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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ UNIVALI PRÓ-REITORIA DE PESQUISA, PÓS-GRADUAÇÃO, EXTENSÃO E CULTURA PROPPEC CENTRO DE EDUCAÇÃO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E JURÍDICAS CEJURPS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM CIÊNCIA JURÍDICA PPCJ CURSO DE MESTRADO ACADÊMICO EM CIÊNCIA JURÍDICA CMCJ ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTOS DO DIREITO POSITIVO RESPONSABILIDADE CIVIL DO OPERADOR PORTUÁRIO NARA REJANE MORAES DA ROCHA Itajaí-SC, julho de 2013.

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ – UNIVALI PRÓ-REITORIA DE PESQUISA, PÓS-GRADUAÇÃO, EXTENSÃO E CULTURA – PROPPEC CENTRO DE EDUCAÇÃO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E JURÍDICAS – CEJURPS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM CIÊNCIA JURÍDICA – PPCJ CURSO DE MESTRADO ACADÊMICO EM CIÊNCIA JURÍDICA – CMCJ ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTOS DO DIREITO POSITIVO

RESPONSABILIDADE CIVIL DO OPERADOR PORTUÁRIO

NARA REJANE MORAES DA ROCHA

Itajaí-SC, julho de 2013.

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ – UNIVALI PRÓ-REITORIA DE PESQUISA, PÓS-GRADUAÇÃO, EXTENSÃO E CULTURA – PROPPEC CENTRO DE EDUCAÇÃO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E JURÍDICAS – CEJURPS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM CIÊNCIA JURÍDICA – PPCJ CURSO DE MESTRADO ACADÊMICO EM CIÊNCIA JURÍDICA – CMCJ ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTOS DO DIREITO POSITIVO

RESPONSABILIDADE CIVIL DO OPERADOR PORTUÁRIO

NARA REJANE MORAES DA ROCHA

Dissertação submetida à Universidade do Vale

do Itajaí – UNIVALI, para obtenção do grau de

Mestre em Ciência Jurídica.

Orientador: Professor Doutor Osvaldo Agripino de Castro Júnior

Itajaí-SC, julho de 2013.

AGRADECIMENTOS

A Deus, pela vida.

Ao meu filho Rafael, por todas as alegrias.

A minha filha de coração Ana Rúbia.

Às amigas Candy Erine Komatsu e Perla Duarte Moraes, sempre

presentes.

À amiga Liliana Santiago Cavalcante, que a distância não separa.

Aos meus colegas do curso, Renato Rodrigues da Silva, Kamilla Pavan e

Fabiana Janaina Vargas Fischer.

Às colegas dos congressos, Daniela Ohana Barbosa e Miriam Ramoniga,

que se tornaram grandes amigas.

Aos professores e funcionários do mestrado, Dr. César Luiz Pasold, Dr.

Alexandre Morais da Rosa, Dr. Ricardo Stanziola, Dr. Josemar Sidinei Soares e

Jaqueline M. Quintero, pela incansável ajuda no Brasil e na Espanha.

Ao Ralf, sempre presente na oratória do Dr. César Luiz Pasold.

Ao professor Dr. Gabriel Real Ferrer, pelo conhecimento oferecido na

Universidade de Alicante/Espanha.

Ao professor Dr. Germán Valencia Martim, pelo apoio acadêmico e pela

orientação em Máster Universitário en Derecho Ambiental y de la Sostenibilidad, em

Alicante/Espanha.

Ao professor Dr. Norman Martinez, pela contribuição acadêmica em

Direito Marítimo.

Ao coordenador do Mestrado, Dr. Paulo Márcio Cruz, pelo incentivo ao

intercâmbio transnacional acadêmico.

Ao Dr. Francisco Carlos de Morais Silva, pelo material de pesquisa cedido

em colaboração ao trabalho.

Em especial, ao professor Dr. Osvaldo Agripino de Castro Júnior, pela

atenção e pela dedicação incansáveis à minha orientação, pelo encantador exercício

de lecionar e por tratar os desiguais desigualmente, para que se tornem iguais em

oportunidade de conhecimento perante todos.

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho ao meu filho Rafael e a minha filha de coração Ana

Rúbia, que me escolheu para ser sua mãe postiça, pessoas que me deram a alegria

e o conforto imprescindíveis para alcançar os objetivos do mestrado.

A minha mãe, pelo companheirismo e por me ensinar sua experiência

como professora.

Ao meu irmão, Bruno de Jesus Rodrigues da Rocha, que encontre a

mesma alegria que sinto em estudar.

As minhas sobrinhas Alice, Cintia e Franciele.

Ao meu sobrinho Diego.

Ao Padre Florêncio Luneli de Pelotas/RS.

Aos meus sobrinhos Daniel e Samuel.

A toda minha família, engraçada, vibrante e entusiasmada.

Ao mais novo maritimista, Osvaldinho, filho do Dr. Osvaldo Agripino de

Castro Júnior.

.

“Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota de

água no mar, mas o mar seria menor se lhe faltasse uma gota.”

Madre Teresa de Calcutá

TERMO DE ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE

Declaro, para todos os fins de direito, que assumo total responsabilidade pelo aporte

ideológico conferido ao presente trabalho, isentando a Universidade do Vale do

Itajaí, a coordenação do programa de Mestrado em Ciência Jurídica, a Banca

Examinadora e o Orientador de toda e qualquer responsabilidade do mesmo.

Itajaí-SC, julho de 2013.

Nara Rejane Moraes da Rocha

Mestranda

PÁGINA DE APROVAÇÃO

ROL DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABRATEC Associação Brasileira dos Terminais de Contêineres de Uso

Privativo

ABTP Associação Brasileira de Terminais Portuários

ADI Ação Direta de Inconstitucionalidade

ADPF Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental

ANAC Agência Nacional da Aviação Civil

ANTAQ Agência Nacional de Transportes Aquaviários

ANTT Agência Nacional de Transportes Terrestres

CADE Conselho Administrativo de Defesa Econômica

CAP Conselho de Autoridade Portuária

CC Código Civil

CIDIP Convenção sobre o Direito Aplicável aos Contratos

Internacionais, do México

CLT Consolidação das Leis Trabalhistas

CLAPs Comissões Locais de Autoridades nos Portos

CNSP Conselho Nacional de Seguros Privados

CONAP Comissão Nacional de Autoridades nos Portos

CONIT Conselho Nacional de Integração de Políticas de Transporte

CPDC Código de Proteção e Defesa do Consumidor

DGAIEC Direção-geral das Alfândegas e dos Impostos Especiais sobre

o Consumo

DGCI Direção-geral dos Impostos

DGITA Direção-geral de Informática e Apoio aos Serviços Tributários

e Aduaneiros

DIEESE Departamento Intersindical de Estatística e Estudos

Socioeconômicos

EADI Estação Aduaneira Interior

EPL Empresa de Planejamento e Logística

ETC Estações de Transbordo de Cargas

IIDM Instituto Ibero Americano de Direito Marítimo

INPH Instituto Nacional de Projetos Hidroviários

IP4 Instalações Portuárias de Pequeno Porte

LESTA Lei de Segurança de Tráfego Aquaviário

LMP Lei de Modernização dos Portos

MP Medida Provisória

MPF Ministério Público Federal

MT Ministério dos Transportes

OGMO Órgão Gestor de Mão de Obra

P&I Protection and Indemnity (Proteção e Indenização)

PNGC Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro

RA Regulamento Aduaneiro

SAC Serviço de Atendimento ao Consumidor

SEP/PR Secretaria Especial dos Portos da Presidência da República

SINDMAR Sindicato Nacional dos Oficiais da Marinha Mercante

STJ Superior Tribunal de Justiça

STF Supremo Tribunal Federal

SUSEP Superintendência de Seguros Privados

TGG Terminais de Granéis do Guarujá

TJ Tribunal de Justiça

TRA Terminais Retroportuários Alfandegados

TRF Tribunal Regional Federal

TST Tribunal Superior do Trabalho

TUP Terminais de Uso Privativo

UNIDROIT Instituto Internacional para a Unificação do Direito Privado

ROL DE CATEGORIAS

Rol de categorias estratégicas à compreensão do trabalho, com seus

respectivos conceitos operacionais.

Administração Portuária: é a administração da exploração do porto e das

operações portuárias, exercida pela União, diretamente ou mediante concessão, de

acordo com o art. 1º da Lei n. 8.630/1993.1 A administraçao do Porto Organizado era

a administração realizada pela Autoridade Portuária e pelo Conselho de Autoridade

Portuária, nos termos do art. 30, § 1º, da Lei n. 8.630/1993.2

Administração Portuária: é a administração de portos exercida diretamente pela

União, pela entidade delegatária ou concessionária do Porto Organizado, conforme

o art. 17, caput, da Lei n. 12.815/20133. A administração de Porto Organizado é a

administração realizada pela Autoridade Portuária, de acordo com os art. 17, § 1º, da

Lei n. 12.815/2013.4

Direito Portuário: é o ramo do Direito que tem por objeto o disciplinamento da

exploração de portos, das operações portuárias e das atividades desenvolvidas

pelos Operadores Portuários, da gestão da mão de obra de trabalho portuário

avulso, do trabalho portuário e da Administração do Porto Organizado, do Conselho

de Autoridade Portuária e da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).5

1 BRASIL. Lei n. 8.630, de 25 de fevereiro de 1993. Lei dos Portos (Revogada). Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8630.htm>. Acesso em: 12 abr. 2013. 2 BRASIL. Lei n. 8.630, de 25 de fevereiro de 1993. Lei dos Portos (Revogada). Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8630.htm>. Acesso em: 12 abr. 2013. 3 BRASIL. Lei n. 12.815, de 5 de junho de 2013. Lei dos Portos. Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/Lei/L12815.htm>. Acesso em: 24 jul. 2013.

4 BRASIL. Lei n. 12.815, de 5 de junho de 2013. Lei dos Portos. Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/Lei/L12815.htm>. Acesso em: 24 jul. 2013.

5 Conceito operacional construído a partir do conceito de Cesar Luiz Pasold, de acordo com a nova Lei dos Portos, Lei n. 12.815, de 5 de junho de 2013.

Operador Portuário: “[...] é a pessoa jurídica pré-qualificada para a execução de

operação portuária na área do porto organizado”.6

Operador Portuário: “Pessoa jurídica pré-qualificada para exercer as atividades de

movimentação de passageiros ou movimentação e armazenagem de mercadorias,

destinadas ou provenientes de transporte aquaviário, dentro da área do porto

organizado”.7

Porto Organizado: “[...] o construído e aparelhado para atender às necessidades da

navegação, da movimentação de passageiros ou da movimentação e armazenagem

de mercadorias, concedido ou explorado pela União, cujo tráfego e operações

portuárias estejam sob a jurisdição de uma autoridade portuária”.8

Porto Organizado: “[...] bem público construído e aparelhado para atender a

necessidades de navegação, de movimentação de passageiros ou de movimentação

e armazenagem de mercadorias, e cujo tráfego e operações portuárias estejam sob

jurisdição de autoridade portuária; [...]”.9

Responsabilidade Civil: É um instrumento garantidor daquele que sofre dano. É

objeto de reparação, pelo qual o responsável por um dano deve um cumprimento de

obrigação, pois este pode ser legalmente o garantidor objetivo, ou subjetivo, o qual

depende de previsão legal de tal responsabilidade, que, na seara portuária, obedece

a regra geral do Direito Civil brasileiro e normas especiais específicas do Direito

Portuário e ramos que com ele se relacionam.

Responsabilidade Civil do Operador Portuário: é a responsabilidade advinda das

atividades de movimentação de passageiros ou movimentação e armazenagem de

mercadorias, destinadas ou provenientes de transporte aquaviário, por conta de

6 BRASIL. Lei n. 8.630, de 25 de fevereiro de 1993. Lei dos Portos (Revogada). Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8630.htm>. Acesso em: 24 jul. 2013. 7 BRASIL. Lei n. 12.815, de 5 de junho de 2013. Lei dos Portos. Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/Lei/L12815.htm>. Acesso em: 24 jul. 2013.

8 BRASIL. Lei n. 8.630, de 25 de fevereiro de 1993. Lei dos Portos (Revogada). Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8630.htm>. Acesso em: 12 abr. 2013. 9 BRASIL. Lei n. 12.815, de 5 de junho de 2013. Lei dos Portos. Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/Lei/L12815.htm>. Acesso em: 24 jul. 2013.

relações com as instalações portuárias e com terceiros, dentro da área do Porto

Organizado, realizada pelo Operador Portuário, regulada em diversas normas

especiais e em regulamentos de porto, normas e regulamentos elaborados e

editados pela Antaq, assim como, a regra geral do Direito Civil.

SUMÁRIO

RESUMO................................................................................................................... 18

RESUMEM ................................................................................................................ 19

ABSTRACT ............................................................................................................... 20

INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 21

CAPÍTULO 1 – TEORIA GERAL DO DIREITO PORTUÁRIO .................................. 26

1.1 CONCEITOS OPERACIONAIS .......................................................................... 26

1.1.1 Direito Portuário ............................................................................................. 26

1.1.2 Secretaria Especial de Portos ....................................................................... 28

1.1.3 Administração do Porto ................................................................................. 30

1.1.4 Conselho de Autoridade Portuária ............................................................... 32

1.1.5 Porto Organizado ........................................................................................... 35

1.1.6 Área do Porto Organizado ............................................................................. 38

1.1.7 Operação portuária ........................................................................................ 38

1.1.8 Operador Portuário ........................................................................................ 39

1.1.9 Armador .......................................................................................................... 42

1.1.10 Risco portuário ............................................................................................. 43

1.1.11 Avaria portuária ............................................................................................ 47

1.1.12 Atividade portuária ....................................................................................... 48

1.1.13 Carga própria na atividade portuária .......................................................... 48

1.1.14 Carga de terceiros na atividade portuária .................................................. 49

1.1.15 Responsabilidade Civil ................................................................................ 50

1.1.16 Direito Marítimo ............................................................................................ 51

1.1.17 Transporte marítimo..................................................................................... 51

1.1.18 Conhecimento de embarque de carga – Bill of Lading ............................. 53

1.1.19 Risco marítimo ............................................................................................. 53

1.1.20 Avaria marítima ............................................................................................ 54

1.1.21 Protesto marítimo ......................................................................................... 55

1.1.22 Atividade do comércio exterior ................................................................... 57

1.1.23 Proprietário da mercadoria .......................................................................... 58

1.1.24 Consignatário da mercadoria ...................................................................... 58

1.1.25 Dano .............................................................................................................. 59

1.1.26 Vistoria .......................................................................................................... 60

1.1.27 Seguro de Responsabilidade Civil .............................................................. 61

1.1.28 Prescrição ..................................................................................................... 62

1.1.29 Contrato de depósito ................................................................................... 64

1.1.30 Ministério dos Transportes ......................................................................... 64

1.1.31 Direito Regulatório ....................................................................................... 65

1.1.32 Direito Administrativo .................................................................................. 67

1.1.33 Direito Aduaneiro ......................................................................................... 68

1.1.34 Porto seco ou Estação Aduaneira Interior (EADI) ..................................... 68

1.1.35 Direito Civil ................................................................................................... 69

1.2 PRINCÍPIOS ........................................................................................................ 70

1.2.1 Princípios Constitucionais ............................................................................ 70

1.2.2 Princípio da Segurança Jurídica ................................................................... 71

1.2.3 Princípio da Soberania Nacional ................................................................... 72

1.2.4 Princípios do Direito Administrativo relacionados diretamente

aos contratos, no âmbito dos portos (bens da União) ........................................ 73

1.2.4.1 Princípio da Legalidade .............................................................................. 73

1.2.4.2 Princípio da Equidade ................................................................................. 74

1.2.4.3 Princípio da Igualdade de Oportunidade ................................................... 74

1.2.4.4 Princípio da Moralidade Administrativa .................................................... 75

1.2.4.5 Princípio da Impessoalidade ...................................................................... 76

1.2.4.6 Princípio da Publicidade ............................................................................. 76

1.2.5 Princípio da Supremacia do Interesse Público sobre o Privado ................ 76

1.2.6 Princípio da Obrigatoriedade dos Contratos ............................................... 77

1.2.6.1 Princípio da Liberdade de Contratar .......................................................... 78

CAPÍTULO 2 – TEORIA GERAL DA RESPONSABILIDADE CIVIL DO

OPERADOR PORTUÁRIO ....................................................................................... 80

2.1 RESPONSABILIDADE CIVIL ............................................................................. 81

2.1.1 Origem e evolução da Responsabilidade Civil ............................................ 82

2.1.2 Teoria geral da Responsabilidade Civil subjetiva ....................................... 87

2.1.3 Responsabilidade Civil pré-contratual ......................................................... 88

2.1.4 Responsabilidade Civil contratual ................................................................ 88

2.1.5 Responsabilidade Civil extracontratual ou aquiliana.................................. 90

2.1.6 Responsabilidade Civil objetiva contratual ................................................. 90

2.1.7 Responsabilidade Civil objetiva extracontratual ......................................... 91

2.1.8 Responsabilidade Civil subjetiva contratual ............................................... 91

2.1.9 Responsabilidade Civil subjetiva extracontratual ....................................... 92

2.2 TEORIA GERAL DA RESPONSABILIDADE CIVIL DO OPERADOR

PORTUÁRIO ............................................................................................................. 93

2.2.1 Responsabilidade Civil e ações de regresso cabíveis pelas

seguradoras marítimas ......................................................................................... 104

2.2.2 Breve comentário sobre a aplicação do Código de Proteção e

Defesa do Consumidor (CPDC), nas ações de Responsabilidade Civil ........... 105

2.3 BREVE APORTE SOBRE O MERCOSUL ....................................................... 105

2.3.1 Mercado Comum do Sul – Mercosul ........................................................... 106

2.3.2 Argentina ....................................................................................................... 107

2.3.3 Doutrina brasileira ........................................................................................ 107

2.3.3.1 Cesar Luiz Pasold...................................................................................... 107

2.3.3.2 Eliane Maria Octaviano Martins ............................................................... 109

2.3.3.3 Paulo Henrique Cremoneze ...................................................................... 110

2.3.3.4 Osvaldo Agripino de Castro Junior ......................................................... 112

2.3.3.5 Samir Keedi ................................................................................................ 114

2.3.3.6 Francisco Carlos de Morais Silva ............................................................ 115

2.4 RESPONSABILIDADE CIVIL SEGUNDO AS REGRAS DE ROTERDÃ ......... 118

CAPÍTULO 3 – ATIVIDADE PORTUÁRIA E RESPONSABILIDADE CIVIL

DO OPERADOR PORTUÁRIO ............................................................................... 126

3.1 ASPECTOS JURÍDICOS DA ATIVIDADE DESEMPENHADA PELO

OPERADOR PORTUÁRIO ..................................................................................... 126

3.1.1 Legislações que se relacionam com a atividade portuária ...................... 129

3.1.2 Atividade portuária à luz do Direito Constitucional .................................. 129

3.1.3 Atividade portuária à luz do Direito Administrativo .................................. 130

3.1.4 Atividade portuária à luz do Direito Econômico ........................................ 133

3.1.5 Atividade portuária à luz do Direito Regulatório ....................................... 138

3.1.6 Atividade portuária à luz do Direito Civil .................................................... 140

3.1.7 Atividade portuária à luz do Direito Trabalhista ........................................ 142

3.1.8 Atividade portuária à luz do Direito Comercial .......................................... 144

3.2 ANÁLISE DA RESPONSABILIDADE CIVIL DO OPERADOR PORTUÁRIO,

NOS TERMOS DA VIGÊNCIA DO ART. 11 DA LEI N. 8.630/1993 ....................... 144

3.2.1 Análise da Responsabilidade Civil do arrendatário perante a

Administração do Porto ........................................................................................ 145

3.2.2 Análise da Responsabilidade Civil do Operador Portuário perante o

proprietário ou consignatário da carga (na vigência do inciso II do

artigo 11 da Lei n. 8.630/1993) ............................................................................. 149

3.2.3 Análise da Responsabilidade Civil do Operador Portuário perante o

armador, nos termos da vigência do inciso III do artigo 11 da Lei

n. 8.630/1993 .......................................................................................................... 163

3.2.3.1 Por queda de carga sobre contêiner ....................................................... 163

3.2.3.2 Pagamento de sobre-estadia de contêiner por demora na desova ...... 169

3.3 ANÁLISE DA RESPONSABILIDADE CIVIL DA ADMINISTRAÇÃO DO

PORTO, SOB A VIGÊNCIA DA LEI n. 8.630/1993 ................................................ 170

3.3.1 Perante o Operador Portuário (ao realizar transbordo de mercadorias) . 170

3.4 RESPONSABILIDADE CIVIL DO OPERADOR PORTUÁRIO PERANTE A

AUTORIDADE ADUANEIRA, EM CASO DE FURTO OU PERDA DAS

MERCADORIAS, SOB A VIGÊNCIA DA LEI N. 8.630/1993.................................. 172

CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................... 174

REFERÊNCIAS DAS FONTES CITADAS .............................................................. 176

LEGISLAÇÃO CITADA – BRASILEIRA ................................................................ 183

LEGISLAÇÕES QUE MODIFICARAM O SETOR PORTUÁRIO – BRASILEIRA

E ESTRANGEIRA ................................................................................................... 190

JURISPRUDÊNCIA CITADA .................................................................................. 192

ANEXO A – ADMINISTRAÇÕES DOS PORTOS NO BRASIL, EM MARÇO

DE 2013 ....................................................................................................................... i

ANEXO B – ILUSTRAÇÃO DOS PORTOS PÚBLICOS MARÍTIMOS

BRASILEIROS ............................................................................................................ ii

ANEXO C – ILUSTRAÇÃO DOS TERMINAIS PORTUÁRIOS DE USO

PRIVATIVO BRASILEIROS....................................................................................... iii

ANEXO D – ILUSTRAÇÃO DE OPERAÇÃO PORTUÁRIA NO PORTO DE

ITAJAÍ: APM TECONVI ............................................................................................. iv

ANEXO E – ILUSTRAÇÃO DA ENCHENTE DE 2008 EM ITAJAÍ/SC ...................... v

ANEXO F – ILUSTRAÇÃO DA RECONSTRUÇÃO DO PORTO DE ITAJAÍ/SC ...... vi

ANEXO G – ILUSTRAÇÃO DE PAINEL DO PORTO DE PARANAGUÁ ................ vii

ANEXO H – ILUSTRAÇÃO DO PARQUE ADUANEIRO DO PORTO DE

PARANAGUÁ ........................................................................................................... viii

ANEXO I – ESTRUTURA DO ESTADO EM RELAÇÃO AOS PORTOS

BRASILEIROS, ANTERIOR À MEDIDA PROVISÓRIA N. 595/2012 ........................ ix

ANEXO J – INFORMATIVO SOBRE A ESTRUTURA DO ESTADO EM

RELAÇÃO AOS PORTOS BRASILEIROS, CONSOANTE A MEDIDA

PROVISÓRIA N. 595/2012 ......................................................................................... x

18

RESUMO

Essa dissertação decorre de atividade da Linha de Pesquisa Constitucionalismo e

Produção do Direito, por meio do Grupo de Pesquisa Principiologia,

Constitucionalismo, Regulação e Juridicidade. O tema se justifica pela grande

insegurança jurídica na atividade portuária, que contribui para o aumento do risco

portuário e do custo na logística brasileira. Observa-se, ainda, a pouca produção

científica das universidades no que tange ao tema, o que contribui para a

insegurança jurídica concernente à Responsabilidade Civil da atividade do Operador

Portuário. Assim, a hipótese da pesquisa é que o estudo doutrinário, legislativo e

jurisprudencial da Responsabilidade Civil do Operador Portuário perante a

Administração do Porto, do proprietário ou consignatário da carga e do armador,

decorrente das obrigações do art. 11, incisos I a III, da Lei n. 8.630/1993, contribui

para reduzir a insegurança jurídica da atividade portuária. Dessa forma, o objetivo

geral desta pesquisa é contribuir para reduzir a insegurança jurídica da atividade do

Operador Portuário, por meio do estudo da legislação, da doutrina e da

jurisprudência, acerca da sua responsabilidade civil. Para alcançar seus objetivos, a

pesquisa é divida em três capítulos. O Capítulo 1 trata da teoria geral do Direito

Portuário, conceitos operacionais e referente teórico, assim como princípios

aplicados à atividade do Operador Portuário, além de discorrer sobre a metodologia.

O Capítulo 2 aborda a teoria geral da Responsabilidade Civil do Operador Portuário,

as doutrinas estrangeira e brasileira, e os efeitos jurídicos de Responsabilidade Civil

nos termos das regras de Roterdã. O Capítulo 3 analisa a jurisprudência aplicada na

responsabilidade civil do Operador Portuário perante a Administração do Porto, do

proprietário ou consignatário da carga e do armador, à luz da teoria geral explicitada

no Capítulo 2. Em seguida, são feitas as considerações finais.

Palavras-chave: Direito Portuário. Operador Portuário. Responsabilidade Civil.

19

RESUMEM

Esta tesis sigue la actividad de la Línea de Investigación Constitucionalismo y

Derecho de Producción, a través del Grupo de Investigación Principiologia,

constitucionalismo, el Reglamento y la legalidad. El tema se justifica por la gran

inseguridad jurídica en la actividad portuaria, lo que contribuye al aumento del riesgo

de los costos y la logística portuaria en Brasil. Hay, todavía, un poco de la

producción científica de las universidades en relación con el tema, lo que contribuye

a la inseguridad jurídica en materia de responsabilidad de la actividad del Operador

Portuario. Por lo tanto, la hipótesis de la investigación es que el estudio de la

doctrina, la responsabilidad civil, legislativo y judicial del Operador Portuario antes de

la administración del puerto, dueño o consignatario de la carga y el armador, por las

obligaciones del art. 11, fracciones I a III, de la Ley n. 8.630/93, ayuda a reducir la

inseguridad jurídica de la actividad portuaria. Por lo tanto, el objetivo de esta

investigación es contribuir a la reducción de la inseguridad jurídica de la actividad del

Operador Portuario, a través del estudio de la ley, la doctrina y la jurisprudencia en

materia de responsabilidad civil. Para lograr sus objetivos, la investigación se

estructura en tres capítulos. Capítulo 1 trata sobre la teoría general de Puertos de la

ley, así como los conceptos operacionales y el marco teórico y los principios

aplicados a la actividad del Operador Portuario, y discutir la metodología. Capítulo 2

analiza la teoría general de la responsabilidad del Operador Portuario, el Mercosur y

la doctrina brasileña, así como los efectos de la responsabilidad jurídica en virtud de

las Reglas de Rotterdam. El Capítulo 3 analiza la jurisprudencia aplicada a la

responsabilidad del operador portuario antes de la administración del puerto, dueño

o consignatario de la carga y el armador, a la luz de la teoría general del Capítulo 2.

Luego se hizo sus observaciones finales.

Palabras clave: Derecho Puerto. Operador Portuario. Responsabilidad Civil.

20

ABSTRACT

This dissertation stems from the activity of the Constitutionalism and Law Production

Research Line, by the means of the Research Group on Principiology,

Constitutionalism, Regulation and Juridicity. The theme justifies itself by the major

legal uncertainty on port activity, which provokes an increase on port risk and on

Brazilian logistics cost. It is also of note that the scarce doctrine and the little

scientific production in universities on what refers to the subject contributes to the

legal uncertainty regarding the port operator activity’s civil liability. Therefore, this

research hypothesis is that the doctrinal, legal and jurisprudential study of the port

operator activity’s civil liability towards the port’s administration, owner or consignee

of the cargo and the shipowner, due to obligations on the article 11, clauses I to III, of

Law number 8,630/93, contributes to reduce legal uncertainty on port activity. This

way, the research’s general objective is contribute to reduce the legal uncertainty on

the port operator activity by the means of studies on the legislation, doctrine and

jurisprudence regarding civil liability. To achieve its objectives, the research is divided

in three chapters. Chapter 1 treats of the general theory on Port Law, as well as

operational concepts and theoretical framework, in addition to discoursing on the

methodology. Chapter 2 approaches the general theory of the port operator civil

liability, the foreign and Brazilian doctrines, as well as the legal effects of civil liability

by the terms of Rotterdam Rules. Chapter 3 analyzes the jurisprudence applied on

port operator civil liability towards port administration, owner or consignee of the

cargo and shipowner under the light of Chapter 2’s general theory. Then, final

considerations are made.

Keywords: Port Law. Port Operator. Civil Liability.