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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
A CULTURA ORGANIZACIONAL E A GESTÃO DE PROJETOS DE IMPLANTAÇÃO DE SOFTWARES ERP
Por: Daniel da Anunciação Alves Costa
Orientador
Prof. Luiz Claudio Lopes Alves
Rio de Janeiro
2010
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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
A CULTURA ORGANIZACIONAL E A GESTÃO DE PROJETOS DE IMPLANTAÇÃO DE SOFTWARES ERP
Apresentação de monografia à Universidade
Cândido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Gestão de
Projetos.
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AGRADECIMENTOS
A Deus, sobre todas as coisas, pelas bênçãos
derramadas e por sua misericórdia e a minha família pelo
apoio e compreensão, aos meus irmãos, Daniele e
Rodrigo, por me ajudarem nas horas difíceis e aos meus
amigos por tornarem as coisas mais fáceis.
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DEDICATÓRIA
Dedico esse trabalho a minha filha, Júlia, razão da minha
vida, à minha esposa, Mônica, por tentar me entender,
mesmo nos meus devaneios e loucuras e à minha mãe,
Orita, por tudo que sou e tenho.
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RESUMO
Neste trabalho foi mostrada a importância de considerar o fator
humano nas implantações de software ERP. Foi mostrado o conceito do ERP,
com suas nuances e benefícios, inclusive com um exemplo de um dos
softwares disponíveis no mercado, com todas as suas características e
possibilidades.
A metodologia de implantação de ERP também foi vista nesse
trabalho de maneira genérica, de modo a mostrar como a maioria das
produtoras e consultorias de software se baseiam para a implantação de
softwares, inclusive, estando aí o ponto focal desse estudo.
Foi mostrada como se define a Cultura Organizacional de acordo
com Schein (2009), dividindo em três partes, a saber, artefatos, valores e
pressupostos básicos. A Cultura Organizacional foi vista como pano de fundo
para se chegar à característica principal, que é a Estrutura Organizacional
Informal, que juntamente com a implantação do ERP é o problema estudado.
Foram sugeridas nesse estudo algumas formas de mitigar esses
problemas e tornar a implantação de softwares ERP mais dinâmicas e precisas
no intuito de atingir seus objetivos.
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METODOLOGIA
O embasamento dessa monografia foi pesquisado em livros,
monografias, revistas especializadas e artigos publicados na Internet.
“O Estudo de caso é uma estratégia de pesquisa que busca examinar
um fenômeno contemporâneo dentro de seu contexto, pois este é
especialmente adequado ao estudo de processos à medida que eles se
desenrolam na organização.” (Roesch, 1996, p.155)
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................... 8
CAPÍTULO I – ERP ........................................................................................ 10
CAPÍTULO II – Cultura Organizacional ......................................................... 31
CAPÍTULO III – Relação entre a Cultura organizacional e ERP ................. 34
CONCLUSÃO .................................................................................................. 38
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 40
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INTRODUÇÃO
Os sistemas de gestão empresarial, conhecidos como ERP, tem
tomado cada vez mais importância no mundo corporativo. Eles são parte
essencial da tomada de decisões, da operacionalização das organizações, do
controle de fluxos e processos e outras atividades mais.
Esses sistemas são a evolução dos MRP (Materials Requirement
Planning) e MRP II (Manufacturing Resources Planning), que por anos foram
os softwares utilizados no requerimento de materiais para manufatura e
planejamento de recursos respectivamente. Porém havia a necessidade de
maior quantidade e qualidade das informações advindas desses softwares e o
caminho natural foi a adoção de ERPs, de forma a integrar todas as áreas das
empresas, condensar informações, uniformizar processos e atividades.
A quebra de paradigmas que ocorreu com a entrada da Tecnologia
da Informação nas áreas produtivas das organizações teve forte impacto na
modificação das relações interpessoais. Muito do que era considerado como
pressupostos básicos, de acordo com Schein (2009), foi eliminado do cotidiano
empresarial ou diminuído em sua importância.
A Cultura Organizacional, que passou a ser estudada a partir de
meados dos anos 80, já estava presente nas organizações desde o início do
século XX e durante a implantação dos software de gestão empresarial foi
relegada a segundo plano.
Aqui caber esclarecer que a cultura organizacional que sofreu maior
impacto com essas mudanças de rumo das empresas, foi a informal – a que se
cria de maneira subjetiva e espontânea nos corredores, cafés e escritórios das
organizações.
Por esse motivo é, e talvez continue sendo a menos que haja uma
mudança radical na gestão de projetos de implantação de softwares ERP,
comum encontramos casos de boicotes, imposição de dificuldades, recusa no
apoio à implantação e até mesmo desistências.
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“Conhecer o homem. Esta é a base de todo o sucesso”. (Charles
Chaplin)
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CAPÍTULO I
ERP
1.1 Entendendo o ERP
O ERP (Enterprise Resources Planning) é um sistema de gestão
empresarial integrado, ligado a um banco de dados, consistente, confiável e
disponível. Ele permite às organizações terem acesso dinâmico a todas as
informações contidas em seu banco de dados de maneira analítica ou sumária,
operacional ou gerencial. É também uma ferramenta que facilita o controle dos
processos organizacionais, dinamizando e integrando atividades que antes
eram descentralizadas e até mesmo redundantes.
A utilização de um único banco de dados torna as informações
disponíveis, altamente confiáveis e concisas. Dessa forma economiza-se
tempo e recursos minerando ou garimpando informações muitas vezes
redundantes, defasadas e conflitantes.
Para Laudon e Laudon (2004), o ERP é um sistema que integra
todas as facetas da empresa, inclusive planejamento, produção, vendas e
finanças, de forma que elas podem ser coordenadas mais de perto
compartilhando informação.
Ter essa tecnologia não é modismo, mas uma necessidade para
garantir a sobrevivência da companhia, afirma Ernesto Haberkorn, um dos
fundadores da Microsiga, produtora nacional de ERP focada no segmento de
pequenas e médias empresas. Haberkorn, que também é autor do livro
"Gestão Empresarial com ERP", destaca que esses pacotes vêm com
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ferramentas que automatizam uma empresa de ponta-a-ponta, abrangendo
controle de receita, fluxo de caixa, atendimento ao cliente e controle de
estoque, entre outras áreas.
Atualmente esses sistemas integrados tem contado com o apoio
de softwares de CRM (Customer Relationship Management), para gerenciar o
relacionamento com o cliente, BI (Business Inteligence), para buscar
informações gerenciais apoiando a tomada de decisões e SCM (Supply Chain
Management), para integrar a cadeia de suprimentos.
Quase que a totalidade dos softwares ERP do mercado é dividida
em módulos, isso facilita não só a implantação desses sistemas como também
a aquisição por parte das organizações, uma vez que é possível adquirir os
módulos necessários à sua operação e futuramente agregar outras
funcionalidades ao sistema, acrescentando outros módulos. Estes seguem a
divisão da empresa em áreas, abaixo temos uma visão dessa segmentação
através do exemplo do software da Senior Sistemas, Sapiens®. Mostramos
também as inúmeras possibilidades oferecidas pelo sistema em cada área:
•••• Comercial
•••• Compras:
•••• Administra solicitações de compras, com
proposição automática dos preços dos fornecedores
nas cotações;
•••• Gera solicitações de compra
automaticamente a partir da análise de estoques, via
requisição e necessidade de produção;
•••• Possibilita análise entre as condições das
ordens de compras e respectivas notas fiscais;
•••• Gera ordens de compras via cotações
automaticamente;
•••• Controla ordens de compras e compradores
responsáveis;
•••• Considera opcionalmente as ordens de
compra no fluxo de caixa;
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•••• Permite envio de e-mail automático ao
fornecedor com cópia da ordem de compra;
•••• Permite condições flexíveis de pagamento;
•••• Controla o cadastro de fornecedores,
incluindo tabelas de preços;
•••• Controla contratos;
•••• Permite gerar cotações de compra via web;
•••• Possibilita controle orçamentário das compras
por centro de custo;
•••• Aceita qualquer unidade de medida de
produto no recebimento de mercadoria, por meio de
conversão automática;
•••• Sugere a melhor cotação, trazendo o valor
presente;
•••• Permite a entrada de notas fiscais via códigos
de barras;
•••• Controla o processo de entrada e saída de
mercadorias por meio da interface com balanças.
•••• Estoques:
•••• Controla estoques de produtos
multidepósitos, por lotes, por prazos de validade e
por séries;
•••• Possui rotinas de requisição de
material/serviços, aprovação, atendimento e
solicitação de compras;
•••• Calcula preço médio, de custo, de reposição e
última entrada;
•••• Possui rotina de inventário com recontagem e
acertos automáticos, permitindo também o inventário
por lote/série;
•••• Operacionaliza estoques com códigos de
barras;
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•••• Controla consignações (clientes e
fornecedores);
•••• Analisa as reposições de estoques;
•••• Gerencia curva ABC;
•••• Gera acúmulos mensais de consumos,
entradas e devoluções;
•••• Possibilita a formação de embalagens de
estocagem;
•••• Possibilita aprovações e requisições via web;
•••• Permite a geração e o controle de numeração
de produtos (séries);
•••• Gera solicitações de compra
automaticamente a partir da análise de estoques, via
requisição e necessidades de produção;
•••• Permite controle de aprovação multinível por
valor e centros de custos para ordens de compra e
solicitações de compras;
•••• Permite controle de localização por meio da
máscara do código de depósito.
•••• Vendas:
•••• Permite entrada de pedidos com produtos
configuráveis;
•••• Permite o agendamento de visitas a clientes;
•••• Efetua análise de embarque gerando
preparação para faturamento e montando as
embalagens para expedição de forma automática;
•••• Possibilita faturamento por pedido, por lote
e/ou especiais (produtos e serviços);
•••• Controla pedidos de vendas, orçamentos e
previsões de produção;
•••• Considera opcionalmente os pedidos de
venda no fluxo de caixa;
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•••• Analisa disponibilidades de estoques para
vendas;
•••• Reajusta, gera e emite tabelas de preços de
venda;
•••• Emite notas fiscais com layout adaptável;
•••• Calcula comissões via faturamento;
•••• Controla crédito, cadastros e históricos de
clientes;
•••• Controla representantes, cotas e comissões;
•••• Permite condições flexíveis de pagamento;
•••• Mantém históricos das tabelas de preços de
venda de produtos e de serviços;
•••• Rastreia pedidos na produção;
•••• Controla contratos;
•••• Permite entrada de pedidos via web;
•••• Coloca à disposição informações gerenciais
baseadas em estatísticas de vendas por região, por
representantes e por clientes (SIG);
•••• Permite a entrada de pedido e notas fiscais
via códigos de barra;
•••• Controla o processo de entrada e saída de
mercadorias por meio da interface com balanças;
•••• Aceita qualquer unidade de medida para
venda por meio de conversão automática.
•••• Gestão da Qualidade:
•••• Na gestão de Vendas, controla o bloqueio e a
liberação de pedidos por área (financeira, produção
e compras);
•••• Na gestão de Compras, avalia e qualifica
fornecedores, bloqueando e sugerindo, de acordo
com sua pontuação; executa inspeções no
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recebimento de produtos avaliando a sua
conformidade;
•••• Na gestão do Chão de Fábrica, permite o
controle de calibração de equipamentos;
•••• Possui controle de documentação de
procedimentos, relacionando o documento com
cada procedimento das áreas da empresa;
•••• Permite o controle de ações preventivas e/ou
corretivas, relacionando a ação com cada
procedimento das áreas da empresa.
•••• Financeiro
•••• Plano Financeiro:
•••• Trata plano financeiro relacionado às contas
de receitas e despesas;
•••• Possibilita orçamento por conta financeira e
centros de custos;
•••• Permite geração do fluxo de caixa com base
nas contas financeiras;
•••• Permite o acompanhamento do orçado x
realizado das contas, possibilitando o bloqueio de
despesas excedentes ao orçamento.
•••• Contas a Receber:
•••• Controla todos os tipos de títulos da própria
empresa ou em poder de terceiros, por cliente,
representante, portador, normal e previsão;
•••• Permite a geração de títulos via faturamento,
pedidos, contratos de venda e notas de débito;
•••• Calcula juros de mora e multa por atraso;
•••• Possibilita baixas parciais ou totais de títulos
(manual e/ou escritural);
•••• Calcula comissões via faturamento ou
recebimento de títulos;
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•••• Mantém históricos financeiros e
adiantamentos de clientes para análise de créditos;
•••• Permite tratamento completo da cobrança
escritural;
•••• Importa títulos de outros sistemas;
•••• Possibilita baixar títulos via leitor óptico;
•••• Controla títulos em multimoeda;
•••• Controla cheques pré-datados
(apresentações e devoluções).
•••• Contas a Pagar:
•••• Controla todos os tipos de títulos por
fornecedor e por portador, normal e previsão;
•••• Permite a geração de títulos via notas fiscais
de entrada, contratos de compra, INSS, IRRF, ISS e
Cofins;
•••• Calcula juros de mora e multas por atraso;
•••• Gera cheques via pagamentos;
•••• Possibilita baixas parciais ou totais de títulos
(manual e/ou pagamento eletrônico);
•••• Mantém históricos financeiros e
adiantamentos dos fornecedores;
•••• Importa títulos e movimentos de baixas de
outros sistemas;
•••• Possibilita encontro de contas entre títulos a
pagar e a receber;
•••• Controla títulos em multimoeda;
•••• Possibilita o controle de aprovação de
pagamentos;
•••• Mantém a conta-corrente de comissões de
representantes, permitindo o pagamento com
apuração de IRRF e ISS;
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•••• Mantém os compromissos a pagar, gerados
pelo Vetorh® de forma automática.
•••• Tesouraria:
•••• Controla saldos de conta por data de
movimento e data de liberação (depósitos futuros e
pré-datados);
•••• Possibilita conciliação bancária e automática;
•••• Gera fluxo de caixa, considerando pedidos e
contratos de compra e venda, float bancário, média
de atraso, previsões e simulações;
•••• Possibilita lançamentos automáticos, via
contas a receber e a pagar;
•••• Permite entradas de movimentos e
transferências automáticas entre contas;
•••• Emite, reemite e controla cheques, suas
respectivas cópias e avisos de débito;
•••• Importa extratos bancários, cheques e
movimentos da tesouraria;
•••• Permite a inclusão de títulos no “contas a
pagar” e “contas a receber” por meio de
lançamentos de movimentações.
•••• Controle de Projetos:
•••• Permite controle de pré-orçamento com
revisões, aprovações, assuntos;
•••• Permite o orçamento por mês, projeto, fase,
contas receitas/despesas e/ou centro de custos;
•••• Permite o acompanhamento por rotina, mês,
projeto, fase, conta receitas/despesas e/ou centro
de custos;
•••• Mostra os valores previstos e os realizados no
projeto;
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•••• Mostra o resultado do orçado x realizado, tela,
relatórios e gráficos;
•••• Permite a atualização manual ou via
agendador;
•••• Permite lançamentos manuais para projetos;
•••• Permite contabilização dos lançamentos;
•••• Permite definição de rateios padrões por
projeto;
•••• Permite definição de faturamento por
percentual de fase executada;
•••• Permite definição de recursos previstos em
um projeto;
•••• Possui tabela de conta corrente de todas as
movimentações.
•••• Contábil
•••• Contabilidade:
•••• Cadastra planos de contas-modelos e por
empresa permitindo sua troca após o fechamento;
•••• Aceita períodos de lançamentos flexíveis;
•••• Efetua contabilidade orçamentária;
•••• Aceita lançamentos em todos os níveis (via
integração ou manuais);
•••• Mantém os lançamentos contábeis gerados
pelo Vetorh®, de forma automática;
•••• Efetua rateio automático em nível de centros
de custos;
•••• Gera log das alterações de lançamentos;
•••• Consolida balanços intercompany;
•••• Permite inversões de níveis gerenciais em
qualquer moeda;
•••• Permite rotinas de importação e exportação;
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•••• Permite reutilizar formas de contabilização
com facilidade;
•••• Gera relatórios gerenciais para
acompanhamento mensal e anual;
•••• Permite controlar processos e ações por
usuário;
•••• Permite controlar lotes e lançamentos
multifilial para agilizar a entrada das informações;
•••• Permite desmembramento de lançamentos
contábeis por meio de um plano de contas auxiliar.
•••• Impostos:
•••• Possibilita livre acesso ao cadastro de
impostos;
•••• Gera apuração instantânea dos impostos;
•••• Permite definições de fórmulas de cálculo
livres definidas pelo usuário;
•••• Controla compensações e conta corrente dos
impostos;
•••• Disponibiliza a digitação manual, quando não
houver a integração com o sistema;
•••• Emite todos os livros fiscais;
•••• Gera títulos a pagar dos impostos, guias de
recolhimento, DIPJ e demais obrigações exigidas
pela legislação;
•••• Gera arquivos magnéticos (mensais, anuais e
convênios);
•••• Emite guias de recolhimentos, livros fiscais,
GIA, DIPI e DIEF;
•••• Permite o rastreamento total da composição
dos impostos em todos os níveis;
•••• Possibilita grande agilidade de consultas a
documentos;
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•••• Disponibiliza informações para geração da IN-
68, IN-86 e IN-89;
•••• Importa e exporta dados em qualquer layout;
•••• Permite atualizações e consultas via web;
•••• Controla entradas e saídas via integração ou
manual;
•••• Gera arquivos para órgãos oficiais;
•••• Permite o controle do movimento de ECFs;
•••• Disponibiliza configuração de tela de digitação
de notas fiscais;
•••• Possibilita a contabilização de notas fiscais;
•••• Permite o controle do crédito do ICMS do
ativo permanente (CIAP).
•••• Patrimônio:
•••• Permite máscara de codificação de bens
livremente;
•••• Possibilita a implementação de novas
características ao bem;
•••• Controla gerencialmente os bens por filial,
espécie, centro de custos, conta contábil,
localização física e planta de seguro;
•••• Permite o cadastramento de bens por lote;
•••• Calcula depreciação com taxas em índice
oficial, gerencial e custos;
•••• Possibilita o cálculo da depreciação
proporcional ao dia de aquisição;
•••• Permite a simulação de cálculo de
depreciação e sua respectiva exclusão;
•••• Calcula correção monetária em várias
moedas e índices alternativos;
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•••• Gerencia todas as movimentações de bens:
baixas, transferências, desdobramentos,
agrupamentos, reativações;
•••• Emite relatórios legais e gerenciais;
•••• Permite a inclusão de bens por meio de
integração com o módulo comercial, listando os
produtos/serviços das respectivas notas fiscais de
entrada para possível integração com o patrimônio;
•••• Possibilita a realização de inventários por
filial, área, centro de custos, local real, planta de
seguro, espécie e conta contábil. Com isso, permite
que a coleta dos dados seja feita de forma manual,
ou por meio da carga de um arquivo texto com
layout e ajustável de informações, que pode ser
gerado por um coletor de código de barras.
•••• Industrial
•••• Engenharia de Produto:
•••• Permite roteiros de fabricação com tempos e
múltiplas opções por operação (processos);
•••• Aceita códigos de produtos estruturados com
identificação de grades de tamanhos ou cores;
•••• Identifica e atribui consumos de matérias-
primas e produtos intermediários;
•••• Otimiza o cadastramento da ficha técnica
baseado num modelo padrão;
•••• Visualiza a estrutura multinível do produto
acabado;
•••• Possibilita a venda de produtos configuráveis
por pedido, possibilitando ter fichas técnicas
configuráveis com modelos e roteiros exclusivos.
•••• PCP:
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•••• Permite gestão de produção para empresas
com verticais;
•••• Aceita livre determinação de períodos de
produção;
•••• Calcula cargas de recursos
(máquinas/pessoas) para fabricação de acabados e
intermediários;
•••• Permite a simulação de carga de recursos
para pedidos não fechados;
•••• Analisa e identifica sobrecargas e ociosidades
da fábrica, permitindo ajustes;
•••• Calcula e rastreia necessidades de produção
e compras (MRP), baseado em pedidos firmes e em
previsões de vendas;
•••• Gera automaticamente OPs (Ordens de
Produção) e solicitações de materiais e serviços,
baseadas na data do pedido de venda e no
calendário industrial;
•••• Possibilita a geração de OPs de forma
manual independente do processo MRP;
•••• Controla reprocessos de OPs;
•••• Permite simulações de necessidades de
materiais e intermediários, de recursos e de tempo
de fabricação para produtos e/ou pedidos;
•••• Possibilita a redistribuição manual da
produção ao longo do período (escalonamento);
•••• Permite criar reserva de produtos e
componentes para múltiplos lotes;
•••• Permite apontar produtos diferentes do
previsto na OP (novos produtos na OP decorrentes
de alterações das características do processo).
•••• Chão de Fábrica:
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23
•••• Acompanha a produção com apontamentos
das OP’s (Ordens de Produção), por operações e
estágios;
•••• Faz a baixa automática de estoques de
matérias-primas, baseado na previsão do consumo;
•••• Classifica produtos de 1ª, 2ª, 3ª qualidades e
refugo;
•••• Permite apontamento dos processos de
produção por códigos de barra;
•••• Registra no estoque as entradas de produtos
fabricados, em sincronia com a baixa das OPs;
•••• Controla serviços executados por terceiros
por meio de OPs;
•••• Identifica atrasos e problemas de qualidade
com ações corretivas;
•••• Permite apontamento de motivos de parada
de recursos com registro dos tempos improdutivos;
•••• Cria lotes de fabricação, mantendo registros
para estoques;
•••• Rastreia os pedidos de venda na produção,
indicando seu estágio na fabricação;
•••• Permite apontamento dos processos de
produção por meio de coletores de dados
interligados diretamente às máquinas da produção;
•••• Permite a baixa automática de estoques de
matérias-primas via agendamento de processos.
•••• Custos
•••• Formação de Preços:
•••• Mantém estruturas de indicadores
econômicos (taxas, índices, moedas), dando
flexibilidade na composição das fórmulas de cálculo;
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24
•••• Possibilita centros de custos direto, indiretos e
administrativos;
•••• Calcula taxas de processos por natureza de
gasto;
•••• Mantém estruturas de tabelas de preços de
matérias-primas e taxas de custos dos processos;
•••• Permite elaboração de ficha técnica de
produto, integrada ao módulo de produção, manual
ou simulada, bem como o cálculo do custo padrão
dos produtos baseado nessas fichas;
•••• Forma tabelas de preço de venda e
orientação.
•••• Contabilidade de Custos:
•••• Possibilita a apuração de saldos de produtos
em elaboração por estágio, centro de custos e
ordem de produção;
•••• Valora produtos sem elaboração e
elaborados;
•••• Apura variações de taxa/preço e
eficiência/utilização de processos e matérias-primas;
•••• Permite efetuar simulações de todos os
processos;
•••• Gera informações para ajustes contábeis e de
estoques;
•••• Fornece informações para análise
comparativa do custo padrão e real por período e
por OP (Ordem de Produção).
•••• Análise Gerencial de Custos:
•••• Utiliza metodologia de cálculo de preços a
valor presente;
•••• Analisa custo real de produção por produto,
período e OP (Ordem de Produção);
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•••• Permite análises ponderadas por volumes
produzidos, estocados, vendidos, faturados e
orçados;
•••• Possibilita a comparação de processos e
matérias-primas, entre o padrão e o realizado por
OP e com evolução entre períodos.
Outra característica marcante dos softwares ERP é seu alto índice
de customização, isto é, a propriedade do software de se adequar à
necessidade da organização sem que seja necessário, para isso, alterar seu
código fonte. Com isso esses sistemas se permitem atender a uma gama de
setores empresariais que, se não fosse por essa capacidade, dificilmente
seriam atendidos com o mesmo pacote de software.
A customização, dentro das atividades dos projetos de implantação
de sistemas ERP, é a que demanda maior número de horas e é a que está
diretamente ligada a uma parte da cultura organizacional, já que adequa os
processos predefinidos dos softwares ao modus operandi da empresa.
Outra visão da customização é a de não permitir a implantação de
fora para dentro, isto é, que a empresa passe a trabalhar de acordo com o
fluxo pré definido pelo software. Dessa forma implementa-se no sistema o fluxo
proposto pela empresa, mesmo se este fluxo não for o mais eficiente e eficaz.
O ERP pode contribuir significativamente com os fluxos operacionais
da organização, agilizando-os e dinamizando-os.
1.2 O mercado dos ERP nas grandes empresas
brasileiras
O Mercado dos ERPs no Brasil passou por profundas mudanças
entre os anos de 2005 e 2008 com diversas aquisições e fusões,
principalmente entre os grandes players. Mundialmente falando, somente a
Oracle, adquiriu cerca de 50 empresas desde 2005, segundo entrevista com
seu presidente no Brasil, para o site Brasil Econômico.
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26
No Brasil esse mercado, que já foi altamente pulverizado, hoje
divide 80% entre as três maiores empresas desse segmento, a saber, TOTVS
(39%), SAP (23%) e ORACLE (18%), segundo a 20a. Pesquisa Anual de uso
de TI, 2009, da FGV.
Ainda de acordo com a mesma pesquisa, a INFOR, proprietária de
marcas como BAAN e SSA, detém 6% do mercado e outras empresas os 14%
restantes.
Analisando outra pesquisa (Barros 2009), realizada entre as 500
maiores empresas segundo a revista Exame, temos o cenário um pouco
diferente, mas que segue a mesma tendência de centralização nas empresas
dominantes do mercado. A ordem de liderança se altera, em comparação à
pesquisa da FGV, mostrando a SAP com pouco mais de 52% das 500 maiores
empresas do Brasil, a ORACLE com 16% e em terceiro lugar a TOTVS, com
quase 13%. A INFOR apresenta modestos 2,4% das 500 maiores e outras
produtoras apresentam 9,6%. A conta fecha considerando as empresas que
desenvolvem seu próprio ERP e ainda com aquelas onde não foi possível
identificar sua produtora, 13,2%.
A pesquisa de Barros ainda mostra a visão do mercado entre as
1000 maiores empresas segundo a Exame. A SAP mantém a liderança com
38,6%, TOTVS e ORACLE mudam de posição com 20,8% e 13,8%
respectivamente. A INFOR chega a 3%, outras produtoras a 14% e
desenvolvimento próprio ou não identificadas em 9,8%.
Estas pesquisas apontam para um comportamento empresarial
brasileiro em busca de produtoras consolidadas, quer seja no mercado
mundial, quer seja no mercado nacional. A variação entre as 500 maiores
empresas do Brasil, segundo a Revista Exame, é muito pequena. Poucas
empresas deixam de estar nesse ranking de um ano para o outro. Esse
amadurecimento nota-se também em relação às pouquíssimas mudanças
percentuais entre as fornecedoras de ERP comparando-se pesquisas
anteriores.
Já entre as 500 seguintes, é possível notar uma maior busca pelo
software que melhor atenda a empresa e que se adeque aos processos já
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27
consolidados e auxilie nos processos ainda não definidos e à própria cultura
organizacional. É em cima desses pontos que as pequenas e médias
produtoras têm se baseado para ganharem mercado e avançarem sobre as
grandes do setor.
1.3 Metodologia de implantação de ERP
Com a enorme variedade de produtos disponíveis e com cada vez
mais possibilidades de customizações e integrações entre os sistemas,
cresceu a importância da aplicação de metodologias de implantação de
sistemas maduras e com alto índice de acerto. Uma das maiores dificuldades
encontradas em projetos de implantação de softwares de uma maneira geral é
adequar as necessidades do cliente às horas-homem que ele pretende arcar
durante o projeto.
De acordo com Gomes e Vanalle (2001), algumas das causas para
o não cumprimento de cronogramas podem ser: a resistência das pessoas da
organização envolvidas no projeto, limitações inerentes ao próprio ERP
escolhido e a dificuldade de integrar o ERP com diversos sistemas existentes
dentro da empresa, entre outras. Como todo problema enfrentado resulta em
conhecimento adquirido as produtoras de software têm optado por seguir
normas claras e rígidas na condução de seus projetos.
Abaixo termos uma análise de uma metodologia básica de
implantação, com suas fases. Será considerada uma matriz básica, onde cada
fase terá sua definição genérica:
• Levantamento Preliminar e Análise de Aderência: Nessa fase são
feitas entrevistas e são preenchidos formulários para
levantamento dos processos organizacionais. Com base nessas
informações é feito um estudo de viabilidade técnica do software
e das necessidades de customização.
• Lançamento do Projeto: Compreende a apresentação da
metodologia de implantação, inclusive com a definição do
organograma das equipes e matriz de responsabilidades. A
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28
seguir, é realizado o mapeamento dos processos do cliente. Este
mapeamento identifica como funciona cada rotina de trabalho nos
diversos níveis da empresa. Isso permite entender quais as reais
necessidades do cliente de forma a maximizar a utilização do
software. Nessa fase são definidos o cronograma e quais os
responsáveis por cada atividade.
• Migração de Dados: São definidas nessa fase quais informações
serão migradas do software anterior, caso exista, e como será
feita essa migração.
• Implantação do sistema: Essa é a fase de implantação
propriamente dita, onde são definidos nos sistemas todos os
parâmetros de acordo com o levantamento dos processos do
cliente e são desenvolvidas todas as customizações necessárias
ao ambiente.
• Treinamento e acompanhamento: A fase de treinamentos pode
iniciar antes da implantação propriamente dita, ou após esse
processo. Visa treinar os usuários do sistema a extrair o máximo
de recursos do sistema, de maneira eficiente e eficaz. O
acompanhamento tem a função de tirar dúvidas na operação do
sistema e ajustar alguns detalhes que podem ter passado
despercebidos durante o treinamento.
• Testes e Homologação: nesse momento do projeto são
realizados testes dos processos, como em regime de produção,
para avaliar se o sistema está apto a entrar em produção ou se
são necessários ajustes finos. É nessa fase que o sistema é
homologado e definido quando ocorrerá a entrada em produção
do sistema.
• Finalização do Projeto e Entrega do Produto: Com o software
homologado e em produção finaliza-se o projeto e considera-se entregue o
produto de acordo com o Escopo do Projeto.
1.4 Benefícios inerentes à implantação de ERPs
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Diversos são os benefícios dos softwares ERP, desde que sua
implantação tenha corrido conforme o esperado. Alguns desses benefícios
são:
• Eficiência (Produtividade/Agilidade): Permite transformar informação
em resultados com maior agilidade alinhando os processos da
empresa com as melhores práticas de negócio, automatizando
processos e eliminando redundâncias. Algumas das maiores
dificuldades das empresas que não informatizam seus processos e
informações é a redundância e a incoerência dessas informações no
momento da tomada de decisões. Alguns processos também são
altamente custosos e pouco eficientes, transformando-se em fardos
operacionais aumentando o custo organizacional.
• Padronização de Processos e Documentos: Com todos os processos
e documentos em um só lugar é possível criar fluxos e processos
mais dinâmicos e visíveis a todos.
• Integração: Na mesma linha dos problemas encontrados com a
ineficiência dos processos não informatizados, a Integração entre as
diversas áreas da organização é fundamental. Com o ERP é
possível que processos comuns a mais de uma área sejam
realizados sem sobressaltos e com garantia de integridade.
• Organização: Apenas um local contendo as informações e dados da
empresa gera maior facilidade nas buscas de relatórios gerenciais e
operacionais. Os dados são coerentes e não há redundância ou
conflitos em relatórios de áreas diferentes.
• Segurança: Através de controle de acessos e autorizações é
possível definir quem tem acesso a quais informações, ou quem
pode realizar tais procedimentos, impedindo assim acessos
indesejados ou vazamento de informações privilegiadas. Com a
rastreabilidade é possível saber quem fez o que e quando dentro do
sistema, gerando maior segurança e confiabilidade.
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• Disponibilidade: Dados altamente disponíveis sempre que
solicitados, aumentando a agilidade e eficácia na tomada de
decisões.
É fato que o mundo ideal em se tratando de softwares pode estar
mais distante do que se imagina, mas é com base no histórico desses
sistemas que se pode afirmar que a maioria deles oferece, se não todos,
quase todos os benefícios supracitados.
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CAPÍTULO II
CULTURA ORGANIZACIONAL
2.1 O que é Cultura Organizacional
“Cultura organizacional é o conjunto de pressupostos básicos que um grupo inventou, descobriu ou desenvolveu ao aprender como lidar com os problemas de adaptação externa e integração interna e que funcionaram bem o suficiente para serem considerados válidos e ensinados a novos membros como a forma correta de perceber, pensar e sentir em relação a esses problemas”.(Schein, 2009)
Schein desenvolveu um conceito de cultura organizacional como um
modelo dinâmico que se aprende, transmite e aprimora. Ele dividiu a cultura
organizacional em três níveis que podem ser aprendidos, artefatos, valores e
pressupostos básicos.
Fleury (2000) destaca que os artefatos incluem o que pode ser visto,
ouvido e sentido no encontro com uma cultura diferente. Incluem os produtos
visíveis do grupo, como a arquitetura, a tecnologia, a disposição do escritório,
os modos de vestir e dirigir-se aos outros, os rituais, as cerimônias, os mitos e
as histórias. São fáceis de localizar, mas difíceis de interpretar.
Os valores, ainda segundo Fleury, são concepções sobre como as
coisas devem ser, o que é certo ou errado. Muitas vezes derivam de soluções
proclamadas por profetas, fundadores ou líderes em momentos críticos da
história do grupo, sendo depois incorporados à ideologia ou à filosofia
organizacional, orientando o comportamento. Em muitos casos, os valores
declarados são inconsistentes com o comportamento observado. Os valores
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32
são dicotomizados em aqueles não debatidos e não questionados (que Schein
prefere chamar de pressupostos) e os que permanecem conscientes,
expressos em crença e regras morais/éticas, estes últimos efetivamente
chamados de valores.
Finalizando, Fleury diz que os pressupostos básicos são os valores
que foram internalizados como o modo correto de perceber, pensar e sentir
após funcionarem repetidamente para a solução dos problemas do grupo.
Esses pressupostos básicos passam a não ser mais confrontados nem
debatidos. Passam a representar o que é natural, a realidade para o grupo, e
não mais como uma das possíveis alternativas. Funcionam como um fator de
estabilidade da cultura, pois reexaminar os pressupostos básicos e aprender a
mudar tendem a desestabilizar o mundo cognitivo e interpessoal, despertando
ansiedade.
Os grupos tendem a evitar altos níveis de ansiedade e criam
mecanismos de defesa contra ela.
2.2 Estrutura Organizacional
“Estrutura organizacional é o conjunto ordenado de
responsabilidades, autoridades, comunicações e decisões das
unidades organizacionais de uma empresa” (Oliveira 2001)
Essa estrutura pode ser formal ou informal, entretanto a maioria das
empresas opta por definir estruturas formais, conhecidas também por
organogramas. Entretanto isso não impede a criação de estruturas informais
espontaneamente.
Segundo Vasconcelos e Hemsley (2000) as estruturas formais têm
por características:
•••• Alto nível de formalização;
•••• Unidade de comando;
•••• Especialização elevada;
•••• Comunicação vertical;
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33
•••• Utilização de formas tradicionais de departamentalização.
Os principais componentes dessa estrutura são:
•••• Sistema de responsabilidade: todo subordinado deve se reportar
ao seu superior de acordo com as responsabilidades atribuídas a
ele. A responsabilidade não pode ser delegada.
•••• Sistema de autoridade: define níveis hierárquicos, delegações,
autorizações para desempenhar papéis, centralização e
descentralização.
•••• Sistema de comunicação: é responsável por informar o que fazer,
como fazer, quando fazer, de quem é e para quem vai.
•••• Sistema de decisão: define quais decisões devem ser tomadas,
de que natureza são essas decisões, em que plano da empresa
deve ser tomado, qual gestor deve participar dessas decisões,
pelo menos até aqueles que devem ser consultados
antecipadamente e quais executivos devem ser informados
depois de tomadas decisões.
A estrutura informal surge do relacionamento interpessoal, não está
ligada diretamente ao organograma da empresa, mas às pessoas e suas
necessidades. Não existe documentação ou reconhecimento oficial dessa
estrutura e ela não está sujeita aos controles que a estrutura formal está.
Por promover a interação entre as pessoas da empresa, a estrutura
informal, por vezes, integra as equipes. Outra vantagem percebida nessa
estrutura é a de agilização de alguns processos, quer seja por afinidade entre
pessoas ou departamentos, quer seja por interesse pessoal. Entretanto, a
estrutura informal possui desvantagens que podem torná-la perigosa ao
negócio da organização, tais como a quase impossibilidade de controle, o
surgimento de rusgas e atritos pessoais e a inobservância por parte das
chefias, de tudo que é tratado nessa estrutura.
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34
CAPÍTULO III
RELAÇÃO ENTRE A CULTURA ORGANIZACIONAL E O
ERP
3.1 O Impacto da implantação de softwares ERP na
cultura organizacional
Os desafios encontrados a partir do momento que uma empresa
determina a adoção de um software ERP são muitos, entretanto dois se
destacam: a implantação propriamente dita e a adequação dos fluxos,
processos e culturas ao novo sistema.
Como vimos anteriormente o ERP traz consigo uma série de fluxos
e processos otimizados, que seguem as boas práticas de gestão o que, em
boa parte das organizações, vai de encontro a algumas normas pré
estabelecidas pela empresa.
Normalmente empresas com um grau de maturidade não muito
avançado são as que mais sofrem nessa fase do processo, isso se deve à
dificuldade de seguir as melhores práticas, ou à falta de fluxos e processos
bem definidos e até mesmo a ausência destes.
Empresas mais maduras tendem a sofrer menos o impacto do
redesenho dos seus processos por já seguirem em grande parte as melhores
práticas, ou por já terem planos de adequação de seus fluxos e processos.
Entretanto, nem as organizações mais maduras estão livres do choque de
cultura proporcionado pela implantação do novo software.
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35
“A implantação do ERP não implica somente em adaptações de processos técnicos e administrativos ao sistema, implica também em mudança de postura de analistas de sistemas que deixarão de se preocupar apenas em desenvolver sistemas, em desenvolver o processamento, e passam a atuar com a análise e suporte ao negócio. Para isso os profissionais precisam se dedicar ao desenvolvimento do conhecimento das áreas de negócios como complementação de suas habilidades técnicas para atender de forma eficaz essa nova ordem.” (Bareta e Jordan, p. 7)
Portanto a implantação de um ERP é uma questão estratégica, que
deve envolver desde a diretoria às áreas operacionais, a fim de ser obtido o
sucesso. A escolha do software e da consultoria envolvida na implantação faz
parte dessa estratégia e da problemática que é esse tipo de implantação. Os
gestores do projeto devem ter a consciência de que estão lidando com
pessoas e não apenas com bits e bytes, processos, notas fiscais e
faturamento.
É o nível de envolvimento das diversas áreas do conhecimento da
empresa, além de outros fatores, que determinará o sucesso ou o fracasso do
projeto.
Johann (2006) observa que a negligência à cultura se deve a alguns
fatores, como por exemplo, à miopia estratégica, que exclui a possibilidade de
gestão da cultura como um dos fatores críticos de sucesso; bem como se
deve, ainda à crença de que a cultura é imutável; a uma visão excessivamente
cartesiana – que exclui tudo o que é subjetivo, ou que não oferece resultados
imediatos.
3.2 Principais fatores de sucesso na implantação
de ERPs
Colangelo Filho (2006) mostra os principais fatores de sucesso na
implantação de sistemas da informação. Apesar de não se referir exatamente
aos ERPs, a correlação é perfeita. Destacamos as dez principais e
comentamos as cinco mais críticas.
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36
•••• Envolvimento do Usuário: por vezes temos observado a pouca
interação dos usuários nos projetos de implantação. Os analistas
têm por hábito, ou vício, desenvolver o que eles acreditam ser
importantes em vez de buscar essa informação com o usuário do
sistema. É comum vermos soluções desenvolvidas durante a
implantação que são totalmente inúteis ao usuário, ou que nunca
foram pedidas durante o levantamento.
•••• Apoio da Direção: Se a alta direção da empresa não tem
interesse nos resultados da implantação de um ERP pouco, ou
muito pouco, pode-se esperar em termos de sucesso do projeto.
A participação efetiva da direção na definição da estratégia, no
desenho do plano de ação e na avalização de uma margem
tolerável de desvios do projeto é primordial para o seu sucesso.
•••• Definição clara da necessidade: Muitos projetos iniciam sem a
definição clara das necessidades dos clientes, sem a definição do
escopo e sem a real ideia de onde se quer chegar após a
implantação do ERP. A consultoria escolhida tem papel
fundamental nesse item, já que a qualificação do projeto deve ser
feita por ela.
•••• Planejamento adequado: O planejamento adequado antes do
início do projeto reduz bastante os problemas encontrados
durante a implantação dos sistemas. Saber qual é o problema, se
a solução é o ERP, se a equipe é adequada e se os marcos
intermediários são alcançáveis faz parte do planejamento.
•••• Expectativas realistas: onde se quer chegar com o ERP nem
sempre é uma tarefa fácil de se definir. São criadas, por vezes,
expectativas irreais que nunca serão alcançadas, o que só serve
para gerar frustrações ao término do projeto.
•••• Marcos intermediários;
•••• Equipe competente;
•••• Comprometimento;
•••• Visão e objetivos claros;
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•••• Equipe dedicada.
Dos dez pontos abordados a metade se refere a pessoas e a outra
metade ao planejamento bem feita da organização.
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38
CONCLUSÃO
Vivemos em um mundo globalizado onde as decisões são tomadas
cada vez mais rápido e a todo tempo. Com isso tivemos uma redução drástica
nas margens aceitáveis de erros, nos prazos de correção, na aceitação de
falhas e na predisposição de patrocinar erros alheios.
O mundo corporativo atual não perdoa falhas que poderiam ser
evitadas. O mercado não tem por costume dar uma segunda chance a quem
mostra incompetência naquilo que deveria ser sua especialidade.
Não espero com esse trabalho esgotar a discussão sobre o tema,
pelo contrário, desejo fomentar essa discussão, mostrar aos gerentes de
projeto que temos negligenciado um fator crítico das implantações de
softwares ERP, que são as pessoas.
Minha proposta é que seja incluído nos cronogramas de implantação
de ERPs uma fase de análise da Cultura Organizacional do cliente, com
levantamentos concisos dos fluxos e processos e do envolvimentos das
pessoas nesses, que seja considerada a atual posição da empresa e onde ela
quer chegar e se o software a ser implantado pode servir de ponte para isso.
Proponho também que sejam envolvidos os usuários chave desde o
início do projeto e não apenas nas fases de treinamento, testes e
homologação, com a intenção de evitar retrabalhos, entregar o que é esperado
e ser recomendado ao final do projeto e não o contrário.
Todos somos responsáveis pelo sucesso e pelo fracasso de um
projeto, mas só seremos lembrados como profissionais de excelência se
nossos erros forem mitigados ao mínimo e se o percentual de acertos for
expressivo o suficiente para que sejamos chamados para os próximos projetos.
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Parafraseando meu grande professor Avídeo Napoleon, sejamos
Gerentes de Projetos com “G maiúsculo”.
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