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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA YURI GERMANO MUNIZ DA SILVA DESENVOLVIMENTO DE EQUAÇÕES PARA ANALISE DA COMPOSIÇÃO CORPORAL EM JOVENS ATLETAS DE VOLEIBOL DO SEXO MASCULINO Campinas 2016

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA

YURI GERMANO MUNIZ DA SILVA

DESENVOLVIMENTO DE EQUAÇÕES PARA ANALISE DA

COMPOSIÇÃO CORPORAL EM JOVENS ATLETAS DE

VOLEIBOL DO SEXO MASCULINO

Campinas

2016

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YURI GERMANO MUNIZ DA SILVA

DESENVOLVIMENTO DE EQUAÇÕES PARA ANALISE DA COMPOSIÇÃO

CORPORAL EM JOVENS ATLETAS DE VOLEIBOL DO SEXO MASCULINO

Dissertação de Mestrado apresentada à

Faculdade de Educação Física da Universidade

Estadual de Campinas como parte dos requisitos

exigidos para a obtenção do título de Mestre em

Educação Física na área de concentração de

Biodinâmica do Movimento e Esporte.

Orientador: Dr. Miguel de Arruda

ESTE EXEMPLAR CORRESPONDE À VERSÃO FINAL DE

DISSERTAÇÃO DEFENDIDA PELO ALUNO YURI

GERMANO MUNIZ DA SILVA E ORIENTADA PELO PROF.

DR. MIGUEL DE ARRUDA

Campinas

2016

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COMISSÃO EXAMINADORA

Prof. Dr. Miguel de Arruda

Orientador

Prof. Dr. Anderson Marques de Moraes

Membro Titular

Prof. Dr. Marco Antonio Cossio Bolaños

Membro Titular

A Ata da defesa com as respectivas assinaturas dos membros encontra-se no processo de vida

acadêmica do aluno.

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DEDICATÓRIA

Dedico esse trabalho à minha família pelo apoio e amor em todos os momentos de minha

vida.

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AGRADECIMENTOS

Gostaria de agradecer em primeiro lugar a minha família, meus pais e irmão por

todo amor e apoio em toda a minha vida.

À minha namorada Paula, obrigado por tudo nesses anos, estamos evoluindo

juntos e devemos sempre estar lado a lado, você é incrível. Obrigado por todo apoio e pelo

Amor puro e sincero. Eu te amo.

Agradeço também a Silvana, Stefano, Renata, Márcio e Pâmella, obrigado por

todo carinho e por terem me recebido tão bem em suas vidas.

Ao professor Miguel de Arruda, que sem dúvida tem sido meu Pai Acadêmico

desde 2008 quando começamos a conversar a respeito de projetos de Iniciação Científica.

Agradeço não só pelos ensinamentos teóricos e práticos pertinentes a nossa profissão mas

também pelas conversas, conselhos e por todas as oportunidades que vem me proporcionando.

Aos professores e Amigos Marco e Rossana, muito obrigado por todo apoio

acadêmico, vocês sempre estiveram dispostos a me ajudar e sem vocês sem dúvida esse

trabalho não seria possível. Ao professor Anderson Marques pelo pronto aceite na

composição de minha banca e pela ajuda na avaliação e desenvolvimento dessa dissertação.

Ao Brasil Vôlei Clube (Vôlei Campinas) pela oportunidade de trabalhar com

esporte de alto rendimento e também por permitir e apoiar que o meu projeto de mestrado

fosse desenvolvido em parceria com os atletas da instituição. Agradeço a todos os atletas e

profissionais que participaram desse momento. Obrigado Guilherme Miller por todas as

oportunidades profissionais e total apoio no desenvolvimento do projeto. Obrigado Marcelo,

aprendi muito com você, você sem dúvida me abraçou como um Irmão nos momentos de

dificuldade dentro do clube, sobretudo pela minha falta de experiência no início. Obrigado

Jaime, mesmo com o pouco tempo juntos pude aprender muito. Obrigado Ronaldo, pelos

ensinamentos profissionais e conselhos pessoais, poucas pessoas possuem seu caráter e sua

bondade.

Aos professores Gil-Guerra e Ezequiel Gonçalves do Centro de Investigação em

Pediatria da UNICAMP por sempre me receberem muito bem em suas aulas, grupos de

estudos e coletas de pesquisas, proporcionando grande aprendizado. Agradeço muito por

abrirem as portas de vosso laboratório sem qualquer tipo de impedimento para que minha

coleta pudesse ser realizada. Aos colegas do laboratório que me ajudaram nas coletas: Juan,

Mauro, Raquel, Juliano e Camila.

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Aos Irmãos de coração que a vida coloca em nossos caminhos, os que estiveram

mais próximos durante essa etapa: Dieguinho, Luiz Ceará, Rafael e Thiagão. E os que mesmo

um pouco mais distantes pelos percalços da vida não são menos importantes e verdadeiros

Irmãos, obrigado pela amizade LF, Gabriel, Vitão, Lucas, Léo e Alan.

Agradeço por fim a todos que de alguma forma estiveram presente nessa fase de

minha vida.

A todos, meu MUITO OBRIGADO!

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Da Silva, Y.G.M. Desenvolvimento de equações para analise da composição corporal em

jovens atletas de voleibol do sexo masculino. 2016. (Mestrado em Educação Física) -

Faculdade de Educação Física. Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2016.

RESUMO

O objetivo do estudo foi desenvolver equações de regressão para predizer o percentual de

gordura corporal e massa livre de gordura de jovens jogadores de voleibol do sexo masculino,

utilizando como método de referência absortometria radiológica de dupla energia (DXA).

Este estudo avaliou 29 jogadores de voleibol de uma equipe profissional da liga brasileira de

voleibol da primeira divisão. Foram avaliados os anos de experiência, peso, estatura, dobras

cutâneas, diâmetros ósseos e circunferências corporais. Estimou-se o percentual de gordura

corporal (%GC) e a MLG através do método de absortometria radiológica de dupla energia

como método referência. Foram desenvolvidas três novas equações para predizer o %GC:

equação 1 (R²=076, EPE=1,82), equação 2 (R²=0,79, EPE=1,85) e equação 3 (R²=0,80,

EPE=1,81) e três equações para predizer a MLG: equação 1 (R²=087, EPE=3,04), equação 2

(R²=0,89, EPE=2,81), equação 3 (R²=0,90, EPE=2,77). Em conclusão, as seis equações

desenvolvidas podem ser utilizadas para predizer a composição corporal de jovens jogadores

de voleibol. Sugere-se o uso e aplicação das equações como técnica alternativa válida e

confiável para utilização em equipes de jovens voleibolistas.

Palavras Chave: Antropometria, DXA, percentual de gordura corporal, voleibol, massa livre

de gordura.

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Da Silva, Y.G.M. Development of equations for analysis of body composition in young

male volleyball athletes. 2016. (Mestrado em Educação Física) - Faculdade de Educação

Física. Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2016.

ABSTRACT

The purpose of the study was to develop regression equations in order to predict the body fat

percentage (%) and fat-free massa in young male volleyball players by using the Dual-energy

X-ray absorptiometry (DXA) method as a reference. Researchers assessed 29 volleyball

players from a professional first division team in the Brazilian volleyball league. Ages of the

sample ranged from 16.0 to 20.9 years old. The assessment included: years of experience,

weight, height, skinfolds, breadths and body circumferences. Body fat percentage and fat-free

mass was calculated through the Dual-energy X-ray absorptiometry (DXA) method. Three

equations were created/developed to predict BF%: equation 1: (R2= 0.76, SEE=1.82),

equation 2: (R2= 0.79, SEE=1.85), and equation 3: (R

2 = 0.80, SEE=1.81) and other three

equations were developed to predict FFM: equation 1 (R²=087, SEE=3,04), equation 2

(R²=0,89, SEE=2,81), equation 3 (R²=0,90, SEE=2,77). To conclude, all six equations

developed may be used to predict body composition in young volleyball players. These

equations may be used as a reliable and valid alternative technique for research.

Key words: Anthropometry, Dual-energy X-ray absorptiometry, body fat percentage,

volleyball, Fat free mass.

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

DXA Absortometria Radiológica de Dupla Energia

cm Centímetros

r Coeficiente de Correlação de Pearson

R² Coeficiente de Correlação de Pearson Ajustado

CV Coeficiente de Variação

CC Composição Corporal

CMO Conteúdo Mineral Ósseo

DMO Densidade Mineral Óssea

DP Desvio Padrão

CI Dobra Cutânea Crista Ilíaca

CX Dobra Cutânea da Coxa

P Dobra Cutânea da Perna

SE Dobra Cutânea Subescapular

Tr Dobra Cutânea Triciptal

SEE Erro Parão de Medida

ETM Erro Técnico de Medida

FIV Fator de Inflação de Variância

FIVB Federação Internacional de Voleibol

g Grama

g/cm² Grama por Centímetro Quadrado

ISAK

International Society for Advancement of

Kineanthropometry

MG Massa Gorda

MIGO Massa Isenta de Gordura de Osso

MLG Massa Livre de Gordura

MM Massa Magra

x Média

mm Milímetros

iDXA Modelo DXA GE Healthcare Lunar

n Número de Sujeitos

%GC Percentual de Gordura Corporal

%G-

DXA Percentual de Gordura Estimado pela DXA

Kg Quilograma

p Significância estatística

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO AO CONTEXTO DA PESQUISA ............................................................ 12

Composição Corporal Contexto Geral .................................................................................. 12

Alterações e Influências da Composição Corporal do Esportista ......................................... 15

Avaliação da Composição Corporal Através da DXA ......................................................... 17

Antropometria ....................................................................................................................... 19

Desenvolvimento de Equações Preditivas de CC ................................................................. 20

OBJETIVOS ........................................................................................................................... 22

Objetivo Geral ....................................................................................................................... 22

Objetivos Específicos............................................................................................................ 22

MATERIAIS E MÉTODOS .................................................................................................. 23

Caracterização da Amostra ................................................................................................... 23

Medidas Antropométricas ..................................................................................................... 23

Composição Corporal ........................................................................................................... 24

Procedimentos da Coleta de Dados....................................................................................... 24

Estatística .............................................................................................................................. 25

RESULTADOS ....................................................................................................................... 27

ESTUDO 1: Estimativa do percentual de gordura corporal em jogadores de voleibol do

sexo masculino: Avaliação a partir de dobras

cutâneas...........................................................28

ESTUDO 2 - Desenvolvimento de equações para predizer a massa livre de gordura em

jovens atletas de voleibol do sexo masculino ........................................................................ 42

CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................. 54

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 55

ANEXOS.................................................................................................................................. 65

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INTRODUÇÃO AO CONTEXTO DA PESQUISA

Composição Corporal Contexto Geral

O estudo da composição corporal pode ser definido como o estudo das

quantidades e proporções dos principais componentes estruturais corporais através do

fracionamento do peso corporal (MALINA, BOUCHARD., 1991; GUEDES, et al., 1994;

PETROSKI., 1999), além disso, existe uma série os métodos relacionados à análise da

composição corporal que permitem verificar alterações nos tecidos ao longo do tempo

(TRIBAULT et al., 2012), esses métodos variam de acordo com suas bases físicas, custo,

acurácia, facilidade de utilização e de transporte do equipamento (REZENDE et al., 2007).

Ainda sobre o estudo da composição corporal, este é dividido e organizado em

três áreas de pesquisa: as regras da composição corporal, metodologia da composição corporal

e alterações da composição corporal (WANG et al., 1999).

A primeira área descreve as regras da composição corporal humana e as relações

relativamente constantes dos componentes corporais em si, entre eles (os diferentes

componentes) e suas propriedades mensuráveis. A segunda área foca no estudo dos métodos

in vivo de avaliação dos diversos componentes corporais. E por fim, a terceira área se

concentra no estudo das alterações da composição corporal causada por fatores que podem

influenciar os componentes estudados, tais como: idade, nutrição, crescimento, sexo,

atividade física, doenças etc. (WANG et al., 1999; STWART et al., 2010).

Com objetivo de sistematizar e organizar o estudo da composição corporal Wang,

Pierson & Heymsfield (1992) desenvolveram um sistema com cinco níveis de análise da

composição corporal, sendo eles:

- Nível I Atômico – Composto pelos elementos químicos básicos. Existem 106

elementos na natureza, desses cerca de 50 podem ser encontrados no corpo humano e com as

recentes tecnologias todos eles podem ser mensurados in vivo.

- Nível II – Molecular – Concentra-se em cinco compostos químicos principais,

sendo eles: água, lipídios (gordura), proteínas, minerais e carbono.

- Nível III – Celular – A massa corporal é vista como composto de células e

substâncias fora das células (composição extracelular) logo, a massa celular corporal é

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definida por fluídos intracelulares e sólidos intracelular sendo assim o componente

metabolicamente ativo do corpo.

- Nível IV – Tecidular Sistêmico – A este nível, o estudo da composição corporal

incide sobre a contribuição de tecidos específicos para massa corporal: músculo esquelético,

adiposo, osso, sangue, vísceras e cérebro.

- Nível V – Corpo Total – O quinta nível da composição corporal é o de corpo

total ou corpo inteiro, que consiste em analisar os tamanhos corporais, formas, proporções e

características físicas. O Índice de massa corporal e as dobras cutâneas são as técnicas

antropométricas mais usadas como indicadores nesse nível de composição corporal.

Relacionado a isso a área da metodologia da composição corporal dedica-se a

investigar o estudo e as aplicações dos métodos usados para quantificar os componentes

corporais de acordo com os cinco níveis da composição corporal. Para tanto é preciso

entender como funcionam os modelos e quais os métodos utilizados em cada um deles.

O modelo de 2 componentes parte da hipótese de que o corpo pode ser dividido

em dois componentes distintos, massa gorda e massa livre de gordura, esse último

corresponderia a todos os tecidos restantes em conjunto. Normalmente no modelo de dois

compartimentos usa-se a determinação da densidade corporal e também a quantidade total de

água corporal (WITHERS et al., 1998).

Os modelos multicompartimentais procuram fazer uma avaliação através do

cálculo das diferentes frações da massa corporal e são os modelos mais indicados para

desenvolver equações preditivas da composição corporal e dados de referência (ROCHE et

al., 1996; LOHMAN et al., 1992).

De forma mais específica, as estimativas do volume corporal são usadas como a

base para um modelo densiométrico de dois componentes para a análise da composição

corporal (WITHERS et al., 1998), logo, com a adição da análise da água total corporal (por

diluição de isótopos) tem-se um modelo de três componentes e por fim um modelo de quatro

componentes adicionando o conteúdo ósseo ou mineral ósseo (CMO) à massa livre de

gordura (MLG) (BAUMGARTNER et al., 1991; FULLER et al., 1992).

Existem atualmente três métodos de mensuração nas análises dos componentes

corporais: métodos diretos, métodos indiretos e métodos duplamente indiretos.

Os métodos diretos são possíveis apenas através da dissecação macroscópica ou

extração lipídica uma vez que as análises são feitas através da manipulação direta dos

diferentes tecidos corporais, sendo assim são derivados da análise química de cadáveres e são

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métodos comumente usados como referência ou para dar suporte teórico aos demais métodos

(PETROSKI., 1999).

Os métodos indiretos se utilizam de variáveis químicas e físicas, e de pressupostos

biológicos para estimar os componentes da composição corporal (MONTEIRO et al., 2002;

LUKASKI., 1987). Esses métodos estão divididos em três categorias:

1 – Os métodos Bioquímicos:

Hidrometria;

Espectrometria de raios gama (Potássio corporal total);

Ativação de nêutrons;

Excreção de creatinina.

2 – Métodos por imagem:

Ultrassonografia;

Tomografia;

Ressonância magnética;

Absortometria Radiológica de dupla energia (DXA).

3 – Métodos Densiométricos:

Pesagem Hidrostática;

Pletismografia.

E por fim, os métodos duplamente indiretos são aqueles que derivam dos métodos

indiretos nos quais as informações sobre os componentes estruturais da composição corporal

estão ligados à utilização de equações desenvolvidas através de investigações científicas para

validação dos mesmos (MORAN et al., 2011). Os principais métodos duplamente indiretos

são:

Interactância de raios infravermelho;

Bioimpedância elétrica;

Antropometria

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Alterações e Influências da Composição Corporal do Esportista

Segundo Malina (2007) a composição corporal é um fator que pode influenciar o

desempeno atlético, sendo assim torna-se de um fator de considerável importância para atletas

e comissões técnicas. Ainda segundo Malina (2007) os jovens que praticam sistematicamente

uma disciplina esportiva durante a maior parte do ano podem sofrer alterações nos tecidos

corporais, embora, haja também a possibilidade de o próprio esporte selecionar atletas com

características específicas da modalidade praticada.

Ou seja, a atividade física sistemática pode moldar as modificações na

composição corporal e no processo de crescimento e desenvolvimento, pode-se verificar que a

atividade física é um fator que sofre influência dessas modificações, melhorando o

desempenho motor, e também, ao mesmo tempo, pode influenciar nas alterações da

composição corporal do jovem.

Em atletas de alto rendimento, tanto a análise do tecido livre de gordura como a

massa de gordura são de particular interesse, sobretudo como esses podem afetar o

desempenho.

Ara e colaboradores (2004) mostram que indivíduos jovens, envolvidos em

programas de atividades físicas por três horas semanais, têm uma diminuição da gordura

corporal do tronco e do corpo como um todo, além de um aumento significativo da aptidão

física.

Na mesma direção Godina e colaboradores (2007) em um estudo com jovens

russos entre 12 e 17 anos de ambos os sexos verificaram que o nível de atividade física e

participação esportiva, ou seja, o quanto se pratica e quão intensa é a atividade, possui um

forte efeito sobre a composição corporal, sobretudo no aumento de Massa Magra (MM),

Massa livre de Gordura (MLG) e Água corporal total, e na diminuição da Massa de Gordura

(MG).

De forma geral a MM segue um padrão de crescimento semelhante ao da estatura

e peso da infância até a adolescência. Do final da adolescência até o início da fase adulta

acontece um rápido crescimento da MM em homens e é nesse período que o percentual de

gordura (%GC) atinge seus menores valores, muito em função justamente do rápido

crescimento de MM e consequentemente menor acúmulo de MG.

Nesse sentido torna-se importante entender como os diferentes componentes da

composição corporal variam com a idade, sexo e estado de maturação, sobretudo na

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adolescência, bem como é importante compreender também a influência do treinamento

sistemático para o desporto na composição corporal. Algumas discussões ligadas à

composição corporal em atletas se concentram na gordura relativa por causa da influência

potencialmente negativa de excesso de gordura no desempenho esportivo (NIKOLAIDIS,.

2012; GRANTHAM et al., 2014), em uma pesquisa com jovens atletas de voleibol do sexo

feminino Nikolaidis (2013) confirmou o efeito negativo do excesso de gordura e de peso em

parâmetros ligado a aptidão física mostrando uma correlação negativa entre %GC e testes de

pressão manual, salto vertical, Wingate e capacidade cardiorrespiratória.

Em um importante estudo com 4000 estudantes James Grantham e Maciej

Hennerberg (2014) procuraram mostrar como a adiposidade se relaciona com o tempo de

reação neuromuscular. Segundo seus achados, com o aumento da adiposidade, analisada

através da soma de dobras cutâneas, o tempo de reação neuromuscular diminui

significantemente (p=0.000) em ambos os sexos, porém essa relação entre adiposidade e

tempo de reação neuromuscular parece ser mais significante entre os indivíduos do sexo

masculino. Tendo isso em vista pode-se fazer uma relação considerando o desempenho

esportivo, sobretudo no voleibol, uma vez que a modalidade possui diversas ações

neuromusculares.

Sendo assim tais resultados reforçam ainda mais a importância da análise da

quantidade de gordura corporal ou do %G em regimes de treinamento de voleibol.

A atividade física e, sobretudo a prática esportiva de alta performance, também

pode influenciar a composição corporal na questão óssea, sendo favorável na formação e

manutenção óssea durante todas as fases da vida (SNOW-HARTER et al., 1992;

HASSELTROM et al., 2007; MAVROEIDI et al., 2009; HARVEY et al., 2012). Atividades

que apresentem alto grau de impacto ou sobrecarga (weight-bering activities) (RIDDER et al.,

2002) fazem com que os ossos suportem altas cargas mecânicas exercidas pelo próprio peso

corporal gerando reações fisiológicas de remodelação óssea (através da migração de células

ósseas para as áreas que sofreram sobrecarga) que podem levar ao aumento de força e

diâmetro ósseo (BAECHLE et al., 2010).

O efeito positivo na estrutura óssea em função de exercícios e esportes com alta

sobrecarga do peso corporal (MADSEN et al., 1998) não tem sido sugerido à toa visto que

atletas envolvidos em atividades com essa característica tendem a possuir maior DMO que a

população em geral (CREIGHTON et al., 2001; LIU et al., 2003).

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É importante salientar que o efeito da atividade física na estrutura óssea necessita

de um alto nível de desempenho tanto no que diz respeito a volume como intensidade do

mesmo. O desenvolvimento e fortalecimento ósseo através de estímulos repetidos ocorrem

por meio de longos períodos de treinamento podendo não ser suficiente para desenvolvimento

da DMO em atletas amadores (CREIGHTON et al., 2001). Madsen e colaboradores (1998)

sugerem que a maior DMO observada em atletas possa existir em função de maiores cargas

no desempenho de atividades físicas durante a adolescência e também necessitam ultrapassar

uma determinada intensidade para gerar de fato a remodelação óssea (PRUITT et al., 1992;

VICENT et al., 2002; BARRY et al., 2008).

Avaliação da Composição Corporal Através da DXA

Atualmente é comum que atletas façam avaliações periódicas para verificar

mudanças na composição corporal para determinar a eficácia de intervenções de treinamento

e nutrição. Além disso, uma vez que pequenas mudanças podem ter impacto sobre o

desempenho atlético, é importante que sejam usados métodos de avaliação com boa precisão

(SANTOS et al., 2010).

Métodos indiretos têm sido amplamente utilizados como referência para o

desenvolvimento e validação em estudos que envolvam a estimativa de componentes da

composição corporal (SALAMONE et al., 2000). A DXA tem sido um dos métodos mais

utilizados para estimativa dos componentes corporais e tem se firmado como uma referência

para estimativa dos componentes corporais em distintos grupos etários e em diversas

populações. A popularização na utilização do DXA deve-se ao fato de ser uma ferramenta de

fácil aplicação, rápida e não invasiva. Tendo uma exposição à radiação baixa e calibração

estável, porém não é de fácil disponibilidade e com um custo elevado. É importante salientar

que a DXA é uma técnica padrão-ouro na avaliação da composição corporal ao nível

molecular e é baseada em um modelo de 3 compartimentos MG, MIGO e CMO

(BAZZOCCHI et al., 2016).

Inicialmente, destinado à mensuração da densidade mineral óssea (DMO) e do

CMO, esse método, devido aos avanços tecnológicos, vai muito além disso (CHOI., 2016) e

permite também a estimativa dos componentes corporais, dando condições para uma análise

total ou dos segmentos corporais (membros superiores, inferiores e tronco), possibilitando

uma análise da topografia corporal, assim como possibilita estimativas da massa muscular e

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percentual de gordura. A medida da DXA é definida como a quantidade de radiação absorvida

pelo corpo ou segmento desejado, calculando a diferença entre a energia emitida pela fonte de

radiação e a sensibilizada pelo detector de energia (ALBANESE et al., 2003).

De forma simplificada a DXA faz um escaneamento ou varredura do corpo de um

indivíduo através do feixe duplo de raios x (Figura 1), fornecendo dados da composição

corporal de MG, MIGO e CMO bem como cálculos de DMO e %GC que podem ser

observados de forma geral (corpo inteiro) ou de forma segmentada (frações do corpo, apenas

dos membros inferiores por exemplo) além de fornecer imagens que ilustram a forma e

composição corpórea do indivíduo analisado (figura 2).

Figura 1 - Escaneamento através da DXA

Figura 2 - Exemplos das imagens e resultados gerados após avaliação através da DXA

Quando comparados valores da pesagem hidrostática, outro método referência

consagrado, e da DXA, não foram encontradas diferenças significativas entre os métodos em

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um estudo com 33 adultos com idade entre 25 e 29 anos de idade (JOHANSSON et al., 1993).

Em outro estudo Kort analisou 335 indivíduos de ambos os sexos e após ajustar os resultados

para as quantidades de agua corporal, proteína e mineral ósseo também não foram

encontradas diferenças entre os dois métodos. Ainda nesse sentido diversas investigações

mostraram boras relações da DXA quando comprada a outros métodos referência em

populações de crianças e jovens (WONG et al., 2002), adultos e idosos (VISSER et al., 1999;

CLASEY et al., 1999), pacientes crônicos (HARDERSLEV et al., 2005) bem como sua

acurácia na análise da CC de atletas (BILSBOROUGH., 2014).

Antropometria

O estudo da antropometria está pautado na aferição e análise das medidas de

tamanho e proporções do corpo humano (PETROSKI., 1999). As medidas antropométricas

tais como peso, altura, perímetro da cintura, quadril e abdômen são comumente utilizadas

para o diagnóstico do estado nutricional (baixo peso, excesso de peso, obesidade e etc) e

avaliação de alguns fatores de risco ligados a algumas doenças (diabetes, cardiopatias,

hipertensão e etc) em diversas populações. Podem sem utilizadas também como forma de

seleção, classificação e caracterização de atletas e também no auxilio do controle e

planejamento do treinamento esportivo.

No âmbito esportivo um jovem atleta, que tem em sua rotina altos volumes de

treino, tende a apresentar diferenças em sua composição corporal quando comparados a

jovens não atletas de mesma idade ou idade próxima. Os indicadores de quantidade de

gordura corporal e %GC são bons exemplos práticos dessas diferenças uma vez que tendem a

serem menores nos não atletas e são considerados bons indicadores de riscos a saúde e

desempenho físico esportivo (ARA et al., 2004; GODINA et al., 2007).

Sendo assim, metodologias como a medição das dobras cutâneas, circunferências

corporais e diâmetros ósseos são alternativas consideradas simples, consistentes e muito

aceitas academicamente e na prática da avaliação física, sendo utilizadas tanto na área da

saúde como na área do treinamento desportivo, e por conta disso essas metodologias são

comumente aplicadas ao desenvolvimento de equações.

A metodologia definida como dobra cutânea consiste em destacar uma porção de

tecido subcutâneo, de acordo com uma padronização pré-estabelecida e aferir sua dimensão

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(tamanho) utilizando um adipômetro também chamado de compasso de dobras cutâneas. As

circunferências corporais são feitas com uma fita métrica e consistem em mensurar o tamanho

(em centímetros normalmente) de alguma parte do corpo no eixo longitudinal. Os diâmetros

ósseos são mensurados identificando pontos anatômicos de referência (acidentes ósseos) e

colocando sobre eles as pontas de um paquímetro específico para as medidas.

As informações obtidas através das medidas da espessura das dobras cutâneas

estão ligadas as grandes quantidades de gordura corporal localizada no tecido subcutâneo,

sendo assim a espessura ou as dimensões da mesma podem refletir a quantidade de gordura

local podendo ser envolvidas em equações que podem estimar a quantidade total de gordura

corporal. Já as medidas de circunferências e diâmetros ósseos costumam estar ligadas a

análises de fatores de risco e saúde e quando envolvidas em equações podem fornecer

importantes informações a respeito do desenvolvimento ósseo, MM e MLG.

Em geral as metodologias antropométricas são amplamente utilizadas pois

apresentam algumas vantagens quanto a alguns testes de laboratório uma vez que são

consideradas simples, de baixo custo e não invasiva.

Desenvolvimento de Equações Preditivas de CC

Segundo Petroski (1999), uma das principais formas de utilização dos dados da

análise das dobras cutâneas no estudo da composição corporal está alicerçada no uso das

medidas em equações de regressão múltipla destinadas a predizer a gordura corporal.

As equações preditivas podem se apresentar de duas formas: generalizadas e

específicas. As equações generalizadas são desenvolvidas utilizando grandes amostras sendo

essa heterogênea, seja na idade, gordura corporal entre outras. Essas equações costumam usar

um modelo de regressão curvilinear e a idade como variável independente. Já as equações

específicas são desenvolvidas a partir de populações homogêneas na idade, nível de atividade

física, tipo de atividade física praticada, gênero etc. A principal vantagem das equações

homogêneas está na sua acurácia quando aplicada em sua população específica.

Grande parte dos modelos desenvolvidos atualmente tem como método referência

a DXA e os resultados tem se mostrado bastante interessantes quando analisada a correlação

entre eles (modelo desenvolvido x DXA). Estudos em diversas populações e etnias vêm sendo

desenvolvidos nesse sentido, Cameron e colaboradores (2004) desenvolveram equações de

regressão para estimar o %GC de jovens africanos através de dobras cutâneas e utilizando a

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DXA como referência. Da mesma forma Xin Liu e colaboradores (2015) desenvolveram

equações para adultos chineses de ambos os sexos também utilizando a antropometria e a

DXA no desenvolvimento, os resultados de correlação foram superiores a 0,9 no cruzamento

dos dados das duas metodologias utilizadas.

Os atletas também estão inclusos em trabalhos dessa natureza, em um estudo

conduzido com 157 atletas de futebol americano Oliver e colaboradores (2012)

desenvolveram equações de predição do %GC utilizando também as dobras cutâneas e através

da DXA como método referência. Em sua análise os valores de r² também foram superiores a

0,9 para as três equações em questão. Na mesma direção Stewart e colaboradores (2000)

usaram a DXA como referência no desenvolvimento de equações de MG e MLG para atletas,

no estudo foram incluídos 82 atletas do sexo masculino de diversos esportes sendo que,

desses atletas 19 estavam em nível internacional de competição e todos tinham ao menos 3

anos de experiência competitiva, as equações incluíram em seus modelos medidas de dobras

cutâneas, diâmetros ósseos e perímetros corporais e obtiveram, para MLG, valores de R

ajustado entre 0,8 e 0,96 e EPE variando entre aproximadamente entre 1,7 e 3,6, e para MG

valores de R² variando entre 0,66 e 0,85 e EPE entre 1,7 e 2,4 aproximadamente. Vale

salientar que nesse estudo quanto mais medidas antrométricas estavam inseridas nos modelos

mais confiáveis eles se apresentaram até um limite ideal de 7 e 5 medidas para MG e MLG

respectivamente.

Sendo assim pode-se observar que, mesmo com o avanço das tecnologias para

análise da composição corporal, estudos ainda estão sendo desenvolvidos em diferentes partes

do mundo e com diferentes populações no sentido de fornecer equações preditivas de CC

como uma ferramenta prática, precisa e razoavelmente simples através da DXA como um

método referência confiável.

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OBJETIVOS

Objetivo Geral

Mensurar e analisar as variáveis antropométricas e de composição corporal de

jovens atletas de voleibol do sexo masculino.

Objetivos Específicos

Desenvolver equações de regressão para predizer o percentual de gordura corporal

de jovens jogadores de voleibol do sexo masculino utilizando como método de referência a

absortometria radiológica de dupla energia (DXA).

Desenvolver equações de regressão para predizer a MLG de jovens jogadores de

voleibol do sexo masculino utilizando como método de referência a absortometria radiológica

de dupla energia (DXA).

Verificar a acurácia das equações desenvolvidas quanto à sua significância.

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MATERIAIS E MÉTODOS

Caracterização da Amostra

Foram selecionados, de forma não-probabilística, 29 jogadores de voleibol de uma

equipe de base com duas categorias (sub-19 e sub-21) ligada a uma equipe profissional da

liga brasileira de voleibol da primeira divisão com faixa etária variando entre 16 a 20,9 anos

de idade. De acordo com as diferentes posições de jogo os jogadores avaliados seguiam a

seguinte disposição: Levantadores (n=6), Meio de rede ou central (n=9), Ponteiros (n=8),

Opostos (n=3) e líberos (n=3). Todos os jogadores encontravam-se saudáveis (definido como

não tendo diabetes, enfermidades no coração, disfunção musculo esquelética, câncer e

tabagismo).

Os atletas que compuseram a amostra provinham de 8 estados diferentes seguindo

a seguinte disposição: São Paulo (18), Minas Gerais (3), Santa Catarina (2), Rio Grande do

Sul (2), Rio de Janeiro (1), Pará (1), Baia (1) e Goiás (1). Por fim tais atletas disputaram os

melhores campeonatos da categoria sendo bicampeões estaduais na categoria sub-21, boa

parte dos atletas teve passagens por seleções nacionais (sub-16, sub-19, sub-21 ou sub23) e

estaduais (Quadro 1).

Quadro 1 - Número de atletas com passagens por

seleções nacionais e estaduais de base

Número Total de Atletas

2

29

Passagem por Seleções Nacionais de Base

9

9

Passagem por Seleções Estaduais de Base

1

14

Medidas Antropométricas

Foi seguido o protocolo da International Socyety for Advancement of

Kinanthropometry (ISAK, 2001), as variáveis mensuradas foram:

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• Massa corporal (kg): foi utilizada uma balança digital Tanita® com uma

precisão de (0,1kg) e com uma escala de (0 a 150 kg).

• Estatura (cm): foi mensurada através de um estadiometro de alumínio Seca

Hamburgo® com uma precisão de 0,1cm e com uma escala de (0 a 2,50mm).

• Dobras cutâneas (mm): foram avaliadas as dobras tricipital, biciptal,

subescapular, crista ilíaca, supraespinal, abdominal, coxa e panturrilha media, através de um

compasso Harpender England que exerce uma pressão constante de (10gr/cm2).

• Diâmetros ósseos (cm): foram avaliados os diâmetros biestilóide (punho) e

biepicondilo femural (joelho), biepicondilo umeral (cotovelo) e bimaleolar (tornozelo),

utilizando um paquímetro de alumínio Seca com uma precisão de 1mm.

• Circunferências (cm): foram medidas as circunferências Cintura, Abdomên,

Quadril, Braço, Antebraço, Coxa proximal, coxa distal, coxa meso-femural e panturrilha

através de uma trena de fibra de vidro da marca WCS.

Composição Corporal

Para as análises da composição corporal (percentual de gordura) utilizou-se como

método referência a absortometria radiológica de dupla energia. Foi utilizado um

equipamento modelo iDXA( GE Healthcare Lunar, Madison, WI, EUA) com detectores do

tipo fan beam (feixe de leque), software encore™ 2011, versão 13,6.

Procedimentos da Coleta de Dados

A medição das variáveis antropométricas e a absortometria radiológica de dupla

energia foram efetuadas no mesmo dia. Todas as avaliações foram feitas em uma mesma

semana do mês de abril de 2014 entre as 9:00 e 11:00 horas da manhã. Todo o processo foi

realizado em um laboratório da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual de

Campinas, São Paulo – Brasil.

A massa corporal, a estatura e as dobras cutâneas foram aferidas sem calçado e

com roupa leve. Foi seguido o protocolo da International Socyety for Advancement of

Kinanthropometry (ISAK, 2001). A massa corporal (kg) foi medida utilizando uma balança

digital (Tanita Ltda) com uma precisão de 0,1kg. A estatura foi medida utilizando um

estadiometro de parede (Seca Hamburgo) com graduação em milímetros e com precisão de

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25

0,1cm. As dobras cutâneas biciptal, triciptal, subescapular, crista-ilíaca, abdominal, coxa e

panturilha foram avaliadas através de um compasso de dobras cutâneas (Harpender, England).

A precisão da pinça estava de acordo com as especificações do fabricante, com uma precisão

constante de 10g/cm². O diâmetro do tornozelo (cm) foi aferido utilizando um paquímetro

Cescorf (Made in Brasil) com uma escala de 0 a 20 cm e uma precisão de 1mm. A

circunferência do antebraço (cm) foi avaliada por meio de uma fita métrica de metal (Seca)

graduada em milímetros com uma precisão de 0,1 cm. Estas variáveis foram avaliadas do lado

direito. O Índice de Massa Corporal (IMC) foi calculado pela fórmula:

IMC=Peso(kg)/estatura²(m).

A avaliação antropométrica ficou a cargo de um técnico especializado e com

certificação ISAK. O erro técnico de medida (ETM) intra-avaliador foi inferios a 2% para

todas as medidas antropométricas.

Para as análises da composição corporal (percentual de gordura) utilizou-se como

método referência a absortometria radiológica de dupla energia. Foi utilizado um

equipamento modelo iDXA( GE Healthcare Lunar, Madison, WI, EUA) com detectores do

tipo fan beam (feixe de leque), software encore™ 2011, versão 13,6. Todos os participantes

do estudo foram advertidos quanto ao uso de objetos metálicos e também quanto a presença

de matais no corpo durante o escaneamento na DXA. Todos os dias, antes de iniciar as

avaliações, um técnico responsável encarregava-se de calibrar o equipamento segundo as

especificações do fabricante, técnico esse que recebeu capacitação e certificação para o uso

profissional do equipamento.

Durante o escaneamento, os atletas permaneceram em decúbito dorsal, com os

braços estendidos ao lado do corpo e joelhos e tornozelos atados com uma sinta de velcro para

assegurar o posicionamento padrão. A linha da mandíbula (ou do queixo) foi utilizada para

realizar uma leitura correta da composição corporal uma vez que a estatura dos atletas

superava a área de escaneamento. Foi explicado aos atletas que durante o escaneamento não

poderiam se movimentar.

Estatística

A normalidade dos dados foi verificada através do teste de Shapiro-Wilk.

Utilizou-se a análise descritiva da média aritmética, desvio padrão (DP) e coeficiente de

variação. Para relacionar as variáveis utilizou-se a correlação de Pearson. Para desenvolver as

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equações de regressão se utilizou a análise de regressão múltipla por passos com objetivo de

identificar as variáveis que melhor predissessem o % de gordura corporal dos voleibolistas.

Para analisar as equações estimou-se o R², SEE e a multicolinearidade por meio do fator de

inflação da variância (FIV).

Para a MLG as equações foram analisadas por meio do R2, erro padrão de

estimativa (EPE) e pelo fator de inflação de variância (FIV). A plotagem de Blant e Altman

(1986) foi utilizada para verificar a correlação entre os valores de referência (DXA) com as

equações desenvolvidas. O índice desejável reprodutibilidade (IRD) também foi usado, de

acordo com sugerido por Lin (1989).

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RESULTADOS

Os Resultados estão apresentados através do Estudo 1 que corresponde ao

desenvolvimento de equações de regressão preditivas de percentual de gordura e do Estudo 2

que corresponde ao desenvolvimento de equações preditivas de massa livre de gordura, ambos

em jovens atletas de voleibol do sexo masculino e utilizando como método referência a

absortometria rediológica de dupla energia (DXA).

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ESTUDO 1: Estimativa do percentual de gordura corporal em jogadores de voleibol do

sexo masculino: Avaliação a partir de dobras cutâneas.

Artigo submetido ao periódico Journal os Sports Sciences.

Yuri Germano Muniz¹, Ezequiel Moreira Gonçalves², Cynthia Lee Andruske³, Miguel de

Arruda¹

¹Faculty of Physical Education, State University of Campinas, São Paulo, Brazil;

²Department of Physical Activity Sciences, Catholic University of Maule, Talca, Chile;

³Red Iberoamerica de Investigación en Desarrollo Biológico, Talca, Chile.

RESUMO

O objetivo do estudo foi desenvolver equações de regressão para predizer o percentual de

gordura corporal de jovens jogadores de voleibol do sexo masculino, utilizando como método

de referência absortometria radiológica de dupla energia (DXA). Este estudo avaliou 29

jogadores de voleibol de uma equipe profissional da liga brasileira de voleibol da primeira

divisão. Foram avaliados os anos de experiência, peso, estatura, estatura sentado, 7 dobras

cutâneas (biciptal, subescapular, ilíaca superior, supraespinal, abdominal, coxa medial e

perna). Estimou-se o percentual de gordura corporal (%GC) através do método de

absortometria radiológica de dupla energia como método referência. Foram desenvolvidas três

novas equações para predizer o %GC: equação 1 (R²=076, SEE=1,82), equação 2 (R²=0,79,

SEE=1,85) e equação 3 (R²=0,80, SEE=1,81). Em conclusão, as três equações desenvolvidas

podem ser utilizadas para predizer o %GC de jovens jogadores de voleibol. Sugere-se o uso e

aplicação das equações como técnica alternativa válida e confiável para utilização em equipes

de jovens voleibolistas.

Palavras Chave: Antropometria, DXA, percentual de gordura corporal, voleibolistas.

INTRODUÇÃO

O voleibol é uma modalidade esportiva coletiva que é praticada mundialmente a

nível amador, profissional e a nível olímpico. Segundo a Federação Internacional de Voleibol

(FIVB) este esporte é praticado em 220 países com membros afiliados a nível mundial. Se

caracteriza por esforços físicos curtos e intensos durante os treinamentos e durante a

competição (SMITH et al., 1992).

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Basicamente, a superioridade física, técnica e tática apresentada pela maioria das

equipes com sucesso, expressado em vitórias, sugerem a necessidade de um processo de

treinamento controlado para alcançar um alto nível competitivo (PEÑA et al., 2013), inclusive

a avaliação e o monitoramento do rendimento esportivo deve estar presente em todas as

etapas da periodização esportiva, visto que permite controlar de forma consciente o

rendimento esportivo dos voleibolistas, tanto de forma individual como coletiva.

De fato, a respeito da avaliação do rendimento esportivo, existe um complexo e

diversificado conjunto de variáveis, onde se inclui o perfil físico, fisiológico, psicológico,

biomecânico, hematológico, técnico, tático, morfológico entre outros. Nesse sentido, vários

são os estudos que tem documentado as características fisiológicas, antropométricas e

condição física dos jogadores de voleivol (SMITH et al., 1992; GABBET, GEORGIEFF.,

2007; SHEPPARD et al., 2008; MARQUES et al., 2009), mas no entanto, a nosso modo de

ver, não existem estudos relacionados a composição corporal de jovens voleibolistas, em

especial, aqueles que proponham equações de regressão para predizer o percentual de gordura

corporal em jovens voleibolistas de elite, posto que o constante monitoramento da

composição corporal é crucial para atletas de diversas modalidades esportivas, não apenas no

ponto de vista da saúde, mas também no que diz respeito ao rendimento esportivo (WARNER

et al., 2004) podendo ser benéfico na otimização dos programas de treinamentos específicos

(DUNCAN et al., 2006) e detecção de talentos (GUALDI-RUSSO et al., 2001).

Consequentemente, a aferição da composição corporal pode ser bastante benéfica

para treinadores, preparadores físicos e nutricionistas, em especial os que estão envolvidos

com as ciências do esporte, além disso, em geral tais profissionais tendem a preferir as

técnicas de campo, como as medição da espessura de dobras cutâneas frequentemente

caracterizada pela facilidade e simplicidade em seu uso e também pelo baixo custo

(BENTZUR et al., 2008; MOON et al., 2009) existente em sua aplicação.

A partir dessa perspectiva, o desenvolvimento de equações de regressão para

voleibolistas do sexo masculino com base em dobras cutâneas possuem vantagens em relação

as equações gerais desenvolvias para não atletas ou outras modalidades esportivas, visto que

esportistas muitas vezes possuem menor percentual de gordura corporal e maior e maior

massa muscular em relação a população em geral (ESCO et al., 2011), e também é

amplamente conhecido que cada modalidade esportiva, independentemente do nível em que

se encontram, apresentam seus próprios padrões antropométricos e de composição corporal.

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30

Sendo assim, a partir do que foi descrito anteriormente, o objetivo do presente

estudo foi desenvolver equações de regressão para predizer o percentual de gordura corporal

de jovens jogadores de voleibol do sexo masculino utilizando como método de referência a

absortometria radiológica de dupla energia (DXA).

MATERIAIS E MÉTODOS

Caracterização da Amostra

Foram selecionados, de forma não-probabilística, 29 jogadores de voleibol de

uma equipe de base com duas categorias (sub-19 e sub-21) ligada a uma equipe

profissional da liga brasileira de voleibol da primeira divisão com faixa etária variando

entre 16 a 20,9 anos de idade. De acordo com as diferentes posições de jogo os jogadores

avaliados seguiam a seguinte disposição: Levantadores (n=6), Meio de rede ou central

(n=9), Ponteiros (n=8), Opostos (n=3) e líberos (n=3). Todos os jogadores encontravam-se

saudáveis (definido como não tendo diabetes, enfermidades no coração, disfunção

musculo esquelética, câncer e tabagismo).

Os atletas que compuseram a amostra provinham de 8 estados diferentes

seguindo a seguinte disposição: São Paulo (18), Minas Gerais (3), Santa Catarina (2), Rio

Grande do Sul (2), Rio de Janeiro (1), Pará (1), Baia (1) e Goiás (1). Por fim tais atletas

disputaram os melhores campeonatos da categoria sendo bicampeões estaduais na

categoria sub-21, boa parte dos atletas teve passagens por seleções nacionais (sub-16, sub-

19, sub-21 ou sub23) e estaduais (Quadro 1).

Quadro 1 - Número de atletas com passagens por seleções nacionais e estaduais de base

Número Total de Atletas 29

Passagem por Seleções Nacionais de Base 9

Passagem por Seleções Estaduais de Base 14

Medidas Antropométricas

Foi seguido o protocolo da International Socyety for Advancement of

Kinanthropometry (ISAK, 2001), as variáveis mensuradas foram:

• Massa corporal (kg): foi utilizada uma balança digital Tanita® com

uma precisão de (0,1kg) e com uma escala de (0 a 150 kg).

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31

• Estatura (cm): foi mensurada através de um estadiometro de alumínio

Seca Hamburgo® com uma precisão de 0,1cm e com uma escala de (0 a 2,50mm).

• Dobras cutâneas (mm): foram avaliadas as dobras tricipital, biciptal,

subescapular, crista ilíaca, supraespinal, abdominal, coxa e panturrilha media, através de

um compasso Harpender England que exerce uma pressão constante de (10gr/cm2).

Composição Corporal

Para as análises da composição corporal (percentual de gordura) utilizou-se como

método referência a absortometria radiológica de dupla energia. Foi utilizado um

equipamento modelo iDXA( GE Healthcare Lunar, Madison, WI, EUA) com detectores do

tipo fan beam (feixe de leque), software encore™ 2011, versão 13,6.

Procedimentos

A medição das variáveis antropométricas e o escaneamento pela absortometria

radiológica de dupla energia foram efetuadas no mesmo dia. Todas as avaliações foram feitas

em uma mesma semana do mês de abril de 2014 entre as 9:00 e 11:00 horas da manhã. Todo

o processo foi realizado em um laboratório da Faculdade de Medicina da Universidade

Estadual de Campinas, São Paulo – Brasil.

A massa corporal, a estatura e as dobras cutâneas foram aferidas sem calçado e

com roupa leve. Foi seguido o protocolo da International Socyety for Advancement of

Kinanthropometry (ISAK, 2001). A massa corporal (kg) foi medida utilizando uma balance

digital (Tanita Ltd) com uma precisão de 0,1kg. A estatura foi medida utilizando um

estadiometro de parede (Seca Hamburgo) com graduação em milímetros e com precisão de

0,1cm. As dobras cutâneas biciptal, triciptal, subescapular, supra-ilíaca, abdominal, coxa e

pantorilha foram avaliadas através de um compasso de dobras cutâneas (Harpender, England).

A precisão da pinça estava de acordo com as especificações do fabricante, com uma precisão

constante de 10g/cm². A avaliação antropométrica ficou a cargo de um técnico especializado e

com certificação ISAK. O erro técnico de medida (ETM) intra-avaliador foi inferios a 2%

para todas as medidas antropométricas.

Para as análises da composição corporal (percentual de gordura) utilizou-se como

método referência a absortometria radiológica de dupla energia. Foi utilizado um

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32

equipamento modelo iDXA( GE Healthcare Lunar, Madison, WI, EUA) com detectores do

tipo fan beam (feixe de leque), software encore™ 2011, versão 13,6. Todos os participantes

do estudo foram advertidos quanto ao uso de objetos metálicos e também quanto a presença

de matais no corpo durante o escaneamento na DXA. Todos os dias, antes de iniciar as

avaliações, um técnico responsável encarregava-se de calibrar o equipamento segundo as

especificações do fabricante, técnico esse que recebeu capacitação e certificação para o uso

profissional do equipamento.

Durante o escaneamento, os atletas permaneceram em decúbito dorsal, com os

braços estendidos ao lado do corpo e joelhos e tornozelos atados com uma sinta de velcro para

assegurar o posicionamento padrão. A linha da mandíbula (ou do queixo) foi utilizada para

realizar uma leitura correta da composição corporal uma vez que a estatura dos atletas

superava a área de escaneamento. Foi explicado aos atletas que durante o escaneamento não

poderiam se movimentar.

Estatística

A normalidade dos dados foi verificada através do teste de Shapiro-Wilk.

Utilizou-se a análise descritiva da média aritmética, desvio padrão (DP) e coeficiente de

variação. Para relacionar as variáveis utilizou-se a correlação de Pearson. Para desenvolver as

equações de regressão se utilizou a análise de regressão múltipla por passos com objetivo de

identificar as variáveis que melhor predissessem o % de gordura corporal dos voleibolistas.

Para analisar as esquaçoes estimou-se o R², SEE e a multicolinearidade por meio do fator de

inflação da variância (FIV).

RESULTADOS

Na tabela 1 estão os valores descritivos das variáveis antropométricas e de

composição corporal que caracterizam a amostra estudada.

Tabela 1. Características antropométricas dos jogadores de Voleibol.

Variáveis X DP Mínimo Máximo

Idade (anos) 18,10 1,20 16,40 20,20

Experiência profissional

(anos) 4,50 1,60 2,00 8,00

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Estatura (cm) 193,80 7,30 169,80 208,40

Estatura sentado (cm) 150,10 3,80 140,50 157,40

Peso (kg) 86,07 10,70 63,70 109,80

Dôbras Cutâneas (mm)

Biciptal 5,20 2,30 3,00 12,70

Tricipital 10,90 3,30 5,00 17,80

Subescapular 11,80 2,40 8,00 16,70

Crista-iliaca 13,40 4,80 6,70 25,80

Abdominal 15,30 6,00 5,20 26,50

Coxa 12,90 4,50 6,50 21,80

Perna 9,40 3,30 4,20 17,30

Composição Corporal

(DXA)

%Gordura 16,40 3,70 10,12 21,74

Massa Gorda 14,00 4,00 7,64 22,89

Massa Muscular 67,20 8,10 50,48 82,06

Massa Óssea 3,70 0,40 2,83 4,41

Legenda: X= Média, DP = Desvio Padrão

As equações de regressão propostas para jovens voleibolistas estão na tabela 2.

Todas as equações tiveram as dobras cutâneas como variáveis preditoras de %GC. Os valores

de R² apresentaram um poder de explicação entre 76% a 80%, os valores de SEE são

relativamente similares em todas as equações e oscilaram entre 1,8 e 1,85. Todas as equações

apresentaram um p<0,001. Na figura 1 pode-se observar a semelhança dos resíduos

observados e preditos.

Tabela 2. Equações de regressão do % de gordura corporal baseado em dobras cutâneas

e valores do fator de inflação da variância (FIV).

Equações Equações FIV R R2 EPE p

1 %G=8,64+0,68(Tr)-0,42(SE)+0,39(CI) -- 0,89 0,76 1,82 0,000

Tricipital 2.64

Subescapular 1.73

Crista-iliaca 2.31

2 %G=8,55+0,63(Tr)-0,42(SE)+0,38(CI)+0,66(CX) -- 0,89 0,79 1,85 0,000

Tricipital 3.51

Subescapular 1.74

Crista-iliaca 2.47

Coxa 2.54

3 %G=8,26+0,57(Tr)-0,42(SE)+0,40(CI)+0,15(P) -- 0,89 0,8 1,81 0,000

Tricipital 3.60

Subescapular 1.74

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Crista-iliaca 2.32

Perna 1.82

Legenda: Tr= tricipital, SE= Subescapular, CI= Crista-iliaca, CX = Coxa, P= Perna medial,

SEE= Erro padrão de medida p<0,001.

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Figura 3. Gráficos de dispersão dos valores observados pelo método de referência (DXA)

e valores preditos pelas três equações de regressão.

A tabela 3 mostra os valores da estatística descritiva do %GC a partir do

método referência (DXA) e as três equações desenvolvidas. Não houve diferenças

significativas entre o método de referência e as equações desenvolvidas (p>0,001). As três

equações propostas apresentaram um alto coeficiente de correlação com o método referência

(R=0,88-0,90; p<0,001) e valores de coeficiente de variação foram inferiores a 22%.

Tabela 3. Comparação do percentual de gordura corporal (%G) estimada pelo DXA e

equações de regressão baseadas em dobras cutâneas.

Métodos n X DP

r Test-t Mínimo Máximo CV

% GC(Referencia1) 29 16 3,7 10,1 21,7 22,6 -- --

Equação 1 29 16 3,3 10,9 23,1 20,2 0,888**

0,995

Equação 2 29 16 3,2 10,5 22,2 19,97 0,895**

0,733

Equação 3 29 16 3,3 10,9 22,8 20,1 0,889**

0,993

Leyenda: % G= Percentual de Gordura, 1= Estimado pela DXA, DP = Desvio-Padrão , r=

coeficiente de correlação de Pearson, CV= Coeficiente de Variação, **= diferença

significativa (p<0,001).

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DISCUSSÃO

Nesse estudo foram desenvolvidas três equações de regressão que permitem

predizer o %GC de jovens voleibolistas. Estas equações mostram um poder de explicação que

oscilam entre 67% a 80%. Estes valores (R²) são similares a outros estudos feitos com

esportistas (WITHERS et al; 1987, REILLY et al., 2009) e não esportistas (JACKSON, A.S.,

POLLOCK., 1978; ESTON et al., 2005), porém outros estudos (FORNETTI et al., 1999;

STEWART et al., 2000; OLIVER et al., 2012) mostraram em suas equações valores

relativamente superiores em relação aos observados nesse estudo.

De fato, até onde sabemos, não existe um consenso apropriado a respeito dos

critérios que permitam identificar as melhores equações que predizem o percentual de gordura

corporal, porém, alguns estudos (GORAN et al., 1996; YARAVÍ et al., 2001) se baseiam na

análise de significância (p), por outro lado, Cameron et al (2004) e Gartner et al (2004)

destacem a seleção a partir do SEE. Este estudo optou por considerar os três critérios em

conjunto, cujo o objetivo principal foi identificar as equações que melhor predizem o %G de

jovens voleibolistas brasileiros. Também cabe ressaltar que foi agregada um quarto requisito,

cujo objetivo principal foi verificar a precisão dos coeficientes de regressão por meio da

multicolinearidade.

A respeito disso, o fator de inflação da variância (FIV) oscilou nas três equações

entre 1,7 a 3,6. De fato, poucos estudos, mostram estes valores (OLIVER et al., 2012;

GONÇALVES et al., 2013) ao contrário disso o R², a significância e o SEE são mais comuns,

apesar da literatura sugerir o seu uso como regra geral para a estimação da composição

corporal (GUO et al., 1996), afirma ainda que o valor de FIV não deve ser superior a 10.

Deste modo, de acordo com nossos resultados, as três equações mostraram valores inferiores a

10, que evidenciam similar precisão na predição do %GC e pode ser utilizado e aplicado em

outras amostras devido à alta capacidade de predição.

De forma particular, cada equação mostrou um alto poder de explicação como

já descrito anteriormente (76-80%), na figura 1 pode-se observar a semelhança entre os

resíduos determinados, onde as distribuição da variável é normal para as três equações. No

que diz respeito ao Erro padrão de medida, concidentemente as três equações evidenciaram

valores inferiores a 1,85%. Estes valores são similares e/ou inferiores a outros estudos

(SILVA et al., 2006; FORNETTI et al., 1999; OLIVER et al., 2012), inclusive estão abaixo

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dos valores estabelecidos por Lhoman (1996), que sugere valores inferiores a 3%. Cabe

ressaltar também, que em relação a significância todas as equações propostas evidenciaram

um p<0.0001.

Assim, as três novas equações demonstraram cumprir os quatro critérios

analisados e consequentemente podem ser caracterizados como métodos precisos, além disso,

para evitar qualquer viés na interpretação dos resultados, cada equação foi comparada com a

DXA como método referência. De fato, não foi observada diferenças significativas entre as

três equações (p<0,001) e os coeficientes de variação foram inferiores ao da referência

(<22%).

Portanto, as três novas equações desenvolvidas para estimar o %GC de jovens

voleibolistas brasileiros podem ser utilizadas por profissionais das ciências do esporte e das

ciências da saúde. Além disso tais profissionais podem eleger a equação que melhor se adeque

de seus atletas e as características dos programas de treinamento e aos recursos disponíveis

em seus respectivos clubes.

Em geral para estimar o %GC de voleibolistas é necessário medir as dobras

cutâneas do tríceps, subescapular, supra-ilíaca e panturrilha pois esses pontos anotômicos

sugerem predizer o %GC de forma mais precisa para jovens voleibolistas, embora tenha

passado por um rigoroso processo de seleção das variáveis preditoras, as dobras biciptal e

abdominal, apresentaram valores de FIV superiores ao limite de 10 e R² com diminuição

significante até 10%, respectivamente.

Algumas limitações podem ser identificadas no estudo. Por exemplo a nálise dos

dados na DXA foram feitos a partir da linha do queixo para baixo em função do tamanho dos

atletas, onde área de varredura da DXA não era capaz de enquadrar o atleta todo dentro da

área de escaneamento. Sendo considerada na análise os valores da composição sem a cabeça.

Talvez isso possa causar algum viés nos resultados, tendo que ser levado em consideração na

análise dos mesmos.

Por outro lado, a validação cruzada não foi realizada com 10% da amostra

original, uma vez que não era representativo, a fim de generalizar os resultados. Nesse

sentido, estudos futuros devem levar em consideração estes aspectos, além de propor não só

equações %GC, mas também para propor novos modelos compartimentais para analisar a

composição corporal de voleibol.

Como potencialidades do estudo podemos destacar os baixos essor técnicos de

medida (intra-avaliador) observado durante as avaliações das dobras cutâneas. Controlar a

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qualidade das medidas antropométricas envolve a redução de erros de medição, sendo

considerado um pré-requisito para realizar uma melhor interpretação dos resultados e, assim,

alcançar maior precisão e reprodução da mesma (GOTO et al., 2007). Em adição os quatro

critérios foram utilizados para selecionar as melhores equações, de modo a garantir a sua

utilização e aplicação através de simples cálculos manuais e / ou computador.

Em suma, se conclui que a partir das três equações desenvolvidas, é possível

estimar o %G de jovens voleibolistas mediante o uso das dobras cutâneas triciptal,

subescapular, suprailíaca, coxa e panturrilha. Os resultados sugerem seu uso e aplicação como

um método de campo alternativo para analisar a composição corporal em programas de

treinamento e situações relacionadas a saúde em jovens voleibolistas de forma geral.

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ESTUDO 2 - Desenvolvimento de equações para predizer a massa livre de

gordura em jovens atletas de voleibol do sexo masculino

Yuri Germano Muniz¹, Rossana Bolaños², Miguel de Arruda¹

¹Faculty of Physical Education, State University of Campinas, São Paulo, Brazil;

²Department of Physical Education, Universidad Autónoma de Chile, Talca, Chile;

RESUMO

Objetivo: Propor equações de regressão para estimar a Massa Livre de Gordura (MLG) a

partir de variáveis antropométricas em jogadores de voleibol do sexo masculino e verificar

sua reprodutibilidade. Metodologia: Efetuou-se um estudo descritivo com corte transversal em

29 atletas de voleibol das categorias de base de um clube da primeira divisão da elite do

esporte no Brasil, com idade entre 16,0 e 20,9 anos de idade. Foi calculado o Índice de Massa

Corporal (IMC) por meio de antropometria e a Massa Livre de Gordura (MLG) foi

determinada através da Absortometria Radiológica de Dupla Energia (DXA). Resultados:

Foram geradas três esquações: Modelo 1: MLG = -10,01 + 0 ,562*Peso + 4,032*Diâmetro do

tornozelo (R²=0,87), Modelo 2: MLG = -34,806 + 0,330*Peso + 2,579*Circunferência do

Antebraço (R²=0,94) e Modelo 3: MLG = -41,830 + 0,292*Peso + 2,270*Circunferência do

Antebraço + 2,638*Diâmetro do Tornozelo (R²=0,95). Os valores do Índice de

reprodutibilidade desejável (IRD) mostraram, para os três modelos preditivos, valores de

Coeficiente de Correlação de Concordância (CCC) entre 0,93 e 0,95, para a precisão valores

entre 0,931 e 0,997 para exatidão valores entre 0,997 e 0,999. Conclusão: A MLG pode ser

calculada com precisão e exatidão em jovens atletas de voleibol do sexo masculino a partir de

variáveis antropométricas como o peso corporal, diâmetro do tornozelo e circunferência do

antebraço. Se sugere o uso e a aplicação dos modelos em programas de treinamento como um

método não-invasivo de campo.

Palavras Chave: Massa livre de Gordura, DXA, equações, antropometria, voleibol

INTRODUÇÃO

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A estimativa de massa muscular total é um importante fator que se relaciona com

o rendimento e controle do treinamento em diversas modalidades esportivas. A massa

muscular está inclusa em análises da massa livre de gordura (MLG) que também é um

importante componente da composição corporal de atletas de voleibol (PETROSKI et al.,

2013) que deve ser analisado, controlado e monitorado de forma constante em virtude do alto

nível competitivo a que os atletas estão submetidos.

De fato, a determinação da composição corporal precisa de métodos alternativos,

práticos e não invasivos no campo das ciências do esporte para monitorar a MLG de atletas.

Nesse contexto, há atualmente uma necessidade urgente de se desenvolver técnicas de campo

simples para avaliar a MM e MLG em atletas de voleibol baseadas em medidas

antropométricas, uma vez que os estudos até o momento tem se limitado a estudar as

características antropométricas e fisiológicas de jogadores de voleibol de alto rendimento

(HASCELIK et al., 1989; THISSEN-MILDER et al., 1991; GABBETT et al., 2007;

PETROSKI et al, 2013).

Por enquanto, tanto quanto sabemos não há estudos relacionados com a proposta

de equações para estimar a composição corporal e especificamente a MLG em atletas de

voleibol brasileiros. Faz-se importante tal análise uma vez que esse componente afeta de

forma importante a locomoção e manutenção da postura corporal (KIM et al., 2016), e além

de compor o mais abundante tecido do corpo humano supõe-se que possa estar relacionado ao

desenvolvimento de força sobre o desempenho no salto vertical em atletas de voleibol

(SHEPPARD et al., 2008). Portanto, é importante o aumento de MLG em detrimento a massa

de gordura (MG) (CARLSON et al.,1994), visto que o excesso de tecido adiposo atua como

um fator de influência negativa nas ações do jogo (REILLY, 1996), dificultando o rendimento

físico adequado a atletas.

Portanto, o desenvolvimento de equações específicas para predizer a MLG em

uma população composta por atletas possui vantagens sobre as equações gerais e podem ser

utilizadas para análise durante a pré-temporada e para controle das mudanças durante todo o

período competitivo e pós-temporada, sendo parte importante dos programas de treinamento

(WARNER et al., 2004).

Nesse contexto, o presente estudo tem por objetivo propor equações de regressão

para estimar a MLG a partir de variáveis antropométricas em jogadores de voleibol do sexo

masculino e verificar a capacidade de reprodutibilidade das mesmas. Para isso, foi utilizada a

absortometria radiológica de dupla energia (DXA) como método referência devido a sua alta

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precisão, baixa dose de radiação e também por ser uma ferramenta bastante utilizada e aceita

para a avaliação da composição corporal (TOOMBS et al., 2012).

METODOLOGIA

Foi desenvolvido um estudo do tipo descritivo de corte transversal. Foram

selecionados, de forma não-probabilística, 29 jogadores de voleibol de uma equipe

profissional da liga brasileira de voleibol da primeira divisão com faixa etária variando entre

16 a 20,9 anos de idade. De acordo com as diferentes posições de jogo o jogadores avaliados

seguiam a seguinte disposição: Levantadores (n=6), Meio de rede ou central (n=9), Ponteiros

(n=8), Opostos (n=3) e líberos (n=3).

No período da avaliação (fase preparatória/início da fase competitiva) os atletas

participaram de treinamentos com duração total de aproximadamente 3hrs, por vezes

divididos em duas sessões, e desenvolviam pelo menos 6 sessões de treinamento por semana.

Todos os atletas receberam e concordaram em participar do estudo através do termo de

consentimento livre e esclarecido, no caso de menores de 18 anos a autorização para a

participação foi feito pelos pais do atletas. O estudo seguiu as recomendações e orientações

indicadas pelo Comitê de Ética de pesquisas em Seres Humanos da Faculdade de medicina da

Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).

Foram incluídos no estudo jovens com faixa etária entre 16 e 20,9 anos de idade,

com no mímino dois anos de treinamento sistematizado da modalidade esportiva voleibol e

que autorizaram o consentimento informado. Foram excluídos do estudos os atletas que se

encontravam lesionados no momento da avaliação e os que apresentavam algum tipo de

implante metálico devido a cirurgia.

Procedimentos

A medição das variáveis antropométricas e o escaneamento pela absortometria

radiológica de dupla energia foram efetuadas no mesmo dia. Todas as avaliações foram feitas

em uma mesma semana do mês de abril de 2014 entre as 9:00 e 11:00 horas da manhã. Todo

o processo foi realizado em um laboratório da Faculdade de Medicina da Universidade

Estadual de Campinas, São Paulo – Brasil.

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Para antropometria foi seguido o protocolo da International Socyety for

Advancement of Kinanthropometry (ISAK, 2001). A massa corporal (kg) foi medida

utilizando uma balance digital (Tanita Ltd) com uma precisão de 0,1kg. A estatura foi medida

utilizando um estadiometro de parede (Seca Hamburgo) com graduação em milímetros e com

precisão de 0,1cm. O diâmetro do tornozelo (cm) foi aferido utilizando um paquímetro

Cescorf (Made in Brasil) com uma escala de 0 a 20 cm e uma precisão de 1mm. A

circunferência do antebraço (cm) foi avaliada por meio de uma fita métrica de metal (Seca)

graduada em milímetros com uma precisão de 0,1 cm. Estas variáveis foram avaliadas do lado

direito. O Índice de Massa Corporal (IMC) foi calculado pela fórmula:

IMC=Peso(kg)/estatura²(m).

As avaliações antropométricas foram feitas em duas oportunidades. O Erro

técnico de medida (ETM) intra-avaliador para o peso e estatura foi inferior a 2%, para

medidas do diâmetro do tornozelo e circunferência do antebraço foi de 1,1%.

Para as análises da composição corporal (percentual de gordura) utilizou-se como

método referência a absortometria radiológica de dupla energia. Foi utilizado um

equipamento modelo iDXA( GE Healthcare Lunar, Madison, WI, EUA) com detectores do

tipo fan beam (feixe de leque), software encore™ 2011, versão 13,6. Todos os participantes

do estudo foram advertidos quanto ao uso de objetos metálicos e também quanto a presença

de matais no corpo durante o escaneamento na DXA. Todos os dias, antes de iniciar as

avaliações, um técnico responsável encarregava-se de calibrar o equipamento segundo as

especificações do fabricante, técnico esse que recebeu capacitação e certificação para o uso

profissional do equipamento.

Durante o escaneamento, os atletas permaneceram em decúbito dorsal, com os

braços estendidos ao lado do corpo e joelhos e tornozelos atados com uma sinta de velcro para

assegurar o posicionamento padrão. A linha da mandíbula (ou do queixo) foi utilizada para

realizar uma leitura correta da composição corporal uma vez que a estatura dos atletas

superava a área de escaneamento. Foi explicado aos atletas que durante o escaneamento não

poderiam se movimentar.

Todos os dias, antes das avaliações, o técnico responsável encarregou-se de

calibrar o equipamento de acordo com a especificações do fabricante, o mesmo também

recebeu certificação para uso profissional do equipamento. Para garantir medidas de controle

de qualidade, 11 atletas foram avaliados duas vezes. Nesse caso a analise do ETM apresentou

valores inferiores à 3%.

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Análises Estatísticas

Antes da análise estatística, os dados passaram pelo teste de normalidade de

Shapiro-Wilk. As variáveis do estudo foram caracterizadas usando estatistica descritiva da

média aritmética (X), desvio padrão (DP). As relações entre variáveis foram obtidas por meio

do coeficiente de correlação de Pearson. Para desenvolver as equações de regressão foi

utilizada a análise por regressão múltipla.

As equações foram analisadas por meio do R2, erro padrão de estimativa (EPE) e

pelo fator de inflação de variância (FIV). A plotagem de Blant e Altman (1986) foi utilizado

para verificar a correlação entre os valores de referência (DXA) com as equações

desenvolvidas. O índice desejável reprodutibilidade (IDR) também foi usado, de acordo com

sugerido por Lin (1989).

Esta abordagem avalia o grau de concordância do coeficiente de correlação de

concordância (CCC) em termos de precisão (p) e exatidão (E). One-way ANOVA foi

utilizada e o teste da especificidade de Tukey para determinar as diferenças entre as médias

dos três modelos preditivos. O nível de significância adotado foi de 0,001. Os cálculos foram

feitos em planilhas do Excel, SPSS 16.0 e MedCalc 11.1.0.

RESULTADOS

Os valores descritivos das variáveis que caracterizam a amostra estudada estão

descritos na tabela 1. Atenção para a idade dos atletas que varia entre 16,0 até 20,9 anos de

idade.

Tabela 1. Características antropométricas e de composição corporal dos atletas de voleibol.

Variáveis X DP Mínimo Máximo

Idade (Anos) 18,1 1,2 16,0 20,9

Peso (kg) 86,1 10,9 63,7 109,8

Estatura (cm) 1,94 0,07 1,70 2,08

IMC (kg/m2) 22,9 2,1 18,2 26,9

Diâmetro do tornozelo (cm) 7,2 0,4 6,5 8,0

Circunferência do antebraço (cm) 28,5 1,6 25,8 31,4

Composição corporal por DXA

Massa Óssea (Kg) 3,7 0,4 2,8 4,4

Massa Gorda (kg) 14,0 4,0 7,6 22,9

Massa Livre de Gordura (kg) 67,2 8,1 50,5 82,1

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Percentual de Gordura (%G) 16,4 3,7 10,1 21,7

X: Media DP: Desvio Padrão.

Os modelos preditivos propostos pata estimar a MLG podem ser observados na

tabela 2. Nos três casos o R² explica entre 93% a 95% da correlação dos modelos com o

método referência, os valores do EPE refletem valores inferiores a 3,04% e os valores de FIV

oscilaram entre 2,64 a 7,19. Em geral, todos os critérios descritos demonstraram um alto

poder de precisão nas três equações desenvolvidas (p<0,001).

Tabela 2. Modelos preditivos para estimativa da Massa Livre de Gordura (MLG) em jovens

atletas de voleibol

n° Equações VIF R R2 EPE p

1 MLG = -10,401+0,562*Peso + 4,032*DT -- 0,93 0,87 3,04 0,00

Peso 2,45

DT 2,45

2 MLG = -34,806+0,330*Peso + 2,579*CA -- 0,94 0,89 2,81 0,000

Peso 6,67

CA 6,67

3 MLG = -41,830+0,292*Peso + 2,270*CA+2,638*DT -- 0,95 0,90 2,77 0,000

Peso 7,19

CA 7,02

DT 2,64

MLG: Massa livre de gordura, DT: Diâmetro do tornozelo, CA: Circunferência do antebraço, FIV:

Fator de inflação de variância, EPE= Erro padrão de estimativa.

A plotagem de Bland-Altman (figura1) mostra a concordância entre o método de

referência DXA e os três modelos preditivos desenvolvidos (equações 1, 2 e 3). De forma

geral as três equações desenvolvidas mostraram amplos limites de acordo com o método

referência. Na equação 1 os valores oscilaram entre -5,8 e 5,8, na equação dois entre -5,3 e 5,3

e por fim, na equação 3 entre -5,1 e 5,1. Na plotagem pode-se observar que as correlações dos

três modelos são altamente significativas (p<0,001).

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Figura 1. Plotagem de Bland-Altman para a concordância entre os valores de MLG determinado

pelo método de referencia (DXA) e os três modelos preditivos.

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Na tabela 3 observa-se as comparações da MLG entre os 3 modelos preditivos e

os valores do IDR. Não houve diferenças significativas entre os três modelos propostos,

percentualmente a diferença quando relacionada a referência oscilou entre 3,0% a 3,2%. É

importante observar que o IDR que avalia o grau de concordância por meio do CCC

apresentou valores entre 0,93 e 0,95, sendo que, o valores de precisão e exatidão aumentam

conforme as equações possuem maior quantidade de variáveis preditoras em seus modelos.

Tabela 3. Valores médios e ± DP de MLG e índice de desejável de reprodutibilidade (IDR) dos

modelos preditivos

Equações MLG Diferença com DXA IDR

X DP Mínimo Máximo X DP % CCC P E

Equação 1 67,2 7,6 52,0 81,1 0,1 4,2 3,0 0,93 0,931 0,997

Equação 2 67,2 7,7 54,3 81,1 0,2 4,0 3,2 0,94 0,943 0,998

Equação 3 67,2 7,7 54,3 79,9 0,2 3,8 2,7 0,95 0,947 0,999

MLG: Massa livre de gordura, IRD: Índice desejável de reprodutibilidade, CCC: Coeficiente de

correlação de concordância, P: Precisão, E: Exatidão, X: Media, DP: Desvio padrão .

DISCUSSÃO

Para o desenvolvimento de modelos preditivos, este estudo utilizou como

possíveis preditores as variáveis antropométricas de peso corporal, diâmetro do tornozelo e

circunferência do antebraço. Os resultados mostraram correlações fortes e altos níveis de

explicação nas três equações (R² = 93-95%). Estes resultados são semelhantes a outros

estudos realizados em amostras de atletas (FORNETTI et al., 1999; STEWART et al., 2000;

OLIVER et al., 2012), que apresentaram precisão adequada nos seus modelos de regressão.

De acordo com a Plotagem de Bland-Altman (1986) os modelos preditivos

desenvolvidos mostram boa concordância com relação a referência DXA. Assegurados pelos

valores de 95% são relativamente estreitos nos três modelos.

Outros critérios relacionados a precisão foram utilizados no estudo, como por

exemplo o fator de inflação de variância (FIV) e o Erro padrão de estimativa (EPE). Ambos

mostraram resultados inferiores aos estabelecidos como limites segundo a literatura

(SLINKER et al.,1985; LHOMAN., 1996).

No que diz respeito à reprodutibilidade dos modelos preditivos propostos, os

resultados de IDR indicam que a CCC das três equações desenvolvidas refletem moderada a

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atla reprodutibilidade, tal como descrito por McBride (2005). Na verdade, o uso de CCC

como uma medida de confiabilidade ganhou popularidade na prática desde a sua introdução

por Lin (1989), mas geralmente na literatura específica outras medidas de reprodutividade

também são usadas, tais como a correlação intra-classe (SHIH., 1996) e o coeficiente de

variação (LEE et al., 1989), esses procedimentos metodológicos têm sido amplamente

utilizados para medir o grau de concordância entre os métodos (FLEISS., 1981).

Na verdade, um grande problema em relação à interpretação de confiança, está no

fato de que frequentemente os cientistas interpretam os resultados usando os pontos de corte

de guias ou textos, no caso do coeficiente de Pearson por exemplo que ilustram valores

menores do que os apropriados quanto se trata da analise valores de confiabilidade

(KÖTTNER et al., 2011).

A este respeito, os valores observados neste estudo, em termos de intervalo de

precisão oscilaram entre 0,931-0,947 e para exatidão oscilaram entre 0,931-0,947. Estes

valores podem ser interpretados de bom a excelente no tocante a reprodutibilidade para as três

equações propostas, tal como descrito por Lin (1989), Lin (2000). Por conseguinte, os

modelos preditivos desenvolvidos representam um passo adicional para encontrar a

concordância com o método de referência, uma vez que podem reproduzir os resultados

obtidos de um modo semelhante ao padrão de referência (LI CHOW., 2005).

O estudo possui algumas limitações que merecem ser mencionados, por exemplo,

não foi feita a validação cruzada e o tamanho da amostra foi relativamente pequeno. Isso pode

limitar a sua utilização e aplicação, incluindo poderia afetar a generalização dos resultados

para outros contextos socioculturais.

Consequentemente, até onde sabemos, este é o primeiro estudo no Brasil, no qual

foram propostas equações de regressão para estimar a MLG em jovens jogadores de voleibol

de alto desempenho. Visto que, as estimativas através de variáveis antropométricas são

vantajosas na prática para estimar a MLG em jogadores de vôlei, pois são consideradas de

baixo custo e mais fáceis de executar em relação às técnicas sofisticadas que requerem

pessoal especializado e equipamentos sofisticados (POORTMANS et al., 2005).

Sendo assim, as equações desenvolvidas podem ser utilizadas para controlar

programas de treinamento podendo ajudar a otimizar do controle e desempenho esportivo de

jovens jogadores de voleibol.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nossos achados sugerem que tanto massa livre de gordura como o percentual de

gordura podem ser calculados com exatidão e precisão através de variáveis antropométricas

como dobras cutâneas, peso, diâmetros ósseos e circunferências corporais. O conjunto de

procedimentos estatísticos utilizados sugerem ainda uma ampla concordância e capacidade de

reprodutibilidade dos resultados encontrados quando relacionados aos método referência

DXA. A utilização das equações desenvolvidas nesse estudo em programas de treinamento

apresenta-se como um método não invasivo, de fácil execução e baixo custo.

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ANEXOS

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Parecer do Consubstanciado do CEP

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

PROJETO: “Composição Corporal em Atletas de Voleibol Jovens e Adultos”

RESPONSÁVEL: Yuri Germano Muniz da Silva

Você está sendo convidado a participar como voluntário de um estudo. Este documento, chamado Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, visa assegurar seus direitos e deveres como participante e é elaborado em duas vias, uma que deverá ficar com você e outra com o pesquisador. Por favor, leia com atenção e calma, aproveitando para esclarecer suas dúvidas. Se houverem perguntas antes ou mesmo depois de assiná-lo, você poderá esclarecê-las com o pesquisador. Se preferir, pode levar para casa e consultar seus familiares ou outras pessoas antes de decidir participar. Se você não quiser participar ou retirar sua autorização, a qualquer momento, não haverá nenhum tipo de penalização ou prejuízo.

APRESENTAÇÃO: Este documento resume as condições em que o voluntário participa

desta pesquisa e presta os esclarecimentos que o permitem tomar a decisão em participar do

experimento de forma justa e sem constrangimentos. O responsável pela apresentação oral

deste documento será o pesquisador responsável, e a assinatura do interessado em participar

como voluntário deverá ser feita somente após o consentimento sobre os aspectos citados

abaixo.

OBJETIVOS E JUSTIFICATIVA: O estudo da composição corporal vem recebendo

grande importância ao longo dos anos em função do papel dos componentes corporais no

desenvolvimento humano. Diferentes métodos de avaliação da composição corporal têm sido

utilizados e analisados por diversos pesquisadores em diversas populações. Alguns estudos

têm observado as técnicas de avaliação da composição corporal bem como sua importância e

comportamento em atletas de elite, jovens e adultos. Portanto o presente estudo pretende

avaliar a composição corporal dos atletas de Voleibol bem como analisar suas relações com

testes físicos e nutrição.

ESCLARECIMENTO SOBRE AS COLETAS DE DADOS: As informações dos testes e

avaliações serão obtidas nas dependências do Clube de origem dos atletas e no Centro de

Investigação em Pediatria (CIPED) da UNICAMP. Serão realizados da seguinte forma:

1- Antropometria: Consiste em uma bateria de medições antropométricas que envolvem

circunferências coporais, diâmetros ósseos, estatura, massa corporal e altura tronco

cefálica.

2- A Composição Corporal e Densidade mineral óssea: serão avaliados através da

Absortometria radiológica de dupla energia (DEXA) com instrumento da marca GE

Healthcare modelo Lunar iDXA através dos procedimentos previstos pelo fornecedor.

A composição corporal também será analisada pelo método de Bioimpedância, por

esse método uma corrente elétrica de baixa intensidade passa através do corpo do

sujeito e a água corporal total pode ser estimada e através do fluxo da corrente pode

ser estimada a massa livre de gordura e a massa gorda.

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3- Desempenho Físico: Será feito o teste de salto com tapete de contato (jump test) para

análise de força de membros inferiores onde o sujeito avaliado faz 3 saltos com 3

metodologias diferentes. O Arremesso de Medicine Ball será utilizado para

manifestação de força de membros superiores, nesse teste uma trena é fixada

perpendicularmente á parede. O ponto zero da trena é fixado junto à parede. O

avaliado senta-se com os joelhos estendidos, pernas unidas e as costas completamente

apoiadas á parede. Segura a medicine Ball junto ao peito com os cotovelos flexionados

e ao sinal do avaliador lança a bola o mais distante possível. Por fim o teste de

agilidade que consiste em percorrer um distância de 9,14m, ao final do percurso o

atleta pega um bloco de madeira de 100g e volta ao início, repete o processo trazendo

um segundo bloco, o tempo total é marcado com um cronômetro após realizado todo o

trajeto.

4- Estado Nutricional – Para avaliação do estado nutricional será utilizado à metodologia

do inquérito dietético recordatório de 24 horas (IDR24H) por 3 dias consecutivos

próximo a data das outras avaliações e testes. A partir desse inquérito será analisada,

através do Software Nutwin, a ingestão média de Vitamina D e Cálcio.

DESCONFORTOS E RISCOS: Todos os locais garantem o andamento dos testes com

segurança e os equipamentos/materiais utilizados estarão em plenas condições de

funcionamento. Na avaliação feita no DXA podem ocorrer tonturas ou dores de cabeça

momentâneas em função da exposição à radiação ainda em relação aos riscos da exposição á

radiação emitida pelo DXA essa é comparada a mesma quantidade recebida durante um

exame de raios-X-dental ou mão. Nos testes Físicos existe pequeno risco de quedas e injurias

musculares, os riscos são devidos às alterações orgânicas: aumento na frequência cardíaca e

respostas atípicas na condição cardiorrespiratória, outros fatos que poderão acontecer são:

tonturas, náuseas e moleza devido ao cansaço. Professores de educação física estarão

presentes para prestar auxílio e primeiros socorros uma vez que aconteça algo dessa natureza,

além disso, o avaliado será retirado imediatamente do teste em questão e dos testes

subsequentes, sendo marcada assim outra data para avaliação caso seja possível e existam

condições plenas para o atleta refazer os testes. Não existe na literatura relatos de riscos ou

desconfortos em relação à Bioimpedância.

BENEFÍCIOS: Os sujeitos avaliados terão um relatório completo sobre sua composição

corporal bem como de seu desempenho físico através dos testes citados anteriormente. Além

disso serão sujeitos de um projeto de pesquisa que busca maior entendimento sobre a área de

composição corporal e atletas, contribuindo para o avanço da ciência nesse sentido.

GARANTIAS AO VOLUNTÁRIO: Será garantido resposta a qualquer pergunta sobre a

metodologia e os resultados desta pesquisa. Isso poderá ser feito diretamente com o

pesquisador, pessoalmente no DCE-FEF-UNICAMP ou também através de e-mail do

pesquisador responsável.

SIGILO E PRIVACIDADE: Esta pesquisa tem caráter confidencial sobre as informações

aqui obtidas, assegurando-lhe sigilo, manutenção de privacidade e compromisso de que sua

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identidade não será revelada nas publicações ou apresentações deste trabalho. Também é

garantida a liberdade para deixar de participar da pesquisa ou cancelar este termo de

consentimento em qualquer momento, sem penalização alguma e sem prejuízo de suas

funções. Não está previsto ressarcimento das despesas decorrentes da participação na

pesquisa, nem indenização diante de eventuais danos, pois os riscos envolvidos nesta pesquisa

são desprezíveis. O doador voluntário receberá uma cópia deste Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido.

RESSARCIMENTO: O estudo será feito durante a rotina dos sujeitos participantes, não

tendo qualquer tipo de interferência ou custo na rotina dos mesmos.

ATENÇÃO: Sua participação nesta pesquisa é voluntária. Em caso de dúvidas sobre o estudo, você poderá entrar em contato com Yuri Germano Muniz da Silva. E-mail: [email protected], Celular: 19 9 9609 33-66.

Em caso de denúncias ou reclamações sobre sua participação no estudo, você pode entrar em contato com a secretaria do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP): Rua: Tessália Vieira de Camargo, 126; CEP 13083-887 Campinas – SP; telefone (19) 3521-8936; fax (19) 3521-7187; e-mail: [email protected]

CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Após ter sido esclarecimento sobre a natureza da pesquisa, seus objetivos, métodos, benefícios

previstos, potenciais riscos e o incômodo que esta possa acarretar, aceito participar:

Nome do(a) participante: ________________________________________________________ _______________________________________________________ Data: ____/_____/______. (Assinatura do participante ou nome e assinatura do responsável) Responsabilidade do Pesquisador:

Asseguro ter cumprido as exigências da resolução 466/2012 CNS/MS e complementares na elaboração do protocolo e na obtenção deste Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Asseguro, também, ter explicado e fornecido uma cópia deste documento ao participante. Informo que o estudo foi aprovado pelo CEP perante o qual o projeto foi apresentado e pela CONEP, quando pertinente. Comprometo-me a utilizar o material e os dados obtidos nesta pesquisa exclusivamente para as finalidades previstas neste documento ou conforme o consentimento dado pelo participante.

______________________________________________________ Data: ____/_____/______.

(Assinatura do pesquisador)

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