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Educação para os Media A Disciplina Obrigatória
Projecto de Aplicação Pessoal Joana Poças
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Projecto de Aplicação Pessoal
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Joana Poças
Outubro de 2006
Educação para os Media A Disciplina Obrigatória
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Índice Introdução ----------------------------------------------------------------------------------------- 4 A Importância de Educar para os Media ------------------------------------------------ 5 A Educação para os Media no Mundo e em Portugal ------------------------------ 10
A Educação para os Media no Mundo ------------------------------------------- 10 A Educação para os Media em Portugal ---------------------------------------- 13
Currículo da Disciplina de Educação para os Media ------------------------------- 17 Introdução ------------------------------------------------------------------------------- 17 Desenvolvimento ---------------------------------------------------------------------- 18
Finalidades ------------------------------------------------------------------- 18 Competências --------------------------------------------------------------- 20 Visão Geral dos Temas e Conteúdos --------------------------------- 21 Sugestões Metodológicas Gerais -------------------------------------- 22 Competências a Desenvolver ------------------------------------------- 23 Avaliação ---------------------------------------------------------------------- 24 Recursos ---------------------------------------------------------------------- 25 Desenvolvimento do Programa ----------------------------------------- 26
Guião do Site ------------------------------------------------------------------------------------- 44 Público-alvo ----------------------------------------------------------------------------- 44 Fluxograma de Conteúdos ---------------------------------------------------------- 46 Lista de Conteúdos ------------------------------------------------------------------- 47
Conclusão ----------------------------------------------------------------------------------------- 72 Bibliografia ---------------------------------------------------------------------------------------- 75 Anexos --------------------------------------------------------------------------------------------- 77
Entrevista com Manuel Pinto ------------------------------------------------------- 78 Protótipo do Site ----------------------------------------------------------------------- 80 Project ------------------------------------------------------------------------------------ 90
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Introdução
Neste Projecto pretendo, primeiramente, perceber e explicar a importância da criação de
uma disciplina obrigatória de educação para os media, no Ensino Básico e Secundário. Seguidamente, faz sentido compreender o que tem sido feito, em primeiro lugar, no mundo, no que se refere a educar para os media e, em segundo lugar, em Portugal. Depois de compreender a necessidade efectiva de se criar uma disciplina obrigatória de educação para os media, passarei, então, à parte mais prática deste projecto.
Para tal tentarei construir um currículo dessa mesma disciplina para o Ensino Secundário. Seguidamente proponho-me criar um site dirigido a pais e professores subordinado, mais uma vez, ao tema «educação para os media», no qual estarão disponíveis aulas, exercícios e explicações básicas de teorias importantes da área dos media.
O objectivo do site seria fazer com que, mesmo antes da inclusão da disciplina de educação para os media como obrigatória em todas as escolas do país, os professores de outras disciplinas pudessem fazer o download de aulas e de exercícios e pudessem aplicá-los durante o ano lectivo, no seio das suas disciplinas.
O objectivo geral de todo este projecto é alertar para a necessidade de «Educar Mediaticamente» os nosso jovens, para que estes possam crescer sem serem facilmente manipulados.
Este relatório está dividido em quatro áreas diferentes. Na primeira pretendo explicar a
importância da educação para os media e para tal, decidi apoiar-me na obra de Juan Carlos Tedesco, O Novo Pacto Educativo. Nesta obra são feitas referências a autores como Karl Popper, Dominique Wolton, Neil Postman, entre outros, aos quais recorrerei para construir este projecto.
Seguidamente, numa segunda parte, pretendo esclarecer o que tem sido feito no mundo e em Portugal, no sentido de desenvolver a educação para os media. Para tal recorrerei a um artigo de Manuel Pinto, Professor na Universidade do Minho, publicado na revista Ibero-Americana de Educação.
Na terceira parte, tendo por base o currículo oficial de uma disciplina do Ensino Básico, pretendo construir o protótipo de um currículo da disciplina de educação para os media para o Ensino Secundário.
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Por último entramos na parte do projecto dedicada ao site. Começarei, dentro desta última parte, por especificar o público-alvo do site, e para justificar a minha escolha recorro, mais uma vez, a Juan Carlos Tedesco e à sua obra O Novo Pacto Educativo.
Por último, e ainda dentro da grande secção do site, vou «dissecar» o mesmo, explicando cada página detalhadamente e apresentando o fluxograma de conteúdos. Não posso terminar este projecto sem antes fazer uma conclusão, na qual pretendo fazer algumas sugestões de desenvolvimento deste mesmo trabalho.
Este relatório inclui ainda em anexo a entrevista realizada ao professor Manuel Pinto da Universidade do Minho, um protótipo em HTML do próprio site e o desenvolvimento de todo o projecto apresentado em «Microsoft Project».
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A Importância de Educar para os Media
Cada vez os media e os meios de comunicação social ocupam mais tempo da nossa
vida. Não falo só dos jornais, revistas, rádio e televisão, falo também da publicidade em outdoors, da publicidade nos transportes públicos, nas escolas, nas universidades, nas casas de banho, falo da Internet, das mensagens publicitárias que nos são enviadas por telemóvel, falo do mundo em que vivemos. Como nos explica Manuel Pinto «os media (…) configuram hoje uma espécie de incontornável ‘ecossistema informativo’»1(Pinto 2000:1) e por isso mesmo é impossível ignorá-los.
Cada vez mais somos assaltados 24/7 por mensagens provenientes de inúmeros emissores, cada qual com seu objectivo muito específico. Vivemos num mar de informação veiculado pelos diferentes media, que se tem tornado, e tem tendência para se tornar, cada vez mais complexo. Assim como aprendemos a falar, a ler e a escrever para nos inserirmos na sociedade, e para falar, ler e escrever precisamos de aprender as figuras de estilo e duplos sentidos inerentes à própria linguagem, também se torna necessário aprender a linguagem mediática e as suas próprias «figuras de estilo» e duplos sentidos.
Para explicar o poder dos media vou focar-me na televisão, contudo é preciso compreender que todos os media exercem um certo poder sobre o público em geral, a televisão serve aqui como exemplo, que nos permite perceber a necessidade de educar para os media.
Juan Carlos Tedesco diz-nos que Karl Popper «defende que a televisão é um elemento
negativo no processo de socialização das novas gerações»2 (Tedesco 2000:73) uma vez que é a lógica comercial que domina, quase que por completo, os programas das várias cadeias televisivas. Popper avança dizendo que «a televisão se converteu numa ameaça à democracia», já que «a democracia não pode subsistir de forma durável, enquanto o poder da televisão não for inteiramente denunciado» como nos explica Juan Carlos Tedesco (Tedesco 2000:73)
Mas qual é na realidade o poder da televisão? Podemos dizer que a televisão tem o poder de nos dar aquilo sobre o que pensar, e pode ou não ter o poder de nos dizer o que pensar sobre aquilo que nos dá. Roberto Carneiro3 afirma mesmo que a televisão é «o mais
1 Pinto, Manuel; Abril de 2000; «Educação para os Media» ou os novos caminhos da cidadania; JJ-Jornalismo e Jornalistas, n.º 2, , Clube dos Jornalistas; 2 Tedesco, Juan Carlos; 2000; O Novo Pacto Educativo; Fundação Manuel Leão; 3 Carneiro, Roberto; 1993; «A criança, a escola e a televisão: uma reconciliação possível?» ; Conferência organizada pelo Instituto de Apoio à Criança (IAC), Lisboa;
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eficaz disseminador de ideias e de modismos à escala planetária bem como um potente aparelho de condicionamento cultural» (Carneiro 1993:3). Sendo que este autor reconhece que a televisão exerce uma «influência determinante sobre o grupo humano (…) mais vulnerável, (…) as crianças e jovens» (Carneiro 1993:3).
Se realmente «aceitarmos» que é a lógica comercial que domina a programação televisiva e que a televisão é uma ameaça ao regime democrático porque detém poder, o que podemos fazer? Talvez faça sentido pensar em «empoderar» (termo adaptado do inglês: empowerment) o público, transferir esse poder da televisão para o público. Mas como? É a esta pergunta que tentarei responder.
Não podemos negar que as mensagens televisivas influenciam os comportamentos e as condutas das pessoas, mas em particular dos jovens e crianças, como nos alerta Juan Carlos Tedesco. Este autor continua afirmando que «controlar nunca foi uma solução de longo prazo», uma vez que acaba por provocar efeitos perversos: «evita o esforço real de nos interrogarmos» e «abre a porta a tentações repressivas difíceis de controlar» (Tedesco 2000:74).
Se a solução não passa por um controlo da dieta mediática dos jovens, teremos que recorrer a outra forma de resolução deste problema.
Dominique Wolton diz-nos que «não é porque todos vêem o mesmo, que o mesmo é visto por todos»4 (Wolton 1990). Este autor explica que existe uma interacção permanente entre o espectador e a mensagem transmitida pela televisão. O que podemos deduzir que dependendo da mundivivência e background de cada um a mensagem será recebida de maneira diferente.
Nesta altura, talvez faça sentido perguntarmo-nos o que é que influencia a mundivivência e o background de cada um de nós de forma determinante? Penso que só pode haver uma resposta: a educação (se entendermos educação num sentido lato de socialização, de aprendizagem contínua, de interiorização cultural). Podemos desta forma afirmar que é a educação que nos permite receber de forma diferente as mensagens difundidas pela televisão e por todos os outros media.
Juan Carlos Tedesco fala-nos da importância de «ensinar a defender-nos da manipulação da imagem» (Tedesco 2000:77). Olhando para esta frase podemos ver o problema «manipulação» e a solução «ensinar». O que existe então é: a necessidade de ensinar os jovens a saber ler os e nos media, abandonando a ideia do ser humano como uma «couch potato» passiva, mas sim alguém consciente do efeito que os media podem exercer sobre ele mesmo, alguém capaz de contornar a influência dos media, alguém esclarecido e capaz de fazer 4 Wolton, Dominique; 1990; Élogue du Grand Public. Une théorie critique de la télévision; Paris: Flammarion;
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escolhas. A educação para os media será assim uma forma de criar cidadãos activos e conscientes. Como Manuel Pinto afirma: «a educação para os media constitui uma componente indissociável da educação para a cidadania»5 (Pinto 2000), uma vez que o objectivo de educar para os media resume-se na sua essência a fazer «cada um compreender melhor o mundo em que vive» para poder «nele intervir de forma activa e esclarecida» (Pinto 2000).
O que o autor da obra O Novo Pacto Educativo nos explica é que a pessoa que recebe as mensagens realiza «operações de identificação, reconhecimento e diferenciação, que supõe a existência dum conjunto de recursos próprios» (Tedesco 2000:78), o autor fala-nos de um «núcleo cultural» com base no qual é feita uma selecção e processamento dos conteúdos das diversas mensagens. Juan Carlos Tedesco alerta para o facto de, quando este núcleo cultural e individual não está solidamente constituído, os «riscos de alienação e de dependência» (Tedesco 2000:78) aumentarem consideravelmente.
Podemos daqui inferir que existe a necessidade de criar um núcleo de referências forte desde cedo. Uma disciplina obrigatória de educação para os media desde, pelo menos, o Ensino Básico, seria a forma ideal, de nos certificarmos que todos os jovens teriam uma base sólida de referências que os permitisse relacionarem-se e conviverem com os media de forma inteligente e activa, evitando a manipulação.
São vários os autores que têm a certeza desta necessidade de educar para os media. Já em 1994 Roberto Carneiro, no seu discurso «A Escola, os Media e os Valores da Igualdade»6, alertava para a «urgência na institucionalização de uma verdadeira educação para os media» (Carneiro 1994). Mas qual é a razão desta urgência? Ao longo do seu discurso o autor fala-nos do surgimento da Sociedade da Informação, na qual «a notícia é (…) partilhada em tempo real pelos quatro cantos do mundo» (Carneiro 1994). A transição de uma Sociedade Industrial para «este novo modelo de sociedade» só terá êxito, de acordo com Roberto Carneiro, se repousar sobre «a eficácia e a solidez dos processos educativos». Processos, educativos, esses que devem combater o «divórcio entre a escola e media» (Carneiro 1994).
Desde, pelo menos, os anos 90 do século passado que em Portugal se levantaram vozes gritando a necessidade de educar para os media, mas até hoje, pouco se tem feito.
5 Pinto, Manuel; Abril de 2000; «Educação para os Media» ou os novos caminhos da cidadania; JJ-Jornalismo e Jornalistas, n.º 2, , Clube dos Jornalistas; 6 Carneiro, Roberto; 1994, «A escola, os Media e os Valores da Igualdade», in Brotéria, vol. 139, pp.527-544.
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Afinal o que é «educação para os media»? Podemos olhar para várias definições esclarecedoras, uma delas proveniente da Unesco: «por educação para os media compreende-se todas as maneiras de estudar, aprender e ensinar a todos os níveis (…) e em todas as circunstâncias, a história, a criação, a utilização e a avaliação dos media, e ainda o lugar que eles ocupam na sociedade, o seu impacto social, as consequências de uma comunidade mediatizada, a sua participação, a modificação da forma de percepção das realidades que eles nos trazem e o seu trabalho criativo bem como o acesso de todos a esse mesmo trabalho»7 (Unesco 1984).
O British Film Institute diz-nos que educação para os media é o «desenvolvimento progressivo de uma compreensão crítica dos media que procura alargar o conhecimento dos alunos acerca dos meios de comunicação e desenvolver as suas capacidades analíticas e criativas através de uma trabalho simultaneamente prático e crítico»8.
Nestas duas definições penso ser importante ressaltar a necessidade de ensinar acerca do impacto social e consequências de uma sociedade mediatizada e a importância de desenvolver um olhar crítico e as capacidades criativas dos alunos. Será com base nestes pressupostos que pretendo criar o protótipo de um currículo oficial para a criação de uma disciplina de educação para os media no Ensino Secundário em Portugal.
Como Juan Carlos Tedesco nos diz, existe a necessidade da criação de um pacto entre a escola e a imagem (sendo esta representante dos media em geral) como o houve e há entre a escola e o livro. Devemos, desta forma, ultrapassar o «divórcio» que existe entre a escola e os media, como nos explica Roberto Carneiro, que exemplifica dizendo: «Enquanto a oferta televisiva aumenta, diversifica e vive na vertigem da criatividade imagética, a escola revela-se incapaz de mudar os antiquados métodos pedagógicos. Enquanto a televisão antecipa a visão de futuro, a escola espelha a projecção do passado»9 (Carneiro 1993:2).
«O Mundo pula e avança» e a escola e a sociedade devem acompanhá-lo para que os nossos jovens e crianças não cresçam desacompanhados e sem referências. Os media fazem parte do nosso mundo e a sociedade e a escola não o podem ignorar.
7 http://www.educacaomedia.com/html/mem.asp?artigoid=23 (Setembro 2006); 8 http://www.dgidc.min-edu.pt/inovbasic/proj/media/2000/ini.html (Setembro 2006); 9 Carneiro, Roberto; 1993; «A criança, a escola e a televisão: uma reconciliação possível?»; Conferência organizada pelo Instituto de Apoio à Criança (IAC), Lisboa;
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Como já referi, pretendo, neste projecto, criar um currículo para o desenvolvimento de uma disciplina de educação para os media. Esse currículo não assentará em teorias, mas, pelo contrário, vai assentar, sobretudo, em temas e conceitos chave que devem ser explicados se compreendidos através de exercícios e exemplos práticos.
As aulas de educação para os media devem sempre aliar a teoria à prática, já que o objectivo será, aprender fazendo, pois como Chris Worsnop da Screening Images nos diz, educação para os media é uma «Quest for meaning». Mas esta descoberta constante de sentido só pode acontecer de forma prática; quer isto dizer que, os jovens apreendem o significado das matérias e conceitos leccionados tendo sempre por referência o mundo, a sociedade e o dia a dia.
Neil Postman diz-nos que «o que precisamos de saber agora sobre computadores e televisão não é tanto como usá-los, mas de que modo estes nos usam, a nós»10(Postman 2002:61). É então com base nesta premissa que pretendo construir o site e o currículo. O que os estudantes precisam saber é o que se passa nos bastidores dos media, porque utilizá-los já eles sabem, e bem.
Como Manuel Pinto nos explica, em diversos artigos publicados, a utilização e/ou visionamento dos media não significa educação para os media. Educar para os media significa muito mais, significa ensinar a interpretar as mensagens escondidas na própria mensagem, significa ensinar a desvendar os objectivos das mensagens e isso não é possível com o simples visionamento.
10 Postman, Neil; 2002; O Fim da Educação; Relógio D’Água;
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A Educação para os Media no Mundo e em Portugal
A Educação para os Media no Mundo
Para poder perceber a evolução da educação para os media no mundo foquei-me em
vários países, nomeadamente europeus que, mais cedo do que Portugal, iniciaram este movimento de educação.
De acordo com a introdução histórica que nos é apresentada no site do Movimento Educação para os Media11, O Reino Unido terá sido o pioneiro em educação para os media. Foi o Reino o Unido o primeiro país a perceber a importância de educar os nossos jovens para os media.
Desde 1920 que a escola inglesa recorria aos media, ignorando o divórcio que existia noutros países entre escola e media. O visionamento de filmes nas escolas servia para o ensino da gramática da língua mãe, mas cedo se tornou evidente que a análise do conteúdo de bons filmes também servia para educar os mais jovens.
O British Film Institute desde os anos 20 que disponibilizava cópias de filmes que se faziam acompanhar de cadernos de apoio para os professores. Para além do visionamento acompanhado e análise conjunta de conteúdos, os alunos eram incentivados a criar as suas próprias obras. Porém não se pense que eram todas as escolas, ou todos os professores que estavam abertos a ensinar desta forma. Como nos é dito no site do Movimento Educação para os Media, estas aulas não passaram de meras experiências.
Com o passar do tempo e com o advento da televisão a necessidade de uma verdadeira educação para os Media começou a fazer-se sentir entre vários professores. Por isso mesmo, antes dos anos 60, os professores ingleses já integravam o ensino dos media nos seus programas.
Aparece então em 1985 o projecto Film Education. Esta é uma organização educativa independente que tem como objectivo principal despertar nos jovens o gosto pelo cinema. Chegamos aos nossos dias e no Reino Unido os professores continuam a querer o ensino para os media e a fomentar, a nível local, seminários e conferências dedicadas ao tema.
No que diz respeito a outros países europeus, sabe-se que foram os países nórdicos que, desde cedo, se empenharam no ensino dos media. A Finlândia introduziu em 1970, pela primeira vez, a educação para os media no Ensino Primário, e em 1977 no Ensino Secundário. A 11 http://www.educacaomedia.com/html/index.asp (Setembro, 2006);
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Noruega foi o segundo país a fomentar o ensino para os media na Escolarização Primária, uma vez que entrou em vigor em 1974. Na Suécia desde 1980 que a educação para os media é obrigatória. Há vários anos que na Dinamarca a educação para os media é uma disciplina de opção.
Em França desde 1982 que o Centre de Liaison de L’Enseignement et des Moyens
d’Information (CLEMI) e o Centre Nacional de Documentation Pédagogique (CNDP) disponibilizam informação sobre educação para os media assim como aulas e exercícios que os professores podem aplicar no seio das suas aulas. São, aliás, o CLEMI e o CNDP que fornecem informação para o Instituto de Inovação Educacional (IIE) em Portugal. Com esta informação, o IIE criou um site12 onde os professores portugueses podem retirar a informação necessária para desenvolverem aulas de educação para os media.
Por último, podemos olhar para a nossa vizinha Espanha, onde a disciplina Educación
en Médios de Comunicación está presente em todos os currículos, em todos os anos escolares. Se quisermos sair da Europa, podemos olhar para o que foi feito nos EUA. Bill Walsh é
um especialista na área dos media do Liceu Americano Billerica do estado de Massachussets, que escreve semanalmente para o Billerica Minuteman Newspaper e que pertence ao Center for
Media Literacy. Este especialista americano divide a história da educação para os media nos EUA em três grandes momentos, sendo que actualmente o seu país estará a entrar num quarto período, ao qual Walsh ainda não sabe dar nome.
O primeiro período irá do ano zero até ao ano de 1960 e tem como nome «Ignorar». O segundo período começa no ano de 1960 e tem como nome «Inocular». O terceiro período, depreendo que vá de meados dos anos 80 até à actualidade e tem como nome «Absorver»13. O autor não define uma linha específica para o final do segundo período, mas tendo em conta as descrições que faz e a história dos media no resto do mundo, calculo que o terceiro período deva começar pelos anos 80, o mais tardar anos 90.
No primeiro período, que dá pelo nome de «Ignorar», Walsh diz-nos que os professores, os educadores e a escola simplesmente ignoravam os media. Os livros eram o único meio utilizado nas escolas e o único meio que pensavam valer a pena. Bill Walsh diz-nos que os professores de Inglês ensinavam livros, os de música, música clássica e os de história, a história do mundo antigo. O autor do artigo resume concluindo que a diferença entre estas aulas e as de séculos anteriores era inexistente.
12 http://www.dgidc.min-edu.pt/inovbasic/proj/media/2000/index.html (Setembro, 2006); 13 http://www.medialit.org/reading_room/article371.html (Setembro, 2006);
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Foi no segundo período que se tornou evidente que os mass media não iriam desaparecer tão cedo e entrou-se, assim, na fase que Bill Walsh chama de «Fase da Inoculação». O autor compara o objectivo destas primeiras aulas que recorriam aos media, com o objectivo da vacina: proteger a pessoa contra um vírus maléfico e destruidor. Os professores injectavam mass media nas suas aulas para demonstrar o quão vazios, ridículos e sem sentido estes eram. Os efeitos terríficos da cultura dos mass media eram o ponto de honra da maioria dos professores.
Contudo, desdenhar os mass media, que se tornavam cada vez mais populares, e tentar provar a sua ausência de valores, em nada ajudou. Chegamos, desta forma, a uma terceira fase, o período da «Absorção». Os professores e a escola começaram, então, a tentar, através do uso dos media, incentivar os jovens a estudar e a interessar-se por temas e metérias importantes, mas não relacionados com os media em si.
O estudo de acontecimentos e notícias da ordem do dia só começou na disciplina de estudos sociais, onde foi pela primeira vez permitido aos alunos ler jornais dentro da sala de aula.
Actualmente, este professor americano diz-nos que a educação para os media está a atravessar um período de transição. Os professores e a escola começaram a perceber que a maioria da informação que os estudantes recebem é-lhes transmitida através da televisão e, mais recentemente, da Internet. Por isso mesmo, os EUA estão, agora, a compreender que é necessário ensinar os jovens acerca dos media, dos seus objectivos, funções e consequências, em vez de os utilizar somente como forma de incentivar o aluno a estudar outras matérias mais tradicionais.
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A Educação para os Media em Portugal
Para melhor compreender a necessidade de inserir uma disciplina obrigatória de educação para os media no ensino público em Portugal, é necessário compreender, primeiro, o que tem sido feito relativamente a esta matéria no nosso país.
Depois de alguma pesquisa, cheguei à conclusão de que não existem muitos artigos ou obras referentes a este tema em concreto. Segundo Manuel Pinto da Universidade do Minho «não foi empreendido ainda um levantamento e um estudo rigoroso sobre o que tem sido feito entre nós» daí que afirme que «o que conhecemos é parcelar e fragmentário»14 (Pinto 2003:122).
Desta forma, vou basear esta parte do meu trabalho num artigo escrito por Manuel Pinto, «Correntes da Educação para os Media em Portugal: Retrospectiva e Horizontes em Tempos de Mudança», publicado na revista Ibero-Americana de Educação.
Manuel Pinto começa o seu artigo afirmando que «em países como Portugal (…) torna-se por vezes difícil conquistar espaços e horizontes para a chamada educação para os media» (Pinto 2003:121). Isto porque, de acordo com o autor, os media são olhados como «mero negócio» ou como instrumento para outros fins. Mesmo sendo difícil, Manuel Pinto concorda que tenham existido tentativas e até experiências nesta área, que, contudo, não serão suficientes. Como o próprio autor diz «a educação para os media – redunda em experiências fragmentárias, inconsequentes, incapazes de se articular numa plataforma de acção política e educativa» (Pinto 2003:121).
Manuel Pinto divide a sua exposição por diversas tradições e orientações que existiram ou existem em Portugal, sendo estas: o cinema na escola; a imprensa escolar, as tecnologias educativas, actualidades e educação para a cidadania, estudo da comunicação e dos media, e a educação para os media. O que tentarei fazer é um resumo de cada capítulo, apresentando o que penso ser o mais relevante.
Relativamente ao cinema na escola, o autor ressalta o trabalho desenvolvido pelo Dr. Vieira Marques, a partir dos anos 70, que tem por objectivo «promover uma iniciação à linguagem e estética cinematográfica» (Pinto 2003:123), assim como promover o debate sobre temas da actualidade e temas históricos, tendo por base o cinema. Num levantamento feito em 1993 pela Associação para a Educação Pluridimensional e a Escola Cultural, concluiu-se que existiam 23 clubes escolares ligados em especial ao cinema.
14 Pinto, Manuel; 2003; «Correntes da Educação para os Media em Portugal: Retrospectiva e Horizontes em Tempos de Mudança»; in Revista IberoAmericana de Educação, n.º 32, pp. 119 – 143;
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No que diz respeito à imprensa escolar e ao jornalismo escolar, Manuel Pinto diz-nos que existem «muitos estabelecimentos de ensino» que se lançaram «na produção de jornais escolares» (Pinto 2003:124), sendo que, o autor refere um estudo nacional levado a cabo pelo Instituto da Inovação Educacional, onde 50% das escolas do ensino não superior editavam «algum tipo de jornal» (Pinto 2003:124).
Em relação às tecnologias educativas ou à tecnologia-educação, tem-se verificado a introdução na escola do «uso das modernas tecnologias da informação e comunicação» (Pinto 2003:125) como o computador, o vídeo e a Internet.
No capítulo referente à actualidade e educação para a cidadania, o autor alerta para o papel dos media como «apoio insubstituível a processos de ensino-aprendizagem que tornam a compreensão e significado do mundo e a formação para uma cidadania consciente e participativa como objectivo seus» (Pinto 2003:126).
Na perspectiva dos media como recurso pedagógico Manuel Pinto destaca o projecto CIMA (Compreender e Intervir no Mundo Actual) da Escola Superior de Setúbal, que dinamizou acções em várias escolas do país. O professor destaca ainda o projecto «Público na Escola» que, desde 1989 que tinha entre os seus objectivos, contribuir para uma relação mais próxima entre a actualidade e a escola e contribuir para o desenvolvimento do espírito crítico das novas gerações, nomeadamente face à comunicação social.
Relativamente ao estudo, propriamente dito, da comunicação e dos media, o que existiu foi a oferta, durante alguns anos, da disciplina de Iniciação ao Jornalismo, em algumas escolas secundárias do país. Já no final dos anos 80 passa a existir um curso tecnológico de comunicação, que contou com elevada procura.
Outra das vertentes refere-se à educação para os media como dimensão transversal do currículo. Neste capítulo o autor alerta-nos para o facto de «nenhuma das orientações apresentadas» esgotar «o que se entende (…) por educação para os media» contudo, Manuel Pinto ressalta que «qualquer uma delas constitui uma dimensão e pode dar um contributo importante nesse sentido» (Pinto 2003:127).
O Professor alerta para os sinais de mudança e inquietação que se têm verificado, uma vez que na sua perspectiva «na última década alguma coisa se fez em Portugal para conferir à educação para os media uma consistência e uma visibilidade mais acentuadas» (Pinto; 2003: 128).
O projecto, já mencionado, «Público na Escola», a constituição, em 1997, da Associação Educação e Media (AEM), as várias acções desenvolvidas pela Escola Superior de Educação de Setúbal, o primeiro mestrado com a especialização em Comunicação, Cidadania e Educação
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são apenas alguns dos exemplos que o autor enuncia para demonstrar os sinais de mudança de que nos fala. Contudo, Manuel Pinto refere o Ministério da Educação como «uma instância que se tem destacado mais pelo apoio e viabilização do que propriamente pela promoção de iniciativas» (Pinto 2003:130).
No final do capítulo o professor acaba por concluir que «a educação para os media foi, ao longo dos anos 90, um fio de água débil mas que foi correndo, com apoio do Estado, embora sem nunca ter chegado a constituir uma prioridade das políticas educativas» (Pinto 2003:131). Para o futuro, Manuel Pinto, não traça uma linha risonha, sendo que os tempos de recessão não serão, na sua perspectiva, favoráveis a políticas de educação para os media.
Penso ser importante referir ainda, mesmo que de forma resumida, os seis pontos que o autor traça como retrato do país:
1. Clima de recusa relativamente aos media; 2. Grande parte do corpo docente não considera educação para os media como
prioridade da acção educativa escolar; 3. Os projectos que têm sido levados a cabo desde os anos 90 fazem parte de um
conjunto de iniciativas que tem vindo a crescer, mas que ainda são minoritárias; 4. Existe um défice de reflexão e problematização dos estudos de campo relativos
aos movimentos da educação para os media; 5. As influências e efeitos dos media (vistos como negativos) são uma
preocupação em vários discursos; 6. «Parece ter-se vindo a afirmar e fortalecer, nas práticas e nos discursos
educativos, uma orientação de forte pendor técnico e modernizador, que é marcante no terreno da formação de professores e educadores, com inevitável impacte nas concepções e enquadramentos da educação para os media» (Pinto 2003:132).
Depois de analisar e descrever as iniciativas que têm sido feitas em Portugal, Manuel Pinto deixa algum espaço à reflexão e fala-nos da «Deriva Tecnocêntrica» da Educação para os Media.» Na sua perspectiva alguns dos projectos e iniciativas levados a cabo nos últimos anos são norteados, pelo que o autor chama de «orientação tecnocêntrica». Isto é, alguns projectos têm como único objectivo ensinar os alunos a trabalhar com novas tecnologias, sejam elas o computador ou a Internet.
Contudo, para Manuel Pinto, o simples uso das tecnologias ou dos meios de comunicação não traz consigo educação para os media e o autor adianta que «se a implementação e uso de tecnologias de informação e comunicação trouxessem consigo a
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educação para os media como que por decorrência inevitável, não teríamos neste momento motivos de preocupação» (Pinto 2003:133).
Assim sendo, o professor alerta-nos para que não se confunda uso de tecnologias da informação e comunicação com educação para os media. De acordo com o autor, a educação para os media deve centrar-se, não nos media em si, nem nas tecnologias, mas sim «na comunicação e nos processos e competências nela implicados» (Pinto 2003:135). O autor continua referindo que «é o desenvolvimento de competências e de práticas comunicativas ao âmbito individual e grupal, e a promoção de uma cultura de comunicação na escola, na família, no movimento ou associação local, que deveria ser procurado e promovido com a educação para os media» (Pinto 2003:135).
Com toda a exposição e argumentação que foi feita até este ponto, penso que ficou bem clara a importância e necessidade da criação de uma disciplina de educação para os media no ensino oficial português. Sendo assim, passo agora ao desenvolvimento do currículo propriamente dito.
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Currículo da Disciplina de Educação para os Media
I. Introdução Os media têm-se revelado, cada vez mais, o centro desta nossa sociedade global. A
quase totalidade da informação a que temos acesso, chega-nos através dos meios de comunicação, sejam estes os jornais, as revistas, os panfletos que nos são distribuídos, a rádio, a televisão e, mais recentemente, a Internet.
Vivemos num mar de informação e de influências e normalmente nem sabemos quem são os difusores das mensagens que recebemos 24/7. Os nossos jovens e crianças não têm noção da manipulação a que estão sujeitos todos os dias, mesmo sem necessitar sair de casa. Desta forma, torna-se cada vez mais necessário educar as crianças e jovens para a vida numa sociedade mediatizada, como é esta em que vivemos.
Perceber o funcionamento dos media, conseguir compreender a manipulação a que estão sujeitos e fazer os mais novos desenvolver um sentido crítico face aos diversos meios e respectivas mensagens, são apenas alguns dos objectivos da criação desta disciplina, como obrigatória, no Ensino Secundário em Portugal.
Com a educação dos jovens para os media, estaríamos a «empoderar» o futuro da nossa sociedade, tentando fazer destes, cidadãos activos e com forte sentido crítico face aos meios e mensagens que os rodeiam.
Esta proposta de currículo que aqui apresento cinge-se a um ano lectivo apenas, sendo a disciplina possível leccionar entre o 10.º e o 12.º ano de escolaridade. Devido a limitações de ordem temporal, não me será possível apresentar uma proposta mais completa. Contudo, o objectivo (se esta proposta vingasse) seria de estender a disciplina aos três anos do Ensino Secundário. Para que tal fosse possível seria necessário a aprovação de mais dois outros currículos que se seguiriam ao aqui apresentado.
Esta proposta e respectivo currículo prevêem que a disciplina seja leccionada três vezes por semana. Tendo cada aula cerca de 50 minutos, a carga horária semanal seria de 150 minutos. É ainda de salientar que a disciplina deve centrar-se grandemente na sua componente prática. O currículo apresentado assenta em diversos conceitos, que deverão ser expostos e explicadas aos alunos, contudo, será através da prática que se espera que os alunos apreendam os conceitos e o alcance da própria matéria no dia-a-dia.
A parte prática da disciplina deve assentar em exemplos explicitados pelo docente, mas deve centrar-se fundamentalmente em exercícios a serem desenvolvidos pelos alunos.
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Como não espero que esta disciplina venha a ser recentemente implementada no nosso ensino oficial, achei relevante disponibilizar num site na Internet o próprio currículo, conjuntamente com exercícios para que os docentes interessados possam, no seio de outras disciplinas, preparar aulas e aplicar exercícios que promovam desde já a educação para os media.
Uma vez que, numa fase inicial, esta disciplina poderá ou poderia ser leccionada por professores sem formação na área da comunicação, serão ainda disponibilizadas no site algumas teorias como sejam: a teoria da Notícia de Nelson Traquina, a teoria dos Acontecimentos Mediáticos de Elihu Katz e a teoria do Gatekeeper de David Manning White. Apesar destas teorias não estarem integradas no currículo a leccionar, penso ser importante que os professores tenham contacto com algumas teorias estruturantes nesta área da comunicação, para que possam ensinar melhor. O objectivo seria que o site fosse actualizado com frequência e que, todos os meses, teorias diferentes fossem explicadas.
A princípio pensei ser possível integrar nas actividades a explicação e leccionação de teorias específicas, como, por exemplo, a teoria da redução de incerteza, ou a tétrada de McLuhan, mas cedo me apercebi que numa fase de introdução ao tema «os media» seria preferível trabalhar o mais possível o olhar crítico e atento dos alunos. Daí que este currículo seja composto de temas gerais, aos quais estão associados conceitos-chave e os respectivos exercícios.
II. Desenvolvimento a. Finalidades
Este programa deve ajudar o aluno a desenvolver um olhar atento e crítico sobre todos os media que o rodeiam e aos quais tem acesso. Deverá também ajudar o aluno a perceber o funcionamento interno dos diversos meios de comunicação, assim como deve dotá-lo da capacidade de comunicar de forma diferente tendo em conta o meio e o público a que se destina a mensagem.
Para estabelecer as quatro grandes finalidades da criação desta disciplina recorri à «Espiral de Empoderamento»15 criada por Elizabeth Thoman e Tessa Jolls.
15 Thoman, Elizabeth; Jolls, Tessa; 2003, 2005 ; «Literacy for the 21st Century – Na Overview & Orientation Guide To Media Literacy Education; Part I: Theory – CML Medialit Kittm – A Framework for Learning and Teaching in a Media Age»; ©Center for Media Literacy;
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De acordo com as autoras é através da educação que podemos «empoderar» os nossos
jovens, uma vez que a educação dá efectivamente mais poder, ao fomentar conhecimento naquele que aprende.
As autoras dizem que se pode começar o uso desta espiral em qualquer uma das quatro fases, contudo, e para melhor a explicar, penso que faça mais sentido começar pela consciência, passando seguidamente à análise, para depois dar lugar à reflexão, chegando finalmente à acção.
Assim sendo, este currículo está estruturado de forma a que as primeiras aulas e temas façam com que o aluno tome consciência da realidade mediática que o rodeia. Quais são os meios que existem, as diferenças entre eles, a influência e objectivo de determinada mensagem são apenas exemplo do que pode ser explorado nesta fase introdutória.
As aulas seguintes devem centrar-se na análise, seja esta de mensagens publicitárias, de notícias, de filmes, de programas, de sites, de órgãos de informação ou de organizações que influenciam e/ou interagem com os media.
Posteriormente passa-se à fase de reflexão, na qual os alunos devem conseguir reflectir acerca das consequências de determinada mensagem, acerca do poder e responsabilidade dos jornalistas e órgãos de comunicação. Nesta altura o aluno deve já compreender a agenda mediática e deve então reflectir sobre esta.
Por último chegaríamos finalmente à acção propriamente dita o que implicaria a construção e produção, por parte dos alunos, de mensagens publicitárias, notícias, filmes, sites, entre outros.
Análise
Acção Consciência
Reflexão
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b. Competências
Este programa estrutura-se num conjunto de conteúdos e conceitos básicos, mas estruturantes, que pretendem ser gerais mas abrangentes, sem aprofundamento específico.
Esta disciplina deve, então, preparar o aluno para uma actuação social activa, informada e crítica, permitindo-lhe ter consciência das influências a que está sujeito.
O aluno no final desta disciplina deverá:
Consciência Saber o que é um medium; Perceber e ter consciência de qual é o papel dos media; Ter a noção do que é e qual o objectivo de um órgão de comunicação Perceber a relação: Emissor, Mensagem, Receptor; Tomar consciência da interacção que existe entre mensagem/meio/emissor
e pessoa/receptor; Ter consciência do que é uma mensagem eficaz e de como esta se pode
conceber;
Análise Saber analisar de onde vêm os media; Saber quem detém e gere os media? Saber analisar como se organiza a indústria mediática e respectivas
relações com toda sociedade; Saber quais as principais diferenças entre os media; Saber compreender a diferença entre uma mensagem objectiva e uma
subjectiva;
Reflexão Saber reflectir sobre como é que os media nos podem influenciar; Compreender a influência que as mensagens divulgadas pelos media
podem ter em públicos diferentes; Perceber como é que nós podemos influenciar os media; Compreender, através da reflexão, como é que os media podem auto
regular-se; Perceber e estar a par da agenda mediática;
Acção Saber comunicar e produzir mensagens para os diferentes meios e públicos (notícias, campanhas publicitárias…).
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c. Visão Geral dos Temas e Conteúdos Para a escolha dos conteúdos e temas a leccionar nesta disciplina recorri a duas obras
base. Uma delas é a obra de «Literacy for the 21st Century» de Elizabeth Thoman e Tessa Jolls (obra esta pertencente ao Center for Media Literacy). Recorri igualmente à obra Media Education
in the Pacific - A Guide for Secondary School Teachers, produzida pela Unesco Office for the
Pacific States.
A primeira obra dá-nos as linhas gerais de como estabelecer uma boa base para educar para os media. Os conceitos e perguntas chave aplicáveis a todos os temas e dúvidas que possam surgir relacionadas com este tema e a «espiral do empoderamento», são as matérias principais desta obra que serve de guia geral. A segunda obra, já é mais específica, uma vez que apresenta um currículo integral, dividido por temas e secções. Em ambas as obras existem actividades e exercícios para serem feitos na sala de aula.
Este currículo foi construído através de uma conjugação das duas obras. Dividi as matérias e temas do currículo da obra Media Education in the Pacific,16 pelos 4 passos da «espiral do empoderamento». Existem alguns outros temas que foram acrescentados por mim tendo em conta a minha própria experiência de estudante de Comunicação Social.
Os conteúdos adoptados são as seguintes:
Consciência Introdução à Comunicação Media: o que é, quais são as suas funções, a mensagem e a sua eficácia;
Análise Media: História e Organização Diferentes Media O Mito da Objectividade
Reflexão Os Media e Nós A influência mútua entre os Media e o Público Media e a sua auto-regulação
Acção Os Quatro Tipos de Media Imprensa, Rádio, TV, Multimédia (as diferenças, as mensagens, os objectivos, a construção de mensagens)
16 Media Education in the Pacific; «A Guide for Secondary School Teachers»; Unesco Office for the Pacific States; in http://portal.unesco.org/en/ev.php-URL_ID=15994&URL_DO=DO_TOPIC&URL_SECTION=201.html (Setembro2006)
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d. Sugestões Metodológicas Gerais
Os professores devem sempre considerar este currículo como um ponto de partida para o posterior planeamento das suas aulas. É importante considerar que existem outras matérias que podem ser exploradas e que o devem ser caso exista tempo, disponibilidade por parte do docente e vontade por parte dos alunos. Contudo, é preciso não esquecer que o objectivo final destas aulas é serem o mais práticas que for possível, daí que seja importante aliar sempre as bases teóricas a uma componente pratica no seio da sala de aula.
Estando a disciplina dividida em quatro grandes área (consciência, análise, reflexão e acção), sugere-se que o docente reserve o primeiro período à Consciência, o segundo à Análise e Reflexão e o Terceiro à Acção. Contudo, adverte-se o docente para que tente ir explorando ao longo de todo o ano lectivo, quando achar oportuno, algumas áreas da Acção (como sejam a produção de notícias, mensagens publicitárias…).
No terceiro período a técnica de redacção de notícias deve ser explicada aos alunos e estes podem analisar as notícias que fizeram até então e melhorá-las, tendo em conta a informação nova recebida. Este terceiro período deve estar focado na produção, em grupo de um projecto final, que envolva a produção de um elemento de comunicação (site, jornal, revista, filme, anúncio publicitário, em diversos formatos, telejornal, jornal radiofónico, entre outras opções).
A finalidade destas aulas não é fazer com que o aluno saiba teorias, mas sim que as entenda e que compreenda a sua aplicação prática no dia-a-dia. Sugere-se que o docente comece cada aula com um exercício de introdução ao tema, isto é, um exercício de reconhecimento do tema, antes mesmo deste ser desvendado.
Estes exercícios de introdução servem de alerta e podem ser feitos em conjunto com toda a turma, sendo o orientador o próprio professor. Nesta primeira fase o uso de notícias de jornal, televisão ou rádio, assim como anúncios publicitários, pode ser um óptimo auxiliar.
De seguida, faz sentido que o tema seja dado a conhecer a todos e que o docente comece a explicar o tema ou assunto que se pretende tratar. O professor deve sempre tentar explicar a matéria com base em exemplos práticos acessíveis à turma que está a leccionar. Exemplos práticos que façam sentido para o estudante vão fazer com que este possa desde logo aperceber-se das aplicações práticas dos conceitos.
Por último sugere-se a aplicação regular dos exercícios disponibilizados através da Internet para os professores, ou outros exercícios desenvolvidos pelo docente que se revelem interessantes e relevantes para a apreensão de determinado tema ou teoria.
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Os exercícios disponibilizados na Internet podem ser feitos em grupos de três a quatro elementos ou individualmente, quando for caso disso (em cada exercício disponibilizado estará indicado o número aconselhado de pessoas por grupo).
Relativamente aos diferentes temas dentro de cada área, o docente deve ter em conta que cada tema existem vários conceitos que o aluno deve compreender, ou pode mesmo estar só apoiado em exercícios. Porém, todos os temas terão sempre exercícios associados, uma vez que se trata de uma disciplina eminentemente prática.
Mais uma vez se adverte ao professor que recorra o mais possível ao uso de jornais, revistas, imagens publicitárias, emissões de rádio e de televisão, como apoio à explicação dos conceitos e matérias.
Relativamente ao trabalho fora da sala de aula, deve ser considerada a possibilidade do envio de trabalho para casa, sejam estes exercícios individuais, a simples leitura de jornais e revistas e posterior discussão em aula, a comparação em grelha de análise de dois telejornais de diferentes cadeias televisivas, estes apenas a título de exemplo.
Por último, o docente deverá ainda reservar algum tempo por semana para a discussão em aula de acontecimentos e notícias na ordem do dia.
e. Competências a Desenvolver
Competências Gerais: Compreender as influências a que os media nos sujeitam; Compreender os objectivos e as consequências de determinadas mensagens
mediáticas; Desenvolver um sentido crítico face às mensagens divulgadas pelos media; Distinguir entre os diferentes meios de comunicação e respectiva caracterização e
finalidade; Conhecimento geral dos actores mediáticos e seus papéis; Conhecimento das pressões a que estão sujeitos os órgãos de comunicação; Compreender o funcionamento e estar a par da agenda mediática; Saber o básico da produção de notícias e mensagens publicitárias.
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f. Avaliação
Tendo em conta o carácter eminentemente prático da disciplina a avaliação deverá ser feita de forma contínua e formativa, devendo ser observado o interesse e participação do aluno, assim como o empenho e o desempenho do mesmo.
A criatividade e a capacidade de comunicação e expressão também deverão ser avaliadas, uma vez que se trata de uma disciplina relacionada com os media. Contudo, não estando estas características relacionadas com o esforço do aluno, mas sim com a sua personalidade e apetências próprias e pessoais, o docente não deverá usá-las para desfavorecer nenhum aluno.
Quer isto dizer que um aluno com óptima capacidade de comunicação e elevada criatividade deve ser valorizado na sua avaliação. Porém, no caso contrário, um aluno com menor criatividade e capacidade comunicativa, não deverá ser desfavorecido na avaliação.
A avaliação deverá visar as capacidades de compreensão e apreensão dos conceitos, a aplicação dos mesmos em casos práticos e a capacidade de análise crítica. Durante as aulas, devem ser avaliadas, mas sobretudo desenvolvidas e incentivadas, as capacidades de comunicação e de análise crítica.
Os parâmetros que se seguem devem também ser contemplados na avaliação do aluno, utilizando-se grelhas de observação:
Grau de colaboração em grupo; Grau de empenho individual; Pertinência das questões levantadas e dúvidas colocadas; Participação activa das discussões em aula; Destreza e sentido crítico em apresentações orais e trabalhos escritos; Ajuda aos colegas; Capacidade comunicativa e criatividade;
No que diz respeito aos elementos de avaliação, o professor deve ter em conta o carácter eminentemente prático da disciplina, daí que não seja recomendado a aplicação de testes escritos. O professor pode fazê-lo, se assim o entender, contudo o trabalho final e os trabalhos práticos, desenvolvidos ao longo do ano devem ser a grande fonte de avaliação.
Recomenda-se que o trabalho final tenha um peso na nota final de cerca de 30% a 40%, sendo que o peso dos outros trabalhos e da participação de cada aluno ficará a cargo de cada professor.
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Convém que os alunos sejam alertados no início do ano que um bom clima na sala de aula é a melhor forma de criar uma ambiente propício ao trabalho. O estabelecimento, desde o início de uma comunicação saudável entre alunos e professor e entre os alunos entre si é a única forma de se poder ensinar bem a comunicar, o valor da comunicação e as suas implicações.
Por último, no que se refere à parte mais prática da avaliação, esta deve ser somativa e feita pelo professor, tendo por base a escala de valores de 0 a 20.
g. Recursos Relativamente aos recursos, tendo em conta que se trata de uma disciplina de Educação
para os Media, devem ser usados todos os meios de comunicação durante as aulas. Cada meio de comunicação deve ser usado oportunamente, tendo em conta o tema, teoria e/ou exercício que pretende apoiar.
Os recursos são então os seguintes: Sites na Internet e respectivo conteúdo, noticioso ou publicitário; Jornais diários/semanários e respectivo conteúdo; Revistas e respectivo conteúdo; Programas televisivos; Programas radiofónicos; Anúncios publicitários.
O docente deve ainda considerar a visita de estudo a alguns órgãos de comunicação do interesse dos alunos.
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III. Desenvolvimento do Programa
10.º – 12.º ano «Educação para os Media»
Primeiro Período 1.ª Área – Consciência / Introdução à Comunicação
o O que é um medium? o Qual é o papel dos media? o Emissor, Mensagem, Receptor; o Uma mensagem eficaz;
Segundo Período 2.ª Área – Análise / Media: História e Organização
o De onde vêm os media? o Quem detém e gere os media? o Quais as principais diferenças entre os media? o Objectividade ou Subjectividade?
3.ª Área – Reflexão / Os Media e Nós o Como é que os media nos podem influenciar? o Como é que nós podemos influenciar os media? o Como é que os media podem auto regular-se? o Agenda mediática?
Terceiro Período 4.ª Área – Acção / Os Quatro Tipos de Media
o Imprensa; o Rádio; o TV, Filmes, Vídeos; o Multimédia; o Projecto Final.
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1.ª Área – Consciência o O que é um Medium?
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1.ª Área – Consciência o Qual é o papel dos Media?
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1.ª Área – Consciência o Emissor, Mensagem, Receptor.
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1.ª Área – Consciência o Uma Mensagem Eficaz;
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lha;
Conte
údos
Me
nsag
em ef
icaz;
El
emen
tos ut
ilizad
os
pelos
med
ia pa
ra
comu
nicar
;
As m
ensa
gens
são
cons
truída
s;
Educação para os Media A Disciplina Obrigatória
Projecto de Aplicação Pessoal Joana Poças
31
2.ª Área – Análise o De onde vêm os Media?
N.º d
e
Aulas
3
Suge
stões
Meto
dológ
icas
Au
la so
bre a
teor
ia da
evolu
ção d
a co
munic
ação
e do
s meio
s de
comu
nicaç
ão ao
long
o dos
tem
pos;
Ex
ercíc
io de
relac
ionam
ento
entre
os
difer
entes
tipos
de m
edia
(o
que é
que c
ada n
ovo m
eio he
rdou
do
anter
ior -
ruptu
ras e
co
ntinu
açõe
s);
Ex
plica
ção d
os co
nceit
os de
co
munic
ação
verb
al e n
ão-ve
rbal
e de
quiné
sia e
prox
émia;
Exer
cício
de an
álise
das d
ifere
ntes
forma
s de c
omun
icar.
Divid
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turma
em vá
rios g
rupo
s. Da
r a
cada
grup
o a m
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tabe
la pa
ra
pree
nche
r, ma
s com
exem
plo de
for
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rente
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Po
ntos
da T
abela
: Ge
stos;
Expr
essõ
es
faciai
s; Ro
upas
; Di
stânc
ias; C
ores
. (Os
alu
nos d
evem
dar u
m ex
emplo
e um
a pos
sível
mens
agem
para
cada
um
deste
s pon
tos).
Objec
tivos
Da
r a co
nhec
er ao
s alun
os a
evolu
ção d
a com
unica
ção e
co
nseq
uente
mente
dos m
eios d
e co
munic
ação
;
Faze
r os a
lunos
anali
sar e
co
mpre
ende
r as d
ifere
ntes f
orma
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comu
nicar
;
Term
os/
Conc
eitos
Co
munic
ação
;
Dese
nvolv
imen
to;
Co
munic
ação
Or
al / V
erba
l;
Comu
nicaç
ão
não-
verb
al;
Qu
inésia
;
Prox
émia;
Comu
nicaç
ão
Gestu
al;
Conte
údos
Co
munic
ação
faz d
o ho
mem
um H
omem
;
A ne
cess
idade
da
comu
nicaç
ão de
sde o
iní
cio do
s tem
pos a
té à
actua
lidad
e;
As di
feren
tes fo
rmas
de
comu
nicar
;
Educação para os Media A Disciplina Obrigatória
Projecto de Aplicação Pessoal Joana Poças
32
2.ª Área – Análise o Quem detém e gere os Media?
N.º d
e
Aulas
3/4
Suge
stões
Meto
dológ
icas
Es
te tem
a pod
erá s
er ab
orda
do
atrav
és de
vário
s esq
uema
s ilu
strati
vos d
a com
posiç
ão de
alg
uns ó
rgão
s de c
omun
icaçã
o à
esco
lha do
profe
ssor
;
Uma d
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om to
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so
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s com
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s me
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am, d
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que o
s alun
os pe
rceba
m as
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pend
ência
s dos
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ia fac
e à
publi
cidad
e ou a
orga
nizaç
ões q
ue
os de
tenha
m; (o
profe
ssor
deve
da
r algu
ns ex
emplo
s e de
ixá-lo
s re
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r e di
scuti
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terior
mente
);
Objec
tivos
Fa
zer c
om qu
e os a
lunos
conh
eçam
os
mais
impo
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s órg
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e co
munic
ação
do pa
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quem
pe
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em;
Fa
zer c
om qu
e o al
uno t
ome
cons
ciênc
ia da
s rela
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que o
s ór
gãos
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munic
ação
têm
com
outra
s emp
resa
s e co
mo is
so po
de
afecta
r a su
a org
aniza
ção e
a inf
orma
ção q
ue ve
iculam
;
Faze
r com
que o
s alun
os
comp
reen
dam
a org
aniza
ção
inter
na do
s órg
ãos d
e com
unica
ção
(tipos
de de
parta
mento
s, co
mo se
div
ide o
traba
lho –
apon
tar as
dif
eren
ças e
ntre a
impr
ensa
, rád
io e
TV)
Fa
zer c
om qu
e o al
uno t
enha
uma
ideia
da es
trutur
a inte
rna d
e algu
ns
dos ó
rgão
s mais
impo
rtante
s do
país;
Leva
r os a
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a pe
rcebe
r, de
ntro
do ór
gão,
quem
decid
e o qu
ê – o
jorna
lista
como
o fin
al de
uma
cade
ia de
trab
alho;
Term
os/
Conc
eitos
Ór
gão d
e co
munic
ação
;
Orga
nizaç
ão;
Es
trutur
a;
Resp
onsa
bili
dade
s;
Pode
r;
Publi
cidad
e;
Depe
ndên
cia;
Au
diênc
ias;
Conte
údos
Os
ór
gãos
de
co
munic
ação
em
Po
rtuga
l;
Quais
são
os
mais
impo
rtante
s e
quem
os
detém
;
Suas
re
laçõe
s co
m ou
tras
entid
ades
/ em
pres
as;
Co
mo s
e div
idem
e es
trutur
am o
s ór
gãos
int
erna
mente
;
Divis
ão d
e po
der
e re
spon
sabil
idade
s;
Educação para os Media A Disciplina Obrigatória
Projecto de Aplicação Pessoal Joana Poças
34
2.ª Área – Análise; o Objectividade ou Subjectividade;
N.º d
e
Aulas
3
Suge
stões
Meto
dológ
icas
• Ex
plica
r teo
ricam
ente
as
difer
ença
s entr
e obje
ctivid
ade e
su
bjecti
vidad
e e ex
plica
r com
re
curso
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emplo
; •
Traz
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ra a
sala
de au
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as
notíc
ias so
bre o
mes
mo as
sunto
, se
ndo q
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a é ob
jectiv
a e ou
tra
não.
Os al
unos
deve
m em
co
njunto
expli
car q
ual é
a no
tícia
objec
tiva e
qual
a sub
jectiv
a e
expli
car p
orqu
ê; •
Divid
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turm
a em
vário
s gr
upos
, e fa
zend
o com
que o
s gr
upos
trab
alhem
dois
a dois
. O
Profe
ssor
deve
entre
gar u
m tem
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al a c
ada p
ar de
grup
os. U
m de
les de
ve cr
iar um
a no
tícia/
mens
agem
objec
tiva e
o ou
tro um
a notí
cia/m
ensa
gem
subje
ctiva
. Os r
esult
ados
deve
m po
sterio
rmen
te se
r disc
utido
s en
tre os
grup
os.
Objec
tivos
• Fa
zer c
om qu
e os a
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co
mpre
enda
m a d
ifere
nça e
ntre a
ob
jectiv
idade
e a s
ubjec
tivida
de;
• Fa
zer c
om qu
e os a
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cons
igam
identi
ficar
uma n
otícia
objec
tiva e
um
a notí
cia su
bjecti
va;
• Fa
zer c
om qu
e os a
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anali
sem
as po
tencia
lidad
es da
su
bjecti
vidad
e;
Term
os/
Conc
eitos
• Ob
jectiv
idade
; •
Subje
ctivid
ade;
Conte
údos
• Di
feren
ça en
tre
objec
tivida
de e
subje
ctivid
ade;
Educação para os Media A Disciplina Obrigatória
Projecto de Aplicação Pessoal Joana Poças
35
3.ª Área – Reflexão; o Como é que os Media nos podem influenciar;
N.º d
e
Aulas
6
Suge
stões
Meto
dológ
icas
• Ex
ercíc
ios de
iden
tifica
ção d
e ex
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s de v
iolên
cia re
ais e
fictíc
ios no
s vár
ios m
eios;
o
Exer
cícios
de
brain
storm
ing –
atitud
es
violen
tas qu
e os a
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ten
ham
tido e
que t
ivess
em
visto
na T
V, lid
o nos
jor
nais/
revis
tas…
; •
Expli
caçã
o sob
re os
objec
tivos
da
publi
cidad
e e m
eios p
ara o
s atin
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(a im
portâ
ncia
de se
conh
ecer
o pú
blico
-alvo
); o
Fa
zer e
m gr
upo u
ma
desc
ontra
cção
de
anún
cios:
qual
a me
nsag
em qu
e o em
issor
qu
er pa
ssar
, com
que
objec
tivo;
o
Grup
os de
3/4 f
azer
em o
seu p
rópr
io an
úncio
; •
Expli
caçã
o do c
once
ito:
«Este
reóti
po» e
de se
guida
pedir
ao
s alun
os qu
e dêe
m ex
emplo
s e
os vã
o apo
ntand
o no q
uadr
o or
ganiz
á-los
em ca
tegor
ias;
o
Disc
ussã
o em
turma
sobr
e co
nseq
uênc
ia do
s es
teriót
ipos.
Objec
tivos
• Fa
zer c
om qu
e os a
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co
mpre
enda
m a d
ifere
nça e
ntre
uma r
ecep
ção p
assiv
a e um
a re
cepç
ão ac
tiva d
a men
sage
m e
reflic
tam ac
erca
da di
feren
ça en
tre
esse
s dois
tipos
de re
cepç
ão;
• Fa
zer c
om qu
e os a
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reflic
tam
acer
ca da
violê
ncia
nos m
edia,
das
suas
cons
equê
ncias
e da
form
a co
mo es
ta os
pode
influ
encia
r; •
Faze
r com
que o
s alun
os
comp
reen
dam
os pr
opós
itos d
a pu
blicid
ade e
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tam ac
erca
da
influê
ncia
que e
sta te
m na
s sua
s tar
efas e
esco
lhas d
iárias
; •
Faze
r com
que o
s alun
os re
flictam
ac
erca
dos e
stere
ótipo
s exis
tentes
no
s med
ia e p
erce
bam
como
esse
s po
dem
influe
nciar
a su
a man
eira d
e pe
nsar
e ag
ir;
Term
os/
Conc
eitos
• Inf
luênc
ia;
• Re
cepç
ão
Pass
iva,
Rece
pção
Ac
tiva;
• Vi
olênc
ia;
• Pu
blicid
ade;
• Es
tereó
tipo;
Conte
údos
• Vi
olênc
ia no
s med
ia;
• Pu
blicid
ade;
• Es
tereó
tipos
nos
med
ia;
Educação para os Media A Disciplina Obrigatória
Projecto de Aplicação Pessoal Joana Poças
36
3.ª Área – Reflexão o Como é que nós podemos influenciar os Media?
N.º d
e
Aulas
3
Suge
stões
Meto
dológ
icas
• Ap
rese
ntaçã
o das
leis
que r
egem
os
med
ia e d
os di
reito
s do p
úblic
o; •
Faze
r com
que o
s alun
os le
iam
nalgu
ns do
s jor
nais
as ca
rtas a
o pr
oved
or de
leito
r e as
carta
s de
recti
ficaç
ão do
públi
co;
o
Se fiz
er se
ntido
e for
op
ortun
o, o d
ocen
te po
de
orga
nizar
que a
turm
a es
creva
uma c
arta
ao
prov
edor
de le
itor;
• At
ravé
s da a
nális
e de e
statís
ticas
faz
er co
m qu
e os a
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co
mpre
enda
m po
rque
é qu
e de
termi
nado
s pro
gram
as se
ma
ntém
no ar
dura
nte m
uito
tempo
e ou
tros n
ão;
o
O qu
e é qu
e as p
esso
as
gosta
m de
ver e
porq
uê?
– O pr
oblem
a das
au
diênc
ias;
o
A im
portâ
ncia
da es
colha
do
públi
co;
Objec
tivos
• Fa
zer c
om qu
e os a
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saiba
m,
de fo
rma g
eral,
as le
is qu
e reg
em
os m
edia;
•
Faze
r com
que o
s alun
os sa
ibam,
de
form
a ger
al, os
dire
itos q
ue lh
es
assis
tem co
mo pú
blico
/cons
umido
r do
s med
ia;
• Fa
zer c
om qu
e o al
uno c
ompr
eend
a a i
mpor
tância
dos s
eus d
ados
pe
ssoa
is e a
sua n
ão di
vulga
ção;
• Fa
zer c
om qu
e os a
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saiba
m as
for
mas d
e con
tactar
com
os m
edia;
•
Faze
r com
que o
s alun
os re
flictam
ac
erca
das e
scolh
as qu
e faz
em (a
die
ta me
diátic
a de c
ada u
m inf
luenc
ia o q
ue os
med
ia pa
ssam
);
Term
os/
Conc
eitos
• Le
is;
• Di
reito
s; •
Deve
res;
• Es
colha
s; •
Prov
edor
de
Leito
r;
Conte
údos
• Le
is de
regu
lação
dos
med
ia;
• Di
reito
s do
públi
co/co
nsum
idor;
• Co
munic
amos
com
os
med
ia;
• As
noss
as es
colha
s inf
luenc
iam o
que
vemo
s nos
med
ia;
Educação para os Media A Disciplina Obrigatória
Projecto de Aplicação Pessoal Joana Poças
38
3.ª Área – Reflexão o Agenda Mediática;
N.º d
e
Aulas
3
Suge
stões
Meto
dológ
icas
• O
profe
ssor
deve
expli
car o
sign
ificad
o de
agen
da m
ediát
ica re
corre
ndo a
ex
emplo
s de n
otícia
s na o
rdem
do di
a; o
Ex
ercíc
io de
comp
araç
ão de
vá
rios j
orna
is do
mes
mo di
a e d
e vár
ios te
lejor
nais
do
mesm
o dia
(os a
lunos
deve
m ch
egar
á co
nclus
ão qu
e a
infor
maçã
o não
difer
e, ap
esar
de ex
istire
m es
tilos
difer
entes
); •
Exer
cício
sobr
e os v
alore
s notí
cia:
fazer
com
que o
s alun
os em
grup
os
olhem
para
notíc
ias e
apon
tem os
va
lores
notíc
ia qu
e lhe
estão
su
bjace
ntes;
• O
doce
nte de
ve es
colhe
r um
exem
plo
espe
cífico
de um
acon
tecim
ento
mediá
tico (
morte
da P
rince
sa D
iana,
qued
a da T
orre
s Gém
eas,
…) e
deve
em
aula,
com
a ajud
a dos
alun
os,
desc
onstr
uí-lo
e refl
ectir
sobr
e o se
u im
pacto
na so
cieda
de;
o
O vis
ionam
ento
em gr
upo
(senti
do de
perte
nça;
o dir
ecto;
a em
oção
; o
jorna
lista
no lo
cal…
;)
Objec
tivos
• Fa
zer c
om qu
e os a
lunos
estej
am a
par d
a age
nda m
ediát
ica e
perce
bam
a sua
impo
rtânc
ia na
so
cieda
de, n
a polí
tica e
nos
próp
rios m
edia;
•
Faze
r com
que o
s alun
os
comp
reen
dam
que m
esmo
em
difer
entes
órgã
os pa
ssa a
mes
ma
infor
maçã
o; •
Faze
r com
que o
s alun
os
comp
reen
dam
e refl
ictam
acer
ca
dos v
alore
s notí
cia e
a sua
ap
licaç
ão a
caso
s prá
ticos
; •
Expli
car o
que s
ão ac
ontec
imen
tos
mediá
ticos
e faz
er os
alun
os
refle
ctir a
cerca
da s
ua im
portâ
ncia
e pes
o na s
ocied
ade a
ctual;
Term
os/
Conc
eitos
• Ag
enda
me
diátic
a; •
Valor
es N
otícia
; •
Acon
tecim
entos
me
diátic
os;
Conte
údos
• O
que é
a ag
enda
me
diátic
a?
• A
sua i
mpor
tância
; •
Os va
lores
notíc
ia na
de
finiçã
o da a
gend
a me
diátic
a; •
Os ac
ontec
imen
tos
mediá
ticos
;
Educação para os Media A Disciplina Obrigatória
Projecto de Aplicação Pessoal Joana Poças
40
4.ª Área – Acção; o Rádio;
N.º d
e
Aulas
3
Suge
stões
Meto
dológ
icas
• Ap
rese
ntaçã
o da f
orma
de
escre
ver p
ara r
ádio
e dife
renç
as
entre
a TV
(pro
blema
do te
mpo e
da
falta
de ap
oio vi
sual)
; •
Os al
unos
deve
m co
nstru
ir so
zinho
s 2 da
s 4 pe
ças p
ara r
ádio
o
Ca
so nã
o seja
poss
ível,
por f
alta d
e equ
ipame
nto,
há se
mpre
a po
ssibi
lidad
e de e
scrita
pa
ra rá
dio e
poste
rior
leitur
a em
aula
para
os
coleg
as, o
u entã
o pod
e uti
lizar
um si
mples
gr
avad
or;
o
Não s
e esq
ueça
da
impo
rtânc
ia da
audiç
ão e
poste
rior c
rítica
em au
la;
Objec
tivos
• Fa
zer c
om qu
e os a
lunos
co
mpre
enda
m a d
ifere
nças
entre
os
três e
stilos
jorn
alísti
cos;
• Fa
zer c
om qu
e os a
lunos
prati
quem
so
zinho
s a co
nstru
ção d
e uma
no
tícia,
de um
a rep
ortag
em e
de um
dir
ecto
em rá
dio;
Term
os/
Conc
eitos
• No
tícia;
•
Repo
rtage
m;
• Di
recto
; •
Entre
vista;
Conte
údos
• A
rádio
;
Educação para os Media A Disciplina Obrigatória
Projecto de Aplicação Pessoal Joana Poças
41
4.ª Área – Acção; o TV, Filmes, Vídeos;
N.º d
e
Aulas
6
Suge
stões
Meto
dológ
icas
• Ap
rese
ntaçã
o pelo
profe
ssor
da
forma
de es
creve
r par
a TV
(a
impo
rtânc
ia de
escre
ver p
ara a
s im
agen
s, o p
roble
ma te
mpo,
…);
• Os
alun
os de
vem
sozin
hos
cons
truir u
ma re
porta
gem
sobr
e um
tema
indic
ado p
elo pr
ofess
or;
• Os
alun
os de
vem
ainda
trein
ar um
dir
ecto;
o
Ca
so nã
o exis
ta eq
uipam
ento
espe
cífico
, lem
bre-
se qu
e uma
câ
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Educação para os Media A Disciplina Obrigatória
Projecto de Aplicação Pessoal Joana Poças
42
4.ª Área – Acção; o Multimédia;
N.º d
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Educação para os Media A Disciplina Obrigatória
Projecto de Aplicação Pessoal Joana Poças
43
4.ª Área – Acção; o Projecto Final;
N.º d
e
Aulas
6
Suge
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Educação para os Media A Disciplina Obrigatória
Projecto de Aplicação Pessoal Joana Poças
44
Guião do Site
O Público-Alvo
O público-alvo da maqueta do site que construí, são os pais e professores dos jovens portugueses, mas sobretudo os professores. Poderão perguntar-se porque não terei escolhido os próprios jovens, uma vez que não se tratam de crianças, mas sim de alunos do Ensino Secundário.
Se lermos atentamente a obra de Juan Carlos Tedesco O Novo Pacto Educativo, percebemos que este autor recorre à obra de Peter Berger e Thomas Luckman para explicar que existem duas formas de socialização. A socialização primária e a socialização secundária.
A primeira forma de socialização, a primária, dá-se durante a infância e no seio da família. Os objectivos desta fase são tornar a criança num membro da sociedade onde se insere. Os resultados de uma socialização primária bem conseguida serão a aprendizagem da linguagem e de esquemas de interpretação da realidade.
A socialização secundária é feita posteriormente na sociedade e na escola. Os objectivos são, então, «incorporar o indivíduo, já socializado, em novas áreas da sociedade»17(Tedesco 2000:36).
O autor da obra, depois de destrinçar estas duas formas de socialização, termina apresentando um problema que é «o enfraquecimento da capacidade socializadora da família», que «deriva das mudanças na carga emocional com que se transmitem os conteúdos da socialização primária e da preocupação cada vez maior com que surgem as possibilidades de opção» (Tedesco 2000:37). O autor alerta-nos para a diminuição da «capacidade socilizadora» da família, uma vez que a carga emocional, de que depende essa socialização, está a ser transferida para outros meios, mas para onde?
Tedesco avança duas razões, ou duas opções, para a diminuição dessa carga emocional no seio familiar e consequente diminuição da «capacidade socializadora» da mesma. A evolução do individualismo e o surgimento dos meios de comunicação social como novos agentes de socialização são as principais causas para este problema.
Por evolução do individualismo entende-se o respeito pela liberdade interna de cada um e o alargamento das possibilidades de opção. Se olharmos ao nosso redor rapidamente compreendemos que os adultos adoptam, cada vez mais, por uma postura menos autoritária face aos seus filhos. Para além disso o mundo familiar dos nossos jovens tem vindo a tornar-se 17 Tedesco, Juan Carlos; 2000; O Novo Pacto Educativo; Fundação Manuel Leão;
Educação para os Media A Disciplina Obrigatória
Projecto de Aplicação Pessoal Joana Poças
45
cada vez mais instável devido à desestruturação do núcleo familiar tradicional, com o aumento de divórcios e separações.
Com a entrada no mercado de trabalho das mulheres, assistiu-se a uma diminuição do tempo que os pais passam com os filhos. Muitas vezes estes são deixados em casa sozinhos com a sua «ama electrónica»18, a televisão, como apelidou Maria Barroso num artigo divulgado pelo Jornal de Notícias.
Se aceitarmos que a televisão é, de facto, uma «ama electrónica», ou seja, uma fonte de socialização, que outras fontes de socialização se apresentam ao jovem? Ao considerarmos a televisão, teremos que considerar o computador e a «sua» Internet, os jogos electrónicos e os telemóveis, para não mencionar mais. Mas, por outro lado, temos a escola e as suas actividades sociais e desportivas e ainda a família.
Juan Carlos Tedesco não critica a existência de diversas fontes de socialização, o autor critica sim o visionamento e/ou a exploração desacompanhada (Tedesco 2000:40). O problema está na informação adulta (isto é, informação criada para ser consumida por adultos) que chega às crianças e jovens porque o código de acesso é a imagem (no caso da televisão e em muitos casos da Internet), em vez da leitura e da escrita, como costumava ser. O autor recorre a Neil Postman para explicar que a «televisão suprimiu a barreira que impunha o recurso à leitura para se ter acesso à informação» (Tedesco 2000:42).
Se já admitimos que controlar a dieta mediática dos jovens não será a solução, chegamos mais uma vez à mesma conclusão, a solução passa por uma educação que se baseie no visionamento e exploração acompanhada. Sendo a família e a escola as duas principais fontes de socialização faz sentido que tenham sido os pais e professores que tenha escolhido como público-alvo para o «meu» site. Precisamos de alertar a família e escola para que estas reivindiquem a sua capacidade socializadora e sejam estas a transmissoras dos valores estruturantes dos nossos jovens.
18 Jornal de Notícias online; «Sociedade desadequada às "novas" famílias»; http://jn.sapo.pt/2005/01/26/sociedade/sociedade_desadequada_novas_familias.html (Setembro 2006);
Educação para os Media A Disciplina Obrigatória
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Fluxograma de Conteúdos
Mapa do Site
Quem Somos
Contacte-nos
5 Conceitos 5 Questões
Currículo
Aulas e Exercícios
Teorias A Notícia
AcontecimentosMediáticos
O Gatekeeper
Mapa do Site
Bibliografia
5 Conceitos5 Questões
A Notícia
Quem Somos
Aulas e Exercícios
Home
Contacte-nos
Currículo
AcontecimentosMediáticos
O Gatekeeper
Educação para os Media A Disciplina Obrigatória
Projecto de Aplicação Pessoal Joana Poças
47
Lista de Conteúdos do Site
Página Secção Descrição Conteúdo Cor Tipo Letra
Fundo
Cor
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_
Logótipo Rádio Multicor _
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Título
Educação para os Media
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Fundo
Cor
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2.ª barra horizontal (width="100%"
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Sub-título
Home
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Fundo
Cor
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_
Barra lateral esquerda (width="15%” align=”left”)
Links
Home + Mapa do Site + Quem somos + Contacte-nos
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Pais color="483D8B "
Parte superior dividida em duas com os 2 targets Professores
color="483D8B "
size="3" face="Arial, Helvetica, Verdana", bold
Texto Introdutório
Se é pai e/ou professor e se preocupa com os seus filhos e alunos, está no lugar certo. Pais e professores conscientes do mundo mediático onde vivem, podem mais facilmente ensinar os respectivos filhos e alunos.
color="#00CC99"
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Esquema Espiral de Empoderamento
Consciência/Análise/Reflexão/Acção _ _
Home
Barra central (width=”65%” align=”center”)
Referência
Esquema baseado na obra de Elizabeth Thoman e Tessa Jolls,
Literacy for the 21st Century
color="#000066"
size="-2" face="Arial, Helvetica, sans-
Educação para os Media A Disciplina Obrigatória
Projecto de Aplicação Pessoal Joana Poças
48
serif"
Explicação
Este esquema pretende orientar a educação para os media, dividindo-a em 4 fases diferentes. Devemos começar por tomar consciência dos meios e mensagens que nos rodeiam. De seguida devemos analisar as mensagens ou imagens que são difundidas, para depois podermos passar para uma fase de reflexão sobre a informação analisada. Chegamos, assim, à fase de acção, seja esta a compreensão de todas as vertentes da mensagem que recebemos ou a construção de uma outra mensagem. O currículo e respectivas aulas da disciplina de educação para os media que se encontram neste site estão estruturados segundo estes princípios.
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Fundo
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_
Links 5 Questões 5 Conceitos + Currículo + As
Aulas
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_
Barra lateral direita (width=”20%” Align=”right”)
Links As Notícias + Acontecimentos Mediáticos
+ O Gatekeeper + Bibliografia
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Fundo Cor
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_ Barra horizontal inferior (width="100%" align="center") Frase do Link
para o e-mail Se tiver dúvidas, não hesite em contactar-me
color="FFD700"
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Educação para os Media A Disciplina Obrigatória
Projecto de Aplicação Pessoal Joana Poças
49
Página Secção Descrição Conteúdo Cor Tipo Letra
Fundo
Cor
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Logótipo Rádio Multicor _
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Título
Educação para os Media
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Fundo
Cor
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2.ª barra horizontal (width="100%"
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Sub-título
Mapa do Site
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Fundo
Cor
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_
Barra lateral esquerda (width="15%” align=”left”)
Links
Home + Mapa do Site + Quem somos + Contacte-nos
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Lista de links de todas as páginas
Home + Mapa do Site + Quem Somos + Contacte-nos + 5 Conceitos 5 Questões + Currículo + As Aulas + As Notícias + Acontecimentos Mediáticos + O Gatekeeper + Bibliografia
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Barra central (width=”65%” align=”center”)
Cartoon Imagem de rapaz em frente à TV _ _
Fundo
Cor bgcolor="#66CDAA "
_
Links 5 Questões 5 Conceitos + Currículo + As
Aulas
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Separador Separador color="FFFFFF"
_
Mapa do Site
Barra lateral direita (width=”20%” Align=”right”)
Links As Notícias + Acontecimentos Mediáticos + O Gatekeeper + Bibliografia
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Educação para os Media A Disciplina Obrigatória
Projecto de Aplicação Pessoal Joana Poças
50
Verdana", bold
Fundo Cor
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_ Barra horizontal inferior (width="100%" align="center") Frase do Link
para o e-mail Se tiver dúvidas, não hesite em contactar-me
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Página Secção Descrição Conteúdo Cor Tipo Letra
Fundo
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Logótipo Rádio Multicor _
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Título
Educação para os Media
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Fundo
Cor
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Sub-título
Quem Somos
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Fundo
Cor
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_
Barra lateral esquerda (width="15%” align=”left”)
Links
Home + Mapa do Site + Quem somos + Contacte-nos
color="330099 "
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Quem criou este site color="483D8B" Parte superior
dividida em duas Quais os Objectivos
color="#00CC99"
size="2" face="Arial, Helvetica, Verdana", bold
Quem Somos
Barra central (width=”65%” align=”center”)
Texto de Explicação
Sou uma finalista do Curso de Comunicação Social e Cultural da Universidade Católica Portuguesa. No quarto ano decidi especializar-me em Comunicação Digital Interactiva.
color="483D8B”
size="2" face="Arial, Helvetica,
Educação para os Media A Disciplina Obrigatória
Projecto de Aplicação Pessoal Joana Poças
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Página Secção Descrição Conteúdo Cor Tipo Letra
Fundo
Cor
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_
Logótipo Rádio Multicor _
1.ª barra horizontal superior (width="100%" align="center")
Título
Educação para os Media
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h2 face="Arial, Helvetica, Verdana"
Fundo
Cor
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_
2.ª barra horizontal (width="100%"
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Sub-título
Contacte-nos
color="#FFD700"
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Verdana", bold
Fundo
Cor
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_
Barra lateral esquerda (width="15%” align=”left”)
Links
Home + Mapa do Site + Quem somos + Contacte-nos
color="330099 "
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Slogan da página
A sua Opinião Interessa-nos color="483D8B"
Título do «Questionário»
Deixe-nos uma Mensagem color="#330099"
size="2" face="Arial, Helvetica, Verdana", bold
Nome _ _
Idade (0-10; 10-20; 20-30; 30-40; 40-50; 50-60; 60-70; +70)
_ _
Sexo (feminino; masculino)
_ _
Ocupação (Estudante; Trabalhador-estudante; Trabalhador, Desempregado, Reformado)
_ _
Data de Nascimento _ _
Contacte-nos
Barra central (width=”65%” align=”center”)
Questionário
País _ _
Educação para os Media A Disciplina Obrigatória
Projecto de Aplicação Pessoal Joana Poças
53
(Angola; Brasil; Cabo-Verde; Canadá; EUA; Goa (Índia); Guiné Bissau; Macau; Moçambique; Portugal; São Tomé e Príncipe; Outro)
Apreciação Geral do Site (Muito Bom; Bom; Médio; Razoável; Mau; Muito Mau)
_ _
Mensagem _ _
Enviar _ _
Cancelar _ _
Fundo
Cor bgcolor="#66CDAA "
_
Links 5 Questões 5 Conceitos + Currículo + As
Aulas
color="230099"
size="2" face="Arial, Helvetica, Verdana", bold
Separador Separador color="FFFFFF"
_
Barra lateral direita (width=”20%” Align=”right”)
Links As Notícias + Acontecimentos Mediáticos
+ O Gatekeeper + Bibliografia
color="FFD700"
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Fundo Cor
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_ Barra horizontal inferior (width="100%" align="center") Frase do Link
para o e-mail Se tiver dúvidas, não hesite em contactar-me
color="FFD700"
size="2" face="Arial, Helvetica, Verdana", bold
Educação para os Media A Disciplina Obrigatória
Projecto de Aplicação Pessoal Joana Poças
54
Página Secção Descrição Conteúdo Cor Tipo Letra
Fundo
Cor
bgcolor="#66CDAA"
_
Logótipo Rádio Multicor _
1.ª barra horizontal superior (width="100%" align="center")
Título
Educação para os Media
color="#330099"
h2 face="Arial, Helvetica, Verdana"
Fundo
Cor
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_
2.ª barra horizontal (width="100%"
align="center")
Sub-título
5 Conceitos 5 Questões
color="#FFD700"
size="2" face="Arial, Helvetica,
Verdana", bold
Fundo
Cor
bgcolor="#66CDAA "
_
Barra lateral esquerda (width="15%” align=”left”)
Links
Home + Mapa do Site + Quem somos + Contacte-nos
color="330099 "
size="2" face="Arial, Helvetica, Verdana", bold
Conceitos Base 1. Todas as mensagens veiculadas
pelos media são construídas. 2. As mensagens mediáticas são
construídas segundo uma linguagem própria com as suas próprias regras.
3. Pessoas diferentes experienciam a mesma mensagem de maneira diferente.
4. Os media tem valores intrínsecos e pontos de vista específicos.
5. A maioria das mensagem nos media estão estruturadas com o objectivo de ganhar dinheiro e/ou poder.
color="#003399"
size="2" face="Arial, Helvetica, sans-serif"
5 Conceitos 5 Questões
Barra central (width=”65%” align=”center”)
Tabela
Questões Chave 1. Quem criou esta mensagem? 2. Que técnicas criativas estão a ser
utilizadas para captar a minha atenção?
3. Como é que pessoas diferentes de mim podem ler/entender de outra maneira esta mensagem?
color="# 00CC99"
size="2" face="Arial, Helvetica, sans-serif"
Educação para os Media A Disciplina Obrigatória
Projecto de Aplicação Pessoal Joana Poças
55
4. Que estilos de vida, valores e pontos de vista estão representados nesta mensagem e quais os que não estão?
5. Porque é que esta mensagem está a ser transmitida?
Tabela baseada na obra de Elizabeth Thoman e Tessa Jolls,Literacy for the 21st Century
color="#003399"
size="1" face="Arial, Helvetica, sans-serif"
Explicação
Qualquer que seja a mensagem transmitida, qualquer que seja o Meio, qualquer que seja a idade do jovem ou criança, estas são as questões que deve ter presentes. Estas são as perguntas que deve fazer.
Aplique-as a anúncios publicitários, a séries televisivas, a filmes, a cartazes. Aplique-as constantemente e estará a olhar de forma crítica as mensagens divulgadas pelos Media.
color="#00CC99"
size="2" face="Arial, Helvetica, sans-serif"
Fundo
Cor bgcolor="#66CDAA "
_
Links 5 Questões 5 Conceitos + Currículo + As
Aulas
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size="2" face="Arial, Helvetica, Verdana", bold
Separador Separador color="FFFFFF"
_
Links As Notícias + Acontecimentos Mediáticos
+ O Gatekeeper + Bibliografia
color="FFD700"
size="2" face="Arial, Helvetica, Verdana", bold
Barra lateral direita (width=”20%” Align=”right”)
Cartoon Imagem de criança louca em frente à TV _ _
Fundo Cor
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_ Barra horizontal inferior (width="100%" align="center") Frase do Link
para o e-mail Se tiver dúvidas, não hesite em contactar-me
color="FFD700"
size="2" face="Arial, Helvetica, Verdana", bold
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Página Secção Descrição Conteúdo Cor Tipo Letra
Fundo
Cor
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_
Logótipo Rádio Multicor _
1.ª barra horizontal superior (width="100%" align="center")
Título
Educação para os Media
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Fundo
Cor
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_
2.ª barra horizontal (width="100%"
align="center")
Sub-título
Currículo
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Verdana", bold
Fundo
Cor
bgcolor="#66CDAA "
_
Barra lateral esquerda (width="15%” align=”left”)
Links
Home + Mapa do Site + Quem somos + Contacte-nos
color="330099 "
size="2" face="Arial, Helvetica, Verdana", bold
Currículo
Barra central (width=”65%” align=”center”)
Organização sumária do currículo
10.º – 12.º ano «Educação para os Media»
Primeiro Período 1.ª Área – Consciência / Introdução à Comunicação
O que é um medium? Qual é o papel de um medium? Emissor, Mensagem, Receptor; Uma mensagem eficaz;
Segundo Período 2.ª Área – Análise / Media: História e Organização De onde vêm os media? Quem detém e gere os media? Quais as principais diferenças entre
os media? Objectividade ou Subjectividade?
3.ª Área – Reflexão / Os Media e Nós
color="#00CC99" + color="330099"
size="2" face="Arial, Helvetica, Verdana"
Educação para os Media A Disciplina Obrigatória
Projecto de Aplicação Pessoal Joana Poças
57
regular-se? Agenda mediática?
Terceiro Período 4.ª Área – Acção / Os Quatro Tipos de Media Imprensa; Rádio; TV, Filmes, Vídeos; Multimédia; Projecto Final.
Download Download integral do Currículo
color="330099"
size="2" face="Arial, Helvetica, Verdana"
Fundo
Cor bgcolor="#66CDAA "
_
Links 5 Questões 5 Conceitos + Currículo + As Aulas
color="230099"
size="2" face="Arial, Helvetica, Verdana", bold
Separador Separador
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_
Barra lateral direita (width=”20%” Align=”right”)
Links As Notícias + Acontecimentos Mediáticos
+ O Gatekeeper + Bibliografia
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Verdana", bold
Fundo Cor
bgcolor="#4B0082"
_ Barra horizontal inferior (width="100%" align="center") Frase do Link
para o e-mail Se tiver dúvidas, não hesite em contactar-me
color="FFD700"
size="2" face="Arial, Helvetica, Verdana", bold
Educação para os Media A Disciplina Obrigatória
Projecto de Aplicação Pessoal Joana Poças
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Página Secção Descrição Conteúdo Cor Tipo Letra
Fundo
Cor
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_
Logótipo Rádio Multicor _
1.ª barra horizontal superior (width="100%" align="center")
Título
Educação para os Media
color="#330099"
h2 face="Arial, Helvetica, Verdana"
Fundo
Cor
bgcolor="#4B0082"
_
2.ª barra horizontal (width="100%"
align="center")
Sub-título
As Aulas
color="#FFD700"
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Verdana", bold
Fundo
Cor
bgcolor="#66CDAA "
_
Barra lateral esquerda (width="15%” align=”left”)
Links
Home + Mapa do Site + Quem somos + Contacte-nos
color="330099 "
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Título coluna esquerda
As Aulas
color="483D8B"
size="2" face="Arial, Helvetica, Verdana" bold
Esta proposta de currículo que aqui apresento cinge-se a um ano lectivo apenas, sendo a disciplina possível leccionar entre o 10.º e o 12.º ano de escolaridade. Esta disciplina deve ser leccionada três vezes por semana. Tendo cada aula cerca de 50 minutos, a carga horária semanal seria de 150 minutos. É ainda de salientar que a disciplina deve centrar-se grandemente na sua componente prática.
color="#00CC99"
As Aulas
Barra central (width=”65%” align=”center”)
Coluna esquerda Explicação da proposta das
aulas
Nota: As aulas encontram-se no currículo disponível para download na página «Currículo» deste mesmo site.
color="483D8B"
size="2" face="Arial, Helvetica, Verdana"
Educação para os Media A Disciplina Obrigatória
Projecto de Aplicação Pessoal Joana Poças
59
Título coluna direita
Educar para os Media?
color="#00CC99"
size="2" face="Arial, Helvetica, Verdana" bold
O British Film Institute diz-nos que educação para os media é o «desenvolvimento progressivo de uma compreensão crítica dos media que procura alargar o conhecimento dos alunos acerca dos meios de comunicação e desenvolver as suas capacidades analíticas e criativas através de uma trabalho simultaneamente prático e crítico».
color="483D8B"
size="2" face="Arial, Helvetica, Verdana"
Coluna Direita Definição de
Educar para os Media
Os media fazem parte do nosso mundo e a sociedade e a escola não os podem ignorar.
color="#00CC99"
size="2" face="Arial, Helvetica, Verdana" bold
Cartoon Rapaz a jogar computador _ _
Fundo
Cor bgcolor="#66CDAA "
_
Links 5 Questões 5 Conceitos + Currículo + As
Aulas
color="230099"
size="2" face="Arial, Helvetica, Verdana", bold
Separador Separador color="FFFFFF"
_
Barra lateral direita (width=”20%” Align=”right”)
Links As Notícias + Acontecimentos Mediáticos
+ O Gatekeeper + Bibliografia
color="FFD700"
size="2" face="Arial, Helvetica, Verdana", bold
Fundo Cor
bgcolor="#4B0082"
_ Barra horizontal inferior (width="100%" align="center") Frase do Link
para o e-mail Se tiver dúvidas, não hesite em contactar-me
color="FFD700"
size="2" face="Arial, Helvetica, Verdana", bold
Educação para os Media A Disciplina Obrigatória
Projecto de Aplicação Pessoal Joana Poças
60
Página Secção Descrição Conteúdo Cor Tipo Letra
Fundo
Cor
bgcolor="#66CDAA"
_
Logótipo Rádio Multicor _
1.ª barra horizontal superior (width="100%" align="center")
Título
Educação para os Media
color="#330099"
h2 face="Arial, Helvetica, Verdana"
Fundo
Cor
bgcolor="#4B0082"
_
2.ª barra horizontal (width="100%"
align="center")
Sub-título
As Notícias
color="#FFD700"
size="2" face="Arial, Helvetica,
Verdana", bold
Fundo
Cor
bgcolor="#66CDAA "
_
Barra lateral esquerda (width="15%” align=”left”)
Links
Home + Mapa do Site + Quem somos + Contacte-nos
color="330099 "
size="2" face="Arial, Helvetica, Verdana", bold
Título coluna direita
Construir uma notícia
color="483D8B"
size="2" face="Arial, Helvetica, Verdana", bold
Enumeração em coluna vertical dos 6 w’s
Os 6 W’s Quem?/Who? + O quê?/What? + Onde?/Where? + Quando?/When? + Como?/How? + Porquê?/Why?
color="#00CC99" + color="483D8B"
size="2" face="Arial, Helvetica, Verdana", bold
Explicação acerca do lead
Estas são as perguntas a que o jornalista tenta responder no lead, ou seja, no primeiro parágrafo da notícia.
color="483D8B"
size="2" face="Arial, Helvetica, Verdana"
As Notícias
Barra central (width=”65%” align=”center”)
Título da Imagem Pirâmide Invertida
color="483D8B"
size="2" face="Arial, Helvetica, Verdana", bold
Educação para os Media A Disciplina Obrigatória
Projecto de Aplicação Pessoal Joana Poças
61
Imagem Imagem da pirâmide invertida _ _
Explicação acerca da
construção da notícia
O primeiro parágrafo da notícia deve ser o lead, como já vimos, onde se deve responder, pelo menos aos 4 primeiros W's. Devemos, deste modo começar pelos acontecimentos mais recentes e/ou pelos mais importantes. Uma vez que, quanto mais recente for o acontecimento maior valor notícia ele tem.
No segundo parágrafo devemos responder, se ainda não o fizemos, às perguntas Como? e Porquê? Desta forma estaremos a contar a «estória» por ordem de importância, começando pelo que é realmente notícia (O quê?) e seguindo com a explicação dos factos. Nos outros parágrafos devemos acrescentar factos ou informação importantes, mas não essenciais à compreensão da notícia. Uma vez que os factos essenciais já devem estar explicados anteriormente. Assim, se for necessário cortar os últimos parágrafos da notícia, devido a questões de espaço, a informação importante nunca corre riscos de não ser divulgada. Para além disso, ao começar com os factos mais recentes e importantes capto mais rapidamente a atenção do leitor.
color="#00CC99"
size="2" face="Arial, Helvetica, Verdana"
Título coluna esquerda
Teoria
color="#00CC99"
size="2" face="Arial, Helvetica, Verdana", bold
Citação sobre o objectivo de um órgão de informação
«O objectivo declarado de qualquer órgão de informação é o de fornecer relatos dos acontecimentos julgados significativos e interessantes.»
color="483D8B"
size="2" face="Arial, Helvetica, Verdana"
Referência bibliográfica
Descrição de Gaye Tuchman (1978), socióloga americana, citada por Nelson Traquina na obra Jornalismo: Questões, Teorias e «Estórias».
color="#00CC99"
size="1" face="Arial, Helvetica, Verdana"
Citação acerca da definição de notícia.
«As notícias são o resultado de um processo de produção, definido como a percepção, selecção e transformação de uma matéria-prima (os acontecimentos) num produto (as notícias).»
color="483D8B"
size="2" face="Arial, Helvetica,
Educação para os Media A Disciplina Obrigatória
Projecto de Aplicação Pessoal Joana Poças
62
Verdana"
Referência bibliográfica
Descrição de Nelson Traquina na obra Jornalismo: Questões, Teorias e
«Estórias».
color="#00CC99"
size="1" face="Arial, Helvetica, Verdana"
Título de explicação Mitos acerca da construção das notícias:
color="483D8B"
size="2" face="Arial, Helvetica, Verdana", bold
Explicação detalhada por
pontos
Jornalista como comunicador desinteressado:
Observador neutro; Desligado dos acontecimentos; Cauteloso em não emitir opiniões
pessoais; Fotógrafo da realidade; Objectivo; «Espelho» dos factos;
color="#00CC99" + color="483D8B"
size="2" face="Arial, Helvetica, Verdana"
Título de explicação O que realmente acontece:
color="483D8B"
size="2" face="Arial, Helvetica, Verdana", bold
Explicação detalhada por
pontos
Jornalista tem um papel activo: Participante activo no processo de
construção da realidade; Jornalista é influenciado pelo seu
background; Jornalista apreende o acontecimento
de um determinado ângulo; Notícias não emergem naturalmente
do real; Notícias acontecem na conjugação de
acontecimentos e de textos; O acontecimento cria a notícia e vice-
versa;
color="#00CC99" + color="483D8B"
size="2" face="Arial, Helvetica, Verdana"
Referência bibliográfica
Explicação baseada na obra de Nelson Traquina, Jornalismo: Questões, Teorias e
«Estórias».
color="#00CC99"
size="1" face="Arial, Helvetica, Verdana"
Fundo
Cor bgcolor="#66CDAA "
_ Barra lateral direita (width=”20%” Align=”right”)
Links 5 Questões 5 Conceitos + Currículo + As
Aulas
color="230099"
size="2" face="Arial, Helvetica, Verdana", bold
Educação para os Media A Disciplina Obrigatória
Projecto de Aplicação Pessoal Joana Poças
63
Separador Separador color="FFFFFF"
_
Links As Notícias + Acontecimentos Mediáticos
+ O Gatekeeper + Bibliografia
color="FFD700"
size="2" face="Arial, Helvetica, Verdana", bold
Desenho Imagem senhor a ler jornal a preto e
branco _ _
Fundo Cor
bgcolor="#4B0082"
_ Barra horizontal inferior (width="100%" align="center") Frase do Link
para o e-mail Se tiver dúvidas, não hesite em contactar-me
color="FFD700"
size="2" face="Arial, Helvetica, Verdana", bold
Página Secção Descrição Conteúdo Cor Tipo Letra
Fundo
Cor
bgcolor="#66CDAA"
_
Logótipo Rádio Multicor _
1.ª barra horizontal superior (width="100%" align="center")
Título
Educação para os Media
color="#330099"
h2 face="Arial, Helvetica, Verdana"
Fundo
Cor
bgcolor="#4B0082"
_
2.ª barra horizontal (width="100%"
align="center")
Sub-título
Acontecimentos Mediáticos
color="#FFD700"
size="2" face="Arial, Helvetica,
Verdana", bold
Fundo
Cor
bgcolor="#66CDAA "
_
Acontecim-entos Mediáticos
Barra lateral esquerda (width="15%” align=”left”)
Links
Home + Mapa do Site + Quem somos + Contacte-nos
color="330099 "
size="2" face="Arial, Helvetica, Verdana", bold
Educação para os Media A Disciplina Obrigatória
Projecto de Aplicação Pessoal Joana Poças
64
Título coluna direita
Exemplos
color="483D8B"
size="2" face="Arial, Helvetica, Verdana", bold
Explicação da fotografia
O 11 de Setembro foi, sem dúvida, um dos maiores acontecimentos mediáticos
de sempre.
color="483D8B"
size="2" face="Arial, Helvetica, Verdana"
Fotografia Imagem do 11 de Setembro _ _
Explicação da fotografia
O funeral da Princesa Diana, é outro exemplo de um acontecimento mediático, de enormes dimensões, que paralisou o mundo frente ao ecrã.
color="483D8B"
size="2" face="Arial, Helvetica, Verdana"
Fotografia Imagem do funeral da Princesa Diana _ _
Explicação da fotografia
Neste caso, a morte da princesa foi a notícia e o seu funeral foi o acontecimento
mediático.
color="483D8B"
size="2" face="Arial, Helvetica, Verdana"
Título coluna esquerda
A Teoria
color="#00CC99"
size="2" face="Arial, Helvetica, Verdana", bold
Citação do significado de acontecimentos mediáticos
Acontecimentos mediáticos são «programas tão memoráveis que
captaram a atenção de uma nação ou do mundo»
color="483D8B"
size="2" face="Arial, Helvetica, Verdana"
Referência bibliográfica
Citação retirada da obra de Nelson Traquina, Jornalismo: Questões, Teorias e
«Estórias».
color="#00CC99"
size="1" face="Arial, Helvetica, Verdana"
Título da explicação
Características dos Acontecimentos Mediáticos
color="483D8B"
size="2" face="Arial, Helvetica, Verdana", bold
Barra central (width=”65%” align=”center”)
Explicação das características dos acontecimentos mediáticos, por
Transmissão em directo; Por rádio ou TV; Planeados previamente; Enquadrados num tempo e espaço
específicos; Destacam um grupo ou personalidade
(o herói);
color="483D8B"
size="2" face="Arial, Helvetica, Verdana"
Educação para os Media A Disciplina Obrigatória
Projecto de Aplicação Pessoal Joana Poças
65
pontos. Tem um grande significado dramático ou ritual;
Concentram valores consensuais da sociedade e tornam o acto de assistir obrigatório.
Título da explicação
Tipos de Acontecimentos Mediáticos
color="483D8B"
size="2" face="Arial, Helvetica, Verdana", bold
Explicação dos 3 tipos de acontecimentos numa tabela de 3 colunas
Missão Heróica: Estória de um herói que desafia a lei natural. ex.: Ida do homem à lua. Ocasião de Estado: Marca o começo e o fim de uma era. ex.: Doença e cirurgia de Sharon. Competição: Quando uma confrontação assume significado simbólico. ex.: Campeonato do Mundo de Futebol
color="#00CC99" + color="483D8B"
size="2" face="Arial, Helvetica, Verdana"
Gráfico Imagem explicativa da dependência entre os media e os acontecimentos mediáticos
_ _
Nota acerca do gráfico
Nota: Os media influenciam os acontecimentos mediáticos, mas estes
também influenciam os media.
color="483D8B"
size="2" face="Arial, Helvetica, Verdana"
Referência bibliográfica
Explicação baseada na teoria de Elihu Katz, inserida na obra de Nelson Traquina, Jornalismo: Questões, Teorias e «Estórias»
color="#00CC99"
size="1" face="Arial, Helvetica, Verdana"
Fundo
Cor bgcolor="#66CDAA "
_
Links 5 Questões 5 Conceitos + Currículo + As
Aulas
color="230099"
size="2" face="Arial, Helvetica, Verdana", bold
Separador Separador color="FFFFFF"
_
Barra lateral direita (width=”20%” Align=”right”)
Links
As Notícias + Acontecimentos Mediáticos + O Gatekeeper + Bibliografia
color="FFD700"
size="2" face="Arial, Helvetica, Verdana", bold
Educação para os Media A Disciplina Obrigatória
Projecto de Aplicação Pessoal Joana Poças
66
Fotografia Imagem de adeptos na final do Euro 2004 em Portugal
_ _
Legenda fotografia
A final do Euro 2004 foi um acontecimento mediático de tipo competição.
color="#003399"
size="1" face="Arial,
Helvetica, sans-serif"
Fundo Cor
bgcolor="#4B0082"
_ Barra horizontal inferior (width="100%" align="center") Frase do Link
para o e-mail Se tiver dúvidas, não hesite em contactar-me
color="FFD700"
size="2" face="Arial, Helvetica, Verdana", bold
Página Secção Descrição Conteúdo Cor Tipo Letra
Fundo
Cor
bgcolor="#66CDAA"
_
Logótipo Rádio Multicor _
1.ª barra horizontal superior (width="100%" align="center")
Título
Educação para os Media
color="#330099"
h2 face="Arial, Helvetica, Verdana"
Fundo
Cor
bgcolor="#4B0082"
_
2.ª barra horizontal (width="100%"
align="center")
Sub-título
O Gatekeeper
color="#FFD700"
size="2" face="Arial, Helvetica,
Verdana", bold
Fundo
Cor
bgcolor="#66CDAA "
_
Barra lateral esquerda (width="15%” align=”left”)
Links
Home + Mapa do Site + Quem somos + Contacte-nos
color="330099 "
size="2" face="Arial, Helvetica, Verdana", bold
O Gatekeeper
Barra central
Título coluna direita
Exemplos
Educação para os Media A Disciplina Obrigatória
Projecto de Aplicação Pessoal Joana Poças
67
Título explicação Cadeia de Comunicações
Primeiro gatekeeper Repórter no local/jornalista (decide se a estória é ou não importante); Outros gatekeepers Redactores, Chefes de secção, Revisores, entre outros;
Explicação sobre os vários tipos de gatekeepers em tabela com 2 colunas e 3 linhas
Último gatekeeper Editor (decide qual a ordem de importância das notícias e seu alinhamento);
color="#00CC99" + color="483D8B"
size="2" face="Arial, Helvetica, Verdana"
Gráfico 1 Imagem explicativa da cadeia de gatekeepers
_ _
Título coluna esquerda
Teoria
color="#00CC99"
size="2" face="Arial, Helvetica, Verdana", bold
Explicação resumida da
teoria do gatekeeper
A passagem de uma notícia por determinados canais de comunicação está dependente do grupo «no poder» «deixar entrar» ou «rejeitar» o acontecimento. A esse grupo no poder é dado o nome de gatekeeper. Para que um acontecimento chegue ao público em forma de notícia é preciso que passe por vários gatekeepers. Sendo que cada jornalista, repórter, redactor e editor tem a sua perspectiva e background, a escolha, o tratamento e destaque de um acontecimento será, em princípio, diferente de jornal para jornal.
color="483D8B"
size="2" face="Arial, Helvetica, Verdana"
Referência bibliográfica
Explicação baseada na teoria de Kurt Lewin, inserida na obra de Nelson
Traquina, Jornalismo: Questões, Teorias e «Estórias»
color="#00CC99"
size="1" face="Arial, Helvetica, Verdana"
(width=”65%” align=”center”)
Continuação da explicação resumida da teoria do gatekeeper
Actualmente, com o desenvolvimento das agências de comunicação, o que acontece é que os diferentes órgãos de comunicação acabam por passar a mesma informação e as mesmas notícias. No gráfico 1 (ao lado direito) podemos ver alguns dos gatekeepers pelos quais o acontecimento tem de passar até se tornar notícia e estar acessível ao público. O Acontecimento que existe na realidade só chegará ao público se todos os
color="483D8B"
size="2" face="Arial, Helvetica, Verdana"
Educação para os Media A Disciplina Obrigatória
Projecto de Aplicação Pessoal Joana Poças
68
elementos desta cadeia «o» deixarem prosseguir. Por exemplo, se o jornalista pensar que o acontecimento não é relevante não o vai relatar e este nunca chega sequer à redacção. Por outro lado, se o acontecimento chegar, pelas mãos do jornalista, à redacção, pode ser que o redactor não o ache suficientemente importante. Mais uma vez o ciclo quebra-se e o acontecimento não passa.
Fundo
Cor bgcolor="#66CDAA "
_
Links 5 Questões 5 Conceitos + Currículo + As
Aulas
color="230099"
size="2" face="Arial, Helvetica, Verdana", bold
Separador Separador color="FFFFFF"
_
Links As Notícias + Acontecimentos Mediáticos
+ O Gatekeeper + Bibliografia
color="FFD700"
size="2" face="Arial, Helvetica, Verdana", bold
Barra lateral direita (width=”20%” Align=”right”)
Imagem Desenho de boneco com cabeça de
computador _ _
Fundo Cor
bgcolor="#4B0082"
_ Barra horizontal inferior (width="100%" align="center") Frase do Link
para o e-mail Se tiver dúvidas, não hesite em contactar-me
color="FFD700"
size="2" face="Arial, Helvetica, Verdana", bold
Página Secção Descrição Conteúdo Cor Tipo Letra
Fundo
Cor
bgcolor="#66CDAA"
_
Logótipo Rádio Multicor _
1.ª barra horizontal superior (width="100%" align="center")
Título
Educação para os Media
color="#330099"
h2 face="Arial, Helvetica, Verdana"
Bibliografia
2.ª barra
bgcolor=
Educação para os Media A Disciplina Obrigatória
Projecto de Aplicação Pessoal Joana Poças
69
Fundo Cor "#4B0082"
_ horizontal (width="100%"
align="center")
Sub-título
Bibliografia
color="#FFD700"
size="2" face="Arial, Helvetica,
Verdana", bold
Fundo
Cor
bgcolor="#66CDAA "
_
Barra lateral esquerda (width="15%” align=”left”)
Links
Home + Mapa do Site + Quem somos + Contacte-nos
color="330099 "
size="2" face="Arial, Helvetica, Verdana", bold
Barra central (width=”65%” align=”center”)
Lista Bibliográfica
Carneiro, Roberto; 1994, «A escola, os Media e os Valores da Igualdade», in Brotéria, vol. 139, pp.527-544;
Carneiro, Roberto; 1993; «A criança, a escola e a televisão: uma reconciliação possível?»; Conferência organizada pelo Instituto de Apoio à Criança (IAC), Lisboa;
E Movimento de Educação para os Media; A Situação em Portugal; http://www.educacaomedia.com/html/mem.asp?artigoid=25
E Movimento de Educação para os Media; Definições; http://www.educacaomedia.com/html/mem.asp?artigoid=23 (Setembro 2006);
E Movimento de Educação para os Media; Introdução Histórica; http://www.educacaomedia.com/html/mem.asp?artigoid=24 (Setembro 2006);
Educação para os Media, site desenvolvido pelo Instituto de Inovação Educacional do Ministério da Educação;http://www.dgidc.min-edu.pt/inovbasic/proj/media/2000/index.html (Setembro 2006);
Griffin, Em; 2003; A First Look At Communication Theory; Mc Graw Hill;
color="483D8B"
size="2" face="Arial, Helvetica, Verdana"
Educação para os Media A Disciplina Obrigatória
Projecto de Aplicação Pessoal Joana Poças
70
Jornal de Notícias online; «Sociedade desadequada às "novas" famílias»; http://jn.sapo.pt/2005/01/26/sociedade/sociedade_desadequada_novas_familias.html (Setembro 2006);
Media Education in the Pacific; «A Guide for Secondary School Teachers»; Unesco Office for the Pacific State in http://portal.unesco.org/en/ev.php-URL_ID=15994&URL_DO=DO_TOPIC&URL_SECTION=201.html (Setembro 2006);
Pinto, Manuel; 2003; «Correntes da Educação para os Media em Portugal: Retrospectiva e Horizontes em Tempos de Mudança»; in Revista IberoAmericana de Educação, n.º 32 pp. 119 – 143;
Pinto, Manuel; Abril de 2000; «Educação para os Media» ou os novos caminhos da cidadania; JJ-Jornalismo e Jornalistas, n.º 2, Clube dos Jornalistas;
Pinto, Manuel; «Os filhos dos media e os conflitos com a escola»; http://www.cursoverao.pt/c_1999/manuelpinto.html;
Postman, Neil; 2002; O Fim da Educação; Relógio D’Água;
Thoman, Elizabeth; Jolls, Tessa; 2003, 2005; «Literacy for the 21st Century – Na Overview & Orientation Guide To Media Literacy Education; Part I: Theory – CML Medialit Kittm – A Framework for Learning and Teaching in a Media Age»; ©Center for Media Literacy;
Tedesco, Juan Carlos; 2000; O Novo Pacto Educativo; Fundação Manuel Leão;
Traquina, Nelson; 1999; Jornalismo: Questões, Teorias e «Estórias»; © Vega;
Walsh, Bill; «A Brief History of Media Education»;
Educação para os Media A Disciplina Obrigatória
Projecto de Aplicação Pessoal Joana Poças
71
http://www.medialit.org/reading_room/article371.html;
Wolton, Dominique; 1990; Élogue du Grand Public. Une théorie critique de la télévision; Paris: Flammarion.
Fundo
Cor bgcolor="#66CDAA "
_
Links 5 Questões 5 Conceitos + Currículo + As
Aulas
color="230099"
size="2" face="Arial, Helvetica, Verdana", bold
Separador Separador color="FFFFFF"
_
Barra lateral direita (width=”20%” Align=”right”)
Links As Notícias + Acontecimentos Mediáticos
+ O Gatekeeper + Bibliografia
color="FFD700"
size="2" face="Arial, Helvetica, Verdana", bold
Fundo Cor
bgcolor="#4B0082"
_ Barra horizontal inferior (width="100%" align="center") Frase do Link
para o e-mail Se tiver dúvidas, não hesite em contactar-me
color="FFD700"
size="2" face="Arial, Helvetica, Verdana", bold
Educação para os Media A Disciplina Obrigatória
Projecto de Aplicação Pessoal Joana Poças
73
Desta forma o que se poderia fazer era construir um currículo para o 9.º ano, sendo assim para o Ensino Básico. Como Manuel Pinto me fez ver, e bem, a implementar pela primeira vez uma disciplina desta natureza seria sim no 9.º ano e não no Ensino Secundário como primeiramente pensei.
O professor ressaltou, durante a entrevista, a importância de se começar o mais cedo possível, mas tendo em conta o ensino oficial português, chegou à conclusão de que o 9.º ano seria o melhor ano para a introdução desta disciplina.
Como sabemos a partir do 10.º ano os alunos devem escolher entre várias áreas de estudo, umas mais dedicadas às ciências e outras mais às letras, deste modo, Manuel Pinto, ressalta a dificuldade que seria introduzir uma disciplina idêntica nas diferentes áreas.
Se este disciplina «tivesse que existir» e fosse leccionada durante um único ano lectivo, faria todo o sentido que fosse leccionada no actual 9.º ano, onde os alunos já têm capacidade de compreensão do mundo, como esclarece o professor, e onde ainda, supostamente, estão todos os jovens na escola.
Como linhas de investigação futura proponho, tendo em conta o acima referido, a criação de uma disciplina de educação para os media no 9.º ano e respectivo currículo. O currículo que criei com este projecto pode servir sim para a criação de uma disciplina de opção para todos os alunos do Ensino Secundário.
Continuaria a ser complicada a inserção desta disciplina no currículo do 9.º ano, como obrigatória, já que isso implicaria inúmeras mudanças. Passo a citar algumas. Seria necessária a formação de professores, uma vez que os professores não poderiam ensinar uma disciplina sem nada saberem eles próprios. Ou então como opção, mas parece-me ainda menos viável, o contrato de novos professores da área dos media. Seria necessário o aumento de horas de permanência na escola de alunos e professores ou então o corte de horas de leccionação de outras disciplinas, ambas as medidas parecem-me controversas e passíveis de serem negadas tanto por alunos como por professores. Seria ainda necessário que as escolas adquirissem material para as aulas práticas, como câmaras de vídeo, programas informáticos para a edição e montagem de peças jornalísticas, entre tantos outros recursos necessários e dispendiosos.
Por ter chegado à conclusão das dificuldades em implementar esta disciplina, seja no Ensino Secundário, seja no Ensino Básico, parece-me de extrema importância a sensibilização e formação, através da Internet, de pais e professores. Neste ponto, penso que o meu projecto faz todo o sentido. Se é extremamente complicado que venha a ser implementada uma disciplina de educação para os media no ensino público em Portugal, não faz sentido esperar. Existem
Educação para os Media A Disciplina Obrigatória
Projecto de Aplicação Pessoal Joana Poças
74
actualmente formas de divulgação rápida e com baixos custos de informação, que pode ser postas ao serviço da educação.
Como outra linha de desenvolvimento futuro deste projecto, proponha a construção de um site mais dinâmico e moderno, com maiores possibilidades de interacção. Penso que seria uma mais valia a formação, em regime de e-learning, dos pais e em especial dos professores, desta forma a questão da necessidade de formação de professores estaria ultrapassada. Para tal seria necessário que um grupo de designers, de engenheiros informáticos e de professores universitários da área dos media se dedicasse a este projecto.
Ainda relativamente ao site, queria referir que este é apenas uma maqueta do site que pretendia que existisse. Uma vez que os meus conhecimentos de programação e design são reduzidos, o protótipo que aqui apresento não passa de uma experiência em fase de teste.
Por último, resta-me referir a falta de importância e de desenvolvimento que são dados no currículo, aqui apresentado, às áreas digitais. Manuel Pinto refere a literacia digital como um campo da educação mais abrangente que a própria educação para os media e que, por isso mesmo, a abarca. Num próximo currículo a ser desenvolvido penso que faça sentido desenvolver mais detalhadamente o tema das linguagens digitais.
A cultura do digital e a sua linguagem são bem mais vastas que a leitura e a escrita tradicionais que ensinamos na escola. A leitura do hiperlink, como lhe chama Manuel Pinto, é uma constante na vida dos nossos jovens e crianças, não há possibilidade de a diminuir ou de nem sequer a tentar compreender. Se a educação para os media é importante, mais ainda é a literacia digital. Como última sugestão para o desenvolvimento de um novo currículo, agora direccionado para o 9.º ano de escolaridade, seria a inclusão de um capítulo dedicado exclusivamente ao digital, no qual este novo modelo de linguagem, que se centra no hiperlink fosse ensinada aos jovens.
Educação para os Media A Disciplina Obrigatória
Projecto de Aplicação Pessoal Joana Poças
75
Bibliografia
Carneiro, Roberto; 1994, «A escola, os Media e os Valores da Igualdade», in Brotéria,
vol. 139, pp.527-544; Carneiro, Roberto; 1993; «A criança, a escola e a televisão: uma reconciliação
possível?»; Conferência organizada pelo Instituto de Apoio à Criança (IAC), Lisboa; E Movimento de Educação para os Media; A Situação em Portugal;
http://www.educacaomedia.com/html/mem.asp?artigoid=25 E Movimento de Educação para os Media; Definições;
http://www.educacaomedia.com/html/mem.asp?artigoid=23 (Setembro 2006);
E Movimento de Educação para os Media; Introdução Histórica; http://www.educacaomedia.com/html/mem.asp?artigoid=24 (Setembro 2006); Educação para os Media, site desenvolvido pelo Instituto de Inovação Educacional do
Ministério da Educação; http://www.dgidc.min-edu.pt/inovbasic/proj/media/2000/index.html (Setembro 2006);
Griffin, Em; 2003; A First Look At Communication Theory; Mc Graw Hill;
Jornal de Notícias online; «Sociedade desadequada às "novas" famílias»; http://jn.sapo.pt/2005/01/26/sociedade/sociedade_desadequada_novas_familias.html (Setembro 2006);
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Anexos
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Entrevista com Manuel Pinto19
Manuel Pinto recebeu-me na Universidade do Minho, no campus de Gualtar, num edifício novíssimo e com óptimo aspecto, branco, linhas verticais, enfim, uma arquitectura moderna e simples. Grisalho e de estatura média, este professor de 52 anos foi o anterior provedor de leitor do JN (Jornal de Notícias), cargo que desempenhou juntamente com o seu de professor universitário. Na sua base académica Manuel Pinto está ligado à história, mas numa segunda fase da sua vida optou por fazer o doutoramento em ciências da comunicação pela Universidade do Minho o que lhe valeu o actual cargo de professor do Departamento de Ciências da Comunicação da mesma Universidade.
Joana Poças (JP): Será que podemos dizer que é cada vez mais importante educar os jovens para os media? Como explicaria esta afirmação?
Manuel Pinto (MP): Eu não falaria em educação para os media, mas antes em literacia digital, uma vez que literacia digital é, a meu ver, um conceito mais amplo que o de educação para os media.
Cada vez mais assistimos a uma migração cultural para o digital. Assim, a par da compreensão das linguagens básicas da cidadania como a leitura e a escrita tradicionais, supõe-se que se compreenda a linguagem digital. Um dos terrenos da linguagem digital integra a leitura do hiperlink que se tem afirmado neste ecossistema multifuncional que é a Internet. Esta leitura do hiperlink é um novo modelo de linguagem importante e, infelizmente, ainda não se aprende a trabalhar com este tipo de linguagem.
JP: Existe alguma razão específica para que Portugal ainda não tenha implementado oficialmente uma disciplina de educação para os media no ensino público oficial?
MP: Primeiro que tudo, essa ideia de criar uma disciplina de educação para os media não é de todo assim tão pacífica. Existiu e existe um debate acesso sobre se se deve criar uma disciplina, ou se se deve apostar numa dimensão transversal que englobe todo o currículo, sem ser forçoso que se crie uma disciplina isolada.
Veja, existe uma enorme pressão para se criarem outras disciplinas igualmente importantes, como a educação ambiental, a educação sexual, entre tantas outras. Quem decide sobre estas matérias não pode ter como única resposta a multiplicação de disciplinas, porque isso seria insustentável.
19 Entrevista realizada a dia 4 de Outubro de 2006
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O que podemos fazer é, no seio de disciplinas já existentes, partir do mundo e das experiências dos jovens para ensinar, neste caso, literacia digital ou educação para os media. Porém, também isso, se torna por vezes difícil de fazer. Dou-lhe o exemplo de uma história que tomei conhecimento de uns alunos que estavam à porta da sala de aula, à espera de terem uma aula de educação musical, e conversavam sobre o último CD da Madonna. Mal entraram na sala de aula a professora disse que essa conversa tinha de acabar, porque ali era para se aprender música. Isto é um erro! Os professores devem estar abertos para pegando nas histórias dos alunos poderem dar a sua matéria.
JP: Mas não pensa que ter a educação para os media como disciplina obrigatória traria benefícios aos alunos?
MP: Sem dúvida. A vantagem da criação de uma disciplina independente seria a obrigatoriedade de ensinar essa matéria. Mas, como referi, não é nada fácil porque isso implicaria a formação de professores, implicaria mais horas de aulas e implicaria também fundos monetários para a aquisição de material, sem falar de outras tantas dificuldades.
JP: Num artigo seu publicado na revista Iberoamericana de educação afirma ser «difícil conquistar espaços para a educação para os media em países como Portugal». Quais são as causas deste fenómeno e o que queria dizer com «países como Portugal»?
MP: Não me recordo em que contexto terei dito isso, mas um dos países que está como Portugal é a Espanha, porque em ambos existe uma tradição que exclui a aprendizagem para a cidadania. No caso de Portugal, existiu um regime autoritário durante 48 anos, o que inibiu a iniciativa cidadã e calou ou amordaçou os próprios media, que estavam limitados na sua acção. Existiu, desta forma, durante muito tempo, uma falta de consciência dos direitos dos cidadãos face aos meios de comunicação social, o que acabou por criar uma tradição de apatia e de não iniciativa.
Para além disso sinto que as pessoas em Portugal não têm consciência do eco que têm nos media. Na minha experiência como provedor de leitor no JN posso dizer-lhe que são poucos aqueles que utilizam este meio para criticar o órgão em si, ou para se fazer ouvir. Normalmente são sempre as mesmas pessoas que o fazem, acabamos por conhecê-los.
JP: Sei que foi membro do Conselho Científico do Instituto da Inovação Educacional do Ministério da Educação.
MP: Sim, fui, mas esse órgão já não existe. JP: Mas existe um site, criado pelo Ministério da Educação
(http://www.dgidc.min_edu.pt/inovbasic/proj/media/2000/index.html) onde são disponibilizados
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exercícios e aulas na área da educação para os media a serem consultadas por professores e alunos. Esteve envolvido neste projecto? O projecto ainda está activo?
MP: Sim, de facto, esse site existe, mas já não é actualizado, porque estava relacionado com o então Conselho Científico do Instituto da Inovação Educacional do Ministério da Educação, que entretanto deixou de existir com a mudança de governo.
O que continua a avançar é o Projecto Público na Escola, que tem tido imenso êxito junto de alunos e professores. Existem algumas acções e projectos, mas também existe a necessidade de se criar algo de oficial.
JP: Gostava de saber se esse projecto teve muito impacto, se, de facto, muitos professores aderiram e utilizavam os exercícios disponibilizados no seio das suas aulas.
MP: Não tenho dados, por isso não lhe sei dizer nada sobre isso. JP: Em 1993 foi apurado que existiriam no país, cerca de 400 clubes escolares ligados à
comunicação, ao jornalismo e aos media. Como se sabe que perto de 50% das escolas do país publicam algum tipo de jornal. Será que a produção de jornais por parte dos alunos será suficiente para uma formação sólida na área dos media? Produzir um jornal e perceber o alcance das mensagens veiculadas pelos grandes órgãos é ou não diferente?
MP: Fazer um jornal só como «activismo pedagógico» não serve para educar para os media, mas eu costumo dizer que a educação para os media tem 3 graus. O grau zero, em que se recorre ao uso dos media como recurso pedagógico. O grau um, em que os media são tema de estudo. Por último, o grau três que, de facto, se utilizam os media como meio de produção.
Quando um grupo de alunos produz um jornal, se o projecto estiver bem organizado, acabam por ter de pensar qual o público que querem atingir, quais as formas de atrair esse público, qual o impacto dessa mensagem junto desse mesmo público. Como se escreve para Imprensa, entre tantas outras questões que podem e devem e normalmente são levantadas por estes grupos de estudantes que se dedicam à construção de um jornal. Como vê, os estudantes fazerem parte de um jornal escolar acabam por trabalhar essa consciência crítica face aos media, que se pretende com a educação para os media.
O problema que vejo neste jornais escolares é a falta de sentido de actualidade, uma vez que a pressão dos acontecimentos não é uma constante na vida escolar.
JP: Parece que actualmente basta uma escola ter bons computadores e acesso à Internet para se pensar que a lacuna da educação para os media ficou colmatada. O que pensa a este respeito?
MP: É a isso que dou o nome de «Deriva Tecnológica». Para muitos professores e para o Ministério da Educação a educação para os media ficou reduzida ao uso do computador. O
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que acontece actualmente é que se confunde a educação para os media com o uso das tecnologias na educação. Isto é matar a educação para os media! (afirma sério) O uso da Internet e das novas tecnologias reduz-se a uma navegação para parte nenhuma, navegar sem rumo e sem destino. Não está certo.
Como é que eu navego na Internet? Consigo responder às perguntas às quais pretendo obter resposta? Para que serve saber utilizar a Internet? Para ir para onde? Estas são algumas das perguntas que os estudantes deveriam ver respondidas na escola quando lhes é disponibilizado um computador com acesso à Internet.
Existem 3 perguntas chave de qualquer processo educativo que são: Quem és? De onde vens? Para onde vais? E são também as respostas as estas perguntas que podem levar os estudantes a compreender melhor a Internet.
Infelizmente estas novas tecnologias são tomadas como fins, mas temos de ter consciências de que são apenas um meio, para depois, sim, podermos atingir um fim. Penso que é importante esclarecer este ponto.
Numa verdadeira educação para os media, ou numa verdadeira literacia digital, devem-se responder a perguntas como: quais são os sites válidos? Como é que avalio a informação de um site? Quais são os critérios de selecção? Qual é a informação credível? Muitos professores dizem simplesmente: - «Vão ao Google.» o que leva os alunos a pensar que tudo o que vêem no Google é credível, o que é uma mentira e uma asneira por parte do professor.
JP: Passando agora a uma pergunta mais técnica. Em que ano escolar lhe parece adequado que se implemente, pela primeira vez, uma disciplina de educação para os media, e porquê?
MP: O mais cedo possível, no pré-escolar. JP: Mas se tivesse que a aprovar um currículo obrigatório de aulas e exercícios para
jovens, e não para crianças, que tivesse como objectivo criar bases para todos os jovens em Portugal?
MP: Nesse caso escolheria o 9.º ano, uma vez que é o último ano obrigatório no nosso sistema de ensino. Se o objectivo seria atingir todos de forma comum, o 9.º ano parece-me o mais adequado. Como sabe a partir do 10.º ano os alunos dividem-se por áreas o que tornaria mais difícil a inclusão dessa disciplina, para além do que a escola do 10.º ao 12.º já não é obrigatória, o que implicava que muitos dos nossos jovens seriam deixados de fora.
JP: Para terminar, gostaria de lhe perguntar se sabe o que aconteceu à Associação Educação e Media, uma vez que esta tinha projectos muitos interessantes que queria desenvolver nesta área?
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MP: Sei sim, até porque faço parte dessa associação. Neste momento esse projecto está parado. O clima cultural e político piorou e existe pouco terreno para avançar.
JP: Por último, como vê o futuro da educação para os media em Portugal? MP: Existe neste momento uma onda muito voltada para as tecnologias e para os
conteúdos cognitivos da língua materna o que deixa pouco espaço para outras áreas. Posso mesmo dizer que existe um desprezo por outras áreas. Mas ao mesmo tempo cresce a consciência da importância desta dimensão dos media. Não vou negar que existem projectos, mas estes não têm grande dimensão.