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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
FACULDADE INTEGRADA AVM
ESTRESSE ELEVADO PROFISSIONAL AFETADO
Por: Priscila Ferreira de Paiva dos Santos
Orientador
Prof. Jorge Vieira
Rio de Janeiro
2012
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
FACULDADE INTEGRADA AVM
ESTRESSE ELEVADO PROFISSIONAL AFETADO
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Gestão de
Recursos Humanos.
Por: Priscila Ferreira de Paiva dos Santos.
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AGRADECIMENTOS
À Deus por está sempre ao meu lado
me abençoando e concedendo força
para continuar lutando por um futuro
melhor.
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DEDICATÓRIA
Ao meu Marido, que sempre acreditou em
mim, aos meus pais, que me dão todo
apoio nas minhas decisões, meu afilhado
e aos amigos que me incentivaram na
realização desse novo projeto.
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RESUMO
O objetivo desse trabalho é identificar as conseqüências causadas pelo
estresse na vida profissional, mostrar que o mesmo possui forte influência na
vida pessoal do trabalhador. Mostrar também que o estresse possui seu lado
positivo. Enquanto ao lado negativo pode se afetar ao trabalho de forma
intensa e grave.
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METODOLOGIA
Os métodos utilizados para a produção dessa monografia foram
pesquisas bibliográficas, sites da internet, e artigos de especialistas nas áreas,
e a experiência de trabalhar em um local com alto nível de estresse.
Tal metodologia é pertinente uma vez que, o que acontece dentro da
empresa é um problema que envolve a saúde do trabalhador, causando uma
insatisfação dos mesmos e afetando o seu desempenho profissional e
interferindo em na vida pessoal
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I -
Estresse 10
CAPÍTULO II -
Estresse no trabalho e na vida pessoal 21
CAPÍTULO III –
Qualidade de Vida no ambiente de trabalho 30
CONCLUSÃO 38
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 45
ANEXOS 39
ÍNDICE 47
FOLHA DE AVALIAÇÃO 48
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INTRODUÇÃO
Muitas empresas estão enfrentando um mal chamado estresse, que
está ligado diretamente com a QVT (qualidade de vida no trabalho),
interferindo na saúde física e mental do colaborador.
Dependendo da predisposição orgânica do indivíduo, o estresse pode
causar transtornos psicológicos – falta de vontade de fazer as coisas,
ansiedade – até manifestações mais sérias como úlcera, infarto, câncer e
mesmo manifestações mentais como tentativa de suicídio. À medida que a
pessoa torna-se emocionalmente frágil, suas defesas orgânicas diminuem,
deixando-a mais vulnerável aos diversos tipos de doenças (CAMELO E
ANGERAMI, 2004).
Cada vez mais as empresas estão em ritmo acelerado visando os lucros
como principal objetivo, e por essa razão os colaboradores estão cada vez
mais sendo forçados a bater metas, que cada dia fica maiores e mais difíceis
de serem alcançadas trabalhando em um clima de pressão e ameaças de
demissões.
Segundo Mattos et alli (1994, p. 43)
“As empresas buscam cada vez mais a competitividade,
conseqüência da Globalização, a Liberalização (com a
economia cada vez mais livre da intervenção do Estado) e
a Excelência (estar sempre a frente de seus concorrentes,
com inovações e níveis de qualidade de processos,
produtos e serviços acima dos demais).”
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Mattos et alli (1994, p.45) ressalta que atualmente o mercado de
trabalho sofre mudanças radicais, reduzindo o emprego regular em favor do
trabalho temporário ou terceirizado. Assim, atualmente as relações de trabalho
incluem: empregados, em tempos parciais, empregados casuais, pessoal com
contrato por tempo determinado, temporários, etc.
No ambiente de trabalho os estímulos estressores trazem com
consequência, colaboradores com baixo índice de motivação e pouco
comprometimento com o trabalho a ser executado, muitas vezes o colaborador
se sujeita a trabalhar em um ambiente de trabalho com tais características,
pois a sua dependência com a remuneração é altamente necessária para
manter seus padrões de vida.
Talvez a face mais cruel do estresse seja o caráter contagioso e
epidêmico, podendo até interferir na vida pessoal, pois no ambiente familiar o
profissional carrega para sua casa todas as influências geradas pelo estresse
cotidiano, afetando o seu relacionamento familiar.
Investir em um ambiente de trabalho traz benefícios para ambas as
partes e é certeza de sucesso dentro e fora das organizações.
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CAPÍTULO I – ESTRESSE
1.1 – O Conceito
O termo estresse vem da física, e neste campo do conhecimento tem o
sentido de grau de deformidade que uma estrutura sofre quando é submetida a
um esforço (FRANÇA e RODRIGUES, 1996, p. 17).
Foi Hans Selye, que em 1926, utilizou este termo pela primeira vez,
definindo o estresse como “um conjunto de reações que o organismo
desenvolve ao ser submetido a uma situação que exige esforço para
adaptação”, e estressor “é todo agente ou demanda que evoca reação de
estresse, seja de natureza física, mental ou emocional” (apud CARVALHO &
SERAFIM, 2002).
Segundo Selye:
o estresse é um processo vital e fundamental onde pode
ser dividido em dois tipos ou seja, quando passamos por
mudanças boas, temos o estresse positivo e quando
atravessamos alguma fase negativa, estamos vivenciando
o estresse negativo.
Podemos dar inúmeras definições para Estresse. Uma delas,
encontradas no dicionário Larousse (1998), é a seguinte: “Agressão ao
organismo em sua totalidade podendo ameaçar a sua existência por agente de
qualquer natureza(emoção, frio, doença, intervenção cirúrgica, choque
traumático, etc..) conjunto de respostas fisiológicas e metabólicas e
comportamentais a essas agressões” (p.89).
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O estresse ocorre quando exige uma situação de esforço e sua
conseqüência não afeta somente a natureza emocional, mas também à física.
As citações desses autores indicam que é impossível ter um ambiente
livre de estresse, porém conhecer sobre o assunto ajudará a saber, como o
organismo reage, e como evitar os fatores que provocam estresse.
Neste sentido Silva e Marchi (apud SILVA, 2002), afirmam que o
estresse é um estado intermediário entre saúde e doença, um estado durante
o qual o corpo luta contra o agente causador da doença.
De acordo com HANS SELVE (1959), o estresse é um elemento
inerente a toda doença, que produz certas modificações na estrutura e na
composição química do corpo, as quais podem ser observadas e mensuradas.
Segundo COUTO (1987), estresse ocupacional é um estado em que
ocorre um desgaste anormal do organismo humano e/ou diminuição da
capacidade de trabalho, devido basicamente à incapacidade prolongada de o
indivíduo tolerar, superar ou se adaptar às exigências de natureza psíquica
existentes em seu ambiente de trabalho ou de vida.
CARL SIMONTON e colaboradores (1987) abordam o conceito de
estresse relacionando-o a estados emocionais provenientes da reação pessoal
dos indivíduos frente a mudanças significativas em suas vidas.
OSÓRIO (1990) definiu o estresse como uma ruptura ou um
desequilíbrio da homeostase provocado por fatores externos, biológicos,
psicológicos e sociais.
Sobre o assunto abordado MOLINA diz:
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“Qualquer situação de tensão aguda ou crônica que produz
uma mudança no comportamento físico e no estado
emocional do indivíduo e uma reposta de adaptação
psicofisiológica que pode ser negativa ou positiva no
organismo. Tanto o agente estressor com seus efeitos
sobre o indivíduo podem ser descritos como situações
desagradáveis que provocam dor, sofrimento e desprazer”
(1996, p. 18)
Quanto ao assunto, Chiavenato diz que:
“Estresse (stress) é um conjunto de reações físicas,
químicas e mentais de uma pessoa decorrente de
estímulos ou estressores que existem no ambiente. È
uma condição dinâmica que surge quando uma pessoa é
confrontada com uma oportunidade, restrição ou
demanda relacionada com o que ela deseja (2010, p.
473)
Uma “dose baixa” de estresse é normal, fisiológico e desejável. Trata-se
de uma ocorrência indispensável para nossa saúde e capacidade produtiva. As
características desse estresse positivo são: aumento da vitalidade,
manutenção de entusiasmo, do otimismo, da disposição física, interesse, etc.
Por outro lado, o estresse patológico e exagerado pode ter consequência mais
danosas, como por exemplo, o cansaço, irritabilidade, falta de concentração,
depressão, pessimismo, queda de resistência imunológica, mau-humor,
etc...(BALLONE, 2005).
Como podemos ver o estresse não é algo novo em nosso meio, e as
definições são bem parecidas. O estresse está presente em todos os
momentos, tanto na vida pessoal quanto na vida profissional, e em alguns
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momentos ele nos proporcionar uma oportunidade de crescimento, mas
também pode ser prejudicial a nossa saúde.
Segundo Paula (2005), o estresse é dividido em dois tipos, o Eustress
é o que traz benefícios; que nos impulsiona a lutar para alimentar-nos,
trabalhar e pagar as contas e o Distress que traz prejuízo à saúde; quando por
exemplo ocorrem vários problemas ligados ao trabalho e à sobrevivência.
Para Nelson e Simmnons (2005), os estressores são estímulos neutros,
o que vai determinar a resposta ao estresse será eustresse, distresse ou,
mais provavelmente, uma combinação dos dois. O importante então é a
interpretação do estressor, e não o estressor em si. Diferenças individuais
como otimismo, interdependência e robustez, podem influenciar o caminho
entre os estressores e a resposta ao estresse, devido a suas influências sobre
a avaliação ou percepção dos estressores.
Como exposto nas citações, podemos concluir que o estresse pode
também trazer benefícios, quando em “dose baixa”. E também não exige
apenas um agente causador. O que causa estresse para uma pessoa, pode
não causar para outra, pois a personalidade, o estilo de vida também influencia
bastante na reação física e emocional da pessoa.
1.2 – Conseqüência do estresse
Segundo Paula (2005), o estresse provoca uma aceleração na atividade
elétrica cerebral, reduzindo a produção de serotonina e de opiáceos, retesando
os músculos que causam dores principalmente nas costas, fazendo com que a
pessoa fique propensa a explosões de raiva, irritação, crises de ansiedade.
Neste caso se existir tendência genética à depressão profunda, o estresse
poderá desencadeá-la.
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Paula (2005), afirma ainda que, as glândulas supra-renais são
responsáveis pela fabricação da adrenalina, que fornece força para enfrentar o
estresse, e o cortisol que dá potência aos músculos. Sob estresse a produção
de adrenalina e cortisol aumentam. O excesso de cortisol destrói os neurônios
cerebrais, diminuindo as funções de raciocínio, pensamento e memória. O
sistema de defesa do organismo fica prejudicado, e a pessoa pode contrair
infecções. O aumento de adrenalina provoca problemas no coração, além de
acelerar os batimentos, há redução do calibre das artérias devido a pressão
sanguínea, provocando angina, infarto do miocárdio ou até derrame cerebral.
Os pulmões são afetados pelo estresse através da aceleração dos movimentos
respiratórios. Nos asmáticos isto pode provocar as crises de “falta de ar”. Com
o estresse, aumenta a quantidade de ácido no estômago provocando gastrites
e até úlceras. O estresse altera a produção de hormônios, causando a
diminuição do apetite sexual. O aumento da adrenalina diminui o calibre das
artérias, com isso a nutrição da pele é prejudicada, causando perda da
elasticidade, textura e envelhecimento precoce.
“O estresse no trabalho provoca sérias consequências tanto para o
colaborador como para organização. As Consequências humanas do estresse
incluem ansiedade, depressão angustia e várias consequências físicas, como
distúrbios gástrico e cardiovascular, dores de cabeça, nervosismo e acidentes”.
( Chiavenato, p. 473).
Em suas pesquisas, Lipp e Guevara (1994) relatam as possíveis
reações físicas e emocionais frente ao estresse. Os sinais e sintomas que
ocorrem com maior freqüência de nível físico são: aumento da sudorese,
tensão muscular, taquicardia, hipertensão, aperto da mandíbula, ranger de
dentes, hiperatividade, náuseas, mãos e pés frios.
Para Carvalho e Serafim (2002, p. 35), como fatores internos podem ser
citados a relação do indivíduo com o meio em que vive, como enfrenta as
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dificuldades e mudanças no trabalho, sua limitações. Nesse sentido, a
necessidade de controles externos pode gerar, no indivíduo, alterações no seu
estado emocional. O seu modo de ver e pensar vão exercer grande influência
no seu desenvolvimento pessoal e profissional. Isto pode levar o indivíduo a
um desgaste emocional.
A sintonia entre a vida pessoal e profissional é necessária para
qualidade de vida e afaste o estresse.
No cenário atual o mercado de trabalho esta altamente competitivo,
cada vez exigindo mais profissional e levando-o para esse cenário de estresse.
De um lado a pressão profissional, busca contínua de informações e
formações, para se tornar um colaborador mais qualificado e com diferencial
no mercado, buscando reconhecimentos e promoções, cumprindo metas,
executando suas tarefas com qualidade e agilidade. De outro lado a pressão
de uma vida fora do ambiente de trabalho, atenção a família, amigos, religião,
atividades domésticas e até mesmo o lazer.
Também com relação ao assunto CARMELO E ANGERAMI (2004)Em
termos psicológicos, vários sintomas podem ocorrer como: ansiedade, tensão,
angústia, insônia, alienação, dificuldades interpessoais, dúvidas quanto a si
próprio, preocupação excessiva, inabilidade de concentrar-se em outros
assuntos que não o relacionado ao estressor, dificuldade de relaxar, ira e
hipersensibilidade emotiva.
Além das doenças citadas anteriormente por diversos autores, é
importante salientar que o estresse também pode levar o trabalhador para os
problemas emocionais incluem alcoolismo, tabagismo, o uso de drogas,
ansiedade, depressão e doenças psicóticase até mesmo aumentar os riscos
de acidente no trabalho. Os problemas emocionais também podem estar
relacionados a fatores econômicos e sociais, como conflito com superiores e
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subordinados, pouca satisfação no trabalho, falta de perspectiva de promoção
e rotatividade dos empregados.
Segundo Arroba e James (1988), é possível identificar sinais de
estresse em outras pessoas atentando para: comportamento incomum ou fora
de hora através de gestos, expressão facial e grau de contato dos olhos; e
para a fala, percebendo os tópicos levantados e as escolhas de palavras
através do tom de voz, modulação e grau de fluência.
Para ROBBINS (1998), as causas e os efeitos do estresse dependem
do momento em que se está vivendo; por isso, em certas ocasiões,
determinados fatores são relevantes, mas não assim em outras.
Paula (2005), afirma ainda que a atividade física é importante para o
relaxamento, a falta dela causará a sensação de que, mesmo “vencendo”
uma discussão a pessoa vai continuar tensa e irritada. O próximo estresse
vivido por esta pessoa vai gerar uma resposta mais agressiva do que seria
necessário. É fácil constatar agressões por motivos fúteis.
1.3 – Sintomas do estresse
Os Sintomas do stress caracteriza-se por variadas manifestações físicas
e emocionais:
-Problemas Digestivos: má digestão, gastrite, úlcera, colite, dificuldade
de engolir, azia, gases, náusea, inflamação no duodeno, distúrbios no
funcionamento da vesícula biliar, diarréia psicogênica.
-Problemas do Aparelho Cardiovascular: dor de cabeça, palpitação,
sensação de opressão no peito, extremidades frias e úmidas, arteriosclerose,
hipertensão arterial, ataque cardíaco e infarto do miocárdio.
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- Problemas Respiratórios: respiração profunda com falta de ar.
- Problemas do Aparelho Urinário: urinar seguidamente.
- Dores musculares, DORT (Distúrbio Osteo-Musculares Relacionados
ao Trabalho), dores lombares, tensão muscular, disfunção da articulação
dentária com ATM 12 (articulação têmporo-mandibular) e bruxismo, que aliado
a outros fatores, como a má-oclusão, pode provocar o desgaste dos dentes,
abalos e até fraturas, além de forte dor de cabeça, enxaqueca, tontura, dor de
ouvido ou dores na região da nuca ou pescoço.
-Problemas Alérgicos e Endócrinos: erupções cutâneas, queda de
cabelo e diabetes.
-Baixa atividade imunológica, ficando mais susceptível a doenças
infecciosas, resfriados prolongados e câncer.
- Redução da libido e do impulso sexual.
- Sintomas emocionais: irritabilidade geral e agressividade, ansiedade,
dificuldade de concentração, perda do interesse na aparência pessoal, auto-
conceito rebaixado, isolamento social, insônia, depressão e síndrome do
pânico (ROSSI et al, 2005; LIPP, 2002a, 2002b, 2001, 1996; ROGERS e
GRAHAM, 2001; TELES, 1999; BACCARO, 1998)
O estresse em doenças clínicas, muitas vezes, não é claro. Muitos
sintomas, da dor de cabeça às palpitações, podem ser relacionados ao
estresse, a uma doença física ou, freqüentemente a uma combinação de
ambos. Da mesma forma, algumas vezes, um sintoma que surge num
momento de grande estresse, como uma dor abdominal, pode
eventualmente progredir para uma úlcera ou uma colite.
Estudos científicos indicam que as pessoas adoecem com mais
frequência quando estão estressadas. No caso de uma separação ou perda
de emprego por exemplo, baixam as defesas de imunidade do indivíduo e
ele pode, mais facilmente, contrair doenças. Sabe-se que sete segundos
após perceber a causa o indivíduo automaticamente se prepara para reagir
fisicamente à situação: a pressão sobe, o coração pulsa mais rápido, a
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respiração se torna mais pesada e rápida, os músculos se contraem e as
mãos e pés se tornam frios e suados. Estas são, no entanto, naturais
reações físicas que ocorrem espontaneamente. Porém, se forem mantidas
por períodos prolongados ou freqüentes, o estresse tenderá a se tornar
crônico e o indivíduo pagará um preço bastante alto por essa adaptação
biológica natural: pressão alta, derrame, infarto, enxaqueca, insônia e
depressão são alguns dos problemas mais comuns que atualmente
decorrem de seu nível de estresse.
Geralmente, os sintomas são um sinal de alerta para que a pessoa
concentre sua energia para restabelecer o equilíbrio entre a mente e o
corpo. Por esta razão, estar atento aos possíveis sintomas de estresse é
uma atitude saudável e preventiva para todos aqueles que no atual contexto
do mundo moderno estão sujeitos a situações estressantes.
Entre os principais sintomas do estresse, destacam-se: sinais de
cansaço, tristeza, dor de cabeça, grande agitação, constantes crises de
tensão e angústia; diminuição da produtividade, isolamento, mau humor,
medo, colite, sudorese intensa, irritação, incapacidade de domínio sobre as
emoções.
Segue abaixo pesquisa realizada pela revista veja.
O CORPO EM ALERTA
O estresse não é uma doença, é o estado do organismo quando
submetido à tensão. Numa situação estressante, o corpo sofre reações
químicas. Em excesso, isso pode prejudicar o organismo. Veja como o
estresse atua sobre o corpo.
CÉREBRO
O cérebro produz uma família de substâncias
conhecidas como opiáceos, responsável pela
sensação de bem-estar, e seretonina, que faz o
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corpo relaxar. Submetido ao estresse, o cérebro
diminui a produção das duas. Com isso, a pessoa
torna-se irritável e, às vezes, insone.
MAXILARES A pessoa estressada costuma ranger os dentes, o
que pode desgastá-los e deslocar a mandíbula a
ponto de pressionar os nervos da face. Isso produz
zunidos nos ouvidos e até tontura.
GLÂNDULAS
SUPRA-RENAIS
Fabricam adrenalina, que mantém o corpo alerta, e
cortisol, que energiza os músculos.
Em excesso o cortisol reduz a resistência às
infecções. Pode causar morte de neurônios,
envelhecimento cerebral e perda de memória.
PULMÕES A tensão acelera a respiração. Para quem sofre de
asma, pode desencadear crises.
MÃOS Um dos maiores indicadores de tensão é suar frio
nas mãos e nos pés.
ÓRGÃOS
SEXUAIS
Nas mulheres, o estresse diminui os níveis de
progesterona, podendo causar queda da libido e
distúrbios que causam cólicas horríveis no período
menstrual. Nos homens, os efeitos do estresse
podem prejudicar o desempenho sexual.
ARTICULAÇÕES Situações de estresse podem desencadear crises em
pessoas que sofrem de artrite e reumatismo. O
mecanismo que as causa, porém, ainda não está
totalmente esclarecido.
PELE
Sob estresse, os vasos sangüíneos periféricos - mais
próximos da pele - contraem-se e são menos
irrigados. Se o estresse é constante, o
envelhecimento é mais rápido.
ESTÔMAGO
O cérebro ordena ao estômago que produza os
ácidos do suco gástrico. O excesso de acidez, unido
à queda de resistência a infecções, pode provocar
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úlceras e gastrite.
CORAÇÃO A noradrenalina, produzida nas supra-renais, acelera
os batimentos cardíacos, provoca uma alta de
pressão arterial e, quando produzida durante longos
períodos, sobrecarrega o músculo cardíaco.
Fonte: Revista Veja. À beira de um ataque de nervos. nº 8, 26/02/97, p.95.
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CAPÍTULO II – ESTRESSE NO TRABALHO E NA VIDA
PESSOAL
O equilíbrio da vida profissional com a vida pessoal, não é algo muito
fácil de se adquirir.
Dividido cada vez mais entre vida pessoal e vida profissional, os
profissionais passam por momentos difíceis, de um lado a família cobra
atenção e lazer, e do outro lado, o mundo organizacional, trabalhando com
prazos curtos, com metas altas, com competitividade, cobranças e mais
cobranças. E o resultado disso tudo é o nível alto de estresse.
Eliminar totalmente o estresse do cotidiano de um indivíduo seria o
mesmo que emitir seu atestado de óbito. Fisiologicamente falando, a ausência
total de estresse equivale à morte. O que se deve procurar é reduzir os efeitos
danosos do estresse que a sociedade proporciona. Deve-se buscar uma
postura onde o estresse seja um acontecimento positivo e não um empecilho
ao desempenho pessoal, à saúde e à felicidade (CARVALHO E SERAFIM,
2002, p. 21).
A sintonia de ambos é necessário para qualidade de vida. No cenário
atual o mercado de trabalho esta altamente competição, e fundamental para a
carreira do trabalhador que seja um profissional comprometido, que trabalhe o
tempo que for necessário, para resolver os problemas da organização, mas
tudo de forma muito saudável, para que não afete sua vida sua família por
exemplo.
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2.1 - Estresse no Trabalho
O medo da demissão e as pressões de chefes e superiores podem
gerar no trabalhador um quadro de esgotamento físico e mental, que
chamamos de estresse no trabalho. Uma forma mais direta de expressar o
estresse no trabalho é conforme Chiavenato diz:
O autoritarismo do chefe, desconfiança
pressão das exigências e cobranças, cumprimento do
horário do trabalho, chateza e monotonia de certas
tarefas, o baixo astral dos colegas, a falta de perspectiva
de progresso profissional e a insatisfação pessoal não só
derrubam o bom humor das pessoas, como também
provocam estresse no trabalho.” (2010, p.473).
Segundo Hindle (1999), mesmo um baixo nível de estresse pode fazer
com que a pessoa perca sua capacidade de tomar decisões sensatas, se sua
autoconfiança estiver baixa piora ainda mais a situação. O processo tem
tendência a afetar a carreira, saúde e relações familiares, e pode também
esconder uma doença, já que um mal-estar pode ser atribuído ao estresse.
Além disso, decisões erradas podem acabar provocando sérios problemas no
trabalho ou em casa.
Existem duas fontes principais do estresse no trabalho: ambiental e
pessoal. Primeiro uma variedade de fatores externos e ambientais pode
conduzir ao estresse no trabalho. Incluem a programação do trabalho,
tranqüilidade, segurança, fluxo e o número e natureza dos clientes internos e
externos a serem atendidos. Cada pessoa reage sob diferentes maneiras na
mesma situação aos fatores ambientais que provocam estresse. Pessoas que
são viciadas no trabalho (workaholics) e que são impulsionadas para alcançar
metas – geralmente estão mais sujeitas ao estresse do que as outras. Sua
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tolerância para a ambigüidade, paciência, auto-estima, saúde e exercícios
físicos e hábitos de trabalho e de sono afetam a maneira como elas reagem ao
estresse. O estresse não é necessariamente disfuncional. Algumas pessoas
trabalham bem sob pequena pressão e são mais produtivas em uma
abordagem de cobrança de metas. Outras buscam incessantemente mais
produtividade ou um melhor trabalho. Um nível modesto de estresse conduz a
maior criatividade quando uma situação competitiva conduz a novas idéias e
soluções (CHIAVENATO, 2008).
Para DUMANI (2000), Os resultados de muitos fatores são relacionados às
influencias externas e não a capacidade individual, e que situação prazerosa
tais como férias, promoções, aquisição de um emprego bastante desejado,
também ocasionam pressão. Concluindo o pensamento de DUMANI, para
algumas pessoas o estresse é causado somente por fatores ruins, mas a
pressão causada por novas oportunidades também nos rematem a situações
estressantes.
Segundo Robbins(2009) o estresse não é necessariamente ruim, pois
pode retirar os colaboradores da zona de conforto, fazendo com que o mesmo
não se acomode em seu desempenho organizacional.
O lado negativo do estresse é o de alto nível, pois leva ao colaborador a
viver em seu limite, afetando o seu desempenho profissional e pessoal
(familiar).
WILKINSON (2001), avalia que o estresse varia de pessoa para pessoa,
pois o que é estimulante para alguns pode ser frustrador para outros, o
estresse depende mais da disposição do que da posição, é o preço que paga
pela diferença entre o talento e as expectativas de si próprio.
Bernick(1997) afirma que qualquer mudança de vida, boa ou ruim, pode
ser considerada como um fatos que leva ao estresse.
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Mudança ainda nos dias de hoje, continuam assustando alguns
trabalhadores, e o medo do novo, do incerto, pode também levar o profissional
ao estresse. Mas para alguns perfis de pessoas, a mudança pode tirá-lo da
zona de conforto e fazer com ele produza mais, se dedique mais tornando-se
um melhor colaborador.
O estresse relacionado ao trabalho é definido como situações em que a
pessoa percebe o ambiente de trabalho como ameaçador a suas necessidade
de realização profissional e/ou a sua saúde física ou mental, prejudicando a
interação desta com o trabalho e o ambiente, (LIMONGI FRANÇA E
RODRIGUES, 2005, p. 36).
De acordo com Chiavenato (2010) “certos fatores relacionados com o
trabalho, como sobrecarga de atividade, pressão do tempo e urgência,
relações problemáticas com chefes ou clientes que provocam reações como
nervosismo, inquietude, tensão e etc.”. (p.473)
O estresse no ambiente de trabalho surge devido conflitos interpessoais,
problemas de comunicação, insatisfação com o trabalho,medo, pressão do
chefe, etc
2.2 – Síndrome de Burnout
Burnout constitui “um estado de fadiga ou frustração causado pela
devoção a uma causa, um estilo de vida, ou por um relacionamento que deixou
de produzir a recompensa esperada” Neubauer et al. apud Reinhold (2004). O
burnout é um sentimento de grande tristeza em exaustão em relação ao
trabalho, quando um grande dedicação é dada e as expectativas não são
alcançadas, em grande níveis, a síndrome pode ser estendida para outras
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áreas da vida, por um processo chamado spillover ou derramamento. Weiss
apud Reinhold (2004).
Maslach, Schaufeli e Leiter (2001) assim definem as três dimensões
da síndrome: Exaustão emocional, caracterizada por uma falta ou carência
de energia, entusiasmo e um sentimento de esgotamento de recursos;
despersonalização, que se caracteriza por tratar os clientes, colegas e a
organização como objetos; e diminuição da realização pessoal no trabalho,
tendência do trabalhador a se auto-avaliar de forma negativa. As pessoas
sentem-se infelizes consigo próprias e insatisfeitas com seu
desenvolvimento profissional.
Trata-se de uma síndrome na qual o trabalhador perde o sentido da sua
relação com o trabalho, de forma que as coisas não lhe importam mais e
qualquer esforço lhe parece inútil. A síndrome de burnout tem sido
negativamente relacionada com saúde, performance e satisfação no trabalho,
qualidade de vida e bem-estar psicológico (Rabin, Feldman, & Kaplan, 1999).
De acordo com Maslach e Jackson apud Reinhold (2004) o burnout é
desenvolvido através das seguintes fases. (1) Idealismo: a energia e
entusiasmo são ilimitados, o trabalho é interessante e preenche as
necessidades do individuo; (2) Realismo: as expectativas iniciais não foram
supridas, o trabalho não satisfaz as necessidades, as recompensas e o
reconhecimento são escassos. (3) Estagnação e frustração, ou quase-burnout:
o entusiasmo e energia iniciais se transformam em fadiga crônica e
irritabilidade, nesse momento pode ocorrer comportamento de fuga, a pessoa
começa a culpar os outros pelas suas dificuldades. (4) Apatia e burnout total: a
pessoa tem a sensação de desespero, fracasso e perda da auto-estima e auto-
confiança, torna-se depressiva e sente-se só e vazia. (5) O fenômeno fênix: a
pessoa pode ressuscitar como uma fênix das cinzas de burnout, porém a
pessoa deve ser realista em suas expectativas com relação ao trabalho.
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2.2.1 – Sintomas de Síndrome de Burnout
Não é muito difícil encontrar profissionais com a síndrome de burnout.
Normalmente são trabalhadores desmotivados, que passam a maior parte do
tempo reclamando do seu trabalho, parecem não estar felizes com a vida tanto
pessoal, quanto com a profissional, nada motiva, e cada dia seu rendimento
fica mais baixo.
Os Sintomas de Síndrome de Burnout citados por ( BALLONE, 2005):
1. Esgotamento emocional, com diminuição e perda de
recursos emocionais;
2. Despersonalização ou desumanização, que consiste no
desenvolvimento de atitudes negativas, de insensibilidade
ou de cinismo para com outras pessoas no trabalho ou no
serviço prestado.
3. Sintomas físicos de estresse, tais como cansaço e mal
estar geral.
4. Manifestações emocionais do tipo: falta de realização
pessoal, tendências a avaliar o próprio trabalho de forma
negativa, vivenciadas de insuficiência profissional,
sentimentos de vazio, esgotamento, fracasso, impotência,
baixa autoestima.
5. Irritabilidade, inquietude, dificuldade de concentração,
baixa tolerância à frustração, comportamento paranóides
e/ou agressivos para com os clientes, companheiros e
para com a própria família.
27
6. Manifestações físicas: fadiga crônica, freqüentes dores
de cabeça, problemas com o sono, úlceras digestivas
hipertensão arterial, taquiarritimias, e outras desordens
gastrintestinais, perda de peso, dores musculares e de
coluna, alergias e etc...
7. Manifestações comportamentais: probabilidade de
conduta aditivas e evitativas, consumo aumentado de
café, álcool, fármacos e drogas ilícitas, absenteísmo,
baixo rendimento pessoal, distanciamento afetivo dos
clientes e companheiros como forma de proteção do ego,
aborrecimento constante, atitude cínica, impaciência e
irritabilidade, sentimento de onipotência, desorientação,
incapacidade de concentração, sentimentos depressivos,
freqüentes conflitos interpessoais no ambiente de
trabalho e dentro da própria família.
2.3 - Estresses no trabalho influenciando na vida pessoal
Os colaboradores em busca de ser bem sucedido nas organizações,
estão cada vez mais com dificuldades de conciliar a vida profissional com a
vida pessoal, nessa briga a vida pessoal acaba ficando em segundo plano.
Em um dia cheio de problemas, dificilmente consegue chegar a seus
lares e agir como se nada estivesse acontecido, muitas vezes chegam
nervosos, com dores de cabeça, dores intestinas, não dando a devida atenção
a sua família.
28
Alguns arriscam a dizer que no momento que sai da empresa, se desliga
de tudo com relação a vida profissional, e a passa a viver apenas sua vida
pessoal e vice e versa. Outras já declaram que dormem e acordam com
problemas sejam eles profissionais ou pessoais.
Hindle (1999), afirma que o estresse também contribui para a ocorrência
de divórcio no Ocidente devido ao aumento das tensões nos locais de
trabalho, e piora ainda mais, caso o casal trabalhe fora. Se o trabalho exige
muito da pessoa, fica difícil encontrar energia para a família e amigos. O medo
de perder o emprego também gera estresse. O estresse também pode causar
conflito entre a carreira e o lar, caso o casal tenha filho. O recomendável,
então, é equilibrar a vida profissional e doméstica.
Segundo Kessler apud Westman (2005), há indícios de que as
mulheres sofrem mais os impactos dos agentes estressores que afetam seus
parceiros, devido ao seu envolvimento nos assuntos familiares.
Segundo Westman (2005), pode-se dizer que o que acontece a um
membro do grupo de trabalho afeta o outro. O estresse de uma pessoa
produzido no ambiente de trabalho pode ser transmitido aos outros membros
da equipe de trabalho, começando uma cadeia de transferência de estresse e
tensão, independente se a fonte está na família ou no local de trabalho.
Segundo EDWARD E ROTHBARD (2000), os mecanismos de interação
entre essas duas dimensões podem ser divididos em seis categorias:
contaminação (trabalho e família são similares, havendo um impacto de uma
dimensão sobre a outra), compensação (a insatisfação num domínio leva a
pessoa a aumentar seu envolvimento ou procurar recompensas no outro),
segmentação (separação do trabalho e da família, de modo que um domínio
não influencia o outro), escoamento de recursos (recursos como tempo,
atenção e energia são limitados e aqueles despendidos num domínio ficam
indisponíveis para o outro) e conflito (demanda do trabalho e da família são
29
mutuamente incompatíveis de modo que cumprir as demandas em um domínio
dificulta o cumprimento em outro). Podemos concluir que a conciliação entre
ambas as dimensões é imprescindível, para que haja sucesso e qualidade de
vida
30
CAPÍTULO III - QUALIDADE DE VIDA NO AMBIENTE DE
TRABALHO
O termo Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) foi descrito por Lous
Davis, na década de 1970, quando desenvolvido um projeto sobre desenho de
cargos. Para ele, o conceito de QVT refere-se a “preocupação com o bem-
estar geral e a saúde dos trabalhadores no desempenho das tarefas”.(DAVIS,
apud CHIAVENATO, 1999, p. 391).
Para França (1997 apud VASCONCELLOS, 2001, p.80),
“Qualidade de vida no trabalho (QVT) é o conjunto
das ações de uma empresa que envolvem a implantação
de melhorias e inovações gerenciais e tecnológicas no
ambiente de trabalho. A construção da qualidade de vida
no trabalho ocorre a partir do momento em que se olha a
empresa e as pessoas como um todo, o que chamamos
de enfoque biopsicossocial. O posicionamento representa
o fator diferencial para a realização de diagnóstico,
campanhas, criação de serviços e implantação de
projetos voltados para a preservação e desenvolvimento
das pessoas, durante o trabalho na empresa.”
A Qualidade de Vida no Trabalho é algo essencial para as empresas,
pois quando possui esta preocupação, toda a equipe se mostra satisfeita com
suas necessidades de crescimento pessoal e profissional e, ao mesmo tempo,
aumentam seu desempenho.
Segundo Michel (2001, p.89), para que possa haver mudanças
referentes a qualidade de vida no trabalho, têm que estar garantidas as
seguintes condições:
31
1. Reconhecimento da necessidade de mudança –
sem haver uma vontade
2. Expressa de mudar, tendo em conta a obtenção
de uma melhoria das condições de trabalho, tal não é
possível;
3. Cooperação nas relações profissionais inter-
hierárquicas – a informação, bem essencial de qualquer
organização, deve circular nos vários níveis quer
horizontal, quer verticalmente;
4. Implicação dos trabalhadores no processo de
melhoria contínua – a empresa passa a ser vista como
um bem comum – e não uma entidade abstrata – suscita
uma maior identificação e participação ativa no seu seio.
5. Permanente controle dos resultados – não basta
elaborar um diagnóstico e fazer uma proposta de
melhorias, há que testá-las continuamente, e adaptá-las
sempre que for necessário, tendo em conta as alterações
de equipamentos, de instalações, da organização do
trabalho, do ambiente de trabalho.
Hoje, vemos a preocupação com a qualidade de vida como um fator
em ascensão no âmbito organizacional. Equipes multidisciplinares de
profissionais, tentam criar ambientes laborais que aumentem a produtividade
dos trabalhadores. Sabem que empregados insatisfeitos raramente trabalham
arduamente, contribuam com tanto entusiasmo ou acrescentam valor a seus
empregos quanto aqueles que se sentem respeitados, valorizados e
apreciados pelo que fazem (ALBRECHT, 2003).
32
Para Rubbins (1998), O trabalho é uma fonte importante de autoestima
e as pessoas mais satisfeitas com seu trabalho tem melhor saúde mental
(Robbins, 1998), para que ocorram esses fatores é importante que possua
Qualidade de Vida no ambiente de trabalho.
Sem a menor sombra de dúvidas, dentro dos fatores que fazem parte
da vida do indivíduo, o trabalho constitui um importante, se não o principal,
determinante da forma de organização das sociedades, sendo o meio através
do qual o homem constrói o seu ambiente e a si mesmo (CAMELO E
ANGERAMI, 2004).
Proporcional Qualidade de vida é algo que se busca cada vez mais as
empresas procurando, pois os resultados alcançados beneficial a todos.
Sobre a qualidade de vida no trabalho Chiavenatto diz : “ ”
“Se a qualidade do trabalho for pobre, conduzirá à
alienação do empregado e à insatisfação, à má vontade,
ao declínio da produtividade, a comportamentos
contraproducentes (como absenteísmos, rotatividade,
roubo, sabotagem, militância sindical etc.) se a qualidade
do trabalho for boa, conduzirá a um clima de confiança e
respeito mútuo, no qual o indivíduo tenderá a aumentar
suas contribuições e elevar suas oportunidades de êxito
psicológico e a administração tenderá a reduzir
mecanismos rígidos de controle social”. (1999, p.392)
Como resultado, verificou-se que a forma de trabalho então instituída
resultou em uma perda de poder do trabalhador sobre seu trabalho e do
significado do mesmo, de modo que o trabalho passou a constituir uma fonte
33
de sofrimento para o indivíduo e de deterioração de sua qualidade de vida. A
deterioração da qualidade de vida se manifesta através de diversas formas,
destacando-se o surgimento de novas patologias, dentre as quais se sobressai
o estresse. Tem-se tornado familiar o relato da presença de estresse por
profissionais. Este pode ser desencadeado por qualquer evento que assuste,
gere medo ou preocupação (COSTA, LIMA E ALMEIDA, 2003).
“QVT é uma estratégia gerencial visando à integração do ser humana
à organização, para elevar o máximo possível o bem-estar do trabalhador com
a organização e seu trabalho, pela satisfação de suas necessidades de
crescimento pessoal e profissional e, ao mesmo tempo, diminuir seu esforço e
aumentar seu desempenho” (Fernandes, apud Dutra 2008).
3.1 – Categorias Conceituais de Walton
Walton (1973) estabeleceu critérios para a Qualidade de Vida no Trabalho.
Estes se dividem em oito categorias conceituais, assim descritas:
1. Compensação justa e adequada: Justa, se o que
é pago ao empregado é apropriado para o trabalho
executado se comparado a outro trabalho. Adequada, se
a renda é suficiente quando comparada com os padrões
sociais determinados ou subjetivos do empregado.
Segundo Walton (1973), não há nenhum consenso em
padrões objetivos ou subjetivos para julgar a
compensação adequada, afirmando serem questões
parcialmente ideológicas. A avaliação do trabalho
especifica relacionamentos entre o pagamento e os
fatores tais como a responsabilidade requerida,
treinamento do trabalho e a nocividade de condições de
funcionamento. Por outro lado, a compensação justa
pode estar associada à capacidade de pagar (empresas
34
mais lucrativas deveriam pagar mais) e também quando
mudanças nas formas de trabalhar ocasionam aumento
de produtividade (é justo que os ganhos obtidos sejam
divididos com os funcionários envolvidos).
2. Segurança e saúde nas condições de trabalho:
envolvem variáveis como horas razoáveis de trabalho,
pagamento de horas extras requeridas, condições físicas
do trabalho que minimizem risco de doenças relacionadas
ao trabalho e acidentes de trabalho, imposição de limite
de idade quando o trabalho é potencialmente destrutivo
para o bem-estar das pessoas abaixo ou acima de uma
certa idade.
3. Oportunidade Imediata para uso e
desenvolvimento da capacidade humana: Cinco variáveis
são necessárias para que haja este desenvolvimento,
afetando a participação, a auto-estima e mudanças no
trabalho: (a) autonomia (quando o trabalho permite a
autonomia e auto-controle das atividades); (b)
habilidades múltiplas (quando o trabalho permite o
empregado usar suas habilidades); (c)
4. Informação e perspectiva (está relacionada a
obtenção de informações significativas sobre o processo
total do trabalho e os resultados de sua própria ação, tal
que permita o funcionário apreciar a relevância e as
conseqüências destas ações); (d) tarefas completas: se o
trabalho envolve uma tarefa completa ou é apenas uma
parte significativa desta); e, (e) planejamento: se o
trabalho envolve o planejamento e implementação do
próprio trabalho.
35
5. Oportunidade futura para crescimento e
segurança continuados: Os aspectos observados
referem-se a oportunidade de carreira no emprego, como:
(a) desenvolvimento (intensidade com que as atividades
atuais - atribuições de trabalho e atividades
educacionais); (b) aplicação futura (a expectativa de
utilizar conhecimentos avançados ou novos
conhecimentos e habilidades em futuros trabalhos);
oportunidades de progresso (disponibilidade de
oportunidades de avançar em termos organizacionais ou
de carreira reconhecidos por pares, por membros da
família, ou por associados); e, segurança (emprego ou
renda segura associada ao trabalho).Integração social na
organização do trabalho: Segundo Walton (1973, p.15),
“desde que o trabalho e a carreira são perseguidos
tipicamente dentro da estrutura de organizações sociais,
a natureza de relacionamentos pessoais transforma-se
numa outra dimensão importante da qualidade da vida no
trabalho”. Os seguintes atributos são considerados no
ambiente de trabalho: (a) ausência de
preconceitos(aceitação do trabalhador por suas
habilidades, capacidade e potencial independente de
raça, sexo, credo, nacionalidade, estilo de vida ou
aparência física); (b) igualitarismo (ausência de divisão de
classes dentro da organização em termos de status
traduzido por símbolos e/ou por estrutura hierárquica
íngreme); (c) mobilidade (mobilidade ascendente como,
por exemplo, empregados com potencial que poderiam se
qualificar para níveis mais elevados); (d) grupos
preliminares de apoio (grupos caracterizados pela ajuda
recíproca, sustentação sócio-emocional e afirmação da
unicidade de cada indivíduo); (e) senso comunitário
36
(extensão do senso comunitário além dos grupos de
trabalho); e, (f) abertura interpessoal (forma com que os
membros da organização relatam entre si suas idéias e
sentimentos)
6. Constitucionalismo na organização do trabalho:
está relacionado aos direitos e deveres que um membro
da organização tem quando é afetado por alguma decisão
tomada em relação a seus interesses ou sobre seu
status na organização, e a maneira como ele pode se
proteger. Os seguintes aspectos são elementos chaves
para fornecer qualidade de vida no trabalho: (a)
privacidade (direito de privacidade pessoal, por exemplo,
não revelando informações do comportamento do
empregado fora do trabalho ou de membros da sua
família); (b) liberdade de expressão (direito de discordar
abertamente da visão de seus superiores, sem medode
represálias); (c) eqüidade (direito a tratamento igual em
todos os aspectos, incluindo sistema de compensação,
premiações e segurança no emprego); e, (d) processo
justo (uso da lei em caso de problemas no emprego,
privacidade, procedimentos de processos e apelações).
7. O trabalho e o espaço total de vida: a experiência
individual no trabalho pode trazer efeitos positivos ou
negativos na vida pessoal e nas relações familiares.
Prolongados períodos de trabalho podem causar
sérios danos na vida familiar. O trabalho encontra-se em
seu papel de maneira equilibrada quando as atividades e
cursos requeridos não excedem ao tempo de lazer e
o tempo com a família.
37
8. A relevância social do trabalho na vida: a auto-
estima do trabalhador pode ser afetada quando a
organização em que trabalha não é socialmente
responsável, causando uma depreciação do próprio
trabalho ou de sua carreira.Por este modelo, os critérios
apresentados são intervenientes na qualidade de vida no
trabalho de modo geral. Sendo tais aspectos
determinantes dos níveis de satisfação experimentados
pelos clientes internos, repercutindo nos níveis de
desempenho.
38
CONCLUSÃO
É notória a importância da qualidade de vida no trabalho (QVT) , no
cenário atual em que vivemos .
O estresse está muito presente na vida do trabalhador, com seu
impacto positivo, ajuda o colaborador a ser um profissional melhor, pois faz
com que ele saia da zona de conforto, mas também existe impacto negativo ,
onde leva o funcionário à doença física e emocional sendo necessário ajuda
de um profissional com especialidade em comportamento humano em
ambiente de muito estresse.
Para que o impacto ruim, que chamamos de estresse negativo, seja
tratado de uma melhor forma e proporcione um ambiente de trabalho com
níveis mais agradáveis de qualidade de vida, tornando para o funcionário um
ambiente em que ele sinta prazer em exercer sua atividade diária. As
empresas estão investindo em questões que motivem seus colaboradores,
causando assim um maior impacto nos males causados pelo estresse,
motivando sempre seus funcionários com palestras e especialista em
gerenciamento de pessoas que estão relacionadas as áreas mais estressantes
suas empresas.
39
ANEXOS
Índice de anexos
Anexo 1 >> Entrevistas; Anexo 2 >> Internet;
40
ANEXO 1
ENTREVISTA
RH.com.br – O estresse pode ser administrado – 11/02/2008 file:///C:/Users/Nos2/Desktop/ASSEDIO%20MORAL%20-%20C%C3%B3pia/o-estresse-pode-ser-administrado.html Plena sexta-feira à tarde, final de expediente e o funcionário recebe de “presente” do gestor a responsabilidade de preparar um relatório sobre as solicitações dos principais clientes, referentes ao mês anterior. “Só me faltava essa”, imagina o colaborador que perde o humor e logo tira da gaveta um analgésico para aliviar a dor de cabeça que começou a dar aquelas desagradáveis pontadas. No entanto, o funcionário nem prestou atenção a um importante detalhe: o trabalho deveria ser entregue no prazo de oito dias úteis. Ou seja, a princípio não havia uma razão tão forte para que aquele trabalho o deixasse tão estressado. De acordo com Denise Bragotto, consultora especialista em gerenciamento do estresse em ambientes corporativos, o considerado “mal do século XXI” pode ser causado por fatores externos - que acontecem independentemente da vontade do indivíduo – bem como por situações de ordem interna. Essas últimas surgem em função da personalidade da própria pessoa e do modo como ela interpreta e reage às situações. “Isso quer dizer que a forma como pensamos influi nas nossas emoções, às vezes, não é o acontecimento em si que nos deixa nervosos ou aborrecidos, mas a forma como o interpretamos”, afirma, ao acrescentar que nem sempre o estresse deve ser considerado negativo, uma vez que pode convidar o profissional a sair da chamada zona de conforto. Em entrevista concedida ao RH.com.br, Denise destaca os principais agentes estressores presentes ao meio organizacional e como a área de Recursos Humanos pode administrar determinadas situações provocadas pelo estresse. Confira a entrevista na íntegra e boa leitura!
RH.com.br - O estresse é inerente à atualidade? Denise Bragotto - O estresse é um termo que se origina do latim stringere e significa apertar, cerrar e comprimir. Foi definido por Seyle nos anos 50 como a resposta fisiológica, psicológica e comportamental do indivíduo que procura adaptar-se às pressões internas e externas da vida. Segundo esse autor, apenas a morte nos separa do estresse, portanto, o estresse é inerente à vida e acompanha todas as situações que coloca nosso organismo em estado de alerta, seja boa ou ruim, porque o estresse nem sempre é algo negativo ou prejudicial. Em geral, nos referimos ao estresse de forma negativa o que nos predispõe à idéia de combate e de fuga. Porém, freqüentemente, estamos diante de fontes estressoras que podem ser úteis ao nosso crescimento. Situações novas ou desconhecidas, mudanças de toda ordem, promoção profissional, a apresentação de um novo projeto na empresa e até mesmo o “friozinho na barriga” que sentimos quando vamos encontrar alguém por quem nos apaixonamos. Se evitarmos todas as fontes de estresse e todas as situações desafiadoras, também corremos o risco de permanecer na zona de conforto e passar a vida com um currículo existencial em branco estagnando a nossa evolução.
41
RH - O que mais estressa o ser humano, de uma forma geral? Denise Bragotto - As causas do estresse podem ser de ordem externa, ou seja, situações que ocorrem independentemente de nossa vontade. Também podem ser de ordem interna – são aquelas que a própria pessoa cria em função de sua personalidade e do modo de interpretar e reagir às situações. Isso quer dizer que a forma como pensamos influi nas nossas emoções, às vezes, não é o acontecimento em si que nos deixa nervosos ou aborrecidos, mas a forma como o interpretamos. Quanto mais flexíveis e versáteis formos, mais aumentaremos a nossa capacidade de orquestrar harmoniosamente a vida e maior a probabilidade de analisarmos os vários ângulos de uma questão, aumentando a tolerância ao estresse.
RH - É possível alguém que não se estresse diante da competitividade no meio organizacional? Denise Bragotto - Situações que envolvem algum tipo de pressão são, inerentemente, estressoras. Mas, tudo depende da forma como o colaborador reagirá diante da competitividade. Se ele perceber o desafio como suportável e uma oportunidade de expansão, poderá lidar de forma útil e adaptada. Se a pressão for grande e as exigências forem percebidas como maiores do que o limite suportável para ele, certamente a situação será ameaçadora e tenderá a gerar grande desgaste orgânico que poderá levá-lo ao adoecimento.
RH - No campo corporativo, quais os principais fatores estressores que prejudicam a Qualidade de Vida no Trabalho? Denise Bragotto - Muitos são os fatores apontados como estressores: clima organizacional, estilo de liderança, estrutura organizacional e nível de participação dos colaboradores na tomada de decisões. A capacidade de suportar e superar situações difíceis não depende somente da pessoa, mas do equilíbrio entre ela e o seu contexto. Nesse sentido, é importante pensar no papel que a estrutura organizacional exerce e como injetar resiliência nela.
RH - Nas empresas, o estresse é um privilégio apenas de quem exerce cargos elevados? Denise Bragotto - As principais idéias relacionadas à saúde mental e à ausência de estresse envolvem estabilidade, segurança e conforto. Mas, há quem confunda tédio com paz e confusão com evolução. Muitas vezes, a pessoa encontra prazer e busca a excelência no que faz e não se intimida diante de situações complexas, desafiadoras ou críticas. Guardadas as devidas proporções de responsabilidade, isso não é privilégio deste ou daquele cargo. As pessoas que apresentam um alto grau de habilidade para resolver problemas de forma criativa parecem ser capazes de lidar com o desafio e agüentar ou recuperar a coerência pessoal em situações estressantes. Essas pessoas tendem: a pensar e a agir com independência; têm forte, embora flexível sentido de auto-estima; são receptivas a novas idéias e revelam amplo campo de interesses e tolerância a incertezas. Aquelas que não se deixam abater diante dos obstáculos, que usam a adversidade a seu favor, que são bem-humoradas e não se fixam no problema, mas na solução têm maiores chances de lidar de forma produtiva com as situações estressoras.
RH - Como as organizações, através da área de RH, podem combater o estresse no ambiente corporativo?
42
Denise Bragotto - É muito importante realizar intervenções em nível individual - por exemplo, conhecer e desenvolver estratégias de enfrentamento - combinadas com intervenções organizacionais, já que a capacidade de suportar e superar situações difíceis e estressantes não depende somente da reação individual, mas do equilíbrio entre a instância individual e coletiva. Nesse sentido, é importante pensar no papel da estrutura organizacional e em como injetar “saúde e resiliência” nas organizações, levando-se em conta os estressores situacionais presentes no ambiente de trabalho como: condições de segurança, comunicação clara e eficaz entre liderança e liderados, relação interpessoal, treinamento e desenvolvimento de pessoal, nível de participação nas decisões e de autonomia.
RH - Há empresas que investem altas cifras em programas voltados para a qualidade de vida, mas mesmo assim os colaboradores permanecem visivelmente estressados. Onde geralmente essas organizações erram? Denise Bragotto - Um dos principais fatores apontados pelos estudiosos refere-se à tendência de focar o trabalho somente na intervenção individual por ser uma implementação mais viável e menos intrusiva na rotina da organização. Sem dúvida, esse enfoque traz benefícios para a saúde do trabalhador, mas esse é um dos lados da questão. Com a adoção de um enfoque unilateral e fragmentado corre-se o risco de não considerar o contexto e, portanto, tentar adaptar o trabalhador a muitas características organizacionais que possam ser nocivas à sua saúde do colaborador.
RH - Adotar ações para combater o estresse é sempre sinônimo de custos elevados? Denise Bragotto - Na verdade, os dados mostram que se gasta muito mais quando não se investe em programas preventivos. Segundo dados do Ministério da Saúde, as empresas brasileiras gastam bilhões de reais com despesas decorrentes de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho e ao estresse. Tais custos evidenciam a necessidade de programas de prevenção abrangentes a uma multiplicidade de fatores causais e relevantes relacionados ao estresse e às doenças ocupacionais.
RH - Para que uma empresa tenha êxito em um programa de qualidade de vida é fundamental que os profissionais também assumam um comprometimento individual? Denise Bragotto - O elemento volitivo associado à tomada de consciência e ao comprometimento do trabalhador são elementos fundamentais para o sucesso de programas de saúde e para promover mudanças positivas objetivando vida saudável e produtiva.
43
ANEXO 2
INTERNET
Como lidar com o estresse no trabalho – Cecília Shibuya - Acessado em 28/02/2010
http://www.mulherdeclasse.com.br/como_lidar_com_o_estresse_no_tra.htm
....Viver com qualidade e ter qualidade de vida é um assunto que tem preocupado as pessoas. Conciliar trabalho e vida pessoal ainda é um dos maiores desafios das pessoas, e em particular dos executivos, em face às muitas exigências do mundo moderno. ....Dividido entre obrigações e vida pessoal, muitos dos profissionais se ressentem de não ter tempo para a família, lazer e saúde, e se “apavoram” quando começam a perceber e sentir os sinais de estresse em seu corpo, decorrente da agitação, pressões, cobranças, etc. ....Em recente pesquisa realizada pelo International Stress Management Association (ISMA) que ouviu mil profissionais de diversos países, o Brasil liderou o ranking de horas trabalhadas por semana: com 54 horas, contra a média mundial de 41. ....No quesito “exaustão física e emocional”, que avalia o nível de estresse do trabalhador, o Brasil registrou o segundo por índice, ficando atrás apenas do Japão e superando países como China, Estados Unidos e Alemanha. ....Os números apontados na pesquisa são fortes indicativos das atuais condições de trabalho no mercado corporativo brasileiro. O medo da demissão e as pressões de chefes e superiores, podem gerar no executivo um quadro de esgotamento físico e mental, popularmente conhecido como “estresse”. ....Em nossa experiência e vivência profissional, temos deparado com casos extremos, onde o estresse tem impossibilitado trabalhadores de exercerem sua função no trabalho. ....Para exemplificar melhor esta questão, relatamos o caso de um executivo de 52 anos, que foi obrigado a se aposentar devido ao alto nível de estresse. “Ele começou a fumar cada vez mais e depois seu quadro ampliou para apatia, insônia, mania de perseguição, que acabou resultando numa aposentadoria forçada.” ....Apesar do extremo, o caso é um bom exemplo de como o estresse pode se desenvolver e prejudicar seriamente a vida de uma pessoa. No entanto, este problema tem cura e pode ser evitado com um amplo programa de prevenção, que inclui desde mudanças de comportamento até cuidados especiais com a alimentação.
44
....Uma das principais atitudes de combate é “saber lidar com as diferenças de personalidade” no ambiente de trabalho. Muitas pessoas têm medo de ensinar o serviço para o colega de trabalho, temendo perder espaço na empresa. Porém, a melhor atitude neste caso é procurar “somar competências”, buscando manter-se constantemente atualizado dentro de sua área, podendo assim superar esta insegurança. ....O combate ao estresse pode também estar na prática de diversas formas de relaxamento, e terapias, como ioga e acupuntura, como também, adotar o hábito de praticar alguns hobbies. ....Outro fator que o executivo deve também se ater na busca de uma melhor qualidade de vida não só no trabalho, como fora dele é sempre procurar ter atitudes preventivas. Perceber o mundo de forma positiva. Criar uma atmosfera de entusiasmo e harmonia. Mudar para melhor. Ter paixão pelo que se faz. Repensar as prioridades da vida. Aproveitar a Empresa para crescer. Equilibrar razão e emoção. Fazer mais concessões para si. Ter maior flexibilidade para lidar com as diferenças. Ter um bom relacionamento familiar e com os amigos. Planejar desde já o seu projeto de vida. ....Sonhar, tentar, ousar.... ....“Quando semeamos ações que levam felicidade e sucesso aos outros, colhemos sempre os frutos do bem-estar e de qualidade de vida de todos.”
Adaptado do texto de Deepak Chopra por Cecília Cibella Shibuya. (*) Cecília Cibella Shibuya é Presidente da Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV - Nacional). Este seu artigo está publicado no jornal da Manager on line
45
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
1. CODO, Wanderley (Org.). O trabalho enlouquece?: um encontro entre a
clínica e o trabalho. Petrópolis: Vozes, 2004. p. 238
2. Stress and Burnout in Library Service. Caputo, Janette S.Phoenix, AZ:
Oryx Press, 1991.
3. Staff burnout. Freudenberger, H. J. (1974). Journal of Social Issues,
30(1), 159-165.
Disponível Em : <file:///C:/Users/Nos2/Desktop/ASSEDIO%20MORAL%20-%20C%C3%B3pia/o-estresse-pode-ser-administrado.html> Acessado em 28/02/2011
Disponível em:
<http://www.webartigos.com/articles/39711/1/O-Estresse-no-profissional-de-
Enfermagem/pagina1.html#ixzz1IK8uET9Y> Acessado em 02/02/2011
Disponível em: <http://www.mulherdeclasse.com.br/como_lidar_com_o_estresse_no_tra.htm> Acessado em 28/02/2011
BERNICK, V. Stress: the silent killer. Revista Eletrônica Cérebro e Mente, n 3,
set./nov., 1997.
Dísponível em: <http://www.epub.org.br/cm/no3/doenças/stress.htm>. Acesso em: 21
nov. 2005.
46
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
4. CARDOSO, Marla. Promovendo bem estar. Revista Proteção, São
Paulo: nº 182, p.34
5. CARVALHO, A. V. de; SERAFIM, O. C. G. Administração de recursos
humanos. Vol. II. São Paulo: Ed. Pioneira, 2002
6. CHIAVENATO, Idalberto, Gestão de Pessoas: O novo papel dos
recursos Humanos nas organizações. Rio de Janeiro: Campus, 1999
7. FERREIRA, M. C.; ASSMAR, E. M. L.. Cultura, satisfação e saúde nas
organizações. In: TAMAYO, Álvaro (Org.). Cultura e saúde nas
organizações. São Paulo: Artmed, 2004. p. 102- 125.
8. FRANÇA, A. C. L.; RODRIGUES, A. L. Stress e trabalho: guia prático
com abordagem psicossomática. São Paulo: Atlas, 1997.
9. FRANÇA, A. C. L.; RODRIGUES, A. L. Stress e Trabalho: uma
Abordagem Psicossomática. São Paulo: Atlas, 2007.
10. MOLINA,O. Estresse no cotidiano, São Paulo: Pancast, 1996.
11. OSÓRIO, C. M. S. - Como evitar o "stress". In: LAVINSKY, L. org. -
Saúde informações básicas. 2 ed. Porto Alegre, Editora da
UFRGS,1990. p. 63-72 .
12. ROBBINS, S.; Comportamento organizacional, 8º edição, Rio de
Janeiro: LtcCA, 1999.
13. WILKINSON,G.; SHIMITH, T. Estress, São Paulo: Três, 2001 .
47
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I - ESTRESSE 10
1.1 – O conceito 10
1.2 – Conseqüências do estresse 13
1.3 – Sintomas do estresse 16
CAPÍTULO II -
ESTRESSE NO TRABALHO E NA VIDA PESSOAL 21
2.1 – Estresse no trabalho 22
2.2 – Síndrome de Burnout 24
2.2.1 – Sintomas de Síndrome de Burnout 26
2.3 – Estresse no Trabalho influenciando na vida pessoal 27
CAPÍTULO III
QUALIDADE DE VIDA NO AMBIENTE DE TRBALHO 21
3.1 – Categoria Conceituais de Walton 33
CONCLUSÃO 38
ANEXOS 39
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 45
BIBLIOGRAFIA CITADA 46
ÍNDICE 47
48
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição: FACULDADE INTEGRADA AVM
Título da Monografia: ESTRESSE ELEVADO PROFISSIONAL AFETADO
Autor: PRISCILA FERREIRA DE PAIVA DOS SANTOS
Data da entrega: 03/02/2012
Avaliado por: Conceito: