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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
O LÚDICO NA APRENDIZAGEM
Por Márcia Maria da Silva Xerês
Orientador
Prof. Carlos Alberto Cereja de Barros
Rio de Janeiro
2006
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
O LÚDICO NA APRENDIZAGEM
Apresentação de monografia à Universidade Candido
Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de
especialista em Psicopedagogia
Por: Márcia Maria da Silva Xerês
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AGRADECIMENTOS
Agradeço ao Prof. Orientador Carlos Alberto Cereja de Barros, que me orientou para a conclusão desta etapa.
Aos meus familiares, amigos e professores que me ajudaram ao longo desta etapa.
E finalmente, agradeço Àquele que é o mais importante, o Senhor Deus da minha vida, pois sem Ele eu nada seria.
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RESUMO
No cenário atual de rápidas mudanças e crescentes desafios o lúdico tem sido muito valorizado. Dentro do currículo escolar aliado ao jogo ele vem sendo, inclusive, apontado como uma das ferramentas de grande importância para o desenvolvimento e aprendizagem da criança, fornecendo limites, estabelecendo liberdade, ensinando o convívio com regras, de forma a viver plenamente o individual, o social tornando-se um verdadeiro cidadão globalmente inserido na construção do futuro. Brincando, a criança externa as suas emoções e personaliza os seus conflitos. É sábido que a criança aprende brincando e que aprende mais com mais prazer quando a aprendizagem se faz por meio de jogos, brincadeiras ou atividades semelhantes. Percebemos, de acordo com a teoria piagetiana, que a criança vai construindo o seu próprio saber. O educador deve levar o educando uma pluralidade metodológica, com a realização de um trabalho interdisciplinar supervisionado para garantir o processo educacional de qualidade. A brincadeira, portanto, além dos vários motivos de importância na vida da criança, impulsiona a criatividade. A pesquisa, segundo Gil (1996), foi descritiva, pois estabeleceu relação entre variáveis, ou seja, confirma a importância da ludopedagogia no planejamento escolar e como a mesma atua como facilitadora do trabalho dos educadores. Entendemos que só existe uma ação supervisora, quando existe parceria pedagógica com o supervisor.
Palavras-chave: Lúdico. Aprendizagem. Educador. Supervisor.
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METODOLOGIA
Os métodos que levam ao problema proposto, como leitura de livros, jornais,
revistas, questionários.... e a resposta, após coleta de dados, pesquisa bibliográfica,
pesquisa de campo, observação do objeto de estudo, as entrevistas, os questionários,
etc. Contar passo a passo o processo de produção da monografia. É importante incluir
os créditos às instituições que cederam o material ou que foram o objeto de
observação e estudo.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 7
CAPÍTULO I - A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA APRENDIZAGEM 9
CAPÍTULO II – O LÚDICO NA FORMAÇÃO DOS PROFESSORES 17
CAPÍTULO III – O PAPEL DO SUPERVISOR NA RELAÇÃO
PLANEJAMENTO X PROFESSOR X JOGO 23
CAPÍTULO IV - ANÁLISE DA ENTREVISTA 28
CONCLUSÃO 30
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 37
ÍNDICE 39
ANEXOS 40
INTRODUÇÃO
Com a mudança de paradigmas que ocorre na educação é essencial que se pare para
repensar as práticas pedagógicas desenvolvidas nos estabelecimentos de ensino conscientizando
7
o profissional da necessidade da construção de um novo modelo de educação estruturado
especialmente em função do educando.
Brincar e jogar são exercícios prazerosos da administração da realidade, onde se adquire
autoconsciência e estabelecem regras básicas de convivência, contribuindo assim, nessa missão
educativa, para o desenvolvimento da maturidade integral do aluno. É no enfoque de brincar que
surgiu a pergunta para essa pesquisa: como o lúdico pode ajudar na minimização de problemas
do cotidiano escolar?
Este tema foi inserido na primeira linha de pesquisa que é a “Formação do profissional
da Educação, a constituição do saber docente e de suas práticas, através das relações sociais
existentes.”
Ao incluir jogos no planejamento escolar pretende-se dar ao aluno a oportunidade de
exercitar habilidades essenciais à saúde sendo pouco utilizado e valorizado e se a mesma pode
ser uma grande aliada na sala de aula. Quando se exercita nos jogos a capacidade de lidar com
os sentimentos que eles despertam e com os desafios, busca-se competência para administrar
situações cotidianas com eficácia.
Assim, a questão desse trabalho acabou de surgir para reforçar a real importância do
brincar no contexto escolar, apontando-o como uma das ferramentas de grande importância para
o desenvolvimento e aprendizagem da criança.
O presente estudo teve como objetivo analisar a importância do lúdico no processo
ensino-aprendizagem que brincando tenha resultado positivo.
O supervisor deve estar aberto a inovações construtivistas, incentivando e apoiando as
mudanças significativas. Estimular a criatividade do educador e educando como evento
primordial de aprendizagem e de significação educativa.
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Esta pesquisa foi pautada em Vigotsky (1989), que diz que o brincar preenche as
necessidades da criança e é através dele que, mantém um vínculo com a realidade, apropriando-
se para atribuir-lhes novos significados, estimulando seu desenvolvimento e autonomia.
A pesquisa, segundo Gil (1996), foi descritiva, pois estabelece relação entre variáveis, ou
seja, deseja confirmar a importância da ludopedagogia no planejamento escolar como a mesma
atua como facilitadora do trabalho dos educadores. Acreditando na importância do tema para os
profissionais da área de educação, esta pesquisa foi bibliográfica, utilizando o método
exploratório e também baseada num estudo de caso onde proporcionou mais informações sobre
o tema, uma entrevista com uma professora e a coordenadora pedagógica, para melhor
entendimento desse estudo.
O estudo foi dividido em três capítulos. No primeiro foi abordado a importância do
lúdico na aprendizagem, no segundo foi o lúdico na formação dos professores e no terceiro
capítulo o papel do supervisor na relação professor X planejamento X jogo.
CAPÍTULO I - A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA APRENDIZAGEM
1.1- O Lúdico como Estratégia Pedagógica
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“Deus quis que os homens se divertissem com muitos e muitos jogos, pois eles trazem
conforto e dissipam as preocupações”.
( Rei Afonso X )
Esta afirmação do Rei Afonso X, em meados dos anos de 1250, século XIII, são ainda
hoje bastante apropriadas, haja visto a nossa euforia e prazer ao jogar e até mesmo ao observar
pessoas jogando. Quem não se divertiu com partidas de baralho, dominó, xadrez, dama, ludo,
gamão e tantos outros jogos?
Os jogos fazem parte de um patrimônio cultural da humanidade universal do gênio
criador do homem, independente de “fronteiras políticas e culturais”. Por isso, entre as suas
várias funções, os jogos sempre foram instrumentos de ensino e aprendizado, transmitindo
vários conhecimentos da cultura de um povo.
Alguns autores ao perceberem essa grande influência exercida pelo jogo começaram a
construir idéias que pudessem evidenciar a construir idéias que pudessem evidenciar ainda mais
seu significado e importância, principalmente na idade infantil.
É sabido que a maior parte do tempo, nessa idade, é dedicada ao jogo. Esta dedicação e
interesse se dão a partir do momento em que são oferecidas à criança objetos ou situações como
forma de entretenimento. E só terá característica de jogo se for absorvido pela criança sob o
sentido de prazer. O prazer é uma característica inerente e deve ser respeitada e entendido com
um aspecto importante na vida social como na vida escolar da criança.
“O aparecimento do jogo e do brinquedo como fator de desenvolvimento infantil
proporcionou um campo amplo de estudo e pesquisa e hoje é questão de consenso a importância
do lúdico.” (SANTOS, 1997:20).
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As descrições realizadas por Piaget sobre o jogo e sua classificação demonstra a
importância e a influência deste no processo de desenvolvimento e estimulador de várias
atividades exercidas, sejam elas mentais, físicas, sociais, afetivas, etc.
1.2- O jogo, segundo Piaget
Os jogos podem ser classificados de diferentes formas, de acordo com o critério adotado.
Vários autores se dedicaram ao estudo do jogo, entretanto Piaget, elaborou uma “classificação
genética baseada na evolução das estruturas”. Piaget classificou os jogos em três grandes
categorias que correspondem às três fases dos desenvolvimento infantil.
Fase sensório-motora (do nascimento até os 2 anos aproximadamente) onde a criança
brinca sozinha, sem utilização da noção de regras;
Fase pré-operatória (dos 2 aos 5 ou 6 anos aproximadamente) onde as crianças adquirem
a noção da existência de regras e começam a jogar com outras crianças jogos de faz-de-conta;
Fase das operações concretas (dos 7 aos 11 anos aproximadamente) quando as crianças
aprendem as regras dos jogos e jogam em grupos. Esta é a fase dos jogos e regras como dama,
futebol, etc.
Assim Piaget classificou os jogos correspondentes a um tipo de estrutura mental:
Jogo do exercício sensório-motor;
Jogo simbólico;
Jogo de regras;
Classificação do jogo segundo Piaget:
Jogo do exercício sensório-motor;
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Estes jogos colocam em ação vários comportamentos sem modificar suas estruturas,
exercitando-as unicamente pelo próprio prazer que se encontra em seu funcionamento. Estes
exercícios consistem em repetição de gestos e movimentos simples como agitar os braços,
sacudir objetos, emitir sons, caminhar, pular, correr, etc. Embora estes jogos comecem na fase
maternal e durem, predominante, até os 2 anos, eles se mantém durante toda a infância e até na
fase adulta. Por exemplo andar de bicicleta, moto ou carro.
Jogos simbólicos;
O jogo simbólico aparece, predominantemente, entre os 2 e 6 anos. A função desse tipo
de atividade lúdica, de acordo com Piaget (1978), “consiste em satisfazer o eu por meio de uma
transformação do real em função dos desejos”, ou seja, tem como função assimilar a realidade.
A criança tende a reproduzir nesses jogos as relações predominantes no seu meio
ambiente e assimilar dessa maneira a realidade, é uma maneira de se auto-expressar. Esse jogo –
de – faz – de conta possibilita à criança a realização de sonhos e fantasias, revela conflitos,
medos e angústias, aliviando tensões e frustrações.
Entre os 7 e 11-12 anos, o simbolismo decai e começam a aparecer com mais freqüência
desenhos, trabalhos manuais, construções com materiais didáticos, representações teatrais, etc.
Nesse campo o computador pode se tornar uma ferramenta muito útil, quando bem utilizada.
Piaget não considera este tipo de jogo como sendo um segundo estágio e sim como estando
entre os jogos simbólicos e de regras. O próprio PIAGET afirma: “... é evidente que os jogos de
construção não definem uma fase entre outras, mas ocupam, no segundo e sobretudo no terceiro
nível, uma posição situada a meio de caminho entre o jogo e o trabalho inteligente...” (1978,
p.108).
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Jogos de Regras;
O jogo de regras, entretanto, começa a se manifestar por volta dos cinco anos,
desenvolve-se principalmente na fase dos 7 aos 12 anos. Este tipo de jogo continua durante toda
a vida do indivíduo (esportes, trabalhos, jogos de xadrez, baralho, RPG, etc.)
Os jogos de regras são classificados em jogos sensório-motor (exemplo futebol), e
intelectuais (exemplo xadrez).
O que caracteriza o jogo de regras é a existência de um conjunto de leis imposto pelo
grupo, sendo que seu descumprimento é normalmente penalizado, é há uma forte competição
entre os indivíduos. O jogo de regra pressupõe a existência de parceiros e um conjunto de
obrigações (as regras), o que lhe confere um caráter eminentemente social.
Este jogo aparece quando a criança abandona a fase egocêntrica possibilitando
desenvolver os relacionamento afetivos-sociais.
1.3- A importância do jogo na escola
A utilização de jogos educativos no ambiente escolar traz muitas vantagens para o
processo ensino aprendizagem, pois o jogo é um impulso natural da criança funcionando assim
como um grande motivador.
Ainda segundo Piaget (1978), a sala de aula é um espaço privilegiado para a
manifestação do lúdico e que poderá beneficiar da sua espontaneidade na escolha de temas e do
seu caráter, sem que haja omissão da relação pedagógica.
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Através do jogo, dos brinquedos a criança se desenvolve globalmente, aqueles cujas
letras, números ou formas estampam claramente sua função pedagógica não são os únicos
educativos. “Todos os brinquedos ensinam”, afirma Raquel Altmam da Escola Oficina Lúdica,
em São Paulo.
Além de auxiliar no aprendizado, se bem utilizados, os brinquedos podem ter outras
funções, ou seja, para cada finalidade, uma seleção de objetos diferentes, Exemplo: os bichos de
pelúcia e bonecas são ideais para o momento de relaxamento. Os brinquedos de sucata para
desenvolver a criatividade. Na reprodução dos papéis no faz – de – conta, onde elas revelam
seus dramas interiores.
A valorização do jogo está no processo e não apenas no produto final (ganhar ou perder).
E valorizar o processo é observar, é estar atento à construção das regras, divisão de parceiros, é
estimular a descoberta e proporcionar a compreensão de que o jogo na sala de aula não é um
rumo da anarquia. Ele também tem suas normas, e citando Huizinga (1980), mais uma vez, o
verdadeiro jogo em si “cria ordem e é ordem”. Um ordem muito eficaz porque as regras são
elaboradas de forma não arbitrária, ou seja, são discutida e aceitas pelo grupo.
Outro destaque dado por Piaget (1978), é a importância de a criança ser ativa e a
necessidade de interação social entre os colegas, numa época em que o trabalho em grupo está
sendo substituído em “O julgamento moral da criança” (1932) e em outros livros que, sem a
interação social entre colegas, as crianças não podem construir nem sua lógica nem seus valores
sociais e morais.
Discutindo as regras do jogo, aceitando-as ou não, a criança vai exercitando a sua
oralidade, defendendo suas idéias ou mesmo acatando a do colega, vivenciando assim a
democracia.
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Dentro da sala de aula, ela tem a oportunidade da vivência também em relação aos
conteúdos trabalhados. A criança crítica, questionadora, não “engole” conteúdos, ela quer
construí-los. E o professor deverá preocupar-se muito mais em saber como a criança aprender
do que como ensiná-la.
A sala de aula é um espaço privilegiado para manifestação do lúdico, tudo em vista que
ela apresenta o quadro da situação social adverso. A busca de um sentido na assimilação desses
conteúdos e na vivência da forma pela qual são transmitidos, poderá levar a criança a se tornar
cidadãos conscientes, críticos e protagonistas de sua própria história, deixando de ser meros
repetidores e assim assimilando o contexto em que está inserido.
Mas, a contribuição do jogo na sala de aula vai depender muito da concepção que o
professor tem de jogo, de criança, de aprendizagem e de desenvolvimento infantil.
1.4- A relação jogo e aprendizagem
O ato de jogar é tão antigo quanto o próprio homem, na verdade o jogo faz parte da
essência do ser dos mamíferos. O jogo é necessário ao nosso processo de desenvolvimento tem
uma função vital para o indivíduo principalmente como forma de assimilação da realidade, além
de ser culturalmente útil para a sociedade como expressão de ideais comunitários.
Na concepção piagetiana, os jogos consistem numa simples assimilação funcional, num
exercício das ações individuais já aprendidas gerando, ainda, um sentimento de prazer pela ação
lúdica em si e pelo domínio sobre as ações. Portanto, os jogos têm dupla função: consolidar os
esquemas já formados e dar prazer ou equilíbrio emocional à criança.
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Segundo Vygotsky (1989), o lúdico influencia enormemente o desenvolvimento da
criança. É através do jogo que a criança aprende a agir, sua curiosidade é estimulada, adquire
iniciativa e autoconfiança, proporciona o desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da
concentração.
Na opinião de Oliveira (1996), o uso da informática na educação através de softwares
educativos é uma das áreas que ganhou mais terreno ultimamente. Isto deve-se principalmente a
criação de ambiente de ensino e aprendizagem individualizado (ou seja adaptador às
características de cada aluno) somando às vantagens que os jogos trazem consigo: entusiasmo,
concentração, motivação entre outros. Os jogos mantém uma relação estreita com construção do
conhecimento e possui influência como elemento motivador no processo de ensino e
aprendizagem.
Existem certos elementos que caracterizam os diversos tipos de jogos e que podem ser
resumidos assim:
Capacidade de absorver o participante de maneira intensa e total (clima de entusiasmo,
sentimento de exaltação e tensão seguidos por um estado de alegria e distração). Envolvimento
emocional.
Atmosfera de espontaneidade e criatividade.
Limitação de tempo. O jogo tem um estado inicial, um meio e um fim, isto é, tem um
caráter dinâmico.
Possibilidade de repetição.
Limitação de espaço. O espaço reservado, seja qual for a forma que assuma, é como um
mundo temporário e fantástico.
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Existência de regras. Cada jogo se processa de acordo com certas regras que determinam
o que “vale” ou não dentro do mundo imaginário do jogo, o que auxilia no processo de
integração social das crianças.
Estimulação da imaginação, auto-afirmação e autonomia.
Sendo assim, conclui Oliveira (1996), a aprendizagem ocorre o tempo todo no
desenvolvimento normal durante toda vida, desde que alguma coisa desperte o interesse.
CAPÍTULO II - O LÚDICO NA FORMAÇÃO DOS PROFESSORES
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2.1- A formação do professor nos dias atuais
Vivemos hoje no Brasil, quer dentro da escola, quer no espaço escolar mais amplo da
sociedade o entusiasmo pela onda da globalização. Diversas palavras como: modernização,
qualidade total, criatividade, ludicidade, passaram a fazer parte do cotidiano dos ricos e pobres,
velhos e jovens, homens e mulheres, branco e mestiços. Eles podem até não saber o sentido que
fazem essas palavras, mas todas as empregam.
A globalização, atualmente em desenvolvimento, provoca a necessidade de mudança no
processo educativo, de modo especial na escola.
É interessante observar que a grande maioria das instituições educacionais ainda são
pautadas numa prática que consideram a idéia do conhecimento - repetição sob uma ótica
comportamentalista, tomando o conhecimento cristalizado e/ou espontaneísta e não um saber
historicamente produzido visto sob a ótica do conhecimento-construção.
Segundo Santos (1997), educar não se limita a repassar informações mas também, ajudar
o indivíduo a tomar consciência de si mesma, dos outros e da sociedade. É aceitar-se como
pessoa e saber aceitar os outros. É oferecer várias ferramentas para que o indivíduo possa
escolher entre muitos caminhos, aquele que for mais compatível com seus valores, sua visão de
mundo. Educar é preparar para a vida.
Nesta abordagem do processo educativo, a afetividade tem um papel importante, pois
acreditamos que a interação afetiva ajuda mais a compreender e modificar as pessoas do que um
raciocínio brilhante repassando mecanicamente.
Sentimos que a ludicidade é uma necessidade do ser humano em qualquer idade e não
pode ser vista apenas como diversão. O desenvolvimento do aspecto lúdico facilita a
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aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural, facilita os processos de
socialização, comunicação, expressão e construção do conhecimento, além de proporcionar uma
boa saúde mental.
Estas questões nos levam a reflexão sobre a formação do educador, que quase sempre
encontra dificuldades no campo da prática pedagógica.
Sabe-se que os cursos de licenciaturas têm recebido inúmeras críticas quanto a formação
dos profissionais de educação que saem das universidades. Que não estão suficientes preparados
para atender as necessidades das escolas, no tocante a compreensão da criança como ser
histórico-social capaz de construir seu próprio conhecimento.
As dificuldades iniciais ocorrem pelo fato de que os educadores de hoje foram formados
por uma escola que não valorizou a sua experiência da cultura infantil e que continuam a ser
formados por uma sociedade que exige um comportamento contrário do que lhe é cobrado e no
qual foi e está sendo formado.
Uma outra questão fundamental, segundo Santos (1997), diz respeito ao tipo de teorias e
estratégias conceituais utilizados nos processos de formação de professores e, de maneira muito
específica, à forma como se repete e circula a teoria nas instituições formadoras.
É necessário admitir que nos processos atuais de formação de professores, assim como
na educação em geral, é preciso uma reavaliação nos perfis profissionais, nos papéis do
professor, nos planos e programas de estudo relação teoria prática da formação de forma que
possamos formar os jovens para que possam agir num mundo que ainda não existe.
A mudança é um problema que a educação deve assumir em toda a sua plenitude.
Vivenciamos novas formas de saber e de culturas. É o próprio homem que se transforma,
assim como transforma a sua realidade.
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Por outro lado, os cursos de formação não conseguem construir a competência exigida e
necessária para formar o educador. A formação profissional de um educador não se acaba com o
término de um curso. É preciso dizer que a formação continuada do professor é absolutamente
essencial.
Educar é difícil. Educar pede necessariamente uma boa formação de educadores. Se os
educadores forem mal formados, não conhecerem bem as matérias que devem ensinar, não
tiverem conhecimentos razoáveis dos conteúdos nunca conseguirão educar satisfatoriamente.
A atuação do educador além da tarefa técnica também envolve um compromisso
político.
O educador deverá buscar nas suas ações coerência como seu discurso, pois em qualquer
grau de ensino os alunos têm a tendência a sensibilidade para entender quando o discurso é um e
a prática é outra. Ou seja, ele percebe quando o discurso não coincide com a prática do
professor.
A autora Bárbara Freitag (1984, p.207), constata que:
...Não são tantos os conteúdos curriculares oficialmente transmitidos pela escola e sim o convívio com os pares que se torna o fator decisivo para explicar a influência extremamente favorável da escola sobre o desenvolvimento das estruturas de consciência de crianças das mais diferentes classes sociais.”
Na obra de Ayrton Negrine (2002, p.123), onde esta questão é analisada o autor sugere
três pilares que sustentaram uma boa formação profissional, uma vez que, o curso de
licenciatura tem-se preocupado somente com a formação teórica e com a formação pedagógica.
A proposta de Ayrton Negrine (2002, p.98), é chamada de formação pessoal e se assenta
em pressuposto que valorizam a criatividade, o cultivo da sensibilidade, a busca afetiva, a
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nutrição da alma, proporcionando assim aos futuros educadores de vivências lúdicas,
experiências corporais, que se utilizam da ação, do pensamento e da linguagem, tendo no jogo
sua fonte dinamizadora.
Este tipo de formação é inexistente nos currículos oficiais de formação do educador, mas
algumas experiências tem mostrado sua validade e são muitos os educadores que acreditam ser
ela, a ludicidade, a mola condutora do educação para o terceiro milênio.
As atividades lúdicas são a essência da infância. E como nos fala Teles (1997, p.15), “a
criança reproduz na brincadeira a sua própria vida. Através dela, ela constrói o real delimita os
limites frente ao meio e o outro...” . Para o educador, quando maior for a sua vivência com o
lúdico melhor preparado vai estar para lidar com essa criança concreta que lhe é apresentada
uma vez que a prática docente é reflexo da formação do indivíduo.
Sendo assim, e citando mais uma vez Marcellino (1997, p.111), “o professor precisaria
entender o ensino como brinquedo, brincar com suas idéias e convidar outras para a brincadeira:
o pensar, antes de mais nada, como brincar, brincar com idéias.”
2.2- Utilização do jogo no planejamento escolar
Toda instituição de educação possui um currículo e desenvolve a organização do
trabalho pedagógico.
Neste currículo segundo Marcelino (1997), pode estar registrado num documento formal,
mas na realidade, a sua maior expressão se encontra na prática pedagógica diária, realizada em
cada sala de aula ou fora dela, em outro espaço pedagógico oferecido pela escola.
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Acredito que o currículo manifesta se concretamente através das atividades planejadas
pelos educadores e oferecidos às crianças.
No planejamento, o educador expressa os objetivos de sua prática educativa, a
metodologia utilizada e a modalidade de avaliação adotada e as estratégias.
Esse tipo de planejamento procura contemplar todas as áreas do desenvolvimento
infantil (psicomotor, afetiva, cognitiva, social, etc). As atividades são selecionadas de acordo
com o valor que possam ter para a criança.
Os jogos são lançados temas, supostamente interligados uns aos outros, para serem
trabalhados em todas as turmas. Partem do pressuposto que os temas despertariam interesses de
todas as turmas envolvidas. O objetivo desse modelo pedagógico seria ampliar os
conhecimentos das crianças, alargando o seu universo cultural. Os temas nem sempre são
impostos ao grupo pelo professor, ou pela coordenação pedagógica, mas partem da curiosidade
natural, observada pelo educador.
Entretanto, por ater-se apenas aos interesses dos alunos nesse caso o educador tem de
saber contribuir para que as crianças ampliem seu mundo e seus conhecimentos.
Finalmente, o autor acrescenta que o objetivo fundamental do planejamento de qualquer
ação educativa está voltada para o aprendizado é alcançar várias formas, expressar em diferentes
metodologias, mas, necessariamente, tem de ser pautada por uma postura de respeito à criança:
ao seu ritmo de desenvolvimento, a sua origem social e cultural as suas relações e vínculos
afetivos: a sua expressão plástica, oral, escrita, em todos os tipos de linguagem e as suas idéias
desejos e expectativas, sem, porém, jamais abdicar da procura por ampliar, cada vez mais, esse
mundo infantil.
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CAPÍTULO III – O PAPEL DO SUPERVISOR NA RELAÇÃO PROFESSOR X
PLANEJAMENTO X JOGO
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3.1 - O papel do supervisor na relação professor
Segundo Alarcão (2003), que constata o supervisor como especialista em educação
pontuando alguns aspectos relativos ao papel do “supervisor”. O papel do supervisor é: planejar,
organizar, supervisionar e monitorá a ação pedagógica da, Instituição. Cabe proporcionar a
afetivação pedagógica, acompanhando - as relações de aprendizagem entre o educando e
educador, orientando para que o currículo experimente uma pluraridade metodológica, com a
realização de um trabalho interdisciplinar supervisionando para garantir que a avaliação seja um
processo que contempla tanto o trabalho do educando quanto o do educador. Por conseguinte
escolas e seus profissionais devem pautar-se pelos princípios por razões de coerência. Sendo o
aluno considerado menor objeto e mais sujeito de sua aprendizagem. Sendo de grande
importância social e política dos profissionais de educação o seu comprometimento com a
Educação. É preciso que a supervisora aprofunde estudos e discussões sobre a Educação da qual
delinearão sobre a Educação para sua atuação, dando liberdade ao professor para “ensinar” e
respeitar o pluralismo de idéias e concepções pedagógicas na escola, decisões e contribuições
para garanti o padrão de qualidade da escola.
Ainda para o autor Alarcão (2003, p. 66), “o papel será sobretudo de articulação e
integração, continuando para recolocar a visão de totalidade no tratamento que será dado ao
conhecimento no currículo escolar.”
O supervisor educador, é capaz de compreender o sentido dessa totalidade e de ajudar a
escola na criação e desenvolvimento do projeto político que viabiliza o trabalho integrador em
que a escola obterá se empenhar, com a participação de todos os profissionais.
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De acordo com Rangel (2001, p. 148), “o supervisor focaliza muito no acompanhamento
dos professores no exercício, na organização da escola e na difusão da inovação
interdisciplinar”.
...o professor expositor é um transmissor de informações e o professor que trabalhacom jogos, transforrma as informações em conhecimento, sendo um “personal trainer” de inteligência, habilidades e competências... (ANTUNES, 2004, p. 12)
3.2. - O supervisor em relação ao planejamento
Segundo Santa'anna (1995), o Planejamento Educacional é “processo contínuo que se
preocupa com o “para chegar lá”, tendo, em vista a situação presente e possibilidades futuras,
para que o desenvolvimento da educação atenda tanto as necessidades da sociedade, quanto as
do indivíduo.
Ainda para o autor o planejamento de ensino não limita mas prevê as ações didáticas,
supervisiona o planejamento de ensino, orientar conceitos e critérios, procurando, mais uma vez
garantir oportunidades para sua ação e construção coletiva. A supervisão dos programas se dá
numa perspectiva de interdisciplinaridade, incentivando o planejamento de oportunidades nas
quais todos participem.
Segundo Vasconcelos (1995), o planejamento curricular é o processo de tomada de
decisões sobre a dinâmica da ação escolar. A previsão sistemática que ordena em toda a vida
escolar do aluno. Portanto essa modalidade de planejar constitui um instrumento que orienta a
ação educativa na escola pois a preocupação é com a proposta geral das experiências de
aprendizagem que a escola oferece ao estudante, através de diversos componentes curriculares.
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Na opinião de Antunes (2004), esse nível de planejamento trata da procura de tomada de
decisões bem informadas que visem à racionalização das atividades do professor e do aluno, na
situação de ensino-aprendizagem, buscando a forma ideal para desenvolver o processo ensino-
aprendizagem e que a criança precisa ser verdadeiramente valorizada por aqueles envolvidos na
educação, assegurando a freqüência do lúdico na sala de aula e escolhendo corretamente
atividades lúdicas adequadas, permitindo assim o impacto necessário quanto ao
desenvolvimento da criança. O lúdico visa desenvolver uma educação onde o educando seja
envolvido pelo planejamento, explorando uma variedade de experiências práticas que levarão a
aprendizagem.
3.3.- O papel do supervisor em relação ao jogo
Segundo Alarcão (2003), o supervisor acompanha, controla, avalia e direciona as
atividades da escola. A supervisão escolar supõem a supervisão as escolas no serviço
administrativo de funcionamento geral, como também pedagógico a orientação pedagógica
designa uma das atividades supervisora.
Segundo Antunes (2001), através dos jogos eles podem resgatar o lúdico no processo de
aprendizagem ao mesmo tempo em que vivenciam valores humanos e refletem sobre o mundo
que vivem e sobre o homem como um todo. Além disso é uma vivência de respeito, colaboração
e entendimento em que entram não os aspectos cognitivos e conceituais, mas de atitude, em
relação ao outro. É aprendizagem sob a ótica do consenso, ouvindo o outro e respeitando a sua
opinião, mesmo que ela seja diferente. Ou seja, ao mudarmos o foco da competição para
cooperação incentivamos, através dos jogos, a criança a pensar no grupo e não somente em si.
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Compartilhando suas idéias, experiências, dúvidas, inseguranças e percepções recuperam o
sabor do saber e o lúdico na aprendizagem.
O papel do pedagogo na visão de Antunes, na construção de um ensino de qualidade tem
como meta a formação do cidadão pleno que tenha uma postura crítica em relação ao mundo. Se
o objetivo é melhorar, a convivência entre as crianças a tarefa lúdica pode ser a proposta. E não
se pode perder de vista, no entanto que o conteúdo principal é interação.
Além disso, é necessário planejar pensando em todos, pois só assim é possível propor
um trabalho que abram já os diferentes níveis de desenvolvimento. Em vista que o seu
desenvolvimento propõem em uma reflexão acerca da atividade lúdica como recurso
educacional.
Através do relato das fontes recorremos novamente a Antunes (2001), que hoje educar
encontra-se em um novo patamar, cujo âmago é o desenvolvimento integral da pessoa e do
cidadão.
Como diz Antunes (2001, p.56), “o professor é o único no mundo que tem a argila com
a qual moldará o amanhã” e por isso precisa refletir sobre as suas ferramenta e crenças que
balizam suas ações verificando melhores caminhos no processo de educar.
De acordo com Antunes, o aprendizado através da vivência e do jogo é muito mais
afetivo e duradouro, pois as crianças passam a participar ativamente do processo da construção
do conhecimento.
Quando a competição está presente no processo de aprendizagem, percebe-se a
diminuição da auto-estima e o aumento do medo de falhar, reduzindo a expressão de capacidade
e o desenvolvimento da criança.
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Como conclui o autor, a Pedagogia da cooperação e dos jogos trazem uma nova forma
das pessoas se posicionarem no mundo; lado a lado, buscando juntas soluções para problemas
comuns; jogando juntas para superarem desafios que beneficiem ambos os lados, essencial na
construção da personalidade.
28
CAPÍTULO IV – ANÁLISE DA ENTREVISTA
Segundo o professor entrevistado, a nova concepção da infância hoje, pressupõe o
repensar do processo pedagógico escolar, para se abrir um campo quase desconhecido pelos
educadores, que é a relação existente entre o lúdico e a aquisição do conhecimento. É lógico que
isto é facilitado por desenvolvermos este trabalho desde a infância sem nunca perder o ritmo e a
vontade de permanecermos crianças.
O professor entrevistado acha importante os educadores serem introduzidos na arte de
brincar, porque, na opinião dele para àqueles que se dedicam como educadores é fundamental
que haja um tempo para trabalhar consigo mesmo, pois o desenvolvimento pessoal do adulto é
fundamental para o contato com o universo lúdico do aluno, sem o qual jamais atingirá seu
objetivo.
Segundo o coordenador pedagógico entrevistado, os educadores devem ser capacitados
para essa prática ludopedagógica através de uma série de dinâmicas de grupos e jogos lúdicos,
dramatizações, expressão verbal e corporal como também a construção de brinquedos, onde o
adulto é chamado a não deixar morrer as qualidades que existem dentro de cada um. Estes
exercícios proporcionam vivências de alegrias, integração, conhecimento, comunicação e
relaxamento.
De acordo com o professor, as atividades lúdicas contribuem para animação atenção
desinibição, culminando com a convivência, entre colegas e grupos, indispensáveis para
qualquer educador, dentro do trinômio escola, professor e aluno.
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Como se refere o autor Antunes (2001), o aprendizado através da vivência e do lúdico, é
muito mais afetivo e duradouro, pois as crianças passam a participar ativamente do processo da
construção do conhecimento.
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CONCLUSÃO
Vivemos numa época que, de forma muito importante, caracteriza-se pelo número e grau
de transformações produzidas em todos os níveis e em todos os tipos de atividades. O
pensamento científico precisou enfrentar várias revoluções, que se referem tão somente à
vigência das suas propostas e a eficiência dos seus métodos, mas também dos próprios
fundamentos do seu fazer. Da mesma forma, as mudança chegam à filosofia às religiões e às
artes, assim como as muitas instituições, que devem enfrentar sistematicamente o aparecimento
de novas orientações.
É claro que as diferentes mudanças também repercutem na educação em todos os seus
planos. Apresentando-lhe desafios de extrema complexidade. É sabido que diversos sistemas
educacionais não se saíram bem nestes desafios e que apresentam uma considerável rigidez nas
suas estruturas, em seus métodos e conteúdos.
A mudança é um desafio que a educação deve assumir.
O homem transforma a natureza, o seu modo de viver e se transforma.
É nesta perspectiva que começamos a atender o significado do jogo e sua influência na
vida da criança e alguns aspectos como a criatividade, liberdade de ação, investigação,
questionamento etc..., e que raras vezes são considerados.
Vimos que valor educativo do jogo, seja ele individual, seja ele coletivo tem um aspecto
significativo dentro das atividades infantis.
Huizinga (1980, p.10), diz que “as crianças e os animais brincam porque gostam de
brincar, e é precisamente em tal fato que resiste sua liberdade”.
31
A criança não se utiliza do jogo como meio de alcançar uma determinada satisfação está
seqüência de sua interação com o próprio ato de jogar.
Os jogos educativos computadorizados são criados com a finalidade dupla de entreter e
possibilitar a aquisição de conhecimento.
Nesse contexto os jogos de computador, o uso da informática, ou simplesmente jogos
educativos, devem tentar explorar o processo completo de ensino aprendizagem.
Tais considerações nos levam a refletir que a prática supra citada se faz presente na vida
da criança e essa influência não pode ser ignorada pela escola.
Alguns educadores têm aproveitado, com muita oportunidade e sabedoria essa
influência. Outras preferem que o senso comum e a influência da mídia estão nas idéias de cada
um, podendo ser explicitas ou não.
Facilitar o encontrar, abrir espaço e tempo para vivência do lúdico da escola, adotar suas
características no desenvolvimento do trabalho educativo, principalmente, em sala de aula
implica correr uma série de riscos.
Nunca é demais lembrar que as brincadeiras as atividades recreativas foram introduzidas
na escola com a perspectiva controladora de comportamento. E que dessa maneira a sua prática
deixou de ser recreação assumindo assim uma característica “utilitarista” busca de eficiência
através de formas amenas de transmissão de conteúdos necessárias para o bem desempenho de
funções específicas.
O receio de alguns educadores em relação ao jogo é que ele proporcione alegria,
movimentos e, de certa maneira barulho e isso pode representar um desmando falta de
autoridade na sala de aula para quem passa observando.
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Por outro lado, o educador não sente-se seguro com essa prática, mas é sabedor de que a
mesma manifesta satisfação alegria e prazer quando praticado com seus alunos. Tanto o é que
quando ele fecha as suas metas de planejamento ele as complementa com atividades lúdicas.
O supervisor escolar proporcia a essa prática pedagógica acompanhando a relação de
aprendizagem entre o educando e o educador, orientando para que o currículo experimente um
trabalho interdisciplinar.
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ANEXOS
ANEXO I
ENTREVISTA
(Professora do Ensino Fundamental)
Dados: ________________________________________________________________
Nome: ________________________________________________________________
Formação: _____________________________________________________________
Função: Professora
Tempo de atuação: 12 anos
1) Que atividades lúdicas você desenvolve em sala de aula?
Resposta: Através de jogos eles podem resgatar o lúdico no processo de aprendizagem ao
mesmo tempo que vivenciam valores humanos, respeito, colaboração e reflexão do mundo em
que vivem.
2) Como e quando você as utiliza?
Resposta: Utilizando os jogos sob a ótica e a ética do consenso, ouvindo o outro e respeitando a
sua opinião, mudando o foco da competição para cooperação.
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3 Como você analisa essa prática? É válida? Por quê?
Resposta: É de grande importância, pois ajuda a tornar as aulas criativas dinamizadas,
despertando a atenção dos alunos e facilitando a aprendizagem dentro dos temas abordados.
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ANEXO II
ENTREVISTA
(Coordenadora Pedagógica)
Dados: ________________________________________________________________
Nome: ________________________________________________________________
Formação: Graduação
Função: Coordenadora
Tempo de atuação: 5 anos
1) Como a Ludopedagogia pode auxiliar o professor no planejamento escolar?
Resposta: Jogos em competições que envolvam algum conteúdo trabalhado, cruzadinhas, caça-
palavras, dominós, quebra-cabeças, jogos de memória, etc.
1) Que atividades lúdicas os professores desenvolvem com as crianças? Por quê?
Resposta: Utilizo como exercício de fixação para algum conteúdo trabalhado, geralmente em
grupos ou duplas, procurando mesclar os que já dominam conteúdo com aqueles que ainda
apresentam dificuldades.
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2) Como você analisa essa prática? É válida? Por quê?
Resposta: Acredito que esta prática de trabalho seja bastante válida, porque, muitas vezes, é
neste momento que as crianças em dificuldade, ao interagirem com as outras, compreendem e
fazem descobertas significativas a respeito do conteúdo trabalhado.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
37
ALARCÃO, I. Professor reflexivos em uma escola reflexiva. São Paulo: Cortez. 2003.
ALTMAN, Raquel. Revista – Nova Escola, 2001.
ANTUNES, Celso. Jogos para a estimulação das múltiplas inteligências. Petrópolis – RJ:
Vozes, 1998.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. Saberes Necessários à Prática Educativa. SP. Paz e
Terra, 2002.
FREITAG, Bárbara. Sociedade e Consciência: um estudo piagetiano na favela e na escola. SP.
Cortez, 1984.
GIL, A.C. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Editora Atlas, 1996.
HUIZINGA, J. Homo Ludens. O jogo pelo jogo. SP. Perspectiva, 1980.
NEGRINE, Ayrton. Aprendizagem & Desenvolvimento Infantil Simbolismo e Jogo. Porto
Alegre. Prodil, 2002.
OLIVEIRA, Vera Barros de Fischer, M. Clara. A microinformática como instrumento da
construção simbólica. Informática em psicopedagogia. Ed. SENAC, SP, 1996.
38
PIAGET, J. A. Formação do símbolo na criança. RJ. Ática, 1978.
RANGEL, Mary. Nove olhares sobre à supervisão. RJ: Editora Papirus, 2001.
SANTA'ANNA. Planejamento de Ensino e Avaliação. SP. Sagra, 1995.
SANTOS, Santa Marli Pires, organizadora. O lúdico na formação do educador. Petrópolis.
Vozes, 1997.
TELES, Maria Luiza Silveira Socorro. É preciso brincar. Petrópolis – RJ, Vozes, 1997.
VASCONCELLOS, Celso S. Planejamento: Projeto de Ensino-Aprendizagem e Projeto
Político-Pedagógico, São Paulo: Libertad, 1995.
VIGOTSKY, L.S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1989.
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
RESUMO 4
39
METODOLOGIA 5
SUMÁRIO 6
INTRODUÇÃO 7
CAPÍTULO I
A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA APRENDIZAGEM 9
1.1- O lúdico como Estratégia Pedagógica 9
1.2- O Jogo, segundo Piaget 10
1.3- A importância do jogo na escola 12
1.4- A relação jogo e aprendizagem 14
CAPÍTULO II – O LÚDICO NA FORMAÇÃO DOS PROFESSORES 17
2.1- A formação do professor nos dias atuais 17
2.2- A utilização do jogo no planejamento pedagógico 20
CAPÍTULO III – O PAPEL DO SUPERVISOR NA RELAÇÃO
PLANEJAMENTO X PROFESSOR X JOGO 23
3.1- O papel do supervisor na relação professor 23
3.2- O supervisor em relação ao planejamento 24
3.3- O papel do supervisor em relação ao jogo 25
CAPÍTULO IV - ANÁLISE DA ENTREVISTA 28
CONCLUSÃO 30
ANEXOS 33
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 37
ÍNDICE 39
40
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição:
Título da Monografia:
Autor:
Data da entrega:
Avaliado por: Conceito: