UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SÉRGIO NEVES PEREIRAsiaibib01.univali.br/pdf/Sergio Neves...

62
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SÉRGIO NEVES PEREIRA GOVERNANÇA HOTELEIRA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO E OPERACIONAL PARA IMPLANTAÇÃO DA TERCEIRIZAÇÃO DA ÁREA DE GOVERNANÇA NO HOTEL BHALLY Balneário Camboriú 2008

Transcript of UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SÉRGIO NEVES PEREIRAsiaibib01.univali.br/pdf/Sergio Neves...

Page 1: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SÉRGIO NEVES PEREIRAsiaibib01.univali.br/pdf/Sergio Neves Pereira.pdf · GOVERNANÇA HOTELEIRA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO E OPERACIONAL PARA

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

SÉRGIO NEVES PEREIRA

GOVERNANÇA HOTELEIRA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO E OPERACIONAL PARA IMPLANTAÇÃO DA TERCEIRIZAÇÃO DA ÁREA DE

GOVERNANÇA NO HOTEL BHALLY

Balneário Camboriú

2008

Page 2: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SÉRGIO NEVES PEREIRAsiaibib01.univali.br/pdf/Sergio Neves Pereira.pdf · GOVERNANÇA HOTELEIRA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO E OPERACIONAL PARA

2

SÉRGIO NEVES PEREIRA

GOVERNANÇA HOTELEIRA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO E OPERACIONAL PARA IMPLANTAÇÃO DA TERCEIRIZAÇÃO DA ÁREA DE

GOVERNANÇA NO HOTEL BHALLY

Balneário Camboriú

2008

Monografia apresentada como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Administração – ênfase em marketing, na Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação Balneário Camboriú. Orientador: Prof. Manuel Carlos Pinheiro da Gama, MSc

Page 3: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SÉRGIO NEVES PEREIRAsiaibib01.univali.br/pdf/Sergio Neves Pereira.pdf · GOVERNANÇA HOTELEIRA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO E OPERACIONAL PARA

3

SÉRGIO NEVES PEREIRA

GOVERNANÇA HOTELEIRA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO E OPERACIONAL PARA IMPLANTAÇÃO DA TERCEIRIZAÇÃO DA ÁREA NO

HOTEL BHALLY

Esta Monografia foi julgada adequada para a obtenção do título de Bacharel em

Administração e aprovada pelo Curso de Administração – ênfase marketing da

Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação de Balneário Camboriú.

Área de Concentração: Administração de empresas

Balneário Camboriú, de novembro de 2008.

_________________________________

Prof. Manuel Carlos Pinheiro da Gama, MSc.

Orientador

___________________________________

Prof. Roberto Hering, MSc.

Avaliador

___________________________________

Prof.ª Lorena Schröder.

Avaliador

Page 4: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SÉRGIO NEVES PEREIRAsiaibib01.univali.br/pdf/Sergio Neves Pereira.pdf · GOVERNANÇA HOTELEIRA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO E OPERACIONAL PARA

4

EQUIPE TÉCNICA

Estagiário: Sérgio Neves Pereira

Área de Estágio: Administração

Professor Responsável pelos Estágios: Lorena Schröder

Supervisor da Empresa: Marlene Leite

Professor orientador: Manuel Carlos Pinheiro da Gama, MSc.

Page 5: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SÉRGIO NEVES PEREIRAsiaibib01.univali.br/pdf/Sergio Neves Pereira.pdf · GOVERNANÇA HOTELEIRA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO E OPERACIONAL PARA

5

DADOS DA EMPRESA

Razão Social: Hotel Bhally Ltda

Endereço: Avenida Atlântico nº 3250 – centro – Balneário Camboriú - SC

Setor de Desenvolvimento do Estágio: governança

Duração do Estágio: 240 horas

Nome e Cargo do Supervisor da Empresa: Rosangela de Souza – chefe RH

Carimbo do CNPJ da Empresa:

Page 6: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SÉRGIO NEVES PEREIRAsiaibib01.univali.br/pdf/Sergio Neves Pereira.pdf · GOVERNANÇA HOTELEIRA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO E OPERACIONAL PARA

6

AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA

Balneário Camboriú, 27 de novembro de 2008.

A Empresa Hotel Bhally Ltda, pelo presente instrumento, autoriza a

Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, a divulgar os dados do Relatório de

Conclusão de Estágio executado durante o Estágio Curricular Obrigatório, pelo

acadêmico Sérgio Neves Pereira.

___________________________________

Marlene Leite

Sócia-administradora

Page 7: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SÉRGIO NEVES PEREIRAsiaibib01.univali.br/pdf/Sergio Neves Pereira.pdf · GOVERNANÇA HOTELEIRA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO E OPERACIONAL PARA

7

Agradeço a Deus por todas as vitórias e conquistas

que consegui até hoje, onde o maior presente dado

foi minha esposa Jéssica, desse amor nasceu nosso

filho Mateus.

Page 8: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SÉRGIO NEVES PEREIRAsiaibib01.univali.br/pdf/Sergio Neves Pereira.pdf · GOVERNANÇA HOTELEIRA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO E OPERACIONAL PARA

8

AGRADECIMENTOS

A Deus.

Ao professor Manuel Carlos Pinheiro da Gama, pelo profissionalismo e dedicação

pela qual conduziu a orientação deste trabalho.

À minha mãe, Marlene pela educação e oportunidades que me lhe foi dada ao longo

dos meus estudos, onde compartilhou dos meus objetivos e os

alimentou,incentivando-me a prosseguir, apesar do medo e da incerteza Te amo

mãe.

Ao meu pai, Amaro (Marinho), pelo exemplo de dignidade, trabalho e perseverança,

diante de todas as dificuldades da vida sempre batalhou pelos objetivos dos seus

filhos.

Aos meus irmãos, Sedenir, Daiana e Deusa, onde todos participaram ativamente na

concretização deste grande sonho. A minha eterna e profunda gratidão.

Meu profundo amor por minha Vó, Isolde que me educou e me ensinou a ser esse

homem que hoje sou. Meu muito obrigado e todo meu amor a você.

A minha esposa, Jéssica, que me incentiva cada dia mais nos meus sonhos e

objetivos, obrigada meu amor.

Ao meu Filho, Mateus, que mesmo nesses 3 meses de vida só me tem trazido muita

alegria e amor.

Ao meu sobrinho, Vitor, que e fez descobrir uma palavra nova nessa vida ‘tio’, um

beijo do seu tio.

A minha afilhada e os seus pais, Chiara, Roberto e Márcia, pela companhia e

amizade de vocês.

A minha psicóloga, Gilmarize, que muito me incentivou no meu retorno a faculdade,

meu muito obrigado.

A meus poucos e bons amigos, Aristides (Guno), Sergei, Sidnei (Bagaço), por todas

as aventuras e apoio ao longo dessa estrada, valeu por tudo.

Por fim, agradeço a todos aqueles que, de alguma forma, contribuíram para a

concretização deste sonho.

Page 9: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SÉRGIO NEVES PEREIRAsiaibib01.univali.br/pdf/Sergio Neves Pereira.pdf · GOVERNANÇA HOTELEIRA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO E OPERACIONAL PARA

9

RESUMO

O aumento da competitividade numa economia cada vez mais globalizada trouxe para as

organizações a preocupação que consiste em desenvolver e oferecer bens e serviços com

qualidade para clientes cada vez mais exigentes. Sendo assim, as organizações precisam cada

vez mais reduzir custos sem baixar a qualidade, gerando assim mais ganhos. Uma das

maneiras utilizadas por muitas empresas é a terceirização de funções que não abrangem a

atividade principal da mesma. Nesse sentido, o mercado do turismo e o hoteleiro buscam

dentro dessa tendência desenvolver formas de reduzir custos sem diminuir os valores

percebidos pelos clientes para serviços oferecidos. Nesse novo paradigma buscamos

elementos que possam responder se é vantajoso ou não a terceirização dos serviços de

governança do hotel Bhally. Concluiu-se após a análise de um grande número de fatores, tais

como gestão de pessoas, vantagens e desvantagens da terceirização e qualidade nos serviços

hoteleiros, que a terceirização não é viável economicamente para a empresa.

Palavras-chaves: Governança, terceirização, serviços em hotelaria.

Page 10: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SÉRGIO NEVES PEREIRAsiaibib01.univali.br/pdf/Sergio Neves Pereira.pdf · GOVERNANÇA HOTELEIRA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO E OPERACIONAL PARA

10

ABSTRACT

The increased of competitiveness in a new global economy has brought the concern of the

organizations to develop and provide goods and services with the highest quality for a wide

variety of consumers needs. Thus, organizations need to reduce costs without impairing the

quality, in an attempt to increase their earnings. Some strategies used by many companies to

achieve better financial results. It is the outsourcing some of functions that are not part of the

core business. Following this trend the tourism and hospitality industry are developing

solutions to reduce costs without diminishing the values perceived by clients from the services

offered. Facing this new paradigm, this paper seeks evidences that could answer whether or

not it is advantageous outsourcing the governance services operations of hotel Bhally. The

analysis of a large number of factors, such as human resources, advantages and disadvantages

of outsourcing and the hotel quality services levels. The results of the analysis have showed

that outsourcing the governance service is not economically viable for the Hotel Bhally

company.

Key words: Governance, outsourcing, services operations.

Page 11: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SÉRGIO NEVES PEREIRAsiaibib01.univali.br/pdf/Sergio Neves Pereira.pdf · GOVERNANÇA HOTELEIRA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO E OPERACIONAL PARA

11

LISTA DE FIGURAS / TABELAS / QUADROS

Figura 1 Fachada do hotel 17

Figura 2 Apartamento padrão luxo 19

Figura 3 Sala de reuniões e convenções 20

Figura 4 As eras da administração no século XX 21

Figura 5 Organograma geral hotel Bhally 38

Figura 6 Organograma do setor de governança do hotel Bhally 38

Figura 7 Quadro salarial do setor de governança 46

Figura 8 Demonstrativo custo do setor de governança 46

Figura 9 Tabela comparativa do custo da terceirização 48

Figura 10 Organograma da governança terceiriza 49

Page 12: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SÉRGIO NEVES PEREIRAsiaibib01.univali.br/pdf/Sergio Neves Pereira.pdf · GOVERNANÇA HOTELEIRA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO E OPERACIONAL PARA

12

SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 15 1.1 Problema 15

1.2 Objetivo geral 15

1.2.1 Objetivos específicos 15

1.3 Justificativa 16

1.4 Contexto do ambiente de estágio 17

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 21 2.1 Administração, conceitos e evolução 21

2.2 O conceito de serviços 23

2.3 Turismo e hotelaria fundamentos e contexto atual 24

2.4 Gestão da Qualidade na hotelaria 27

2.5 Conceito e evolução da terceirização 28

2.5.1 Vantagens e desvantagens da terceirização 30

2.6 Gestão de pessoas conceitos e perspectivas 31

3 METODOLOGIA 34 3.1 Método de abordagem e ações de pesquisa 34

3.2 Dimensão da amostra 35

3.3 Técnica de coleta 36

3.4 Tratamento e análise dos dados 36

3.5 Limitações da pesquisa 36

4 RESULTADOS 37 4.1 Apresentação do processo atual 37

4.1.1 Organograma geral do hotel e setor de governança 38

4.1.2 Descrição das funções 39

4.1.3 Manual de procedimento da função 39

4.1.4 Demonstrativo do custo do setor de governança 46

4.2 Apresenta a proposta dos terceiros interessados 46

4.2.1 Proposta da empresa Satel 47

Page 13: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SÉRGIO NEVES PEREIRAsiaibib01.univali.br/pdf/Sergio Neves Pereira.pdf · GOVERNANÇA HOTELEIRA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO E OPERACIONAL PARA

13

4.2.2 Proposta da empresa Personalar 47

4.3 Vantagens 48

4.4 Desvantagens 48

4.5 Comparativo de custo 48

4.6 Modelo da nova governança após a terceirização 49

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 50 REFERÊNCIAS 52 ANEXOS 56 Anexo 1 – orçamento Satel 56

Anexo 2 – orçamento Personalar 61

Page 14: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SÉRGIO NEVES PEREIRAsiaibib01.univali.br/pdf/Sergio Neves Pereira.pdf · GOVERNANÇA HOTELEIRA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO E OPERACIONAL PARA

14

1 INTRODUÇÃO

As empresas ligadas no setor turístico cada vez mais precisam estar

atualizadas com o momento que vivenciamos no mundo dos negócios para poderem

sobreviver as mudanças constantes nesse ambiente, não sendo diferente a hotelaria

está cada dia mais buscando soluções para os problemas que envolvem o

gerenciamento desses fatores, tais como: clima organizacional, gerenciamento de

pessoas, vantagens do destino, custos, financeiros e tantas outras variáveis que

influenciam esse negocio. Mas de todos os problemas o que mais interfere no

negocio, atualmente, é a gestão de custos, pois diferentemente das redes, os hotéis

administração familiar, não tem vantagens competitivas como a diluição de

determinados custos.

Atualmente, o turismo e o setor hoteleiro estão em expansão no País.

Segundo a Embratur o turismo é uma atividade que gera anualmente US$ 4 trilhões

e, aproximadamente, 280 milhões de empregos em todo o mundo. No período

compreendido entre meados da década de 1990 e 2001 a indústria hoteleira ficou

entre as que apresentavam maior expansão de oferta de empregos.

Esse setor no Brasil é formado por hotéis de pequeno, médio, e grande porte,

onde muito dessas organizações, ainda, não tem uma visão estratégica, não utilizam

das ferramentas de marketing ou mesmo dos modernos modelos gerenciais de

negócios. Nesse contexto esse problema que afeta muitas empresas é a falta de

liquidez. Dentro desse contexto os hotéis que são geridos de forma profissional têm

apresentado algumas vantagens competitivas que as distingue de seus

concorrentes, pois conseguem controlar seus custos, desenvolver novos produtos e

passam a conhecer seu publico praticando sempre a auto superação .

Cada setor de atividade tem suas particularidades e com a hotelaria não seria

diferente, pois nesse negocio se mexe com sonhos, anseios, alegrias, expectativas e

o mais importante de tudo vende-se um produto intangível onde não tem como

medir, tocar ou mesmo precisar a qualidade, pois cada individuo que consumir o

produto terá uma reação diferente. Mas devemos de todas as formas monitorar o

andamento da produção de cada produto, seja de lazer, limpeza, segurança,

atendimento e tantas outras formas envolvidas nessa atividade que podem

influenciar de forma positiva ou negativa.

Page 15: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SÉRGIO NEVES PEREIRAsiaibib01.univali.br/pdf/Sergio Neves Pereira.pdf · GOVERNANÇA HOTELEIRA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO E OPERACIONAL PARA

15

Dessa forma um dos problemas que mais aflige o setor é a redução de custo

sem alterar a qualidade, para tanto muitos empresas utilizam a terceirização como

forma de redução de custos. E um dos setores que mais tem chamado a atenção é a

governança, que trata da limpeza, arrumação e organização das dependências

ocupadas pelos hospedes. Muitas empresas do setor já se mostram interessadas

pela terceirização dessa área, porém outro lado, só a vantagem econômica ou

mesmo ficar longe da gestão de pessoas, não é o suficiente para essa mudança,

pois as dependências é o maior produto que o hotel vende, ali é percebida a

qualidade pelo cliente, que se encontra fora de outras variáveis que estão envolvidas

como: segurança, presteza, organização, qualidade dos equipamentos e outros de

detalhes de menor importância.

Dentro desse contexto é de suma importância descobrir até que ponto é

vantajoso a terceirização do setor de governança para o setor hoteleiro, e medir

seus impactos na qualidade. Para tanto é necessário a criação e desenvolvimento

de parâmetros para identificar e monitorar a qualidade dos serviços terceirizados.

Uma vez que, esta seja ao final, possível de avaliação de viabilidade ou não, quanto

a sua implantação dessa operacional do setor hoteleiro.

1.1 Problema

A terceirização da operação de governança pode trazer vantagem econômica

e operacional para o Hotel Bhally?

1.2 Objetivo Geral Desenvolver o estudo de viabilidade econômica, operacional e técnica para a

adoção do processo de governança no Hotel Bhally,

1.2.1 Objetivos Específicos

• Descrever a atual estrutura funcional da governança corporativa do Hotel

Bhally;

Page 16: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SÉRGIO NEVES PEREIRAsiaibib01.univali.br/pdf/Sergio Neves Pereira.pdf · GOVERNANÇA HOTELEIRA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO E OPERACIONAL PARA

16

• Identificar empresas com capacidade de absorver a terceirização dos serviços

e que apresentem propostas para o serviço de governança.

• Elaborar o comparativo na perspectiva das variáveis de custos, operação e

competitividade do melhor modelo.

• Desenvolver a avaliação de riscos que o processo de terceirização poderá

acarretar.

1.3 Justificativa O presente trabalho pretende identificar, dentro do assunto terceirização, uma

questão que ainda não foi profundamente abordada dentro do setor da Indústria

hoteleira, uma vez que poucos estudos tratam da dimensão dos impactos da

terceirização do setor de governança, sob os aspectos de vantagem econômica e

operacional. Na realidade, dentro do ramo hoteleiro, a literatura explora pouco esse

tema, e poucos são os trabalhos feitos sobre o assunto.

Em relação ao departamento de Governança, o foco da presente pesquisa, a

situação se apresenta ainda mais complicada. Não existe, além de poucos manuais

e livros que abordam o tema de forma resumida, portanto acredita-se que não há

estudos profundo que apresente problemas e soluções para esse relevante

departamento.

A terceirização da mão-de-obra da governança seja ela, arrumadeiras e

arrumadores, é uma prática constante em alguns hotéis de grande porte dentro da

indústria hoteleira nacional, com certeza, os administradores desses departamentos

passam por muitas e iguais dificuldades no que se refere à qualidade do serviço e

satisfação do cliente, bem como as vantagens econômicas e operacionais desse tipo

de proposta.

Ara agravar ainda mais esse cenário, a interferência nos custos, impacta

diretamente na qualidade dos serviços, na forma de encargos trabalhistas de demais

aspectos legais, onde os prestadores desses serviços estão sujeitos a essas regras,

porém através desta pesquisa, pretende-se, de alguma forma, encontrar soluções

para a viabilidade ou não da implantação da terceirização do setor de governança do

Hotel Bhally.

Page 17: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SÉRGIO NEVES PEREIRAsiaibib01.univali.br/pdf/Sergio Neves Pereira.pdf · GOVERNANÇA HOTELEIRA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO E OPERACIONAL PARA

17

1.4 Contexto do ambiente de estágio Em outubro de 2000, o hotel Bhally deu inicio as suas operações depois de 4

anos entre projeto e execução da obra, a empresa está localiza na avenida Atlântica

em Balneário de Camboriú. Na concepção do empreendimento a visão é atender ao

turista de passeio e ao mercado do MERCOSUL precisamente Argentinos, mas

nesse período todo o mercado de Balneário Camboriú foi surpreendido pela quebrar

do governo Argentino, que resultou no confisco da poupança da população entre

outras medidas.

Figura 1 - Fachada principal Fonte: arquivo hotel Bhally Nesse momento o setor hoteleiro sofreu grande impacto em função do

problema econômico vivido pela Argentina, uma vez que a maioria dos turistas são

oriundos desse país, o hotel Bhally também sofreu reflexos desse movimento, em

virtude de estar vivendo o início de suas operações. A partir desse momento a

Page 18: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SÉRGIO NEVES PEREIRAsiaibib01.univali.br/pdf/Sergio Neves Pereira.pdf · GOVERNANÇA HOTELEIRA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO E OPERACIONAL PARA

18

organização teve que rever seus planos e buscando alternativas para foco em novos

clientes e mercados.

Nos dois anos seguintes o hotel passou por sérios problemas, quando a

identificar seu publico, ocupação nos períodos de baixa, valor das diárias praticadas

e problemas internos de administração, em virtude do expertise dos diretores estar

na área industria . Em julho de 2003 o hotel mudou de sócio-administrativo, através

a divisão dos negócios da família, sendo assim a Sr.ª Marlene assumiu a direção do

hotel, com o objetivo de enfrentar os desafios ainda não devidamente equacionados.

A partir dai o hotel fez opções, que se caracterizaram como o divisor de

momento, através da percepção de não acompanhar a tendência de mercado, uma

vez que até hoje, não trabalha com grupos de turistas, foi uma mudança profunda,

pois abrimos mão de grandes operadoras e percebeu a oportunidade de negócios

com geração de valor para as pequenas agências, dessa forma possibilitou a

trabalhar com maior foco com o publico A e B, e ser um diferencial para esse público

na cidade.

Para isso foi feito um trabalho com as agências da região e nacionalmente

para o desenvolvimento do público corporativo, que são executivos e homens de

negocio, nesse momento o hotel começou a se diferenciar dos demais hotéis da

cidade e região. Com essas mudanças vários dos problemas foram solucionados, e

hoje o hotel é reconhecido pelos clientes como um hotel diferente em Balneário

Camboriú.

Com a definição do público o hotel passou por mudanças profundas em sua

estrutura para atender esse novo perfil de consumidores, pois quando foram

iniciadas as atividades ele contava com: sala de convenções, apartamentos

exclusivos para deficientes, uma suíte presidencial, 115 unidades habitacionais,

salão de café, piscina e garagem. Mas para atender ao novo perfil de hospedes teve

que melhorar as instalações existentes e criar outras, mudanças em vários perfis

internos como: a sala de convenções se adaptou para atender eventos de

empresas, foi diminuídas os números de unidades habitacionais das 115 para 96, a

fim de melhorar o conforto, restaurante com serviço das 11:00 as 24:00 , sala de

internet, sala de reuniões , sala para cooffee break, cozinha do bebê, cantinho para

as crianças na sala de café, academia, remodelagem da piscina, internet banda

larga sem fio por todo o hotel e criação de vários outros serviços para atender esse

novo segmento.

Page 19: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SÉRGIO NEVES PEREIRAsiaibib01.univali.br/pdf/Sergio Neves Pereira.pdf · GOVERNANÇA HOTELEIRA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO E OPERACIONAL PARA

19

Figura 2 – Apartamento padrão luxo. Fonte: arquivo hotel Bhally.

Tendo completado em 2007, 10 anos de funcionamento, o hotel Bhally

consegui se destacar no cenário da hotelaria de Balneário Camboriú e região,

desfruta de uma boa reputação no segmento pelo qual optou em trabalhar, onde no

ano de 2007 o saldo de hospedagens foi de 20904 unidades habitacionais, com um

total de 30910 pessoas, e taxa de ocupação de 58,69%. Diante desses numero o

maior indicador de sucesso do negocio é a diária media que ficou na casa de R$

162,29 por unidades habitacionais, esse numero mostra a qualidade e

reconhecimento do publico que utiliza os serviços do hotel Bhally.

Como negocio, o hotel Bhally dentro das suas possibilidade ajuda a cidade no

desenvolvimento economia e social, pois todos os meses são gerados entre salários

e pagamentos a terceiros a importância média de R$ 140.000,00 nos meses de

baixa e na alta gira em torno de R$ 200.000,00. No ultimo ano o hotel Bhally

arrecadou para o cofre municipal uma quantia próximo à R$ 130.000,00, somente na

forma de ISS, sem contar outros tipos de impostos a nível federal, estadual e

municipal, sem contar a geração de divisas indiretas através de seus hospedes,

nesse sentido o empreendimento ajuda a economia do município, seja pela pelo fato

Page 20: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SÉRGIO NEVES PEREIRAsiaibib01.univali.br/pdf/Sergio Neves Pereira.pdf · GOVERNANÇA HOTELEIRA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO E OPERACIONAL PARA

20

dos impostos e salários, mas muito mais pela divulgação que é feita a nível nacional

e internacional, principalmente, no eixo do MERCOSUL.

Atualmente sua estrutura operacional é composta por 62 colaboradores no

período de baixa temporada chegando a 75 na alta estação, ainda conta com vários

colaboradores indiretos, entre empresas de pequeno porte e prestadores de serviço

na forma autônomos. Nesse sentido acredita-se que o Hotel Bhally gera um total de

120 empregos entre indiretos e diretos.

Hoje a organização caminha para o fortalecimento dessas relações, e esta

atenta as mudanças do setor, pois o mercado de serviços exigem um

acompanhamento constante dessas alterações para poder manter o mercado pelo

qual se quer conquistar ou mesmo manter. Dentro dessa realidade o Hotel Bhally

conseguiu estar atento a essas exigências e busca novas formas de surpreender

seus clientes.

Figura 3 - Sala de reuniões e convenções Fonte: Arquivo hotel Bhally

Page 21: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SÉRGIO NEVES PEREIRAsiaibib01.univali.br/pdf/Sergio Neves Pereira.pdf · GOVERNANÇA HOTELEIRA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO E OPERACIONAL PARA

21

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Neste capitulo será abordado o referencial teórico existente acerca dos temas

Administração seus conceitos e evolução, o conceito de serviços, turismo e hotelaria

fundamentos e contexto atual, gestão da qualidade na hotelaria, conceito e evolução

da terceirização, vantagens e desvantagens da terceirização, gestão de pessoas

conceitos e desafios, expondo as considerações de variados autores, as quais serão

formam a base para o desenvolvimento da presente pesquisa, bem como validam as

alternativas para as melhorias propostas.

2.1 Administração, conceitos e evolução. Na visão de Chiavenato (2004) a administração pode ser divida em três

momentos, conforme quadro abaixo:

Era Industrial Clássica

1900-1950

Era Industrial Neoclássica 1950-1990

Era da Informação Após 1990

Início da industrialização Estabilidade Pouca mudança Previsibilidade Estabilidade e certeza

Desenvolvimento industrial Aumento da mudança Fim da previsibilidade Inovação

Tecnologia da informação (T) Serviços Aceleração das mudanças Imprevisibilidade Instabilidade e incerteza

Administração Cientifica Teoria Clássica Relações humanas Teoria da burocracia

Teoria Neoclássica Teoria Estruturalista Teoria Comportamental Teoria de Sistemas Teoria da Contingência

Ênfase: Produtividade Qualidade Competitividade Cliente Globalização

Figura 4 – As eras da administração no século XX Fonte: Chiavenato (2004)

Page 22: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SÉRGIO NEVES PEREIRAsiaibib01.univali.br/pdf/Sergio Neves Pereira.pdf · GOVERNANÇA HOTELEIRA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO E OPERACIONAL PARA

22

A administração em termos de conceitos é formada através da influência de

diversas áreas do conhecimento humano. Segundo Chiavenato(1997, p.50) a

administração é uma habilidade pessoal separada do conhecimento técnico e da

experiência”.

Para STONER (1999), contextualizando a Administração na sua forma

operacional é o processo de planejar, organizar, dirigir, ou liderar, e controlar o

conjunto de esforços que podem ser realizados por uma organização. De forma a

que esses esforços sejam direcionados alcançar os objetivos estabelecidos de forma

eficiente e eficaz.

Na visão da administração como uma tarefa, ou seja, a sua incumbência

gerencial, é definida da seguinte forma:

[...] a tarefa da administração é a de interpretar os objetivos propostos pela organização e transformá-los em ação organizacional por meio de planejamento, organização, direção e controle de todos os esforços realizados em todas as áreas e em todos os níveis da organização, a fim de alcançar tais objetivos de maneira mais adequada à situação. (CHIAVENATO, 1997, p.12).

Para Kwasnicka (1995), a palavra administrar tem vários significados. Não há

um padrão universalmente aceito para a definição do termo administração, mas de

forma geral acredita-se que, no seu contexto mais elementar, pode ser entendida

como: gerir, ministrar ou conferir.

Para STONER (1999) a administração já foi chamada como a arte de fazer

coisas através de pessoas, ou ainda como um conjunto coerente de pressupostos

elaborado para explicar as relações entre dois ou mais fatos observáveis.

A administração pode também ser interpretada na forma de atividades, dentre

desse aspecto, Silva (2004) enfatiza que a administração é um conjunto de diversas

atividades dirigidas para a utilização eficiente e eficaz dos recursos das

organizações, no sentido de alcançar um ou mais objetivos ou metas

organizacionais proposto.

Por outro lado, para Chiavenato (1983), a administração nada mais é do que

a condução racional das atividades de uma organização, seja ela lucrativa ou não-

lucrativa, nessa perspectiva, compreende-se que a administração pode ser exercida

pelos mais diversos gestores, capacitados para tal ou não.

Page 23: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SÉRGIO NEVES PEREIRAsiaibib01.univali.br/pdf/Sergio Neves Pereira.pdf · GOVERNANÇA HOTELEIRA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO E OPERACIONAL PARA

23

Na mesma perspectiva Megginson et al. (1998, p. 17) afirmam que a

administração pode ser definida como: ”o uso de recursos humanos, financeiros e

materiais para atingir objetivos da organização através das funções de

planejamento, organização, liderança e controle”.

Segundo Barnard (apud STONER,1999, p.29) acredita que: “uma empresa só

pode operar com eficiência e sobreviver quando os objetivos da organização são

mantidos em equilíbrio com os objetivos e as necessidades dos indivíduos que para

ela trabalham”.

Kwasnicka (1995) complementa ainda que o mais importante e consistente

uso do termo administração é aquele em que ele é visto como um processo

interativo fundamental, buscando a obtenção de resultados específicos. Administrar

é, portanto, um processo pelo qual o administrador cria, dirige, mantém, opera e

controla uma organização.

Segundo Krawulski (1991), a ciência administrativa tem, ao longo de sua

existência, tem se esforçado em estudar e compreender como é a vida humana em

sua forma organizada, tentando de alguma forma conhecer sistematicamente o

modo pelo qual o homem garante sua sobrevivência e se relaciona com o trabalho.

A administração hoje desenvolve um papel de muita importância nas

organizações que querem estar sempre a frente a seus concorrentes, pois ela

desenvolve ferramentas que ajudam a gerir seus recursos, e entender a dinâmica da

nova economia. Sendo assim , o hotel Bhally busca ser uma dessas organizações

que sempre busca novas formas de gerenciar seus recursos financeiros e pessoais.

2.2 O conceito de serviços

Segundo Kotler (1998), serviço é qualquer ato ou desempenho que uma parte

possa oferecer e que seja essencialmente intangível e não resulte na apropriação de

alguma coisa.

Os serviços são altamente variáveis, uma vez que dependem de quem os

executa; é decorrente das quatro características básicas apontadas pelo mesmo

autor que são: intangibilidade, inseparabilidade, variabilidade e perecibilidade.

Kotler (1993) define o serviço, sendo uma mercadoria negociável, de um

produto intangível, inseparável, simultâneo, perecível e variável:

Page 24: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SÉRGIO NEVES PEREIRAsiaibib01.univali.br/pdf/Sergio Neves Pereira.pdf · GOVERNANÇA HOTELEIRA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO E OPERACIONAL PARA

24

· é intangível, pois não é há possibilidade experimentar ou mesmo sentir antes

de sua aquisição;

· é inseparável, porque os serviços são vendidos antes de serem consumidos,

e o seu consumo é imediato logo após a compra;

· é simultâneo, se produz e ao mesmo tempo é consumido;

· é perecível, os serviços são feitos para consumo imediato, momentâneo e

não futuro, ou seja, não tem a possibilidade de serem estocados por ser perecível;

· é variável, a qualidade dos serviços dependem de quem, onde, quando e

como são entregues ao mercado. Segundo Cobra (1992), serviço é uma atividade, benefício ou satisfação

agregadas com a venda. Os serviços são intangíveis e produzidos ao mesmo tempo

em que são consumidos; não é palpável, não podem ser cheirados, e é perecível e

não podendo ser armazenados. Requerem alto controle de qualidade, credibilidade

e adaptabilidade.

Para Hardt e Negri, o trabalho imaterial é um trabalho que produz um produto

de uma maneira especial e único, onde definem serviços: "[...] como a produção de serviços não resulta em bem material e durável, definimos o trabalho envolvido nessa produção como trabalho imaterial − ou seja, trabalho que produz um bem imaterial, como serviço, produto cultural, conhecimento ou comunicação" (Hardt e Negri, 2001, p. 311).

As organizações do setor hoteleiro produzem diariamente serviços, onde seus

clientes não conseguem tocar ou mesmo sentir, mas de alguma forma tem que ser

criado um sentimento de valor que corresponda a necessidade e anseio do

consumidor. Pois a indústria hoteleira vende a imagem de descanso, férias e lazer,

sendo assim toda a cadeia envolvida nesse processo tem que estar focado no

melhor servir, para poder alcançar esse objetivo. Pois os serviços são feitos por

pessoas e são exclusivos, por mais rotinas e normas que possam existir sempre um

sai diferente do outros, mas a qualidade tem que estar presente em todos.

2.3 Turismo e hotelaria fundamentos e contexto atual

Conforme Duarte (1996) no século VI a.C. de forma rudimentar, já existia a

necessidade por hospedagem, ligadas à criação de moeda e riqueza. Este último

acontecimento possibilitou aos homens, de espírito aventureiro, a viajar em busca de

Page 25: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SÉRGIO NEVES PEREIRAsiaibib01.univali.br/pdf/Sergio Neves Pereira.pdf · GOVERNANÇA HOTELEIRA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO E OPERACIONAL PARA

25

novos negócios, produtos e toda forma de bens que não fossem produzidos em sua

região.

Para acomodar estes viajantes surgiram as primeiras casas com vários

quartos destinados à hospedagem que levavam o nome de estalagens.

A definição mais antiga e conceitual aproveitadas sobre o turismo data de

1910 e autoria do economista austríaco Herman Von Schullard, para ele, o turismo

é:

“[...] a soma das operações, especialmente as de natureza econômicas diretamente relacionadas com a entrada, a permanência e o deslocamento de estrangeiros para dentro e para fora de um país, cidade ou região”. (HERMAN VON SCHULLARD, [apud ANDRADE, 1995, p.32-33).]

Ampliando o conceito, Padilha (1994), descreve que o turismo consiste num

fenômeno social que tem movimento voluntário e temporal de uma pessoa ou mais

pessoas com intuito de recreação, descanso, cultura, negocio e saúde, saindo do

local que moram para outro no qual não exerçam nenhuma atividade lucrativa nem

de remunerada, gerando múltiplas inter-relações e importância social, econômica e

cultural.

Para Fogel (2000), existe uma tendência natural que, devido às mudanças

tecnológicas que vêm ocorrendo na economia, a indústria do lazer aumentará

substancialmente sua participação na estrutura de consumo da moderna economia

e, no futuro, será o setor de maior importância nas economias, tanto dos países

desenvolvidos, como em desenvolvimento.

Segundo Ruschmann (1997), existem alguns aspectos que contribuíram para

que os fluxos turísticos crescessem dessa maneira, a saber:

• crescimento do tempo livre como conseqüência da racionalização e do

crescimento da produtividade nas empresas;

• aumento na renda de amplas camadas da população;

• evolução técnica, que conduziu a um aumento da produtividade e à redução

dos custos da produção, a produção massiva dos veículos aumentou o grau

de movimentação das pessoas que se utilizam, cada vez mais, dos

automóveis para viajar;

• desenvolvimento de empresas prestadoras de serviços que organizam e

comercializam viagens;

Page 26: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SÉRGIO NEVES PEREIRAsiaibib01.univali.br/pdf/Sergio Neves Pereira.pdf · GOVERNANÇA HOTELEIRA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO E OPERACIONAL PARA

26

• liberação das formalidades aduaneiras, eliminação de vistos, unificação de

documentos de viagens, etc., estimulando as viagens internacionais;

• aumento da urbanização como conseqüência da industrialização;

• falta do "verde" e os impactos psicológicos da vida nas cidades, que

incentivam as viagens.

Na visão de Kuazaqui (2000) o turismo é o grande nicho de empresas no

mundo moderno, e o Brasil tem uma vantagem natural muito grande para

desenvolvê-lo, ampliando essa participação econômica - financeira no Produto

Interno Bruto, que equilibrar nossa balança de serviços. Assim, o Brasil conseguiu

ser uma das maiores economias do mundo nesse setor.

Conforme pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística - IBGE (2003), as atividades ligadas ao do turismo são: serviços de

alimentação; aluguel de automóveis; transporte aquaviários; serviço de alojamento;

transporte rodoviário; serviços desportivos e de lazer; agências de viagens;

auxiliares de transportes; e transporte aéreo.

Segundo Beni (2001) os serviços turísticos destinados ao entretenimento e

lazer podem ser classificados: receptivos (atividades hoteleiras e extra-hoteleiras);

de alimentação; de transporte; públicos (administração turística, postos de

informações, etc.); de recreação e entretenimento na área receptora.

Na avaliação de Quadros (1995) onde conceitua a hotelaria como “o ramo

básico da indústria do turismo”. Para o autor existe uma ligação de dependência

simultânea entre a atividade turística e o serviço hoteleiro onde um afeta o outro, e

vice-versa.

De acordo com Carvalho (2000), o turismo pode fomentar a geração de

empregos, pode melhorar a qualidade de vida, distribuição de renda, gera ações de

incentivo, diminuição de impostos e competitividade, eventos atraindo renda aos

municípios, arrecadação de impostos e força no produto bruto mundial.

Na visão de Ignara, (2002), percebe-se claramente que o Turismo é um

seguimento de grande importância para a economia, porque contribui para o

desenvolvimento socioeconômico das regiões, para a redistribuição de renda e

geração novas oportunidade de empregos. Nesse sentido o Turismo é constituído

por um conjunto de prestadores de serviços que possuem grande impacto na

economia mundial, com faturamento anual superior a 3,5 trilhões de dólares.

Page 27: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SÉRGIO NEVES PEREIRAsiaibib01.univali.br/pdf/Sergio Neves Pereira.pdf · GOVERNANÇA HOTELEIRA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO E OPERACIONAL PARA

27

Para Sampaio (1994) são três fatores essenciais para se ter um produto

turístico. A existência de uma oferta turística básica como hotelaria, alojamentos,

restaurantes, bares, agências de viagens, postos de informação, e conseqüente

rede de transporte e equipamentos. A necessidade de recursos turísticos ou

motivações como recursos naturais (paisagem, rios, praias, fauna e flora, riqueza

termal, clima), recursos históricos - culturais (museus, cascos arqueológicos,

vestígios de pré-nacionalidades, arquitetura regional e urbana, artesanato, folclore,

festas, feiras e romarias). A necessidade de mão de obra preparada

adequadamente, nos níveis básico e profissional.

A indústria do Turismo tem um papel muita grande na economia de vários

paises e inclusive no Brasil, onde o turismo ainda esta caminhando num ritmo

diferente de outros paises, para o Brasil falta o turismo ser encarado realmente como

um negocio que gera divisas e negócios, que por conseqüência produz a inclusão

social e econômica de toda uma cadeia que esta ligada diretamente ou não. Sendo

assim o setor de hospedagem ou hoteleiro é o maior expoente dessa industria, pois

sem o meio de hospedagem fica quase impossível para o desenvolvimento do

turismo na região, mas a industria hoteleira e toda a cadeia do turismo é dependente

uma da outra.

2.4 Gestão da Qualidade na hotelaria

A qualidade é a principal necessidade da indústria hoteleira, sem essa visão

fica quase impossível desenvolver essa atividade. As organizações necessitam ver

a qualidade como peça fundamenta no desenvolvimento do negocio e das pessoas

envolvidas.

Com relação às empresas hoteleiras, particularmente aos meios de

hospedagem, Castelli (2001) destaca que o passado de sucesso não garante o

futuro. O mundo, o ambiente, as pessoas, o mercado, os produtos e processos, as

exigências e desejos mudam constantemente e necessitam respostas rápidas das

organizações. A falta de um novo posicionamento, acompanhado da mudança de

filosofias de gestão e foco no cliente têm sido fatores que levam muitos

empreendimentos a serem extintos.

Na avaliação de Chagas, (2000), a diferença entre os sexos quanto a

avaliação da qualidade os homens são mais criteriosos ao fazerem uma avaliação

geral e completa dos serviços disponibilizados, dando inclusive sugestões. Mulheres

Page 28: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SÉRGIO NEVES PEREIRAsiaibib01.univali.br/pdf/Sergio Neves Pereira.pdf · GOVERNANÇA HOTELEIRA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO E OPERACIONAL PARA

28

tendem a exigir mais em relação aos serviços disponibilizados, sendo minuciosas e

criteriosas em itens relacionados a organização do ambiente.

De acordo com Crosby (1987), os diretores não entenderam a “essência” da

administração da qualidade. Não entenderam que esse trabalho consiste de:

Finanças, Qualidade e Relações. A qualidade deve ser medida em termos

financeiros, para provar que investir em qualidade é investir no crescimento da

empresa. A qualificação do funcionário tem um valor para a organização, bem como

a manutenção de um funcionário qualificado tem um custo maior do que a

contratação de um outro pouco qualificado.

Campos (1999) classifica qualidade como sendo aquele produto ou serviço

que atende perfeitamente, de forma confiável, acessível e segura e no tempo certo

as necessidades do cliente. Destaca que a produtividade é conseqüência direta do

nível de qualidade existentes na organização, as empresas que conseguem

desenvolver a excelência em qualidade apresentem muito mais condições de

sobressaírem as demais. Ser competitivo neste contexto atual no qual estamos

inseridos significa sermos detentores da excelência em qualidade, e a sobrevivência

de qualquer empresa dependerá destes fatores.

Conforme Nascimento (2003), a qualidade de um produto ou serviço se

consegue através do atendimento perfeito, confiável, onde o cliente é atendido com

segurança e no tempo certo atendendo a suas necessidades, ou seja, a qualidade

de um produto ou serviço é medida pela satisfação plena do consumidor. A definição

do conceito de qualidade está sempre em acordo entre estes fatores: qualidade

intrínseca do produto ou serviço, custo e atendimento, quantidade esperada, local

acordado e hora marcada.

Hoje a setor hoteleiro tem que estar antena com as mudanças do mercado e

as necessidades do consumidor, pois todas as organizações vendem o mesmo

produto ou serviço, mas o diferencial será a qualidade de como eles são oferecidos

na visão do cliente. Dentro dessa visão a organização hoteleira deve investir

maciçamente no desenvolvimento do capital humano como forma de gerar a

qualidade total na organização.

2.5 Conceito e evolução da terceirização

Page 29: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SÉRGIO NEVES PEREIRAsiaibib01.univali.br/pdf/Sergio Neves Pereira.pdf · GOVERNANÇA HOTELEIRA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO E OPERACIONAL PARA

29

Ao longo dos anos a terceirização deixou de ser apenas o ato de passar o

serviços que não tinham muita importância com o negocio, ou mesmo contratar

serviços especializados em alguma área especifica da organização. Para hoje ser

uma ferramenta de vantagem competitiva em relação à concorrência e assim poder

gastar forças na principal missão da empresa.

Segundo Ferreira (2000), terceirização é a “atribuição a empresas

independentes, isto é, terceiros, de processos auxiliares à atividade principal de uma

empresa”. Ou melhor, é o processo de repassar as tarefas secundárias da

organização a empresas especializadas, para poder focar melhor na atividade

principal.

Para Kardec (2002) existem três tipos básicos de atividades nas organizações

onde a contratação de serviços terceirizados pode ser empregada, que podem ser:

* atividade-fim: é a atividade principal, é a razão da existência do negócio da

empresa que está no seu contrato social;

* atividade-meio: são aquelas intimamente ligadas à atividade-fim;

* atividades acessórias: são aquelas necessárias para apoio às empresas

mas não interferem diretamente na atividade principal.

Conforme Giosa (1995), essa técnica já era usada nos países de primeiro

mundo foi devido à “descoberta do cliente”: as organizações precisavam voltar-se

para a atividade principal e ao cliente, e esta foi a oportunidade para a busca de

novas saídas competitivas. O autor ressalta que as empresas começaram a ver as

atividades secundárias de outra forma, como atividades não ligadas diretamente a

verdadeira missão da empresa.

Segundo Queiroz (1992), onde alerta que desde a sua implantação até a

década de oitenta, a terceirização tinha sua definição como contratação de serviços

de terceiros e sua aplicação na maioria das vezes , era visava tão somente a reduzir

os custos de mão de obra, é a utilização desse recurso apenas para obter alguma

economia em atividades de pouco expressão, não se preocupando ainda em

agregar ganhos de qualidade, eficiência, especialização, eficácia e produtividade.

Na visão de Batista (2004), que define a terceirização como um sistema onde

uma organização contrata uma prestadora especializada para executar alguma

atividade especifica que seja desenvolvida ou não pela organização.

Giosa (2003) ressalta que a terceirização pode contribuir ainda para a

competitividade estratégica das organizações, principalmente aquelas aplicadas aos

Page 30: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SÉRGIO NEVES PEREIRAsiaibib01.univali.br/pdf/Sergio Neves Pereira.pdf · GOVERNANÇA HOTELEIRA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO E OPERACIONAL PARA

30

preços praticados pela organização no mercado, com essa prática consegue-se a

redução de investimentos, gerando um aumenta no nível tecnológico utilizado, reduz

tempo e conseguem-se resultados a baixos custos.

Na avaliação de Davis, (1992), é a transferência de atividades e tarefas a

terceiros, onde a empresa concentra-se em suas atividades-fim, aquela pela qual é a

razão e justifica sua presença no mercado, e passa a terceiros ou empresas

terceirizadas atividade-meio.

Por outro lado, Giosa, (1997), destaque que a terceirização é um modelo de

negocio que visa à solidificação da organização do futuro que busca a excelência. É

um processo de organização pelo qual se repassam algumas atividades fora da

atividade principal da empresa a terceiros, com os quais se mantém um elo de

parceria, nesse sentido o a empresa foca forças nas tarefas essencialmente ligadas

ao negócio em que atua.

Nesse sentido as empresas que conseguirem criar valor com terceirização

terão vantagens competitivas, pois poderão focar no negocio, na qualidade e no

cliente, deixando as atividades de menor importância para terceiros.

2.5.1 Vantagens e desvantagens da terceirização

As principais vantagens, de acordo com (KARDEC, 2002, p. 46), obtidas com

a prática adequada da terceirização, que pressupõe uma relação de parceira, são:

• Aumento da qualidade;

• Redução de custos;

• Transferência de processos suplementares a quem os tenham como

atividade-fim;

• Aumento da especialização

• Redução de estoques, quando se contrata com fornecimento de

material;

• Melhor administração do tempo para gestão do negócio;

• Diminuição do desperdício;

• Redução de áreas ocupadas;

• Melhor atendimento.

Quando se terceiriza sem uma adequada visão estratégica, as principais

desvantagens que podem ocorrer são (KARDEC, 2002, p. 46-47):

Page 31: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SÉRGIO NEVES PEREIRAsiaibib01.univali.br/pdf/Sergio Neves Pereira.pdf · GOVERNANÇA HOTELEIRA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO E OPERACIONAL PARA

31

• Aumento da dependência de terceiros;

• Aumento de custos quando, simplesmente, se empreita;

• Aumento do risco empresarial pela possibilidade de queda na

qualidade;

• Redução da especialização própria;

• Aumento do risco de acidentes pessoais;

• Aumento do risco de passivo trabalhista, dependendo da qualidade da

contratação.

Para Cabral (2002 apud ARAÚJO, 2005), a organização busca o

estabelecimento de parcerias que também constitui um fator de preocupação para

organizações que optam pela terceirização, nessa busca por parceiros, a

necessidade em localizar parceiros que garantam a competitividade, qualidade de

produtos/serviços e prazo de entrega, o que demanda um grande desafio para a

contratante.

Conforme Souza (2005), além de varias dificuldade na terceirização, constata-

se ainda, apesar de ser uma prática que já ganha espaço nas empresas brasileiras,

o país ainda enfrenta dificuldades na regulamentação de uma legislação específica

que regulamente a terceirização.

Nessa relação de vantagem e desvantagens cada atividade tem sua

peculiaridade onde para uns será vantajoso e para outro não, mas de modo geral as

vantagens são maiores, pois cada vez mais as organizações estão recorrendo para

essa nova visão do mercado.

2.6 Gestão de Pessoas conceitos e perspectiva

As organizações sempre tiveram o interesse de entender o comportamento

das pessoas dentro da organização, como forma de agregar valor a organização e

poder alcançar seus objetivos. Sendo assim muitos autores tem seu ponto de vista

com relação a este tema.

Para Friedman (2000), as organizações em nossos tempos não podem

conseguir resultados positivos ou duradouros se não aprenderem a aumentar o valor

de seus funcionários como força de trabalho. Cada vez mais as empresas investem

nas pessoas, porque somente elas podem colocar seu talento, habilidades,

Page 32: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SÉRGIO NEVES PEREIRAsiaibib01.univali.br/pdf/Sergio Neves Pereira.pdf · GOVERNANÇA HOTELEIRA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO E OPERACIONAL PARA

32

emoções, histórias de vida, saberes e valores a favor das organizações que as

respeitam, oferecem oportunidades de crescimento e valorizam-nas.

Para Chiavenato (1999), o efetivo exercício da gestão de pessoas pressupõe

o desenvolvimento de seis processos básicos, a saber: agregar, aplicar,

recompensar, desenvolver, manter e monitorar pessoas. Em conjunto esses

processos constituem um sistema, portanto, influenciam-se mutuamente e estão

dinamicamente inter-relacionados.

De acordo com Robbins e Decenzo (2004), esse é um dos papéis mais

críticos para o gestor de recursos humanos, posto que a inclusão de novos

indivíduos requer uma análise criteriosa, considerando a importância que os

mesmos assumem na condução dos objetivos organizacionais.

Na visão de CHIAVENATO (1999), cabe à área de gestão de pessoas

assessorar a organização na realização de sua missão, proporcionar

competitividade, implantar políticas de desenvolvimento dos funcionários por meio

de programas de treinamento que possam mantê-los motivados, gerando assim uma

maior satisfação dos colaboradores, como desenvolver e manter qualidade de vida

no trabalho, administrando as mudanças ,gerando políticas éticas e de

responsabilidade social.

É neste sentido que Gil (1994) define a Administração de Recursos Humanos

como: “[...] o ramo especializado da Ciência da Administração que envolve todas as ações que têm como objetivo a integração do trabalhador no contexto da organização e o aumento de sua produtividade. É, pois, a área que trata do recrutamento, seleção, treinamento, desenvolvimento, manutenção, controle e avaliação de pessoal.” Gil (1994, p.13)

Segundo Marras (2000), onde destaca para cinco fases na evolução da

Gestão de Pessoas no Brasil, que são a fase contábil (até 1930), fase legal (de 1930

a 1950), a fase tecnicista (1950 a 1965), a fase administrativa (1965 a 1985), e por

ultimo fase estratégica (1985 até a atualidade) que tem como marca a introdução

dos primeiros programas de planejamento estratégico traçados junto ao

planejamento estratégico central da organização, onde se teve a preocupação com

as pessoas a longo prazo, por parte das empresas com seus trabalhadores.

Salienta Coelho (2003) que a competitividade requereu das organizações

reestruturação de modo a priorizar a produtividade, a qualidade total, o atendimento

ao cliente e a velocidade de respostas como vantagens competitivas da

Page 33: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SÉRGIO NEVES PEREIRAsiaibib01.univali.br/pdf/Sergio Neves Pereira.pdf · GOVERNANÇA HOTELEIRA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO E OPERACIONAL PARA

33

organização. Neste cenário, os recursos humanos são chamados de alguma forma a

reagir ou por meio de redução dos custos ou pela agregação de valores a sua mão

de obra.

Nakayama (2001) destaca que a tendência para a área de gestão de pessoas

são definidas como: a transformação do recursos humanos em uma unidade de

negócios agregando lucro para a empresa, a atuação da área como consultoria

interna, a valorização do capital intelectual, o ensino a distância no processo de

treinamento e desenvolvimento, e o processo de aprendizagem organizacional como

modo de solução de problemas.

Na visão dos autores a gestão de pessoas é a forma pela qual as

organizações agregam valor ao negocio e conseguem criar a identidade da

qualidade em seus produtos ou serviços. Desta forma a organização começa a

valorizar o seu maior capital que são as pessoas, tendo a certeza que para alcançar

suas metas e objetivos o capital humano precisa ser valorizado em todos os

sentidos.

Page 34: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SÉRGIO NEVES PEREIRAsiaibib01.univali.br/pdf/Sergio Neves Pereira.pdf · GOVERNANÇA HOTELEIRA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO E OPERACIONAL PARA

34

3. METODOLOGIA Este capítulo trata da metodologia utilizada para a realização do trabalho,

demonstrando a caracterização da pesquisa, a forma da coleta de dados, bem como

a população pesquisada; por último, a apresentação dos resultados obtidos. Existem diversos conceitos sobre metodologia, a que se acredita ser relevante

e sintética é a descrita por Gil, (1987) que define metodologia como sendo uma

ordem que se segue na investigação da verdade, no estudo de uma ciência para

alcançar um fim determinado assim sendo, a metodologia demonstra o caminho para

se desenvolver uma pesquisa.

3.1 Método de abordagem e ações de pesquisa

O método de abordagem da presente pesquisa, enquanto propósito acredita-se

ser o de uma pesquisa qualitativa com delineamento de estudo de caso, que, para

Roesch (1999), uma pesquisa se classifica como qualitativa, quando o propósito de

uma pesquisa é medir relações entre variáveis, associação entre causa e efeito, ou

ainda em avaliar o resultado de algum sistema ou projeto, a pesquisa se caracteriza

como qualitativa, pois poderá garantir uma boa interpretação dos resultados. Dentro

dessa abrangência acredita-se que o presente estudo fica devidamente adequado

quanto aos objetivos.

O fator motivador da pesquisa é o de buscar conhecer os possíveis resultados

obtidos com a implantação da terceirização do serviço de governança, busca ainda,

identificar vantagens e desvantagens, bem como as dificuldades para melhor

fundamentar a tomada de decisão sobre a adoção, ou não, dessa modalidade de

gerenciamento dos serviços, avaliando os investimentos necessários e perceber se

o modelo poderá proporcionar uma maior competitividade para a organização nesse

setor. Diante disso e, em virtude da formulação do problema e a sua proposição, a

presente pesquisa converge para o estudo de caso; que segundo Gil, (1987, p.78),

trata-se de: “O estudo de caso é caracterizado pelo estudo profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos, de maneira a permitir conhecimento amplo e detalhado do mesmo; tarefa praticamente impossível mediante os outros delineamentos considerados”.

Page 35: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SÉRGIO NEVES PEREIRAsiaibib01.univali.br/pdf/Sergio Neves Pereira.pdf · GOVERNANÇA HOTELEIRA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO E OPERACIONAL PARA

35

A pesquisa foi desenvolvida em dois momentos, num primeiro momento o

procedimento foi o de detalhar toda a estrutura operacional e administrativa da área

de governança do Hotel Bhally descrevendo os processos, número de pessoas

envolvidas, custos totais da operação. Esses dados foram obtidos com a área de

recursos humanos e contabilidade do Hotel Bhally, onde buscou-se os dados nos

documentos internos, onde constam todas essas informações. Portanto esse

procedimento de pesquisa se caracteriza como documental, que para Vergara,

(2003, p. 48) se caracteriza por: a investigação documental é realizada em documentos conservados no interior de órgãos públicos e privados de qualquer natureza, ou com pessoas; registros, anais, regulamentos, circulares, ofícios, memorandos, balancetes, comunicações informais, filmes, microfilmes, fotografias, vídeo tape, informações em disquetes, diários, cartas pessoais e outros.

Em num segundo momento, o presente estudo, utiliza como forma de coleta

de dados o levantamento, que para Gil, (1989, p.76) se caracteriza “pela

interrogação direta de pessoas que se deseja conhecer. Basicamente procede-se a

solicitação de informações a um grupo de pessoas acerca do problema estudado,

para em seguida, mediante análise quantitativa, obter as conclusões

correspondentes aos dados coletados”. Esses levantamentos foram feitos junto à

empresas de prestação de serviços terceirizados que, após a caracterização do

problema e dos objetivos delineados, fizeram suas propostas para a contratação dos

serviços nos padrões operacionais que o Hotel Bhally atualmente emprega.

Diante disso, pode-se concluir que as proposições acima dão validade

científica ao desenvolvimento da presente proposta de pesquisa.

3.2 Dimensão da amostra Quanto à dimensão da amostra a proposição de estudo de caso encerra em si

mesmo o universo.

3.3 Técnica de Coleta

Para a obtenção das informações na pesquisa documental a técnica de coleta é

a observação participante, que segundo Roesch, (1999) a observação é uma técnica

que permite interpretar os processos.

Page 36: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SÉRGIO NEVES PEREIRAsiaibib01.univali.br/pdf/Sergio Neves Pereira.pdf · GOVERNANÇA HOTELEIRA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO E OPERACIONAL PARA

36

3.4 Tratamento e análise dos dados

Para fazer a análise das respostas obtidas, na entrevista do estudo de caso,

foi usada a técnica da análise estatística que segundo Roesch (1999), é a forma

pela qual os dados levantados são analisados.

As informações foram apresentadas na forma de texto descritivo.

3.5 Limitações da pesquisa O fator limitador da presente pesquisa pode ser considerado o fato de se

tratar de um estudo de caso, que deverá ser considerado como fator único de

aplicação, pelas características e dimensões, para o Hotel Bhally, podendo ou não

ser aplicado por outras organizações do gênero.

Page 37: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SÉRGIO NEVES PEREIRAsiaibib01.univali.br/pdf/Sergio Neves Pereira.pdf · GOVERNANÇA HOTELEIRA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO E OPERACIONAL PARA

37

4. RESULTADOS OBTIDOS

O resultado tem por objetivo apresentar os dados referentes a duas funções

que poderão vir a ser terceirizadas, que serão camareira e plantonista. Dessa forma

é apresentado o organograma do hotel, o organograma da governança, descrição

das funções, manual de procedimento da função, e custo total da folha de

pagamento dessas funções. Para tanto foi realizada a pesquisa documental e

observação, nos registros documentais, estrutura funcional e documentos contábeis

da organização.

4.1 Apresentação do processo atual

Dentro do que foi aferido de informações do hotel vamos montar o setor em

estudo, desde sua apresentação na organização, divisão interna, com rotina de

trabalho e as atribuições dos envolvidos, e por fim com o levantamento do custo total

do setor.

4.1.1 Organograma geral do hotel e setor de governança Organograma do hotel

Figura 5 – Organograma geral hotel Bhally. Fonte – Arquivo do hotel Bhally.

DIRETORIA

GERENTE GERAL

RECPEÇÃO GERENTE DE

HOSPEDAGEM

A& B GERENTE

GOVERNAÇA GOVERNANTA

MANUTENÇÃO ALMOXARIFADO

ADMINISTRAÇÃO

FINANCEIRO

RECURSOS HUMANOS

CONTABILIDADE

CONTROLE CUSTOS DOS SETORES

Page 38: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SÉRGIO NEVES PEREIRAsiaibib01.univali.br/pdf/Sergio Neves Pereira.pdf · GOVERNANÇA HOTELEIRA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO E OPERACIONAL PARA

38

Organograma do setor de governança

Figura 6 – Organograma do setor de governança do hotel Bhally. Fonte – Arquivo do hotel Bhally. 4.1.2 Descrição das funções Governanta

É a colaboradora responsável por toda a equipe pertencente à governança do

hotel, se encontra sobre sua custódia toda a responsabilidade da rouparia e

pertences do hotel. Sua competência também é reportar-se com os Srs. hóspedes e

direção, bem como a supervisão geral de toda a limpeza e arrumação do hotel. A

governanta deve seguir todas as normas e padrões de limpeza e arrumação do hotel

bhally, sendo responsável por supervisionar e liberação dos apartamentos em

diárias e chek-out, liberando os mesmos para utilização. Fazer relatórios junto às

arrumadeiras e camareiras, auxiliando no controle de estoque quando solicitado pela

gerencia.

Camareira

É a colaboradora responsável pelos chek-out, diárias, higienização completa

do apartamento, que acontece quando o hóspede deixa o hotel. A camareira

também deve fazer a vistoria no apartamento nos itens como: aparelho telefônico,

frigobar, televisão, ar condicionado, painel de controle, etc., tendo por obrigação

repassar qualquer anomalia no apartamento ou problema relacionado com a

hospedagem a governanta.

GOVERNANÇA

CAMAREIRAS

QUARTOS

CAMAREIRA

AREA COMUM

LAVANDERIA

HOTEL

LAVANDERIA TERCEIROS

PLANTONISTA

FOLGUISTA

SERVIÇOS GERAIS

Page 39: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SÉRGIO NEVES PEREIRAsiaibib01.univali.br/pdf/Sergio Neves Pereira.pdf · GOVERNANÇA HOTELEIRA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO E OPERACIONAL PARA

39

Plantonista

É a responsável pela limpeza das áreas comuns do hotel, como recepção,

salão de café, room service, área da piscina, academia e tem obrigações iguais a

das camareiras.

4.1.3 Manual de procedimento da função

1. Normas gerais de comportamento

• Ter conhecimento profundo de seu trabalho;

• Ser otimista;

• Expressar-se com calma e segurança;

• Respeitar seus colegas e suas chefias;

• Portar-se corretamente com o hóspede e superiores;

• Comunicar à seu superior quanto á dúvidas e irregularidades no setor.

2. Regulamento e normas internas do hotel

• Usar cabelos presos e bem cuidados;

• Cuidar da higiene pessoal;

• Estar sempre bem uniformizada e com o uniforme limpo;

• Usar somente perfumes suaves;

• Usar maquiagem e brincos discretos;

• Usar desodorante na região das axilas;

• Ter unhas aparadas e limpas, com esmalte de cor clara.

3. Fluxo de trabalho

A camareira é responsável pelos materiais abaixo relacionados, os quais

fazem parte da copa de cada andar:

• 01 carrinho tomki completo;

Page 40: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SÉRGIO NEVES PEREIRAsiaibib01.univali.br/pdf/Sergio Neves Pereira.pdf · GOVERNANÇA HOTELEIRA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO E OPERACIONAL PARA

40

• 01 rodo com cabo madeira;

• 01 vassoura com pelos;

• 01 vassoura com nylon;

• 01 pano de chão;

• 04 panos de limpeza (esfregão);

• 01 pá de lixo;

• 01 balde;

• 01 escova de mão;

• 01 escova de bacio (sanitária);

• 01 escova de dente (serve para limpar locais onde a escova normal de

limpeza não serve);

• 02 esponjas (devem ser usadas apenas esponjas que contém as duas faces

suaves).

4 Normas gerais

• Quando for necessária a substituição de um destes acessórios, só poderão

ser feitos mediante apresentação do usado;

• A manutenção e conservação do carrinho e demais materiais são de

responsabilidade da camareira do andar após o uso (incluindo principalmente

a limpeza diária dos equipamentos), como também a limpeza do corredor,

parede, portas, porta do elevador, porta do armário que se encontram no

andar é de sua responsabilidade, não esquecendo da limpeza do teto;

• Toda camareira terá um segundo carrinho e seus acessórios, ele encontra no

segundo andar de responsabilidade da camareira, bem como as áreas

comuns.

Obs.: ao ser deslocado duas camareiras ao mesmo tempo para determinado andar

em comum, cada uma tem obrigação de usar o seu carinho.

5 Reposição de mercadorias em todos os frigobares

• 02 latas de coca cola normal;

Page 41: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SÉRGIO NEVES PEREIRAsiaibib01.univali.br/pdf/Sergio Neves Pereira.pdf · GOVERNANÇA HOTELEIRA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO E OPERACIONAL PARA

41

• 01 lata de guaraná normal;

• 02 latas de cerveja;

• 01 garrafa de água mineral c/gás;

• 01 garrafa de água mineral s/gás;

• 01 achocolatado;

• 01 barra de chocolate branco;

• 01 barra de chocolate preto;

Observações

• No período de baixa temporada deve-se deixar o controle do frigobar sempre

na posição mínima, e na alta temporada posicionar na posição máxima;

• O congelador deve ser sempre verificado a cada diária ou chek-out, caso haja

gelo, deve-se descongelar e manter a forma de gelo sempre limpa e com

água;

• Alguns apartamentos de final 04 já são flats, os quais possuem 02 frigobar:

um de 120L e um de 80L, o de 80L deve ser abastecido pela camareira, o de

120L é de uso e abastecimento exclusivo do cliente.

6 Arrumação das unidades habitacionais

• Verificar os sinais luminosos, acima da porta do quarto, e sem bater na porta

aguardar 02 minutos antes de abri-la;

• Conduzir o carrinho até o apartamento e coloca-lo atravessado na porta onde

deverá permanecer até que a limpeza esteja finalizada;

• Abrir as cortinas e todas as janelas;

• Realizar uma vistoria no apartamento verificando o estoque de roupas de

cama e banho e se alguma peça foi danificada. No caso de chek-out deverá

também verificar se o hóspede esqueceu algum pertence;

• Se houver pratos ou bandejas usadas, deverá encaminhas as mesmas para o

Final 05 e comunicar a Governanta sobre a presença das louças no andar;

• Deverá então limpar o banheiro, repondo as toalhas de banho e rosto e o

piso;

Page 42: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SÉRGIO NEVES PEREIRAsiaibib01.univali.br/pdf/Sergio Neves Pereira.pdf · GOVERNANÇA HOTELEIRA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO E OPERACIONAL PARA

42

• Deverá limpar o pó dos móveis;

• Deverá arrumar a cama;

• Deverá verificar se os impressos das pastas estão sujos ou amassados e se a

mesma está com todos os itens, trocando-os caso seja necessário;

• Deverá verificar o funcionamento de todas as lâmpadas, TV e ar-

condicionado. No caso de alguma irregularidade deverá comunicar a

Governanta;

• Arrumar os móveis e os impressos conforme determinado;

• Limpar o chão, do banheiro para o quarto, para a porta, tendo cuidado de não

deixar marcas de sapato;

• Dar uma última verificada no apartamento, fechar janelas, cortinas e a porta;

• Comunicar a Governanta que o apartamento está pronto.

7 Iniciando o trabalho no andar

• Varrer o corredor e tirar o pó, e limpar as lixeiras;

• Abrir as janelas dos apartamentos vagos e dos liberados pela governanta,

quando o tempo estiver ensolarado e fechá-las até as 13:00 h .

8 ROTINAS QUANDO FOR DIARIA:

• Retirar a roupa do hospedes que vão para a lavanderia, deixando na copinha

até as 11:00 h e será retirada pela governanta;

• Conferencia do frigobar, repor se necessário e preencher comanda em

caminhando a governança;

• Tirar roupa de cama, conforme relatório, sempre tirar roupa de banho e

colocar no final do corredor;

• Limpar tapetes e colocar em cima da cadeira;

• Varrer e passar pano, quando apartamento com sacada, também varrer a

mesma e passar pano;

• Acomodar os pertences dos hospedes;

• Revisar pasta que fica na mesa;

• Copo ou cinzeiro quebrado avisar a governanta;

Page 43: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SÉRGIO NEVES PEREIRAsiaibib01.univali.br/pdf/Sergio Neves Pereira.pdf · GOVERNANÇA HOTELEIRA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO E OPERACIONAL PARA

43

• Limpeza do banheiro por último, começando pelo box (usar detergente), vaso

(usar saponácio), pia (usar saponácio), limpeza do chão(usar detergente

específicos), moveis(usar polidor) ;

• Repor itens do banheiro que estiver faltando;

• Vestir a cama; Revisar luzes, TV, telefones, gavetas;

• Retirar todos os materiais que foram usados para limpeza de dentro do

quarto.

• Ligar a TV e sintonizar no canal 41 ou 42(música)

9 Rotinas quando for chek-out

• Conferencia do frigobar, repor se necessário e preencher comanda

encaminhando a governança;

• Tirar roupa de cama e banho sempre e colocar no final do corredor;

• Levantar cadeira e criado mudo;

• Abrir a janela e o guarda-roupa enquanto estiver limpando o apartamento;

• Revisar pasta que fica na mesa;

• Copo ou cinzeiro quebrado avisar a governanta;

• Varrer, passar pano, limpar vidro, tirar o pó;

• Limpeza do banheiro por último, começando pelo box(usar detergente), vaso

(usar saponácio), pia (usar saponácio), limpeza do chão(usar detergente

específicos), moveis(usar polidor) ;

• Repor itens do banheiro que estiverem faltando;

• Baixar os móveis;

• Vestir a cama;

• Revisar luzes, TV, telefones, gavetas.

• Retirar todos os materiais que foram usados para limpeza de dentro do

quarto.

• Ligar a tv e sintonizar no canal 41 ou 42(música).

10 Rotinas quando for check-in

• Abrir a janela e o guarda-roupa enquanto estiver limpando;

Page 44: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SÉRGIO NEVES PEREIRAsiaibib01.univali.br/pdf/Sergio Neves Pereira.pdf · GOVERNANÇA HOTELEIRA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO E OPERACIONAL PARA

44

• Verificar as luzes, TV, telefone, guarda-roupa;

• Verificar frigobar, pasta, itens do banheiro;

• Revisar vaso e pia;

• Tirar o pó e varrer o quarto se necessário;

• Deixar persianas abertas, a janela aberto o mínimo e cortinas fechadas;

• Retirar todos os materiais que foram usados para limpeza de dentro do

quarto;

• Ligar a TV e sintonizar no canal 41 ou 42(música);

11 finalizando o trabalho no andar

• Limpar corredor (varrer e passar pano, limpar a lixeira, tirar o pó);

• Limpar copinha (banheiro, carrinho, vidro, chão);

• Lavar os panos e estender na escada;

• Abastecer as copinhas de roupa;

• Deixar a prancheta e notas com a governanta;

• Colocar louças e lixos no final do corredor;

• Apagar luzes (deixar no automático) e portas fechadas.

4.1.4 Demonstrativo do custo do setor de governança

Figura 7 – Quadro salarial do setor de governança Fonte – Arquivo hotel Bhally.

12.371,882.691,23607,68 633,00211,01633,007.595,96 TOTAL 1.222,70265,9760,06 62,5620,8562,56750,70CAMAREIRA SANDRA M. R.DA SILVA 1.294,12281,5163,56 66,2122,0766,21794,56CAMAREIRA/PLANTONIST

AROSA M. GODOI DE ATHAIDE

1.226,18266,7360,23 62,7420,9162,74752,83CAMAREIRA NOELI APARECIDA GOMES 1.121,42243,9455,08 57,3819,1357,38688,51CAMAREIRA ALESSANDRA S.RIBEIRO 1.212,41263,7359,55 62,0320,6862,03744,39PLANTONISTA MARTA M.RAIMUNDO 1.079,86234,9053,04 55,2518,4255,25663,00CAMAREIRA MARIA J. MENDES SANTOS 1.079,86234,9053,04 55,2518,4255,25663,00CAMAREIRA LILIANA DE ALMEIDA 1.120,50243,7455,04 57,3319,1157,33687,95CAMAREIRA CARMEN DE FATIMA E.MELLO 1.165,04253,4357,22 59,6119,8759,61715,30CAMAREIRA ANA LUCIA JUNQUEIRA 1.849,79402,3890,86 94,6431,5594,641.135,72GOVERNANTA BENEDITA AP. DE MATTOS

TOTALINSS EMPRESA FGTS 10º TERCEIRO1/3 FÉRIAS

FÉRIASSALÁRIOFUNÇÃO NOME

QUADRO DE SALÁRIO DO SETOR DE GOVERNANÇA

Page 45: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SÉRGIO NEVES PEREIRAsiaibib01.univali.br/pdf/Sergio Neves Pereira.pdf · GOVERNANÇA HOTELEIRA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO E OPERACIONAL PARA

45

DEMONSTRATIVO DO CUSTO DO SETOR DE GOVERNANÇA DESCRIÇÃO VALOR

SALARIO DA FOLHA 12.371,88 REFEIÇÃO 1.170,00 VALE TRANSPORTE 819,60 UNIFORME 1/12 208,33 SEGURO VIDA 95,00 TOTAL MENSAL 14.664,81 Figura 8 – Demonstrativo custo do setor de governança.

Fonte – Arquivo hotel Bhally.

Conforme apresentado acima o total dos custos diretos do setor de governança do

Hotel Bhally monta o valor de R$ 14.664,81 (quatorze mil seiscentos e sessenta e

quatro reais e oitenta e um centavos) por mês de operação.

4.2 Apresentação da proposta das empresas especializadas em terceirzação de serviços

No segundo momento foi solicitado 3 orçamentos das seguintes empresas

Satel Prestadora de Serviços, Personalar & Vision e Orsegrups afim de prosseguir

com a pesquisa e chegar a conclusão da viabilidade ou não.Dos orçamentos

pedidos somente a Orsegrups não consegui entregar o orçamento em tempo hábil

para ser incluída na pesquisa.

4.2.1 Proposta da empresa Satel

• Será fornecida a seguinte mão de obra ao custo individual;

• Posto 1 - serviço de limpeza com 8 horas diárias, de segunda a domingo, ao

custo de R$ 1.800,00 mensais;

• Posto 2 - serviço de governanta com 44 horas semanais, de segunda a

domingo, ao custo de R$ 2.170,00;

• Posto 3 - serviço de plantonista com 8 horas diárias, no horário das 15:00 às

24:00 horas, de segunda a domingo.

• Nos valores todos os encargos e despesas já estão inclusos;

Page 46: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SÉRGIO NEVES PEREIRAsiaibib01.univali.br/pdf/Sergio Neves Pereira.pdf · GOVERNANÇA HOTELEIRA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO E OPERACIONAL PARA

46

• Os serviços serão executados por pessoas treinadas dentro das

especificações do hotel;

• Caso necessário a substituição será imediata,

• Todos os serviços serão emitidos com Nota Fiscal, junto com as guias pagas

dos impostos referentes aos funcionários locados no hotel, o pagamento será

todo dia 10 do mês.

4.2.2 Proposta de empresa Personalar

• Será fornecida a seguinte mão de obra ao custo individual;

• Chefe de setor – trabalhará em turno único de 8 horas, de segunda a

domingo, no horário das 8:30 as 16:50 horas, ao custo de R$ 1.980,00

mensais;

• Camareira - trabalhará em turno único de 8 horas, de segunda a domingo, no

horário das 8:30 as 16:50 horas, ao custo de R$ 1.550,00 mensais;

• Plantonista – trabalhará em turno único de 8 horas, de segunda a domingo,

no horário das 15:00 as 24:00 horas, ao custo de R$ 1.720,00 mensais;

• Nos valores todos os encargos e despesas já estão inclusos;

• Os serviços serão executados por pessoas treinadas dentro das

especificações do hotel;

• Caso necessário a substituição será imediata,

4.3 Vantagens

• Redução do custo com o setor; • Foco na qualidade dos serviços; • Redução da ociosidade; • Flexibilidade da mão de obra conforme a necessidade; • Menor desgaste nas relações; • Diminuição da mão de obra contratado por parte do hotel; • Maior controle sobre a organização do setor.

4.4 Desvantagens

• Redução da qualidade; • Perda da identidade com a organização;

Page 47: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SÉRGIO NEVES PEREIRAsiaibib01.univali.br/pdf/Sergio Neves Pereira.pdf · GOVERNANÇA HOTELEIRA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO E OPERACIONAL PARA

47

• Comprometimento com a organização; • Segurança; • Rotativa das pessoas envolvidas; • Responsabilidade sobre eventuais sinistros; • Desentendimentos entre funcionários; • A responsabilidade sobre o hospede; • Possível descumprimento por parte da contratada.

4.5 Comparativo de custo

TABELA COMPARATIVA DO CUSTO DA TERCEIRIZAÇÃO FORNECEDOR FUNÇÃO CUSTO FUNÇÃO NECESSIDADE VALOR R$ Personalar governanta 1.980,00 1 1.980,00 Personalar camareira 1.550,00 8 12.400,00 Personalar plantonista 1.720,00 1 1.720,00 Total dos serviços 16.100,00 Satel governanta 2.170,00 1 2.170,00 Satel camareira 1.800,00 8 14.400,00 Satel plantonista 1.890,00 1 1.890,00 Total dos serviços 18.460,00 Hotel Bhally setor 14.569,81 1 14.569,81 Total dos serviços 14.569,81

Figura 9 – Tabela comparativa do custo da terceirização. Fonte – Arquivo hotel Bhally.

4.6 Modelo da nova governança após a terceirização

Após a obtenção dos dados e informações necessários para poder chegar a

uma posição, sobre as vantagens ou não da implantação desse sistema, é

necessário uma comparação entre o modelo atual, seus custos, vantagens e

desvantagens. E o modelo proposta pelas empresas especializadas na terceirização

de serviços. Para tanto foi feita uma simulação de como ficaria o novo organograma

do setor de governança, após a implantação da terceirização.

Page 48: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SÉRGIO NEVES PEREIRAsiaibib01.univali.br/pdf/Sergio Neves Pereira.pdf · GOVERNANÇA HOTELEIRA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO E OPERACIONAL PARA

48

Organograma da governança terceirizada

Figura 10 – Organograma da governança terceiriza. Fonte – Arquivo hotel Bhally.

GOVERNANÇA

LAVANDERIAS

HOTEL

LAVANDERIA TERCEIROS

CHEFE DO SETOR

EMPRESA TERCEIRIZADA

FOLGUISTA

SERVIÇOS

GERAIS

CAMAREIRA QUARTOS

PLANTONISTA

Page 49: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SÉRGIO NEVES PEREIRAsiaibib01.univali.br/pdf/Sergio Neves Pereira.pdf · GOVERNANÇA HOTELEIRA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO E OPERACIONAL PARA

49

5 CONLUSÃO E CONSIDERAÇÕES FINAIS

A idéia principal deste trabalho é ajudar o Hotel Bhally a tomar uma decisão

sobre a viabilidade ou não da terceirização do setor de governança, onde a

organização transferiria a responsabilidade de parte desse setor para uma

organização especializada nessa área. Diante de tudo que foi levantada sobre

fundamentação teórica e temas envolvidos com administração, turismo e hotelaria,

terceirização, vantagens e desvantagens da terceirização e gestão de pessoas, para

daí sim podermos visualizar o cenário e aspectos que envolvem a organização em

especial. Para poder dar continuidade a nossa pesquisa sobre a viabilidade ou não

tivemos que efetuar uma busca por informações internas no hotel, bem como ver

empresas existentes na cidade que poderiam de alguma forma vir a executar esse

trabalha dentro da organização.

Tendo as informações necessárias, e começando a analisar cada ponto

levantado e comparando com o existente na organização pude desenhar como

ficaria o objetivo da pesquisa e chegar a uma conclusão. Pois nosso objetivo maior é

fundamentar e justificar se é possível ou não “A terceirização da operação de

governança para trazer vantagens econômica e operacional para o Hotel Bhally”.

Sendo assim posso afirmar que economicamente a operação de terceirização

é viável sim para o Hotel Bhally, pois o custo da mão de obra empregada no setor

seria 10% superior a folha pagamento paga por parte do hotel. Sem contar as outras

vantagens econômicas que o hotel teria, como possíveis indenizações trabalhistas,

encosto por motivo de acidente ou doença, licença maternidade, falta por problemas

com os filhos pois o setor é formado por mulheres na sua maioria. Esses seriam

alguns aspectos econômicos, mas a vantagens seriam muitas ainda para a

organização. A organização não precisaria se preocupar com a contratação de mão

de obra nem treinamento, pedidos de demissão, o quadro de funcionários poderia

ser mais flexível sem a necessidade de manter um quadro fechado ao longo do ano.

Mas por outro lado, para o modo operacional o Hotel Bhally não traria

vantagem competitiva em relação aos serviços realizados por terceiros, tendo em

vista que as vezes que foram contrato esses serviços a experiência não foi das

melhores. Não somente esse fato isolado, pois o hotel ao adotar o sistema perderia

o controle sobre suas atividades por passar um setor vital importância para o hotel a

Page 50: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SÉRGIO NEVES PEREIRAsiaibib01.univali.br/pdf/Sergio Neves Pereira.pdf · GOVERNANÇA HOTELEIRA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO E OPERACIONAL PARA

50

outra empresa. Ainda nessa visão, a limpeza e organização do quarto são mais

importante que a própria recepção que é feita quando da chegada do hospede. Pois

o ele começa a consumir o produto estadia quando entra no quarto no qual vai ser a

sua segunda casa.

Dentro de tudo que foi visto, pesquisado e coletado de informação posso

concluir que o Hotel Bhally não está obtendo vantagens consideráveis que

justificassem a mudança rumo a terceirização do setor de governança. Mesmo

concluindo, que hoje não seja a melhor opção para o hotel Bhally, a terceirização

deve ser mantida em pauta , pois o resulta que consegui se refere no ambiente ao

qual o hotel se encontra hoje. Mas quem sabe se no futuro a terceirização não seja

uma boa opção para outros serviços de menor expressão, deixando a organização

livre, para cuidar exclusivamente do negocio principal, que se resume a venda de

hospedagens.

Page 51: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SÉRGIO NEVES PEREIRAsiaibib01.univali.br/pdf/Sergio Neves Pereira.pdf · GOVERNANÇA HOTELEIRA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO E OPERACIONAL PARA

51

REFERÊNCIAS

ARAÚJO, Maria Antônia do Socorro Rabelo. Análise da gestão de pessoas na terceirização de atividades-fim no setor financeiro cearense. 2005. 161p. Dissertação (Mestrado em Administração).Faculdade de Economia, Administração, Atuária, Contabilidade e Secretariado, Universidade Federal do Ceará.

BARROS JUNIOR, C. M. Flexibilização no direito do trabalho.Revista Trabalho e Processo, São Paulo, n. 2, set. 1994.

BATISTA, Emerson de Oliveira. Sistemas de informação: o uso consciente da tecnologia para o gerenciamento. São Paulo: Saraiva, 2004.

BENI, M.C. Análise estrutural do turismo. 6.ed. São Paulo: Senac, 2001.

CAMPOS V. F., Gerencia da Qualidade Total. 3. ed. Belo Horizonte: Fundação Christiano Otonni, Escola de Engenharia da UFMG, 1988.

CASTELLI, Geraldo. Administração Hoteleira. 8ª ed. Caxias do Sul: EDUCS, 2001.

--------. Turismo: Atividade marcante do século XX. Caxias do Sul: EDUCS, 1996.

CHAGAS, Rosiane. Qualidade de serviços nas organizações hoteleiras de Maceió: um estudo exploratório sobre os atributos relevantes na avaliação da qualidade do serviço pelos hospedes. Mestrado em Administração da Universidade federal de Alagoas. Alagoas, Agosto de 2000.

CHIAVENATO, I. Introdução à Teoria Geral da Administração. São Paulo: McGraw Hill, 1983.

-------, Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. Rio de Janeiro: Ed. Campus, 1999.

-------, Iniciação à Administração Geral. São Paulo: McGraw-Hill, 1989.

-------, Teoria Geral da Administração. Abordagens prescritivas e normativas da administração. 5. ed. São Paulo: Makron Books, 1997.

COBRA, Marcos. Administração de marketing. São Paulo: Atlas, 1992.

COELHO, K. S. DELLAGNELO, E. H. L. Gestão de pessoas: um passo para o potencial de flexibilidade estrutural? Um estudo de caso. In: ENCONTRO NACIONAL DOS PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO, 27, 2003, Atibaia. Anais eletrônicos... Rio de Janeiro: ANPAD, 2003. 1 Cd Room.

Page 52: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SÉRGIO NEVES PEREIRAsiaibib01.univali.br/pdf/Sergio Neves Pereira.pdf · GOVERNANÇA HOTELEIRA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO E OPERACIONAL PARA

52

COSTA, Maurício H., MACIEL, Eliane P., ABREU, Ana M. L. A vantagem de ser parceiro. Revista Exame. Editora Abril. p. A1-A8. 29 de abril de 1992.

CROSBY,Philip B. Qualidade e investimento. Rio de Janeiro: José Olympio, 1987.

DAVIS, Frank S. Terceirização e multifuncionalidade: idéias práticas para melhoria da produtividade e competitividade da empresa. São Paulo, STS, 1992.

DUARTE, Vladir Vieira. Administração de Sistemas Hoteleiros: conceitos básicos. São Paulo: SENAC São Paulo, 1996.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Minidicionário Século XXI: O minidicionário da língua portuguesa. 4º ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000. p.

FRIEDMAN, B.; HATCH, J.; WALKER, D. M. Capital humano. São Paulo: Futura, 2000. Documento adquirido na Biblioteca Temática do Empreendedor – Sebrae http://www.bte.com.br

GIL, A.C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1989.

-------, Administração de recursos humanos: um enfoque profissional. São Paulo: Atlas, 1994.

GIOSA, L. A. Terceirização: uma abordagem estratégica. 5. ed. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003.

GIOSA, Lívio A. . Terceirização: uma abordagem estratégica. São Paulo:Pioneira, 1995.

GRÖNROOS, Christian. Service Management and Marketing: managing the moment of truth in service competition. Lexington Books, 1990

Hardt, M. e A. Negri, Império. Rio de Janeiro: Record, 2001.

IGNARRA, Renato Luiz, Fundamentos do Turismo. 2ºed. Revista e ampliada Thomson,2003.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Economia do turismo: análise das atividades características do turismo 2003 - n.5. Rio de Janeiro: IBGE, 2003.

KARDEC, Alan; Carvalho, Cláudio. Gestão estratégica e terceirização. Rio de Janeiro: Qualitymark: ABRAMAN, 2002. 128p.

Page 53: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SÉRGIO NEVES PEREIRAsiaibib01.univali.br/pdf/Sergio Neves Pereira.pdf · GOVERNANÇA HOTELEIRA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO E OPERACIONAL PARA

53

KOTLER, Philip. Princípios de Marketing. Rio de Janeiro: Prentice Hall do Brasil, 1993

-------, Administração de Marketing: análise, planejamento, implementação e controle. 5 ed. São Paulo: Atlas, 1998.

KUAZAQUI,Edmir.Marketing Turístico e de Hospitalidade.São Paulo: Makron, 2000.

KWASNICKA, Eunice Lacava. Introdução a Administração. 5. ed. São Paulo: Atlas,1995.

MAGANO, O. B. Política do trabalho. São Paulo: LTr, 1992

MARRAS, J. P.Administração de recursos humanos: do operacional ao estratégico. São Paulo: Futura, 2000.

MEGGINSON, Leon C.; MOSLEY, Donald C.; PIETRI JR., Paul H. Administração: Conceitos e Aplicações. 4. ed. São Paulo: Harbra, 1998.

NAKAYAMA, M. K. Novas formas, tecnologias e o papel do RH no cenário organizacional. In: MANSSOUR, A. B. B. et al. Tendências em recursos humanos. Porto Alegre: Multimpressos, 2001.

NASCIMENTO, D. (1992) - Analise de riscos e pontos críticos de controle (APPCC) de uma planta de processamento de alimentos (restaurante universitário) Em Ouro Preto-MG. B. CEPPA. Vol. 10, n.2, p.170-185.

OMT - ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO TURISMO Introdução ao Turismo, São Paulo: Roca, 2001, 371p.

PADILHA, O. de La T. El turismo: fenômeno social. México: Fondo de Cultura Económica, 1994. (Sección de Obras de Sociologia).

PIMENTA M.A. O gerenciamento da qualidade no setor de hospedagem, p. 81 - 95 IN: Gestão de hotelaria e turismo, São Paulo: Prentice Hall, 2005 Org. Dias, R. e Pimenta M. A.,282 p.Pioneira: 1997.

QUADROS, A.C.M. Estudos de turismo e hotelaria. São Paulo: Senac, 1995.

QUEIROZ, Carlos A . R. S. Manual de terceirização: onde podemos errar no desenvolvimento e na implantação dos projetos e quais são os caminhos do sucesso. São Paulo: STS, 1992.

ROBBINS, Stephen P.; DECENZO, David A. Fundamentos de administração: conceitos essenciais e aplicações. São Paulo: Prentice Hall, 2004

Page 54: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SÉRGIO NEVES PEREIRAsiaibib01.univali.br/pdf/Sergio Neves Pereira.pdf · GOVERNANÇA HOTELEIRA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO E OPERACIONAL PARA

54

ROESCH, S. M. A., Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração. 2. ed. São Paulo: Altas, 1999.

RUSCHMANN, D. V. M. Turismo e planejamento sustentável: a proteção do meio ambiente. Campinas, SP: Papirus, 2001.

SAAD, E. G. O trabalhador e a terceirização da economia. Suplemento Trabalhista LTr, São Paulo, n. 89, 1993.

SAMPAIO, Francisco. O produto turístico do alto minho II. Gráfica Casa dos Rapazes: Viena do Castro, 1994.

SILVA, Reinaldo Oliveira da. Teorias da administração. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004.

SOUZA, Leonardo Leocádio Coelho de. Decisões de terceirização e as práticas em gestão do fator humano: análise nas grandes indústrias cearenses de confecção. 2005. 212p. Dissertação (Mestrado em Administração).Faculdade de Economia, Administração, Atuária, Contabilidade e Secretariado, Universidade Federal do Ceará.

STONER, R. Teoria Geral da Administração. São Paulo: Makron Books, 1999.

STONER, R. Teoria Geral da Administração. São Paulo: Makron Books, 1999.

TEBOUL, James. Gerenciando a dinâmica de qualidade. Rio de janeiro: Qualitymark,1991.

VERGARA, S. C. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2000.

Page 55: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SÉRGIO NEVES PEREIRAsiaibib01.univali.br/pdf/Sergio Neves Pereira.pdf · GOVERNANÇA HOTELEIRA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO E OPERACIONAL PARA

55

ANEXOS ANEXO 1 Orçamento Satel

Page 56: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SÉRGIO NEVES PEREIRAsiaibib01.univali.br/pdf/Sergio Neves Pereira.pdf · GOVERNANÇA HOTELEIRA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO E OPERACIONAL PARA

56

Page 57: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SÉRGIO NEVES PEREIRAsiaibib01.univali.br/pdf/Sergio Neves Pereira.pdf · GOVERNANÇA HOTELEIRA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO E OPERACIONAL PARA

57

Page 58: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SÉRGIO NEVES PEREIRAsiaibib01.univali.br/pdf/Sergio Neves Pereira.pdf · GOVERNANÇA HOTELEIRA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO E OPERACIONAL PARA

58

Page 59: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SÉRGIO NEVES PEREIRAsiaibib01.univali.br/pdf/Sergio Neves Pereira.pdf · GOVERNANÇA HOTELEIRA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO E OPERACIONAL PARA

59

Page 60: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SÉRGIO NEVES PEREIRAsiaibib01.univali.br/pdf/Sergio Neves Pereira.pdf · GOVERNANÇA HOTELEIRA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO E OPERACIONAL PARA

60

ANEXO 2 Orçamento Personalar

Page 61: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SÉRGIO NEVES PEREIRAsiaibib01.univali.br/pdf/Sergio Neves Pereira.pdf · GOVERNANÇA HOTELEIRA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO E OPERACIONAL PARA

61

Page 62: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SÉRGIO NEVES PEREIRAsiaibib01.univali.br/pdf/Sergio Neves Pereira.pdf · GOVERNANÇA HOTELEIRA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO E OPERACIONAL PARA

62