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Universidade de Brasília – UnB Centro de Ensino a Distância – CEAD Especialização em Esporte Escolar ANTONIO JOAMIR BRITO DO NASCIMENTO EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: O Discurso e a Prática sob o ponto de vista dos alunos de escolas “não- tradicionais” de Fortaleza. Fortaleza 2007

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Universidade de Brasília – UnB Centro de Ensino a Distância – CEAD Especialização em Esporte Escolar

ANTONIO JOAMIR BRITO DO NASCIMENTO

EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR:

O Discurso e a Prática sob o ponto de vista dos alunos de escolas “não-

tradicionais” de Fortaleza.

Fortaleza

2007

ANTONIO JOAMIR BRITO DO NASCIMENTO

EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR:

O Discurso e a Prática sob o ponto de vista dos alunos de Escolas “não-

tradicionais”.

Trabalho apresentado ao Curso de

Especialização em Esporte Escolar do

Centro de Educação à Distância da

Universidade de Brasília em parceria com

o Programa de Capacitação Continuada

em Esporte Escolar do Ministério do

Esporte para obtenção do título de

Especialista em Esporte Escolar.

Orientador:

Professor Nicolino Trompieri Filho

Fortaleza

2007

ii

Antonio Joamir Brito do Nascimento

BRITO, Joamir.

EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: O Discurso e a

Prática sob o ponto de vista dos alunos de Escolas

“não-tradicionais”. Fortaleza, 2007.

61p.

Monografia (Especialização) – Universidade

de Brasília. Centro de Ensino a Distância, 2007.

1.Educação Física 2.Esporte 3. Escola

iii

ANTONIO JOAMIR BRITO DO NASCIMENTO

EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR:

O Discurso e a Prática sob o ponto de vista dos alunos de Escolas “não-tradicionais” de

Fortaleza.

Trabalho apresentado ao Curso de

Especialização em Esporte Escolar do

Centro de Educação à Distância da

Universidade de Brasília em parceria com

o Programa de Capacitação Continuada

em Esporte Escolar do Ministério do

Esporte para obtenção do título de

Especialista em Esporte Escolar pela

Comissão formada pelos professores:

Presidente: Profª: Ana Cristina / UNB

Membro: Profº: Nicolino Trompieri Filho / UFC

Fortaleza (CE), 01 de setembro de 2007.

iv

Dedicatória

À minha noiva, Adriana Correia.

À minha avó, Alice Lourenço Brito

Ao meu orientador, Nicolino Trompieri Filho

v

AGRADECIMENTOS

A iniciativa do Projeto Segundo Tempo na Comunidade veio não só oportunizar às

crianças vivencias de propostas educacionais diversificadas de suas práticas rotineiras, como

também proporcionou aos profissionais envolvidos no processo educativo um

engrandecimento afetivo, cognitivo e motor, onde a aprendizagem com as crianças e

adolescentes foi a mais enriquecedora, a oportunidade de trabalhar com pessoas que estavam

ávidas por novidades e a reflexão dessa prática educacional, propiciada pelo Curso de

Especialização da UNB abrangeu necessidades pessoais e profissionais de formação

continuada.

Também sou muito grato a minha noiva, Adriana Corrêa, por incentivar - me nos

momentos difíceis desse período.

A minha avó, Alice Lourenço, que é responsável por eu estar aqui.

Ao meu orientador, Nicolino Trompieri Filho, pela extrema compreensão e sagacidade

em todo o percurso da pesquisa.

Finalmente, aos alunos e professores que generosamente ofereceram elementos para

elaboração deste trabalho.

vi

“Maldito aquele que ensina aos homens

mais depressa do que eles podem

aprender”.

Platão

“Tudo o que se ensina à criança impede

que ela invente ou descubra”.

Piaget

vii

viii

RESUMO

O escopo da pesquisa foi analisar como a disciplina Educação Física é desenvolvida

em escolas “não-tradicionais”, ou seja, que têm um currículo diferenciado da maioria das

escolas particulares e do ensino público de maneira geral. Vê-se nessas instituições de ensino

que o discurso da solidariedade e de uma educação holística1 está muito presente e se

apresenta como um diferencial à estrutura curricular vigente, promovendo mais participação

discente na construção da aprendizagem. Através destes elementos surgiu à iniciativa de

pesquisar especificamente a Educação Física no âmbito de suas peculiaridades que podem

trabalhar a cooperação ou a competição de formas estanques ou podem dinamizar e

contextualizar estes métodos. Os alunos estão na pesquisa como atores principais, já que vêm

deles as impressões da Educação Física, como ela os atrai e quais suas metodologias mais

atrativas e como ela contribui para seu desenvolvimento motor, intelectual, afetivo e social.

PALAVRAS CHAVES: Educação Física, Escola, Aprendizagem.

1 Teoria segundo a qual o homem é um todo indivisível e que não pode ser explicado pelos seus distintos componentes (físico, psicológico ou psíquico), considerados separadamente; holística. (Aurélio, Dicionário Eletrônico v.3.0)

SUMÁRIO

1. JUSTIFICATIVA..............................................................................................10

2. REVISÃO DA LITERATURA...........................................................................13

2.1 Correntes da Educação Física.......................................................................13

2.2 Na Escola “não-tradicional”............................................................................19

3. METODOLOGIA..............................................................................................22

3.1 População.......................................................................................................22

3.2 Amostra...........................................................................................................22

3.3 Levantamento de Dados.................................................................................22

3.4 Análise dos Dados..........................................................................................22

4. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS...................................................................23

4.1. Relato de Observação das aulas de Educação Física nas Escolas..............23

4.2. Dados das entrevistas...................................................................................24

4.3. Cruzamento de dados....................................................................................32

5. CONCLUSÕES.................................................................................................41

6. BIBLIOGRAFIA ...............................................................................................42

Anexo 1 – Questionário do aluno..........................................................................44

Anexo 2 – Freqüência e Gráficos..........................................................................45

Anexo 3 – Itens Correlacionados..........................................................................49

1. JUSTIFICATIVA

No Brasil e no mundo, a Educação Física surge em estreita relação com as

instituições militares formais (exércitos nacionais) e não-formais (hordas guerreiras),

o treinamento dos homens para a guerra sempre foi importante no desenvolvimento

das sociedades.

Em conseqüência dessa função estratégica de defesa de povos e nações, a

ginástica e a luta adquirem respeito na formação dos cidadãos e a Educação Física

encontra suas primeiras sistematizações de ensino, desenvolvidas, principalmente

nas academias e escolas militares.

No campo educacional Rousseau, Pestallozzi e as escolas de educação física

francesa, sueca e alemã deram inicio ao trabalho da Educação Física dentro das

escolas, a partir das idéias dos iluministas, sendo muito forte ainda a visão militarista

e higiênica em sua prática.

No Brasil, a Educação Física entrou na escola com a função de formar

homens fortes para o trabalho e mulheres aptas a cuidar bem da família. E com isso

tinha seus conteúdos bem definidos.

Nas primeiras décadas do século XX, os objetivos da Educação Física eram

bem definidos e os conteúdos eram valorizados. Segundo Soares et al. (1992) os

objetivos visavam: “‘construir’ um homem: mais forte, mais ágil, mais empreendedor”

p.52), com a finalidade de servir mais eficazmente aos propósitos da sociedade

capitalista. Os conteúdos envolviam os métodos ginásticos de cunhos militarista e

higiênico.

Na década de 1970, durante a ditadura militar, adotou-se a aptidão física

desportiva e o competitivismo como temas geradores para o trabalho da educação

física, com a finalidade de propaganda e justificação das ações do Estado dentro

das escolas, das universidades e das indústrias. Neste sentido o esporte era

utilizado como “ocupação de mentes”. Esse período estabeleceu a calistenia como

método para o ensino.

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Desde 1961, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, obriga que a disciplina

de Educação Física seja incluída nos currículos de 1º e 2º graus.

Com o fim da ditadura militar, novos objetivos e métodos para a Educação

Física Escolar começam a ser discutidos e delineados, visando uma participação

mais democrática da população em todos os âmbitos da sociedade. A Educação

Física na Escola busca romper com a estrutura centralizadora, dominadora e

alienante das aulas de outrora (Tubino, 1996, p.61-96).

Porém, até hoje, a Educação Física na Escola ainda não conseguiu chegar ao

nível de uma disciplina respeitada, com um currículo bem alicerçado cientificamente

e, conseqüentemente, conteúdos, métodos e avaliações sistematizados. Não se

chegou a um consenso entre os cursos de formação e os licenciados sobre o que

se ensinar na Educação Física Escolar.

A Lei 9394/96, “Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional”, em seu

Art.26 § 3º, fala da obrigatoriedade da educação física no âmbito escolar, na íntegra

diz: “A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente

curricular da educação básica, ajustando-se às faixas etárias e às condições da

população escolar, sendo facultativa nos cursos noturnos”.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) colocam mais um viés para a

Educação Física: mostram a corporeidade como foco principal, superando a visão

apenas esportivista e higiênica que possuía anteriormente.

Mesmo após o advento dos PCNs, que serviram como um orientador oficial

da disciplina, os professores vêm tratando-a como mera disciplina do movimento

humano, utilizando atividades seriadas, descontextualizadas e acríticas, que em

nada contribuem para desenvolvimento integral do ser humano (Barbosa, 1997).

Hoje a falta de objetivos e conteúdos, ou a confusão entre eles, causa nos

cursos de graduação um conflito de formação: “atualmente os curso de graduação

vivem um conflito interno entre formar o técnico desportivo ou educador” (Barbosa

1997:24).

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O impasse em que hoje vive a EF está na forma como se deve abordá-la,

quer dizer, trata-se a Educação Física como uma área do conhecimento ou como

prática social? (Caparroz, 1997).

O conflito adentra o magistério sem ser superado, provocando “crises de

identidade” entre ensinar movimentos desportivos ou fomentar a transformação

social através da educação (Barbosa 1997,p.24). Essa confusão promove um estado

de anarquia durante as aulas, onde não se sabe se há objetivos e métodos, nem

sequer sabe-se se é possível uma avaliação.

O presente estudo tem como objeto a análise do ponto de vista dos alunos de

escolas não-tradicionais de Fortaleza ante as aulas de Educação Física. Analisando

a partir dele a prática do professor, os valores e conteúdos transmitidos.

12

13

2. REVISÃO DA LITERATURA 2.1 CORRENTES DA EDUCAÇÃO FÍSCA

Segundo Bracht (1999) A “educação corporal” hoje, nas escolas, tem um viés

de prioridade devido à necessidade de educar o ser humano ao comportamento na

sociedade capitalista: seus preceitos, normas e condutas estereotipadas nas ações

corporais.

De acordo com Faria Filho (1997), “assim como a escola ‘escolarizou’

conhecimentos e práticas sociais, buscou também apropriar-se de diversas formas

de corpo e constituir uma corporeidade que lhe fosse mais adequada” (p.52), com a

finalidade de realizar seu papel dentro da estrutura social dominante.

Dessa maneira, a Educação Física surge para contribuir para a formação de

pessoas sadias e comportadas socialmente, mais aptas às novas exigências do

processo produtivo. Com a finalidade de lhe dar subsídios ou negar este modo de

fazer a educação física surgem várias teorias pedagógicas para a Educação Física

Escolar.

Três dessas correntes, a psicomotricista, a desenvolvimentista e a

construtivista, abordam os aspectos motores e cognitivos dos alunos, porém não

estimulam a crítica de como é visto o corpo hodiernamente. Duas outras correntes

aparecem como tentativa de superar este status da Educação Física, a corrente

crítico-superadora e a corrente crítico-emancipatória.

A corrente da Psicomotricidade, influenciada principalmente por Le Boulch

(1981), a partir de seus livros publicados no Brasil, defende que a Educação Física

extrapole os limites biológicos e de rendimento corporal, passando a incluir e a

valorizar o conhecimento de origem psicológica. Segundo esta corrente a Educação

Física deve ser praticada desde a mais tenra idade para “prevenir inadaptações,

difíceis de corrigir quando já estruturadas”, afirma a CEEF2(2004, p. 111-112).

2 Comissão de Especialistas de Educação Física

O Desenvolvimentismo, que tem como obra de referência: “Educação Física

Escolar: fundamentos de uma abordagem desenvolvimentista” de Tani e outros.,

defende que “o movimento é o principal meio e fim da educação física (...) uma aula

de educação física não pode ocorrer sem movimento”. . (CEEF, 2004, p.113). Esta

abordagem é fundamentada unicamente no desenvolvimento motor, questões como

a participação do contexto social na aquisição das habilidades não são relevantes

para o Desenvolvimentismo.

A corrente construtivista, baseada nos estudos de Jean Piaget, tem como

obra norteadora “Educação de corpo de inteiro”, de João Batista Freire (CEEF, 2004,

p.117).]

Freire (1994, p.24) defende que a Educação Física deve atuar como outra

disciplina da escola e não separada dela. E que o desenvolvimento das destrezas

motoras é necessário, mas sempre levando em consideração suas conseqüências

sociais, afetivas e cognitivas.

Segundo o CEEF (2004), o construtivismo na Educação Física defende que:

O jogo como conteúdo/estratégia tem papel privilegiado. É considerado o principal modo de ensinar, é um instrumento pedagógico, um meio de ensino, pois enquanto joga ou brinca a criança aprende. Sendo que esse aprender deve ocorrer num ambiente lúdico e prazeroso para a criança (p.117).

A partir do livro “Metodologia do Ensino da Educação Física” surgiu uma nova

tendência que invadiu os Cursos de Formação que seguem uma linha

pedagogicista, a abordagem “Crítico-Superadora dos Conteúdos” que “utiliza o

discurso da justiça social como ponto de apoio e é baseada no marxismo e no neo-

marxismo” e têm como grande influência os autores José Libâneo e Dermeval

Saviani. Segundo esta concepção, a Educação Física trata do “conhecimento

denominado de cultura corporal que tem como temas o jogo, a ginástica, o esporte e

a capoeira” (CEEF, 2004). (p.118-119).

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Segundo Bracht (1999), os críticos-superadores sistematizam o conhecimento

em quatro ciclos “1º - da organização da identidade dos dados da realidade; 2º - da

iniciação à sistematização do conhecimento; 3º - da ampliação da sistematização do

conhecimento; 4º - do aprofundamento da sistematização do conhecimento” (p.79-

80), sendo que este conteúdo deve ser trabalhado de forma contextualizada em um

movimento dialético.

A corrente Crítico-Emancipatória defende que a relação professor-aluno-

conhecimento seja dialógica, pressuposto este baseado em Paulo Freire.

Esta abordagem trabalha “com a perspectiva de que a aula de Educação

Física pode ser analisada em termos de um ‘continuum’ que vai de uma concepção

fechada a uma concepção aberta de ensino e, considerando que a concepção

fechada inibe a formação de um sujeito autônomo e crítico, essa proposta indica a

abertura das aulas no sentido de se conseguir a co-participação dos alunos nas

decisões didáticas que configuram as aulas” (Bracht, 1999), p.80). Ou seja, o aluno

deve estar integrado às decisões do contexto educativo, colaborando diretamente

para construção do conhecimento.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) é outra obra marcante na

formatação do quadro de propostas para Educação Física Escolar no Brasil, eles

vinculam a aprendizagem às experiências práticas e orientam que o aluno seja

“considerado como um todo no qual aspectos cognitivos, afetivos e corporais estão

inter-relacionados em todas as situações” (BRASIL, 1997, p.15). Ainda segundo os

PCNs (1998), a educação física não deve se restringir apenas às habilidades e

destrezas do aluno, mas também deve estimular a reflexão de suas capacidades

corporais, e com autonomia deve exercê-la com plenitude dentro da sociedade.

De forma oficial os Parâmetros Curriculares Nacionais (1998) defendem que o

principal enfoque da Educação Física Escolar deve ser o conhecimento da “Cultura

Corporal”, explicado pelos PCNs da Educação Física como as várias formas de

interação do ser humano com a sociedade e suas produções culturais, às quais a

Educação Física incorporou “o jogo, o esporte, a dança, a ginástica e a luta” que têm

15

em comum a “representação corporal, com características lúdicas, de diversas

culturas humanas” (BRASIL, 1997, p.26-27).

Ele segue três princípios norteadores: O Princípio da Inclusão, diz que: “os

processos de ensino e aprendizagem e avaliação têm como meta a inclusão do

aluno na cultura corporal de movimento, por meio da participação e reflexão

concretas e efetivas”; O Princípio da Diversidade orienta que: “busca-se legitimar as

diversas possibilidades de aprendizagem que se estabelecem com a consideração

das dimensões afetivas, cognitivas, motoras e socioculturais dos alunos”; e O

Princípio das Categorias dos Conteúdos diz que: “os conteúdos são apresentados

segundo sua categoria conceitual (fatos, conceitos e princípios), procedimental

(ligados ao fazer) e atitudinal (normas, valores e atitudes)” (idem, p.19).

Os PCNs podem ser enquadrados dentro das correntes progressistas da

Educação Física, pois sofreram grande influência das discussões acerca da

superação do status meramente competitivista e motor da Educação Física.

Como vimos nas correntes da Educação Física, todas tentam contribuir para

os seus conteúdos escolares, reproduzindo o status quo ou tentando superá-lo. As

correntes que não superam o estado atual da educação física contribuem de forma

mais enfática e especifica dentro das ações que devem ser tomadas pela disciplina,

as abordagens com viés mais progressistas colaboram de forma teórica, porém são

limitadas quando chamadas a indicar propostas práticas, como afirma Tani (apud

CEEF, 2004):

Há uma corrente que chamaria Educação Física social, a qual ao invés de preocupar-se com a Educação Física em si transfere sistematicamente a discussão de seus problemas para níveis mais abstratos e macroscópicos onde, com freqüência, discursos genéricos e demagógicos de cunho ideológico e político partidário, sem propostas reais de programas de Educação Física, têm contribuído para tornar ainda mais indefinido o que já está suficientemente ambíguo. (p.119)

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A corrente da qual fala Tani, é a Crítico-Superadora. Esta abordagem também

é a que está mais em voga dentro dos círculos acadêmicos das licenciaturas em

educação física, talvez por isso o trabalho dos licenciados nas escolas não seja

suficiente à demanda sócio-educativa.

As orientações aplicadas nos cursos de formação de licenciados pregam

certo “excesso de liberdade” aos alunos, ou seja, com discurso de estimular a

democracia, acaba-se por se perder e não construir nada de positivo, nem possível

mostrar o que é importante para a formação dos estudantes.

Barbosa (1997), discute sobre a não-diretividade dos professores ditos

“progressistas”:

Não é pelo fato de fazermos as vontades dos alunos (jogar futebol ou vôlei, por exemplo), que seremos considerados professores progressistas. Por nossa maior experiência acerca das realidades sociais, temos o direito e o dever de impormos o conteúdo mais propício para nosso objetivo de formar verdadeiros cidadãos. Não podemos abandonar o processo educativo à não-diretividade, ministrando apenas aulas ditadas pelas classes dominantes, através de suas leis e decretos, que nos obrigam apenas a trabalhar os esportes, como se estes fossem os únicos conteúdos da Educação Física. (p.95)

E conclui que: “num primeiro momento de nossa tentativa de formarmos

alunos-cidadãos, deverá haver uma pequena dose de ‘coerção’ de nossa parte no

sentido de ministrarmos o conteúdo que entendemos ser importante”.

Ainda sobre a não-diretividade aparentemente defendida em algumas

correntes da Educação Física trabalhadas nos cursos de formação, Libâneo (1986)

comenta:

A não-diretividade abandona os alunos aos seus próprios desejos, como se eles tivessem uma tendência espontânea a alcançar os objetivos da educação. Sabemos que as tendências espontâneas e naturais não são ‘naturais’, antes são tributárias das condições de vida e do meio. (p. 41)

17

A superação do estado de caos nos objetivos, métodos, práticas e como é

vista a educação física de fora, só será possível quando o professor passar a prezar

mais a qualidade do que a quantidade de jogos ou alunos em sua aula e a disciplina

deixar de ser o passa tempo, o entretenimento e a festa da escola e consolidar-se

como uma disciplina como as outras, com objetivos, métodos e formas de avaliar

bem definidas. (Barbosa, 1997).

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2.2 NA ESCOLA NÃO-TRADICIONAL

Escola Não-Tradicional é aquela que busca através de uma contextualização

e participação mais efetiva dos alunos otimizar o processo de ensino aprendizagem,

tentando romper com o principio freiriano de “educação bancária”. (Paulo Freire,

1979).

O objetivo de formação do homem guerreiro e apto a qualquer tipo de

trabalho já foi superado dentro da educação física escolar. Hoje se busca como

formar o cidadão de forma integral agregando seus valores sociais, afetivos, motores

e corporais. Mesmo as correntes “não progressistas” não têm mais isto como

escopo.

Mesmo assim, é necessário buscar saídas curriculares para a formação

consistente de programas de conteúdos a serem trabalhados com os escolares, que

sejam coerentes na formação dos licenciados e pertinentes para a formação do

aluno.

As escolas não-tradicionais trilham os caminhos de uma educação

renovadora retirando de cada teoria educacional, aspectos positivos na formatação

de seu currículo e prática.

Em primeiro lugar deve se estabelecer a Educação Física como componente

curricular, pois é isto, segundo Caparroz (1997,p.79), o que identifica os conteúdos

de um currículo na forma de uma matéria escolar ou disciplina escolar. E, de acordo

com Saviani (1994), “as disciplinas escolares constituem um conjunto peculiar de

conhecimentos dispostos especificamente para fins de ensino”. A Educação Física

em seu currículo deve possuir um conjunto organizado de conhecimentos para que

seja possível o ensino de conteúdos importantes para a formação do cidadão, mas

que também sejam significativos para eles. (p.58)

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Ferreira (1984), afirma a necessidade de conteúdos significativos através da

“(...) formação da atitude do educando, ajudando-o a se conhecer, a se dominar, a

se relacionar com o mundo e a buscar sua autonomia pessoal, complementando o

processo de educação geral por meio de atividades físicas”. (p.20)

Reflexões de Caparroz (1997), Freire (1989), Faria Júnior (1987), Carmo

(1985), esclarecem melhor como é a Educação Física em escolas não-tradicionais.

A busca para constituir de fato a Educação Física como “matéria escolar” tem

como saída, segundo Caparroz (1997), a “(...) conquista do status de que gozam as

demais disciplinas, como a matemática e a língua portuguesa através de atividades

que dessem ênfase ao desenvolvimento cognitivo” (p.148). Porém, o mesmo autor

mostra uma contradição que diz respeito à “(...) negação de si própria, para a

afirmação do campo das demais”. (p.148)

Freire (1989), por outro lado, mostra que a Educação Física como

componente do currículo escolar pode ter um currículo próprio com base no

pensamento cognitivo sem que para a educação física como disciplina se negue:

O esforço do professor de Educação Física deve ser dirigido ao mesmo objetivo, entre outros, da aula em sala: o desenvolvimento cognitivo. A diferença é que, em Educação Física, deve se dar maior ênfase à inteligência corporal (sem, porém, deixar de lado a inteligência conceitual). (p.134)

Caparroz (1997), ainda contribui para esta discussão ao refletir sobre a obra

construtivista de João Batista Freire (1989) à medida que afirma que, para a

educação integral do indivíduo, é estritamente necessária a educação do corpo

aliada à educação cognitiva e, desta forma, a educação física alcançaria um espaço

de maior amplitude dentro da instituição escolar com atividades que extrapolariam

os limites da quadra como meras atividades físicas, imprimindo à Educação Física

“um caráter mais significativo e uma ordem de importância semelhante a das demais

disciplinas” (p.50). Todas as disciplinas possuiriam seu espaço, inclusive a

Educação Física.

20

Para fundamentar em forma de currículo a proposta acima, Faria Júnior

(1987) contribui dizendo que “(...) a Educação Física envolve um grande número de

conhecimentos relacionados como o histórico dos desportos, regras, táticas e

sistemas, noções de higiene e saúde, isto somente para criar uns poucos exemplos”

(p.106).

Quanto à atuação do professor, ela é pautada como a de um agente de

transformação social onde é fundamental “a vinculação do político com o

educacional de forma dialética na busca da práxis social” (Carmo, 1985). O autor

conclui mostrando as atuações dos professores: “denunciar as discriminações do

esporte, os verdadeiros motivos da subnutrição, do analfabetismo, das avitaminoses,

das verminoses, da exploração do homem pelo próprio homem” (p.37).

Soares et al, (apud Caparroz, 1997) afirma que o esporte como conteúdo do

currículo escolar não é apenas uma forma de fugir do mundo e alienar-se, mas

também é uma forma de apropriar-se do mundo e de um de seus aspectos

humanos.

Bracht, (apud Caparrroz, 1997) complementa defendendo que movimento

corporal possui significados particulares que lhes são conferidos pelo contexto

histórico-cultural.

Para a Educação Física contribuir de forma efetiva na formação dos

educandos na escola não-tradicional a elaboração e execução de currículos

permitem o desenvolvimento pleno dos valores humanos, competitivos,

cooperativos, práticos, teóricos, fisiológicos, biológicos, sociais, históricos, psíquicos

e cognitivos.

Fazendo com que estes conteúdos devem sejam significativos para os alunos

sem desligar-se da significância social, pois, segundo Leontiev, (apud Soares et al.,

1992), “(...) atividades têm uma significação dada socialmente, e nem sempre

coincidem com a expectativa do aluno” (p.62). Esta consideração é tomada com

atenção nas escolas não-tradicionais , com um trabalho voltado para a sociedade e

a formação do cidadão.

21

3. METODOLOGIA 3.1.POPULAÇÃO

A população objeto de estudo foi constituída pelos alunos do Ensino

Fundamental I (5º ano) e Fundamental II (6º ao 9º ano) de escolas com currículo

não-tradicional da cidade de Fortaleza, matriculados no ano letivo de 2006.

3.2. AMOSTRA

Na cidade de Fortaleza 7 (sete) escolas que têm em seu currículo o Ensino

Fundamental I e II consideram seus currículos não tradicionais, 2 (duas) delas que,

pelas suas características representam as demais, foram tomadas para participar da

pesquisa. Todos os alunos de 5º ao 9º ano, dessas 2(duas) escolas foram

entrevistados, totalizando 103 alunos.

3.3. LEVANTAMENTO DE DADOS E INSTRUMENTOS

Os dados foram colhidos através de 1(um) questionário (anexo I) com os

sujeitos, sobre a prática da Educação Física em suas respectivas escolas e em um

diário de registro das aulas de Educação Física em cada uma delas.

3.4. ANÁLISE DOS DADOS

Os dados obtidos através do questionário foram tabulados e analisados

quantitativa e qualitativamente, através do “software” SPSS (Statiscal Package for

the Social Sciences) para "Windows" versão 13.0.

22

4. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

4.1. RELATO DE OBSERVAÇÃO DAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA NAS

ESCOLAS

Foram observadas, durante 2 (dois) meses,16 (dezesseis) aulas de Educação

Física, em duas escolas tomada como amostra, no relato de observação das

escolas elas serão denominadas de Escola A e Escola B.

Na Escola A existem duas aulas de Educação Física por semana, ministradas

por dois professores, o currículo é dividido em Esportes e Corpo.

Em Esportes são trabalhados os esportes tradicionais (Futsal, Handebol,

Voleibol, Basquetebol e o Atletismo), jogos cooperativos e populares, aspectos

anatômicos e fisiológicos do ser humano. Em Corpo é trabalhado o auto-

conhecimento do ser e a relação do ser com a natureza e as pessoas, através da

meditação, artes orientais e da expressão corporal. As duas modalidades de aula

são parte de um projeto pedagógico que se diferencia em quatro etapas, uma por

bimestre letivo.

Na Escola B, também existem 2 (duas) aulas de Educação Física por

semana, pelo mesmo professor, onde é feito um trabalho interdisciplinar, com

geografia e matemática, utilizando o esporte Corrida de Orientação, também são

trabalhados os esportes tradicionais: futebol, handebol e voleibol em suas

modalidades de areia, pois o espaço utilizado pela escola para as aulas prática é um

campo com areia. No ensino dos esportes são enfatizados os trabalhos em grupo

utilizando os jogos cooperativos.

23

4.2. DADOS DAS ENTREVISTAS

O principal instrumento para coleta de dados foi um questionário (anexo I)

respondido por 82 alunos da Escola A e 21 alunos da Escola B, com 18 itens

relativos a aspectos da Educação Física Escolar. O questionário tinha como objetivo

descobrir o que motivava os alunos à prática e que aspectos sociais eram

desenvolvidos durante as aulas para confrontar estes dados com a proposta

pedagógica das escolas.

A primeira questão colocada teve o objetivo de saber o nível de interesse dos

alunos pelas aulas, a maioria dos alunos das duas escolas 99% deu uma resposta

positiva, apenas 1% rejeita totalmente as aulas, desta maioria 68,6% afirmaram que

sempre gostam da educação física independentemente da atividade.

1 - sempre0 - às vezes-1 - nunca

Eu gosto das aulas de Educação Física.

A segunda questão procurava relacionar o gosto pelas aulas e a participação

efetiva onde o percentual dos que não participavam das aulas é o mesmo dos que

não gostam (1%), mas o percentual dos que participam sempre das aulas aumenta

em relação aos que gostam sempre das aulas nesse caso é 72,8%; na observação

de campo ficou nítido que este aumento percentual entre os alunos que gostam e

participam se dá apenas pela obrigação de ter que participar da aula, neste caso a

interferência do professor foi irrelevante, pois os alunos que não queriam realmente

participar continuavam sentados nos bancos em volta dos espaços onde

transcorriam as aulas.

24

1 - sempre0 - às vezes-1 - nunca

Eu participo das aulas de Educação Física.

A terceira questão se referia ao interesse dos estudantes pelas aulas teóricas

de educação física, que são raras nas duas escolas, onde os resultados foram em

percentual: 15,5% nunca gostam, 46,6% gostam às vezes e 37,9% sempre gostam.

Este resultado pode ter sido influenciado pela quebra de rotina que acontece quando

as aulas teóricas são ministradas, causando descontentamento na maioria das

turmas e em duas aulas deste tipo observadas, foi constatado o baixo rendimento da

aula devido às causas já citadas.

1 - sempre

0 - àsvezes

-1 - nunca

Eu gosto das aulas teóricas de Educação Física.

A quarta questão fazia menção aos jogos competitivos, que as duas escolas

não trabalham visando à “performance”, mesmo assim apenas 3,9% rejeitam

completamente a competição, pois a maioria gosta dos jogos competitivos, 60,2%

responderam sempre e 35,9% às vezes.

1 - sempre

0 - àsvezes

-1 - nunca

Eu gosto de jogos competitivos.

A quinta questão por sua vez traz o contraste, que versa sobre o interesse por

jogos que não têm vencedor nem vencido (cooperativos), onde apenas 42,7%

sempre gostam, 49,5% só gostam às vezes e 7,8% rejeitam completamente.

25

1 - sempre

0 - àsvezes

-1 - nunca

gosto dos jogos onde o objetivo não escolher um...

Através destes dados e das observações de campo foi constatado que os

alunos destas escolas são bem participativos em atividades com objetivos

diferentes, a maioria participou ativamente e mesmo em opinião, a diferença entre a

preferência por competição ou cooperação é pequena, apenas 3,9% a favor da

competição.

O sexto quesito também trata da competição, 10,7% acham importante que

os jogos nunca tenham um vencedor, 37,9% que só às vezes tenham um vencedor

e 51,5% acham importante que os jogos sempre tenham um vencedor.

1 - sempre

0 - àsvezes

-1 - nunca

Eu acho importante que o jogo tenha um vencedor.

Através das questões 4 e 6 duas questões podem ser levantadas, ressaltando

que a maioria dos alunos estuda nas escolas desde a educação infantil,

precisamente 80,8%, e o trabalho é voltado para a não competitividade. A primeira é

verificar se a influência externa às escolas têm mais força para que ela possa fazer

da competição algo atraente. A segunda é se o trabalho da escola através das

atividades cooperativas também é uma preparação para o mundo extremamente

competitivo.

Comparando as questões 7 (participação em atividades individuais) e 8

(participação em atividades coletivas) os alunos preferem as individuais, 76,7%

sempre participam das atividades individuais, enquanto, 69,9% sempre participam

das atividades coletivas. Mas em relação aos alunos que participam apenas às

vezes 15,5% são mais favoráveis às atividades individuais e 26,2% são mais

favoráveis às atividades coletivas. A não participação é maior nas atividades

26

individuais, 7,8% contra 3,9% nas atividades coletivas. Nestas questões se vê que o

trabalho em grupo, que está bem presente no discurso das escolas se efetiva na

prática, pois poucos alunos rejeitam completamente as atividades em grupo.

1 - sempre0 - às vezes-1 - nunca

Eu participo das atividades coletivas.

1 - sempre0 - às vezes-1 - nunca

Eu participo das atividades individuais.

A nona questão visou averiguar a visão ética dos alunos nos esportes, tinha a

seguinte redação: “Durante um jogo eu vejo que o árbitro (juiz) marcou errado um

gol, a favor do meu time, eu digo que ele errou e não foi gol”. As respostas foram

proporcionalmente divididas, 26,2% responderam nunca, 37,9% às vezes e 35,9%

sempre. Mostrando que o trabalho das escolas em não privilegiar a vitória a

qualquer custo tem um resultado positivo, pois apenas 26,2% mostraram omissão

frente a uma atitude ética.

1 - sempre0 - às vezes-1 - nunca

Durante um jogo eu vejo que o árbitro (juiz) marcou errado um gol, a favor domeu time, eu digo que ele errou e não foi gol.

As questões 10, 11, 12, 13 e 14 foram elaboradas para investigar o

entendimento dos alunos sobre a educação física relacionada à motricidade e as

valências físicas, a maioria dos alunos mostrou que conhece a importância da

educação física. Talvez seja este um dos motivos da grande aceitação das aulas da

disciplina.

27

28

10. A Educação Física desenvolve a capacidade de correr por muito tempo, respirar melhor, e concentração.

Freqüência Percentual Percentual Cumulativo

Validos -1 - nunca 1 1,0 0 - às vezes 29 28,2 1 - sempre 73 70,9 Total 103 100,0

1 - sempre0 - às vezes-1 - nunca

A Educação Física desenvolve a capacidade de correr por muito tempo,respirar melhor, e concentração.

11 . A Educação Física desenvolve a capacidade correr com velocidade.

Freqüência Percentual Percentual Cumulativo

Validos -1 - nunca 3 2,9 2,9 0 - às vezes 32 31,1 34,0 1 - sempre 68 66,0 100,0 Total 103 100,0

1 - sempre0 - às vezes-1 - nunca

A Educação Física desenvolve a capacidade correr com velocidade.

12 . A Educação Física desenvolve a capacidade de respirar melhor

Freqüência PercentualPercentual Cumulativo

-1 - nunca 5 4,9 4,9 0 - às vezes 33 32,0 36,9 1 - sempre 65 63,1 100,0

Validos

Total 103 100,0

29

1 - sempre0 - às vezes-1 - nunca

A Educação Física desenvolve a capacidade de respirar melhor

13. A Educação Física desenvolve a capacidade de ser mais ágil.

Freqüência Percentual Percentual Cumulativo

-1 - nunca 1 1,0 1,0 0 - às vezes 20 19,4 20,4 1 - sempre 82 79,6 100,0

Validos

Total 103 100,0

1 - sempre0 - às vezes-1 - nunca

A Educação Física desenvolve a capacidade de ser mais ágil.

14 . A Educação Física desenvolve o poder de concentração.

Freqüência Percentual Percentual Cumulativo

Validos -1 - nunca 5 4,9 4,9 0 - às vezes 38 36,9 41,7 1 - sempre 60 58,3 100,0 Total 103 100,0

1 - sempre0 - às vezes-1 - nunca

A Educação Física desenvolve o poder de concentração.

A questão 15 mostrou um dado contraditório entre a filosofia das escolas e a

educação física frente à competição: 66% dos alunos afirmaram que a educação

física desenvolve a competição, 33% dizem que às vezes desenvolve a competição

e apenas 1% diz que nunca desenvolve. Este dado é preocupante, pois já foi visto

em questões anteriores (4 e 6), que as turmas são participativas independente de

cooperação e competição.

1 - sempre0 - às vezes-1 - nunca

A Educação Física desenvolve a competição.

O quesito 16 trata da criação de relações de rivalidade: 29,1% afirmam que a

educação física desenvolve a rivalidade, 49,5% dizem que às vezes desenvolve e

apenas 21,4% dizem que não desenvolve a rivalidade. O percentual dos alunos que

vêem o desenvolvimento da rivalidade nas aulas de Educação Física é grande

(78,6%), considerando que as escolas procuram não desenvolver estes aspectos.

1 - sempre0 - às vezes-1 - nunca

A Educação Física desenvolve a rivalidade.

Já em relação à solidariedade, na questão 17, o dado é mais salutar, apenas

6,8% afirmam que a educação física nunca desenvolve a solidariedade, 36,9%

dizem que desenvolve apenas às vezes e 56,3% dizem que sempre desenvolve.

1 - sempre0 - às vezes-1 - nunca

A Educação Física desenvolve a solidariedade.

Confrontando as questões 16 e 17 fica evidente que a solidariedade é bem

desenvolvida nas escolas, transportando este aspecto para as aulas de Educação

Física.

A última questão (18) descreve um procedimento real em um esporte coletivo

onde o objetivo é marcar gol ou ponto: a maioria, 68%, diz que o trabalho coletivo é

mais eficaz para conseguir os objetivos, 30,1% dizem que isso acontece apenas às

vezes e 1,9% afirmam que isso nunca é eficaz.

30

1 - sempre0 - às vezes-1 - nunca

Em um jogo de basquete, futsal, handebol ou futebol é mais fácil ao ponto ouao gol coletivamente.

Relevando questões de julgamento próprias da idade dos sujeitos

pesquisados, 74,8% entre 10 e 12 anos, a pesquisa mostrou que as Escolas “não-

tradicionais” têm um trabalho importante na Educação Física, formando cidadãos

com capacidade reflexiva e consciente de sua importância para a sociedade, com o

trabalho fundamentado na quebra da prática tradicional da Educação Física Escolar

que visa o desenvolvimento da capacidade competitiva. Vê-se nas atividades destas

escolas um estímulo incessante ao trabalho em grupo e a solidariedade, através de

projetos de assistência e visita a instituições filantrópicas e intercâmbio com pessoas

de diferentes realidades sociais.

31

32

4.3. CRUZAMENTO DE DADOS

Os dados obtidos com o questionário foram correlacionados (coeficiente de

correlação de Pearson) para se verificar o nível de relação duas a duas variáveis.

As correlações significativas apresentadas foram obtidas correlacionando

(coeficiente de correlação de Pearson) com o escore do item com o escore da

dimensão que o item media. Cada dispersão e os itens que ela se referem são

apresentados em quadro com a dimensão numerada em negrito no início do quadro.

1. Os alunos gostam das aulas de Educação Física.

Itens correlacionados

Coeficiente de

correlação

Nível de significância (p)

Participam da aula 0,453 p < 0,01 Gostam das aulas teóricas 0,383 p < 0,01 Gostam dos jogos competitivos 0,336 p < 0,01 Acham importante que um jogo tenha um vencedor 0,279 p < 0,01

Participam as atividades coletivas 0,282 p < 0,01 Demonstram honestidade e ética 0,311 p < 0,01 Acham que desenvolve a capacidade de correr com velocidade

0,326 p < 0,01

Acham que desenvolve a capacidade de ser mais ágil 0, 274 p < 0,01 Acham que desenvolve o poder de concentração 0,394 p < 0,01 Acham que desenvolve a competição 0,219 p < 0,05 Acham que desenvolve a solidariedade 0,332 p < 0,01

O dado importante mostrado pela correlação de itens da 1ª questão mostra

que os alunos que gostam das aulas têm afinidade com a maioria das práticas

empregadas na escola, revelando que estas aulas são de fato significativas para os

alunos entrevistados. Mostrando também que o desenvolvimento da competição

está correlacionado. Mostrando que intimamente os alunos vêem a competição

sendo desenvolvida através da Educação Física.

33

2. Os alunos participam das aulas de Educação Física.

Itens correlacionados

Coeficiente de

correlação

Nível de significância (p)

Gostam das aulas 0,453 p < 0,01 Gostam dos jogos competitivos 0,483 p < 0,01 Participam as atividades coletivas 0,456 p < 0,01 Acham que desenvolve a capacidade de correr com velocidade

0,355 p < 0,01

Acham que desenvolve a capacidade de respirar melhor 0,279 p < 0,01 Acham que desenvolve o poder de concentração 0,262 p < 0,01 Acham que desenvolve a solidariedade 0,211 p < 0,05

Entre os itens correlacionados com a participação nas aulas de Educação

Física, os coeficientes mais altos estão na motivação por atividades competitivas e

coletivas e também no desenvolvimento da solidariedade. Mostrando que estas

atividades são muito importantes para a relação de ensino-aprendizagem cognitiva e

social das escolas.

3. Os alunos gostam das aulas teóricas

Itens correlacionados

Coeficiente de

correlação

Nível de significância (p)

Gostam das aulas 0,383 p < 0,01 Demonstram honestidade e ética 0, 263 p < 0,01 Acham que desenvolve a solidariedade 0,238 p < 0,05

Na prática foi notado que os alunos que mais se interessam pelas aulas

teóricas são os alunos que não estão muito motivados pelas práticas, isto é

demonstrado no baixo índice de itens correlacionados, mesmo mostrando que de

maneira geral estes alunos gostam das aulas. E dois dos principais elementos da

proposta pedagógica das escolas estão presentes: a ética e a solidariedade.

34

4.Os alunos gostam dos jogos competitivos

Itens correlacionados

Coeficiente de

correlação

Nível de significância (p)

Gostam das aulas 0,336 p < 0,01 Participam da aula 0,483 p < 0,01 Participam as atividades coletivas 0,364 p < 0,01 Acham que desenvolve a capacidade de correr com velocidade

0,262 p < 0,05

Acham que desenvolve o poder de concentração 0,204 p < 0,05 Acham que desenvolve a competição 0,250 p < 0,05 Acham que desenvolve a solidariedade 0,200 p < 0,05

É importante notar que os alunos acham que a Educação Física desenvolve a

solidariedade e a competição.

Vê-se neste item que o trabalho com a competição nestas escolas é salutar,

pois alunos têm muita afinidade com atividades coletivas e com a solidariedade.

5. Os alunos gostam de jogos onde o objetivo não é escolher um vencedor

Itens correlacionados

Coeficiente de

correlação

Nível de significância (p)

Demonstram honestidade e ética 0,271 p < 0,01

O único item correlacionado significativamente com gostar de jogos onde o

objetivo é escolher um vencedor foi a demonstração de honestidade e ética. Este

item esta relacionado à cooperação que tem como princípios a honestidade e a

ética, demonstrando este caráter das aulas com jogos cooperativos nas escolas.

6. Os alunos acham importante que o jogo tenha um vencedor.

Itens correlacionados

Coeficiente de

correlação

Nível de significância (p)

Gostam das aulas 0,279 p < 0,01 Acham que desenvolve a capacidade de correr com velocidade

0,333 p < 0,01

Acham que desenvolve a capacidade de respirar melhor 0,279 p < 0,01 Acham que desenvolve o poder de concentração 0,234 p < 0,05 Acham que é mais fácil chegar ao objetivo coletivamente 0,204 p < 0,05

Os itens correlacionados mostram que achar importante um vencedor no jogo

compreendem muitos aspectos da finalidade da Educação Física, motores, físicos e

sociais.

35

7. Os alunos participam das atividades individuais

Itens correlacionados

Coeficiente de

correlação

Nível de significância (p)

Acham que a Educação Física desenvolve a rivalidade 0,395 p < 0,01

De fato as atividades individuais, principalmente as estafetas, nestas escolas

criavam um ambiente de rivalidade entre alguns alunos, entretanto não estimulado

pelos professores. Por esse motivo há correlação significativa entre estes itens.

8. Os alunos participam das atividades coletivas.

Itens correlacionados

Coeficiente de

correlação

Nível de significância (p)

Gostam das aulas 0,282 p < 0,01 Participam da aula 0,456 p < 0,01 Gostam dos jogos competitivos 0,364 p < 0,01 Acham que desenvolve a capacidade de ser mais ágil 0, 225 p < 0,05 Acham que desenvolve o poder de concentração 0,201 p < 0,05

Os alunos que participam das atividades coletivas têm mais afinidade com os

jogos competitivos, com a idéia do desenvolvimento da agilidade e da concentração.

Nas escolas foi constatado que os alunos que nunca se esquivavam das atividades

coletivas eram os que gostavam das aulas de modo geral e se identificavam mais

com os jogos competitivos

9. Alunos demonstram ética e honestidade.

Itens correlacionados

Coeficiente de

correlação

Nível de significância (p)

Gostam das aulas 0,311 p < 0,01 Gostam das aulas teóricas 0,263 p < 0,01 Acham que desenvolve a capacidade de ser mais ágil 0, 225 p < 0,05 Gostam dos jogos onde o objetivo não é escolher um vencedor

0,298 p < 0,01

Acham que desenvolve a capacidade de respirar melhor 0, 216 p < 0,05 Acham que é mais fácil chegar ao objetivo coletivamente 0,276 p < 0,01

Os alunos que demonstram ética e honestidade mostram correlação com o

gosto pelas aulas de modo geral. Gostam das aulas teóricas, jogos cooperativos e

coletivos. E, também com significância, acham que desenvolve a capacidade de

respirar melhor.

36

10. Os alunos acham que desenvolve a resistência aeróbica.

Itens correlacionados

Coeficiente de

correlação

Nível de significância (p)

Acham que desenvolve a capacidade de correr com velocidade

0,397 p < 0,01

Acham que desenvolve a capacidade de respirar melhor 0,349 p < 0,01 Acham que desenvolve a solidariedade 0,403 p < 0,01 Acham que é mais fácil chegar ao objetivo coletivamente 0,334 p < 0,01

A correlação entre o desenvolvimento da resistência aeróbica e as

capacidades físicas do ser foi alta e alunos que acham que desenvolve este aspecto

também concordam que a Educação Física estimula a solidariedade e a

cooperação.

11. Os alunos acham que desenvolve a capacidade de correr com velocidade

Itens correlacionados

Coeficiente de

correlação

Nível de significância

(p)

Gostam das aulas 0,326 p < 0,01 Participam da aula 0,355 p < 0,01 Gostam dos jogos competitivos 0,202 p < 0,05 Acham importante que um jogo tenha um vencedor 0,333 p < 0,01

Acham que desenvolve a resistência aeróbica 0,397 p < 0,01

Acham que desenvolve a capacidade de respirar melhor 0,498 p < 0,01 Acham que desenvolve a capacidade de ser mais ágil 0, 577 p < 0,01 Acham que desenvolve o poder de concentração 0,498 p < 0,01 Acham que desenvolve a competição 0,207 p < 0,05 Acham que desenvolve a solidariedade 0,342 p < 0,01 Acham que é mais fácil chegar ao objetivo coletivamente 0,284 p < 0,01

Neste item coeficientes de correlação são maiores em relação às atividades

de cunho prático e de desenvolvimento de valências físicas e motoras. Os alunos

que se situam afirmativamente em relação ao item geralmente são os mais

participativos e tem afinidade com a maioria das atividades propostas.

37

12. Os alunos acham que desenvolve a capacidade de respirar melhor

Itens correlacionados

Coeficiente de

correlação

Nível de significância (p)

Gostam das aulas 0,349 p < 0,01 Participam da aula 0,279 p < 0,01 Demonstram honestidade e ética 0,216 p < 0,05 Acham importante que um jogo tenha um vencedor 0,211 p < 0,01

Acham que desenvolve a resistência aeróbica 0,349 p < 0,01

Acham que desenvolve a capacidade de ser mais ágil 0, 608 p < 0,01 Acham que desenvolve o poder de concentração 0,537 p < 0,01 Acham que desenvolve a solidariedade 0,356 p < 0,01 Acham que é mais fácil chegar ao objetivo coletivamente 0,305 p < 0,01

Neste item também pode se vê a correlação de itens ligados ao

desenvolvimento físico, motor e cognitivo dos alunos. Os alunos também

demonstram ética e honestidade, valores bem tratados pelas escolas.

13. Os alunos acham que desenvolve a capacidade de ser mais ágil.

Itens correlacionados

Coeficiente de

correlação

Nível de significância (p)

Gostam das aulas 0,274 p < 0,01 Participam as atividades coletivas 0,225 p < 0,05 Acham que desenvolve a resistência aeróbica 0,298 p < 0,01

Acham que desenvolve a capacidade de correr com velocidade

0,577 p < 0,01

Acham que desenvolve a capacidade de respirar melhor 0,608 p < 0,01 Acham que desenvolve o poder de concentração 0,524 p < 0,01 Acham que desenvolve a competição 0,240 p < 0,05 Acham que desenvolve a solidariedade 0,249 p < 0,05

Neste item também pode se ver a correlação de itens ligados ao

desenvolvimento físico, motor e cognitivo dos alunos. Os itens relacionados à

competição e solidariedade que estão juntos na prática de todas as atividades

físicas, aqui também aparecem.

38

14. Os alunos acham que desenvolve o poder de concentração.

Itens correlacionados

Coeficiente de

correlação

Nível de significância (p)

Gostam das aulas 0,394 p < 0,01 Participam das aulas 0,262 p < 0,01 Gostam dos jogos competitivos 0,204 p < 0,05 Participam as atividades coletivas 0,201 p < 0,05

Acham que desenvolve a capacidade de correr com velocidade

0,498 p < 0,01

Acham que desenvolve a capacidade de respirar melhor 0,537 p < 0,01 Acham que desenvolve a capacidade de ser mais ágil 0,524 p < 0,01 Acham que desenvolve a solidariedade 0,260 p < 0,01

Os alunos que acham que desenvolve a concentração têm afinidade com

trabalho em grupo, acham que a Educação Física desenvolve a solidariedade e

participam das atividades coletivas e competitivas. Bem como compreendem que a

Educação Física desenvolve valências físicas e motoras.

15. Os alunos acham que desenvolve a competição.

Itens correlacionados

Coeficiente de

correlação

Nível de significância (p)

Gostam das aulas 0,219 p < 0,05 Gostam dos jogos competitivos 0,250 p < 0,05 Acham que desenvolve a capacidade de correr com velocidade

0,207 p < 0,05

Acham que desenvolve a capacidade de ser mais ágil 0,240 p < 0,05 Acham que a Educação Física desenvolve a rivalidade 0,216 p < 0,05

No quesito do desenvolvimento da competição pela Educação Física todos os

itens correlacionados tiveram alto nível de significância. Deve-se chamar a atenção

para o último item, que que se refere ao desenvolvimento da rivalidade e nota-se

que o crescimento da rivalidade e da competitividade são paralelos. Na prática foi

percebido que as atividades competitivas criam na escola momentos de rivalidade,

porém não persistem por muito tempo.

39

16. Os alunos acham que desenvolve a rivalidade

Itens correlacionados

Coeficiente de

correlação

Nível de significância (p)

Participam das atividades individuais 0,395 p < 0,01 Acham que desenvolve a competição 0,216 p < 0,05

Ratificando o comentário anterior a rivalidade está ligada intimamente à

competição, os dois itens relacionados aos alunos que acham que a Educação

Física desenvolve a rivalidade, são a participação individual nas aulas e o

desenvolvimento da competição.

7. Os alunos acham que desenvolve a solidariedade.

Itens correlacionados

Coeficiente de

correlação

Nível de significância (p)

Gostam das aulas 0,332 p < 0,01 Participam da aula 0,211 p < 0,05 Gostam das aulas teóricas 0,238 p < 0,05 Gostam dos jogos competitivos 0,200 p < 0,05 Acham que desenvolve a resistência aeróbica 0,403 p < 0,01

Acham que desenvolve a capacidade de correr com velocidade

0,342 p < 0,01

Acham que desenvolve a capacidade de respirar melhor 0,356 p < 0,01

Acham que desenvolve a capacidade de ser mais ágil 0, 249 p < 0,01 Acham que desenvolve o poder de concentração 0,260 p < 0,01 Acham que é mais fácil chegar ao objetivo coletivamente 0,254 p < 0,01

Neste item pode-se afirmar que os alunos quando vêem a solidariedade como

um aspecto desenvolvido na Educação Física tem 55% dos itens relacionados.

Mostrando que estes alunos sempre estão aptos à participação nas aulas e que a

proposta implantada pelas escolas tem surtido efeito na prática dos alunos.

40

18. Os alunos acham que é mais fácil chegar ao objetivo coletivamente.

Itens correlacionados

Coeficiente de

correlação

Nível de significância (p)

Acham importante que um jogo tenha um vencedor 0,204 p < 0,05 Demonstram honestidade e ética 0,276 p < 0,01 Acham que desenvolve a resistência aeróbica 0,334 p < 0,01

Acham que desenvolve a capacidade de correr com velocidade

0,284 p < 0,01

Acham que desenvolve a capacidade de respirar melhor 0,305 p < 0,01

Acham que desenvolve a solidariedade 0,254 p < 0,01

Mais o trabalho das escolas é evidenciado na correlação da atividade prática

em grupo e a demonstração de ética e honestidade, assim como o desenvolvimento

da solidariedade. Deve-se também considerar que esses alunos têm afinidade com

a competição.

5. CONCLUSÕES

Através das observações de campo e a análise dos dados foi verificado que as

escolas conseguem seus objetivos através de uma proposta pedagógica diferente

das postas em várias instituições educacionais.

As Correlações de Pearson mostraram que todos os itens com valores

significativos eram positivos evidenciando muita relação entre os itens, que em

forma de questões afirmativas tinham por objetivo investigar o discurso e a práticas

das escolas. Esta forte relação prova que os discursos das escolas são efetivados

na prática pelos seus alunos.

Vê-se nestas escolas “não-tradicionais” ou de metodologias alternativas, como

gostam de ser chamadas, a alegria das crianças em estar na escola, todas as aulas

são momentos prazerosos onde não pairam a pressão de ter que ser o “melhor

aluno” da sala, os alunos são respeitados nas suas potencialidades e dificuldades e

o erro é um estimulo para ultrapassar um novo desafio.

Através dos questionários afirmativos os alunos pesquisadores deram

respostas afirmativas à maioria dos quesitos, estes mostravam afirmavam situações

positivas da escola. Os alunos comprovaram suas respostas afirmativas através da

prática observada.

Na nossa opinião, os estágios de experiência nestas escolas são fundamentais

para formação dos professores de educação física que pretendem seguir a área

escolar, pois dá oportunidade de se vivenciar novas práticas com novos métodos de

planejamento, execução e avaliação. Podem dar mais recursos para prática dos

professores com seus alunos e que também podem ajudar suas escolas na

mudança qualitativa do trabalho educativo.

A Educação Física nestas instituições encontrou um local onde é respeitada

em todas as sua potencialidades, os jogos com os esportes tradicionais não são o

limite, são a base que promovem a superação de novas barreiras, onde a

criatividade planejada tem vez e para finalizar, enfim, existe um lugar onde a

Educação Física não é apenas o ganhador de medalhas e troféus para exposição na

entrada da escola, é na verdade mais uma disciplina fundamental na formação dos

estudantes.

41

6. BIBLIOGRAFIA

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BONINI & BONINI. Estatística: teoria e exercícios. São Paulo: Edições Loyola,

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FREIRE, P. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra,

1979.

GIL, A. C. Métodos e técnicas em pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1995.

LIBÂNEO, J. C. Democratização da escola pública. 3ªed.,São Paulo: Loyola,

1986.

SOARES, L.C. et al. Coletivo de autores: metodologia do ensino da educação

física. São Paulo: Cortez, 1992.

43

ANEXOI

Universidade de Brasília – UnB Centro de Ensino a Distância – CEAD Especialização em Esporte Escolar

QUESTIONÁRIO DO ALUNO

Idade____________ ( )5º ( )6º ( )7º ( )8º ( )9º - ANO

( )menino ( )menina

As questões abaixo visam melhorar as aulas de Educação Física em todas as escolas, por

isso sua participação é muito importante.

Assinale com um X a resposta referente a cada questão. E nas questões abertas descreva

as atividades.

Obrigado pela atenção!

QUESTÕES sempre às vezes nunca 1 Eu gosto das aulas de Educação Física. 2 Eu participo das aulas de Educação Física. 3 Eu gosto das aulas teóricas de Educação Física. 4 Eu gosto de jogos competitivos. 5 Eu gosto dos jogos onde o objetivo não escolher um vencedor. 6 Eu acho importante que o jogo tenha um vencedor. 7 Eu participo das atividades individuais. 8 Eu participo das atividades coletivas. 9 Durante um jogo eu vejo que o árbitro (juiz) marcou errado um

gol, a favor do meu time, eu digo que ele errou e não foi gol.

10 A Educação Física desenvolve a capacidade de correr por muito tempo, respirar melhor, e concentração.

11 A Educação Física desenvolve a capacidade correr com velocidade.

12 A Educação Física desenvolve a capacidade de respirar melhor. 13 A Educação Física desenvolve a capacidade de ser mais ágil. 14 A Educação Física desenvolve o poder de concentração. 15 A Educação Física desenvolve a competição. 16 A Educação Física desenvolve a rivalidade. 17 A Educação Física desenvolve a solidariedade. 18 Em um jogo de basquete, futsal, handebol ou futebol é mais fácil

ao ponto ou ao gol coletivamente.

44

45

ANEXO II - FREQUÊNCIAS E GRÁFICOS

idade

Freqüência Percentual Percentual Cumulativo

Validos 9 14 13,6 13,6 10 39 37,9 51,5 11 20 19,4 70,9 12 18 17,5 88,3 13 9 8,7 97,1 14 1 1,0 98,1 15 2 1,9 100,0 Total 103 100,0

1514131211109

idade

sexo

Freqüência Percentual Percentual Cumulativo

Validos 1 - menino 62 60,2 60,2 2 - menina 41 39,8 100,0 Total 103 100,0

2 - menina1 - menino

sexo

1. Eu gosto das aulas de Educação Física.

Freqüência Percentual Percentual Cumulativo

-1 - nunca 1 1,0 1,0 0 - às vezes 31 30,1 31,1 1 - sempre 71 68,9 100,0

Validos

Total 103 100,0

2. Eu participo das aulas de Educação Física.

Freqüência Percentual Percentual Cumulativo

Validos -1 - nunca 1 1,0 1,0 0 - às vezes 27 26,2 27,2 1 - sempre 75 72,8 100,0 Total 103 100,0

3.Eu gosto das aulas teóricas de Educação Física.

Freqüência Percentual Percentual Cumulativo

Validos -1 - nunca 16 15,5 15,5 0 - às vezes 48 46,6 62,1 1 - sempre 39 37,9 100,0 Total 103 100,0

4. Eu gosto de jogos competitivos.

Freqüência Percentual Percentual Cumulativo

Validos -1 - nunca 4 3,9 3,9 0 - às vezes 37 35,9 39,8 1 - sempre 62 60,2 100,0 Total 103 100,0

5 . Eu gosto dos jogos onde o objetivo não escolher um vencedor.

Freqüência Percentual Percentual Cumulativo

-1 - nunca 8 7,8 7,8 0 - às vezes 51 49,5 57,3 1 - sempre 44 42,7 100,0

Validos

Total 103 100,0

6 .Eu acho importante que o jogo tenha um vencedor.

Freqüência PercentualPercentual Cumulativo

-1 - nunca 11 10,7 10,7 0 - às vezes 39 37,9 48,5

1 - sempre 53 51,5 100,0

Validos

Total 103 100,0

7 . Eu participo das atividades individuais.

Freqüência Percentual Percentual Cumulativo

-1 - nunca 8 7,8 7,8 0 - às vezes 16 15,5 23,3 1 - sempre 79 76,7 100,0

Validos

Total 103 100,0

8 . Eu participo das atividades coletivas.

Freqüência Percentual Percentual Cumulativo

-1 - nunca 4 3,9 3,9 0 - às vezes 27 26,2 30,1 1 - sempre 72 69,9 100,0

Validos

Total 103 100,0

46

9 .Durante um jogo eu vejo que o árbitro (juiz) marcou errado um gol, a favor do meu time, eu digo que ele errou e não foi gol.

Freqüência Percentual Percentual Cumulativo

Validos -1 - nunca 27 26,2 26,2 0 - às vezes 39 37,9 64,1 1 - sempre 37 35,9 100,0 Total 103 100,0

10. A Educação Física desenvolve a capacidade de correr por muito tempo, respirar

melhor, e concentração.

Freqüência Percentual Percentual Cumulativo

Validos -1 - nunca 1 1,0 0 - às vezes 29 28,2 1 - sempre 73 70,9 Total 103 100,0

11 . A Educação Física desenvolve a capacidade correr com velocidade.

Freqüência Percentual Percentual Cumulativo

Validos -1 - nunca 3 2,9 2,9 0 - às vezes 32 31,1 34,0 1 - sempre 68 66,0 100,0 Total 103 100,0

12 . A Educação Física desenvolve a capacidade de respirar melhor

Freqüência PercentualPercentual Cumulativo

-1 - nunca 5 4,9 4,9 0 - às vezes 33 32,0 36,9 1 - sempre 65 63,1 100,0

Validos

Total 103 100,0

13. A Educação Física desenvolve a capacidade de ser mais ágil.

Freqüência Percentual Percentual Cumulativo

-1 - nunca 1 1,0 1,0 0 - às vezes 20 19,4 20,4 1 - sempre 82 79,6 100,0

Validos

Total 103 100,0

14 . A Educação Física desenvolve o poder de concentração.

Freqüência Percentual Percentual Cumulativo

Validos -1 - nunca 5 4,9 4,9 0 - às vezes 38 36,9 41,7 1 - sempre 60 58,3 100,0 Total 103 100,0

47

15. A Educação Física desenvolve a competição.

Freqüência Percentual Percentual Cumulativo

-1 - nunca 1 1,0 1,0 0 - às vezes 34 33,0 34,0

Validos

1 - sempre 68 66,0 100,0 Total 103 100,0

16. A Educação Física desenvolve a rivalidade.

Freqüência Percentual Percentual Cumulativo

Validos -1 - nunca 22 21,4 21,4 0 - às vezes 51 49,5 70,9 1 - sempre 30 29,1 100,0 Total 103 100,0

17. A Educação Física desenvolve a solidariedade.

Freqüência Percentual Percentual Cumulativo

-1 - nunca 7 6,8 6,8 0 - às vezes 38 36,9 43,7 1 - sempre 58 56,3 100,0

Validos

Total 103 100,0

18 . Em um jogo de basquete, futsal, handebol ou futebol é mais fácil ao ponto ou ao

gol coletivamente.

Freqüência Percentual Percentual Cumulativo

Validos -1 - nunca 2 1,9 1,9 0 - às vezes 31 30,1 32,0 1 - sempre 70 68,0 100,0 Total 103 100,0

48

ANEXO III

ITENS CORRELACIONADOS

** A correlação é significativa ao nível 0,01 (bilateral). * A correlação é significante al nível 0,05 (bilateral).

Variables

Eu gosto das aulas

de Educação

Física.

Eu participo das aulas de Educação

Física.

Eu gosto das aulas

teóricas de Educação

Física.

Eu gosto de jogos

competitivos.

Correlación de Pearson 1 ,453(**) ,383(**) ,336(**)

Sig. (bilateral) ,000 ,000 ,001

q1 -Eu gosto das aulas de Educação Física.

N 103 103 103 103Correlación de Pearson ,453(**) 1 ,073 ,483(**)

Sig. (bilateral) ,000 ,461 ,000

q2 - Eu participo das aulas de Educação Física.

N 103 103 103 103Correlación de Pearson ,383(**) ,073 1 ,099

Sig. (bilateral) ,000 ,461 ,318

Q3 - Eu gosto das aulas teóricas de Educação Física.

N 103 103 103 103Correlación de Pearson ,336(**) ,483(**) ,099 1

Sig. (bilateral) ,001 ,000 ,318

q4 - Eu gosto de jogos competitivos.

N 103 103 103 103Correlación de Pearson ,049 -,062 ,157 ,075

Sig. (bilateral) ,620 ,533 ,113 ,450

q5- gosto dos jogos onde o objetivo não escolher um vencedor.

N 103 103 103 103Correlación de Pearson ,279(**) ,178 ,116 ,186Q6 - Eu acho

importante que o jogo tenha um vencedor. Sig.

(bilateral) ,004 ,072 ,242 ,060

49

N 103 103 103 103Correlación de Pearson ,123 ,101 ,187 -,056

Sig. (bilateral) ,216 ,308 ,059 ,577

q7 - Eu participo das atividades individuais.

N 103 103 103 103Correlación de Pearson ,282(**) ,456(**) ,021 ,364(**)

Sig. (bilateral) ,004 ,000 ,836 ,000

q8 - Eu participo das atividades coletivas.

N 103 103 103 103Correlación de Pearson ,311(**) ,101 ,263(**) ,073

Sig. (bilateral) ,001 ,312 ,007 ,461

q9 - Durante um jogo eu vejo que o árbitro (juiz) marcou errado um gol, a favor do meu time, eu digo que ele errou e não foi gol. N 103 103 103 103

Correlación de Pearson ,169 ,141 ,114 ,016

Sig. (bilateral) ,088 ,156 ,251 ,871

q10 - A Educação Física desenvolve a capacidade de correr por muito tempo, respirar melhor, e concentração. N 103 103 103 103

Correlación de Pearson ,326(**) ,355(**) ,168 ,202(*)

Sig. (bilateral) ,001 ,000 ,090 ,040

q11 - A Educação Física desenvolve a capacidade correr com velocidade.

N 103 103 103 103Correlación de Pearson ,349(**) ,279(**) ,134 ,153

Sig. (bilateral) ,000 ,004 ,177 ,124

q12 - A Educação Física desenvolve a capacidade de respirar melhor

N 103 103 103 103Correlación de Pearson ,274(**) ,181 ,062 ,173

Sig. (bilateral) ,005 ,067 ,536 ,081

q13- A Educação Física desenvolve a capacidade de ser mais ágil.

N 103 103 103 103Correlación de Pearson ,394(**) ,262(**) ,112 ,204(*)q14- A Educação Física

desenvolve o poder de concentração. Sig.

(bilateral) ,000 ,007 ,260 ,039

50

N 103 103 103 103Correlación de Pearson ,219(*) ,119 ,057 ,250(*)

Sig. (bilateral) ,026 ,232 ,566 ,011

q15 - A Educação Física desenvolve a competição.

N 103 103 103 103Correlación de Pearson -,097 -,080 ,004 -,012

Sig. (bilateral) ,330 ,421 ,966 ,903

q16 - A Educação Física desenvolve a rivalidade.

N 103 103 103 103Correlación de Pearson ,332(**) ,211(*) ,238(*) ,200(*)

Sig. (bilateral) ,001 ,032 ,015 ,043

q17- A Educação Física desenvolve a solidariedade.

N 103 103 103 103Correlación de Pearson ,186 ,086 ,158 ,123

Sig. (bilateral) ,060 ,386 ,111 ,214

q18- Em um jogo de basquete, futsal, handebol ou futebol é mais fácil ao ponto ou ao gol coletivamente. N 103 103 103 103

Variables

gosto dos jogos onde o objetivo

não escolher um

vencedor.

Eu acho importante que o jogo tenha um vencedor.

Eu participo das atividades individuais.

Eu participo das

atividades coletivas.

Correlación de Pearson ,049 ,279(**) ,123 ,282(**)

Sig. (bilateral) ,620 ,004 ,216 ,004

q1 -Eu gosto das aulas de Educação Física. N 103 103 103 103

Correlación de Pearson -,062 ,178 ,101 ,456(**)

Sig. (bilateral) ,533 ,072 ,308 ,000

q2 - Eu participo das aulas de Educação Física. N 103 103 103 103

Correlación de Pearson ,157 ,116 ,187 ,021

Sig. (bilateral) ,113 ,242 ,059 ,836

Q3 - Eu gosto das aulas teóricas de Educação Física. N 103 103 103 103

51

Correlación de Pearson ,075 ,186 -,056 ,364(**)

Sig. (bilateral) ,450 ,060 ,577 ,000

q4 - Eu gosto de jogos competitivos.

N 103 103 103 103Correlación de Pearson 1 -,155 ,056 -,050

Sig. (bilateral) ,117 ,571 ,613

q5- gosto dos jogos onde o objetivo não escolher um vencedor. N 103 103 103 103

Correlación de Pearson -,155 1 ,096 ,033

Sig. (bilateral) ,117 ,335 ,738

Q6 - Eu acho importante que o jogo tenha um vencedor. N 103 103 103 103

Correlación de Pearson ,056 ,096 1 ,091

Sig. (bilateral) ,571 ,335 ,361

q7 - Eu participo das atividades individuais. N 103 103 103 103

Correlación de Pearson -,050 ,033 ,091 1

Sig. (bilateral) ,613 ,738 ,361

q8 - Eu participo das atividades coletivas. N 103 103 103 103

Correlación de Pearson ,271(**) ,146 ,104 ,032

Sig. (bilateral) ,006 ,142 ,295 ,752

q9 - Durante um jogo eu vejo que o árbitro (juiz) marcou errado um gol, a favor do meu time, eu digo que ele errou e não foi gol.

N 103 103 103 103

Correlación de Pearson -,038 ,169 ,179 ,017

Sig. (bilateral) ,702 ,087 ,071 ,863

q10 - A Educação Física desenvolve a capacidade de correr por muito tempo, respirar melhor, e concentração.

N 103 103 103 103

q11 - A Educação

Correlación de Pearson -,021 ,333(**) ,124 ,101

52

Sig. (bilateral) ,834 ,001 ,211 ,310Física desenvolve a capacidade correr com velocidade.

N 103 103 103 103

Correlación de Pearson ,135 ,211(*) ,072 ,193

Sig. (bilateral) ,173 ,033 ,468 ,050

q12 - A Educação Física desenvolve a capacidade de respirar melhor

N 103 103 103 103

Correlación de Pearson ,061 ,165 ,191 ,225(*)

Sig. (bilateral) ,539 ,095 ,054 ,022

q13- A Educação Física desenvolve a capacidade de ser mais ágil.

N 103 103 103 103

Correlación de Pearson ,181 ,234(*) -,025 ,201(*)

Sig. (bilateral) ,068 ,017 ,804 ,042

q14- A Educação Física desenvolve o poder de concentração.

N 103 103 103 103

Correlación de Pearson ,113 ,194 ,058 ,170

Sig. (bilateral) ,255 ,050 ,558 ,087

q15 - A Educação Física desenvolve a competição. N 103 103 103 103

Correlación de Pearson -,018 ,178 ,395(**) ,068

Sig. (bilateral) ,859 ,072 ,000 ,495

q16 - A Educação Física desenvolve a rivalidade. N 103 103 103 103

Correlación de Pearson ,131 ,097 -,004 ,095

Sig. (bilateral) ,188 ,328 ,968 ,341

q17- A Educação Física desenvolve a solidariedade.

N 103 103 103 103Correlación de Pearson -,023 ,204(*) ,004 ,004

Sig. (bilateral) ,814 ,039 ,969 ,971

q18- Em um jogo de basquete, futsal, handebol ou futebol é mais fácil ao ponto ou ao gol coletivamente.

N 103 103 103 103

53

Variables

Durante um jogo eu vejo

que o árbitro (juiz)

marcou errado um

gol, a favor do meu time, eu

digo que ele errou e não

foi gol.

A Educação Física

desenvolve a capacidade de

correr por muito tempo,

respirar melhor, e

concentração.

A Educação Física

desenvolve a capacidade correr com velocidade.

A Educação Física

desenvolve a capacidade de

respirar melhor

Correlación de Pearson ,311(**) ,169 ,326(**) ,349(**)

Sig. (bilateral) ,001 ,088 ,001 ,000

q1 -Eu gosto das aulas de Educação Física. N 103 103 103 103

Correlación de Pearson ,101 ,141 ,355(**) ,279(**)

Sig. (bilateral) ,312 ,156 ,000 ,004

q2 - Eu participo das aulas de Educação Física. N 103 103 103 103

Correlación de Pearson ,263(**) ,114 ,168 ,134

Sig. (bilateral) ,007 ,251 ,090 ,177

Q3 - Eu gosto das aulas teóricas de Educação Física. N 103 103 103 103

Correlación de Pearson ,073 ,016 ,202(*) ,153

Sig. (bilateral) ,461 ,871 ,040 ,124

q4 - Eu gosto de jogos competitivos.

N 103 103 103 103Correlación de Pearson ,271(**) -,038 -,021 ,135

Sig. (bilateral) ,006 ,702 ,834 ,173

q5- gosto dos jogos onde o objetivo não escolher um vencedor. N 103 103 103 103

Correlación de Pearson ,146 ,169 ,333(**) ,211(*)

Sig. (bilateral) ,142 ,087 ,001 ,033

Q6 - Eu acho importante que o jogo tenha um vencedor. N 103 103 103 103

Correlación de Pearson ,104 ,179 ,124 ,072

Sig. (bilateral) ,295 ,071 ,211 ,468

q7 - Eu participo das atividades individuais. N 103 103 103 103

54

Correlación de Pearson ,032 ,017 ,101 ,193

Sig. (bilateral) ,752 ,863 ,310 ,050

q8 - Eu participo das atividades coletivas. N 103 103 103 103

Correlación de Pearson 1 ,156 ,085 ,216(*)

Sig. (bilateral) ,117 ,394 ,028

q9 - Durante um jogo eu vejo que o árbitro (juiz) marcou errado um gol, a favor do meu time, eu digo que ele errou e não foi gol.

N 103 103 103 103

Correlación de Pearson ,156 1 ,397(**) ,349(**)

Sig. (bilateral) ,117 ,000 ,000

q10 - A Educação Física desenvolve a capacidade de correr por muito tempo, respirar melhor, e concentração.

N 103 103 103 103

Correlación de Pearson ,085 ,397(**) 1 ,498(**)

Sig. (bilateral) ,394 ,000 ,000

q11 - A Educação Física desenvolve a capacidade correr com velocidade.

N 103 103 103 103

Correlación de Pearson ,216(*) ,349(**) ,498(**) 1

Sig. (bilateral) ,028 ,000 ,000

q12 - A Educação Física desenvolve a capacidade de respirar melhor

N 103 103 103 103

Correlación de Pearson ,090 ,298(**) ,577(**) ,608(**)

Sig. (bilateral) ,366 ,002 ,000 ,000

q13- A Educação Física desenvolve a capacidade de ser mais ágil.

N 103 103 103 103

q14- A Educação

Correlación de Pearson ,183 ,191 ,498(**) ,537(**)

55

Sig. (bilateral) ,065 ,053 ,000 ,000Física desenvolve o poder de concentração.

N 103 103 103 103

Correlación de Pearson ,012 ,088 ,207(*) ,066

Sig. (bilateral) ,901 ,375 ,036 ,508

q15 - A Educação Física desenvolve a competição. N 103 103 103 103

Correlación de Pearson ,004 ,126 ,101 -,016

Sig. (bilateral) ,969 ,203 ,312 ,876

q16 - A Educação Física desenvolve a rivalidade. N 103 103 103 103

Correlación de Pearson ,141 ,403(**) ,342(**) ,356(**)

Sig. (bilateral) ,156 ,000 ,000 ,000

q17- A Educação Física desenvolve a solidariedade.

N 103 103 103 103Correlación de Pearson ,276(**) ,334(**) ,284(**) ,305(**)

Sig. (bilateral) ,005 ,001 ,004 ,002

q18- Em um jogo de basquete, futsal, handebol ou futebol é mais fácil ao ponto ou ao gol coletivamente.

N 103 103 103 103

Variables

A Educação Física desenvolve a

capacidade de ser mais ágil.

A Educação Física desenvolve o poder

de concentração.

A Educação Física

desenvolve a competição.

Correlación de Pearson ,274(**) ,394(**) ,219(*)

Sig. (bilateral) ,005 ,000 ,026

q1 -Eu gosto das aulas de Educação Física. N 103 103 103

Correlación de Pearson ,181 ,262(**) ,119

Sig. (bilateral) ,067 ,007 ,232

q2 - Eu participo das aulas de Educação Física. N 103 103 103

Correlación de Pearson ,062 ,112 ,057

Sig. (bilateral) ,536 ,260 ,566

Q3 - Eu gosto das aulas teóricas de Educação Física. N 103 103 103

56

Correlación de Pearson ,173 ,204(*) ,250(*)

Sig. (bilateral) ,081 ,039 ,011

q4 - Eu gosto de jogos competitivos.

N 103 103 103Correlación de Pearson ,061 ,181 ,113

Sig. (bilateral) ,539 ,068 ,255

q5- gosto dos jogos onde o objetivo não escolher um vencedor. N 103 103 103

Correlación de Pearson ,165 ,234(*) ,194

Sig. (bilateral) ,095 ,017 ,050

Q6 - Eu acho importante que o jogo tenha um vencedor. N 103 103 103

Correlación de Pearson ,191 -,025 ,058

Sig. (bilateral) ,054 ,804 ,558

q7 - Eu participo das atividades individuais. N 103 103 103

Correlación de Pearson ,225(*) ,201(*) ,170

Sig. (bilateral) ,022 ,042 ,087

q8 - Eu participo das atividades coletivas. N 103 103 103

Correlación de Pearson ,090 ,183 ,012

Sig. (bilateral) ,366 ,065 ,901

q9 - Durante um jogo eu vejo que o árbitro (juiz) marcou errado um gol, a favor do meu time, eu digo que ele errou e não foi gol.

N 103 103 103

Correlación de Pearson ,298(**) ,191 ,088

Sig. (bilateral) ,002 ,053 ,375

q10 - A Educação Física desenvolve a capacidade de correr por muito tempo, respirar melhor, e concentração.

N 103 103 103

Correlación de Pearson ,577(**) ,498(**) ,207(*)

Sig. (bilateral) ,000 ,000 ,036

q11 - A Educação Física desenvolve a capacidade N 103 103 103

57

correr com velocidade.

Correlación de Pearson ,608(**) ,537(**) ,066

Sig. (bilateral) ,000 ,000 ,508

q12 - A Educação Física desenvolve a capacidade de respirar melhor

N 103 103 103

Correlación de Pearson 1 ,524(**) ,240(*)

Sig. (bilateral) ,000 ,015

q13- A Educação Física desenvolve a capacidade de ser mais ágil.

N 103 103 103

Correlación de Pearson ,524(**) 1 ,107

Sig. (bilateral) ,000 ,282

q14- A Educação Física desenvolve o poder de concentração.

N 103 103 103

Correlación de Pearson ,240(*) ,107 1

Sig. (bilateral) ,015 ,282

q15 - A Educação Física desenvolve a competição. N 103 103 103

Correlación de Pearson ,181 -,006 ,216(*)

Sig. (bilateral) ,067 ,949 ,029

q16 - A Educação Física desenvolve a rivalidade. N 103 103 103

Correlación de Pearson ,249(*) ,260(**) ,152

Sig. (bilateral) ,011 ,008 ,126

q17- A Educação Física desenvolve a solidariedade.

N 103 103 103Correlación de Pearson ,110 ,183 ,029

Sig. (bilateral) ,267 ,064 ,770

q18- Em um jogo de basquete, futsal, handebol ou futebol é mais fácil ao ponto ou ao gol coletivamente.

N 103 103 103

58

Variables

A Educação Física

desenvolve a rivalidade.

A Educação Física

desenvolve a solidariedade.

Em um jogo de basquete,

futsal, handebol ou

futebol é mais fácil ao ponto

ou ao gol coletivamente.

Correlación de Pearson -,097 ,332(**) ,186

Sig. (bilateral) ,330 ,001 ,060

q1 -Eu gosto das aulas de Educação Física.

N 103 103 103Correlación de Pearson -,080 ,211(*) ,086

Sig. (bilateral) ,421 ,032 ,386

q2 - Eu participo das aulas de Educação Física.

N 103 103 103Correlación de Pearson ,004 ,238(*) ,158

Sig. (bilateral) ,966 ,015 ,111

Q3 - Eu gosto das aulas teóricas de Educação Física.

N 103 103 103Correlación de Pearson -,012 ,200(*) ,123

Sig. (bilateral) ,903 ,043 ,214q4 - Eu gosto de jogos competitivos.

N 103 103 103Correlación de Pearson -,018 ,131 -,023

Sig. (bilateral) ,859 ,188 ,814

q5- gosto dos jogos onde o objetivo não escolher um vencedor. N 103 103 103

Correlación de Pearson ,178 ,097 ,204(*)

Sig. (bilateral) ,072 ,328 ,039

Q6 - Eu acho importante que o jogo tenha um vencedor. N 103 103 103

Correlación de Pearson ,395(**) -,004 ,004

Sig. (bilateral) ,000 ,968 ,969

q7 - Eu participo das atividades individuais.

N 103 103 103Correlación de Pearson ,068 ,095 ,004

Sig. (bilateral) ,495 ,341 ,971

q8 - Eu participo das atividades coletivas.

N 103 103 103

59

Correlación de Pearson ,004 ,141 ,276(**)

Sig. (bilateral) ,969 ,156 ,005

q9 - Durante um jogo eu vejo que o árbitro (juiz) marcou errado um gol, a favor do meu time, eu digo que ele errou e não foi gol.

N 103 103 103

Correlación de Pearson ,126 ,403(**) ,334(**)

Sig. (bilateral) ,203 ,000 ,001

q10 - A Educação Física desenvolve a capacidade de correr por muito tempo, respirar melhor, e concentração.

N 103 103 103

Correlación de Pearson ,101 ,342(**) ,284(**)

Sig. (bilateral) ,312 ,000 ,004

q11 - A Educação Física desenvolve a capacidade correr com velocidade. N 103 103 103

Correlación de Pearson -,016 ,356(**) ,305(**)

Sig. (bilateral) ,876 ,000 ,002

q12 - A Educação Física desenvolve a capacidade de respirar melhor N 103 103 103

Correlación de Pearson ,181 ,249(*) ,110

Sig. (bilateral) ,067 ,011 ,267

q13- A Educação Física desenvolve a capacidade de ser mais ágil. N 103 103 103

Correlación de Pearson -,006 ,260(**) ,183

Sig. (bilateral) ,949 ,008 ,064

q14- A Educação Física desenvolve o poder de concentração. N 103 103 103

Correlación de Pearson ,216(*) ,152 ,029

Sig. (bilateral) ,029 ,126 ,770

q15 - A Educação Física desenvolve a competição.

N 103 103 103Correlación de Pearson 1 ,001 -,008

Sig. (bilateral) ,993 ,940

q16 - A Educação Física desenvolve a rivalidade.

N 103 103 103q17- A Educação Física desenvolve a

Correlación de Pearson ,001 1 ,254(**)

60

Sig. (bilateral) ,993 ,010solidariedade.

N 103 103 103Correlación de Pearson -,008 ,254(**) 1

Sig. (bilateral) ,940 ,010

q18- Em um jogo de basquete, futsal, handebol ou futebol é mais fácil ao ponto ou ao gol coletivamente. N 103 103 103

61