 a 02/74 103,7 66,7 0,6 225,0 38,6 98 La Niña 10/74 a 01/76 133,3 94,5 0,7 285,1 14,6 141 La Niña 01/85 a 12/85 90,6 60,6 0,5 201,8 13,8 95

O coeficiente de variação para o evento La Niña oscilou entre 50 a 70%, já

para o evento El Niño a oscilação ficou entre 60 a 80%, conforme Tabela 12. Pode-se verificar

ainda que o desvio padrão teve significativa dispersão para os eventos analisados. Em relação às

64

Tabelas 8, 9, 10, 11 e 12, a Tabela 12 obteve a máxima precipitação pluvial atingindo 459mm no

evento El Niño de 72/73.

Na Figura 130 apresenta as estações, 3, 8, 11, 16, 18, 20, 21, 32 e 34 (Tabela

1), distribuídas espacialmente para análise dos índices de precipitação pluvial para os eventos El

Niño (82/83 e 97/98) e La Niña (74/76 e 85) conforme a Tabela 7 de Trenberth.

-50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

3

8

11

16

18

20

21

32

34

FIGURA 130 – Estações selecionadas para análise dos eventos La Niña e El Niño – período 1974 a 2003.

-2,00

-1,00

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

Jul.

Set.

Nov.

Jan.

Mar. M

ai. Jul.

Set.

Nov.

IPP

-2,00

-1,00

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

Mar. M

ai. Jul.

Set.Nov. Jan

.M

ar. Mai. Ju

l.Set.

IPP

FIGURA 131 – Índice da precipitação pluvial: estação Fazenda Monte Alegre (nº 3) do evento El Niño 82/83.

FIGURA 132 – Índice da precipitação pluvial: estação Fazenda Monte Alegre (nº 3) do evento El Niño 97/98.

-2,00

-1,00

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

Out

.

Nov

.

Dez

.

Jan.

Fev.

Mar

.

Abr

.

Mai

.

Jun.

Jul.

Ago

.

Set.

Out

.

Nov

.

Dez

.

Jan.

IPP

-2,00

-1,00

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.

IPP

FIGURA 133 – Índice da precipitação pluvial: estação Fazenda Monte Alegre (nº 3) do evento La Niña 74/76.

FIGURA 134 – Índice da precipitação pluvial: estação Fazenda Monte Alegre (nº 3) do evento La Niña 85.

65

-2,00

-1,00

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

Jul.

Set.Nov.

Jan.

Mar. M

ai. Jul.

Set.Nov.

IPP

-2,00

-1,00

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

Mar. M

ai. Jul.

Set.

Nov.

Jan.

Mar. M

ai. Jul.

Set.

IPP

FIGURA 135 – Índice da precipitação pluvial: estação

Gália (nº 8) do evento El Niño 82/83. FIGURA 136 – Índice da precipitação pluvial: estação

Gália (nº 8) do evento El Niño 97/98.

-2,00

-1,00

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

Out

.

Nov

.

Dez

.

Jan.

Fev.

Mar

.

Abr

.

Mai

.

Jun. Jul.

Ago

.

Set.

Out

.

Nov

.

Dez

.

Jan.

IPP

-2,00

-1,00

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.

IPP

FIGURA 137 – Índice da precipitação pluvial: estação

Gália (nº 8) do evento La Niña 74/76. FIGURA 138 – Índice da precipitação pluvial: estação

Gália (nº 8) do evento La Niña 85.

-2,00

-1,00

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

Jul.

Set.Nov.

Jan.

Mar. M

ai. Jul.

Set.Nov

.

IPP

-2,00

-1,00

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

Mar. M

ai. Jul.

Set.

Nov.Ja

n.M

ar. Mai. Ju

l.Set.

IPP

FIGURA 139 – Índice da precipitação pluvial: estação

Cabrália Paulista (nº 11) do evento El Niño 82/83. FIGURA 140 – Índice da precipitação pluvial: estação

Cabrália Paulista (nº 11) do evento El Niño 97/98.

-2,00

-1,00

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

Out

.

Nov

.

Dez

.

Jan.

Fev.

Mar

.

Abr

.

Mai

.

Jun.

Jul.

Ago

.

Set.

Out

.

Nov

.

Dez

.

Jan.

IPP

-2,00

-1,00

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.

IPP

FIGURA 141 – Índice da precipitação pluvial: estação

Cabrália Paulista (nº 11) do evento La Niña 74/76. FIGURA 142 – Índice da precipitação pluvial: estação

Cabrália Paulista (nº 11) do evento La Niña 85.

66

-2,00

-1,00

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

Jul.

Set.Nov

.Jan

.M

ar. Mai. Ju

l.Se

t.Nov

.

IPP

-2,00

-1,00

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

Mar. M

ai. Jul.

Set.Nov.

Jan.

Mar. M

ai. Jul.

Set.

IPP

FIGURA 143 – Índice da precipitação pluvial: estação

Areia Branca (nº 16) do evento El Niño 82/83. FIGURA 144 – Índice da precipitação pluvial: estação

Areia Branca (nº 16) do evento El Niño 97/98.

-2,00

-1,00

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

Out

.

Nov

.

Dez

.

Jan.

Fev.

Mar

.

Abr

.

Mai

.

Jun.

Jul.

Ago

.

Set.

Out

.

Nov

.

Dez

.

Jan.

IPP

-2,00

-1,00

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.IP

P

FIGURA 145 – Índice da precipitação pluvial: estação

Areia Branca (nº 16) do evento La Niña 74/76. FIGURA 146 – Índice da precipitação pluvial: estação

Areia Branca (nº 16) do evento La Niña 85.

-2,00

-1,00

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

Jul.

Set.Nov.

Jan.

Mar. M

ai. Jul.

Set.Nov

.

IPP

-2,00

-1,00

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

Mar. M

ai. Jul.

Set.Nov.

Jan.

Mar. M

ai. Jul.

Set.

IPP

FIGURA 147 – Índice da precipitação pluvial: estação São Pedro do Turvo (nº 18) do evento El Niño 82/83.

FIGURA 148 – Índice da precipitação pluvial: estação São Pedro do Turvo (nº 18) do evento El Niño 97/98.

-2,00

-1,00

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

Out

.

Nov

.

Dez

.

Jan.

Fev.

Mar

.

Abr

.

Mai

.

Jun.

Jul.

Ago

.

Set.

Out

.

Nov

.

Dez

.

Jan.

IPP

-2,00

-1,00

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.

IPP

FIGURA 149 – Índice da precipitação pluvial: estação São Pedro do Turvo (nº 18) do evento La Niña 74/76.

FIGURA 150 – Índice da precipitação pluvial: estação São Pedro do Turvo (nº 18) do evento La Niña 85.

67

-2,00

-1,00

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

Jul.

Set.

Nov.Jan

.M

ar. Mai. Ju

l.Set.

Nov.

IPP

-2,00

-1,00

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

Mar. M

ai. Jul.

Set.

Nov.

Jan.

Mar. M

ai. Jul.

Set.

IPP

FIGURA 151 – Índice da precipitação pluvial: estação Fazenda Nova Niagara (nº 20) do evento El Niño 82/83.

FIGURA 152 – Índice da precipitação pluvial: estação Fazenda Nova Niagara (nº 20) do evento El Niño 97/98.

-2,00

-1,00

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

Out

.

Nov

.

Dez

.

Jan.

Fev.

Mar

.

Abr

.

Mai

.

Jun. Jul.

Ago

.

Set.

Out

.

Nov

.

Dez

.

Jan.

IPP

-2,00

-1,00

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov.

IPP

FIGURA 153 – Índice da precipitação pluvial: estação

Fazenda Nova Niagara (nº 20) do evento La Niña 74/76. FIGURA 154 – Índice da precipitação pluvial: estação Fazenda Nova Niagara (nº 20) do evento La Niña 85.

-2,00

-1,00

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

Jul.

Set.Nov.

Jan.

Mar. M

ai. Jul.

Set.Nov.

IPP

-2,00

-1,00

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

Mar. M

ai. Jul.

Set.

Nov.

Jan.

Mar. M

ai. Jul.

Set.

IPP

FIGURA 155 – Índice da precipitação pluvial: estação

Rancharia (nº 21) do evento El Niño 82/83. FIGURA 156 – Índice da precipitação pluvial: estação

Rancharia (nº 21) do evento El Niño 97/98.

68

-2,00

-1,00

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

Out

.

Nov

.

Dez

.

Jan.

Fev.

Mar

.

Abr

.

Mai

.

Jun.

Jul.

Ago

.

Set.

Out

.

Nov

.

Dez

.

Jan.

IPP

-2,00

-1,00

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.

IPP

FIGURA 157 – Índice da precipitação pluvial: estação

Rancharia (nº 21) do evento La Niña 74/76. FIGURA 158 – Índice da precipitação pluvial: estação

Rancharia (nº 21) do evento La Niña 85.

-2,00

-1,00

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

Jul.

Set.Nov.

Jan.

Mar. M

ai. Jul.

Set.Nov.

IPP

-2,00

-1,00

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

Mar. M

ai. Jul.

Set.

Nov.Jan

.M

ar. Mai. Ju

l.Set.

IPP

FIGURA 159 – Índice da precipitação pluvial: estação

Água da Fortuna (nº 32) do evento El Niño 82/83. FIGURA 160 – Índice da precipitação pluvial: estação

Água da Fortuna (nº 32) do evento El Niño 97/98.

-2,00

-1,00

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

Out

.

Nov

.

Dez

.

Jan.

Fev.

Mar

.

Abr

.

Mai

.

Jun.

Jul.

Ago

.

Set.

Out

.

Nov

.

Dez

.

Jan.

IPP

-2,00

-1,00

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.

IPP

FIGURA 161 – Índice da precipitação pluvial: estação

Água da Fortuna (nº 32) do evento La Niña 74/76. FIGURA 162 – Índice da precipitação pluvial: estação

Água da Fortuna (nº 32) do evento La Niña 85.

-2,00

-1,00

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

Jul.

Set.Nov.

Jan.

Mar. M

ai. Jul.

Set.Nov

.

IPP

-2,00

-1,00

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

Mar. M

ai. Jul.

Set.Nov.

Jan.

Mar. M

ai. Jul.

Set.

IPP

FIGURA 163 – Índice da precipitação pluvial: estação

Paraguaçu Paulista (nº 34) do evento El Niño 82/83. FIGURA 164 – Índice da precipitação pluvial: estação

Paraguaçu Paulista (nº 34) do evento Niño 97/98.

69

-2,00

-1,00

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

Out

.

Nov

.

Dez

.

Jan.

Fev.

Mar

.

Abr

.

Mai

.

Jun.

Jul.

Ago

.

Set.

Out

.

Nov

.

Dez

.

Jan.

IPP

-2,00

-1,00

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.

IPP

FIGURA 165 – Índice da precipitação pluvial: estação

Paraguaçu Paulista (nº 34) do evento La Niña 74/76. FIGURA 166 – Índice da precipitação pluvial: estação

Paraguaçu Paulista (nº 34) do evento La Niña 85.

Verificou-se que durante o período do evento El Niño 82/83 o índice de

precipitação pluvial foi mais significativa nos meses de maio e junho (Figuras 131, 135, 139, 143,

159). As estações nº 21 (Figura 155) e nº34 (Figura 163) localizadas na região Noroeste da

Unidade em relação às demais obtiveram índices inferiores nos meses de maio e junho. Durante o

evento conforme análise constatou-se que a estação nº11 (Figura 131) atingiu o maior índice

acima de 3,00 na região Nordeste.

A menor índice de precipitação pluvial negativa em todas as estações se deu

no mês de agosto atingindo a casa de -1,00.

As Figuras 136, 144, 148, 156, 160 e 164 obteve-se os maiores índices

positiva nos meses de junho de 1997 e agosto 1998. Já os índices negativos de precipitação

pluvial se deu nos meses de março de 1997 e junho 1997/98.

O evento El Niño de 1982/83 foi o mais significativo que o vento de 1997/98

no regime de precipitação pluvial marcado por excepcional elevação da temperatura da

superfície do mar no Pacífico Equatorial conforme o índice SST – 2007 em março 28,68 Cº,

abril 28,56 Cº, maio 28,19 Cº e junho 27,44 Cº.

O evento La Niña de 1974/1976 na área de estudo, constatou-se que o mês

mais marcados de índice de precipitação pluvial positiva foi em novembro. A estação 32

(Figura...) localizada na região Sudoeste apresentou seu maior valor no mês de junho atingindo

mais de 1,00.

Notou-se que os índices de precipitação pluvial negativa se deu nos meses de

abril, maio, junho e agosto em toda em toda a extensão da Unidade, somente o mês de junho na

estação 32 obteve índice positivo.

70

O Evento La Niña de 1985 foi o mais significativo quanto aos índices de

precipitação pluvial negativas. Na área de estudo observou-se que os meses de junho, julho,

agosto, setembro e outubro obteve-se resultados expressivo.

Na Figura 167 ilustra a distribuição dos grupos para análise das áreas

homogêneas das estações pluviométricas do período completo da UGRHI-17.

Método Ward

Distância Euclidiana

Dis

tânc

ia d

e V

incu

laçã

o

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

5000

E

11

E35

E

13

E19

E

18

E12

E

10

E33

E

31

E23

E

36

E24

E

34

E22

E

28

E30

E

27

E21

E

29

E32

E

16

E20

E

40

E15

E

42

E

5

E

4

E39

E

38

E26

E

25

E14

E3

E8

E

17

E

7

E

9

E

6

E

2

E41

E

37

E

1

FIGURA 167 – Análise multivariável.

FIGURA 168 – Áreas homogêneas da UGRHI-17.

Foram correlacionados os dados de índice de precipitação pluvial (IPP), com

os índices de anomalias do Oceano Pacífico Equatorial, para cada estação dentro dos grupos

homogêneos para todas as estações pluviométricas da Unidade. O índice adotado foi o setor El

Niño (1+2), conforme Figura 169.

71

FIGURA 169 – Setor El Niño (1+2).

Com base nas áreas homogêneas foram calculadas a correlação linear, pelo

método de Pearson, entre anomalias do Oceano Pacífico Equatorial (setor 1+2) e índice de

precipitação pluvial (IPP) calculado em cada área. Através das Tabelas 13 a 21 tem-se os valores

de correlação e pôde-se constatar que esses eventos analisados não influenciam

significativamente a precipitação pluvial na bacia.

O primeiro evento analisado foi o El Niño de 1982/83, de acordo com

Trenberth (Tabela 7) começou em julho de 1982 e terminou em dezembro de 1983 e El Niño

97/98 iniciou em março de 1997 a outubro 1998. Com base nessa classificação tem-se a seguir as

correlações para cada estação dentro do grupo (Tabela 1).

Grupo I: Estação ( 10, 11, 12, 13, 18, 19, 35);

Grupo II: Estação (16, 21, 22, 23, 24, 27, 28, 29, 30, 31, 32, 33, 34, 36);

Grupo III: Estação (3, 4, 5, 14, 15, 20, 25, 26, 38, 39, 40, 42);

Grupo IV: Estação (1, 2, 6, 7, 8, 9, 17, 37, 41).

Na Tabela 13 observa-se a correlação entre as séries que compõe as distintas

áreas selecionadas e as anomalias do Pacífico. As associações foram realizadas por área e sem

defasagem e com defasagem de um e dois meses. Essa defasagem tem por objetivo analisar a

inércia entre os eventos no oceano e a ocorrência de chuva na área de estudo.

TABELA 13: Correlação El Niño 82/83. Grupo I Grupo II Grupo III Grupo IV

Sem defasagem 0,23 0,25 0,38 0,33 1 mês 0,17 0,20 0,25 0,27

2 meses 0,08 0,11 0,14 0,15

72

TABELA 14 – El Niño 82/83.

Grupo I calt Grupo II calt Grupo III calt Grupo IV calt

Sem defasagem 2,63 4,08 6,00 4,41 1 mês 1,92 3,22 3,77 3,54

2 meses 0,89 1,74 2,06 1,91

Na Tabela 14 tem-se os valores do calt para cada caso de correlação linear

observado na Tabela 13. Esses valores são comparados ao valor de 98.1=tabt . Quando tabcal tt >

tem-se que a correlação linear é significativa, para um nível de significância de 5%. Portanto, na

maioria dos casos, tem-se que a correlação linear é significativa, ainda que os valores de

correlação linear sejam baixos. Há alguma influência dos eventos El Niño, analisados, na

precipitação pluvial da bacia, ainda que ocorrendo variabilidade de uma área para outra.

O mesmo pode-se constatar em relação ao evento ocorrido entre 1997/98 (ver

Tabela 15). O procedimento foi similar ao analisado na tabela anterior, obtendo-se valore bem

menores de correlação, mostrando, mais uma vez, que não houve associação entre a chuva, na

bacia, e as anomalias no oceano Pacífico.

TABELA 15: Correlação El Niño 97/98. Grupo I Grupo II Grupo III Grupo IV

Sem defasagem -0,07 -0,08 0,01 -0,01 1 mês -0,12 -0,13 -0,02 -0,05

2 meses -0,22 -0,15 -0,05 -0,14

Nas Tabelas seguintes (Tabelas 16 a 21) foram analisadas as correlações para

cada estação, individualmente, dentro do grupo, podendo observar que as associações também

não forma significativas.

73

TABELA 16: Correlação El Niño 1982/1983 (Julho a dezembro). Grupo I Est. Grupo II Est. Grupo III Est. Grupo IV Est.

0,18 10 0,31 16 0,44 3 0,42 1 0,39 11 0,19 21 0,48 4 0,42 2 0,27 12 0,01 22 0,39 5 0,24 6 0,25 13 0,32 23 0,29 14 0,25 7 0,24 18 0,15 24 0,30 15 0,32 8 0,35 19 0,35 27 0,37 20 0,30 9 -0,07 35 0,25 28 0,24 25 0,24 17

0,28 29 0,32 26 0,44 37 0,23 30 0,45 38 0,39 41 0,21 31 0,51 39 0,32 32 0,41 40 0,24 33 0,35 42 0,18 34 0,39 36

TABELA 17: Correlação El Niño 1982/1983 (julho/dezembro), com um mês de defasagem.

Grupo I Est. Grupo II Est. Grupo III Est. Grupo IV Est. 0,16 10 0,23 16 0,28 3 0,36 1 0,29 11 0,19 21 0,36 4 0,35 2 0,18 12 0,15 22 0,27 5 0,21 6 0,14 13 0,26 23 0,24 14 0,24 7 0,18 18 0,09 24 0,17 15 0,22 8 0,23 19 0,18 27 0,25 20 0,27 9

0,18 28 0,12 25 0,26 17 0,21 29 0,23 26 0,28 37 0,20 30 0,29 38 0,22 41 0,19 31 0,32 39 0,23 32 0,23 40 0,14 33 0,19 42 0,21 34 0,31 36

74

TABELA 18: Correlação El Niño 1982/1983 (julho/dezembro), com dois meses de defasagem.

Grupo I Est. Grupo II Est. Grupo III Est. Grupo IV Est. 0,08 10 0,12 16 0,14 3 0,18 1 0,16 11 0,12 21 0,24 4 0,23 2 0,04 12 0,15 22 0,18 5 0,14 6 0,05 13 0,17 23 0,18 14 0,13 7 0,16 18 0,04 24 0,09 15 0,09 8 0,08 19 -0,01 27 0,13 20 0,15 9 0,00 35 0,04 28 0,10 25 0,20 17

0,10 29 0,11 26 0,11 37 0,04 30 0,15 38 0,10 41 0,17 31 0,17 39 0,09 32 0,07 40 0,11 33 0,08 42 0,23 34 0,13 36

TABELA 19: Correlação El Niño 1997/1998 (março/outubro). Grupo I Est. Grupo II Est. Grupo III Est. Grupo IV Est.

-0,04 10 -0,08 16 0,04 3 0,07 1 -0,12 11 -0,08 21 0,14 4 0,35 2 -0,11 12 -0,11 22 0,02 5 -0,09 6 0,04 13 0,00 23 -0,09 14 -0,07 7 -0,04 18 -0,12 24 -0,04 15 -0,09 8 -0,16 19 -0,09 27 -0,07 20 -0,14 9 -0,10 35 -0,03 28 -0,13 25 -0,04 17

0,04 29 -0,05 26 0,18 37 -0,02 30 0,09 38 -0,03 41 -0,06 31 0,11 39 -0,05 32 0,21 40 -0,19 33 -0,06 42 -0,10 34 -0,19 36

75

TABELA 20: Correlação El Niño 1997/1998 (março a outubro), com um mês de defasagem.

Grupo I Est. Grupo II Est. Grupo III Est. Grupo IV Est. -0,10 10 -0,12 16 0,01 3 -0,02 1 -0,04 11 -0,16 21 0,03 4 0,46 2 -0,18 12 -0,15 22 -0,07 5 -0,18 6 -0,02 13 -0,06 23 -0,08 14 -0,17 7 -0,05 18 -0,17 24 -0,02 15 -0,18 8 -0,18 19 -0,10 27 -0,04 20 -0,13 9 -0,21 35 -0,04 28 -0,21 25 -0,16 17

-0,15 29 -0,07 26 0,18 37 -0,05 30 0,02 38 -0,01 41 -0,09 31 0,07 39 -0,08 32 0,18 40 -0,27 33 -0,07 42 -0,13 34 -0,19 36

TABELA 21: Correlação El Niño 1997/1998 (março a outubro), com dois meses de defasagem.

Grupo I Est. Grupo II Est. Grupo III Est. Grupo IV Est. -0,21 10 -0,14 16 -0,09 3 -0,14 1 -0,07 11 -0,30 21 -0,09 4 0,39 2 -0,29 12 -0,14 22 -0,24 5 -0,30 6 -0,19 13 -0,04 23 -0,10 14 -0,29 7 -0,10 18 -0,24 24 0,02 15 -0,30 8 -0,24 19 -0,10 27 0,02 20 -0,11 9 -0,33 35 -0,08 28 -0,24 25 -0,26 17

-0,23 29 -0,09 26 -0,02 37 -0,16 30 -0,02 38 0,06 41 -0,03 31 0,06 39 -0,10 32 0,05 40 -0,33 33 0,05 42 -0,14 34 -0,08 36

Os mapas de isolinhas à abaixo representam os dias com chuva para o período

de análise. Na Figura 170 verifica-se o número de dias de chuva do período estudo. Pode-se

observar que na região Nordeste, Leste e Sudeste obteve-se o maior número de dias de chuva

atingindo 3300. Na área central da Unidade e regiões Sul, Sudoeste, e Noroeste apresentaram

3000 dias de chuva.

76

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 170 – Dias totais de chuva para o período de 1974 a 2003.

O mapa de isolinhas conforme Figura 171 ilustra os dias de chuva do período

seco jun/jul/ago. Pode-se observar que os dias de chuva foram bem distribuídos ao longa da

Unidade. A região que mais se destacou em números de dias com chuva foi à região Norte, Leste

e Sul.

Os dias de chuva do período úmido (dez/jan/fev) conforme Figura 172,

observa-se que as regiões Leste e no extremo Sudeste com maior número de dias com chuvas

para o período analisado.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 171 – Período seco jun/jul/ago.

77

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 172 – Período úmido dez/jan/fev.

Na primeira etapa deste projeto, foram analisados gráficos de balanço hídrico

dos municípios de Ourinhos e Salto Grande devido à falta de base de dados. Neste relatório

também se teve dificuldades de adquirir dados que satisfizessem os parâmetros necessários para o

calculo, daí optou-se pelos dados do Instituto Agronômico de Campinas/Centro Integrado de

Informações Agrometereológicas. Extraiu-se os dados do site dos municípios de Assis, Gália,

Palmital, Rancharia, Santa Cruz do Rio Pardo e Santa Cruz do Rio Turvo que compõem a

Unidade.

Abaixo estão relacionados os gráficos gerados a partir do balanço hídrico

climatológico de Thornthwaite e Mather, que tem por objetivo a somatória das quantidades de

água que entram e saem de uma certa porção do solo em um determinado intervalo de tempo.

-100

0

100

200

300

400

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

mm

-100

0

100

200

300

400

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

mm

FIGURA 173 – Balanço hídrico pelo método de

Thornthwaite e Mather no município de Assis 1997. FIGURA 174 – Balanço hídrico pelo método de

Thornthwaite e Mather no município de Palmital 1997.

78

FIGURA 175 – Balanço hídrico pelo método de

Thornthwaite e Mather no município de Rancharia 1997. FIGURA 176 – Balanço hídrico pelo método de

Thornthwaite e Mather no município de Santa Cruz do Rio Pardo 1997.

As Figura 174 e 175 para os meses de janeiro um saldo elevado de excedente

hídrico na Unidade, com valores superiores a 300mm para o ano de 1997.

Na figura 175 para o mês de março há um excesso de déficit hídrico no

município de Rancharia localizado no extremo Oeste da UGRHI 17 chegando a 50mm negativos.

Os meses de julho, agosto e setembro notou-se um período significativo de déficit hídrico para o

ano de 1997.

Assis

-100

0

100

200

300

400

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

mm

-100

0

100

200

300

400

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

mm

FIGURA 177 – Balanço hídrico pelo método de

Thornthwaite e Mather no município de Assis 1998. FIGURA 178 – Balanço hídrico pelo método de

Thornthwaite e Mather no município de Palmital 1998.

Rancharia

-100

0

100

200

300

400

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

mm

-100

0

100

200

300

400

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

mm

FIGURA 179 – Balanço hídrico pelo método de

Thornthwaite e Mather no município de Rancharia 1998. FIGURA 180 – Balanço hídrico pelo método de

Thornthwaite e Mather no município de Santa Cruz do Rio Pardo 1998.

79

Para o ano de 1998 em praticamente todos os municípios estudados, verificou-

se marcado excesso hídrico principalmente o município de Assis (Figura 177), Palmital (Figura

178) localizado na região Sudoeste da área em estudo e Santa Cruz do Rio Pardo (Figura 180).

Na Figura 179 apresentou déficit hídrico no município de Rancharia e aos meses de janeiro,

fevereiro e dezembro não obtive-se valores expressivos.

-100

0

100

200

300

400

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

mm

-100

0

100

200

300

400

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

mm

FIGURA 181 – Balanço hídrico pelo método de

Thornthwaite e Mather no município de Assis 2003. FIGURA 182 – Balanço hídrico pelo método de

Thornthwaite e Mather no município de Gália 2003.

FIGURA 183 – Balanço hídrico pelo método de

Thornthwaite e Mather no município de Rancharia 2003. FIGURA 184 – Balanço hídrico pelo método de

Thornthwaite e Mather no município de São Pedro do Turvo 2003.

O ano 2003 teve significativo déficit hídrico ao longo de 2003 nos municípios

que compõem a Unidade. Observou-se que no município de Assis (Figura 181) para os meses de

janeiro, fevereiro e abril em expressivo excedente hídrico. Nos municípios de Gália (Figura 182),

Rancharia (Figura 183) e São Pedro do Turvo (Figura 184) obteve-se período duradouro de

déficit hídrico nos meses de junho a dezembro de 2003. O valor mais expressivo de déficit

hídrico foi no mês de setembro para o município de Gália (Figura 182).

A zona de convergência do atlântico sul (ZCAS) é um fenômeno de meso

escala, se caracteriza através de uma faixa de nebulosidade convectiva, que se estende geralmente

desde o Sul da Amazônia em direção à Sudeste até o oceano Atlântico Subtropical. É um

80

fenômeno que ocorre no Hemisfério Sul, mas precisamente América do Sul, principalmente

durante o período de verão.

Dentre as características principais da ZCAS é a estacionalidade da banda

convectiva, fincando por vários dias. A ZCAS propicia grande quantidade de chuva para a região

Sul, Sudeste do Brasil..

FIGURA 185 – Formação das ZCAS (período de 25 a 31/12/1994).

FONTE: http://satelite.cptec.inpe.br/acervo/CGI/met_ant.htm

FIGURA 186 – Organização da banda de convecção na direção NW-SE (período 24 a 31/12/1994)

FONTE: http://satelite.cptec.inpe.br/acervo/CGI/met_ant.htm

Na Figura 185 verifica-se a formação das ZCAS e a dissipação (Figura 186) do

período 25 a 31 dezembro de 1994, quanto mais clara as nuvens na imagem de satélite significa

que ocorreu mais liberação de calor latente da região da Amazônia tanto para a geração como

para a manutenção do evento. O ano de 1994 no período em análise a média foi de 1263mm de

precipitação pluvial.Na estação de Gália (nº 8) localizada ao Norte da Unidade, para o ano de

1994 no mês de dezembro, aos dias 24 a 31 choveu 133,5mm, sendo que a média para o mês foi

de 238mm. Já na estação Gleba Rio Claro (nº 5), localizada na região Leste da Unidade, durante

81

o evento choveu 46,3mm, a média mensal foi de 198,4mm. Na estação Paraguaçu Paulista (nº

34), localizada na região Noroeste, foi registrado 24,1mm de precipitação para o evento, a média

para o mês 180,6mm.

FIGURA 187 - Imagem do satélite METEOSAT-7 no canal infravermelho para o dia 30/01/2003.

FONTE: http://satelite.cptec.inpe.br/acervo/CGI/met_ant.htm

Na Figura 186 ilustra a grande massa de nebulosidade, na qual é possível

observar as bandas convectivas com orientação NW-SE do episódio de ZCAS, a grande massa

entres os dias 25 e 31/01/2003, onde as chuvas se concentraram principalmente sobre as regiões

Centro-Oeste e Sudeste. Para o ano de 2003 a média foi de 1296mm. Já para o período da ZCAS

choveu 99,3mm na estação Gália (nº 8), sendo sua média mensal de 281,9mm. Na estação Gleba

Rio Claro (nº 5), localizada na região Leste da Unidade, durante o evento choveu 111,8mm, a

média para o mês é 254,3mm. Na estação Paraguaçu Paulista (nº 34), localizada na região

Noroeste choveu 88,6mm média para o mês 296,6.

Conclusões

Na fase preliminar de estudo observou-se significativa variabilidade da

precipitação pluvial, em toda a Unidade. Alguns anos foram marcadamente positivos, tais como

1974, 1982, 1983, 1985, 1997, 1998, 2000, 2001 e outros marcadamente negativos para os anos

de 1975, 1979, 1984, 1985, 2003 tendo a anomalia como base de análise.

Os períodos secos analisados foram junho, julho e agosto, em todo o período

observou-se precipitação marcadamente baixa, sendo o mês de agosto mais seco nessa unidade;

os meses úmidos foram dezembro, janeiro e fevereiro. Esses períodos podem ser explicados pela

dinâmica climatológica presente na área, visto que nos meses úmidos tem-se a presença dos

padrões de verão, em nosso hemisfério, com penetração de ar quente e úmido, proveniente da

82

Amazônia e organizado pelos sistemas frontais do extremo sul da América do Sul. Por outro lado

os períodos secos estão associados às chuvas estratiformes e sem a presença da umidade

Amazônica.

Verificou-se que os valores máximos de precipitação pluvial ocorreram na

região Nordeste e Sudeste, já os valores mínimos na região Nordeste. Observa-se que na região

Nordeste da unidade a ocorrência das maiores amplitudes.

O valor médio da precipitação pluvial para toda a Unidade foi 1433mm.

As regiões mais significativas quanto ao número de dias com chuva ocorreu ao

Nordeste, Leste e Sudeste da Unidade atingindo 3300, já as regiões com menores dias chuvas

obtidos foi área central da Unidade e regiões Sul, Sudoeste, e Noroeste apresentaram 3000.

As regiões Norte, Leste e Sul se destacaram quanto aos dias de chuva do

período seco. Já para o período úmido as regiões que obtiveram mais dias com chuva foram a

Leste e no extremo Sudeste.

Durante o ano inteiro de 1998, observou-se significativo excedente hídrico nos

municípios analisados que compõe a Unidade de Gerenciamento do Médio Paranapanema. O ano

de 2003 um grande déficit hídrico durante o período de junho a dezembro.

A zona de convergência do atlântico sul possui interferência direta no regime

de chuvas para a região Sudeste principalmente no verão. Estação Gália (nº 8) atingiu no período

de 24 a31/12/1994 133,5mm. Na estação Gleba Rio Claro (nº 5), localizada na região Leste da

Unidade, durante o evento 25 e 31/01/2003 choveu 111,8mm.

Plano de trabalho e cronograma para as etapas seguintes: 2008 2008 2008

Período 2008 – 2008 AMJ JAS OND

83

Referências Bibliográficas BARBETTA, P. A. Estatística Aplica às Ciências Sociais. 5.ed. Florianópolis: Ed. Da UFSC, 2003. p. 211-241. CASARIN, D. P., e V. E. KOUSKY, 1986: Anomalias de precipitação no sul do Brasil e variações da circulação atmosférica. Rev. Bras. Meteo., 1, 83-90. CAVALCANTI, I.F.A., FERREIRA, N.J., KOUSKY, V.E., 1982. Análise de um caso de atividade convectiva associado a linhas de instabilidade na Região Sul e Sudeste do Brasil. INPE-2574-PRE/222. INSTITUTO AGRONÔMICO DE CAMPINAS/CENTRO INTEGRADO DE INFORMAÇÕES AGROMETEOROLÓGICAS. Base de dados. Disponível em: <http://www.ciiagro.sp.gov.br/> Acesso em: 11 jan 2008. MALVESTIO, L. M. e NERY, J. T. Influences of ZCAS in rainfall of São Paulo State. In: II Simpósio Internacional de Climatologia, 2007. Anais… São Paulo: Sociedade Brasileira de Meteorologia (SBMET), 2007. CD-ROM, NERY, J. T. Apontamentos Nº 33 Climatologia da Precipitação da Região Sul do Brasil. Paraná: EDUEM, 1995. NERY, J. T. Apontamentos Nº 54 Climatologia Estatística: Séries Climáticas. Paraná: EDUEM, 1997. p. 18-23. OLIVEIRA, G. O. El Niño. São Paulo: Instituto de Pesquisas Espaciais, Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos. Disponível em: <www.cptec.inpe.br/enos/Oque_el-nino.shtml> Acesso em: 21 ago 2007. SECRETARIA DE ENERGIA, RECURSOS HÍDRICOS E SANEAMENTO, ESTADO DE SÃO PAULO, 2005. Plano Estadual de Recursos Hídricos 2004-2007 Relatório Síntese. Disponível em: <http://www.sigrh.sp.gov.br/sigrh/ARQS/RELATORIO/CRH/1063/cap_01a03_05a12.pdf.> Acesso em: 05 maio 2007. QUADRO, M.F.L.; ABREU, M.L., 1994. Estudos de episódios de Zonas de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) sobre a América do Sul. Dissertação de Mestrado, maio de 1994. SANTOS, Rosely Ferreira. Planejamento Ambiental. São Paulo: Oficina de Textos, 2004. SOUZA, R. Breve Revisão dos Eventos El Niño na Dinâmica de Precipitação do Estado do Paraná nas Últimas Décadas. Monografia. Universidade Estadual de Maringá, 2005. 115p. TUCCI, B. B. (organizado). Clima e Recursos Hídricos no Brasil / Organizado por Carlos E.M., Tucci, Benedito Braga. - Porto Alegre: ABRH, 2003.