UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

A importância de se oferecer um ambiente agradável para o

bom desempenho do corretor de imóveis

Por: Monique Ferreira de Jesus

Orientador

Prof. Fabiane Muniz

Rio de Janeiro

2012

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

A importância de se oferecer um ambiente agradável para o

bom desempenho do corretor de imóveis

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em Gestão de Recursos

Humanos

Por: . Monique Ferreira de Jesus

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AGRADECIMENTOS

À professora Fabiana Muniz, que com sua sabedoria soube identificar a me

orientar neste tema que tanto me despertou interesse.

À Instituição AVM , que através de seus docentes me proporcionou o meu

aprimoramento teórico.

Aos amigos que fiz durante o Curso, que de alguma maneira contribuíram com

seu apoio.

A todos meus familiares que me derma o apoio, especialmente a minha avó,

que mesmo não estando presente entre nós, sei que ficaria muito orgulhosa

deste momento.

Às minhas queridas amigas que me acompanham à décadas, e sempre me

apóiam em todos os momentos de minha vida: Crissie Tavares Cordeiro,

Sandra Cristina dos Santos e Seliana Maria Lopes.

4

DEDICATÓRIA

Dedico a meus parentes, amigos e todos

que contribuíram direta e indiretamente,

compreendendo minhas ausências e que

torceram e continuam torcendo pelo meu

sucesso.

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RESUMO

O presente trabalho tem como finalidade demonstrar a influência do

ambiente de trabalho no desempenho de um corretor de imóveis, para esta

finalidade será apresentado inicialmente a definição de ergonomia, ciência que

tem como objetivo melhorar o ambiente de trabalho, apresentando e

demonstrando suas características.

Em seguida será explicado como foi o surgimento desta profissão e sua

regulamentação perante a sociedade, sendo apresentados os Órgãos

Públicos responsáveis, definição das características do sujeito, suas

obrigações e direitos.

Ao final será discriminado como o ambiente pode favorecer o

desempenho deste profissional, para que o mesmo desenvolva de forma

eficiente sua função, garantindo assim o sucesso pessoal e da empresa.

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METODOLOGIA

O objetivo deste trabalho é apresentar a influência do ambiente de

trabalho no desempenho dos integrantes de uma empresa, que podem

favorecer ou desfavorecer suas atividades.

Para este estudo foram utilizados diversos meios para dar apoio ao

assunto levantado para a pesquisa, ou seja, leituras de jornais, revistas,

debates em sala de aula, vídeos e pesquisa bibliográfica.

Devido o assunto ser específico, houve certa dificuldade de encontrar

teóricos que o abrangesse por completo, mas de acordo com o que será

apresentado poderá se ter uma noção do tema levantado.

Serão apresentados ao longo do trabalho os pensamentos de alguns

autores que defendem a importância de um ambiente desenvolvido

ergonomicamente, respeitando as regras estabelecidas para o bem estar,

conforto e melhor desempenho do trabalhador.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .................................................................................8

CAPÍTULO I - A Ergonomia e sua origem ................................................10

CAPÍTULO II - A profissão de corretor de imóveis..........................................18

CAPÍTULO III – O ambiente e o desempenho do corretor de imóveis ............30

CONCLUSÃO ..........................................................................................39

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA .....................................................................40

FOLHA DE AVALIAÇÃO

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INTRODUÇÃO

O objetivo deste trabalho é esclarecer o que é a ergonomia e

demonstrar como ela influencia um escritório e o desempenho de um bom

profissional no ramo imobiliário.

Pretende-se a partir deste tema levantar o significado da ergonomia,

demonstrando sua importância e sua relevância no ambiente do trabalho.

A partir deste levantamento se realizará uma análise do ambiente

adequado, e como transformá-lo num local agradável, capaz de proporcionar

ao empregado um ambiente estimulante.

Será fato significante levantar o porquê de muitas vezes o gestor ter

como foco apenas a aparência agradável do escritório, esquecendo que o

mesmo tem que ser um ambiente incentivador.

Diante das mudanças vividas atualmente em nossa sociedade em

relação ao empregado e o ambiente de trabalho, no qual se tem presente a

importância do bem estar do colaborador, há que se pensar como proporcionar

um ambiente de trabalho satisfatório a este profissional, para que desenvolva o

seu papel da melhor maneira possível.

Há um consenso teórico da importância do ambiente no desempenho

profissional, sendo necessário ser um local adequado fisicamente, estimulante,

agradável e etc. Existem muitas pesquisas realizadas que demonstram as

conseqüências a longo prazo de um ambiente inadequado no organismo do

ser humano.

Mediante a estas informações será analisado neste como que o

ambiente apropriado pode influenciar no desempenho de um corretor de

imóveis, ou seja um profissional autônomo, sem vínculos empregatícios com a

empresa na qual atua, mas que é fundamental para o sucesso da mesma no

mercado.

As empresas em gerais estão focadas nos resultados e nas metas

para serem alcançadas, investem na propaganda, nas informações, na

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informatização, num ambiente agradável visualmente, mas que muitas vezes

não estão adequadas ergonomicamente às necessidades dos usuários.

O corretor de imóveis tem como função a intermediação na

negociação na compra, venda ou locação do imóvel, buscando sempre

oferecer as melhores possibilidades de negócios ao seu cliente, a fim de

satisfazer suas necessidades e segurança na concretização das transações, e

desta forma garantir um possível retorno quando o cliente necessitar.

Este profissional é visto apenas como um intermediário, e que deverá

estar sempre a disposição do cliente e da empresa para atender suas

necessidades quando solicitado, para avaliar, visitar, negociar, analisar

documentação e etc. Muitas vezes há o esquecimento de que está presente

um ser humano, com alegrias, frustrações, cansaço, e que tem suas

necessidades pessoais.

Diante das dificuldades e grande concorrência do mercado atual, com

alto número de ofertas deste profissional, empresas e/ou imóveis no mercado,

será demonstrado neste trabalho como o ambiente onde exerce sua profissão

pode favorecer o desenvolvimento deste profissional, mesmo diante de sua

carga horária puxada, com a remuneração baseada apenas na comissão da

concretização de suas operações, pois é um trabalhador autônomo, no qual

possui todos seus pós e contra desta categoria.

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CAPÍTULO I

A Ergonomia e sua origem

Este capítulo visa apresentar o conceito de Ergonomia, demonstrando

seu surgimento e como esta ciência se tornou um assunto importante a ser

considerado no ambiente de trabalho, trazendo diversas contribuições que

favorecem o desempenho do colaborador dentro da empresa.

A palavra ergonomia é definida por Neto (2006) como de origem grega

sendo ergon (trabalho) e nomos (regras), ainda informa que na Grécia antiga,

o trabalho era visto de duas formas distinta, de um lado como arte de criação e

do outro como trabalho escravo, em que surge a ergonomia com o objetivo de

transformar a visão de sacrifício do trabalho em algo prazeroso.

A ergonomia tem sido definida como “o estudo do relacionamento entre

o homem e o seu trabalho, equipamento e ambiente e particularmente a

aplicação dos conhecimentos de anatomia, fisiologia e psicologia na solução

dos problemas surgidos desse relacionamento” (IiDA, 1991, p. 1).

Já de acordo com a Associação Brasileira de Ergonomia (ABERGO), a

definição é “a ergonomia é o estudo da adaptação do trabalho as

características fisiológicas e psicológicas do ser humano”.

Devido a ausência de especialistas, o estudo foi iniciado por

engenheiros, médicos de trabalho e pesquisadores que passaram a se

interessar pelo assunto. O termo ergonomia foi citado pela primeira vez em

1857 pelo polonês W. Jastrzebowski na publicação o artigo “Ensaio de

Ergonomia ou ciência do trabalho baseada nas leis objetivas da ciência da

natureza”

Segundo Iida (2001), a ergonomia surge como ciência em data oficial

de nascimento, em 12 de julho de 1949. O surgimento desta ciência foi

favorecido no século XIX com a revolução industrial, período em que as

fábricas ofereciam péssimas condições de trabalho, desde locais barulhentos,

escuros, que ofereciam risco de vida aos trabalhadores e altas jornadas de

trabalhos. Favorecendo com que certos pesquisadores se interessassem por

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esta questão do trabalho (ou seja as condições dadas aos trabalhadores para

exercerem suas funções).

De acordo com Neto (2006) no século XIX iniciou-se pela Europa

diversas reações dos trabalhadores, que desejavam a melhora das condições

dos trabalhos, destaca-se alguns eventos que lutavam pela classe, tais como

o Ludismo e o Cartismo, o primeiro chamado de “quebradores de máquina”

pois invadiam as fábricas e destruíam equipamentos e o segundo trabalhava

de maneira política que procurava lutar pelos direitos dos colaboradores.

Inicialmente ocorre grande investimento na ergonomia na 1ª e 2ª Guerra

Mundial, pois os oficiais desejavam equipamentos que proporcionassem mais

eficiência dos soldados e menos acidentes, que faziam com que estes

perdessem seus membros por motivos banais.

Após o fim da 2ª Guerra os profissionais que trabalhavam com a

ergonomia, não eram vistos com bons olhos , mas isto mudou quando eles

passaram a ter o apoio dos militares, que viram em seus estudos fatores

importantes para o bom desenvolvimento dos seus trabalhadores e que

proporcionavam um melhor desempenho destes.

Apesar de todos esses estudos somente a pouco tempo passou-se a

investir na questão da ergonomia em assuntos não-bélicos.

A ergonomia é dividida em análise de sistemas e análise dos postos de

trabalho, a que será de nosso interesse é a segunda, pois visa analisar parte

do sistema onde o trabalhador exerce sua função, ou seja, a tarefa, a postura

e movimentos dos trabalhadores considerando suas exigências físicas e

psicológicas.

Neto (2006) diz que a ergonomia para atender as necessidades de

diversas áreas é caracterizada em reunir conhecimentos de vários setores,

com o objetivo de adequar os ambientes atendendo as necessidades

profissionais, sendo os seguintes: Médico de trabalho; Psicólogo; Engenheiro;

Desenhista Industrial; Enfermeiro de trabalho; Engenheiro Técnico de

segurança; Programador de produção; Administrador e Comprador.

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Com relação ao conhecimento de médico de trabalho tem a função de

detectar os locais que favorecem o desenvolvimento de doenças ou acidentes

e realiza todo o acompanhamento.

Como psicólogo a ergonomia tem o objetivo de através da relação do

treinamento e seleção de pessoal ajudar na implantação de novos métodos.

No ponto de vista do engenheiro é uma questão técnica e tecnológica,

realizando as modificações necessárias.

Já como desenhista industrial, a ergonomia procura se informar com

relação a adaptação de máquinas, ferramentas, postos de trabalho e sistemas

de comunicação.

O papel do enfermeiro de trabalho procura auxiliar na recuperação dos

funcionários e realizando um trabalho de prevenção de acidentes.

O engenheiro técnico de segurança visa a correção de ambientes que

ofereçam condições perigosas e favoráveis a doenças

O programador de produção faz com que a ergonomia, procure criar um

fluxo que diminua o cansaço e excesso de trabalho.

A ergonomia com a visão de administrador preocupa-se em criar

motivações para seus funcionários, através de planos de cargos e salários.

Como comprador, a ergonomia procurará adquirir máquinas e materiais

mais favoráveis aos seus funcionários.

Segundo Limongi-França (2010) o ambiente empresarial está inserido

na discussão das melhorias de trabalho influenciado pelas mudanças ocorridas

na economia mundial, que direta e indiretamente modificam toda a sociedade.

“O desafio é reconstruir, com bem-star, o ambiente competitivo, altamente tecnológico, de alta produtividade do trabalho, e garantir ritmos e situações ecologicamente corretas...A meta é catalisar experiências e visões avançadas dessa poderosa relação entre Produtividade e Qualidade de Vida no Trabalho.(LIMOG-FRANÇA, 2010, p. 45)

Para Gomes (2004, p. 1) a ergonomia tem como objetivo melhorar a

produtividade, a segurança e a saúde nos ambientes de trabalho, a ergonomia

atua em todas as frentes de qualquer situação de trabalho ou lugar, desde os

estresses físicos nas articulações, músculos, nervos, tendões, ossos etc., até

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os fatores ambientais que possam afetar a audição, visão, conforto e

principalmente a saúde.

Neto (2006) explica que as empresas podem sofrer muitos prejuízos na

ausência da aplicação da ergonomia, tais como: Absenteísmo e perda da

produtividade; gastos com afastamentos; indenização por dano físico;

trabalhadores com restrição; deterioração nas relações humanas e a pressão

de LER e DORT na empresa.

Segundo Iida (2001, p.2) a eficiência não é o objetivo final da

ergonomia, esta visa o conforto do sujeito na realização de suas tarefas,

acreditando que a eficiência será uma conseqüência. Para alcançar seus

objetivos, a ergonomia se baseia em diversos fatores, como por exemplo:

característica física, fisiológica e psicológica do ser humano; as ferramentas

usadas para exercer a atividade; mobiliário e instalações no ambiente; leva em

conta a temperatura, ruídos, vibrações, luz, cores e etc.; transmissão de

informação; o sistema de produção que inclui horário, turno e equipe e suas

conseqüências causadas pelos erros e possibilitando a fadiga, estresse. (IiDA,

1991)

As pesquisas em ergonomia permitem salientar que as condições de

trabalho, especialmente o ambiente físico, são fatores importantes para a

produtividade do trabalhador, pois se ele não se encontra satisfeito com o

ambiente de trabalho, com as condições que lhes são oferecidas para o

exercício de suas atividades, aumenta a probabilidade de depressão, desgaste

físico e psicológico deste profissional.

Segundo Neto (2006) quando a ergonomia é aplicada no âmbito do

trabalho propicia as seguintes soluções: eliminação de movimentos críticos;

pequenas melhorias; projetos ergonômicos; revezamento; melhoria de na

utilização de método; melhoria na organização do sistema de trabalho;

preparação para realização do trabalho; orientação ao trabalhador de atitudes

corretas; pausa de recuperação; ingerir líquidos.

De acordo com Hanh (1999) a ergonomia procura através da

adequação do ambiente de trabalho o possibilitar o desenvolvimento das

pessoas.

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Ao longo do tempo o conceito de trabalho foi alterado, sendo o que

antes era apenas para suprir as necessidade e dificuldades básicas da família,

transforma-se no foco principal do ser humano, seu principal meio de modificar

sua qualidade de vida e adquirir o sucesso desejado perante a sociedade, e

com isso foi aumentando sua ocupação na vida das pessoas, tendo uma

grande influência tanto na vida pessoal quanto profissional do sujeito.

E diante das cobranças do mercado atual, se ver na obrigação de a

todo momento, se mostrar cada vez mais eficaz e eficiente na realização de

suas tarefas, sendo muitas vezes obrigado a realizar horas e mais horas extras

para cumprir as metas necessárias para desta forma se destacar diante dos

outros e com isso ter a excelência reconhecida.

De acordo com Cavassani e at (2006) o homem atual passa seu

maior tempo de vida, no ambiente de trabalho, na constante busca do sucesso,

dedicando todos os seus esforços e desejos para concretização das tarefas e

sucesso das mesmas, e com isso deixa à desejar em muito momentos no

cuidar se si mesmo e de seus entes queridos, por total ausência de tempo,

com o foco de alcançar seus objetivo e preocupação de cumprimento das

metas.

Diante deste quadro atual, as empresas tomaram conhecimento de

que é fundamental para seu sucesso, a valorização dos seus empregados,

tendo ciência de que não se deve dar prioridade apenas as máquinas e as

tecnologias usadas recentemente.

Neto (2006) diz que existem alguns obstáculos dentro de algumas

empresas que atrapalham na execução das utilização da ergonomia, tais

como:anarquia gerencial; falta de conhecimento de engenharia e método de

trabalho; assessoria inadequada; valores da empresa, que visam trabalho igual

a sofrimento.

Os colaboradores satisfeitos em diversos aspectos, com certeza serão

os maiores fatores de êxito no mercado perante os concorrentes, e com isso

viu no ambiente de trabalho, um dos maiores focos para auxiliar no

desenvolvimentos dos seus colaboradores.

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Foi verificado nas organizações que um ambiente agradável, é capaz

de proporcionar um ser humano muito mais criativo, com maior disposição,

capaz de solucionar diversos problemas e desta forma alcançar os objetivos

desejados num prazo muito mais curto.

Na busca de melhorias de qualidade de vida no ambiente de trabalho,

as organizações obtiveram informações sobre como o ambiente influencia no

desempenho seus colaboradores, e que tais efeitos são visivelmente

verificados a curto e longo prazo, nas atividades dos mesmos.

“Entretanto, independentemente de combinação desses fatores, a influência do ambiente sobre o indivíduo é de extrema importância, visto que os impactos do ambiente físico sobre o seu humano pertencem a uma categoria que poderíamos denominar de “sensações”, os efeitos são sentidos e muitas vezes não percebidos conscientemente” (GRAÇA, 2005)

Como o tema é muito amplo, nossa prioridade será o aspecto físico, ou

seja que móveis são adequados para utilização para proporcionar um melhor

desempenho e conforto do indivíduo. Será levado em conta, a opinião dos

corretores de imóveis, o que eles pensam do local do trabalho, com relação ao

ambiente oferecido.

Diante das pesquisas e divulgação dos casos que comprovam os

absurdos vividos em certos locais de trabalho, o Governo se viu obrigado a

criar uma Lei para garantir as especificações mínimas que as empresas

deveriam oferecer para garantir o mínimo de conforto físico e mental do

trabalhador, a Norma Regulamentadora 17.

Esta norma, conhecida como NR-17 é a responsável pela

regularização das normas que através de pesquisas, concluíram quais são as

necessidades mínimas que móveis e/ou ambiente de trabalho devem oferecer

a fim de proporcionar um melhor desempenho do profissional.

A NR-17 é bem ampla, pois tem como objetivo proteger os

trabalhadores e suas condições de trabalho, em diversos setores.

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Esta norma visa discutir o ambiente físico e mobiliário, e tem a função

de informar para as empresas quais são as condições mínimas que devem ser

oferecidas, provocando o menor desgaste possível no trabalhador.

Kliemann e at (1998) diz que a NR-17 ao falar de ambiente físico,

serão considerados as questões térmicas,acústicas, lumínicas e mobiliários.

Quando se trata de mobiliário, irá se posicionar com relação a

divisórias, circulação, mesas e cadeiras para o escritório.

O ambiente físico deve oferecer uma temperatura adequada para o

bem estar e conforto dos colaboradores, com ventilação direta ou forçadas ou

ainda com a instalação de ar condicionado para poder garantir o clima

agradável.

A acústica é também primordial, pois certos ruídos são muito

incômodos para realização de algumas atividades. Em pesquisa realizada por

Grandjean (1998), foi comprovado que as conversas que ocorrem num

escritório são incômodos, não só pelo barulho, mas principalmente pelo

excesso de informações que acabam influenciando os envolvidos direta e

indiretamente na conversação, e desta forma prejudicando seu desempenho.

A iluminação é outro fator que precisa ser considerado, pelo fato de

que quando é inadequada pode causar fadiga visual, deficiência visual, dor de

cabeça, possíveis acidentes, que precisam ser altamente analisados na

escolha da iluminação.

Na questão do mobiliário deve-se também ter muito cuidado na

escolha das divisórias, para contribuir com a privacidade necessária, seguindo

as recomendações métricas determinadas pela NR-17.

A circulação é também citada porque precisa ser um ambiente com

livre circulação, em que as pessoas não se sintam incomodadas com o ir e vir

de outras, não sendo importunado na realização de suas tarefas, para facilitar

o transito no escritório.

Após a pesquisa realizada por Grandjean (1998) foram estabelecidas

regras e medidas adequadas para produção de mesas e cadeiras para o

escritório, visando o melhor desempenho e conforto dos trabalhadores, com

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móveis adequados a diversos indivíduos, que sente-se confortável, o que

favorece imediatamente o seu desempenho.

De acordo com Kliemann e at (1998) é importante também considerar

os postos de trabalho, que inclui hoje em dia o uso do computador, referindo

ao monitor, teclado, mouse, que precisam ser cuidadosamente posicionados

para que não favoreçam o cansaço e desgaste físico do seu colaborador.

Para isso também foram criadas normas que indica as medidas

adequadas que proporcionam um melhor conforto para o sujeito no seu posto

de trabalho.

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CAPITULO II

A profissão de Corretor de Imóveis

Neste capítulo será apresentado como surgiu a profissão de Corretor de

Imóveis e as características deste profissional, que tem a função de assessorar

e intermediar as negociações no mercado imobiliário, buscando sempre a

satisfação da empresa e dos seus clientes.

“...os corretores de imóveis são pessoas mediadoras, com a

finalidade precípua de aproximar vendedor e comprador numa

operação imobiliária. É o profissional que procura o negócio

imobiliário, quer vendendo, trocando, locando, administrando,

vistoriando e avaliando imóveis. Em linhas gerais, a

corretagem é a intermediação de negócios” (Azevedo, 1997)

No século XIX (1807), com a chegada da família real no Brasil, e a

ausência de imóveis para acomodar todos os membros da Corte, diversos

habitantes foram obrigados a sair de seus imóveis para disponibilizá-los para a

Corte Real.

O Cofeci (Conselho Federal dos Corretores de Imóveis) ainda conta que

os imóveis eram pintados e colocados a sigla PR (Príncipe Regente), mas que

na visão dos colonos significava “Prédio roubado, ou Ponha-se na Rua” devido

a forma como eram obrigados a deixar suas residências.

De acordo com a história devido a este episódio, muitos membros da

Corte, quando cientes dos episódios, quiseram indenizar as pessoas que forma

expulsas de suas casas, desta forma surgiu o primeiro intermediador e corretor

do Brasil, chamado Antonio Armando Mariano de Arantes Costa.

Fausto (1997) afirma ainda que :

"A vinda família real portuguesa deslocou definitivamente o

eixo da vida administrativa da colônia para o Rio de Janeiro,

mudando também a fisionomia da cidade. Basta dizer que,

durante o período de permanência de Dom João VI no Brasil, o

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número de habitantes da capital dobrou de cerca de 50 mil a

100 mil pessoas. A presença da corte implicava uma alteração

do acanhado cenário urbano da Colônia."

Desta forma, com a capital sendo urbanizada, com a ocorrência da

alteração de toda sua estrutura física para atender as necessidades da Família

Real, foram surgindo os primeiros comerciantes locais que intermediavam as

negociações de compra e venda de certos imóveis, com promessas de ganhos

financeiros.

Ao longo do tempo, estes intermediadores foram sendo substituídos por

pessoas, que já se identificavam como sendo agentes imobiliários, estes se

apresentavam com um pequeno caderno em mãos, em qual mantinham

anotadas suas possíveis opções de vendas, divulgando seu trabalho por

anúncio nos jornais ou longas caminhadas em que buscavam divulgar seu

trabalho, visando autorizações de venda dos imóveis.

Em 1821, com o surgimento da Imprensa no Brasil e lançamento dos

Jornais O Sentinela e o Tamoio, no Rio de Janeiro, era possível também ver

anúncios de classificados referente a venda de imóveis, como pode ser

verificado abaixo:

Diário do Rio de Janeiro 4-06-1821

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Este anúncio apresentado acima, circulou em 04/06/1821 no Jornal

Diário do Rio de Janeiro.

A economia da sociedade brasileira no início do Século XX, ainda era

baseada na exportação de alimentos agrícolas, como fonte principal o café,

em que as riquezas se concentravam no ambiente rural.

No centro das cidades começou a surgir a pequena burguesia, que era

baseada no funcionalismo público e em atividades especulativas financeiras,

que favoreceu o desenvolvimento do comércio de imóveis, desta maneira

intensificaram as vendas e anúncios, e assim o que era um hobbie, passou a

virar profissão.

Segundo Sahyuna, a profissão de Corretor de Imóveis foi

regulamentada em 27 de agosto de 1962, com isso teve-se o objetivo de tornar

formal uma atividades comercial que existia a décadas, e que muitas pessoas

a tinham como meio de sobrevivência, mas que não possuíam nenhuma

cobertura legal da profissão.

Azevedo diz que a Lei que regulamentava a profissão foi considerada

inconstitucional e sendo substituída pela lei no 6.530, de 12 de maio de 1978,

regulamentada pelo Decreto no 81.871, de 29 de junho de 1978.

Este Decreto deu uma nova forma à profissão, sendo que, no seu artigo

2o, estabelece a obrigatoriedade de habilitação para Técnico de Transação

Imobiliária para mediar vendas, compras e locações imobiliárias, administrar

bens imóveis e condomínios e vistoriar e avaliar imóveis. Esta habilitação foi

aprovada pelo Parecer 61/76 do Conselho Federal de Educação

Com a regulamentação da profissão ocorreu também uma cobrança

maior dos envolvidos ou seja, começou-se a cobrar uma capacitação dos

indivíduos, que intermediavam as negociações de compra, venda e locação de

imóveis, devido a alta demanda.

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Azevedo (1998) diz que:

“A profissão do corretor de imóveis, apesar de possuir um papel bem definido na intermediação imobiliária, só recentemente foi regulamentada e seus conhecimentos formalizados através de cursos e exigências de diplomas. Desta maneira, ainda existe uma heterogeneidade dos profissionais da área, devido a sua origem e formação.”

Desta forma foram criados o Conselho Federal e Conselhos Regionais

que seriam os órgãos responsáveis pela fiscalização destes profissionais, que

teriam como objetivo conscientizá-los sobre a importância de serem

capacitados.

Os principais órgãos regulamentares são o COFECI (Conselho Federal

de Corretores de Imóveis) e os CRECI's (Conselhos Regionais de Corretores

de Imóveis), responsáveis pela disciplina e fiscalização do exercício da

profissão de corretor de imóveis, constituídos em autarquia, dotada de

personalidade jurídica de direito público, vinculada ao Ministério do Trabalho,

com autonomia administrativa, operacional e financeira (Lei n.º 6.530 de 12 de

maio de 1978, no artigo n.º5).

O COFECI é um órgão federal que possui sede e foro na Capital da

República e jurisdição em todo território nacional. É composto por dois

representantes, efetivos e suplentes, de cada Conselho Regional, eleitos

dentre os seus membros. É encarregado de explicitar a legislação e expedir

normas, para a sua correta execução, bem como disciplinar os casos omissos

(Resolução-COFECI n.º013/78).

A partir de então para se ter a autorização para exercer a profissão de

corretor de imóveis teria que realizar uma capacitação que tem como foco

ensinar vários requisitos que acredita-se serem necessários para ser tornar

um autorizado intermediador nas negociações imobiliárias.

Através deste curso era entregue a carteira de Corretor de Imóveis, este

documento só seria permitido para as pessoas que fizessem o Curso de

Formação e obtivessem a aprovação do mesmo, demonstrando assim seu

conhecimento sobre o assunto imobiliário.

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Com isso também foi intitulado aos Conselhos, a obrigação de fiscalizar

o cumprimento das obrigações financeiras destes profissionais e das empresas

que também intermediavam as negociações imobiliárias, ou seja o pagamento

das anuidades que permitem a sua atuação no mercado no ano vigente.

Mas engana-se ao pensar que foi fácil a criação do Conselho para

fiscalização, pois apesar dos trabalhadores ficarem satisfeitos com a

regulamentação da profissão, tendo desta forma seu reconhecimento social, e

ter o apoio de uma demanda para o surgimento do Conselho, que tinha o

objetivo dar segurança aos envolvidos nas transações imobiliárias, por ter

profissionais reconhecidos e capacitados para exercer a atividade, com o

objetivo de proteger de pessoas mal intencionadas que visavam muito mais o

lucro do que o bem estar e sucesso da negociação, havia um outro grupo que

acreditava ser desnecessário a criação do Conselho e que não acreditava na

sua necessidade, com isso foi muito trabalhoso o início.

De acordo com Pacievitch (2008), a atividade de Corretor de Imóveis, é

uma profissão que tem como pré-requisito ter aptidão para vendas, entre

outras diversas características que acredita ser fundamental para se ter

sucesso na profissão como por exemplo: bom humor, carisma, paciência,

raciocínio espacial e etc.

Este profissional pode trabalhar por conta própria ou prestar serviços

em alguma imobiliária, cartórios de Registro de Imóveis, construtoras, leilões e

etc.

Segundo Azevedo, utiliza-se equivocadamente para a remuneração

do corretor de imóveis, o termo “comissão”, sendo que por se tratar de um

profissional liberal (Diário Oficial de 09 de julho de 1986, portaria n.º3.245 de 08

de julho de 1986), e sendo assim este profissional não cobra comissões,

porém honorários, que varia de acordo com o meio de atuação por exemplo:

6% para áreas urbanas e 10% para as áreas rurais.

A carga horária dos corretores de imóveis é muito variada, sendo em

certos casos muito cansativa, por ser um profissional autônomo ele precisa

tornar o seu tempo cada vez mais remunerável.

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Segundo Pacievitch (2008) o exercício de profissão tem uma carga

muito intensa, pois requer além de uso continuo da conversação com o cliente,

avaliação de imóveis, cumprimento de carga horária de plantão, visitas aos

imóveis com o cliente, isso tudo faz com que haja uma desgaste físico e

psicológico do sujeito.

O desgaste físico pode-se explicar pelo fato de que para o corretor

consiga um imóvel é preciso que busque, sendo para isso necessário enfrentar

dias ensolarados ou chuvosos, andar diversos quilômetros, na esperança de

adquirir um imóvel que possa satisfazer o seu cliente, ou que realmente seja

um produto bom para se trabalhar no mercado, que hoje em dia é muito

concorrido.

O desgaste mental vem pela pressão social, ou seja o corretor utiliza

inicialmente seus argumentos a fim de conseguir o imóvel, depois precisa

provar para o cliente que tem interesse na compra, que o imóvel desejado é

um bom negócio.

O Corretor vive num intenso desgaste, pelo fato do seu orçamento

depender de comissão e sendo preciso que a todo momento ele busque meio

de conseguir atingir as metas desejadas, seja através de longas conversas

com os clientes, na aquisição de imóveis para vender ou alugar, na conclusão

de uma negociação e ainda nos desgastes com os próprios colegas de

trabalho que a todos momentos cobram resultados.

Segundo Azevedo (1998) o corretor de imóveis possui característica de

comportamento que são indispensáveis para o exercício da profissão, e que

precisa ser generalizado em diversas áreas técnicas e humanas. Os

conhecimentos relacionados ao corretor de imóveis são apresentados da

seguinte forma:

• Conhecimento do ramo imobiliário: conhecimento que o corretor de

imóveis possui do mercado imobiliário, que refere-se ao arquitetura,

para que possa ler planta baixa, cortes e fachadas; a legislação que

rege a profissão como, direitos, deveres, obrigações e limitações;

economia, com noções básicas sobre o sistema financeiro de habitação;

finanças, dominando operações simples de matemática financeira e

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tipos de moedas e; operações imobiliárias, relacionadas com os

procedimentos e formalidades legais da profissão. Cada uma destas

áreas tem alguma relação com o produto imobiliário.

• Conhecimento técnico do produto imobiliário: é importante

demonstrar ao cliente o conhecimento do imóvel, os aspectos físicos

(tamanho, número de quartos e suítes, etc.); localização, incluindo

informações como a zona , vias de acesso, transportes, bairro e

vizinhança e, quanto ao acabamento e material usado na construção do

imóvel.

• Conhecimento de técnicas de vendas: Segundo VERDI [1990, p.15],

"vender é conduzir um processo interativo, no qual uma das partes - o

vendedor -, utilizando a comunicação persuasiva, ajuda a outra parte - o

comprador - a tomar a decisão de adquirir um bem ou serviço que

satisfaça necessidades suas ou de terceiros". É necessário um

determinado nível de conhecimento técnico na forma de anunciar,

descrever e demonstrar o imóvel; na forma de negociar e na forma de

discutir o plano de financiamento usado pela imobiliária.

• Conhecimento Empresarial: Refere-se ao conhecimento das

atividades responsáveis pela administração de uma empresa como um

todo. São elas; Marketing, Finanças, Administração de Recursos

Humanos, Gestão Empresarial, Gestão de Produção .

• Formação Complementar: São os conhecimentos adquiridos em

experiências passadas com outras atividades que aparentemente não

têm nenhuma relação com a profissão atual do indivíduo, mas que

podem ter uma participação decisiva para resolver uma determinada

necessidade gerada pelo próprio negócio. No caso da corretagem, as

experiências que mais contribuem para um bom exercício da profissão

de intermediador imobiliário, são: experiência empresarial, de

construção civil e de vendas.

25

Azevedo (1998) ainda diz que existem algumas habilidades que são

importantes fazerem parte da personalidade do corretor, tais como;

• Habilidade de valorização de oportunidades e pensamento criativo: É

a habilidade de ver além do horizonte, capaz de identificar uma boa

oportunidade de negócio. O corretor de imóveis precisa de uma boa dose

de criatividade para identificar novas oportunidades.

• Habilidade de identificar um cliente potencial: É a habilidade de

verificar o potencial de um determinado cliente, e que o mesmo está

realmente interessado e nas condições e de adquirir um imóvel naquele

determinado momento.

• Habilidade de identificar o imóvel certo para o cliente certo: É a

habilidade de utilização sua experiência para perceber a identificação do

cliente potencial com um imóvel disponível, que atendam suas

necessidades. Desde que o produto imobiliário oferecido possa atender a

maioria das expectativas do possível comprador.

• Habilidade de comunicação persuasiva: É a facilidade que o corretor

tem, na comunicação utilizada para convencer o comprador durante o

processo. Esse diálogo tem como objetivo demonstrar ao interessado

comprador que aquele produto imobiliário apresentado, é o desejado,

demonstrando seus diversos benefícios.

• Bom relacionamento com o empresário imobiliário e seus colegas de

trabalho: É a habilidade de estabelecer um bom relacionamento grupal

no trabalho, proporcionando um melhor entendimento com os seus

colegas, clientes e seu superior. Por fazer parte desta profissão, o clima

competitivo, a corretagem deve-se manter na relação profissional a

lealdade, justiça, moral, proporcionando um ambiente de trabalho mais

satisfatório e produtivo.

• Habilidade de negociação: É a habilidade de negociar, utilizando os

recursos disponíveis (técnicos, conceituais e de relacionamento humano)

26

na expectativa da conclusão de seus objetivos. No caso da corretagem, é

o fechamento de uma transação imobiliária.

• Habilidade de reunir informações: É a habilidade de juntar, selecionar

as informações necessárias. É um grande diferencial nas suas atividades,

o corretor de imóveis que procura filtrar as informações necessárias

sobre o produto que está oferecendo, incluindo o produto da concorrência

e da situação do mercado imobiliário como um todo, desta maneira irá

favorecer seu desempenho na argumentação de venda.

• Habilidade de enfrentar situações novas: É a habilidade de utilizar

metodicamente operações mentais, para que encontre respostas para

desafios e superar os obstáculos que a profissão lhe proporciona. No

caso da corretagem, são situações referentes a ocorrência de mudanças

na política administrativa das imobiliárias, crises financeiras no setor da

Construção Civil e modificações sociais e econômicas de seus clientes

potenciais.

Azevedo (1998) realizou também uma relação de valores que

acredita ser primordial na personalidade de um intermediador imobiliário,

como por exemplo:

• Perseverança: Em certos momentos o corretor de imóveis, pode ficar

algum tempo sem vender um imóvel por variados motivos. Por isso é

uma das características mais importante a perseverança para o

indivíduo, não desanime e mantenha o propósito específico de que irá

concretizar uma transação imobiliária a qualquer momento.

• Dedicação: É preciso o corretor de imóveis, possuir uma grande força

de vontade, sendo que a todo momento ele necessita colocá-la em

prática, sacrificando seus finais de semanas em stands de vendas com

o propósito de fechar um negócio imobiliário. A diferença da dedicação

em relação a perseverança está no fato de que a primeira não se limita

27

a venda do imóvel, abrange o esforço de cativar o cliente e acompanhá-

lo profissionalmente até a entrega das chaves do imóvel.

• Organização: Ser corretor de imóveis exige ser organizado, seja com

relação a realização das suas tarefas ou no atendimento ao cliente. A

ausência de organização faz com que o corretor perca tempo, que irá

influenciar no atrasado em reuniões com o grupo de trabalho e em

entrevistas domiciliares. Pode favorecer a perda de clientes pelo fato de

não ter organizado uma lista de imóveis disponíveis e de relação de

clientes.

• Apresentação: É requisito fundamental o corretor de imóveis estar

bem apresentável, ou seja limpo, cheiroso, barbeado e bem vestido

pois desta forma causa uma boa impressão ao cliente, demonstrando

seu profissionalismo e respeito pelos outros. ARMSTRONG [1994]

relata que as pessoas julgam um profissional em parte, pelo modo como

está vestido, e se estão julgando-o, também estão julgando a empresa

para a qual ele trabalha.

• Controle emocional: Este fator é um dos mais delicados na

corretagem imobiliária, por se tratar de uma profissão que atende

diversas pessoas com diferentes níveis de educação, personalidades,

temperamentos, reações e atitudes. É fundamental o corretor possuir

controle emocional. O fato de demonstrar sua insegurança, sua

angústia, medo e irritação favorece ao intermediador imobiliário a

cometer erros seja no atendimento ao cliente ou no seu relacionamento

interno na empresa.

• Ética profissional: Quando se fala sobre a ética é referente a uma

postura positiva em relação ao comprador, desempenhando sua

atividade com respeito e principalmente com profissionalismo e

integridade. Cabe ao corretor de imóveis não omitir nenhuma

informação referente a transação, alertando quando for necessário

sobre riscos existentes no negócio; prestar contas de todos os valores

28

ou documentos recebidos; trabalhar somente com contrato de

intermediação imobiliária, zelando por sua responsabilidade exclusiva

no negócio e limitando-se apenas a orientação técnica da transação

imobiliária, mas tudo isso com ênfase profissional, deixando as decisões

de caráter pessoal para o cliente.

• Ambição: Está relacionada a alcançar o que deseja, seja na obtenção

de bens materiais, poder, glória, riqueza e posição social. Por ser tratar

de uma profissão que a remuneração está baseada nos honorários

pagos e que os mesmos variam de acordo com o percentual de

operações concretizadas, há a necessidade de se buscar

constantemente, principalmente por não ter a segurança de uma

remuneração salarial fixa.

Ao realizar suas atividades o corretor de imóveis, tem diversas etapas,

que iniciasse pela aquisição do cliente, a qual é feita uma minuciosa filtragem

para verificar que tipo de imóvel é desejado, a localização, valor e forma de

aquisição, questões básicas necessárias para iniciar o seu trabalho.

Após apresentação do imóvel ao cliente, e o mesmo tendo interesse na

concretização da compra, cabe ao corretor de imóveis apresentar a

documentação do mesmo, a fim de demonstrar ao interessado que está apta

para realização da operação.

Juridicamente o papel do corretor se encerra no momento da assinatura

e recebimento do sinal, que comprova a negociação, mas como todo prestador

de serviço na prática cabe ao intermediador acompanhar todo o processo até

sua finalização no Cartório de Registro de Imóveis, quando ocorre a

concretização do processo.

Desta forma o corretor de imóveis ou a empresa que intermedia a

negociação conquista a confiança do cliente que sente-se satisfeito, e que

futuramente caso haja necessidade irá procurar seus serviços e/ou

recomendá-los quando for útil.

29

Azevedo (1998) destaca a importância do corretor de imóveis se manter

constantemente atualizado profissionalmente, para estar informado sobre as

principais mudanças ocorridas no mercado que influenciam sua atuação, pois

hoje em dia a sociedade não deseja apenas um profissional que apenas

domine as técnicas de vendas em relacionamentos de curto prazo com os

seus clientes, caracterizados pelo imediatismo, é importante um conhecimento

de um todo, como foi citado anteriormente.

.

30

CAPÍTULO III

O ambiente e o desempenho do corretor de imóveis

Diante do que foi apresentado anteriormente, este capítulo tem como

objetivo demonstrar como o ambiente irá proporcionar um melhor

desenvolvimento no desempenho do corretor na realização de suas atividades.

“A importância de estudar o processo comportamental está no

fato de que as empresas são constituídas de pessoas e

somente funcionarão se as mesmas estiverem ocupando seus

cargos e desempenhando suas funções de acordo com o que

lhes foi solicitado. São os indivíduos que planejam ou ordenam,

decidem onde e como utilizar equipamentos, aperfeiçoam

técnicas empregadas em serviços, asseguram o capital

necessário e tomam decisões nas áreas contábeis e fiscais”

(CHIAVENATO, 1994).

Para Davis e Newstrom (1992), é importante se pensar sobre os pontos

favoráveis e desfavoráveis de um ambiente de trabalho para as pessoas. Onde

a proposta básica é desenvolver um ambiente de trabalho satisfatório para os

trabalhadores e também proporcionem a organização atingir seus resultados.

De acordo com Ballone (2008), o local de trabalho precisa oferecer

condições favoráveis para o desempenho dos profissionais da empresa, o

conforto humano em seu trabalho deve ser sempre considerado, e enfatiza

que não devemos privilegiar apenas as razões emocionais em relação ao

estresse, por ser este uma alteração global do organismo, ou seja não apenas

emocional.

Segundo Cavassani (2006) no século XVIII, com a Revolução Industrial

as empresas se preocupavam apenas com o assunto quantitativo, no qual só

pensavam como fazer para produzir mais e desta forma aumentar seus lucros,

o ser humano era visto apenas como uma mão-de-obra necessária para

31

realização das tarefas, em que não se preocupava com carga horária ou

condições de trabalho, sendo a todo momento os trabalhadores explorados a

fim de que dessem mais lucro à empresa, desta forma favoreciam o tratamento

desumano, acidentes constantes de trabalho e total insatisfação dos

funcionários.

Para Davis e Newstrom (2001), é importante desenvolver um ambiente

de trabalho que seja satisfatório para os funcionários da empresa tanto no

ponto de vista de saúde e econômica da organização. E para isso é necessário

ocorrer uma valorização do trabalho, para atingir as metas.

Cavassani (2006) diz que é importante também os gestores terem

consciência da importância da qualidade de vida no trabalho, demonstrando

aos seus subordinados a influência de suas tarefas, favorecendo desta forma

que o sujeito sinta-se útil e perceba que faz parte do processo, e que dessa

maneira precisa contribuir com êxito nas suas tarefas. Este detalhe favorecerá

a satisfação pessoal ao indivíduo no ato de desempenhar o trabalho que lhe foi

designado.

“...um bom lugar para se trabalhar possibilita, entre outras coisas, que as pessoas tenham, além do trabalho, outros compromissos em suas vidas, como família, os amigos entre outras atividades. A importância da QVT é mais que mera política de redução de custos, pois a mesma possibilita o bom convívio do indivíduo com a organização em que trabalha. Ter um bom ambiente e benefícios que satisfaçam seus anseios podem garantir um clima de confiança entre empresa e empregado.” (CAVASSANI, 2006)

Ballone (2008) afirma que fatores importantes para serem considerados

são: conforto térmico, acústico, as horas trabalhadas ininterruptamente, a

exigência física, postural ou sensoperceptiva e outros elementos associados

ao desempenho profissional.

Ambientes hostis, em termos de temperatura, umidade do ar e

exposição às substâncias não benéficas à saúde fazem parte da exigência

física a que alguns trabalhadores estão expostos, sendo necessários em certos

casos o assessoramento técnico da Medicina do Trabalho para prevenir

estados de esgotamento.

32

Atividades que exigem posições não favorável fisicamente, repetição de

atividades de exercícios danosos, e permanência exagerada em atitudes

cansativas fazem parte das exigências posturais a que são submetidas as

pessoas durante o trabalho.

Diante dessas informações a empresa precisa levar em consideração ao

organizar o ambiente, os seus colaboradores para desta maneira favorecer seu

desempenho, como no caso desta pesquisa estamos nos referindo ao corretor

de imóveis, realizar adaptações nos ambientes não pode ser considerado

apenas como custo, mas como forma de propiciar uma maior satisfação dos

indivíduo, que influenciam diretamente nos seus rendimentos.

A melhoria do bem-estar e da qualidade de vida dos profissionais é um

dos fatores que as empresas interessadas em reter seus melhores talentos,

vêm trazendo, além de vantagens financeiras, outros atrativos aos seus

funcionários, como forma de melhorar a produtividade e a satisfação interna.

Segundo Neto (2006) um ambiente ergonomicamente organizado,

preocupa-se com diversos fatores, tais como: o ambiente físico, ventilação,

iluminação, mobiliários e etc.

O ambiente físico é necessário ser confortável, pois influenciam o

desenvolvimento e comportamento dos funcionários da empresa e a relação

interpessoal, sendo importante mantê-lo limpo e organizado, evitando o

acumulo de papel, lixo e a alimentação nas mesas de trabalho.

É importante também se pensar na questão do conforto acústico, sendo

o recomendado, nível de ruído < 65dB(A). Como estamos nos referindo ao

setor imobiliário, é um fato importante a empresa pensar na questão de ruído

excessivo pode causar estresse pela estimulação do Sistema Nervoso

Simpático, provocando irritabilidade durante o trabalho e diminuindo o poder de

concentração.,

Devido nas imobiliárias os corretores dividirem o mesmo salão, que

geralmente é composto por divisórias, não tendo nenhum tipo de acústica

33

favorável, é preciso sempre que possível procurar oferecer uma certa

distribuição de número de funcionários para amenizar a concentração sonora,

pois nestes ambientes ocorrem conversas formais e informais, ligações

telefônicas que mesmo o indivíduo não estando diretamente na ação, se ver

envolvido nas conversas.

Outro fator a ser considerado é a climatização do ambiente, conforto

térmico (temperatura efetiva entre 20-23ºC), e a umidade relativa do ar ( >

40% ), pode ser oferecida com número de janelas e ventilação direta, ou

instalação de ar condicionado.

Os ambientes com temperaturas inadequadas, podem provocar

desconfortos devido a aromas indesejados, que desconcentram os sujeitos,

causando incômodos que prejudicam seu rendimento.

A iluminação também precisa ser considerada, pois quando adequada o

trabalho pode ser realizado com eficiência, qualidade e produtividade,

favorecendo a concentração e estimulando a motivação., indica-se a

iluminação florescente pelo fato da mesma tornar o ambiente mais homogêneo

e diminuir os reflexos.

É importante haver uma coerência e bom senso na distribuição da

iluminação e das cores, considerando contraste e tonalidades. Dependendo da

escolha das cores, essas podem influenciar psicologicamente nos

colaboradores. Neste caso é aconselhável as cores neutras, que são mais

indicadas por não provocarem cansaço.

Rocha afirma que com relação ao mobiliário, deve-se considerar a NR -

17, que padronizou condições mínimas para serem seguidas para o mobiliário,

desta forma ficou estabelecido que através de trabalho manual sentado ou que

tenha de ser feito em pé, as bancadas, mesas, escrivaninhas e os painéis

devem proporcionar ao trabalhador condições de boa postura, visualização e

operação, atendendo aos seguintes requisitos mínimos:

a) altura e características da superfície de trabalho compatíveis com o tipo de atividade, com a distância

34

requerida dos olhos ao campo de trabalho e com a altura do assento;

b) área de trabalho de fácil alcance e visualização pelo trabalhador;

c) características dimensionais que possibilitem posicionamento e movimentação adequados dos segmentos corporais. “

A NR-17 solicita que as mesas devem ter espaço adequado para

realização das atividades desenvolvidas, sendo necessário o tampo fosco para

evitar reflexos ao usuário. As bordas devem ser arredondadas para evitar

traumas nos antebraços, possuir altura compatível com a altura do empregado

de tal modo que haja espaço para o retrátil do teclado e ao, mesmo tempo, o

espaço para as coxas seja > 17,5 cm.

Ainda com relação aos assentos Rocha diz que seguindo as recomendações da N-17 estes devem seguir os seguintes requisitos:

“a) altura ajustável à estatura do trabalhador e à natureza da função exercida;

b) características de pouca ou nenhuma conformação na baseado assento;

c) borda frontal arredondada;

d) encosto com forma levemente adaptada ao corpo para proteção da região lombar. ”

Já com relação as cadeiras a NR-17, solicita que as mesmas sejam

confortáveis, almofadadas com espuma de média a alta densidade, cobertas

por tecido de fácil limpeza, possuírem regulagem de altura tanto para assento

quanto para o encosto do dorso, sugere a possibilidade de possuir apoio para

os antebraços, pois estes contribuem para o descanso dos mesmos e aliviam a

fadiga sobre o dorso e pescoço em atividades prolongadas.

As cadeiras devem ser giratórias e com rodízios de fácil deslize.

Atualmente, com a cromoterapia, as cores das cadeiras podem ser utilizadas

35

para causar sensações de bem estar e estimular o intelecto e para isto,

profissionais próprios devem fazer o estudo do local.

Kliemann ainda cita alguns quesitos que precisam serem considerados

quando se trata de um ambiente de trabalho:

a) Cabe prevenir um espaços mínimos para realização das atividades,

não sendo aconselhável a mesma ser menor que 6 m2;

b) Mesmo no caso de se haver espaço sobrando, não permitir grandes

distâncias entre as pessoas, recomendando-se a separação mínima de 120 cm

e a separação ideal de 240 cm;

c) Proporcionar o mínimo da circulação das pessoas, materiais e

informações;

d) Estabelecer que exijam um maior desempenho visual, estejam mais

próximos a luz natural;

e) Analisar a posição do sol, a fim de quem o mesmo não atrapalhe o

desempenho nos postos de trabalho;

f) Utilizar o máximo possível as paredes do local para que desta forma a

are útil seja melhor aproveitada, e ter cuidados ao posicionar as pessoas nos

locais, verificando sua adaptação;

g) Para as tarefas que exijam um grau maior intelectual, evitar colocar

próximos aos lugares com movimentação constante, estejam também

afastadas de fontes de calor ou odor;

h) As mesas é recomendável estarem de lado das janelas, para

proporcionar uma ventilação e sendo possível possuírem cortinas;

i) Indica-se ainda que o posicionamento favorável é a pessoa estar com

aos mãos voltada para a janela, o que propicia uma melhor a utilização da luz

natural;

j) No caso de salas vazias, é indicado colocar divisórias altas atrás do

funcionário, para evitar reflexos.

k) Os telefones e demais utensílios devem estar sempre ao alcance

máximo do usuário, caso tenha outros que não esteja próximo, este deve estar

numa distancia que obrigue ao funcionário a levantar para buscá-lo, para desta

36

forma ele não se contorcer ou fazer movimentos que possam prejudicá-lo

fisicamente;

l) É altamente aconselhável oferecer um local para trabalho, que se

tenha um grau de privacidade, favorecendo a concentração do colaborador;

m) Em escritórios que são totalmente abertos, é importante considerar

salas de reuniões, para se tratar de assuntos reservados.

A NR 17, é uma norma que foi criada no intuito de determinar os

parâmetros que possibilite a adaptação das condições de trabalho às

características físicas dos colaboradores, permitindo um melhor desempenho.

“os riscos ergonômicos estão previstos na Norma Regulamentadora 17 (NR 17) constante da Portaria MTbn°3214/78, como o próprio item 1 visa estabelecer parâmetros que visam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores de modo a proporcionar o máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente.O meio ambiente de trabalho, vistos pela condições de trabalho, portanto, é o centro de toda a previsão normativa...compete ao empregador, abordar, no mínimo as condições de trabalho para avaliar a adaptação do empregado às condições de trabalho” (Freneda, 2005)

Pelo fato do corretor estar exposto a longos períodos de trabalho e à

atividades externas, é importante ele ter ciência de que a empresa poder

oferecer um local agradável e com condições de trabalho favorável para

realização de suas atividades.

Limongi-frança afirma que diversos estudos comprovam que as

organizações que se preocupam com o bem estar de seus funcionários, tem

muito mais a possibilidade de sucesso, devido a satisfação profissional dos

envolvidos, que percebem no seu dia-a-dia a preocupação da empresa de

manter seus colaboradores satisfeitos.

Para o mercado imobiliário, é muito importante se ter funcionários

satisfeitos, desejando desempenhar com sucesso suas atividades, visando

desta forma o seu sucesso pessoal e o lucro da empresa.

37

Azevedo (1998) ainda diz que:

“...para compreender os procedimentos das empresas,

precisa-se estudar o comportamento dos seus indivíduos,

respeitando o ser humano como pessoa, dotada de

características próprias de personalidade, aspirações, valores,

necessidades, motivações e objetivos individuais e como

recursos, dotada de habilidades, conhecimentos e

competências, necessários para desenvolver uma determinada

tarefa organizacional”

Por se tratar de um ambiente de vendas, sendo à todo momento de

todos cobrado os resultados, é importante também a empresa incentivar seus

colaborares a fim de proporcionar momentos de relaxamento e descontração,

para que seus profissionais não se vejam apenas como objetos, sendo o que

importa são os resultados, afinal está se lidando com seres humanos.

O corretor de imóveis é um profissional autônomo, e tem a

responsabilidade de se manter financeiramente, independente do andamento

do mercado, lidando a todo momentos com todos os tipos de pessoas, por isso

é necessário que encontre no seu local de trabalho estímulos para exercer o

seu papel de intermediador com sucesso.

Diante deste quadro é importante a empresa oferecer todos os materiais

necessários para a realização das tarefas, verificando constantemente as

necessidades reais do local oferecido e de seus envolvidos, a fim de

proporcionar aos seus funcionários o melhor possível para desta maneira

alcançar as metas desejadas.

Um funcionário satisfeito com a empresa em que trabalha, transmite

seu entusiasmo a todo o momento, seja através de suas atitudes, do seu

desempenho, na conversa com o cliente, e/ ou por meio de conversas

informais.

No caso do corretor de imóveis que lida diretamente com o público alvo,

é muito importante se preocupar com a visão que o mesmo tem sobre a

empresa, pois dependendo da forma que ele demonstre a imagem da empresa

38

pode fidelizar ou não um cliente, influenciando diretamente a concretização de

possíveis negócios.

Limongi-frança diz que é preciso que o gestor da empresa fique atento

além das atividades da empresa, também aos seus funcionários pois

observando suas atitudes, poderá verificar seu contentamento na realização de

suas atividades.

Cabe ao gestor estimular e incentivar seus colaboradores demonstrando

sua importância para a empresa. Diante dessas atitudes o funcionário se

sentirá valorizado, e buscará atender e satisfazer aquele gestor, procurando

atingir as metas desejadas para o sucesso e desta forma contribuir para o

lucro da empresa.

39

CONCLUSÃO

Através da elaboração deste trabalho foi possível observar que a

Ergonomia, é fundamental na realização de qualquer atividade, pois através de

seu conhecimento pode-se identificar as causas dos prováveis insucessos e

insatisfações dos sujeitos em seu ambiente profissional ao exercer suas

tarefas, sendo assim possível estudar soluções para esses casos de

insatisfações.

Foi possível ver que muitas pessoas não têm conhecimento de

Ergonomia, não imagina quanto o ambiente de trabalho influencia em seu

desempenho, e principalmente que existem normas regulamentadas, que

impõe condições mínimas que devem ser oferecidas num ambiente adequado

para realização de suas tarefas profissionais.

Assim foi verificado que os gestores também desconsideram de maneira

ampla o papel do mobiliário e do ambiente de trabalho e suas influências no

desempenho dos funcionários, desta forma não pensando nas conseqüências

de oferecer ambientes inadequados para os seus colaboradores.

Sendo assim parece que a realização das atividades dos corretores de

imóveis são invisíveis, sendo totalmente indispensável qualquer outro material

que não seja o próprio, desta forma foi verificado que a organização é um dos

fatores principais para a satisfação e o sucesso do seu funcionários, por isso a

mesma precisa acompanhar todo o desenvolvimento e oferecer todas as

condições mínimas, possíveis que propiciam a realização e concretização de

suas atividades, que contribuirão para o sucesso da empresa.

40

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