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UNIVERSIDADE DE UBERABA MAXWEL NATALINO RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVICIONADO DE APLICABILIDADE “AC ELETRICIDADE E COMÉRCIO LTDA.”

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UNIVERSIDADE DE UBERABAMAXWEL NATALINO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVICIONADO DE APLICABILIDADE

“AC ELETRICIDADE E COMÉRCIO LTDA.”

UBERLÂNDIA - MG2008

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UNIVERSIDADE DE UBERABAMAXWEL NATALINO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVICIONADO DE APLICABILIDADE

“AC ELETRICIDADE E COMÉRCIO LTDA.”

Trabalho apresentado à Universidade de Uberaba como parte das exigências à conclusão da disciplina de Estágio Supervisionado do Estágio Obrigatório do 8º período do Curso de Administração, sob a orientação do Professor Dany Rogers.

UBERLÂNDIA - MG2008

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“O mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o mal, mas sim por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer... E ainda, de forma contundente, sofremos demasiado pelo pouco que nos falta e alegramo-nos pouco pelo muito que temos... E nunca é demais lembrar, nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que às vezes poderíamos ganhar pelo medo de tentar”.

Willian Shakespeare e Albert Einstein

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“Ainda que eu falasse a língua dos homens, que eu falasse a língua dos anjos, sem Amor nada seria... Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; Ainda que eu tenha tamanha fé ao ponto de transportar montes, se não tiver Amor nada serei...” 1 Coríntios 13: 1 – 2.

“E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” Romanos 12:2

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...dedicar, uma palavra tão simplória, forjada nas profundezas da simplicidade, porém, com significado tão poderoso... È um verbo que se faz como o presente em seu profundo simbolismo, que se traduz no desejo de alguém em simplesmente fazer parte de nossas vidas... É o desejo materializado... Enfim, dedicar é amar de forma pura e verdadeira, pois, somente quem o faz e capaz de realizar este ato... Tão meigo... Tão singelo e tão fraterno; Dedicar é um ato simples, quando comparado às pessoas cujo nos objetivaram criá-lo. Nenhum Ser Humano é igual a outrem, por isso, é necessário falar em meio às entrelinhas, para que as aspirações de todos os participantes desta obra possam regozijar-se nestas humildes palavras... “À nossos familiares... Pais, irmãos, tios, enfim, todos que de alguma maneira nos guiaram pelos caminhos bons que hoje nos encontramos... Estes, que sempre nos oferecem amor, carinho e apoio incondicionais...“

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AGRADECIMENTOS

a Deus, ser de onipotência incomparável; que a cada dia, tem me guiado e mostrado-

me o caminho certo a seguir.

aos meus pais... Eles, tão doces e ao mesmo tempo tão sagazes... Pessoas de Fibra...

Esculpidas no ímpeto da sabedoria... Feitos para participar do Milagre da Vida... Para

edificar o Lar... Para propagar o amor, o carinho e a ternura... Para embalar o berço e

construir um caráter... Feitos para serem príncipes e ao mesmo tempo reis;

aos meus amigos que sempre estiveram ao meu lado e me apoiaram; Estes, que se

alegraram comigo em vários momentos, contudo, quando necessário me criticaram,

pois, sabiam que a mesma não provocaria o desgaste da amizade, e sim o seu

eminente amadurecimento;

ao grupo de tutores da Universidade de Uberaba, sempre solícitos a elucidar todas as

minhas dúvidas; em especial, ao Dany Rogers;

a todos os meus familiares, pela paciência e compreensão cujo tiveram comigo no

decorrer do período de ornamentação deste projeto; Afinal, o amor é fundamental em

todos os estágios da vida, abstendo-se apenas para a razão, esta que oferece o

diferencial...

em especial, aos amigos de uma vida inteira, Rogério Braz, Marcus Vinícius, Karla,

Glenda, Oraide, Léa Macedo, e tantos outros; pessoas especiais que entraram na

minha vida para transformá-la; e mostrar-me, de modo real, a fidelidade de Deus

para com a minha vida; todos, que considero bem mais que amigos, mas parte da

minha família... “E poderá haver várias vírgulas entre nós, mas nunca um ponto

final...”.

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LISTA DE TABELAS

1: Caracterização da Organização...............................................................................242: Caracterização dos Recursos Humanos..................................................................273: Caracterização da Capacitação Tecnológica...........................................................284: Caracterização da Gestão da Qualidade..................................................................305: Caracterização da Gestão da Ambiental.................................................................326: Caracterização da Gestão Mercadológica...............................................................337: Caracterização da Gestão Financeira.....................................................................358: Caracterização da Gestão da Produção...................................................................379: Caracterização da Gestão da Produção...................................................................3810: Caracterização dos Fornecedores..........................................................................3911: Caracterização dos Concorrentes..........................................................................4112: Caracterização dos Produtos.................................................................................4113: Caracterização dos Fatores Sociais.......................................................................4314: Caracterização dos Fatores Econômicos...............................................................4515: Caracterização dos Fatores Políticos e Sociais.....................................................45

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LISTA DE FIGURAS / QUADROS

Figura 1: Análise SWOT............................................................................................47Figura 2: Análise GUT................................................................................................47Quadro 1: Espectro dos principais modelos de processos..........................................55Quadro 2: Empresas Tradicionais X Empresas por processos....................................59Figura 3: Conceito de Processos.................................................................................62Quadro 3: Exemplos de processos chave por tipo de empresa...................................63Figura 4: Matriz de Responsabilidades.......................................................................64Quadro 4: Classificação geral dos processos empresariais.........................................66Figura 5: Diagrama de Ishikawa.................................................................................67Figura 6: Mapa de Ocorrências...................................................................................68Figura 7: Gráfico de Pareto.........................................................................................68Figura 8: Evolução do Índice de Reclamações Pólos Nacionais................................69Figura 9 - Gráfico de Controle....................................................................................70Figura 10 – Diagrama de Dispersão...........................................................................70Figura11: Exemplo de Fluxograma............................................................................72Figura 12: QDT - Quadro de Distribuição do Trabalho (Modelo de QDT Tradicion73Figura 13: Método 5W2H...........................................................................................74Quadro 5: Etapas do DMAIC.....................................................................................76Figura 14: Equipe Seis Sigma.....................................................................................77Figura 15 - Organograma proposto: modelo radial.....................................................87Figura 16 – Método de Plano de Ação 5W2H............................................................89Figura 16 – Método de Plano de Ação 5W2H............................................................89Figura 17: Quadro de ocorrências...............................................................................94Figura 18: Causas do baixo desempenho dos colaboradores......................................94Figura 19: Definição dos Cinco Processos Básicos de Administração de RH...........99Figura 20: Vantagens dos Recrutamentos Interno e Externo....................................101Figura 21: Desvantagens dos Recrutamentos Interno e Externo..............................101Figura 22: Comparações entre Exigências do Cargo e Perfil do Candidato.............102Figura 23: Método de Plano de Ação 5W2H............................................................107

SUMÁRIO

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Resumo técnico...........................................................................................................11Abstract.......................................................................................................................12Resumem.....................................................................................................................13RESUME....................................................................................................................141. Introdução...............................................................................................................151.1 Objetivo Geral do estágio.....................................................................................161.2 Objetivos Específicos............................................................................................161.3 A Justificativa.......................................................................................................162. A Empresa...............................................................................................................182.1 Histórico da Empresa............................................................................................182.2 O seu endereço......................................................................................................192.3 Seu principal ramo de Atividade...........................................................................192.4 A Visão.................................................................................................................192.5 A Missão...............................................................................................................192.6 O Mercado............................................................................................................202.7 Os Concorrentes....................................................................................................213. Diagnóstico da Empresa.........................................................................................223.1 A Análise (metodologia).......................................................................................223.2 A Análise S.W.O.T (Ferramenta de Análise)......................................................223.3 A Análise G.U.T. (Ferramenta de Análise)..........................................................233.4 Análise de S.W.O.T e G.U.T................................................................................243.4.1 A Organização...................................................................................................243.4.2 Os Recursos Humanos.......................................................................................263.4.3 A Capacitação Tecnológica...............................................................................283.4.4 A Gestão da Qualidade......................................................................................293.4.5 A Gestão Ambiental...........................................................................................313.4.6 A Gestão Mercadológica....................................................................................323.4.7 A Gestão Financeira...........................................................................................353.4.8 A Gestão da produção........................................................................................36O ambiente operacional..............................................................................................383.4.9 Os Clientes.........................................................................................................383.4.10 Os Fornecedores...............................................................................................393.4.11 Os Concorrentes...............................................................................................403.4.12 Os Produtos......................................................................................................41O ambiente geral.........................................................................................................433.4.13 Os Fatores Sociais............................................................................................433.4.14 Os Fatores Econômicos....................................................................................443.4.15 Os Fatores Políticos e Sociais..........................................................................453.5 Avaliação geral.....................................................................................................464. A Resenha Técnica.................................................................................................495. Relatório Técnico – Projeto A................................................................................525.1 A contextualização Atual......................................................................................525.2 O Processamento das Informações – Projeto A....................................................545.3 Susgestões de Aprimoramento - Projeto A...........................................................576. Relatório Técnico – Projeto b.................................................................................796.1 A contextualização Atual – Projeto B...................................................................796.2 O Processamento das Informações – Projeto B....................................................806.3 Susgestões de aprimoramento – Projeto B............................................................837. Relatório Técnico – Projeto C.................................................................................907.1 A contextualização Atual – Projeto C...................................................................90

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7.2 O Processamento das Informações – Projeto C....................................................917.3 Susgestões de aprimoramento – Projeto C............................................................968. Conclusão..............................................................................................................1109. Bibliografia...........................................................................................................11210. Apêndice.............................................................................................................11611. Anexos................................................................................................................120

RESUMO TÉCNICO

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Universidade de Uberaba, Junho de 2008. Estágio Supervisionado Obrigatório.

Professor Orientador: Dany Rogers.

Processos de trabalho bem desenhados e fluxos de trabalho bem definidos são fatores

fundamentais para a competitividade de uma empresa. Uma simples falha em um

processo pode acarretar uma série de problemas, tais como custos altos, retrabalho e,

além disso, pode afetar o desempenho da empresa. Para o desenho de um fluxo de

trabalho que atenda as suas necessidades, grande parte das empresas tem focado no

desenvolvimento de sistemas complexos, investindo montantes significativos de

capital e tempo alocado em reuniões. As respostas de como conseguir melhores

formas para seus processos de trabalho estão, em especial, nas pessoas envolvidas, os

donos do processo. O propósito do estudo é analisar os processos Organizacionais,

de Marketing e Qualidade, verificando os impactos que a não existência de tais

setores podem provocar nos resultados organizacionais. O arcabouço teórico

utilizado reúne a literatura das áreas de supracitadas. Os procedimentos

metodológicos utilizados caracterizam o estudo de caso, cujos dados foram coletados

por meio de observação participante e documentos da empresa, com o objetivo de

compreender o contexto da empresa. Os dados foram analisados de forma a

identificar os processos, suas falhas e, assim, oferecer soluções adequadas ao

contexto da empresa.

Palavras-Chaves: Processos; Marketing; Qualidade; Metodológicos; Objetivo e

Contexto Organizacional.

ABSTRACT

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Universidade de Uberaba, Junho de 2008. Estágio Supervisionado Obrigatório.

Professor Orientador: Dany Rogers.

Procedures for working well designed and well-defined streams of work are factors

critical to the competitiveness of a company. A simple flaw in a process can involve

a series of problems such as high costs, rework and, moreover, can affect the

performance of the company. For the design of a workflow that meets their needs,

most businesses have focused on the development of complex systems, investing

significant amounts of capital and time allotted to meetings. The answers on how

best ways to get their work processes are, in particular the people involved, the

owners of the process. The purpose of the study is to analyze the processes

Organizational, Marketing and Quality, noting the impact that the absence of such

sectors may cause the organizational results. The theoretical literature used to meet

areas of the above. The methodological procedures used characterize the case study,

whose data were collected through participant observation and documents of the

company, aiming to understand the context of the company. The data were analyzed

to identify the processes, their flaws and thereby offer solutions appropriate to the

context of the company.

Keywords: Cases; Marketing; Quality; Metodológicos; Organizational Background

and Purpose.

RESUMEM

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Universidade de Uberaba, Junho de 2008. Estágio Supervisionado Obrigatório.

Professor Orientador: Dany Rogers.

.

Procedimientos de trabajo bien diseñado y bien definidas líneas de trabajo son

factores críticos para la competitividad de una empresa. Un simple error en un

proceso que puede involucrar una serie de problemas tales como altos costos, revisar

y, además, puede afectar el desempeño de la empresa. Para el diseño de un flujo de

trabajo que responda a sus necesidades, la mayoría de las empresas se han centrado

en el desarrollo de sistemas complejos, invertir importantes cantidades de capital y el

tiempo asignado a las reuniones. Las respuestas sobre la mejor manera maneras de

obtener sus procesos de trabajo son, en particular las personas implicadas, los

propietarios del proceso. El propósito del estudio es analizar los procesos de

organización, la comercialización y la calidad, tomando nota de las repercusiones

que la ausencia de estos sectores puede hacer que el resultados de la organización. La

literatura teórica utilizados para satisfacer las esferas de la anterior. Los

procedimientos metodológicos utilizados caracterizar el estudio de caso, cuyos datos

fueron recolectados a través de la observación participante y documentos de la

empresa, con el fin de comprender el contexto de la empresa. Los datos fueron

analizados para identificar los procesos, sus defectos y, por tanto, ofrecer soluciones

adecuadas al contexto de la empresa.

Palabras clave: Casos; Marketing; Calidad; Metodológicos; organización

Antecedentes y finalidad.

RESUME

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Universidade de Uberaba, Junho de 2008. Estágio Supervisionado Obrigatório.

Professor Orientador: Dany Rogers.

Procédures de travail bien conçu et bien défini les lignes de travail sont des facteurs

essentiels pour la compétitivité d'une entreprise. Une simple erreur dans un processus

qui peut comporte une série de problèmes tels que des coûts élevés, l'examen et peut

également affecter les performances de la société. Pour la conception d'un flux de

travail qui réponde à leurs besoins, la plupart des sociétés ont mis l'accent sur le

développement de systèmes complexes, inverti, d'importantes quantités de capitaux

et le temps alloué pour la réunion. Les réponses sur la meilleure façon d'obtenir les

moyens de leurs processus de travail sont, en particulier les personnes concernées,

les propriétaires du processus. Le but de cette étude est d'étudier les processus de

l'organisme, la commercialization et de la qualité, prenant note de l'impact que

l'absence de ces secteurs peut nous faire que les résultats de l'organisme. La

littérature théorique utilisée pour satisfaire les domaines de la ci-dessus. Les

procédures utilisées pour caractériser la méthodologie de l'étude de cas, dont les

données ont été recueillies par le biais de l'observation des participants et des

documents de la société, afin de comprendre le contexte de l'entreprise. Les données

ont été analysées afin d'identifier les processus, ses défauts et, par conséquent, offre

des solutions adéquates al contexte de l'entreprise.

Mots-clés: affaires, le marketing de qualité; Metodológicos; organization Contexte et

objectif.

1. INTRODUÇÃO

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O mundo está cada vez mais sensitivo as mudanças que vem ocorrendo de

forma demasiada na construção da história das nações, e independentemente das

várias opiniões formadas, o Brasil ainda é a maior economia da América Latina,

portanto, apto a receber investimentos reais, que possam aumentar a capacidade

produtiva do país e possibilitar o lucro contínuo aos empresários.

Este projeto foi desenvolvido na AC Eletricidade e Comércio LTDA, que é

uma empresa situada na cidade de Uberlândia e presta serviços de assessoria em

assuntos tocantes a formação de redes elétricas, bem como, comercialização de

inúmeros artigos de eletricidade.

Antes de qualquer coisa, é preciso citar que, a escolha da organização

supracitada para realização do projeto foi fundamentada no fato da mesma se tratar

de uma micro-empresa, o que torna mais o acesso às informações necessárias para

concretização do projeto.

No princípio, foram realizadas análises em todas as áreas que constituem a

empresa. Foram avaliados desde o ambiente operacional até o geral, com o intuito de

tornar as conclusões do relatório mais assertivas e alinhadas com o cenário da

organização.

As análises foram realizadas por intermédio de ferramentas como as

matrizes de S.W.O.T e G.U.T, bem como entrevistas com os colaboradores e

acionistas. Após a coleta dos dados, formulou-se o cenário atual da empresa, no qual

se aplicou uma visão crítica para a elaboração e/ou reformulação de processos com o

intuito de agregar valor para o negócio como um todo.

As áreas de Qualidade, RH e Gestão Estratégica são pouco exploradas na

organização, necessitando de melhorias que venham agregar valor para o negócio,

possibilitando maior projeção da AC Eletricidade no mercado cujo está inserida.

De acordo com os dados coletados, as áreas que apresentaram maior

necessidade de enfoque na aplicação de melhorias foram: qualidade nos processos,

gestão organizacional e Recursos Humanos.

1.1 OBJETIVO GERAL DO ESTÁGIO

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Verificar os processos que concernem às áreas de Recursos Humanos,

Planejamento Estratégico e Qualidade, a fim de processar melhorias que venham

otimizar atividades, reduzir custos, aumentar produtividade, enfim, agregar valor de

modo substancial para o negócio, projetando-o, de forma mais incisa no mercado

cujo está inserido.

1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Elaboração de plano para gestão da qualidade nos processos internos da

organização;

- Análise minuciosa no que se refere a todos os processos que compõem a esfera

administrativa e contextual da AC Eletricidade.

- Elaboração de declarações de missão, visão, bem como, estruturação do

organograma funcional;

- Estruturação de políticas de RH;

1.3 A JUSTIFICATIVA

As organizações contemporâneas, rumo à excelência e, com vistas a se

tornarem mais competitivas, buscam a eliminação de gargalos e etapas

desnecessárias, (re)desenhando os processos de forma a ficarem mais claros.

Uma das grandes dificuldades dos gestores atuais é identificar problemas

em processos e eliminar de forma definitiva essas falhas. As mudanças estão cada

vez mais ágeis o que leva os processos tornarem-se inadequados e distantes da

realidade, exigindo a todo o momento a revisão e a recriação, o que na maior parte

das vezes não acontece.

A empresa objeto deste estudo não possui seus processos desenhados em

fluxogramas de blocos ou manuais de procedimentos; fato que inviabiliza a

normatização dos processos, bem como, a avaliação da efetividade de cada tarefa.

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O trabalho justifica-se por três aspectos. Primeiro porque será utilizado para

ajustar, analisar, recriar os processos da empresa; portanto, seus resultados ajudarão

no treinamento de novos profissionais. Serão propostas formas claras e objetivas para

o desenho de cada etapa no processo. As falhas serão identificadas e será proposto a

melhor forma para sua eliminação, que é o que todo gestor almeja, contribuindo para

agilidade dos serviços prestados. Segundo, de acordo com Chiavento (2004 : 37) é

relevante para a administração, pois as modernas ferramentas de estudo e gestão

organizacional apontam para a Gestão de processos como área de grande importância

dentro da organização. E por último, esta análise é viável face à autorização da

empresa para o acesso a análise de seus fluxogramas e manuais de procedimentos.

É importante salientar que, por intermédio da primeira melhoria, aplicou se

as demais sugestões de aprimoramento, ou seja, primeiro treina-se a organização a

avaliar seus processos, para posteriormente sugerir novas melhorias, o que

denomina-se reengenharia dos processos organizacionais.

O trabalho está estruturado da seguinte forma: no primeiro capítulo

encontra-se o histórico da empresa, desde sua fundação até a estrutura atual. Nos

capítulos seguintes, encontra-se o referencial teórico, o qual enfatiza-se a gestão por

processos e as políticas de RH; os procedimentos para o levantamento e coleta de

dados; e por fim, apresentam-se os resultados e considerações finais.

2. A EMPRESA

2.1 HISTÓRICO DA EMPRESA

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A empresa AC Eletricidade e Comércio LTDA atua na prestação de serviços

de montagens, manutenções e consultorias em instalações industriais e automação,

além de comércio de materiais elétricos em geral para Uberlândia e região. Presente

no mercado desde Outubro de 1999 está localizada na cidade de Uberlândia,

estrategicamente no bairro Presidente Roosevelt na Avenida Cesário Crosara, nº.

2230, local com grande fluxo de carros e pessoas por se tratar de uma das principais

avenidas do bairro e que permite acesso ao centro da cidade.

Valores

Eduardo Fruchi (2007), afirma que Valores são as qualidades que a empresa

apresenta e que vem adquirindo com o passar dos anos como, por exemplo, Tradição,

Qualidade e Seriedade.

“São elementos essenciais para formação da cultura organizacional e explica que se tratam do que a empresa entende como atitudes primordiais para o sucesso. É tida como a essência da filosofia da empresa e promove o direcionamento comum aos funcionários”. (FRUCHI, 2007).

Conclui-se que valores devem refletir as características que a organização

julga como primordiais para o desenvolvimento de seus produtos ou prestação de

serviços aos clientes e funcionários.

A empresa AC Eletricidade LTDA descreve como seus valores:

“Incentivo e capacitação dos funcionários, proporcionando aprimoramento

contínuo da qualidade dos serviços prestados”.

2.2 O SEU ENDEREÇO

AC – Eletricidade e Comércio Ltda

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Endereço: Avenida Cesário Crosara, nº. 2230 – Bairro Roosvelt

Uberlândia – MG

CEP: 38.402-330

Telefone: (34) 3231-7980

Contato: Alexandre Marco Motta da Cunha

2.3 SEU PRINCIPAL RAMO DE ATIVIDADE

A principal atividade da AC – Eletricidade e Comércio Ltda é a venda e

consultoria em materiais elétricos.

2.4 A VISÃO

A visão representa o sonho onde a organização deseja chegar. Segundo

Zacarias (2008), visão é o sonho da organização, é o futuro do negócio e onde a

organização deseja estar neste futuro.

Como já citado, a AC Eletricidade LTDA até o momento não tem uma

declaração de Visão formal.

2.5 A MISSÃO

Peter Harazim (2008) conceitua Visão como o cenário ideal visualizado pela

empresa. É a situação que a empresa busca, e para onde ela dirige sua criatividade e

recursos.

“Visão é a direção em que à empresa pretende seguir, ou ainda, um quadro do que a empresa deseja ser”. (HARAZIM, 2008).

Percebe-se, então, que a Visão da empresa deve refletir onde ela espera

chegar com sua atuação no mercado.

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Dornelas (2008) destaca que a missão deve refletir a razão de ser da

empresa, qual seu propósito e o que a empresa faz. Deve responder a pergunta O que

é sua empresa?

“Missão é o motivo pelo qual a empresa existe; o que ela se propõe a realizar. O mesmo conceito é encontrado para os nomes “Razão de ser” e “Definição do Negócio”.”. (DORNELAS, 2008)

Entende-se, assim, que a Missão da empresa deve definir claramente o

porquê de sua existência e permanência no mercado.

A missão representa a razão de existência da organização. Segundo Andrade

(2002), a missão de uma organização deve ser definida para satisfazer alguma

necessidade do ambiente externo, e não simplesmente oferecer um serviço ou

produto.

Como já citado, a AC Eletricidade LTDA até o momento não tem uma

Missão definida formalmente.

2.6 O MERCADO

Quando se fala em mercado é uma referência aos clientes e fornecedores

que fazem parte do cenário cuja AC Eletricidade está inserida: os clientes e

fornecedores.

Os principais clientes:

Cliente é qualquer pessoa que participe do processo, desde a sua concepção

até o seu consumo.

“O cliente é a pessoa que recebe os produtos resultantes de um processo no

intuito de satisfazer suas necessidades e de cuja aceitação depende a sobrevivência

de quem os fornece”. (Lobos, 1991:18).

AC Eletricidade atua na região de Uberlândia e possui como principais

clientes as empreiteiras, condomínios, estacionamentos, supermercados, enfim,

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qualquer pessoa o empresa que necessitam de serviços de venda de materiais

elétricos, bem como consultoria também.

Principais Fornecedores:

“Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional

ou estrangeira, pessoas ou entidades sem personalidade jurídica que produzem,

criam, montam, constroem, transformam, exportam, distribuem ou vendem produtos

e serviços aos consumidores”. (Portal Procon do governo do Distrito Federal).

A AC Eletricidade possui como principais fornecedores: Segatto, Martins

Atacadista S/A.

2.7 OS CONCORRENTES

“Concorrência como à disputa entre produtores de um mesmo bem ou

serviço com vistas a angariar a maior parcela do mercado possível. A noção de

concorrência pressupõe a existência de grande número de produtores atuando

livremente no mercado de um mesmo bem ou serviço, de modo que tanto a oferta

quanto a procura se originem em condições de razoável eqüidade, sem influência

ilegítima principalmente sobre o preço do produto”. (Portal Renasce Brasil - Artigo

O que é concorrência, monopólio e Oligopólio).

A AC Eletricidade possui como principais concorrentes: Elétrica Cidade;

Elétrica Lúcio; Metal Nobre, dentre outros.

3. DIAGNÓSTICO DA EMPRESA

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3.1 A ANÁLISE (METODOLOGIA)

Este relatório foi fundamentado a partir da coleta de dados secundários

obtidos na empresa AC Eletricidade, em sua unidade instalada na cidade de

Uberlândia, no estado de Minas Gerais; Na internet, em diversos sites com assuntos

pertinentes ao estudo da organização em questão (bibliografia) e por fim, em

diversos livros acadêmicos da área de Administração e Economia. Para a

fundamentação, além de dados secundários foram coletados dados primários, através

de um questionário respondido pelos gestores e funcionários da organização.

Além da coleta de dados primários e secundários, foi realizado um

levantamento técnico qualitativo da empresa, que permitiu a formação de uma visão

geral da mesma, possibilitando a identificação e delimitação da área de estudo

conforme a estrutura organizacional.

Por fim, foram utilizadas duas ferramentas de análise organizacional: A

Matriz SWOT e a Matriz GUT, descritas abaixo.

3.2 A ANÁLISE S.W.O.T (FERRAMENTA DE ANÁLISE)

Para análise organizacional foram considerados três ambientes: O ambiente

interno (áreas da empresa), o ambiente operacional (clientes, fornecedores,

concorrentes e produto) e o ambiente geral (políticas governamentais). Após a

separação, cada ambiente foi segmentado e cada segmento foi estratificado para

aplicação das matrizes SWOT e GUT.

A Matriz SWOT avalia cada estrato dos ambientes visando à separação

entre pontos fortes e pontos fracos e ameaças e oportunidades. O objetivo desta

análise é identificar as principais falhas/problemas, buscando soluções antes que

afetem efetivamente toda empresa, além de permitir a identificação de possíveis

oportunidades para o desenvolvimento organizacional.

3.3 A ANÁLISE G.U.T. (FERRAMENTA DE ANÁLISE)

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A matriz GUT fundamenta-se na classificação e priorização dos principais

problemas organizacionais, classificando-os quanto a Gravidade, Urgência e

Tendência.

A Gravidade pontua as conseqüências negativas que um determinado

problema pode ocasionar; A Urgência permite a classificação com base no tempo

necessário para a solução de cada problema identificado; A Tendência por sua vez

classifica os problemas quanto a sua possível evolução no âmbito organizacional.

Para cada classificação são atribuídas notas de um a cinco:

* Cinco: Situações extremamente graves e que necessitam de ação corretiva imediata

para coibir o agravamento da situação;

* Quatro: Situações muito graves, com alguma urgência e que podem piorar em

pouco tempo;

* Três: Situações graves que necessitam de correção o mais cedo possível e que,

podem piorar em médio prazo;

* Dois: Situações pouco graves, que podem esperar um pouco para serem

solucionadas e que tendem a piorar no longo prazo;

* Um: Situações sem gravidade, que não possuem tempo específico para solução e

que não vão nem melhorar e nem piorar no decorrer do tempo.

As notas são aplicadas a fim de classificar os problemas, para posterior

elaboração de um cronograma e o estabelecimento de uma série de ações corretivas

ou de incentivo para cada um. É importante ter ciência de que não existe uma nota

exata para cada tipo de problema. Cabe ao avaliador, com base em seus

conhecimentos técnicos e experiências, aplicar a pontuação que considerar adequada

a uma determinada situação.

Vale ressaltar que os ambientes foram considerados como um conjunto de

variáveis, que permitiram a quantificação e a qualificação do objeto de estudo desse

relatório.

3.4 ANÁLISE DE S.W.O.T E G.U.T.

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O AMBIENTE INTERNO

Ambiente Interno - Corresponde as atividades internas a organização, a sua

estrutura e distribuição funcional. São as áreas organizacionais como: recursos

humanos, capacitação tecnológica, gestão da qualidade, gestão ambiental, gestão

mercadológica, gestão financeira e gestão da produção.

3.4.1 A ORGANIZAÇÃO

No que se refere à empresa observa-se que possui forte orientação

empreendedora, uma vez que os proprietários estão constantemente adequando todos

os processos e estrutura física organizacionais, a fim de melhorar o fluxo de

informações, pessoas, colaboradores, clientes, fornecedores e parceiros na

organização.

Percebe-se ainda que a empresa detêm de uma agilidade excelente na

tomada de decisões e que incide diretamente na flexibilidade e capacidade de

resposta organizacional, que por sua vez é extremamente eficiente. Essas

características devem-se ao fato da empresa ser de pequeno porte e ser constituída

por um quadro pequeno de colaboradores.

Tabela 1: Caracterização da Organização Fonte: Estagiário

Contudo, percebe-se que a empresa não se encontra estruturada, uma vez

que as responsabilidades e autoridades de cada colaborador não estão claramente

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definidas e formalizadas (Tabela 1).

Para completar essas informações, nota-se que dentro da empresa a missão,

visão e os valores não estão claramente definidos, impossibilitando que todos os

colaboradores e gestores, bem como fornecedores, parceiros e clientes conheçam as

diretrizes gerais do negócio.

De modo geral, esses dados evidenciam ausência de normas e orientações às

ações dos colaboradores. Considerando-se o nível de instrução que os caracteriza, há

coerência entre esses dados. Em parte, a ocorrência de pontos fracos pode ser

justificada pelo fato de que as atividades, tarefas, cargos e funções acabam sendo

conduzidos de modo informal pela gerência e supervisores, no âmbito da empresa

(tabela 1).

O objetivo principal de qualquer organização consiste em fazer com que os

serviços prestados sejam de qualidade e resultem na satisfação dos clientes. Para

tanto, à empresa deve buscar uma sinergia interdepartamental, que possibilite uma

significativa interação entre as parte envolvidas no processo, para que nenhuma

oportunidade seja desperdiçada e os consumidores possam ter suas necessidades

atendidas. (COLENGHI 2003: 85).

A noção de perdas, não envolve apenas falta de gestão diante das ameaças

existentes associadas às perdas de oportunidades, mas a dimensão de que a

organização como uma entidade social, deve compor a estrutura e o desempenho das

tarefas de seus colaboradores, institucionalmente por meio de regras, normas de

procedimentos e de comunicação, para alcançar resultados melhores ao cumprimento

das metas estabelecidas pela empresa e gestão firmadas entre a gerência e os

colaboradores de cada repartição, de forma planejada, de acordo com a missão e

visão.

Sobre esse parecer Colenghi (2003: 86) disserta que o planejamento

organizacional consiste num esforço concentrado de todos os gestores da empresa,

baseando-se na missão e visão, em levantar, analisar e propor soluções, objetivando

atender aos padrões de qualidade e requisitos exigidos por clientes introduzidos em

um ambiente dinâmico e complexo.

Essa transformação da organização estética em organização dinâmica

relaciona-se a articulação dos recursos (investimentos) com as áreas primordiais da

mesma, direcionando-se para as unidades que refletem a missão da empresa e

centrando-se em programas específicos, focando-se na eficiência dos resultados

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parciais, que permitem um melhor desempenho da organização.

O que precisa ser ressaltado no discurso de reforma organizacional é que a

“qualidade” é entendida como “competição”, passando a ser indicada via parâmetros,

assumindo um “caráter avaliativo”, para garantir a eficiência, a modernização

estrutural e a cooperação do quadro de funcionários quanto aos negócios da empresa.

Diante das informações supracitadas e dos resultados encontrados na tabela

1, torna-se necessário salientar a importância da estruturação organizacional por

meio da Departamentalização, para que se organizem as atividades de cada gestor e

dos colaboradores, visando alcançar o desenvolvimento mais efetivo e eficaz de suas

atividades no âmbito organizacional.

Isso se torna possível diante da difusão da missão e visão da empresa que

são elementos importantes e que deve ser providenciado urgentemente. Cabe ainda

destacar o fato de que seja estabelecido o planejamento organizacional, que deve ser

realizado com enfoque nessas premissas, para que seja conduzido da forma mais

correta e acertável possível, possibilitando assim, uma gestão mais eficaz e,

consequentemente, um resultado melhor ao final de cada período, de produção, da

empresa.

3.4.2 OS RECURSOS HUMANOS

No que diz respeito a Recursos Humanos, percebe-se que os sócios têm uma

característica em comum, a visão de futuro, uma vez que estão constantemente na

busca da melhoria dos processos organizacionais a fim de inferir essa melhoria no

resultado da empresa ao final do período, buscando repassar aos funcionários esse

pensamento visionário para que todos se comprometam com o desenvolvimento e

perenidade da organização.

Apesar disso, verifica-se que não está estabelecido nenhum sistema

estruturado de gestão de pessoas, uma vez que não existem políticas de recrutamento

e seleção, planejamento e desempenho, cargos, salários e incentivos, treinamento e

desenvolvimento e controle de recursos humanos (tabela 2).

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Tabela 2: Caracterização dos Recursos HumanosFonte: Estagiário

A Tabela 2 demonstra que, no geral, está ocorrendo uma ausência de

planejamento e gestão na área de recursos humanos da empresa, o que afirma o fato

da falta de empenho dos colaboradores, tornando-se mais um entrave, uma vez que

ficou constatado na tabela 1 a condição informal das atividades, cargos e funções.

Isso mostra, na realidade, uma tendência de comportamento de queda dos resultados,

que poderiam ser otimizados por meio de um planejamento formal dessas atividades.

A crítica à ausência de planejamento na empresa poder ser encontrada em

Bateman & Snell (1998: 56). O diagnóstico deles mostra que o processo de

planejamento de recursos humanos acontece por meio de três estágios.

Com base nesse parecer, destacam-se as seguintes fases, que nos interessam

de perto:

i. O planejamento, onde os gestores devem conhecer os planos do negócio para

garantir o número certo de pessoas e a quantidade ideal de profissionais de

acordo com o direcionamento da empresa;

ii. A programação aonde a organização conduz as atividades específicas a recursos

humanos como recrutamento, treinamento e demissões;

iii. A avaliação onde se verifica se as atividades executadas pelos recursos humanos

estão produzindo o resultado esperado para os planos de negócio da organização.

A isto se acrescenta o fato de que

“A Administração de Recursos Humanos provoca impactos nas pessoas e nas organizações. A maneira de lidar com as pessoas, de buscá-las no mercado, de integrá-las e orientá-las, fazê-las trabalhar, desenvolvê-las, recompensá-las ou monitorá-las e controlá-las – ou seja, a qualidade da

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maneira como as pessoas são geridas na organização – é um aspecto crucial na competitividade organizacional”. (1999).

Diante do exposto percebe-se a importância de políticas estruturadas para

gestão de recursos humanos, independente do tamanho da organização. As políticas

de recrutamento e seleção, planejamento, treinamento enfim, são utilizadas como

uma “ponte” entre as pessoas (recursos humanos) e os objetivos organizacionais.

Quanto mais bem estruturadas e aplicadas no contexto empresarial mais “curto” será

o caminho traçado para atingir os objetivos.

A indicação é priorizar os recursos humanos da empresa, urgentemente,

para que o resultado desejado seja alcançado mais facilmente.

3.4.3 A CAPACITAÇÃO TECNOLÓGICA

No tocante a Capacitação Tecnológica, percebe-se na tabela 3 que a empresa

não possui uma equipe direcionada para o desenvolvimento tecnológico e convênios

com entidades de pesquisa, cabendo aos gestores e aos colaboradores, portanto,

identificar as possibilidades de implantação de sistemas, visando melhorar o

desenvolvimento dos processos organizacionais.

Além disso, a empresa não utiliza de todos os recursos proporcionados pela

informática, uma vez que não possui um software específico para gestão das

atividades organizacionais e planejamento.

Tabela 3: Caracterização da Capacitação TecnológicaFonte: Estagiário

Contudo, a organização possui uma capacidade instalada com pouca

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ociosidade, já que a prestação de serviços é realizada diretamente nos clientes, além

da venda dos materiais ser realizada em um ponto estratégico e com fluxo alto de

carros e pessoas, reduzindo ainda mais a ociosidade do negócio.

Nessas condições, os gestores, além de assumirem suas funções, agindo em

consonância com a responsabilidade a eles inerente, devem buscar segundo Bateman

& Snell (1998: 476) entender como as tecnologias surgem, desenvolvem-se e afetam

a maneira como as organizações competem e como as pessoas trabalham”.

Frente a essa questão, percebe-se a “carência” aparente da organização

neste contexto, onde os gestores e colaboradores não possuem o conhecimento

técnico e nem informações suficientes que permitam a identificação das novas

tecnologias (Tabela 3).

Esse fato se dá pelo pouco conhecimento e experiência dos colaboradores da

organização, características essas, apresentadas na tabela 2.

No entanto, vale salientar que devido à empresa ser de pequeno porte e a sua

principal atividade ser a prestação de serviços o impacto da ausência desses pontos é

pequeno (tabela 3).

Diante das informações da tabela 3 e das análises supracitadas percebe-se a

necessidade eminente da organização modernizar-se para passar a utilizar em suas

rotinas empresarias todos, ou grande parte, dos recursos proporcionados pela

tecnologia. A modernização pode acontecer na gestão dos processos organizacionais

por meio da utilização de softwares, mesmo que simples para planejamento e

controle das atividades no âmbito do negócio.

Este fato poderá estimular o aumento na capacidade de execução das

tarefas, redução do índice de erros operacionais e de gestão, obtendo, ainda, um

maior controle das atividades administrativas e operacionais.

3.4.4 A GESTÃO DA QUALIDADE

No que concerne à Gestão da Qualidade nota-se pela tabela 4 que empresa

realiza uma gestão parcial. Por um lado, não possui um programa de 5 s’s, nem

indicadores de qualidade e produtividade e, pelo fato de não existirem, não há

acompanhamento das avaliações. Isso, por sua vez, gera desperdícios e falta de

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investimentos, prejudicando o desempenho e o resultado final da organização. Há de

ressaltar também, o fato de que a organização não mensura o desempenho, mesmo

possuindo uma boa cultura em termos de qualidade, uma vez que os resultados são

avaliados de acordo com a percepção dos gestores, informalmente.

Tabela 4: Caracterização da Gestão da QualidadeFonte: Estagiário

Deve-se ressaltar, ainda, que a empresa ate-se ao atendimento aos clientes, e

estabelece parcerias com fornecedores confiáveis, que oferecem produtos e serviços

de qualidade, de acordo com a necessidade organizacional já que os considera “peça-

chave” para o bom desempenho do negócio (Tabela 4).

Esses resultados estampam que a empresa precisa contribuir para inserir

uma visão formal de cultura organizacional visando agregar valores avaliativos, em

termos de conduta, desempenho e direcionamento de suas ações.

Para Colenghi (2003: 218-222) existem duas ferramentas importantíssimas

utilizadas para gerir os indicadores de qualidade e produtividade das empresas, que

são o Gráfico de Controle e o Ciclo PDCA. Destaca-se que o Gráfico de Controle é

uma ferramenta utilizada para verificar se um processo está dentro dos limites

estatísticos de controle estabelecidos por ele, permitindo, assim, fazer os ajustes

necessários; Enquanto que o Ciclo PDCA de controle de processos é conhecido

também como um método de solução de problemas ligado às atividades de

Planejamento, de execução, de verificação e de propostas de ações corretivas,

baseados nos resultados alcançados.

Dentro dessa discussão, percebe-se na Tabela 4 que a principal carência da

organização é a falta de gestão dos indicadores de qualidade e produtividade e, ainda,

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a mensuração do desempenho. Este fato pode acarretar resultados ínfimos e até

negativos para empresa com relação as seus clientes, incluindo perdas.

Frente a essas questões a empresa AC Eletricidade LTDA pode solucionar

esse problema desenvolvendo e implantando as duas ferramentas básicas de gestão

de processos supracitadas, o gráfico de controle para facilitar a visualização dos

entraves e o PDCA para acompanhar os processos de forma mais assertiva.

3.4.5 A GESTÃO AMBIENTAL

No que concerne à Gestão Ambiental, observa-se na tabela 5 que a

organização está extramente preocupada com o meio ambiente e com o crescimento

sustentável; preocupação esta que é natural, frente aos recentes acontecimentos no

âmbito mundial. Por causar um baixo impacto ambiental, a empresa não trabalha

nenhum projeto específico de responsabilidade ambiental, mas implica aos

funcionários a conscientização para a preservação do meio ambiente.

Apesar de não possuir um programa específico de gestão ambiental, devido

ao porte e ao ramo de atividade, a empresa busca de maneira simples preservar o

meio ambiente, encaminhando todos dos resíduos para reciclagem (aqueles que são

possíveis) e realizando a separação de seu lixo de acordo aos padrões já pré-

estabelecidos pelos órgãos regulamentadores dessas questões.

Contudo, como a principal atividade da organização é a prestação de

serviços características organizacionais como iluminação, temperatura, ventilação e

limpeza são imprevisíveis, uma vez que os serviços são prestados diretamente nas

organizações que o solicitam.

No entanto, a organização busca oferecer aos funcionários todos os

equipamentos de segurança necessários para que não sejam prejudicados enquanto

desenvolvem suas atividades profissionais em outras organizações.

Colenghi (Cap. 4; Pág. 171; 172), Ergonomia é a ciência que estuda a

relações homem e a máquina objetivando harmoniza-la de forma a atender às

necessidades físicas e psicológicas humanas. O estudo da ergonomia busca oferecer

aos trabalhadores uma vida harmônica em seu ambiente de trabalho, onde haja

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conforto, segurança e eficiência, de modo que possam gerar qualidade e

produtividade.

Tabela 5: Caracterização da Gestão da AmbientalFonte: Estagiário

“A ergonomia estuda a estrutura do posto de trabalho, analisando a

interação dos diversos elementos intervenientes, seus desempenhos, relações e

efeitos colaterais perante as leis biológicas e psicológicas que regem o trabalho”.

(Prof.ª Nogueira de Faria. Colenghi (Cap. 4; Pág. 172).

Vale salientar que os estudos ergonométricos que atualmente são o ponto

fraco no contexto a gestão da qualidade, não precisam ser realizados por técnicos ou

especialistas no assunto. Colenghi (Cap. 4; Pág. 172) informa que para os gestores

que desejam se aprofundar nesse assunto leiam a norma A NR-17 (Portaria nº. 3.751,

de 23-11-90) que estabelece regras que cuidam de adaptar as condições de trabalho

às características psicofisiológicas dos trabalhadores, do mobiliário nos postos de

trabalho, dos equipamentos, das condições ambientais e da organização do trabalho.

3.4.6 A GESTÃO MERCADOLÓGICA

No tocante a Gestão Mercadológica identifica-se por meio dos indicadores

da tabela 6 e de observações pontuais e entrevistas realizadas na organização umas

de suas maiores “carências”, caracterizada pela ausência de análises e planejamento

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mercadológicos, o que, por si só, pode inferir em sérios prejuízos à empresa.

Tabela 6: Caracterização da Gestão MercadológicaFonte: Estagiário

Observa-se que a organização dispõe de uma boa reputação no mercado,

conquistada por meio do atendimento e dos serviços dispensados a seus clientes.

Esse fato é caracterizado, ainda, pela efetividade no composto mix de serviços e

produtos ofertados aos clientes. Por se tratar de uma prestadora de serviços de

montagem e manutenção elétrica industrial a empresa adquiriu no decorrer dos anos

o know-how necessário para atender as necessidades de seus clientes (Tabela 6).

Entretanto, variáveis extremamente importantes como, por exemplo, o plano

de marketing, é deixado de lado, impossibilitando-a de estabelecer os objetivos e

estratégias para seu mix de serviços e para o mercado. Vale salientar, que para se

entender a administração mercadológica é preciso entender o planejamento

estratégico que, por sua vez, é realizado com enfoque nas declarações de Missão e

Visão da organização Kotler/Keller (2000: 40) e, como se observa na Tabela 1 a

empresa não as possui, contextualizado assim, a gravidade da ausência desse

planejamento na empresa.

Kotler/Keller (2000: 40) enfatizam, ainda, que o processo de criar, entregar

e comunicar valor requer muitas atividades de marketing diferentes e, para assegurar

que sejam selecionadas e executadas da forma mais eficiente e eficaz possível, é

essencial que exista um planejamento estratégico, que por sua vez, exige ações em

três áreas-chaves:

i. Gerenciar os negócios da empresa como uma carteira de investimentos;

ii. Avaliar os pontos fortes de cada negócio, considerando a taxa de crescimento do

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mercado e a posição competitiva da empresa nesse mercado;

iii. Estabelecer uma estratégia. A empresa deve desenvolver um plano de ação para

cada um de seus negócios, a fim de atingir seus objetivos de longo prazo.

Os autores esclarecem, ainda, que o Plano de Marketing é o instrumento

central para direcionar e coordenar o esforço de marketing neste contexto,

funcionando em dois níveis:

i. O estratégico que estabelece os mercados-alvo e a proposta de valor que será

oferecida com base em análise das melhores oportunidades de mercado;

ii. O tático que especifica as táticas de marketing, incluindo características do

produto, promoção, comercialização, determinação do preço, canais de vendas e

serviços.

Percebe-se que a ausência deste planejamento acaba inferindo em outros

aspectos, também mercadológicos, da organização. A cobertura geográfica, por

exemplo, a nível nacional é fraca, uma vez que sua área de atuação abrange, em

grande parte, apenas a cidade de Uberlândia (Tabela 6). Contudo, esse ponto é

facilmente explicado por se tratar de uma empresa de pequeno porte.

Diante das informações supracitadas e dos indicadores da tabela 6, nota-se

que a maioria das “carências” da organização no tocante a gestão mercadológica são

ocasionados pela ausência do Plano de Marketing. Esse fato deve-se a dificuldade

que se observa na organização em estabelecer suas diretrizes, seus objetivos e o “seu

caminho”, contextualizada na Tabela 1. Essa dificuldade, por sua vez, deve-se

diretamente ao conhecimento técnico dos colaboradores da organização, que por sua

vez é limitado no tocante a planejamento e gestão estratégica, como destacado na

Tabela 2.

Sendo assim, a principal proposta é a criação, estruturação, aplicação e

acompanhamento do plano de marketing da empresa durante todo o período, visando

o alinhamento entre o composto mercadológico e os objetivos estratégicos e táticos

da organização que devem ser estabelecidos urgentemente, para que a organização

aproveite cada vez mais as oportunidades do mercado em que está inserida.

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3.4.7 A GESTÃO FINANCEIRA

No contexto à Gestão Financeira percebe-se na tabela 7 que a empresa

detém de capital e estabilidade financeira para realizar investimentos que, por sua

vez, podem ampliar sua capacidade produtiva, o nível de serviço oferecido aos

clientes, enfim, possibilitando a ela a ampliação de sua participação no mercado.

Tabela 7: Caracterização da Gestão FinanceiraFonte: Estagiário

Contudo, enfrenta dificuldades quanto à gestão de seus custos que, por sua

vez, são geridos de maneira pouco eficiente e eficaz, sem especificação e sem

critérios de contabilização básicos, possibilitando alto índice de erros operacionais

como negociações mal feitas, precificações incorretas, enfim, inferindo

negativamente no resultado da empresa.

Outro ponto extremamente grave é a falta do orçamento empresarial, que

não é estruturado e acompanhado periodicamente pela organização. O orçamento

empresarial é o plano financeiro para implementar a estratégia organizacional para

determinado exercício, sendo considerado um dos pilares para gestão eficaz dos

indicadores da empresa e primordial para sobrevivência da mesma (FREZATTI,

2005: 46).

“É mais do que uma simples estimativa, pois deve estar baseado no compromisso dos gestores em termos de metas a serem alcançadas”. (FREZATTI, 2005).

Vale salientar que sem o orçamento empresarial, a organização não

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consegue ter o discernimento de onde está investindo os seus recursos financeiros,

ficando “a mercê” de perdas significativas, que podem gerar prejuízos financeiros e,

ainda, pode inferir em prejuízos qualitativos como a queda dos serviços prestados por

falta de investimentos em maquinário, veículos e estrutura, fazendo com que a

organização não consiga entregar a proposta de valor exigida pelos clientes,

perdendo assim, mercado para concorrência.

Observa-se nas informações supracitadas e na tabela 7 a importância do

Orçamento Empresarial que é a maior carência da empresa no tocante a gestão

financeira. Sem essas informações organizadas e estruturadas em um único

documento que possibilite a visualização sistêmica dos gestores, os gargalos e falhas

não podem ser identificados facilmente, gerando resultados negativos no fim do

exercício, prejudicando o alcance das metas e objetivos estabelecidos. Nota-se, mais

uma vez, que a organização é “carente” em termos de planejamento, conforme já se

destacou nos capítulos anteriores.

Para eliminar as falhas e os gargalhos ocasionados pela ausência do

orçamento empresarial, basta que os gestores se organizem para estruturá-lo no início

dos exercícios. Vale salientar que tão importante quanto organizar o Orçamento é seu

acompanhamento para que ações corretivas e de incentivo sejam aplicadas no tempo

correto e nos pontos necessários.

3.4.8 A GESTÃO DA PRODUÇÃO

No que cerne a Gestão da Produção, percebe-se por meio da tabela 8 que a

empresa está relativamente organizada. As instalações são adequadas e possibilitam

que a capacidade produtiva esteja condizente à capacidade instalada, como se

observa mais detalhadamente na tabela 5. Esse fato permite que a produção seja

realizada no prazo, resultando, consequentemente, em baixos custos de produção e o

incremento dos serviços prestados aos clientes.

No entanto, percebe-se que a organização não possui uma equipe de

trabalho capaz e dedicada para a realização das atividades na organização. Esse fato

pode ser caracterizado pela ausência de políticas de gestão de recursos humanos.

(tabela 2). Sem políticas de incentivo, cargos e salários, treinamento, enfim, os

colaboradores não se sentem motivados para o trabalho, o que afeta diretamente o

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resultado organizacional.

Tabela 8: Caracterização da Gestão da ProduçãoFonte: Estagiário

Observa-se ainda na tabela 8 que as habilidades técnicas de fabricação são

outro ponto fraco no tocante a gestão da produção da empresa. Novamente o ponto é

caracterizado pela ausência de políticas de gestão dos recursos humanos. A empresa

não oferece treinamento aos funcionários, que por sua vez, também não recebem

outros incentivos da organização e, assim, não buscam qualificação para aprimorar

suas habilidades técnicas.

Ballou (Cap. 1; Pág. 55) A distribuição física é o aspecto da gestão que trata

de servir a demanda pelos produtos e serviços da empresa, sendo executada em três

níveis: No longo prazo; O planejamento estratégico de como a distribuição deve ser

executada; A utilização do sistema de distribuição, que é o planejemento tático; e a

execução diária das atividaes de distribuição; a operação.

"A distribuição física expandiu-se para o conceito mais amplo de

gerenciamento de cadeia de suprimentos. O gerenciamento da cadeia de suprimentos

começa antes da distribuição física: tenta suprir os insumos corretos (matérias-

primas, componentes, bens de capital), converte-os eficientemente em produtos

acabados e os despacha ao destino final. A perspectiva da cadeia de suprimento pode

ajudar a empresa a identificar os melhores fornecedores e distribuidores, além de

aumentar a produtividade destes – o que em última instância reduz os custos da

empresa. A logística de mercado envolve o planejamento, a implementação e o

controle dos fluxos físicos de materiais e de produtos finais entre os produtos de

origem e os pontos de uso, com o objetivo de atender as exigências dos clientes e de

lucrar com esse atendimento". (Kotler/Keller Cap. 16; Pág. 519;520).

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Percebe-se que o sistema logístico é extremamente importante. Gerir

corretamente a distribuição da organização reduz custos e aumenta o desempenho de

toda a cadeia, já que as coletas serão realizadas nos locais certos no momento certo e

mais rapidamente. Além disso, possibilita o estabelecimento das melhores rotas,

reduzindo também o desgaste da equipe de coleta e dos caminhões.

O AMBIENTE OPERACIONAL

Ambiente Operacional – Estão presentes no ambiente operacional variáveis

que, de alguma forma, relacionam-se com as atividades operacionais da empresa

como: clientes, fornecedores, concorrentes e produtos.

3.4.9 OS CLIENTES

No tocante a Clientes observa-se na tabela 10 que a organização já atua no

mercado há algum tempo, cerca de nove anos, conquistando neste período, uma

carteira de clientes com potencial para crescimento, já que existem diversas empresas

que necessitam do serviço de manutenção elétrica, mas que ainda não o utilizam,

deixando o trabalho para “amadores”. Além disso, Uberlândia detém uma enorme

quantidade de indústrias, concentradas na região industrial da cidade, o que

demonstra a possibilidade enorme de expansão da carteira dentro da mesma.

Tabela 9: Caracterização da Gestão da ProduçãoFonte: Estagiário

No entanto, a postura quanto ao pagamento desses clientes é baixo. Não que

as grandes indústrias não paguem ou paguem mal, mas como são extremamente

visadas por todos acabam tendo um poder de barganha enorme sobre seus

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fornecedores e, na maioria das vezes, buscam abaixar ao máximo o preço não

levando em consideração, efetivamente, o serviço prestado.

Kotler/Keller (2000: 139) enfatizam que, atualmente, os clientes estão mais

informados do que nunca, tendo a disposição ferramentas para verificar os apelos das

empresas e buscar as melhores alternativas.

“Os clientes procuram sempre maximizar o valor, dentro dos limites impostos pelos custos envolvidos na procura e pelas limitações de conhecimento, mobilidade e renda. Eles formam uma expectativa de valor e agem com base nela. A probabilidade de satisfação e repetição da compra depende de a oferta atender ou não a essa expectativa de valor.” (KOTLER/KELLER, 2000).

Diante da tabela 10 e das informações supracitadas percebe-se que a

organização, deve atender seus clientes da melhor forma possível, estruturando uma

proposta de valor para seu mix de serviços, com soluções adequadas a necessidades

de seus clientes.

3.4.10 OS FORNECEDORES

No que cerne a fornecedores percebe-se na tabela 13 que a empresa dispõe

de parceiros confiáveis, que trabalham com valores adequados e relacionados aos

valores propostos pela organização. Além disso, oferecem produtos e serviços de

qualidade, e preços adequados à realidade da empresa.

Tabela 10: Caracterização dos FornecedoresFonte: Estagiário

No entanto, deixam a desejar apenas na entrega dos produtos fornecidos

que, dependendo do material, nem sempre está disponível no tempo ideal a

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necessidade da organização, como por exemplo, os materiais utilizados no processo

de manutenção como fios, isolantes, entre outros.

Kotler/Keller (2000: 216) ressaltam que toda organização possui objetivos,

políticas, procedimentos, estruturas e sistemas de compras específicos. Os

compradores empresariais avaliam a proporção entre os custos e benefícios

percebidos. Quanto maior for à proporção mais inclinados ficaram para realizar a

compra.

“A tarefa do fornecedor de produtos empresariais é fazer uma oferta que proporcione um valor superior para seu cliente” (KOTLER/KELLER, 2000).

Percebe-se que a organização precisa alinhar com seus parceiros os prazos

de entrega de materiais que precisa para oferecer aos seus clientes o nível de serviço

esperado e, até mesmo, superar suas expectativas.

3.4.11 OS CONCORRENTES

É importante ressaltar que na cidade de Uberlândia há concorrentes diretos,

ou seja, que oferecem o mesmo mix de serviços.

No que cerne à Concorrência observa-se na tabela 11 que a organização

enfrenta uma concorrência forte. As políticas de qualidade e inovação são bem

estruturadas, com maquinário moderno para esterilização dos resíduos, possibilitando

a empresa uma excelente reputação no mercado e permitindo ainda, assumir uma boa

postura comercial perante os clientes. Além disso, diferente da AC Eletricidade, a

concorrência trabalha muito bem a distribuição logística, traçando rotas para

aperfeiçoar a coleta dos resíduos, o que reduz custos e aumenta o nível de serviço

oferecido ao cliente.

Contudo, assim como a AC Eletricidade, as empresas possuem baixa

participação no mercado, que ainda está muito inexplorado.

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Tabela 11: Caracterização dos ConcorrentesFonte: Estagiário

“Para traçar e implementar com eficiência as melhores estratégias de

posicionamento, as empresas devem prestar a máxima atenção aos concorrentes. Os

mercados se tornaram competitivos demais para que se possa manter o foco apenas

no consumidor”. Kotler/Keller (Cap.11; Pág. 336).

Percebe-se que a organização precisa conhecer como os concorrentes estão

oferecendo valor a seus clientes e o que estão deixando de oferecer, para que possa

buscar diferenciais que a diferencie no mercado e possibilite seu crescimento.

3.4.12 OS PRODUTOS

No que cerne a caracterização tecnológica a empresa AC Eletricidade

LTDA não possui nenhuma tendência em robotizar suas linhas industriais porque não

as possui, uma vez que é uma prestadora de serviços.

Contudo, a organização utiliza todos os recursos proporcionados pelos

computadores. Muitas rotinas administrativas são executadas com o computador,

reduzindo o tempo de execução e a possibilidade de erros.

Tabela 12: Caracterização dos ProdutosFonte: Estagiário

No tocante a Gestão de Materiais nota-se na tabela 9 que a empresa possui

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as atividades de compra e negociações como ponto forte para o negócio. As compras

e negociações são realizadas pelos sócios que conhecem profundamente os produtos

necessários a operacionalização da organização.

Atualmente, a gestão de compras assume papel verdadeiramente estratégico

em face dos volumes, principalmente financeiros, envolvidos. Vale salientar, que os

profissionais dessa área assumem grande importância e precisam estar

constantemente informados e atualizados, além de possuírem habilidades

interpessoais e dinamismo (Martins/Alt 2006: 63).

Contudo, os estoques são geridos sem nenhuma regra eficiente, sendo

repostos quando se percebe que estão quase acabando. Esse fato faz com que a

empresa perca em produtividade caso a reposição não seja identificada e realizada no

momento certo.

Além disso, a empresa não realiza a gestão da cadeia de suprimentos.

Conforme informado acima, a empresa executa com perfeição as atividades de

compra e negociação, mas apenas elas. O restante da gestão da cadeia, que

contempla o planejamento da demanda dos materiais, a distribuição para todos os

colaboradores (prestação de serviços) e a gestão dos estoques não é realizada.

Segundo alguns estudiosos, a competição no mercado global não ocorre entre empresas, mas entre cadeias de fornecimento. A gestão da logística e do fluxo de informações em toda a cadeia permite aos executivos avaliar, pontos fortes, e pontos fracos na sua cadeia de fornecimento, auxiliando a tomada de decisões que resultam na redução de custos, aumento da qualidade, entre outros, aumentando a competitividade do produto e/ou criando valor agregado e diferencial em relação à concorrência (Shapiro, 2001: 4).

Diante do exposto, percebe-se a necessidade eminente de implantação de

uma política de gestão de estoques que “amarre” a capacidade de compra e

negociação dos gestores, permitindo assim, uma gestão mais eficiente e eficaz de

toda a cadeia de suprimentos, adequando essa gestão a realidade do negócio.

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O AMBIENTE GERAL

Ambiente Geral – Neste segmento são consideradas variáveis externas que

influenciam direta ou indiretamente o ambiente interno e o ambiente operacional tais

como: políticas governamentais, fatores sociais, econômicos e políticos.

3.4.13 OS FATORES SOCIAIS

No tocante a Mão de Obra observa-se na tabela 12 que o nível de

conhecimento dos profissionais da organização deixa a desejar. Algumas atividades

poderiam ser realizadas mais rapidamente caso estes possuíssem habilidades técnicas

específicas para sua execução (tabela 8). Percebeu-se nos capítulos anteriores que

atividades como planejamento estratégico e organizacional (Tabela 1), o plano de

marketing (Tabela 6) e, ainda, o orçamento empresarial (Tabela 7), primordiais para

o bom desempenho da organização não são realizados e, uma das características

aparentes é a falta de conhecimento técnico dos colaboradores.

Tabela 13: Caracterização dos Fatores SociaisFonte: Estagiário

Além disso, nota-se pela tabela 12 que a disponibilidade para treinamento é

baixa. A “carência” está na organização que não oferece treinamentos de capacitação

para o desenvolvimento profissional dos colaboradores, uma vez que, não existem

políticas de gestão e desenvolvimento de recursos humanos na empresa (tabela 2).

Contudo, a idade média dos profissionais é adequada às atividades

desempenhadas. Os ajudantes têm idade média de 23 anos, já os eletricistas em torno

de 35 anos.

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O mercado dispõe de pouca mão-de-obra qualificada, principalmente para

as funções relacionadas ao setor de atuação da organização. Esse fato incide

diretamente no valor do salário médio da região que, por sua vez estão acima da

média para o setor.

“A diversidade da equipe de trabalho promove a criatividade e a inovação, porque pessoas de diferentes backgrounds assumem perspectivas diversas na abordagem de problemas. Grupos diversificados têm uma base mais ampla da experiência, a partir da qual podem abordar uma questão; quando administrados de forma eficaz, eles inventam mais opções e criam mais soluções do que grupos homogêneos. Além disso, os grupos de trabalho diversificados estão mais livres para desviar de abordagens e práticas tradicionais. A presença da diversidade também pode ajudar a minimização do pensamento grupal” (BATEMAN/SNELL, 1998).

Percebe-se que organização precisa trabalhar os seus recursos humanos de

tal forma a “extrair” todo seu conhecimento, percepções e experiências para utilizar a

favor da organização. Para isso motivação, treinamento e incentivo são

extremamente importantes, pois atraem para a organização os melhores profissionais,

criando um clima excelente para execução das atividades.

3.4.14 OS FATORES ECONÔMICOS

No que cerne a economia, observa-se na tabela 14 que indicadores como

taxa de emprego, taxa de juros e a tributação estão excelentes e são pontos fortes

para empresa. O número de empregos formais cresceu no ano de 2008, a inflação

caiu e os tributos às empresas de pequeno e médio porte estão sendo reduzidos para

incentivar a entrada de novas empresas e o desenvolvimento das existentes.

Contudo, o produto nacional bruto, receita de tudo o que é produzido dentro

do país, está baixo frente ao PNB de outros países. A inflação também está alta frente

à de outros países, impactando diretamente no preço dos produtos e serviços

oferecidos aos consumidores (tabela 14). Em relação à taxa de câmbio, o cenário está

favorável para a organização. Apesar de não exportar os seus serviços a outros países

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a empresa adquire maquinário importado para a esterilização dos resíduos e, com a

valorização da moeda, o custo é reduzido.

Tabela 14: Caracterização dos Fatores EconômicosFonte: Estagiário

3.4.15 OS FATORES POLÍTICOS E SOCIAIS

No tocante a política percebe-se na tabela 15 que o cenário está favorável à

empresa. A política econômica atual é de incentivo ao desenvolvimento das

empresas, pois geram emprego e consequentemente consumo e assim, receita para o

país.

Contudo, a crise pela qual passa os Estados Unidos, a economia mais forte

do mundo, pode afetar todos os países e prejudicar essa proposta de desenvolvimento

econômico.

Tabela 15: Caracterização dos Fatores Políticos e SociaisFonte: Estagiário

Nota-se, que a limitação de restrição de crédito é considerada um dos pontos

fortes no tocante a legalidade da organização. Esse fato é caracterizado pela atual

política governamental de incentivo ao crédito aos consumidores, que por sua vez,

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permite que uma parcela cada vez maior dos clientes tenha acesso a produtos e

serviços considerados, de certa forma, mais caros.

Percebe-se que a preocupação no tocante a legislação é quanto à legislação

ambiental. As organizações, independente do ramo de atividade, estão cada vez mais

preocupadas com o meio ambiente. Entretanto, a empresa AC Eletricidade LTDA

não dispõe de um programa específico de gestão ambiental. Esse fato pode ser

justificado por se tratar de uma empresa de pequeno porte e que, pela atividade fim,

não agride efetivamente o meio ambiente.

3.5 AVALIAÇÃO GERAL

Diante de todas as análises supracitadas percebemos a carência da

organização em algumas áreas. Vale salientar que na análise geral não se considera o

ambiente externo analisado como a economia, por exemplo, pois o foco principal é o

estudo e a análise interna da organização.

Percebe-se no Gráfico 2 que a estruturação organizacional é uma das

grandes fraquezas da organização, pois a empresa não se encontra estruturada, uma

vez que as responsabilidades e autoridades de cada colaborador não estão claramente

definidas e formalizadas. Nota-se que dentro da empresa a missão, visão e os valores

não estão claramente definidos, impossibilitando que todos os colaboradores e

gestores, bem como fornecedores, parceiros e clientes conheçam as diretrizes gerais

do negócio. (tabela 1).

Além disso, verifica-se que não está estabelecido nenhum sistema

estruturado de gestão de pessoas, uma vez que não existem políticas de recrutamento

e seleção, planejamento e desempenho, cargos, salários e incentivos, treinamento e

desenvolvimento e controle de recursos humanos (tabela 2).

A tabela 2 demonstra que, no geral, está ocorrendo uma ausência de

planejamento e gestão na área de recursos humanos da empresa, o que afirma o fato

da falta de empenho dos colaboradores, tornando-se mais um entrave, uma vez que

ficou constatado na tabela 1 a condição informal das atividades, cargos e funções.

Isso mostra, na realidade, uma tendência de comportamento de queda dos resultados,

que poderiam ser otimizados por meio de um planejamento formal dessas atividades.

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Figura 1: Análise SWOT

01234567

ORG

ANIZ

AÇÃO

RECU

RSO

SHU

MAN

OS

CAPA

CITA

ÇÃO

TECN

OLÓ

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TÃO

DE

MAT

ERIA

IS

PONTO FORTE PONTO FRACO

Fonte: elaborado pelo autor

Finalmente, enfrenta dificuldades quanto à gestão de seus custos, geridos de

maneira pouco eficiente e eficaz, possibilitando alto índice de erros. Outro ponto

extremamente grave na organização é a falta do orçamento empresarial, que não é

estruturado e acompanhado periodicamente (tabela 7). Vale salientar que sem o

orçamento empresarial, a organização não consegue ter o discernimento de onde está

investindo os seus recursos financeiros, ficando “a mercê” de perdas significativas,

que podem gerar prejuízos financeiros e, ainda, pode inferir em prejuízos qualitativos

como a queda dos serviços prestados por falta de investimentos em maquinário,

veículos e estrutura, fazendo com que a organização não consiga entregar a proposta

de valor exigida pelos clientes, perdendo assim, mercado para concorrência.

Figura 2: Análise GUT

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0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

GUT

ORGANIZAÇÃO RECURSOS HUMANOS CAPACITAÇÃO TECNOLÓGICAGESTÃO DA QUALIDADE GESTÃO AMBIENTAL GESTÃO MERCADOLÓGICAGESTÃO FINANCEIRA GESTÃO DA PRODUÇÃO GESTÃO DE MATERIAIS

Fonte: elaborado pelo autor

É importante ressaltar que todas essas falhas e gargalhos são ocasionados

por um problema comum, existente em, quase todas as áreas da empresa, o que

ressalta a ausência do planejamento organizacional já vivenciado. Percebe-se,

também, que o conhecimento técnico dos colaboradores da organização, por sua vez,

também vem contribuindo para maior parte dos problemas envolvidos nesse processo

organizacional.

Diante disso, as maiores fraquezas da organização são apontadas no Gráfico

2. Por meio desse gráfico é possível constatar as prioridades e o que deve ser feito

para tentar solucionar o mais rápido possível os problemas para não comprometer o

resultado organizacional no fim do período.

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4. A RESENHA TÉCNICA

O enfoque do capítulo é analisar as áreas patológicas da empresa, com o

objetivo de propor soluções para os fatos identificados no decorrer da pesquisa, com

o propósito de melhorar o desempenho das mesmas na organização.

No contexto organizacional, cria-se condições para possíveis análises dos

dados e das informações, para que permita reestruturar áreas, readaptar diversas

etapas dos processos e, até mesmo, definir procedimentos corretamente, no intuito de

organizar e melhorar os meios existentes, ou propor a implementação dos

inexistentes, para que a empresa atinja bons resultados (COLENGHI, 2003 : 267).

Para tratar as áreas e mostrar os impactos existentes, fez-se um levantamento

da situação de cada setor, descrito a seguir:

(i) Qualidade de processos

* Responsável: Alexandre Marco Motta da Cunha

* Atribuições do setor:

- Acompanhamento e análise dos processos existentes;

- Reengenharia dos processos existentes;

- Criação de novos processos;

- Avaliações de desempenho;

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- Criação e manutenção de indicadores de qualidade;

* Problemas:

- Ausência de uma política de qualidade definida;

- Ausência de indicadores de qualidade;

* Soluções:

- Reestruturar política de qualidade;

- Criação de indicadores de qualidade;

(ii) Gestão Organizacional

* Responsável: Alexandre Marco Motta da Cunha

* Atribuições do setor:

- Definir e delimitar a linha estratégica da organização frente ao mercado que está

inserida;

- Estabelecimento de metas e diretrizes a serem seguidas pelos colaboradores;

- Planejamento orçamentário;

* Problemas:

- Ausência de declarações de missão e visão definidas;

- Ausência de organograma estruturado;

* Soluções:

- Criação de declarações de missão e visão;

- Definição de organograma;

(iii) Recursos Humanos

* Responsável: Alexandre Marco Motta da Cunha

* Atribuições do setor:

- Acompanhamento de incentivos e benefícios oferecidos aos colaboradores;

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- Realização de atividades de treinamento e desenvolvimento de pessoas;

- Formalização de normas e procedimentos da organização;

- Contratação e demissão de colaboradores;

- Solicitação de convênios médicos, odontológicos e universitários;

* Problemas:

- Ausência de uma política de recrutamento e seleção definida;

- Ausência de planejamento estratégico do setor para recrutamento;

- Ausência de um cronograma de desenvolvimento dos talentos humanos;

* Soluções:

- Reestruturar as etapas de recrutamento e seleção;

- Propor dinâmicas e ferramentas para utilizar no processo;

- Estruturar um cronograma de desenvolvimento dos talentos humanos;

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5. RELATÓRIO TÉCNICO – PROJETO A

5.1 A CONTEXTUALIZAÇÃO ATUAL

A cada dia aumenta a necessidade de as empresas desenharem seus

processos de trabalho, visando aprofundar o conhecimento e, principalmente, ter

fontes concretas para treinar seus funcionários.

De acordo com Hammer e Champy (1996, p. 25), processo é “um conjunto

de atividades interligadas, que tomam um insumo (input) e o transformam para

realizar um resultado (output), ou seja entrada (matéria prima), transformação do

produto e saída (venda do produto final.”

Um processo bem desenhado deve possuir início e fim claramente definidos.

Devem ser atualizados sempre que alterados, e mesmo que esta alteração se dê

informalmente, é necessária a atualização no método utilizado pela empresa, mesmo

que seja um simples manual de procedimentos. Assim, as mudanças que nele

ocorrem, acontecem de forma a agregar valores para o recebedor, acima ou abaixo da

cadeia produtiva.

De acordo com Hammer (2002, p. 27), “um processo de negócios é um

grupo organizado de atividades relacionadas que trabalham juntas para criar um

resultado de valor para o cliente” (Tradução Livre). O autor afirma que as duas

palavras mais importantes para a eficiência de um processo são “organização” e

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“cooperação”. Todas as atividades de um processo devem andar juntas e estarem

alinhadas para um propósito comum, que é atender os clientes

Para o entendimento do que é processo, vários autores de Qualidade total e

reengenharia desenvolveram conceitos, como Gonçalves (2000), que define processo

como um grupo de tarefas interligadas logicamente, que utilizam os recursos da

organização para gerar os resultados definidos, de foram a apoiar os seus objetivos.

Para Hammer e Champy (1994), as atividades são mais bem realizadas

numa seqüência lógica. No mesmo sentido, Chinelato (1997), define processo como

“seqüências semi-repetitivas de eventos que, geralmente, estão distribuídas de forma

ampla no tempo e espaço, possuindo fronteiras ambíguas”.

Davenport e Shot (1990) interligam fluxos com valor, de forma que a

empresa está envolvida no processo do começo ao fim e o faz para atender

exclusivamente seu cliente externo.

Portanto, entende-se processo como uma das questões mais importantes de

uma organização, que deve ser bem trabalhado e detalhado conforme a cultura de

cada empresa. Todos os processos devem ser desenhados tanto para auxiliar no

treinamento de funcionários quanto para detectar possíveis falhas em tarefas.

Apesar de toda empresa ter sua rotina de atividades envolta por processos,

este trabalho terá sua análise focada na área de cadastramento de clientes da empresa,

onde estão localizados a maior parte dos inputs dos processos.

Todas as outras áreas da empresa dependem da excelência dos processos do

setor de cadastro para que suas operações tenham perfeito andamento. Logo, a

grande necessidade de integração de processos, visão global e revisão daqueles

processos que acarretam falhas e morosidade das operações.

O cadastro da empresa é composto por um analista e dois assistentes de

serviços de administrativos.

Davenport (1994) conceitua a reengenharia como a combinação de uma

estrutura para a realização do trabalho, preocupando com resultados visíveis e

drásticos, com um distanciamento do processo, a fim de que se indague qual o

objetivo geral

De acordo com Oliveira (1999), a reengenharia nada mais é do que começar

de novo. Logo não é reengenharia fazer reformulações ou mudanças insignificantes,

visto que pressupõe pensar no processo como se estivesse fazendo pela primeira vez.

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Quando se fala em mudar a forma de trabalhar para melhor, está se falando em

reengenharia.

Para Oliveira (1999) a reengenharia é um termo muito amplo que pode

significar muitas coisas, a saber: recriar, refazer, reinventar, repensar, o que se

aproxima consideravelmente do conceito apresentado por Hammer e Champy

(1994): “O repensar fundamental e a reestruturação radical dos processos

empresariais que visam alcançar drásticas melhorias em indicadores críticos e

contemporâneos de desenpenho, tais como custos, qualidade, atendimento e

velocidade”.

Nessa definição, Hammer e Champy (1994), destacam 4 palavras chaves

que são necessárias para o entendimento do que seja Reengenharia. A primeira é

“fundamental”, pois, para colocá-la em prática, é necessário informações básicas do

processo que se quer recriar, deve se analisar por que o processo precisa ser realizado

e por que é feito daquela forma. A segunda palavra importante é “Radical”, o que

significa ir até a raiz do problema para melhorar um processo, não ter limites, tendo

uma visão ampla de todo o contexto. A terceira palavra chave é “Drástica”, ou seja,

não ser apenas mudanças pequenas, não visíveis, e sim grandes mudanças capazes de

substituir o velho pelo novo, destruir o processo existente e fazer outro. E a última

palavra chave é “processo”, que, além de ser a palavra mais importante, também é a

que traz mais dificuldades para os gerentes, pois a maioria deles não estão focados

em processos e sim direcionados para serviços, tarefas, pessoas ou estruturas.

Para Hammer e Champy (1994), existem três tipos de empresas que utilizam

a reengenharia. Em primeiro lugar são as empresas com grandes problemas, que não

possuem alternativa a não ser mudar. Em segundo, são as empresas que ainda estão

bem, mas que a gerência já prevê dificuldades adiante. E em terceiro, as empresas

esclarecidas, que entendem que a reengenharia é a solução para melhoria de

desempenho e produção. Esse tipo de empresa não possui nenhum problema presente

ou futuro, mas sua gerência é visionária com objetivos e metas agressivos e

ambiciosos.

Muitas pessoas ainda confundem a reengenharia com outros processos, por

isso é importante saber que a reengenharia não é automatizar, não é um software, não

é reestruturação ou downsizing, reorganização e menos ainda melhoria de qualidade.

OLIVEIRA (1999)

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5.2 O PROCESSAMENTO DAS INFORMAÇÕES – PROJETO A

Todo trabalho importante realizado nas empresas faz parte de algum

processo. Conforme explicam Graham e Lebarom (1994), todo processo tem a

finalidade de oferecer um produto ou serviço na empresa, portanto, todo produto e

serviço vêm de um processo.

Os cinco modelos básicos de processos empresariais (Quadro 2) abrangem,

segundo Gonçalves (2000), desde o mais objetivo e concreto dos processos, que é o

fluxo de materiais, até o mais simples que se caracteriza na mudança dos estados de

um sistema

Processo como Exemplo CaracterísticasFluxo de material Processos de Fabricação

Industrial*Inputs e Outputs claros*Atividades discretas*Fluxo observável*Desenvolvimento Linear*Seqüência de atividades

Fluxo de Trabalho Desenvolvimento de Produto, Recrutamento e contratação de Pessoal

*Início e fim claros*Atividades Discretas*Seqüência de atividades

Série de etapas Modernização do Parque industrial da empresaRedesenho de um processoAquisição de outra empresa

*Caminhos alternativos para o resultado*nenhum fluxo perceptível*Conexão entre atividades

Atividades Coordenadas Desenvolvimento gerencialNegociação Salarial

*Sem seqüência obrigatória*Nenhum fluxo perceptível

Mudança de estados Diversificação de negóciosMudança cultural da empresa

*Evolução perceptível por meio de indícios*Fraca conexão entre atividades*Durações apenas previstas*Baixo nível de controle possível

Quadro 1: Espectro dos principais modelos de processosFonte: GONÇALVES (2000, p.7)

Não é difícil observar os processos fabris nas empresas, tanto nos períodos

de perfeito funcionamento quanto nos períodos de grandes turbulências. Para

Gonçalves (2000), o intenso uso do significado de processo na modernização das

organizações tem raiz na tentativa de executar as técnicas de aperfeiçoamento do

trabalho que foram desenvolvidas no ambiente industrial. Por isso, tratando-se os

processos como desenvolvidos em ambientes não complexos é fácil identificar o

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desperdício e a maneira como estão dispostos os equipamentos e equipes de trabalho,

ou seja, o fluxo de materiais.

Para melhor entendimento de processos empresariais, pode-se falar que são

atividades coordenadas que envolvem procedimentos, pessoas e tecnologia. O

processo de trabalho é uma forma particular de efetuar um determinado agrupamento

de tarefas. Segundo Bennis e Misch (1995), para que uma empresa realmente exista,

ela deve possuir processos a serem executados.

Considerando que os processos envolvem tecnologia, pessoas e

procedimentos, é importante ressaltar que os processos possuem uma complexidade

que não pode ser descartada, que pode ser diminuída com a padronização de formas

de exercer a complexidade. De acordo com Marshall et al (2003), a padronização e a

melhoria de processos se dão, especialmente, através da participação dos

colaboradores. Estes devem estar focados na filosofia da empresa que, por sua vez,

deve transmitir esse sentimento aos seus funcionários. Portanto, não são os processos

complexos e sim os recursos que os envolvem. Pensar no processo em termos de

coordenação ao invés de fluxos de trabalho ou fluxos físicos de materiais ou produtos

é a abordagem utilizada pela reengenharia e Total Quality Management o (TQM),

que tratam os processos não industriais de forma diferente, como importantes ativos

da empresa.

Os processos não fabris (Quadro 03) envolvem um conjunto de atividades

operacionais, várias etapas organizacionais e práticas gerenciais.

A AC Eletricidade trabalha executa com excelência muitos dos seus

processos, contudo, no aspecto de cadastro existem algumas inconsistências que se

bem trabalhadas podem agregar valor para a operação como um todo, tornando cada

vez mais sólida a relação existente entre a empresa e o cliente; assuntos como, maior

clareza nas informações cedidas pelo cliente, ou seja, a empresa precisa tangibilizar

de forma clara quais as reais necessidades do cliente, para posteriormente oferecer-

lhe o serviço adequado, e não apenas criar um modelo único e exclusivo de serviço,

achando que o mesmo será adequado a todos os clientes da organização.

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Quadro 3: Exemplos de processos empresariais selecionadosFonte: Adaptado de Peter Keen (1997).

5.3 SUSGESTÕES DE APRIMORAMENTO - PROJETO A

Família de Processos Processos selecionadosAdministração geral Definição de Visão

Desenvolvimento de lideranças Gerencia de Contas Comunicações internas Projeções econômicas Setoriais

Manufatura Gestão da qualidade Planejamento da Capacidade Planejamento da Produção Controle de Estoques Suprimentos Distribuição

Marketing Definição de preços Gestão de Canal Introdução de produtos Pesquisa de Marketing Planejamento de propaganda

Educacionais Desenvolvimento de habilidades Educação do consumidor Desenvolvimento gerencial

Desenvolvimento de Tecnologia Pesquisa e desenho Avaliação de tecnologia Seleção de novos produtos Definição de padrões Gestão de projetos Teste de protótipos

Financeiros Gestão de Orçamento empresarial Planejamento de investimentos Acompanhamento do desempenho Gestão de crédito de clientes Gestão de caixa Desmobilização de ativos

Organizacionais Planejamento de recursos humanos Programa de demissão voluntária Recrutamento e seleção Avaliação de desempenho Promoção

Legais Regulamentação Registro e controle de patentes

De aliança Gestão de Parcerias Joint Ventures

Comerciais Incentivos e recompensas para a força de vendas

Marketing direto Gestão de filiais

Gerenciamento de linha de produto Gestão de produto específico Consultoria Outsourcing

De suporte ao cliente Suporte Técnico Gestão de instalações Garantia Reparo

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A sugestão de aprimoramento para este estágio é a criação de uma área que

faça gestão de todos os processos de qualidade da empresa, bem como estruturação

de novos processos.

Segundo Oppenheim (apud ROESCH, 1999, P. 126), o delineamento

consiste em tornar o problema pesquisável, “deve especificar como a amostra será

extraída, quais subgrupos esta deverá conter [...] como estas medidas serão

relacionadas a eventos externos”

A abordagem utilizada neste trabalho é qualitativa. A escolha por este

delineamento de pesquisa foi decorrente do propósito do estudo que é analisar o

processo de cancelamento de clientes no seu desenho atual, verificando os impactos

ocorridos na sua implementação por ocasião a substituição do processo manual.

Nesse tipo de abordagem, conforme Roesch (1999) ensina, se o propósito do projeto

é obter melhorias para um sistema, ou seja, através das metas colocadas no programa

buscar intervenção, a opção é utilizar-se de um estudo de caráter exploratório que,

por sua vez, insere-se na abordagem qualitativa.

A estratégia de pesquisa é o estudo de caso, que segundo Yin (apud

ROESCH, 1999), busca examinar um fenômemo contemporâneo dentro de seu

contexto. Além disso, requer várias fontes de coleta de dados, sendo mais apropriado

o seu uso como uma abordagem qualitativa, mesmo porque uma maior quantidade de

vezes, os estudos de caso iniciam-se com um esquema conceitual fraco.

Bressan (2004, p. 26) afirma que o estudo de caso é útil “sempre que o

fenômeno objeto de estudo for amplo e complexo, o corpo de conhecimentos for

insuficiente para permitir a proposição de questões causais e quando um fenômeno

não puder ser estudado fora do contexto no qual ele naturalmente ocorrer”

Considerando tais conceitos, decidiu-se por utilizar, neste trabalho, o estudo

de caso. Será analisado o contexto organizacional com suas diversas situações

propiciadas pela falha nos processos existentes.

O estudo de caso foi realizado de modo exploratório e descritivo, com o

objetivo de identificar as melhores formas de se analisar um processo, falhas

existentes, processos desnecessários e outros problemas; buscando a análise dos

fatos de forma concisa e real, tendo em pauta todos os dados necessários, guiado por

proposições e questões que ajudarão a identificar os problemas, visualizando, de

forma crítica, e propondo melhorias.

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Para continuar se destacando em um mercado cujas mudanças acontecem

com agilidade, as empresas precisam ser competitivas, buscando aprimorar a cada

dia seus produtos e serviços, de modo a agregar valores aos seus clientes. Segundo

Chinelato (1997), as empresas não devem ficar passivas, aguardando as coisas

acontecerem, já que elas são compostas por pessoas que possuem atribuições

necessárias para fazer o melhor acontecer. E essas ainda devem manter o foco no

mercado, que está a cada dia ágil e inconstante.

Quadro 2: Empresas Tradicionais X Empresas por processosFonte: Adaptado de Hammer e Michael (2002, p. 28)

Para buscar e, principalmente, alcançar o topo tão almejado, “a liderança de

mercado”, é necessário estar com seus processos internos alinhados, organizados e

aprimorados de acordo com as necessidades do público alvo. Conforme Hammer e

Champy (1994) e Gonçalves (2000), para gerir organizações na perspectiva de

processos, requer-se a ampliação dos conhecimentos, uma maior interação entre as

pessoas, espírito de liderança, controle das obrigações e atividades, proporcionando

assim a busca pelo desenvolvimento das habilidades. Isso permite maior integração

funcional, diminui as falhas e otimiza o tempo.

Os funcionários devem ter uma visão abrangente de todo o contexto da

empresa, precisam saber detalhes de suas funções, ter uma visão macro, mesmo

tendo alcance limitado. Os dados e informações são aspectos relevantes, porém, o

processo define todo o âmbito da organização, como explicam Morris e Brandon

(1994, p. 45): “A informação e as relações interpessoais são importantes para as

empresas, mas é pelo processo organizacional que o trabalho é realizado”.

EMPRESA TRADICIONAL EMPRESA POR PROCESSOSEIXO CENTRAL Função ProcessosUNIDADE DE TRABALHO

Departamento Time

DESCRIÇÃO TRABALHO

Limitada Amplo

MEDIDA Estreita Começo ao FimFOCO Patrão ClienteCOMPENSAÇÃO Baseada na Atividade Baseada nos resultadosREGRA DE CONTROLE Supervisor TreinadorFIGURA CHAVE Executivo Funcional Próprio ProcessoCULTURA Orientada para Conflito Colaborativa

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Chinelato (1997) evidencia que para a integração das pessoas de uma

organização acontecer de forma positiva e natural é necessário a empresa

desenvolver um caráter comportamental de modo a reconhecer em cada colaborador

o direito de:

* ser diferente;

* ter suas próprias idéias;

* conhecer mais a empresa.

Ainda de acordo com Chinelato (1997), a empresa precisa também trabalhar

com as seguintes idéias:

* sozinho se é incompetente;

* quando se questiona, enriquece;

* quanto mais se sabe, maiores são as chances de aumentar o não saber em nada;

* retroagir e avaliar o erro às vezes é necessário.

Chinelato (1997) ainda relata que para uma verdadeira evolução é

necessário satisfazer todos os envolvidos pela empresa, empregados, clientes e

sociedade. Os processos de trabalho ainda são pouco ou quase nada trabalhados pelas

empresas, pouco trabalhados pela ciência administrativa e pela ciência

organizacional, em comparação a estrutura organizacional e comunicação.

Entretanto, um dos problemas relatados e confirmados pelos funcionários é que

pouco se sabe sobre o próprio processo, a atividade é limitada, o conhecimento é

barrado pela falta de iniciativa em buscar além do que se pode enxergar.

Toda organização possui sua cultura, seu modo de agir, suas crenças,

propósitos e a forma de tratar seus funcionários. Ainda que este assunto não esteja

bem delimitado, está ligado à natureza do trabalho, aos valores religiosos e culturais,

morais e políticos e aos valores do ambiente (CHINELATO, 1997).

O processo, ao ser desenhado, deve levar em conta o modo de ser da

empresa. Não se pode idealizar como seria, é imprescindível o conhecimento da

cultura para não se descolar da realidade e criar um processo fora do verdadeiro

contexto organizacional.

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Segundo Morris e Brandon (1994), para alcançar a excelência de um

processo, cortando possíveis falhas, problemas e morosidades, o entendimento

completo de seu conteúdo nos mínimos detalhes e a visão ampliada de todos os

fatores envolvidos é de suma importância.

De acordo com Chinelato (1997, p. 6), existem três formas de crescimento:

1 Crescimento Vertical: Refere-se à quantidade de empregados no contexto de

um departamento. Caracteriza-se pela criação de novos postos de trabalho

2 Crescimento horizontal: Refere-se à adição de novas atividades às

atribuições de um departamento, aumentando a composição de mais equipes em um

departamento. Criação de mais equipes de tarefas em setores existentes

3 Crescimento funcional: Empresas deste tipo normalmente possuem uma

estrutura mais organizada. Refere-se à intensificação de novas atividades e

atribuições, fazendo que o administrador utilize as técnicas de departamentalização,

da delegação de autoridade e dos demais instrumentos técnicos administrativos

(QDT, layourt, fluxogramas, funcionogramas, representações gráficas, etc...)

A primeira etapa para redesenhar, ou até mesmo identificar falhas em um

processo é entender o processo: para que serve? Quem faz? Quais áreas estão

envolvidas? E qual é a sua importância?, estas são as perguntas que o analista deve

fazer para se colocar a par que será trabalhado. Após estas questões, a metodologia

ideal a ser adotada é colher os dados dos processos, identificar e priorizar os

problemas, identificar e priorizar as causas, identificar e priorizar soluções,

desenvolver soluções, propor redesenho do processo e metas para o novo redesenho,

acompanhar as implantações (piloto), realizar novas medições, validar o redesenho e

implantar sistema de medição (CHINELATO, 1997).

Entender ainda em que contexto se encontra a organização e seu

comportamento organizacional é primordial antes de iniciar a análise do processo.

Segundo Chinelato (1997, p. 6), é correto afirmar que os processos não são

facilmente entendidos, é necessária grande disposição e esforço para compreendê-

los, visto que a maioria são complexos e de difícil assimilação, ficando até mesmo

os funcionários a entender o motivo de efetivarem determinadas atividades.

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Um processo é a essência de uma organização, pois todas as atividades

fazem parte de um processo. Visto a definição de vários autores, grande parte do

trabalho são processos e o mais importante, a diferenciação das empresas se dá

diante da forma que cada uma realiza seus processos de trabalho. Essas formas, se

corretas, proporcionam às empresas forte vantagem competitiva.

O passo a passo de um processo não precisa ser complexo, e sim possuir

etapas simples e fáceis de executar, tanto por máquinas quanto por pessoas, visto que

quanto mais simples o processo, menor o tempo de execução e os custos da

operação. (MATURE, 2005).

Figura 3: Conceito de ProcessosFonte: Adaptado de Mature (2005)

De acordo com Tachizawa e Scaico (1997), existem 7 etapas da

metodologia:

Etapa 1: Identificar os processos centrais da empresa conforme Quadro 5.

Processos Ramo de Negócios

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Input Processamento Output

Feedback

Organização

ConcorrênciaStake Holder

Agências Reguladoras

FornecedoresMeio Ambiente

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Garantia de Qualidade Aeronáutico

Processamento de Empréstimos Bancos

Controle de Estoque Supermercado

Avaliação de Sinistros Seguros

Controle de Prateleira Comércio Varejista

Fluxo de Caixa Transporte Rodoviário

Preparação de Alimentos Restaurante

Logística e Manuseio Transporte Aéreo

Serviços de Telefonia Telecomunicações

Reservas Hotelaria

Quadro 3: Exemplos de processos chave por tipo de empresaFonte: Tachizawa e Scaico (1997, p. 126)

Etapa 2: Estabelecer tudo e todos os envolvidos no processo: fornecedores,

insumos, tarefas, produtos e clientes. O instrumento de análise nesta etapa é o fluxo

básico. Após análise deve-se montar um macro fluxo das atividades prioritárias.

Etapa 3: Analisar o modo como as atividades estão distribuídas (setores,

tipo de função) e elaboração da matriz de responsabilidades (Figura 3). De acordo

com Tachikawa e Scaico (1997), a matriz de responsabilidades tem a finalidade de

buscar anomalias, e, quando identificadas, devem ser sugeridas modificações na

situação atual. Tais anomalias são encontradas através da verificação da existência

de:

a) redundância do código 5 (Figura 3), que no caso de repetição demonstra o nível de

burocracia e passagem desnecessária por mais de 1 nível decisório;

b) redundância do código 4 (Figura 3), que pode significar duplicidade na

responsabilidade da execução, ou processos muito operacionais sem a intervenção de

sistemas; adequada complementação de trabalho em termos de código 3 e 4 (Figura

3). No caso de co-participação ou trabalhos interfuncionais em determinada tarefa,

deve ser identificado o principal papel do executor (código 4) e outro(s) executor(es)

secundário(s) correspondente(s) ao processo.

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1 – Opina (é ouvido) 5 – Decide/ Aprova2 – Prepara/ Planeja 6 - Supervisiona3 – Participa da Execução 7 – Verifica/ Avalia4 – Responsável pela Execução 8 – é informado

Figura 4: Matriz de ResponsabilidadesFonte: Tachizawa e Scaico (1997, p. 135)

Etapa 4 : Definição de Indicadores, forma de obtê-los, execução e

responsáveis.

Etapa 5: Tarefas envolvidas deverão ter um Procedimento Operacional.

Estes documentos devem agregar as normas da empresa. Momento de elaborar um

fluxograma de blocos para atividades prioritárias.

Etapa 6 – Processos já se encontram padronizados, o próximo passo é a

execução. Nesta etapa um treinamento deve ser desenvolvido.

Etapa 7: Acompanhar os resultados, analisar implantação e execução.

Sintetizando, os processos devem ser aprimorados a todo tempo para o

progresso da empresa. Eles estão se tornando alvo interessante para melhorias da

organização, pois além de proporcionarem diferenciação e vantagem competitiva,

também trazem espaços para redução dos custos sem afetar produção e qualidade de

outras tarefas.

Para melhor trabalhar cada processo, é importante identificá-lo, separando

os processos de produção de bens e de serviços dos demais processos da

organização: processos referentes a gestão da empresa e os de apoio aos processos

produtivos.

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Os processos de negócio ou de cliente ( Quadro 6), para Gonçalves (2000),

são aqueles que caracterizam a atuação da empresa e que são suportados por outros

processos internos, resultando em um produto ou serviço que é recebido por um

cliente externo.

Ainda para Gonçalves (2000), os processos organizacionais ou de

integração (Quadro 6) são centralizados na organização e viabilizam o

funcionamento coordenado dos vários subsistemas da organização em busca de seu

desempenho geral, garantindo o suporte adequado aos processos de negocio.

E por fim, têm-se os processos gerenciais (Quadro 6) que, segundo

Gonçalves (2000), são focados nos gerentes e nas suas relações e incluem as ações de

medição e ajuste do desempenho da organização.

A implantação adequada de um processo é um dos desafios de uma

empresa, que espera impactos positivos.

Segundo Tachizawa e Scaico (1997), os responsáveis pelas tarefas devem

ser treinados com prioridade, atuando o instrutor como facilitador, pois quanto mais

bem treinado estiverem, menor será a supervisão e a tendência a falhas, e, ainda, o

nível de empowerment (enriquecimento) atingido será maior.

Ainda, segundo Tachizawa e Scaico (1997), quando há uma idéia para

melhorar ou alterar um processo, que trouxe como objetivo agregar valor ao cliente,

e esta não está sendo utilizada, é necessário avaliar o motivo do mau desempenho

desta idéia, analisar o porque não foi colocada em prática, ou, se foi, o porque não

deu certo. As variações normais nos processos, geralmente levam os gerentes a

buscarem outras formas de realizarem com melhor resultado aquela etapa ou aquele

processo, não se pode ignorar as causas das flutuações, e, sim, identificar o motivo

do problema para solucioná-lo da melhor forma possível.

Segundo Mann (1992), qualquer erro na interpretação de informações

atribuirá a culpa a uma pessoa; em contrapartida, maior parte dos problemas (94%)

pertence ao sistema e o restante possui causas especiais. Há uma diferenciação entre

causas comuns e causas especiais; as falhas causadas pelo sistema utilizado são

causas comuns, e as flutuações provocadas por esta causa são do processo e não

podem ser simplesmente descartadas. Além disso os problemas vindos a

acontecimentos ou desempenhos individuais, popularmente “as falhas manuais”, são

causas especiais.

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Grande parte das falhas encontradas em uma organização podem ser

resolvidas com a utilização algumas ferramentas da qualidade. Estas ferramentas

podem ser utilizadas por quaisquer membros da organização com a finalidade de

reduzir ou até mesmo eliminar os problemas existentes. (ISHIKAWA APUD

TACHIZAWA E SCAICO, 1997, p. 231).

A seguir, serão apresentadas as principais ferramentas da qualidade com

vistas a sua utilização nesse estudo.

Processos Tipo (a)

Capac. De geração de valor (b)

Fluxo Básico Atuação ( c )

Orientação (d) Exemplo

De negócio (de cliente)

De produção física Primários Fisíco Transformação Horizontal

Fabricação de bicicletas

De serviço Primários Lógico Transformação Horizontal

Atendimento de pedidos de clientes

Organizacionais

( apoio aos processos

produtivos)

Burocráticos De suporte Lógico

Integração horizontal Horizontal Contas a pagar

Comportamentais De suporte Lógico Não se aplica Não definida

Integração gerencial

De mudança De suporte Lógico Não se aplica Não definida

Estruturação de uma nova gerência

Gerenciais

De direcionamento De suporte

De informação

Integração horizontal Vertical

Definição de metas da empresa

De negociação De suporte

De informação

Integração horizontal Vertical

Definição de preços com fornecedor

De monitoração De suporte

De informação

Medição de desemp. Vertical

Acompanhamento do planejamento e orçamento

Quadro 4: Classificação geral dos processos empresariais Fonte: Adaptado de Gonçalves (2000)

A. Diagrama de Causa e Efeito (Espinha de Peixe)

Também conhecido como diagrama de Ishikawa, (Figura 4) a ferramenta

apresenta as possíveis causas que levam a um determinado efeito, buscando causas

em que os esforços devem ser concentrados (TACHIZAWA E SCAICO,1997). Seus

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objetivos são: identificar todas as possíveis causas de um problema, organizar estas

causas de maneira lógica, representar graficamente as causas e a causa fundamental

do problema. Deve ser utilizado quando existe um grande número de causas a serem

levantadas, e essas precisam ser organizadas em grupos genéricos para serem

facilmente visualizadas (TACHIZAWA E SCAICO,1997). De acordo com Mature

(2005), sua aplicação consiste em: definir o problema a ser analisado, levantar as

possíveis causas que possam estar contribuindo para criar o problema, elaborar o

diagrama.. Suas principais vantagens são: agrupar itens correlacionados, aprofundar

pesquisas, evitar esquecimento de itens importantes, facilitar a visualização de

problemas e facilitar a interpretação.

Figura 5: Diagrama de IshikawaFonte: Adaptado de Mature (2005, p. 11)

B. Diagrama de Pareto

É representado por um gráfico de barras, estruturado através da coleta de

dados. Consegue-se visualizar a contribuição de cada uma das várias causas de um

problema (MARSHAL et al, 2003). O principio desta ferramenta é que vários

defeitos são ordenados por freqüência, encontra-se poucas causas responsáveis por

inúmeros problemas, ou seja, “20% de causas que provoca 80% dos problemas que

afetam o processo que, se corrigidos a tempo, praticamente eliminam-se os

problemas existentes”. (MATURE 2005, p. 15) . Os passos para aplicação da

ferramenta segundo o autor são:

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1. Definir o processo a ser analisado e iniciar o levantamento dos problemas

que o afetam;

2. Preparar o mapa de ocorrências (Figura 5), colocando os problemas em

ordem decrescente de acordo com o número de ocorrências;

Montar o Gráfico de Pareto (Figura 6) através do mapa de ocorrências

(Figura 5) e analisar cada problema;

PROBLEMAS OCORRÊNCIASA Atraso na entrega de mercadorias 96B Peso da mercadoria não confere 79C Eventualmente falta de mercadoria 12D Documentos incompletos 8E Outros 5

Total 195Figura 6: Mapa de OcorrênciasFonte: Mature (2005, p. 15)

Figura 7: Gráfico de Pareto / Fonte: Mature (2005, p. 16)

C. Histograma

O Histograma (Figura 7) é um gráfico de barras que demonstra a

distribuição de freqüência de dados variáveis. Este tipo de gráfico é útil para

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determinar se um processo está ou não sob controle, e/ou visualizar dados que

evoluem de forma inesperada e acompanhar o desenvolvimento desses. Na maioria

das vezes é utilizado em função da necessidade de analisar se uma variável possui o

comportamento esperado, gerenciar por atos e não por opiniões e obter conhecimento

da variabilidade de um processo. Sua principal vantagem é a obtenção de

informações confiáveis para a tomada de decisão, no que se refere às variações

dimensionais (TACHIZAWA E SCAICO, 1997).

Figura 8: Evolução do Índice de Reclamações Pólos NacionaisFonte: MATURE (2005, p. 19)

D. Gráfico de Controle

O gráfico de controle (Figura 8) ajuda a identificar os ruídos, variações de

evento para evento, e as variações que surgem de circunstâncias especiais. De acordo

com Mature (1997, p. 21), “é uma ferramenta utilizada para verificar se um processo

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está dentro dos limites estatísticos de controle estabelecidos para ele, permitindo,

assim, fazer os ajustes necessários”.

Com o gráfico de controle (Figura 8) consegue-se identificar: tendências

(mudanças lentas nos processos), ciclos (padrões não naturais que ocorrem com

peridiocidade e anomalias ( casos isolados, não existe padrão). A utilização do

gráfico de controle é uma forma de definir a possibilidade de eliminar um problema

reelaborando a parte suspeita ou se o problema foge de alcance.

Ainda, de acordo com Mature (1997), sua aplicação consiste em “definir o

processo a ser controlado, estabelecer (por meio de cálculos estatísticos) o Limite

Superior de Controle (LSC), o Limite Inferior de Controle (LIC) e o o Ponto

Intermediário Médio (PIM), e montagem do gráfico”.

Figura 9 - Gráfico de Controle Fonte: Adaptado Mature (2005)

E. Diagrama de Dispersão

O diagrama de dispersão (Figura 9) mostra o efeito de uma variável quando

se muda uma outra variável, verificando a relação existente entre elas com o objetivo

de demonstrar graficamente o quanto elas estão relacionadas. Suas principais

vantagens são: quantifica as relações de causa e efeito, permite prever a variação de

uma grandeza em relação a outra grandeza, e permite confirmar algum efeito

colateral (TACHIZAWA E SCAICO, 1997).

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Figura 10 – Diagrama de Dispersão Fonte: Adaptado Tachizawa e Scaico (1997)

F. Fluxograma

Segundo Chinelato (1997, p. 60), fluxograma “é a representação gráfica do

movimento e operação de pessoas, documentos ou materiais entre diversas unidades

da organização”, portanto, são instrumentos necessários para o entendimento e

análise de um processo, e mostram a seqüência das atividades de forma clara.

Conforme Marshall et al (2003), sua técnica consiste em representar

graficamente, por intermédios de símbolos convencionados, a descrição clara e

precisa do fluxo ou seqüência de um processo, bem como sua análise e redesenho.

Apresenta uma excelente visão do processo como um todo, permitindo verificar

como as diferentes etapas estão relacionadas entre si. Além disso retrata a rotina, o

passo a passo da atividade de um individuo na organização. É amplamente utilizado

em consultorias, análise de sistemas e racionalização de procedimentos.

De acordo com Chinelato (1997), o objetivo do fluxograma (Figura 9) é

identificar cada etapa de um processo e oportunidades de melhorias. Os principais

passos de um fluxograma para esse autor são:

1. Identificar o inicio e o fim do processo;

2. Observar todo o processo do início ao fim;

3. Definir as etapas do processo (atividades, decisões, entradas e saídas);

4. Analisar criticamente o diagrama de fluxo com as pessoas envolvidas no processo;

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5. Melhorar o diagrama de fluxo baseado nesta análise critica;

6. Verificar o diagrama de fluxo com o processo real e promover as adequações

necessárias;

7. Homologar e datar o novo diagrama de fluxo para futuras referências e utilizações.

O fluxograma (figura 10) mostra também atividades desnecessárias, que não

agregam nenhum valor, os atrasos e gargalos, evidenciando assim o desperdício.

Identifica aqueles clientes que passam despercebido e as oportunidades de melhoria.

Tachizawa e Scaico (1997), ao preparar um fluxograma sugerem a atenção

para as seguintes características: clareza das informações, legibilidade, inteligíveis

para quem o lê, concisos, logicamente dispostos e especialmente sem ambigüidades.

Figura11: Exemplo de FluxogramaFonte: Adaptado de Tachizawa e Scaico (1997)

G. Quadro de Distribuição de Trabalho (QDT)

De acordo com Taschizawa e Scaico (1997), o QDT (figura 11) é uma

ferramenta de análise que deve ser conduzida e integrada a estrutura organizacional

para se obter o resultado almejado. Possui quatro finalidades básicas: a) distribuir as

tarefas uniformemente aos setores da empresa; b) redistribuir as tarefas atuais; c)

estudar a situação atual; d) estudar a mudança para a situação de desejo. Para a

confecção e melhor análise de um QDT, os autores sugerem levar em conta os

seguintes passos:

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1. Levantar as tarefas executadas de cada empregado, por período de tempo (uma

semana, um mês) e analisar o tempo gasto para finalização de cada atividade.

2. Identificação das tarefas semelhantes

3. Elaboração do Quadro de Distribuição de Trabalho

4. Análise do QDT atual

5. Propor e implantar o novo QDT

6. Fazer acompanhamento, avaliando os resultados e adoção de ajustes, se necessário

Atividades Funcionário: Cargo:

Funcionário: Cargo:

Funcionário: Cargo:

Nº Denominação T/SDenomin/ Tarefas T/S

Denomin/ Tarefas T/S

Denomin/ Tarefas T/S

1                2                3                4                5                

Total de Horas                Figura 12: QDT - Quadro de Distribuição do Trabalho (Modelo de QDT Tradicional)Fonte: Chinelato (1997)

H. Manuais

De acordo com Chinelato (1997), nos manuais constam conjuntos de

normas, instruções e documentos a respeito da política, diretrizes e sistemáticas

operacionais da empresa. Possui característica esclarecedora, sanadora de duvidas,

tanto é que possui uma tendência a diminuição de filas após sua implantação.

Quando se coloca o manual a disposição do público, uma série de dúvidas e

questionamentos são condensadas após a leitura.

Para Tachizawa e Scaico (1997, p.245), “o principal propósito dos manuais

é disciplinar os processos e orientar as diferentes áreas da empresa acerca de aspectos

institucionais, tais como, políticas, funções autoridade, responsabilidade e outros

elementos fins.” Para a melhor eficácia deste instrumento, além de ele ser claro e

objetivo, deve estar sempre atualizado.

Ainda de acordo com Tachizawa e Scaico (1997), os manuais possuem,

como vantagem, a facilidade de treinamento dos funcionários nas organizações, pois,

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se elaborados corretamente, constituem-se em uma das melhores formas de

aprendizado dos novos funcionários, que terão em seu poder a explicação de detalhes

importantes à empresa. Além disso, constituem uma importante bibliografia técnica,

sendo uma rica fonte de pesquisas.

Para Chinelato (1997), o uso de manuais é justificado em vários aspectos:

a) crescimento da organização;

b) o alto grau de complexidade das operações;

c) a alta taxa de turnover ( rotatividade de pessoa).

I) 5W2H (Why, What, Where , When , Who , How , How Much).

A ferramenta 5W2H (Figura 12) é utilizada para mapear processos, analisá-

los e possuir dados suficientes para padronização, elaboração de planos de ação e

para estabelecer procedimentos associados a indicadores. Representa as iniciais das

palavras em inglês: Why (porque), What (O que), Where (Onde), When (quando),

Who (quem), How (como) e How Much (quanto custa). A vantagem da utilização

desta ferramenta é a definição objetiva e clara de todos os itens que compõem o

planejamento.

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Figura 13: Método 5W2HFonte: Adaptado Mature (2005)

J) Estratificação

A estratificação, de acordo com Tachizawa e Scaico (1997, pág 231),

“corresponde à divisão/desmembramento de um grande grupo em grupos menores

com elementos fortemente relacionados” e tem como objetivo “agrupar as

informações em blocos/grupos de forma que eles possam ser mais facilmente

analisados e comparados”.

Para Marshall et al (2003, pág 93), o objetivo do uso da estratificação é

“auxiliar na análise e na pesquisa para desenvolvimento de oportunidades de

melhoria, na medida em que possibilita a visualização da composição real dos dados

por seus estratos.”

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Tachizawa e Scaico (1997), ressaltam que a vantagem de se trabalhar com

esta ferramenta é que a mesma separa informações relevantes, que estão em um

montante, em categorias e características, possibilitando uma análise direcionada.

Seis Sigma

De acordo com Hammer (2002), o seis sigma é uma medida específica de

qualidade, ou seja, gerar apenas 3.4 de defeito por milhões de oportunidades. A

ferramenta dispõe de técnica de análise estatística para descobrir falhas em processos

existentes.

O seis sigma é a busca constante pela qualidade com defeito zero. Segundo

Pysdek (2003, p. 65), “o sistema seis sigma se concentra na melhoria da qualidade ao

ajudar as organizações a produzir de forma melhor, mais rápida e mais econômica”.

O autor ainda afirma que seis sigma é “a implementação rigorosa, concentrada e

altamente eficaz de princípios e técnicas comprovadas de qualidade”.

Hammer (2002, p. 29) afirma que a metodologia seis sigma mais adotada é a

DMAIC (Quadro 7), “que oferece uma estrutura e disciplina metodológica para a

solução de problemas de negócios”

De acordo com Hammer (2002, p.29) “a premissa do seis sigma é que as

companhias precisam constantemente aumentar seus níveis de qualidade e diminuir

níveis de custo, e que a disciplina, organização, eliminaão definitivamente o

desacordo, desperdício, erros e o que aflinge as operações” (TRADUÇÃO LIVRE)

Hammer (2002) e Pysdek (2003) concordam que, tradicionalmente, as

empresas trabalham em níveis de desempenho 3 sigma ou 4 sigma, mesmo sabendo a

quantidade que a problemas gerados são significativos em relação as oportunidades.

Conforme Harry (2003, p. 81), muitas empresas não conseguem identificar a

origem de um erro e acabam por tolerá-lo, fazendo com que o erro ocultado se torne

persistente, e passe a fazer parte do custo do negócio, diminuindo em até 40% a

receita anual de vendas de uma empresa.

ETAPAS DO DMAICD (Definir) Definir os problemas e situações a serem melhorados

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M (Mensurar) Mensurar para obter informações e dados. Deve-se estabelecer metricas válidas e confiáveis, e também o ponto de partida do projeto

A (Analisar) Buscar no sistema a lacuna entre o desempenho atual e a meta desejada. Buscar informações

I (Incrementar) Buscar novas maneiras de fazer as coisas, de forma econômica e rápida

C (Controlar) Controlar os processos novos, a fim de gerar um ciclo de melhoria Contínua

Quadro 5: Etapas do DMAIC Fonte: Adaptado Pysdek (2003, p 66-67)

Líderes do Sigma

Para a utilização eficaz desta ferramenta é necessário contar com

profissionais qualificados, que possuam conhecimento aprofundado sobre as

ferramentas da qualidade, sejam comunicativos, e conheçam os detalhes do processo

a ser estudado. (PYSDEK, 2003).

Pysdek (2003) recomenda os seguintes profissionais:

1 – Champions (Campeões): Os campeões são indivíduos de nível

hierárquico elevado, que entende a ferramenta e estão comprometidos para o sucesso.

Sua principal função é remover as barreiras para o desenvolvimento do projeto.

2 – Sponsors (Patrocinadores): São os donos do processo e do sistema.

Iniciam as atividades de melhoria, auxiliam na implantação da estratégia de

melhoria. (PYSDEK, 2003, P. 69-70)

3 – Master Black Belts (Mestres dos Faixas Pretas): Também conhecidos

como coordenadores do programa seis sigma, são profissionais que possuem alto

nível técnico e organizacional, liderança técnica, conhecimento total sobre a

ferramenta, são ministradores de treinamentos estatísticos e prestam assistência aos

black belts e green belts.

4 – Black Belts (Faixas Pretas): responsáveis pela coordenação do programa

Seis Sigma. Orientados tecnicamente, estão presentes em processos de mudança e

organizacional, conhecimento em matemática e análise quantitativa, conhece um ou

mais sistemas operacionais, planilhas, programas de gerenciamento de banco de

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dados, métodos estatísticos, entre outros. Devem ter como principal traço de perfil

iniciativa, entusiasmo, habilidade de relacionamento interpessoal, motivação e

influência no setor que atua.

5 – Green Belts (Faixas Verdes): Líderes de projetos Seis Sigma,

capacidade de formar e facilitar equipes Seis Sigma, treinado em gerenciamento de

projetos, ferramentas de gerenciamento de qualidade, solução de problemas, e análise

descritiva dos dados, são assistidos pelos black belts.

6 – White Belts (Faixas Brancas) – Possuem conhecimento do seis sigma,

mas não possuem certificação.

Figura 14: Equipe Seis SigmaFonte: Adaptado Werkema (2002, p. 31)

De acordo com o organograma (Figura 13), o Sponsor é a maior hierarquia

no Seis Sigma, para Werkema, o Sponsor é “o número um da empresa, responsável

por promover e definir as diretrizes para a implementação do Sigma”. Exemplos de

Sponsors: Diretor, Presidente da empresa. Os Champions são os gestores que apóiam

o projeto, normalmente são representados pelos gerentes da empresa, não precisam

ter conhecimento elevado da ferramenta Seis Sigma, basta ter conhecimento White

Belt. Os Master Black Belts têm a função de assessorar os Sponsors e os Champions

e atuam como mentores dos Black Belts e Green Belts. Os Black Belts têm a função

de liderar equipes na condução de projetos multifuncionais ou mesmo funcionais,

buscando maior visibilidade na estrutura Seis Sigma. Os Green Belts possuem

especificações similares ao dos Black Belts, mas com menor ênfase nos aspectos

comportamentais e, por fim, os White Belts são profissionais do nível operacional da

empresa, responsáveis por dar suporte aos Black Belts e Green Belts (WERKEMA,

2002).

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A. Certificação de Black Belts e Green Belts

Para a formação dos Black Belts e Green Belts é necessário o cumprimento

integral das etapas de desenvolvimento e conclusão, com resultados, dos projetos

práticos. O candidato será avaliado pelos consultores e gestores envolvidos no

projeto desenvolvido pelo candidato. Na avaliação, como sugere Werkema (2003, p.

49), serão considerados os seguintes aspectos:

A. compreensão do método e das ferramentas Seis Sigma (desempenho nos

cursos e no desenvolvimento dos projetos práticos);

B. conclusão dos projetos práticos (a avaliação do retorno econômico dos projetos

será validada pela diretoria financeira / controladoria da empresa);

C.raciocínio crítico e capacidade de síntese e comunicação de idéias;

D. habilidades de relacionamento interpessoal.

6. RELATÓRIO TÉCNICO – PROJETO B

6.1 A CONTEXTUALIZAÇÃO ATUAL – PROJETO B

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De acordo com Chiavenato (2004 : 24), o planejamento estratégico

consistem em um aparato de ações que contribuem significativamente com a

organização no tocante ao seu posicionamento no mercado que está inserida. Estas

ações compreendem fatores como, estabelecimento de diretrizes organizacionais

claras e pertinentes ao objetivo principal da empresa (missão, visão, valores, dentre

outros), contempla também todas as ações que concernem ao planejamento

estratégico.

AC Eletricidade Ltda. é uma empresa que teve seu início fundamentado em

bases simplórias, ou seja, o empreendedor possuía certo capital a ser investido em

algum negócio, e por entender de comercialização de materiais elétricos, resolveu

abrir uma loja, que hoje possui nove anos e a cada dia tem desenvolvido mais a sua

estrutura.

Contudo, mesmo com o crescimento alcançado pela estrutura organizacional

da AC em nove anos, ela ainda é uma empresa de pequeno porte, e não dispõe de

uma área específica para a gestão dos indicadores que concernem ao direcionamento

estratégico, que na maioria das grandes organizações, é efetuado pela alta gestão, que

por sua vez, é assessorado por conselheiros que contribuem de modo substancial com

a formulação das diretrizes a serem adotadas por dada organização.

No tocante ao direcionamento estratégico, a empresa realiza a gestão do

seguinte modo: as variáveis que concernem à formulação das metas a serem

cumpridas são estabelecidas pelo proprietário de acordo com o seu conhecimento do

mercado.

Sendo assim, o acompanhamento e os planos de ação para que as metas

traçadas sejam cumpridas também são elaboradas pelo proprietário.

No que concerne a missão, a visão e os valores organizacionais, foram

elaborados pelo proprietário em conjunto com seus familiares, filho e esposa. Tais

declarações não foram formalizadas para a organização e atualmente estão mais

tedenciadas ao subjetivo, ou seja, de acordo com declarações do próprio empresário,

pressupõe-se que todos os colaboradores saibam quais são as declarações de missão,

visão e valores da AC Eletricidade Ltda.

Em relação ao organograma, atualmente não existe nenhum modelo

desenhado para a organização. Sendo assim, não há uma definição exata dos cargos

que constituem o quadro operacional da organização, ou seja, os mesmos são

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representados subjetivamente de acordo com a percepção das atividades que são

realizadas por cada colaborador.

Atualmente, todos os colaboradores se reportam diretamente ao proprietário

para qualquer reivindicação ou sugestão que querem realizar sobre a dada

organização.

6.2 O PROCESSAMENTO DAS INFORMAÇÕES – PROJETO B

Após a análise da empresa AC Eletricidade LTDA, verifica-se que uma de

suas maiores carências está no que diz respeito ao planejamento organizacional.

Como observado na tabela 1 da análise S.O.W.T, nota-se que dentro da

empresa a missão, visão e os valores não estão claramente definidos e comunicados,

impossibilitando que todos os colaboradores e gestores, bem como fornecedores,

parceiros e clientes conheçam as diretrizes gerais do negócio.

De acordo com o citado acima, é perceptível que a organização passa por

sérios problemas no que tange aos assuntos do planejamento organizacional.

De acordo com Chiavenato (2004 : 26), as organizações podem perseguir

objetivos lucrativos ou não lucrativos, dentre elas, existem aquelas moldadas

explicitamente para atingir objetivos de lucro como meio de se auto-sustentar através

do excedente de resultados financeiros e de proporcionar retorno de investimentos ou

de capital. Como também existem as organizações que não incluem obrigatoriamente

o lucro no enfoque de seus objetivos, entretanto, para que citado seja alcançado com

excelência, é preciso que haja direcionamento adequado de objetivos, que por sua

vez, se concretizam por intermédio da formalização de declarações de missão e

visão.

Corraborando com o citado autor avalia-se, que a AC possui nível de

carência elevado no tocante as suas declarações de missão e visão, fato que, dificulta

o alinhamento dos objetivos a serem perseguidos pela empresa. As declarações de

missão e visão existentes na mesma foram estruturadas de maneira informal, sem

prospectá-la adequadamente a sua conjuntura comercial atual, e ainda, sem propor de

modo significativo e mais ambicioso a sua expressão no mercado futuro.

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Segundo Kotler (2000 : 321), a definição da missão e da visão são

fundamentais para o desempenho que a organização pretende alcançar, pois, se

constituem em premissas que atuam como apoio para inúmeras estratégias que são

trabalhadas pela organização. Logo, a sua não definição adequada pode acarretar

vários malefícios que podem levar a organização ao desnorteamento no que tange ao

seu direcionamento e posicionamento que pretende alcançar no mercado.

Partilhando do raciocínio de Kotler (2000 : 322), os malefícios causados

pela má elaboração das declarações de missão e visão são materializados na

morosidade dos processos organizacionais existentes, pois, não seguem as diretrizes

galgadas pelos acionistas de dada empresa, e ainda, a ausência de clareza nestas

declarações, não contribuem de modo significativo com o alcance dos objetivos que

são esperados pelos integrantes da empresa.

Entretanto, Kotler (2000 : 322), menciona que, declarações de missão e

visão bem definidas agregam valor para o negócio como um todo, tornam os

processos mais fluidos e transparentes, bem como alinhados com os resultados

esperados pelos acionistas e com as tendências do mercado cujo está inserida a

organização.

Seguindo a linha de raciocínio de Kotler (2000 : 322), no que tange aos

malefícios oriundos da má elaboração das declarações de missão e visão, avalia-se a

veracidade do citado, pois, a interação existente entre os setores envolvidos no

negócio, como o departamento de vendas, de produção e financeiro, poderia ser mais

sólida. Por exemplo, é claro que, cada setor e ou área de dada organização possui

seus objetivos específicos, contudo, todos eles devem estar ajustados de modo a atuar

em conjunto para que seja alcançado o objetivo principal da empresa, que seria

representado pela visão. Mas, como não há uma definição clara e difundida, este

aspecto não pode ser vivenciado harmonicamente entre as áreas. Fato que está

intimamente ligado as ferramentas de comunicação empregadas pela organização.

De acordo Stoner (1984 : 389), a comunicação consiste em um processo complexo no qual as pessoas tentam compartilhar significados através de mensagens simbólicas.

Para Likert (1979 : 63) a comunicação é um dos mais importantes processos

da administração, subjugando o papel e a função da área comunicacional. Em relação

a este aspecto, na AC ela é muito fluida, já que todos os funcionários conseguem ter

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acesso imediato aos líderes superiores, como o gerente geral, por exemplo. É um

modelo bem interessante de gestão empresarial, visto que o colaborador se sente

mais a vontade para expor suas idéias bem como também seus problemas. Esse fator

também recebe contribuição da estrutura física, uma vez que todos os representantes

dos cargos se concentram em um mesmo lugar, a loja. Sendo assim, a comunicação

não consiste em um problema substancial no que concerne a ciência das declarações

de missão e visão por parte dos colaboradores, o enfoque do problema se estabelece

na não adequação destas declarações ao contexto da organização.

Outro ponto a ser abordado é a informalidade dos cargos existentes no

interior da empresa. Os colaboradores da empresa não possuem formalização sobre a

hierarquia da mesma, ou seja, não há clareza em quem se reporta a quem e a quê

especificamente, com exceção, do acionista, que é visualizado por todos os

colaboradores como chefe, portanto, aquele que pode delegar todas as tarefas

concernentes ao negócio.

De acordo com Bateman/Snell (1998 : 240), a inexistência de formalização

do organograma resulta em morosidade nos processos que compõem os pacotes de

serviços entregues por determinada empresa.

Em seus estudos, Bateman/Snell (1998 : 241), mencionam que a morosidade

citada é ocasionada pelo fato de não haver líderes para os processos existentes, que

possam atuar como elos entre as aspirações dos acionistas e dos colaboradores. Ou

seja, caso ocorra algum problema em determinada tarefa, a quem o colaborador deve

recorrer, se não há definição da hierarquia, há ligeira desordem na conjuntura da

formação dos processos que caminham “soltos” e sem acompanhamento adequado.

Corraborando com o citado autor percebe-se, que na AC os processos

caminham sem harmonia, ou seja, os colaboradores não sabem a quem se reportar

sobre suas atividades, e geralmente o fazem com o acionista, que por sua vez, possui

atribuições com maior índice de responsabilidades. Outro ponto que deve ser

abordado neste tópico da diversificação das atividades, por exemplo, como a maior

parte dos assuntos são tratados diretamente com o proprietário, há uma sobrecarga

sobre o mesmo, fato que, gera inúmeros atrasos na realização de determinadas

atividades, ocasionando por sua vez, a insatisfação não apenas dos colaboradores,

como dos clientes.

Um grande exemplo do citado concerne à concessão de descontos sobre

serviços e produtos, que geralmente é aprovado pelo acionista, gerando demora nos

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atendimentos, fato que poderia ser minimizado com a nomeação de um colaborador

capacitado da própria área de vendas para efetuar a análise de descontos.

Enfim, o mundo, hoje, está altamente competitivo, e os clientes cada vez

estão aumentando o seu grau de exigência por serviços fundamentados nas bases da

excelência e da qualidade. Com isso, alguns pontos poderiam ser trabalhados para

aumentar a taxa de competitividade da loja em relação às demais do mesmo ramo de

atuação. Tais como a não existência de missão e visão e organogramas definidos;

visto que os supracitados são extremamente relevantes para os rumos que a

organização será conduzida.

6.3 SUSGESTÕES DE APRIMORAMENTO – PROJETO B

O esforço por uma melhoria contínua, que abrange a qualidade total, a

produtividade e a eliminação de desperdícios, é uma obrigação de todos que fazem

parte do dia-a-dia da empresa que, por sua vez, encontra-se mais do que nunca

inserida em um ambiente altamente competitivo e hostil, sendo imprencidível a

busca contínua por melhorias, usando todo o armamento disponível (conscientização,

envolvimento, participação de recursos humanos, simplificação e racionalização dos

processos) para continuar existindo. ( COLENGUI, 2003 : 75).

Por meio de análises, observações, pesquisas e entrevistas com

colaboradores, foram identificados diversos problemas no que cerne à organização,

pontuados no capítulo Caracterização da Organização, avaliados e priorizados na

tabela 1.

De acordo com Ferreira (1997 : 74) a realização de um trabalho voltado para

o desenvolvimento da organização não pretende solucionar problemas específicos,

isolados, rotineiros ou eventuais em caráter emergencial, apresentando resultados

imediatos e em curto espaço de tempo. O trabalho de Desenvolvimento

Organizacional compreende um projeto de mudança abrangendo toda organização,

com o objetivo de melhorar sensivelmente o seu desempenho, atingindo níveis mais

elevados de eficiência na utilização dos recursos disponíveis e de eficácia no

cumprimento da sua missão e dos seus objetivos.

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Percebe-se assim, a necessidade de propor um plano de ação, abordando as

melhores propostas de solução para redução e/ou correção das falhas apresentadas

nos capítulos anteriores.

A proposta de solução dos problemas citados no decorrer da pesquisa são as

seguintes: desenvolver uma visão e uma missão, bem como a estruturação do

organograma organizacional para que a empresa possa ter seu direcionamento

estratégico definido de forma clara.

A ausência das declarações de Missão e Visão inviabiliza o correto

planejamento organizacional, que por sua vez, impossibilita que os gestores delegam

e estabeleçam formalmente as atividades de cada colaborador na organização.

Fernandes e Berton ( 2005 : 148) corrobora com essa opinião e completam:

“A missão define-se como a existência da organização. Ressaltando que são as atividades diárias da organização que auxiliam no conceito de missão.”

Para Batemam (1998 : 126), a visão situa-se além da descrição da missão da

organização, apesar de serem duas definições muito utilizadas como sinônimo, sendo

que ela representa a expectativa da empresa a longo prazo, somado ao seu objetivo

estratégico, que é mostrar aonde a organização deseja chegar no futuro.

“A visão é o sonho da organização e o futuro do negócio e expressa aonde a organização espera estar neste futuro.” (ZACHARIAS, 2001 : 74)

O primeiro tópico a ser abordado nesta etapa é a criação de declarações de

missão e visão para a empresa em questão.

A definição de uma visão e uma missão contrinuirá para o melhor

posicionamento do negócio no mercado.

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Segundo Ries e Trout, a palavra posicionamento foi popularizada por dois executivos da área de propaganda: Al Ries e Jack Trout. Eles vêem o posicionamento como um exercício criativo feito com um produto existente. O posicionamento começa com um produto. Uma mercadoria, um serviço, uma empresa, uma instituição, ou até mesmo uma pessoa... Mas o posicionamento não é o que você faz com o produto. O posicionamento é o que você faz com a mente do cliente potencial. Ou seja, você posiciona o produto na mente do cliente potencial. Posicionamento é o ato de desenvolver a oferta e a imagem da empresa para ocupar um lugar de destaque na mente dos clientes-alvo. Philip Kotler (2000 : 321)

Segundo Kotler (2000 : 321), o posicionamento, é um benefício que será

enaltecido não somente pela criação de um diferencial, que é a criação da missão e

visão, que, atualmente, inexistem na organização, mas também pela idealização de

um setor de RH bem planejado, afinal, quando os colaboradores são trabalhados de

forma adequada, suas taxas de produtividade também aumentam, e mesmo que, hoje,

o cenário organizacional da AC seja favorável, sempre poderá haver algo a ser feito

por este setor que venha a contribuir efetivamente com a elevação do nível de

trabalho da organização.

Segundo Andrade (2002 : 245), a visão de uma organização deve

contemplar uma situação futurista e desejada em longo prazo. Por esta razão, a visão

em termos de objetivos e metas a serem alcançados pela empresa, deve possui uma

face ambiciosa, e atuar como guia para a definição dos objetivos e realização da

missão, para que ela melhore sua participação no mercado em qual atua.

A AC atualmente é uma empresa que, apesar de não possuir uma declaração

formal, busca estar inserida entre as melhores organizações que atuam em seu

segmento de prestação de serviços. Sendo assim, abaixo segue a visão sugerida para

a organização.

A Visão sugerida:

“Ser a melhor empresa varejista de materiais elétricos da região, buscando sempre

oferecer serviços e produtos com qualidade.”

Para Chiavinato (2000 : 247), “a missão de uma organização significa a

razão de sua existência. É a finalidade ou o motivo pelo qual a organização foi

criada e para o que ela deve servir”.

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Como a missão refere-se a razão de existência da organização, ela deve

servir para guiar e inspirar os seus administradores e os colaboradores, a trabalharem

conjuntamente em prol da organização para gerar benefícios no tempo posterior.

Levando-se em conta que a missão deve estar atrelada a visão, ela deve ser objetiva,

direta e não limitadora. (CHIAVINATO, 2000 : 247).

De acordo com as várias análises realizadas no decorrer deste projeto, é

possível perceber que a AC é uma organização que busca primeiramente a questão

do atendimento de seus clientes com excelência e qualidade. Em virtude deste fato, a

missão sugerida para ela será baseada na questão da qualidade, que atua como

diferencial dos serviços por ela oferecidos.

A Missão sugerida:

“Atender o cliente de forma diferenciada, oferecendo a ele soluções de qualidade na

área venda de materiais elétricos em geral.”

O segundo tópico a ser abordado é a criação do organograma, para que,

assim, possa estar clara a hierarquia existente no interior da organização. Manter a

hierarquia organizacional é susbtancial para o controle do fluxo de informações,

evitando, assim, as distorções e ordens convergentes.

Um organograma funcional e bem estruturado permite a descentralização

das rotinas necessárias à gestão da empresa. Neste propósito, pode-se conceituá-lo

como dispositivo que define onde está alocado cada recurso humano no contexto da

organização para que cada um direcione seus esforços da maneira mais eficaz em

relação aos objetivos orgnaizacionais.

Em uma organização funcional, os cargos são especializados e agrupados de acordo com a função de negócios e as habilidades que requerem: produção, marketing, recursos humanos, finanças e assim por diante. Bateman/Snell (1998: pág. 240.)

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Abaixo segue o organograma desenvolvido para a empresa, a estrutura

funcional foi estabelecida com enfoque para a loja, acompanhado de uma breve

descrição dos cargos.

* Gerência Geral: responsável pela gestão de todos os indicadores da unidade de

negócios, bem como estabelecer metas e objetivos, além de acompanhar seu

cumprimento às demais áreas.

* Vendedores: responsável pelas vendas e o suporte realizado para os clientes da

loja.

* Entregadores: responsável pelas entregas dos produtos comercializados no

estabelecimento.

* Serviços Gerais: responsável pela limpeza e conservação das instalações físicas da

loja.

Figura 15 - Organograma proposto: modelo radial

Fonte: elaborado pelo autor

A abordagem funcional de departamentalização apresenta uma série de

vantagens:

* Economias de Escala;

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Diretor Geral/Gerente

Vendedores

Entregadores

Serviços Gerais

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* Monitoração mais eficaz do ambiente;

* Os padrões de desempenho são mais constantes;

* Os colaboradores têm maiores oportunidades de treinamento especializado e

desenvolvimento de habilidades em profundidade;

* Especialistas técnicos ficam, relativamente, livres de trabalhos administrativos;

* A tomada de decisão e s linhas de comunicação são simples e claramente

compreendidas.

Vale salientar que a departamentalização funcional da empresa AC foi

proposta de acordo com a distribuição atual das funções na empresa.

As propostas acima foram realizadas com o intuito de reestruturar a área

organizacional da empresa, por meio da correta formalização e separação das

atividades e responsabilidades de cada colaborador. Além disso, as declarações de

missão e visão foram concebidas para oferecer a organização instrumentos de gestão

eficazes, baseados em seus objetivos, para que ela possa se desenvolver de maneira

sustentável no mercado competitivo.

Plano de Ação para Implantação

Para definição e implantação de todas as políticas de recursos humanos

com enfoque nos cinco processos básicos que envolvem prover, aplicar, manter,

desenvolver e monitorar as pessoas dentro do ambiente organizacional é necessário

estabelecer um plano de ação, que por sua vez, deve ser gerenciado pelos gestores,

responsáveis pela criação das políticas.

Colenghi (2003 : 174), declara que existem diversos modelos de plano de

ação, mas o mais completo e simples de ser executado é o 5W2H. Essa ferramenta de

planejamento consiste em um relatório por colunas, cada uma delas encabeçada por

um título (em inglês, na sua origem):

Figura 16 – Método de Plano de Ação 5W2H

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Fonte: Elaborado pelo autor

A partir do macro objetivo de desenvolver e implantar a gestão de pessoas

eficaz na organização pode-se elaborar o seguinte plano de ação:

Figura 16 – Método de Plano de Ação 5W2H

Fonte: Elaborado pelo autor

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7. RELATÓRIO TÉCNICO – PROJETO C

7.1 A CONTEXTUALIZAÇÃO ATUAL – PROJETO C

Segundo Fernandes e Berton (2006 : 173), as ações do departamento de

Recursos Humanos, são de grande importância para o bom desempenho dos demais

setores da organização, influenciando de maneira indireta, no desempenho do

produto, na prestação de serviço, e principalmente, na qualidade da empresa perante

aos clientes e colaboradores.

Por se tratar de uma pequena empresa, a AC Eletricidade LTDA não dispõe

de uma área específica para gestão de seus recursos humanos e nem pessoas focadas

nessa atividade. Essa gestão é realizada por um dos sócios do negócio, que concentra

seus esforços apenas na folha de pagamento dos colaboradores, garantindo que

recebam por suas atividades no 5º dia útil de todos os meses, conforme combinado

com os próprios colaboradores no momento da contratação.

Os funcionários possuem rotinas fixas de trabalho, desenvolvendo suas

atividades tanto de venda, quanto de prestação de serviços de manutenção elétrica

nas empresas em horário comercial, de segunda-feira a sexta-feira das 08:00 as

18:00.

A equipe de colaboradores é dividida, sendo que a equipe de vendas

desenvolve apenas a atividade de venda no varejo, enquanto a equipe de operadores

da manutenção realiza apenas as atividades pertinentes a esse serviço. A equipe

gerencial é formada pelos dois sócios que são responsáveis por toda a gestão da

organização.

No que tange ao recrutamento e seleção dos colaboradores, é realizado

mediante indicações dos próprios colaboradores da empresa, por indicações de

amigos e clientes próximos aos proprietários ou por currículos deixados diariamente

na empresa por pessoas interessadas em possíveis vagas. A separação dos currículos

e a convocação para a entrevista são feitas pelos sócios, que por sua vez, também são

gestores da empresa. Com base na sua percepção profissional e de seu conhecimento

da empresa eles escolhem os candidatos e os chamam para a entrevista, realizada

com os mesmos em um horário específico estabelecido junto ao candidato. Durante a

91

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entrevista é feita uma série de perguntas que variam de acordo com a disponibilidade

de tempo dos proprietários e do interesse que vão adquirindo no candidato. Não

existe nenhum questionário padrão e impessoal para que nenhum interessado na vaga

seja prejudicado por nervosismo, por exemplo.

O acompanhamento das atividades de todos os colaboradores é efetuado apenas

por meio da observação do acionista que acompanha diariamente o trabalho da área

operacional do negócio. De acordo com sua percepção, ele convoca o colaborador

para uma reunião no qual aplica o feedback.

7.2 O PROCESSAMENTO DAS INFORMAÇÕES – PROJETO C

Para avaliação dos problemas se pode utilizar o diagrama de causa e efeito

DCE, espinha de peixe ou diagrama de Ishikawa. É uma técnica japonesa para

levantar e identificar as causas dos vários problemas existentes em processos, áreas e

até organizações como um todo, basta apenas que seja adequado a essa realidade.

Para avaliação aplica-se o “método dos porquês” (COLENGHI, 2003 : 328).

O DCE consiste em uma representação gráfica semelhante a uma espinha de peixe, daí o seu apelido, no qual a coluna central (representada por uma seta) aponta para o efeito ou conseqüência e as suas ramificações representam as causas que estão afetando o processo. (COLENGHI, 2003 : 328).

Para elaboração e aplicação dessa ferramenta deve-se:

1. Definir o problema (anomalia ou efeito) a ser analisado

2. Levantar as causas prováveis que possam contribuir para gerar o

problema em questão.

3. Aplicar a “técnica dos porquês”, que deve ser utilizada quantas vezes for

necessário até chegar à causa fundamental do problema. A partir de então, serão

trabalhados planos de ação para eliminar essas causas.

Nesse contexto, foram levantados inicialmente junto ao acionista e

colaboradores da organização informações e acontecimentos já vicenciados na

empresa durante o ano de 2008. Desse levantamento, pontuou-se, em suma, os

problemas abaixo:

92

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- Baixa Produtividade;

- Alto absenteísmo;

- Falta de interesse e compromisso;

- Alto índice de erros operacionais;

- Grande dependência dos gestores;

Adequando a ferramenta DCE à realidade da organização para análise mais

detalhada dos problemas da empresa e avaliando todos os problemas acima

elencados têm-se os seguintes DCES:

93

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A partir de todos os diagramas de causa e efeito elaborados com enfoque

nos principais problemas no tocante a recursos humanos é possível aplicar o

diagrama ou gráfico de Pareto. É um método que parte da premissa que existe um

número reduzido de causas que provoca a maioria dos problemas que afetam o

resultado organizacional. A metodologia afirma que 20% das causas correspondem a

80% dos problemas. Assim, pode-se localizar os principais problemas, eliminar as

perdas e estabelecer a prioridade na resolução dos problemas (Colenghi; 2003).

Para elaboração e aplicação dessa ferramenta deve-se:

1.Definir o processo a ser analisado e levantar os problemas que o afetam;

2.Organizar o mapa de ocorrências, colocando os problemas em ordem

decrescente de acordo com o número de ocorrências;

3.Elaboração do Gráfico de Pareto a partir do mapa de ocorrências.

Todos os problemas e causas analisadas com o diagrama de causa e efeito

acontecem atualmente na organização e foram avaliados com base em informações

dos gestores e colaboradores de fatos e acontecimentos e percepções de todo o ano

de 2008. Como existem diversos problemas elencados e uma série de causas para os

mesmos, para aplicação dessa ferramenta será considerado como problema principal

o baixo desempenho dos colaboradores na empresa. Assim, considera-se que o baixo

desempenho é decorrente do somatório de todos os problemas pontuais analisados no

diagrama de causa e efeito.

94

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Figura 17: Quadro de ocorrências

Fonte: autor do relatório

Logo após a elaboração do mapa de ocorrência elabora-se o gráfico com

base nas informações levantadas. Nesse contexto, segue abaixo o gráfico com a

representação da quantidade de ocorrências de cada problema que está inferindo

diretamente no desempenho dos colaboradores da organização AC Eletricidade

LTDA:

Figura 18: Causas do baixo desempenho dos colaboradores

Causas do baixo desempenho dos colaboradores

4 4

2 2 2 2 2

1 1 1 1 1

00,5

1

1,52

2,53

3,54

4,5

A B C D J K L E F G H I

Fonte: Elaborado pelo autor baseada na teoria de Pareto.

Observa-se no gráfico acima que os problemas que tiveram o maior número

de ocorrências apontadas com a aplicação do diagrama de causa e efeito foram a falta

de motivação e a falta de treinamento. Segundo a metodologia de Paretto, enfocando

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a solução nesses dois problemas “macro”, correspondentes a 20%, tem-se a solução

de 80 % dos problemas.

Contudo, ao analisar pontualmente cada coluna do gráfico expresso acima,

percebe-se que se têm cinco colunas com duas ocorrências cada. Essas colunas

representam os problemas falta de acompanhamento dos gestores, falta de confiança

dos gestores nos colaboradores, falta de habilidades técnicas, baixa experiência e

baixo entusiasmo. Ao comparar o número de ocorrências em maior quantidade

nesses problemas frente ao número de ocorrência dos dois problemas apontados

como principais pelo gráfico, nota-se a diferença de 8 para 10 ocorrências, o que

comprova que o enfoque nesses pontos possibilitará uma solução mais completa para

todos os problemas. Esses problemas podem ser evidenciados quando são analisados

mais detalhadamente, conforme abaixo.

Percebe-se que a ausência da descrição e análise de todos os cargos da

empresa somados a falta de critérios específicos de recrutamento e seleção prejudica

muito a empresa, uma vez que é demandado um tempo considerável para separação e

análise dos currículos, bem com a convocação e entrevista de cada candidato para

seleção e contratação do profissional para a empresa.

Do mesmo modo, os colaboradores não possuem nenhuma política referente

a desenvolvimento profissional. A organização não oferece treinamentos periódicos

para seus profissionais e também não há nenhum incentivo para que busquem por si

mesmos aprimoramentos profissionais fora da empresa.

Assim, como não possuem políticas de desenvolvimento profissional,

também não possuem políticas de benefícios e motivação. Os colaboradores da

organização são motivados apenas pelo salário que recebem no final do mês, não

existindo nenhuma outra forma de incentivo. Verifica-se que além do salário, a

empresa oferece apenas o vale transporte para seus colaboradores o que é instituído

como obrigatório pela lei nº. 7418 de 16 de Dezembro de 1985.

Remuneração é importante, mas está longe de garantir satisfação profissional no ambiente corporativo. É preciso lidar com reconhecimento, status e responsabilidade (FILHO, 2007 : 151).

É possível que a empresa não disponha de políticas estruturadas e

formalizadas de recursos humanos pelo fato dos gestores não conhecerem

metodologias e a real importância deles na empresa. Por se tratar de organização de

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pequeno porte e pelos gestores e colaboradores serem pessoas com um grau de

escolaridade mais baixo, evidencia-se essa situação. O que se percebe não é a

ausência por simples opção, mas sim pela falta de conhecimento das diversas

ferramentas e políticas de gestão de pessoas.

Diante do exposto, percebe-se que a ausência de políticas estruturadas de

recursos humanos implica em um resultado negativo para a organização, pois as

pessoas são o “motor” que move toda a empresa para sua operacionalização e

crescimento, sendo elas essenciais no negócio.

A partir dessa conclusão, percebe-se que a empresa está longe de saber

realizar e aplicar todo o potencial que os seus colaboradores podem oferecer para o

sucesso do negócio.

O desempenho da organização está amarrado ao desempenho de pessoas e

de equipes, o qual depende necessariamente do conhecimento. O conhecimento não é

somente a nova moeda do capital intelectual, mas o núcleo do sucesso organização.

As organizações bem-sucedidas são aquelas que sabem gerar, catalogar, divulgar,

compartilhar e desenvolver conhecimento (CHIAVENATO, 2002 : 243).

Enfim, baseando-se nas informações supracitadas é evidente a necessidade

de estabelecerem-se políticas de gestão de recursos humanos sérias e condizentes à

realidade da empresa para que ela possa aproveitar de todo o potencial de seus

colaboradores, revertendo seu conhecimento em resultado positivo para o

desenvolvimento organizacional.

7.3 SUSGESTÕES DE APRIMORAMENTO – PROJETO C

O mundo dos negócios vêm se modificando muito rapidamente. A cada dia

que passa a sobrevivência e o sucesso das organizações dependerá cada vez mais do

desempenho e da competência das pessoas. Afinal, o desempenho organizacional

está intimamente ligado com o desempenho das pessoas que nela realizam suas

atividades profissionais (CHIAVENATO, 2002 : 36).

A única maneira de uma organização ter sucesso em uma sociedade e

economia baseadas no conhecimento é extrair o máximo possível das pessoas que

trabalham com o conhecimento. A vantagem competitiva e sustentável da empresa

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depende hoje da transformação do conhecimento em resultados organizacionais

concretos (CHIAVENATO, 2002 : 37).

A organização deve funcionar como uma orquestra afinada e consoante. O

conjunto dos colaboradores é como um conjunto de músicos: Cada um tem suas

características individuais, mas o todo, o trabalho em equipe, é que transforma o som

de um simples instrumento em um som excepcional capaz de chegar a todos os

lugares e despertar nas pessoas o mais nobre sentimento. Nesse momento, o maestro

tem a função de conduzir os músicos, ressaltando a característica individual de cada

um para que sejam altamente produtivos em conjunto. Refletindo esse conceito para

a organização pode-se observar o maestro como o gestor que deve, a partir das

características individuais de cada colaborador, somar seus esforços para que juntos

possam atingir os objetivos propostos (CHIAVENATO, 2002 : 237).

Além disso, Bateman/Snell (1998 : 123), destacam que as atividades de

recursos humanos devem adaptar-se às necessidades da empresa e que a ênfase em

diferentes atividades de RH depende da organização estar em crescimento, em

declínio ou mantendo uma posição estável.

Segundo Chiavenato (2002 : 238), a administração de recursos humanos

provoca impactos nas pessoas e nas organizações. A forma de lidar com as pessoas,

de buscá-las no mercado, de integrá-las e orientá-las, fazê-las trabalhar, desenvolvê-

las, recompensá-las ou monitorá-las e controlá-las, ou seja, a qualidade da maneira

como as pessoas são geridas na organização, é um aspecto crucial na competitividade

organizacional.

Os processos básicos na gestão de pessoas são cinco, a saber: prover,

aplicar, manter, desenvolver e monitorar as pessoas. O ciclo de gestão de pessoas se

fecha em cinco processos básicos: provisão, aplicação, manutenção,

desenvolvimento e monitoração de pessoas. (CHIAVENATO, 2004 : 228)

De acordo com Chiavenato (2004 : 228), estes processos estão intimamente

inter-relacionados e interdependentes. Sua interação faz com que qualquer alteração

ocorrida em um deles provoque influências sobre os demais gerando acomodações e

ajustamentos no sistema todo.

Os cinco subsistemas juntos formam um processo global e dinâmico por

meio do qual as pessoas são atraídas, captadas, aplicadas em suas tarefas, mantidas

na empresa, desenvolvidas e acompanhadas pela organização. Esses processos

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variam muito de organização para organização e dependem de uma série de fatores

ambientais, organizacionais, humanos e tecnológicos, entre outros.

Cada organização deve desenvolver políticas de recursos humanos

adequadas à sua filosofia e suas necessidades. Neste contexto, os objetivos da

administração de recursos humanos derivam dos objetivos gerais da organização.

Assim, ao lado dos objetivos organizacionais, a administração de recursos humanos

deve considerar os objetivos pessoais dos seus parceiros.

Para Chiavenato (2004 : 197), os principais objetivos da administração de

recursos humanos são:

1. Criar, manter e desenvolver um contingente de pessoas com habilidades,

motivação e satisfação para realizar os objetivos da organização.

2. Criar, manter e desenvolver condições organizacionais de aplicação,

desenvolvimento e satisfação plena das pessoas, e alcance dos objetivos individuais.

3. Alcançar eficiência e eficácia através das pessoas.

Conforme análises anteriores, a empresa AC Eletricidade não possui

nenhuma política estruturada de recursos humanos, o que está gerando uma série de

problemas como baixa produtividade, alto absenteísmo e falta de comprometimento,

elencados e analisados por meio do diagrama de causa e efeito e do gráfico de Pareto

e que inferem negativamente no resultado organizacional.

Diante dessa situação deve-se, imediatamente, estabelecer políticas de

gestão de recursos humanos adequadas a realidade da empresa para que não se

tornem meras formalizações, mas que sejam realmente aplicadas em favor do

desenvolvimento do negócio. Essas políticas devem ser atualizadas periodicamente

para que sempre estejam alinhadas as expectativas dos colaboradores e também da

empresa, estabelecendo a relação ganha-ganha entre empregador e empregado.

Para estabelecer essas políticas, os gestores devem conhecer muito bem o

negócio e o que esperam dele para o futuro. A partir de então, definir políticas para

gestão das pessoas alinhadas a essas premissas. É fato que não existem políticas

estruturadas de gestão de pessoas na empresa pela ausência de conhecimento técnico

sobre administração de pessoal por parte dos gestores. Essa constatação foi formada

depois de entrevista realizada com os gestores e colaboradores e por meio de

observações realizadas na empresa.

Diante desse cenário, sugere-se que os gestores busquem um treinamento

nessa área para que, de posse desse conhecimento e do que conhecem do negócio,

99

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desenvolver políticas apropriadas a empresa. Propoe-se então aos gestores o

desenvolvimento das políticas baseadas no roteiro abaixo.

Inicialmente, deve-se aprofundar no conceito dos cinco processos básicos na

gestão das pessoas:

Figura 19: Definição dos Cinco Processos Básicos de Administração de RH

Fonte: Chiavenato, 2002.Provisão de Recursos Humanos

* Pesquisa de mercado de recursos humanos:

- Pesquisa e análise do mercado de recursos humanos

- Onde recrutar (fontes de recrutamento)

Nesse momento os gestores devem definir o canal de no qual buscarão seus

futuros colaboradores. Não precisa ser um único canal como agências de

recrutamento de pessoas, por exemplo, mas devem estar adequados a quantidade e

tempo demandado pela organização.

* Recrutamento:

- Como recrutar (técnicas de recrutamento)

Chiavenato (2004 : 273), afirma que as principais técnicas de recrutamento

visam à localização e busca de candidatos, quase sempre no mercado. As principais

são:

- Recrutamento pela internet

- Consulta aos arquivos de candidatos

100

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- Apresentação de candidatos por parte dos funcionários

- Quadro de avisos na empresa

- Contatos com escolas e universidades

- Anúncios em jornais e revistas

- Agências de recrutamento ou empresas de consultoria em busca de recursos

humanos

Todas essas técnicas visam comunicar o mercado de recursos humanos que

exige uma oportunidade de emprego na empresa e quais são os pré-requisitos

exigidos para essa oportunidade.

Cabe aos gestores definirem qual ou quais técnicas são mais adequadas para

atender a demanda de pessoas do negócio.

E ainda, de acordo com os autores Albigenor e Militão (1999: 17),

anteriormente a realização da dinâmica, é necessário que exista um planejamento

antecipado da mesma, para que os candidatos sintam tranqüilidade e segurança

durante a condução da dinâmica. E principalmente, exigir aos condutores,

representantes dos Talentos Humanos e Gestores do projeto, que compareçam ao

local, no qual será realizado a dinâmica antes do horário inicial.

- Prioridade do recrutamento interno sobre o externo

Neste tocante, Chiavenato (2004 : 274), afirma que o recrutamento requer

um cuidadoso planejamento que, basicamente, constitui uma seqüência de três fazes:

1. O que a organização precisa em termos de pessoas

2. O que o mercado de RH pode oferecer

3. Quais as técnicas de recrutamento a aplicar

Daí, as três etapas do processo de recrutamento:

1. Pesquisa interna das necessidades

2. Pesquisa externa do mercado

3. Definição das técnicas de recrutamento a utilizar

O planejamento do recrutamento tem, pois a finalidade de estruturar o

sistema de trabalho a ser desenvolvido. (CHIAVENATO, 2004 : 279).

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O recrutamento pode ser interno ou externo. Para Chiavenato tanto o

recrutamento interno como o externo podem oferecer vantagens e incluir

desvantagens que devem ser analisadas de perto pelos gestores. As figuras abaixo

resumem essas vantagens e desvantagens.

Figura 20: Vantagens dos Recrutamentos Interno e Externo

Fonte: Chiavenato, 2004

Figura 21: Desvantagens dos Recrutamentos Interno e Externo

Fonte: Chiavenato, 2004

102

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A partir do estabelecimento das políticas de recrutamento e seleção os

gestores já podem partir para o estabelecimento das políticas de seleção de pessoal.

* Seleção:

- Critérios de seleção e padrões de qualidade

- Grau de descentralização das decisões acerca da seleção de pessoal

- Técnicas de seleção

Chiavenato (2004 : 272) afirma que o processo seletivo deve fornecer não

somente um diagnóstico, mas principalmente um prognóstico a respeito do que o

cargo exige com o que o candidato pode oferecer.

No que tange a descrição do cargo não há um formato padrão e não precisa ser escrita, basta destacar três tópicos: título do cargo, sua identificação e a relação de deveres que ele implica. Se estes fatores forem bem expressos, o processo seletivo inicia-se com enfoque mais adequado ao perfil desejado pela organização. (BOHLANDER, SNELL e SHERMAN, 2005: 256).

A seleção de pessoal é basicamente comparativa e restritiva. Ela utiliza as

chamadas técnicas de seleção. A aplicação dessas técnicas se faz por meio de

diversas fases, conforme a complexidade do cargo a ser preenchido. Cada fase

funciona como um filtro seletor que gradativamente vai afinando as peneiras até

chegar a uma sintonia fina em relação aos candidatos. É como se cada fase fosse

parte de um sistema de decantação progressiva (CHIAVENATO, 2004 : 275).

Figura 22: Comparações entre Exigências do Cargo e Perfil do Candidato

Fonte: Chiavenato, 2004.

103

Especificações do cargo Características do Candidato

O que o cargo requer O que o candidato oferece

Análise e descrição do cargo para saber quais os requisitos

que o cargo exige do seu ocupante.

Técnicas de seleção para saber se o candidato tem

condições pessoais de ocupar o cargo desejado

Versus

Versus

Versus

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Chiavenato (2004 : 276), afirma que para a seleção de pessoas existe uma

série de técnicas:

- Entrevista preliminar: Primeira fase onde são verificados os dados pessoais

e profissionais do candidato por meio de indagações sobre o curriculum vitae e as

características básicas de personalidade por meio da avaliação do seu comportamento

pessoal.

- Entrevista Técnica: Trata-se de verificar os conhecimentos e a experiência

profissional do candidato frente as exigências do cargo. Nesse momento pode ou não

ser utilizado um questionário ou inventário de perguntas sobre assuntos inerentes ao

cargo que será ocupado.

- Teste de Seleção: Testes de aptidão e de personalizado para garantir uma

adequação pessoal as exigências do cargo.

A condução do processo de seleção é uma atividade pertinente aos gestores

da empresa em conjunto a sua equipe de colaboradores que podem auxiliar na

escolha do candidato para a vaga, uma vez que, na maioria dos casos, são

conhecedores do negócio e da atividade que será realizada.

E ainda, Fiorelli (2004 : 121), corrabora com o supracitado

complementando que o conhecimento da estrutura física por parte dos novos

colaboradores durante o processo de seleção é necessário, pois assim o candidato

pode sentir segurança, além de visualizar a tecnologia utilizada na organização, a

segurança oferecida, a interação do grupo e sua receptividade. A imagem da

organização é importante para motivar o candidato, a mesma poderá ser alterada ao

longo do tempo, alterando a percepção de cada indivíduo, o que favorecerá para

determinados temas e contribuirá que outros não sejam percebidos.

* Integração:

- Planos e mecanismos (centralizados e descentralizados) de integração de novos

participantes ao ambiente interno da organização

Segundo Chiavenato (2004 : 301), na prática, o processo de integração de

pessoas consiste em fazer com que o novo participante aprenda e incorpore os

valores, normas e padrões de comportamento que a organização considera

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imprescindíveis e relevantes para o bom desempenho em seus quadros, envolvendo

na maioria das vezes:

- Os objetivos básicos da organização

- Os meios preferidos pelos quais os objetivos serão alcançados

- As responsabilidades básicas de cada membro no papel que lhe está sendo confiado

- Os padrões de comportamento requeridos para o desempenho eficaz do papel

- O conjunto de regras ou princípios que asseguram a manutenção da identidade e da

integridade da organização

- Os produtos e serviços produzidos pela organização

- Os clientes internos e externos

O grau em que o novo membro deve aprender esses valores, normas e

padrões de comportamento depende obviamente do grau de socialização exigido pela

empresa. Quanto mais rígida a organização maior a necessidade de um processo de

integração mais demorado e capaz de adaptar e ajustar o novo membro às

expectativas da cultura predominante (Chiavenato; 2004).

Aplicação dos Recursos Humanos

* Análise e Descrição de Cargos:

- Determinação dos requisitos básicos da força de trabalho (requisitos intelectuais,

físicos, responsabilidades envolvidas e condições de trabalho) para o desempenho do

papel.

* Planejamento e alocação de recursos humanos

- Determinação da quantidade de recursos humanos necessária e alocação desses

recursos em termos de posicionamento em cargos dentro da organização.

* Plano de Carreiras

- Determinação da seqüência ótima das carreiras, definindo as alternativas de

oportunidades possíveis dentro da organização.

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* Avaliação de Desempenho

- Planos e sistemáticas para contínua avaliação da qualidade e adequação dos

recursos humanos.

Neste contexto, cabe aos gestores definir os indicadores e o padrão de

aplicação de seus recursos humanos, adequados a sua realidade. Por se tratar de uma

pequena empresa, essas variáveis são simples e de fácil definição.

Manutenção de Recursos Humanos

* Administração de salários

- avaliação e classificação de cargos visando ao equilíbrio salarial interno

- pesquisas salariais visando ao equilíbrio salarial interno

- política salarial

* Planos de benefícios sociais

- planos e sistemáticas de benefícios sociais adequados à diversidade de necessidades

dos participantes da organização

* Higiene e segurança do trabalho

- critérios de criação e desenvolvimento das condições físicas ambientais de higiene

e segurança que envolve os cargos.

* Relações Trabalhistas

- Critérios e normas de procedimentos sobre relações com empregados e com

sindicatos.

Desenvolvimento de Recursos Humanos

* Treinamento

- diagnóstico e programação da preparação e reciclagem constante dos recursos

humanos para o desempenho dos cargos.

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* Desenvolvimento de recursos humanos

- aprimoramento a médio e longo prazo dos recursos disponíveis, visando à contínua

realização do potencial existente em posições mais elevadas na organização.

* Desenvolvimento Organizacional

- aplicação de estratégias de mudança visando á saúde e excelência organizacional

Monitoração de Recursos Humanos

* Banco de dados

- registros e controles para a devida análise quantitativa e qualitativa dos recursos

humanos disponíveis.

* Sistemas de Informação

- meios e veículos de informação adequados às decisões sobre recursos humanos.

* Auditoria de recursos humanos

- critérios de avaliação e adequação permanentes das políticas e dos procedimentos

de recursos humanos.

Plano de Ação para Implantação

Para definição e implantação de todas as políticas de recursos humanos

com enfoque nos cinco processos básicos que envolvem prover, aplicar, manter,

desenvolver e monitorar as pessoas dentro do ambiente organizacional é necessário

estabelecer um plano de ação, que por sua vez, deve ser gerenciado pelos gestores,

responsáveis pela criação das políticas.

Colenghi (2003 : 174), declara que existem diversos modelos de plano de

ação, mas o mais completo e simples de ser executado é o 5W2H. Essa ferramenta de

planejamento consiste em um relatório por colunas, cada uma delas encabeçada por

um título (em inglês, na sua origem):

107

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Figura 23: Método de Plano de Ação 5W2H

Fonte: Elaborado pelo autor

A partir do macro objetivo de desenvolver e implantar a gestão de pessoas

eficaz na organização pode-se elaborar o seguinte plano de ação:

108

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Vale salientar que após o estabelecimento de todas as políticas de gestão de

recursos humanos, elas devem ser constantemente atualizadas para que sempre

estejam adequadas a empresa.

Após a implantação das políticas de gestão de recursos humanos espera-se

que se tenha uma melhoria significativa na organização. A mensuração do resultado

é difícil, visto que são melhorias qualitativas para a organização, mas que estão

diretamente relacionadas ao resultado organizacional geral, e, como afirma

Chiavenato, os gestores precisam repensar as maneiras tradicionais com que realizam

seu trabalho por meio das pessoas. Tudo mudou. Tudo está ficando diferente.

110

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8. CONCLUSÃO

No desenvolvimento desse trabalho discutiu que um dos principais

requisitos para a empresa obter controle de seus processos, é o conhecimento e a

aceitação, por parte dos funcionários, da filosofia de “gestão de processos”, o que

implica no desenvolvimento de métodos para que esses tenham uma visão sistêmica

da organização.

A literatura pesquisada evidenciou que os estudos na área de Gestão de

processos é extremamente necessário para a eficácia das empresas, a padronização

dos processos deve contar com a participação de seus envolvidos, o treinamento

adequado dos funcionários para operar o sistema proporciona eliminação de falhas, a

busca constante pela qualidade evidencia a empresa no mercado e o conhecimento

macro dos processos facilita na melhoria de processos considerados críticos.

O estudo realizado na empresa com o objetivo de analisar a implantação de

um dos seus processos apresentou resultados convergentes ao que é proposto pela

literatura investigada. Um dos aspectos encontrados na empresa é a visão voltada

para processos, com colaboradores focados em desenvolver projetos de melhoria e

até mesmo dispostos a promover reengenharia dos processos.

O objetivo do trabalho foi alcançado: na análise da implantação do novo

processo cujo intuito é a avaliação do nível de qualidade nos já existentes; o novo

processo entrou em teste, e após sua implantação foram identificados falhas de

sistema que impossibilitaram continuidade e implantação definitiva, posteriormente à

identificação de falhas foram realizadas reuniões com todas as áreas envolvidas, que

sugeriram ações corretivas e novos caminhos para execução do processo.

Após implantada a primeira melhoria, foram trabalhadas as demais

sugeridas pelo autor, que seriam, a criação de políticas de Recursos Humanos e o

estabelecimento de declarações de missão, visão e definição de organograma.

Neste ponto, é importante salientar a importância do encadeamento das

melhorias, pois, com a criação de indicadores de qualidade, foi possível perceber a

importância da criação de declarações estratégicas como a missão e visão, bem como

definição de políticas de Recursos Humanos alinhadas com o contexto

organizacional.

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As principais contribuições do estudo são evidenciadas na medida que esse

permitiu evidenciar que o uso adequado das ferramentas e a busca constante pela

qualidade de processos é primordial para o sucesso das organizações. Além disso,

identificaram-se problemas que antes não eram percebidos e traziam impactos

negativos para a empresa, possibilitando sugerir melhorias que, ao final, foram

implementadas. Outra contribuição importante diz respeito à ampliação do

conhecimento e aplicação profissional.

“Os ventos que às vezes tiram algo que amamos, são os mesmos que nos trazem algo que aprendemos a amar. Por isso, não devemos chorar pelo que nos foi tirado, mas sim, aprender a amar o que nos foi dado, pois, tudo aquilo que é realmente nosso, nunca se vai para sempre.”

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10. APÊNDICE

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A Visão sugerida:

“Ser a melhor empresa varejista de materiais elétricos da região, buscando sempre

oferecer serviços e produtos com qualidade.”

A Missão sugerida:

“Atender o cliente de forma diferenciada, oferecendo a ele soluções de qualidade na

área venda de materiais elétricos em geral.”

Figura 1 - Organograma proposto: modelo radial

Fonte: elaborado pelo autor

Plano de Ação – Criação de declarações Missão e Visão / definição de organograma

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Diretor Geral/Gerente

Vendedores

Entregadores

Serviços Gerais

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Plano de Ação – Definição das Políticas de RH

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11. ANEXOS

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