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Universidade Estadual de Campinas Instituto de Física Gleb Wataghin / PECIM Carmen Maria das Graças Grigoletti Mir Atividades remotas no Ensino de Ciências no Ensino Fundamental II Campinas 2018

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Universidade Estadual de Campinas

Instituto de Física Gleb Wataghin / PECIM

Carmen Maria das Graças Grigoletti Mir

Atividades remotas no Ensino de Ciências no Ensino Fundamental II

Campinas

2018

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Carmen Maria das Graças Grigoletti Mir

Atividades remotas no Ensino de Ciências no Ensino Fundamental II

Dissertação apresentada ao

Programa de Ensino de Ciências e

Matemática (PECIM) da Universidade

Estadual de Campinas como parte dos

requisitos exigidos para a obtenção do

título de Mestre em Ensino de Ciências

e Matemática, na área de Ensino de

Ciências e Matemática.

Orientador: Eduardo Galembeck

Este exemplar corresponde à

versão final da dissertação

defendida pela aluna Carmen Mir e

orientada pelo prof. Dr. Eduardo

Galembeck.

Campinas

2018

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

INSTITUTO DE FÍSICA GLEB WATAGHIN

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

Atividades remotas no Ensino de Ciências no Ensino Fundamental

Autora: Carmen Maria das Graças Grigoletti Mir

Orientador: Prof. Dr. Eduardo Galembeck

COMISSÃO JULGADORA:

Prof. Dr. Eduardo Galembeck (presidente)

Prof. Dra. Luciana Bolsoni Lourenço (titular)

Prof. Dra. Claudia Amoroso Bortolato (titular)

A Ata da Defesa assinada pelos membros da Comissão Examinadora, consta no processo de vida acadêmica

do aluno.

2018

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Com todo amor e carinho, aos meus pais

Deborah e Angelo, minha avó Syrlei e ao meu

namorado Rafael, que sempre me apoiaram em

meus estudos.

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AGRADECIMENTOS

Inicio os agradecimentos por meus pais, que sempre primaram por minha educação.

Obrigada pai e obrigada mãe por, além me oferecerem a oportunidade de estudar, sempre

estarem presentes em todos os momentos. Sou muito grata por isso. Sabemos que estes dois

últimos anos foram bem difíceis para nossa família e quando eu pensei em desistir, vocês me

deram forças para continuar. Tudo isso nos mostrou a importância da família unida. Graças a

Deus estamos superando cada dia mais cada obstáculo. Obrigada por todo apoio. Amo muito

vocês!

Agradeço ao meu orientador Prof. Dr. Eduardo Galembeck, que me acompanhou nesta

fase acadêmica compartilhando generosamente orientações e ideias fundamentais à realização

deste trabalho. Aprendi muito nestes dois anos de mestrado e fico muito feliz em ter sido

orientada por alguém que realmente ama o trabalho de docência e pesquisa, sem dúvida, um

exemplo a ser seguido.

Agradeço também aos professores que compuseram a banca de qualificação e de defesa

deste trabalho, pela leitura crítica e proposições de melhorias.

Ao programa de pós-graduação PECIM e à UNICAMP pelas condições oferecidas para

minha formação, desde a graduação até o mestrado.

Aos amigos do Laboratório de Tecnologia Educacional (LTE), que sempre me ajudaram

muito para a realização deste trabalho. Obrigada por todas as conversas e aprendizados que

me proporcionaram. Gabriela, Rafael, Thanuci, Ivana, Grace, Mayara, Gabriel, Juan Carlos,

Márcio e Claudia, vocês são demais!

Meus sinceros agradecimentos às professoras que aceitaram participar com seus alunos

das atividades de microscopia remota.

Agradeço ainda aos meus amigos professores que compartilham dos mesmos ideais e

não desistiram desta profissão que nos impõe tantos obstáculos. Maiara, minha historiadora

mais fofa e que me aguenta com áudios de desabafos infinitos no whats app. Bruna, minha

bióloga favorita e amada que adora os jacarés e nos divertimos muito com isso. Evelyn, que

sempre tem as melhores palavras nos momentos mais necessários e que me ajudou muito com

as aulas de inglês. Foi muito bom ter lhe dado a notícia de que havia passado na tão sofrida

prova de proficiência. Gustavo, que com sua energia única sempre me faz rir mesmo quando

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eu estou na semana mais estressante. Elen, que me incentivou a ingressar no PECIM e sempre

me deu as melhores dicas. Agradecimento especial aos meus chefes pelo apoio e suporte

dados durante o mestrado. Éber, Edvaldo, Lu, Saray e Rafael.

Não poderia deixar de me desculpar com meus amigos de Indaiatuba e do Ensino

Médio por minha ausência, nestes dois últimos anos. Paulinha, Carol, Lari, Pamis, Ju, Dedê,

Fer, Amandinha e Rodolfo Japecanga, apesar da distância imposta, ainda mantemos o mesmo

afeto.

Agradecimento especial à minha amiga do coração, Fernanda Souza, que sempre esteve

ao meu lado em todos os momentos. Espero poder retribuir todo seu carinho da mesma forma.

Agradeço ainda aos meus tios Alex, Elaine, Ricardo e Helaine por compreenderem

minha ausência nos encontros de família. À minha priminha Juju, só posso agradecer pelas

palavras de incentivo e também me desculpar pelos momentos em que não pude estar presente

por conta das atividades acadêmicas.

Ao meu sobrinho Luis Henrique devo agradecer do fundo do coração por cada

sorrisinho e cada gesto de fofura que nos oferece em todos os momentos. Sua presença faz

uma diferença enorme em nossas vidas. É uma alegria constante ter você por perto.

Agradeço ainda à minha segunda família, meus sogros Marcos e Nea e meus cunhados

Rodrigo e Emília. Não sei como seria sem vocês. Obrigada por cada conselho, cada segunda-

feira de sopa e por sempre me receberem com muito carinho e paciência. Agradecimento

especial aos meus cunhados que nos presentearam com um sobrinho tão fofo e amado.

Meu agradecimento mais profundo só poderia ser dedicado a uma pessoa: meu namorado

(ou quase noivo). O tempo todo ao meu lado, incondicionalmente. Nos momentos mais

difíceis, sempre me fazendo acreditar que daria tudo certo. Sou grata por cada gesto carinhoso

seu, cada sorriso, cada madrugada ao meu lado, cada planilha do Excel e por cada abraço no

momento que eu mais precisava. Só espero passar o resto da minha vida ao seu lado.

Obrigada Rafael Bornholdt, meu AMOR.

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RESUMO

Esse trabalho teve como objetivo investigar como os alunos observam, descrevem e

interpretam os materiais apresentados nas atividades a partir do microscópio remoto, a fim de

desenvolverem habilidades como observação, interpretação e descrição. O acesso às TIC

integradas ao Ensino de Ciências pode servir como uma ferramenta, como uma fonte de

referência e um meio de comunicação, além de fornecer maneiras para a exploração de

determinado conteúdo. Diante disto, ao longo do texto, apresentaremos as potencialidades das

atividades remotas voltadas para o Ensino de Ciências no Ensino Fundamental II. Essas

atividades ficavam disponíveis em um site elaborado pela equipe do Laboratório de

Tecnologia Educacional (LTE), localizado no Departamento de Bioquímica e Biologia

Tecidual do Instituto de Biologia da Unicamp e poderiam ser acessadas por dispositivos

portáteis e computadores, de qualquer lugar e de maneira simultânea, ou seja, várias pessoas

poderiam realizar as atividades ao mesmo tempo e de maneira gratuita. A arquitetura básica

das atividades consiste em um microscópio óptico conectado à internet e ligado a uma câmera

online, de modo que os usuários consigam visualizar a lâmina a ser trabalhada de acordo com

a necessidade do professor. Os referenciais teóricos principais que deram suporte a esta

pesquisa são sobre a experimentação no ensino de ciências, o laboratório de ciências e o uso

das TIC nos processos educacionais. A metodologia de pesquisa adotada foi a Pesquisa

Baseada em Design (DBR) e a forma de coleta de dados se deu a partir da aplicação de

questionários do Google Forms, que foram respondidos por usuários não identificados que

tiveram acesso ao site por intermédio de um professor. Os usuários que participaram das

atividades eram, em sua grande maioria, estudantes do Ensino Fundamental II, de 6º a 8º ano.

Os questionários aplicados se referiam ao conteúdo das lâminas que eram visualizadas pelos

estudantes, de forma que caso houvesse interesse do usuário, ele poderia descrever o que

estava sendo observado e posteriormente criar hipóteses e interpretar os exemplares

disponibilizados. A análise dos questionários aplicados para as duas atividades aconteceu a

partir de uma análise de conteúdo, segundo Bardin. Outro questionário foi aplicado aos

professores que indicaram as atividades aos alunos, com a intenção de sabermos qual seria a

opinião desses profissionais em relação ao uso de atividades remotas.

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ABSTRACT

This work aimed to investigate how students observe, describe and interpret the materials

presented in the activities from the remote microscope in order to develop skills such as

observation, interpretation and description. Access to ICTs integrated into Science Teaching

can serve as a tool as a reference source and a means of communication, as well as providing

ways for the exploitation of certain content. In the light of this, throughout the text, we will

present the potentialities of the remote activities focused on Teaching Science in Primary

Education. These activities were available on a site developed by the Laboratory of

Educational Technology (LTE), located in the Department of Biochemistry and Tissue

Biology of the Institute of Biology of Unicamp and could be accessed by portable devices and

computers, from anywhere and simultaneously , that is, several people could carry out the

activities at the same time and for free. The basic architecture of the activities consists of an

optical microscope connected to the internet and connected to an online camera, so that users

can visualize the slide to be worked according to the teacher's need. The main theoretical

references that supported this research are on experimentation in science teaching, the science

laboratory and the use of ICT in educational processes. The research methodology adopted

was the Design Based Survey (DBR) and the form of data collection was given through the

application of Google Forms questionnaires, which were answered by unidentified users who

had access to the site through a teacher . The users who participated in the activities were, for

the most part, Elementary School students from grades 6 to 8. The applied questionnaires

referred to the content of the slides that were visualized by the students, so that if there was

interest of the user, he could describe what was being observed and later create hypotheses

and interpret the available copies. The analysis of the questionnaires applied to the two

activities happened from a content analysis, according to Bardin. Another questionnaire was

applied to the teachers who indicated the activities to the students, with the intention of

knowing what would be the opinion of these professionals in relation to the use of remote

activities.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Esquema da Metodologia DBR, segundo Kneubil. .................................................. 44

Figura 2: Arquitetura dos experimentos remotos utilizados. .................................................... 48

Figura 3: microcontrolador utilizado para ligar e desligar as lâmpadas. .................................. 49

Figura 4: microcontrolador utilizado para acessar e transmitir as imagens das câmeras. ........ 50

Figura 5: Vídeo explicativo sobre a atividade 1 ....................................................................... 51

Figura 6: Microscópio óptico conectado à câmera online e ao computador do LTE ............... 51

Figura 7: imagens do site mostrando o microscópio óptico e a imagem da lâmina, bem como

os botões para acender e apagar a lâmpada. ............................................................................. 52

Figura 8: vídeos informativos disponibilizados no site ............................................................ 52

Figura 9: Lâmina 1 – corte de unha – Atividade 1 – Ciclo 1 ................................................... 57

Figura 10: Lâmina 2 – cabelo – Atividade 1 – Ciclo 1............................................................. 58

Figura 11: Lâmina 3 – Asa de Drosophila – Atividade 1 – Ciclo 1 ......................................... 59

Figura 12: Lâmina 4 - corte de epiderme de Tradescantia – Atividade 1 – Ciclo 1 ................ 60

Figura 13: Lâmina 5 – Formiga – Atividade 1 – Ciclo 1 ......................................................... 60

Figura 14: Lâmina 6 – Pulga – Atividade 1 – Ciclo 1 .............................................................. 61

Figura 15: Lâmina 7 - Letra "F" – Atividade 1 – Ciclo 1 ......................................................... 62

Figura 16: Lâmina 1 - Esfregaço Sanguíneo – Atividade 2 – Ciclo 1 ..................................... 64

Figura 17: Lâmina 2 - Tecido Muscular Liso – Atividade 2 – Ciclo 1 .................................... 65

Figura 18: Lâmina 3 - Tecido Conjuntivo ósseo – Atividade 2 – Ciclo 1 ................................ 65

Figura 19: Lâmina 4 - Pele – Atividade 2 – Ciclo 1 ................................................................ 66

Figura 20: Lâmina 1 - Formiga - Atividade 1 - Ciclo 2 ........................................................... 69

Figura 21: Lâmina 2 - Corte de Unha - Atividade 1 - Ciclo 2 .................................................. 71

Figura 22: Lâmina 3 - Asa de Drosophila - Atividade 1- Ciclo 2 ............................................ 73

Figura 23: Lâmina 4 - Cabelo - Atividade 1 - Ciclo 2 .............................................................. 75

Figura 24: Lâmina 5 - Letra "F" - Atividade 1 - Ciclo 2 .......................................................... 76

Figura 25: Lâmina 1 - Pele espessa - Hematoxilina e Eosina - Atividade 2 - Ciclo 2 ............ 79

Figura 26: Lâmina 2 - Sangue - coloração May-Grunwald Giemsa - Atividade 2 - Ciclo 2 ... 83

Figura 27: Lâmina 3 - Músculo liso - Hematoxilina e Eosina - Atividade 2 - Ciclo 2 ............ 86

Figura 28: Ápice de raíz Zea mays – Azul de toluidina - Atividade 2 - Ciclo 2 ...................... 88

Figura 29: Epiderme de cebola – Azul de Metileno - Atividade 2 - Ciclo 2 ............................ 91

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Figura 30: Lâmina 1 – Fita adesiva marrom - Atividade 1 - Ciclo 3 ....................................... 96

Figura 31: Lâmina 2 – sal de cozinha - Atividade 1 - Ciclo 3 .................................................. 97

Figura 32: Lâmina 3 – unha - Atividade 1 - Ciclo 3................................................................. 98

Figura 33: Lâmina 4 – fio de cabelo - Atividade 1 - Ciclo 3 .................................................... 99

Figura 34: Lâmina 5 – Asa de Drosophila - Atividade 1 – Ciclo 3 ...................................... 100

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: porcentagem de respostas da Lâmina 1 - Atividade 1- Pergunta 1 ......................... 69

Gráfico 2: porcentagem de respostas da Lâmina 1 - Atividade 1- Pergunta 2 ......................... 70

Gráfico 3: porcentagem de respostas da Lâmina 2 - Atividade 1- Pergunta 1 ......................... 71

Gráfico 4: porcentagem de respostas da Lâmina 2 - Atividade 1- Pergunta 2 ......................... 72

Gráfico 5: porcentagem de respostas da Lâmina 3 - Atividade 1- Pergunta 1 ......................... 73

Gráfico 6: porcentagem de respostas da Lâmina 3 - Atividade 1- Pergunta 2 ......................... 74

Gráfico 7: porcentagem de respostas da Lâmina 4 - Atividade 1- Pergunta 1 ......................... 75

Gráfico 8: porcentagem de respostas da Lâmina 4 - Atividade 1- Pergunta 2 ......................... 76

Gráfico 9: porcentagem de respostas da Lâmina 5 - Atividade 1- Pergunta 1 ......................... 76

Gráfico 10: porcentagem de respostas da Lâmina 5 - Atividade 1- Pergunta 2 ....................... 78

Gráfico 11: porcentagem de respostas da Lâmina 1 - Atividade 2 - Pergunta 1 ...................... 80

Gráfico 12: porcentagem de respostas da Lâmina 1 - Atividade 2 - Pergunta 2 ...................... 81

Gráfico 13: porcentagem de respostas da Lâmina 2 - Atividade 2 - Pergunta 1 ..................... 84

Gráfico 14: porcentagem de respostas da Lâmina 2 - Atividade 2 - Pergunta 2 ..................... 85

Gráfico 15: porcentagem de respostas da Lâmina 3 - Atividade 2 - Pergunta 1 ...................... 87

Gráfico 16: porcentagem de respostas da Lâmina 3 - Atividade 2 - Pergunta 2 ...................... 87

Gráfico 17: porcentagem de respostas da Lâmina 4 - Atividade 2 - Pergunta 1 ..................... 89

Gráfico 18: porcentagem de respostas da Lâmina 4 - Atividade 2 - Pergunta 2 ...................... 90

Gráfico 19: porcentagem de respostas da Lâmina 5 - Atividade 2 - Pergunta 1 ..................... 92

Gráfico 20: porcentagem de respostas da Lâmina 5 - Atividade 2 - Pergunta 2 ...................... 93

Gráfico 21: porcentagem de respostas da Lâmina 1 - Atividade 1 - Pergunta 1 ...................... 96

Gráfico 22: porcentagem de respostas da Lâmina 2 - Atividade 1 - Pergunta 1 ...................... 97

Gráfico 23: porcentagem de respostas da Lâmina 3 - Atividade 1 - Pergunta 1 ...................... 98

Gráfico 24: porcentagem de respostas da Lâmina 4 - Atividade 1 - Pergunta 1 ...................... 99

Gráfico 25: porcentagem de respostas da Lâmina 5 - Atividade 1 - Pergunta 1 .................... 100

Gráfico 26: porcentagem de alunos que participaram da atividade 1..................................... 102

Gráfico 27: porcentagens de alunos que participaram da atividade 2 .................................... 102

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SUMÁRIO

BIOGRAFIA ............................................................................................................................ 15

INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 17

CAPÍTULO 1 ........................................................................................................................... 20

1.1 O USO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TIC) ........... 20

1.2 ENSINO DE CIÊNCIAS E A EXPERIMENTAÇÃO ....................................................... 26

1.3 O LABORATÓRIO NO ENSINO DE CIÊNCIAS ........................................................... 35

CAPÍTULO 2 ........................................................................................................................... 41

2. PROBLEMAS E OBJETIVOS ............................................................................................ 41

2.1 PROBLEMAS DA PESQUISA ......................................................................................... 41

2.2 OBJETIVOS GERAIS ....................................................................................................... 41

2.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................................. 41

CAPÍTULO 3 ........................................................................................................................... 42

3. METODOLOGIA ................................................................................................................. 42

3.1 PESQUISA BASEADA EM DESIGN .............................................................................. 43

3.2 SELEÇÃO DO TEMA ...................................................................................................... 45

3.2.1 TEMA DO DESIGN: ESTUDOS DAS CÉLULAS, TECIDOS E O USO DO

MICROSCÓPIO. ...................................................................................................................... 45

3.3 DESIGN ............................................................................................................................. 47

3.3.1 LABORATÓRIO REMOTO .......................................................................................... 47

3.3.2 ARQUITETURA DO EXPERIMENTO ......................................................................... 48

3.3.3 STREAMING DE IMAGENS ........................................................................................ 49

3.3.4 MICROSCÓPIO REMOTO ............................................................................................ 50

3.4 IMPLEMENTAÇÃO ......................................................................................................... 53

3.4.1 CONTEXTO DA PESQUISA ......................................................................................... 53

3.5 AVALIAÇÃO .................................................................................................................... 54

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3.5.1 ANÁLISE DE CONTEÚDO ........................................................................................... 54

CAPÍTULO 4 ........................................................................................................................... 56

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................................... 56

4.1 CICLO 1 ............................................................................................................................. 56

4.1.1 DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE 1 .................................................................................. 56

4.1.2 RESULTADOS OBTIDOS NA ATIVIDADE 1 ............................................................ 57

4.1.3 DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE 2 .................................................................................. 63

4.1.4 RESULTADOS OBTIDOS NA ATIVIDADE 2 ............................................................ 64

4.2 CICLO 2 ............................................................................................................................. 67

4.2.1 DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE 1 .................................................................................. 67

4.2.2 RESULTADOS OBTIDOS NA ATIVIDADE 1 ............................................................ 68

4.2.3 DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE 2 .................................................................................. 78

4.2.4 RESPOSTAS OBTIDAS NA ATIVIDADE 2 ................................................................ 79

4.3 CICLO 3 ............................................................................................................................. 95

4.3.1 DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE 1 .................................................................................. 95

4.3.3 CARACTERIZAÇÃO DOS USUÁRIOS QUE RESPONDEM AOS

QUESTIONÁRIOS ................................................................................................................ 101

4.4 COMO OS PROFESSORES UTILIZARAM A FERRAMENTA .................................. 102

CAPÍTULO 5 ......................................................................................................................... 109

5.1 CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................ 109

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................... 113

7. ANEXOS ............................................................................................................................ 121

7.1 ANEXO 1: Tabelas de respostas dos alunos referentes ao ciclo 1 .............................. 121

7.2 ANEXO 2: Tabelas de respostas dos alunos referentes ao ciclo 2 .............................. 128

7.3 ANEXO 3: Parecer Consubstanciado do CEP ............................................................ 183

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BIOGRAFIA

Iniciei meus estudos em uma escola da prefeitura de Paulínia. Não tenho tantas recordações

desta época, pois tinha cinco anos de idade. Uma das únicas coisas que lembro é que fizemos

papel reciclável no pátio do colégio. Eu adorei este dia e cheguei em casa descrevendo toda a

atividade aos meus pais. No Ensino Fundamental I me mudei para uma escola estadual em

Campinas, onde fiquei por três anos. No 4º ano do Ensino Fundamental I meus pais

conseguiram uma bolsa de estudos para eu frequentar uma escola particular. Não consigo

descrever a felicidade que senti naquela época. Primeiro que ao entrar na escola já fiquei

encantada com a estrutura. Era muito diferente das escolas que eu já havia frequentado até

então. Os professores eram excelentes e tínhamos um ensino de qualidade. Permaneci nesta

escola até o término do Ensino Fundamental II. Se me perguntarem hoje o que mais me

marcou nas aulas daquele colégio, curiosamente eu responderia que foram as aulas de

laboratório. Todas as vezes em que o professor de ciências marcava uma aula prática eu não

aguentava de tanta alegria. O nome do professor eu nunca mais esqueci: tio Fer. As aulas do

tio Fer no laboratório eram as mais animadas. Colocávamos jaleco, luvas e óculos de

segurança. Eu me sentia uma cientista. Uma das aulas que eu conseguiria descrever

detalhadamente foi a aula que fizemos a dissecção de um peixe ósseo. Naquele dia eu pensei:

quero ser bióloga e quero dar essa mesma aula aos meus alunos um dia. É tão gratificante

pensar que aquela estudante que pensou isso há 13 anos teria conseguido realizar esse sonho e

não só isso, mas hoje está defendendo uma dissertação sobre experimentação. No Ensino

Médio me mudei para outra escola particular, por conta da bolsa de estudos. Lá também

tínhamos aulas de laboratório, que inclusive tinha uma estrutura muito boa. Foi a primeira vez

que tive contato com um microscópio óptico. Como eu já sabia que queria fazer biologia na

graduação me aproximei bastante da professora da mesma área, que me incentivou muito e

me dava muitas dicas. Ela sabia do meu interesse pela matéria e um dia resolveu me mostrar

uma célula vegetal no microscópio. Foi apontando cada estrutura e eu fiquei muito encantada

com aquilo tudo. Se eu pudesse, teria visto todas as coisas ao meu redor no microscópio.

Depois dos três anos de Ensino Médio, ingressei no curso de Ciências Biológicas na Unicamp

em 2011 e comecei minha iniciação científica no Laboratório de Metabolismo Hidro-salino da

Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, desenvolvendo projeto sobre Efeitos da restrição

alimentar gestacional na nefrogênese: aspectos morfológicos e moleculares. Aprendi muito

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durante a iniciação científica e tive orientadores maravilhosos, como a professora Prof. Dra.

Flávia e o Prof. Dr. Gontijo, além das biólogas Patrícia Boer e Ize, que sempre me ajudaram

muito. Posteriormente comecei a trabalhar no PIBID, através do Instituto de Biologia da

Unicamp. O projeto desenvolvido no PIBID foi muito interessante e me mostrou o quanto é

prazeroso lecionar, de forma que passei a me interessar cada vez mais pela sala de aula. Em

2013 comecei a ministrar aulas práticas em um laboratório de uma escola particular em

Campinas, onde estou até hoje, porém, a partir de 2016 comecei a ministrar aulas de biologia

no Ensino Fundamental II, de 6º a 9º ano. Mesmo assim, ainda mantenho contato com o

laboratório escolar, levando os alunos para diversas aulas práticas. Durante a graduação,

realizei a disciplina de Bioinformática com o professor Eduardo Galembeck, de modo que

passei a conhecer um pouco mais sobre recursos didáticos tecnológicos aplicados à sala de

aula. O meu primeiro contato como pesquisadora com este tipo de recurso voltado para o

Ensino se deram ao ingressar no mestrado no Laboratório de Tecnologia Educacional (LTE),

localizado no departamento de bioquímica e biologia tecidual da Unicamp, coordenado pelo

professor doutor Eduardo Galembeck, cuja função também foi me orientar desde 2016. Meu

interesse em realizar uma pós-graduação na área de Ensino de Ciências se deu pelo fato de

que leciono no Ensino Fundamental II, com aulas práticas, desde 2013. Sempre gostei muito

de atuar como professora, mas sentia a necessidade em aprimorar minhas aulas com recursos

diferentes, que chamassem a atenção dos alunos. Além disso, percebi certa carência nas

escolas no sentido de oferecerem atividades voltadas para microscopia. Foi assim que me

interessei em desenvolver o trabalho de mestrado junto ao Laboratório de Tecnologia

Educacional, pois vi a possibilidade de levar as ideias desenvolvidas para a sala de aula e

possibilitar o acesso dos alunos ao mundo microscópico. Acredito que meu interesse pela

ciência é antigo, nasceu enquanto aluna e hoje cresce como professora. Espero marcar a vida

dos meus alunos assim como meus professores de Ciências marcaram a minha, me

incentivando, inclusive, a cursar biologia.

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INTRODUÇÃO

O crescente desenvolvimento das TIC (Tecnologia da Informação e

Comunicação) tem transformado o comportamento da sociedade, e frequentemente

percebemos publicações relacionadas sobre o seu uso nos sistemas educacionais. Nesse

sentido, pode-se observar que na última década ocorreu grande aplicação do conceito contido

nos laboratórios remotos. Em 2005, Al-Zoubi, That e Hasan (2005) já trabalharam este

conceito em uma aplicação para enviar e receber dados de experimentos através de mensagens

curtas de texto (SMS). Em 2008, Garcia-Zubia, Lopez-de-Ipina e Orduna (2008)

demonstraram o uso de uma aplicação desenvolvida com AJAX para acesso aos laboratórios

remotos. Rochadel, Silva, Silva e Luz (2012), implementaram uma plataforma “open

hardware” para interação com os experimentos remotos através de navegadores web,

desenvolvido em PHP e Java Script, complementado com um ambiente virtual 3D

desenvolvido a partir da tecnologia OpenSim (ROCHADEL et al., 2012). Em 2013, Silva,

j.b.; Rochadel, w.; Simão, j.p.s.; Fidalgo (2013) publicaram artigo que apresentava a

arquitetura de um projeto piloto baseado em recursos de software de código aberto e open-

hardware que incluem o sistema de gestão de aprendizagem (Moodle), o software aplicativo

RExMobile e os experimentos remotos desenvolvidos pelo RExLAb.

Assim, observamos que há necessidade de preocupar-se com a busca de novas formas

de integrar tecnologia nos processos de ensino e de aprendizagem, uma vez que vivemos em

uma sociedade digital, pois cada vez mais cedo, os estudantes mantém contato com recursos

tecnológicos. Dispositivos portáteis e computadores fazem parte da cultura atual e da

realidade do cotidiano, Matos (2016). Diante disto, os educadores tem o desafio de utilizarem

ferramentas educacionais diferenciadas de modo a tornar a escola mais próxima de seu tempo.

Além disso, a utilização de ambientes virtuais poderá aproximar mais jovens do seu cotidiano

e consequentemente a escola da realidade de seus alunos, uma vez que a utilização destas

tecnologias conectam contextos de aprendizagem formais e informais, Matos (2016).

Inserindo-se na linha de pesquisa de desenvolvimento de recursos didáticos

tecnológicos voltados ao Ensino de Ciências e à experimentação este trabalho tem por

objetivo a realização de um estudo exploratório sobre algumas habilidades essenciais ao

processo de experimentação, como a capacidade de observação, descrição e interpretação de

materiais disponibilizados através de uma ferramenta tecnológica, o microscópio remoto. A

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motivação inicial desta pesquisa surgiu através da minha prática docente. Como professora de

biologia do Ensino Fundamental II, venho me deparando com a falta de laboratórios escolares

que se disponham de recursos para a realização de aulas experimentais, como um microscópio

óptico, para visualização de células e tecidos e também a ausência de aulas que contemplem

habilidades fundamentais para o desenvolvimento científico dos alunos. Muitos estudantes

acreditam que o processo de experimentação se resume na mistura de reagentes e explosões

de diversas naturezas, quando na verdade a realização de experimentos deve estar aliada às

aulas teóricas a fim de desenvolverem habilidades que facilitem o aprendizado.

A escolha do tema utilizado para a criação das atividades remotas se deu pelo fato

de que o estudo de células e tecidos consiste em um conteúdo básico e necessário para o

entendimento da maior parte dos conteúdos de biologia. Porém, segundo Palmero e Moreira

(1999), mesmo se tratando de um conceito importante para conhecimento biológico, a célula é

tida como uma estrutura complexa e abstrata na cabeça dos alunos. Isso pode ocorrer devido

ao fato de se tratar de uma estrutura que não é visível a olho nu. Segundo Buttow e Cancino

(2007), o aprendizado de Histologia, no ensino fundamental, consiste em aulas teóricas

abordadas, quase sempre de maneira superficial, sem ganhos cognitivos e sem interesse por

parte dos estudantes. Mas então, como despertar o interesse do estudante do ensino

fundamental para o ensino de Histologia? Como Buttow e Cancino (2007) ressaltam, o ideal

seria um laboratório com microscópios e uma coleção de lâminas permanentes que ilustrem os

tecidos fundamentais, de modo que os alunos pudessem observar, descrever e interpretar cada

uma das estruturas. Lecionar este conteúdo sem esta ferramenta se torna um pouco limitado e

muitas vezes o próprio professor apresenta dificuldades em tornar o assunto mais palpável aos

alunos. E a falta de compreensão destes conceitos impede o entendimento de outros aspectos

importantes dos conteúdos de biologia.

Diante da falta de recursos e de infraestrutura encontrada em laboratórios de

ciências em algumas escolas, alguns autores ressaltam que os laboratórios remotos são ótimas

opções para instituições educacionais que não apresentem laboratórios presenciais ou que

pretendem ampliar seus recursos didáticos (Zubía; Alves, 2011). Os laboratórios remotos são

aqueles em que os elementos e as experiências são reais apesar de apresentar-se distantes

fisicamente e também não se limitam a uma sala de laboratório, em um horário específico,

uma vez que este tipo de tecnologia permanece disponível aos estudantes o tempo todo, sete

dias por semana, vinte e quatro horas por dia, de forma que os alunos podem realizar os

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experimentos em qualquer lugar, a qualquer momento, bastando para isso o acesso à internet

(Zubía; Alves, 2011).

Como professora de biologia do Ensino Fundamental, percebo que grande parte dos

alunos não apresenta o hábito de escrever e confundem, muitas vezes, a diferença entre

descrever e interpretar. Pode-se observar isso em provas dissertativas, por exemplo. Esta

deficiência provavelmente se deve ao fato de que as aulas geralmente são expositivas, onde o

aluno tem o papel de espectador, sendo que o único momento onde o estudante pode imprimir

suas observações e fazer uso de suas habilidades de descrição e interpretação é no momento

de realizar uma prova ou exercícios do livro, destaca Barros (2004). Desta maneira, este

trabalho também possibilitou o aprimoramento dos alunos frente à ciência, contribuindo para

o desenvolvimento das habilidades em questão, como observação, interpretação e descrição.

A intenção foi investigar como os alunos descrevem e interpretam as lâminas observadas.

Todas as atividades contam com o uso do microscópio remoto, conectando a tecnologia ao

mundo educacional e ao mesmo tempo proporcionando o desenvolvimento de habilidades

necessárias ao Ensino de Ciências.

No capítulo um, apresento as características do uso das TIC, a relação entre a

experimentação e o Ensino de Ciências e também o papel do Laboratório de Ciências no

ambiente educacional, através de trabalhos acadêmicos considerados relevantes sobre os

assuntos em questão. No capítulo dois, exponho os objetivos gerais e específicos do trabalho.

Já no capítulo três, trazemos a metodologia adotada, o tipo de pesquisa e o tipo de análise que

foi realizada nos dados coletados. O capítulo quatro apresenta o contexto da pesquisa e nos

traz informações sobre a ferramenta utilizada, o microscópio remoto, bem como a justificativa

da escolha do tema trabalhado a partir da ferramenta. No capítulo cinco trazemos os

resultados e as discussões realizadas. O capítulo 6 encerra-se com a conclusão e as

considerações finais.

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CAPÍTULO 1

1.1 O USO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TIC)

As TIC são definidas como ferramentas que servem para compartilhar, distribuir e

reunir informações, o que pode contribuir nas práticas pedagógicas, oferecendo também maior

flexibilidade e dinamismo no momento de se transmitir os conteúdos obrigatórios aos alunos,

sendo assim, é impossível não relacionar o contexto educacional e o ensino de ciências sem a

utilização das TIC, pois uma vez sendo incorporadas no dia-a-dia escolar, promovem maior

interação dos alunos com o conteúdo estudado, tornando as aulas mais estimulantes e

originais, Oliveira (2015). O uso das tecnologias de informação e comunicação (TICs)

constitui uma forma de comunicação essencial na sociedade atual. Com a popularização da

internet e o acelerado avanço tecnológico, surgem a todo o momento mais tecnologias digitais

e inúmeras tentativas de utilizá-las para fins educacionais (ROLANDO et al., 2015). Segundo

Altoé (2005), a tecnologia vem sendo utilizada cada dia mais pelas pessoas, estando presente

em todos os lugares e em todas as atividades que realizamos, de modo que Castells (2000)

destaca que vivemos em uma “sociedade da informação”, que está diretamente ligada com as

Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC). Estas tecnologias até pouco tempo

incluíam o rádio, a televisão, o telefone e o computador, porém hoje tem-se uma variedade de

dispositivos portáteis, como tabletes, smartphones e notebooks, com as mesmas

funcionalidades do computador e de outras TIC, porém, são capazes de promover acesso fácil

e dinâmico da informação. Estas tecnologias estão sendo cada vez mais utilizadas em diversas

áreas da sociedade, inclusive na educação, a qual também está passando por transformações

neste sentido. O uso da tecnologia na educação tem se tornado uma temática cada vez mais

pertinente a ser estudada, pois não há como ignorar os avanços tecnológicos inseridos no

cotidiano e vivenciados pela sociedade atual. Nos encontramos perante um mundo digital que

afeta a sociedade e por consequência, os espaços educativos (Rasco, 2008). Nesse sentido,

políticas de inclusão digital por parte dos órgãos públicos objetivam cada vez mais a

integração das TIC à educação e um exemplo prático disso é o Programa Nacional de

Informática na Educação (Proinfo), que foi criado pelo Ministério da Educação, em 1997 e

que visa implantar salas informatizadas nas escolas públicas brasileiras, destaca Bianchi

(2010). Atualmente o MEC (2018) lançou edital para apoiar projetos de tecnologias digitais

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para as escolas públicas em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico

e Social (BNDES). O MEC considera que a nova política é uma atualização do Programa

Nacional de Tecnologia Educacional (Proinfo) e terá investimento de até R$ 20 milhões. O

edital faz parte do Programa de Inovação Educação Conectada, iniciativa do governo federal

que pretende ofertar internet de alta velocidade e assegurar inserção da tecnologia como

ferramenta pedagógica de uso cotidiano nas escolas públicas de educação básica e na gestão

das redes de ensino até 2024.

Também é possível identificar uma valorização das TIC pelas universidades, pois

grandes centros de formação dos Estados Unidos (MIT, Stanford, Harvard) e do Brasil (USP,

UFF, dentre outras) têm disponibilizado aos seus alunos, diversos tipos de materiais de apoio

através da internet (Rolando et al., 2015). Neste sentido, é importante citar outras iniciativas,

como o Ponto Ciência (http://www.pontociencia.org.br) organizado pela UFMG e o Banco

Internacional de Objetos Educacionais, do Ministério da Educação do Brasil

(http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/), que disponibiliza materiais em diversos formatos,

como áudio, vídeo, texto e imagens (Rolando et al., 2015).

Observa-se que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) apresenta temas

especiais sobre a cultura digital que dialogam com as experiências dos sujeitos em seus

contextos de vida, enfatizando que:

“A escola tem o importante papel de não apenas

considerar as culturas digitais e computação em suas

práticas, mas também, de orientar os estudantes a utilizá-

las de forma reflexiva e ética”. (Brasil, 2015).

Por sua vez, o Ministério da Educação (MEC), por exemplo, expressa uma

preocupação em relação às culturas digitais por meio da elaboração de documentos oficiais,

cuja finalidade é orientar os currículos proporcionando uma melhora no processo educacional.

O governo prevê a implantação de tecnologias como práticas de ensino. De acordo com os

Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN+), a denominada “revolução informática” promove

mudanças radicais na área do conhecimento, que passa a ocupar um lugar central nos

processos de desenvolvimento. Pode-se dizer que, nas próximas décadas, a educação vá se

transformar mais rapidamente do que em muitas outras, em função de uma nova compreensão

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teórica sobre o papel da escola, estimulada pela incorporação das novas tecnologias

(BRASIL, 2002, p. 5). Sabe-se também que o uso do material didático é responsabilidade da

escola e do professor, que deve sempre buscar recursos didático-pedagógicos diversificados,

causando impactos positivos durante as aulas. De acordo com os Parâmetros Curriculares

Educacionais (PCN’s)

“é responsabilidade da escola e do professor

promoverem o questionamento, o debate, a investigação,

visando o entendimento da ciência como construção histórica e

como saber prático, superando as limitações do ensino passivo,

fundado na memorização de definições e de classificações sem

qualquer sentido para o aluno”.

Nesta perspectiva, considera-se o uso da tecnologia e o emprego do computador

como uma ferramenta educacional com a qual o aluno pode resolver problemas, construir,

questionar, debater, observar e investigar, de maneira independente, sem que se restrinjam à

memorização de conceitos, sendo a presença do computador na educação, um processo

irreversível (Valente,1993). Rochadel (2013) ainda destaca que a popularização dos Recursos

Educativos Digitais (REDs) utilizados no Ensino de Ciências permite alcançar muitos

usuários da educação básica, além disso, proporcionam um barateamento dos custos para os

professores e para a própria instituição, de modo que atividades propostas podem ser

acessadas por diversos alunos, nas suas casas, ao mesmo tempo e de maneira individual.

A introdução das TIC no Ensino, e em particular, no Ensino das Ciências,

possibilita o desenvolvimento de inúmeras competências, uma vez que de um lado o Ensino

de Ciências proporciona aos alunos uma visão mais crítica de acontecimentos relacionados ao

seu dia-a-dia, do outro lado os inúmeros avanços científicos mediados pelos recursos

tecnológicos, inclusive aqueles ligados às tecnologias da informação e comunicação,

contribuem para a obtenção de novas formas de conhecimento, que podem ser usados

juntamente ao contexto em que o aluno se encontra inserido, abrindo novas possibilidades na

aprendizagem das ciências (Costa; Oliveira, 2012).

Além disso, as TIC ampliam possibilidades de construir um ensino mais

moderno, destacando a importância da utilização destes recursos tecnológicos como sendo

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importantes para as aulas de Ciências e em várias outras áreas de conhecimento, trazendo,

assim, melhorias no processo de ensino e aprendizagem. O Ensino de Ciências, por envolver

conceitos complexos, e às vezes abstratos, torna-se um grande desafio para os professores,

que podem fazer uso dessas ferramentas possibilitando maior familiarização dos alunos com

os assuntos, tornando-os mais receptivos às abordagens dadas pelo professor, podendo

inclusive, ter acesso ao conteúdo e às atividades propostas ao seu tempo, ou seja fora do

ambiente escolar.

O potencial das TIC, quando utilizadas no Ensino das Ciências, está relacionado

com a reestruturação do currículo e a redefinição das pedagogias de ensino. Estas tecnologias

facilitam o acesso a um imenso conjunto de informação e recursos cuja utilização implica o

desenvolvimento de capacidades de avaliação, de interpretação e de reflexão crítica (Osborne

& Hannessy, 2003). Segundo Murphy (2003) as TIC podem ser integradas no ensino das

ciências como uma ferramenta, como uma fonte de referência, como um meio de

comunicação e como um meio para exploração. Dessa forma, e segundo Santos (2007) os

principais benefícios do uso das TIC no ensino das ciências são que o ensino das ciências

pode se tornar mais interessante e relevante para os alunos, uma vez que há mais tempo

dedicado à observação, discussão e análise dos conceitos. Para os autores Osborne e Hannessy

(2003), a utilização apropriada das TIC tem potencial de transformação na educação em

ciência e na aprendizagem do aluno, sendo apenas encontrado em alguns professores que

sabem fazer uso da ferramenta. As TIC precisam se enraizar cada vez mais nas estratégias de

todos os professores, uma vez que convida o aluno a experimentar outras formas de obtenção

de conhecimento.

Segundo Moran (2009), as TIC podem possuir grande potencial no ensino,

no entanto, questiona-se o seu valor, uma vez que só apresentará resultados positivos se for

aplicada de maneira adequada. O que se considera como adequada é que ela seja utilizada

para desenvolver algumas habilidades e competências, como por exemplo, a capacidade de

observação, descrição, interpretação e também habilidades envolvidas no manuseio e domínio

dos ambientes virtuais de ensino, proporcionando assim, que o aluno, de maneira autônoma,

consiga agregar o máximo de conhecimentos possível ao seu tempo, sem que tenha a

influência do professor para a resolução de problemas.

Alguns documentos oficiais como os Parâmetros Curriculares Nacionais

(PCNs e PCNEM) recomendam o uso das tecnologias no ensino:

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"É indiscutível a necessidade crescente do uso de

computadores pelos alunos como instrumento de aprendizagem

escolar, para que possam estar atualizados em relação às novas

tecnologias da informação e se instrumentalizarem para as

demandas sociais presentes e futuras." (BRASIL, 1998, p. 96)

"As tecnologias da comunicação e da informação e seu

estudo devem permear o currículo e suas disciplinas." (BRASIL,

1999, p. 134)

Porém, Segundo Bianchi (2010), nota-se ainda a falta de estratégias políticas

de formação inicial e continuada de professores de modo a prepará-los para inserir propostas

educativas apoiadas nas TIC, uma vez que muitos dos professores apresentam resistência ao

uso dessas ferramentas, uma vez que não possuem muita experiência com os ambientes

virtuais de ensino ou então não sabem como orientar os alunos para seu uso de maneira

adequada. Segundo Kenski (2003), a aproximação entre os docentes e a tecnologia deve

acontecer nas licenciaturas e em cursos de pedagogias, uma vez que o meio tecnológico e suas

aplicações no Ensino de Ciências apresentam grande complexidade.

A falta de preparo e informação de alguns professores sobre o uso das TIC

também pode causar certa insegurança nestes docentes, já que pensava-se que seriam

substituídos pela máquina e se tornariam menos interessantes ao olhar dos alunos, ideia que

está sendo cada dia mais deixada de lado, como aponta Niskier (1993, p. 100): “o uso do

computador na educação está em plena ascensão em diversos países. O receio inicial de que a

máquina pode vir a substituir o professor aos poucos está sendo desmistificado. O computador

faz parte da vida dos cidadãos, portanto a escola deve prepará-los para lidar com esta

tecnologia”. Além disso, como aponta Valente, quando o computador é utilizado nas práticas

pedagógicas não significa que o aluno vá aprender sobre computadores, mas sim através

deles, eliminando distâncias entre as pessoas, descentralizando o conhecimento e facilitando a

simulação de fenômenos, contribuindo assim, para que ele seja facilmente utilizado como

material didático.

Portanto, deve-se encarar o uso do computador na educação como uma

ferramenta que pode contribuir muito para o processo de ensino e aprendizagem, se utilizado

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de maneira planejada pelos docentes, de acordo com as propostas pedagógicas da instituição e

alinhada com o contexto educacional dos alunos, de forma que promova o desenvolvimento

destes em relação ao conteúdo estudado, bem como sua formação social e pessoal. Não se

trata de substituir os modelos tradicionais, como o uso da lousa, do giz e o livro didático pelos

recursos digitais, mas sim de aproveitar o potencial destas ferramentas para promover uma

aprendizagem mais eficaz, e para isso, os alunos não devem se utilizar destas ferramentas sem

que antes sejam orientados e contextualizados pelos professores, que serão também

mediadores do conhecimento adquirido.

Segundo Ponte (1997), a visão de que o computador pode substituir os professores não

tem nenhum fundamento, pois o computador não tem qualquer tipo de possibilidade de

desempenhar as funções mais delicadas na educação jovens, sendo apenas um instrumento

que cria novas possibilidades de ensino e novas responsabilidades ao próprio professor,

obrigando-o a um esforço permanente de atualização e formação. Neste sentido ainda, o

Ministério da Educação considera que:

O uso destes recursos se torna desprovido de

sentido se não estiver aliado a uma perspectiva

educacional comprometida com o desenvolvimento

humano, com a formação de cidadãos, com a gestão

democrática, com o respeito à profissão do professor

com a qualidade social da educação. [...] o emprego deste

ou daquele recurso tecnológico, de forma isolada e

desalinhada com a proposta pedagógica da rede de

ensino e da escola, não é garantia de melhoria da

qualidade de educação.

Outra questão que deve ser levantada é que o uso de alguns recursos

educativos digitais voltados para o Ensino de Ciências pode auxiliar na falta de laboratórios

equipados dentro da instituição e também responder à demanda feita pelos próprios alunos

para haver diversificação das aulas e maior aproveitamento das atividades educacionais.

Segundo Santos e Cleophas (2015), devido às condições precárias, em termos de

infraestrutura, de muitas escolas, brasileiras, as TIC vem ganhando força como ferramenta

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didática, já que apresenta potencial para suprir algumas carências existentes nas escolas. As

autoras ainda ressaltam que o uso destes recursos criam novos espaços voltados para o

processo de ensino, não se restringindo à escola, fazendo com que os alunos tenham acesso à

informação em qualquer lugar e a qualquer hora.

Para Moran (2009), o professor tem muitas opções metodológicas para aplicar em

suas aulas, de maneira a melhorar sua comunicação com os alunos, trabalhando de maneira

presencial ou virtual. Cada docente deve encontrar a forma mais adequada para integrar as

novas tecnologias, o contexto em que o aluno se encontra inserido, tanto socialmente como

pedagogicamente com seus procedimentos metodológicos adotados. Não se trata de

apresentar receitas aos estudantes, mas sim diversificar as formas de dar suas aulas, aliando

sempre o ensino de ciências à experimentação.

1.2 ENSINO DE CIÊNCIAS E A EXPERIMENTAÇÃO

O Ensino de Ciências permite o aprimoramento dos conhecimentos e sua

correlação com as experiências do indivíduo e o meio ambiente em que vive, destacam

Camargo e Blaszko (2015). Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais de Ciências

Naturais (BRASIL, 1997), o Ensino de Ciências permite introduzir e explorar as informações

relacionadas aos fenômenos naturais, à saúde, a tecnologia, a sociedade e ao meio ambiente,

favorecendo a construção e ampliação de novos conhecimentos. Segundo Chassot (2000), o

ensino de ciências contribui para a compreensão do mundo e formação de futuros cientistas,

enfatizando que o papel docente é de

“[...] reconhecer a real possibilidade de entender

o conhecimento científico e a sua importância na

formação dos nossos alunos uma vez que ele pode

contribuir efetivamente para a ampliação de sua

capacidade” (BIZZO, 2009, p. 15-16).

O conhecimento científico articulado ao Ensino de Ciências possibilita a

construção de relações, orientação à cidadania, a formação de cidadãos ativos, consumidores e

usuários responsáveis da tecnologia vivente (Viecheneski; Carletto, 2012), além de esclarecer

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e verificar os fatos, por meio de observação e investigação. Segundo Camargo e Blaszko

(2015), quando o educador aborda com clareza a importância desse conhecimento para a vida

dos seus alunos, instiga a curiosidade tornando suas aulas mais interessantes, de modo que

estas devem contemplar atividades que proporcionem novas descobertas, observações e

experiências, estabelecendo relações entre os conhecimentos prévios e os novos saberes.

Segundo Santos, o atual sistema de ensino do país vem enfrentando

questionamentos que vão desde o processo de ensino – aprendizagem, passando por sua

estrutura física até a formação de professores. Percebe-se uma insatisfação da sociedade em

relação ao ensino, uma vez que, segundo Fourez (2003) todos os setores da sociedade são

atingidos pela crise no ensino de ciências: “os alunos, os professores de ciências, os dirigentes

da economia, os pais, os cidadãos [...]” (FOUREZ, 2003, p 110). De modo a complementar

estas afirmações, alguns pesquisadores como Chassot (1990), Fourez (2003) e Maldanner

(2007), observam que o ensino ainda se mantém de modo tradicional, gerando insatisfações

por parte dos alunos. Parece que a globalização determinou uma inversão no fluxo do

conhecimento. Se antes o sentido era da escola para a comunidade, hoje é o mundo exterior

que invade a escola. E não há, evidentemente, a possibilidade de fazermos uma reconversão.

Todavia, é permitido reivindicar para a escola um papel mais atuante na disseminação do

conhecimento, Chassot (2007). A Academia Brasileira de Ciências ainda destaca:

A necessidade imperiosa de melhorar o ensino básico no

Brasil e, em particular, o ensino de ciências, [...] O ensino

adequado de ciências estimula o raciocínio lógico e a

curiosidade, ajuda a formar cidadãos mais aptos a enfrentar os

desafios da sociedade contemporânea e fortalece a democracia,

dando à população em geral melhores condições para participar

dos debates cada vez mais sofisticados sobre temas científicos

que afetam nosso cotidiano (Academia Brasileira de Ciências,

2008).

De acordo com Cachapuz (2001), na Conferência Mundial sobre a Ciência

para o Século XXI, realizada pela UNESCO e pelo Conselho Internacional para a Ciência

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declarava-se: “Para que um País esteja em condições de satisfazer as necessidades

fundamentadas da sua população, o ensino das ciências e a tecnologia é um imperativo

estratégico. Como parte dessa educação científica e tecnológica, os estudantes deveriam

aprender a resolver problemas concretos e a satisfazer as necessidades da sociedade,

utilizando as suas competências e conhecimentos científicos e tecnológicos”. E acrescenta-se:

“Hoje, mais do que nunca, é necessário fomentar e difundir a alfabetização científica em todas

as culturas e em todos os setores da sociedade, a fim de melhorar a participação dos cidadãos

na tomada de decisões relativas à aplicação dos novos conhecimentos” (Conferencia Mundial

sobre la Ciencia, Budapeste, 1999). Segundo Roden e Ward, a ciência ensinada na escola

proporciona uma oportunidade para a discussão e para o compartilhamento de ideias, tão

cruciais para o desenvolvimento das habilidades comunicativas.

De acordo com Giordan (1999), Aristóteles, ao afirmar que “quem possua

a noção sem a experiência, e conheça o universal ignorando o particular nele contido,

enganar-se-á muitas vezes no tratamento” já defendia a experiência há cerca de 2.200 anos. A

experimentação ocupou papel importante nas ciências naturais a partir do século XVII, pois as

leis deveriam seguir a sequência de formulação de hipóteses e verificação. Desde então, a

experimentação passou a ser protagonista da metodologia cientifica, sendo inserida

posteriormente nas escolas devido à forte influencia de trabalhos desenvolvidos nas

Universidades, com o intuito de melhorar a aprendizagem da metodologia cientifica Galiazzi

(2001).

Ainda hoje a experimentação tem papel importante no ensino, tanto que

professores assumem o fato da experimentação despertar um forte interesse entre os alunos

em diversos níveis de escolarização. Através da experimentação, é possível vincular o

conteúdo transmitido com a realidade dos alunos, como ressalta Chassot (2007). Segundo

Hodson (1994), pode-se dizer que é indiscutível o gosto dos estudantes em realizar diversos

tipos de atividades práticas, apresentando disposição e entusiasmo, mas na verdade, o que os

atrai é a oportunidade de uma aprendizagem mais ativa. Oliveira (2010) ainda destaca que as

atividades experimentais estimulam a criatividade, e aprimoram a capacidade de observação e

registros de informações, assim como a análise de dados e a criação de hipóteses, uma vez

que as aulas experimentais exigem que os alunos entendam os fenômenos ocorridos,

desenvolvendo habilidades de observação e interpretação.

Lisbôa (2015) ainda destaca sobre a experimentação:

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“A elaboração do conhecimento científico apresenta-se

dependente de uma abordagem experimental, não tanto pelos

temas de seu objeto de estudo, os fenômenos naturais, mas

fundamentalmente porque a organização desse conhecimento

ocorre preferencialmente nos entremeios da investigação. Tomar

a experimentação como parte de um processo pleno de

investigação é uma necessidade, reconhecida entre aqueles que

pensam e fazem o ensino de ciências, pois a formação do

pensamento e das atitudes do sujeito deve se dar

preferencialmente nos entremeios de atividades investigativas”.

Diferente do que muitas pessoas acreditam, as atividades práticas podem ser

conduzidas de acordo com os mais diversos tipos de objetivos e em estilos variados. Como

por exemplo, para demonstrar um fenômeno, ilustrar um princípio, coletar dados, testar

hipóteses e desenvolver algumas habilidades, como a capacidade de observação e descrição.

De acordo com Reid e Hodson (1987) o conceito de atividades práticas restritas ao trabalho

manual na bancada do laboratório deveria ser substituído por atividades de aprendizagem de

ciências, que incluem demonstrações feitas pelo professor, vídeos e filmes com o posterior

registro de dados, confecção de modelos e tarefas de escrita. Sabe-se que são mais amplas e

fazem parte de um modelo didático onde o aluno se torna mais ativo, não significando, deste

modo, que o trabalho no espaço físico do laboratório seja a única maneira de realizar a

experimentação. Hoje não se pode mais conceber propostas para um ensino de ciências sem

incluir nos currículos situações que ressaltem os aspectos sociais e pessoais dos estudantes.

Há ainda os que resistem a isso. Todavia, há uma adesão cada vez maior às novas

perspectivas, Chassot (2007).

De acordo com Oliveira (2010), a Experimentação apresenta algumas

contribuições, de forma que citaremos algumas delas aqui:

a) Para desenvolver a iniciativa pessoal e a tomada de decisão:

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De maneira geral, as aulas teóricas tradicionais deixam os alunos passivos

intelectualmente. Mesmo quando os alunos entram em contato com materiais,

instrumentos e afins durante uma aula prática, isto não garante liberdade para que se

expressem e interpretem do seu modo os fenômenos propostos. Neste sentido,

Krasilchik (1987) ainda ressalta que a simples manipulação de equipamentos não

garante aprendizado de ciências, pois este exige também a formação de ideias

próprias. Mas o que seria então a tomada de decisões? Quando os alunos, de algum

modo, são estimulados a criar hipóteses e fornecer interpretações sobre o que

observam e interpretam, considera-se como uma tomada de decisões, segundo

Galiazzi e Gonçalves (2004).

b) Para motivar e despertar a atenção dos alunos:

Alguns pesquisadores, como Hodson (1994), acreditam que as atividades

experimentais nem sempre são tão motivadoras para os alunos e este entusiasmo reduz

com o passar dos anos, de forma que não há garantia de que toda a turma ficará

envolvida durante uma atividade experimental, de modo que cabe ao professor,

mediador do conhecimento, utilize estratégias para manter a atenção dos alunos,

através da solicitação de registros escritos e utilização de questionários sobre o que foi

observado durante a atividade. Porém, de maneira geral, acredita-se que tanto os

professores quanto os alunos consideram as atividades experimentais motivadoras,

afirma Giordan (1999). Pode-se dizer também, que os professores acreditam que a

melhoria do ensino está aliada à realização de aulas práticas complementares ao

conteúdo teórico lecionado.

c) Para aprimorar a capacidade de observação e registro de informações:

A observação é umas das primeiras etapas do método científico e da experimentação e

já existe em cada pessoa de maneira natural, pois acontece graças ao poder da visão,

que nada mais é do que um dos cinco sentidos que permitem aos seres vivos perceber

o mundo ao seu redor. O olho humano pode ser considerado como uma ferramenta

utilizada pelo cérebro para formar a imagem visual, que posteriormente será

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interpretada, criando-se assim, diversos tipos de concepções acerca dos objetos que

nos rodeiam.

Existe uma diferença entre simplesmente “ver” e “visualizar”, o que fazemos a todo o

momento e “observar”. Segundo os PCNs, o ato de observar consiste em buscar ver

melhor e de maneira mais detalhada, buscando detalhes precisos do objeto observado.

Diferenciar estes dois conceitos no ensino de ciências não é tarefa fácil e para

desenvolver a capacidade de observação nos alunos, é preciso motivá-los a buscar

cada vez mais detalhes no objeto, para que este seja percebido de maneira completa e

diferente do que se vê habitualmente.

Carvalho (2005) ainda considera que uma das formas de estimular a capacidade

observação dos alunos é através da solicitação de descrições e registros a respeito do

que observam. Outra maneira de estimular o processo de observação dos alunos, que

deve ser previamente planejado, é induzir comparações entre objetos semelhantes, em

relação à sua forma, coloração e funcionamento.

Os PCNs destacam que existem dois modos para se realizar observações, são eles:

estabelecendo contato direto com o material em estudo. Isso pode acontecer dentro de

uma sala de aula ou em um ambiente natural. Outro modo seria através de observações

indiretas, através de microscópios, fotos, filmes, gravuras e telescópio, por exemplo.

As aulas experimentais, quando contemplam a observação, acabam exigindo maior

atenção por parte dos alunos, de modo que podem aprimorar a capacidade de

descrição e anotação de registros, relacionando as observações obtidas com conceitos

científicos aprendidos previamente.

d) Para aprender a analisar dados e propor hipóteses para os fenômenos:

As estratégias de ensino tradicionais raramente desenvolvem a capacidade dos alunos

de elaborarem explicações coerentes para os dados obtidos, pois geralmente, os alunos

devem decorar conceitos prontos transmitidos pelo professor. Nesse sentido, acredita-

se que as atividades experimentais estimulam o aluno a refletir e criar hipóteses em

relação aos fenômenos observados, uma vez que se sentem mais estimulados e

desafiados, pois apresentam uma situação problema em mãos e devem resolvê-la ou

decifrá-la.

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e) Para aprender conceitos científicos:

Segundo Araújo e Abib (2003), as atividades experimentais complementam a aula

teórica, pois relembram conceitos, confirmam dados científicos expostos em livros

didáticos, de modo que contribuem para o processo de aprendizagem.

f) Para corrigir erros conceituais dos alunos:

No ensino tradicional a percepção de que os alunos apresentam erros

conceituais acontecem, geralmente, após a aplicação de avaliações formais. No

entanto, durante a realização de uma aula experimental, como os alunos estão sendo

solicitados o tempo inteiro a aplicar o conhecimento, dar explicações e a resolver

problemas, torna-se mais fácil para o professor detectar erros ou concepções

alternativas (Carvalho, 2005). Além disso, os alunos registram e respondem questões

do roteiro neste modelo de aula, o que facilita ainda mais para que o professor realize

as devidas análises em relação ao resultado da turma.

Esta ideia de erros conceituais realizados pelos alunos deve ser reforçada de

maneira positiva para promover a participação ativa dos alunos, reforça Bazzo (2000).

Mais importante do que acertar a resposta ou a realização do experimento é dar ênfase

ao processo de elaboração do mesmo. O erro de um aluno pode oferecer ao professor

as concepções prévias deste, o que nem sempre acontece durante as aulas tradicionais

lecionadas, favorecendo, assim, o processo de intervenção do docente. Também se

deve afastar do aluno a ideia de que o experimento deu errado e não será aproveitado

de nenhuma maneira. Ao invés disso, devem-se realizar discussões acerca dos

resultados diferentes, trazendo muito mais enriquecimento ao estudante e à aula

prática ministrada.

Araújo e Abib (2003) ainda ressaltam que existem diferentes maneiras para se

organizar as atividades experimentais e que todas elas podem ser úteis no Ensino de

Ciências, dependendo dos objetivos da aula, da proposta pedagógica do professor, das

habilidades que se pretende desenvolver e dos recursos disponíveis, como por

exemplo, um microscópio. Os autores classificaram as atividades experimentais em

três tipos, com diferentes enfoques:

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a) Atividades de demonstração:

Nesse caso, o professor executa o experimento ou exibe através de um computador

ou vídeo e os alunos observam o que ocorre. Este tipo de experimento é uma boa

alternativa quando não se dispõe de recursos necessários para a realização de

experimentos com grande quantidade de alunos, como a falta de materiais ou

infraestrutura. Além disso, experimentos com esta característica demandam pouco

tempo, favorecendo aqueles professores que possuem poucas aulas e não tem

tempo hábil para a realização das atividades.

Uma questão apontada por Arruda e Laburú (1998), é o fato de que poderia ser

mais interessante que os alunos tivessem contato com experimentos mais fáceis

antes de lidar com atividades mais abertas e que exigem maior domínio dos

conteúdos estudados, pois teriam tempo de se familiarizarem com experimentos

mais simples, de modo a se acostumarem com as estratégias utilizadas para a

realização dos experimentos e refinassem a sua capacidade de observação e

descrição. Desta forma, estariam preparados para efetuar atividades de

investigação, que muitas vezes, requerem grande domínio das habilidades citadas.

Para que este tipo de atividade alcance os objetivos pensados pelo professor, seria

interessante que o docente seguisse alguns passos, como a preparação dos alunos

antes da realização do experimento, explicando como será o funcionamento e

quais os objetivos envolvidos. Solicitar que os alunos realizem observações

cuidadosas e realizem descrições e registros sobre o que observam, além de

fazerem uso de questionários. Seria interessante, também, que ao final do

experimento, o professor, discutisse com os alunos suas respostas e refletissem

sobre o que obsevaram.

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b) Atividades de Verificação

Consistem em confirmar alguma teoria. Geralmente os resultados já são esperados

pelos alunos e pelo professor, tornando os conceitos adquiridos em sala de aula

mais palpáveis, não se restringindo ao quadro negro, à verbalização do professor

sobre o assunto e o livro texto.

c) Atividades de Investigação:

Neste caso, as propostas permitem que os alunos se tornem mais ativos e

construam o conhecimento em torno de algum fenômeno, sendo o professor,

mediador das ideias e concepções. Os alunos, neste tipo de atividade, analisam o

problema, coletam dados, testam hipóteses através do experimento em si e

argumentam a respeito de suas conclusões.

Pode-se dizer que a experimentação exerce função de instrumento para o

desenvolvimento de todas as habilidades e competências citadas acima e também contribui

para o conhecimento científico. É fundamental que as atividades práticas garantam espaço

para reflexão, desenvolvimento e construção de ideias. De acordo com Dourado (2001), as

atividades experimentais são essenciais para o processo de ensino-aprendizagem e devem

estar adequadas às capacidades que se pretende desenvolver nos estudantes. É importante

também, segundo Soares (2004), que surjam novos experimentos para serem aplicados em

sala de aula, como forma de diversificar as aulas tradicionais e o trabalho do professor.

A importância da experimentação no processo de aprendizagem também é

discutida por Bazin (1987) que, em uma experiência de ensino não formal de Ciências, aposta

na maior significância desta metodologia em relação à simples memorização da informação,

método tradicionalmente empregado nas salas de aula. Segundo Rosito (2008), a utilização da

experimentação é considerada para o ensino de Ciências, como essencial para a aprendizagem

científica.

Dentro de todo arcabouço elucidado acima sobre o Ensino de Ciências, nosso

trabalho irá contemplar a experimentação e suas possibilidades, com enfoque na observação e

interpretação, com o uso de recursos didáticos tecnológicos, que serão descritos

posteriormente. De acordo com Cachapuz e Perez, os empiristas clássicos afirmam que a

ciência começa com a observação, devendo o observador registrar de um modo fidedigno

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tudo aquilo que pode ver e a partir disso interpretar as informações obtidas, a fim de constituir

o conhecimento científico. A observação não é neutra, nem objetiva, devendo ser cada vez

mais preparada e mais orientada, através da mediação do professor, uma vez que os fatos

científicos são construídos, ou seja, resultam de um longo percurso através da teoria. Santos e

Praia ainda destacam que:

“Só por si um dado de observação não é entendido como

um dado científico. Para que o seja, tem que ser uma construção

da razão, inserido numa rede de razões, tem que ser visto com os

olhos da mente”. (Santos e Praia, 1992).

A observação deve funcionar como um processo de questionar as hipóteses que os

alunos sugerem, refinando as habilidades de interpretação dos mesmos. O Ensino de ciências

deve criar espaços para a imaginação e criatividade dos alunos, promovendo diversos tipos de

discussões. (Santos e Praia, 1992). E um dos espaços mais utilizados para estes tipos de

discussões seriam os laboratórios escolares ou mesmo os virtuais.

1.3 O LABORATÓRIO NO ENSINO DE CIÊNCIAS

Os anos de 1950 e 1960 demandaram novas formas de ensino e vários órgãos

governamentais consideraram inovador para a época vivenciar o método científico pela

redescoberta. Instituições como o IBECC (Instituto Brasileiro de Ciência e Cultura), tinham

como pretensão melhorar o ensino de ciências para atender a demandas nacionais, produzindo

materiais didáticos como proposta de ensino baseado na experimentação. Desta forma, os

laboratórios escolares entraram em cena e passaram a ser valorizados tanto pelas escolas

quanto pelos professores, sendo sinônimo de bom ensino de ciências. Muitos cursos foram

oferecidos e kits foram distribuídos a escolas. Inovador, portanto, era o aluno ir ao laboratório

e ser colocado na situação de cientista, a fim de realizar experimentos seguindo um roteiro

estruturado para então, redescobrir os conhecimentos científicos, destacam Marandino, Selles

e Ferreira (2009).

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O ambiente do laboratório escolar continuou sendo um espaço valorizado, mas o

método utilizado tornou-se obsoleto nos anos de 1980. Era necessário pensar em uma nova

forma de utilização do laboratório para que ele realmente contribuísse com o ensino e a

aprendizagem dos alunos, já que até então nada havia mudado. É possível perceber que o

ensino de ciências sempre esteve ligado a esse lugar: o laboratório, Junior (2002). De modo

que o fazer ciência ocorria e ainda ocorre duas vezes por semana, ou menos, quando os alunos

vão, em fila indiana, a esse lugar enigmático chamado laboratório, que de acordo com o olhar

do aluno, trata-se de um lugar onde se espera que ocorra uma pequena explosão ou uma

reação que libere um aroma característico, Golombek (2009). Ou seja, para muitos estudantes

e professores, a ciência depende do fazer experimento, do ir ao laboratório e vivenciar o

método cientifico.

É certo que a utilização do laboratório como espaço alternativo para o ensino traz

bons resultados, podendo despertar no aluno o interesse pelos conteúdos de Ciências, uma vez

que tais atividades estimulam a curiosidade e consequentemente a capacidade de investigação

do aluno, de forma que este não seja apenas ouvinte das informações transmitidas e sim

protagonista do conhecimento. Dessa forma, pode-se dizer que o uso do laboratório é uma

importante estratégia no processo de ensino e aprendizagem. As aulas de laboratório podem,

assim, funcionar como um contraponto das aulas teóricas, facilitando a fixação do conteúdo a

ela relacionado, descartando-se a ideia de que as atividades experimentais devem servir

somente para a ilustração da teoria, assinala Capeletto (1992).

Além disso, durante a atividade prática no laboratório o aluno consegue interagir

muito mais com seu professor, discutir com os colegas, elaborar hipóteses e realizar testes

para comprovar ou não suas ideias. Isso tudo, sem dúvida, resulta numa melhor compreensão

das ciências, Zimmermann (2005). Ainda nesse sentido, Souza (2005) destaca que as aulas de

laboratório possibilitam, ao aluno, construir conhecimentos e realizar mudanças conceituais. É

importante ressaltar que somente neste tipo de aula é que os alunos podem manusear

equipamentos, utilizar materiais e reagentes, muitas vezes até então desconhecidos para eles, e

presenciar fenômenos, (Reginaldo; Sheid; Güllich, 2012) fazendo com que a aula se torne

mais atraente e desafiadora.

Geralmente, numa sala de aula convencional, os alunos ficam sentados em

carteiras e cadeiras fixas, voltados para o lado onde fica o quadro e o professor.

Diferentemente, os laboratórios apresentam outro formato, onde o centro das atenções não é o

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professor, mas os experimentos. Dessa maneira, trabalha-se uma proposta didática diferente,

uma vez que este arranjo arquitetônico do laboratório escolar permite maior interação dos

alunos com a experimentação, com o professor e entre os próprios estudantes, que se

associam em grupos para realizar uma determinada tarefa, exigindo cooperação de seus

integrantes. Como produto desta cooperação, o que se espera afinal, é que a organização e a

estrutura formem a base sobre a qual os estudantes irão desenvolver as atividades propostas,

de forma que todas estas situações exigem mais autonomia por parte dos alunos, Barolli e

Villani (2000).

Pode-se dizer o ambiente do laboratório escolar tem potencial para proporcionar

diferentes vivências, interações interpessoais e a observação de diversos experimentos que

geralmente são citados nas aulas teóricas. No entanto, para que todos esses pontos se

concretizem, é necessário que o espaço físico disponibilizado pela escola para tal fim tenha

boas condições e esteja apto para receber os alunos. O que se observa é que os laboratórios de

ciências, de uma maneira geral, apresentam dificuldades em relação à infraestrutura e à falta

de recursos necessários para o bom funcionamento das aulas práticas. Muitos laboratórios tem

ausência de um profissional capacitado, que fique responsável pela manutenção dos

equipamentos e garanta as condições mínimas de segurança aos alunos. Para Weissmann

(1998), é importante que o laboratório tenha boas condições de iluminação, presença de pias e

torneiras de acordo com a quantidade de aluno no local, mesas resistentes ao contato com

reagentes químicos e com um tamanho mínimo ideal de 50 x 980 cm.

Ainda nesta perspectiva, Krasilchik (2004) considera que os laboratórios

escolares devem estar situados no térreo e com portas de saídas de emergência, importante

para a segurança dos alunos, caso aconteça algum acidente. A autora também sugere que o

tamanho ideal para um laboratório é de aproximadamente noventa metros quadrados com a

capacidade máxima de trinta alunos (três metros quadrados por aluno). Ela ainda destaca que

para que as aulas práticas desenvolvidas na escola sejam satisfatórias e os experimentos que

envolvem o uso de microscópio despertem o interesse dos alunos, a ponto de desenvolverem

suas habilidades e competências, é necessário que para uma classe composta por trinta alunos,

estejam disponíveis no mínimo dez microscópios, no entanto, segundo os dados do Censo da

Educação do Brasil (BRASIL, 2011) este número parece distante da realidade de grande parte

das escolas públicas brasileiras, sem levar em conta ainda àquelas escolas que não possuem

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sequer espaços físicos que comportem a estrutura de um laboratório, agravando mais ainda a

situação.

Ainda neste sentido, para que as aulas práticas sejam realmente satisfatórias, elas

não devem se limitar a nomeações e manipulações de vidrarias e reagentes, sendo essencial

que haja um espaço para reflexão, desenvolvimento e construção de ideias. Para Capelleto

(1992), é necessário que o próprio aluno raciocine e realize as diversas etapas da investigação

científica, sendo fundamental a problematização, que facilita ainda mais os estudantes no

processo de observação. Quando o professor ouve seus estudantes, consegue compreender

suas interpretações acerca das atividades propostas e adquire maneiras para instigá-los a olhar

de outro modo para o objeto em estudo (Brasil, 1998).

Segundo Capeletto (1992), é um equívoco gerar uma interdependência das

atividades práticas com a necessidade de um ambiente com equipamentos especiais e

sofisticados, já que os laboratórios de ciências são caros e a complexidade de montagem

desses equipamentos, muitas vezes, acaba constituindo uma forte barreira para que os

estudantes compreendam as ideias e conceitos propostos. Diante disto, chega-se a um

problema em relação à execução de aulas práticas no Laboratório de Ciências, uma vez que

este deve oferecer uma infraestrutura mínima, sendo necessário haver uma quantidade de

verba disponível nas escolas, o que, muitas vezes, não existe. Além disso, as aulas práticas

devem contemplar as propostas pedagógicas, uma vez que são essenciais para o processo de

ensino e aprendizagem dos alunos, porém, sem a infraestrutura necessária e a preparação

prévia dos professores, os objetivos não são alcançados e a experimentação no ensino de

ciências acaba sendo parte de um discurso sem aplicação. Uma alternativa oferecida para

superar as limitações quanto à falta de laboratórios é a utilização de laboratórios controlados

remotamente, Monteiro (2013).

De acordo com Rochadel (2013), a escassez de recursos, a falta de laboratórios e

a dificuldade de acesso limita uma aprendizagem mais prática, ancorada na experimentação. E

neste contexto pedagógico, o uso de recursos didáticos tecnológicos torna-se uma interessante

ferramenta para solucionar alguns problemas já mencionados anteriormente. A partir destes

dispositivos com acesso à internet, o aluno pode acessar a qualquer momento as atividades e

interagir com os equipamentos, relacionando seus conhecimentos prévios com a observação

atenta aos experimentos. Outro benefício importante da tecnologia como ferramenta é sua

utilização pelos alunos no contraturno do horário escolar, de modo que estes revisam

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conteúdos aprendidos em sala de aula no seu tempo, destaca Simão (2013), que também

sugere que a utilização de experimentos remotos podem se dar de duas maneiras,

complementando os experimentos reais ou como uma única forma de experimento,

favorecendo aquelas escolas que não apresentam recursos de laboratórios que permitam

realizar determinados tipos de atividades.

Rochadel (2013) ainda destaca que proporcionar um envolvimento do aluno com

atividades remotas em seu próprio dispositivo móvel, reforça ainda mais a utilidade dos

laboratórios, pois os usuários estão sempre conectados e podem aprender e revisar conceitos

mesmo em movimento, no caminho da escola e com amigos. As ferramentas tecnológicas

podem facilitar e diminuir as dificuldades de aprendizagem, além de favorecerem o acesso a

novos conhecimentos e informações. O filósofo Adam Schaff (1990) acredita que o processo

de informatização apresenta efeitos em várias situações, principalmente na área educacional,

de modo que esta ferramenta passa a ser utilizada como fonte de opções para novas

descobertas e dessa maneira, precisa ser melhor compreendida em âmbito educacional.

A intenção de desenvolver um laboratório remoto é poder transformar e oferecer

desafios para que os estudantes se envolvam e se interessem por ciências, além de explorar o

conhecimento prévio dos mesmos. E o interesse dos alunos é uma exigência básica para que

despertem a curiosidade em realizar algo novo e se tornem dispostos a realizar atividades

cognitivas diferentes, desta forma, eliminam atitudes de natureza negativa em relação à

ciência (e.g. Zahorec, Haskova & Bilek, 2014). O laboratório remoto consiste em

equipamentos que podem ser monitorados e controlados à distância, Ogiboski (2007). Como

exemplo, temos o microscópio remoto desenvolvido pelo Laboratório de Tecnologia

Educacional, localizado no Departamento de Bioquímica e Biologia Tecidual do Instituto de

Biologia da Unicamp, que pode ser acessado por dispositivos portáteis e computadores.

Segundo Borges (2002), várias escolas possuem equipamentos e laboratórios,

mas estes nunca são utilizados, ou então há falta de recursos para aquisição de materiais de

reposição, falta de tempo dos professores para realizar o planejamento das atividades, ou

então os laboratórios encontram-se fechados e sem manutenção. Borges ainda ressalta que o

mais importante não é a manipulação de objetos e artefatos concretos, e sim o envolvimento

dos alunos a fim de buscar respostas bem articuladas. Atividades com simulações em

computador, por exemplo, cumprem o papel de envolver o estudante. Além disso, as

atividades práticas no laboratório físico apresentam tanto o problema como o procedimento

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para resolvê-lo já pré-determinados, através de roteiros definidos, desta maneira, os alunos

acabam dedicando pouco tempo à análise e interpretação dos resultados.

Em Ciências, o mais importante não é tanto aquilo que sabemos, mas o processo

pelo qual chegamos a sabê-lo. Diversos autores concordam que seria interessante ensinar uma

série de competências relacionadas com os procedimentos de investigação da ciência

(Fumagalli, 1993; Harlen, 2000; Howe, 2002). Algumas habilidades e competências nesse

sentido são: a observação atenta de determinado problema, a descrição detalhada do que se

observa, comparação com os conceitos previamente ensinados, formação de perguntas

investigativas, criação de hipóteses e argumentação com base em evidências. É necessário

valorizar o uso do pensamento crítico dos alunos, considerando possíveis explicações

alternativas que estes podem compor. O mais valioso é que eles deem suas próprias

explicações sobre os fenômenos, independente de sua validade. Nesse sentido, a sequência de

atividades propostas neste trabalho visa contemplar o uso do pensamento crítico dos alunos,

valorizando as habilidades citadas anteriormente, que serão exploradas e reforçadas através do

uso de um Laboratório Remoto.

De maneira geral, neste tópico, observou-se que ambiente físico do laboratório

apresenta muitas contribuições em vários aspectos relacionados ao ensino de ciências. Porém,

para aquelas escolas onde este espaço tem muitas limitações, em termos de infraestrutura e

preparação para as aulas práticas, os professores podem optar por recursos diferentes e um

exemplo disso são as atividades remotas apresentadas neste trabalho. E mesmo aqueles

professores que desfrutam de um laboratório de ciências equipado, que obedece todas as

normas básicas de funcionamento e segurança também podem fazer uso de recursos didáticos

tecnológicos de forma a complementarem suas estratégias didáticas.

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CAPÍTULO 2

2. PROBLEMAS E OBJETIVOS

2.1 PROBLEMAS DA PESQUISA

Muitas vezes os experimentos realizados no laboratório escolar ficam restritos à manipulação

de equipamentos e desenvolvimento de roteiros pré-determinados. Deste modo, a sequência

de atividades propostas neste trabalho visa contemplar as habilidades de observação,

descrição e interpretação dos alunos, que são fundamentais no processo de experimentação.

Tais habilidades serão contempladas a partir de atividades realizadas com o microscópio

remoto. A partir do meu interesse pelo tema, uma vez que leciono para estudantes do Ensino

Fundamental II e sinto demasiada carência no desenvolvimento de tais habilidades, uma

pergunta se tornou constante: Como os alunos relatam suas observações e interpretam

aquilo que apresentamos a eles? As atividades remotas possibilitam o desenvolvimento

das habilidades mencionadas?

2.2 OBJETIVOS GERAIS

O objetivo deste trabalho foi desenvolver atividades com o uso de um microscópio remoto

para o Ensino de Ciências no Ensino Fundamental II, a fim de auxiliar o processo de ensino e

de aprendizagem, dando enfoque na experimentação e nas habilidades que esta metodologia

pode oferecer, como por exemplo, no desenvolvimento da observação, interpretação e

descrição dos materiais fornecidos nas atividades. Além disso, buscamos conectar a prática

docente com recursos inovadores e tecnológicos, de modo que os professores pudessem

conhecer outros tipos de ferramentas educacionais, a fim de oferecerem a oportunidade para

que os alunos conheçam o funcionamento de um microscópio óptico e lâminas de diversos

tipos de exemplares.

2.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Os objetivos específicos do trabalho foram investigar a maneira como os alunos relatam suas

observações e interpretam os materiais apresentados nas atividades de microscopia remota.

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CAPÍTULO 3

3. METODOLOGIA

A fim de desenvolver habilidades de observação, descrição e interpretação nos

estudantes, para que estes estejam preparados para “fazer” ciência, elaboramos duas

atividades que utilizaram o microscópio remoto e que abordaram assuntos sobre células e

tecidos. Percebeu-se que as aulas voltadas para experimentação na grande maioria das escolas

não proporcionam este tipo de desenvolvimento, ou porque as escolas não apresentam

ambiente adequado para tais discussões, como um laboratório, ou então porque as aulas

práticas se restringem à manipulação de vidrarias e cumprimento de receituários.

Nesse sentido, a ferramenta desenvolvida para aplicar as atividades é totalmente

independente de qualquer tipo de espaço escolar ou infraestrutura, necessitando apenas, de

acesso à internet, uma vez que as atividades ficavam disponíveis vinte e quatro horas por dia

em um site conectado à um microscópio online, capaz de fornecer imagens de diversos tipos

de lâminas. Através do uso da internet e com um equipamento de microscopia, é possível

obter acesso simultâneo e alcançar maior número de usuários, podendo coletar diversos tipos

de dados.

Após a elaboração do site e estruturação do microscópio remoto, realizamos a

implementação das atividades através de questionários do Google forms, que continham

perguntas relacionadas com as lâminas observadas. A divulgação da atividade e dos

questionários aconteceu através da pesquisadora responsável deste trabalho, que utilizou e

também ofereceu a ferramenta para outras professoras participarem com seus alunos. Estes

alunos tinham acesso a diferentes lâminas todos os dias durante o experimento, que

normalmente tinha duração de quatro a sete dias seguidos. A explicação de como funcionaria

o experimento se deu através de um vídeo gravado e editado pela pesquisadora. Após a

obtenção das respostas, verificou-se se estas tinham atendido aos objetivos propostos.

Utilizamos a metodologia da pesquisa baseada em design para estruturação das atividades.

Desta forma, após a avaliação das respostas analisávamos a necessidade de realizar alterações

no formato das atividades. Caso estas alterações fossem necessárias, implementávamos o re-

design, ou seja, uma nova atividade. A partir desta metodologia foram criados ciclos

relacionados à pesquisa em questão. O primeiro e o segundo ciclo tiveram duas atividades,

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com os mesmos temas, porém, alteramos algumas características estruturais. Posteriormente

realizamos um terceiro ciclo com características diferentes. Os três ciclos se basearam nas

fases descritas abaixo.

3.1 PESQUISA BASEADA EM DESIGN

Percebeu-se através de pesquisas em educação que estas geralmente apresentam

caráter descritivo e experimental, mas poucas delas apresentam aplicação prática, segundo

Vidal (2013), que considera esta situação problemática, uma vez que a educação necessita de

transformações, incluindo a aplicação de conceitos na prática. A pesquisa baseada em design,

ou também conhecida como Design-Based Research (DBR), busca inovações práticas através

de propostas que incluem o uso de recursos digitais tecnológicos.

A Pesquisa baseada em Design é uma metodologia introduzida na área

educacional por Brown (1992) e Collins (1992), a partir do conceito de design experiments.

Os autores Mckenney e Reeves (2012) destacam 5 características da DBR:

Teoricamente orientada: as teorias são a base do processo de investigação.

Intervencionista: Utiliza-se da teoria para intervir no campo educacional, através de produtos

educacionais, novas propostas didáticas, programas educacionais, cursos e protocolos de

avaliação.

Colaborativa: todos os envolvidos na pesquisa devem colaborar de alguma forma com o

desenvolvimento do design.

Ao caracterizar o uso da pesquisa baseada em design no campo da educação,

Kelly (2004) destaca que a atividade de design está diretamente relacionada à criação e ao

desenvolvimento de um produto pedagógico. Contudo, é importante lembrar que estes

produtos não precisam, necessariamente, serem produtos materiais, como livros didáticos,

jogos, software, uma vez que incluem também, processos, estruturas de atividades e

currículos.

A justificativa para este tipo de pesquisa consiste no fato de que há falta de materiais

pedagógicos que integrem processos de reflexão e colaboração (ENYEDY e HOADLEY,

2006; MCKENNEY e VAN DEN AKKER, 2005). Segundo Kneubil, a pesquisa baseada em

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design gerencia o processo como um todo, desde a ideia da criação até sua efetiva

implementação em um ambiente real. Uma importante característica da DBR é seu

funcionamento em ciclos, já que o que é aprendido de um primeiro design deve ser utilizado

nos próximos designs.

O desenvolvimento de uma sequência de DBR envolve algumas etapas ilustradas no

esquema abaixo: a seleção do tema, ou seja, os princípios de design e a criação do produto

(design). O gerenciamento do produto, bem como sua implementação em contexto real. Após

estas etapas, obtém-se os resultados, que devem ser gerenciados a partir de avaliações e caso

haja necessidade, aplica-se um re-design. Abaixo temos um esquema sobre a metodologia

DBR, segundo Kneubil.

Figura 1: Esquema da Metodologia DBR, segundo Kneubil.

.

Abaixo apresentamos as ideias do design relacionado com a pesquisa em questão.

i) Seleção do tema

ii) Design

iii) Implementação

iv) Avaliação

v) Re-design

Abaixo descreveremos cada uma das fases da pesquisa baseada em design.

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3.2 SELEÇÃO DO TEMA

3.2.1 TEMA DO DESIGN: ESTUDOS DAS CÉLULAS, TECIDOS E O USO DO

MICROSCÓPIO.

A Biologia estuda os seres vivos, que são formados por células, unidades

estruturais e funcionais de todos os seres vivos, assim como Matthias Schleiden e Theodor

Schwann observaram no século XIX, através de observações de amostras de plantas e

animais, de modo que perceberam que, onde houvesse vida, haveria células, passando a serem

os criadores da Teoria Celular, ensinada até os dias de hoje no ensino de ciências (ALBERTS

et al., 2006). Desta forma, o estudo da célula se tornou de fundamental importância, já que é

necessário para a compreensão de processos vitais da biologia. Devido a importância do tema,

utilizamos o estudo das células e dos tecidos para compor as atividades remotas

desenvolvidas.

Os pioneiros em relação à descoberta da célula são Robert Hooke e Antonie van

Leeuwenhoek. O segundo era comerciante de tecidos e se utilizava de muitas lentes para

visualizar de maneira minuciosa cada parte dos tecidos que trabalhava, graças à essas lentes, o

comerciante desenvolveu um microscópio, o mais complexo da época. Com o uso deste

equipamento desenvolvido por ele mesmo, pôde observar uma gota de água, onde relatou que

havia inúmeros animálculos (conhecidos atualmente como protozoários). Os registros de

Leeuwenhoek sobre o que observara foram entregues ao membro da Royal Society, Robert

Hooke (GEST, 2004).

Robert Hooke também desenvolveu um microscópio onde observou um pedaço

de cortiça, de forma que originou o termo cell (célula, em português) pela primeira vez

através destas observações. Ele descreveu como cell as unidades individuais que formavam a

cortiça (HOOKE, R. Micrographia, p.563). O estudo da célula iniciou-se, então, a partir das

contribuições de Robert Hooke (1635- 1703) ao construir um microscópio composto. Após ter

acesso aos registros de Leeuwenhoek, Hooke colheu amostras de água do rio e confirmou o

que o comerciante havia descrito em seus registros.

Nos dias de hoje, a Biologia Celular ainda está presente no cotidiano da

sociedade, como por exemplo, na área da saúde, onde a importância da biologia celular se

revela através de exames citológicos, detecção e tratamento de doenças como o câncer,

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infecções, até mesmo na produção de novos medicamentos. Além disso, o estudo celular se

faz presente nas análises alimentares e em investigações criminais. Segundo Teixeira (2008),

o estudo celular possibilita a solução para muitos problemas enfrentados na sociedade, além

do fato do estudo das células permitirem o conhecimento de nós mesmos. No entanto, como

afirmam Palmero e Moreira (1999), mesmo se tratando de um conceito importante para

conhecimento biológico, a célula é tida como uma estrutura complexa e abstrata na cabeça

dos alunos. Isso pode ocorrer devido ao fato de se tratar de uma estrutura que não é visível a

olho nu e, portanto, necessita de equipamentos que possibilitem seu estudo. Porém, a

aquisição destes materiais de custo elevado é muito difícil para instituições de Ensino Básico.

O estudo da citologia no Ensino de Ciências deve ser contextualizado, para

que o aluno perceba a célula como estrutura viva e não como uma estrutura isolada,

fundamental para a constituição dos seres vivos. De acordo com os PCNs:

“Não tem significado para os estudantes do terceiro ciclo

estudar funções e estruturas internas da célula, mas sim seu

papel como componente fundamental dos tecidos de um modo

geral. A observação direta dos tecidos e órgãos de outros

animais poderá ajudar o estudante a imaginar órgãos e sistemas

do corpo humano, auxiliado também por outros recursos de

observação indireta. Antes que os estudantes possam

sistematizar e dar significado à relação de inclusão entre

sistemas, órgãos, tecidos e células, é necessário, em várias

ocasiões, facilitar a comparação entre as dimensões dos

sistemas, órgãos e tecidos visíveis a olho nu e porções de tecidos

compostos por células só visíveis ao microscópio” (BRASIL,

1998, p. 75).

O que se denomina como tecido são grupos de células iguais que apresentam função

semelhante e que constituem diversos órgãos dos seres vivos. Além de células, são

constituídos por matriz extracelular, que contém macromoléculas importantes para o

funcionamento do organismo (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 1999). O ramo da biologia que

estuda os tecidos é denominado histologia e sua evolução contribuiu para que se

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compreendessem as diferentes funções dos órgãos e esta evolução só foi possível graças ao

desenvolvimento de instrumentos tecnológicos (LINHARES, 2010).

Ao ensinar células e tecidos se verifica a dificuldade dos alunos no seu

entendimento e grande parte desta dificuldade ocorre porque estas estruturas não são visíveis

à olho nu, sendo o livro didático e o power point as únicas formas de abordar o assunto com

ao alunos. Segundo Buttow e Cancino (2007), o aprendizado de Histologia, no ensino

fundamental, consiste em aulas teóricas abordadas, quase sempre de maneira superficial, sem

ganhos cognitivos e sem interesse por parte dos estudantes. Mas então, como despertar o

interesse do estudante do ensino fundamental para o ensino de Histologia? Como Buttow e

Cancino (2007) ressaltam, o ideal seria um laboratório com microscópios e uma coleção de

lâminas permanentes que ilustrem os tecidos fundamentais.

Para Junqueira e Carneiro (1999) o método mais comumente utilizados no

estudo das células e tecidos compreende a obtenção de cortes histológicos para estudo em

microscópio óptico. Os objetos a serem visualizados precisam ser reduzidos a cortes finos e

suficientemente transparentes para serem visualizados. Porém, a realidade da maioria das

escolas brasileiras não apresenta o microscópio como recurso didático disponível em aulas

práticas. Desta forma, o ensino de histologia predomina-se em uma única forma de

representação, através de imagens de livros didáticos, gerando a necessidade de desenvolver

instrumentos que utilizem outras formas de representações, incentivando o aluno a pensar de

forma reflexiva, como aponta Laburú (2013).

3.3 DESIGN

Nesta fase criamos o produto que seria implementado para posterior avaliação.

3.3.1 LABORATÓRIO REMOTO

O LTE-experiments é um laboratório on-line que permite a realização de experiências

reais através de uma interface de controle remoto. O professor pode configurar um

equipamento e iniciar uma experiência recebendo a resposta dos dados em tempo real. Desta

maneira o aluno observa os experimentos pelo vídeo através de seu sistema de câmeras que

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transmitem as imagens utilizando a tecnologia “streaming” (Figura 2) e tem acesso aos dados

coletados pelos sensores acoplados ao experimento.

Figura 2: Arquitetura dos experimentos remotos utilizados.

Com esta tecnologia o aluno não tem contato direto com equipamento laboratorial,

mas interage remotamente com o experimento, recebendo a resposta em forma de imagens,

dados e/ou e execuções da atividade proposta.

3.3.2 ARQUITETURA DO EXPERIMENTO

O hardware escolhido foi o Arduino1, por se tratar de um “Open-Source-Hardware” e

de fácil utilização. O modelo utilizado na implantação deste projeto foi o Arduino Uno

(Revisão 3), apresentado na Figura 3.

1 Arduíno: é uma plataforma de prototipagem em eletr nica, elaborado por Massimo Banzi e David Cuartielles

em 2005 na Itália, e tem como objetivo facilitar o desenvolvimento de projetos.

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Figura 3: microcontrolador utilizado para ligar e desligar as lâmpadas.

O Arduino é composto de uma placa eletrônica (hardware) e de um ambiente de

desenvolvimento (software/IDE) para criação dos projetos pelos usuários. No experimento

desenvolvido foi necessário inserir comandos específicos para controle do modulo relé,

consequentemente controle das lâmpadas.

O controle do módulo relé foi feito pelas portas digitais 6, 7 e 8 do Arduino, e a

alimentação do módulo foi feita pelo pino 5V. No circuito da figura 4, utilizamos 3 lâmpadas

ligadas à rede elétrica de 220V.

3.3.3 STREAMING DE IMAGENS

Nos experimentos foram utilizadas dois tipos de câmeras: webcam longitech2 e câmera

digital para microscópio - celestron3, ambas com conexão USB, proporcionando assim

facilidade na comunicação com a placa de aquisição e transmissão de video, a RaspberryPi 33,

modelo B4 (figura 4).

2 webcam longitech: câmera com resolução de 3 megapixel, com iluminação automatic e conectividade USB.

3câmera celestron: câmera para microscópio, com resolução de 2 megapixel, e captura de video de 30fps,

conectividade USB.

4 RaspberryPi 3: o Raspberry Pi, modelo B é um computador baseado em um system on a chip (SoC), Broadcom

BCM2837 que inclui um processador de quarto núcleos de 1,2GHz (ARMv8 64-bits), wireless LAN e Bluetooth

e 4 portas USB. O RaspeberryPi foi desenvolvido no Reino Unido pela Fundação Raspberry Pi.

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Figura 4: microcontrolador utilizado para acessar e transmitir as imagens das câmeras.

A placa da RaspberryPi é o responsável pelo gerenciamento e disponibilização do

streaming no formato MJPEG (Motion JPEG). O MJPEG é um formato de compressão de

vídeo na qual cada frame de vídeo é comprimido separadamente como uma imagem JPEG. O

Motion5 foi utilizado como o servidor de streaming, por ser de código aberto e de

configuração flexível.

3.3.4 MICROSCÓPIO REMOTO

Ao acessar o site do LTE experiments o aluno tem acesso ao microscópio remoto e a

vídeos explicativos gravados e editados pela equipe de pesquisadores. Os vídeos em questão

contém explicações de como irá funcionar as atividades um e dois, como por exemplo, os dias

em que as lâminas ficarão disponíveis e os horários de acesso.

5 Motion: http://www.lavrsen.dk/foswiki/bin/view/Motion/WebcamServer.

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Figura 5: Vídeo explicativo sobre a atividade 1

Figura 6: Microscópio óptico conectado à câmera online e ao computador do LTE

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Figura 7: imagens do site mostrando o microscópio óptico e a imagem da lâmina, bem como

os botões para acender e apagar a lâmpada.

Também foram disponibilizados aos alunos, em outra página do site, diferente da página dos

experimentos, outros dois vídeos explicativos de como ocorre a preparação de lâminas com

materiais histológicos, tanto de origem vegetal como animal, utilizando-se diferentes técnicas.

Figura 8: vídeos informativos disponibilizados no site

Na página do experimento, abaixo do questionário disponibilizado, colocamos algumas

imagens de um corte vegetal em aumentos diferentes, para que servisse como referência aos

alunos durante as observações.

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3.4 IMPLEMENTAÇÃO

3.4.1 CONTEXTO DA PESQUISA

O projeto foi desenhado para atender e estimular professores da rede pública ou

privada de ensino, para que estes utilizem experimentos remotos com seus alunos,

aprimorando cada vez mais o ensino de ciências. As atividades foram disponibilizadas através

de um site previamente idealizado e foram direcionadas para alunos do Ensino Fundamental

II. A própria pesquisadora divulgou e disponibilizou o link para outros professores. No site,

era possível acessar textos de apoio e curiosidades, bem como as atividades propostas. Ao

montarmos esta pesquisa online, desenvolvemos atividades de microscopia que ficavam

disponíveis 24h por dia, através do microscópio remoto, de modo que após a visualização das

lâminas, os usuários tinham acesso a um questionário do Google forms com perguntas

relacionadas às imagens vistas. Estes usuários não eram identificados. Aplicamos as

atividades do microscópio remoto em quatro escolas diferentes e os professores de cada uma

delas contribuíram respondendo dois questionários, onde puderam apresentar os pontos

positivos da ferramenta. O projeto foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da

Unicamp antes mesmo da coleta de dados e foi aprovado com número de CAAE:

53697216.3.0000.5404. Ao CEP, foi pedida a permissão para a coleta de dados a partir do site

online, através de questionários onde os participantes não são identificados. A seguir a

imagem representando o formato do questionário disponibilizado.

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3.5 AVALIAÇÃO

A avaliação das respostas se deu através da Análise de Conteúdo, segundo Bardin.

3.5.1 ANÁLISE DE CONTEÚDO

A análise dos dados se deu através de uma análise de conteúdo, segundo Bardin. As

categorias foram determinadas a priori. Bardin (2011) sugere que a utilização da análise de

conteúdo apresente três fases fundamentais, a pré-análise, a exploração do material e o

tratamento dos resultados - a interpretação. Na fase de pré-análise ocorre organização do

material, envolvendo uma leitura flutuante, ou seja, um primeiro contato com os documentos

coletados e a seleção dos materiais que serão submetidos à análise. Nesta fase, não se deve

omitir nenhum dado e todos eles devem fazer referência ao mesmo tema.

Além disso, o conteúdo deve estar adequado aos objetivos da pesquisa. Também não

poderá haver dados classificados em mais de uma categoria. Na segunda fase as unidades de

registro deverão ser escolhidas e os dados posteriormente categorizados. As categorias foram

definidas a priori obedecendo aos conceitos de experimentação do referencial teórico, que

conceitua que toda experimentação deve ter a etapa de observação e posteriormente de

formulação de hipóteses.

Fazendo um recorte nos conceitos gerais de experimentação, criamos duas categorias:

Observação e Interpretação, de forma que a primeira se refere a todas aquelas respostas

onde o aluno observou a imagem e descreveu com detalhes, trazendo a maior parte dos

elementos visíveis em sua descrição. Já a segunda, será utilizada para respostas onde os

indivíduos trazem conclusões e definições sobre a imagem disponibilizada. As unidades de

registro correspondentes a cada uma das categorias são:

Observação: quando o aluno apresenta uma descrição detalhada sobre a imagem

disponibilizada, trazendo elementos como o formato, a coloração, a espessura e o tamanho do

exemplar.

Interpretação: quando o aluno define através de conhecimentos prévios sobre o que

refere a imagem, trazendo afirmações e sentenças verbais de que é um ser vivo ou não, de que

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se trata de determinado tipo de objeto ou não, de que apresenta determinada característica

celular ou não.

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CAPÍTULO 4

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Neste capítulo, apresentaremos os ciclos realizados durante o desenvolvimento da

pesquisa.

4.1 CICLO 1

O ciclo um foi desenvolvido através das fases da metodologia DBR. Abaixo descreveremos

como se deu a atividade um e dois do primeiro ciclo.

4.1.1 DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE 1

Na fase de design, criamos um site no joomla, que ficava conectado a um microscópio

online, através de onde os usuários obtinham acesso a duas atividades diferentes de

microscopia. A primeira atividade traz aos educandos algumas lâminas com amostras

diversificadas. Estas lâminas foram preparadas pela pesquisadora e apresentam exemplares

que fazem parte do dia-a-dia do usuário. Muitas vezes o estudante tem curiosidade em saber

como é uma formiga num aumento maior, ou então visualizar sua própria unha e um pedaço

de cabelo num aumento de 1000x. Nesse sentido, o objetivo principal em escolher estas

lâminas foi possibilitar maior conhecimento para o aluno sobre coisas que fazem parte do seu

dia-a-dia e que poderiam lhe gerar curiosidades, conectando, desta maneira, a ciência e o

mundo ao qual o aluno pertence. No entanto, estes exemplares não são identificados, de forma

que o usuário não sabe o que há nestas lâminas, pois a intenção é que o aluno descreva e

interprete a imagem visualizada. A atividade tinha duração de 7 dias seguidos, sendo que a

cada dia uma lâmina diferente era disponibilizada ao vivo no site intitulado “Animálculo”. A

primeira lâmina era colocada às 14h do primeiro dia e retirada às 15h do dia seguinte. E todas

as vezes que o aluno visualizava uma lâmina diferente, deveria responder o questionário que

ficava disponível na própria página. As perguntas do questionário eram as seguintes:

Pergunta 1: É um ser vivo?

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Pergunta 2:Como você classificaria esta imagem? Explique com detalhes o motivo desta

classificação.

Pergunta 3: Trata-se de um exemplar microscópico ou macroscópico?

Pergunta 4: Qual a Importância do Microscópio para esta observação?

Ao formularmos o questionário, pensamos que poderíamos obter resultados

satisfatórios em relação às respostas, ou seja, que nossas perguntas poderiam estimular a

habilidade de descrição, observação e interpretação dos alunos, uma vez que como mostrado

na pergunta 2, por exemplo, pedimos aos alunos uma explicação detalhada sobre o motivo da

classificação feita anteriormente, mas diferente do que imaginávamos, os alunos não

detalharam a imagem como esperávamos.

4.1.2 RESULTADOS OBTIDOS NA ATIVIDADE 1

Neste item, apresentaremos as lâminas disponibilizadas na atividade um, bem como as

respostas obtidas, que estão em anexo.

Lâmina 1:

Figura 9: Lâmina 1 – corte de unha – Atividade 1 – Ciclo 1

No caso da lâmina um, obtivemos onze respostas para a pergunta um, sendo que nove

delas diziam que a imagem se tratava de um ser vivo, enquanto apenas um aluno respondeu

que não era um ser vivo.

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Para a pergunta dois, observamos que cinco usuários relataram que poderia ser um

animal. Uma das respostas dizia: “Eu classificaria essa imagem como um animal, pois eu

consigo ver várias bolinhas (células animais) e também, todos sabemos que se um organismo

não possuir células, ele será um ser não vivo”. Outros quatro alunos se referiam à imagem

como sendo uma planta ou uma células vegetal, como respondeu um dos alunos: “Eu

classificaria essa imagem como uma planta porque parece que tem vários quadradinhos

dentro dessa planta que são as células vegetais”.

Já o aluno que respondeu que não se tratava de um ser vivo, na pergunta dois ele disse

que se trata de um cabelo, devido a forma da imagem: “Eu classifico a imagem como sendo

um cabelo devido a forma na imagem ampliada”. Sobre ser um exemplar micro ou

macroscópico, quatro alunos acreditam ser um organismo microscópico, enquanto seis

acreditam ser um organismo macroscópico.

Lâmina 2:

Figura 10: Lâmina 2 – cabelo – Atividade 1 – Ciclo 1

Na lâmina dois, obtivemos sete respostas para a pergunta um, sendo que cinco delas

disseram que se tratava de um ser vivo, enquanto as outras duas acreditavam que não era ser

vivo.

Para a pergunta dois, quatro alunos relataram que a imagem tinha alguma relação com

um animal, ou pela presença de células animais ou porque não apresenta parede celular.

Algumas respostas foram: “Eu classificaria ela como animal porque não tem parede

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celular”, “Eu classificaria essa imagem como um animal”. As outras três respostas disseram

que se tratava de um fio de cabelo. Quatro alunos acreditam ser um organismo macroscópico

e os outros três um exemplar microscópico.

Lâmina 3:

Figura 11: Lâmina 3 – Asa de Drosophila – Atividade 1 – Ciclo 1

Na lâmina três, obtivemos cinco respostas para a pergunta um, sendo que três delas

diziam que se tratava de um ser vivo, enquanto as outras duas acreditavam que não era um ser

vivo. Dois alunos responderam que poderia ser um vegetal. Um deles acreditava que se

tratava de um fio de cabelo, enquanto outro aluno disse que era a célula de um animal. Outro

aluno classificou com um ser não vivo e apresentou o motivo desta classificação: “Eu

classificaria essa imagem como um organismo não vivo porque se fosse um organismo vivo,

não teria esses riscos marrons na imagem do microscópio”.

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Lâmina 4:

Figura 12: Lâmina 4 - corte de epiderme de Tradescantia – Atividade 1 – Ciclo 1

Para a lâmina quatro obtivemos três respostas para a pergunta um e todas elas diziam

que se tratava de um ser vivo.

Na pergunta dois, todos os alunos relacionaram a imagem com um vegetal, devido a

presença de células vegetais. Um deles descreveu características específicas da célula vegetal,

como a presença de parede celular e cloroplastos: “Eu classificaria ela como vegetal porque

tem parade celular e clroplasto”.

Lâmina 5:

Figura 13: Lâmina 5 – Formiga – Atividade 1 – Ciclo 1

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Na lâmina cinco obtivemos duas respostas para a pergunta um, sendo que ambas

disseram que se tratava de um ser vivo. Na pergunta dois, ainda relataram que poderia ser um

inseto, pois observaram a presença de patas e a coloração do exemplar. Ambos acreditam que

se trata de um exemplar macroscópico. As respostas da pergunta dois foram: “Eu classificaria

como uma formiga, pois na lamina se parece muito por conta da cor e da forma” e “Um

inseto. Corpo achatado e uma pata articulada”.

Lâmina 6:

Figura 14: Lâmina 6 – Pulga – Atividade 1 – Ciclo 1

Na lâmina seis, observamos que os quatro alunos responderam que se trata de um ser

vivo. Dois deles classificaram como sendo um artrópode e um deles disse que se tratava de

uma célula animal, já que não apresenta parede celular. Uma das respostas foi: “Eu

classificaria como uma pulga, um aracnídeo, por conta da sua forma ela se parece muito com

uma pulga”. Outro aluno classificou a imagem como uma célula vegetal, devido a presença

de parede celular. Metade dos alunos acredita que se trata de um ser macroscópico, enquanto

a outra metade diz que é um exemplar microscópico.

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Lâmina 7:

Figura 15: Lâmina 7 - Letra "F" – Atividade 1 – Ciclo 1

No caso da lâmina sete, obtivemos três respostas, sendo que todas elas responderam

que não era um ser vivo. Dois deles acreditam que se trata da letra F, de forma que

responderam: “Eu classificaria como um "F" ao contrario, pois tem a forma de um "F".

Outro aluno acredita que se trata de uma pedra. Todos eles acreditam que se trata de um

exemplar macroscópico.

Após a implementação do ciclo um analisamos as respostas e percebemos que

de maneira geral os alunos não descreveram as imagens apresentadas, ou seja, não detalharam

as características das lâminas. As respostas foram no sentido de definir e interpretar

diretamente a imagem, de modo que os alunos diziam que se tratava de uma pulga, de uma

formiga ou de um vegetal. Desse modo, pensamos que este tipo de resultado se deve ao fato

de que as perguntas que foram realizadas induziram ao tipo de resposta, uma vez que pedimos

aos usuários que classificassem a imagem e não para realizarem descrições. Perguntamos

também se era um ser vivo, de modo que este tipo de pergunta não induz o aluno a trazer

informações detalhadas sobre a imagem, ou seja, descrevê-la. Além disso, as perguntas sobre

ser um organismo micro ou macroscópico não nos trazem descrições e interpretações sobre a

lâmina. Desta forma, fizemos a reformulação do questionário para o ciclo dois.

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4.1.3 DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE 2

Para a atividade dois, preparou-se uma proposta com características semelhantes em

relação à primeira atividade, porém, com o uso de lâminas que apresentam cortes histológicos

animais, de maneira que os usuários consigam, após a observação, descrever a imagem

evidenciando os formatos distintos de cada uma das células que compõem os tecidos e ao

final possam perceber as diferenciações teciduais entre todas as lâminas disponibilizadas.

Os exemplos de lâminas que foram utilizadas são: tecido conjuntivo ósseo, sanguíneo,

tecido epitelial e tecido muscular. A atividade teve duração de quatro dias seguidos. A

primeira lâmina era colocada às 14h do primeiro dia e retirada às 15h do dia seguinte. Os

questionários ficavam disponíveis na própria página do experimento e eram compostos por

questões de múltipla-escolha (em relação ao tipo de tecido que compunha a lâmina). Ao

escolher a opção desejada, os usuários eram direcionados para uma pergunta sobre o porquê

da escolha de determinado tipo de tecido. Abaixo as questões do questionário:

Pergunta 1:

Qual o tipo de tecido presente na lâmina?

a) Tecido Epitelial

b) Tecido Conjuntivo Denso

c) Tecido Conjuntivo Frouxo

d) Tecido Conjuntivo Sanguíneo

e) Tecido Conjuntivo Adiposo

f) Tecido Conjuntivo Cartilaginoso

g) Tecido Conjuntivo ósseo

h) Tecido Muscular Liso

i) Tecido Muscular Estriado Esquelético

j) Tecido Muscular Estriado Cardíaco

Pergunta 2: Por que você acha que é um tecido ____________ (depende do tecido

escolhido)?

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4.1.4 RESULTADOS OBTIDOS NA ATIVIDADE 2

Neste item, apresentaremos as lâminas disponibilizadas na atividade dois, bem como uma

análise das respostas obtidas, que estão em anexo.

Lâmina 1:

Figura 16: Lâmina 1 - Esfregaço Sanguíneo – Atividade 2 – Ciclo 1

Para a lâmina um, de esfregaço sanguíneo, obtivemos duas respostas. Primeiramente,

os usuários deveriam escolher o tipo de tecido presente na lâmina. Os dois alunos

responderam que se tratava de tecido conjuntivo sanguíneo e as justificativas para a escolha

deste tecido foram: “Pois as células estão distanciadas que é uma característica do Tecido

conjuntivo” e “Pois apresenta os globulos brancos e os globulos vermelhos”.

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Lâmina 2:

Figura 17: Lâmina 2 - Tecido Muscular Liso – Atividade 2 – Ciclo 1

Na lâmina dois também obtivemos duas respostas, sendo que as duas consideram a

imagem como sendo um tecido epitelial. Apenas um dos usuários ofereceu justificativa:

“Porque as células estão Justapostas (juntas), que é uma característica do Tecido Eptelial”.

Lâmina 3:

Figura 18: Lâmina 3 - Tecido Conjuntivo ósseo – Atividade 2 – Ciclo 1

Na lâmina três obtivemos três respostas, sendo que duas delas acreditam ser um tecido

conjuntivo sanguíneo, enquanto a outra diz ser um tecido epitelial. Os alunos que

responderam ser um tecido sanguíneo justificaram a escolha dizendo que a imagem apresenta

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glóbulos brancos e vermelhos: “Porque parece que tem glóbulos brancos e glóbulos

vermelhos”. Já o usuário que acredita ser um tecido epitelial, justificou sua escolha da

seguinte maneira: “Porque as células estão justapostas”.

Lâmina 4:

Figura 19: Lâmina 4 - Pele – Atividade 2 – Ciclo 1

Na lâmina quatro, obtivemos quatro respostas e dentre estas três alunos disseram que

se trata de um tecido epitelial e um aluno respondeu que é um tecido muscular liso. Os alunos

que escolheram a opção tecido epitelial justificaram que o tecido apresenta células

justapostas, ou então que possui uma camada de queratina: “Porque tem células justapostas”

e “Pois possui as camadas da pele e a queratina”.

Implementamos as atividades do ciclo um com finalidade exploratória, a fim de testar

os equipamentos remotos. Fizemos o re-design, alterando algumas lâminas e o modelo de

perguntas do questionário, de modo a atingirmos nosso objetivo principal, que seria a criação

de perguntas que possibilitassem o desenvolvimento da capacidade de descrição dos

estudantes, levando a uma posterior interpretação e formulação de hipóteses dos mesmos. A

reformulação será descrita no ciclo dois a seguir.

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67

4.2 CICLO 2

4.2.1 DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE 1

Assim como na atividade um do ciclo um, esta atividade apresenta os mesmos

objetivos, porém tivemos algumas alterações na estrutura da atividade, a fim de alcançar os

objetivos propostos. A primeira alteração foi em relação à quantidade de dias em que as

lâminas foram trocadas. No ciclo um disponibilizamos sete lâminas durante sete dias

seguidos, mas no ciclo dois apresentamos cinco tipos diferentes de lâminas, de forma que a

atividade durou menos tempo, já que observamos que com muitos dias de experimento o

número de participantes vai diminuindo.

O horário também sofreu alteração, uma vez que passamos a colocar as lâminas às 8h

do primeiro dia e retirá-las às 8h do dia seguinte, pois acreditamos seria mais fácil para os

alunos se organizarem com os horários. Além disso, fizemos alterações nas perguntas dos

questionários, a fim de atingirmos nossos objetivos. Alguns exemplos de lâminas que foram

utilizadas são: formiga, corte de unha, asa de drosophila, fio de cabelo e letra F. O

questionário encontra-se abaixo:

Pergunta 1: Qual seu nível de escolaridade? (Neste caso eram disponibilizadas

algumas opções para seleção, sendo elas: 6º, 7º, 8º, 9º e outro).

Pergunta 2: Descreva o que você observou na lâmina.

Pergunta 3: Baseado em sua descrição, o que pode estar sendo mostrado na

lâmina?

No caso do questionário, optamos por colocar apenas três questões, sendo uma delas

sobre o nível de escolaridade do usuário, para termos o controle sobre quem realiza as

atividades. A segunda questão é bem direta em relação ao objetivo geral da pesquisa, uma vez

que pedimos para que o aluno descreva suas observações. Na segunda questão esperávamos

que os alunos interpretassem o que estavam visualizando, criando hipóteses sobre o que

poderia estar sendo mostrado na lâmina, a partir de suas descrições prévias.

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68

4.2.2 RESULTADOS OBTIDOS NA ATIVIDADE 1

Após a leitura das respostas, foram escolhidas aquelas que apresentam conteúdo

pertinente com o que se abordou nas atividades e desconsideradas respostas fora de contexto

ou que não fazem parte das categorias formuladas, como por exemplo, quando a resposta

apresentava palavras não compreendidas. A partir das respostas obtidas, que estão no anexo

um, fizemos a demarcação de cada uma delas em suas devidas categorias, obtendo-se

gráficos. As respostas foram classificadas em três categorias diferentes: interpretação,

observação e NDC (nenhuma das categorias). A primeira se refere àquelas respostas onde

os alunos já trazem conclusões e definições sobre o exemplar disponibilizado, ou seja, não

descrevem suas características para posteriormente criarem suas hipóteses e interpretações

partir dos elementos observados.

Por exemplo, quando disponibilizamos uma lâmina de formiga, esperamos que os

alunos descrevam detalhadamente suas partes observadas, ou seja, que o exemplar apresenta

mais de uma pata, coloração marrom e esqueleto dividido em mais de uma parte. Porém, o

que analisamos nas respostas é que os alunos já afirmam ser uma formiga. Porém, no ensino

de ciências não se pode realizar afirmações e conclusões sem antes ocorrerem investigações e

observações detalhadas dos objetos de pesquisa. Em contrapartida, na categoria “observação”,

espera-se que o estudante consiga descrever o mais detalhado possível todas as características

presentes no exemplar. E só após esta descrição interpretem o que foi observado. As

interpretações devem estar aliadas ao processo de investigação e criação de hipóteses, que só

se tornam possíveis após a realização de descrições. No caso da pergunta dois da atividade um

não classificamos as respostas de acordo com a categoria interpretação e observação, pois a

pergunta já direciona as respostas para a categoria interpretação, assim como as respostas dois

e três da atividade dois.

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Lâmina 1:

Figura 20: Lâmina 1 - Formiga - Atividade 1 - Ciclo 2

Gráfico 1: porcentagem de respostas da Lâmina 1 -

Atividade 1- Pergunta 1

Na lâmina um, esperava-se que os alunos descrevessem a cor do exemplar,

destacando os tons marrons mais claros e escuros, as patas articuladas do animal, indicando

que pode ser um artrópode e a divisão do corpo do exemplar, de forma que é possível

observar que tem a cabeça diferenciada do tórax.

Pergunta 1: Descreva o que você observou na lâmina

Na pergunta um da lâmina um, onde pedíamos para que o aluno descrevesse sua

observação, 60% das respostas se enquadraram na categoria interpretação e 37% na categoria

observação. Cerca de vinte e três alunos que interpretaram a imagem disseram que se tratava

de um invertebrado, definindo que seria um artrópode, alguns inclusive, afirmaram que seria

um inseto: “Observei claramente uma formiga, suas antenas, sua cabeça, parte de seu

corpo”, “Um invertebrado, provavelmente um inseto, amarronzado”. Alguns alunos ainda

interpretaram como sendo uma célula, dizendo que havia estruturas como membrana,

citoplasma e núcleo, ou então se referindo à uma bactéria, organismo procarionte: “um ser

parecido como uma bacteria ou célula”, “observei uma célula que possui núcleo,citoplasma

e estenção comprida na menbrana”. Dentre os alunos que interpretaram, quatro deles disse

37%

60%

3%

Gráfico de Porcentagem das Categorias Observação e

interpretação - Atividade 1 - Lâmina 1- Pergunta 1

Observação

Interpretação

NDC

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70

que se tratava de um animal, mas não ofereceu especificações. Uma minoria interpretou como

sendo ossos humanos e fio de cabelo.

Atividade 1 – Lâmina 1 – pergunta 2.

Pergunta 2: Baseado em sua descrição, o que pode estar sendo mostrado na

lâmina?

Gráfico 2: porcentagem de respostas da Lâmina 1 - Atividade 1- Pergunta 2

Neste caso, 100% dos alunos se encaixaram na categoria interpretação. Cerca de trinta

e sete respostas se referiam à imagem como sendo um artrópode, uma formiga, uma barata,

escorpião ou aranha. Outros quatorze alunos interpretaram que se tratava de algum tipo de

célula, bacteriana ou vegetal.

100%

0%

Quantidade de categorias em porcentagem para cada resposta da Atividade 1 - Lâmina 1 - Pergunta 2

Observação

Interpretação

NDC

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Lâmina 2:

Figura 21: Lâmina 2 - Corte de Unha - Atividade 1 - Ciclo 2

Gráfico 3: porcentagem de respostas da Lâmina 2 - Atividade 1-

Pergunta 1

Na lâmina dois, era importante que os alunos descrevessem a cor do exemplar,

variando entre tons de preto e marrom mais claro e mais escuro, diferenciando uma região

mais espessa de outra mais fina. Era importante também destacar o tamanho da imagem e sua

forma assimétrica.

Pergunta 1: Descreva o que você observou na lâmina

No caso da lâmina dois, observamos que a categoria interpretação apresenta uma

porcentagem maior do que a categoria observação, com 62% a primeira e 34% a segunda.

Parte das respostas que se enquadram na categoria interpretação definiram que seria uma

célula, outros de uma célula vegetal e alguns ainda classificaram como uma célula bacteriana.

Outros afirmam ser um pedaço de algum vegetal, um tronco de árvore, uma folha ou um

34%

62%

4%

Gráfico de Porcentagem das Categorias Observação e

interpretação - Atividade 1 - Lâmina 2- Pergunta 1

Observação

Interpretação

NDC

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caule: “Algo como um tecido marrom ou algo parecido com um tronco de árvore”; “Parece

uma espécie de casca de árvore”; “um pedaço de tronco de arvore”; “Uma folha”. Outros

ainda definiram que seria um animal ou parte dele: “Uma formiga”; “um rabo de lagarta”;

“Observei o que parece ser um ácaro, pela coloração e formato”; “uma asa”; “Uma lesma

que se parece uma folha”; “Eu observei uma célula, mas diferente do que costumo ver, na

minha observação ela é uma célula que parece com um osso de um animal ou até mesmo

pode na minha opinião ser um vírus”; “Uma parte de um inseto”; “Possivelmente a costela

de uma formiga”.

Atividade 1 – Lâmina 2 – pergunta 2.

Pergunta 2: Baseado em sua descrição, o que pode estar sendo mostrado na

lâmina?

Gráfico 4: porcentagem de respostas da Lâmina 2 - Atividade 1- Pergunta 2

Neste caso, 95% dos alunos se encaixaram na categoria interpretação. Alguns alunos

interpretaram como sendo um artrópode, outros como uma célula, alguns acreditam ser uma

3%

95%

2%

Gráfico de Porcentagem das Categorias Observação e interpretação - Atividade

1 - Lâmina 2 - Pergunta 2

Observação

Interpretação

NDC

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bactéria, um fungo e outros um pedaço de árvore e algumas respostas ainda afirmavam que

seria um fio de cabelo.

Lâmina 3:

Figura 22: Lâmina 3 - Asa de Drosophila - Atividade 1- Ciclo 2

Gráfico 5: porcentagem de respostas da Lâmina 3 -

Atividade 1- Pergunta 1

Na lâmina três, os usuários deveriam descrever as cores presentes no exemplar,

destacando regiões mais claras com traços (linhas) mais escuros, bem como o formato, um

pouco oval com linhas paralelas.

Pergunta 1: Descreva o que você observou na lâmina

Na lâmina três, observamos que a categoria interpretação se destacou com 51%.

Dentre as respostas obtidas na categoria interpretação, algumas definiram a imagem como

uma célula, uma bactéria ou ainda alguma estrutura celular. Outros alegaram que seria parte

de um inseto, como sua asa. Algumas respostas foram: “parece bactérias ou células”;

“Observei o que parece ter uma parede celular”; “Asa de inseto algo parecido com asas de

libélula”. Dentro da categoria observação, tivemos respostas bastante heterogêneas, mas todas

elas citavam algo relacionado com o formato ou a coloração, como por exemplo: “Riscos

46%

51%

3%

Gráfico de Porcentagem das Categorias Observação e

interpretação - Atividade 1 - Lâmina 3 - Pergunta 1

Observação

Interpretação

NDC

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azuis escuro”; “Observei na lâmina algo meio redondo e achatado, por fora tem vário

''pelinhos' e dentro uns risquinhos”; “Eu vejo algo cor de pele com um formato oval e 2

riscos vermelhos”; “Alguns tracos marrons”; “eu vi algo com um formato de uma asa, que

era marrom e branco”; “Eu observei que essa imagem é meio rosinha com umas linhas

alaranjadas e uns pontinhos pretos”.

Atividade 1 – Lâmina 3 – pergunta 2.

Pergunta 2: Baseado em sua descrição, o que pode estar sendo mostrado na

lâmina?

Gráfico 6: porcentagem de respostas da Lâmina 3 - Atividade 1- Pergunta 2

Segundo o gráfico, 95% das respostas definiram que poderia ser uma asa de inseto,

uma bactéria, uma célula vegetal e até mesmo parte de uma folha.

0%

95%

5%

Gráfico de Porcentagem das Categorias Observação e

interpretação - Atividade 1 - Lâmina 3 - Pergunta 2

Observação

Interpretação

NDC

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Lâmina 4:

Figura 23: Lâmina 4 - Cabelo - Atividade 1 - Ciclo 2

Gráfico 7: porcentagem de respostas da Lâmina 4 -

Atividade 1- Pergunta 1

Pergunta 1: Descreva o que você observou na lâmina.

Na lâmina quatro, observamos que grande parte das respostas se encaixou na categoria

observação, uma vez que esta categoria se apresenta 64% das respostas. Já a categoria

interpretação aparece com 33%. Dentre as respostas obtidas dentro da categoria observação,

destacaremos algumas aqui: “Eu observei uma fina linha de coloração escura”; “um fio

preto”; “Algo marrom e cumprido”; “Tipo de uma "linha grossa" marrom”; “É

marrom,largo e longo,tem um fio menor dentro do maior,o fio menor é bege e longo mas não

é largo”; “uma linha da cor marrom”. Já as respostas da categoria interpretação definiram a

imagem como sendo um fio de cabelo ou então algum pedaço de graveto. Alguns ainda

disseram que se tratava de um invertebrado, mais precisamente uma minhoca e outros

definiram como uma célula: “uma célula que eu não sei o que é”; “Graveto”; “Células de

um Tronco”; “é tipo uma minhoca marrom”; “Parecia os cabelos de uma pessoa, porque

tinha fios de cabelos embaixo da amostra”; “Um fio de cabelo”.

67%

30%

3%

Gráfico de Porcentagem das Categorias Observação e

interpretação - Atividade 1 - Lâmina 4 - Pergunta 1

Observação

Interpretação

NDC

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Atividade 1 – Lâmina 4 – pergunta 2.

Pergunta 2: Baseado em sua descrição, o que pode estar sendo mostrado na

lâmina?

Gráfico 8: porcentagem de respostas da Lâmina 4 - Atividade 1- Pergunta 2

Neste caso, 94% dos estudantes interpretaram a imagem como sendo um fio de cabelo.

Lâmina 5:

Figura 24: Lâmina 5 - Letra "F" - Atividade 1 - Ciclo 2

Gráfico 9: porcentagem de respostas da Lâmina 5 - Atividade 1-

Pergunta 1

94%

6%

Gráfico de Porcentagem das Categorias Observação e

interpretação - Atividade 1 - Lâmina 4 - Pergunta 2

Observação

Interpretação

NDC

41%

57%

2%

Gráfico de Porcentagem das Categorias Observação e

interpretação - Atividade 1 - Lâmina 5 - Pergunta 1

Observação

Interpretação

NDC

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A lâmina cinco consiste em um papel com a letra F escrita com caneta azul. Era

importante que os usuários descrevessem as manchas em azul, compondo faixas em duas

direções diferentes, formando a letra F.

Pergunta 1: Descreva o que você observou na lâmina.

Na lâmina cinco 57% das respostas tiveram um caráter de interpretação, enquanto

41% das respostas se encaixaram na categoria observação. Aqueles alunos que observaram

trouxeram características como o formato, tamanho e coloração da imagem: “Eu vejo

pequenos pontos marrons aglomerados”; “uns pontos pretos”; “parece ser uma mancha

preta”; “Alguma coisa grande e azul”; “tem um monte de pontinhos pretos e são muitos

pequeno”. Já os alunos que tiveram suas respostas relacionadas com a categoria interpretação,

apresentaram as seguintes respostas: “Observei que os "pontinhos" estão se mexendo”; “no

caso pode ser uma célula procarionte ou eucarionte, que não são visíveis a olho nu”;

“sujeira, parece que está escrito um F, e umas partes mais sujas”; “São células que estão

unidas formando um tecido”; “um F”; “uma folha com algo escrito”; “Um risco de caneta”;

“parece alguma letra,a letra(F)”; “Parece uma escrita”; “um 6”. Podemos observar que

alguns alunos sugeriram que poderia ser uma célula, outros acreditam que pode ser uma

escrita, uma letra ou ainda um número.

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Atividade 1 – Lâmina 5 – pergunta 2.

Pergunta 2: Baseado em sua descrição, o que pode estar sendo mostrado na

lâmina?

Gráfico 10: porcentagem de respostas da Lâmina 5 - Atividade 1- Pergunta 2

Na lâmina cinco, 98% dos alunos interpretou a imagem como sendo a letra F.

4.2.3 DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE 2

Esta proposta de atividade se assemelha com a atividade dois do ciclo um, porém,

fizemos um re-design, de modo que algumas características estruturais foram alteradas. A

atividade teve duração de cinco dias seguidos, sendo que a cada dia uma lâmina de um tecido

diferente foi disponibilizada ao vivo no site do projeto. A primeira lâmina era colocada às 8h

do primeiro dia e retirada às 8h do dia seguinte. Estas lâminas eram de tecidos animais e

vegetais. O objetivo principal desta atividade era analisar as habilidades dos alunos para

descreverem as características de cada tecido disponibilizado. Assim como na primeira

atividade, após a visualização das lâminas, os usuários poderiam responder um questionário

do Google forms, que está disponível abaixo.

98%

2%

Gráfico de Porcentagem das Categorias Observação e

interpretação - Atividade 1 - Lâmina 5 - Pergunta 2

Observação

Interpretação

NDC

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1. Qual seu nível de escolaridade?

6º Ano

7º Ano

8º Ano

9º Ano

Outro

2. Descreva o que você observou na lâmina Atividade.

3. Qual seria o tipo de material biológico?

a) Tecido Epitelial

b)Tecido Muscular

c) Tecido Nervoso

d)Tecido Conjuntivo ósseo

e) Tecido conjuntivo sanguíneo

f) Tecido Conjuntivo cartilaginoso

g)Tecido Vegetal

h) Outro

4. Quais são as características da imagem que você viu que fizeram com que você

associasse com este tecido?

4.2.4 RESPOSTAS OBTIDAS NA ATIVIDADE 2

Lâmina 1:

Figura 25: Lâmina 1 - Pele espessa - Hematoxilina e Eosina - Atividade 2 - Ciclo 2

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A lâmina um contém um corte de pele espessa, que é composta basicamente por duas

porções:

Epiderme: composta por tecido epitelial de revestimento estratificado pavimentoso

queratinizado. Esta região apresenta uma camada córnea cheia de queratina, e uma camada

constituída por células justapostas.

Derme: a derme é composta por tecido conjuntivo. É sobre a derme que a epiderme

está apoiada.

No caso desta lâmina, não era necessário que os usuários descrevessem de maneira

técnica o que observaram, mas que destacassem a presença de 3 camadas diferentes na

imagem, o que pode ser observado através das diferentes colorações. Poderiam descrever

também que a camada roxa apresenta células mais justapostas e que a camada em azul

apresenta as células mais espalhadas. Poderiam também descrever o formato de cada camada.

Além de descreverem que a camada em rosa era mais espessa.

Pergunta 1: descreva o que você observou na lâmina

Gráfico 11: porcentagem de respostas da Lâmina 1 - Atividade 2 - Pergunta 1

26%

70%

4%

Gráfico de Porcentagem das Categorias Observação e interpretação - Atividade 2 -

Lâmina 1 - Pergunta 1

Observação

Interpretação

NDC

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Na lâmina um, observamos que 70% das respostas se encaixam na categoria

interpretação, uma vez que os alunos definiram que a imagem se parece com uma célula, um

tecido, alguns ainda acreditam que seja algo como uma tinta, ou então um pedaço de um

animal. Algumas respostas são mostradas a seguir: “Eu observei a lâmina e acredito que seja

uma flor ou a asa de uma borboleta”; “Eu vi células justapostas que se encontaram bem

juntas que não deixa nenhum tipo de substância passar”; “Eu observei a lâmina e acredito

que seja uma flor ou a asa de uma borboleta”; “Observei uma célula que parece um Tecido

Epitelial”.

Atividade 2 – Lâmina 1 – Pergunta 2

Pergunta 2: Qual seria o tipo de tecido biológico?

Gráfico 12: porcentagem de respostas da Lâmina 1 - Atividade 2 - Pergunta 2

No caso da lâmina um, observamos algo interessante, pois 27% dos usuários acreditam

ser um tecido epitelial, uma vez que descreveram algumas de suas características, como por

exemplo, a presença de células justapostas e uma camada mais espessa, que seria a camada

27%

23% 4%

2%

10%

18%

8% 8%

Respostas sobre o tipo de tecido biológico - Lâmina 1

Tecido Epitelial

Tecido Muscular

Tecido Nervoso

Tecido Conjuntivo ósseo

Tecido conjuntivo sanguíneo

Tecido Conjuntivo cartilaginoso

Tecido Vegetal

Outro

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constituída por queratina, substância impermeabilizante, além da função de proteção deste

tecido, que não deixa qualquer tipo de substância passar, como descrito nas respostas: “Eu vi

células justapostas que se encontaram bem juntas que não deixa nenhum tipo de substância

passar”, “Parece uma massinha. Na parte verde são células justapostas como na parte vinho

também. na parte vermelha parece que tem uns rasgos” e “OBSERVEI UMA CAMADA

ROSA UM POUCA MAS ESPESSA”.

Provavelmente estes alunos já tiveram algum tipo de contato com este conteúdo, de

modo que souberam descrever a imagem se utilizando de termos biológicos. No entanto, 23%

dos usuários, acreditam ser um tecido muscular, pois ao identificarem diferentes camadas na

imagem, como descrito por um dos usuários: “Algo com várias camadas e cores diferentes”,

podem ter relacionado a primeira camada com tecido muscular, uma vez que também

descreveram: “Tecido muscular liso”. Além disso, a coloração rosa da primeira camada pode

colaborar com a associação de que se trata de um tecido muscular, uma vez que este sempre

aparece com esta coloração em livros didáticos e materiais apostilados.

Atividade 2 – Lâmina 1 – Pergunta 3

Pergunta 3: Quais são as características da imagem que você viu que fizeram com

que você associasse com este tecido?

A maioria dos usuários apresentaram alguma características relacionada com a

coloração da imagem. Alguns citaram sua forma e a presença de camadas. Alguns ainda

justificaram a escolha sugerindo que a imagem apresenta células justapostas, características

do tecido epitelial. Algumas respostas se encontram a seguir: “Esta imagem tem as camadas

do tecido epitelial. Nela apresenta células justapostas (igual ao tecido epitelial)”; “Que

aquela célula se encontrava justaposta”; “As três cores que a imagem tem”.

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Lâmina 2:

Figura 26: Lâmina 2 - Sangue - coloração May-Grunwald Giemsa - Atividade 2 - Ciclo 2

A lâmina dois consiste em um esfregaço sanguíneo com células anucleadas

(eritrócitos) e glóbulos brancos, que no caso da posição da lâmina acima, é possível visualizar

um neutrófilo. Neste caso, os usuários deveriam observar que há dois tipos diferentes de

células na imagem, tanto em relação ao formato, como a coloração. Poderiam descrever o

formato arredondado / oval das células rosadas e o formato do núcleo dos neutrófilos, que

apresenta uma aparência de bastonete curvo, além de uma coloração diferente das células

ovais.

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Pergunta 1: Descreva o que você observou na lâmina

Gráfico 13: porcentagem de respostas da Lâmina 2 - Atividade 2 - Pergunta 1

Na lâmina dois, 59% dos alunos se encaixaram na categoria interpretação e 41% na

categoria observação. Os usuários que interpretaram trouxeram termos científicos e

associaram a imagem com as células sanguíneas, os eritrócitos: “bolas vermelhas, algumas

estão juntas e outras separadas, para mim são as hemácias”. “Eu acho que seria algumas

celulas sanguíneas”; “células separadas com bastante substancias intercelulares”; “Eu acho

que são glóbulos vermelhos do sangue”. Já os alunos que ofereceram respostas mais

adequadas à categoria observação trouxeram descrições acerca do formato e da coloração das

estruturas presentes na imagem: “Bolinhas rosas”; “Pequenas bolas vermelhas”; “Bolas

rosas e uma roxo e o fundo branco”.

41%

59%

0%

Gráfico de Porcentagem das Categorias Observação e interpretação - Atividade 2 -

Lâmina 2 - Pergunta 1

Observação

Interpretação

NDC

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Atividade 2 – Lâmina 2 – Pergunta 2

Pergunta 2: Qual seria o tipo de material biológico?

Gráfico 14: porcentagem de respostas da Lâmina 2 - Atividade 2 - Pergunta 2

No caso da lâmina dois, obtivemos 47% das respostas considerando ser um tecido

conjuntivo sanguíneo, o que realmente corresponde à imagem mostrada. Alguns usuários,

responderam que se tratava de um tecido epitelial, compondo 21% das respostas. Muitas

descrições identificaram que na imagem havia glóbulos vermelhos, o que provavelmente

influenciou na escolha correta do tecido biológico em 47% das respostas.

Atividade 2 – Lâmina 2 – Pergunta 3

Pergunta 3: Quais são as características da imagem que você viu que fizeram com

que você associasse com este tecido?

Neste caso, muitos alunos justificaram sua escolha pelo tecido conjuntivo sanguíneo

pelo fato da imagem apresentar células do sangue, outros justificaram que de acordo com a

aparência e coloração da imagem se tratava de um esfregaço sanguíneo: “A cor, o formato a

21% 4%

8%

0%

47%

2%

10% 8%

Respostas sobre o tipo de tecido biológico - Lâmina 2

Tecido Epitelial

Tecido Muscular

Tecido Nervoso

Tecido Conjuntivo ósseo

Tecido conjuntivo sanguíneo

Tecido Conjuntivo cartilaginoso

Tecido Vegetal

Outro

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estrutura”; “Os círculos vermelho, que são as células do sangue”; “Sua aparência,os vários

pontos e suas cores”; “Que são redondas e vermelhas e que perece as células do sangue”.

Lâmina 3:

Figura 27: Lâmina 3 - Músculo liso - Hematoxilina e Eosina - Atividade 2 - Ciclo 2

A lâmina três consiste em um corte de músculo liso formado por células longas, mais

espessas no centro e afilando-se nas extremidades. Neste caso, os alunos poderiam descrever

sobre a coloração da imagem, os espaços em branco existentes entre cada estrutura e o

formato alongado das células.

Pergunta 1: Descreva o que você observou na lâmina

Na lâmina três notamos que a categoria interpretação se estabeleceu com 67% e a

categoria observação com 33%. Muitas respostas destacaram a coloração e formato da

imagem mostrada: “várias listras brancas e rosas”, "tiras de variados tamanhos e formas

rosa e com manchas sutis”, “Uma espécie de tecidos com linhas aleatorias como da pele de

uma zebra”.

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Gráfico 15: porcentagem de respostas da Lâmina 3 - Atividade 2 - Pergunta 1

Atividade 2 – Lâmina 3 – Pergunta 2

Pergunta 2: qual seria o tipo de material biológico?

Gráfico 16: porcentagem de respostas da Lâmina 3 - Atividade 2 - Pergunta 2

32%

68%

0%

Gráfico de Porcentagem das Categorias Observação e

interpretação - Atividade 2 - Lâmina 3 - Pergunta 1

Observação

Interpretação

NDC

21%

48% 5%

4%

3%

7% 7% 5%

Respostas sobre o tipo de tecido biológico - Lâmina 3

Tecido Epitelial

Tecido Muscular

Tecido Nervoso

Tecido Conjuntivo ósseo

Tecido conjuntivo sanguíneo

Tecido Conjuntivo cartilaginoso

Tecido Vegetal

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No caso desta lâmina, maior parte das respostas foi sobre a imagem ser um tecido

muscular, com 48%. Alguns alunos também acreditam ser um tecido epitelial.

Atividade 2 – Lâmina 3 – Pergunta 3

Pergunta 3: Quais são as características da imagem que você viu que fizeram com

que você associasse com este tecido?

No caso da lâmina três, maior parte dos alunos selecionou a opção tecido muscular e

as justificativas para esta escolha foram em grande parte devido ao formato e à coloração que

a imagem apresentava. Algumas respostas foram: “Por causa de imagens e vídeos da

internet,que eram a musculatura do nosso corpo”; “as cores e o formato”; “POIS O

TECIDO E COM CAMADAS BRANCAS E O RESTO VERMELHO E ASSOCIE QUE

PODERIA SER UM TECIDO MUSCULAR”. Aqueles que não acreditam que imagem se

refere à um tecido muscular justificaram sua escolha devido algumas estruturas celulares,

como por exemplo: “as células são justapostas”.

Lâmina 4:

Figura 28: Ápice de raíz Zea mays – Azul de toluidina - Atividade 2 - Ciclo 2

Nesta imagem é possível observarmos a região da coifa, que confere proteção aos

outros tecidos, como: meristema apical da raiz e meristema fundamental. No caso desta

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imagem, seria importante que os alunos observassem a diferença entre um tecido vegetal e os

tecidos animais vistos nas lâminas anteriores, a partir do formato das células, que apresentam

parede celular, uma vez que as células animais não apresentam esta estrutura celulósica.

Poderiam descrever sobre o formato das células, as colorações diferentes de acordo com a

parte da raiz, bem como o rearranjo das células em cada uma destas partes.

Pergunta 1: Descreva o que você observou na lâmina

Na lâmina quatro, 70% das respostas se encaixou na categoria interpretação e 28% na

categoria observação. Dentre as respostas da primeira categoria, muitos alunos acreditam ser

uma célula ou um tecido, como descrito a seguir: “eu observei um tecido vegetal com varios

espaços, e esses espaços sao as células; São células vegetais formando um tecido; Uma

celula animal ou vegetal e o seu tecido, pode ser tbm a membrana plasmática”. Àqueles que

detalharam mais a imagem, ou seja, estão na categoria observação, apresentaram respostas

como: “No "centro" alguns riscos azuis e no meio alguns pontos cinzas e traços vermelhos”;

“E na ponta algumas "bolinhas" azuis”; “Tem algo aredondado que parece ser feito com

tracos azuis. Envolta tem algo em um tom de roxo claro e envolta disso tem algo azul mais

escuro. Tem riscos vermelhos”; “Linha finas de cor azul,com uma aparência semelhante a de

asas de insetos”.

Gráfico 17: porcentagem de respostas da Lâmina 4 - Atividade 2 - Pergunta 1

28%

70%

2%

Gráfico de Porcentagem das Categorias Observação e interpretação - Atividade

2 - Lâmina 4 - Pergunta 1

Observação

Interpretação

NDC

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Atividade 2 – Lâmina 4 – Pergunta 2

Pergunta 2: Qual seria o tipo de material biológico?

Gráfico 18: porcentagem de respostas da Lâmina 4 - Atividade 2 - Pergunta 2

Na observação da lâmina quatro, 30% das respostas acreditam que se trata de um

tecido conjuntivo cartilaginoso, ou seja, que faz parte do nosso corpo, como descrito por

alguns alunos: “Eu acho que é uma parte do nosso corpo”. Além disso, umas das

características de tecido conjuntivo são as células separadas, com muita substância

intercelular, o que também foi descrito por alguns alunos, permitindo a associação com este

tecido biológico: "Borda azul, células espaçadas,bastante substância intercelular”. Por outro

lado, 23% dos alunos responderam que se trata de um tecido epitelial e a justificativa é que

eles obsevaram células justapostas: “vi celulas justapostas”, “Na lâmina eu vejo células

juntas”. E com 20%, temos o tecido vegetal, como alguns aluno descreveram: “Observei a

célula de um vegetal”.

23%

7%

7%

4% 2%

30%

20%

7%

Respostas sobre o tipo de tecido biológico - Lâmina 4

Tecido Epitelial

Tecido Muscular

Tecido Nervoso

Tecido Conjuntivo ósseo

Tecido conjuntivo sanguíneo

Tecido Conjuntivo cartilaginoso

Tecido Vegetal

Outro

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Atividade 2 – Lâmina 4 – Pergunta 3

Pergunta 3: Quais são as características da imagem que você viu que fizeram com

que você associasse com este tecido?

No caso da lâmina quatro as justificativas também se embasaram no tamanho, na

coloração e em elementos celulares para a escolha do tecido. Algumas respostas são: “Tem as

características da célula do vegetal”; “A forma circular”; “Uma monte quadradinhos”; “a

parte branca e cheio de pontinhos”; “Sua aparência”; “As células estão todas com formatos

semelhantes e ao seu redor está a parede celular”.

Lâmina 5:

Figura 29: Epiderme de cebola – Azul de Metileno - Atividade 2 - Ciclo 2

Na lâmina cinco, apresentamos um corte de epiderme de cebola que foi corado com

azul de metileno. É possível observarmos a parede celular das células vegetais, bem como o

núcleo de algumas delas, destacado em azul mais claro. Os alunos poderiam descrever a

imagem quanto aos traços espessos que dão formato às células e destacarem a presença do

núcleo de algumas células. Seria possível indicar também a presença do citoplasma.

Pergunta 1: Descreva o que você observou na lâmina

Na lâmina cinco, evidencia-se maior porcentagem na categoria interpretação do que na

categoria observação, sendo a primeira com 72% e a segunda com 28%. No caso dos alunos

que interpretaram, tivemos respostas bastante heterogêneas em relação às descrições, uma vez

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que alguns alunos disseram que seria uma célula, outros um ser vivo ou parte dele, como

apresentado a seguir: “Parecem folhas, que estão espalhadas e em alguns casos, em cima de

outra folha. Podem ser também algum outro tipo de planta ou coisa assim, pois parece muito

(por conta do formato)”; “Observei células justapostas”; “pele de inseto”; “uma asa de

algum inseto”; “Célula Vegetal”; “parece uma pele meio desgastada”.

Gráfico 19: porcentagem de respostas da Lâmina 5 - Atividade 2 - Pergunta 1

28%

72%

0%

Gráfico de Porcentagem das Categorias Observação e interpretação - Atividade 2 -

Lâmina 5 - Pergunta 1

Observação

Interpretação

NDC

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Atividade 2 – Lâmina 5 – Pergunta 2

Pergunta 2: Qual seria o tipo de material biológico?

Gráfico 20: porcentagem de respostas da Lâmina 5 - Atividade 2 - Pergunta 2

Dentre as opções apresentadas aos alunos em relação aos tecidos biológicos, 36% dos

alunos responderam que se trata de um tecido epitelial e 32% um tecido vegetal. Pode-se dizer

que a porcentagem de usuários que escolheu tecido epitelial pode ter relacionado com este

tecido pelo fato das células estarem muito próximas uma das outras, fazendo com que

descrevessem que as células estavam justapostas, característica de tecido epitelial, como

descrito por alguns usuários: “Observei células justapostas” e “Células juntas”.

Atividade 2 – Lâmina 5 – Pergunta 3

Pergunta 3: Quais são as características da imagem que você viu que fizeram com

que você associasse com este tecido?

As respostas para a lâmina cinco apresentaram, em sua maioria, características

relacionadas com elementos celulares. Alguns identificaram a imagem como sendo de um

36%

0%

4%

8%

0%

8%

32%

12%

Respostas sobre o tipo de tecido biológico - Lâmina 5

Tecido Epitelial

Tecido Muscular

Tecido Nervoso

Tecido Conjuntivo ósseo

Tecido conjuntivo sanguíneo

Tecido Conjuntivo cartilaginoso

Tecido Vegetal

Outro

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corte vegetal e outras justificaram ser um tecido epitelial devido a ocorrência de células

juntas. Alguns exemplos de respostas são: “Seu formato e (ver as imagens abaixo), as formas

que o tecido apresenta, são os que estão presentes em um tecido vegetal”; “essas aberturas

são na verdade células vegetais, porque eu consigo ver o seu formato, sua parede celular e

seus núcleos”; “que as celulas SÃO JUSTAPOSTAS”; “Células juntas”.

Ao compararmos as respostas do ciclo um em relação ao ciclo dois, observamos que o tipo de

pergunta feita no questionário influenciou bastante para que obtivéssemos descrições mais

detalhadas das imagens ao invés de interpretações e conclusões sobre os exemplares. Mesmo

assim, ainda observamos que existe uma tendência dos alunos em interpretar mais do que

observar, como analisamos no gráfico abaixo.

Gráfico 21: Porcentagem das categorias nas atividades 1 e 2 do ciclo 2.

Nesse sentido, pensamos em realizar um terceiro ciclo com o mesmo formato, no entanto,

acreditamos que os alunos deveriam ser melhor preparados para a atividade, uma vez que

muitos deles podem não saber a diferença entre observar e interpretar.

39%

59%

2%

Observação

Interpretação

NDC

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4.3 CICLO 3

Realizamos um terceiro ciclo para investigar e comparar alguns resultados obtidos no

ciclo dois. Os ciclos anteriores se caracterizaram, de maneira geral, por respostas pertencentes

à categoria “interpretação”, de forma que os alunos realizaram poucas descrições sobre os

exemplares observados. Diante disto, fizemos um re-design e executamos um novo ciclo, que

continha apenas a atividade um.

4.3.1 DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE 1

Assim como na atividade um do ciclo dois, esta atividade apresenta os mesmos

objetivos, porém alteramos algumas das lâminas que foram disponibilizadas. A atividade teve

duração de cinco dias seguidos, sendo que a cada dia colocávamos uma lâmina diferente para

observação no microscópio, os horários permaneceram os mesmos do ciclo dois, ou seja, as

lâminas eram trocadas sempre à 8h. Também mantivemos as perguntas do questionário, que

estão descritas abaixo. Alguns exemplos de lâminas que foram utilizadas neste ciclo são: asa

de drosophila, fio de cabelo, sal de cozinha, fita adesiva marrom e pedaço de unha.

Neste ciclo, a professora, que inclusive é a pesquisadora deste trabalho, realizou uma

preparação prévia com os alunos em relação às habilidades exigidas, esclarecendo a diferença

entre interpretar e observar diversos tipos de exemplares. Enfatizamos a importância de uma

preparação dos alunos pois nos outros ciclos os professores disseram que seus alunos foram

orientados apenas em relação ao funcionamento das atividades, de modo que não esclareceu-

se aos alunos como deveria ser realizada uma observação e sua posterior descrição, bem como

a realização de interpretações e criação de hipóteses. A pesquisadora preparou, desta maneira,

uma aula introdutória sobre a diferenças entre as habilidades exigidas no processo de

experimentação e em seguida aplicou o ciclo três em seus alunos do 6º ano.

Pergunta 1: Qual seu nível de escolaridade? (Neste caso eram disponibilizadas

algumas opções para seleção, sendo elas: 6º, 7º, 8º, 9º e outro).

Pergunta 2: Descreva o que você observou na lâmina.

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A partir das respostas obtidas, que estão no anexo um, fizemos uma seleção e posterior

categorização, assim como foi feito no ciclo dois. Os resultados obtidos encontram-se abaixo.

4.3.2 RESULTADOS OBTIDOS NA ATIVIDADE 1

Lâmina 1:

Figura 30: Lâmina 1 – Fita adesiva marrom - Atividade 1 - Ciclo 3

Gráfico 22: porcentagem de respostas da Lâmina 1 - Atividade

1 - Pergunta 1

Nesta lâmina, esperava-se que os alunos destacassem a textura, que preenche 100% da

imagem e a coloração. Observam-se regiões mais escuras, regiões esverdeadas e com

pontinhos brancos.

Pergunta 1: Descreva o que você observou na lâmina.

Nesse caso, 100% dos alunos se encaixaram na categoria observação. As respostas dos alunos

foram as seguintes: “eu observei que tem um negocio muito verde escuro cheio de bolinhas

com uma mancha preta no meio e muitas manchas brancas emcima. A imagem fica piscando

e parece que ta mexendo”; “É algo verde e parece interligado”; “Tem algumas coisas

brilhando em alguns lugares e outros estão escuros e o objeto é verde”; “eu observei uma

imagem marrom misturada com amarelo e verde escuro, essa imagem aparece partes mais

100%

0%

Gráfico de Porcentagem das Categorias Observação e

interpretação - Atividade 1 - Lâmina 1 - Pergunta 1

Observação

Interpretação

NDC

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97

escuras e outras mais claras e também parece ter pequenos espacinhos entre eles”;

“Aparentemente é esponjoso ou aspero, e a cor e semelhante a algum marrom esverdeado”.

Observa-se que 100% dos alunos apresentaram detalhes da imagem. Em nenhuma resposta

encontramos definições do que poderia estar contido na lâmina.

Lâmina 2:

Figura 31: Lâmina 2 – sal de cozinha - Atividade 1 - Ciclo

3

Gráfico 23: porcentagem de respostas da Lâmina 2 -

Atividade 1 - Pergunta 1

Na lâmina dois, esperávamos que os alunos descrevessem o aglomerado de cor

marrom escuro no centro da imagem, com formato irregular. Além do fundo branco da

imagem e pequenos pontos escuros espalhados.

Pergunta 1: Descreva o que você observou na lâmina.

Assim como na lâmina um, também obtivemos 100% das respostas pertencentes à

categoria observação. Algumas respostas são: “Eu observei algo bem pequeno e um pouco

quadrado”; “Parece ser varias bolhinhas pretas juntas umas nas outras e tem umas bordas

verdes”; “aparentemente muitas bolinhas pretas no centro e "riscos" a redor”; “algo preto

com formas de bola deformadas e algumas juntas e outras separada e as que estão separadas

são traçinhos”; “Eu vejo uma parte da figura que parece tres quadradinhos juntos ,preto e

um pouco de marrom e outra parte da lamina nao tem nada”.

100%

0%

Gráfico de Porcentagem das Categorias Observação e

interpretação - Atividade 1 - Lâmina 2 - Pergunta 1

Observação

Interpretação

NDC

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Todas as respostas desta lâmina apresentaram as características da imagem como

ponto principal, de forma que nenhuma das respostas trouxe uma conclusão, uma

interpretação definida sobre a lâmina.

Lâmina 3:

Figura 32: Lâmina 3 – unha - Atividade 1 - Ciclo 3

Gráfico 24: porcentagem de respostas da Lâmina 3 -

Atividade 1 - Pergunta 1

Na lâmina três, era importante que os alunos descrevessem a cor do exemplar,

variando entre tons de preto e marrom mais claro e mais escuro, diferenciando uma região

mais espessa de outra mais fina. Era importante também destacar o tamanho da imagem e sua

forma assimétrica.

Pergunta 1: Descreva o que você observou na lâmina.

Nesta lâmina, 100% dos alunos foram inseridos na categoria observação, já que descreveram

as características da imagem. Nenhum usuário trouxe uma definição do que pode ser o

exemplar. Alguns exemplos são: “eu observei que uma parte é marrom esverdeado com preto

e outra parte da lamina parece não ter nada, em algumas partes da figura encontra-se mais

100%

0%

Gráfico de Porcentagem das Categorias Observação e

interpretação - Atividade 1 - Lâmina 3 - Pergunta 1

Observação

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escuras do que outras”; “Ha uma superfície verde-escuro com uma parte semi-

transparente”; “Forma iregular com marom e amarelo”.

Lâmina 4:

Figura 333: Lâmina 4 – fio de cabelo - Atividade 1 - Ciclo 3

Gráfico 25: porcentagem de respostas da Lâmina 4 -

Atividade 1 - Pergunta 1

Pergunta 1: Descreva o que você observou na lâmina.

Na lâmina quatro observou-se que 80% dos alunos apresentaram mais características da

imagem do que definições concretas, de forma que foram classificados na categoria

observação. Neste caso, 13% das respostas apresentaram algum tipo de afirmação conclusiva

a respeito do exemplar, como podemos analisar nas duas respostas a seguir: “Eu observei um

corpo marrom,fino,com supostos olhos”; “verde e de forma cilindrica,fino e parece ter

celulas a seu redor”. Ao mesmo tempo em que estas respostas trazem elementos a respeito do

formato e da coloração da lâmina, um dos alunos afirma que há células ao redor da estrutura e

o outro diz que o corpo supostamente apresenta olhos. Alguns exemplos de respostas da

categoria observação são: “Algo que parece ser cilíndrico, que seja um pouco longo, de cor

acastanhada”; “algo marrom comprido”; “Um fio de cor marrom”.

80%

13% 7%

Gráfico de Porcentagem das Categorias Observação e

interpretação - Atividade 1 - Lâmina 4 - Pergunta 1

Observação

Interpretação

NDC

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100

Lâmina 5:

Figura 344: Lâmina 5 – Asa de Drosophila - Atividade 1

– Ciclo 3

Gráfico 26: porcentagem de respostas da Lâmina 5 - Atividade

1 - Pergunta 1

Pergunta 1: Descreva o que você observou na lâmina.

Nesta lâmina de asa de Drosophila, 58% das respostas trouxeram características da imagem e

foram classificadas na categoria observação. Respostas como: “Nesta lâmina eu observei que

existem linhas marrons passando por uma parte clara com pontinhos pretos bem pequenos.

Na borda da imagem tem coisas iguais a pelinhos ou cílios”, podem ser consideradas na

categoria observação pois descrevem elementos como o formato: “linhas”, ou como a

coloração “marrom”, “parte clara” e tamanho. No caso desta lâmina 42% das respostas

trouxeram elementos que consideramos conclusivos em relação ao exemplar. Por exemplo,

quando o aluno traz a afirmação: “Asa de inseto”; “pequenos tecidos de células; um tecido

de celulas bem fininha”.

Após analisarmos as respostas obtidas no ciclo três e compararmos com os dois outros ciclos

aplicados, percebemos que neste último as estatísticas indicaram que as respostas, em sua

maioria, se encaixaram na categoria observação, como mostrado no gráfico abaixo:

58%

42%

0%

Gráfico de Porcentagem das Categorias Observação e

interpretação - Atividade 1 - Lâmina 5 - Pergunta 1

Observação

Interpretação

NDC

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Gráfico 27: Porcentagem das categorias na atividades 1 do ciclo 3.

Desse modo, percebemos uma alteração significativa dos resultados em relação aos ciclos

anteriores, uma vez que 87% dos alunos relataram suas observações de maneira detalhada,

apresentando as características da imagem. Enquanto 11% dos usuários trouxeram conceitos

definidos sobre os exemplares. Considerando que os alunos que participaram do ciclo três

foram preparados pela professora, pode-se dizer que a preparação foi um processo

fundamental para obter os resultados acima.

4.3.3 CARACTERIZAÇÃO DOS USUÁRIOS QUE RESPONDEM AOS

QUESTIONÁRIOS

Na atividade um, o nível de escolaridade dos usuários variou entre o 6º ano ao

8º ano do Ensino Fundamental, tendo 65,5% de alunos representando o 6º ano, 21% o 7º ano,

12,2% o 8º ano e 1,3% dos usuários escolheram a opção outros, representando o ensino

superior.

87%

11%

2%

Observação

Interpretação

NDC

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Gráfico 28: porcentagem de alunos que participaram da atividade 1

Na atividade dois, o nível de escolaridade dos alunos variou entre o 5º ano

do Ensino Fundamental I e o 8º ano do Ensino Fundamental II. Sendo 60,6% de estudantes

representando o 6º ano e 36,9% representando o 7º ano, como mostrado no gráfico abaixo.

Gráfico 29: porcentagens de alunos que participaram da atividade 2

4.4 COMO OS PROFESSORES UTILIZARAM A FERRAMENTA

Abaixo, apresentaremos algumas perguntas realizadas para os professores que participaram

com seus alunos das atividades 1 e 2 do microscópio remoto. Estas perguntas foram realizadas

através da ferramenta Google forms.

Pergunta 1: Quais atividades você utilizou do Laboratório remoto?

Professor 1: “Atividade 1e 2”.

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Professor 2: “Atividade 1 e 2”.

Professor 3: “Atividade 1 e 2”.

Professor 4: “6º ano - atividade 1 e 2”.

Pergunta 2: Com que série você utilizou cada uma das atividades acima?

Professor 1: “7º ano”

Professor 2: “Utilizei no 7o e 8o do Ensino Fundamental”

Professor 3: “ambas foram realizadas com 6º ano do EF”

Professor 4: “6º ano”.

Pergunta 3: Com que finalidade você realizou cada uma das atividades com cada

turma?

Professor 1: “Com a finalidade de visualização de tecidos e células nunca vista pelos alunos

por um microscópio”.

Professor 2: “Com o objetivo de permitir aos estudantes desenvolver a observação e a

descrição dessas obervações”.

Professor 3: “Para que os alunos tivessem contato com diferentes tipos de seres vivos e

observassem que todos são compostos por células, e que há diferenças entre elas. Além disso,

estimular a curiosidade dos alunos, para procurarem saber mais sobre os diferentes tipos de

seres vivos”.

Professor 4: “Atividade 1: para estimular o levantamento de hipóteses e comparações das

imagens do microscópio com algo que já tenham visto, bem como treinar habilidades como

observar e descrever. Atividade 2 para conhecimento e comparação das diversas formas e

funções celulares”.

Pergunta 4: Quais os conteúdos você estava lecionando para cada uma das séries

quando realizou cada uma das atividades? (Detalhe o máximo possível)

Professor 1: “Estava trabalhando com tipos de células”.

Professor 2: “8 ano - tecidos; 7 ano – células”

Professor 3: “Os alunos estavam aprendendo sobre as características dos seres vivos, sobre a

estrutura das células e tecidos animais”.

Professor 4: “Conceito de célula; abordagem de suas três partes básicas; relação entre a

forma e função celular”.

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Pergunta 5: Como você preparou cada turma de cada série para a realização de cada

uma das atividades?

Professor 1: “Não especificamente, eles tiveram o conteúdo e sem compromisso eles fizeram a

atividade do microscópio e debatemos sobre o que eles haviam observado”.

Professor 2: “Não houve uma preparação especial para a atividade, além das explicações em

si para sua realização”.

Professor 3: “Os alunos tiveram aulas teóricas, com resolução de exercícios, aulas práticas

em laboratório e a observação através do microscópio remoto”.

Professor 4: “Com perguntas referentes ao microscópio e sobre as características gerais da

célula. Preparação também com base no material apostilado adotado pelo colégio, onde os

assuntos abordados correspondem à pergunta anterior”.

Pergunta 6: Quais foram as instruções passadas aos alunos para a realização de cada

uma das atividades?

Professor 1: “Eles entram no site, observaram o material e responderam as questões”.

Professor 2: “Expliquei a atividade em sala e enviei um roteiro explicativo, através da

plataforma digital da escola, no qual estava também o link da atividade e direcionamentos do

que teriam que fazer, como, por exemplo, a ênfase nas observações e descrições das

lâminas”.

Professor 3: “Os alunos deveriam acessar o site e tentar identificar as estruturas, se eram

compostas por células ou não, se pareciam ser macroscópicas ou microscópicas”.

Professor 4: “Atividade 1: Que o experimento teria duração de 5 dias seguidos, sendo que a

cada dia seria colocada uma lâmina diferente para observação. E todos os dias os alunos

deveriam responder as questões dispostas no formulário. Ao acessarem o link, eles deveriam

assistir ao vídeo explicativo e acender a lâmpada do microscópio e da lâmina. Deveriam

observar atentamente as lâminas, responder ao questionário e enviar. Atividade 2: Que

deveriam, igualmente, acessar o site durante 5 dias seguidos, sendo que, a cada dia

encontrariam uma lâmina com um material biológico diferente para ser visualizado. A

primeira lâmina, no primeiro dia, seria colocada no período da manhã e retirada no dia

seguinte”.

Pergunta 7: Liste alguns comentários feitos pelos alunos durante a realização de cada

uma das atividades.

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105

Professor 1: “Como foi sem compromisso de saber o que estavam observando, eles

visualizavam e respondiam o questionário. Depois eles perguntaram se era real o que eles

tinham visto. Quando souberam que era real e podiam manipular o microscópio a distancia

eles ficaram surpresos e alguns alunos disseram que iria acessar novamente”.

Professor 2: “Como a atividade foi feita em casa, não tenho muitos comentários específicos

que fizeram durante a atividade. No entanto, muitos alunos comentaram que acharam

interessante e durante o retorno que dei a eles sobre a atividade, ficaram surpresos”.

Professor 3: “De forma geral, os alunos acharam a atividade interessante, por terem mais

contato com os microscópios. A maior curiosidade era saber se eles acertaram as

estruturas/seres vivos que foram observados”.

Professor 4: “- Que massa! - A luz não acendeu! - Vi uma coisa estranha! - Não consegui

visualizar. - Estou curtindo muito! Quando terminar esta atividade, quando haverá outra? -

Quanto custa um microscópio? - Eu sei como se constrói um microscópio caseiro! - Tinha

uma lâmina que parecia o espaço sideral!”

Pergunta 8: Que retorno você deu aos alunos após a realização de cada uma das

atividades?

Professor 1: “Somente fizemos comentário sobre a atividade”.

Professor 2: “Peguei o arquivo com as respostas compiladas e fiz uma apresentação em

power point, para dar um retorno a eles, comentando o que realmente era cada imagem, o

que eles colocaram, o que eles descreveram e o que era esperado”.

Professor 3: “Fizemos uma discussão em sala e os alunos fizeram prova”.

Professor 4: “De modo generalizado abordando a importância da descoberta do

microscópio, áreas de utilização do microscópio, bem como um breve histórico”.

Pergunta 9: O conteúdo específico das atividades foi cobrado em alguma das avaliações?

(Detalhe)

Professor 1: “Não”

Professor 2: “As atividades foram um dos componentes da nota de trabalho dos alunos”.

Professor 3: “Sim, e os alunos apresentaram bons resultados na avaliação”.

Professor 4: “Sim. Com imagens das células, onde o aluno deveria identificá-las e descrever

sua função”.

Pergunta 10: Você pretende realizar esta atividade de novo futuramente?

Professor 1: “Sim”

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Professor 2: “Sim”

Professor 3: “Sim”

Professor 4: “Sim”

Pergunta 11: Quais foram os pontos positivos da realização desta atividade?

Professor 1: Foi observar o interesse dos alunos em retornar a fazer novamente a atividade e

de ver novas lâminas.

Professor 2: “Permitir aos alunos um contato maior com o mundo microscópio, mas sem a

estrutura necessária em sala”.

Professor 3: “Tornou mais próximo dos alunos coisas que eles não faziam ideia que pudessem

fazer parte do dia a dia”.

Professor 4:“Ferramenta atual e acessível à todos os alunos. Maior exploração do conteúdo

e de habilidades que contribuem globalmente no processo de aprendizagem”.

Pergunta 12: Quais foram os pontos negativos da realização desta atividade?

Professor 1: “A dificuldade que alguns alunos tiveram em acessar o site”.

Professor 2: “Tivemos muitos problemas com o site. Muitos alunos afirmaram não conseguir

entrar no site ou então não conseguir visualizar nada (a tela do microscópio estava preta)”.

Professor 3: “Por ser remoto, não temos controle dos alunos que fazem realmente. Muitos

alegaram que não conseguiram acessar o site em alguns dias”.

Professor 4: “Somente de interface: 1. Problemas no acesso ao link. 2. Frustração de alguns

alunos por não conseguirem visualizar uma lâmina durante a sequência da atividade, por

problemas na lâmpada do microscópio”.

Pergunta 13: Como ficou sabendo da existência do laboratório remoto do LTE?

Professor 1: “Por meio de uma amiga que faz parte do laboratório”

Professor 3: “Através de uma professora, que faz parte da equipe do LTE (profª Carmen)”

Professor 4: Através da professora Carmen.

Pergunta 14: Em quantas escolas você da aula?

Professor 1: “Uma”

Professor 3: “Em uma escola”

Professor 4: “Uma”

Pergunta 15: Qual o tipo de escola você leciona?

Professor 1: “Privada”

Professor 3: “Privada”

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Professor 4: “Privada”

Pergunta 16: Em quais séries você dá aula?

Professor 1: “7º e 8º ano”

Professor 3: “6º ano do ensino fundamental II e 1º ano do ensino médio”

Professor 4: “Ensino Fundamental II e Ensino Médio, completos”.

Pergunta 17: Quantos alunos tem por turma?

Professor 1: “15”

Professor 3: “6º ano = 30 alunos / 1º EM = 40 alunos”

Professor 4: “Média de trinta e cinco alunos”.

Pergunta 18: Em quais séries você aborda o assunto sobre microscopia?

Professor 1: “7º e 8º ano”

Professor 3: “no 6º ano”

Professor 4: “6ºs anos”

Pergunta 19: Você realiza experimentos com seus alunos?

Professor 1: “sim”

Professor 3: “sim”

Professor 4: “sim”

Pergunta 20: Na sua escola há laboratório de ciências?

Professor 1: “não”

Professor 3: “sim”

Professor 4: “sim”

Pergunta 21: No laboratório de ciências tem microscópio óptico?

Professor 1: “Temos apenas 1”

Professor 3: “sim”

Professor 4: “sim”

Pergunta 22: Que atividades você gostaria de usar com seus alunos?

Professor 1: “Qualquer atividade disponível é válida”

Professor 3: “a atividade do microscópio remoto”.

Professor 4: “atividade 2”

Em relação às respostas dadas pelos professores, podemos observar que a maioria

realizou as duas atividades propostas com alunos do Ensino Fundamental II. Percebe-se que

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todos eles estavam lecionando conteúdos sobre as células e os tecidos, de forma que as

atividades remotas de microscopia contribuíram com as aulas dos professores. Segundo estes,

não houve nenhum tipo de preparação especial com os alunos para a realização das atividades,

mas ofereceram instruções de como acessar o microscópio e a respeito do preenchimento do

questionário. Em relação às percepções dos alunos sobre as atividades, segundo os

professores, os alunos acharam interessante e ficaram surpresos com o fato de que o

microscópio pode ser acessado de casa. Todos os profissionais pretendem utilizar novamente

o microscópio remoto e apresentaram alguns pontos positivos e alguns negativos. Em relação

aos primeiros, os professores se mostraram satisfeitos com as atividades, uma vez que

acharam interessante o fato dos alunos terem contato com novas lâminas através de uma

ferramenta tecnológica e poderem observar estruturas de forma real, que são citadas nas aulas

teóricas. O professor dois,por exemplo,afirmou como ponto positivo do uso do laboratório

remoto o fato de que os alunos adquirem contato maior com o mundo microscópico sem que

haja necessidade de haver estrutura necessária no laboratório de ciências. Já o professor três,

ressaltou que a aplicação das atividades tornou mais próximo dos alunos coisas que eles não

faziam ideia que pudessem fazer parte do dia-a-dia.

Dentre os pontos negativos, os professores destacaram que os alunos apresentaram

dificuldades no momento de acesso ao site. Os professores que utilizaram as atividades

alegaram que há microscópio disponível para uso na escola particular em que lecionam, mas

mesmo assim gostaram de utilizar as atividades remotas, nos mostrando que elas podem servir

como um apoio, um complemento e uma ferramenta para a prática docente, sem a intenção de

substituir as aulas práticas presenciais no laboratório de ciências.

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CAPÍTULO 5

5.1 CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS

Uma das perguntas da pesquisa foi como se dá a descrição dos alunos a partir

de suas observações e se as atividades oferecem possibilidades para que os alunos treinem

suas habilidades de observação, descrição e interpretação, contribuindo para o ensino de

ciências e a experimentação. A partir dos dados coletados, categorizados e quantificados,

podemos criar hipóteses a respeito destas duas perguntas. Assim como Oliveira (2010)

ressalta, a experimentação deve contemplar o exercício de algumas habilidades como a

observação e a descrição de registros a respeito do que se observa, assim como foi realizado

nas atividades descritas desta pesquisa.

Primeiramente, ao analisarmos as atividades dos ciclos um e dois,

percebemos que os estudantes que participaram provavelmente já tiveram algum contato com

o tema “células e tecidos” em sua grade curricular, pois em todas as lâminas, pelo menos uma

das respostas faz referência à presença dessas estruturas. Muitos usuários devem relacionar o

uso do microscópio com a presença de células, assim como aprendem na escola, de maneira

que estas características aparecem nas respostas. Apesar destas estruturas não serem sempre

visíveis nos exemplares, na maioria das vezes, estão presentes nas descrições realizadas. Isso

também pode ser constatado quando analisamos a faixa etária dos usuários que participaram

das atividades, pois percebemos que são estudantes do 3º e 4º ciclo (5ª a 8ª série) e como

definido pelos parâmetros curriculares nacionais, o estudo de células e tecidos é obrigatório

na grade curricular desta etapa do ensino fundamental, como mostrado no documento oficial:

“Não tem significado para os estudantes do terceiro ciclo

estudar funções e estruturas internas da célula, mas sim seu

papel como componente fundamental dos tecidos de um modo

geral. A observação direta dos tecidos e órgãos de outros

animais poderá ajudar o estudante a imaginar órgãos e sistemas

do corpo humano, auxiliado também por outros recursos de

observação indireta. Antes que os estudantes possam

sistematizar e dar significado à relação de inclusão entre

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sistemas, órgãos, tecidos e células, é necessário, em várias

ocasiões, facilitar a comparação entre as dimensões dos

sistemas, órgãos e tecidos visíveis a olho nu e porções de tecidos

compostos por células só visíveis ao microscópio”.

Em relação à capacidade de observação e interpretação, percebemos que maior

parte dos usuários, no ciclo um e dois, na pergunta em que pedimos para que eles descrevam a

lâmina, a tendência dos alunos é sempre trazer algum tipo de conclusão ou afirmação a

respeito dos exemplares. Por exemplo, na lâmina de formiga, ao invés de descreverem suas

estruturas, respondem que se trata de um inseto ou uma formiga. No entanto, em uma

descrição não se espera que o aluno afirme ou defina nada e sim observe e escreva

informações detalhadas sobre as características da imagem. No processo de experimentação

existem etapas onde o cientista deve realizar testes, discussões, observações, descrições e

criação de hipóteses antes mesmo que apresentar afirmações ou conclusões.

Diante desta estatística, onde a maioria dos alunos mais interpreta do que

observa e descreve, podemos criar hipóteses de que os estudantes provavelmente não tem o

hábito de realizar descrições e esta habilidade também não é desenvolvida com os mesmos.

Outra justificativa seria no caso dos alunos observarem a imagem e já relacionarem com algo

conhecido. Pode ser que em uma situação como esta sintam-se mais seguros para dar uma

resposta conclusiva, de forma que a descrição passa a ser uma etapa desnecessária. Outro

ponto que poderia justificar as estatísticas do ciclo dois seria a falta de preparação dos alunos

por parte do professor para a realização das atividades. Nesse sentido, ao executarmos o ciclo

três, a professora realizou uma preparação com a turma a fim de esclarecer com os estudantes

a diferença entre interpretar e observar, além de definir o que se espera em uma descrição.

Ao analisarmos os resultados, constatamos que provavelmente tenha tido efeitos positivos

incorporar a preparação mais incisiva, uma vez que grande parte dos alunos, em todas as

lâminas, descreveram os exemplares de maneira mais detalhada, sem trazer conclusões,

afirmações e definições do que se imagina sobre o exemplar.

A habilidade de descrição deve permitir a reprodução mental do objeto e as

observações e interpretações são apoiadas em ideias individuais, podendo haver, para um

mesmo fenômeno, interpretações diferentes para cada observador (BORGES, 2007), como foi

constato nas respostas acima, onde obtivemos respostas heterogêneas para uma mesma

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lâmina, como foi o caso da lâmina de asa de Drosophila, em que alguns alunos descreveram

que se trata de bactérias, outros identificaram que poderia apresentar parede celular e outros

ainda afirmaram que poderia ser a asa de um inseto: “parece bactérias ou células”;

“Observei o que parece ter uma parede celular”; “Asa de inseto algo parecido com asas de

libélula”.

Definições tão diferentes para uma mesma imagem se relacionam com o

conhecimento prévio de cada indivíduo, pois alguns deles podem ter visto uma imagem de

bactéria que se assemelhe com a imagem apresentada na atividade ou então podem ter

visualizado a parede celular das células vegetais em livros, por exemplo, de modo que este

conhecimento anterior influenciou no momento de sua descrição da imagem, pois mesmo com

poucas informações concedidas na atividade, os alunos conseguiram trazer conceitos

biológicos e interpretar os dados oferecidos. Deste modo, percebemos que a atividade tem

potencial para promover uma interação do indivíduo com o objeto de conhecimento, uma vez

que proporcionaram aos estudantes a realização de comparações.

Já na pergunta dois da atividade um esperávamos que os alunos criassem

hipóteses, a partir de suas próprias descrições. A interpretação requer uma observação e uma

descrição prévia, pois a partir destas análises é que se pode sugerir sobre o que se trata

determinado objeto, utilizando-se também do conhecimento prévio. Neste caso, as respostas

eram bastante objetivas, de modo que os alunos já traziam uma definição para o exemplar, ou

seja, respondiam que era uma planta, uma formiga, um cupim, uma célula ou então um

animal, não trazendo, na maioria das vezes, as justificativas para tais definições.

Nas respostas dos professores percebemos que a maioria deles leciona em

escola particular, que apresenta laboratório de ciências equipado com microscópio. Mesmo

assim, todos eles desejam realizar novamente as atividades remotas. Estes fatos nos fazem

analisar que recursos didáticos tecnológicos não apresentam o objetivo de substituírem os

laboratórios reais e sim fazerem parte de um ensino híbrido, onde o professor consiga aliar à

sua prática docente o uso do laboratório presencial, que apresenta seus pontos positivos, como

a possibilidade de um estudo em grupo, com trocas de experiências e a manipulação de

equipamentos, com a utilização de recursos que desenvolvam competências diferentes, como

as abordadas nesta pesquisa.

Se realizássemos um quarto ciclo de atividades, poderíamos fazer algumas

alterações, dentre elas em relação à preparação dos alunos. Poderíamos, por exemplo, gravar

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vídeos explicativos sobre as habilidades exigidas nas atividades, com intuito se conscientizar

os estudantes a respeito dessas características do processo de experimentação. Outra mudança

pertinente seria em relação às perguntas feitas aos alunos no questionário, pois poderíamos

acrescentar um item onde eles pudessem sugerir maneiras de investigar sobre o que se trata a

imagem da lâmina, uma vez que excluímos a capacidade investigativa das atividades.

Conclui-se, desta maneira, que as atividades propostas a partir do ciclo dois

apresentam potencial para averiguar ou desenvolver as habilidades de observação,

interpretação e descrição. Além disso, observou-se que no ciclo três, onde os alunos foram

preparados previamente para as atividades, as respostas se caracterizaram muito mais na

categoria observação, diferentemente do ciclo dois, que os alunos interpretaram mais do que

observaram. Diante destes dados, pode-se dizer que a experimentação remota depende do

suporte do professor, não sendo totalmente independente de preparações prévias. Pode-se

dizer também que ferramenta utilizada para coletar os dados oferece muitas oportunidades,

uma vez que pode ser acessada de vários dispositivos, simultaneamente, otimizando assim, o

tempo do professor e dos alunos. Além disso, não necessita de qualquer tipo de espaço escolar

ou infraestrutura, exigindo apenas de acesso à internet. Trata-se, portanto, de um recurso

atual e que está diretamente ligado com o dia a dia dos estudantes que se encontram na era

digital.

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121

7. ANEXOS

7.1 ANEXO 1: Tabelas de respostas dos alunos referentes ao ciclo 1

Tabela da Atividade 1 – Ciclo 1 – Lâmina 1

Participante É um

ser

vivo?

Como você classificaria essa

imagem? Explique em

detalhes o motivo desta

classificação.

Trata-se de um

exemplar

microscópico ou

macroscópico?

Qual a Importância

do Microscópio para

esta observação?

1 Sim Parece a cabeça de um inseto,

uma formiga, dá para ver algo

que pode ser uma das antenas,

um olho e a boca

Macroscópico Dá para ver em

detalhes que eu não

veria a olho nú

2 Sim Um orgão de alguma parte de

um animal

Um exemplar

macroscopicos

Para observar as suas

células

3 sim. Uma celula vegetal porque deu

para ver aparede celular.

microscópico. A importancia do

microscópio serve para

observar pareticulas

microscópicas.

4 Sim. Eu classificaria essa imagem

como uma planta porque

parece que tem vários

quadradinhos dentro dessa

planta que são as células

vegetais.

Trata-se de um

exemplar

macroscópico.

A importância é que

para ver se é uma

planta ou animal, a

gente tem que ver se as

células são vegetais ou

animais.

5 sim eu classificaria esta imagem

como uma celula animal,

porque ela não tem parede

celular.

trata-se de um

exemplar

microscopica

A importância do

microscopio é ampliar

a imagem para poder

observa-la com mais

detalhes(ou para ver a

celula).

6 Não Eu classifico a imagem como

sendo um cabelo devido a

forma na imagem ampliada.

macroscópico Conseguir ver com

mais detalhes e a

imagem ampliada

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122

7 Sim Eu classificaria como uma

célula vegetal, pois ela esta

sobre um microscópio e o

formato e a cor e muito

parecido mesmo sabendo q

existe muitas VARIEDADES

de CÉLULAS. Ana Flávia

Microscópico. O microscópio ele

aumenta o tamanho, e

por conta disso, ele fez

que nessa observação

fique maior.

8 Ser Eu a

9 Sim Um inseto pois as patas se

parecse

Macro Pois ele e muito

pequeno

10 Sim. Eu acho que é uma planta, pois

tem alguns pontinhos.

Microscópico. Ver as menores partes

desse ser vivo.

11 Sim. Eu classificaria essa imagem

como um animal pois eu

consigo ver várias bolinhas

(células animais) e também,

todos sabemos que se um

organismo não possuir células,

ele será um ser não vivo.

Trata-se de um

exemplar

macroscópico.

A importância é que o

microscópio ajuda a

gente a observar o que

tem dentro de um ser

vivo ou não vivo.

Tabela da Atividade 1 – Ciclo 1 – Lâmina 2

É um

ser

vivo?

Como você classificaria

essa imagem? Explique

em detalhes o motivo

desta classificação.

Trata-se de um

exemplar

microscópico ou

macroscópico?

Qual a Importância do

Microscópio para esta

observação?

12 Eu

acho

que

sim.

Acho que são células que

estão perto de fios de

cabelo ou pelos

Macroscópico Se não fosse o microscópio

não conseguiríamos ver as

células nem o pelo ou

cabelo tão bem

13 sim Eu classificaria ela como

animal porque não tem

parede celular

Trata-se de um

exemplar

microscópico

A importância do

microscópio para esta

observacão é para ampliar a

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imagem para poder ver

melhor

14 sim animal porque não tem

parede celular

trata-se de um

microscopico

a importacia do micrscopio

é ampliar a imagem pra ver

com mais detalhes

15 Não Fio de cabelo....devido ao

formato e coloração

macroscópico Observar o fio de cabelo

em tamanho maior.

16 Sim Eu classificaria como uma

célula animal, uma célula

da bochecha pois eu vi

uma e era muito parecida.

Microscópico. Sem o microscópio nunca

conseguiria ver se era uma

célula animal.

17 Sim. Eu classificaria essa

imagem como um animal.

Trata-se de um

exemplar

macroscópico.

O microscópio é importante

para a observação de um

organismo vivo ou não vivo

para ver do que ele é feito.

18 Não. Eu classificaria como um

fio de cabelo.

Macroscópico. Na verdade não fez muita

diferença pois ele só

aumentou o tamanho, nos

conseguimos ver em olho

nu bem fraquinho mas

conseguimos

Tabela da Atividade 1 – Ciclo 1 – Lâmina 3

É um

ser

vivo?

Como você classificaria

esta imagem? Explique

em detalhes o motivo

desta classificação.

Trata-se de um

exemplar

microscópico ou

macroscópico?

Qual a Importância

do Microscópio para

esta observação?

19 Sim. Eu classificara como uma

célula vegetal, ela se parece

muito com uma folha.

Microscópico. Nessa observação

aumentou muito, pois

se n tivesse ele não

conceguiriamos ver

em olho nu

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124

20 Não,

são

células

mortas

eu classificaria como fios

de cabelo pois se parece

muito fios de cabelo

macroscópico, pois

eu acho que são

fios de cabelo!

Para essa observação o

microscópio é

importante para se

enxergar mais de perto

os fios de cabelo, se

for fios de cabelo!

21 Sim,

mas é

um

vegetal

Uma folha de uma árvore. Macroscopico Para podemos

enxergar com mais

facilidade

22 Não. Eu classificaria essa

imagem como um

organismo não vivo porque

se fosse um organismo

vivo, não teria esses riscos

marrons na imagem do

microscópio.

Trata-se de um

exemplar

macroscópico.

A importância do

microscópio é que a

gente usa para

aumentar o tamanho

de algo e saber do que

ele é feito.

23 Sim Uma célula de um animal Microscópico Para podermos

enxergar as células

mais perto

Tabela da Atividade 1 – Ciclo 1 – Lâmina 4

É um

ser

vivo?

Como você classificaria

esta imagem? Explique

em detalhes o motivo

desta classificação.

Trata-se de um

exemplar

microscópico ou

macroscópico?

Qual a Importância

do Microscópio para

esta observação?

24 Sim. Eu classificaria como uma

célula vegetal, da para

perceber q colocaram uma

pétala de uma flor no

microscópio, e a cor a

forma e muito parecida.

Microscópico. Sem o microscópio

nessa observação, não

conseguiria ver nada

muito menos ver oque

existe através da

folha.

25 Sim. Eu classificaria essa

imagem como uma alga

Trata-se de um

exemplar

A importância é que

com o microscópio

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porque eu estou vendo

musgo e células vegetais

nela.

macroscópico. nós conseguimos ver

além de um animal ou

uma planta.

26 Sim Eu classificaria ela como

vegetal porque tem parade

celular e clroplasto

se trata de um

microscopio

a importancia do

microscopio é ampliar

a imagem para ver os

detalhes

Tabela da Atividade 1 – Ciclo 1 – Lâmina 5

É um

ser

vivo?

Como você classificaria

esta imagem? Explique

em detalhes o motivo

desta classificação.

Trata-se de um

exemplar

microscópico ou

macroscópico?

Qual a Importância

do Microscópio para

esta observação?

27 Sim Um inseto. Corpo achatado

e uma pata articulada.

Macroscópico Ver em detalhe as

estruturas do corpo

28 Sim. Eu classificaria como uma

formiga, pois na lamina se

parece muito por conta da

cor e da forma.

Macroscópico. Ele fez que os

detalhes dessa formiga

aumentasse, isso

também fez que

apreciasse todos os

detalhes dela

Tabela da Atividade 1 – Ciclo 1 – Lâmina 6

Participante É um

ser

vivo?

Como você classificaria

esta imagem? Explique

em detalhes o motivo

desta classificação.

Trata-se de um

exemplar

microscópico ou

macroscópico?

Qual a Importância

do Microscópio para

esta observação?

29 sim Uma célula animal porque

não possui parede celular.

Um exemplar

microscópico

porque você

precisa de um

A importância do

microscópio para esta

observação é porque

precisamos do

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126

microscópio para

ver a célula.

microscópio para ver

partículas pequenas

que não conseguimos

ver a olho nu

30 Sim. Eu classificaria esta

imagem como uma pulga

porque ela tem pelinhos em

algumas aberturas que eu

comparei a outra foto

semelhante a essa.

Trata-se de um

exemplar

macroscópico.

Porque nos

exemplares

microscópicos, da

para ver todo o corpo,

mas no macroscópico,

só da para ver a

cabeça da pulga.

31 sim eu classificaria ela como

vegetal porque tem parede

celula

Microscopico a importancia é

ampliar a imagem pra

pder ver com mais

detalhes

32 Sim. Eu classificaria como uma

pulga, um aracnídeo, por

conta da sua forma ela se

parece muito com uma

pulga.

Macroscópico. A importância do

microscópio foi q ele

aumentou o tamanho,

e mostrou com mais

detalhes essa pulga.

Tabela da Atividade 1 – Ciclo 1 – Lâmina 7

Participante É um

ser

vivo?

Como você classificaria

esta imagem? Explique

em detalhes o motivo

desta classificação.

Trata-se de um

exemplar

microscópico ou

macroscópico?

Qual a Importância do

Microscópio para esta

observação?

1 Não. Eu classificaria essa

imagem como uma pedra

pois eu vejo a imagem

com manchas grandes e

pequenas.

Trata-se de um

exemplar

macroscópico.

A importância é poder ver o

que existe dentro de uma

pedra.

2 Não. Eu classificaria essa

imagem como um F

escrito bem pequenininho,

Macroscópico. Aumentar o F de tamanho,

dando para ver a tinta

perfeitamente.

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como o último

esperimento.

3 Não. Eu classificaria como um

"F" ao contrario, pois tem

a forma de um "F".

macroscópico. A importância foi que deu

para perceber que todo

experimento colocado no

microscópio é visto ao

contrario.

Tabela da Atividade 2 – Ciclo 1 – Lâmina 1

Participante Qual o tipo de tecido

presente na lâmina?

Por que você acha que é um tecido conjuntivo

sanguíneo?

1 Tecido conjuntivo

sanguíneo

Pois as células estão distanciadas que é uma

característica do Tecido conjuntivo.

2 Tecido conjuntivo

sanguíneo

Pois apresenta os globulos brancos e os globulos

vermelhos

Tabela da Atividade 2 – Ciclo 1 – Lâmina 2

Participante Qual o tipo de tecido

presente na lâmina?

Por que você acha que é um tecido epitelial?

3 Tecido Epitelial Porque as células estão Justapostas (juntas), que é uma

característica do Tecido Eptelial.

4 Tecido Epitelial Sem resposta

Tabela da Atividade 2 – Ciclo 1 – Lâmina 3

Participante Qual o tipo de tecido

presente na lâmina?

Por que você acha que é um Tecido conjuntivo

sanguíneo? (participantes 5 e 6). Por que você acha que

é um Tecido Epitelial? (participantes 7).

5 Tecido conjuntivo

sanguíneo

Porque parece que tem globulos brancos e globulos

vermelhos

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6 Tecido conjuntivo

sanguíneo

Parece que possui globulos brancos e globulos vermelhos

7 Tecido Epitelial Porque as células estão justapostas.

Tabela da Atividade 2 – Ciclo 1 – Lâmina 4

Participante Qual o tipo de tecido

presente na lâmina?

Por que você acha que é um Tecido epitelial?

8 Tecido epitelial Pois contém as camadas da pele.

9 Tecido epitelial Porque tem células justapostas.

10 Tecido epitelial Pois possui as as camadas da pele e a queratina.

11 Tecido muscular liso Acho porque tem "cara" de ser uma coisa esticada e

sem estrias.

7.2 ANEXO 2: Tabelas de respostas dos alunos referentes ao ciclo 2

Tabela da Atividade 1 – Ciclo 2 – Lâmina 1 – Pergunta 1

N RESPOSTAS

CATEGORIA INTERPRETAÇÃO

R1 uma célula

R2 uma formiga

R3 Um inseto.

R4 Células de um inseto

R5 fio de cabelo

R6 FORMIGA

R7 Barata

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R8 Inseto

R9 Uma celula

R10 Observei na lâmina um animal, porque ele tem patas.

R11 Eu observei que parece ser um animal porque dá Para ver pernas e parece ser uma formiga

R12 um ser parecido como uma bacteria ou celula

R13 eu observei que na lamina parece ser um esqueleto de uma formiga

R14 Uma célula de carrapato

R15 eu células que aparentam ser de algum animal

R16 um animal

R17 Alguma parte de uma formiga

R18 e uma celula de uma planta

R19 vi uma o corpo de uma formiga

R20 Uma imagem de um inseto.

R21 pernas de um aracnídeo

R22 Eu observei uma bactéria

R23 Observei uma célula com algumas ramificações(como se fosse uma continuação da célula),

parece ter algumas rachaduras.

R24 uma bacteria

R25 observei uma célula que possui núcleo,citoplasma e estenção comprida na menbrana

R26 Um inseto microscópico

R27 Animal

R28 NO COMEÇO ACHEI QUE ERA UMA FORMIGA MAS DEPOIS PERCEBI QUE ERA

UMA PLANTA

R29 Um invertebrado, provavelmente um inseto, amarronzado.

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R30 O traseiro de uma formiga

R31 Vi um esqueleto

R32 Parece ser um inseto.

R33 Ossos que pareciam muito com os nossos ossos dos dedos.

R34 eu observei partes de algum inseto

R35 uma formiga (pareçe)

R36 Parece um inseto.

R37 Uma pata de inseto

R38 Observei claramente uma formiga, suas antenas, sua cabeça, parte de seu corpo.

R39 parace um osso do corpo humano um osso de Femur

CATEGORIA OBSERVAÇÃO

R40 manchas marrons

R41 traços marrons

R42 um corpo,com varias patas,aparentemente vejo veias.

R43 é uma imagem muito escura mais tem patas

R44 Parece ser microorganismo com pelos e muitas pernas.

R45 Eu observei algumas patas,uma pigmentação marrom e parece ter asas

R46 pernas,antenas,boca,pelos

R47 Eu vi um monte de pernaa um corpo

R48 tem patas e é semelhante a cor de uma formiga.

R49 tem pernas e é semelhante a cor de uma formiga.

R50 é muito semelhante com uma formiga por causa das patas e da cor

R51 Pernas cores semelhantes a uma formiga

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R52 eu vi "palitinhos" com pelos grossos

R53 Um negocio marrom

R54 Parece ser escamada,é marrom,aparenta ser seca e longa.

R55 Patas,tronco e pescoço.

R56 Tem 3 patas

R57 uma só imagem da mesma cor

R58 Era marrom, para mim parecia que tinha garras, antenas, era muito estranho.

R59 Eu observei formas ovais, roxas, e uma forma indefinida no centro.

R60 Eu vejo um coisa marrom que tem 6 outros elementos finos e marrons.

R61 uma coisa meio marrom

R62 observei uma pata

R63 Algumas coisas parecidas com garras, ferrões e patas

R64 microscopios

NDC

R65 Uma imagem bem ampliada

R66 Eu observei que a lente de campo está ligada e que a objetiva esta apontada para a pinça

Tabela da Atividade 1 – Ciclo 2 – Lâmina 1 – Pergunta 2

N RESPOSTAS

INTERPRETAÇÃO

R67 Uma célula

R68 Uma formiga

R69 um inseto.

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R70 Células de um inseto

R71 fio de cabelo

R72 Formiga

R73 Barata

R74 INSETO

R75 uma celula

R76 uma bacteria ou uma celula

R77 bacteria

R78 bactéria

R79 eu acho que esta sendo mostrado um esqueleto de formiga

R80 um inseto

R81 aranha

R82 Uma pulga

R83 Acho que é uma abelha ou uma espécie de vespa

R84 Eu acho que pode ser uma aranha.

R85 Célula procariótica

R86 Escorpião

R87 UMA CÉLULA PROCARIÓTICA

R88 célula animal

R89 uma aranha

R90 Eu acho que é uma formiga.

R91 uma celula vegetal

R92 eu acho que é uma formiga

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133

R93 acho que é uma formiga

R94 Um esqueleto de uma formiga.

R95 Um esqueleto de algum inseto

R96 Uma aranha.

R97 um escorpião

R98 Eu observei algo parecido com uma barata

R99 Um Fio de Cabelo

R100 Uma célula capilar.

R101 uma bacteria ou um virus

R102 As partes de um inseto.

R103 as células de uma rais

R104 Acaro

R105 Um ácaro

R106 UMA PLANTA

R107 uma figura parecida com um inseto

R108 Pode estar mostrando uma formiga

R109 Cupim

R110 Parecia algum carrapato.

R111 Uma formiga.

R112 Pode estar sendo mostrado um inseto.

R113 Ossos humanos.

R114 Eu acho que pode ser o corpo de uma formiga

R115 uma formiga ou uma aranha

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134

R116 sua cabeça sua antena e um pedaço de seu corpo

R117 gota de sangue

R118 a pata de uma formiga

R119 Os neurônios? do tecido nervoso?

R120 Um inseto, provavelmente uma formiga

R121 vírus e fungos

R122 Na Imagem 1 Parecia um Ossoda perna Fem ir/Na Imagem 2 Parecia uma espécie de

Formiga misturado com uma espécie de barata

Tabela da Atividade 1 – Ciclo 2 – Lâmina 2 – Pergunta 1

N RESPOSTAS

INTERPRETAÇÃO

R123 Uma célula

R124 Uma formiga

R125 um grande micro organismo no centro e pequenos ao redor

R126 um pedaço de tronco de arvore

R127 Pequenas particulas e uma grande "pedra"

R128 Células vegetais.

R129 Parece uma folha ``rasgada´´

R130 um lasca de madeia

R131 Pra mim parece um pedaço de rocha que foi ampliado no microscópio

R132 Pedrinhas, cor clara, bichinhos.

R133 UM TECIDO INDEFINIDO

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135

R134 cabelo

R135 uma assa

R136 parece uma celula de algum tecido

R137 Eu vejo um fundo preto com um dedo no meio

R138 Caule

R139 Parece uma celula

R140 Algum pedaço de uma casca de banana que está passada

R141 Eu vi um cabelo

R142 Observo algo com fungos

R143 Uma estrutura celular semelhante a uma planta

R144 Parece uma espécie de casca de árvore

R145 Uma célula de tamanho médio, sem menbrana núclear e parede celular.

R146 algo com terra

R147 um rabo de lagarta

R148 Observei o que parece ser um ácaro, pela coloração e formato.

R149 uma asa

R150 parece um fio marrom

R151 Um cabo verde escuro

R152 Algo marrom envolvendo um "fio" preto

R153 Algo marrom envolvendo um "fio" escuro

R154 Parece ser uma fibra

R155 Uma lesma que se parece uma folha

R156 Uma folha

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136

R157 Uma parte de um inseto

R158 Eu observei uma célula, mas diferente do que costumo ver, na minha observação ela é uma

célula que parece com um osso de um animal ou até mesmo pode na minha opinião ser um

vírus

R159 Observei que ela esta em uma distancia grande de altura do potinho onde tem as bactérias

e que essa lamina é grande diferente das outras

R160 Eu vi células

R161 Possivelmente a costela de uma formiga

R162 Observei que na lamina parece alguns ossos ou plantas.

R163 Tecido

R164 Parece ser um animal tipo uma formiga ou uma folha seca

R165 observei uma bactéria numa lamina no microscópio

R166 algo tipo uma rede, e uma mancha preta que parece um mosquito

R167 Eu observei na lâmina um pedaço de algo como por exemplo um pedaço de pele

R168 Observei aparentemente células e um acúmulo delas

R169 Eu vejo uma célula

R170 Algo como um tecido marrom ou algo parecido com um tronco de árvore

R171 Células com pontinhos pretos obde pode se observar conjunto de células

R172 OBESERVEI QUE HA UM TECIDO MUSCULAR DE UM ANIMAL ESSE TECIDO

SERIA A COXA DO ANIMAL

OBSERVAÇÃO

R173 Um negocio marrom

R174 Riscos azuis

R175 eu observei uma figura meio azul parecendo um tecido

R176 Eu vejo algo marrom que parece se apenas um pedaço e não um inteiro.

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137

R177 um negócio cinza

R178 Uma parte preta, e uma parte branca

R179 Uma parte mais escura e uma mais clara

R180 Eu observei uma imagem que era meio preta,tinha varias camadas e vestigios espalhados

na lamina

R181 uma mancha meio branca no meio da lamina

R182 Eu vi um espaço em branco e tudo em volta e preto

R183 Eu vi alguns espaços ocos

R184 É marrom, largo,um pouco longo e meio preto

R185 Algo comprido

R186 Uma mancha grande e preta.

R187 Cores: marrom preto

R188 observei uma coisa marrom com alguns fiozinhos ao redor

R189 O dejeto que esta na lâmina é marrom e arredondado.

R190 algo marrom

R191 Eu observei uma mancha marrom

R192 eu vi um traço grosso

R193 eu vi algo marrom variando com preto, em um formato de abobrinha

R194 Observei no centro uma mancha preta e o fundo branco.

R195 uma imagem marrom

R196 uma figura preta reta e embasada

R197 Eu vejo uma coisa marrom com um monte de portinho em volta

R198 Uma coia marrom parecida com um pedaço de graveto

R199 OBSERVEI UMA LINHA RETA NA VERTICAL ESSA LINHA ERA BRANCA

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138

R200 Eu observei uma estrutura amarronsada bem no centro com varios pontinhos ao lado

dessa estrutura

NDC

R201 pouca coisa

R202 Eu observai que a luz da lente de campo atravessa a pinça até chegar na objetiva

R203 Eu observei que a lâmina era um pouco pequena mais observava bem perto o que

colocava em baixo

Tabela da Atividade 1 – Ciclo 2 – Lâmina 2 – Pergunta 2

N RESPOSTAS

NDC

R205 Eu não sei

R206 Sua cor é sua aparência

INTERPRETAÇÃO

R207 Uma célula

R208 fio de cabelo

R209 Inseto

R210 Uma bacteria

R211 fungos

R212 eu acho que e algum tecido

R213 Eu acho que pode ser um pedaço de carne.

R214 fungo

R215 um fungo

R216 Microorganismos

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R217 Um pedaço do tronco de uma árvore

R218 Folha

R219 uma ferpinha de madeira

R220 O núcleo

R221 Um pedaço de pedra ou rocha

R222 Bactérias.

R223 uma celula animal

R224 Parece estar mostrando uma calda ou um rabo de algum animal

R225 um respingo de tinta

R226 um fio de cabelo

R227 a assa de uma borboleta

R228 celula

R229 Algumas células, eu acho que são animais

R230 Um dedo bem ampliado

R231 Caule

R232 Uma perna de uma mosca

R233 Uma libelula

R234 Uma bactéria

R235 Uma casca de banana passada

R236 Primeiro achei que era um bicho depois percebi que era um cabelo

R237 Algum verme, talvez

R238 Uma bactéria.

R239 Um pequeno inceto ou algum tecido em decomposição.

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140

R240 Capim

R241 cabelo

R242 Eu acho que é uma célula.

R243 Pequena parte de casca de árvore

R244 um paramecio

R245 Uma célula de um pelo animal

R246 Pode estar sendo mostrada uma bactéria

R247 Pode estar sendo mostrada um craveto

R248 um cabelo, porque eu ja fiz essa experiência e isso se parece com a minha experiência

R249 uma raiz

R250 um rabo de lagarta

R251 Ácaro.

R252 uma asa de um inseto

R253 Um fio de cabelo.

R254 uma lasca de madeira

R255 Verme

R256 uma perna de um inseto

R257 Um pelo

R258 É uma fibra

R259 Uma lesma

R260 Uma célula ou um vírus

R261 Bactérias, Vírus

R262 Pode ta mostrando uma formiga

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R263 Pode ser mostrado na lâmina bactérias e células

R264 Uma costela de formiga

R265 plantas ou ossos.

R266 Pedaço de tecido

R267 Eu não sei bem mais o que eu pude observar é que pareçe uma formiga

R268 alguma bactéria, ou algo sujo e ampliado

R269 Graveto

R270 Parece uma acúmulo de células

R271 Pode estar mostrando uma célula animal

R272 POIS MOSTRA UM LINHA BRANCA QUE SERIA O OSSO ESSE OSSO ´PODERIA

SER QUE FORMA NOSSAS ESTRUTURAS E COM ISSO SERIA O TECIDO

MUSCULAR.

R273 O conjunto sanguíneos poisso o seu material genético se encontra lá

R274 POIS ESSE TECIDO TEM HAVER A UMA ESTRUTURA MUSCULAR

OBSERVAÇÃO

R275 Essa parte marrom

R276 Ela é marron e tem pontinhos pequenos en volta

Tabela da Atividade 1 – Ciclo 2 – Lâmina 3 – Pergunta 1

N RESPOSTAS

INTERPRETAÇÃO

R277 parece bactérias ou células

R278 na membrana celular aparentemente apresenta pelos

R279 Uma digital de um dedoos

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142

R280 Bichinhos pequenos.

R281 eu observei uma imagem que parece um defo e tem varios pelinhos

R282 uma camada fina de alguma coisa com cilios

R283 Cílios em volta de uma célula.

R284 Observei bactérias

R285 Eu observei algumas bactérias

R286 um pedaço de folha

R287 Uma células

R288 um tecido

R289 Pedaço de tecido

R290 asa de mosquito muita antiga

R291 Parece um metal enferrujado meio arranhado

R292 Eu acho que e um plástico com algumas linhas

R293 parece uma folha

R294 uma pele fina e varias divisorias

R295 vi logo de cara que parecia uma asas de um bicho

R296 algo com pelinhos

R297 um virus

R298 Uma asa

R299 Observei o que parece ter uma parede celular.

R300 asa de um inseto

R301 nervura de tecido vegetal ou animal

R302 uma célula longa,com muitas organelas e membrana estença

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143

R303 Asa de inseto

R304 uma rosa

R305 parese ser uma celula

R306 Parece um fio

R307 um pano bem sujo

R308 Algo como uma folha, mas não é

R309 Uma veia

R310 algo parecido com asas de líbelula

R311 Se assemelha a uma asa de um inseto

R312 Algo parecido com asas de inseto

OBSERVAÇÃO

R313 Riscos azuis escuro

R314 é redondo

R315 uma sombra iregular

R316 uma tela escura

R317 Escuro

R318 Observei na lâmina algo meio redondo e achatado, por fora tem vário ''pelinhos' e dentro

uns risquinhos.

R319 Uma coisa beje em "formato de pirula"

R320 Eu vejo algo cor de pele com um formato oval e 2 riscos vermelhos .

R321 Parece pontos brancos

R322 Algo com uma pigmentação meu cinza e com várias linhas pretas

R323 Diversas particulas dentro de algo.

R324 Eu observei vários pontinhos mexendo

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144

R325 Uma coisa branca meio invisível.

R326 Um monte de linhas

R327 Linhas vermelhas e postos pretos e fundos transparentes

R328 eu observei uma coisa tranparente com listras laranjas

R329 e transparente e tem bodas seriadas

R330 uns riscos e um amarelado

R331 tem cor clara com risco na horizontal

R332 vejo linhas de cor avermelhadas e a base clara

R333 Alguns tracos marrons

R334 eu vi algo com um formato de uma asa, que era marrom e branco.

R335 eu observei algo que seja transparente com linhas vermelhas

R336 Unstracos marrons

R337 Algo com algumas dovisorias

R338 Negócio transparente com fios pretos

R339 eu vi vários riscos meio vermelhos

R340 algo com linhas e pontos pretos

R341 Há fios alongados alguns curvos e outros lisos,há fios pequenos e todos do mesmo

tamanho,tem uma cor rosada e é escamada.

R342 Eu vejo algumas linhas bege e o fundo braco com algumas pintinhas pretas

R343 Uma coisa aparentemente fina e delicada

R344 Uma coisa estranha com linhas

R345 riscos, e parece um chão sujo

R346 São linhas de uma cor meio bege, com certos furinhos e uma linha parecida com gordura,

acima.

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R347 Eu observei que essa imagem é meio rosinha com umas linhas alaranjadas e uns pontinhos

pretos

NDC

R348 Eu observei que a lente de campo não reflete na pinça ,mas reflete no revolver que da apoio

objetiva

R349 Um microscópio que esta sendo usado para ampliar alguma coisa

Tabela da Atividade 1 – Ciclo 2 – Lâmina 3 – Pergunta 2

N RESPOSTAS

INTERPRETAÇÃO

R350 uma celula

R351 uma bacteria

R352 Lã,tecido ou pena

R353 parece ser uma celula

R354 fungo

R355 acho que são células

R356 aparentemente parece ser um bactéria

R357 Os ricos que temos n dedo

R358 Bichinhos

R359 eu acho que e uma celula

R360 uma asa de mosca ou algo assim

R361 Uma bacteria ou célula

R362 Eu acho que pode ser um pedaço de pele.

R363 Uma bactéria

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R364 Na imagem eu acho que esta sendo mostrado bactérias na lamina.

R365 Eu acho que está sendo mostrado bactérias na lâmina.

R366 celulas

R367 Uma asa de abelha ou algum outro animal

R368 Uma cobra!

R369 Uma célula vegetal

R370 Uma célula do tecido da boca

R371 um pedaço de pano

R372 Pedaço de tecido

R373 Pode estar mostrando uma asa de um inseto

R374 Várias células

R375 asa de mosquito muita antiga

R376 Metal enferrujado arranhado

R377 Um plástico com alguma coisa derramada em cima

R378 Uma asa de um inseto.

R379 Um tecido com costura

R380 Asa de borboleta

R381 uma folha de uma planta

R382 asa de mariposa

R383 asa de um bicho

R384 uma asa de inteto

R385 uma libélula

R386 virus

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147

R387 asa de um inseto

R388 asa de inseto

R389 parte de um animal

R390 Uma estrutura vegetal.

R391 asa

R392 Uma asa

R393 uma folha ou uma asa de inseto

R394 folha

R395 uma asa de um inseto

R396 uma célula muscular lisa

R397 Uma asa de um inseto pequeno.

R398 parece ser a asa de um inseto

R399 Uma bacteria ou um fio de cabelo

R400 Acho que é a asa de algum inseto

R401 acaro

R402 Uma asa de algum inseto

R403 A estrutura da asa

R404 algum tipo de couro, igual a uma bola

R405 uma petala de uma rosa

R406 A Célula Epitelial

R407 bolacha do mar

R408 Eu acho que é um fio de cabelo

R409 um tecido sujo

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R410 Uma asa de algum inseto, como uma mosca

R411 Asa de algum inseto

R412 Asa de libélula

R413 alguma sujeira, ou algo contaminado ou sujo

R414 Uma veia ligada em algum lugar do corpo

R415 Eles se assemelha a cartilagem finas já que se parece com uma asa de inseto e tem de

ser leve

R416 Pois é muito parecido, e me lembra muito mesmo o tecido interno dos seres vivos.

NDC

R417 Não identifiquei oque pode estar sendo mostrado.

R418 sua aparência

R419 A cor

Tabela da Atividade 1 – Ciclo 2 – Lâmina 4 – Pergunta 1

N RESPOSTAS

INTERPRETAÇÃO

R420 fio de cabelo

R421 Eu observei uma madeira de lápis

R422 uma célula que eu não sei o que é

R423 Graveto

R424 Células de um Tronco

R425 Um fio de cabelo

R426 cabelo

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R427 capelo

R428 as esquamas do cabelo

R429 cauda do espermatozoide

R430 Eu vejo um palito

R431 paresia um fiu de cobre

R432 eu fi um fio de cabelo

R433 galho

R434 eu observei um cabo com um traço no meio

R435 é tipo uma minhoca marrom

R436 Um cabo verde meio preto

R437 Um tubo, mas sei que não é

R438 Parecia os cabelos de uma pessoa, porque tinha fios de cabelos embaixo da amostra

OBSERVAÇÃO

R439 um fio

R440 um fio preto

R441 Uma linha grande e pontos

R442 tem potinhos

R443 um corpo fino,riscos pretos no centro

R444 Eu observei uma fina linha de coloração escura

R445 Observo na lâmina um tipo de ''tubo'' ou um fio longo escuro com algo no meio.

R446 Eu vejo uma figura comprida, fina e marrom escuro

R447 Azul, verde e vermelho

R448 Algo marrom e cumprido!

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150

R449 Algo que se parece com um cabo de aço

R450 um rico no meio da lamina

R451 Tipo de uma "linha grossa" marrom

R452 um fio fino e marrom

R453 uma linha reta

R454 Paece um fio.

R455 Um fio marrom

R456 uma coisa reta parece letras bem pequenas mas ta borrado e não da pra ver

R457 Eu vi uma 2 linhas pretas com 1 linha laranja no meio

R458 algo reto e marrom

R459 um negocio comprido

R460 uma figura reta fina e preta

R461 uma matéria comprida,talves elastica e colorida

R462 Um risco marrom e preto.

R463 um risco

R464 Observei o que parece ter algumas rachaduras.

R465 eu observei um fio gigante

R466 algo comprido e preto

R467 Um "fio" meio castanho

R468 Um fio.

R469 parece ser um fio marrom

R470 Parece algum tipo de fio

R471 Eu observei algo em forma de cilindro,bem liso

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R472 É marrom,largo e longo,tem um fio menor dentro do maior,o fio menor é bege e longo

mas não é largo.

R473 uma linha da cor marrom

R474 Um fil preto e um fil branco

R475 Eu observei algo marrom,grosso com uma pigmentacao forte

NDC

R476 N consegui identificar

R477 Eu observei que a objetiva não é a mesma

Tabela da Atividade 1 – Ciclo 2 – Lâmina 4 – Pergunta 2

N RESPOSTAS

INTERPRETAÇÃO

R478 Uma célula

R479 fio de cabelo

R480 um fio de cabelo

R481 Uma madeira de algum lápis

R482 Celulas

R483 parece ser um decido

R484 um risco

R485 Um vaso sanguíneo

R486 Um graveto de madeira

R487 Eu acho que deve ser um fio de cabelo.

R488 Eu acho que pode ser um fio de cabelo castanho escuro.

R489 Diversas células

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R490 Bactérias

R491 Pelo de algum ser vivo

R492 Acho que é a antena de algum bicho

R493 a escamas do cabelo

R494 uma letra I

R495 espermatozoide

R496 Pode estar sendo mostrada uma baquitéria

R497 Um fio de cabelo.

R498 um papel preto bem pequeno com letras minuscula

R499 bicho-pau

R500 Minhoca

R501 um pelo

R502 Fio de Camelo

R503 um fio de tecido

R504 fio fino e longo escuro

R505 um fio de energia

R506 Parece um cabelo.

R507 Eu acho que pode ser um fio de cabelo

R508 Galho

R509 Um fil de cabelo

R510 Talvez em fio de cobre ou arame

R511 uma bactéria ou um vírus

R512 Nao tenho certeza mas poderia ser uma pata de algum inseto por exemplo uma aranha

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R513 Parede celular

R514 Fios de cabelo

R515 Cabelo

NDC

R516 não sei

R517 N consegui identificar

R518 Sim

R519 As

Tabela da Atividade 1 – Ciclo 2 – Lâmina 5 – Pergunta 1

N RESPOSTAS

INTERPRETAÇÃO

R520 Parece um lapis

R521 parece um monte de pózinhos junto

R522 Células de casca de um alimento

R523 Parece células de um mármore

R524 um F

R525 Grande quantidade de Microorganismos!

R526 um tecido

R527 uma folha com algo escrito

R528 Um risco de caneta

R529 E meio que algum fungo

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154

R530 parece uma letra

R531 células agrupadas.

R532 parece alguma letra,a letra(F)

R533 Tinta

R534 Um tipo de pó

R535 uma letra de uma revista

R536 um C no meio da lâmina

R537 um 6

R538 é uma letra

R539 Parece uma escrita

R540 Observei que os "pontinhos" estão se mexendo, no caso pode ser uma célula

procarionte ou eucarionte, que não são visíveis a olho nú.

R541 Algum tipo de germe ou bactéria de algum alimento

R542 sujeira, parece que está escrito um F, e umas partes mais sujas

R543 Uma forma escura que lembra tinta

R544 Eu observei que parece uma imagem pode ser um pelo de um animal

R545 São células que estão unidas formando um tecido

R546 Algo semelhante a um fungo com varias celulas a seu redor

R547 É uma célula

R548 Parece uma Terra no chão e parece que tem um caminho

R549 varias gotas de água, e algo que parece um galho

R550 Eu observei tipo umas terras

R551 uma folha de jornal

R552 um jornal

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155

OBSERVAÇÃO

R553 pontos

R554 Marrom

R555 Eu vejo pequenos pontos marrons aglomerados.

R556 uns pontos pretos

R557 muitos pontos e manchas

R558 Grande contidade de "pontinhos"

R559 PONTOS PRETOS

R560 tem cor preta

R561 Um tipo de mancha

R562 parece uma mancha

R563 é algo grande

R564 parece ser uma mancha preta

R565 Algumas manchas escuras

R566 Um monte de negócio preto

R567 polinas pretas e marrons

R568 Uma coisa marrom, em formato estranho

R569 Alguma coisa grande e azul

R570 Uma coisa grande e azul

R571 Uma coisa grande azul, que quando apagamos a luz, não temos visão da imagem

R572 Eu observei uns riscos pretos,como se fossem marcas de dedos

R573 tem um monte de pontinhos pretos e são muitos pequeno.

R574 Esta escuro mas parece que tem uma luz meio azul

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156

R575 um risco preto no meio da lâmina

NDC

R576 Eu observei que a objetiva foi mudada nova mente

Tabela da Atividade 1 – Ciclo 2 – Lâmina 5 – Pergunta 2

N RESPOSTAS

NDC

R578 não sei

INTERPRETAÇÃO

R579 Uma célula

R580 uma formiga

R581 uma folha

R582 Celula

R583 Células de casca de um alimento

R584 Bichinhos

R585 Pode estar sendo mostrado células de um pedaço de mármore

R586 um F retirado de um jornal

R587 Eu acho que pode ser uma parte do coro cabeludo.

R588 Microorganismos

R589 um tecido

R590 uma letra

R591 Um monte de falhas do risco da caneta

R592 São fungos

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157

R593 pode estar sendo mostrada fungos eu bacterias

R594 bactérias.

R595 algum número escrito em um papel

R596 Eu acho que é pó

R597 a letra F

R598 Celulas

R599 Um f de canaeta

R600 Talvez um mofo

R601 e o numero 5

R602 a letra S

R603 um C pintado

R604 Uma mancha

R605 uma letra, eu acho que é um F

R606 uma letra de revista uo jornal (c)

R607 Parece uma letra

R608 um tecido mofado

R609 Poeira

R610 Um verme

R611 um numero ao contrario

R612 Bactérias

R613 Fezes do ácaro

R614 A letra F bem grande

R615 Uma letra.

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Tabela da Atividade 2 – Ciclo 2 – Lâmina 1 – Pergunta 1

N RESPOSTAS

INTERPRETAÇÃO

R630 Bactérias

R631 Uma bacteria com as cores rosa verde e roxo

R632 uma bactéria

R633 Um tecido

R616 Pode ser, uma célula de algum alimento ou de um animal, tambem pode ser a bactéria

de uma água muito suja

R617 Água contaminada

R618 Alguma forma feita em tinta

R619 Bactérias ou vírus

R620 Marcas de dedos

R621 Um pelo de animal

R622 Para mim parece algum tipo de bactéria.

R623 Algum tipo de célula , mais não dá pra ver direito, só uma luz meio azul no fundo

R624 Algo se decompondo

R625 Célula da arvore

R626 Uma Acqua suja

R627 água suja

R628 Pode estar mostrando um buraco

R629 um F

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R634 Eu observei a lâmina e acredito que seja uma flor ou a asa de uma borboleta

R635 CARNE E NUCLEO

R636 Eu observei uma camada da pele

R637 revestimento do pumao

R638 Tecido muscular liso

R639 Celulas

R640 Observei uma célula que parece um Tecido Epitelial .

R641 Parece uma casca de uma fruta,olhando percebi a casca e a parte interna da fruta.

R642 Musculo

R643 Imagens de cortes histológicos de tecido animal

R644 Parece uma massinha. Na parte verde são células justapostas como na parte vinho

também. na parte vermelha parece que tem uns rasgos

R645 O que eu vi,se parece um pouco com a célula de descamação da mucosa da boca

R646 Tecido cardíaco

R647 De fato, é um tipo de tecido. Ele parece líquido ou coisa assim, possui cores diferentes, e

muito variadas.

R648 Eu vi células justapostas que se encontaram bem juntas que não deixa nenhum tipo de

substância passar

R649 parece o tecido epitelial pois suas células estão justa postas

R650 parece um tecido enrugado

R651 Eu observei que na lâmina aparece uma imagem de um fogo caindo em uma lava.

R652 pele de um animal

R653 Uma célula que parece líquida

R654 Eu observei tecidos

R655 tecido conjuntivo

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R656 Um tecido no qual "penetra" no tecido atrás deste.

R657 eu vi varias celulas e dois tecidos siferentes

R658 aparenta serem camadas de tinta caindo sobre o elemento

R659 um tecido conjuntivo cartilaginoso

R660 eu obiservei um tecido com varias celulas e núcleos

R661 parecia 3 mantos mas não tenho certeza

R662 Eu acho que foi um tecido conjuntivo adiposo

R663 Lembra tinta que foi derramada

R664 uma planta ou petala

OBSERVAÇÃO

R665 Algo com várias camadas e cores diferentes

R666 Algo com tonalidades diferentes e algumas curvas.

R667 Tem detalhes e cores diferentes, como verde, vermelho e uma cor mais escura

R668 Eu vejo algo rosa que tem traços verdes claros nele. Do lado tem algo com um tom de

rosa mais escuro e do lado desse te uma coisa verde claro.

R669 Uma parte roscam manchas brancas e verdes, uma mancha lilás que se espalha por uma

parte verde

R670 parece estar dividido em 3 partes

R671 Uma gosma rosa

R672 e vemelho , roso e uma baguçade cores

R673 A cor é diferente em cada lugar e ten risquinhos

R674 um tecido com algumas cores como branco,vermelho e vermelho mais escuro

R675 OBSERVEI UMA CAMADA ROSA UM POUCA MAS ESPESSA

R676 várias ondas azuis e tiras de várias cores

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NDC

R677 uma

Tabela da Atividade 2 – Ciclo 2 – Lâmina 1 – Pergunta 3

N RESPOSTAS

R678 As cores

R679 a cor

R680 A primeira parte meio rosinha

R681 As diversas camadas que a imagem apresenta.

R682 As três cores que a imagem tem.

R683 as cores estarem bem separadas

R684 A forma

R685 Tinham várias cores

R686 TEM UM NEGOCIO BRANCO NO MEIO

R687 Esta imagem tem as camadas do tecido epitelial . Nela apresenta células justapostas (igual

ao tecido epitelial).

R688 Uns pontinhos bem no centro

R689 Porque parece com um tecido epitelial que estudei e suas características.

R690 Ela era rosa

R691 pare via e o sange

R692 Pois aparenta ser uma casca e os resíduos internos da fruta.

R693 Acho que o formato me lembrou um pouco.

R694 Vermelho e juntos

R695 Corte histológico de pele grossa, presença de camada bem grossa de queratina, não tem

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pelo, epitélio estratificado pavimentoso

R696 Devido a parte vermelha que parece que tem rasgos

R697 Esse tecido se parece um pouco com o tecido que protege a boca(mucosa da boca)

R698 Um negócio branco, com dois tons de vermelhos

R699 Eu apenas chutei.

R700 suas cores que se assemelham a do coração

R701 POIS O TECIDO A SEMELHANÇA COMUM TECIDO CARTINELOSO

R702 Que aquela célula se encontrava justaposta

R703 sim, as células estão justa postas e com pouca substancia intercelular.

R704 parece a pele enrugada

R705 Porque parecia algumas coisas puxando o fogo até a lava.

R706 parecia que dava para fazer contracoes

R707 Tem duas cores e tem partes brancas

R708 Por que se parece muito com nossa muscuratura

R709 as cariteristicas sao semelhantes

R710 As camadas do tecido

R711 as células alongadas .

R712 As cores que ele apresenta lembra o tecido

R713 a parede celular

Tabela da Atividade 2 – Ciclo 2 – Lâmina 2 – Pergunta 1

N RESPOSTAS

INTERPRETAÇÃO

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R714 Bactérias

R715 Protozoários

R716 Eu acho que seria algumas celulas sanguíneas

R717 gotas de sange

R718 Glóbulos Brancos

R719 células separadas com bastante substancias intercelulares

R720 Um conjunto de células

R721 Eu acho que uma célula

R722 Varias celulas rosas

R723 uma planta .

R724 um tipo de tecido

R725 celulas sanguinias

R726 EU OBSERVEI CÉLULAS JUSTAPOSTAS E ALGUMAS MAIS DISTANTES.

R727 celulas

R728 EU OBSERVEI CIRCULOS VERMELHOS

R729 Uma hemácia

R730 Célula de sangue,contém hemácias.

R731 bolas vermelhas, algumas estão juntas e outras separadas, para mim são as hemácias.

R732 imagens de cortes histológicodos de tecido animal

R733 Eu acho que são glóbulos vermelhos do sangue

R734 Eu vejo glóbulos sanguíneos humanos

R735 Bolinhas cor de rosa, que, acredito eu, são células.

R736 Um tecido

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R737 parecia um pedaco de pele

R738 Observei os germes ou bactérias q estão na imagem

R739 um tecido muscular estriado esqueletico

R740 Varias células avermelhadas

R741 eu observei um tecido com varias celulas sanguineas

R742 varias celulas que estao afastadas umas das outras

R743 Eu observei celulas rosas com um ponto roxo

OBSERVAÇÃO

R744 Eu vejo pontos rosas em um fundo branco e em um dos pontos, um outro ponto roxo em

cima

R745 várias manchas

R746 varios pontos

R747 Algo bege e rosa de bolinha

R748 Pontinhos rosa claro

R749 varias manchas rosadas

R750 Pequenas bolas vermelhas

R751 Um monte de bolinhas azuis

R752 Bolas rosas e uma roxo e o fundo branco

R753 eu vi um monte de bolas rosas

R754 um monte de bolhinhas vermelhas

R755 Vários pontos rosas

R756 Eu percebi que tem um circulo roxo entre varios circulos rosas

R757 Tem varias bolinhas rosas e uma mancha roxa

R758 vários pontos

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R759 Bolinhas rochas

R760 Bolinhas rosas

R761 Eu observei que na lâmina que a imagem aparece são bolinhas rosas

R762 Várias manchas rochas e amarelas

Tabela da Atividade 2 – Ciclo 2 – Lâmina 2 – Pergunta 3

N RESPOSTAS

R763 Os pontos que estão representados na imagem.

R764 as manchas

R765 Os pontos

R766 As cores básicas

R767 é um tecido branco com manchas rosas

R768 ele e todo com bolinhas vermelhas

R769 Varias bolas pequenas

R770 São parecidas com os glóbulos.

R771 células "rozadas",ditantes uma das outras com muita substancia intercelular

R772 A imagem apresenta cloroplastos . Os cloroplastos se apresentam na estrutura célula

vegetal

R773 Uma coisa Branca com bolinhas vermelhas

R774 Por que parece sistema nervoso

R775 celulas

R776 QUE AS CÉLULAS ESTÃO BEM JUNTAS.

R777 pequenas bolinhas

R778 CIRCULOS VERMELHOS

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166

R779 Seu formato

R780 As bolinhas azuis estarem próximas das outras

R781 Que são redondas e vermelhas e que perece as células do sangue

R782 esfregaço sanguíneo, etc...

R783 Os pontinhos vermelhos

R784 As bolinhas não estão juntas a parede celular

R785 Os glóbulos sanguíneos tem essas "bolinhas" vermelhadas com um tom de branco.

R786 Eu chutei

R787 Sua aparência,os vários pontos e suas cores

R788 A cor o formato da imagem

R789 e que vi camadas

R790 A cor, o formato a estrutura

R791 A cor

R792 células separadas e muita substância intercelular

R793 Os círculos vermelho,que são as células do sangue

R794 as células sanguíneas e os espaços bem grande entre elas

R795 as células não estão juntas

R796 As células

R797 Porque parece que as bolinhas são fáceis de quebrar,ou seja, se ela cair,ela se quebra na

hora

R798 Pois a imagem associa se ao sangue que faz parte do tecido conjuntivo sanguíneo.

Tabela da Atividade 2 – Ciclo 2 – Lâmina 3 – Pergunta 1

N RESPOSTAS

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INTERPRETAÇÃO

R799 Uma amostra de tecido

R800 alguma coisa rosa, tecido humano

R801 vi um tipo de tecido

R802 Corte transversal de músculo estriado esquelético.

R803 Observei a célula muscular lisa

R804 um pedaço de carne

R805 Musculo

R806 Um tecido muscular

R807 imagem de corte histológico de tecido animal

R808 eu observei um tecido muscular liso

R809 uma carne

R810 É uma célula muscular lisa,são alongadas,e bem juntas.

R811 Uma celula muscular lisa

R812 Observei um tipo de tecido que se parece com um tecido muscular.

R813 um pedaço de tecido muscular liso

R814 veludo auto-relevo

R815 Uma celular rosa

R816 Músculo

R817 um tecido

R818 CABELO PINTADO DE ROSA

R819 tecido mais separado

R820 algo com um só núcleo e células justapostas

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168

R821 um tecido com células justapostas

R822 eu observei que parece uma asa de um inseto

R823 Tecido epitelial

R824 asa de inseto

R825 Tecido cartilaginoso

R826 tecido conjuntivo

R827 eu vi um tipo de tecido

R828 È uma célula muscular lisa

R829 Eu vi uma parte dos seres vivos

R830 observei celulas alongadas com nucleos

R831 Algum tipo de músculo e gordura

R832 Um tecido muscular.

R833 tecido eptelial gelatinoso

R834 Tecido Muscular Liso

R835 MINHOCA

R836 A assa de um mosquito , que faz parte de um tecido

R837 Ossos

R838 células justapostas

R839 Parece um tecido vegetal

R840 acho que e um tecido sanguineo talvez de um inseto

R841 uma asa de inseto

R842 aparenta ser um corte causado no tecido epitelial

R843 Eu observei o tecido de um órgão

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169

OBSERVAÇÃO

R844 várias listras brancas e rosas

R845 Listras rosas e brancas

R846 Algo com tiras brancas e rosas

R847 Eu vejo riscos rosas. Alguns sao mais largos que os outro. Eles estao em um fundo

branco

R848 listras rosa clara e branca

R849 Uma base branca com ricos rosas

R850 listras rosas e bancas

R851 Uma coisa rosa e branca com um tom mais preto ao fundo igual uma sombra discreta

R852 algo rosa com divisoes brancas

R853 estão juntas e são rosadas

R854 Um monte de negócios vermelhos

R855 ALGO COM DIVISOES FINAS E MEIO QUADRADO

R856 Um negocio branco com manchas meio avermelhadas

R857 OBSERVEI QUE A CAMADAS BRANCA VERMELHAS QUE PODERIA SER

R858 tiras rosas

R859 "tiras" de variados tamanhos e formas rosa e com manchas sutis

R860 eu observei uma mancha rocha

R861 eu observei que esse tecido é vegetal e que possui varios espaços "vazios" nele.

R862 Listras brancas é um fundo rosa

R863 Uma espécie de tecidos com linhas aleatorias como da pele de uma zebra

R864 Observei que tem varias manchas nela

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Tabela da Atividade 2 – Ciclo 2 – Lâmina 3 – Pergunta 3

N RESPOSTAS

R865 as listras

R866 Listras

R867 parece ter uma parte rosa e uma branca como se fosse dividido igualmente

R868 a cor

R869 Eu observei os riscos.

R870 as cores e o formato

R871 o rosa que parece um músculo

R872 As cores vermelhas e brancas.

R873 A imagem mostra a célula esticada

R874 Pois tem espécie de fibras nervosas

R875 pelos detalhes da imaem

R876 Ele. É todo vermelho e parecendo gotas

R877 pelas divisoes e o formato

R878 Parece uma gorduras são brancas.

R879 corte transversal de músculo estriado esquelético

R880 A imagem mostra uma característica, de ser lisa, parecendo um tecido múscular liso.

R881 são lisas e juntas e parece do tecido muscular liso

R882 parece uma carne

R883 Aparenta ser uma célula muscular pelas suas características

R884 Células alongadas com núcleos

R885 Porque tem características de um tecido muscular, por causa de suas "rasuras" Em

"comprido'.

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R886 Um monte de negócios vermelhos

R887 Por causa de seu detalhe e o seu modelo

R888 partes mais altas

R889 Ele parecia muito com o tecido muscular

R890 ACHO QUE PELA DIVISAO DELE E A FORMA

R891 As manchas avermelhadas

R892 POIS O TECIDO E COM CAMADAS BRANCAS E O RESTO VERMELHO E

ASSOCIE QUE PODERIA SER UM TECIDO MUSCULAR

R893 QUE ERA ROSA E NAO MUITO JUNTO

R894 as glandulas são mais separadas

R895 células justapostas

R896 um tecido com células justapostas

R897 que as celulas eram justapostas

R898 Estar justapostas

R899 célula juntapostas

R900 vários núcleos

R901 As células

R902 eles tem detalhes semelhantes

R903 eu vi que esse tecido tem retangulos vermelhos e brancos e eles são aporosos

R904 pois ele esta dobrando

R905 Que as celulas estão justapostas

R906 vi celulas alongadas, plurinucleadas, com nucleos perifericos e com estrias

R907 O tecido era alongado e parecia liso, sem nenhum "calombo" ou algo assim

R908 A cor do elemento

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R909 Por causa de imagens e vídeos da internet,que eram a musculatura do nosso corpo.

R910 geletinos

R911 As manchas vermelhas se pareciam com as células do tecido muscular liso

R912 ROSA COM TRAÇOS PRETOS MUITO ESTRANHO

R913 Celulas alongadas/contracao lerda e involuntaria/sem estriacoes

R914 E bem diferente da maioria dos outros tecidos

R915 Porque no tecido epitelial as células se encontram justapostas

R916 a cor dele

R917 os espaços "vazios" nesse tecido e as manchinhas que estão dentro deles, porque parecem

ser os núcleos ou os vacúolos.

R918 por causa da imagem parece e é um tecido so nao sei se eu acertei

R919 as células são justapostas

R920 Os detalhes

R921 As partes em branco que parecem ser ossos juntados pela parte rosa

Tabela da Atividade 2 – Ciclo 2 – Lâmina 4 – Pergunta 1

N RESPOSTAS

INTERPRETAÇÃO

R922 uma célula

R923 uma celula

R924 Teias

R925 Observei a célula de um vegetal

R926 EU OBSEREVEI UM TECIDO CARILAGINOSO

R927 tecido so nao qual

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R928 È um tecido eptelial

R929 em monte de celulas junta postas

R930 Folha

R931 BABA DA BOCA

R932 algo parecido como uma rede de sujeira

R933 "bolhas" grudadas como bolhas de sabão pequenas

R934 tecido muscular

R935 Eu acho que é uma parte do nosso corpo

R936 Células justapostas

R937 Vi várias células bem separadas

R938 Na lâmina eu vejo células juntas.

R939 tecido epitelial

R940 vi celulas alongadas, estriadas e com nucleos

R941 vi celulas justapostas

R942 Pedaços de inseto.

R943 Um tecido do nosso corpo

R944 "Borda" azul, células espaçadas,bastante substância intercelular.

R945 eu observei um tecido vegetal com varios espaços, e esses espaços sao as celulas

R946 Parecia o citoplasma de uma célula

R947 Eu observei que parece uma asa de um inseto

R948 Eu observei que na lâmina aparece uma imagem de uma folha qualquer vista pelo

microscópio

R949 São células vegetais formando um tecido

R950 Uma celula animal ou vegetal e o seu tecido, pode ser tbm a membrana plasmática

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OBSERVAÇÃO

R951 Bolas azuis e um risco rosa

R952 No "centro" alguns riscos azuis e no meio alguns pontos cinzas e traços vermelhos. E na

ponta algumas "bolinhas" azuis.

R953 Tem algo aredondado que parece ser feito com tracos azuis. Envolta tem algo em um tom

de roxo claro e envolta disso tem algo azul mais escuro. Tem riscos vermelhos.

R954 Algumas bolinhas e tracinhos, uma cor transparente e azul

R955 tem listras azuis e um tecido do corpo

R956 Tem algumas listras azuis, mas nao sei o que é, mas acho que é uma parte do nosso corpo

humano que se chama tecido epitelial

R957 Vi algo com varias bolinhas brancas e uma testura fina

R958 Varias bolinhas

R959 Um monte de quadradinhos com uma bolinha dentro

R960 tem muito pontos

R961 Pintinhas

R962 Linha finas de cor azul,com uma aparência semelhante a de asas de insetos

NDC

R963 não consegui observar direito

Tabela da Atividade 2 – Ciclo 2 – Lâmina 4 – Pergunta 3

N RESPOSTAS

R964 A forma circular.

R965 a forma dele

R966 As bolinhas

R967 Não sei

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R968 o branco

R969 a celula

R970 Uma monte quadradinhos

R971 Tem as características da célula do vegetal

R972 uns hexagonos /eu chutei/

R973 so vi a imagem e pensei que era

R974 A um pelo e da para ver a derme

R975 que as celulas estão junta postas

R976 textura, cor

R977 QUE PARECE ÁGUA

R978 a parte branca e cheio de pontinhos

R979 tem células alongadas

R980 Que tem uma parte de cartilagem

R981 Células justapostas

R982 As caracteristicas são: células juntas parecida com rede de frutas e o corante faz com que a

imagem seja mais visivel. E sim.

R983 suas celulas estao justapostas

R984 células alongadas, com núcleos e células estriadas

R985 as celulas meio juntas

R986 Sua aparência

R987 as células que parecem espacinhos vazios

R988 Eu alguma coisa que parecia uma parede celular

R989 Porque é uma folha,e toda folha contém esses riscos nela

R990 As células estão todas com formatos semelhantes e ao seu redor está a parede celular

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R991 A sua cor, forma...

Tabela da Atividade 2 – Ciclo 2 – Lâmina 5 – Pergunta 1

N RESPOSTAS

INTERPRETAÇÃO

R992 Observei algo com uma casca com formas retangulares eu acho, que parece ser algum ser

vivo

R993 parece uma pele meio desgastada

R994 Parecem folhas, que estão espalhadas e em alguns casos, em cima de outra folha. Podem

ser também algum outro tipo de planta ou coisa assim, pois parece muito (por conta do

formato)

R995 células justapostas

R996 Na lamina eu vi um tecido meio denso.

R997 Células juntas

R998 Tecidos

R999 céluas juntas

R1000 Células em forma hexagonal e justapostas

R1001 eu observei um tecido que parece possuir "grandes aberturas" nele

R1002 Tecido vegetal

R1003 Observei células justapostas

R1004 um tecido conjuntivo osseo

R1005 pele de inseto

R1006 uma asa de algum inseto

R1007 tecido conjuntivo

R1008 Célula Vegetal

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177

OBSERVAÇÃO

R1009 Parecem ser escamas azuis e roxas

R1010 algo parecido com o formato de uma rocha com as cores acizentado e azul e rosa com

algumas blinhas

R1011 Eu vejo figuras azuis de 6 lados uma junto a outra em um fundo branco. Há também ,

bolinhas azuis.

R1012 Riscos azuis

R1013 Uma cor bem escura com vários pontinhos coloridos

R1014 uma coisa muito escura e algumas coisas se mexendo parecendo minhoca

R1015 formas praticamente retangulares (variando em sua quantidade de lados) aparentemente

justapostas

Tabela da Atividade 2 – Ciclo 2 – Lâmina 5 – Pergunta 3

N RESPOSTAS

R1016 As formas que tem meio abaixo daquela casca

R1017 A cor e a "testura"

R1018 as cores

R1019 seca e velha

R1020 O formato das figuras

R1021 a cor, o tamanho

R1022 Seu formato e (ver as imagens abaixo), as formas que o tecido apresenta, são os que estão

presentes em um tecido vegetal;

R1023 Não são redondos, "possuem paredes"

R1024 porque as células se encontram justapostas

R1025 Esse tecido é espeso.

R1026 Células juntas

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R1027 Por que órgãos formam um tecido

R1028 As células justapostas

R1029 As formas e cores

R1030 céluas justapostas

R1031 As células estão justapostas

R1032 essas aberturas são na verdade células vegetais, porque eu consigo ver o seu formato, sua

parede celular e seus núcleos.

R1033 que as celulas SÃO JUSTAPOSTAS

R1034 suas células estão justapostas

R1035 elas sao similares

R1036 Não existe núcleo nessa célula

Tabela da Atividade 1 – Ciclo 3 – Lâmina 1 – Pergunta 1

N RESPOSTAS

OBSERVAÇÃO

R1037 eu observei que tem um negocio muito verde escuro cheio de bolinhas com uma mancha

preta no meio e muitas manchas brancas emcima. A imagem fica piscando e parece que ta

mexendo.

R1038 Eu observei na lâmina algo quadrado, com uma cor amarelo, como de fosse um pastel.

R1039 Parece que há desníveis,

R1040 É algo verde e parece interligado.

R1041 algo verde e amarelo, com algumas linhas

R1042 Tem algumas coisas brilhando em alguns lugares e outros estão escuros e o objeto é verde.

R1043 Eu observei uma coisa meio verde preto e marrom

R1044 eu observei uma imagem marrom misturada com amarelo e verde escuro ,essa imagem

aparece partes mais escuras e outras mais claras e também parece ter pequenos espacinhos

entre eles

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R1045 Objeto com partes verdes e brancas, formando pequenos traços.

R1046 alguma estrutura verde que tem alguns furos

R1047 Aparentemente é esponjoso ou aspero, e a cor e semelhante a algum marrom esverdeado.

R1048 parece uma coisa esponjosa e a cor parece um amarelo escuro

R1050 parece uma coisa esponjosa e a cor é um amarelo escuro

R1051 não esta aparecendo a imagem do microscópio

R1052 uma pata de inseto

R1053 Vários micro pontos.

R1054 eu observei varios riscos

Tabela da Atividade 1 – Ciclo 3 – Lâmina 2 – Pergunta 1

N RESPOSTAS

OBSERVAÇÃO

R1055 Eu observei algo bem pequeno e um pouco quadrado

R1056 Parece ser varias bolhinhas pretas juntas umas nas outras e tem umas bordas verdes.

R1057 aparentemente muitas bolinhas pretas no centro e "riscos" a redor

R1058 Bolas pretas num vidro

R1059 eu observei varias bolas

R1060 Bolas pretas

R1061 algo preto com formas de bola deformadas e algumas juntas e outras separada e as que

estão separadas são traçinhos

R1062 Eu observei pontos pretos e uma mancha preta

R1063 Eu vejo uma parte da figura que parece tres quadradinhos juntos ,preto e um pouco de

marrom e outra parte da lamina nao tem nada

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Tabela da Atividade 1 – Ciclo 3 – Lâmina 3 – Pergunta 1

RESPOSTAS

OBSERVAÇÃO

R1064 eu observei que uma parte é marrom esverdeado com preto e outra parte da lamina parece

não ter nada, em algumas partes da figura encontra-se mais escuras do que outras

R1065 Eu observei algo quadrado e branco com algo escrito como uma fita adesiva

R1066 Ha uma superfície verde-escuro com uma parte semi-transparente

R1067 observei um tecido verde aparentemente rachado

R1068 Forma iregular com marom e amarelo

R1069 parece uma dura e a cor de pedra

R1070 eu observei uma coisa meio esverdiada parecendo alguma coisa suja

Tabela da Atividade 1 – Ciclo 3 – Lâmina 4 – Pergunta 1

RESPOSTAS

OBSERVAÇÃO

R1071 Eu observei algo meio reto, como se fosse um pedaço de madeira

R1072 Um fio marrom

R1073 um linha cruzando a imagem e muitas bolinha pretas

R1074 Um cano bem fino

R1075 Há pequenos fragmentos espalhados em volta de um objeto reto esverdeado.

R1076 é algo cilíndrico de cor escura

R1077 Eu observei um corpo marrom,fino,com supostos olhos .

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R1078 Algo que parece ser cilíndrico, que seja um pouco longo, de cor acastanhada.

R1079 verde e de forma cilindrica,fino e parece ter celulas a seu redor

R1080 EU OBSERVEI NA 1 UMA COISA MARROM E A 2 UMAS LAMINAS

R1081 uma faixa escura na cor marrom

R1082 algo marrom comprido

R1083 Um fio de cor marrom

INTERPRETAÇÃO

R1084 verde e de forma cilindrica,fino e parece ter celulas a seu redor

R1085 Eu observei um corpo marrom,fino,com supostos olhos .

Tabela da Atividade 1 – Ciclo 3 – Lâmina 5 – Pergunta 1

OBSERVAÇÃO

R1085 Asa de inseto

R1085 Uma superfície que aparenta ter mini pelos e alguns espinhod do lado

R1085 Eu observei algo ''quadrado'' e bem pequeno

R1085 Astes marrons com membranas

R1085 pequenos tecidos de celulas

R1085 um tecido de celulas bem fininha

R1085 Eu observei algumas linhas pretas e marrom e pequenas linhas

R1085 havia algo como fios marrons e uma coisa transparente

R1085 Nesta lâmina eu observei que existem linhas marrons passando por uma parte clara com

pontinhos pretos bem pequenos. Na borda da imagem tem coisas iguais a pelinhos ou

cilios.

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R1085 Há estruturas marrons curvadas e em uma delas pequenos espinhos que se sucedem um

após o outro.

INTERPRETAÇÃO

R1086 Há estruturas marrons curvadas e em uma delas pequenos espinhos que se sucedem um

após o outro.

R1087 pequenos tecidos de celulas

R1088 um tecido de celulas bem fininha

R1089 Asa de inseto

R1090 Uma superfície que aparenta ter mini pelos e alguns espinhod do lado

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7.3 ANEXO 3: Parecer Consubstanciado do CEP

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