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Universidade Estadual de Londrina CENTRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO PERFIL DE RISCO CARDIOVASCULAR EM PRATICANTES DE ATIVIDADE FÍSICA EM DOIS ESPAÇOS PÚBLICOS DE LONDRINA Renata Fedato Fascio LONDRINA PARANÁ 2010

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Universidade Estadual de Londrina

CENTRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE

CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

PERFIL DE RISCO CARDIOVASCULAR EM

PRATICANTES DE ATIVIDADE FÍSICA EM DOIS

ESPAÇOS PÚBLICOS DE LONDRINA

Renata Fedato Fascio

LONDRINA – PARANÁ 2010

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DEDICATÓRIA

A Deus, acima de tudo.

Aos meus pais que me deram suporte para minha educação, a meu irmão, Pedro,

que me apoiou em todas minhas atitudes e ao Vitor que esteve ao meu lado todo o

tempo nesta jornada e me fez confiante.

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AGRADECIMENTOS

A Profª. Drª. Orientadora Márcia Greguol, que me ajudou em todas as etapas deste

trabalho.

A minha família e namorado pela confiança e motivação.

Aos amigos, Michele, Laísa, Marina, Willian e Marlon pela força e pela vibração em

relação a esta jornada.

Aos professores e colegas de Curso, pois juntos trilhamos uma etapa importante de

nossas vidas.

A todos que, com boa intenção, colaboraram para a realização e finalização deste

trabalho.

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EPÍGRAFE

“Se a oportunidade não bate, construa uma porta.”

(Milton Berle)

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FASCIO, Renata Fedato. Perfil de risco cardiovascular em praticantes de atividade física em dois espaços públicos de Londrina. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Bacharelado em Educação Física. Centro de Educação Física e Esporte. Universidade Estadual de Londrina, 2010.

RESUMO

Mudanças no estilo de vida dos indivíduos podem proporcionar benefícios no sentido

da reduzir a ocorrência de doenças e agravos não transmissíveis. Supõe-se que

esses benefícios levam a um maior interesse da população em realizar atividades

físicas, no entanto muitos não realizam uma avaliação inicial para determinar

possíveis restrições cardiovasculares. O objetivo foi analisar a existência de

eventuais riscos cardiovasculares por praticantes de atividade física em dois

espaços públicos de Londrina. Foram avaliados 51 indivíduos praticantes de

atividade física, 29 do Lago Igapó 2 e 22 da Praça Nishinomya, com idades entre 40

a 60 anos. Os instrumentos utilizados foram um questionário, com informações

sobre o nível de escolaridade, profissão, atividade física praticada, fatores de risco

cardiovasculares conhecidos, exames médicos recentes, sintomas cardiovasculares,

valores de massa corporal e estatura relatada por eles, e com uma fita métrica,

mensurar a circunferência abdominal. A coleta foi realizada de forma intencional. A

análise dos dados foi realizada pela estatística descritiva e Test T-Student para

amostras independentes, com significância de p<0,05. O fator de risco Hipertensão

foi apresentado por 34% dos indivíduos do Lago igapó 2 e 31% da Praça

Nishinomya. O diabetes foi apresentado por 6% no Lago Igapó e 13% na Praça

Nishinomya. No Lago Igapó, 31% dos indivíduos apresentaram colesterol alto e 36%

na Praça Nishinomya. No Lago Igapó 2 37% não conheciam a presença de doenças

foi e na Praça nishinomya foram 50% indivíduos. Para os valores de IMC 75%

apresentaram valores ≥25 kg/m² no Lago Igapó e 68% na Praça Nishinomya. Para a

circunferência abdominal no Lago Igapó, 21% dos homens e 10% das mulheres

apresentaram elevada, já na Praça Nishinomia, 22% dos homens e 38% das

mulheres apresentaram circunferência abdominal elevada. Em conclusão, os

indivíduos praticantes de atividade física nos dois espaços públicos, apresentaram

risco moderado para a prática de atividade física. Quanto a exames médicos, grande

parte mostrou preocupados quanto a realização de consultas periódicas.

Palavras-chave: Doenças cardiovasculares; atividade física; fatores de risco

cardiovascular; Adultos.

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FASCIO, Renata Fedato. Cardiovascular risk profile in physical activity practitioners in two public places of Londrina. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Bacharelado em Educação Física. Centro de Educação Física e Esporte. Universidade Estadual de Londrina, 2010.

ABSTRACT

Changes on peoples life style can to offer a reduce on incidence of not transmissible

disease. To suppose that the benefits takes the peoples for practice exercise,

though many people’s start the exercise without a first test for to discovery a

cardiac’s limitation. The present study had object to analyze the existence of cardiac

risk on practitioner physical actives in two Londrina public places. Fifth subjects was

analyzed (29 of Igapó lake and 22 of Nishinomya square) with ages between 40 and

60 years old. Information about level school, profession, physical activity practiced,

cardiovascular risk factor, recent medical test, symptom cardiovascular, body mass,

stature and abdominal circumference was analyzed by a questionnaire. The statistic

test t-student for independents groups was used to compare the groups (p<0,05). In

Igapó lake 34% of subjects were hypertension, 6% diabetes, 31% high cholesterol,

37% don’t know about disease, 75% showed body mass index above to 25kg/m² and

21% of man and 10% of women had the high abdominal circumference. In

Nishynomia square 31% was classified as hypertension, 13% diabetes, 36% high

cholesterol, 50% of peoples don’t know about disease, 68% showed body mass

index above 25kg/m² and 22% of mans and 38% of women had high circumference

abdominal. The conclusion of study is that the peoples practitioner exercise in publics

places have a moderate risk to practice physical activity. As for medical

examinations, most were concerned about the periodic consultations.

Key-wokrs: Cardiovascular disease; physical actives; cardiovascular risk factors;

adult.

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Estratificação de risco de doença – ACSM (2007)...................... 29

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Valores de idade expressos em mínimo, máximo, média e

desvio padrão (DP), separados por local....................................

33

Tabela 2 - Valores de massa corporal, estatura, circunferência abdominal

(CA) e índice de massa corporal (IMC) separados por gênero e

local expresso em média e desvio padrão (DP)..........................

33

Tabela 3 - Porcentagem de circunferência abdominal abaixo e acima dos

valores recomendados pela National Cholesterol Education

Program: Adult Treatment Panel III (2001)..................................

34

Tabela 4 - Doenças conhecidas apresentadas pelos indivíduos

entrevistados...............................................................................

34

Tabela 5 - Frequência de escolaridade para cada local............................... 36

Tabela 6 - Frequência das atividades físicas praticadas pelos indivíduos

nos dois espaços públicos...........................................................

36

Tabela 7 - Dias por semana de prática de atividade física........................... 36

Tabela 8 - Duração da prática das atividades físicas................................... 37

Tabela 9 - Há quanto tempo pratica atividade física..................................... 37

Tabela 10

Tabela 11

Tabela 12

Tabela 13

Tabela 14

-

-

-

-

-

Último exame cardiológico...........................................................

Realização de consulta ou exame antes da prática de atividade

física.............................................................................................

Frequência que os indivíduos vão ao médico.............................

Respostas afirmativas no PAR-Q adaptado................................

Responsável pela prescrição de atividade física........................

37

38

38

39

39

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Estratificação de risco para os indivíduos do Lago Igapó 2........ 40

Figura 2 - Estratificação de risco para os indivíduos da Praça

Nishinomya.................................................................................

40

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LISTA DE SIGLAS, ABREVIAÇÕES E SÍMBOLOS

DCNT - Doença Crônica Não-Transmissível 15

DAC - Doença do Aparelho Circulatório 15

OMS - Organização Mundial da Saúde 15

DATASUS - Departamento de informática do SUS 15

HAS - Hipertensão Arterial Sistêmica 18

ACSM - American College of Sports Medicine 26

CA - Circunferência Abdominal 31

IMC - Índice de Massa Corporal 31

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LISTA DE EQUAÇÕES

Equação 1 - IMC (kg/m2) =Massa corporal (kg) / Estatura (m)2 - (OMS,

1997)..........................................................................................

31

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LISTA DE ANEXOS

Apêndice 1 - Termo de Consentimento de Participação.................................. 55

Apêndice 2 - Ficha de Avaliação...................................................................... 57

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SUMÁRIO

RESUMO v

ABSTRACT vi

LISTA DE QUADROS vii

LISTA DE TABELAS viii

LISTA DE FIGURAS ix

LISTA DE SIGLAS, ABREVIAÇÕES E SÍMBOLOS x

LISTA DE EQUAÇÕES xi

LISTA DE ANEXOS xii

1 INTRODUÇÃO........................................................................................... 15

Problema.................................................................................................... 15

Justificativa................................................................................................. 15

1.1 Objetivos.................................................................................................... 17

1.1.1 Objetivos Gerais......................................................................................... 17

1.1.2 Objetivos Específicos................................................................................. 17

2 REVISÃO DE LITERATURA...................................................................... 18

2.1 Doenças Cardiovasculares – Fatores de risco modificáveis e não

modificáveis....................................................................................

18

2.1.1 Fatores de risco modificáveis.................................................................... 19

2.1.2 Fatores de risco não-modificáveis............................................................. 24

2.2 Atividade física na prevenção cardiovascular............................................ 25

2.3 Estratificação de risco para a prática de atividades físicas...................... 28

3 MÉTODOS................................................................................................ 30

3.1 Caracterização do estudo.......................................................................... 30

3.2 Amostra..................................................................................................... 30

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3.3 Instrumentos ............................................................................................. 30

3.4 Procedimentos............................................................................................ 31

3.5 Análise Estatística...................................................................................... 32

4 RESULTADOS.......................................................................................... 32

5 DISCUSSÃO.............................................................................................. 41

6 CONCLUSÃO............................................................................................ 45

7 REFERÊNCIAS 46

APÊNDICE I 55

A PÊNDICE II 57

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1 INTRODUÇÃO

Segundo dados do IBGE (2009), a estrutura de mortalidade no Brasil vem

passando por intensas mudanças, principalmente no que se refere à mortalidade por

grupos de causas. As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) (doenças

cardiovasculares, neoplasias, doenças respiratórias crônicas, diabetes, entre outras),

consideradas com um grupo de causa de mortalidade, são responsáveis por 58%

das mortes ocorridas no mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde

(2010), acarretando um sério problema de saúde pública.

Apesar de, em grande porcentagem, as Doenças Crônicas Não

Transmissíveis serem um fator determinante nas causas de mortalidade, este

número vêm declinando nos últimos anos, principalmente no que se refere às

Doenças do Aparelho Circulatório (DAC). Desde a década de 1960, o Brasil tem

passado por processos de transição demográfica, epidemiológica e nutricional,

acarretando uma queda de mortalidade (MINISTERIO DA SAÚDE, 2010; BARRETO;

CARMO, 2007). Em 1996, a mortalidade por problemas do Aparelho Circulatório

chegava a 40% para aqueles que viviam nas áreas mais econômicamente ativas

(Sudeste e Sul), comparado com outras mortes como neoplasias, doenças do

aparelho respiratório, sintomas sinais e outras causas. No entanto, nos anos

seguintes (2000-2005) houve uma tendência de redução destes percentuais para em

média 37% de óbitos por Doenças de Aparelho Circulatório (NOBRE; SANTOS;

FONSECA, 2005; IBGE, 2009; PORTAL DA SAÚDE, 2010; BARRETO; CARMO,

2007).

Segundo o Departamento de Informática do SUS (DATASUS, 2009), um

número aproximado de 550 mil pessoas cadastradas no site possui hipertensão

arterial no Estado do Paraná. No município de Londrina, analisando a mesma

doença no ano de dezembro de 2005, verifica-se um número aproximado de 40 mil.

Após quatro anos, em 2009, houve um pequeno declínio nesse número de pessoas

com hipertensão arterial, atingindo cerca de 30 mil pessoas.

Supõe-se que esta melhoria no quadro de doenças cardiovasculares, como a

hipertensão arterial, pode ser atribuída a melhoria do atendimento dos serviços de

saúde, utilização de medicamentos como forma de tratamento, melhores hábitos e

estilo de vida e/ou uma maior conscientização da população quanto à alimentação e

à prática de atividade física (NOBRE; SANTOS; FONSECA, 2005; PORTAL DA

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SAÚDE, 2010; IBGE, 2009). Segundo Nobre, Santos e Fonseca (2005), a prática

regular de atividade física tem demonstrado ser um meio de proteção contra a

ocorrência de doenças cardiovasculares, reduzindo não só a mortalidade

cardiovascular, mas também mortalidade por outras causas.

A prática de atividade física tem se demonstrado cada vez mais importante

para a população, acarretando diversos benefícios cardiovasculares como redução

da frequência cardíaca, pressão arterial e da demanda de oxigênio para o miocárdio

em níveis sub-máximos de exercício, bem como o aumento do volume plasmático,

da contratilidade miocárdica, da circulação coronária e do tônus venoso periférico

(SHEPPHARD; BALADY, 1999) entre outros benefícios que se manifestam sob

todos os aspectos do organismo e vida social dos indivíduos.

Atualmente pelo aumento do incentivo às ações de promoção da saúde, a

atividade física vem sendo cada vez mais praticada em espaços públicos de lazer,

seja por fins estéticos, lazer, tratamento de doenças e também a prevenção destas

ou mesmo pela facilidade de realização e baixo custo, já que os próprios indivíduos

podem controlar o tempo e intensidade, através de sua percepção de esforço.

No entanto, mesmo que a atividade física seja uma forma reconhecida de

melhora da função cardiovascular, é importante que os indivíduos praticantes de

atividade física que não têm acompanhamento profissional, conheçam a presença

de doenças ou fatores de risco, seja por consultas ou exames médicos, para obter

maiores cuidados quanto à intensidade ao realizar a atividade física, principalmente

aqueles com idade mais avançada, predisposição genética para doenças e hábitos

de vida não saudáveis.

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1.1 Objetivos

1.1.1 Objetivo Geral

O objetivo deste estudo foi analisar a existência de eventuais riscos

cardiovasculares em praticantes de atividade física em dois espaços públicos da

cidade de Londrina.

1.1.2 Objetivos Específicos

Verificar a presença de risco cardiovascular ou fatores de risco conhecidos

entre os praticantes de atividade física nos espaços públicos, classificando-os

de acordo com estratificação de risco;

Analisar a opinião dos sujeitos sobre a importância da avaliação médica antes

da participação na atividade física, e com que frequência este

acompanhamento é realizado.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Doenças Cardiovasculares – Fatores de risco modificáveis e não

modificáveis

As doenças cardiovasculares são um conjunto de patologias que afetam o

sistema circulatório, coração e vasos sanguíneos. Devido a um essencial acúmulo

de gordura nas paredes dos vasos sanguíneos, ocasiona então a aterosclerose, um

fenômeno que tem início na fase precoce da vida e progride silenciosamente ao

longo do tempo. A partir daí, pode levar a algumas consequências, sendo as

principais a hipertensão arterial, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral e a

morte (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2010).

A doença cardiovascular é uma das principais causas de mortalidade em

grande parte dos países desenvolvidos e subdesenvolvidos (MINISTÉRIO DA

SAÚDE, 2010) que se desenvolve devido a inúmeros fatores. É possível observar

dois grupos de fatores de risco para essa doença, aqueles não modificáveis (idade,

sexo e hereditariedade) e os fatores de risco modificáveis, que dizem respeito aos

riscos vindos a partir de comportamentos negativos relacionados à saúde pelo

indivíduo ao longo de sua vida. Estes últimos fatores são passíveis de modificação

por ações preventivas que visam não só à remoção do fator de risco, mas também

evitam a sua instalação (NOBRE; SANTOS; FONSECA, 2005).

De acordo com as últimas Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia

(2007), os fatores de risco mais evidentes de doenças cardiovasculares no Brasil

são: tabagismo, hipertensão arterial sistêmica (HAS), diabetes mellitus, obesidade e

dislipidemias (SPOSITO et al., 2007). Alguns estudos mostram outros fatores de

risco modificáveis, tais como etilismo, alimentação inadequada e sedentarismo

(ZOFFI; GERBER, 1997; SANTOS FILHO; MARTINEZ, 2002; PITANGA; LESSA,

2005).

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2.1.1 Fatores de risco modificáveis

Tabagismo

Muitas pessoas começam a fumar por prazer, razões sociais, influência de

família e ou mesmo por pressão de amigos. Estudos mostram que o início do hábito

de fumar começa muitas vezes na adolescência, e que esse hábito na maioria dos

casos tem por influência amigos ou outras pessoas fora do ambiente familiar

(POLETTO, 1991; SEGAT et al., 1998; MENDES et al. 2006; MENEZES et al.,

2004).

O consumo de cigarros representa um dos fatores de risco modificáveis isolado mais

importante para doenças cardiovasculares. Segundo a Organização Mundial da

Saúde (OMS, 2010), o tabagismo é considerado uma das principais causas de morte

evitável em todo o mundo. O uso do tabaco pode causar dependência e levar vários

problemas de saúde como mau hálito, câncer de boca, câncer de pulmão, disfunção

sexual, envelhecimento prematuro e até morte. Segundo Balbani e Mantovani (2005)

outras complicações causadas pelo fumo são morbidade por doenças

cardiovasculares, cerebrovasculares, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e

doença péptica. Freqüentemente os otorrinolaringologistas atendem tabagistas com

doenças inflamatórias ou tumorais das vias aéreas superiores (BALBANI;

MANTOVANI, 2005). A paralisação e destruição dos cílios das vias aéreas dificultam

a liminação de muco e catarro, aumento da produção de radicais livres que lesam a

células e triplicam o risco de morte por infarto em homens com menos de 55 anos e

aumenta 10 vezes o risco de tromboembolia venosa (FAMERP, 2005).

A quantidade de indivíduos fumantes tem se mostrado elevada. Dados do

INCA (2007) mostram que o uso do tabaco levam a morte cerca de 5 milhões de

pessoas anualmente no mundo, dentre eles cerca 200 mil mortes anuais no Brasil.

No entanto, nos últimos anos as campanhas governamentais de combate ao

tabagismo se intensificaram, sobretudo através da mídia e das advertências

impressas nos maços de cigarro (BALBANI; MANTOVANI, 2005). Dessa forma,

apesar da maioria dos tabagistas conhecer os malefícios do tabaco, a medida mais

importante é a cessação do hábito de fumar, evitando assim maiores riscos de

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desenvolvimento de doenças cardiovasculares, cânceres e risco de morte (PORTAL

DA SAÚDE, 2009).

Hipertensão Arterial Sistêmica

A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) normalmente é silenciosa, sendo um

fator de risco de doenças cardiovasculares. As Diretrizes Brasileiras de Hipertensão

(2010) diagnosticam a doença quando se apresentam níveis pressóricos iguais ou

superiores a 140 mm Hg para a pressão arterial sistólica e/ou 90 mm Hg de

diastólica.

O estresse hemodinâmico decorrente pressão elevada, origina cardiopatia,

nefrologia e retinopatia hipertensivas, além de se constituir em um dos principais

fatores de risco para as doenças aterotrombóticas (MACMAHON et al, 1990).

Sendo considerada uma doença do mundo moderno, a Hipertensão Arterial

está associada a hábitos de vida, aliados com maiores graus de obesidade e ao

envelhecimento da população (ANDRADE; NOBRE, 2010). Outros fatores como

idade, hereditariedade, sexo, sedentarismo, tabagismo e o consumo de bebidas

alcoólicas, são fatores que proporcionam maiores risco de desenvolvimento da

hipertensão arterial (SILVA; SOUZA, 2004; BLOCK; RODRIGUES; FISZMAN, 2006;

FAMERP, 2005).

A hipertensão arterial sistêmica representa uma das maiores causas de

morbidade cardiovascular no Brasil e acomete 15% a 20% da população adulta,

possuindo também considerável prevalência em crianças e adolescentes

(MONTEIRO; SOBRAL FILHO, 2004).

Obesidade

De acordo com a OMS (2000), a obesidade é uma condição em que o

excesso de gordura corporal acumulada pode atingir graus capazes de afetar a

saúde. A obesidade é uma doença crônica, com enorme prevalência nos países

desenvolvidos, que atinge homens e mulheres de todas as etnias, reduzindo a

qualidade de vida, acarretando elevadas taxas de morbidade e mortalidade. Pode ter

início em qualquer idade, desencadeada por fatores como a ingestão inadequada de

alimentos, distúrbios de comportamento alimentar e da relação familiar,

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especialmente nos períodos de aceleração do crescimento e sedentarismo

(MONTEIRO; CONDE, 1999).

O desenvolvimento da obesidade se dá por fator genético, ambiente

socioeconômico, cultural e educativo e ambiente familiar, acarretando múltiplas

consequências, como distúrbios lipídicos, hipercolesterolemia, aumento do colesterol

LDL, aumento de insulina, intolerância à glicose, distúrbios menstruais/infertilidade e

apnéia do sono. (PORTAL DA SAÚDE, 2010, ABC DA SAÚDE, 2010).

A obesidade ainda pode ser relacionada ao aparecimento ou piora de outros

fatores de risco como a resistência à insulina, diabetes e hipertensão. Seu

tratamento influencia positivamente o controle desses fatores de risco relacionados

(SOUZA; COELHO FILHO; COELHO, 2006).

Atualmente sabe-se que é a localização abdominal da gordura (obesidade

central) que se mostra mais associada a distúrbios metabólicos e risco

cardiovascular. Carneiro et al. (2003) analisaram a distribuição central da

adiposidade corporal associado a fatores de risco para Doenças Cardiovasculares

(índice de massa corporal, relação cintura-quadril, pressão arterial, glicemia em

jejum e colesterol total) em uma população de indivíduos com sobrepeso ou obesos.

Observaram que a obesidade favorece a ocorrência dos fatores de risco

cardiovascular, sendo que a distribuição central da gordura corporal se destacava

especialmente como fator importante no desenvolvimento da hipertensão arterial.

Alimentação Inadequada

A alimentação constitui um fator na proteção da saúde, porém, quando

desequilibrada, pode contribuir para o desenvolvimento de doenças

cardiovasculares, entre outras. Por isso, o excesso de sal, de gorduras, de álcool e

de açúcares de absorção rápida na alimentação, por um lado, e a ausência de

legumes, vegetais e frutos frescos, por outro, são dois fatores de risco associados às

doenças cardiovasculares. Para ser saudável, a alimentação deve ser variada e com

muitas refeições ao longo do dia (RIQUE, 2002; PORTAL DA SAÚDE, 2010,

ANDRADE; NOBRE, 2010).

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Etilismo

O uso moderado de álcool, sobretudo o vinho, apresenta uma série de efeitos

benéficos em relação à ocorrência de acidentes cardiovasculares. O vinho pode

atuar em diferentes patologias, como acidente cardiovascular, aterosclerose,

redução do LDL. Aumenta a resistência das fibras colágenas, exercendo efeito

protetor sobre as paredes dos vasos sangüíneos; inibe a formação de radicais livres,

reduzindo a oxidação dos lipídios que constituem as placas de aterosclerose;

impede a destruição dos linfócitos, preservando o sistema imunológico e retarda o

envelhecimento celular e orgânico (SOUZA et al, 2006).

No entanto, quando consumido em doses elevadas álcool pode contribuir

para lesões no coração causando arritmias e outros problemas como hipertensão

arterial, hipertrigliceridemia, diabetes, câncer, pancreatite, problemas psicossociais e

comportamentais (STIPP et al., 2007). A partir de seu consumo em excesso e

crônico, pode acarretar problemas em seu convívio social.

Diabetes Melito

A Sociedade Brasileira de Diabetes (2006) define a doença como um grupo

heterogêneo de distúrbios metabólicos que apresentam em comum a hiperglicemia.

Essa hiperglicemia é o resultado de defeitos na ação da insulina, secreção de

insulina, entre outros. O diabetes pode ser classificado como diabetes melito tipo I,

diabetes melito tipo II, diabetes gestacional e outros tipos específicos. A Sociedade

Brasileira de Diabetes define os dois tipos mais frequentes de diabetes. O primeiro é

o diabetes do tipo I, o qual surge quando o organismo obtém uma grande diminuição

da produção de insulina. Dessa forma, o indivíduo com diabetes tem a necessidade

de aplicação da insulina regularmente para regulação de controle da glicose em seu

organismo. O segundo é chamado diabetes tipo II, no qual a insulina produzida não

consegue agir de forma eficiente para metabolizar a glicose da circulação. O tipo II

está associado à obesidade e sedentarismo, além de maior chance de fator

hereditário do que o diabetes tipo I.

Os sintomas da diabetes são decorrentes do aumento glicêmico e das

complicações crônicas que se desenvolvem em longo prazo. Uma pessoa que

apresenta níveis altos ou mal controlados de glicoses pode apresentar o aumento de

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sede excessiva, aumento do volume de urina, surgimento do hábito de urinar à noite,

fadiga, fraqueza, tontura, visão borrada, perda de apetite, perda de peso,

machucados que demoram a cicatrizar e dores na perna por causa da má

circulação. Com o desenvolvimento e o não controle da doença, podem ocorrer

algumas complicações crônicas como a Nefropatia Diabética, Retinopatia, Infarto do

Miocárdio, Acidentes Vasculares Cerebrais, Neuropatia Diabética, pé diabético e

maiores riscos de contrair algum tipo de infecção (GROSS; NEHME, 1999, PORTAL

DA SAÚDE, 2010; SBD, 2006).

Em alguns casos da doença não se apresentam sintomas, levando alguns

meses ou mesmo anos para descobrir sua existência. Portanto, é importante que

pessoas com mais de 40 anos de idade realizem os exames para diabetes para, se

houver a detecção, obter melhores tratamentos.

Dislipidemia

O nível elevado ou anormal de lipídios e/ou lipoproteínas na corrente

sanguínea pode ser classificado como dislipidemia. Esse aumento de gordura no

sangue pode se manifestar pelo aumento de triglicerídeos, colesterol ou por uma

diminuição do HDL. O excesso de lipídios na circulação pode favorecer o

desenvolvimento da aterosclerose, considerada um fator de risco para doenças

cardiovasculares. Uma vez que a gordura se fixa nas paredes das artérias, pode-se

obstruir o fluxo sanguíneo que chega ao cérebro e coração e provocar angina no

peito, infarto do miocárdio entre outros acidentes cardiovasculares (GIANNINI et al,

2001; BASTO, 2009)

Segundo a III Diretrizes Brasileira sobre Dislipidemia (2001), as causas são

originárias geneticamente, denominadas primárias, causadas por uso de

medicamentos ou outras doenças, tais como: hipotireoidismo, diabetes melito,

síndrome nefrótica, insuficiência renal crônica, obesidade, alcoolismo, icterícia

obstrutiva, uso de doses altas de diuréticos, betabloqueadores, corticosteróides e

anabolizantes, denominadas causas secundárias.

Na maioria das vezes as dislipidemias são assintomáticas e só são

descobertas através de exames de sangue feitos regularmente (PORTAL SÃO

FRANCISCO, 2010).

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24

Sedentarismo

Com o processo de industrialização, obteve-se um crescente número de

pessoas que se tornaram sedentárias. Por conta disso, estudos têm demonstrado o

sedentarismo associado com outras doenças, como agraves cardiovasculares

(GUEDES et al., 2006), câncer (PEDROSO; ARAÚJO; STAVANATO, 2005),

diabetes (SARTORELLI; FRANCO, 2003), hipertensão arterial (GUS; FISCHMMAN;

MEDINA, 2002), entre outras.

Outros fatores

Além dos fatores citados, encontra-se também como fator de risco para

doenças cardiovasculares o nível socioeconômico. Ishitani et al. (2006), ao

verificarem a desigualdade social e mortalidade por doenças cardiovasculares no

Brasil, apontam que mortalidade por doenças cardiovasculares acomete

principalmente populações menos privilegiadas socioeconomicamente. Isso se deve

ao difícil acesso aos serviços de saúde e provavelmente à baixa escolaridade, que

leva ao menor conhecimento sobre prevenção de doenças crônicas. Além disso, a

procura por serviços de saúde por motivos preventivos é maior para a população de

melhor poder aquisitivo, enquanto entre os indivíduos mais pobres a procura é maior

por motivos de doenças.

2.1.2 Fatores de risco não-modificáveis

Idade

Com o avanço da idade, o sistema cardiovascular sofre alterações

fisiológicas, anatômicas e hemodinâmicas. Essas alterações incluem degeneração

do colágeno, perda de elastina, espessamento da camada média vascular e redução

da complacência vascular, comprometimento da condução cardíaca e redução na

função barorreceptora (ZASLAVSKY; GUS, 2002). A partir dessas alterações podem

ser desenvolvidas as doenças cardiovasculares, como a hipertensão. Os níveis

sanguíneos elevados de lipídios e intolerância à glicose, também são fatores

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desenvolvidos com o avanço da idade, que podem ser um agravo para doenças

cardiovasculares (McARDLE; KATCH; KATCH, 2008).

Sexo

Muitos médicos ainda acreditam que a doença cardiovascular é a principal

enfermidade do homem. Hoje tem se mostrado que, pelo contrário, as mulheres têm

o maior risco cardiovascular (McARDLE; KATCH; KATCH, 2008).

Laurenti e Buchella (2001), ao realizarem uma revisão sobre as doenças

cardiovasculares, mostram diversos estudos nos quais descartam que doenças

cardiovasculares são exclusivamente dos homens. Foi relatada a alta mortalidade

feminina por doença isquêmica do coração em quatro capitais de Estados do Brasil

(São Paulo, Porto Alegre, Curitiba e Rio de Janeiro), com taxas superiores a

praticamente todos os países desenvolvidos escolhidos para comparação no estudo.

Hereditariedade

A doença cardiovascular pode ser desenvolvida a partir do histórico familiar

de infarto do miocárdio, revascularização coronariana ou morte súbita antes de 55

anos de idade no pai ou em outro parente masculino de primeiro grau, ou antes, de

65 anos de idade na mãe ou em outro parente feminina de primeiro grau (ACSM,

2007).

2.2 Atividade física na prevenção cardiovascular

A atividade física é entendida como qualquer movimento corporal produzido

pelos músculos esqueléticos que resultem em gasto energético maior que os níveis

de repouso. Já o exercício físico, como um componente da atividade física, é

definido como toda atividade planejada, estruturada e repetitiva que tem por objetivo

a melhoria e a manutenção da aptidão física (ACSM, 2007).

Para que se tenham benefícios à saúde, o American College of Sports

Medicine (ACSM, 2007) recomenda uma prática de atividade física de no mínimo de

30 minutos com intensidade leve a moderada na maioria dos dias da semana. Outra

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recomendação é a prática de atividade vigorosa com duração de 20 minutos

contínuos em três dias na semana.

Uma forma de atingir a recomendação de atividade física realizada com

intensidade moderada é a realização da atividade de forma acumulada, ou seja,

dividir o tempo, recomendado, de atividade física ao longo do dia. Um estudo

realizado por Murphy e Hardman (1998) mostrou que a atividade física realizada três

vezes distribuídas ao longo do dia, com duração mínina de cada sessão de 10

minutos, pode exercer influência benéfica na função cardiovascular. O grupo que

realizou atividade acumulada obteve uma melhora no VO2 máximo, semelhante ao

grupo que praticou a atividade de forma contínua. Já para as variáveis de peso e

circunferência de cintura, o grupo de atividade acumulada obteve maior perda

nessas variáveis quando comparada ao grupo contínuo.

Avaliação e prescrição de exercício

Antes de começar realizar algum tipo de atividade ou exercício físico, é

importante o participante ou o profissional responsável tomar alguns cuidados. O

exame médico é fundamental, uma vez que pode identificar riscos, doenças,

sintomas que poderão limitar a prática do exercício (GORGATTI; COSTA, 2005). A

anamnese clínica, por exemplo, é importante para obter informações sobre o

histórico do praticante, a fim de descobrir se o mesmo possui alguma limitação,

doença ou cuidado especial para realizar a atividade. Instrumentos como o PAR-Q,

podem apontar sintomas de algumas doenças do aparelho circulatório (DAC), sendo

que posteriormente um profissional adequado deve analisar melhor o praticante.

Uma vez obtidas essas informações, pode-se classificar o risco da pessoa para

realizar um teste de esforço, como baixo, moderado e alto risco (ACSM, 2007). O

teste de esforço pode mostrar respostas de freqüência cardíaca, pressão arterial e

outros aspectos em situação de exercício, já que são parâmetros importantes na

prescrição de um programa de treino. A mensuração da frequência cardíaca e a

utilização da freqüência cardíaca de reserva para determinar domínios de

intensidade auxiliam em uma prescrição adequada para atingir o objetivo adequado.

Sempre que possível esses cuidados devem ser realizados para que o

exercício proporcione o resultado desejado de maneira mais eficaz, reduzindo riscos

ou possíveis complicações com a prática da atividade.

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A inatividade física em pacientes com múltiplas doenças crônicas como

hipertensão, doença coronariana, diabetes melito ou dislipidemia, está associada a

aproximadamente duas vezes o risco de morte por todas as causas quando

comparados a um mínimo de 30 minutos por dia de atividade física, uma vez por

semana (MARTINSON; O’CONNOR; PRONK, 2001).

Segundo Kesaniemi et. al. (2001) apud ACSM (2007), os benefícios

encontrados ao se praticar atividade física regularmente resultam na redução de

ansiedade e depressão, função física aprimorada, estilo de vida independente em

pessoas mais velhas, sensações maiores de bem-estar, melhor execução do

trabalho e das atividades recreativas e esportivas, além de ocorrer melhora na

função respiratória em geral e cardiovascular.

Vários estudos correlacionam a prática de atividades físicas com a prevenção

de doenças cardíacas. Um exemplo clássico é um estudo realizado por Morris

(1953), citado por Pollock e Wilmore (1993), que comparou os motoristas de ônibus

sedentários aos cobradores ativos no ônibus de dois andares da cidade de Londres.

Foi constatado que os cobradores, que eram mais ativos fisicamente, apresentaram

uma ocorrência 30% menor de doença cardiovascular e 50% menor risco de infarto

de miocárdio. Foi apresentada mortalidade menor em cobradores comparada com

os motoristas. Portanto, as atividades ocupacionais com maior gasto energético

estavam associadas com menores taxas de morte por doenças cardíacas

coronarianas.

O exercício resistido tem se inserido progressivamente em programas de

prevenção e reabilitação cardiovascular. São observados efeitos crônicos e agudos,

demonstrando efeitos que auxiliam para a estabilidade pressórica a partir da

adaptação da distensibilidade arterial, da função vascular e do fluxo sangüíneo

periférico a partir do treinamento resistido (UMPIERRE; STEIN, 2007).

É importante enfatizar, no entanto, que tão importante quanto estimular a

prática regular da atividade física, seja aeróbia ou de fortalecimento muscular, é o

incentivo às mudanças para a adoção de um estilo de vida ativo no dia-a-dia do

indivíduo como parte fundamental para a promoção saúde e qualidade de vida em

longo prazo (MATSUDO; MATSUDO; BARROS NETO, 2001).

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2.3 Estratificação de risco para a prática de atividades físicas

Quando se tem o conhecimento dos devidos benefícios adicionais à saúde

com a prática de atividade física contribuindo favoravelmente para a prevenção e

controle de doenças crônicas, é recomendável uma elaboração e supervisão dos

programas por profissionais qualificados.

Ao se prescrever um programa de atividade física, é necessário

primeiramente realizar uma triagem de saúde com o indivíduo que pretende iniciar a

atividade. Os procedimentos de triagem de saúde variam de questionários auto-

administrativos a testes diagnósticos sofisticados. Portanto o profissional

responsável pelo programa de atividade física deve estabelecer os procedimentos

apropriados para seus clientes ou população.

O primeiro passo é a anamnese clínica, por meio da qual o avaliador deve

obter os objetivos do sujeito, identificar contra-indicações médicas para o exercício e

maiores riscos que podem levar a uma doença em virtude da idade, sintomas e/ou

fatores de risco e histórico familiar (ACSM, 2007). Uma boa opção para identificar

riscos para a prática de atividade física é o Questionário de Prontidão para Atividade

Física (PAR-Q), desenvolvido por autoridades Canadenses, que tem por objetivo

identificar prováveis restrições e limitações à saúde do indivíduo antes do início de

sua atividade. O PAR-Q é constituído de sete perguntas, que poderão ser

respondidas apenas com um “sim” ou um “não”. Caso haja algum “sim”, a pessoa

deverá ser encaminhada para uma avaliação clínica. Caso todas as respostas sejam

“não”, é considerado baixíssimo o risco de a atividade física oferecer danos ao

indivíduo.

Através do estudo de Framingham, iniciado em 1948, foi demonstrado a

importância de alguns fatores de risco para o desenvolvimento de doença cardíaca e

cerebrovascular, utilizando variáveis simples, clínicas e laboratoriais. O Escore de

Risco de Framingham (ACSM, 2007) permite definir e estratificar o risco

cardiovascular como probabilidade de uma pessoa desenvolver um evento

coronariano maior em 10 anos.

Além do escore de Framingham, a estratificação feita a partir da idade, e

fatores de risco dos indivíduos pode classificá-los como sendo de baixo, moderado

ou alto risco de apresentar doenças cardiovasculares. São feitas ainda

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recomendações sobre a necessidade de se realizar testes de esforço antes de se

praticar atividade física regular (quadro 1).

Uma vez levantadas todas essas informações a respeito da saúde do

indivíduo, a elaboração do programa de atividade física poderá ser feita respeitando

as implicações clínicas específicas.

Quadro 1- Estratificação de risco de doença.

1. Baixo Risco Homens < 45 anos de idade e mulheres < 55 anos

de idade, assintomáticos que apresentam apenas

um fator de risco – dispensável para teste de

esforço.

2. Risco moderado Homens ≥ 45 anos e mulheres ≥ 55 anos ou

indivíduos de qualquer idade que apresentam dois

ou mais fatores de risco – recomendado realizar

teste de esforço.

3. Alto risco Indivíduos com um ou mais sinais/sintomas de

doença cardiovascular ou indivíduos com doença

cardiovascular – alta importância a realização de

teste de esforço.

Fonte: ACSM (2007)

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3 MÉTODOS

3.1 Caracterização do Estudo

O presente estudo foi uma pesquisa do tipo descritiva com delineamento

transversal, que, segundo Thomas, Nelson e Silverman (2007), tem por finalidade

observar, registrar e analisar um fenômeno sem interferência do pesquisador no

conteúdo.

3.2 Amostra

Para a realização do estudo foram avaliados 51 indivíduos (29 do gênero

masculino e 23 do feminino), selecionados de forma intencional, com idades entre os

40 e 60 anos, praticantes de atividade física em dois espaços públicos do município

de Londrina. Todos os participantes, depois de informados sobre os procedimentos

de pesquisa, assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Apêndice

1).

3.3 Instrumentos

Para a realização do estudo, foi utilizado questionário aplicado aos indivíduos

na forma de entrevista semi-aberta, que possuia informações sobre o nível de

escolaridade, profissão, atividade física praticada, fatores de risco cardiovasculares,

exames médicos recentes, sintomas cardiovasculares, valores de massa corporal e

estatura e no final foi mensurada a circunferência abdominal através de uma fita

métrica inelástica.

Foram consideradas as atividades físicas de lazer praticadas regularmente no

parque ou mesmo fora dele. Essas atividades foram avaliadas quanto ao tipo de

atividade, a freqüência semanal, a duração da sessão e o tempo de prática.

Através do PAR-Q foi realizada a avaliação da presença de doenças

cardiovasculares, fatores de risco ou sintomas, no qual os entrevistados respondiam

as questões em relação ao diagnóstico médico dessas doenças ou fatores e/ou pelo

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31

uso de medicamentos específicos. Quanto aos sintomas cardiovasculares, foram

considerados apenas os relatos de sintomas como, angina e tontura, que fossem

sentidos freqüentemente associados à atividade física.

3.4 Procedimentos

Os dados foram coletados em dois dias distintos, no início da manhã e ao

final da tarde no Lago Igapó II e na Praça Nishinomya, ambos no município Londrina

- PR. As coletas foram realizadas por três avaliadores, no qual abordavam os

indivíduos praticantes de atividade física, convidando-os a participar do estudo.

Cada coleta obteve duração de aproximadamente duas horas.

Após os indivíduos responderem ao questionário, foi realizada a medida da

circunferência abdominal (CA). Essa medida foi avaliada com o indivíduo na posição

em pé, posicionando a fita no ponto médio entre o último arco costal e a crista ilíaca

ântero-superior, em posição horizontal, segundo a IV Diretriz Brasileira sobre

Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose (2007). Foi considerada a obesidade

abdominal por meio da circunferência abdominal de acordo com a National

Cholesterol Education Program: Adult Treatment Panel III (NCEP-ATP III, 2001)

citado por Salaroli et al. (2007) . Os pontos de corte adotados para CA foram de

acordo com o grau de risco para doenças cardiovasculares, com valores ideais de

CA até 80 cm para as mulheres e para homens CA até 94 cm, valores limítrofes de

CA para mulheres (80 a 88 cm) e homens (94 a 102) e risco elevado > 88 cm para

as mulheres e > 102 cm para os homens.

Massa Corporal e Estatura

A partir dos valores de massa corporal e estatura relato pelos indivíduos

entrevistados, foi calculado o Índice de Massa Corporal (IMC), por meio da seguinte

equação:

IMC (kg/m2)= Massa corporal (kg) / Estatura (m)2

O IMC dos indivíduos entre os dois grupos foi classificado como pontos de

corte, < 18,5 kg/m² baixo peso, ≥ 18,5 kg/m² eutrófico, ≥ 25 kg/m² sobrepeso e ≥ 30

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kg/m² obesidade, de acordo com a OMS (1997). A utilização desses dados teve

importância para a identificação de excesso de peso ou obesidade, visto ser este um

fator de risco para a doença cardiovascular.

3.5 Análise Estatística

Para a análise das medidas antropométricas foi utilizada a estatística

descritiva, com valores de médias e desvio padrão. Após as análises de dados, os

indivíduos foram classificados conforme a estratificação de risco da ACSM (2007).

As respostas dos questionários foram analisadas por meio de porcentagem de

frequência total e por gênero e local de prática. Para comparação das médias de

circunferência abdominal e IMC entre os grupos foi utilizado o Test T-Student para

amostras independentes, adotando-se o nível de significância de p < 0,05.

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4 RESULTADOS

Foram entrevistados 51 indivíduos praticantes de atividade física, sendo 29

indivíduos no Lago Igapó 2, e 22 indivíduos na Praça Nishinomya. Na tabela 1, são

expressos os valores de idade em mínimo, máximo, média e desvio padrão,

separados por local. Comparando a média de idade entre sujeitos dos dois espaços

públicos, foi verificada diferença significante, com p = 0,027.

Tabela 1. Valores de idade expressos em mínimo, máximo, média e desvio padrão

(DP), separados por local.

Local n Mínimo Máximo Média DP

Lago Igapó II 29 40 59 48,86 ± 4, 998

Praça Nishinomya 22 40 60 52,59 ± 6,731*

* p < 0,05

Tabela 2. Valores de massa corporal, estatura, circunferência abdominal (CA) e

índice de massa corporal (IMC) separados por gênero e local expresso em média e

desvio padrão (DP).

Local Gênero Média DP

Lago Igapó II

Feminino Massa 61,3 5,21

(n = 10) Estatura 1,60 0,06

CA 82,8 6,67

IMC 24,4 3,13

Masculino Massa 81,3 11,72

(n = 19) Estatura 1,73 0,05

CA 95,6 9,10

IMC 26,5 2,75

Praça Nishinomya

Feminino Massa 63,6 9,73

(n = 13) Estatura 1,60 0,03

CA 82 12,79

IMC 24,5 3,45

Masculino Massa 76,6 5,26

(n = 9) Estatura 1,71 0,05

CA 96,3 6,32

IMC 26,2 2,27

Na tabela 2, são apresentadas as características dos sujeitos de cada local,

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separados por gênero, com valores de massa corporal, estatura, circunferência

abdominal (CA) e Índice de Massa Corporal (IMC), expressos em média e desvio

padrão. Dos 29 indivíduos do Lago Igapó 22 (75 %) apresentaram valores valores de

IMC igual ou superior a 25 kg/m², podendo ser considerados sobrepesados ou

obesos (≥30 kg/m²) e na Praça Nishinomya, dos 22 praticantes 15 (68 %)

apresentaram sobre valores de IMC igual ou superior a 25 kg/m², podendo ser

considerados sobrepesados ou obesos (≥30 kg/m²)

Analisando as mulheres do Lago, 10% (1) apresentaram valores de CA acima

de 88 cm, segundo a NCEP-ATP III (2001). Já na Praça Nishinomya, 38% (5) das

mulheres tiveram valores de CA acima do valor de corte. Para os homens do Lago

Igapó 2, 21% (4) apresentaram valores acima de 102 cm (NCEP-ATP III, 2001). Na

Praça Nishinomya, 22% (2) dos homens tiveram valores acima do valor de corte

(tabela 3).

Tabela 3. Porcentagem de circunferência abdominal abaixo e acima dos valores

recomendados pela National Cholesterol Education Program: Adult Treatment Panel

III (2001).

Circunferência

Abdominal (CA) Lago Igapó 2 Praça Nishinomya

Homens Mulheres Homens Mulheres

Normal 79 % (15) 90% (9) 78% (7) 62 % (8)

Acima 21 % (4) 10 % (1) 22% (2) 38% (5)

Total 100% (19) 100% (10) 100% (9) 100% (13)

Comparando os valores de IMC e CA entre as mulheres do Lago Igapó 2 e

praça Nishinomya, não foi encontrada diferença significativa. O mesmo aconteceu

com essas variáveis entre os homens dos dois espaços públicos, com p > 0,05.

Na tabela 4 são expressas as doenças crônicas que os entrevistados

afirmaram apresentar, dentre elas a pressão alta, doença do coração, diabetes,

colesterol alto, osteoporose, artrite e asma. Os indivíduos poderiam apresentar uma

ou mais doenças, ou ainda o não conhecimento dessas doenças.

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Tabela 4. Doenças conhecidas apresentadas pelos indivíduos entrevistados.

Tipo de atividade Lago Igapó (n=29) Praça Nishinomya (n=22)

Pressão Alta

Doença do coração

Diabetes

Colesterol Alto

Osteoporose

Artrite

Asma

Não tem conhecimento

34,5 % (10)

0

6,9 % (2)

31 % (9)

0

3,4 % (1)

0

37,9 % (11)

31,8 % (7)

0

13,6 % (3)

36,4 % (8)

13,6 % (3)

0

0

50 % (11)

Apesar de a grande maioria não ter o conhecimento sobre alguma dessas

doenças (22 das 51 pessoas entrevistadas), a pressão alta e o colesterol alto se

apresentaram com maior frequência nos dois espaços públicos.

Outros dois fatores, como o consumo de bebida alcoólica e o uso de tabaco,

considerados fatores de risco cardiovascular, foram analisados no presente estudo,

sendo que 93% dos entrevistados do Lago Igapó responderam que não fumavam e

apenas 7% disseram que sim. Na Praça Nishinomya, 95,5% dos entrevistados

também responderam que não fumavam e apenas 4,5%, ou seja, um indivíduo,

disse que fazia o uso de tabaco.

Em relação à bebida alcoólica, o número de pessoas que consomem

representa pouco mais da metade dos entrevistados no Lago Igapó 2, com 51,7 %,

assim como na praça Nishinomya, representada por 68,6 % dos praticantes. Em

ambos os locais, a maioria dos indivíduos que consumiam bebida alcoólica afirmou

que bebia socialmente ou somente nos finais de semana.

A tabela 5 representa o nível de escolaridade dos indivíduos entrevistados

nos dois espaços públicos, divididos em ensino fundamental, ensino médio, superior

incompleto e superior completo. Uma grande porcentagem da amostra entrevistada

no Lago Igapó 2 obteve nível superior completo, representando 48,3 % da amostra.

Já na Praça Nishinomya a maior parte da amostra possuía apenas o ensino

fundamental, representando 36,4 %, ou ensino médio, representando 36,4 % dos

entrevistados nesse local.

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Tabela 5. Frequência de escolaridade para cada local.

Escolaridade Lago Igapó 2 Praça Nishinomya

Ensino fundamental 3 (10,3%) 8 (36,4%)

Ensino médio 7 (24,1%) 8 (36,4%)

Superior incompleto 5 (17,2%) 1 (4,5%)

Superior completo 14 (48,3%) 5 (22,7%)

Total 29 (100%) 22 (100%)

Das pessoas entrevistadas, todos responderam que praticavam atividade

física no lazer. Ao analisar as atividades praticadas, como caminhada, corrida,

musculação, natação, bicicleta e futebol, nos dois espaços públicos, a atividade mais

citada foi a caminhada, representada por 93% dos indivíduos no Lago Igapó 2 e 81%

indivíduos na Praça Nishinomya (tabela 6).

Tabela 6. Tipo de atividades físicas praticadas pelos indivíduos nos dois espaços

públicos.

Tipo de atividade Lago Igapó (n=29) Praça Nishinomya (n=22)

Caminhada

Corrida

Musculação

Natação

Bicicleta

Futebol

93,1 % (27)

13,8 % (4)

17,2 % (5)

3,4 % (1)

0% (0)

6,9 (2)

81,8 % (18)

13,6 (3)

59 % (11)

4,5, % (1)

4,5 % (1)

13,6 % (3)

Em ambos os espaços públicos, a maioria dos indivíduos afirmou praticar

atividades físicas de três a cinco dias por semana (tabela 7), com tempo de 30 a 60

minutos por sessão (tabela 8).

Tabela 7. Dias por semana de prática de atividade física.

Dias por semana Lago Igapó 2 Praça Nishinomya

1 a 2 dias / semana 8 (27,6%) 1 (4,5%)

3 a 5 dias / semana 18 (62,1%) 15 (68,2%)

acima de 5 dias / semana 3 (10,3%) 6 (27,3%)

Total 29 (100%) 22 (100%)

Tabela 8. Duração da prática das atividades físicas.

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Duração Lago Igapó 2 Praça Nishinomya

30' a 60' 17( 58,6%) 11 (50%)

60' a 90' 5 (17,2%) 7 (31,8%)

Acima de 90' 7 (24,1%) 4 (18,2%)

Total 29 (100%) 22 (100%)

Muitos dos entrevistados no Lago Igapó 2 mostraram que praticam atividade

física há menos de um ano. O mesmo não ocorreu na praça Nishinomya,

representando um tempo maior de atividade física em um período entre 1 a 5 anos

de prática contínua (tabela 9).

Tabela 9. Há quanto tempo pratica atividade física.

Tempo de prática Lago Igapó 2 Praça Nishinomya

até 1 ano 10 (34,5%) 7 (31,8%)

1 a 5 anos 8 (27,6%) 10 (45,5%)

5 a 10 anos 3 (10,3%) 4 (18,2%)

mais de 10 anos 8 (27,6%) 1 (4,5%)

Total 29 (100%) 22 (100%)

Na tabela 10 estão apresentadas as informações sobre a última vez em que os

praticantes entrevistados realizaram exames cardiológicos.

Tabela 10. Último exame cardiológico.

Tempo Lago Igapó 2 Praça Nishinomya

Até 6 meses 12 (41,4%) 7 (31,8 %)

6 a 12 meses 11 (37,9%) 8 (36,4 %)

Acima de 12 meses 6 (20,7%) 7 (31,8 %)

Total 29 (100%) 22 (100 %)

A maior parte dos entrevistados no Lago Igapó 2 afirmou ter realizado exames

há até seis meses (41,4%), porém na praça Nishinomya o último exame para a

maioria foi realizado de 6 a 12 meses atrás, representando 36,4% dos entrevistados.

A tabela 11 demonstra o perfil da amostra com relação à realização de exames

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ou consultas específicas antes da prática de atividade física, que foi semelhante em

ambos os espaços. No Lago Igapó, 15 dos 29 entrevistados afirmaram ter realizados

exames prévios, enquanto na Praça Nishinomya 10 dos 22 participantes disseram

ter realizado consulta médica antes de iniciar a prática da atividade.

Tabela 11. Realização de consulta ou exame antes da prática de atividade física.

Lago Igapó 2 Praça Nishinomya

Sim 15 (51,7%) 10 (45,5%)

Não 14 (48,3%) 12 (54,5%)

Total 29 (100%) 22 (100%)

Dos 14 participantes do Lago Igapó 2, que não realizaram consultas ou exames

prévios, todos afirmaram ter importância, por motivos de segurança em saber as

devidas condições físicas antes da prática de atividade física. Na Praça Nishinomya,

9 dos 12 entrevistados que não realizaram consultas ou exames, disseram achar

importante a consulta ou exame antes da prática, tanto por motivos de segurança,

quanto avaliar o condicionamento físico.

Em ambos os locais, a frequência de consultas médicas por ano demonstra

que os indivíduos vão ao médico em geral duas vezes ao ano para consultas de

rotina (tabela 12).

Tabela 12. Frequência que os indivíduos vão ao médico.

Lago Igapó 2 Praça Nishinomya

Não vai 2 (6,9%) 1 (4,5 %)

Uma vez ao ano 8 (27,6%) 7 (31,8 %)

Duas vezes ao ano 18 (62,1%) 14 (63,6 %)

A cada dois anos 1 (3,4%) 2 (6,9 %)

Total 29 (100%) 22 (100 %)

O questionário PAR-Q adaptado (tabela 13) foi utilizado para verificar algumas

restrições e acontecimentos durante a prática de atividade física. A questão

referente à restrição óssea ou articular que se agrave na atividade física apresentou

maior freqüência entre os entrevistados, os quais citaram principalmente problemas

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na região lombar.

Tabela 13. Respostas afirmativas no PAR-Q adaptado

PAR-Q

Lago

Igapó

(n=29)

Praça

Nishinomy

a (n=22)

Restrição médica pra prática de atividade física?

Já sentiu dores no peito na prática de atividade física?

Já sentiu tonturas ou perdeu a consciência na pratica de

atividade física?

Problema ósseo ou articular que se agrave na atividade

física?

Outra razão que possa impedi-lo de praticar atividade

física?

6,9 % (2)

6,9 % (2)

6,9 % (2)

20, 7% (6)

17,4% (5)

0

0

18,2 % (4)

36,4 % (8)

0

Na tabela 14 são apresentados os responsáveis pela orientação de atividade

física, na opinião dos entrevistados. No Lago Igapó 2, 69% dos indivíduos

consideram o profissional de Educação Física. Em contraposição, pouco mais da

metade dos indivíduos da Praça Nishinomya consideram que os médicos são os

responsáveis pela prescrição de atividade física, representando 54,5% dos

entrevistados.

Tabela 14. Responsável pela prescrição de atividade física.

Lago Igapó 2 Praça Nishinomya

Educador Físico 20 (69%) 8 (36,4 %)

Médico 7 (24,1%) 12 (54,5 %)

Fisioterapeuta 2 (6,9%) 0 (0 %)

Equipe multidisciplinar 0 (0%) 1 (4,5 %)

Ninguém 0 (0%) 1 (4,5 %)

Total 29 22 (100 %)

As figuras 1 e 2, representam a estratificação de risco de doença

cardiovascular (ACSM, 2007), dos indivíduos entrevistados, separados por local.

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Figura 1. Estratificação de risco para os indivíduos do Lago Igapó 2.

Figura 2. Estratificação de risco para os indivíduos da Praça Nishinomya.

Pôde-se observar que nos dois locais, a maioria dos indivíduos se classifica

como risco moderado para doenças, com 79 % dos indivíduos entrevistados no Lago

Igapó 2, representando 23 pessoas, e 68 % na Praça Nishinomya, representando 15

pessoas deste local.

21% (6)

79% (23)

0%

Lago Igapó 2

BAIXO RISCO

RISCO MODERADO

ALTO RISCO

32% (7)68% (15)

0%

Praça Nishinomya

BAIXO RISCO

RISCO MODERADO

ALTO RISCO

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5 DISCUSSÃO

No processo de envelhecimento ocorrem diversas alterações fisiológicas que,

associadas a alguns hábitos de vida e/ou fatores genéticos ou étnicos, podem

ocasionar doenças do sistema cardiovascular. O presente estudo descreveu o perfil

de riscos cardiovasculares em indivíduos com idade entre 40 a 60 anos, sendo que

estes podem se constituir em fator de mortalidade precoce para doenças

cardiovasculares. Chor et al. (1995) compararam as taxas de mortalidade no Brasil,

Estados Unidos, Inglaterra e Cuba, e constataram que a mortalidade por doenças

cardiovasculares na população entre 45-64 anos é mais elevada no Brasil,

comparado a países desenvolvidos. Bassanesi et al. (2008) relataram que quase a

metade da mortalidade por doenças cardiovasculares antes dos 65 anos pode ser

atribuída a condições de moradia, falta de acesso ao serviço de saúde, ao lazer e à

alimentação inadequada.

Dentre os fatores de risco que levam ao desenvolvimento da doença, a

obesidade foi analisada pelo estudo, através do Índice de Massa Corporal (IMC) e

Circunferência Abdominal (CA). Grande parte da amostra apresentou valores de IMC

igual ou superior a 25 kg/m², podendo ser considerados sobrepesados ou obesos

(≥30 kg/m²), segundo os parâmetros da OMS (1997). Os valores de circunferência

abdominal apresentados pelos indivíduos também se mostraram superiores ao

considerado ideal pela NCEP-ATP III (2001), com valores acima de 80 cm para as

mulheres e superior a 94 cm para os homens.

Ao se comparar essas variáveis entre os dois espaços, apesar de não

significante, evidenciou-se uma pequena diferença. Os indivíduos entrevistados na

Praça Nishinomya apresentaram valores de IMC e CA acima dos valores dos

entrevistados no Lago Igapó 2. Uma observação a ser feita, é a possível relação da

obesidade com o nível de escolaridade. Os praticantes da Praça Nishinomya que

apresentam valores de IMC e CA maiores cursaram, em grande maioria, até o

ensino médio, já no Lago Igapó maior proporção de sujeitos referiu ter ensino

superior completo. Essa relação foi observada por Monteiro et al. (2003), que

analisaram três inquéritos comparáveis entre obesidade e níveis de escolaridade,

nos períodos de 1975, 1989 e 1997. Enquanto no primeiro período (1975-1989), o

risco de obesidade foi crescente em todos os níveis de escolaridade, tendendo a ser

máxima para homens e mulheres com maior escolaridade, no segundo período

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(1989-1997), o aumento da obesidade foi máximo para indivíduos sem escolaridade,

registrando-se estabilidade ou mesmo diminuição de doenças nas mulheres de

média ou alta escolaridade. O mesmo se observa em um estudo longitudinal com

funcionários de uma universidade do Rio de Janeiro, no qual se encontrou que a

baixa escolaridade tem papel importante no desenvolvimento da obesidade,

principalmente em mulheres (FONSECA et al, 2006).

Além da obesidade, outros fatores de risco que mostraram maior frequência

pelos entrevistados, foram a hipertensão arterial e o colesterol. A presença de

hipertensão arterial foi constatada em 34% dos entrevistados praticantes de

atividade física no Lago Igapó e 31% na Praça Nishinomya. Em um estudo realizado

por Mendonça et al. (2004), com o objetivo de descrever o risco cardiovascular em

frequentadores de um parque em São Paulo, com indivíduos maiores de 60 anos, foi

encontrada em maior freqüência a hipertensão arterial, com 52 % dos indivíduos e o

colesterol (23 %), como segundo fator mais frequente entre os praticantes. No

presente estudo observou-se relato semelhante da presença de colesterol elevado,

representando 31 % no Lago Igapó 2 e 36 % na Praça Nishinomya. A frequência

desses fatores pode ser explicada, visto que a prevalência desse fator de risco

aumenta com o avanço da idade (MATSUDO, 2001).

O uso de cigarros foi pouco relatado pelos praticantes. Já o consumo de

bebida alcoólica, no Lago Igapó 2 e Praça Nishinomya apesar de representaram

mais da metade da amostra em cada local, 51 % e 68 % respectivamente, a maioria

relatou consumir somente nos finais de semana.

Os fatores de risco apresentados foram relatados de acordo com o

conhecimento dos indivíduos. Portanto, o número de pessoas que não tinha

conhecimento prévio de risco cardiovascular no Lago Igapó 2 foi de

aproximadamente 38 % e 50 % na Praça Nishinomya. Assim, observa-se a

importância de consultas e/ou exames periódicos para conhecimento de fatores de

risco que possam acarretar outras doenças (STIPP et al., 2007).

Ao analisar a preocupação dos indivíduos quanto a visitas ao cardiologista,

verificou-se certa preocupação quanto a consultas em um período de seis a doze

meses. Porém quanto à consulta ou exame específico antes da prática de atividade

física, nem todos os entrevistados o realizaram, apesar de afirmarem que esta

atitude seria importante para a segurança na prática da atividade física.

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A caminhada foi a atividade física mais praticada pelos sujeitos da amostra.

Isso talvez ocorra pelo fato do espaço apresentar características que propiciam esse

tipo de atividade ou por ser uma atividade simples que não depende de uma

estrutura muito sofisticada para a prática. A frequência semanal relatada foi de três a

cinco dias por semana, com tempo de 30 minutos a 60 minutos por dia. A atividade

praticada pela maioria dos indivíduos, em ambos os espaços, estavam de acordo

com as recomendações do American College of Sports Medicine (2007) visando

manutenção da saúde positiva.

Avaliando a questão sobre o profissional responsável para prescrição de

exercícios físicos, grande parte dos entrevistados do Lago Igapó afirmou ser o

profissional de Educação Física. Já na Praça Nishinomya foi apontado o médico

como principal responsável. Uma possível explicação para tais diferenças possa ser

atribuída ao nível de escolaridade dos indivíduos, que provavelmente não conhecem

as atribuições do profissional de Educação Física e a sua real responsabilidade de

prescrição de exercício físico.

Por fim, ao se estratificar os riscos cardiovasculares relatados pelos

praticantes de atividade física, obteve-se grande parte da amostra com risco

moderado, representando 79% nos indivíduos do Lago Igapó e 68% na Praça

Nishinomya. Observa-se que nenhum dos indivíduos relatou obter doença do

coração, o que representaria um risco cardiovascular elevado e tornaria

imprescindível a consulta e/ou exame médico antes da prática de atividade física.

Apesar dos entrevistados da Praça Nishinomya apresentarem maiores

porcentagem dos fatores de risco aqui apresentados, comparados com os indivíduos

do Lago Igapó 2, estes se encontraram em maior quantidade em risco moderado de

doença cardiovascular. Isso se deve à ocorrência maior de mais de um fator de risco

em cada praticante do Lago igapó do que na Praça Nishinomya.

A principal limitação do estudo foi o número de amostra reduzido, o que torna

difícil a generalização das informações obtidas quanto ao perfil dos sujeitos

praticantes de atividade físicas nos dois espaços públicos da cidade e limita o poder

das análises.

Outra limitação do estudo foi a forma de seleção da amostra, que não pôde ser

aleatorizada. Muitas pessoas que praticavam a caminhada não se propuseram

responder ao questionário, para não atrapalhar sua atividade. Por se tratar de um

estudo que necessitava de indivíduos com idades entre 40 e 60 anos, a melhor

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opção foi abordar aqueles que aparentemente se mostravam nesta faixa etária.

Grande parte das perguntas do questionário eram questões fechadas. As

informações sobre a presença de fatores de risco, doenças, sintomas e prática de

atividade física eram obtidas através do relato dos indivíduos, o que não permite

saber se eles possuíam doenças e/ou fatores que desconheciam. Da mesma forma,

os valores de massa corporal e estatura foram relatados pelo indivíduo, o que não

permite saber valores exatos para calcular o índice de massa corporal e

consequentemente pode influenciar na estratificação de risco.

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6 CONCLUSÃO

A partir da estratificação de risco, pôde-se observar que a maior parte dos

indivíduos apresenta risco moderado para a prática de atividade física, o que torna

recomendável a realização de teste de esforço antes da prática. Porém a prática de

atividade física foi adequada para a manutenção da saúde cardiovascular.

Grande parte dos indivíduos entrevistados para o estudo afirmou ser

importante a realização de uma avaliação médica antes da prática de atividade

física, para que se tenha o conhecimento de possíveis restrições e/ou riscos que

possam se agravar com a prática. Dessa forma, mostraram preocupação quanto à

realização de consultas, com frequência de pelo menos duas vezes ao ano, e

exames cardiológicos com frequência de uma a duas vezes no ano.

O presente estudo permitiu levantar algumas questões referentes aos possíveis

riscos cardiovasculares entre praticantes de atividade física em espaços públicos.

Essas informações ajudam a suscitar informações sobre o estado de saúde dos

indivíduos e a preocupação com prevenção de doenças. No entanto, vale ressaltar

que apesar de importante, a realização de exames médicos não é um fator

impeditivo para que o indivíduo realize atividades físicas, pois qualquer prática é um

melhor do que não deixar de realizá-la, sendo um importante fator de prevenção de

doenças cardiovasculares.

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APÊNDICE 1

TERMO DE CONSENTIMENTO DE PARTICIPAÇÃO

Responsáveis: Renata Fedato Fascio

Márcia Greguol

Este é um convite especial para você participar voluntariamente do estudo: “PERFIL DE

RISCO CARDIOVASCULAR EM PRATICANTES DE ATIVIDADE FÍSICA EM

ESPAÇOS PÚBLICOS DE LONDRINA”. Por favor, leia com atenção as informações

abaixo antes de dar seu consentimento para participar do estudo. Qualquer dúvida pode ser

esclarecida diretamente com a pesquisadora Renata Fedato Fascio (Fone: (43) 3343-3187).

OBJETIVO E BENEFÍCIOS DO ESTUDO

O objetivo deste estudo será analisar o perfil de eventuais riscos

cardiovasculares por praticantes de atividade física em espaços públicos da cidade

de Londrina. O estudo se dá a importância de se conhecer se os praticantes de

atividade física têm realizado exames médicos antes dessa prática, para o

conhecimento de eventuais doenças ou fatores de risco cardiovasculares.

PROCEDIMENTOS

A pesquisa será realizada em um único momento, no qual o entrevistado

responderá a um questionário contendo informações pessoais, além de ser

mensurado a pressão arterial, estatura, peso corporal, circunferência abdominal.

DESPESAS/ RESSARCIMENTO DE DESPESAS DO VOLUNTÁRIO

Todos os sujeitos envolvidos nesta pesquisa são isentos de custos.

PARTICIPAÇÃO VOLUNTÁRIA

A sua participação neste estudo é voluntária, e terá plena e total liberdade

para desistir do estudo a qualquer momento, sem que isso acarrete qualquer

prejuízo.

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GARANTIA DE SIGILO E PRIVACIDADE

As informações relacionadas ao estudo são confidenciais e qualquer

informação divulgada em relatório ou publicação será feita sob forma codificada,

para que a confidencialidade seja mantida. O pesquisador garante que seu nome

não será divulgado sob hipótese alguma.

Diante do exposto acima eu, ___________________________________________,

declaro que fui esclarecido sobre os objetivos, procedimentos e benefícios do

presente estudo. Participo de livre e espontânea vontade do estudo em questão. Foi-

me assegurado o direito de abandonar o estudo a qualquer momento, se eu assim o

desejar. Declaro também não possuir nenhum grau de dependência profissional ou

educacional com os pesquisadores envolvidos nesse projeto (ou seja, os

pesquisadores desse projeto não podem me prejudicar de modo algum no trabalho

ou nos estudos), não me sentindo pressionado de nenhum modo a participar dessa

pesquisa.

Londrina, ______ de ______________ de _________.

________________________________

_____________________________

Responsável RG __________________ Pesquisador RG _______________

APÊNDICE 2

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FICHA DE AVALIAÇÃO

Data de nascimento: / / Gênero: ( ) Masculino ( ) Feminino

Escolaridade: ________________________ Profissão: ________________________

Atividade Física no lazer: ( ) sim ( ) não

(Se sim): Tipo: ______________

Freqüência: ________

Duração: __________

Há quanto tempo: ___________

Seu médico já disse que você tem alguma das doenças abaixo?

( ) Pressão alta

( ) Doença do coração

( ) Diabetes

( ) Colesterol alto

( ) Osteoporose

( ) Artrite

( ) Asma

( ) Não tenho conhecimento

Você Fuma?( ) Não: Já Fumou?___________ Quanto tempo parou? ____________

( ) Sim: Quantos por dia? ___________

Você consome bebida alcoólica? ( ) Não

( ) Sim: Quantos dias da semana? _________________

Caso tenha conhecimento qual:

Glicemia de jejum?________________

Colesterol? ______________________

Medicamentos em uso atualmente:

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

Quando fez exames cardíacos pela última vez?____________________________________

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Você fez alguma consulta ou exame específico antes de iniciar a prática de atividades

físicas?

( ) Sim Qual (is)?__________________________________

( ) Não

Caso não, acharia importante fazer? ( ) Sim ( ) Não

Por quê?

__________________________________________________________________________

Com que frequência vai ao médico?_____________________________________________

Seu médico já disse que você tem qualquer restrição para

praticar atividades físicas? Qual? _______________

( ) Sim

( ) Não

Você já sentiu dores no peito quanto pratica atividade física? ( ) Sim

( ) Não

Você sente tonturas ou alguma vez já perdeu a consciência? ( ) Sim

( ) Não

Você tem algum problema ósseo ou articular que poderia se

agravar por alguma mudança em sua atividade física?

Qual?_____________

( ) Sim

( ) Não

Você sabe de qualquer outra razão pela qual não deva praticar

atividades físicas? Qual? _______________

( ) Sim

( ) Não

Na sua opinião, qual profissional é o responsável por prescrever atividade física?

__________________________________________________________________

MEDIDAS DE AVALIAÇÃO

Massa corporal: ________ kg Estatura: ________m

IMC:________ kg/m2 Circunferência abdominal: _________ cm